ano cxiv r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista ... · tudo fará.” salmos 37:5 pr. luiz...

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 21 Domingo, 25.05.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A comunicação é fundamental para o relacionamento humano, não dá para conviver bem sem boa comunicação. O que é comunicação? A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Está envolvida neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face a face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a internet, a fala e a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional (página 5).

Upload: nguyenmien

Post on 04-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

1o jornal batista – domingo, 25/05/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 21 Domingo, 25.05.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A comunicação é fundamental para o relacionamento humano, não dá para conviver bem sem boa comunicação.

O que é comunicação? A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Está envolvida neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face a face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a internet, a fala e a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional (página 5).

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

2 o jornal batista – domingo, 25/05/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

CARTA ABERTACarolina, 30 de abril de 2014.

• Queridos irmãos:Romanos 11.33-36Aqui estou à minha velha

escrivaninha, que está de prateleiras vazias. À minha volta estão caixas de papelão prontas para receber o que vou levar, o que vou doar ou simplesmente descartar. Está difícil selecionar o pouco que meu novo e pequeno espaço vai caber. Há tanta coisa que ainda considero valiosa e que na era da internet e de toda admirável tecnologia mo-derna são consideradas por muitos, obsoletas, como: o flanelógrafo com suas figuras que se misturam e dão traba-lho para pô-las em ordem, o quadro de pregas, as figuras recortadas e selecionadas por assunto, os textos bíblicos ilustrados com figuras para facilitar a memorização e aprendizagem das gerações passadas, os preciosos livri-nhos de exercícios bíblicos que usei com persistência nas minhas aulas de EBD, EBF e nas Assembleias no Colégio, quando trabalhei com crian-ças e adolescentes.

Fico deslumbrada com as facilidades que proporciona a tecnologia de ponta. É tudo tão bonito e prático! Olho para o passado, percebo a diferença e dou graças a Deus

pela persistência e dedicação das professoras que tive na Escola de Obreiras e no ITC, hoje CIEM, que com tesouras, tintas, réguas, compasso e papel ensinaram a preparar manualmente e “no capri-cho” o material necessário ao ministério que exerci, através dos anos, como obreira de Missões Nacionais. Aprendi com elas, testei na experi-ência e “não abro mão” do conselho recebido: “É preciso aproveitar o vigor das cabeci-nhas infantis, porque o que se aprende nessa época nunca se esquece e infelizmente não há como lembrar o que não se aprende”. Acrescento: me-morizar faz parte do processo.

Com essa alusão, presto homenagem às valorosas pro-fessoras das mencionadas escolas da minha época de es-tudante e dou parabéns às da nova geração pelas facilida-des da tecnologia do mundo atual. Que tenham sabedoria para utilizá-la com nossas crianças e adolescentes quan-do a ela tiverem acesso.

Queridos irmãos, descul-pem a divagação da velha professora. É que mexer com tanta coisa que me remete ao passado e às boas experi-ências vividas, balançou os meus sentimentos.

Mas... vamos ao que in-teressa que é o verdadeiro motivo desta carta:

Comunico que estou mu-dando de endereço. Vou residir em Itacajá – TO. Aos 84 anos, chegou a hora de ficar perto da família. Serei vizinha de minha única irmã que lá reside.

Deixo Carolina com imen-sa saudade, mas tranquila por sentir ser a vontade de Deus para a minha vida agora. Tenho o grande desejo de manter-me ativa, servindo ao Senhor no que me for possí-vel fazer.

Gostaria de continuar rece-bendo cartinhas de irmãos, igrejas, amigos, Mensageiras do Rei. Nem sempre respondi as preciosas mensagens que me chegaram às mãos, mas confesso que elas me fize-ram muito bem, alegraram e confortaram o meu coração. Ter o meu nome e endereço no rodapé de O Manancial é o meu maior presente de aniversário, pois sei que os irmãos de todo o Brasil estão intercedendo por mim e pela obra de Missões. Tenham a certeza de que Deus ouve e atende as suas orações. Muito agradeço pelo o ca-rinho recebido. Meu novo endereço é: Avenida Paulo Falcão Teixeira nº 561, CEP: 77.720-000 – Itacajá – TO.

No amor de Cristo, frater-nalmente.

Dinalva de Salles QueirozMissionária Aposentada

da JMN

Durante o período em que eu estava aprendendo a usar o computador co-

mecei a ficar preocupado com o barulho que vinha dele. Parecia que ele estava trabalhando embora nada estivesse mudando na tela. Liguei imediatamente para o representante, preocupado e ele me respondeu:

Não se preocupe, prova-velmente o computador está trabalhando em uma das fun-

ções por trás da tela e você não pode ver.

Comecei então a pensar na frase “por trás da tela” e comecei a perceber como eu era orientado visualmente. Preocupado por não ver o que estava acontecendo. Aí então lembrei-me do meu relacionamento com Deus e quão dependente eu sou de ver os resultados da sua atuação. Quando não vejo os resultados esperados, quando “nada” acontece eu assumo

que Deus não está fazendo nada. Mas ele muitas vezes trabalho por trás da “tela da vida”. Se eu em determina-dos momentos não vejo a mão de Deus atuando me protegendo, guiando, eu pos-so estar seguro de que Ele está trabalhando a meu favor por trás da cena do cotidiano.

Existe uma situação na sua vida hoje que você não está vendo a ação de Deus? Tal-vez as circunstâncias da sua vida estejam resistindo qual-

quer tentativa de mudança que você já fez. Apesar de você ter a impressão de que nada está acontecendo, não desanime e busque a Deus pois Ele não está parado mas está “trabalhando por trás da tela da vida a seu favor”.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará.” Salmos 37:5

Pr. Luiz Roberto SilvadoPresidente da Convenção

Batista Brasileira

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Page 3: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

3o jornal batista – domingo, 25/05/14reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Os gregos e roma-nos considera-vam bárbaros os povos que não

falavam o grego e o latim. Por extensão o bárbaro era considerado cruel, desu-mano, a agir sem lei. Todo e qualquer ato desumano era considerado como bar-barismo. Ao escrever aos Colossenses Paulo afirma que não existe condição de bárbaro para aquele que foi alcançado pelo Evangelho de Cristo, (Cl 3.11). O amor de Cristo transforma o indi-viduo, dando-lhe um novo padrão de vida e nova clas-sificação social. O adjetivo é substituído e o bárbaro passa a agir sob nova ordem, como salvo. Portanto com outros valores.

Quando ouvimos falar de barbárie ou crime bárbaro, à mente vem a sugestão de que as pessoas que tais atos praticam ainda vivem na idade da pedra, afasta-dos dos padrões sociais. Coisa da sociedade antiga. Afinal somos uma socie-dade moderna. O homem pisou na Lua e se prepara para explorar in loco o pla-neta Marte. Temos a me-lhor tecnologia de todos os tempos. A sociedade tem a seu dispor os melhores instrumentos para produ-zir felicidade. O mundo ficou pequeno. Vemos em tempo real a bola entrando na trave, proporcionando vitória ao time adversário. Tudo é maravilhoso, menos o homem que manipula as novas invenções. Da nano-tecnologia aos poderosos telescópios que invadem o universo, proporcionan-do novos conhecimentos, concluímos que ninguém consegue impedir a concre-tização da ordem dada por Deus a Adão. “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e DOMI-NAI sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn

1.28). O homem foi além e ampliou o seu domínio so-bre o universo criado. Não satisfeito, continua desejan-do mais conhecimento. O que é compreensível.

Mas algo escapa ao domí-nio do homem. A MALDADE inoculada em seu coração pelo pecado. A maldade hu-mana cresce a cada dia em proporções geométricas. As Leis, os códigos, a cultura, o conhecimento, a imposição da força, o cerceamento da liberdade para os infratores e muitos outros instrumentos usados para frear a violência tem se revelado inócuos para conter a barbárie humana.

Os crimes atuais são come-tidos com requintes de cruel-dade. Vale a redundância, já que todo crime é cruel. Mata--se pelo simples “prazer” de tirar a vida do semelhan-te. Dos animais criados por Deus o mais cruel e perigoso é o homem. Não há limites para a crueldade humana. Do aborto à crucificação de cristãos em países que não admitem a liberdade religio-sa, a barbárie humana se faz presente.

Jovens adolescentes são raptadas em país africano e vendidas como objeto des-cartável. A justificativa dos que tais atos praticam é que a mulher é ser inferior. Sem direito a estudar. Sem possi-bilidades do sagrado direito de ir e vir. Governos corrup-tos e ditatoriais impõem seus padrões animalescos pelo poder da força bruta. Uma mulher é linchada por mul-tidão ensandecida e furiosa, porque era loira e alguém a confundiu com retrato falado postado na internet há dois anos em outro Estado. O uso irresponsável das redes sociais, incitando o ódio, a vingança, a aplicação da justiça com as próprias mãos coloca em risco a vida de todos. Como o Estado abdi-cou, há muito, da sua obri-gação de oferecer proteção ao cidadão, cabe a este se defender com seus próprios

recursos. Onde não há Lei o povo se corrompe. Gera-se oportunidade ao surgimento da barbárie. Governos em descréditos, o povo abando-nado, e o crime sendo prati-cado nas ruas à luz do dia, com os criminosos convictos da impunidade. A população amedrontada tentando se defender. É o caos.

O quadro descrito por Pau-lo ao escrever II Timóteo 3 comparado à realidade atual parece conto infantil. Foi ul-trapassado há muito.

A solução nós a possuímos. Como aplicá-la? Todos sa-bemos. Certeza da validade

apresentada pela Bíblia? To-dos concordamos que seja válida e eficaz. Mas porque não produz resultado? Temos medo da resposta.

A Igreja abandonou, há muito, a mensagem que afir-ma ser necessário apontar o pecado como causa das desgraças humanas. O arre-pendimento é necessidade que não pode ser esquecida. A necessidade da fé no poder transformador do Evangelho de Cristo, há que ser reafir-mada. Tudo isso cedeu lugar às mensagens de autoajuda. As Igrejas estão em confli-tos. Os pastores confusos.

A sociedade em expectativa aguardando uma palavra de orientação.

Vivemos a situação de Isa-ías 21.11-12. “Guarda, que houve de noite?” E o guarda responde: “Volta amanhã.” Não há como dizer ao povo que volte amanhã. Precisa-mos, hoje, retornar a procla-mação do Evangelho como única solução à barbárie que a todos assola. Como salvos somos responsáveis e respon-sabilizados pela crise insta-lada na sociedade. Onde o Evangelho impera a barbárie não se instala.www.pastorjuliosanches.org

Page 4: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

4 o jornal batista – domingo, 25/05/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Como responder a cada um

reflexão

“A vossa palavra seja sem-pre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém respon-der a cada um” (Colossenses 4.6).

Depois de descrever como devem ser os deveres domés-ticos dos cristãos,

Paulo focaliza a importância da oração, para a qualidade cristã da comunicação. “A vossa conversa seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como de-veis responder a cada um.” (Cl 4.6).

Aquilo que falamos, no dia a dia é visto pela Bíblia como de valor estratégico no processo da promoção do Reino. Nossa conversa, disse Jesus, não deve ter um caráter dúbio – “nosso falar deve ser sim, sim, não, não”. Já Tiago condena a “língua solta”, ir-responsável, que pode causar incêndios e prejuízos de toda

sorte. Quando chega sua vez, o apóstolo Paulo recomenda moderação e dependência do Senhor: “temperada com sal” e motivada pela “graça” divina.

Pedro nos lembra que fo-mos chamados para sermos testemunhas de Cristo, no meio de um mundo injus-to, que persegue cristãos. Por isso, ele escreve: “Es-tejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm”. Ao fazê-lo, diz o Apóstolo, devemos falar “com educa-ção e respeito. Comunicar a mensagem cristã “temperada com sal”, equilibradamente, é sempre um desafio para nós. Nossa única saída é a “graça”. A graça do Cristo que, quan-do vivemos em comunhão com Ele, nos inspira a dizer aquilo que Ele quer que diga-mos, não importa quão difícil seja o desafio do testemunho. Com sal e com graça.

Tarcísio Farias Guimarães, casado com Sâmela, pai de Susan e Társis. Pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis (MG).

Falar em família é falar em cuidado. Pessoas unidas, vivendo sob o mesmo teto emocio-

nal, ligadas para sempre, de tal modo que estão compro-metidas com a segurança, a felicidade e a prosperidade de todos os parceiros de ca-minhada. Esse cuidado signi-ficativo no seio da família me foi relembrado pelas palavras da minha filha, há alguns meses, quando ela tinha três anos e meio de vida.

Estávamos numa visita aos familiares, na casa da bisavó da Susan. Avós, tios e uma prima estavam muito contentes com a visita da Susan e do seu irmãozinho. Brincaram, saborearam as delícias preparadas pela bisa, conversaram sobre as aulas na nova escola e até brindaram a Susan com

um gostoso banho no final daquela tarde de sol es-caldante na Bahia. A noite chegou e era preciso ir para a casa onde estávamos hos-pedados. Nesse momento, uma tia fez o convite à Su-san: - Dorme aqui na casa da bisa! Imediatamente, ela respondeu: Pergunta à minha família se posso ficar aqui!

Ouvi a resposta da minha filha e me alegrei com o con-ceito formado na cabecinha dela. Família é sinônimo de cuidado. Todos devem viver perto de todos. Todos devem orar por todos. Todos devem acompanhar o estado de saú-de de todos. Todos devem trabalhar pela felicidade de todos. Todos devem ajudar na superação dos desafios que todos os membros da família enfrentam nesta vida. Se não há cuidado, a família corre o risco de desfazer-se.

A família precisa resistir à frieza nos relacionamentos interpessoais e ao individu-alismo tão assimilados em nosso tempo, reafirmando

o compromisso de cuidado mútuo, que é a razão de ser da família. Quem vive em família não deve almejar o brilho solitário da carreira solo, mas a presença multi-focal do conjunto.

Desde que o Senhor pro-jetou a família, ficou esta-belecido que esta união de pessoas diferentes buscaria compartilhar uma igualdade de planos. Adão e Eva preci-saram compreender que na origem da família constituída por Deus estava o ideal do cuidado mútuo: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” (Gn 2.18). Josué com-preendeu que seu destino estava definitivamente ligado ao destino de seus familiares: “Eu e a minha casa servire-mos ao Senhor.” (Js 24.15).

Cuide da sua família. Cuide de cada membro da famí-lia. E, como quem vive num ciclo do bem, desfrute do cuidado especial que você pode encontrar no seio da sua própria família!

Page 5: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

5o jornal batista – domingo, 25/05/14reflexão

A temporada legal de pesca só começa-ria no dia seguinte, mas ele, com onze

anos de idade, saiu com seu pai ao fim da tarde para pe-gar pequenos peixes, cuja pesca era liberada. O menino colocou uma isca no anzol e começou arremessá-lo. De repente, o caniço vergou com força e ele percebeu que havia um grande peixe na outra ponta da linha. O pai olhava com admiração en-quanto o garoto habilmente arrastava o peixe ao longo do cais. Finalmente, com muito jeito, o menino levantou o peixe da água. Era o maior que ele já tinha visto, mas de uma das espécies cuja pesca era proibida antes da temporada, que só começaria legalmente no dia seguinte.

O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito sob a luz da lua. O pai acendeu a lanterna e olhou para o seu relógio. Eram dez horas da noite – faltavam duas horas para o dia da abertura da temporada de pesca daquele peixe. O pai olhou para o peixe, depois para o menino e disse:

- Filho, você tem de devol-vê-lo ao lago.

- Mas, papai! – reclamou o menino.

- Vai aparecer outro peixe – disse o pai.

- Nunca tão grande como este – choramingou o filho.

O menino olhou em volta. Não havia outros pescadores ou barcos visíveis ao luar. Olhou novamente para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, o garoto sabia, pela clareza da voz do pai, que a decisão não era ne-gociável. Tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu ao lago. A criatura se movimentou rapidamente na água e desapareceu. O menino ficou na certeza de que jamais veria outro peixe tão grande como aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos, conta James P. Lenfestay. Hoje, aquele garoto é um arquiteto de sucesso em Nova York, co-nhecido por sua honestidade

e honra pessoal. O chalé de seu pai ainda está lá, na ilha do meio do lago, e ele leva seus filhos e filhas para pes-car no mesmo cais.

Ele estava certo. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Mais im-portante, porém, do que o seu grande peixe, que ele devolveu às águas do lago, foi a lição de caráter que ele recebeu do pai. Não levou um grande peixe no cesto, mas levou uma lição de vida no coração. Hoje ele sempre pensa naquele peixe todas às vezes que se depara com uma questão ética. Porque, como seu pai lhe ensinou, a ética é simplesmente a es-colha de um modo de vi-ver fazendo o que é correto. Agimos corretamente mes-mo que ninguém nos esteja vendo? Nós nos recusamos a passar por cima de regras para conseguir entregar um projeto dentro do prazo? Devolvemos qualquer valor que recebemos a mais inde-vidamente?

Esse seria sempre o nosso comportamento se nos tives-sem ensinado a devolver o peixe de pesca ilegal para a água quando éramos crian-ças. A decisão de fazer o que é certo estaria vívida em nossa lembrança. Saberíamos que uma questão ética é ine-gociável.

Aquele simples gesto en-sinou ao menino que ética não é uma questão de lucro ou perda, mas uma questão de caráter. E mais: Ética não se aprende em manuais na escola. Ética se aprende no lar, pelo exemplo de pais que têm coragem para faze-rem o que é certo, mesmo que tenham de devolver um lindo peixe ao lago porque a sua pesca naquele momento, por duas horas apenas, era algo ilegal. O que vemos no nosso Brasil hoje é um total descompromisso com a ética. São raros os homens que demonstram, no seu proceder, que sabem, porque aprenderam no lar, a fazer na vida somente o que é justo e correto.

Cleverson Pereira do VallePastor da 1ª Ig. Batista em Artur Nogueira

A c o m u n i c a ç ã o é fundamental para o relacionamento humano, não dá

para conviver bem sem boa comunicação.

O que é comunicação? A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Está envolvida neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pes-soas tendo uma conversa face a face, ou através de gestos com as mãos, men-

sagens enviadas utilizando a internet, a fala e a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca infor-macional.

Quando lemos no livro de Gênesis como o mundo foi formado, é maravilhoso ver o poder da palavra. “E disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3).

Tudo foi criado por meio da palavra de Deus, tudo passou a existir pela pala-vra.

A comunicação é impor-tante para esclarecer fatos. São de vital importância os meios de comunicação como rádio, TV, internet, jornais, etc...

Não podemos ficar sem in-formação. Aquele que não lê, mal ouve, mal fala e mal vê.

Antes de viajar consulta-mos a internet e através de alguns sites descobrimos se tem trânsito congestionado, como estará o clima etc... Tudo isso é comunicação.

Deus comunica-se conosco através das Escrituras Sagra-das. O homem descobre sua verdadeira situação ao ler as Escrituras.

Como é importante ter a página impressa, onde, atra-vés da leitura, vamos co-locando em ordem o que precisa ser colocado.

Leia a Bíblia e descubra a vontade de Deus para a sua vida.

Page 6: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

6 o jornal batista – domingo, 25/05/14 reflexão

Pr Rubem de Freitas - membro e líder de ministério na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca - RJ

Quando saí de casa aos 21 anos para servir o Exército Brasileiro como Oficial temporário minha mãe escreveu uma carta para mim que foi inclusive publicada no Jornal Batista, em 31 de maio de 1987, e na revista Visão Missionária. Sempre tive

vontade e o desejo de responder aquela carta. Sempre me senti aquém das promessas e conselhos de minha mãe. Ela confiava tanto no Senhor e em suas promessas, mas se preocupava com o meu futuro, por isso me escreveu com todo amor. Acredito que é uma carta de todos os pais, para todos os filhos. Vejam se tenho razão:

Recife, 28 de Janeiro de 1987.

Rubinho:Deus te abençoe.

Foste o segundo filho que eu trouxe ao mundo. Com a mesma alegria, ansiedade e amor do primeiro, te recebi. Como eras lindo! E pensar que fui a mãe escolhida por Deus para zelar e cuidar de ti! Deus me confiou você querido. Alimentei-te com cuidado. Vesti-te com carinho. Disciplinei-te com amor. Tomei conta de ti com zelo e carinho. Preocupei-me contigo todas as horas, quer fosse dia ou noite, acordado ou dormindo. Eduquei--te para que um dia fosses um homem de Deus. Ensinei-te (não como era meu desejo e dever) o caminho seguro onde deverias andar quando fosses homem. Ensinei-te a amar, louvar e temer a Deus, pois “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” e anelava que fosses sábio principalmente no Senhor. Dei-te, portanto com todo o amor, o preparo possível para en-frentares a vida, tudo com a ajuda de Deus e de teu pai, que muitíssimo contribuiu para todas as coisas na vida. Sei que a responsabilidade não foi cumprida com perfeição, mas, aí estás meu filho, um oficial do Exército Brasileiro e partes de teu lar, lar que foi a tua segurança durante 20 anos, 09 meses e 29 dias. Partes para servir a Pátria. Irás enfrentar a vida. Sozi-nho, não estarás porque Deus estará contigo sempre. Sei que sabes como te comportar, e com isso não me preocupo. Lembra-te apenas que, antes de seres oficial do Exército Brasileiro és um soldado da Pátria Celestial, o maior exército do mundo, o Exército do Grande Rei. Nesse Exército, precisarás estar mais que alerta, conhecedor exímio das astutas ciladas do inimigo. Por nada no mundo te descuides, e estejas sempre alerta. “Tome toda a armadura de Deus, para que possas resistir ao dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firme. Estejas, pois, firme, tendo cingido o lombo com a verdade, e vestido a COURAÇA da justiça, e CALÇADOS os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando sobretudo, o ESCUDO da fé, com o qual poderás apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tome também o CAPACETE da salvação e a ESPADA do Espírito que é a Palavra de Deus, com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim vigiando com toda a perseverança e súplica…” Efésios 6:1-17b. Esta é a vestimenta mais poderosa e protetora que deves usar querido filho, e assim, estarás seguro e protegido. Em breve terás também o teu lar. Não te esqueças de dar a primazia a quem de direito, pertence a Deus. Que seja Ele, o cabeça do teu lar. O hóspede bem-vindo em todas as horas. Vigia constante de teu lar. Protetor infalível de tua vida. Não te esqueças do dízimo que é sagrado. Lembra-te dos ensinamentos de teu pai. Sei que não esqueces.

Abaixo de Deus podes contar com tua mãe, teu pai e teus irmãos que também sentirão a tua ausência.

Não deixarei nunca de me preocupar contigo. Um pedaço de mim estará contigo. Não terei sempre aqueles momentos em que conversávamos, tro-cávamos ideias e dava-te conselhos. Não terei o teu cuidado para comigo procurando ajudar-me sempre que podias. Tudo aquilo que eu fizer em casa, sempre farei lembrando de ti, principalmente as refeições, pois dizias

sempre: “que comida gostosa”. Quando sairmos para igreja, ou a um passeio me lembrarei de ti, pois sempre saíamos juntos. Toda a família. Lembrar--me-ei das tantas vezes que me beijavas e dizias: “Te amo”. Recordações agradáveis que estarão sempre comigo meu filho. Eu te amo muito. Só me resta o consolo, e saber que estás feliz. Continuarás enchendo o nosso lar de alegrias e bênçãos. A Bíblia diz: “Os filhos são herança da parte do Senhor” e eu não poderia receber herança maior que essa, que é você e seus dois irmãos. Três bênçãos que encheram nossas vidas de alegrias, que deram significado a nossa união. Nosso lar sempre será feliz, pois temos vocês. Mesmo distante estarás conosco.

Com grande amor.Mamãe – Isolina Ferreira de Freitas

Sempre tive o desejo de responder a esta carta. Minha mãe não está mais conosco para ler minha resposta. Mas, creio que ela adoraria saber que ando nos caminhos do Senhor. Essa é uma carta que merece resposta. Melhor seria se eu respondesse com a minha vida. Ao ler a carta de minha mãe lembro o quanto ela me amava. É natural que um filho saia de casa. Não é natural que saia de qualquer jeito e sem amor. Desta carta eu louvo a Deus por 05 coisas. Primeiro: Louvo a Deus por uma mãe que me amava. Segundo: Louvo a Deus por uma mãe que me aconselhava. Terceiro: louvo a Deus por minha mãe ter mostrado como devo me portar. Quarto: louvo a Deus por ter ainda meus irmãos, pois sempre posso contar com eles. Quinto: Alegro-me com Deus por ter tido uma mãe que me apresentou ao pai de toda a minha armadura.

Pai de minha armadura é o nosso Senhor Jesus. Foram meus pais que me apresentaram a Ele. Estive face a face com Ele quando li a carta de minha mãe. Foi Ele quem me deu a armadura para vencer o mundo, e as suas afli-ções, seus medos, suas armadilhas, enganos, tristezas, ciladas e as perdas. Meu Pai de toda a armadura oferece a todos nós a oportunidade de fazermos o certo. Desejas ser um filho justo e justificado? Vistas a couraça da Justiça de Deus. Pretendes andar com Deus, em paz com Ele? Calce os pés com os calçados da preparação do Evangelho da Paz. Tens medo das setas do inimigo? Tens pavor da morte? Se proteja com o escudo da Fé. Tome também o capacete da salvação e a Espada do Espírito.

Sabes o que mais dói neste momento. É saber que apesar dos conselhos do Pai de minha mãe, eu andei tantas vezes mal vestido, errando o alvo, errando feio. Tudo porque não estava vestido corretamente. Se me atingiram setas, e não foram poucas, foi porque não estava vestindo a armadura dos santos. Não estava preparado e andei nu. Joguei o meu escudo para o lado. Viajei na vida como um motociclista irresponsável, andei sem o capacete por ruas escuras e curvas de enganos. Perdi tempo andando de pés descalços, em terreno perigoso e pedregoso, quando tinha um caminho bom e verdadeiro a seguir e as sandálias do Senhor para vestir. Errei por não ler a Palavra de Deus. Não meditar em suas palavras e não vivê-la diariamente. Cometi o erro de não alegrar o Espírito Santo. Enganei-me ao não me lembrar da carta de minha mãe. Vacilei por esquecer o Pai de toda a minha armadura. Aquele que me faz forte, sendo eu fraco. Agora, eu sei que nunca mais estarei sem ela, a armadura que Deus nos deu, a armadura que minha mãe me apre-sentou, a armadura do Pai de toda minha salvação. Pois sei que pelas suas pisaduras fomos sarados. Sei que: “tudo posso naquele que me fortalece”. Sei que nada sou sem Ele. Sei que Ele me ama. Sei que nunca mais viverei sem o seu amor. Como dizem no Exército, que servi ao sair da casa: “estou coberto e abrigado” pelo amor do Pai. Hoje, não posso dizer a minha mãe que ela estava certa. Mas, digo ao Pai de toda minha armadura: Tu estás certo. Seguro e protegido estou sempre contigo. Melhor é ser um soldado da Pátria Celestial. Um soldado amado do capitão do barco da salvação e senhor da vida. Prudentemente vestido e bem-arrumado, verei minha mãe no céu, o lindo céu.

Se passardes por perdas, estejas vestido com a armadura do amor do Pai. Esperança, fé, paz, conforto, salvação, renovo e alegria Ele te dará. E nada, nada te atingirá.

Page 7: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

7o jornal batista – domingo, 25/05/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Um grupo de 25 jovens, da Pri -meira Igreja Ba-tista da Penha,

de São Paulo (SP), esteve em Luzilândia (PI), com o objetivo de compartilhar o evangelho de Cristo. A mo-tivação para que a viagem missionária fosse realizada surgiu após o desafio pro-posto pelo pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, que apontou o Piauí como um dos estados-alvo da JMN por apresentar o menor ín-dice de evangélicos no Bra-sil – 9,7% da população, segundo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

Em Luzilândia, o grupo apoiou o trabalho dos missio-nários em formação Antônio e Carla Souza. “Eles fizeram um excelente trabalho de di-vulgação. Distribuíram 2.500 panfletos, avisaram na rádio local e usaram carro de som. Só na primeira manhã de ati-vidades mais de 100 crianças e dezenas de pessoas partici-param dos cursos e palestras ministrados”, contou o pastor de jovens da 1ª IB da Penha, Eliezer Victor.

No trabalho realizado com as crianças, a equipe orga-nizou gincanas, esportes, entre outras atividades que envolveram ensino bíblico. O contato com os peque-ninos permitiu momentos marcantes para os jovens de São Paulo.

“No primeiro dia Francisco me chamou muito a atenção. Batia em todo mundo, era agressivo e violento. Fiquei perto dele, conversei e orei com ele. Após uma das ora-ções, ele chorou muito. No sábado pela manhã ele era outra criança! Não ficava mais com os meninos ba-tendo nas outras crianças e ficou me ajudando a arrumar a sala, todo dedicado”, con-tou Alexsandra Azevedo, da equipe da 1ª IB da Penha. Ela ouviu a triste história de vida daquela criança, cuja família se encontra desestru-turada. “Essa era a razão de sua agressividade. Já tinha sido expulso da escola e estava sob guarda tutelar. No último culto ele foi à praça com banho tomado e todo arrumado. Ele estava tão feliz! Me levou até a sua casa para conhecer sua avó, que cuidava dele”, disse ain-da. Diante da mudança de comportamento de seu neto,

aquela senhora – que nem sequer gostava dos ‘crentes’ – disse para Alexsandra que iria levar o menino para os estudos bíblicos.

Para os adolescentes, jo-vens e adultos de Luzilândia, a equipe da 1ª IB da Penha ofereceu atividades como aulas de inglês, informáti-ca, artesanato, maquiagem, educação financeira, saúde pública e horta caseira. Os cursos tiveram duração de três dias e no fim cada partici-pante recebeu um certificado de conclusão.

Também foram realizados cultos evangelísticos todas as noites, nas principais praças da cidade. Na última noite havia cerca de 200 pessoas, das quais muitas receberam a Cristo como Senhor e sal-vador. O grupo também dis-

tribuiu mais de 100 bíblias e 250 cestas básicas, e fez um levantamento de 107 casas para a realização de estudos bíblicos.

“Numa dessas casas, co-nhecemos Antônio e Fran-cisca. O casal mora num conjunto habitacional, numa casa de pau-a-pique, chão de terra. Ela estava havia meses sem trabalhar e ele também, por conta de uma doença. Não tinham o que comer. Entregamos cesta básica, um prato de comida quentinha e dois exemplares do Novo Testamento. Nós os convida-mos para o culto na praça, sabendo que seria difícil irem. Para nossa surpresa, o casal estava na praça e com suas bíblias na mão. Conseguiram um dinhei-ro, colocaram combustível

na moto e foram. Na hora do apelo, aceitaram a Jesus como Salvador e abriram sua casa para estudo Bíblico. Foi emocionante”, relataram Daniel Castelani e o pastor Eliezer Victor.

Esta foi a sexta viagem mis-sionária realizada pelo grupo de jovens. As outras cidades visitadas por eles são Cana-neia (SP), Sorocaba (SP), Salti-nho (SP), Itajobi (SP) e Monte Sião (MG). Para a jovem Ma-riana Tudela, a oportunidade de ajudar, no campo dos missionários Antônio e Car-la, trouxe mais motivação e vigor para sua vida. “Sou grata a essa viagem porque me abençoou demais e me deu ânimo para trabalhar onde eu estiver, seja no Piauí ou em qualquer outro lugar”, afirmou a jovem.

Para o pastor Eliezer, as experiências que cada jo-vem teve com o Senhor, por meio dessa viagem, es-tarão guardadas em suas lembranças para o resto de suas vidas. “Essas viagens são excelentes oportunida-des para motivarmos nossos jovens para uma vida de testemunho e evangelização onde quer que estejam”, concluiu ele.

Colocar-se à disposição do Senhor de Missões é uma oportunidade que enriquece a vida de cristã, proporcio-nando maturidade espiritual. Incentive os membros de sua igreja a visitarem os campos missionários, e interceda pelos obreiros que estão em diversas cidades brasileiras – muitos deles, distantes de suas famílias.

Caravana da 1ª IB da Penha Culto evangelístico na rua

Caravana de jovens de São Paulo impacta vidas no Piauí

Page 8: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

8 o jornal batista – domingo, 25/05/14 notícias do brasil batista

Vamos iluminar a cidade

No segundo semestre de 2014, a Juventude Batista Brasileira vem com tudo: muitas novidades em todos os cantos do Brasil.

Separamos essas páginas para te contar tudo o que vem por aí

Que “boas notícias” tra-zemos para nossa ci-dade? Grande parte da população do mundo

tem se concentrado nas cidades. A vida do homem tem se consti-tuído cada vez mais urbana, pois as pessoas estão em busca de me-lhores oportunidades e qualidade de vida.

As cidades são esses locais de en-contro, marcadas por serem pontos de aglomerações onde podemos encontrar uma diversidade de indiví-duos, cada um em busca de seus in-teresses, sejam pessoais ou coletivos.

Existem também grupos indiferen-tes a tudo que acontece ao seu redor e uma grande parcela de pessoas sem oportunidade e menos privile-

giadas. Estas pessoas são formadas não por seus sonhos, buscas ou ideais, mas pelas situações que os oprimem: excluídos, injustiçados, desabrigados, gente que sofre di-versos tipos de violência, os que não têm voz perante a sociedade. Esta é uma realidade nas grandes metrópoles e nas pequenas cidades da nossa nação.

É neste contexto que queremos iluminar! Queremos ser a resposta de Deus em nossa geração, iluminando as cidades do Brasil através das nos-sas ações. O mês da Juventude e o Despertar 2015 estão dentro desta temática. Acompanhe e participe da construção dessa história!

Acesse: cidadeiluminada.com e fique por dentro.

Paixão pela juventudeAmor e Sabedoria para cuidar da juventude!

É isso que queremos ver nos ministérios de jo-vens e adolescentes das igrejas refletindo nas ruas do nosso país. A partir de um conjunto de estratégias, a JBB realiza a Conferência

Paixão pela Juventude com objetivo de gerar mobi-lização nacional pela construção e fortalecimento de ministérios de juventude relevantes para comu-nidade onde a igreja está inserida.

A cada dois anos, um movimento de liderança que gera transformação, ideias em movimento, rodas de conversa, trocas de experiência através do potencial que os líderes brasileiros possuem.

Celebramos a criatividade e a mistura cultural que enriquece e movimenta a caminhada de líderes que estão dispostos a investirem sua vida no ministério com juventude.

Em 2014, vamos colocar a mochila nas costas e rodar o Brasil. Convidamos você a fazer parte desta jornada. Rio de Janeiro ou Rio Grande do Norte? Você pode escolher!

Rio de Janeiro - A capital carioca recebe a Confe-rência Paixão entre os dias 12 e 14 de setembro, no Colégio Batista Shepard.

Rio Grande do Norte - Está de braços abertos para receber a Conferência Paixão entre os dias 26 e 28 de setembro, no Acampamento Manaaim.

É só escolher uma dessas cidades e se juntar. Vem com a gente! As inscrições estão abertas, e você en-contra mais informações no site paixãopelajuventude.com .

Page 9: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

9o jornal batista – domingo, 25/05/14notícias do brasil batista

No segundo semestre de 2014, a Juventude Batista Brasileira vem com tudo: muitas novidades em todos os cantos do Brasil.

Separamos essas páginas para te contar tudo o que vem por aí

Estamos há 4 anos no Conselho Nacional de Juventude, entretanto nos últimos anos, tivemos participação relevante, fazendo parte da Mesa Diretora Ampliada, onde marcamos o nosso nome na história da construção de políticas públicas no Brasil, quando

na Coordenação da Comissão de Parlamento, nosso representante, Igor Bonan, trabalhou para a aprovação do Estatuto da Juventude. Nos sentimos honrados em fazer parte dessa história, e nossa expectativa é que nossa candidatura possa ser aceita para os próximos anos.

Curtiu? Tem muita coisa legal vindo por aí! Não apenas leia, mas espalhe essas novidades para os adolescentes e jovens da sua igreja, fale com seu pastor, com seus pais, chame todo mundo para estar com a gente em 2014! Você encontra a Juventude Batista Brasileira nas redes socais, aqui no O Jornal Batista toda semana, e também em nosso site, www.juventudebatista.com.br.

TEEN BRASIL

Os Congressos Teen Brasil tem o ob-jetivo de mobilizar os adolescentes para uma vida de testemunho e intimidade verdadeira com Jesus

através de uma programação criativa, dinâmica e interativa. Nosso foco está nos frutos que têm se multiplicado ano a ano. Adolescentes impac-tados pelo Evangelho, vocações levantadas, igrejas transformadas e vidas sendo alcançadas pelo amor de Deus. Há dois conceitos que fortalecem e direcionam nosso trabalho junto com a igreja:

1) Não queremos simplesmente entusiasmar, queremos impactar os adolescentes com o amor de Jesus;

2) Nosso objetivo não é entretenimento, mas capacitar cada adolescente para uma vida de intimidade e compromisso com o Senhor Jesus.

A programação do final de semana é cheia de inovações a cada ano, onde eles passam por oficianas criativas, tempo de lazer e esportes, desenvolvimento de um grupo de amizade confiável para estudar a Bíblia, orar e compartilhar, pessoas preparadas para o aconselhamento e acompanhamento indivi-

dualizado, tempo de adoração no contexto e linguagem dos teens, a pregação da Palavra de forma criativa e relevante e muitas outras coisas que tornam do Teen Brasil, uma opor-tunidade maravilhosa de investir para que

esta geração tenha seu coração moldado pela Palavra de Deus.

Recife, vai receber uma edição do Teen Brasil 2014, no perído de 21 a 23 de novembro. Cara-vanas do nordeste e de outros cantos do Brasil já começaram a se mexer. Nossa expectativa está lá em cima, e estamos ansiosos para que esses dias cheguem logo. Invista em um adolescente e permita que Deus comece uma grande obra na vida dele.

JUVENTUDE, FÉ E TEOLOGIAO Juventude, Fé e Teologia é uma oportunidade

de jovens de todo o estado se ajuntarem pra ouvir uma boa teologia, pensarem em sua juventude, promoverem a sua fé, escutarem uma boa música e fazer novas amizades. João Pessoa, Rio de Janei-ro e Maceió tiveram noites incríveis de reflexão e adoração na presença de Deus.

O JFT tem feito diferença nas capitais onde ele acontece, e vem muito mais por aí! São Paulo e Espírito Santo são as próximas capitais a recebe-rem este evento que está fazendo diferença nas juventudes estaduais. Você pode acompanhar esse movimento em nosso site e também nas redes sociais.

“Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido ne-nhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”. (I Coríntios 2.9)

Como a vida é bonita! E quantas coisas boas Deus tem preparado para aqueles que o amam... O 29+ está aí pra isso: um Congresso pra quem é jovem, tem mais de vinte e nove anos, acha a vida tudo de bom e quer viver ainda mais intensamente tudo de bom que Deus tem para os seus filhos. Estamos deixando tudo preparado, e em breve, você fica sabendo melhor dessa novidade. Aguarde!

Encontrinhos, esmalte, batom, beleza, moda, make, cupcake....amigas, conversa gostosa, falar de meninos, e principalmente amizade com Jesus. O Brigadeiro de Morango está na estrada, e vai estacionar pelo Brasil neste segundo semestre com muita novidade e um blog novinho em folha!

CONJUVE

Page 10: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

10 o jornal batista – domingo, 25/05/14 notícias do brasil batista

Letícia Loiola e Ravenna Silva (texto e fotos)

Dos dias 17 a 19 de abril de 2014 os jovens batistas amapaenses rea-

lizaram seu Primeiro Con-gresso, no templo da Igreja Batista Filadélfia, localizada na cidade de Macapá, capital do Estado. Jovens de treze igrejas se fizeram representar e ainda destacamos o apoio e a participação de cinco pastores. Foram mais de 65 participantes.

O objetivo desse primeiro congresso foi discutir com a geração jovem as doutrinas e os princípios batistas. Os pre-letores da conferência foram: pastor Jorge Sarmento, pastor Cleber Ambé, irmão Mar-cos Vinícius e pastor Marcos Lima. O texto básico de toda a discussão foi o livro “Pacto e Comunhão”, publicado pela Convenção Batista Brasileira.

Na noite de abertura do congresso, o pastor Marcos Lima falou sobre o Pacto das Igrejas Batistas e sobre a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. Pastor Marcos é pastor da Igreja Batista Manancial em Macapá-AP, é o Presidente da Convenção Batista Ama-paense e, ainda, Presidente da Ordem dos Pastores Ba-tistas do Amapá.

O pastor Cleber Ambé fa-lou sobre os princípios batis-tas na manhã de sexta feira, 18 de abril. Ele é pastor da Congregação Batista de Serra do Navio-AP.

Houve uma mesa redonda com os pastores Elias Veloso do Carmo, Jorge Sarmento e Cleber Ambé, na tarde de sexta feira, que foi muito especial. Eles responderam as perguntas dos jovens, rela-cionadas às nossas doutrinas e princípios. Foram levanta-dos temas como o porquê do domingo como dia do Senhor, a doutrina da eleição e da salvação pela graça, a separação entre a igreja e o estado, o jovem e a música secular e a liberdade para discordar e criticar pontos de nossos documentos oficiais. Foi um dos momentos mais proveitosos do congresso.

Na noite de sexta feira, 18 de abril, estava prevista a palavra do pastor Jorge Sarmento, sobre a história dos batistas. Tendo ficado impedido de última hora e estando presente, o pas-tor Elias Veloso do Carmo, membro da PIB do Rio de Janeiro socorreu a juventude, pregando sobre “O espanto

de Jesus com o sono dos discípulos”. Era a sexta feira, aniversário da crucificação de Jesus, então a mensagem descreveu a agonia de Jesus no Getsêmane, na expectati-va da cruz, pela salvação do mundo, em contraste com o sono dos discípulos, que teriam a missão de fazer essa mensagem da cruz conheci-da em todo o mundo.

O irmão Marcos Vinícius, membro da Igreja Batista Manancial de Macapá-AP, fa-lou sobre a filosofia da CBB. Logo após, houve uma mesa redonda com uma das fun-dadoras da PIB do Amapá, Irmã Corina Amoras, sobre a história da igrejas batistas amapaenses, na manhã de sábado, dia 19.

Na tarde de sábado, foi realizado um impacto evan-gelístico pelos congressistas. O evangelismo foi realizado nas ruas e de casa em casa, nas ruas ao redor da igreja hospedeira.

Na alternância das pales-tras e evangelismo, houve os pequenos grupos, tendo como objetivo estimular cada jovem, individualmente, a refletir sobre as doutrinas, princípios e pacto batistas mais profundamente e critica-mente, quanto ao significado e importâncias destes, além de propiciar um ambiente em que eles pudessem ex-por opiniões, fazer pergun-tas, participar ativamente da construção da reflexão, e também integrar as igrejas entre si, facilitando o estabe-lecimento de novas amizades entre os membros de diferen-tes igrejas.

O Segundo Congresso da Juventude Batista Amapa-ense em Macapá-AP, será realizado nos dias 8 e 9 de agosto de 2014, porém ainda sem local definido. O tema será “Movimentação: meu chamado em Movimento”, estimulando a juventude a pensar sobre o seu chamado pessoal em cada área da vida, com abordagem sobre mis-sões nacionais e mundiais, evangelismo e discipulado, ação social, participação po-lítica e profissão.

Temos certeza de que os jovens que participaram des-se primeiro congresso enten-deram o real significado de ser batista.

Diretoria da Jubap: pre-sidente: Edson Tiago Lima; 1º vice-presidente: Benaia Pinheiro; 2º vice-presidente: Weryck Costa; 1ª secretária: Aline Ramos; 2º secretario: Abrahão Jara e secretário executivo: Abner Jara.

Primeiro Congresso da Juventude Batista do Amapá

Page 11: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

11o jornal batista – domingo, 25/05/14missões mundiais

Josué Pacheco – Missionário da JMM no Níger

Deus nos convoca diariamente para exa la rmos seu bom perfume so-

bre a terra, e para nós aqui no Níger é uma alegria ver que Deus tem dirigido nossos passos para que a obra dele se complete aqui no país e também em nossas vidas. Te-mos vivido muitas alegrias e vitórias dadas pelo nosso Pai. O Senhor tem nos conduzido em vitória, e assim temos exalado seu bom perfume.

Na comemoração da Pás-coa, tivemos uma linda festa e batizamos oito pessoas que queriam testemunhar

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Portugal, Espanha e Cabo Verde. Estes são os próximos des-tinos das caravanas

organizadas pelos Volun-tários Sem Fronteiras, pro-grama da Junta de Missões Mundiais voltado para cris-tãos que desejam apoiar a obra missionária transcultural durante um período determi-nado.

A viagem a Portugal e Es-panha acontecerá no período de 22 de setembro a 11 de outubro. Para ela, estão sen-do selecionados voluntários atuantes nas áreas de espor-

publicamente a fé em Cristo. Depois dos batismos, cele-bramos a Ceia do Senhor com toda a igreja.

Também comemoramos a Páscoa na aldeia de Kirtache, juntamente com o casal de obreiros e uma família que tem frequentado a igreja. Assim que começamos a can-tar em zarma (idioma local), muitas mulheres e crianças se juntaram a nós e puderam escutar sobre o amor e sacri-fício de Cristo na cruz. Ore por essas pessoas, para que o Espírito de Deus trabalhe no coração de cada uma e entendam a mensagem de Jesus.

Outra grande vitória que o Senhor nos deu foi que Helaj,

tes, evangelismo, recreação infantil, estética e beleza, psicologia, música e artes em geral.

nosso aluno de alfabetização que sofria com opressões espirituais e chegou a ser levado pelos pais a um feiti-ceiro, voltou para a aldeia e para as aulas. Estamos muito felizes com sua volta e con-tinuamos a pedir que você interceda por ele e toda a sua família. Cremos que Deus já tem tocado o coração desse pequenino e, pela fé, já vi-mos nele um grande homem temente e obediente a Deus.

As mulheres do curso de costura estão muito felizes e continuando a aprender. Elas nos mostraram, com um sor-riso no rosto, a primeira peça que confeccionaram. Agora ganhamos mais duas máqui-nas doadas por uma igreja de

Para Cabo Verde os volun-tários sairão do Brasil no dia 15 de outubro, retornando no dia 30 do mesmo mês.

Esse país africano precisa de voluntários das áreas de capacitação de líderes, música, esporte, evangelis-mo, visitação, artesanato com produtos recicláveis. O coordenador do programa Voluntários Sem Fronteiras, Cláudio Elivan, considera este grupo ideal para semi-naristas.

Ainda há vagas para quem está interessado em usar seus dons, talentos e cha-mado de Deus para entrar em campo com Cristo nes-tas caravanas. Para ser voz de Deus para portugueses, espanhóis e caboverdianos, o primeiro passo é entrar em contato com os Volun-

Minha esposa, a missioná-ria Kely, tem ajudado uma irmã que há dez anos traba-lha na prisão civil de Nia-mey, capital do Níger. Elas têm ido juntas à ala femini-na. Neste mês, elas puderam falar do amor e sacrifício de Jesus, principalmante sobre perdão. Depois do momento que compartilha-ram a palavra de Deus, uma das mulheres confessou que havia entregado sua vida a Jesus, mas que um tempo depois se envolveu com feitiçaria. Ela se arrependeu, orou, e um tempo depois foi liberada. Pedimos que você ore por essas mulheres, para que possam ser libertas pela Verdade.

Cremos que essa obra ma-ravilhosa que Deus iniciou aqui no Níger será completa-da. Cremos que todo o Níger será alcançado pelo bom perfume de Cristo. Continue conosco nessa caminhada de fé, para que possamos nos alegrar juntos com a vitória de Cristo neste país.

tários Sem Fronteiras. Mas é bom se apressar: restam poucas vagas. O contato dever ser feito através do e-mail [email protected].

Ainda para este ano es-tão programadas viagens voluntárias a Peru, Haiti, Oriente Médio e Cuba. E em janeiro de 2015, está programada a segunda edi-ção do projeto voluntário ao Chile.

Embarque nesta oportu-nidade de levar assistência social e humanitária a pesso-as que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir a voz de Deus. Seja um voluntário sem fronteiras.

Exalando o aroma de Cristo no Níger

Voluntários serão voz de Deus em países da Europa e da África

Voluntária usou seus dons e talentos na área de saúde em viagem ao Haiti

Ceia do Senhor Pr. Josué Pacheco (em pé, à direita) realiza batismo no Níger

Belo Horizonte/MG, e mais quatro mulheres se juntaram a nós. Pedimos que você também ore por elas.

Pr. Josué Pacheco (ao centro) com batizandos

Page 12: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

12 o jornal batista – domingo, 25/05/14 notícias do brasil batista

O casal pastor Roberto e Geni quando adentrava ao santuário

Pastores e líderes impondo as mãos no momento de oração de posse do pastor Roberto e de sua esposa

Da esquerda para a direita: pastor Robson Moreira, pastor Edmar Ornelas, pastor Roberto Sarmento e diaconisa Delma dos Santos

Novos tempos para Nova BrasíliaOthon Ávila AmaralMembro do Conselho Editorial de OJB

No calendário da I g r e j a B a t i s t a Nova Brasília a primeira semana

de fevereiro foi marcada por dois acontecimentos espe-ciais. O primeiro foi o culto realizado dia 1º, sábado, com a consagração ao mi-nistério diaconal de dois dos mais dedicados membros da igreja: Bruno Guimarães de Brito e Sérgio Alencar Pereira. Com uma presença satisfatória para aquela sole-nidade, que acontece de for-ma esporádica, reuniram-se os diáconos da Igreja local e mais alguns de outras igrejas batistas, na companhia de boa parte da membresia local e convidados, num ambiente altamente fraterno e acolhe-dor, onde a graça de Deus a todos alcançava.

Bruno, nascido em 15 de agosto de 1973, aceitou a Cristo e professou a fé com o batismo acontecido em 1992, em ato ministrado pelo antigo pastor José Gonçalves Figuei-redo Filho, que pastoreou a Igreja em duas ocasiões, hoje na eternidade desfrutando da inefável presença do Senhor. Casado com a diaconisa Iara Silva Nascimento, o casal tem dois filhos: Ighor Bruno Nascimento de Brito e Breno Silva Nascimento de Brito. Na Igreja foi conselheiro de Embaixadores do Rei, lider de adolescentes, diretor de evangelismo, promotor de missões e tesoureiro.

Sérgio, nascido em 6 de setembro de 1963, dez anos antes de Bruno, converteu-se, professou a fé e foi batizado pelo pastor Ciraudo César Alves de Souza, no dia 26 de julho de 2000, talvez entre os últimos batismos realizado pela IB Nova Brasília no Sé-culo XX. Casado com a irmã Rosangela Altivo Pereira, o

casal tem uma única filha, Iara Pereira. Na sua curta carreira cristã revelou-se um crente totalmente compro-metido com o evangelho. Foi vice-presidente da Igreja, tesoureiro, diretor do ponto de pregação, professor de adolescentes, secretário da Escola Bíblica Dominical, vi-ce-presidente e tesoureiro da União de Homens Batistas.

Presidiu a Assembleia o pastor Roberto Silveira Sar-mento, que também foi o examinador geral e orador da ocasião, foi secretária a diaconisa Selma Moreira dos Santos Gouveia. Entregaram as Bíblias personalizadas os diáconos Samuel Cristóvão de Souza (Sérgio) e Josué Luiz do Nascimento (Bruno), a oração consagratória foi foi proferida pelo diácono Sebastião Duarte, um dos lideres leigos da Associação Batista Belforroxense. A ce-rimônia foi aberta com uma meditação apropriada pela diaconisa Ilma Moreira dos Santos Ramos e encerrada com os agradecimentos ge-rais pela diaconisa Iara Silva Nascimento.

A posse festiva do novo Pastor

No dia 10 de fevereiro, segunda-feira, a Igreja voltou a se reunir para um momento também especial, que foi o da posse festiva para a de-nominação e para a comu-nidade de seu novo pastor Roberto Silveira Sarmento. É verdade que ele já havia pas-sado pela Igreja como pastor interino. Mas foi uma interi-nidade que deixou resquícios de que a volta seria inevitá-vel. Ela aconteceu com sua investidura no pastorado no primeiro domingo do ano, 2 de janeiro de 2014.

O pastor Roberto nasceu no dia 30 de maio de 1967 na localidade de Tinguá, município de Nova Iguaçu, RJ. Depois de convertido,

foi batizado no dia 22 de se-tembro de 1985 pelo pastor José Rodrigues de Menezes, da PIB de Tinguá. A própria Igreja o recomendou ao Se-minário Teológico Unido de Mesquita, dirigido pelo pas-tor que o batizou. Formou-se em dezembro de 1990. Con-cluiu a Faculdade Teológica Metropolitana e a Faculdade de Ciências e Educação Teo-lógica do Norte do Brasil.

Sua consagração ao minis-terial pastoral aconteceu no templo da PIB de Tinguá, por solicitação da própria Igreja, em concílio presidido pelo pastor Sinval, no dia 2 de março de 1991. Assumiu aquele pastorado em 16 de março de 1991 e nele per-maneceu durante oito anos. Posteriormente assumiu o pastorado da IB de Parque Estoril, em 8 de janeiro de 2000, que já exercia interina-mente desde 1998. Nele per-maneceu até 31 de dezembro de 2013, um pouco mais de três lustros. Casado com Geni Gonçalves do Almo Sarmen-to desde 30 de maio de 1967, o casal teve dois filhos: Filipe do Almo Sarmento e Roberto da Silveira Sarmento Júnior, ambos casados.

O culto festivo foi con-duzido pela diaconisa Del-ma dos Santos Barbosa, 1ª vice-presidente da Igre-ja e altamente comprome-tida com o trabalho deno-minacional. Entre os inú-meros visitantes presentes, mencionamos o jornalista, Othon Ávila Amaral, autor dessa reportagem e que re-presentou O Jornal Batista e fez a oração introdutória da solenidade, o pastor Se-bastião Vieira da Silva, da Assembléia de Deus, que leu um poema de sua auto-ria e que emocionou mui-to a congregação. Também um grupo representativo da IB de Parque Estoril apre-sentou sua homenagem ao pastor que há tantos anos

a serviu, dando a ele lem-branças que simbolizavam a gratidão da Igreja. A men-sagem da Palavra de Deus foi proclamada pelo pastor Edmar Ornelas de Azeve-do, presidente da Ordem dos Pastores Batistas da As-sociação Primeiro Centená-rio e pastor da IB de Santa Rita, Nova Iguaçu.

O Boletim do Culto de Pos-se tem uma reflexão interes-sante: “A Bíblia nos mostra inúmeras biografias de ho-mens que fizeram a história, homens que não tinham a intenção nem a ambição mas que Deus os usou para faze-rem e mudarem a história”. Dentre tantos especifica Moi-sés. “Moisés experimentou o poder e a glória de Deus em sua vida e fez história. Hoje, 10 de fevereiro de 2014, o mesmo Deus que usou Moi-sés, separou esta data para dar início a uma nova histó-ria. Pastor Roberto da Silveira será usado por Deus para escrever uma nova história na Primeira Igreja Batista de

Nova Brasília. Que o grande Eu Sou seja contigo é a ora-ção da membresia da Igreja”!

Uma palavra de saudadeAo encerrar os registros

dos novos tempos da IB de Nova Brasília, queremos lem-brar que a Igreja desde 4 de setembro de 2013 ficou desfalcada de um de seus mais notáveis membros: diá-cono Hely Ferreira Velas-co, que naquela data partiu para receber o prêmio que o Senhor Jesus para ele reser-vou. Foi membro fundador, coluna da igreja e do corpo diaconal. Não poderíamos deixar despercebida a data de seu encontro definitivo com Jesus. A Igreja prestou a ele, em ocasiões anteriores, duas homenagens através do corpo diaconal, que lhe deu uma plaqueta gravada com uma mensagem de gratidão (2011) e a inauguração de seu retrato na sala que tem seu nome e onde reúnem-se os diáconos da Igreja Batista de Nova Brasília (2012).

Page 13: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 25/05/14

Pr Francisco Nicodemos Sanches.

Após longa luta (19 anos) com um car-cinoma maligno infiltrante, Olívia

descansou no Senhor às treze horas de 21/1/2014. Nascida na Tijuca, Rio de Janeiro, filha de Antônio Alves Drum-mond e Olivia Buscaccio de Almeida Drummond, batiza-da na Primeira Igreja Batista em Rio Novo do Sul, em ten-ra idade, pelo seu avô, pastor Fernando Viana Drummond. Cresceu num ambiente fami-liar evangélico, onde uma personalidade de fundamen-to bíblico se desenvolveu e amadureceu.

Fez seus primeiros estudos no Colégio Batista Shepard, no qual seu pai era profes-sor. Cursou magistério no Instituto de Educação do Rio de Janeiro, tornando-se pro-fessora da rede municipal de escolas públicas. Fez seus estudos universitários na área de educação na UERJ, obten-do Licenciatura Plena com especialização em Adminis-tração e Orientação Escolar.

Nas suas atividades edu-cacionais, destacou-se, con-tinuamente, aperfeiçoando--se profissionalmente. Apro-veitava cada oportunidade para fazer novos cursos na sua área de atuação. Possuía enorme habilidade profis-sional, amava seu trabalho, desenvolvendo-o com zelo e dedicação. Foi integrada ao departamento de ensino es-pecial, aperfeiçoando-se em estudantes portadores de ne-cessidades especiais (físicas e mentais) como professora, depois como orientadora de professores e, também, como coordenadora e supervisora de equipes em diferentes distritos educacionais.

Em 1976, foi convocada a compor a chefia do departa-mento de Ensino Especial da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro. Declinou do convite, solicitando exonera-ção do serviço público para servir em Missões Mundiais. Casou-se em 20/3/1965 com o então seminarista, hoje pastor Francisco Nicodemos Sanches, na Quarta Igreja Ba-tista do Rio de Janeiro, em ce-

rimônia celebrada pelo nosso querido pastor, professor e amigo, Dr. A.Ben.Oliver.

Nosso primeiro pastorado (março/1967- abril/1976) foi na Igreja Batista Central em São João de Meriti-RJ, onde ela atuava no ministério in-fantil (EBD, EBF, Bandinha Rítmica, etc), trabalho com moças e senhoras e, entu-siasticamente, na promoção missionária. Nesse período, foi professora de formação magisterial do Colégio Ba-tista em São João de Meri-ti e membro das juntas de educação e de beneficência da Convenção Batista Flumi-nense.

Missões Mundiais (1ª fase: 1976-1980, Açores, Portugal insular), foi um período de experiências marcantes, com

Olívia empregando toda sua garra: música, EBD, EBF, visitação e distribuição de li-teratura de casa em casa, dis-cipulado, treinamento, acon-selhamento, aulas de reforço para estudantes da Igreja e da comunidade. Voltando ao Brasil, atuou ativamente em nossa ex-Igreja (Central em São João de Meriti-RJ), espe-cialmente com adolescentes e discipulado (abril/1980- ju-lho/1982).

Em nosso segundo pastora-do no Brasil (Primeira Igreja Batista em Volta Redonda-RJ - julho/1982-setembro/1988), Olívia deixou suas marcas e saudades na membresia. Atuou em todas as atividades da Igreja, especialmente com crianças, senhoras, discipula-do, aconselhamento, visita-

ção, e a sempre empolgante e entusiástica promoção mis-sionária.

Missões Mundia is (2ª fase: setembro/1988-novem-bro/2003- Sul da África). Fo-ram excelentes quinze anos para nós. Morávamos em Johannesburg, South Áfri-ca, mas nossas atividades abrangeram sete países e, nos tempos finais, a Zâmbia. Olívia demonstrou capacida-de, desprendimento, apoio e cooperação que me impres-sionaram e elevaram minha admiração por ela. Atuou em tudo como nos ministérios anteriores. A Igreja adquiriu uma van, pela necessidade de ajudar seus membros, muitos morando longe.

Muitos domingos, com temperatura negativa, ela

saía de casa às 5h30, ia a um extremo, voltava à Igreja, e se dirigia a outro extremo, para às 9h começar a EBD. Era a organista, professora de crianças e adolescentes, diretora do conjunto femini-no. Após o culto, retornava àquela gente para casa. À tarde, o trabalho na Missão em Nigel (65Km). À noite re-petia a “excursão” matutina, chegando em casa às 23h, tendo rodado no dia mais de (400Km).

O apoio aos missionários em trânsito, tratamento mé-dico, provisão e documenta-ção, hospedagem, buscar e levar ao aeroporto, era efetu-ado com amor (Cl 3.23).

Na aquisição da proprieda-de, restauração de edifícios e implantação do projeto (Hope Christian Village) onde hoje funciona a Igreja, Olí-via trabalhou arduamente, operando como trabalhadora braçal, para acelerar as obras e economizar recursos.

Retornando ao Brasil, con-vidados, fomos trabalhar com uma Congregação da Primei-ra Igreja Batista de Pádua, hoje, Quarta Igreja Batista em Pádua. Começamos ali em 21 de outubro de 2004.

Nesses quase dez anos, Olívia foi um exemplo de lealdade e serviço ao Se-nhor. Aconselhamento, dis-cipulado, música, visitação, promoção missionária. Tudo feito com zelo, com determi-nação, com alegria e entu-siasmo. Quem convivia com ela não conseguia entender o contraste entre seu estado de saúde tão grave e um viver tão ativo, tranquilo e alegre. Seus últimos meses foram dolorosos para ambos.

Porém, no auge de todo sofrimento, tinha palavras de conforto para os que iam visitá-la, para médicos, en-fermeiros e outros pacientes próximos a ela na UTI. Como esposo e companheiro por quarenta e nove anos, rece-bendo seu apoio incondicio-nal em todas as atividades, vendo-lhe o modo de viver e servir, posso, sinceramente, afirmar: “ Ela combateu o bom combate, completou a carreira, preservou a fé. O Senhor lhe dará a justa re-compensa”.

notícias do brasil batista

Missionária Olívia de Almeida Drummond Sanches14/12/1942 - 21/01/2014

Page 14: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

14 o jornal batista – domingo, 25/05/14

Durante os dias 30 de abril a 03 de maio os Batistas gaúchos estiveram

reunidos em sua 79ª Assem-bleia, o local das reuniões foram nas confortáveis ins-talações do Colégio Batista, em Porto Alegre sob o tema: Família – O ideal de Deus para o ser humano. Com texto base em Josué 24.15b.

Na noite de abertura con-tamos com a presença do Ministério Geração Fiel, que ministrou o louvor nesta pri-meira noite. A mensagem foi proferida pelo Orador Oficial, pastor Carlos Elias de Souza Santos, pastor titular da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, RJ. Nos de-mais dias do evento, a música foi conduzida pelo ministério de louvor da Primeira Igreja Batista de Uruguaiana, RS.

A programação contou com oficinas sobre Peque-nos Grupos Multiplicadores, ministradas pelo pastor Már-cio Tunala e pastor Marcos Paulo Ferreira, ambos da Igreja Batista do Bacacheri, Curitiba, PR. A psicóloga Marisa T. Klitzke palestrou sobre o tema: Família, o ideal de Deus para o ser humano.

Contamos com a presença de líderes denominacionais que falaram os convencionais

como pastor Sócrates Olivei-ra de Souza, diretor execu-tivo da Convenção Batista Brasileira, a missionária Ro-nice Ribeiro Ferreira (JMN),

o pastor Cláudio Andrade, representante da Junta de Missões Mundiais e pastor Amilton Vargas da Conven-ção Batista Fluminense.

Com o objetivo de auxiliar e dar suporte às igrejas ba-tistas gaúchas, a Convenção Batista do Rio Grande do Sul proporcionou aos conven-

cionais as palestras “Minha Igreja precisa do PPCI”, mi-nistrada pelo Engenheiro César Sostizzo, e a palestra “Questões Pontuais do Di-reito Religioso”, ministrada pelo Dr Thiago Rafael Vieira – diretor jurídico da Anajure.

A nova diretoria eleita para o biênio 2014-2016 ficou assim composta:

Presidente – Pr. Carlos Au-gusto Trindade Lopes – PIB de Uruguaiana

1º Vice – Presidente – Pr. Daniel Guedes Duarte – PIB em Montenegro

2º Vice – Presidente – Pr. André Luis Pereira Teixeira – SIB de Guíba e IB Sans Souci

3º Vice – Presidente – Pr. Mauro Cesar Ferreira Jaques – PIB em Alvorada

1º Secretário – Pr. Bruno Teodoro Seitz – IB Gaúcha – POA

2º Secretário – Pr. Ignácio de Oliveira Filho – CB Ma-thias Velho – Canoas

3º Secretário – Pr. Ivo Augus-to Seitz – IB da Floresta – POA

As atividades da assembleia foram encerradas na noite do dia 03 com uma grande celebração ao Senhor. O orador da noite foi o pastor Vanderlei Batista Marins, pre-sidente da Convenção Batista Fluminense.

notícias do brasil batista

Convenção Batista do Rio Grande do Sul realiza 79a Assembleia

Nova Diretoria Eleita

Pr. Sócrates falando a assembleiaVista parcial do plenário no final da assembleia

Page 15: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

15o jornal batista – domingo, 25/05/14ponto de vista

É apenas um movi -mento sem conteú-do, vazio, que faz muito barulho (som

nas alturas para arrebentar os tímpanos e criar uma geração de surdos gospel). Quanto mais barulho, me-lhor! Há um mundo gos-pel – o das concessões, das arapucas, das apelações, da ética relativa, da teologia da prosperidade, das cam-panhas, dos “milagres”, da dispersão e da falta de reve-rência, das novenas “evan-gélicas”, do envolvimento político-partidário com um viés de fisiologismo aliado aos conchavos e benefícios pessoais e comunitários. Os pregadores gospel são light. Leves de ouvir. Eles não falam muito de pecado, imoralidade, corrupção, mas apenas assuntos que deixam os ouvintes descansados, tranquilos. E o que falar dos

Considerando a dinâ-mica que tenho no-tado na vida ecle-siástica em minhas

viagens pelo país nos últimos tempos, penso que estamos vivendo hoje um momento que requer profunda reflexão sobre a natureza e missão da igreja.

Se consultássemos mem-bros comuns das igrejas so-bre o significado do domin-go, do culto, da ceia, a rele-vância do que é ser membro de uma igreja e o próprio significado da igreja e seu papel no mundo contempo-râneo, quais respostas será que poderíamos obter?

Em primeiro lugar peço desculpas por fa la r em “membros comuns”, é que não vale consultar pastores e infelizmente parece-me que

deputados chamados evan-gélicos (que de evangélicos têm quase nada) que conse-guem concessões de rádio e TV com objetivo de “pregar” o evangelho, mas, na verda-de, é um palanque político e de projeção pessoal. Pre-senteiam igrejas e pastores com mimos. E geralmente só aparecem nas eleições.

O que dizer dos cantores que ganham muito dinheiro e vivem nababescamente, explorando os incautos. Dos autores fazendo letras e mú-sicas sem conteúdo bíblico teológico, visando apenas conquistar corações vazios, corações religiosos e, con-sequentemente, auferirem o mero lucro. Além da fama, da popularidade que conse-guem. Tem até os que dão autógrafos. O movimento gospel é o movimento que tem a simpatia das gran-des redes de TV e de todos

a mentalidade clerical tem se instalado em nosso ambiente denominacional e eclesiásti-co em sentido contrário ao nosso ideal histórico. Por outro lado, tenho notado que a necessária reforma que o evangelho no Brasil necessita terá mais a tendência de vir do povo, do chão da igreja, diferentemente da época da Reforma Protestante.

Ao longo do tempo apren-demos a reduzir igreja ao conceito geográfico de um lugar, dando-lhe um sentido sacramental e sacralizado, como se Cristo tivesse morri-do e ressuscitado por tijolos, móveis e equipamentos.

Mas, afinal, o que signi-fica igreja hoje para um membro ou frequentante? É um ponto de encontro de final de semana? Ocasião

que o consideram altamente lucrativo. Este movimento trabalha para que o cris-tianismo vire uma cultura, sem referenciais éticos, sem uma postura de santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Para essa gente, as Escrituras não têm relevância. Eles a usam com base numa hermenêutica tendenciosa.

O movimento gospel é o movimento dos shows den-tro e fora dos templos. Está ligado à fama, ao poder, ao foco humano, antropocên-trico, àqueles que buscam o pódio e a ovação. É im-pressionante como essas pessoas descaracterizam o evangelho de Cristo! Como vulgarizam a mensagem da cruz! Estão entre nós, mas não são de nós. É triste dizer isso, mas pelos frutos se co-nhece a árvore. É um movi-mento que deseja fortemen-

em que é possível mostrar nossos carros limpos, roupa nova, o mais novo tablet que adquirimos ou um lu-gar em que podemos pedir ajuda a algum médico mem-bro da igreja ou mesmo encontrar alguém para ver como dar jeito em nosso desemprego ou mesmo em nosso computador que anda com vírus.

Igreja pode ser também um ponto de entretenimento onde temos boa música (e até com aplausos depois dos fortes acordes finais dos cân-ticos), também pode ser um lugar onde poderemos ouvir um bom pregador que até consegue fazer hábeis ma-labarismos com as palavras dando um toque de desafio e carga em nossas baterias pes-soais para a gente aguentar a

te amalgamar cristianismo com mundanismo. Fé com charlatanismo. Exploração do pobre com a construção de templos suntuosos. Há um linguajar gospel. Ele é repetitivo e cansativo. Dói nos ouvidos. Os líderes de movimento – pastores, em-presários e cantores – se vestem muito bem, com roupas de gripe, andam nos seus aviões, carrões e nas suas mansões. Usam o povo como massa de manobra. Tem até seguranças para protegê-los do povo. São arrogantes, ditadores e alie-nados em relação ao sofri-mento humano. Ficam nos pedestais e não sentem o cheiro das ovelhas de Cristo! Acumulam bens e estão mais preocupados em ter do que ser. Trabalham cria-tivamente para impressionar as pessoas. São especialistas em angariar fãs. Como diz

semana ou mesmo levantan-do temas interessantes.

Mas, nessa concepção de igreja, onde é possível en-contrar a comunhão entre os irmãos que ultrapassa a presença física e coletiva num templo? Comunhão que se revela pela depen-dência entre os irmãos, pelo interesse e sensibilidade à vida de cada um e entre todos os membros da igreja. Muitas vezes nos encontra-mos no final de semana no templo apenas para trabalho e mais trabalho, um ocupa-cionismo sem fim em que trabalhamos tanto para a obra de Deus que podemos estar nos esquecendo do Deus da obra. O trabalho pode se tornar em fim em si mesmo. O domingo, dia de celebração se torna em dia

Judas, em sua carta, são “homens ímpios, que mu-dam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo... Ai deles! Pois seguiram pelo caminho de Caim, e por causa de lucro se lançaram ao erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Coré” (Jud 4 e 11).

Este movimento gospel precisa ser substituído pela vida de Cristo nos corações. A centralidade do homem precisa ser substituída pela essencialidade de Cristo. Este movimento que está aí não mudará o país, mas sim o verdadeiro evangelho, o da cruz, o do compromisso com Cristo às raias da morte. O evangelho de Cristo é o evangelho da impopulari-dade. É este que devemos seguir e servir para a Glória de Deus Pai!

de agitação, dia de descan-so que se torna em dia de cansaço.

No final do domingo não é raro ver os membros ir-mãos se despedindo apenas desejando uma boa semana, sem haver a real preocupa-ção com a vida, pelo menos dos mais próximos. E, as-sim, cada um tenta sobrevi-ver aos embates da semana como pode, sem, muitas vezes, o amparo de outros irmãos na fé, em oração e atenção.

Devemos desejar uma igre-ja em que o final de semana ultrapasse e supere o ponto de encontro, uma igreja viva, criativa, dinâmica, sensível comunidade terapêutica e oportunizadora de convivên-cia e comunhão entre os seus membros e suas famílias.

Page 16: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · tudo fará.” Salmos 37:5 Pr. Luiz Roberto Silvado Presidente da Convenção Batista Brasileira As mensagens enviadas

anj_colheita_digital_ojb.pdf 1 15/05/14 14:37