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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 26 Domingo, 29.06.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 29/06/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 26 Domingo, 29.06.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção … o ornal atista domingo, 290614 GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia Uma Agulha Missionária

2 o jornal batista – domingo, 29/06/14 reflexão

E D I T O R I A L

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Brooklyn Tabernacle resposta ao irmão

Rolando de Nassau

• Venho por esta mensa-gem apenas enfatizar que minhas impressões a respeito do culto que pude participar no Brooklyn Tabernacle, não foram “uma soma de emo-ções”, como disse o amado Rolando de Nassau. Em todo o tempo, sobretudo durante o culto, o ambiente foi de total inspiração. Se músicas como “Maravilhosa Graça”, Tudo Entregarei”, Vitória em Cristo; que foram por sinal, f muito bem cantadas, acompanhadas por instrumentos musicais, pois não havia nada de “play--back”, podem ser considera-das como “mantra”, então não sei mais o que poderia ser um

louvor bíblico. Não “voltei empolgado dessa megaigre-ja:, como disse o colunista, apenas mencionei que não observei o que ele havia dito, ou seja, uma opinião diver-

gente. Sou pastor Batista, amo os nossos hinos, não cultuo baseado em emoções, pois entendo que o culto oferecido ao Senhor deve ser racional. A minha discordância se deu

apenas pelo fato de ter pre-senciado algo diferente do que a observação do amado colunista. Referir-se a mim como um “missivista” que opina a partir de “uma soma de emoções”, me pareceu desrespeitoso, bem como, uma dificuldade em convi-ver com opinião respeitosa, porém discordante. Não te-nho intenção de polemizar, apenas senti uma dose de ironia para com uma opinião sincera e pura. Certamente o colunista não me conhece, e portanto, não sabe que sou um pastor batista tradicional, com convicções inabaláveis quanto à doutrina e princípios batistas, logo, não me deixo levar por emoções. Cultuei biblicamente a Deus no BT.

Pr. Márcio Antunes Vieira

É possível que esta ex-pressão leve o leitor a pensar que estou me referindo à possi-

bilidade da conquista pelo Brasil da Copa Mundial de futebol. Sim, estou me re-ferindo mesmo à esta copa, mas meu objetivo não é tratar de futebol, assunto do qual não sou bom conhecedor. A Copa é nossa, sim. A Copa é nossa oportunidade para falar a muitas pessoas do amor mundial de Deus.

Sim, o amor de Deus é mundial: “ Deus amou o

mundo de tal maneira...” (Jo 3.16). A Copa é nossa hora de contatar tantas pessoas que estarão ao entorno dos estádios, nas concentrações de ruas acompanhando os diversos jogos pelas doze cidades sedes da Copa. To-das estas pessoas estão em busca da vitória, uma vitória passageira, por um prêmio perecível, que a maioria só terá a oportunidade de ver de longe ou através das mídias eletrônicas.

A Copa é nossa para fazer como o apóstolo Paulo, que

talvez estivesse em Corinto, na época dos jogos do istmo e até mesmo pode ter assistido alguns deles e aproveitado aquele momento para orientar a igreja, escrevendo: “Faço tudo por causa do evangelho, para dele me tornar copartici-pante. Não sabeis que entre todos os que correm no está-dio, na verdade, somente um recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo atleta exerce domínio próprio em todas as coisas. Os atletas o fazem para alcan-çar uma coroa perecível, nós,

porém, uma coroa que não se acaba” (I Co 9.23-25).

A Copa é nossa oportunida-de de falar que quando Jesus é o nosso Senhor somos mais que vencedores, mesmo que nosso time não faça os gols necessários. A Copa é nossa para consolar corações ma-chucados ou desesperança-dos de conquistar uma taça, mas que podem ter um novo coração habitado por Jesus. A Copa é nossa vez de de-monstrar o amor de Deus ao mundo todo no Brasil neste tempo. A Copa é nossa. (SOS)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 29/06/14reflexão

Pr Geraldo Terto,Colaborador de [email protected]

H.A .Hegre , em um dos seus edi-toriais da revista M e n s a g e m d a

Cruz publicada pela editora Betânia, tempos atrás, con-ta que estava na cidade de Bombaim na Índia, passeava pelas ruas quando um ga-roto de cinco ou seis anos de idade com uma caixa de engraxate falando um inglês sem sotaque lhe perguntou: “Posso engraxar seus sapatos, senhor? Dou um brilho cem por cento”. Ele disse que não estava precisando engraxar os sapatos, “mas porque o garoto falava a minha língua achei que era uma oportuni-dade de conversar com um nativo. Coloquei os pés sobre a caixa e o garoto deu uma escovada nos meus sapatos, fazendo-os brilhar novamen-te. Para minha decepção minhas perguntas nunca fo-ram respondidas, uma vez

que ele não sabia nada além daquelas duas frases que aprendera, suponho, de um militar que passou por lá”.

Isso ilustra muito bem o que está acontecendo em nossos dias com pes-soas que se convertem ao evangelho e só aprendem os primeiros fundamentos da fé cristã. Param por aí. Contentam-se com muito pouco, quando poderíam mergulhar águas profundas do conhecimento de Jesus. Ele mesmo disse: ”Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para vida eterna” (Jo 4.14).

A aceitação de Cristo como Senhor e Salvador é o come-ço de uma nova vida abun-dante, de paz, alegria e amor. Aquele que não busca conhe-cer Jesus em sua plenitude eu comparo a uma pessoa que não conhece o mar, viaja muitos quilômetros para che-gar à praia, vê a imensidão de

água, tira os sapatos, molha apenas os dedos dos pés e volta para casa.

Hebreus 5.12-14 diz que muitos discípulos pelo tempo que tem na fé já deveriam ser mestres. No entanto, não pas-sam de crianças espirituais que só podem receber leite e não alimento sólido.

Será que a igreja não está falhando no cumprimento integral do ide de Jesus em Mateus 28.19-20, que diz que a igreja deve ir por todo o mundo pregar o evange-lho e os que crerem deve ser batizados e ensinados a guardar todos os seus ensina-mentos? Não discipular um recém-convertido é o mesmo que abandonar uma criança quando nasce.

O Apóstolo Paulo diz que “Deus deu uns como apósto-los, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cris-

to; até que todos cheguemos à unidade da fé, e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef. 4. 11-13).

Eu me converti lendo a Bí-blia, com 22 anos de idade, parte deles vividos no mun-dão. Quando dei profissão de fé, um jovem da igreja chegou para mim e disse que queria ser meu irmão mais velho. Seu nome era Edson Nogueira. Tínhamos a mesma idade. Pegou no meu pé e não largou mais. Ensinou-me a ler a Bíblia e a orar. Além dos trabalhos normais da igreja levava-me à união de mocidade, evangelismo, passeios etc. Edson Nogueira era calado e eu falador, muito calmo e eu estorvado; no entanto, nos dávamos muito bem. Tínhamos muito respeito um pelo outro.

Ele me discipulou e com o seu testemunho me discipli-nou. Trabalhava com o pai

em uma pequena padaria do bairro e eu no balcão de uma loja de tecido no centro da cidade de Vitória da Conquista (BA). Estudá-vamos à noite. Antes de ir à aula, eu lanchava na bar-raca de um irmão de nossa igreja. Um dia, falei para aquele irmão que ainda não tinha dado o dízimo porque o que ganhava era pouco e não sobrava nada. Ele me chamou à parte e disse que eu deveria viver do que so-brasse do dízimo. Abriu a Bíblia em Malaquias 3.10 e me desafiou a fazer prova de Deus. Não só me tornei dizimista como administra-dor de meu dinheiro.

Depois de dois anos de convertido cheguei para o Pastor Gerson Rocha e dis-se que estava pensando em terminar o ginásio em mi-nha terra, Crato (CE), para testemunhar do evangelho à minha família. Ele orou e disse que eu podia ir que já estava preparado. Eu fiz a mala e viajei.

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4 o jornal batista – domingo, 29/06/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Uma Agulha Missionária

reflexão

“E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas” (Atos 9.39).

Uma cristã da ci-dade de Jope ha-via falecido. Os outros discípulos

mandaram uma mensagem ao Apóstolo Pedro, pedindo a presença dele no funeral. Quando Pedro chegou, “a sala se encontrava cheia de viúvas que choravam e mos-travam umas às outras os casacos e outras roupas que Dorcas tinha feito para elas” (At 9.39).

Dorcas foi uma agulha consagrada ao Senhor. As costuras que fez por amor, ajudando as irmãs necessi-tadas, davam testemunho dela, mesmo após sua morte. Quando Pedro chegou, as lágrimas e as lamentações preenchiam o ambiente. O

Apóstolo se ajoelhou, orou e disse duas palavras: “Levante--se, Dorcas.” A resposta foi imediata: Dorcas voltou à vida e ao regozijo da sua obra missionária.

A Bíblia não limita o con-ceito de vocação apenas ao serviço de pastor, ou de mi-nistro de música, ou de mi-nistro de educação. O Senhor estende seu chamado a todas as profissões. O Senhor não quer detalhes sobre o nosso ofício – o que ele quer saber é da natureza dos valores espirituais que nos motivam. Ao restringir a vocação divi-na a apenas algumas ativi-dades eclesiásticas, ao fazer isto somos culpados de tentar limitar o poder do Espírito.

O Senhor escolheu como seus profetas desde um pala-ciano chamado Isaías até um boiadeiro chamado Amós. Se somos sensíveis às orienta-ções do Senhor, nosso lugar de profissão se transforma em campo missionário. Que o digam as amigas de Dorcas e sua agulha missionária.

Pr. Sylvio Macri

“E vos darei pastores segun-do o meu coração, que vos guiarão com conhecimento e discernimento” (Jr 3.15).

Na verdade, Jere-mias estava cha-mando de “pasto-res” os governan-

tes de Judá, mas é possível aplicar este versículo aos líderes de nossas igrejas tam-bém chamados “pastores” pelo próprio Senhor Jesus, quando disse a Pedro: “Pas-toreia as minhas ovelhas” (Jo 21.16). E por Paulo, falando aos líderes da Igreja de Éfeso: “O Espírito Santo vos consti-tuiu bispos para pastoreardes a Igreja de Deus, que ele comprou com o próprio san-gue” (At 20.28).

Pastores segundo o cora-ção de Deus buscam ter um coração puro, onde não haja abrigo para a falsidade, a des-lealdade e a ambigüidade.

Buscam santidade porque de-sejam ser “santos como Deus é santo” (I Pd 1.15-16), para que possam servir de exem-plo ao rebanho (I Co 11.1). Pastores segundo coração de Deus lutam para ter um cora-ção isento de toda a malícia, preconceitos, maus juízos, parcialidades e segundas in-tenções, e cheio de justiça.

Pastores segundo o coração de Deus buscam ter um cora-ção que ama, mesmo quando as pessoas a serem amadas os tratem como inimigos; um coração que cuida, mesmo quando as ovelhas sejam pro-blemáticas; um coração que se interessa e se importa com as pessoas. Pastores segundo o coração de Deus farão de bom grado o que for preciso para suprir as necessidades de suas ovelhas, pois estas são parte da sua própria vida e missão.

Pastores segundo o coração de Deus buscam ter um co-ração cheio de misericórdia,

pronto a perdoar e a buscar o perdão, a consolar e a con-fortar, a animar e a encorajar. Pastores segundo o coração de Deus se preocupam com suas ovelhas e seus proble-mas (II Co 11.28). Convivem com os fortes, mas prote-gem e cuidam dos fracos. Aprovam os que vivem em santidade, mas tratam com respeito e carinho os que sucumbiram ao pecado.

Pastores segundo o coração de Deus, buscam ter um cora-ção cheio de esperança, que transmita segurança e certeza às ovelhas. Um coração oti-mista e luminoso, em que o Espírito Santo habite plena-mente, e por isso transmita alegria, fervor e entusiasmo à igreja. Pastores segundo o coração de Deus desejam ter um coração cheio da graça do Senhor, que muda as cir-cunstâncias e transforma a dureza em suavidade. Que todos os pastores possam ser segundo o coração de Deus.

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5o jornal batista – domingo, 29/06/14reflexão

Aconteceu em Santa Maria de Jetiba, ES. Maria Helena Zibe-le, de 29 anos, foi

internada para ser operada de uma infecção nos intes-tinos, cirurgia relativamente simples, sem graves sequelas. No momento da operação, o cirurgião, Lourival Berger, conforme disse depois, foi induzido a um erro. Na pa-peleta que acompanhava a paciente, em vez de fistulec-tomia, a enfermeira escrevera histerectomia. Quando Maria Helena acordou na enfer-maria, percebeu que tinham extraído o seu útero, que jazia ali ao seu lado como um es-tranho e trágico troféu dentro de um vidro (que coisa mais macabra, gente), em vez de lhe extraírem a fístula que a levara a ser internada.

O mais estranho é que o mesmo médico havia exami-nado a jovem apenas 10 dias antes da operação. Foi uma sucessão de erros. Como é que uma enfermeira escreve o nome de uma delicada ci-rurgia sem examinar o laudo médico? Como é que um médico pratica uma operação que ele sabe que vai mutilar sua paciente para sempre sem verificar os seus dados? Sem trocar pelo menos uma pala-vra com ela? Sem sequer notar a angústia da paciente por perceber que há algo errado? Maria Helena, que já tinha um filho de outro relaciona-mento, sonhava em se casar e ter outro filho, pois está noiva de um agricultor. Extraíram o seu útero. Acabaram com o seu sonho (O Globo 16/4/06).

Eu poderia aplicar essa triste parábola que a vida contou, aos políticos eleitos que estão cometendo tantos erros, mui-tas vezes fatais, irreversíveis, matando as esperanças e os sonhos do povo brasileiro. Sonhos legítimos de prospe-ridade, justiça e paz. Aí vem outra eleição. Será que o povo brasileiro vai digitar a tecla cer-ta? Será que não vamos escre-ver histerectomia ao invés de fistulectomia na hora de votar? Será que o novo presidente e o novo congresso não vão esterilizar os sonhos do povo brasileiro, em lugar de debelar a infecção moral que corrói a sua saúde e o seu destino?

Quero, porém, fazer outra aplicação, dentro do nosso ambiente batista brasileiro. Refiro-me a pastores e líderes que têm cometido erros fatais, irreversíveis, induzidos pela sua própria falta de preparo,

pelo desapego à ética e à moral cristã, e têm matado os sonhos de prosperidade de igrejas e até de setores da denominação. Chamados por Deus para eliminar a infecção do pecado, para restaurar a saúde espiritual das igrejas e do povo, acabam por destruir os sonhos de crescimento e de paz que ainda mantêm vivos, de cabeça erguida, o povo das igrejas.

Em algumas igrejas, estão in-troduzindo doutrinas que não conferem com a planilha bíbli-ca e arrasam a capacidade da geração de almas salvas para a alegria do noivo da igreja. Em algumas entidades denomina-cionais interesses pessoais e de grupos solidários no mal, ao longo da história, cometeram erros também fatais, até por descuido, como o do médico capixaba, que têm retardado a marcha da evangelização da pátria que tanto amamos.

Não sei o que aconteceu com o médico que cometeu tão grave erro, pelo qual ele mesmo foi responsável, ainda que tenha declarado ter sido induzido a fazer a cirurgia errada por erro da enfermei-ra. Ignoro o que diz a ética médica ou o que preceitua a ética dos procedimentos hospitalares. Provavelmente, ninguém pagou pelo erro, talvez nem mesmo o preço de uma consciência pesa-da, neste país onde o útero da própria nação tem sido vilmente extraído sem que ninguém responda pela tragé-dia. Chegam a celebrar com danças e churrascos regados a vinhos caros pelo lucro que conseguiram quebrando todos os princípios da ética e da moral.

Não será assim comigo. Não será assim conosco. Vamos dar contas ao juiz eterno, tenhamos plena certeza, pelos erros, mui-tos deles fatais, que temos co-metido nas igrejas e entidades da denominação. Vamos dar contas, sim. Ninguém ficará im-pune diante do justo juiz. Não podemos, por motivo algum, cometer erros que nada poderá corrigir. Para não cometermos erros, precisamos nos humilhar e quebrantar todos os dias para dependermos do Espírito de Deus e não de nós mesmos em todas as nossas decisões. Mas isso tem um preço. O preço de uma vida santificada e dirigida pelo Espírito de Deus. Humi-lhemo-nos diante de Deus e ele nos impedirá de cometer-mos os erros sem retorno, que frustram a esperança da igreja.

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

Amigo. Palavra fácil de pronunciar, mas muito difícil de en-contrar, já dizia o

poeta. Dou graças a Deus pelos verdadeiros amigos! Na verdade, o amigo sempre diz o que precisamos ouvir e não o que queremos ouvir. Ele não é ácido, mas doce. Não se presta a falar por trás, a cri-ticar, mas a confrontar com firmeza para o nosso bem. Sim, ser amigo de verdade é a partir de um coração sincero e íntegro. O amigo não nos expõe ao vexame. Não conta nossos problemas aos outros, a não ser quando autorizado. Guarda-os no coração e os coloca diante de Deus em oração ofegante.

Ter amigo é um patrimônio que não se quantifica. Há amigo mais chegado que irmão de carne. O amigo é feito a partir do coração. Para se guardar no peito. Os tecidos do coração (o centro da nossa personalidade) são tecidos de amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (I Co 13.4-8).

O amigo é leal, fiel. Está conosco na bonança e na tempestade. Na alegria e

na tristeza. No ganho e na perda. Fica conosco na crise. Quando as pessoas comuns nos abandonam, os amigos extraordinários estão conos-co nas circunstâncias mais difíceis. Eles se tornam ins-trumentos de Deus para nos abençoarem. Quando preci-samos de encorajamento, o amigo está presente. Quan-do precisamos de confronta-ção, podemos ter a certeza de que ele nos exortará com amor. O amigo é um ser em falta. Há pouquíssimos amigos.

Na Bíblia, encontramos alguns amigos preciosos: Davi e Jônatas, bem como o apóstolo Paulo, que foi espe-cialmente amigo de Barnabé, Silas, Timóteo, e Epafrodi-to. Na verdade, estes eram irmãos-amigos. Amigos de verdade. Numa sociedade estigmatizada pelo egoísmo e isolacionismo temos en-contrado muita dificuldade de prospectar amigos com os quais nutramos amizade sincera e leal. Deus, nosso Pai, deseja que sejamos ami-gos uns dos outros com base no amor de Cristo, o nosso melhor amigo.

Ser amigo de verdade é considerar o próximo maior que nós. A amizade se cons-

trói no solo do amor e da humildade. O verdadeiro amigo não se conforma com superficialidade, mas com profundidade. Há um prazer no relacionamento. Desen-volve-se uma relação madura e respeitosa. Percebe-se o crescimento mútuo. A comu-nicação fácil se constitui algo comum. Ser amigo é revelar empatia. Interessar-se pelos problemas do amigo. Ele sempre tem uma palavra de encorajamento.

Mas, o melhor amigo, in-comparável, o modelo, o referencial, é o Senhor Jesus Cristo, que deu a sua vida por nós na cruz do Calvário! Ele afirmou: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida pe-los seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando” (Jo 15.13-14). Ele busca amigos de verdade! Àqueles que têm verdadeiro interesse em seu reino, para expandi-lo. Jesus é o amigo perfeito que revela a perfeição do amor do Pai. Ele é manso e humilde de coração (Mt 11.29). Está ao nosso lado pelo Espírito Santo, o nosso Consolador. Revela a nós a sua graça que nos basta em nossa fraqueza, nos aju-dando substancialmente em nossa fragilidade.

Os amigos de Jesus fazem o que ele manda! Têm especial interesse em anunciar o evan-gelho da cruz. Os amigos de Jesus foram crucificados, mortos, ressuscitados e as-suntos ao céu com ele. Que coisa maravilhosa é desfrutar da amizade do Senhor Jesus!. Vivenciar os seus ensinos, especialmente o Sermão do Monte (Mt 5 a 7). O desejo intenso do Mestre é que seus discípulos sejam seus verda-deiros amigos e cuidem dos seus interesses nesta terra. Que aprendamos com ele a ser amigos de verdade. Cer-tamente ele se compraz ou tem grande prazer em sermos seus amigos! Sejamos amigos de Jesus e assim seremos ami-gos leais uns dos outros para a Glória de Deus Pai!

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vida em famíliaGilson Bifano

6 o jornal batista – domingo, 29/06/14 reflexão

O Brasil acompa-nhou no último mês a votação no Congresso da

Lei da Palmada, (embora no texto não apareça tal expres-são). A lei foi referendada, no dia 4 de junho, também pelo Senado. Agora vai para a sanção presidencial.

A lei não vai acrescen-tar em nada o que já exis-te no Código Penal, se -gundo os cr iminal is tas . Para o criminalista Carlos Kauffmann, ouvido pelo Jor-nal A Folha de São Paulo, se o pai ou a mãe der uma palmada sem sofrimento fí-sico ou moral e sem lesão corporal, não há problema.1

Ainda na mesma reporta-gem, o temor está na inter-pretação que será dada pelos juízes ao interpretar o que seria sofrimento físico. Outro temor é que a Lei possa gerar um denuncismo desenfreado.

A Lei da Palmada não pro-íbe a palmada corretiva, mas aquela palmada que ultrapas-sa o limite da correção para a violência.

A lei foi aprovada está cer-cada de muitas incoerências e equívocos, na minha opi-nião.

A primeira delas é que a madrinha da Lei da Palmada tem seu nome ligado a um filme que tinha cenas claras de pedofilia, uma violência contra a criança. O passado de ninguém é perfeito, mas nunca ouvimos um reconhe-cimento de erro por parte da atriz Xuxa Menenguel.

Outro equívoco foi o nome dado à Lei, “Menino Bernar-do Boldrini”, em homenagem a Bernardo Boldrini, que teria

1 http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465898-lei--da-palmada-nao-proibe-palma-da-dizem-advogados.shtml

sido morto pela madrasta e por uma amiga no interior do Rio Grande do Sul, com o suposto apoio do pai. Ora, o que aconteceu foi algo milhões e milhões de vezes distante da correção que um pai pode impor sobre seu filho. O que ocorreu com o menino Bernardo foi um assassinato, um crime he-diondo. Atrelar uma palmada numa criança rebelde ao que ocorreu com o menino Ber-nardo Boldrini é uma piada de péssimo gosto.

A terceira preocupação, a principal, é o caminho que se toma quando se aprova leis parecidas com a Lei da Palmada.

A Lei da Palmada em si mesma não é preocupante, mas os passos que se dá pelo Estado na interferência na vida privada, familiar.

Para o filósofo Luiz Felipe Pondé, se trata de uma lei facista. Para Pondé, o Estado “baba de desejo de invadir a vida privada”. O filósofo ain-da afirma que se trata de um processo de desarticulação, desautorização e destruição sistemática da relação pais e filhos. Para o filósofo, o Estado quer destruir a relação moral, familiar impondo uma relação jurídica.2

Como dito, a lei está ago-ra nas mãos da Presidente. Resta a Presidente corrigir, mas devemos ficar atentos, pois além de ferir os princí-pios bíblicos da educação de filhos, o que vemos é um caminhar perigoso e prejudicial que o Estado tem tomado nesses últimos tempos, e a Lei da Palma-da é apenas uma dentre as dezenas de equívocos que prejudicam a família.

2 https://www.youtube.com/watch

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7o jornal batista – domingo, 29/06/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Em obediência ao Ide de Cristo, vidas aceitaram o desafio de vencer medos e preconceitos

a fim de alcançar as pessoas que vivem nas cracolândias e também nas comunidades ribeirinhas. Estes dois cam-pos missionários apresentam realidades diferentes, mas em ambos existem corações carentes do amor de Cristo. E levar a verdade que liberta é o objetivo dos alunos do projeto Radical Brasil.

No Rio de Janeiro, houve treinamento para os Radi-cais Cristolândia. O culto de gratidão e formatura foram realizados na Primeira Igre-ja Batista de Madureira, no Rio de Janeiro, durante uma noite de muita emoção pelos

Redação de Missões Nacionais

Como planejado, a Trans Copa está sendo realizada nas cidades-sede dos

jogos da Copa do Mundo 2014. Animados, voluntários de todo o Brasil, e também estrangeiros, participaram dos treinamentos e foram para as ruas a fim de com-partilhar o evangelho com os torcedores.

No primeiro dia de Trans Copa em Belo Horizonte (MG), a equipe saiu às ruas evangelizando os colom-bianos, uma nação onde os evangélicos são perseguidos, mas que pode ser transfor-mada por Jesus. Muitos dos colombianos abordados pe-diram oração pela sua nação. “Temos certeza de que mui-tos deles foram tocados por Jesus”, afirmou a missionária de Alianças Estratégicas de Missões Nacionais, Lizete Perruci, coordenadora da Trans Copa em BH.

Nas outras cidades, como Salvador (BA), os torcedores estrangeiros também foram contagiados pela alegria dos voluntários brasileiros e pa-raram para ouvir o plano de salvação. Por meio de brin-cadeiras, e atividades como pintura de rosto, os voluntá-

testemunhos de vidas trans-formadas que comprovam a importância de investir nesta obra. O pregador da noite foi o pastor Fabrício Freitas, gerente executivo de Evange-lismo. Com base no texto de I Reis 19.19, ele encorajou aqueles que têm o chamado para a obra missionária a cumprirem o serviço.

No fim, o pastor Marcos Corrêa, da 1ª IB de Madu-

rios conseguiram a atenção necessária para que o amor de Cristo fosse demonstrado.

No Rio de Janeiro, além dos voluntários brasileiros, que se inscreveram por Mis-sões Nacionais e pela Con-venção Batista Carioca, hou-ve treinamento para norte--americanos e argentinos, que vieram para somar forças e ajudar nas ações evangelís-ticas. Dos Estados Unidos, veio um grupo formado por

reira, convocou mais vidas para o projeto Cristolândia e afirmou que a igreja continua à disposição de Missões Na-cionais, para apoiar o treina-mento das próximas turmas. Esta foi a nona turma formada para atuar no projeto, e os participantes serão enviados para as cidades onde Missões Nacionais mantém trabalho com Cristolândia: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Reci-

13 voluntários, da Auburn University, de Montgomery, Alabama, liderados por Lee Dymond, que faz parte do Baptist Campus Ministries. A participação deles foi viabi-lizada pelos missionários da International Mission Board (IMB) que atuam no Brasil. Segundo Lee, o evangelho é a maior motivação para vir para o Rio a fim de compar-tilhar as Boas-Novas durante a Copa do Mundo.

fe (PE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Salvador (BA) e Vitória (ES).

A formatura da sétima turma do projeto Radical Amazônia foi realizada na Igreja Batista do Centenário, em Manaus (AM). Estes são cristãos dispostos a encarar uma aventura radical para compartilhar o amor de Jesus com as pessoas que vivem em comunidades ribeirinhas,

Da Argentina vieram 51 vo-luntários, dos quais três são pastores. Eles também rece-beram treinamento e fizeram sua primeira colaboração evangelística no dia do jogo entre Argentina e Bósnia--Herzegovina. Desde então, com os demais voluntários, eles têm evangelizado não somente nos dias de jogo, mas também por todo lugar em que passam no Rio de Janeiro.

no norte do Brasil, e veem o desafio de “viver no mato” como uma oportunidade de compartilhar a mensagem de salvação em áreas isoladas.

“Foram dois momentos importantes e estratégicos para obra do Senhor. Lou-vamos a Deus pela vida de todos os irmãos envolvidos nesse trabalho”, declarou o pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais.

Atualmente, o projeto Ra-dical Brasil está recebendo inscrições para formar mais uma turma para cada projeto (Cristolândia e Amazônia) no segundo semestre de 2014. Para os interessados, basta visitar o site o site http://www.radicalbrasil.org/, onde é possível ter mais informa-ções e se inscrever.

“Deus tem um grande pro-pósito para o nosso país neste momento, e nós devemos levar a Palavra. Isso me mo-tiva”, afirma Júlio de Oliveira Júnior, da IB em Parque São Basílio, em Campo Grande (RJ), que participa pela se-gunda vez de uma operação Jesus Transforma.

Ainda no Rio, os voluntá-rios também foram para Co-pacabana com o propósito de evangelizar os torcedores que foram assistir aos jogos exibidos no telão da Fifa na praia. “Eu sempre quis me disponibilizar para a obra de Missões Nacionais, e essa é a minha primeira Trans. Estou emocionada por poder traba-lhar para o Reino de Deus”, disse Maria Vitória Palmino, da 4ª IB em Nilópolis (RJ). Secularmente, ela trabalha na área da saúde, como en-fermeira, e atua como vo-luntária na Cristolândia do Rio de Janeiro, uma vez por semana, aferindo pressão arterial e realizando testes de glicemia.

Missões Nacionais agra-dece a cada pessoa que se tem disponibilizado para alcançar vidas em solo bra-sileiro. Quanto mais cristãos mobilizados, trabalhando para Cristo, mais possibili-dades de o evangelho ser multiplicado.

Radical BrasilNovas turmas formadas para

atuar na Cristolândia e Amazônia

Trans Copa mobiliza brasileiros e estrangeiros para evangelizar

Oração pelos Radicais que atuarão entre os ribeirinhos Prontos para alcançar vidas nas cracolândias

Equipe evangeliza torcedores em Salvador Voluntários evangelizam em Copacabana

Caravana saiu da Argentina para evangelizar no Rio de Janeiro

Estudantes norte-americanos somando forças para pregação das Boas-Novas

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8 o jornal batista – domingo, 29/06/14 notícias do brasil batista

Neste 27 de junho, a Junta de Missões Mundiais comemora 107 anos, a comemoração acontece um dia após o Dia do Missionário Batista. JMM e missionários formam uma só força no avanço aos campos transculturais. Missões Mundiais reconhece que missionários são todos aqueles envolvidos com a missão de alcançar os povos para Cristo. São pessoas que se encontram nos mais distantes campos, mas são aquelas também que atuam em sua sede ou estão nas igrejas sustentando a obra com suas orações, ofertas e mobilização.

Ao longo desses 107 anos, muitos fatos marcaram a história da humanidade: novos hábitos, novas descobertas, velhos problemas. O aumento expressivo da população mundial fez crescer ainda mais o desafio de cumprir a Grande Comissão. Hoje somos mais de 7 bilhões de pessoas no planeta, dentre as quais há ainda 3.800 povos não alcançados. A missão é desafiadora para a JMM que conta com cerca de 900 missionários espalhados por quase 80 países.

Acompanhe alguns destaques desta história.

1907A Junta de Missões Estrangeiras era criadadurante a 1ª Assembleia da Convenção BatistaBrasileira em 27 de junho em Salvador.

1908Para abrir o primeiro campo,era enviado ao Chile o missionárioWenceslao Valdivia.

1911A Junta de Missões Estrangeiras chega a Portugal, para onde foi enviado o casal Jorge de Oliveirae Prelidiana Frias de Oliveira.

1929A sede da Junta de Missões Estrangeiras é transferida deRecife para o Rio de Janeiro.

ANOS 30Mais dois missionáriossão enviados para Portugal: Eduardo e Herodias Gobira.

ANOS 50Alcides Telles de Almeida se torna secretário executivo da JME em 1955, permanecendo no cargo até 1979.

ANOS 40Em 1946, o Dia de Missões Mundiais passa a ser celebrado no 2º domingo de Março. Waldomiro de Souza Motta e Lygia Lobato de Souza Motta sãonomeados missionários e enviados à Bolívia

ANOS 60William de Souza e Creuza Rangel de Souza são enviados ao Paraguai.

Brasileira em 27 de junho em Salvador.

2010Em janeiro de 2010, Pr. João Marcos Barreto Soares assume a Diretoria Executiva de Missões Mundiais.No mesmo ano, uma Caravana de voluntários impacta a África do Sul durante a Copa do Mundo.Outra caravana de voluntários seguiu para o Haiti após o terremoto ocorrido em janeiro.No final de 2010, Missões Mundiais estava em 62 campos e contava com 609 missionários.

ANOS 2000Em 2001, são criados o PEPE e o POPE.Também em 2001, foi realizado o Proclamai Nacional, no Riocentro.Em 2002, Missões Mundiais lança o Voluntários Sem Fronteiras – Radical África.Em 2007, Missões Mundiais perde um de seus grandes líderes, Pr. Waldemiro Tymchak, o diretor executivo que mais tempo ficou à frente da JMM.Pr. Sócrates Oliveira assume interinamente a Diretoria Executiva.

2012Em 7 de março, Dia de Oração por Missões Mundiais, é realizada uma grande mobilização na página daJMM no Facebook. A ação confirmou a grande aceitação da JMM nas redes sociais.De 7 a 10 de junho, acontece o primeiro SIM, Todos Somos Vocacionados, evento que reuniu 1.500 pessoasna Estância Árvore da Vida, no Sumaré/SP, considerado um dos maiores congressos brasileiros sobre vocação.Campanha de oração pela conversão de muçulmanos durante o Ramadã é lançada.Lançada a campanha Doe Esperança, voltada para crianças atendidas por projetos da JMM.Missões Mundiais está em 64 campos e conta com 727 missionários.

2014Missões Mundiais se consolida nas redes sociais, chegando à marca de 200 mil seguidores em sua página no Facebook.É organizada no Rio de Janeiro a segunda edição do SIM, Todos Somos Vocacionados.Com a campanha Entre em Campo com Cristo, pelas Nações, a JMM chega a marca de 900 missionários em 80 campos missionários.O projeto Meninas da Índia ganha sua segunda casa, ampliando o atendimento a meninas recolhidas de áreas de exploração sexual.

2013Sede da JMM é transferida da Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro, para o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, também na Zona Norte carioca.Campanha leva ajuda humanitária às Filipinas, após passagem de um tufão.Comemoramos 15 anos de abertura do trabalho missionário na Itália.É reaberto o campo na França com três casais missionários.Lançamento das primeiras turmas do Radical Ásia e Radical Haiti.Reabertura da turma do Radical Luso-Africano.Caravana formada por profissionais apoia projeto Quero Viver, em Arequipa, no Peru. O projeto atende dependentes químicos.

ANOS 70A Junta de Missões Estrangeirasavança e chega à África em 1971.Pr. Waldemiro Tymchak assumeDiretoria Executiva em 1979.

ANOS 80Em janeiro de 1980 a JME passa a se chamar Junta de Missões Mundiais. É criado o Programa de Adoção Missionária (PAM). Pr. Antônio Galvão e Deolinda de Matos Galvão são os primeiros missionários adotados. Em 1983, é enviado o primeiro casal missionário para a Ásia: Francisco Aguiar do Amaral e Risemar Confessor do Amaral.

ANOS 90O Programa Esportivo Missionário (PEM) é criado em 1997.Missões Mundiais expande o trabalho na Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu.Os missionários Gladimir e Márcia Fernandes chegam à Tailândia em 1997.

EM CAMPO

Envolva-se com Missões Mundiais.Faça parte desta história de compromisso com Deus para alcançar as nações para Cristo.Entre em contato com a JMM e saiba como ser voz de Deus às nações.

2122-1901 / 2730-6800(cidades com DDD 21)

0800-709-1900 [email protected]@jmm.org.br(demais localidades)

Há 107 anoscumprindo a missão

anj_107anos_ojb.pdf 1 17/06/14 12:33

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9o jornal batista – domingo, 29/06/14notícias do brasil batista

Neste 27 de junho, a Junta de Missões Mundiais comemora 107 anos, a comemoração acontece um dia após o Dia do Missionário Batista. JMM e missionários formam uma só força no avanço aos campos transculturais. Missões Mundiais reconhece que missionários são todos aqueles envolvidos com a missão de alcançar os povos para Cristo. São pessoas que se encontram nos mais distantes campos, mas são aquelas também que atuam em sua sede ou estão nas igrejas sustentando a obra com suas orações, ofertas e mobilização.

Ao longo desses 107 anos, muitos fatos marcaram a história da humanidade: novos hábitos, novas descobertas, velhos problemas. O aumento expressivo da população mundial fez crescer ainda mais o desafio de cumprir a Grande Comissão. Hoje somos mais de 7 bilhões de pessoas no planeta, dentre as quais há ainda 3.800 povos não alcançados. A missão é desafiadora para a JMM que conta com cerca de 900 missionários espalhados por quase 80 países.

Acompanhe alguns destaques desta história.

1907A Junta de Missões Estrangeiras era criadadurante a 1ª Assembleia da Convenção BatistaBrasileira em 27 de junho em Salvador.

1908Para abrir o primeiro campo,era enviado ao Chile o missionárioWenceslao Valdivia.

1911A Junta de Missões Estrangeiras chega a Portugal, para onde foi enviado o casal Jorge de Oliveirae Prelidiana Frias de Oliveira.

1929A sede da Junta de Missões Estrangeiras é transferida deRecife para o Rio de Janeiro.

ANOS 30Mais dois missionáriossão enviados para Portugal: Eduardo e Herodias Gobira.

ANOS 50Alcides Telles de Almeida se torna secretário executivo da JME em 1955, permanecendo no cargo até 1979.

ANOS 40Em 1946, o Dia de Missões Mundiais passa a ser celebrado no 2º domingo de Março. Waldomiro de Souza Motta e Lygia Lobato de Souza Motta sãonomeados missionários e enviados à Bolívia

ANOS 60William de Souza e Creuza Rangel de Souza são enviados ao Paraguai.

Brasileira em 27 de junho em Salvador.

2010Em janeiro de 2010, Pr. João Marcos Barreto Soares assume a Diretoria Executiva de Missões Mundiais.No mesmo ano, uma Caravana de voluntários impacta a África do Sul durante a Copa do Mundo.Outra caravana de voluntários seguiu para o Haiti após o terremoto ocorrido em janeiro.No final de 2010, Missões Mundiais estava em 62 campos e contava com 609 missionários.

ANOS 2000Em 2001, são criados o PEPE e o POPE.Também em 2001, foi realizado o Proclamai Nacional, no Riocentro.Em 2002, Missões Mundiais lança o Voluntários Sem Fronteiras – Radical África.Em 2007, Missões Mundiais perde um de seus grandes líderes, Pr. Waldemiro Tymchak, o diretor executivo que mais tempo ficou à frente da JMM.Pr. Sócrates Oliveira assume interinamente a Diretoria Executiva.

2012Em 7 de março, Dia de Oração por Missões Mundiais, é realizada uma grande mobilização na página daJMM no Facebook. A ação confirmou a grande aceitação da JMM nas redes sociais.De 7 a 10 de junho, acontece o primeiro SIM, Todos Somos Vocacionados, evento que reuniu 1.500 pessoasna Estância Árvore da Vida, no Sumaré/SP, considerado um dos maiores congressos brasileiros sobre vocação.Campanha de oração pela conversão de muçulmanos durante o Ramadã é lançada.Lançada a campanha Doe Esperança, voltada para crianças atendidas por projetos da JMM.Missões Mundiais está em 64 campos e conta com 727 missionários.

2014Missões Mundiais se consolida nas redes sociais, chegando à marca de 200 mil seguidores em sua página no Facebook.É organizada no Rio de Janeiro a segunda edição do SIM, Todos Somos Vocacionados.Com a campanha Entre em Campo com Cristo, pelas Nações, a JMM chega a marca de 900 missionários em 80 campos missionários.O projeto Meninas da Índia ganha sua segunda casa, ampliando o atendimento a meninas recolhidas de áreas de exploração sexual.

2013Sede da JMM é transferida da Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro, para o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, também na Zona Norte carioca.Campanha leva ajuda humanitária às Filipinas, após passagem de um tufão.Comemoramos 15 anos de abertura do trabalho missionário na Itália.É reaberto o campo na França com três casais missionários.Lançamento das primeiras turmas do Radical Ásia e Radical Haiti.Reabertura da turma do Radical Luso-Africano.Caravana formada por profissionais apoia projeto Quero Viver, em Arequipa, no Peru. O projeto atende dependentes químicos.

ANOS 70A Junta de Missões Estrangeirasavança e chega à África em 1971.Pr. Waldemiro Tymchak assumeDiretoria Executiva em 1979.

ANOS 80Em janeiro de 1980 a JME passa a se chamar Junta de Missões Mundiais. É criado o Programa de Adoção Missionária (PAM). Pr. Antônio Galvão e Deolinda de Matos Galvão são os primeiros missionários adotados. Em 1983, é enviado o primeiro casal missionário para a Ásia: Francisco Aguiar do Amaral e Risemar Confessor do Amaral.

ANOS 90O Programa Esportivo Missionário (PEM) é criado em 1997.Missões Mundiais expande o trabalho na Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu.Os missionários Gladimir e Márcia Fernandes chegam à Tailândia em 1997.

EM CAMPO

Envolva-se com Missões Mundiais.Faça parte desta história de compromisso com Deus para alcançar as nações para Cristo.Entre em contato com a JMM e saiba como ser voz de Deus às nações.

2122-1901 / 2730-6800(cidades com DDD 21)

0800-709-1900 [email protected]@jmm.org.br(demais localidades)

Há 107 anoscumprindo a missão

anj_107anos_ojb.pdf 1 17/06/14 12:33

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10 o jornal batista – domingo, 29/06/14 notícias do brasil batista

A P r i m e i r a I g r e j a Evangélica Batista em Cubatão aca-ba de completar 58

anos de fundação no dia 19 de maio com três dias de pro-gramação especial no último final de semana. No primeiro dia, 17 de maio, o pastor Jease Costa de Moraes, da Igreja Batista em Eldorado, pregou sobre a igreja que cuida de gente, cujo tema é a visão da PIB Cubatão. No dia seguinte, a congregação teve o privilégio de assistir ao batismo de 17 jovens e dar as boas-vindas a cinco novos membros recebidos por acla-mação. Os irmãos do coral da Cristolândia de Santos marcaram presença entoando cânticos de gratidão e louvor ao nosso Deus e o pastor Mi-chel Apolinário, da Primeira Igreja Batista em Bertioga, trouxe a mensagem do dia. Até casamento civil foi cele-brado: o casal, que está entre os que se batizaram, compar-tilhou sua alegria com toda a Igreja – o noivo conheceu a

Jesus através da Cristolândia.Para fechar a programa-

ção, no último dia ocorreu a posse do pastor Alípio Acá-cio Coutinho Júnior, com a ministração do pastor José Valdemir Bezerra Lamarque, da Primeira Igreja Batista em

Mauá e a oração de posse foi feita pelo pastor Genivaldo Andrade, da Primeira Igreja Batista em Itapema, da cida-de de Guarujá. O coral da Igreja de Itapema também esteve presente. “Foi um mo-mento muito marcante, com

a presença de pessoas que fazem a diferença. Espero conseguir corresponder a todo carinho recebido e fazer um ministério abençoado e abençoador na cidade de Cubatão”, declara o pastor Alípio, que também é gerente

de mobilização da Junta de Missões Mundiais do Estado de São Paulo e presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Litoral Paulista.

Breve históricoA PIB Cubatão foi fundada

na década de 1950 com a iniciativa da Primeira Igre-ja Batista em Santos, sob o pastorado do saudoso pastor Alberto Augusto. Primeira-mente os cultos aconteciam na casa do irmão Barreto Bitencourt e depois o irmão Arthur Português de Souza disponibilizou o espaço de sua casa à rua Paraná. Com o crescimento dos membros e a falta de espaço, o irmão Arthur vendeu o terreno de sua propriedade para a PIB de Santos, na mesma rua. Na década de 1960, diversos irmãos se juntaram e com-praram o terreno onde está localizado o atual templo da PIB Cubatão, à rua Embaixa-dor Pedro de Toledo. Atual-mente a Igreja conta com 222 membros.

Aniversário PIB Cubatão e Culto de Posse do Pr. Alípio

Coral Itapema

Coral Cristolândia

Posse

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11o jornal batista – domingo, 29/06/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Várias pessoas têm tido a experiência de servir como vo-luntário de Missões

Mundiais no campo. Elas doam suas férias, seu tempo e sua vocação levando es-perança e ajudando nossos missionários na expansão do evangelho pelo mundo.

O casal Wander e Neila Rodrigues, da Igreja Batista Memorial, em Cabo Frio/RJ, passou dois meses em Cabo Verde cooperando com a obra missionária desenvol-vida pelo Pr. Elton Rangel Jr. neste campo de Missões Mundiais. Além do ato de servir ao próximo, a viagem ajudou os voluntários a des-cobrirem sua vocação missio-nária, seu chamado.

“O que mais mudou na mi-nha vida em relação a Deus foi eu poder me entregar mais ao Senhor e cooperar para o avanço do evangelho. Ele quer nos usar para abençoar, encorajar pessoas e para ser-mos abençoados e encoraja-dos por elas”, disse Wander.

Para Neila, que sentiu a confirmação do seu chama-do, o que mais mudou em re-lação às pessoas é o reconhe-cimento da necessidade de servir ao próximo e aprender a se relacionar com o outro.

“Agora tenho uma maior consciência de que preciso, a cada dia, viver mais e mais as verdades bíblicas”, afirmou.

Além do casal de Cabo Frio, o jovem Michel Ma-

galhães, da PIB Arraial do Cabo/RJ, também serviu no campo como voluntário de Missões Mundiais. Durante um mês, ele colaborou com o ministério esportivo desen-volvido pelo missionário Luis César Queiroz em Iquique, norte do Chile.

“Eu já tinha escutado al-gumas pessoas que foram ao campo dizerem que você não volta o mesmo. E realmente é assim, tudo mudou”, declarou Michel, ao destacar a principal mu-dança em sua vida após o período no Chile. “Antes eu não fazia planos para Deus, estava satisfeito do jeito que eu estava na igreja, e agora eu não vejo a hora de voltar para o campo para poder ser útil nas mãos de Deus”, acrescentou.

É notável a mudança no discurso e na vida de qual-quer pessoa que visita o campo missionário como voluntário, seja em grupo, ca-ravana organizada pela JMM ou individualmente.

Você já pensou em ter essa experiência? Que tal passar parte de suas férias servindo como voluntário no campo missionário? Confira o que nossos voluntários têm a di-zer para você.

“É uma oportunidade fan-tástica, super-recomendado”, afirma Michel.

“Não existe experiência melhor e mais marcante para a vida de alguém do que par-ticipar de um projeto trans-cultural, pois isso serve para ampliar a visão do Reino de

Deus e das necessidades de outros povos que também são alvo do amor de Cristo”, diz Neila.

“A necessidade é grande, mas os missionários são pou-cos, e Deus espera o nosso envolvimento como coope-rador para alcançar os povos com o evangelho”, conta Wander.

“Com certeza será um divisor, um marco na vida de quem de fato quer servir ao Mestre. Todos deveriam participar desta tão grande obra”, acrescenta Neila.

Então, o que você está es-perando? Entre em conta-to agora mesmo com Mis-sões Mundiais. Escreva para [email protected] e informe-se sobre como par-ticipar da obra missionária como um Voluntário Sem Fronteiras.

Voluntários: um tempo para servir

Cabo Verde - voluntários

Neila (à esquerda) realiza estudo bíblico

Wander realizou estudo bíblico em Achada Ponta

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12 o jornal batista – domingo, 29/06/14 notícias do brasil batista

Os dias 26 e 27 de Abril foram mar-cados por muita festa na Primeira

Igreja Batista em Piúma. A instituição completou 49 anos de atuação na cidade. Pastores e cantores foram convidados a participar dos cultos e fazer destes dias ain-da mais especiais.

Todos os cultos acontece-ram na nova sede da Igreja, que representa um marco de sua expansão. Mem -bros e visitantes puderam celebrar juntos a Deus por sustentar a PIB Piúma por mais um ano. “A festa foi muito bonita. Foi lindo ver os membros comemorando mais um ano de vitórias da nossa Igreja”, afirma Jéssyka Christyna Si lva, membro da PIB Piúma.

Para ministrar a palavra à Igreja estiveram presentes o Pr. Doronézio Andrade, Presidente da Convenção

Batista do Espírito Santo, e o Pr. Luciano Estevam, pastor na Primeira Igreja Batista em Aracruz. No sábado, a músi-

ca foi conduzida pelo Minis-tério de Louvor da Primeira Igreja Batista em Anchieta e o seu grupo vocal, Madrigal.

No domingo, os irmãos do Quarteto Harmonia levaram a Igreja à adoração por meio de suas canções.

Além de toda a participação dos convidados, os membros trabalharam e se envolveram com o objetivo de que tudo ocorresse da melhor forma. Pr. Edson Cunha, pastor presi-dente da PIB Piúma, expressa o seu sentimento em relação à data: “Deus possui em sua es-sência o poder de nos surpre-ender, e mais uma vez isso foi demonstrado no aniversário de nossa Igreja. As experiên-cias vividas foram muito além de expressões e realizações humanas. O poder de Deus foi notório e sentido em todos os momentos”.

A Primeira Igreja Batista em Piúma tem apenas um ano de diferença em relação à idade da Cidade, por isso, sua his-tória se entrelaça com a do município. Cada aniversário se torna ainda mais especial, pela possibilidade de per-ceber que a Igreja continua sendo forte e relevante no local onde Deus a colocou.

Primeira Igreja Batista em Piúma Celebra 49 Anos

Ministério Adore e Dance Quarteto HarmoniaGrupo Madrigal

Pr. Luciano Estevam e Pr. EdsonPr. Doronézio Andrade e Pr. Edson

Pr. Doronézio Andrade Pr. Luciano Estevam Pr. Edson impetrando a Bênção Apostólica

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 29/06/14

No dia 29 de agosto passado a descen-dente de Confede-rados Americanos

- ALFA OUVIDOR CALDE-RARO BICHARA - seguiu para os céus, após viver in-tensamente seus 71 anos de existência aqui na terra. Filha amada de ARLETE OUVI-DOR residente em Belém do Pará, sempre dedicada a sua mamãe, serviu ao Senhor no seu Lar e na sua Igreja, esta em várias cidades - Santarém, Belterra e em Belém - PIB da cidade, sempre com alegria, responsabilidade, eficiência e amor.

Na manhã de 23 de abril de 2014, faleceu, em Brasí-lia (DF), o pastor

Arthur Frederico Ignowsky, natural de Joinville (SC), fi-lho de Emília Ignowsky e Carlos Eduardo Ignowsky.

Foi aluna eficiente e líder no Instituto Batista em San-tarém – Pará, quando habi-tou aquela cidade, inclusive liderando reuniões festivas, coordenando os eventos e mantendo a coordena-ção das festividades quê alcançavam vários alunos e colegas.

Intelectualmente, foi fun-cionária pública e construiu uma vida de amor e serviço ao Senhor, família e aos homens. Foi secretária da PIB de Belém por 11 anos e depois atuou como primei-ra secretária estatutária da Igreja e voluntariamente, a

Nos anos de 1922 e 1923, batistas saíram da Letônia e estabeleceram-se no estado de São Paulo, fundando a co-lônia e organizando a Igreja de Varpa.

Nos últimos 92 anos con-tribuíram para o desenvolvi-

cada domingo, recepciona-va sempre com sorriso aos que chegavam ao templo. Eventualmente como sua avó Elvira Vaughan Macha-do Ouvidor, descendentes de Confederados Ameri -canos tocava piano para acompanhar os hinos de sua Igreja

De sua pequena família nuclear a ampliou para “ne-tos e sobrinhos” do coração. Entretanto a sua família ex-terna, particularmente os descendentes dos Confede-rados, que depois da Guerra da Secessão chegaram a Santarém em 1867 ( Jenin-

mento da Convenção Batista Brasileira. Podemos citar, na área da educação teológi-ca: Ricardo Inke, Reynaldo Purim, Osvaldo Ronis, João Carlos Keidann, Ilgonis Janait e Bruno Teodoro Seitz; na área da hinografia, Arthur

gs e Vaughan ) são mais de 300, os quais se reúnem em suas seda em Belém. Famí-lia que se gosta,

A mãe de Alfa- Arlete Ou-vidor – companheira inse-parável, amiga de todas as horas, seus filhos Nazareno Habib ( sua nora Danielle) e Samir Hellon que tão cedo , adolescente, a ascendeu aos páramos da Gloria, constitu-íram a sua família mais pró-xima que a amaram e por ela foi amada, que sempre a acarinharam. Essas são as marcas mais definidoras da peregrinação de Alfa aqui na terra.

Lakschevitz. Arthur Ignowsky trabalhou com as igrejas em Varpa, Irapurú, Junqueirópo-lis, Panorama e Pacaembú, no interior do estado de São Paulo. Mais da metade de sua vida foi dedicada à pregação do evangelho

Pela fé exemplar no Se-nhor, pela vida dedicada à família aos irmãos e aos amigos, Alfa deixa marcas indeléveis, exemplo a ser seguido como fiel discípula de Jesus Cristo.

Hoje é tempo e chorar porém também é tempo de alegria pela vida que Alfa construiu. Consolação do Espírito Santo a sua mãe e a seu filho e nora, aos irmãos da Igreja, aos muitos amigos e familiares reconhecendo como o salmista que falou: “ OS MEUS TEMPOS ESTÃO NAS TUAS MÃOS - Sal -mo31; 15

Em 2003, foi arrolado na Igreja Memorial Batista, por declaração de fé, proceden-te da Igreja Batista Ebenézer (Q-916-Sul, em Brasília), filiada à Convenção Batista Nacional.

Deixou viúva, Amélia da Silva Ignowsky.

notícias do brasil batista

Neta de Confederado de Santarém – PA, seguiu para o céu –

Alfa Ouvidor Calderaro Bichara

Pastor Arthur Frederico Ignowsky(1924-2014)

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14 o jornal batista – domingo, 29/06/14 ponto de vista

Pr. Carlos Henrique

É final de maio e con-tinuo assistindo, ou-vindo e vendo muitas coisas que poderiam

desanimar torcedores bra-sileiros neste período antes da Copa. A Sra. Joana Have-lange, presidente do COL, com salário mensal de mais de 100 mil reais, disse que não aceita os protestos feitos agora porque “o que tinha de ser roubado, já foi rouba-do” (www.esportes.r7.com); Ronaldo se declarou enver-gonhado com os atrasos das obras; A presidente Dilma disse que não temos aero-portos padrão Fifa. Os nossos aeroportos são padrão Brasil (inacabados e mal acabados); um índio feriu um policial em Brasília com uma flecha-da no dia 27/05, durante pro-testo; greves, manifestações, violência. Mesmo assim vou torcer pelo Brasil na Copa. Vou pular, gritar, buzinar e esticar a bandeira do Flamen-go na varanda. Quando é que um problema vai interfe-rir na minha alegria em torcer pelo Brasil na Copa?

Este sentimento de que os muitos problemas me impe-dem de viver feliz um mo-mento da vida é comum na cultura brasileira. Parece que todos, inclusive nós mesmos, destacamos somente pontos negativos. Nós os crentes, salvos por Jesus Cristo, ser-vos do Reino, também so-mos influenciados por este pensamento problemático. Ouço muitas pessoas justi-ficando a sua omissão nos dízimos por que não con-cordam com o problema que souberam acontecer. É comum também na igreja pessoas que não ofertam para a obra missionária porque também ficaram sabendo de

um problema. Um crente me falou que não contribui para Missões Nacionais porque o diretor ganha um salário mui-to alto, mas ficou sabendo de um missionário que precisou de ajuda e não foi socorri-do. Algumas vezes pessoas excluem o outro do seu rela-cionamento “cristão” porque fica sabendo de um defeito na vida dele. Parecemos até certa mãe que obrigou a filha a estudar piano. Na adoles-cência, a filha já tocava as pe-ças clássicas como ninguém. Um dia, no concerto para um seleto auditório, depois de ser aplaudida longamente por todos os presentes, a mãe chamou a filha num canto e disse: “Foi muito bom, mas aquele acorde você deu fora do tempo”. Tinha que ficar desanimada porque viu o errado?

Jesus teve muitos proble-mas com seus discípulos mas não deixou de investir em suas vidas. No final do mi-nistério, por causa do seu pecado, Judas interrompeu o relacionamento com Jesus, mesmo sendo chamado de amigo. Depois, no meio da madrugada, ao lado de uma pequena fogueira na praia, Jesus comissionou Pedro para apascentar os seus cordeiri-nhos. Aliás, Jesus nunca dei-xou de amar você por causa de qualquer ponto negativo que existe em sua vida. Ele ama você e por você morreu na cruz não levando em con-ta os seus pecados (Rom 5.8).

O início do trabalho mis-sionário da igreja de Jesus Cristo enfrentou muitos pro-blemas. Se os nossos missio-nários desanimassem, com certeza estaríamos perdidos hoje. Paulo se desentendeu com Barnabé e a equipe se dividiu. Algumas vezes as ofertas não chegavam para

o sustento e outras vezes era atrapalhado por pessoas que deveriam ajudar. Sem falar nas perseguições, açoites e outras dificuldades. Mesmo assim ele declarou: “Ai de

mim se não pregar o evan-gelho!” (I Cor 9.16). Por isso, tenha os seus olhos fixos em Jesus, autor e consumador da sua fé (Hb 12.2). “Alegre-se na esperança, seja pacien-

te na tribulação, persevere na oração. Compartilhe... Abençoe... Alegre-se, ame uns aos outros” (Rm 12.9-14). Alegre-se e desfrute a vida com Cristo.

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15o jornal batista – domingo, 29/06/14ponto de vista

Pr. Amorim Ávilla Gimenez, da Igreja Batista Betel

Ne s s e s ú l t i m o s tempos tenho as-sistido a vários pronunciamentos

contra os cristãos evangé-licos. Entre piadas e acusa-ções, dizem que nós somos intolerantes, racistas, pre-conceituosos e arrogantes. Somos chamados de homofó-bicos, violentos na educação de filhos, retrógrados e con-tra a liberdade. Afirmam que não entendemos os tempos e que vivemos no século XXI com uma mentalidade do pe-ríodo medieval. Recentemen-te vimos cenas tristes no ce-nário político envolvendo os evangélicos. Fomos vaiados, ridicularizados e reputados como ignorantes. E diante de todo esse cenário, faço uma leitura bem simples des-sa situação: as pessoas não conhecem os evangélicos. E em especial os evangélicos batistas. Se conhecessem, a visão que teriam de nós seria muito diferente. Ouso dizer que nem nós mesmos nos conhecemos. Daí a série de equívocos, enganos e julga-mento precipitado.

Por princípio e convicção nós cristãos evangélicos so-mos contra qualquer tipo de discriminação. Se algum evangélico age dessa forma, o faz em nome próprio e não em nome de Jesus Cristo, da igreja ou da Bíblia. Cremos firmemente que no que o apóstolo Paulo escreveu em Gálatas 3.28 “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois to-dos são um em Cristo Jesus”. Cremos que o ser humano

foi criado à imagem e seme-lhança de Deus e portanto tem uma dignidade pessoal que não pode ser descartada ou diminuída (Gn 1.26-27). Pregamos que Deus ama o mundo inteiro (João 3.16) e que Jesus entregou Sua vida por todos no mundo inteiro (I Jo 2.2). O “mundo inteiro”, obviamente, inclui todos os seres humanos, independente de como estejam vivendo ou inseridos em qualquer subcul-tura, até mesmo aquelas que são opostas ao que os evangé-licos creem. Não há portanto na doutrina evangélica argu-mentos para a discriminação em qualquer forma. O nosso Senhor Jesus Cristo aceitou a todos e em sua mensagem disse claramente: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mt 11.28). Assim sendo, um evan-gélico genuíno não faz discri-minação de ninguém.

Nós cristãos evangélicos também somos contra par-cialidade ou favoritismo pois nosso Deus – a quem chama-mos de pai – não foi parcial para com ninguém. A Bíblia mostra claramente que Ele ama a todos e quer abençoar a todos os povos da terra des-de a promessa feita a Abrãao (Gn 6). Ele é conhecido como o Deus que “não age com par-cialidade” (Dt 10.17b). Sendo um Deus imparcial a todos abençoa e julga, como bem declarou o apóstolo Pedro: “Então Pedro começou a falar: “Agora percebo verdadeira-mente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo” (At 10.34-35).

Os evangélicos, portanto, tem como referência de aceitação o próprio Deus. Se algum evangélico faz favoritismo ou é parcial, seja em tratamen-to, relacionamento ou qual-quer outro princípio, o faz em nome próprio e não em nome do Pai eterno a quem servimos.

Nós cristãos evangélicos somos radicalmente contra a violência ao ser humano. Discordamos frontalmente de quaisquer atitudes ou palavras que venham ferir o corpo, as emoções ou a dignidade hu-mana. A Bíblia nos adverte sobre isso quando diz: “Não tenha inveja de quem é vio-lento nem adote nenhum dos seus procedimentos, pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é seu grande amigo” (Pv 3.31-32). Não pregamos a violência, nem quando somos afrontados, pois nosso exemplo maior – que é o próprio Jesus Cristo – assim ensinou: “Disse--lhe Jesus: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão” (Mt 26.52). Nós somos pacífi-cos e vemos nisso uma bênção: “Bem-aventurados os pacifica-dores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Per-seguimos sofrer perseguições e retaliações do que promove--las, pois aprendemos com Jesus que é inerente a nossa fé uma série de injustiças e afron-tas: “Bem-aventurados os per-seguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e le-vantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos

céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mt 5.10-12).

Nós cristãos evangélicos so-mos a favor da vida. Somos a favor da paz. Somos a favor da justiça. Somos a favor da igual-dade de direitos. Mas também somos a favor da liberdade de exercermos nossa fé com base na Bíblia que cremos ser a Palavra viva do Deus a quem servimos. Não obriga-mos ninguém a crer como nós. Não violentamos ninguém a aceitar a Bíblia como nós aceitamos. Não zombamos de ninguém por discordar de nossa fé. Queremos para nós o mesmo respeito que tantos grupos querem. Mas faze-mos isso em silêncio e paz, mesmo debaixo de escárnio e crítica. E se algum cristão evangélico usa de qualquer outra estratégia para garantir esse respeito – seja violência, política, agressão verbal ou pressão emocional – o faz não como cristão evangélico, mas como um cidadão comum, em nome próprio e aberto ao julgamento da opinião pública como uma pessoa e não um religioso.

Nossa mensagem como cristãos evangélicos é: Deus ama a todos e tem um plano especial de salvação e trans-formação. Jesus nos ensinou a amarmos o próximo e até os nossos inimigos, por isso, não há como agirmos de outra forma senão aceitarmos todos como são e, se aceitarem, pregaremos a mensagem que cremos ser o ideal de Deus a todo o ser humano. Temos uma série de princípios Bí-blicos que de fato são bem diferentes das tendências de

nossa sociedade e de certo modo chegam a agredir a muitos. Mas não é a agressão dos cristãos evangélicos aos que não são. É a agressão da Palavra de Deus que trata a todos com igualdade e dá a todos a oportunidade de sal-vação em Cristo Jesus.

Assim são os cristãos evan-gélicos. Pelo menos os de mi-nha igreja. E, se algum mem-bro de minha igreja agir de forma diferente, não o faz em meu nome ou em nome de nossa comunidade de fé. Ago-ra, se preciso for, em garantia de nossa sã consciência e obe-diência à Deus, resistiremos bravamente, não com armas nas mãos ou discurso desres-peitoso mas sim com firmeza que, se necessário for, nos levará para a prisão, se algum dia o Estado assim estabelecer. Preferimos a cela fria de uma prisão do que a insanidade da violência e desrespeito já visto na história da humanidade tantas e tantas vezes. Nossa posição pode ser bem definida pelo apóstolo Paulo ao dizer: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, ora-ções, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a pieda-de e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhe-cimento da verdade” (I Tm 2.4). Faço desse texto minhas palavras. Nossa opção sempre será orar e pregar a mensagem transformadora que cremos ser a única esperança para toda a humanidade.

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