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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 31 Domingo, 02.08.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 1 o domingo de agosto Dia do Adolescente Batista

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1o jornal batista – domingo, 02/08/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 31Domingo, 02.08.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

1o domingo de agosto

Dia do Adolescente Batista

2 o jornal batista – domingo, 02/08/15 reflexão

E D I T O R I A L

Deus quer que sejamos diferentes, não esquisitos

Há alguns anos, no interior do esta-do do Tocantins, aproximei-me de

um senhor e puxei conversa com o cidadão de média es-tatura, moreno e já passado dos 40 anos de idade. Pro-curando compartilhar com ele o Evangelho, comecei a falar do amor de Deus, da pessoa de Cristo, do Plano de Salvação, quando ele me interrompeu e me encarou, e, carrancudo, perguntou--me: “Você é crente?”. E logo depois de minha res-posta afirmativa, ele pros-seguiu: “Mas, você bebe café?”. Quando respondi que sim, o homem esbrave-jou: “Então você não é cren-te coisa nenhuma, porque o crente que é crente mesmo nem café não bebe!”. Nunca mais esqueci aquela experi-ência inesperada, intrigante e triste.

Por que será que tantas pes-soas têm tal ideia dos cristãos evangélicos? De onde pro-cede tal perspectiva? Apesar das caricaturas injustas dos evangélicos disseminadas atualmente, parte dessa ima-gem estranha vêm dos pró-prios “crentes”. Muitas vezes, porém, tais comportamentos extremistas procedem de pessoas sinceras e que amam a Deus. Como entender tal situação?

A verdade é que Deus or-dena que o cristão não ame o mundo (I João 2.15). Por outro lado, o filho de Deus não pode sair do mundo (I Coríntios 5.10) e não deve perder sua liberdade e sub-meter-se à servidão legalista (Gálatas 5.1). Como lidar com essa tensão? A resposta está na própria atitude de Jesus. Vemos nos evangelhos que nosso Mestre e Senhor sempre esteve no mundo: ele participava de festas (João 2.1-11), foi chamado de co-milão e de beberrão (Mateus 11.19) por seu comportamen-to social comum, foi critica-do por estar na companhia de cobradores de impostos desonestos, os publicanos, (Marcos 2.16), aproximava-se dos pecadores (Lucas 5.30) e tinha coragem de conversar com mulheres de má fama, arriscando Sua reputação (João 4.9; Lucas 7.37-39). Apesar disso, Jesus nunca tolerou o pecado (Mateus 21.12), criticou a injustiça (Mateus 6.15), anunciou o juízo de Deus, condenou a hipocrisia religiosa (Mateus 12.34) e pregou uma men-sagem muito dura (Mateus 5.20).

Parece que muita gente tem achado que um bom cristão deve ser uma pessoa diferen-te dos outros na sua forma de agir. Quando o cristão é

um alienado, usa roupas es-tranhas, torna-se isolado, tem cara de bravo e parece que está “chupando limão” o tem-po todo, muitos imaginam que aí está um “santo servo do Senhor”. As regras mais estranhas e desconhecidas pela própria Bíblia tornam-se padrão de espiritualidade: Usar gravata no culto, cortar a barba, não usar bigode, não ouvir música “do mundo”, usar penteados específicos, usar instrumentos musicais determinados, a obrigação (ou proibição absoluta) de bater palmas no culto, guar-dar dias “sagrados”, rejeitar certos alimentos não espiri-tuais, trajes femininos espe-cificados e dezenas de outras “leis” semelhantes.

A grande verdade é essas questões pequenas são ir-relevantes e nada têm a ver com o ensino de Jesus. Na verdade, trata-se de uma dis-torção do cristianismo bíbli-co e representam uma fuga da real responsabilidade do povo de Deus nesse mundo de trevas. É possível tornar--se uma pessoa estranha e esquisita, cheia de maneiris-mos religiosos, e ainda assim “amar o mundo”. Amamos o mundo quando buscamos poder, pomos o nosso ego como centro da vida e temos como alvo aquilo que as pes-soas desse mundo mau tanto

desejam. O fato é que não precisamos ser diferentes das demais pessoas. Devemos agir como seres humanos normais que comem arroz com feijão, ouvem a previsão do tempo, ouvem notícias, conhecem futebol, música, arte, ciência, etc. A diferença deve estar em nossos valores, em nossa ética e em nos-sa atitude misericordiosa e amorosa. Sejamos diferentes: rejeitemos a imoralidade se-xual, condenemos o aborto e a exploração infantil, vamos denunciar e criticar todo tipo de injustiça e de maldade, deixemos de ser consumistas tolos, vivamos para as nossas famílias, perdoemos quem nos odeia e nos prejudica, rejeitemos subornos e propi-nas, lutemos contra a tenta-ção da riqueza, da ostentação e da vaidade, choremos pelos perdidos.

Não seja um sujeito es-tranho e, ao mesmo tempo, igual aos demais descrentes, meu querido irmão; torne-se, cada dia, bem diferente do padrão desse mundo. Não seja um “alienígena”, pois Deus quer que sejamos dife-rentes, e não esquisitos.

Luiz Sayão,diretor do Seminário Teoló-

gico Batista do Sul do Brasil,pastor da Igreja Batista Na-

ções Unidas - SP

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 02/08/15reflexão

(Dedicado ao leitor Luiz Alencar da Silva, de Brasília - DF)

À noite da quinta--feira, 07 de maio de 2015, o Coral “Eclésia” e a Banda

Sinfônica do Corpo de Bom-beiros do Rio de Janeiro reali-zaram um excelente concerto erudito.

Na série, intitulada “Música de Primeira” e inaugurada em 2009, este foi o 63º con-certo, para comemorar o cen-tenário (1915-2015) do Coro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro.

Tivemos o privilégio de conhecer os regentes Daniel Cordes, Egydio Gióia, Arthur Lakschevitz, Regifredo Sarno, Guilherme Loureiro, Levino Alcântara, Natanael Mesquita e Marília Soren.

Em 21 de março de 1967 passou a denominar-se “Co-ral Eclésia” e a regência foi assumida pela maestrina Anna Campello Egger.

A Banda Sinfônica foi cria-da em 30 de outubro de 1896; atualmente é regida pelo maestro capitão Aurimar Bento Donato.

A apresentação desses gru-pos coube ao ministro de música da PIB-RJ, maestro Eduardo Transcoveski Gon-çalves.

Na primeira parte (30 mi-nutos), a Banda Sinfônica exibiu seu profissionalismo e sensibilidade.

1. “Candide” (abertura), de Leonard Bernstein

(1918-1990)Os maiores sucessos de

Bernstein foram: no teatro musicado “West Side Story” e “Candide”, e na música

de concerto, as sinfonias “Jeremias” e “Kaddish”. Na década de 90 assistimos a encenação de sua opereta cômica no Teatro Munici-pal do Rio de Janeiro. A “abertura”, a mais execu-tada, é uma peça alegre e burlesca (ver: OJB, 23 abr 1989).

2. “Suíte”, opus 28, de Gustav Holst (1874-1934)Não conhecíamos essa

“suíte”, composta em 1909. Holst tocava trombone numa orquestra escocesa e sofreu forte influência da música folclórica. A obra começa por uma “chaconne”(dança do período barroco), passa por um “intermezzo”(interlúdio entre os atos de uma ópe-ra ) e te rmina com uma “marcha”(combinação de melodias).

3. “Lo Schiavo” (“Alvorada”), de Carlos

Gomes (1836-1896)Nessa ópera, estreada em

1889, alusiva à abolição da escravatura, Carlos Go-mes demonstrou sua aptidão para a técnica europeia de composição sinfônica, sem desprezar o instrumental percussivo característico da música de índole brasileira. A “Alvorada”, como prelú-dio para o 4º. Ato, compos-to em Milão (Itália), acaba expondo a intensa cor local, vista pelo compositor pouco depois de ter chegado ao Brasil (ver: OJB, 20 abr 86). Um bombeiro músico tocou com muita propriedade o seu trompete.

Depois de um intervalo (15 minutos), na 2ª parte, duran-te 30 minutos, coro e solistas demonstraram que estão se

esforçando para obter seu estilo.

4. “A Criação” (recitativo com coro, “Terra e Céu”, “Im Anfange schuf Gott Himmel und Erde”), de

Josef Haydn (1732-1809)O tenor Gilberto Silva e o

coro descrevem “o princí-pio”; à voz do solista, ligei-ramente suspensa, solene por causa do silêncio do am-biente universal, junta-se a proclamação do coro, diante do brusco surgimento da luz, segundo Gênesis 1.1-3 (OJB, 13 mar 94).

5. “Missa de São Nicolau” (Gloria), de J.Haydn (1732-1809)

Uma vez mais, Haydn es-creveu uma missa muito di-ferente de todas as preceden-tes. Composta rapidamente em 1772, foi executada na Áustria à noite de 06 de de-zembro, em homenagem ao príncipe Nicolau Esterházy. O “Gloria”, interpretado com coro pela soprano Lídia San-tana, é envolvido em uma atmosfera otimista. Neste trecho, começamos a sentir a falta de um órgão de tubos. Em 1980, quando ouvimos o órgão tocado em Oxford por Christopher Hogwood, acompanhando a execução desta missa, sonhamos com o da PIB-RJ, que só chegaria em 1993.

6. “São Paulo” (“Dou graças a Ti, Senhor” – “Ich danke dir, Herr”), de Felix Mendelssohn (1809-1847)Este oratório, composto

em 1836, foi um marco na história da música coral ale-mã por restaurar a dignidade dessa forma musical. Efi-

cientemente executada pelo barítono Ezequiel Decotelli, a ária foi completada pelo coro no trecho “O Senhor limpará toda a lágrima” – “DerHerr wird die Tränen von a l len Angesichtern abwischen”.

7. “Elias” (“Então, a Tua luz romperá” – “Alsdann wird euer

Licht hervorbrechen”), de Felix Mendelssohn (1809-1847)

Composto em 1846, este poderoso coro, quase ope-rístico, no estilo handeliano, finaliza o oratório (ver: OJB, 23 out 1977 e 08 mar 87).

8. “Requiem” (“Os santos louvam”), de Wolfgang-Amadeus Mozart (1756-1791)

No trecho escolhido, o “Eclésia” deu uma notável interpretação do clima dra-mático que cerca esta obra de Mozart; na verdade, somente no “Introitus” e no “Kyrie” a autoria é totalmente dele; as demais partes foram compos-tas por seu discípulo Franz Süssmayr (ver: OJB, 14 nov 1957 e 17 set 59).

9. “Judas Macabeus” (“A Deus cantai”- “Sing unto God”)

de Georg Friedrich Haen-del (1685-1759).

Em 16 de julho de 1959, pela primeira vez, ouvimos este oratório que celebra a vitória inglesa, em abril de 1746, sobre os escoceses que lutavam pela indepen-dência da Escócia. Haen-del começou a composição quando certificou-se da vitó-ria. Um judeu é apresentado como herói; com esta atitude

simpática, Haendel atraiu quase todos os judeus de Londres para um teatro em Covent Garden (ver: Chris-topher Hogwood, Handel, p.208. London: Thames and Hudson, 1988). Depois de uma marcha, o coro executa “A Deus cantai” (“Sing unto God”).

Na 3ª parte (15 minutos) coro e banda executaram duas das mais importantes e conhecidas obras da música sacra erudita.

10. Cantata BWV-147 (“És Jesus minha alegria” – “Jesus bleibet meine Freude”), de Johann

Sebastian Bach (1685-1750)O trecho coral pertence

à Cantata “Coração e boca, atos e vida” (“Herz und Mund und Tat und Leben”). Os recitativos são baseados em Isaías 11.1-5 e Lucas 1:39-56. Finalizando a can-tata, estreada em Leipzig em 02 de julho de 1723, temos o coral cuja melodia é equivocadamente conhecida pelas palavras “Jesus, alegria dos homens”. O “ritornello” (breve passagem recorrente) assegurou a celebridade da obra; é uma das melodias mais populares de toda a música erudita (ver: Alfred Dürr, As cantatas de Bach, pp. 979-987. Bauru, SP: Edusc, 2015).

“Messias” (“Aleluia)Já escrevemos 13 artigos

sobre Haendel e este orató-rio; o mais recente foi pu-blicado na edição de 03 de maio de 2015.

Parabenizamos Anna Cam-pello Egger e seus liderados por seu belo exemplo de idealismo, tenacidade e en-tusiasmo.

MÚSICARolando de nassau

“Eclésia” e banda em

concerto erudito

4 o jornal batista – domingo, 02/08/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Esperança em Deus, com força

e coragem

reflexão

“Esforçai-vos, e ele fortalece-rá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor” (Sl 31.24).

Aqueles que amam a Deus, diz Davi, são cercados pelos inimigos do bem.

Como a maldade do mundo é grande e constante, a con-fiança em Deus não deve ser tímida. Diz o texto: “Sejam fortes e tenham coragem, todos vocês que põem a sua esperança em Deus, o Se-nhor!” (Sl 31.24).

Esperar em Deus não deve ser a postura idealista daque-les que são inexperientes. Deve ser a consequência de todas as vezes, ainda que pequenas, em que o Senhor nos socorreu e nos livrou: “Quando os meus inimigos me cercaram e me atacaram,

Ele mostrou, de modo ma-ravilhoso, o Seu amor por mim” (Sl 31.21).

Esperar em Deus consiste em fortalecer nossa memória de todas as vezes, grandes ou pequenas, em que nossas soluções vieram dEle. Temos a tendência de esquecer. Os problemas vividos no presente escurecem até nossas alegrias do passado, quando sentimos a presença do Senhor, em ple-na adversidade. Daí a orienta-ção do salmista – nosso modo de esperar em Deus deve ser com força e coragem. Ainda que pareça absurdo, é no meio das trevas que a luz de Deus mais nos ilumina; quando nós deixamos que ela nos guie. É neste contexto que o Senhor deu vitórias, durante as fragi-lidades de Paulo, afirmando: “A Minha força se aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12.9).

Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

Pare o mundo que eu quero descer! Des-culpa pela primeira pessoa do singular.

Não sou como muitos jo-vens, sei disso. Sinto-me um velho novo, ou vice-versa, sei lá. A cada dia eu percebo que não sou desse mundo. Não sou alienígena, mas me sinto como se fosse. Sou ser humano como todos os ou-tros, mas ando me sentindo tão deslocado no mundo, aqui na Terra, que, por ve-zes, a sensação é que não sou daqui. Isso sedimenta minha convicção pessoal através da fé cristã que não estou aqui nessa Terra para passear, para desfrutar do prazer de beber uma Coca--Cola gelada, de ganhar di-nheiro, de ter um iPhone, de viajar para Paris, de poder ostentar grana e fama. Estou aqui por uma missão. Deus tem um propósito para minha existência, mesmo antes de nascer. O fato é que tenho me sentido deslocado e estra-nho aos rumos que a maioria, ou grande parte dos jovens ao meu redor estão dando às suas vidas.

Conheço muitos jovens que desprezam as ricas opor-tunidades da vida para re-lacionamentos afetivos por conta de um curso, de uma viagem, de um intercâmbio e/ou de uma carreira. Vejo muita gente perdida sem sa-ber o que fazer, o que estudar porque ficou preso àqueles métodos de avaliações vo-cacionais e não buscaram a Deus em oração para sabe-rem como o Senhor de Suas vidas deseja usá-los. Percebo uma apatia em relação aos

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Cada vez que leio os Evangelhos fico maravilhado com os ensinos de Jesus;

admiro a sua dependência do Pai. No Getsêmani, um pou-co antes de ser preso e levado à Cruz, Jesus Cristo foi orar ao Pai para que, se possível, passasse dele aquele cálice.

Precisamos aprender com Jesus a aceitar a vontade de

temas importantes da vida humana, um desligamento do engajamento social e/ou em questões que podem mudar e/ou ajudar a vida das pessoas. Percebo que a vida de muitos é focada em si mesmo, em seus planos, seus sonhos, suas metas, suas vontades, e parece que a vida gira em torno deles, daí me preocupo. Oro por eles.

Percebo um enorme con-tingente de jovens desperdi-çando dinheiro ao pagar os boletos da faculdade, pois muitos só querem o diploma. E o que você faz com um diploma hoje? Desperdiçam tempo indo para faculdades, entram quando querem, pe-dem para o amigo assinar a lista de presença, saem mais cedo para curtir um drink no barzinho badalado da cidade, cancelam as aulas de quinta e sexta para sairem no “rolê” com os amigos. Desperdiçam suas vidas com projetos fú-teis e pessoais e nada fazem pensando no próximo, no coletivo, no bem-estar social, na melhora da vida humana. Percebo que somos uma ge-ração narcisista, onde somos avaliados pela quantidade de “curtir” da foto do últi-mo post. Narcisistas porque selecionamos a melhor foto e queremos ostentar o que temos, as marcas de grife que usamos, o local que estamos, pois dá status. Queremos os-tentar que somos conscientes em relação às discussões am-bientais, mas gastamos muito tempo no banho. Queremos vender uma imagem de que somos espirituais, afinal de contas, de vez em quando participamos de um evento religioso, postamos um verso bíblico ou um pensamento cristão.

Deus em nossas vidas. Ele ex-pressa-se da seguinte forma, em sua oração: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero, e sim, como Tu queres” (Mt 26.39b); no verso 42 ele diz: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade” (Mt 26.42b).

Quando Jesus ensinou os seus discípulos a orar em Ma-teus, ele disse: “Venha o Teu

Percebo que somos ime-diatistas ao extremo. É re-dundância falar que nossa geração é imediatista, mas é a verdade. Queremos tudo para ontem, queremos su-gar tudo do tempo chamado “hoje”, queremos ser felizes, curtir tudo, aproveitar cada momento, viver intensamen-te as emoções como se não houvesse amanhã. Queremos viver como se todos os dias fossem sexta e sábado, dias de gandaia, como se todos os dias fossem férias, e como se fôssemos celebridades. Somos imediatistas ao ponto de pensarmos e acreditarmos que seremos felizes e que a qualquer momento uma pessoa linda e maravilhosa cairá em nosso colo. Tão imediatistas que perdemos a noção de que relacionamen-tos saudáveis, nutridos de afetos, levam tempo, exigem abnegação e dedicação. Pen-samos que tudo estará pronto a qualquer momento, a partir de um clique.

O mundo (a sociedade) está girando e tomando um rumo, no mínimo, esquisito. Meu diagnóstico é: não sou daqui. Gosto da franqueza de C.S. Lewis, quando disse :“Eu descobri em mim mesmo desejos dos quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica é que fui feito para outro mundo”. Não consigo mais me relacionar com coisas fúteis, me distrair com aparatos tecnológicos, me entreter com a agenda contemporânea capitalista. Pare o mundo: quero descer. Não quero seguir o fluxo, quero mesmo é nadar con-tra a correnteza. Quero ser chamado de retrógrado por querer amar. Ser chamado de sonhador ou utopista,

Pare o mundo que eu quero descer,

não sou daqui!

Vontade de Deus

mas quero viver por e com meus amigos. Quero investir tempo nos meus amigos e nas minhas relações afetivas. Quero marcar as vidas que estão ao meu redor. Quero ser marcado por vidas que, de fato, valem a pena ser imi-tadas, pois refletem a Cristo. Quero lembrar-me todos os dias de que não sou daqui e que meu local de depósito não é o caixa eletrônico e, sim, a eternidade.

Quero viver as coisas do alto, onde Cristo está. Que-

ro não perder de vista que não sou daqui, para não viver de forma irrelevante. Quero lembrar que Deus me deu a vida para que eu cumpra Seu propósito. Quero viver intensamente com Jesus, meu Senhor e Salvador, ao ponto de ser sal e luz deste mundo. En-quanto aqui viver, quero viver para Ele, refletindo a imagem dEle e suprir os meus desejos pelo Reino dEle. A Jesus seja a glória para sempre. Amém.

Reino; faça-se a Tua vontade, assim na terra, como no céu” (Mt 6.10). A oração dEle traz para nós a necessidade de dependermos do Pai e acei-tarmos a vontade de Deus.

A vontade dEle deve preva-lecer sempre, não podemos exigir nada. Quando Paulo escreveu aos Romanos no ca-pítulo 12, ele disse: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela reno-vação da vossa mente para que experimenteis qual seja a boa,

agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

Quando entendemos que a vontade de Deus para nós é sempre boa, agradável e per-feita, nos submetemos com alegria. Deus sempre deseja o bem para os seus filhos.

Quando observamos al-guns líderes do século XXI que pregam uma mensagem totalmente diferente da que Jesus ensinou, ficamos com pena dos seguidores. Infeliz-mente, muitos têm ensinado

que é necessário exigir de Deus, ensinam que não de-vemos orar e usar a expressão “Seja feita a Tua vontade”, porque demonstra falta de fé. Quanta ignorância bíblica! O Novo Testamento deixa bem claro que precisamos ser sub-missos a vontade de Deus.

Que possamos olhar e ob-servar nas Escrituras como Jesus viveu, sua dependência do Pai em tudo e, ao ler, que possamos colocar em prática em nossas vidas também.

5o jornal batista – domingo, 02/08/15reflexão

Todos estes problemas têm, como causa, pelo poder pú-blico, como social; pela me-dicina, doença; pela filosofia, evolução; pela religião, des-conhecimento; mas, a Bíblia chama de pecado. Paulo re-lata no primeiro capítulo de Romanos que não só os que praticam, mas também os que consentem.

O profeta Isaías, no capí-tulo 59 diz que o pecado separa como uma parede o ser humano de Deus, como castigo da incredulidade de Caim, que seguiu por cami-nhos que não são os cami-nhos de Deus. Mas, quando chegamos a uma encruzilha-da dos nossos caminhos e a vontade de Deus, temos que fazer uma escolha.

Lucas nos conta a parábo-la do filho pródigo que, ao sentir-se nesta encruzilhada, recebe do Espirito Santo uma

força para levantar-se e tomar esta atitude de ir ter com o Pai. Quando isso acontece, nos sentimos como apenas um jornaleiro do rei, mas o Pai nos põe um anel no dedo, nos veste com roupas reais e no céu é feito uma festa pelos anjos, por um filho que se arrepende.

Tudo isso aconteceu na mi-nha vida há mais de 50 anos, e o jornaleiro que foi feito príncipe vem falando do amor do Pai, que continua olhan-do ao longe, esperando que outros filhos venham. Abor-damos o amor longânimo de Deus, esperando a volta de pessoas resgatadas como Lodemir e Eliene, que foram recebidos como uma família. Agora, não são mais aqueles dependentes, são filhos do Rei, são príncipe e princesa, para o louvor da Sua graça, glorificando ao Reis dos Reis.

Eusvaldo Gonçalves, colaborador de OJB

Com o passar dos sé-culos a vida huma-na tem passado por mudanças radicais.

Desde que me conheço por gente, há mais de 70 anos, o conceito de família era outro.

A modernização se encar-regou de fazer mudanças em todas as áreas em torno do indivíduo. Nos tempos bíblicos, os pais procuravam casamento aos filhos, como no caso de Isaque, com as recomendações para que não houvesse casamentos mistos entre o povo de Israel. Com o passar do tempo esses costumes deixaram de ser válidos, como vemos no caso de Sansão, que casou com uma moça do povo inimigo, que resultou em sua própria morte.

Também nos tempos bíbli-cos era costume a mãe apre-sentar os filhos a Deus para o uso dos seus propósitos e vontade; foi o caso de Ana, que entregou a Deus o seu Samuel, que não cuidou dos filhos que não foram aceitos como líderes.

A medida que evoluímos, as famílias diminuem, os propósitos deixam de ser a prioridade espiritual e as consequências são inevitá-veis; na falta de dedicação, à dúvida da salvação e, tantas outras.

E por se multiplicar a ciên-cia, na filosofia, na religião, na hipocrisia, na incredulida-de e no cumprimento bíbli-co, o amor de muitos esfriará.

Davi, o grande Rei, tinha um reinado maravilhoso até que o deixou ocioso, e o pecado da incontinência o al-cançou, ele cometeu adulté-

rio, e um crime com a inten-são de matar. São exemplos que temos nas Escrituras e no mundo que nos leva a ver até onde vai a extensão do pecado de Adão. Paulo diz que todos pecaram e foram separados da Glória do Pai.

Noé, que achou graça aos olhos de Deus, que preser-vou ele e sua família, após as águas baixarem fez um altar, glorificou a Deus, plantou uma vinha e embebedou-se, amaldiçoando o filho menor; e o ser humano continua enga-nando e sendo enganado pelo diabo em todos os tempos.

Mas, fico feliz quando vejo o amor se propagando entre os seres humanos, como na história do casal que veio es-tampado na Revista A Pátria para Cristo com uma história emocionante, de vidas sendo resgatadas das mãos do diabo por anos e anos.

Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

Luisa iniciou a sua mensagem no mês dos jovens do ano passado alertando à

Igreja que era uma dinâmica para ilustrar a sua palavra. Ela tirou da Bíblia um pequeno envelope azul e perguntou: “Quem quer comprar o meu envelope por R$ 20,00 (vinte reais)?”. Fez uma pequena propaganda: “É bonitinho, novinho, não se parece com aqueles envelopes brancos que você posta dos Correios e você não vai se arrepen-der”. Silêncio. Ninguém se aventurou. Ela insistiu até o Aristeu, seu pai, se levan-tar e comprar o envelope azul pelo valor pedido. Ela enfatizou que não poderia

desfazer a compra e avisou a todos que ele não sabia do que se tratava. Quando abriu o envelope diante da Igreja ele viu que dentro havia R$ 50,00 (cinquenta reais). A reação da congregação foi imediata: “Se eu soubesse teria comprado o ‘envelope azul’.

Luisa pregava sobre a expe-riência de Moisés no deserto ao contemplar a sarça que não era consumida pelo fogo. Para se aproximar e verificar o que estava acontecendo Deus pediu que ele tirasse as sandálias porque aquele lugar era santo. A sandália indicava que Moisés era o senhor e não o servo. Era a sua segurança para andar nas areias quentes e em lugares pedregosos. Deus tinha um novo projeto e queria que

Moisés participasse coman-dando tudo. Então Deus pe-diu a confiança de Moisés: “Tire a sandália e confie em mim”. Usando a ilustração da Luisa, Deus disse a Moisés: “Eu tenho um envelope azul que vai custar a sua sandália. Você não poderá desfazer o acordo e terá que ir até o fim. Você aceita?”.

Como saber o que estava dentro do envelope? Como explicar às pessoas o conte-údo do envelope? Esta foi a luta da Deylsa. Saiu de casa com vinte reais dado pelo esposo com a recomendação de não gastar com qualquer coisa. Como chegar em casa sem os vinte reais e com um envelope azul e convencer o Rogério de que fez um bom negócio? Não dá pra saber o que está no envelope de

Deus. Ele também diz: “Você aceita? Eu tenho dentro dele muito mais do que você pode imaginar. Você não vai se ar-repender do que irá ser. Mas, você precisa confiar em mim e se entregar completamente a mim”, diz Deus.

Foi assim com Abrão. Deus disse: Tenho um envelope que se chama Canaã, você aceita? Terá que deixar a sua terra, a sua parentela e partir para a terra que te mostrarei. Vou fazer de você um grande povo. Ele aceitou. Foi assim também com o medroso Gi-deão; com Davi, o homem segundo o coração de Deus; Eliseu, o profeta que aceitou o convite de Deus feito por Elias, e muitos outros que aceitaram o convite de Deus sem ter a segurança de sa-ber o resultado. Maria quase

perguntou para o anjo: “O que tem dentro do envelo-pe?”. No lugar da pergunta, disse: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo con-forme a Tua Palavra”. Foi o que Jesus fez com Simão e André durante uma pesca-ria: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”; e o grande Saulo? O perseguidor dos cristãos, foi conduzido pela mão para dentro de Da-masco em obediência à voz sobrenatural de Deus.

Aceitar o envelope de Deus indica ter confiança nEle. É saber que a vida dedicada ao serviço de Deus é gloriosa e sem volta. Não é possível se desfazer desta vida. Você está disposto a aceitar o en-velope de Deus? Aceite e saberá o seu conteúdo. Não vai se arrepender.

Vinte reais

Príncipe e princesa

do é vista pelo Senhor como prova de nossa fé, no seu po-der e justiça. “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt 21.22).

3) A oração perseverante revela uma autêntica comu-nhão com o Pai - Oração é o completo diálogo com Deus. Falamos com Ele e, paciente e confiantemente, aguardamos Sua resposta. Na constância de oração se estampa: nossa humildade e limitações, nossa dependência do Pai, nosso reconhecimento de que Sua

vontade é a melhor para nós. Nela obtemos a paz, consolo, orientações, curas, perdão e salvação. Oração não é reza ou ladainha, vãs repetições, lengalenga por mediação de santos, mas, sim, diálogo di-nâmico e direto com Deus em nome de Jesus. “...Em verdade, em verdade vos digo que tudo que pedirdes a meu Pai, em meu nome, Ele vos dará” (Jo 16.23). Ore, nunca desista de pedir ao Pai aquilo que você crê que seja uma necessidade sua. Há o tempo das respostas de Deus, creia nisso.

pode nos levar a obter algo que ainda não necessitávamos em prioridade ou ainda não está-vamos preparados para tê-lo, ou ainda querendo o que Deus não quer para nós. O Senhor nos responderá a Seu tempo, como fez a Jesus, mediante nossa perseverança em oração.

2) A oração perseverante prova nossa fé - Quando in-sistimos em algo é porque acreditamos naquilo. Deus contempla isso em nossas ora-ções. Nossa perseverança em orarmos por algo não atendi-

A resposta de Deus a seu filho Jesus, fi-nalmente veio após longa noite de ora-

ções desse, pedindo que, se possível, o livrasse dos sofrimentos da cruz e de ter sobre Si nossos pecados. A perseverança de Jesus em oração nos ensina que assim devemos fazer em nossas pe-tições ainda não respondidas pelo Pai, porque:

1) O tempo de Deus não é o nosso tempo - Somos, por na-tureza, precipitados e ansiosos. Não gostamos de esperar. Isso

Celson de Paula Vargas, pastor da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ

“Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas pala-vras. Então voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o filho do homem está sendo entregue” (Mt 26.44-45).

O tempo das respostas de Deus

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 02/08/15 reflexão

Por ter entrado com o meu pedido de reconhecimento de cidadania italiana,

por ser bisneto de italiano, tenho me dedicado a estudar as origens dos meus ante-passados. Não somente es-tudar, mas buscar em vários cartórios certidões de nasci-mento, casamento e óbito. Lendo as certidões a gente conhece as “causas mortis” e o tempo que viveu cada antepassado.

Do meu neto Theo, hoje com três aninhos, até o mais longínquo antepassado Bifa-no vivido na cidade de Torra-ca, na Província de Salerno, já cheguei, em minha árvore genealógica, a oito gerações.

Quando vejo os nomes dos meus antepassados que já morreram fico a pensar na brevidade da vida e o legado que podemos deixar para as futuras gerações. No futuro, meus descendentes terão em suas mãos minha certidão de óbito. Por mais difícil que seja escrever isso, é a pura verdade.

Se não é possível evitar o óbito, o que podemos fazer para que sejamos uma boa lembrança para aqueles que nos sucederão? O maior lega-do que podemos deixar, sem dúvida, é a fé.

Deus quer que cada um de nós deixemos para a próxima geração o bastão da fé cristã. Como em uma corrida de revezamento 4x10, em que cada atleta passa o bastão para o atleta seguinte, deve-mos também ser diligentes nesta tarefa.

Isso, infelizmente, não acon-teceu na geração que sucedeu a Josué, quando o povo de Israel entrou na terra prome-tida. Diz a Bíblia: “E foi tam-bém congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel” (Jz 2.7-12).

Muitos se preocupam e se desgastam tanto para deixar bens materiais, que estes tendem a se perder, no má-ximo, na terceira geração, quando não na segunda. Fazendas, apartamentos, car-ros, dinheiro, barras de ouro, ações não irão conosco para a eternidade. Somente vidas, alcançadas pela Graça de Jesus é que entrarão no céu.

Outro esforço que deve-mos fazer é deixar um legado moral. Minha fé em Cristo foi transmitida por minha mãe, que já está nos céus. Dos Bifanos herdei o legado da honestidade. Não há, em nenhum antepassado meu, histórias que denigrem quan-do o assunto é, por exemplo, integridade financeira. Este é um outro legado que deve-mos deixar para os nossos descendentes.

Este foi o mesmo legado que Jó deixou para os seus filhos. Em Jó 1.1, a Bíblia diz que este patriarca era um homem justo, íntegro e que se desviava do mal.

A terceira preocupação que devemos deixar, na minha opinião, é a herança de ape-go às instituições, como do casamento, por exemplo.

Não vi, em nenhum dos meus antepassados, história de divórcio, por exemplo. Está comprovado, através de genogramas, que os descen-dentes, inconscientemente, copiam as histórias dos seus antepassados. Em famílias em que há história de divórcios, a tendência é repetir este mode-lo nas gerações seguintes. O mesmo se aplica em relação a dependência de álcool, adul-tério, imoralidade sexual.

Tenhamos estas verdades em mente para que os nos-sos descendentes só tenham de que se orgulhar de nós, que um dia deixaremos este mundo e entraremos para a história da nossa família.

www.ministeriooikos.org.br

Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mu-lher os criou” (Gn 1.27).

Gênero é aquilo que identifica a identidade sexual das pessoas. Exis-

te o gênero masculino e fe-minino, e isso é determinado com o nascimento da pessoa. Entretanto, a “Ideologia de Gênero”, como disse o papa emérito Bento XVI em um discurso à cúria romana em 2012, o uso que estão fa-zendo da palavra “gênero”, pressupõe uma “nova filoso-fia da sexualidade”, ou seja, o gênero é tratado como se não tivesse qualquer relação com o sexo da criança que nasceu. A Ideologia de Gê-nero, portanto, é a “Ideologia da Ausência de Sexo”, uma crença, segundo a qual os dois sexos, masculino e femi-nino, são considerados cons-truções sociais e culturais.

O que pretende essa ide-ologia? Primeiro, pretende transferir para o Estado o direito de ensinar valores morais para as crianças, in-dependente da opinião dos pais, o que é bastante con-veniente para os propósitos seguintes. Depois incluir nos planos de educação nacio-nal, estadual e municipal os princípios dessa ideologia, conferindo-lhe certa legalida-de. Para, finalmente, incutir na cabeça dos nossos filhos

a ideia de que eles podem escolher ser menino ou me-nina, independente do seu sexo biológico. Segundo essa ideologia, o sexo deixa de ser um elemento dado pela natureza e passa a ser um papel social escolhido pelo indivíduo.

Do ponto de vista religioso, veja o que disse a socióloga alemâ Gabriele Kuby: “A Ideologia de Gênero é a mais radical rebelião contra Deus: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: ‘Eu decido! Esta é a minha liberdade!’ - contra a experiência, contra a natu-reza, contra a razão, contra a ciência. É a perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a família e a nação. É uma ideologia diabólica: embora toda a gente tenha uma no-ção intuitiva de que se trata de uma mentira, a Ideologia de Gênero pode capturar o senso comum e tornar-se em uma ideologia dominante do nosso tempo”.

Do ponto de vista jurídico, como bem explicou Beatriz Kicis, advogada e procurado-ra do Distrito Federal, em um vídeo postado nas redes so-ciais, o Congresso Nacional, ao tratar do Projeto Nacional de Educação, afastou com-pletamente qualquer referên-cia à “Ideologia de Gênero”. Também falou do Tratado de São José (Convenção Ameri-cana de Direitos Humanos),

norma supra legal, que prevê no seu artigo 12 inciso IV, o seguinte: “Aos pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”. Também citou a nossa Constituição Federal; no artigo 229 diz que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores. Ainda fez menção ao artigo 1634 do Código Civil Brasi-leiro, que diz que compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, dirigir-lhes a criação e educação.

Assim sendo, não cabe ao Estado ocupar o lugar da família na educação das crianças. Como disse Mário Sérgio Cortella em um vídeo no Youtube, não podemos confundir educação com escolarização. A educação é a formação de uma pes-soa, e ela cabe aos pais. A escolarização é uma parte da educação que cabe ao Estado no sentido de ajudar os pais na educação dos fi-lhos, mas nunca substituí-los. Portanto, o papel do Estado na educação é secundário e deve respeitar os limites da lei para não ferir o princípio constitucional da legalidade (Art. 37 caput da CF/88).

Referênciashttp://sofos.wikidot.com/ide-ologia-de-generohttps://www.youtube.com/watch?v=RHaXF7ryyhwhttps://www.youtube.com/watch?v=FNEN3eJ8_BU

Árvore genealógica

Ideologia de Gênero

7o jornal batista – domingo, 02/08/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O pastor Ray Miller, missionário en-tre os indígenas Kaingang no Sul

do Brasil, participou de um evento da Coalizão Brasileira de Esportes, em parceria com os Atletas de Cristo. Ele conta que tem trabalhado o esporte dentro da reserva indígena Condá, em Chapecó - SC.

Três indígenas participaram do treinamento com o pastor Ray, em Porto Alegre - RS. “Foi uma oportunidade re-levante para estes indígenas. Todos foram capacitados nes-te treinamento e receberam certificado de conclusão de 60h, podendo assim treinar

outros”, conta o missionário.Pastor Ray e sua esposa, Lu-

ciana da Conceição, trabalha-ram durante muitos anos entre os indígenas Kaingang no Rio Grande do Sul. Durante sete anos, eles revitalizaram uma Igreja e plantaram outra Igreja. Neste ano de 2015, eles rece-beram o desafio de plantarem novas Igrejas entre os indígenas que estão em Santa Catarina.

“Estamos aqui desde janeiro de 2015, mantendo relaciona-mento com este povo que tem a mesma etnia com a qual tra-balhamos no Rio Grande do Sul. Apesar dos desafios, te-mos um bom relacionamento com eles e estamos apresen-tando a eles a Bíblia do Velho Testamento, na língua deles. E

isto tem sido um ponto posi-tivo. Estes três indígenas que fizeram o curso moravam em Nonoai - RS e eu já vinha trabalhando com eles. Eles se mudaram para esta aldeia de Chapecó e estão sendo uma ‘porta de entrada’ para nós”, relata pastor Ray.

A esposa dele, Luciana, planeja entrar com o Evan-gelho na escola indígena. Interceda por esta obra mis-sionária, a fim de que mais vidas sejam alcançadas pelo Evangelho. Os missionários receberão, entre os dias 11 e 18 de outubro, a Trans Crian-ças Indígenas, que será uma grande oportunidade para evangelização das crianças e de todo o povo desta aldeia.

Redação de Missões Nacionais

Uma caravana da Igreja Batista Me-morial da Tijuca - RJ impactou vi-

das em Fortaleza - CE, onde estão os missionários Izaías Emídio e Ariene Machado. A Igreja é parceira deste missionário, por meio do PAM Brasil, há mais de 25 anos.

A caravana realizou di-versas atividades sociais e

evangelísticas para adultos e crianças das três frentes missionárias nos bairros de Varjota, Jacarecanga e Tatu-mundé. Louvamos a Deus porque, mais uma vez, o apoio da IBMT contribuiu para que o Evangelho al-cançasse vidas no campo missionário.

Interceda para que os frutos deste trabalho per-maneçam f i rmes e para que cada vez mais Igrejas visitem os campos missio-nários.

Saiba mais sobre o Projeto Missionário entre os indígenas Kaingang

Missionários no Ceará recebem

caravana de Igreja do

Rio de Janeiro

Uma das atividades que foi realizada com as crianças nos bairros de Varjota, Jacarecanga e Tatumundé

O casal de missionários celebra o avanço do Evangelho entre esse povo

8 o jornal batista – domingo, 02/08/15 notícias do brasil batista

UMMBC e JBC, os Adoles-centes Batistas Cariocas fazem parte do departamento de Educação Cristã e Missionária, que é uma organização interna da CBC.

O departamento dos Adoles-centes Batistas Cariocas hoje é composto por 11 Associações na cidade do Rio de Janeiro: Diamante (Oeste Carioca), Esmeralda (Nordeste), Jaspe (Sinai), Ouro (Norte), Pérola (Jacarepaguá), Prata (Centro--Oeste, Oeste e Suburbana), Rubi (Leopoldinense), Safira (Ilha do Governador), Ônix (Zona Sul), Real e Topázio (Centro). Essas Associações são formadas pelos adolescentes da Regional Carioca, totali-zando 615 departamentos de Uniões de Adolescentes distribuídos em 503 Igrejas e 112 Congregações (filhas das Igrejas), o que abrange aproxi-madamente 10 mil adolescen-tes no campo Batista carioca.

Hoje em diaHoje o departamento Ado-

lescente Batista Carioca é um dos poucos, se não for o único, departamento de Adolescentes independente Batista no Brasil. É apoiado pela Convenção Batista Carioca, possui um co-ordenador executivo responsá-vel pelo departamento, o qual é eleito pelo diretor executivo da CBC, que unem suas forças, visando o crescimento e o melhor desenvolvimento do campo carioca em seu todo.

Acreditamos no trabalho específico, direcionado e im-portante para nossos adoles-centes, focando nos jovens de amanhã. Esse trabalho precisa de amor, compreensão, visão, investimento de tempo, acredi-tar que eles farão a diferença, prepará-los para próxima orga-nização, quando se começa o processo de amadurecimento, englobando suas escolhas: maior responsabilidade, novos relacionamentos com com-promisso, outros horizontes profissionais, e por que não vislumbrar futuros pastores, missionários, ministros, líderes etc? O campo é vasto e nossos ceifeiros precisam estar prepa-rados.

O departamento ABC tem sua agenda anual

de atividades com propósitos definidos:

Janeiro - Luau1000, que re-úne mais de mil adolescentes em uma praia do Rio de Janei-ro, com intuito de promover a integração e comunhão entre os adolescentes. Propósito - É uma estratégia para sinalizar

aos adolescentes que o ano começou e que as Associações Regionais de Adolescentes estão em plena atividade;

Abril - Acampamento da ABC. Propósito - Promover um desenvolvimento espiritual e de restauração. Neste acam-pamento, na parte da manhã, os adolescentes participam de pequenos grupos para falar sobre família e a sua impor-tância, nos quais temos tido resultados muito positivos, ao ponto desses grupos perma-necerem se reunindo após o acampamento;

Julho - Copa ABC entre to-das as Associações Regionais de Adolescentes ou o Con-gressão da ABC (alternado por ano). Propósito - Manter o relacionamento e a comu-nhão entre os novos amigos em Jesus;

Outubro - Acampa-dentro (Eleição da equipe de ado-lescentes que ficarão respon-sáveis pela organização e preparação dos eventos do ano seguinte). Propósito - Re-lembrar os assuntos, avaliar os momentos que tivemos durante o ano;

Dezembro - Nosso último culto, quando celebramos o Natal e finalizamos as ativi-dades.

Em que acreditamosA ABC tem por finalidade

coordenar e desenvolver o trabalho cooperativo das As-sociações Regionais de Ado-lescentes e das Uniões de adolescentes das Igrejas da CBC, orientar e instruir os adolescentes no crescimento e desenvolvimento da vida cristã, realizando atividades espirituais, culturais, sociais, esportivas e recreativas. A ABC

entende que esse desenvolvi-mento junto ao adolescente precisa ser instruído na Palavra de Deus, com um bom con-teúdo e, de forma atualizada, pois vivemos em uma socie-dade onde os adolescentes chegam à faculdade e são confrontados com “outras ci-ências” que por vezes abalam sua fé. Precisamos preparar bem nossos adolescentes, eles são muito mais que o futuro de nossas Igrejas, são pessoas cristãs, com a marca de Cristo, com potencial para influenciar nossa sociedade.

Precisamos orientar e criar meios que atraiam mais os adolescentes para as Igrejas do que a sociedade consegue atraí-los para o mundo. Com o avanço da tecnologia e acesso à informação, nossos adoles-centes estão mais atualizados e influenciados por teorias e opi-niões diversas, bem diferente das gerações anteriores. A ABC entende que acompanhar e orientar essa geração com base bíblica sólida e de maior pro-fundidade fará toda diferença.

Desta forma, temos desen-volvido cursos para líderes de adolescentes, formando parceria com instituições que ajudem nesse processo, como o Movimento Vida Relevante, que tem o pastor Ulisses Tor-res como responsável, que, junto da ABC, desenvolve um pré-vestibular, capacitando o estudante para o testemunho cristão nesse novo ambiente acadêmico tão desafiador, com o lema “Cada universi-tário Cristão um Missionário”.

A ABC também conta com o apoio e parceria da JBB através da diretora executiva Gilciane Abreu, e o seminarista Luiz Rodrigues, que é o respon-

sável pela coordenadoria de Adolescentes, com o apoio da JBC (Juventude Batista Carioca) através do executivo semina-rista Ronan Lima. Contamos, portanto, com uma rede de pessoas que amam trabalhar para Jesus e levar seu amor ao coração de jovens e adoles-centes. Assim a ABC se desen-volve e se torna mais relevante e atuante do que seria apenas se realizasse só eventos.

Durante todos esses anos de história da ABC há inúmeros testemunhos de conversão de adolescentes, de confirmação de ministérios, adolescentes que se tornaram pastores e que hoje podem dizer como a ABC foi importante em sua decisão. Há também inúmeros casais que se conheceram na ABC, casaram e hoje constituem fa-mílias abençoadas. São tantas bênçãos, que é uma grande honra poder hoje coordenar o departamento Adolescente Batista Carioca e poder realizar nesse ano de 2015 o 30º Con-gressão da ABC, e comemorar os 50 anos de história procla-mando o Evangelho de Jesus. Este evento comemorativo será realizado na Igreja Batista Itacuruçá, entre os dias 21 a 25 de Julho, com dormitório no Colégio Batista Shepard, que é outro grande parceiro da ABC, através do diretor, pastor Wal-mir Vieira. Teremos oficinas de evangelismo criativo com o JV na Estrada, um ministério da Missão Jovens da Verdade que tem como objetivo evan-gelizar; Fórum sobre o tema Maioridade Penal, muito rele-vante para o adolescente hoje, com os debatedores pastor Rafael Rocha, pastor de Jovens na Igreja Batista Monte Tabor; pastor André Decotelli, pastor de Crianças da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e Ronilso Pacheco, interlocutor social na empresa Viva Rio.

São grandes os desafios da ABC, como a incredulidade dos tempos atuais, frente às opções de uma sociedade que oferece vários atrativos. Mas, com muita oração, dedicação a uma sólida comunhão com Deus temos a certeza de estar-mos no centro da Sua vontade, e não existe melhor lugar para se estar. Amém.

Adolescente Batista Carioca (ABC)

Marcus Vinicius Cabral, coordenador executivo de Adolescentes da Convenção Batista Carioca

Nossa HistóriaSegundo dados históricos, o

Departamento dos Adolescen-tes Batistas Cariocas (ABC) rea-lizou o primeiro “Congressão” em 1963. Antes mesmo de se tornar um departamento ou uma divisão organizacional da nossa Convenção Batista Ca-rioca (CBC), já haviam diversas atividades que eram desen-volvidas pelos adolescentes e coordenadas por irmãos, que muito contribuíram para a formação, progresso e con-solidação deste departamento.

A organização dos Adoles-centes Batistas Cariocas foi oficializada apenas em 1965, quando nasceram as cinco primeiras Associações de Ado-lescentes: Diamante, Prata, Ouro, Rubi e Topázio, porém, organizada somente no ano de 1980 como um departamento do Conselho de Planejamento e coordenação da Convenção Batista Carioca. A sua lideran-ça e a Diretoria de Atividades eram eleitas de dois em dois anos, sempre na ocasião do Congresso Geral - “Congres-são”.

Em 1990, por decisão da Assembleia da Convenção Batista Carioca, tornou-se uma divisão da Juventude Batista Carioca, e em 1999, voltou a ser um departamento indepen-dente. Hoje com a UFMBC,

9o jornal batista – domingo, 02/08/15notícias do brasil batista

Tiago Monteiro, redação da Convenção Batista Carioca

Os Adolescentes Batistas Cariocas (ABC) realizaram nos dias 21 a 25

de julho, na Igreja Batista Itacuruçá - RJ, mais um con-gresso anual. Sob o tema “Equilíbrio entre a Fé e a Razão”, estimularam moças e rapazes a se posicionarem frente aos desafios da vida cristã. A ideia é de prepara-ção para um futuro com base sólida em Cristo para que os confrontos que possam acontecer não os retirem do caminho.

Como não poderia deixar de ser, o evento teve uma informalidade típica, mas carregada de intenções sérias e propósitos definidos. Isso contribuiu para que os parti-cipantes se sentissem à von-tade para trocar experiências de vida, tratar de problemas ligados à fé e os medos com relação ao que o futuro lhes reserva.

Paloma Tavares de Araújo, da Igreja Batista da Abolição - RJ, é uma das participantes que têm um elo forte com a ABC. Desde os 11 anos se relaciona com a instituição carioca e, embora não seja mais adolescente (20 anos), suas palavras não escondem o carinho e a gratidão pela existência de uma organiza-ção que contribuiu com seu crescimento cristão e com

sua identidade doutrinária. “A atuação da ABC é impor-tante porque a gente está sempre envolvida em even-tos de ação social, missões e essas coisas despertam em nós o desejo de participar de tudo. Desde pequena sempre estive à vontade para estar ligada à ABC e hoje abro mão de trabalhar para estar aqui”.

Marcus Vinícius Cabral Jr., coordenador dos Adolescen-tes Batistas Cariocas, explica que o Congresso faz parte de uma das linhas de atuação da instituição: a edificação do adolescente. A outra seria a evangelização de pessoas que estão nessa faixa etária. Segundo o coordenador, este evento faz parte de uma es-tratégia que busca resultados duradouros e não imediatos. Ele revela que, para o pró-ximo ano, a ideia é abordar o tema maturidade, dando continuidade às etapas que vão fortalecer a vida cristã dos adolescentes. “Desde o momento que ele alcança equilíbrio, ele precisa buscar a maturidade. E, se tudo der certo, a meta é para o terceiro ano já levá-los um degrau a mais no crescimento espiritu-al”, afirma Marcus.

Um dos grandes momen-tos da programação foi a celebração dos 50 anos da ABC, com direito a home-nagem feita aos líderes que marcaram a vida da institui-ção. Um reconhecimento importante em uma época de

pouca valorização histórica. As mensagens dos pastores Henrique Araújo, Fernando Pinto, Cleudair Godoi e Ra-phael Chedid também contri-buíram para o fortalecimento da visão equilibrada acerca do testemunho de fé em uma sociedade que a cada dia parece condenar os valores do Reino.

Missões Rio, o departamen-to missionário da Convenção Batista Carioca, também deu uma palavra sobre o Movi-mento Braços Abertos, que vai promover ações de evan-gelização durante os Jogos Olímpicos paralelamente ao fortalecimento de Igrejas. O tom dado pelo coordenador, pastor Ulisses Torres, foi de convocação: “A gente precisa voltar a acreditar que nossa Igreja local é a esperança para o mundo. A gente pode dar essa oportunidade de transformação para o mun-do”.

O Congresso acabou, mas o desafio de caminhar in-vestindo na adolescência batista continua. O sucesso dessa missão dependerá da intensidade do investimento das Igrejas responsáveis por estas vidas. A ABC está à disposição para treinar, ir e mobilizar, bastando apenas que os interessados entrem em contato através da Con-venção Batista Carioca, ou pelo endereço eletrônico: https://www.facebook.com/adolescentebatistacarioca.

Adolescentes Batistas Cariocas discutem equilíbrio entre fé e razão

Fotos: Selio Moraes e Eduardo Aguiar

10 o jornal batista – domingo, 02/08/15 notícias do brasil batista

Remy Damasceno, coorde-nador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5.6).

No suceder dos relatos bíblicos percebe-se a preo-cupação de Deus

com o bem-estar da huma-nidade. A terra foi criada com condições para que o homem pudesse desenvolver vida digna. O ser humano foi dotado com recursos para desenvolver tecnologias, re-lações comunitárias e senso moral. E não só, o homem foi despertado para usufruir a beleza, o prazer, as ami-zades e a companhia divina. E, mesmo após a queda, há a presença, mesmo que en-

fraquecida, dessa realidade. Deus sempre manteve condi-ções para que o ser humano usufruísse de uma vida digna.

Após as consequências da queda, Deus orientou a humanidade, por meio do povo de Israel, para o modo de viver coerente. Para tanto, Deus forneceu mandamentos que consti-tuem ordens de vida. Tais propostas orientam para o viver coerente, viabilizando o relacionamento com Deus e com as demais pessoas. Como Jesus nos ensinou, os mandamentos e o senhorio divino objetivam beneficiar o homem, segundo o que está escrito em Marcos 2.27-28. Nada mais lógico, se Deus é o Criador da vida e ama Suas criaturas, Seu de-sejo é que elas vivam bem. Diante dessa realidade, tudo aquilo que compromete a

vida será rejeitado por Deus e tudo o que a favorece será desejado por Ele.

Essa compreensão nos aju-da a compreender porque Deus orienta sobre tantas questões do cotidiano. Entre tantas, Ele condena a corrup-ção e defende a justiça. Entre várias orientações sobre a justiça, lemos em Jeremias 22.3: “Assim diz o Senhor: ‘administrem a justiça e o direito; livrem o explorado das mãos do opressor. Não oprimam, nem maltratem o estrangeiro, o órfão ou a vi-úva; nem derramem sangue inocente neste lugar [palácio do rei]” (Jr 22.3). Por defen-der a justiça, Deus condena, por meio do profeta Amós, aqueles que “Oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais” (Am 5.12).

Exatamente por compre-ender o mandamento divino da busca por fomentar uma sociedade mais justa – des-dobramento lógico do amor por todos os injustiçados – a Convenção Batista Brasileira (CBB) tem se pronunciado na condenação da corrupção. Por considerar serem coeren-tes, a CBB manifestou integral apoio às medidas propostas pelo Ministério Público Fe-deral (www.combateacor-rupcao.mpf.mp.br/10medi-das/10medidas), no sentido de combater a corrupção no Estado Brasileiro, conforme pode-se ler no “Manifesto Referente à Operação ‘Lava Jato’”, assinado pelo presiden-te da CBB, pastor Vanderlei Marins (http://batistas.com/images/000EDUCACAORE-LI GIOSA/O%20MANIFES-TO%20A%20NACAO%20BRASILEIRA_LAVAJATO.

pdf), publicado no Portal Ba-tista (www.batistas.com) na seção Mais Notícias, do dia 17 de abril.

A intenção é que as Igre-jas Batistas, caso concor-dem, sigam o que foi feito pela CBB e assinem a carta de apoio ao MPF contra a corrupção. E, ainda mais importante, que os seus membros assinem a lista de apoio ao projeto de lei de iniciativa popular “10 medidas contra corrupção”, promovida pelo MPF.

Provavelmente esse é um meio, entre vários outros, de cumprirmos a orientação de Jesus para sermos sal e luz em uma sociedade distan-te dos desejos divinos, de acordo com Mateus 5.13-16. Oportunidade para darmos visibilidade ao amor que di-zemos ter e à santidade que buscamos viver.

Departamento de Ação Social da CBB

Os Batistas, a corrupção e o Ministério Público Federal: entre lados opostos!

Foi eleito no sábado, dia 25 de julho, em Durban, na África do Sul, o novo presidente

da Aliança Batista Mundial (BWA), Ngwedla Paul Msi-za, da África do Sul. Ele é o primeiro africano a ocupar o cargo desde William Tol-bert, da Libéria, que serviu como presidente da BWA de 1965-1970, e que, mais tarde, foi eleito presiden-te da Liberia, em 1971. Na mesma solenidade, tomou posse como vice-presidente

da BWA o brasileiro Luiz Ro-berto Soares Silvado, pastor da Igreja Batista do Bacacheri – PR, e que foi presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) no período de 2012-2014.

Ngwedla Paul Msiza suce-de John Upton, dos Estados Unidos. Msiza foi vice-pre-sidente da Aliança Batista Mundial de 2010-2015, tem participado ativamente na BWA desde 2000, servindo em seus órgãos e várias co-missões. Ele foi presidente da

Associação Batista da África, uma das seis regionais da BWA, no período de 2006 -2011, foi secretário-geral da Convenção Batista da Áfri-ca do Sul (BCSA), de 2001-2010. Também presidiu o Comitê de Organização Lo-cal para o Congresso reali-zado em julho de 2015 em Durban.

Msiza presidirá o Congres-so da Aliança Batista Mun-dial, que será realizado no Brasil em julho de 2020, na cidade do Rio de Janeiro.

Novo presidente da Aliança Batista Mundial (BWA) é eleito

Novo presidente da BWA, Paul Msiza, da África do Sul, recebendo os cumprimentos do ex-presidente John Upton e do secretário geral Neville Callam

11o jornal batista – domingo, 02/08/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O Despertar 2015 acabou, mas a missão de ilu-minar a cidade,

o Brasil e o mundo conti-nua. O próximo Congresso já tem local definido; em 2017, a Juventude Batista Brasileira se encontrará em Natal - RN. Enquanto isso, tudo o que os mais de mil jovens viveram durante o evento realizado de 15 a 18 de julho em Campo Grande - MS precisa render resulta-dos para o Reino. “Deus, não me deixe de fora do que o Senhor está fazendo no mundo” é a frase que a missionária Analzira Nas-cimento tem usado para levantar vocacionados. No Despertar não foi diferente.

“O mundo clama e há uma responsabilidade da nossa

Sárala Kumar – Missionária da JMM

Dizem que toda crise gera opor-tunidades. Ana Lúcia Rosa Pe-

reira, nossa missionária em Forecariah, na Guiné, sabe bem disso. Enfren-tando problemas como o vírus ebola, analfabetis-mo, desemprego, a falta de perseverança de muitos e embargos culturais à plena vivência do Evangelho, ela enxerga as dificuldades da vida com os olhos de quem tem fé em Deus.

“Apesar da presença do ví-rus ebola em solo guineano, nós sabemos que Deus é so-berano e que todas as coisas estão debaixo dos Seus pés. Por isso, guerreamos em oração, mas descansamos em Seu agir”, afirma Ana Lúcia, com a plena convic-ção de quem já teve muitas

nação. Precisamos de pro-fissionais que possam seguir para países fechados ao Evan-gelho”, disse Analzira duran-te sua mensagem no último dia de Congresso.

A missionária falou sobre o Projeto Meninas da Índia e sensibilizou o ministério Brigadeiro de Morango, um Projeto da Juventude Batis-ta Brasileira (JBB), que tem como finalidade desenvol-ver a identidade feminina cristã. O Meninas da Índia também recebeu a adesão de vários congressistas, jo-vens que decidiram investir suas finanças e orações para ajudar a resgatar garotas de áreas de prostituição no Sul da Ásia, dando-lhes uma realidade próxima ao ideal de família.

Outra causa abraçada pe-los jovens do Despertar foi o combate ao tráfico huma-no. O tema foi levantado

experiências de orações res-pondidas.

A missionária soube há pouco tempo da existência de um novo foco de ebola próximo ao local onde fun-ciona uma unidade do PEPE (programa socioeducativo). Para evitar a exposição das crianças, as aulas foram sus-pensas. As crianças, porém, conseguiram chegar ao final do ano letivo com bom ren-dimento.

Ana Lúcia conta que obser-vou um despertar nas crianças sobre a eficácia da oração. Ela pede a Deus que os líderes saibam lidar com as crianças com sabedoria e sensibilidade espirituais na implantação de novas unidades do PEPE, pelo fim da epidemia de ebola e pela salvação dos alunos do programa socioeducativo, bem como dos familiares dos pequeninos.

Um pedido de oração re-corrente de Ana Lúcia é o da

pela missionária Luiza, que em breve atuará em um país da Ásia ou do Leste Europeu.

“Eu tenho aprendido que para Deus não existe tama-nho de pecado. Tenho apren-dido que a Graça de Deus é suficiente para qualquer um de nós, incluindo as prostitu-tas, os travestis, os estuprado-res, os traficantes. A Graça de Deus é suficiente para salvar através de nós. Minha oração é para que Deus te incomode tanto, a ponto de você não conseguir fazer nada em paz se não obedecê-Lo”, disse Luiza.

E muitos já começaram a ser incomodados. Durante o apelo feito pela missionária Analzira, cerca de 200 jovens se apresentaram como voca-cionados. Uma alegria para a missionária mobilizadora da JMM em Mato Grosso do Sul, Marcia Carrilho. Ela mo-

transformação da realidade espiritual, social e econômi-ca da Guiné. Seu anseio é o de que as autoridades do país “Sirvam ao povo com temor, amor, justiça e ver-dade” - desejo difícil de ser realizado em quase todas as nações do mundo.

Outra grande dificuldade enfrentada pela Igreja na região é o desemprego, ou mais difícil ainda, empregos que permitam aos membros participarem dos cultos e da contribuição financeira para expansão do Evange-lho, tanto na Guiné, quanto no mundo. Os guineanos e as missionárias precisam de saúde física, emocional e es-piritual. Elas pedem oração pelo povo “Para que tenha amor à verdade, tranquili-dade, respeito às normas e às autoridades; pelas igrejas, por plenitude do Espírito, relevância em tempo de cri-se, trabalho e fidelidade dos

bilizou pastores e voluntários locais a se envolverem com o evento. O resultado foi muito gratificante.

Foram quatro dias de uma programação criativa, que encorajou jovens a desen-volverem uma amizade pro-funda com Cristo. Jovens dispostos a iluminar não só a cidade, como propôs o tema do Congresso, mas todo o mundo.

A diretora executiva da JBB, Gilciane Abreu, comen-tou que ao pensar em toda a celebração, em tudo o que viveriam nesses dias, nessa Conferência, nesse ajunta-mento, pediu a Deus as me-didas.

“Porque a gente não quer só juntar pessoas, a gente não quer só juntar jovens de todos os lados. A gente quer juntar corações. Gente que vai sair apaixonada pelas cidades, gente apaixonada

crentes”, artigos raros em uma sociedade tão moral-mente corrupta.

Há ainda a preocupação com questões culturais, quanto a casamentos irre-gulares e de jovens solteiros se casarem com verdadeiros servos do Senhor. Uma outra questão é a difícil decisão entre resistir às pressões das imposições familiares e cul-turais contrárias à Palavra de Deus.

No âmbito eclesiástico, Ana Lúcia fala da dificulda-de na formação de líderes comprometidos. Além da companhia de outra mis-sionária da JMM, Marizete Cezário, ela conta com a ajuda de Ana Maria, jovem guineana “Muito talentosa e com potencial para o mi-nistério infantil e musical”, e Moisés, que demonstrou o desejo de se preparar para servir ao Senhor na pregação da Palavra.

por aquilo que Deus tem para fazer nessa geração. A gente começou a pedir a Deus as medidas para os dias do Congresso, para esses mo-mentos”, disse a executiva.

Ela lembrou que o pastor João Marcos Barreto Soares, um dos palestrantes do Des-pertar 2015, é fruto do tra-balho com a Juventude. No Despertar de 2001, ele era o presidente da JBB e, hoje, é o diretor executivo da Junta de Missões Mundiais.

“Missões Mundiais acredita na Juventude Batista Brasilei-ra. Muitas coisas que a JBB realiza, nossas ações missio-nárias, é porque a JMM acre-dita em nós, disse Gilciane.

Com a presença da missio-nária Analzira Nascimento em sua diretoria, Missões Mundiais quer investir ainda mais na juventude, estreitan-do o relacionamento com a JBB.

A família de Ana Maria, porém, é muçulmana. Sua mãe era a única cristã na família, mas já faleceu. Ela é casada com um muçul-mano a quem conduziu a Jesus. Um tio dela entre-gou às nossas missionárias a autoridade sobre ela, algo muito importante na cultura e que demonstra a confiança depositada nela. Elas aceita-ram o desafio, crendo que Deus lhe dará sabedoria e sensibilidade no preparo dessa jovem para atuar no ministério.

Moisés aguarda uma opor-tunidade de se dedicar aos estudos e o desafio do mo-mento é que ele persevere em fé e paciência no proces-so de definição quanto aos próximos passos.

A missionária pede oração por eles e por mais vocacio-nados que trabalhem com elas buscando a salvação do povo da Guiné.

Vamos iluminar o mundo

Crises e oportunidades na Guiné

12 o jornal batista – domingo, 02/08/15 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - Anápolis - GO

Uma das mais tradi-cionais programa-ções do período de férias escolar

entre as Igrejas Batistas é a re-alização da Escola Bíblica de Férias (EBF). A programação visa levar a Mensagem de Je-sus Cristo às crianças através de histórias bíblicas, músicas, brincadeiras, e muitas outras estratégias de ensino. Em ge-ral, toda Igreja é envolvida e colhem-se muitos frutos.

Entre os dias 02 a 04 de ju-lho deste ano a Igreja Batista Israel, em Anápolis - GO, pastoreada pelo pastor Saulo Batista do Nascimento, re-

alizou mais uma edição da Escola Bíblica de Férias, que teve como tema: “Crianças amadas por Deus”. Utilizan-do vasto material para EBF, entre eles alguns da Junta de Missões Nacionais, a irmã Ozélia Ventura, esposa do pastor Geraldo Ventura da Silva, liderou as atividades com uma equipe valorosa de irmãos em Cristo. Com uma programação muito bem ela-borada, marca registrada dos trabalhos coordenados pela irmã Ozélia, a EBF se desen-rolou de modo muito tranqui-lo e com riqueza de detalhes no ensino da Mensagem do amor de Deus. As atividades ocorriam sempre no período vespertino, a partir das 14 horas e término às 17h.

O período foi bem utiliza-do e dividido em partes: na abertura, entoaram a música oficial; recitaram o tema, e divisa: “Nem a altura, nem a profundidade, nem a largura ou outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39), seguidos de corinhos infantis bem ani-mados. Em seguida, houve a divisão em classes por faixa etária, com turmas de 04 a 06; 07 a 08; 09 a 10 e 11 a 12 anos de idade. Nas clas-ses, as professoras desenvol-viam as tarefas e atividades didáticas voltadas para o seu público específico, seguindo a ênfase do dia, dentro da temática da programação. No 1º dia ensinou-se que “O

mundo foi criado em amor”. As crianças aprenderam que foi Deus quem criou tudo. Aprenderam o versículo do dia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito (...)” (Jo 3.16a). No 2º dia as crianças conheceram que “O amor de Deus é pra mim e pra você”. Aprenderam o versículo do dia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu fi-lho unigênito para que todo aquele que Nele crê (...)” (Jo 3.16b). E o 3º dia teve como subtema: “Eu digo sim a Je-sus”. As crianças aprenderam todo o versículo do dia: “Por-que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo

aquele que Nele crê não pe-reça, mas tenha vida eterna” (Jo 3.16).

Durante os três dias da EBF cerca de 150 crianças, fora os adultos, participaram da programação.

O mês de ju lho, que, normalmente, devido às férias escolares sofre uma diminuição na frequência dos cultos e atividades da Igreja, teve uma grande mu-dança. Dezenas de pessoas afluíram ao templo para aprender de Jesus e parti-cipar do Plano de Salvação em Deus. Louvado seja Ele que desperta e capacita diversas pessoas, de todas as idades, para trabalharem em Sua obra e abençoar muitas vidas.

Igreja Batista Israel – GO realiza EBF com o tema

“Criança amada por Deus”

13o jornal batista – domingo, 02/08/15notícias do brasil batista

14 o jornal batista – domingo, 02/08/15 ponto de vista

Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier – RJ, mestre em Gerontologia, especialista em Geriatria e Gerontologia

Hoje, de spon t a um novo tempo, pois os idosos têm uma v i t a -

lidade grande para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produ-ção, participar do consumo e intervir nas mudanças sociais e políticas. Os ge-rontologistas não encaram mais o “declínio mental, por exemplo, como neces-sariamente natural”. Sendo que essa si tuação é vis-ta como resultado de um estilo de vida sedentário, reforçado por estereótipos negativos sobre o envelhe-cimento, que nos condi-ciona a esperar o declínio físico e mental nos últimos anos de nossa vida.

Quando se chega à Tercei-ra Idade é um novo momen-to, o de começar uma nova etapa, iniciar novos cami-nhos, novas conquistas, compartilhar experiências dos caminhos já percorridos

e nunca dizer “já percorri por todos eles”. Os cami-nhos continuam, porém, com brilho diferente, pode acreditar. Basta seguir em frente e vislumbrar as novas possibilidades, novas ami-zades, os novos momentos.

Junte-se a milhares de pessoas maduras que têm descoberto grandes reali-zações e vencem desafios, mesmo quando não julga-vam não ter mais capacida-de para recomeçar.

Faça novos amigos e en-riqueça os novos relaciona-mentos: Não segregue em grupos fechados, onde as únicas pessoas com quem têm contato são da mesma idade e compartilham de igualdades raciais, condi-ções sociais, níveis econô-micos e crenças políticas. Essa é uma receita para a estagnação. Se a diversida-de é o tempero da vida e você passou seus primeiros 60 anos convivendo com todos os tipos de pessoas, de todas as idades, por que agora você ia querer passar o resto da vida rodeado apenas de pessoas pareci-das com você?

Não tenha medo de enve-lhecer: Aceite a sua velhi-ce, assuma tranquilamente, pois essa aceitação sem in-quietude lhe proporcionará um novo período de vida feliz e abençoada;

Nunca é tarde demais para começar a se exercitar: Ado-te hábitos saudáveis e colher os frutos desses benefícios. Os estudos têm mostrado que as pessoas de 60, 70 e 80 anos que começam um programa regular de exer-cícios pela primeira vez na vida ganham tanto quanto as pessoas mais jovens: massa muscular aumentada, mais vigor e flexibilidade, persis-tência aperfeiçoada, perda de peso, energia e apetite aumentados e até mesmo uma mente mais ágil;

Crie expectativas para o amanhã: Ter uma vida de projetos – na Bíblia, em Isaías 32.8, diz que só tem projetos nobres quem tem a mentali-dade nobre. Quem não tem mentalidade de nobreza, não tem projeto para nada;

Tenha sonhos: “Quem não ousa sonhar, e sonhar

grande, nunca conhecerá o caminho da excelência e a alegria de ser um campeão na vida”. Certa vez, disse Martin Luther King: “Eu tenho um sonho!”. Os nos-sos sonhos são a matéria--prima das nossas realiza-ções. Qual é o tamanho dos seus sonhos? Como você tem projetado seu futuro? Tudo o que existe primeiro existiu como um sonho, um projeto na mente, no coração. Reconheça que há muito o que fazer: ancião, coroa, idoso, terceira ida-de, experiente, aposentado, sênior, máster, veterano ou velho, não importa. O que importa é que só se torna velho quem vive e vive bem até envelhecer;

Tenha uma alimentação saudável: Coma porções generosas de frutas, ver-duras e legumes frescos, ca rnes magras , pe ixes , cereais integrais e nozes naturais. Todos esses ali-mentos contêm as vitami-nas, os minerais, os óleos essencia is e os f i to nu-trientes de que você pre-cisa para manter corpo e mente ativos;

Descanse o suficiente: Nosso corpo precisa mes-mo de oito horas de sono por noite. O descanso o ajuda a recuperar-se do exercício, restitui a energia, a concentração, e reforça o sistema imunológico.

Torne sua mente ágil e aguçada: Tenha em mente que você pode retardar ou mesmo prevenir a perda das habilidades mentais apenas fazendo o cérebro trabalhar como o faria com o bíceps. Se trabalhar a mente todos os dias e pro-curar sempre o aprendi-zado de coisas novas, as experiências científicas e humanas revelam que você poderá ter um raciocínio aguçado por mais tempo.

Quatro pilares da vida saudável (Semana da vida saudável promovida pelo Hospital Português):

1º Boa alimentação e bom sono;

2º Fazer exercícios;3º- Higiene do corpo e

mente; 4º - Disciplina, equilíbrio,

confiança, evitar o estresse.

Momento de começar uma nova

etapa, não importa a

idade

15o jornal batista – domingo, 02/08/15ponto de vista

Juvenal M. de Oliveira Netto, segundo coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

Uma das coisas que nos distinguem dos animais irracionais é a capacidade que

possuímos de pensar, racioci-nar. O filósofo francês René Descartes ficou famoso pela seguinte frase: “Penso, logo existo”. A mente é a parte do corpo humano mais complexa e difícil de ser estudada e, ape-sar dos avanços tecnológicos do século XXI, ainda há mui-tos mistérios que a envolvem e dentre este emaranhado de coisas desconhecidas es-tão também a capacidade de

crer, ou acreditar que é uma capacidade nata do ser hu-mano. Todos acreditam em alguma coisa, seja visível ou não, apalpável, fazendo parte do presente ou futuro, perto ou distante; fácil ou difícil; enfim, se formos realizar uma entrevista que alcance toda a população da terra, chega-ríamos à conclusão de que, na verdade, todos creem em alguma “coisa”.

É importante salientarmos que ninguém consegue crer em qualquer coisa, por mais insignificante que pareça ser, sem antes ordenar esta “cren-ça” através de pensamentos or-denados que o levem a chegar onde deseja.

O escritor da Carta aos He-breus afirma no versículo 3,

do capítulo 11, que pela fé, entendemos, quer dizer, ra-ciocinamos que o universo foi formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Paulo escrevendo aos Romanos no versículo 3 do capítulo 11 afirma que o nosso culto deve ser racional, que mesmo buscando a um Deus invisível, que é Espírito, devemos fazê-lo consciente usando a capacidade que Ele mesmo nos deu do raciocínio.

A fé bíblica não é algo lou-co, irracional, sem fundamen-tação, sem objetivos, mesmo sendo ela invisível, abstrata. Pelo contrário, no capítulo 11, na parte b do primeiro versícu-lo da Carta aos Hebreus dá a seguinte definição de fé: “É a

convicção de fatos que não se veem” (Hb 11.1b), sim, invi-síveis, mais fatos. Traz a ideia de ordem de pensamentos or-ganizados, que sabem aonde quer chegar, que tem um alvo, um objetivo, portanto, uma racionalidade.

Crer não é apenas pensar po-sitivo como muitos acreditam. Acham que é o simples poder da mente que realiza coisas extraordinárias (no sentido de sobrenatural). Não, não entendemos desta maneira. Quando afirmo que “Crer é também pensar”, quero dizer o seguinte: Para que a minha fé não seja tola, ou até tida como louca é preciso tê-la na mente de forma organizada através do pensar, não mera-mente como um pensamento

positivo, ou uma energia, mas levando-a cativa ao senhorio de Cristo, pois Ele é o Autor e Consumador da fé que pos-suímos.

Vale a pena, não apenas pensar, pois o pensar é apenas o início e não o fim, ou ainda, um método para se chegar a um fim único, mas acreditar naquele que é poderoso para operar infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o Seu po-der que opera em nós, de acor-do com Efésios 3.20. Portanto, que saibamos utilizar correta-mente a nossa fé, com objeti-vos bem definidos, usando-a a nosso favor e de outrem, mas, principalmente, para glorificar o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

“Crer também é pensar”