r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 09 Domingo, 26.02.2012 R$ 3,20 E o impossível vai acontecer. Como presidente da Convenção Batista Brasileira, desafio cada batista brasileiro a ser luz para trans- formar aqueles que estão em trevas. Deus tem poder para mudar a história desta nação e também para mudar a história do seu filho, de sua família e de sua vizinhança. Caminhe conosco em oração: 100 dias de oração, 100 mil batistas nas ruas falando da graça do Senhor Jesus. Que Deus abençoe você e nós veremos os efeitos daquilo que Deus fará em nosso meio, declara pastor Paschoal Piragine Jr, presidente da CBB (Página 7). Deus quer fazer algo tremendo nesta nação O Jornal Batista bate recorde com tiragem de 147.000 exemplares O Jornal Batista supera todas as marcas já exis- tentes em sua história, alinhando a tecnologia e os recursos do papel impresso, para chegar a façanha de alcançar 147 mil leitores em apenas uma única edição. Este é somente o marco ini- cial para uma revolução nos meios de comunica- ção dos batistas no Brasil. Está sendo alcançado o objetivo principal de O Jornal Batista, levar reflexões, ponto de vistas, missões e informações a todos os batistas do Brasil (Página 8).

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1o jornal batista – domingo, 26/02/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 09 Domingo, 26.02.2012R$ 3,20

E o impossível vai acontecer. Como presidente da Convenção Batista Brasileira, desafio cada batista brasileiro a ser luz para trans-formar aqueles que estão em trevas. Deus tem poder para mudar a história desta nação e também para mudar a história do seu filho, de sua família e de sua vizinhança. Caminhe conosco em oração: 100 dias de oração, 100 mil batistas nas ruas falando da graça do Senhor Jesus. Que Deus abençoe você e nós veremos os efeitos daquilo que Deus fará em nosso meio, declara pastor Paschoal Piragine Jr, presidente da CBB (Página 7).

Deus quer fazer algo tremendo nesta nação

O Jornal Batista bate recorde com tiragem de 147.000 exemplares

O Jornal Batista supera todas as marcas já exis-tentes em sua história, alinhando a tecnologia e os recursos do papel impresso, para chegar a façanha de alcançar 147 mil leitores em apenas uma única edição. Este é somente o marco ini-

cial para uma revolução nos meios de comunica-ção dos batistas no Brasil. Está sendo alcançado o objetivo principal de O Jornal Batista, levar reflexões, ponto de vistas, missões e informações a todos os batistas do Brasil (Página 8).

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2 o jornal batista – domingo, 26/02/12 reflexão

E D I T O R I A L

O terceiro passo é de gran-de importância, saber ou-vir. Não basta reconhecer e buscar a renovação se não houver sabedoria no ouvir. Em muitos casos as pessoas escutam o que é necessário, mas não executam, não acei-tam. A orientação espiritual deve ser vinda de Deus e tudo o que é Divino é per-feito, aceitando o não, con-tinua sendo perfeito. Existem aqueles que reconhecem a necessidade de se ouvir todos os pontos contrários aos seus, mas na hora de utilizar os pontos contrários para crescimento, são capa-zes de dizer que estão sendo perseguidos.

Quando líderes, políti-cos, professores, doutores, pedreiros, donas de casa, manicures, veterinários, …, começarem a entender que precisam, mais do que uma renovação de pensamentos, uma renovação espiritual constante, o povo cristão começará a fazer a diferença

Deus, mas também para pes-soas que sempre estiveram na casa dele. Se regenerar é reconhecer os pecados e buscar uma vida saudável diante de Deus.

Após reconhecer a neces-sidade de mudança, seja em qualquer área da vida, o segundo passo é buscar essa mudança. Leia a Bí-blia, converse com Deus, converse com líderes espi-rituais, busque o perdão, se corrija, não tenha medo de voltar atrás em alguma palavra para corrigir algum erro. Algumas pessoas, du-rante sua vida, começam a sentir que precisam de mu-dança, mas não reconhe-cem e nem sabem por onde começar. Por isso passam a vida toda renovando os móveis, as roupas, o casa-mento, os amigos, mas não querem ver a necessidade espiritual. Peça a Deus uma mudança real, mesmo que você já seja um grande lí-der há anos.

Todos precisam de um renovo espiritual, sejam cristãos jovens ou da terceira ida-

de, estejam na caminhada de Cristo desde criança ou depois de adultos. Renovar é melhorar, consertar, reco-meçar, substituir por coisas melhores, trazer novamente à lembrança, reaparecer, rejuvenescer. Isso tudo não tem à ver com a vida cristã? Com toda certeza! A vida cristã precisa ser renovada espiritualmente todos os dias.

Todos os dias são neces-sários reajustes na vida, dia após dias é preciso buscar mais a Deus para ver e en-tender onde está errando. Reconhecer a necessidade de um renovo espiritual é o primeiro passo. Vemos na Bíblia que até mesmo os reis tinham a renovação de Deus. Para seguir novos caminhos é preciso se regenerar e a re-generação não é apenas para pessoas que viveram uma vida contrária a palavra de

na sociedade de forma signi-ficativa. Abaixo estão alguns exemplos de histórias de renovação espiritual:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sa-biamente, e praticará o juízo e a justiça na terra”, Jeremias 23.5.

“Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de be-leza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel”, Isaías 4.2.

“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”, Isaías 53.2.

“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis”, Apocalipse 21.5.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 26/02/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

O pecado é insa-ciável. Impossí-vel contentar-se com apenas uma

transgressão. Não há como se abster do cometimento de outros atos pecaminosos para se encobrir o pecado inicial. A história está repleta de ilustrações que confirmam esta terrível realidade. Um olhar pode reproduzir-se e se complementar num crime hediondo. Uma pedrinha de crack sempre exige mais algumas para satisfazer o organismo dependente.

Assim o pecado encontra terreno fértil para sua pro-liferação. O sentimento de rejeição estimula o da infe-rioridade, que por sua vez se converte em inveja, em ressentimento, que gera o ódio e com ele a destruição do outro, como única forma de sobreviver. Como não há lugar para a alteridade, pre-ciso destruí-lo, pois não há como conviver. Tiago 1.13-15 sintetiza esta realidade que é repetida milhares de vezes a cada dia na experi-ência humana.

Quando o outro se torna insuportável e inconveniente,

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

Nos dias atuais a sociedade recebe vários títulos. Ora estamos no glo-

balismo, ora estamos no pós modernismo, ora estamos no humanismo, no pós huma-nismo, e vamos pulando de ismo em ismo.

Ocorreu-me recentemente, ao ler o episódio da cura do homem que nascera cego, principalmente por que fiquei impressionado em contemplar esse tanque em Jerusalém, que as pessoas envolvidas no episódio, agi-ram de modo igual às pessoas dos nossos dias, e, olhe que lá se vão 2.000 anos. Fico impressionado como nos en-ganamo-nos a nós mesmos, nos esquecendo que Deus já conhece o que somos a milhares de anos.

às vezes por trazer à tona a minha incapacidade, a ma-neira mais fácil de me livrar dele, é destruí-lo. As armas usadas para conseguir tal ob-jetivo são variadas, mas todas mortíferas. É o esposo que se divorcia porque a esposa não mais corresponde aos seus anseios de felicidade conju-gal. São os filhos que aban-donam os pais porque estes significam fardo financeiro. É a ovelha que muda de reba-nho, porque o alimento que lhe é oferecido não atende as suas necessidades espiri-tuais. É a liderança da igreja que engendra a mentira da aposentadoria do pastor para encobrir as injustiças come-tidas contra o obreiro do Senhor. Assim como Caim, a aceitação Divina do sacrifício oferecido por Abel justificava a eliminação deste. Em lugar de se alegrar por ver o irmão aceito aos olhos do Senhor, o pecado exigia a sua elimi-nação.

A maneira como Deus lida com Caim e seu pecado nos desafia à reflexão. Bem mais tarde ao codificar as Leis, Deus vai afirmar que o sangue derramado exige

Os apóstolos fizeram uma pergunta a Jesus. Essa per-gunta é uma questão que se mantém em pleno vigor em nossos dias. Ainda hoje, mi-lhões apregoam e acreditam que o homem sofre porque peca. Isso, em certo sentido é verdade. O vício do cigarro traz sofrimentos terríveis. Tu-mores no pulmão, garganta, e outros tantos lugares, mas, nem todo câncer tem origem no fumo. Pior ainda é a tolice de que alguém sofre porque pecou em outras encarnações passadas. Também é tolice que o filho recebe o castigo pelo pecado de seus pais. Logo, os apóstolos foram influenciados pelas crenças de seus dias.

Agora vamos mencionar alguém livre das crenças de seus dias. A luz que Jesus era, e tinha, era uma luz própria. Ele não acreditava no que os homens de seu tempo

derramamento do sangue do criminoso. A vida se paga com a vida. Pois só o Au-tor da vida tem o direito de eliminá-la. À criatura huma-na não é dado o direito de fazer justiça com as próprias mãos. Mas no caso de Caim, Deus não aplica a Lei elabo-rada pelo próprio Deus e já existente na onisciência do Senhor. Deus age com graça e amor. Tenta convencer a Caim a buscar arrependi-mento. A se conscientizar do erro cometido. A reconhecer o seu pecado. O solo en-sanguentado testifica contra Caim. A voz do sangue o denuncia e clama por vin-gança. Mas Caim se recusa a admitir que errou. Hoje não é diferente. Erramos e pecamos porque o outro, as circunstâncias e o próprio Deus geraram situações que nos induziram a pecar. É a repetição da desculpa adâ-mica: “A mulher que me deste”. Ele me feriu primeiro por isso o eliminei. Reagi ao bullyng. Defendi a minha honra. Conhecendo as eva-sivas que o pecado oferece ao pecador para justificar o injustificável, Deus oferece

falavam. Não cria como os homens de seu tempo criam.

Os vizinhos do cego que fora curado eram igualzi-nhos aos nossos contempo-râneos. Logo que viram o homem curado, aproveitaram o episódio para aparecerem. Parecem-se muito com as criaturas de hoje. Tudo fa-zem para aparecer. Expõem suas intimidades. Vibram em saberem as intimidades dos outros. Dão tudo que podem, para terem seu minuto de fama. É a tal crença no “apa-reço, logo existo”. Como essa busca influência o ambiente de nossas igrejas. Testemu-nhos espetaculares, longas horas de desfile de vozes, de discursos, de oração prolon-gada, tudo feito para depois ser motivo de comentários.

Os vizinhos o levaram as autoridades. Elas apreciavam quando isso acontecia, pois faziam desfilar o seu aca-

graça e misericórdia a todo pecador.

A Caim Deus ofereceu pro-teção. A reação esboçada por Caim em Gen 4.14, expressa o desespero que o pecado sem o arrependimento e sem o alcance da graça, coloca sobre o infrator. Fugitivo, va-gabundo, com medo de tudo e de todos o pecador não tem a quem recorrer. Todos são inimigos e vingadores em potencial. A consciên-cia não perdoada é o maior castigo que se impõe ao in-frator. Não consegue fugir de si mesmo. Não há como esconder-se. Resta apenas o desespero do inferno que se instala na vida do pecador, não perdoado.

Deus, porém, não deixa Caim desprotegido. Embora não o perdoe, pois faltou arrependimento, o Senhor o protege. Coloca-lhe um sinal diferenciador que o protegerá do vingador de sangue. Mais tarde na formação do povo escolhido, Deus providencia as cidades de refúgio, Num 35.6, para proteger o crimi-noso da aplicação da justiça intempestiva do ser humano.

Mesmo sem ser perdoado,

demicismo. Imediatamente o cego é deixado de lado, e quem se torna motivo de discussão e polêmica, é Cris-to. Como nos assemelhamos a eles. Ainda hoje, como Cristo é motivo de polêmica. Os pais do cego foram os inventores do “politicamente correto”. Mentem, pois será que o filho não lhes falara de como passou a ver? Se não sabiam, o que lhes levara a terem medo? Os fariseus apertaram o homem que fora cego para que ele dimi-nuísse a Cristo. Essa atitude é a mesma do Diabo para conosco. Quer nos levar ao pecado para depreciarmos a Jesus, mas quem tem a Luz, por menores que sejam seus conhecimentos, têm argu-mentos inquestionáveis e foi isso o que o homem curado fez. Como dizem os jovens de hoje, “o cara detonou os fariseus”.

Caim é protegido pelo Se-nhor. Sem a absolvição da culpa, ainda assim usufrui da graça abundante e do amor que se dispõe a restaurar o pecador. Deus não aban-dona o pecador. Embora o entregue às consequências dos seus pecados, Rom 1.26, deixa aberta a porta para a manifestação da graça, 1Tim 2.11, no momento do sincero arrependimento.

Ao ser humano, falho e sempre propenso à vingança, não é dado compreender este agir divino. Muitos dos que são condenados por nossa falsa justiça são justificados por Deus, quando arrependi-dos. O sinal imposto a Caim não foi um estigma, mas a prova que o amor de Deus à criatura decaída, sempre oferece oportunidade para o alcance do perdão. Tal ver-dade levou Paulo a escrever: “Deus quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verda-de” 1Tim 2.4. No “todos” estão incluídos os Cains que derramaram sangue inocente e prejudicaram os seus se-melhantes. Por isto João diz: “Deus é amor” 1João 4.8b.

Por fim ele ouviu o que os verdadeiros discípulos de Jesus, dos dias de hoje, ouvem: “Nós temos a verda-de, não vocês!”. E afirmam o que os apóstolos afirmaram através de uma pergunta. Que pecado ele cometeu para ser cego? Assim somos hoje, tão maus como os de 2.000 anos atrás. Os sau-dáveis vivem culpando os doentes por suas doenças, mas se fossem doentes, não cometeriam essa maldade. Amado irmão, chore com os que choram, não inquiram sobre a causa do choro, che-gará a hora de cada um de nós chorarmos. Conquiste a bem-aventurança raríssima em nossos contemporâne-os, ou seja, chorar com os que choram, ao invés de explorar o sofrimento alheio por julgar-se isento deles e melhores espiritualmente dos que sofrem.

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4 o jornal batista – domingo, 26/02/12

GOTAS BÍBLICASOLAVO FEIJÓ

Pastor, professor de Psicologia

Como responder a cada um

reflexão

Depois de descrever como devem ser os deveres domés-ticos dos cristãos,

Paulo focaliza a importância da oração, para a qualidade cristã da comunicação. “A vossa conversa seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como de-veis responder a cada um.” (Colossenses 4.6).

Aquilo que falamos no dia a dia é visto pela Bíblia como de valor estratégico no processo da promoção do Reino. Nossa conversa, disse Jesus, não deve ter um caráter dúbio – “nosso falar deve ser sim, sim, não, não”. Já Tiago condena a “língua solta”, irresponsável, que pode causar incêndios e prejuízos de toda sorte. Quando chega sua vez, o Apóstolo Paulo recomenda moderação e dependência

do Senhor: “Temperada com sal” e motivada pela “graça” divina.

Pedro nos lembra que fo-mos chamados para ser tes-temunhas de Cristo, no meio de um mundo injusto, que persegue cristãos. Por isso, ele escreve: “Estejam sem-pre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm”. Ao fazê-lo, diz o apóstolo, devemos falar com educação e respeito. Co-municar a mensagem cristã “temperada com sal”, equi-libradamente, é sempre um desafio para nós. Nossa única saída é a “graça”. A graça do Cristo que, quando vivemos em comunhão com Ele, nos inspira a dizer aquilo que Ele quer que digamos, não importa quão difícil seja o desafio do testemunho. Com sal e com graça.

Elildes Junio Macharete FonsecaPIB Cabo Frio, RJ

Sou um defensor da Igreja, embora tenha plena consciência de que ela não precisa

da minha defesa, muito pelo contrário. Só que não posso me calar diante daqueles que vivem a apedrejá-la, relegando-a a qualquer coisa, por fazerem uma leitura que julgo equivocada. Respeito os que pensam diferente e me mantenho aberto ao di-álogo, mas faço questão de me posicionar. Não há no mundo nenhuma instituição que possa se comparar à Igreja de Cristo, por mais bem intencionada que seja. Todas estão – e sempre es-tarão – abaixo da “noiva do Cordeiro”.

Cresci ouvindo o dito po-pular “quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Fico surpreso com algumas pes-soas que falam e escrevem o que querem, mas são in-capazes de estar diante de uma opinião contrária sem julgá-la, e muitas vezes le-vianamente, como liberal, fundamentalista ou extrema-da. É aquela velha história: as pessoas chamam de equi-líbrio o lado da balança que as interessa.

Já cansei de ser chamado de ortodoxo por simplesmen-te afirmar que amo e defendo a Igreja. Tem alguma coisa mal resolvida com alguém que se proclame cristão e não ame e defenda a Igreja, porque ele é Igreja (ou deve-ria ser). A Igreja somos nós. Esse é um postulado básico do discurso da fé cristã (Te-ologia).

Está na moda criticar a Igre-ja. Mais na moda ainda está dizer que “está tudo erra-do”. Parece que só a geração atual sabe o que é Igreja e como cumprir a missão. Não. Quando entramos nesse “ôni-bus”, ele já vinha de algum lugar. Aliás, só entramos nele porque outros entraram antes

e não desistiram dessa “via-gem”, por maiores que foram as lutas no caminho.

Igreja e templo: Qualquer pessoa que vive com hones-tidade a fé cristã sabe que o templo é um espaço físico que serve à Igreja. Não é jus-to jogar pedras naqueles que vão ao templo, taxando-os como amantes da “institui-ção” e limitadores da graça de Cristo. Vou ao templo regularmente, mas sei que ele, por si só, não faz nada. É apenas um prédio, mas é o que melhor abriga a Igreja reunida. No meu caso, em especial, a Primeira Igreja Batista em Cabo Frio. Onde colocaríamos 700 pessoas bem acomodadas para cul-tuar ao Senhor? O templo foi planejado para isso, com sonorização e climatização.

Não vamos ao templo por-que o julgamos como único lugar para se adorar a Deus. Vamos ao templo porque tem sido o melhor espaço para a Igreja se reunir, como comu-nidade de fé, desenvolvendo a comunhão e a tão necessá-ria prática da adoração coleti-va. Quando nos reunimos em grupos menores, utilizamos casas e outros ambientes, pois comportam bem deter-minadas quantidades de pes-soas. Mas, como entendo que é fundamental o ajuntamento de toda comunidade local, valorizo o templo.

A salvação não é um ato individualista: Preocupa-me a visão individualista que alguns têm defendido (ou vi-vido, sem refletir) a salvação. Sabemos que a salvação é individual, mas não indivi-dualista, porque o salvo é incluído no corpo de Cristo. É claro que podemos (e deve-mos) adorar a Deus sozinhos. Na verdade, a vida do cristão deve ser um culto ininterrup-to. Mas, como corpo, temos de estar unidos.

É perigosa demais a ideia de que acordar cedo e adorar a Deus vendo o sol nascer na beira da praia tem mais valor do que ir ao culto coletivo.

Nada contra ir à praia ver o sol nascer e lá adorar a Deus. Isso é bom. Sou contra a fazer isso em detrimento do culto coletivo. Essa ideia in-dividualista da salvação não combina com o ensinamento bíblico, que estabelece clara-mente a reunião do povo de Deus como um dos pilares do “ser Igreja”.

Pessoas que querem uma vida cristã isolada, passam a imagem de que a querem sem a disciplina que a cole-tividade impõe. Solte uma criança na vida sem limites e veja o que produzirá. Crie um cristão fora dos limites do corpo de Cristo e ele será qualquer coisa, menos cris-tão.

E a nossa juventude? Te-nho medo de estarmos for-mando uma geração do “não tem nada a ver”. Pessoas que acreditem mais nas ins-tituições terrenas, do que na Igreja, que é a instituição divina, porque fora nascida pela palavra de Cristo. Tenho apreciado e aprendido com as reflexões que nos tem en-sinado que a visão da Igreja precisa sempre ser ampla, pois as carências dos seres humanos são gigantescas. Mas dói o meu coração quan-do ignoramos a realidade do pecado e a exclusividade de Cristo Jesus como Salvador.

Muitos líderes foram bri-lhantes na sua luta pelo pró-ximo, mas só Jesus é o Salva-dor. Só Jesus é caminho para o céu. O “arrependam-se e voltem-se para Deus” não pode sumir do nosso dis-curso. Pode ser que alguém, lendo estas linhas, esteja ten-tado a me classificar disso ou daquilo. Apenas peço que, antes de qualquer precipita-ção nesse sentido, perceba que este é apenas um artigo com um tema bem definido e que não daria conta de regis-trar tudo o que creio e pratico como missão da Igreja entre a humanidade.

Não concordo com atitu-des que rebaixem a Igreja de Cristo e, até jocosamente, a

julguem ultrapassada. Lute-mos por um mundo melhor, sempre. Façamos nossa parte para a preservação do meio ambiente. Todavia, não des-cuidemos da pregação do arrependimento para a salva-ção eterna.

A Igreja não está no mundo para fazer relações político--partidárias. A Igreja não está no mundo para pregar ade-

são. A Igreja está no mundo para pregar conversão, nis-to está o seu extraordinário valor. Relações partidárias e adesão, qualquer institui-ção pode fazer e anunciar. Conversão, só a Igreja. Essa mensagem é dela, ordenada por Cristo.

Amo (e defendo) a Igreja. Abaixo de Cristo e da minha família, a ela devo o que sou.

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5o jornal batista – domingo, 26/02/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Quando fui pastor da Igreja Batista de Acari, RJ, mo-ramos por algum

tempo na Rua Embaú, no local conhecido como Corta--Rabo. A casa pertencia à Igreja e recebeu pequenas reformas para servir de re-sidência pastoral. Ao lado da casa corria um riacho habitado por saracuras e um brejo onde os meninos caça-vam muçum, uma espécie de cobra que vive enterrada na lama. Do outro lado do cór-rego passavam os trilhos da estrada de ferro Rio D’Ouro, que então transportava so-mente cargas. Na altura da nossa casa havia alguns dor-mentes podres no leito da ferrovia e vez por outra um vagão ali descarrilhava.

Certa vez tombou um va-gão cheio de engradados de galinhas. A lateral do vagão se abriu e as penosas se espa-lharam. A vizinhança acorreu e saiu à cata dos galináceos.

Não procuramos apanhar nenhum franguinho sequer. Da outra vez, foi um vagão--tanque de leite que tombou, quebrou uma torneira e o lei-te vazou para o córrego. Os moradores apareceram com vasilhas pequenas e grandes e cada um levou tanto leite quanto podia. Não fomos lá com nossas vasilhas. Morado-res comentaram que nunca tinham bebido um leite tão puro.

Nossos filhos eram peque-nos e inventaram com os outros meninos, uma inocen-te brincadeira. Amarraram uma linha em um galho de gigoia, que jogaram na rua, ficando escondidos no mato. Quando alguém passava, eles puxavam a linha e as pessoas gritavam de medo pensando que fosse uma cobra. Eles riam a valer. Passou um ho-mem armado de um revolver, que sacou e começou a atirar na “cobra”. Assustados, os meninos logo puxaram a

linha e o homem continuou a atirar. Quando a “cobra” desapareceu no mato, ele gritou: “Já matei muita cobra e nunca errei um tiro!”.

Certa vez eu promovi um concurso de pipas. A nossa casa ficava no sopé de um morro em que havia uma plantação de eucaliptos onde se aninhavam centenas de urubus provindos do lixão que, depois de nos mudar-mos para lá, a Prefeitura co-locou a duzentos metros da nossa casa. E não é que um dos concorrentes esticou tanto a sua linha com cerol que cortou o pescoço de um urubu? O animal caiu sobre a rede elétrica e provocou um curto-circuito que deixou o bairro todo sem luz por al-gumas horas. Assustados, os embaixadores enrolaram suas linhas, tomaram o lanche e foram embora.

Depois aquela proprieda-de foi vendida para a Igreja Presbiteriana, que ali cons-

truiu sua sede. Está lá até hoje para quem quiser ver. Só não há mais os eucalip-tos, nem o lixão, nem os urubus. Certa vez estava em nossa casa um senhor da igreja. Lá vinha o trem. Zênia correu para o muro e chamou o irmão: “Seu José, vem ver o trem cair”. Quan-do a locomotiva chegou ao local dos dormentes podres, descarrilhou. Era de se ver a cara do homem olhando para a Zênia com os olhos arregalados. Acho que ele morreu pensando que a mi-nha esposa tinha uma pala-vra poderosa capaz de fazer tombar um trem! Diga-se, aliás, que a Rio D’Ouro logo foi desativada e os trilhos arrancados.

Teríamos muitas histórias para contar daqueles tempos. O mais importante, porém, é que naquela igreja ganhamos muitas almas para Jesus, bati-zei ali cerca de 1000 pessoas em onze anos, dali saíram

muitos pastores e missioná-rios. Acari era uma igreja viva, uma das que levanta-vam as maiores ofertas do campo carioca para missões, nunca falhava com o Plano Cooperativo e muitos líderes que hoje servem em dezenas de igrejas ali foram formados nos cursos de liderança que promovíamos.

Quero, porém, terminar com uma advertência: Ima-gine que os dormentes são os crentes que sustentam os trilhos sobre os quais a igreja corre. Cuidado com os seus dormentes. Não deixe que eles apodreçam. E se algum apodrecer, tire-o fora senão o trem da igreja vai descarri-lhar e a preciosa carga que é sua mensagem do Evangelho poderá ser perdida para a sua geração, talvez para as futuras também. Lamento ter que dizer que já vi vá-rios “trens” descarrilhados por causa de “dormentes” podres.

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6 o jornal batista – domingo, 26/02/12 reflexão

Vilmar PaulichenPastor da PIB em Indaiatuba, SP

“Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramarem o próprio sangue” (Heb 12.4).

Sempre gostei de fil-me de guerra. Uma das razões é porque a guerra revela clara-

mente quem são os corajosos e os covardes. A guerra deixa claro de que lado realmen-te estamos. A guerra revela quem é soldado e quem não é. O tempo de paz é ótimo para revelar o amigo, mas a guerra é necessária para revelar o irmão (Prov 17.17).

Mas contra o que lutamos? Contra a morte? Não! Luta-mos contra o pecado. O pro-blema é que nos esquecemos disso com muita facilidade. Se nossa prioridade não é lutar contra o pecado, será inútil ir à igreja pedir vida. Se

vamos à igreja convictos de que nossa maior prioridade é lutar contra o pecado a fim de manter a vida santificada, é certo que a subsistência da vida física não ficará sem o amparo Divino (Mat 6.31-33).

Mas será que o amparo de Deus vai nos livrar do “suor do rosto”? Com certeza não. O amparo de Deus não eli-mina a responsabilidade de “suar o rosto” para ganhar o pão de cada dia. O que Deus faz é nos ajudar a não comprometer TODO o vigor do corpo só com o trabalho que garante o pão de cada dia. Deus nos ajuda equili-brar o tempo e dá sabedoria para usar o corpo no serviço do Reino, a fim de receber a recompensa eterna ou galar-dão (Prov 19.17; Mat 10.42).

O cristão no ponto certo está comprometido com Cris-to. Serve bem a ilustração do “bife à cavalo”, pois nesse cardápio o cavalo só “em-

presta” o nome, a galinha dá o ovo, mas o boi (cujo nome nem é citado) dá a vida. O comprometimento do cristão no ponto certo é assim. Pode não ser citado, lembrado, elogiado, mas está convicto do seu total comprometido com Cristo. Muitos desani-mam da luta moral contra o pecado porque não enten-dem isso.

Se nos comprometemos com as pessoas, mais do que com Cristo nossa luta contra o pecado termina logo; a resistência fundamentada nas pessoas não vai longe. Por quê? Porque as pessoas são difíceis de agradar (Gál 1.10). Mas se lutamos contra o pecado para agradar Cristo, não há frustração pessoal ou coletiva suficiente que tire nossa resistência espiritual e desejo de servir na igreja, como se estivéssemos servin-do a Cristo (Col 3.17).

A resistência de quem serve a Cristo se renova na

esperança de que, assim como Cristo, nós também seremos honrados, depois de humilhados (Apoc 22.5). O cristão no ponto certo sabe que a resistência não vem da nossa força, e sim da nossa fraqueza (2 Cor 12.10).

O lema do cr i s tão no ponto certo é resistir. Con-fiar em Deus mesmo que a “segurança” da própria vida esteja em jogo. Resistir mesmo tentado pelo pró-prio coração, que insiste em reassumir o controle do que foi consagrado ao Senhor. Não volte a ser escravo do dinheiro, dos pensamentos maus, da língua fofoqueira, dos olhos invejosos, das mãos agressivas. A impaci-ência é o que mais contri-bui para tantas “baixas” na luta contra o pecado. Erram pensando que santificação se completa em 24 horas. Há pessoas que “tombam” na batalha contra o pecado porque racionalizam as si-

tuações espirituais que só podem ser entendidas pela fé. Seguir lutando contra o pecado será impossível sem o escudo da fé e a espada do Espírito (Ef 6.16,17). Ou seguimos em frente “arma-dos” de fé, ou recuamos “desarmados” pela incredu-lidade (Mat 19.22).

A guerra é justamente o período de tempo que se inicia quando pedimos algo a Deus e esperamos sua res-posta. O tempo prova as intenções do coração. A ver-dade em frases do tipo “seja feita tua vontade”, “tudo entregarei”, “vou esperar”, “sempre te servirei”, só po-dem ser comprovadas pelo tempo. O tempo é que vai mostrar se estaremos usando as mesmas “armas” quando nossa batalha estiver chegan-do ao fim (1 Cor 2.5). Não reassuma o que foi consagra-do a Jesus Cristo, pois só Ele pode deixar nossa vida cristã no “ponto certo”.

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7o jornal batista – domingo, 26/02/12missões nacionais

Como presidente da Convenção Batista Brasileira, desafio cada batista a ser luz

para transformar aqueles que estão em trevas. Nosso desa-fio é que 1.432.000 batistas espalhados por todo o Brasil participem dos 100 dias de oração – orando pela salva-ção das pessoas, restauração de famílias e no mês de julho, teremos 100.000 batistas nas ruas do Brasil falando que a luz chegou, Jesus está vivo e ele transforma. Se orarmos, tenho certeza de que veremos a glória de Deus neste país.

Preciso que você se envol-va nesta campanha, precisa-

mos que as igrejas estejam se reunindo em pequenas reuni-ões de oração durante estes 100 dias. Queremos que haja vigília de oração; que uma vez na semana, na sua casa, se reúna com sua família e ali trabalhe a restauração sua e de seus filhos, orando uns pelos outros. E que você se disponha, no mês de julho, a sair às ruas para anunciar que a luz de Deus está brilhando através da sua vida.

Você pode fazer parte disso. Você talvez se sinta uma luzi-nha como o led de um celu-lar, mas quero dizer para você que você é tremendo, porque as trevas não resistem à luz de

Deus que brilha na sua vida. Caminhe conosco em oração: 100 dias de oração, 100 mil batistas nas ruas falando da graça do Senhor Jesus. Que Deus abençoe você e nós veremos os efeitos daquilo que Deus fará em nosso meio.

Pr. Paschoal Piragine JrPresidente da CBB

Como participar dos 100 dias...

...Em oração

A grande campanha de ora-ção e evangelização denomi-nada 100 Dias que Impactarão o Brasil pretende mobilizar todo o povo de Deus em ora-ção e evangelização, com o envolvimento de 100.000 voluntários nas Trans de julho.

O livro base desta grande campanha de oração está disponível na loja de Missões Nacionais e traz um roteiro para cada um dos dias, com indicação de leitura bíblica, uma reflexão e os motivos pelos quais interceder a cada dia. Na apresentação do livro, são apresentadas sugestões de atividades que podem ser realizadas individualmente, como igreja, em pequenos

grupos e em família. Conheça algumas destas ações, planeje com sua igreja ou elabore ou-tras atividades, mas não deixe de participar desta grande mobilização de intercessão.

Orando em famíliaNosso desejo e expectativa

é que cada família tenha um exemplar do Livro “100 Dias que Impactarão o Brasil” e possa usá-lo todos os dias para um tempo devocional em família, ou pelo menos, uma vez por semana. O livro deve ficar em um local acessível a todos da família para que, não havendo oportunidade de uma reunião diária, cada membro da família possa ter o seu tempo com Deus, lendo o capítulo indicado, a meditação do dia e orando pelos motivos apresentados. A começar no dia 23 de abril e terminando no dia 31 de julho.

Vigílias de OraçãoEstamos formando uma

grande muralha de oração com igrejas de todos os esta-dos do Brasil que, durante 6 horas, desde o dia 23 de abril a 31 de julho, farão jornadas de oração, assim divididas: 24h - 06h; 06h - 12h; 12h - 18h; 18h - 24h. Cada igreja poderá escolher um período de seis horas em qualquer horário ou dia da semana, entre 23 de abril e 31 de julho. Para que todo o período fique coberto, necessitamos de, pelo menos, 400 igrejas realizando vigílias de seis horas. Assim sendo, pedimos que, se possível, a igreja nos envie a informação sobre o dia e horário, ou dias e horários, que escolheu para orar a fim de que preenchamos a grande muralha e também os cadastremos na grande Rede de Intercessores que estamos formando. Para isso, use o site www.sejaluz.com.

Jornada de oraçãoDurante os 100 Dias de

Oração, queremos incentivá--lo a interceder no período de uma hora em prol das neces-sidades de nosso país e mobi-lizar outros irmãos para que

juntos formem uma corrente de oração. Os participantes podem se reunir em um mes-mo lugar ou promover essa ação em locais diferentes.

Vários horários em vários dias poderão ser usados para esse fim. Escolha um horário e lugar que lhe permita in-terceder com tranquilidade, tendo como guia o livro 100 Dias que Impactarão o Brasil.

Minuto que Impacta e Transforma

Todos os dias, ao meio-dia, orar por um minuto: “Minuto que Impacta e Transforma” (MIT).

Caminhada de OraçãoEstamos desafiando o povo

de Deus, igrejas e suas orga-nizações a promover “Cami-nhadas de Oração”. Dicas sobre como desenvolver uma caminhada de oração podem ser encontradas no site www.sejaluz.com.

Abrace este desafio, leve esta campanha de oração para sua igreja, torne-se um farol de ora-ção brilhando em seu bairro e cidade. “Tem cracolândia na sua cidade? Tem alguma cida-de do país que não tenha? A luz de Deus pode entrar nesse lugar e desbaratar este negó-cio. Precisamos orar e orar crendo. E aí vamos nos tornar os faróis de oração brilhando por estas cidades”, conclamou pastor Paschoal Piragine Jr.

Adquira já o seu exemplar do livro e envolva toda a sua igreja.

...Em ação evangelísticaSerão 100.000 voluntários,

500 coordenadores de bases operacionais, 6.250 líderes de equipes espalhadas por todo o país, anunciando a salvação em Jesus Cristo. Pessoas que tomaram a decisão de ser luz em meio a um Brasil em trevas, que trabalharão com alegria por 15 dias a fim de ver 2.500.000 de pessoas evangelizadas. Se você quer ser um dos 100.000 voluntários, acesse o site www.sejaluz.com, informe-se, esco-lha onde deseja participar e faça sua inscrição.

Deus quer fazer algo tremendo nesta nação

foto: Selio MoraisRedação JMN

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Crôn 7.14).

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8 o jornal batista – domingo, 26/02/12 notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralColaborador de OJB

O pastor Sócrates Oliveira de Sou-za, di re tor do Conselho Geral

da Convenção Batista Brasi-leira e também diretor d’O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção, conseguiu num momento de lucidez visionária colocar 137 mil exemplares de nosso jornal, edição do dia 12 de fevereiro de 2012, diante dos olhos admiradores de batistas que o receberam on-line e de 10 mil que o receberam no formato tradicional, isto é em papel.

Em sua história de mais de um século, O Jornal Batista nunca havia contado com uma mu-

lher na função de Secretária de Redação. A partir de janei-ro deste ano, essa tradição, de resto meramente incidental, foi quebrada, com a jornalis-ta Arina Paiva assumindo o cargo, após processo de sele-ção conduzido pela direção. Nesta entrevista ao Conselho Editorial do jornal, ela fala sobre o desafio de editar o centenário órgão oficial da CBB e único semanário evan-gélico da América Latina.

CE: Fale um pouco sobre sua formação profissional

AP: Minha experiência pro-fissional começou na adoles-cência, sem carteira assinada, mas com muito trabalho. Foi nesta época que, dentro da igreja, comecei a escrever pregações, depoimentos, refle-xões e jornais especiais para a igreja, neste caso a Igreja Ba-tista da Liberdade, RJ. Diante de tantos textos escritos, fui orientada a expô-los dentro de um blog, foi então que eu criei meu próprio blog. Geralmen-te eu escrevia pensamentos à luz da Bíblia a respeito de acontecimentos midiáticos, começando, dessa forma, a interagir com pessoas de todo o país e vendo neste campo da comunicação uma forma de evangelização. Mais adiante descobri que neste momento Deus já me preparava para escrever textos para OJB.

Durante toda a faculdade de jornalismo fiz estágios que me motivaram e me deram vastas experiências na área da co-

Valeu-se ele do cadastra-mento existente na área de informática de nosso Conse-lho para a realização dessa notável iniciativa que será, doravante, o marco inicial para uma revolução nos meios de comunicação dos batistas no Brasil. Tal proeza alinha-se a outras que, ao longo de dez anos, estão pontuando o trabalho, que pela misericórdia de Deus, está sendo executado através desse humilde servo do Se-nhor que tem como escopo de atuação servir a Ele e por meio dEle glorificar o nome do Deus Altíssimo.

É bom relembrar que no passado, os diretores de

municação. Foi neste período que escrevi para o Jornal do Commercio. Encantei-me pela fotografia, chegando a trabalhar no laboratório de foto da facul-dade; conheci a parte corpora-tiva, trabalhando na assessoria de comunicação, também da faculdade; e conheci como funciona o mundo do telejorna-lismo. Este, por fim, me levou a fazer a pós-graduação em Telejornalismo. Para finalizar o curso resolvi escrever minha monografia com base no título Jesus como um comunicador. Além de abordar um tema in-comum na área de jornalismo, tive o desafio de mostrar a im-portância da vida de Jesus e de como foram significativas suas ações como comunicador, sem destacá-lo como o Cristo. Foi uma tarefa muito difícil, já que desde criança vi Jesus como meu Salvador. Mesmo assim consegui evidenciar a grande obra do Filho de Deus como homem.

Também foi neste período que comecei a participar de projetos missionários. Meu coração missionário me fez conhecer a realidade de vá-rios estados do Brasil, como Mato Grosso, Santa Catarina, Sergipe e Rio Grande do Norte, além do Rio de Janei-ro, onde sempre vivi.

Em seguida tive como pri-meiro desafio profissional assumir o cargo de jornalista responsável no Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí. Durante um bom período escrevi para o Jornal Metalúrgico, assumindo a co-bertura de eventos e a edição do jornal. Aprendi muito ao me responsabilizar por todas

nossa antiga JUERP sem-pre porfiaram no sentido de aumentar, incrementar o número de assinantes d’O Jornal Batista. Há cerca de quarenta anos houve uma campanha para angariar 10 mil novos assinantes que, se alcançados, patrocinaria até mesmo uma viagem ao Japão por ocasião de uma as-sembleia da Aliança Batista Mundial, em 1970.

Examinando os livros da Convenção de dez em dez anos, encontrei, no último relatório do missionário Horace Victor Davis, inter-ventor na JUERP, num dos momentos mais constran-gedores de nossa vida de-

as fases de uma publicação. E neste período comecei a produzir matérias, agora em vídeo, no formato telejorna-lístico, para a RedeTV.

CE: Como você está enca-rando o desafio de tocar um jornal centenário de forma semanal?

AP: Sei o quanto O Jornal Batista é significativo e im-portante na denominação, por isso sei que tenho em minhas mãos uma tarefa grandiosa. Procuro encarar tal tarefa com responsabilidade e sigo uma orientação que tento colocar em prática em todos os âmbi-tos da minha vida, deixando a vontade de Deus acima da vontade dos homens. Estou preocupada com o que os homens falarão de mim, mas vivo mais preocupada com o que Deus cobrará de mim.

CE:Como você vê o OJB dentro da comunicação evan-gélica no país?

AP: Vejo como uma gran-de porta para divulgação do evangelho e meio de di-vulgar o pensamento batista sobre tudo aquilo que seja do interesse do Reino de Deus e da pessoa humana. Acredito que já está na hora de OJB assumir uma versão através da qual não apenas comente sobre assuntos di-ários, mas coloque de fato a visão batista a respeito de acontecimentos que marcam a sociedade, como criação de novas leis, o comporta-mento social a respeito do homossexualismo, as ações políticas, ações ambientais, entre diversos outros.

CE: Do ponto de vista do editor, o que você espera das pessoas que desejam colabo-rar com OJB?

AP: É primordial que toda colaboração tenha base bí-blica. Não entendo como aproveitável um texto tirado de pensamentos soltos ou que vão contra a palavra de Deus. Mas acredito que qualquer cristão possa ser colaborador de OJB, bastando ter uma escrita compreensível e en-tender que todo texto é sujeito a modificações, não apenas do editor, mas também do próprio Conselho Editorial, priorizando, é claro, a ideia do autor. Seja de notícia, seja de reflexão, o texto não preci-sa ser rebuscado, como tam-bém não precisa ser longo. A forma mais fácil de acertar na redação é escrever um texto direto. Quando notícia, que responda de imediato as perguntas: “O quê?, como?, quando?, onde?, porque?”. Sempre com fotos com legen-das e nome do autor. Quando for uma reflexão ou um ponto de vista, continua sendo pri-mordial colocar ideias diretas, sem a necessidade de palavras difíceis. O autor de um texto jornalístico precisa ter sempre diante de si os três elementos indispensáveis: objetividade, clareza e concisão.

CE:Como você encara ou encararia as críticas daque-les que veem OJB como um jornal ultrapassado?

AP: Vejo OJB como um peri-ódico intelectual e atualizado, senão não seria conhecido pelo seu poder histórico, ou seja, de eternizar o que acontece no

meio batista. E intelectual por ter textos de pensamentos pro-fundos, entretanto, compreensí-veis. As críticas fazem parte do crescimento de qualquer um, por isso, mesmo aquelas que não são construtivas, procuro vê-las como peça de constru-ção. Se bem intencionadas e feitas por quem tenha conhe-cimento de causa e conheça o funcionamento do jornal, são sempre bem vindas. Como já afirmei, estou mais preocupada com o que Deus cobrará de mim. Acho que ultrapassado é deixar de falar a verdade, é ser hipócrita, é ser conivente com erros claros, tudo o que OJB não é hoje.

CE: Você pretende imple-mentar de imediato alguma mudança editorial?

AP: Não, acredito que a palavra certa seja crescimen-to. E para se ter crescimento, nem sempre são necessárias mudanças bruscas, mas sim acréscimos. Quero acres-centar ao OJB, quero que meus conhecimentos possam fazer a diferença. Meu obje-tivo é acrescentar ou abrir espaços para assuntos como educação infantil, juventude, terceira idade, atualidades, leis, ensino bíblico, mudança de vida, vida em sociedade, missões locais, ações sociais, entre outros. Mas faço ques-tão que todo o Brasil esteja representado em OJB através de notícias. Todos querem saber como está o povo ba-tista em todos os cantos do país, assim como querem conhecer as ações desen-volvidas pelas igrejas e pela denominação.

O Jornal Batista bate recorde com tiragem de 147.000 exemplares

O Jornal Batista tem primeira Secretária de Redação

nominacional, informações sobre a tiragem d’O Jornal Batista: “A tiragem atual está em 15 mil exemplares semanais. Esforços têm sido feitos para se atingir o pon-to considerado ideal”. Era diretor de nosso hebdoma-dário o pastor José dos Reis Pereira.

Há uma curiosidade que vale a pena ser mencionada. Ainda do relatório do diretor do Jornal Batista daquele período, houve uma edição de 80.000 exemplares para atender a promoção da II Campanha Nacional de Evan-gelização que aconteceria em 1980. A edição foi a de nº 53 de 1978.

Volto aos nossos dias para expressar nosso júbilo pela atuação de nosso diretor. Ele é o homem que Deus está usando para o tempo que estamos vivendo. O jornal impresso continua sendo deficitário. Ele porém, usan-do de sabedoria, conseguiu há algum tempo enviar um exemplar semanal para todas as igrejas e congregações ba-tistas do Brasil. Está fazendo milagre! E agora supera todas as marcas, alinhando a tecno-logia e os recursos do papel impresso, que também se vale dos meios eletrônicos, para alcançar a façanha de levar O Jornal Batista a 147 mil leitores!

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9o jornal batista – domingo, 26/02/12notícias do brasil batista

3.15, “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhe-cimento e com inteligência”. Pois a Igreja tem crescido, e avançado, criando novas frentes de evangelismo atra-vés das congregações: Algo-dões, Betânia e São Caetano (no Sertão); Usina Jaboatão, Mundo Novo e Alto da Ra-posa (no Centro de Jabo-atão), e a congregação do Janga (em Paulista), onde almas estão sendo salvas para a glória de Deus.

Foram muitas as reali -zações nesses anos, entre as quais destacamos a or-ganização de três Igrejas: Mangaré (Lote 92); Vista Alegre e Vila Piedade, todas ativas e dando frutos, tendo

Cracolândia. Creio ter sido o primeiro paulista a saber da notícia.

Aquela semana foi um in-tercâmbio de grande provei-to espiritual, principalmente para mim (ele ronca só no começo do sono), ouvindo a sua profunda experiência de conversão. Tornei-me mais grato a Deus por ter conhe-cido a Cristo aos 15 anos. Seu trabalho na liderança da Cristolândia contou com nossa participação desde o início. Não demorou muito levou sua equipe para teste-munhar em Ebenézer, e na IBNU, igreja onde coopero

seus templos construídos pela PIBAJA no pastorado do pastor Natanael Cruz; a construção do prédio de educação religiosa, a cons-trução do estacionamento e a mais nova aquisição de uma casa ao lado do templo para ampliação das depen-dências da Igreja. Como diz o salmista no Salmo 4.5 “São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens operado e tam-bém os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar”.

Nossa gratidão a Deus por esses 30 anos de bênçãos e por termos um pastor que

hoje, já enviou cerca de 10 mil reais em cestas básicas e colchões. Temos certeza que haverá continuidade de cooperação, pois ainda nem levamos nosso grupo de louvor à Cristolândia. Nos-so maestro, ex músico da Filarmônica de Nova Yor-que, ficou empolgado com a musicalidade do pessoal do louvor da Cristolândia. Naquela tarde um grupo de 4 irmãos da IBNU deixaram três mil reais de oferta, tão empolgados ficaram com o que viram.

Como começou tudo isso? No coração de Deus, que promove conexões precio-sas para as vidas dos que participam de nossas Con-venções. Meu coração fica comovido (com 75 anos tenho que tomar cuidado), quando alguém toma meu crachá e exclama: Você é o The? E eu por outro lado, abraço eufórico os irmãos cujas informações eu já ob-tivera através de nosso OJB ou outra literatura. Termino afirmando: Que prejuízo eu teria se não participasse de nossas Convenções e não cooperasse com a minha denominação! E, que pena! Quanta gente prejudicada por ser ausente às nossas Convenções. Amado leitor, não perca a próxima em Sergipe.

é uma bênção nas mãos de Deus. Que o Senhor con-tinue abençoando o pas-tor Natanael Menezes Cruz hoje, sempre e eternamente.

pedagem. Nisso surge um pastor beirando os seus 60 anos e solicita que lhe ar-ranjem um hotel por 50 reais a diária. O atendente informou-lhe que isso era impossível. Após alguns minutos de conversa, vendo que estava diante do impos-sível, o convencional ficou inconsolável. Resolvi inter-ferir. Dirigi-me ao atendente e perguntei quanto ficaria se eu dividisse o apartamento com o frustrado convencio-nal. Ele informou-me que custaria 100 reais cada um. Então afirmei: Coloque-o comigo e eu pago os 150 e

de Louvor, Banda Vida (da Igreja Evangélica Batista em Aracaju), irmã Rosenilda Gomes, Karol Maia e Ebe-nézer Cruz (nora e filho do pastor Natanael), também o Coro Memorial (da Igre-ja) e a mensagem proferida pelo pastor Tomaz de Aguiar Munguba (Igreja Evangélica Batista em Aracaju).

Foram momentos esplen-dorosos diante de Deus, em gratidão pelo servo do Senhor que ele colocou à frente do rebanho da PIBA-JA. Não poderia ser diferen-te, pois o pastor Natanael Menezes Cruz tem sido nes-ses 30 anos um verdadeiro pastor que apascenta com ciência e com inteligência, como diz o profeta Jeremias

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

Considerando o nú-mero de igrejas batistas e o núme-ro de líderes (in-

clusive leigos de peso nas igrejas), a frequência em nossas Assembleias Con-vencionais é baixíssima. Al-guns podem pôr a culpa nos gastos, mas, sinceramente, se fizermos uma pesquisa nos hotéis de veraneio, nas viagens turísticas, tanto no Brasil como no exterior, a presença batista é nume-rosa. Então, a ausência de nossos leigos, muitos deles líderes empresariais, a razão é outra, que preferimos não mencionar.

Joel Ostess, pregador ame-ricano, líder de uma igreja de 40.000 membros, afirma que quando encontramos com alguém, que logo de-pois abençoa nossa vida, são conexões divinas. São encontros não casuais, mas providenciados por Deus. Pegando um “gancho” nes-sa sua afirmação relato um encontro convencional que abençoou muitíssimo minha vida.

Na Assembleia da Con-venção em Brasília, eu es-perava o transporte que ia levar-me ao hotel, num dos postos da comissão de hos-

Luciel Vitorino Ramos

No último dia 30 de janeiro de 2012, o pastor Natana-el Menezes Cruz

completou 30 anos de pas-torado na Primeira Igreja Ba-tista em Jaboatão, PE (Jubileu de Pérola), por este motivo, no dia 29 de janeiro foram celebrados cultos de louvor e gratidão a Deus.

No culto da manhã pregou o pastor Miquéias da Paz Barreto (Igreja Batista da Concórdia), também houve participação do coro mas-culino Remidos do Senhor, coro Rosa de Saron e Filipe Lobão Cruz (filho do pastor Natanael). E a noite parti-ciparam o Ministério Fonte

Assembleia convencional e suas conexões divinas

Pastor Natanael Menezes Cruz completa 30 anos de pastorado na

PIB em Jaboatão

Pastor Natanael Menezes Cruz

ele os 50 reais. Quem era o convencional? Era o pastor Humberto que, um ano de-pois, chegava a São Paulo para iniciar o trabalho na

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10 o jornal batista – domingo, 26/02/12 notícias do brasil batista

Wanda Braidotti KriegerMissionária da JMN

Era domingo pela ma-nhã quando fomos ao Colégio Batista de Tocantínia para o cul-

to de gratidão pelos 85 anos de vida de nossa querida missionária Margarida Lemos Gonçalves e para ouvirmos a palavra do Excelentíssimo Sr. Governador do Estado do Tocantins, Dr. José Wilson de Siqueira Campos, que naquela manhã inspecionara as obras de remodelação da-quele educandário.

Muitas orações haviam sido elevadas ao trono da graça, depois daquele dia triste de 2010, quando foi anunciado o encerramento das ativi-dades da instituição que, erguida pela visão e esforços dos batistas brasileiros, havia abençoado milhares de vidas durante suas quase oito déca-das de existência.

Clamores de avós e pais, preocupados com o estudo de seus filhos e netos, muito nos comoviam. Principal-mente porque, por muito tempo, sonháramos que a escola não só continuaria em seu ideal de ajudar na forma-ção de mentes sãs em corpos sãos, mas também que viesse a oferecer uma formação de cunho profissionalizante, necessidade premente para toda a região.

Era um objetivo com de-mandas que estavam além de nossas limitadas possibili-dades. Mas, o que aos nossos olhos se mostrava impossível, tornou-se realidade neste 5 de fevereiro, dia do aniversá-rio da missionária Margarida Lemos Gonçalves.

Mas como? Bem, meses atrás a professora Margarida fora chamada pelo Sr. Gover-nador, desejoso de fazer-lhe um convite e uma proposta. Ele e seu Secretário de Educa-ção, Professor Danilo Melo, pensavam num comodato com o Estado para que o CBT fosse reaberto e transformado em escola de ensino médio de tempo integral e com cur-sos profissionalizantes.

O convite era para que a professora fosse a diretora, ao menos nessa fase inicial do processo. E assim, corridos os trâmites legais, começaram as reformas dos prédios e foram abertas as matrículas, que logo superaram as ex-pectativas.

As notícias da reabertura do Colégio e da homenagem à missionária correram céleres. E com ex-aluno contratando ex-aluno, para cá vieram, de

várias partes de nosso imenso país, homens e mulheres que no CBT estudaram e hoje servem ao Senhor Jesus em outras paragens. Vinham com o desejo de alegrar-se com sua querida mestra e prestar--lhe sincera homenagem.

Gostaríamos que todos aqueles que se uniram a nós em oração por esta obra, ti-vessem podido estar conosco naquele dia revigorando seus corações com as palavras aqui ouvidas. Eram homens e mulheres falando da im-portância em suas vidas desta escola, na qual os valores morais, o caráter, a dignidade e a fé eram cultivados diaria-mente.

O presidente da Conven-ção Batista do Tocantins, pastor José Batista Freiras Santos, enalteceu a firmeza de fé e a coragem da mis-sionária Margarida em não titubear em assumir tão im-portante, porém difícil tarefa com seus 85 anos de ida-de. O Governador Siqueira Campos, relembrou que, quando da criação do Estado do Tocantins, a professora Margarida muito colaborou com a educação, assumindo funções de proa, sem quais-quer ônus para o Estado. E, ainda dentro da homenagem, anunciou que a Escola deverá chamar-se Escola Estadual Batista Professora Beatriz Rodrigues da Silva, para que a colaboração dos Batistas

jamais seja esquecida. Ressal-tou também sua esperança de que essa escola se torne um canal de bênçãos para todo cidadão, quer da cidade quer do sertão.

O Secretário de Educação, professor Danilo Melo, rei-terou sua disposição de en-vidar todos os esforços para que a Escola continue a ser um farol a iluminar as vidas dos jovens, como o foi até aqui. Valnice Milhomens, representando os ex-alunos, emocionou a todos falando de sua entrada para o Co-légio aos 4 anos de idade e de como a disciplina da instituição e a vida da mis-sionária moldaram sua vida e a incentivaram em meio a todas as dificuldades sociais

e políticas enfrentadas em seu trabalho missionário na África. Terminou concla-mando todos a entregarem sua vida a Cristo, como ela o fizera quando ainda aluna do Colégio.

A professora Margarida apresentou sua fala num ví-deo, no qual em atitude de oração, louvor e gratidão ao Senhor Deus, contou um pouco de sua história de vida e serviço ao Mestre amado. Quando terminou, espon-taneamente, com alegria e emoção, os ex-alunos co-meçam a cantar o Hino do Colégio Batista, e a profes-sora, como o fizera durante décadas, levantou-se e regeu o cântico que falou sobrema-neira ao coração de todos.

De volta à aldeia, visitamos uma índia crente, já velhinha e cega. Contei-lhe da cerimônia marcando o reinício das ati-vidades do Colégio Batista. E ela, ansiosa, perguntou: “E será que meu neto vai poder estudar lá?”. “Certamente que pode”, respondi, “é só terminar o 9º ano”. E na face daquela velha índia, tão enrugada pelos mui-tos janeiros, abriu-se um largo sorriso e ela disse: “Agora estou contente, bem contente”.

Sim, na humilde Tocantínia a alegria voltou, pelo sonho que se tornou realidade. O Colégio Batista está abrindo novamente as suas portas para os citadinos, para os sertanejos e para os índios também. A Deus todo louvor e toda a glória!

E a alegria voltou no Colégio Batista de Tocantínia

Fotos: Manoel Lima (Assessoria de Comunicação da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins).

Pastor José Batista Freitas Santos, presidente da Convenção Batista do Tocantins com a aniversariante

Governador Siqueira Campos apresenta projeto do Colégio

Missionária Margarida entrando no Salão Nobre David Gomes acompanhada pelo Governador do Estado do Tocantins

Governador Siqueira Campos e Prefeito Silvino em visita aos prédios em reforma

Visita aos prédios em reforma

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11o jornal batista – domingo, 26/02/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Com direção da mis-s ionár ia Rena ta Santos de Oliveira, estreou no único

canal de televisão de São Tomé e Príncipe o seriado “Reviravolta”, que em seus episódios semanais discute problemas sociais do país à luz do Evangelho. A série estreou em janeiro, e desde então tem sido um grande su-cesso nesse país, cuja língua oficial é o português.

Segundo a missionária, “Reviravolta” serve também como divulgação do traba-lho batista no país africano, onde a igreja está presente há 12 anos. “Deus tem nos abençoado muito. A igreja batista, antes desconhecida, está ajudando a construir uma parte importante desse país. O nome do nosso Deus está sendo glorificado, pois estamos levando Jesus Cristo diretamente para dentro da

casa das pessoas, e tudo isso de uma forma que agrada e atrai a atenção da popula-ção”, afirma Renata.

O seriado de TV começou a ser produzido em 2010, quando o piloto foi gravado. Durante esses dois anos, um grande grupo ficou em ora-ção pedindo a Deus que o projeto da série só seguisse em frente se fosse da von-tade do Senhor. “Muitos ir-

mãos no Brasil e ao redor do mundo se juntaram à equipe missionária em São Tomé e Príncipe, formando assim um grande grupo de intercessão por este projeto, que nasceu primeiramente no coração de Deus”, lembra a missionária.

Renata conta que a ideia de criar o “Reviravolta” surgiu ao ver a triste situação de São Tomé e Príncipe, onde maze-las como Aids, violência do-

méstica e falta de água afligem a população. O seriado veio para abordar esses problemas sociais à luz da Palavra de Deus. “Depois de muitas lutas e reuniões, e principalmente joelhos no chão, que, dois anos depois, nós estreamos o ‘Reviravolta’ no único canal de televisão do país”, comemora a missionária.

Por causa da grande au- diência da produção, a emis-

sora sugeriu a exibição da série três vezes por semana, às terças-feiras, sábados e domingos, inclusive no horário nobre. Renata fi-naliza pedindo oração por este projeto evangelístico, para que transforme vidas em São Tomé e Príncipe. “Que o Senhor faça real-mente uma ‘Reviravolta’ nesse país”, conclui a mis-sionária.

Márcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O traba lho mi s -sionário na Re-pública Centro--Af r icana , um

dos mais novos campos de Missões Mundiais, já come-ça a dar seus primeiros pas-sos através da Maison Prisca (Casa Priscila). O projeto é conduzido pela missionária Maria Ilza Lopes, juntamente com uma equipe local. Ela está há 5 meses naquele campo missionário. Com a Casa Prisca surgiu o Clube Bíblico, inaugurado no dia 4

de fevereiro com a presença de 135 crianças.

A atividade acontece todos os sábados e conta com ex-posição de histórias bíblicas, cânticos, trabalhos manuais e músicas. Ela é direcionada para crianças de 5 a 12 anos.

A sede do projeto fica em uma aldeia cercada por ma-tagais. Cobras chegaram a atacar algumas irmãs. No entanto, no dia do evento não houve incidentes. A missionária atribui o fato às orações do grupo.

O Clube Bíblico tem sido uma grande oportunidade para alcançar as crianças da-quela localidade no coração

do continente africano. Por lá os pequeninos não têm muito o que fazer. Alguns vão para a escola, mas ou-tros sequer têm acesso aos estudos.

“A gente nem vê a casa das crianças. Só as vemos sain-do do meio do matagal. A rotina delas é carregar lenha ou água o dia todo. Desde pequenas elas também são obrigadas a cozinhar. Agora, na Casa Prisca esses meninos e meninas têm a oportunida-de de escutar sobre Cristo, a única Paz que liberta”, diz a missionária Maria Ilza.

A meta atual é desenvolver no espaço duas ações con-

sagradas pela JMM: o PEM (Programa Esportivo Missio-nário) e o PEPE (programa socioeducativo). As mães já começaram a matricular seus filhos na escola de fu-tebol do PEM. Uma delas agradeceu pelo horário do Clube Bíblico, que acontece no mesmo período em que seu marido, muçulmano, está no campo. Assim, seu filho pode ouvir a Palavra de Deus sem a intervenção do pai.

Ainda em processo de co-nhecimento e adaptação ao campo, a missionária preten-de lançar em breve o desafio para que as igrejas adotem a

Casa Prisca. As salas ainda precisam de cadeiras e rebo-co. Outra meta do projeto é a capacitação dos próprios africanos para trabalharem como voluntários.

A República Centro-Africa-na está entre os 10 países do mundo com o pior Índice de Desenvolvimento. Dos 187 países na lista de Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, ela ocupa a 179ª posição. Os conflitos são as principais causas da degra-dação da economia do país. A Casa Prisca surge como uma esperança para a cons-trução de um futuro melhor para os centro-africanos.

Série de TV evangélica discute problemas sociais em São Tomé e Príncipe

Projeto alcança crianças na República Centro-Africana

Seriado discute problemas sociais à luz da Bíblia

Missionária Maria Ilza coordena a Casa Prisca

Gravação de cena de ‘Reviravolta’

Trabalho começa cedo na República Centro-Africana

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12 o jornal batista – domingo, 26/02/12 notícias do brasil batista

“Fernandas” que fazem a diferença na obra missionária

Humberto Viegas FernandesIB no Alto da Lapa, São Paulo

Conheço Fernanda desde que nasceu, de pais crentes, membros da Igre-

ja Batista em Perdizes, que tive a honra de pastorear na década de setenta. Tomei-a dos braços da mãe, no dia da sua apresentação ao Senhor na Igreja e, prazerosamente, como gosto de fazer, dedi-quei-a ao Senhor. Anos mais tarde, já no pastorado atual, Alto da Lapa, tive a destaca-da honra de ministrar-lhe o batismo bíblico, quando ela tornou-se membro da Igreja. Por imperativo vocacional, Fernanda estudou enferma-gem. Especializou-se na ne-vrálgica área da infectologia, onde trabalhou até que se tornou conhecida pela ONG Médicos sem Fronteiras. Foi convidada e admitida para o importantíssimo Projeto HIV/Tuberculose, dessa beneméri-ta organização.

Depois lhe veio o desafio que considero missionário. Fernanda foi desafiada a ir para a África, Moçambique, a fim de realizar um trabalho importantíssimo, de destacada relevância humanitária: traba-lhar no Projeto de Prevenção da Transmissão Vertical (PVT) do HIV, das mães para os seus bebês, durante a gestação, parto, aleitamento materno, até os dezoito meses da crian-ça. O trabalho de Fernanda

estendia-se também a ensinar as enfermeiras moçambicanas e às parteiras a realizarem correto e responsável procedi-mento e acertado seguimento do Protocolo do PTV, do Go-verno Nacional.

Estrategicamente, Fernanda foi enviada para a cidade de Lichinga, capital da província do Niassa, segundo ela, a região mais pobre e a mais necessitada do país. Esta foi a primeira viagem e a pri-meira experiência de nossa enfermeira missionária. A igreja assim a considerou e por ela orou fervorosamente, encomendando-a ao Senhor, conforme fizera a igreja de Antioquia com Paulo e Bar-nabé (At l3.3). O tempo de trabalho de Fernanda nesta primeira viagem, estendeu-se de princípios de 2009, até novembro de 20ll. O Projeto no qual trabalhou estava em fase de encerramento de ativi-dades. Os resultados, todavia, do trabalho realizado por Fer-nanda naquele período, quem os poderá medir?

Segunda viagem – O fe-liz encontro missionário nos ares: Fernanda foi enviada a Moçambique pela segunda vez ano passado, pela mesma ONG para escrever detalhado relatório de todo o trabalho realizado na primeira viagem, com anotação acurada dos seus resultados, e também, para programar a retirada da missão e abrir espaço para a sua despedida definitiva do

país, após concluído o seu grandioso trabalho. Foi nessa segunda viagem a Moçambi-que que se deu o este feliz encontro que gostaríamos que nosso povo batista brasi-leiro tomasse conhecimento, em razão da sua importância missionária. Deixemos que Fernanda fale: “No voo de Joanesburgo (África do Sul) para Maputo (capital de Mo-çambique), encontrei um gru-po de missionários da JMM do interior do estado de São Paulo, que estavam à cami-nho de Moçambique para trabalharem como voluntários no mês de outubro, em um projeto missionário na Pro-víncia de Graza, objetivando levar atendimento médico através de clínicas móveis, realizarem palestras de pre-venção do HIV/Aids, higiene bucal, além de evangelismo ás populações carentes”.

A este encontro, que não considero coincidente, porém oportuníssimo, afinal de con-tas Senhor tem seus propósi-tos que excedem, em muito, a nossa pobre compreensão, emprestei o título que encima estas linhas, objetivando dar uma ínfima parcela de coo-peração à nossa Agência Mis-sionária Mundial, que muitas vezes executa projetos missio-nários semelhantes, e outros, de extraordinária grandeza e que passam completamente despercebidos por grande par-cela de nossas Igrejas Batistas, pastores e por grande número

dos seus membros em razão da velada indiferença nutrida para com a nossa própria obra missionária. Que Deus nos desperte através de trabalhos realizados por Fernandas – elas estão em nossas igrejas – e por grupos voluntários de jovens como este, deste feliz encontro missionário nos ares. Eles também estão nas

Igrejas Batistas do Brasil. Dou ao encontro de Fernanda com os nossos jovens, em pleno voo, e à devida identificação (ela com eles e eles com ela), o destaque honroso do teste-munho cristão, de parte a par-te, porque os filhos de Deus transcendem de si mesmos, o cheiro trescalante do perfume de Cristo (2 Cor 2.15).

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13o jornal batista – domingo, 26/02/12

Pr. Ederson Malheiros Menezes

Oswaldo e Ma-rilza nasceram no estado do Rio de Janeiro, se co-

nheceram no exercício do ministério no ano de 1960 em Conceição de Macabu, RJ. Oswaldo atuava como evangelista desde 1957 e Marilza estudava no Instituto Batista de Educação Religio-sa (IBER). Eles namoraram durante um ano e no dia 17 de janeiro de 1961 ficaram noivos. Neste mesmo ano, em 26 de agosto, Oswaldo foi ordenado ao ministé-rio pastoral tomando posse como pastor da Igreja Batista em Conceição de Macabu. O casamento de Oswaldo e Marilza aconteceu em 2 de dezembro de 1961 no templo da Igreja Batista Be-tel de Niterói, RJ. Durante o exercício dos dois primeiros ministérios o casal teve três filhos: Liliane, Ana Maria e Judson.

O ministério que iniciou oficialmente em Conceição de Macabu, estendeu-se para a Igreja Batista de Ponte Pa-raguai em São Gonçalo (RJ), Igreja Batista em Passo Fundo (RS), Colégio Batista e Igreja

Batista Mont’Serrat em Porto Alegre (RS), Igreja Batista Emanuel em Panambi (RS) e atualmente preparam-se para assumir o ministério na Igreja Batista Pioneira em Ijuí (RS).

O Pr. Oswaldo compartilha os seguintes textos que se tornaram significativos no exercício dos seus 50 anos de ministério pastoral:

Lam. 3.22-23: As misericór-dias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fide-lidade.

At. 20.24: Mas em nada tenho a minha vida por pre-ciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar tes-temunho do evangelho da graça de Deus.

João 8.29: Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agra-da”. (Pois eu procuro sem-pre fazer aquilo que Ele me pede).

De forma igualmente es-pecial nesta dupla jornada ministerial e matrimonial é: “O SENHOR Deus me disse: “Eu lhe ensinarei o caminho por onde você deve ir; eu

vou guiá-lo e orientá-lo” (Sal. 32.8).

Louvamos a Deus pela bên-ção desta celebração que aconteceu em Panambi dia 17 de dezembro com a pre-sença dos membros da Igreja Batista Emanuel, da socieda-de panambiense, líderes e

pastores de diversas igrejas, inclusive o casal pastoral da Igreja Batista em Conceição de Macabu, RJ. O pregador da noite foi o pastor Francis-co Mancebo Reis, irmão do pastor Oswaldo.

Que o Senhor continue abençoando sua seara com

obreiros comprometidos com o ministério e com o casamento, que demons-trem com os frutos a presen-ça de Cristo na vida. “Haja Paz!”.

E-mail de Oswaldo e Ma-rilza: [email protected]

notícias do brasil batista

Hináriopara o Culto Cristão

www.geograficaeditora.com.br

Este hinário, é o fruto de intenso trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos

ministros de música, maestros, instrumentistas e músicos, que buscam a cada dia, através da música, levar mais e

mais pessoas a apresentarem-se diante de Deus com verdadeiro louvor.

p

d

50 anos de matrimônio e de ministério pastoral

Casal Oswaldo e Marilza

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14 o jornal batista – domingo, 26/02/12 ponto de vista

Creio que o Deus m o r t o p o r Nietszche foi agora ressuscitado, numa

versão mais sofisticada ao sabor da terceira modernida-de. Esta tentativa vem desde a primeira modernidade, no Éden, após a queda de Adão, quando ele quis ser como Deus declarando a sua inde-pendência em busca de sua autonomia.

Nova tentativa de um up-grade de Deus foi feita na se-gunda modernidade iniciada por volta da época cartesiana, lançando-se o homem como fonte da verdade científica. Período chamado simples-mente de Modernidade.

Em todas estas versões há uma transposição em que o homem busca ser o seu próprio Deus. Nesta última versão, o Homem-Deus já não usa mais a capacidade da independência de escolha (Éden – primeira moderni-dade) ou a razão como sua garantia de afirmar a verdade por si (a chamada modernida-de), mas a sua natureza mais primitiva (cérebro reptiliano) como fonte de verdade ética e moral.

A sua vontade de potên-cia (Nietszche, sua índole ou seus instintos em termos ontológicos e não psicanalí-ticos) é que determinam as suas decisões. É uma ética

irresistível representada em frases como “porque quando você se dá conta já rolou” ou como na música popular intitulada “Deixa a vida me levar” que diz “fiz o que estava a fim de fazer... meu coração mandou... eu fiz”, ou ainda “o meu coração está em paz...”.

As pessoas têm procurado um Deus que atenda às suas demandas em vez de buscar a razão de suas vidas em Deus. Nesta versão, Deus deixa de ser Deus e passa a ser uma espécie de súdito ou gênio da garrafa que deve atender aos desejos infinitos das pessoas, que se tornaram o próprio Deus. Vemos isso

também na Teologia da Pros-peridade.

Parece-me que nem a ado-ração contemporânea esca-pa disso, com a ênfase na transcendentalidade como que numa espécie de “yoga gospel” em que as sensações místicas subjetivas são as únicas válidas.

É preciso considerar que o ser humano não foi criado para ser Deus, mas para ser simplesmente humano. Se continuarmos avaliando o que é ser humano à luz do paradigma da modernidade (segundo Éden) ou pós-mo-dernidade (terceiro Éden), não compreenderemos o real sentido da vida. Neo, no filme

Matrix, negou a sua suposta liberdade tomando a pílula vermelha e encontrou a reali-dade. Nós precisamos negar a nossa suposta liberdade, voltando ao estado edênico, aí encontraremos a verdadei-ra liberdade para qual fomos criados. É o paradoxo do Cris-tianismo – o negar-se a si mes-mo e caminhar em direção à ressurreição para a uma nova vida (Luc. 9.23; Rom. 6) e para o estado de nova criatura (2 Cor. 5.17).

A nossa vida só tem senti-do em Deus, versão única e completa, nós só necessitare-mos, então, sermos humanos, simplesmente isso. Humano, simplesmente humano.

Continuo comen-tando a nossa De-c la ração de Fé . O nosso assunto

agora é ordem social. O Brasil faz parte do G20 – as vinte maiores economias do mundo. Ele está em 19º lugar em distribuição de renda. Fazemos parte de um país injusto. Como cris-tãos batistas não podemos, em hipótese nenhuma, nos conformar com este quadro caótico, desalentador. Me-lhoramos um pouco, mas precisamos melhorar e mui-to mais. A visão social que resulta na distribuição de renda, na ajuda emergen-cial, no emprego, na saúde, na educação, no acesso a informações, na seguran-ça, no saneamento básico e nas outras necessidades precisa ser atendida como prioridade pelos governos e nós podemos reivindicar a partir do conteúdo bíblico tão claro. Jesus sempre viu o homem como ser integral. Este mesmo homem precisa

ser integrado no conjunto de benefícios da nação. Os valores do Reino de Deus devem sempre ser vividos e proclamados. Não podemos mudar este país sem uma consciência bíblica profunda e abrangente. Os profetas de Deus sempre condenaram a injustiça social e a imo-ralidade do povo de Israel. Vivemos num mundo injusto e imoral.

A ordem social começa com um coração regenera-do, nascido de novo. Uma pessoa transformada deseja intensamente transformar o seu ambiente ou contex-to imediato. A metamorfo-se ocorre a partir de uma vida consagrada ao Senhor (Rom. 12.1,2). Esta vida é conformada com a vontade de Deus, mas inconformada com a injustiça do homem, da sociedade. João Batista, o precursor de Jesus, pregou contra a corrupção, o egoís-mo e toda a sorte de injustiça. Jesus disse para os discípulos e diz para nós hoje: Dai-lhe

vós de comer. Todo o seu riquíssimo ministério possuía três pilares: pregação, ensino e cura. Estes três substantivos estão ligados à formação in-tegral do homem. Os discí-pulos aprenderam com ele a pregar, ensinar e curar, mas sempre no seu poder.

A nossa Declaração de Fé diz: “Como sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive” (Mat. 5.13-16; Fil. 2.15). O bem maior é anunciar o evangelho de Cristo para que haja mudança radical. Quan-do o homem busca o Reino de Deus em primeiro lugar, as outras coisas serão acrescenta-das (Mat. 6.33). Como cristãos batistas, somos chamados pelo Senhor para cuidarmos em amor dos órfãos, das viúvas, dos anciãos, enfermos e ou-tros necessitados, bem como todos aqueles que forem víti-mas de preconceito, injustiças e opressões (Miq. 6.8; Zac. 7.10). Deus se agrada ao ver o

seu povo comprometido com o bem dos que sofrem toda a forma de injustiça. “Deve-mos atendê-los sempre com o espírito de amor, jamais ape-lando para quaisquer meios de violência ou discordantes das normas estabelecidas pela Palavra de Deus” (Is. 1.16-20; At. 4.32-35). A igreja nascente ou chamada primitiva tinha um forte compromisso com os desvalidos. Jesus, no juízo final, há de cobrar de todos os que o professam atitudes e atos coerentes (Mat. 25.31-46).

A igreja agrada a Deus quando é um hospital para pecadores. Quando recolhe os marginalizados pela so-ciedade apática e egoísta. As nossas Cristolândias têm sido um exemplo de comunida-de terapêutica. O amor de Cristo cura. A graça de Deus em Cristo imprime em nós o desejo intenso de servir o próximo com alegria e sin-geleza de coração. A igreja é a comunidade da aceitação, do perdão e da cura. Ela tra-balha com a restauração e

com o encorajamento. Jesus está derramado na sua igreja pelo precioso Espírito Santo. Somos chamados a amar as pessoas com o amor de Cris-to. A integração social passa pela aceitação do outro. São socialmente integrados os que são aceitos no coração. A fé que recebemos do Se-nhor é fecunda e produz obras graciosas ou da graça. A socialização do indivíduo começa com a sua aceitação pelo grupo que o recebe com amor. Cristo nos ensina a recebermos e tratarmos com graça todos os alijados pela sociedade. Ele tem uma or-dem social. Esta ordem passa pela cruz e pela ressurreição. Somos identificados com ele na sua morte e na sua ressurreição para nos identifi-carmos com as necessidades do outro e as atendermos no espírito de Cristo. Graças a Deus temos uma ordem social a partir do seu Reino. Vivamos esta ordem social cristã para que o mundo seja transformado.

Ordem Social

OBSeRVATóRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

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15o jornal batista – domingo, 26/02/12ponto de vista

Por Isaias Andrade Lins Filho, Especialista em Controle de Contas Municipais pela UNIBAHIA, Pós-Graduado em Direito Público com Docência Superior pela FUNDACEM, Advogado Público junto aos Tribunais de Contas da União, do Estado e dos Municípios, Advogado Público junto ao TJBA, STJ, STF, TRE-BA, TSE, TST. Professor de Direito Constitucional e de História do Direito.

O tema sobre o qual me proponho a discorrer através deste artigo, tem

pertinência e relevância, ten-do em vista o clima de terro-rismo que tem se instalado nas igrejas e nas Convenções das diversas denominações evangélicas. Isto porque, mesmo sem ser obrigatório, porque não o é, a maioria das igrejas de todos os cre-dos e denominações, nas reformas dos seus Estatutos, bem como as diversas Con-venções Estaduais ou Asso-ciações, mesmo também sem serem obrigadas pelo Novo Código Civil que, resolve-ram criar e inserir a figura do “CONSELHO FISCAL” nos seus Estatutos. E em vis-ta disso, algumas pessoas inescrupulosas e antiéticas, quando eleitas para assumi-rem as funções de integrantes de tais conselhos fiscais, já assumiram os cargos trazen-do consigo, uma inversão ao preceito constitucional que é o princípio da presunção da inocência.

E chegaram para assumir suas novas funções pensando da seguinte forma: “Todos são desonestos até que se prove o contrário...”, ao invés de pensarem certo, como ensina e está asseverado na Constituição da República Federativa do Brasil, a C.F de 1988, “todos são hones-tos, até que se prove o con-trário...”. Pois de maneira contundente, assim dispõe o inciso LVII, do art. 5º da Constituição Federal de 1988 que: “Ninguém será consi-derado culpado até o trân-sito em julgado de sentença penal condenatória”. Mas lamentável é que ditas pes-soas, integrantes de alguns conselhos fiscais, vêm para deles participar legitimamen-te porque eleitos, mas com o

objetivo vil de perseguir, de querer aparecer e de tentar a todo custo macular com acin-tosas afirmativas a honradez e a dignidade dos dirigentes das Organizações Religiosas, igrejas, convenções ou asso-ciações.

Não tenho a menor dúvida, que prevendo as dificuldades que viriam no decurso dos meses e dos anos após a pro-mulgação do Novo Código Civil, é que, de imediato, em tempo oportuno, com apenas um ano de vigência, surgiu um dos legisladores do nosso país, um servo de Deus. Des-temido e ousado, o deputado federal Walter Pinheiro, hoje senador da República e, sob a inspiração e égide do Espí-rito Santo, teve a participação decisiva de apresentar uma emenda a um anteprojeto de lei que se apreciava e que resultou na sansão pelo presi-dente Luiz Inácio Lula da Sil-va, da LEI FEDERAL 10.825 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Esta foi publicada no Diário Oficial da União em 23.12.2003, que incluiu no caput do citado art. 44, do Código Civil os incisos IV e V, estabelecendo como pessoas jurídicas de direito privado, as organizações reli-giosas e os partidos políticos. acrescentando-se também o § 1º, àquele artigo, através da alteração legislativa referida.

Cuidou ainda a nova lei de acrescentar um parágrafo único ao art. 2.031 do Código Civil, retirando a aplicação e a imposição do caput daquele artigo às organizações religio-sas e aos partidos políticos, ficando estabelecido, por pre-ceito legal, que até mesmo o prazo para a adaptação dos estatutos das associações, das sociedades e das fundações ao Código Civil, não se apli-cava mais às organizações religiosas nem aos partidos políticos. Pois em verdade não poderia ser aplicado, por-que as Igrejas (Organizações Religiosas de qualquer cre-do ou culto), as Convenções Denominacionais (também Organizações Religiosas) e, até os Partidos Políticos, por não serem Associações ou Agremiações assim entendi-das pelo Novo Código Civil, por este motivo, não estariam obrigadas a, dentro do prazo estabelecido no Novo Diplo-ma Civil, de promoverem as modificações impostas pela nova legislação.

Desta forma, as Igrejas de qualquer credo ou de qual-quer culto, as Instituições do Candomblé, os Centros Espíritas, as igrejas e templos de quaisquer cultos, as Con-venções das Diversas De-nominações, as Instituições pertencentes às Dioceses da Igreja Católica e, todas as Igrejas Católicas, entidades que seriam e estavam sendo classificadas como associa-ções diante do novo Código Civil, após a alteração levada a efeito, através da Lei nº 10.825/2003 passaram sim, à categoria legal de organi-zação religiosa. Esta seria a mais correta classificação, em vista dos seus interesses e das suas diretrizes, deixando-lhes sem dúvida à vontade, para promover sua adequação ao Novo Diploma, sem obriga-ções e imposições.

Não existia, portanto, a par-tir daquele momento a obri-gação das Igrejas ou Conven-ções de adaptarem os seus Es-tatutos ao Novo Código Civil, e, se até hoje, ainda existem igrejas que não cuidaram de promover a adequação, ainda assim, não estão as mesmas, fora da lei. Porque se quisessem poderiam ain-da continuar adotando com pequenas alterações normas antigas. Em verdade, a modi-ficação mesmo exigida, é da adaptação da natureza jurí-dica da igreja, convenções ou associações, constante do art. 1º dos seus Estatutos, classificando-as como sendo sim, uma organização religio-sa, passando desta forma a usufruir dos benefícios da Lei 10.825, de 22 de dezembro de 2003.

Vale destacar, que no de-sejo de promover alterações e se apressando para atender aos ditames da lei, muitas Igrejas e a maioria das Con-venções se precipitaram e, colocaram nos seus textos, normas que hoje precisam ser modificadas, tendo a maioria de Igrejas e das Convenções, inserido nos seus estatutos a figura do Conselho Fiscal. E em muitos casos, como no caso da Convenção Batista Baiana, dando-lhe prerroga-tivas até de propor medidas administrativas, o que é um verdadeiro descalabro, algo estapafúrdio, pois conselho fiscal é para verificar contas e sinalizar algo que precisa ser melhorado e ajustado, mas nunca querer e poder

exorbitar das suas funções, querendo até exercer ati-vidades de administração, querendo ingerir nas atitu-des da diretoria. Tendo até a petulância de querer passar a administrar a Organização Religiosa, da qual o Conselho Fiscal é apenas um apêndice, tanto das igrejas quanto das convenções.

Daí a sede desmedida de quererem aparecer, de cer-tos membros e integrantes de Conselhos Fiscais, tanto de Igrejas quanto de Con-venções, no Brasil Batista, que sem saber quais são as funções que vão ou devam exercer. Querem por vezes tomar o lugar dos presidentes das organizações religiosas, passando de simples apre-ciadores de contas e sinaliza-dores de questões contábeis que necessitam de alguma modificação ou reparação, a quererem gerir as institui-ções das quais os conselhos fiscais são parte da diretoria. Conselho Fiscal em nenhum lugar é, como não pode ser, o Fiscal da Lei, como é o Órgão do Ministério Público e como são os Promotores de Justiça, órgãos independentes que são.

Muito embora diversos operadores de direito tenham carregado consigo e ainda carreguem muitas dúvidas se as organizações religiosas têm de ter obrigatoriamente a figura do Conselho Fiscal nos seus Estatutos, quero deixar patenteado que este articulista não tem a menor dúvida em afirmar, que as organizações religiosas, po-dem ter, mas não precisam ter obrigatoriamente a figura do Conselho Fiscal em seus estatutos, sejam elas igrejas, centros espíritas, centros de umbanda, convenções das mais diversas denominações evangélicas ou igrejas católi-cas, entidades diocesanas e demais instituições religiosas. A verdade é que existem ain-da, nas mentes de dirigentes das diversas organizações religiosas, uma mentalidade desconexa atrelada e arrai-gada aos preceitos dispostos no art. 16 , do antigo Código Civil de 1916. Obrigação essa que não mais existe e é impossível de se exigir, vez que os nobres legisladores do Novo Código Civil, de maneira sábia, promoveram uma verdadeira separação das organizações religiosas

de todas as demais entida-des integrantes do contexto social e com normas dispos-tas na Lei Civil. Assim, dei-xando-as totalmente livres, assegurando-lhes plena liber-dade tanto no tocante à sua criação, quanto à sua organi-zação e ao seu funcionamen-to. Sendo todavia, obrigadas as organizações religiosas a não se desvirtuarem das suas funções fundamentais, so-bretudo de suas finalidades, de serem organizações sem fins lucrativos. Como se vê, o legislador pátrio cumprindo de maneira muito clara a nor-ma contida na Carta Magna, no seu art. 19, inciso I, não engessou, nem acorrentou as organizações religiosas a qualquer norma contrá-ria. Não as amarrou a nada, deixando-as livres, totalmen-te livres, para administrar as suas atividades e ações, a sua criação, a sua organização e o seu funcionamento.

Desta forma, as Igrejas de quaisquer cultos e ou, as Convenções de quaisquer Denominações, não são asso-ciações religiosas. São sim or-ganizações religiosas e, como tais, estão livres, totalmente livres para promover as mo-dificações que bem preten-derem realizar, registrando em seguida tais modificações e inserções estatutárias nos Cartórios de Títulos e Docu-mentos ou Cartórios de Re-gistros Públicos, dependendo da Organização judiciária de cada Estado onde se localiza a organização religiosa, seja qual for.

Basicamente, algumas mu-danças devem ser efetivadas nos Estatutos, aquelas que atendem às normas dispostas nos artigos 53 a 61 constan-tes do Novo Código Civil, isto é, fundamentalmente as que tratam de: denomi-nação, sede, finalidades e, no caso das organizações religiosas sobre os membros, isto é aqueles que compõem e integram a organização, sua admissão, demissão ou exclusão, que só poderá ocorrer por justa causa, e, por fim, as normas que tra-tam dos recursos e do patri-mônio e do funcionamento. Mas a Lei Civil e o Novo Código Civil não exigem que as Organizações Reli-giosas façam a inserção da figura do Conselho Fiscal nos seus Estatutos, não estão obrigadas.

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