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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 41 Domingo, 12.10.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 12/10/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 41 Domingo, 12.10.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 12/10/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

“Marta, Marta, você está ocupada e atrapalhada com tantas coisas, mas apenas uma é necessária” (Lc 10.41-42).

A Bíblia nos fala do perigo de estarmos tão ocupados com as responsabilida-

des diárias que não temos tempo para Deus. Marta e Maria eram duas irmãs que receberam a visita de Jesus em sua casa. Marta estava tão “ocupada e atrapalhada com tantas coisas” para servir a Jesus que não teve tempo para ter comunhão com ele. O Mestre apontou para o fato de que sua irmã Maria tinha

feito a melhor escolha – ou-vir os seus ensinamentos. Marta estava cheia de boas intenções, como muitos de nós, mas ela tinha suas prio-ridades invertidas. Ela havia erroneamente colocado tra-balho antes da devoção.

A dona de um restaurante comentou: “ (…) repetidas vezes eu senti necessida-de de dar instruções para o meu novo cozinheiro du-rante o preparo da refeição. Entretanto, ele sempre me interrompia, dizendo: - Me desculpe, eu não tenho tem-po para ouvi-la agora. Estou muito ocupado. Finalmente eu segurei o seu braço e lhe perguntei: - Para quem você

está trabalhando? A resposta era óbvia, e ele ficou calado. Bem, se você está fazendo o seu trabalho, então pare o tempo suficiente para saber como eu desejo que tudo seja feito”.

Eu creio que Deus muitas vezes deseja fazer o mesmo comigo e com você. Estamos tão ocupados com as tarefas diárias que não temos tempo para ouvi-lo no silêncio dos nossos corações e na sua Palavra, a Bíblia. Vivemos como se Deus não se impor-tasse conosco, ou como se ele não estivesse por perto. A Bíblia nos diz que ele se importa com cada detalhe das nossas vidas, e mais, ele

está por perto sempre bus-cando se relacionar conosco. Jesus mesmo disse “estarei com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos”.

Que tal buscar em Deus a direção necessária para viver uma vida que vale a pena ser vivida? Separe tempo para buscar a Deus em uma prece. Reúna algumas pessoas do seu escritório e tenha com elas um momento de oração. Leia diariamente um trecho da Bíblia. Aí sim, você estará preparado para trabalhar “ten-do escolhido a melhor parte”.

Luiz Roberto Silvado, presidente da Convenção

Batista Brasileira

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Saudades

• Ao ler o artigo na edição 33 de O Jornal Batista, do dia 17/08/2014, de autoria do irmão e amigo Celso Aloísio “O Meu Cantor Cristão”, embora sendo membro da Igreja Pres-biteriana, compartilho dos mesmos sentimentos expressos no texto. Tenho saudades do “Salmos e Hinos”, Hinário Evangélico, Cantor Cristão, bem como do Hinário para o Culto Cristão. Deus abençoe o ministério deste Jornal.

Presbítero Josedes Castelo Branco Maia

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

O processo é sem-pre o mesmo. A igreja fica sem pastor, uma co-

missão de sucessão pastoral é eleita, e a comissão se reúne para traçar o perfil do futuro pastor. Primeiro o ataúde, de-pois o cadáver. Uma lista de nomes é sugerida pelo reba-nho e por outros que já per-tenceram à igreja ou que nela tem interesse. Até ex-pastor telefona sugerindo nome de “um amigo”. A igreja precisa de um texto bíblico que sirva como mote à oração. O texto é o mesmo de sempre em tais circunstâncias. O que se re-fere ao pastor como homem segundo o coração de Deus (Jeremias 3.15a). A parte b do verso e os versos anteriores e posteriores não interessam à igreja. Mas, o líder (“manda-chuva” da igreja) falou, tá fa-lado, já dizia o velho Juarez.

O contexto é vilipendiado. Querem um pastor segundo o coração de Deus. O texto de Jeremias 3.15 nada tem a ver com sucessão pastoral. Nos meus encontros com comissões de sucessão pas-

Ebenézer Soares Ferreira, diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói - RJ

Há muitos pastores necessitando rece-ber ajuda de outro pastor, pois não

têm conseguido vencer as cri-ses em que estão envolvidos. Temos notícias de que alguns pastores chegaram a suicidar--se. Não faz muito tempo, os jornais norte-americanos publicaram reportagens sobre o suicídio de três pastores.

toral ao longo de 45 anos de ministério, com mais de 30 comissões, o resultado é o mesmo: o texto dá à co-missão o poder de julgar o pastor e dizer se ele é ou não segundo o coração de Deus. Ninguém se dá conta de ler o contexto, antes e depois do verso 15.

O assunto central de Je-remias três é o convite que Deus faz a Israel e Judá para que se arrependam dos seus pecados e voltem-se para Deus. Nada a ver com su-cessão pastoral. Os pecados elencados pelo profeta são de arrepiar e são muitos: di-vórcio, adultério, mancebia, idolatria, religiosidade falsa, rebeldia, infidelidade dou-trinária e muitos outros, co-muns no tempo de Jeremias e atuais na vida de muitos salvos. O profeta chega a dizer que Judá e Israel não tinham vergonha de cometer tais pecados (v.3). Eram tão grandes os pecados cometi-dos contra o Senhor, que o profeta reverbera: “Pelo que ainda, que te laves com sali-tre (sabão forte), e amontoe

Conheço o caso de um pastor que, desanimado, frustrado, enfrentando vários proble-mas, pôs fim à vida, ingerin-do veneno. Mostraram-me o bilhete deixado por ele: “Lamento não poder fazer mais nada, pois sou um gran-de fracasso e selo isso com a minha morte”.Conheço outro pastor que, frustrado, deixou o ministério, mostrando-se re-voltado com a igreja. Outro se enforcou, durante uma crise de depressão.

Há pastores que estão en-frentando problemas de or-

sabão, a tua iniquidade estará gravada diante de mim, diz o Senhor Jeová” (Jr 2.22). Misericordioso, o Senhor insiste em convidar o povo ao arrependimento: “Volta para mim, mas não voltou” (Jr 3.7)”. Nos versos seguintes Deus diz: “Convertei-vos, ó filhos rebeldes” (Jr 3.14). A partir da genuína conversão, Deus se propõe dar a sua grei “pastores segundo o coração divino, que apascentem o rebanho com ciência e com inteligência”. Isso significa pastores que condenarão o pecado. A igreja deseja um pastor que condene o pe-cado? A hipocrisia? O ódio acerbo nutrido pelo rebanho? Pastores segundo o coração de Deus conclamarão o reba-nho à fidelidade doutrinária. A igreja deseja ser fiel às doutrinas bíblicas?

Surge então o primeiro pro-blema. No primeiro sermão sobre o dízimo, metade da igreja concluirá que ocorreu erro. Pastor segundo o co-ração de Deus, na interpre-tação do rebanho, não fala em dízimo. Pastor segundo

dem moral, social, econômi-ca, espiritual e psicológica. É mister que nós os ajudemos. O pastor Olney Basílio Silvei-ra Lopes, que pastoreou du-rante 28 anos a Igreja Batista de Vila Mariana - SP, e que há seis anos tem pastoreado a Igreja Batista Memorial de Americana - SP, conhecedor dos problemas enfrentados por muitos pastores, resolveu deixar o ministério local para se dedicar a ajudar pastores que se veem envolvidos em problemas na igreja, na famí-lia, ou problemas de ordem

o coração de Deus aceita jovens com relacionamentos promíscuos, pois são filhos da liderança. Aceita que o líder do louvor viva aman-cebado. Concorda com os mentirosos. Não condena os membros da grei que tem ficha suja na praça. Aceita com normalidade salvos jo-gando na megassena, além de concordar com os bai-les de formaturas regados a álcool. Não condena o adultério do diácono, líder e vice-presidente da igreja. Afinal, o coração de Deus é grande e misericordioso. Aceita e concorda com to-dos os pecados do seu povo. Deus não leva em conta os exemplos negativos dos seus filhos na sociedade em que estão inseridos. Assim pen-sam os que oram e procuram pastores segundo o coração de Deus. O pastor precisa ser segundo o coração de Deus, a igreja não? O ideal é que pastor e igreja sejam segundo o coração de Deus.

Utopia crer que isto exista e coexista? Há pastores que são demolidores de igrejas.

psicológica. O pastor, junto com sua esposa, está em condições de prestar ajuda aos pastores.

Uma senhora me telefo-nou dizendo que seu pas-tor falara do púlpito que, diante das crises que en-frentava, era melhor deixar o ministério. Relatei o caso ao pastor Olney. Ele foi até a cidade onde aquele pastor exerce o pastorado e, após muito dialogar com ele, aquele pastor se sentiu animado e, dias depois, declarou que a igreja agora

Uma vez na direção, mudam o Estatuto, cortam a coopera-ção com a denominação, im-põem doutrinas espúrias ao rebanho, são ditadores impla-cáveis. Ninguém sabe o que acontece na tesouraria, pois não há relatórios. Pregam contra os colegas de ministé-rio e contra a denominação. Alguns conseguem dividir o rebanho e famílias. Em lugar de amor insuflam ódio entre as ovelhas de Cristo. À Igreja só resta chorar com saudades do passado. Aguardar que outra igreja mal doutrinada busque tal pastor para tê-lo com o “pastor segundo o coração de Deus”.

Quanto à igreja, é difícil o arrependimento coletivo. Persiste a esperança que a Igreja é de Jesus e um dia ele vai remover o joio do meio do trigo. Até lá, cabe aos verdadeiros salvos semear a boa semente do Evangelho, lembrando que “cada um dará conta de si mesmo a Cristo” (Rm 14.12). A melhor oração é suplicar a Deus que nos faça vidas segundo o coração de Deus.

era outra – passou a amá-lo ainda mais.

Temos orado muito por esse novo ministério. Quem sabe há, no momento, algum pastor enfrentando algum tipo de crise aqui mencio-nado? Já alguns entraram em contato com o pastor Olney e sua esposa, Carmen Lúcia, que é o seu braço direito no aconselhamento. Os pastores que desejarem podem procurar o pastor Olney, pelo telefone (19) 98124-3816 ou pelo e-mail [email protected].

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Sou apenas uma criança

reflexão

“Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um meni-no” (Jr 1.6).

Quando o Senhor Jeová convocou Jeremias para ser profeta no reino

de Judá, houve susto e des-controle. O jovem Jeremias ficou tão desarvorado com o seu chamado, que imedia-tamente tentou pular fora: “Então, eu respondi”: “Ah, Senhor Deus! Eu não sou ca-paz disso – sou novo demais; não passo de uma criança” (Jr 1.6).

A vida, às vezes, é cruel com a gente. Com a melhor das intenções, os amigos nos colocam apelidos que salientam o que temos de sem jei to. Ou a própria famíl ia f ica nos compa-rando com irmãos e com primos, chamando a aten-ção para a superioridade deles, seja no esporte, na

escola, ou até na igreja. O pior, porém, é quando internalizamos tudo isso, e nós mesmos insistimos em nos diminuir ou em caçoar de nós próprios.

O Senhor não faz parte desta equipe do quanto pior, melhor. O primeiro caçador de talentos foi Jeová. O olho clínico do Senhor penetra dentro de nós e traz à tona qualidades e capacidades que sequer imaginávamos possuir. Foi isso que Ele fez com Moisés, com Saul, com Isaías, com Paulo, com Je-remias. Após o acesso de autodepreciação, Jeremias se aprumou, levou a sério a ordem do Senhor e desem-penhou um dos mais impor-tantes ministérios proféticos. Nos outros, de fato, somos apenas uma criança. Se, en-tretanto, deixarmos que o Senhor nos governe, faremos obra de gigante. O importan-te não é o que somos, mas quem ele é!

Alexandre Farias, pastor da Igreja Batista Betânia - RJFonte: JesusSite

Já se foi o tempo dos desenhos animados se-rem apenas um entre-tenimento infantil sem

segundas intenções. Infeliz-mente, existem muitas su-postas fantasias no ar em livros, desenhos, na tv aberta ou paga, com o interesse de introduzir conceitos re-ligiosos nos seus assíduos telespectadores.

Mas será que essas inter-venções religiosas podem levar as crianças a buscarem um novo caminho religioso? O que os desenhos de hoje estão oferecendo? Quais são as religiões que estão ligadas indiretamente ao entrete-nimento infantil? Será que existe uma verdadeira fanta-sia ou todos os desenhos são obras do diabo?

A criança tem direito a verdadeira fantasia

Primeiro, devemos definir a palavra fantasia. O nosso amigo de palavras difíceis, o dicionário Aurélio, define a palavra como imaginação, obra da criação da imagi-nação.

Pois bem, dentro dessa definição, o que chamamos de fantasia é o trabalhar da mente ou do consciente da criança para que ela pos-sa ter um contato com um mundo imaginário. Mas o que encontramos - princi-palmente nos desenhos - são doutrinas de religiões orien-tais e espíritas que estão se proliferando em nossos dias.

Um sincretismo de rituais e oferendas, contatos com es-píritos dos mortos, doutrinas da reencarnação e até mes-mo rituais a deuses pagãos.

Parece que o nosso inimi-go lembrou de Provérbios: “Ensina a criança no cami-nho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Por outro lado, crianças es-tão sendo levadas a terem o seu primeiro contato com as religiões.

Uma rev is ta chamada “Bons Fluidos”, da editora Abril, trouxe uma matéria em que crianças de 6 e 9 anos foram levadas a ca-minhos religiosos devido a histórias e fantasias. Uma dessas crianças é Pedro, de seis anos. O seu quarto está recheado de brinquedos e também tem um pequeno altar ecumênico. Imagens de divindades, Buda, Nossa Senhora fazem parte do seu quarto. Em sua entrevista, o seu depoimento é este: “Um dia, a gente escutou algumas histórias de deuses. Depois, sentamos e ficamos repetin-do om, om, om, que é um mantra”. Continuando a sua entrevista, ele afirma: “Gosto de todos os deuses, mas meu preferido é Brahma. Ele tem quatro cabeças e é o mais

poderoso do Universo”, conta, com desenvoltura. “Também acho legais Shiva e Vishnu que, junto com Brahma, comandam tudo”.

Outra criança que desperta a curiosidade pelo caminho místico é Antônio, um ga-roto de nove anos que tem como livro de cabeceira “O livro secreto dos Bruxos”, da editora Melhoramentos. O seu depoimento é este : “Realizar uma magia: esse é meu maior sonho. Se um dia eu conseguir, serei a criatura mais feliz do planeta”, con-fessa o menino.

Imagine qual é o seu super herói preferido? Harry Pot-ter, pois ele troca qualquer brincadeira por uma sessão de bruxaria. O seu presente de Natal foi uma tenda roxa com estrelas bordadas, que diz o garoto que “É um lugar especial para fazer os seus rituais”. O menino já tem em sua coleção de brinquedos duendes, gnomos, uma fan-tasia de mago e pediu para mãe um curso de bruxaria em uma escola de bruxos.

Temos a responsabilidade de ensinar os nossos filhos no caminho em que eles de-vem andar, pois são heran-ças de Deus e um dia você terá que dar conta diante de Deus sobre o que foi colo-

cado em suas mãos, pois somos apenas mordomos das coisas que nos foram confiadas, até mesmo os nossos filhos. Segue então alguns conselhos de como você pode agir. A opção que você tem é:

1- Converse com ele sobre a fantasia, seja ela qual for: desenho, livros, programa-ções etc.;

2- Se ela não estiver dentro dos moldes que colocamos para sua orientação, mos-tre que este desenho não vai agradar ao Senhor, pois tem praticas abomináveis ao olhos de Deus;

3- Veja o horário do de-senho e troque-o por outra programação;

4- Converse e nunca faça uma proibição sem expli-

car o porquê. É claro que existe situações que devem ser proibidas pela falta de compreensão, como uma programação que ele não está preparado para enten-der, mas este não é o caso;

5- Leve o coração do seu filho à Palavra de Deus, pois somente assim você vai dar a chance do Espírito Santo trabalhar em sua vida. Pegue os versículos bíblicos sobre o assunto e mostre a ele, se possível, deixe-o ler;

6- Oração nunca é demais. Ore por ele, pois os ataques do diabo contra as nossas crianças estão cada vez mais fortes, mas temos a gran-de arma em nossas mãos, que nos faz vencer o mal: o nome de Jesus; a Palavra de Deus; o jejum e a oração.

5o jornal batista – domingo, 12/10/14reflexão

Eleusa viveu dez anos na Cracolândia, em São Paulo, consumin-do crack e se prosti-

tuindo para sustentar o ví-cio. Vestia trapos tão sujos e cheirava tão mal que nunca conseguiu entrar em um sho-pping. Era barrada pelos se-guranças na entrada sempre que tentava fazê-lo. O seu maior sonho, porém, era po-der entrar em um shopping, olhar as vitrines, ver coisas novas e bonitas. Depois de dez anos arrastando-se como se fosse um invertebrado pelas ruas do centro de São Paulo, foi alcançada por uma missionária da Cristolândia, que a convidou para ir até lá tomar um banho, colo-car roupas decentes, comer uma refeição digna e ouvir uma palavra de esperança para a vida inútil que vivia; o tempo todo, dia e noite, entorpecida pelo crack, sem condições sequer de racioci-nar o mínimo necessário para entender que aquilo não era vida para um ser humano. Não ria, nem chorava, falava o mínimo necessário para negociar seu corpo e adquirir as drogas.

O primeiro contato com os obreiros da Cristolândia foi marcante. Ela descorti-nou diante dos olhos uma chance de mudar de vida, de ser alguém. Abriu seu coração para Jesus e sua vida foi radicalmente trans-formada. Descobriu que podia pensar, sentir emo-ções positivas, de um modo como jamais imaginara ser possível. Não teve recaída na droga. A direção da Cris-tolândia viu em Eleusa um grande potencial de serviço e ela foi contratada como funcionária de Missões Na-cionais para trabalhar na co-zinha com carteira assinada e todos os direitos assegura-dos. No final de um mês de trabalho, Eleusa recebeu o seu primeiro salário. O que ela fez? Fez o que qualquer mulher faria: comprou rou-pas novas, foi a um salão e tomou um banho de beleza. Cabelo, pele, sobrancelhas, unhas dos pés e das mãos, tudo foi trabalhado. Agora,

toda produzida e bem traja-da, decidiu: “Vou realizar o meu sonho; vou entrar em um shopping”. Pensou e fez. Desta vez, segurança nenhum se importou com ela. Com certeza, ninguém viu naquela mulher ma-quiada e bem vestida, a mesma moradora de rua que várias vezes fora impedida de entrar naquele templo de consumo. Ficou deslum-brada. Nunca imaginou que houvesse tanta coisa bonita dentro de um shopping. A beleza exterior do seu corpo e das suas roupas agora era o reflexo da beleza moral da nova criatura em que ela foi transformada por Jesus.

Eleusa continua na Cris-tolândia, agora resgatada de uma vida suja, trabalhando para ajudar a resgatar outras vidas. Deus tem dirigido sua vida e ela tem aprimorado sua capacidade de trabalho, tornando-se uma missionária ativa, uma vida abençoadora.

Querido, quantas Eleusas não estarão neste momento jogadas nas sarjetas do Bra-sil, dominadas pelas drogas e pela prostituição, corpos imundos da sujeira das ruas e corações sujos da imora-lidade do pecado? Quantas pessoas talentosas chafurdan-do preciosos talentos na lama de uma subvida? Você pode ajudar a resgatar essas pesso-as, homens e mulheres, ado-lescentes, jovens e idosos e trazê-las a uma vida digna de ser vivida, uma vida útil para resgatar vidas para Deus. Você pode orar, isso é o mais importante. Os missionários que lutam nesse ministério só podem ali permanecer pela provisão do poder do alto em resposta às orações do povo de Deus. Você também pode contribuir financeiramente para sustentar esse e os de-mais ministérios de Missões Nacionais. Melhor ainda será se você puder colocar a sua vida, seus bens e seus dons no altar de Cristo e se en-volver pessoalmente nessa obra que está abençoando o mundo. Quem sabe, sua alma também pode tomar um banho de beleza para a glória de Deus?

Paulo Francis Jr., colaborados de OJB

O fato se deu em um restaurante, no final da ma-nhã, na semana

passada, aqui em Presidente Venceslau - SP. Almoçavam juntas quatro pessoas da mes-ma família. Bem, não tão juntas assim. O garçom os re-cebeu com um esplendoroso “bom dia!”, que foi respondi-do de maneira quase imper-ceptível apenas pelo casal do grupo. Depois, fizeram os pedidos e silenciaram-se. Entre ambos, não havia con-versa. Cada qual com seu ba-dulaque eletrônico na mão. Se não eram celulares, eram similares. Cada um com o “seu contato”, conversavam virtualmente. Nada diziam entre si. Além disso, deu para perceber que as crianças também jogavam videogame. A refeição chegou e com sacrifício se alimentaram. Pa-ravam apenas para verificar o display dos seus aparelhos que, por vezes, piscava. Não oraram ou agradeceram pela comida ao Criador. Pouco se olharam. Não valorizaram aqueles breves momentos. O pai pagou a conta com um cartão de crédito cujo aparelho lhe foi trazido à mesa para que digitasse a senha. Por fim, saíram con-versando. Cada qual no seu celular. Talvez com pessoas que jamais viram.

Por um período, o grande problema da humanidade estava no mau costume de fumar ou beber. Depois, no vício da maconha. Adiante, da cocaína e seus derivados. Em um tempo mais recente, nos barbitúricos. Agora, na internet. Ela invadiu as es-colas, as ruas, as fábricas, as profundezas de nossos lares, e pasmem: até as nossas igre-

jas. Não há contato pessoal (e corporal) com ninguém. O uso da Web virou com-pulsão, já que é um com-portamento consciente e re-petitivo, gerando ansiedade. De maneira que, em muitos casos, já requer tratamento psicológico ou até psiquiátri-co. Contudo, poucos aceitam que estão viciados. Diria até que alguns estejam em esta-do “mental” terminal, infeliz-mente. Nem vou falar hoje de casos extraconjugais que os computadores propiciam.

Quer exemplos de que isso é uma verdade? Constate nas redes sociais como as pessoas estão agindo. A fraqueza de personalidade admite qual-quer coisa esquisita e provo-ca uma montanha de segui-dores; de maus exemplos. Completamente cegos para a racionalidade, repetindo as mesmas tolices. Veja aquelas pessoas que fotografam tudo, desde a latrina que utilizam, até o prato de arroz e feijão que comem. Querem postar isso com urgência, como se fosse alguma informação im-prescindível para a socieda-de. Veja aquelas “criaturas” que querem ser famosas de qualquer jeito. Aprontam estripulias e bizarrices para serem vistas. E aquelas que tiram fotos nuas e se “des-cuidam” para que isso caia na mão de alguém que tenha coragem de publicar?

O intuito da mensagem não é ofender ninguém. A refle-xão apenas nos alerta sobre algo que está ocorrendo e que, se tivermos o mínimo de bom senso e temeridade a Deus, reformularemos as nossas condutas. A pergunta real neste momento é: qual é o limite para o uso da in-ternet? Não há uma respos-ta convencional para isso. Porém, se você permanece online muito tempo, se deixa

de fazer coisas pessoais para ficar na internet, se você está usando o tablet e dá respostas vazias ou secas, por exem-plo, quando é questionado pela sua mãe sobre qualquer assunto, se troca a refeição para verificar se chegou al-guma mensagem, se troca as noites de descanso para ficar navegando, se não desliga o celular nem dentro da igreja, se fica irritado quando está usando o computador e al-guém o chama, etc., você pode estar tremendamente enfermo e ainda não se deu conta. A “ciberdependência” já é um problema mundial. A situação começa a ficar crítica e crônica. Na China, Holanda, Coréia do Sul e até no Brasil começam a surgir o centros de tratamento para este novo tipo de drogado. Também na base de isola-mento.

Enquanto escrevia essas linhas, recordei-me de uma obra primorosa do cinema. O filme “História Real”, de 1999, retrata a aventura de um sujeito de 73 anos, que atravessa dois ou três estados americanos montado em um cortador de grama, em uma velocidade de 5 Km por hora, para fazer as pazes com o irmão com quem brigara dez anos antes. Chegou bem no fim da tarde. Foi sentar-se na varanda ao lado do seu “desafeto”. Naquela noite, ambos olharam para céu, para as estrelas, admirando a obra do Criador. A obra de aproximação que fizera na vida deles.

Temos que prestar atenção nas pessoas que Deus colo-cou ao nosso lado. Já a infor-mática deve ser usada com critérios bíblicos, também. O vício cibernético é tão ma-ligno quanto qualquer outro pecado. E todo o pecado é contra Deus.

6 o jornal batista – domingo, 12/10/14 reflexão

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruça - RJ

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Sl 127.3).

Ser pai é algo tão es-sencial que deveria ser ensinado nas esco-las. As igrejas também

têm uma responsabilidade nesse campo, sobretudo por-que nelas, diferentemente do que acontece nas escolas, pais e filhos chegam juntos e permanecem juntos ou pró-ximos, cantando as mesmas canções e ouvindo as mes-mas mensagens.

Nesse contexto, então, di-rijo-me, não aos pais, mas aos filhos como futuros pais. Inspira-me um diálogo que travei com um de nossos irmãos. Próximo de ser pai, perguntei-lhe: “Preparado para ser pai?”. Ele respondeu: “Não. Aliás, nem conversei com meu pai sobre isto, so-bre ser pai”. Por isso, escrevo esta breve carta aos filhos.

1. Tenha em mente que, se tudo correr bem, você vai ser pai (seja pai biológico, nascido do seu relacionamento com a sua esposa, ou pai do coração, por adotar um filho que outro casal deu à luz). Por que os seus pais se tornaram pais?

Possivelmente porque o relacionamento dele com a esposa se tornou tão ma-duro que um filho passou a ser pensado e acabou sendo concebido como uma coroa para este relacionamento, como resultado, pois, da ma-turidade conjugal. Chegou um momento em que os dois entenderam que se completa-riam com um bebê em casa.

Pedro Tristão, Igreja Batista Central em Niterói – RJ

“Tia, é que quando um adulto diz que vai pensar ele demora mui-

to para decidir. Demora mais de um ano!”. Essa foi a respos-ta de um aluno - aproximada-mente cinco anos de idade - que tentava fazer com que sua orientadora pedagógica não pensasse em adverti-lo por mau comportamento. Confian-do na eloquência de sua argu-mentação, ele enche o peito e fala com total convicção e invejável firmeza. Tamanha graça é tão extraordinária, que julgo provável que todos os

Por isso, você nasceu. Ser pai é uma questão de

amor. De amor a dar. As crianças nascem porque seus pais querem dar amor. A pa-ternidade humana é uma imi-tação da paternidade divina. Deus nos concebeu porque tinha amor para nos dar. Este amor se evidencia também no desejo do companheirismo. É como se seus pais, em um momento da vida, dissessem um para o outro, parodiando o Criador: “Não é bom que estejamos sós; vamos fazer um filho para que seja nosso companheiro” (Gn 2.18).

Essas são razões altruístas (de “alter”, “altru”, outro). Há razões egoístas, mas não ne-cessariamente condenáveis, como os desejos de pereniza-ção e de proteção. Os pais são pais também porque querem que os seus filhos continuem sua vida (ou famílias ou so-brenomes) e administrem seus patrimônios. Essas moti-vações, por exemplo, estavam claras no desejo de Abraão em ser pai (Gênesis 15.2) e na declaração do salmista, que cantou: “Como é feliz o homem que tem a sua al-java cheia deles. Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal” (Sl 127.5).

Há ainda outras razões e elas são um bom motivo para você conversar com seu pai. “E aí, pai, por quê eu vim ao mundo?”.

2. Lembre-se que você vai ser como pai, o filho que você tem sido. Você está sendo preparado para ser pai.

O jeito de ser pai do seu pai está formando em você o seu jeito de ser pai. O curso da paternidade dura a vida toda. Mesmo que o seu pai esteja

amigos leitores tenham, em suas mentes, visualizado a cena e aberto sorrisos.

Alguns se encantam com a pureza, outros com a sim-plicidade, outros ainda des-tacariam a espontaneidade. Sinceramente, não acredito que haja uma resposta capaz de englobar todo o universo de possibilidades, mas é certo que, contrariando a lógica do pensamento natural, os pe-queninos tem muito a ensinar aos crescidos. Essa não é uma constatação moderna, nem tampouco fruto dos olhares científicos. É provável que a comunidade judaica tenha se espantado com o intrigante pronunciamento de Jesus:

morto, ele ainda lhe ensina. Reconheça que está apren-dendo a ser pai com o seu pai, enquanto anda com ele, en-quanto come com ele à mesa, enquanto o observa. Valorize o seu pai, se o tem, enquan-to o tem. Se ele for afetuoso, retribua. Se ele é meio durão, quebre o cara com o seu afeto. Elogie seu pai. Beije seu pai. Presenteie seu pai. Honre seu pai. Dê flores para o seu pai. Se ele tem defeitos, aconselhe-o e procure ajudá-lo na superação do problema. Compreenda os motivos das suas ações, mesmo que não concorde com elas. Tenha paciência com ele. Não desista do seu pai.

Tenho um amigo cujo pai é alcoólatra, mas ele sempre ora e visita o pai. Eles moram em cidades diferentes e, um dia desses, no aniversário, seu pai o surpreendeu por ir visitá--lo. “Foi o céu”, disse-me meu amigo. “Eu tenho esperança que um dia ele se converta”.

Se for o caso, critique-o, para si mesmo, para ser dife-rente dele. Absalão criticava Davi, para ser igual a Davi. Ao contrário, diga, por exemplo: “Meu pai é autoritário, mas eu não o serei”. Ou: “Meu pai não liga para mim, mas eu serei diferente com meu filho”. Em todas as circunstâncias, ouça o seu pai, como Paulo escutava a Timóteo, seu filho espiritual (I Timóteo 1.18). Peça a sua opinião, ele vai amar ser consultado. Pergunte--lhe sobre o que faria diferente hoje como pai, que decisões seriam outras agora.

3. Não se esqueça de que, quando for pai, haverá papéis na vida do seu filho que só você poderá desempenhar. Um deles é o de homem.

Na sua formação, seu filho

aos pequeninos são reveladas coisas que os entendidos não podem compreender (Mateus 11.25). Poderíamos aprender infinitas lições através das crianças, mas sugiro que hoje observemos com carinho a fé das mesmas.

Conta-se que havia uma pequena cidade enfrentando uma terrível seca e todos es-peravam ansiosos por chuva, pois essa seria uma salva-ção para os agricultores que temiam perder suas planta-ções. Durante o momento de oração, presente na liturgia matutina, a igreja clamou por longos minutos, pedindo a Deus que agisse com miseri-córdia e suprisse as necessi-

precisará de uma boa imagem da figura masculina. Por mais dedicada que seja uma mãe, não preenche o papel de ho-mem por lhe faltar competên-cia. Um homem ausente será uma ausência que ninguém preencherá, com consequên-cias para o resto da vida.

Desempenhe seu papel masculino. Seja forte. Seja presente. Seja firme. Seja de-cidido. Seja líder. Seja forte, mas não autoritário. Seja pre-sente, mas não invasivo. Seja firme, mas não grosso. Seja decidido, mas não ignorante. Seja líder, mas não déspota. Seja forte e abrace. Seja pre-sente e sensível. Seja firme e carinhoso. Seja decidido e ou-vinte. Seja líder e servo. Seu filho precisará de uma boa imagem da figura masculina. Sobretudo, ele precisará do seu convívio como homem. Deus fez os homens e as mu-lheres à sua imagem e seme-lhança, para que os homens formassem outros homens à imagem deles e para que as mulheres formassem outras mulheres à imagem delas.

As mulheres têm desem-penhado muito bem o seu papel, mas o mesmo não se pode dizer dos homens, por-que muitos terceirizaram suas funções para as mulheres. Quando você for pai, seja uma referência a ser seguida. Uma das formas de ser essa referência é harmonizando o seu tempo para ter tempo para desfrutar a amizade do seu filho. Para que você o teve? Você disse que foi para dar amor, e não se dá amor ape-nas trabalhando, trabalhando, trabalhando para comprar coisas e pagar contas.

Você disse que teve um filho para ter um companhei-ro, mas não desfrutará com-

dades daquele povo sofrido. Ao anunciar a mensagem, o pastor ensinou sobre o valor da fé e, em seguida, todos se despediram. Apesar do cla-mor, o dia foi seco e a igreja se reuniu, como de costume, para a celebração da noite. O pastor da pequena igreja estava à porta recebendo os ir-mãos que chegavam, quando surgiu uma menininha com um guarda-chuva em mãos dizendo: “Pastor, você não trouxe o seu guarda-chuva? O senhor esqueceu que oramos e pedimos que Deus molhas-se nossa terra?”.

Os adultos daquela igreja provavelmente estavam de-sesperançosos por razão dos

panheirismo com um filho dormindo, mas acordado em casa com você, no parque com você, na praia com você. na viagem com você. Harmo-nize seus interesses. Todo dia ficamos sabendo de pais que “esquecem” filhos no banco de trás do carro enquanto se divertiam em alguma balada. Harmonize seus interesses com os interesses do seu filho. Não vá embora enquanto seu filho discute com os doutores no templo, como fizeram os pais de Jesus (Lucas 2.46). Pegue o seu álbum de sua in-fância. Como será o álbum da infância dos seus filhos? Onde você estará na foto? Que seja tirando a foto, mas que seja empurrando o balanço do seu filho, que seja rolando na grama com ele, que seja brin-cando de esconde-esconde.

4. Saiba que seu filho vai ver Deus por seu intermé-dio. Que Deus eles verão vendo você? Foi assim com vários pais da Bíblia, como por exemplo, o de Isaque com relação ao pai Abraão; de Jacó com o pai Isaque, e tantos outros.

Você será e é o guia espiritual dos seus filhos. Aprenda hoje a Bíblia para poder ensiná-la amanhã. Eles escolherão seus próprios caminhos, mas esta escolha terá muito a ver com o que você lhes preparou. Não seja como Moisés, que esque-ceu de circuncidar seu filho (Êxodo 4.25), uma tarefa que era dele e somente dele. A li-derança espiritual de seus filhos será sua e somente sua. Apren-da hoje histórias para contar amanhã para seus filhos. Ore hoje pelos filhos que um dia vai ter. Afinal, “os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Sl 127.3).

apontamentos meteorológi-cos, ou por perceberem as es-tatísticas preocupantes. Mas, a criança, simplesmente crê.

Essa fé imaculada nos en-sina muito sobre o ideal da prática cristã. Entregar-se em confiança é um pressuposto para o relacionamento sau-dável com o eterno, visto que sem fé é impossível agradá-lo.

Eis aí o nosso desafio: uma fé que não despreza os co-nhecimentos naturais, mas transpassa; que não ignora os avanços científicos, mas vai além deles. A criança crê em Deus simplesmente por saber que ele é Deus. Nós precisa-mos aprender a crer como os pequeninos.

Paternidade: carta aos futuros pais

7o jornal batista – domingo, 12/10/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Os missionários pas-tor Walter e Nair Azevedo inicia-ram um trabalho

de evangelização de crianças em um bairro sem presença batista, em Sapiranga - RS. As reuniões são semanais e têm acontecido na residência de um dos membros da igreja. “Nossa meta é alcançar tam-bém os pais destas crianças”, revela o missionário.

Para a liderança do trabalho realizado com as crianças, os

Rute Oliveira, missionária coordenadora regional Projeto Pepe no Norte e Nordeste

O Pepe, p rog ra -ma de apoio ao desenvolvimen-to da criança em

família na comunidade, de caráter missionário, é adota-do por igrejas que desejam impactar comunidades em si-tuação de vulnerabilidade so-cial, a partir do atendimento socioeducacional e espiritual de crianças de 4 a 6 anos. Ele tem como alvo resgatar a vi-são social da igreja e, essen-cialmente, servir como ferra-menta para conduzir crianças a um encontro pessoal com Jesus. Atualmente, no Brasil, existem 165 unidades com mais de 3.878 crianças aten-didas. No Norte e Nordeste, pela graça de Deus, temos 110 unidades e 2.728 crian-ças. Temos grande alegria em dizer que o Pepe tem feito diferença em cada vida que por ele passa, desde a criança, comunidade, igreja, missionário facilitador ao coordenador.

O Pepe tem se constituído uma importante ferramenta na proclamação do Evan-gelho. Por meio do Pepe, a

missionários nomearam duas jovens da congregação. As moças foram treinadas por Nair. Minutos antes do horá-rio marcado para o início do trabalho, as jovens foram às ruas para convidar as crian-ças do bairro. “Para a surpre-sa de todos, 15 crianças com-pareceram e ouviram sobre a Palavra de Deus, brincaram e lancharam”, contam os obreiros.

Ainda de acordo com o casal, a pessoa que cedeu o espaço para as reuniões das crianças também têm o sonho de ver um Pequeno

Igreja de Jesus Cristo tem a oportunidade e o privilégio de cumprir sua missão inte-gral e causar grande impacto na comunidade em que está inserida. Neste contexto, entendemos que o Pepe, que foi implantado para o Nordeste como “Projeto Luz no Nordeste”, veio como luz e abriu a nossa visão para unirmos a fé, o amor e a es-perança para as comunidades carentes, tanto de ajuda ma-terial, como espiritual.

No Nordeste, queremos destacar o Pepe no estado de Pernambuco que, neste ano, completou dez anos de implantação. Temos

Grupo Multiplicador (PGM) ser iniciado em sua casa. “Já estamos treinando líderes para esse fim e está em nos-so planejamento iniciar um PGM visando plantar uma nova igreja na cidade”, disse o obreiro.

Interceda pela obra missio-nária realizada em Sapiranga, para que o Evangelho conti-nue alcançando os corações e impactando vidas. Ore também pelos missionários, para que continuem sendo capacitados e fortalecidos para a obra para a qual foram chamados pelo Senhor.

constatado um crescimento grandioso do Pepe neste es-tado. A expansão dele vem ocorrendo de forma mara-vilhosa. Apesar de não ser o primeiro estado no Nordes-te a implantar o Programa, este já é o estado do Brasil que tem o maior número de Pepe’s implantados e com mais previsão de implan-tação para o próximo ano. Segundo a coordenadora Inez, “o Pepe tem sido uma ferramenta de ensino e evan-gelização das crianças, suas famílias e vizinhos. Tem mu-dado a realidade das igrejas onde são implantados, das missionárias facilitadoras,

das crianças e suas famílias. Cada vez mais igrejas têm demonstrado interesse em implantar o Pepe, que já tem 38 unidades e 890 crianças atendidas. Foram realizadas 420 visitas nos lares e 108 decisões já ocorreram nes-te ano em Pernambuco”. A coordenadora Inez tem sido uma guerreira, incansá-vel na divulgação do Pepe no estado. E depois de dez anos, continua com a mesma empolgação, que contagia todos quando fala dos pepi-tos (como são conhecidas as crianças que participam do Projeto) e do que Deus tem feito na vida de cada um.

Louvamos a Deus também pela visão missionária da Igreja Batista da Capunga – Recife - PE, em especial a classe Merval Rosa, pelo apoio dado ao Pepe de Nova Tiúna - PE. Este Projeto tem abençoado vidas, pregado o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo para aquela co-munidade. Aplicando com-paixão e graça, em agosto foi realizado o casamento dos avós de uma criança do Pepe em Nova Tiúna. O irmão Manoel e a irmã Bernadete se converteram por intermé-dio de José Ricardo (pepito). Quem realizou o casamento foi o pastor Ney Ladeia. O seminarista Leandro, que coordena o Pepe, foi quem providenciou tudo com a Igreja Batista da Capunga, que pagou todas as despesas do cartório. Foi uma alegria. O Pepe de Pernambuco rea-liza até casamento. Isso é mo-tivo de nos alegrarmos, pois entendemos que as igrejas têm utilizado essa ferramenta de evangelização, e muitas vidas têm sido alcançadas. Por isso, agradecemos a Deus pelo belíssimo trabalho que a coordenadora Maria Inez da Silva Nascimento vem reali-zando neste estado. A Deus toda a glória.

Trabalho de evangelização de crianças tem início em Sapiranga - RS

Crianças que participaram no primeiro dia do Projeto

Pepe – Uma luz no Nordeste

Missionárias facilitadoras cuidam das crianças do Projeto Por meio do Projeto, as crianças e seus familiares têm conhecido a Cristo

Rute e as crianças do Pepe Missionárias facilitadoras cuidam das crianças do Projeto

8 o jornal batista – domingo, 12/10/14 notícias do brasil batista

Fonte: Missões Nacionais

Compreendendo que mis-sões também é coisa de criança, a classe infantil da Primeira Igreja Batista

de Campinas - SP decidiu tornar--se parceira de Missões Nacionais através do PAM Brasil, ajudando no sustento das crianças do Lar Batista F.F Soren.

Segundo Gislene M. Galvão, que atua no ministério de missões da Igreja, a ideia foi cultivar nas crianças uma cultura missionária. A proposta deu tão certo que os pequeninos da classe, conhecida como “Pequenos Gigantes”, deci-diram ofertar mensalmente com R$ 150,00.

Por todo o Brasil as crianças têm sido exemplo de fidelidade ao Senhor e Missões. Luane da Conceição Costa, de 5 anos, após

ter participado do Congresso Des-perta pelo Brasil, em Salvador - BA, sentiu em seu coração o de-sejo de tornar-se uma missionária sustentadora através do Clubinho Missionário.

“Minha mãe me explicou e per-guntou se eu queria ser uma missio-nária sustentadora, então eu disse que queria contribuir com R$ 5,00, porque é igual à minha idade”, dis-se Luane. Apesar de ter desejado contribuir com valor equivalente à idade, foi motivada por sua mãe a dobrar sua oferta. “Mamãe falou que não precisava esperar chegar aos dez anos para contribuir com dez reais”, ressalta.

Os exemplos acima confirmam nosso importante papel na constru-ção de valores espirituais de nossas crianças. Cabe a nós instruí-los a dedicarem suas vidas àquilo que é eterno: almas.

Crianças tornam-se parceiras de Missões Nacionais através do

sustento de missionários

Fonte: Missões Nacionais

“O frio foi inten-so, mas foram dias abençoa-dos”, descre-

veu a missionária Jaqueline da Hora Santos, coordenadora do Projeto Crianças Para Jesus. Ela participou com seu esposo, Renê Santos, da Trans Crianças em Santo Antônio do Sudoeste - PR. Por meio de brincadeiras e distribuição de guloseimas, o Plano de Salvação foi comparti-lhado com cerca de 60 crianças.

Nos pequenos grupos, os pe-queninos foram novamente con-frontados com a mensagem do Evangelho por meio do folheto ‘O Caminho Para o Céu’. Duran-

te o apelo, 28 crianças aceitaram a Cristo como Senhor e salvador de suas vidas, e serão acompa-nhadas pela igreja batista local.

“Ficamos muito sensibilizados com um menino de oito anos. Na celebração em conjunto, ele participou atentamente. No pe-queno grupo, ele acompanhou com atenção a explicação do folheto. No final do programa, ele foi à frente confirmando a decisão e orou de forma que emocionou profundamente nos-so coração”, relatou Jaqueline.

Interceda pelo trabalho que está sendo realizado com essas crianças. Cristo pode garan-tir uma vida melhor hoje e no futuro para cada uma dessas crianças.

Crianças são alcançadas durante Trans em Santo Antônio do Sudoeste - PR

9o jornal batista – domingo, 12/10/14notícias do brasil batista

Marcia Pinheiro, Junta de Missões Mundiais

O missionár io Jo-aquim Juvêncio manifestou toda a sua satisfação pela

oportunidade que teve de realizar um trabalho em um orfanato na Cidade do Cabo - África do Sul, seu atual campo.

Ele foi convidado pela di-reção do orfanato Children´s Home para realizar uma ati-vidade na qual as crianças pudessem ter momentos de descontração.

“Foi exatamente isso o que aconteceu. A juventude da Igreja Portuguesa do Cabo

compareceu em peso e, jun-tos, tivemos a oportunidade de sermos abençoados por estas crianças”, conta Joaquim.

O Children’s Home é um orfanato que recebe crianças vítimas de abuso no lar, por-tanto, são crianças que estão sob a tutela do Estado.

“Este orfanato tem um pro-grama que seleciona volun-tários. Eu já estou em contato com a direção do local para iniciar minhas ações voluntá-rias a partir de outubro. Não tenho palavras para agradecer a Deus por estas oportuni-dades de servir aos amigos e irmãos aqui na África do Sul”, encerra.

Paulo e Teresa Pagaciov, missionários em Portugal, coordenadores da JMM para a Europa

Para quem não sabe, a sigla FM significa filho de mis-sionário. E uma das preo-cupações – no bom sentido

– da coordenação de Missões Mun-diais para a Europa são os FMs. Eles estão longe dos seus familiares e amigos do Brasil, alguns saíram muito pequenos do nosso país e agora possuem uma terceira cultu-ra, isto é, nem a brasileira e nem a do país onde residem; formam uma mistura dessas culturas que resulta em uma terceira cultura.

Através das redes sociais, eles já se conhecem e trocam infor-mações, mas devido à distância, muitos são amigos de longa data, porém nunca se encontraram pes-soalmente. Imagine a emoção desse encontro.

Finalmente aconteceu o tão es-perado e sonhado encontro desses

FMs, que teve como foco os ado-lescentes e jovens que estão termi-nando o ensino médio e iniciando a universidade.

As preleções, testemunhos, medi-tações foram centradas na vocação profissional e chamado missio-nário. Os missionários Marcos Vinícius e Sylvia Araujo, da Espa-nha, foram os responsáveis pelos estudos e testes psicológicos, pois a irmã Sylvia é psicóloga.

A hospedagem ficou por conta do casal Cesar e Eliane Corsete que, confortavelmente, acolheu os FMs em Portimão, no sul de Portu-gal. O Algarve é o local das praias maravilhosas na Europa.

A programação foi bem des-contraída, intercalada com muita música, praia, passeios, comida, e os estudos, que foram ministrados de maneira tão informal e interativa que se transformou em um gostoso bate-papo.

Oramos agradecidos por todos os envolvidos que proporcionaram esse encontro para nossos filhos.

Voz de Deus chega a orfanato na África do Sul

Filhos de missionários na Europa participam de encontro em Portugal

10 o jornal batista – domingo, 12/10/14 notícias do brasil batista

Equipe Missionários com Alegria

No s á b a d o , d i a 30 de agosto, a membre s i a da Primeira Igreja

Batista Missionária em Par-que das Missões – RJ, lide-rada pelo pastor Elias Gomes de Oliveira, amanheceu tra-balhando, preparando um delicioso café da manhã. E, por volta das 8h, chegou o primeiro ônibus com a equi-pe dos “Missionários com Alegria”, coordenada por Márcio Silva. Vinte minutos depois chegou o segundo, com a equipe da Igreja Batis-ta Missionária em Quintino - RJ, liderada pelo pastor Au-rélio Rocha. Após a chegada dos voluntários, começaram as atividades de montagem e elaboração de mais um projeto missionário.

Após algumas instruções dadas pelo pastor Aurélio Rocha, as equipes de monta-gem das tendas, montagem de som e evangelismo arrega-çaram as mangas e partiram ao encontro das vidas a se-rem resgatadas. As tendas de ação social foram montadas e

Josué Pereira Brum, pastor da Igreja Batista Boa Fortuna - RJ

A noite do dia 05 de setembro foi de muita alegria para a Primeira Igreja Ba-

tista em Natividade – RJ, que recebeu de “braços abertos” o pastor Rafael Faria Peixoto, sua esposa Danielle e a pe-quena Ana. Depois de servir a Deus junto a Igreja por um ano e quatro meses como pastor interino, o pastor Jo-sué Pereira Brum, da Igreja Batista Boa Fortuna - RJ deu posse ao pastor Rafael, eleito por unanimidade de votos para pastorear a Igreja.

Dezenas de igrejas e pas-tores, inclusive o presiden-

logo as pessoas começaram a chegar para os atendimentos. O som externo, comanda-do pelos irmãos Mavigniel e Ulisses Silva, divulgou o evento incentivando a comu-nidade a participar. Tivemos os serviços de bazar, aferição de pressão, aferição de glico-se, aplicação de flúor, corte de cabelos, penteado afro e orientação jurídica. Essas pes-soas foram cadastradas, para que Igreja pudesse entrar em contato posteriormente a fim de realizar um trabalho minucioso com elas. Foram cadastradas pessoas que não tinham Bíblia, assim como as que aceitaram estudos bíbli-cos em seus lares.

Enquanto isso, as equipes de evangelismo avançavam pelas ruas da comunidade do Parque das Missões, cum-prindo o ide de Jesus. As pessoas paravam diante de nossas equipes, pediam ora-ções, desabafavam proble-mas, coisas que as afligiam no momento. Nossos missio-nários prontamente oraram por essas pessoas, inclusive no meio da rua, servindo de instrumentos abençoadores de vidas.

te da Associação Batista Extremo Norte Fluminense (ABENF) – pastor Marcos Salomé -, o presidente da Ordem dos Pastores Batis-tas do Brasil – SENF – pas-tor João Neto, e o presi-dente da União de Homens do Extremo Norte Flumi-

O Grupo Pichuchitos, da PIB Vila Kennedy – RJ, en-trou em ação também evan-gelizando as crianças, e as convidando para a progra-mação que aconteceria na parte da tarde na Igreja. En-traram nas casas, evangeliza-ram pessoas e oraram pelas vidas. Na ocasião, pessoas tiveram um encontro com Jesus. Alcançamos afasta-dos e desviados, pessoas com dependência química, e o pastor Elias nos prepa-rou uma lista de endereços de pessoas afastadas da PIB Missionaria em Parque das Missões, de pessoas que um dia foram membros da Igreja e que se encontravam desviados dos caminhos do Senhor. E o pastor Aurélio Rocha foi pessoalmente a es-ses endereços na expectativa de trazê-los de volta.

No período da tarde foi realizado o trabalho evan-gelístico com as crianças. Reunimos mais de 300 crian-ças dentro da Igreja. O ir-mão Mavigniel Martins, da Segunda Igreja Batista de Vila Kennedy - RJ, subiu no seu carro e começou a anunciar que a programa-

ção das crianças começaria. Rapidamente, as crianças se reuniram na porta templo, o que fez com que suspendês-semos o cadastro para liberar a entrada. Os Missionários Rosana Fuly, Vânia Sigilião, Márcia Alves e Guilherme Fuly contaram a história de Daniel na cova dos leões de uma forma diferente, o que atraiu a atenção das crianças. Rosana Fuly fez o apelo e muitas mãozinhas se levantaram para honra e glória do Senhor Jesus. No final, o pastor Elias os convidou para irem à Igreja no dia seguinte. Realmente as pessoas foram. O templo ficou lotado no domingo. Estiveram presentes crianças, jovens e adultos, tanto pela manhã, quanto à noite.

As atividades de evangelis-mo contaram com a lideran-ça do pastor Aurélio Rocha, com o apoio do pastor Sergio Vilela, da Primeira Igreja Batista Guandu do Sena - RJ e bispo Cícero Rodrigues, da Assembleia de Deus Ministé-rio Resgate, que saiu com sua caixinha de som anunciando as Boas Novas às pessoas que estavam pelas ruas.

Agradecemos aos irmãos da Primeira Igreja Batista Oitici-ca – RJ, que gentilmente nos cederam as tendas; ao pastor Elias, Caroline Rocha, Maurí-cio, Vitor, Driele, entre outros membros da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões, que gentilmente nos proporcionaram um pro-jeto evangelístico maravilhoso e atenderam prontamente e, gentilmente, sem medir es-forços ao que necessitávamos para fazer o trabalho aconte-cer. Agradecemos também a todos que nos auxiliaram de alguma forma para que esse trabalho acontecesse.

Continuem orando pelo nosso ministério, porque é difícil encontrar obreiros e investimentos para evange-lizar crianças. Mas continua-remos, em nome de Jesus, falando do amor de Deus às pessoas que são o futuro do nosso país. Entre em contato conosco através do telefone 98260-5388 ou pelo e-mail: [email protected]. Será um prazer estar em sua Igreja. Não deixe de curtir também a nossa página “Missionários com Alegria” no Facebook.

Ministério “Missionários com Alegria” realiza projeto evangelístico no

Parque das Missões - RJ

Pastor Rafael Faria Peixoto toma posse na PIB em Natividade - RJ

Pastor Márcio Antunes foi o orador da noite

Assinatura do termo de posse

Da esquerda para direita: pastor João Neto, pastor Marcos Salomé, pastor Josué Brum, pastor Rafael e a esposa Danielle

Pastores que prestigiaram a celebração

nense – pastor Joaquim de Castro - prestigiaram com suas presenças. O orador ocasional foi o pastor Már-cio Antunes, da Primeira Igreja Batista de Pádua. Ao Senhor Deus seja a honra e a glória para todo sempre. Amém.

11o jornal batista – domingo, 12/10/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O Projeto “Que-ro Viver” , de-senvolvido por missionários de

Missões Mundiais na cidade de Arequipa - Peru, recebe mais uma caravana de volun-tários. Desta vez, oito irmãos da Igreja Batista Central em Japuíba - Angra dos Reis - RJ formam a base desta carava-na, que até agora conta com 14 participantes. Eles são da área de construção civil e já foram nossos voluntários neste Projeto um ano atrás.

Entre os dias 20 e 30 de outubro, estes voluntários participarão da reforma do centro de recuperação do “Quero Viver” com o esta-belecimento de novas vigas e fundações. Eles concluirão o trabalho fazendo mais uma laje no local. Segundo o pas-tor da Igreja Batista Central em Japuíba, Ezequias Marins, o objetivo é participar das obras na sede do “Quero Vi-ver”, tornando-a mais ampla, arejada e bem estruturada para atender às pessoas que chegam ao local em busca de tratamento contra o vício das drogas.

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Após cumprirem a missão no Níger e na Guiné, os nove jovens da oitava

turma do Projeto Radical África participaram no dia 26 de setembro de um culto de gratidão a Deus pelos dois anos e meio que passaram no campo sendo voz de Deus em comunidades desses dois países. A emoção deu o tom de todo o culto, que aconte-ceu na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro.

Adriano Moreira, Deivid Raasch, Erik Wagner, Girlane Valentim, Juliana Menecucci, Maílson Nascimento, Najara Akira, Raquel Bastos e Sara Rodrigues deram testemu-nho sobre o período em que estiveram na África e agra-deceram a Deus e também a familiares, igrejas, amigos e colaboradores da sede da JMM por todo o apoio que receberam.

Em 2013, voluntários desta mesma Igreja apoiaram a re-forma da sede deste Projeto durante 15 dias. Na época, foram feitas 11 fundações e uma laje.

Antes da reforma, o coorde-nador da JMM para as Amé-ricas, pastor Ruy Oliveira Jr., conta que as instalações do centro de recuperação eram inadequadas principalmente em relação aos requerimentos civis para eventuais tremores de terra, aos quais a região está sujeita. A planta térrea do local era coberta por telhas metálicas, que intensificavam as estações do ano. No verão, esquentava muito e no inver-no, o frio era mais intenso.

Além de mão de obra para a reforma, o centro de tra-

Divididos em equipes – uma atuando no Níger e ou-tra na Guiné –, os jovens viveram muitas experiências, algumas delas compartilha-das durante o culto. No Ní-ger, Adriano, Erik, Juliana, Najara e Raquel serviram em uma aldeia. Representando essa equipe, Najara desta-cou a simplicidade do povo zarma e o amadurecimento pessoal e espiritual que a experiência no campo pro-porcionou a ela e aos demais jovens.

“Crescemos e mudamos em muitas áreas de nossa

tamento também precisa de ofertas financeiras. Muitas pessoas passaram a adotar o Projeto “Quero Viver”, mas a carência ainda é grande. Além do custo da obra, orça-do em 21 mil dólares, ainda há gastos com a manutenção mensal e o corpo diretivo formado por sete obreiros da terra qualificados, como psicólogos e pastores.

O pastor Ruy lembra que o “Quero Viver” também pre-cisa de parceiros para o sus-tento mensal do Projeto, que atende cerca de 60 pessoas anualmente, estendendo o trabalho de assistência aos familiares dos internos com apoio da Igreja Batista Missio-nária em Arequipa. Ele pede apoio ainda para concluir

vida, mas também existem muitas outras que preci-sam ser trabalhadas. Como somos gratos a Deus por tudo. Algumas experiên-cias podemos comparti -lhar, e também há outras que só nosso coração sabe-rá, mas devemos permitir que o Espírito Santo as use para que cresçamos em sa-bedoria e graça diante do Senhor para que sejamos servos prudentes”, disse Najara, que pediu oração por esse período inicial de reentrada no Brasil e readaptação.

o segundo piso do centro de tratamento, que ganhará cômodos apropriados para receber mais internos. Com isso, será possível aproveitar melhor o espaço do térreo para as atividades terapêuticas e de discipulado dos internos.

Um veículo para transporte dessas pessoas também será muito bem-vindo. Hoje, o transporte dos internos é feito em carros de voluntários. Os internos precisam se deslocar frequentemente até a Igreja.

“O Projeto também está à disposição de voluntários que desejarem oferecer ofi-cinas aos internos ou capaci-tação para o corpo diretivo. Temos o sonho de abrir uma unidade feminina do “Que-ro Viver”. No Peru, princi-palmente em Arequipa, há pouquíssimas oportunidades de tratamento para as mulhe-res. São muitas as jovens e senhoras que se encontram em situação de dependência química”, relata o pastor Ruy.

Quero ViverA unidade do centro de

tratamento do “Quero Viver”, na cidade de Arequipa, no sul do Peru, a 2.300 metros de al-titude, foi aberta em 2003. Ela conta com uma boa equipe de

Deivid, Girlane, Maílson e Sara atuaram na Guiné. Gir-lane falou pelo grupo e res-saltou a união deles em torno do cumprimento da missão de Cristo naquele país.

“Rindo ou chorando, com facilidades ou dificuldades, estivemos juntos, comple-tamos a missão que Deus nos deu para completar. Es-tamos satisfeitos com o que foi feito, mas estamos ainda mais satisfeitos com esse Deus cuidadoso e bondoso que nós aprendemos a amar intensamente”, declarou Girlane.

Nossos jovens missioná-rios Radicais atuaram em vá-rias frentes, utilizando suas habilidades profissionais em atividades nas áreas de educação, saúde, esportes, entre outras.

“E muitos dos trabalhos fizemos juntos, recebendo as pessoas, indo aos velórios, indo aos batismos, acom-panhando cada um e co-nhecendo aquele povo pelo nome, podendo interceder

trabalho, como psicólogos, pastores, conselheiros entre outros especialistas. A reforma e ampliação permitirão que mais pessoas possam receber os cuidados necessários para se livrarem das drogas e co-nhecerem o Cristo que traz vida em abundância.

Américo Monje, hoje mis-sionário de Missões Mun-diais, é um dos frutos do “Quero Viver”. Há cerca de seis anos ele estava preso às drogas e chegou a tentar se matar por enforcamen-to. Felizmente, Deus tinha um plano para sua vida e o direcionou até o centro de recuperação do Projeto. Hoje ele é missionário da JMM na Bolívia, juntamente com a esposa, Talitha.

Mais pessoas desejam ter a mesma chance. Uma opor-tunidade para viver com dig-nidade e poderem cumprir o propósito para o qual foram criados por Deus. Você pode ser a resposta para elas. Par-ticipe do Projeto “Quero Viver”. Ligue para 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais loca-lidades). Se preferir, escreva para [email protected] ou [email protected]. Faça parte desta missão.

por cada um deles”, acres-centou Girlane.

O culto foi encerrado com uma oração feita pelo coor-denador do Centro de Capa-citação da JMM, pastor Girlan Silva, que destacou que a missão cumprida por esta tur-ma do Radical foi “em Cristo, com Cristo e por Cristo”.

A exemplo dos Radicais, o pastor Renato Reis, coorde-nador de Missões Mundiais para a Ásia, também se emo-cionou bastante durante o culto.

“Não consegui conter mi-nhas lágrimas ao verificar que esses jovens permaneceram humildes, ensináveis e servos em todos os dias do Projeto. Fiquei emocionado com o nível de contextualização dos Radicais com o povo lo-cal. Comendo o que o povo come, vestindo o que o povo veste, falando a língua do povo e, cheios do amor de Deus, amando o povo em cada gesto. Foi lindo, e uma lição para todos os missioná-rios”, afirmou.

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12 o jornal batista – domingo, 12/10/14 notícias do brasil batista

OBITUÁRIO

Precioso é Jesus para mim

13o jornal batista – domingo, 12/10/14notícias do brasil batista

Jakeline Garcia Reis, pastora da Primeira Igreja Batista de Jaguapitã – PR

Partiu para a mora-da celestial no dia 29 de julho, o irmão Manoel Garcia, mais

conhecido como “tio Mané” ou “vô Mané”. Marido, pai, avô e bisavô querido e amo-roso. Era impossível chegar perto dele sem ser agarrado, apertado, abraçado e, claro, ganhar uns tapinhas, marcas características e inconfundí-veis do tio Mané.

Serviu ao Senhor Jesus des-de a sua juventude e, por mais de 60 anos - dentre esses a maior parte na Igreja Batista de Astorga – PR ao lado de sua amada Loide.

Seu sorriso, sua gargalhada, seus abraços, sua incansável disposição e sua dedicação a Cristo e a sua Igreja jamais deverão ser esquecidos por

todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com o tio Mané.

Na sua despedida foi entoa-do um de seus hinos predile-tos, que diz: “Precioso é Jesus para mim. Celeste prazer é Jesus conhecer. Precioso é Jesus para mim. Ele foi, mas deixou conosco a saudade e o exemplo de fé na valoriza-ção de uma vida dedicada ao nosso precioso Jesus”.

Oh! Não, nunca me deixouDepois de três anos de luta,

no dia 13 de setembro partiu para a morada celestial o guerreiro Daniel Garcia de Oliveira; também membro da Igreja Batista de Astorga - PR. Homem de Deus, valoroso, honrado e querido. Viveu apenas 30 anos aqui, mas o viveu para Cristo. Usou seus dons e talentos a serviço do rei Jesus. Sua linda voz e seu talento musical nas minis-

trações de louvor enchiam o nosso coração de alegria. Jamais nos esqueceremos do seu sorriso, sua alegria contagiante e sua dedicação a Cristo, a família e ao Reino de Deus.

Que Deus console a cada dia os nossos corações, prin-cipalmente o da Sônia, do Manoel, do Alexandre e da Andreia, pais, irmão e esposa do Daniel.

Um dos hinos prediletos do Daniel - entoado em sua despedida - era “Nunca me deixou”, em que os versos nos remetem ao cuidado de Deus. Em nossas vidas a cada instante seja na alegria ou na dor, na paz ou em meio às tempestades”. Que como o Daniel tenhamos isso em mente a cada dia e vivamos para Cristo.

Jesus recebeu no lar ce-lestial estes dois irmãos em Cristo - tio e sobrinho - tão

queridos da nossa família e Igreja. Farão muita falta e sentiremos muitas saudades

até o dia em que nos encon-traremos com eles na morada celestial.

“E ouvi uma voz do céu, e dizia: Escreve: Bem-aventura-dos os mortos que desde ago-ra morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que des-cansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem” (Ap 14.13).

Com sentimento de saudade comunica-mos o falecimento, na noite de 3 de

agosto, do pastor Hélio Lou-renço da Silva, da Igreja Ba-tista Teosopólis – Itabuna – BA. O pastor Hélio “cumpriu o bom combate, terminou

a carreira e guardou a fé” e agora descansa no paraíso ao lado dos salvos na presença do Senhor Jesus.

O pastor Hélio nasceu em João Pessoa – PB no dia 12 de julho de 1942. Filho de missionários batistas, viveu a maior parte da sua infância nas cidades de Currais No-vos - Rio Grande do Norte -, e Cuité - PA, onde realizou os seus primeiros estudos e desenvolveu o gosto pela leitura e a escrita.

Em 1959, para realizar o curso secundário de contabi-lidade, deixa a casa dos pais

e retoma à sua cidade natal. Nesse período, meditando quanto ao prosseguimento dos seus estudos e à escolha da carreira profissional, três alternativas se insinuavam em seu horizonte: ser conta-dor, advogado ou professor? Entretanto, no final do ano de 1961, recebeu chamado irrecusável de Deus para de-dicar a sua vida à pregação da sua Palavra e, em 1962, ingressou no Seminário Te-ológico Batista do Norte do Brasil – Recife - PE, para realizar o bacharelado em Teologia, visando a sua pre-paração para o exercício do pastorado.

Após conclusão do curso, recebeu um convite para lecionar no Instituto Bíblico Batista do Nordeste - Feira de Santana - BA, instituição dedicada à preparação de novos obreiros para a seara do Senhor. Tendo aceitado o desafio, juntamente com sua jovem esposa Cacilda Lourenço, chegou à Bahia em janeiro de 1967. Nesse mesmo ano, recebeu con-vite e assumiu também o pastorado da Igreja Batista Alvorada - BA. Durante dez anos permaneceu em Feira de Santana, onde participou ativamente do trabalho co-operativo denominacional

desenvolvido pelas Con-venções Batista Brasileira e Baiana, sendo presidente da Ordem dos Pastores da Bahia e editor do Jornal Ba-tista Baiano. Nessa época também concluiu o curso de licenciatura de Filosofia na Universidade Católica de Pernambuco.

Em 1977 transferiu-se para Itabuna a convite da Igreja Batista Teosópolis – tratava--se de uma pequena Igreja com apenas 165 membros e visíveis carências. Sob sua liderança, a pequena Igreja se agigantou, transformando-se em um marco na cidade. Pro-fundamente preocupado com a evangelização, implantou metodologias diversas para ampliar o raio de atuação da Igreja e instrumentalizar seus membros para o serviço do Senhor. Espalhou a Palavra de Deus no seio dos lares Itabunenses através dos gru-pos familiares, dos encontros de casais e de “Jovens com Cristo”. Buscando que o cul-tivo da boa música estivesse presente em todas as igrejas da Associação Batista Gra-piunense e que Deus fosse louvado com qualidade, or-ganizou a Escola de Música Sacra de Itabuna (Emusita).

Acreditando que a educa-ção é um dos mais poderosos

veículos de elevação e forma-ção dos indivíduos, investiu na educação religiosa e leiga através do fortalecimento da Escola Bíblica Dominical, da criação do Colégio Batista de Itabuna e da consolidação do Instituto Teosópolis.

Como incansável seme-ador da Palavra de Deus, espalhou a boa semente por muitos bairros de Itabuna, organizando pontos de pre-gação e congregações – mui-tas das quais hoje são igrejas emancipadas – e liderando, por cerca de três anos, um programa evangelístico na televisão, o “Manancial de Vida”. Considerando que os campos estão prontos para a ceifa e que faltam obreiros, acolheu nas instalações da Igreja Teosópolis o Seminá-rio Teológico Batista Igrapiu-nense, o qual aceitou os en-cargos de diretor geral e de professor dedicado. Visando ao estreitamento dos laços de convívio e lazer da comu-nidade evangélica Tereso-politana e Grapiunense, fez construir no litoral norte de Ilhéus o Acampamento Ba-tista Teosópolis (TeoCamp). E durante todos esses anos à frente do ministério pastoral da Igreja Batista Teosópolis escreveu para o seu rebanho mensagens do coração.

Homenagem póstuma - pastor Hélio Lourenço da Silva

14 o jornal batista – domingo, 12/10/14 ponto de vista

Nós temos a tendên-cia de vivermos em função das ações e reações

das pessoas com as quais lidamos. Somos vagarosos no entendimento. Ficamos tristes ou alegres dependen-do de como as pessoas nos tratam. De uma vez por todas precisamos entender que as pessoas agem e reagem de várias maneiras. Tanto no primeiro contato, quanto em contatos mais frequentes, não podemos ficar reféns das posturas alheias. As pessoas não têm o direito de defi-nir as nossas reações e nem podemos ficar submissos às suas provocações e outras atitudes e atos que não têm a chancela da Palavra. Apren-damos com o Senhor Jesus a tratar todos da melhor ma-neira possível, mesmo que

Neste artigo estarei me referindo ao volume crescen-te de crentes nas

grandes metrópoles que não estão conseguindo se ajus-tar à realidade das igrejas contemporâneas e vivem à margem ou fora do conví-vio eclesiástico, ou mesmo perambulando de igreja em igreja em busca de um Evan-gelho significativo.

Essa questão não tem mais como ser desprezada, nem esse contingente pode con-tinuar sendo chamado “tu-rista”. Será que essa situação não estaria indicando que a igreja, em geral, estaria dei-xando de cumprir de forma completa a sua missão?

não sejamos bem tratados ou honrados. É preciso que descansemos naquele que sabe todas as coisas e é o res-ponsável pela nossa alegria interior.

Se as pessoas nos olham com rosto pesado, com um certo desprezo, se são anti-páticas, a nossa postura deve ser sempre de contentamen-to, educação e graciosidade em Cristo Jesus. Dispense-mos amor e empatia. Mais uma vez: não podemos reagir de forma negativa, crítica ou ácida. A nossa postura amorosa certamente há de re-sultar em ternura partilhada. Como diz Brennan Manning, há uma “sabedoria da ternu-ra” que precisamos vivenciar e ela está em Cristo Jesus. Não criemos expectativas em relação a ninguém. Você já ouviu falar dos três dês?

De um lado, reduzimos o cristianismo a atividades eclesiásticas sem fim. Ser cristão é simplesmente ser operário na igreja, é cantar no coro, é contribuir para igreja e nunca dizer “não” a qualquer cargo no momento da eleição. De outro lado, em muitos lugares o culto se tor-nou um mero show gospel, com música artisticamen-te impecável e há sermões recheados de chavões que podem ser encontrados em qualquer curso de retórica. Mas também, é possível ob-servar que, em muitas igre-jas, o Evangelho se tornou em mera mercadoria, bem simbólico que pode ser com-prado e vendido a troco de

Aprendi com um obreiro experiente que quando olho para mim, eu me Deprimo (porque vejo tanta incoe-rência em mim, sou tão vil); quando olho para o próximo, eu me Decepciono (porque ele frustra as minhas expec-tativas, fica abaixo delas); mas quando olho para Cristo eu Descanso (porque Ele me sustenta com sua graça e seu amor). Estes três “dês” são infalíveis, especialmente o terceiro. Olhar para as pesso-as deve ser sempre a partir de Cristo Jesus. Não deve haver cobranças ou exigências da nossa parte.

Os nossos relacionamentos devem acontecer na pers-pectiva do descanso (Salmos 23). As pessoas podem nos decepcionar, mas Cristo não. Ele é a fonte do contentamen-to, da sabedoria e do amor.

dinheiro que sai do bolso do “cliente” e vai para o caixa da igreja com promessas de bênção garantida bem ao estilo de algum “despacho” gospel, que transforma Deus de “Senhor-proprietário” em garçom.

Mas temos ainda a teolo-gia salvacionista que foca-liza meramente a salvação, transformando-a em um fim em si mesma, deixando de lado o seu motivo principal – romper a barreira do pecado e da condenação para levar a pessoa salva a ter condi-ções de viver para a glória de Deus no seu dia a dia por meio de decisões eticamen-te comprometidas com um cristianismo real, concreto,

Há pessoas que por qualquer coisa se melindram, ficam de biquinho. Não, não podemos agir assim. O Senhor Deus, em Cristo Jesus, nos redimiu para uma vida de liberdade praticando o fruto do Espírito (Gálatas 5.22-23). Não de-vemos responder ao agravo, mas deixar que Jesus assuma a nossa causa, pois ele é o nosso advogado (I João 2.1). Se você encontra em Cristo a suficiência para o seu cora-ção, por que ficar cabisbaixo pelo fato de alguém ter lhe tratado mal ou não lhe deu a devida atenção? A nossa vida cristã é caracterizada pelo desprendimento de qualquer reação negativa. Estamos apegados a Cristo e desape-gados das opiniões e avalia-ções humanas. Que reajamos positivamente a qualquer tratamento conferido a nós.

que envolva todas as áreas da vida – um Evangelho in-tegral que abrange todo ser. É o Evangelho todo para toda pessoa e para a pessoa toda, tão central na mensagem de Lausanne e não meramente uma apólice contra o incên-dio do inferno.

Parece-me que, com todo esse desvio do rumo bíblico da vida de muitas igrejas, o Evangelho acaba se tornando tão superficial que não afeta efetivamente as vidas. Inves-timos em eventos, mas even-tos não transformam vidas; prega-se um Evangelho que traz prosperidade, mas que não transforma os corações, não coloca as pessoas aos pés do Mestre, não leva ninguém

Seja o nosso olhar para Cris-to, o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12.1-2). Não permitamos que as pessoas sequestrem a nossa alegria, o nosso entusiasmo. Não permi-tamos que autoestima baixa, o sentimento de rejeição e a expectativa de sermos reco-nhecidos tomem o nosso co-ração. Devemos viver a nossa vida em profundo amor, sim-patia e relacionamentos sem cobranças. Cumprimentou, bem. Não cumprimentou, está tudo bem. Falou com a gente, tudo bem. Não falou, está tudo bem igualmente. Não seja-mos reféns de expectativas em relação a ninguém. A nossa confiança não deve estar no homem, mas no Senhor. Toda a nossa esperança está em Deus Pai, aquele que nos criou e redimiu em Cristo Jesus. Vi-vamos para a sua Glória.

ao altar da rendição e arre-pendimento, apenas reforça as mazelas do coração.

Assim, conversando com dezenas e dezenas de cren-tes espalhados pelo nosso país, tenho descoberto que muitos estão literalmente pe-rambulando em busca de um Evangelho significativo, bí-blico e concretizável em sua vida, não apenas eclesiástica, mas também pessoal, afetiva, social, profissional. É verdade que muitos demonstram bus-car gurus que possam lhes di-zer o que gostariam de ouvir, mas um número sem conta deseja um compromisso real com o Mestre. Será que tere-mos de criar também igrejas marginais?

15o jornal batista – domingo, 12/10/14ponto de vista

Jennifer Meneses - Igreja Batista Central de Belo Horizonte - MG

Para começar esta con-versa, eu poderia di-zer da importância que a música tem no

processo de desenvolvimen-to da criança, dizer sobre estudos contemporâneos a respeito do cérebro huma-no, sobre como a música contribui significativamente para os processos cogniti-vos, no entanto, nada disso importa quando tratamos a música como louvor. É a sutil diferença de percebermos que não cantamos na célu-la com as crianças, mas as ensinamos a louvar a Deus. Podemos usar a música para acalmá-las, para brincar, para tornar as histórias mais lúdi-cas, mas quando cantamos para o Senhor, nós louvamos.

Para que louvamos?O louvor nos aproxima

de Deus, louvamos porque carecemos da presença de Deus em nossa vida. Precisa-mos do seu renovo, sua paz. Quando louvamos a Deus nos sentimos mais fortes, re-frigerados e vivificados.

Sendo assim, da mesma forma que o adulto que é salvo, ou seja, que reconhece Jesus como salvador, sente

a necessidade de louvar, a criança também precisa des-se momento único na presen-ça do Senhor.

Por que nem sempre o louvor com

crianças dá certo?Acontece que nos esque-

cemos de um princípio bá-sico quando ministramos para as crianças: nem todas são salvas. Estão ali na cé-lula, na igreja, frequentam a central da criança todo domingo, mas ainda não ti-veram uma experiência real com o Senhor. São filhos e filhas de crentes, que ainda não confessaram o Senhor Jesus como salvador. Nesse momento cabe uma ressalva, temos aqueles pequeninos, meninos e meninas que ain-da não têm entendimento. Esses são seguramente as crianças que Jesus disse “das tais são o Reino dos Céus”.

Portanto, quando ministra-mos o louvor e a Palavra para crianças devemos sempre nos lembrar que não minis-tramos para salvos, mas para pessoas que precisam da salvação. Sendo assim, não percebem o louvor como um momento para estar próximo do Senhor, mas um momen-to que pode ser divertido para brincar e, quem sabe bagunçar, pular, conversar,

ir no banheiro, mexer no brinquedo.

Como devo fazer para que o momento do louvor

da célula aconteça?Esquecemos também que

o louvor é ensinado, sim, aprendemos a louvar. Quan-do somos recém-convertidos e vamos à igreja, as vezes até abrimos os olhos para ver como as pessoas louvam. Levantamos as mãos timida-mente e, de vez em quando, falamos “aleluia”. Depois nos soltamos e começamos a ter mais intimidade com essa forma de adorar e se aproximar de Deus. Essas es-tratégias não são observáveis para a criança, muito menos se ela não for salva. Nada terá sentido e muito menos valor. Sendo assim, não coloque a música no som e espere “a coisa acontecer”, por que ela não vai acontecer.

Como ensinar o louvor?O líder da célula infantil

é também o líder de louvor. As crianças (e nós também) utilizam a imitação como uma forma de aprendizagem. A medida que vão crescendo elas vão construindo outras formas de aprender. Sen-do assim, o louvor deve ser ministrado. O adulto será o modelo de adorador para a

criança. Além disso, como todo ministro de louvor, o líder da célula deve conhecer bem todas as músicas que serão ministradas, inclusive ensaiando em casa. Louvor com criança é coisa séria.

Estratégias para o ensinoÉ importante lembrar que

o público infantil também tem características específi-cas que são imprescindíveis saber:

- Tempo de concentração: quanto menor a criança, me-nos tempo de concentra-ção ela terá, por isso evite o falatório, o fazer é o mais importante.

- O corpo fala: quanto me-nor a criança, menos tempo ela também conseguirá per-manecer com o corpo para-do. Por isso os louvores com gestos são fundamentais neste momento, além de ser uma boa estratégia para ajudar a decorar a letra da canção.

Da escolha do repertórioA escolha do repertório é

determinante para um mo-mento de louvor prazeroso. É importante contemplar desde músicas mais agitadas até músicas de adoração. A mi-nistração do adulto ajudará a criança a perceber as ver-dades espirituais que estão descritas nos louvores.

Penso que é relevante ser criterioso quanto a letra dos louvores. Muitas músicas in-fantis no mundo evangélico priorizam apenas a brinca-deira e se esquecem de co-locar as verdades bíblicas do Evangelho. Outras possuem uma verdade bíblica imen-sa, difícil de ser alcançada pelos pequeninos. Sendo assim, encontrar o meio ter-mo é o ideal. Acrescentar músicas que se cantam nos cultos também é uma boa opção, mas é importante não se esquecer de avaliar se o conteúdo da letra não está muito distante da realidade da criança.

A ministração deve sem-pre ser da música mais agi-tada para a mais calma. Essa estratégia permite que as crianças passem por um momento lúdico, de brinca-deira com o corpo e sejam, logo depois, levadas a um momento mais calmo de adoração a Deus. É impor-tante lembrar que o momen-to da brincadeira também é um momento de louvor e adoração ao nosso Deus, no entanto, isso não é tão perceptível para a criança. São as nossas intervenções como ministros de louvor que farão com que ela tome consciência de suas atitudes de louvor a Deus.