ano cxv edição 07 domingo, 14.02.2016 r$ 3,20 embaixadores ... · reflexão o oral atista domigo,...

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 07 Domingo, 14.02.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Embaixadores do Rei, uma Organização Missionária em ação!

Upload: ledien

Post on 08-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1o jornal batista – domingo, 14/02/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 07 Domingo, 14.02.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Embaixadores do Rei, uma Organização Missionária

em ação!

2 o jornal batista – domingo, 14/02/16 reflexão

E D I T O R I A L

Embaixadores do Rei, uma Organização Missionária em ação!

Desde 1948, quan-d o c h e g o u a o Brasil o missioná-rio William Alvin

Hatton, - que, na época, com a União Feminina Missioná-ria Batista do Brasil (UFMBB) iniciou o trabalho com me-ninos das Igrejas Batistas -, a Organização Embaixadores do Rei (ER) vem trabalhando intensamente em conduzir atividades que visam o de-senvolvimento físico, moral e espiritual dos meninos de 09 a 16 anos. É uma Or-ganização missionária que procura conduzir os seus membros na participação ati-va de Missões. Seu programa abrange: Missões, Mordomia, Evangelização, Recreação e Acampamentos.

O objetivo da Organiza-ção Embaixadores do Rei é desenvolver o caráter cristão

dos meninos de tal maneira que se tornem crentes ativos e consagrados, cheios de um espírito intensamente evangelístico e missionário. Para alcançar o seu objetivo, a Organização oferece um sistema de postos atraente e prático, que ajuda os meni-nos a conhecerem mais a Bí-blia e a obra missionária; um programa de atividades pró-prias para os Embaixadores do Rei, como Serviço Real, acampamentos e excursões; e vários tipos de reuniões, em uma programação agradável e variada.

O Tema e a Divisa que têm norteado a organização são: Tema: “Somos Embaixa-dores por Cristo” e a Divisa: “De sorte que somos Embai-xadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cris-

to que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20).

A insígnia dos ER foi cuida-dosamente idealizada para bem representar a Organi-zação Embaixadores do Rei e seus objetivos, ou seja: O escudo simboliza a fé, e lem-bra ao seu possuidor que ele é um Embaixador por Cristo. A faixa branca com as letras ER, atesta que o Embaixador do Rei é trabalhador, falando de Cristo aos perdidos. A coroa mostra em suas cinco pontas, os cinco ideais dos Embaixadores do Rei - Estu-do da Bíblia, Estudo Missio-nário, Oração, Mordomia e Serviço Real. O ramo de louro simboliza a vitória que deve ser ganha por Cristo e para Cristo. Cada parte da insígnia corresponde a um posto na organização ER: Escudo, Embaixador Arau-

to; Faixa, Embaixador Escu-deiro; Coroa, Embaixador Cavaleiro; Ramo de louro, Embaixador Sênior, Embai-xador Máster e Embaixador Emérito.

Na insígnia também es-tão representadas as cores dos Embaixadores do Rei, que encerram grandes men-sagens para a vida do ER - Azul: Lealdade; a Cristo, o Rei; a Sua Igreja e ao seu programa; a Organização ER e aos seus ideais. Branco: Pu-reza; do corpo; da mente; da alma, na adoração a Deus e somente a Ele. Amarelo: Pre-ciosidade; Cristo é precioso para o Embaixador quando este O aceita como Salva-dor, Conselheiro e Guia; o Embaixador é precioso para Cristo, quando emprega no trabalho de Deus o melhor de sua capacidade.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 14/02/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Um nobre colega e amigo perguntou--me se a Igreja tinha um departa-

mento de evangelismo. Para assombro dele, disse-lhe que não. “Mas quem vai evange-lizar o bairro, os vizinhos, os colegas de trabalho e de estu-do, os parentes dos membros da Igreja?”, perguntou. Um departamento de evangelis-mo jamais conseguirá reali-zar tão árdua missão. Razão simples, jamais conseguiria adentrar a uma sala de aula frequentada por um membro da Igreja. Ninguém consegui-ria alcançar um parente meu, que reside em outro estado. Os meus vizinhos jamais abrirão as portas dos seus lares para um desconhecido, mesmo que este desconhe-cido seja o líder do depar-

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Recentemente, com-pletei 45 anos. Re-cebi os irmãos da nossa Igreja em mi-

nha casa, ganhei presentes e, entre eles, um perfume. Sem-pre gostei de usar perfumes, não consigo sair de casa sem perfumar-me.

Os perfumes importados são bons, porém, o preço é

tamento de evangelismo da Igreja. Cabe a mim como testemunha de Cristo testi-ficar o poder do Evangelho, com atos práticos que levem o pecador a conhecer o Jesus que eu conheço.

Isso significa dizer que cada membro da Igreja é um evangelista e missionário onde se encontra. A vida diária de cada um promoverá a evangelização do bairro e o crescimento da Igreja. A obra de evangelização é tarefa de todos os salvos e não de um pequeno grupo, com o rótulo de departamento de evan-gelismo. Claro está, e todos sabem disto, que há mem-bros da Igreja cujo testemu-nho denigre o Evangelho de Cristo. Afastam os pecadores de um encontro verdadeiro com Cristo, como Salvador

elevado. Ano passado fui pre-senteado com um perfume importado, recebi da minha mãe. Fiquei muito grato pelo belo presente.

Muitos acham desagradá-vel ficar perto de alguém que está sujo, com cheiro ruim. Infelizmente, as pes-soas se afastam de pessoas que cheiram mal. A maioria delas quer estar perto de pessoas limpas e cheirosas, pessoas que zelam pelo seu

e Senhor. Colocam a Igreja em situação desconfortante e desacreditada na socieda-de. São salvos que esperam que os outros cumpram o Ide de Jesus e a Missão que o Mestre delegou a todos os salvos. São salvos que nunca experimentaram a alegria de ver vidas transformadas pelo poder do Evangelho. Não se alegram em compartilhar o que receberam do Senhor.

O inimigo das nossas almas sabe que o testemunho ne-gativo do salvo possui poder demolidor e impede o avan-ço do evangelismo. Um es-tudante que não se comporta como salvo em uma sala de aula jamais atrairá os colegas a Cristo. Quando não há dife-rença, nos igualamos com o que de pior existe ao nosso redor. Um casal que vive às

próprio corpo. Embora como cristãos não

podemos fazer acepção de pessoas, não podemos ne-gar que há muitos que fa-zem.

Em II Coríntios 2.15, o apóstolo Paulo fala de um perfume que não é um perfu-me vendido em perfumaria, aliás, não é vendido. O texto fala do Perfume de Cristo. “Pois para Deus somos o bom cheiro de Cristo, tanto

turras, sempre brigando, não levará os filhos a crer em Cristo. Esta é a razão porque há tantos filhos de salvos afastados da Igreja, perdidos e envoltos no pecado. Não adianta pedir que a Igreja ore pelos filhos afastados. O tes-temunho dos pais foi usado por Satanás para arrebanhar a família para o inferno.

O salvo que não cumpre as suas obrigações onde tra-balha, jamais despertará nos colegas de profissão interes-se pelo Evangelho. A Igreja que não consegue superar as picuinhas que maculam o bom relacionamento entre os salvos, nunca será um lugar acolhedor para os perdidos. O ambiente de amor e com-preensão mútuos serve como ímã a atrair vidas a Cristo. As-sim foi no início do cristianis-

nos que se salvam, como nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas, para aqueles cheiro de vida para vida. Mas para estas coi-sas quem é idôneo?” (II Co 2.15).

Devemos entender que o nosso papel é manifestar em todo lugar a fragrância do conhecimento de Deus.

Que tipo de perfume so-mos? Exaltamos a Cristo com

mo e assim continuará a ser até o dia da volta de Cristo.

Você, meu querido irmão, é um evangelista por vocação divina, por necessidade em cumprir a ordem de Jesus. Evangelista por desafio ao ver nossa sociedade tão submissa à violência e à imoralidade. Cabe a você e a mim ser-mos testemunhas de Jesus. Anunciar o Seu amor aos pecadores que clamam por paz. Não temos ninguém co-missionado ou encarregado de promover o avanço do Reino de Deus. Aplicam-se a esta realidade as palavras de Deus a Ezequiel “Te dei por atalaia...” (Ez 3.17-18), acopladas às Palavras de Je-sus, em Atos: “...Ser-me-eis testemunhas” (At 1.8). Você é uma testemunha de Jesus, um evangelista por natureza.

as nossas vidas, ou estamos envergonhando o Evangelho de Cristo? O Perfume de Cris-to cheira bem, cheira vida, edifica, encoraja outros.

Que sejamos o bom Perfu-me de Cristo. Que Deus use as nossas vidas para levar outras a conhecer a Cristo. Portanto, não esqueça o seu papel diante da sociedade, faça com que todos sintam a fragrância do conhecimento de Deus.

O Bom Perfume de Cristo

Não temos departamento

de evangelismo

4 o jornal batista – domingo, 14/02/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Armadura de Saul

reflexão

“E Davi cingiu a espada so-bre as suas vestes, e começou a andar; porém, nunca o havia experimentado; então disse Davi a Saul: ‘Não posso andar com isto, pois nunca o experimentei. E Davi tirou aquilo de sobre si’” (I Sm 17.39).

O jovem Davi, pas-tor de ovelhas, foi à linha de frente na guerra contra

os filisteus. Ficou horrorizado quando soube que ninguém se oferecia para lutar pes-soalmente contra o gigante Golias. De pronto, Davi se apresentou para enfrentar o inimigo. Em sinal de gratidão, o rei Saul ofereceu ao jovem sua própria armadura. Davi, porém, rejeitou a armadura do rei: “Não consigo andar com tudo isto, pois não estou acostumado. Então, Davi ti-rou tudo” (I Sm 17.39).

Nas nossas batalhas contra os contemporâneos filisteus,

não nos faltam armaduras sofisticadas (e até esquisi-tas) que o mundo garante, solenemente, que nos da-rão imunidade contra todo tipo de inimigo. Quando nos sentimos muito vaidosos ou vítimas do medo, nossa ten-tação é aceitar as armaduras esdrúxulas do mundo. E pe-gamos um alto preço.

A única armadura feita sob medida para o cristão é aque-la que o Espírito nos oferece e que Paulo descreveu na carta aos Efésios: A Bíblia, a salva-ção, a oração, o Evangelho, as inspirações do Senhor. A armadura do Espírito é a única cem por cento garanti-da pelo Senhor. Ela não tem pontos fracos, não tem furos, não se quebra. O segredo dela é o poder invencível do Espírito de Cristo. Quem aprende a usar a armadura do Espírito nunca fica derrotado. E, acima de tudo, aprende a não depender da armadura de Saul.

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

O Brasil é uma terra conhecida como um lugar abenço-ado, porque tudo

o que se planta dá certo. Nosso solo fértil, nossa abun-dante quantidade de água e nosso clima favorece o cres-cimento das várias culturas agrícolas. Tudo que se planta no Brasil prospera; os imi-grantes sabem bem disso. As muitas nacionalidades que se refugiaram aqui trouxeram sementes e plantas de outras localidades do mundo, que logo se adaptaram por aqui, e estão produzindo até os nossos dias. O solo do Brasil é fértil e aberto para as várias espécies de semente.

Mas a mais preciosa se-mente é a do Evangelho proclamado por Jesus. A Bíblia relata o simbolismo da semente. Nas Escrituras, a Palavra de Deus é a semen-te do Senhor, que deve ser

semeada. O semeador deve lançar a semente da Palavra na esperança de que essa “semente-palavra” irá germi-nar, frutificar e reproduzir. Deus garantiu que a Sua “semente-palavra” não vol-taria vazia (cf. Isaías). Jesus, ao explicar a Mensagem do Evangelho para os seus dis-cípulos, contou a Parábola do Semeador. Com riqueza poética e literária, Jesus usa a cena comum da semeadu-ra e a figura conhecida do semeador para falar da “se-mente-palavra” do Senhor. A poesia é bela e encantadora: “Eis que o semeador saiu a semear”. O convite de Je-sus para Seus discípulos foi “Vem e segue-me”; e nessa caminhada Ele nos enviou ao mundo para proclamar-mos e anunciarmos as Boas Novas do Evangelho. Ele mesmo disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (cf. João 20.21).

Dessa forma, nós, discípu-los de Jesus, somos chama-

dos a sermos semeadores da “semente-palavra” do Evan-gelho, que “É o poder de Deus para salvação”. Apenas a semente do Evangelho pode mudar as vidas per-didas do nosso país. Nossa nação é gigantesca e, por isso, precisa de muitos seme-adores. O campo brasileiro precisa de cristãos engajados na Missão de Deus, e com o desejo de ver o Reino de Deus se expandindo para divulgarem a mensagem de salvação. Os semeadores são chamados para semear, sa-bendo que as sementes serão lançadas em vários tipos de solos, que são os corações. Muitos terão um bom início e depois vacilarão, outros continuarão seduzidos pelos prazeres dessa vida e rejei-tarão a semente, mas muitos abraçarão a fé cristã, se ren-derão a Jesus, e dirão que Jesus é o único Caminho, a Verdade e a Vida. Comece a semear e verás o poder desta semente!

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

O Evangelho veio ao mundo em uma época de muita divisão en-

tre os homens. Onde come-çou essa divisão? No jardim do Éden. Como começou? Com a entrada do pecado no mundo. Toda divisão começa no pecado e se transforma em um ato pecaminoso. Va-mos rever a história: Adão e Eva; Caim e Abel; Abraão, em um ato de incredulidade, aceitou a proposta de Sara. Até hoje, árabes e judeus se odeiam. Estão divididos.

Nos dias de Paulo havia centenas de povos. Todos

adorando ídolos . Onde Deus não é Deus, outra coisa é feita deus. Dinheiro, fama, poder, entretenimen-to, sexo, em cada vida, estas e outras coisas ocupam o lugar que deveria ser dado a Deus.

Os judeus, nos dias de Pau-lo, chamavam de gentios qualquer humano que não fosse judeu. Eles se orgulha-vam de serem os únicos her-deiros da fé de Abraão. Nem reconheciam ninguém mais como herdeiro de Abraão. Filhos de Abraão eram os que guardavam a Lei de Moisés. Esqueceram que, pela carne, Abraão teria outros herdeiros, que eram os descendentes de Ismael.

Em sua carta enviada aos cristãos de Éfeso, Paulo der-ruba a tese da divisão, fosse judeu, árabe, grego, romano. Paulo introduz uma cláu-sula, ignorada por todos os povos. Ele afirma que “Cristo anulou em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças, o objetivo dele era criar em si mes-mo, dos dois, um novo ho-mem...” (Ef 2.15). Paulo, que defendia a tese da divisão, agora, ele próprio, assiste o alcance do objetivo de Deus, e de Cristo, no mundo daquela época. A própria Igreja de Éfeso era uma pro-va disso. Nos primeiros ver-sos da carta, ele afirma que esse projeto estava proposto

por Deus, antes da criação do mundo. A divisão entre os homens, seja de raça, cultura, econômico-social, ou outra qualquer, é destru-ída pela morte de Cristo na cruz. Pela sua morte na cruz, Cristo destruiu a inimizade, e transformou-se em nossa paz.

Que tristeza os homens ig-norarem isso, estabelecendo superioridade uns sobre os outros, orgulhando-se de va-lores que, aos olhos de Deus, nada significam.

Essa divisão está em todas as instituições existentes neste mundo, inclusive, ou melhor, até mesmo, nas co-munidades chamadas evan-gélicas. E está sempre base-

ada em práticas, costumes e valores, que, aos olhos de Deus, tem pouco valor. A mensagem da igualdade: “Todos pecaram”, do mes-mo modo, ou seja, “Pela morte de Cristo na cruz”, e tem mesma atitude; “Todos quantos creram e se arrepen-deram, deu-lhes o poder de serem filhos de Deus”.

Que pena! Alimentando seu inútil orgulho, os ho-mens continuam divididos e devorando-se uns aos outros.

Essa era a mensagem que Paulo tinha a todos os ho-mens de sua época, e essa deve ser a nossa mensagem também. Que mensagem glo-riosa! E porque é tão pouco vivida e anunciada?

Mensagem a todos

Amo o Brasil, vou semear

5o jornal batista – domingo, 14/02/16reflexão

Senhor” (I Co 15.58c). Prati-car o bem: “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos” (Hb 6.10);

4) - Esperar no Senhor em quaisquer circunstâncias: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Sl 27.14). “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, so-bem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40.31);

5º Apreciar e praticar as re-

comendações paulinas, con-forme II Coríntios: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; per-seguidos, porém não desam-parados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (II Co 4.8-10).

Além disso, Jesus nos diz, “Tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas ten-de bom ânimo; Eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB

A palavra desânimo, do grego “atimia”, significa perda de ânimo, desalento,

desencorajamento. O desâ-nimo se evidencia em duas realidades. A primeira, falta de fé em Cristo Jesus. Se você confia que Jesus pode salvar, curar, livrar, restaurar, que Je-sus é o Caminho, a Verdade e a Vida, que é o primeiro e o último, é o Leão da tribo de Judá, é a ressurreição e a vida, é o Sol da justiça e o Justo Juiz, é a resplandecente Estrela da Manhã, é a Raiz das gerações; você não anda

em desânimo. Fé, coragem e determinação andam juntas. Onde existem fé e confiança não há lugar para desânimo.

A segunda é aceitar que o desânimo é como uma nu-vem passageira. Desânimo, na realidade, é uma fase passageira. É como uma nu-vem que por um momento obscurece o calor e a luz do sol. No caso do desânimo espiritual, é quando não re-fletimos o brilho e a luz de Cristo por causa do pecado, que tão de perto nos rodeia. O desânimo cega nossos olhos, algema nossas mãos, acorrenta nossos pés. O de-sânimo espiritual provoca falta de apetite para orar e

ler a Bíblia, causa morte es-piritual. Nunca conheci uma pessoa que tenha passado tempo orando, lendo a Bí-blia, tendo fé em Jesus, que tenha passado muito tempo desanimado.

Como vencer o desânimo:1) - Lembrar que Cristo vem

outra vez (João 14.1-3); 2) - Andar e viver na Luz de

Cristo: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (Jo 8.12);

3) - Consciência de que nosso trabalho não é vão no Senhor: “Sabendo que, o vosso trabalho não é vão no

O desânimo

Perfil de um homem de Deus?

Geraldo Terto, pastor, colaborador de O Jornal Batista

O perfi l de uma pessoa é aquilo que ela é e não aquilo que ela

quer ser. No livro de Atos dos apóstolos encontramos o perfil da Igreja Primitiva em Jerusalém: “Três mil pes-soas convertidas e recém--batizadas perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, e no partir do pão e nas orações e todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum” (At 2.41-44).

Muitas Igrejas evangélicas agora, quando vão convidar um pastor para substituir o que saiu, elaboram um perfil de acordo com as exigências ou status da Igreja, e criam

uma comissão para entrevis-tar candidatos com vista ao pastorado. Paulo, o apóstolo, dificilmente se enquadraria no perfil de algumas dessas Igrejas.

Pois bem, quando me refiro ao perfil de um homem de Deus, penso no profeta Sa-muel. Homem de Deus não porque se autodenominasse, mas porque o povo de Israel o reconhecia e o aclamava, como relata I Samuel 9.6. Samuel morava no taberná-culo onde estava a Arca da Aliança, ministrava diante do Senhor junto ao velho profeta Eli. Segundo Josefo, historia-dor judeu, Samuel tornou-se profeta aos 12 anos de idade.

O povo de Israel estava debaixo do jugo dos filisteus há muitos anos e, durante esse tempo, Deus deixara de comunicar-se com o profeta

Eli por causa da vida peca-minosa de seus filhos. Deus o advertiu sem resultado. Foi aí que revelou ao garoto Samuel sua primeira profecia, a de que Eli e seus filhos se-riam retirados do sacerdócio - descrita em I Samuel 2 e 3 -; sacerdócio que por direito pertencia aos descendentes de Arão.

C.H.Spurgeon tem uma expressão muito bonita sobre essa escolha de Deus: “Não havia visão aberta naqueles dias em Israel quando ela veio, um indivíduo tinha o ouvido bom para recebê-la e o coração obediente para executá-la”.

A profecia contra a casa de Eli cumpriu-se quando Israel foi vencido pelos Filisteus em uma batalha que perdeu 30 mil homens de guerra, a Arca do Senhor foi levada

pelos inimigos, os dois filhos do profeta Eli foram mortos e o próprio Eli quando recebeu a notícia também morreu, de acordo com o que diz o texto de I Samuel 4.

Quando a Arca do Senhor foi devolvida pelos filisteus, Samuel convocou uma gran-de assembleia e levou o povo ao arrependimento e ado-ração a Deus. Os filisteus ainda tentaram atacar Israel; sem sucesso, porque Samuel clamou ao Senhor e Ele o livrou milagrosamente; e nunca mais investiram contra Israel durante o tempo que Samuel foi juiz. Em sua ad-ministração o país gozou de liberdade e independência. Quando envelheceu, não podendo mais viajar, consti-tuiu seus filhos como juízes, que foi um desastre. Foi uma fase de transição e Samuel foi

o instrumento de Deus para passar da teocracia (governo de Deus) para monarquia. O povo descontente veio pedir um rei que governasse Israel. Samuel consultou a Deus e Ele mandou ungir Saul como o primeiro rei de Israel. Não demorou muito, Saul deixou de cumprir as ordens do Se-nhor, e perdeu o trono. Teve como seu sucessor Davi, o maior dos reis de Israel, que também foi ungido por Samuel conforme Deus man-dou.

Samuel morreu velho, em sua casa em Ramá, e todo povo pranteou por muitos dias.

O que dizer do profeta Sa-muel? Ele teve um tríplice ministério: Sacerdote, Profeta e Juiz; ministério que exerceu com integridade por 40 anos, sem nenhuma mácula!

6 o jornal batista – domingo, 14/02/16

7o jornal batista – domingo, 14/02/16missões nacionais

Kézia Souza, missionária em Salvador - BA

Participei de mais um Pequeno Grupo Mul-tiplicador (PGM), que foi realizado na casa de

um casal alcançado por um dos PGMs aqui no Alto da Bola. Minha alegria é indescritível!

No tempo de comparti-lhar, uma das RDs*, que estava indo pela terceira vez a um encontro, orou pedin-do orientação a Deus para tomar a decisão certa para vida dela. Ainda agradeceu a Deus em sua oração por ter encontrado pessoas especiais que a fazem sentir-se bem.

Ver tudo isso acontecendo me faz ter certeza a cada dia que não há melhor trabalho na

Redação de Missões Nacionais

A equipe da Cristolân-dia Criança em Gua-rulhos - SP tem aten-dido os pequeninos

que ficam nas ruas da comu-nidade de São Rafael, a mais perigosa da cidade. Por meio de várias atividades, incluindo refeições, o Amor de Cristo tem sido compartilhado com as crianças.

Recentemente, os missioná-rios receberam uma menina que tem apenas seis anos de idade e passava seus dias sen-tada no meio-fio, sozinha na rua, porque os pais dela são usuários de drogas. “Os pais dela ficam em casa o dia todo,

terra do que servir ao Senhor conduzindo vidas até Ele.

Temos o privilégio de ser instrumentos nas mãos do Senhor e presenciamos o Seu poder realizando verdadeiros

porém fazendo uso de drogas. Ela, com medo, saia de casa bem cedo e ficava sentada na rua o dia inteiro, com fome, es-perando a hora de dormir para poder voltar para casa. Hoje, para a glória de Deus, ela está conosco na Cristolândia Crian-ça, sendo cuidada e amada”, contam os missionários.

milagres por meio da prega-ção do Evangelho.

Que nada consiga nos aba-ter ou desanimar. Que nossos olhos estejam sempre fixos no alvo. Que nossa motiva-

A Cristolândia Criança atu-almente é coordenada pelo pastor Anderson e Aline Pe-dersolle. Este Projeto surgiu a partir da visão de pessoas com-prometidas com Deus, e conta com o apoio de especialistas como psicólogos e assistentes sociais, além do acompanha-mento espiritual dos nossos

ção não dependa dos frutos que colhemos, dos resulta-dos, mas da convicção do nosso chamado. Nosso tra-balho não é vão no Senhor.

*RD é a sigla de Relacio-namento Discipulador. Esta é uma das propostas da visão de Igreja Multiplicadora, que defende que um verdadeiro discipulado não se compõe apenas de reuniões. Discipu-lado é relacionamento.

“De maneira muito rele-vante somos desafiados a, antes de fazer discípulos, ser discípulos, nos tornando pes-soas imitáveis e frutíferas pela ação do Espírito Santo em nós”, declara o pastor Fabrí-cio Freitas, gerente-executivo de evangelismo da JMN.

missionários. Por meio deste Projeto pioneiro, os Batistas somam esforços com a Vara da Infância e da Juventude e demais autoridades do muni-cípio para abençoar as crianças de nosso país.

Você pode ajudar, com ora-ções, doações e também tor-nando-se parceiro da Cristolân-

Dentro da proposta da visão de Igreja Multiplicadora, os relacionamentos discipuladores seguem mostrando sua relevân-cia no trabalho dos missioná-rios. Oremos para que este seja um ano de grande colheita nos campos missionários.

Para saber mais sobre este conceito, leia o livro Relacio-namento Discipulador - Uma Teologia da Vida Discipular, escrito pelo pastor Diogo Car-valho, disponível em nossa li-vraria. Para adquirir um exem-plar, acesse www.livrariamisso-esnacionais.org.br ou entre em contato com a nossa Central de Atendimento: Rio de Janeiro: (21) 2107-1818 / Outras Capi-tais e Regiões Metropolitanas: 4007-1075 / Demais localida-des: 0800-707-1818.

dia Criança. Para investir neste projeto missionário, escreva para [email protected] ou faça contato com a Central de Atendimento de Missões Nacionais: Rio de Janeiro: (21) 2107-1818 / Ou-tras Capitais e Regiões Metro-politanas: 4007-1075 / Demais localidades: 0800-707-1818.

Missionária testemunha sobre a relevância do Relacionamento Discipulador

Missionária Kesia em um dos PGMs da capital baiana

Saiba como está o trabalho de assistência na Cristolândia Criança em Guarulhos - SP

Crianças durante refeição Equipe de missionários com os coordenadores do Projeto

8 o jornal batista – domingo, 14/02/16 notícias do brasil batista

Marta P. Borges de Oliveira; Edemilson Benedito de Oliveira, missionários da Convenção Batista Mineira

A cada novo ano fa-zemos um balanço do ano anterior e nos desafiamos a

romper em fé, com alvos por vezes elevadíssimos.

Com os Embaixadores do Rei (ER) não é diferente. No início do ano de 2015 os ER foram desafiados, a exemplo de Paulo, a serem imitadores de Cristo, conforme I Corín-tios: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (I Co 11.1). Ser imitador de Cristo em um tempo onde pessoas destituídas de qual-quer compromisso com a verdade empenham-se em desconstruir tudo o que o Se-nhor Jesus deixou como ensi-namento para um viver santo, é um verdadeiro desafio.

Encorajados a caminhar na contramão do século pre-sente, os ER Mineiros foram confrontados a cumprir seu ideal, orando, praticando missões, estudando a Bíblia, servindo ao próximo e sendo mordomos do Senhor. Ao fim de um ano de intensas ativi-dades, no mês de janeiro os ER encontram-se no Centro Batista de Treinamento e La-zer (CBTL) em Ravena – MG para mais um Acampamento Estadual de ER do estado de Minas Gerais. São dias de confraternização, oportu-nidade de novas amizades, desafios nas provas Bíbli-cas orais e escritas, provas de livros missionários e de Manuais da Organização, tempo de despertamento de vocacionados, convites e chamados.

O Acampamento Estadual de ER é a oportunidade de salvação para aqueles que são novos na Organização ou que foram convidados

para conhecer a mesma e que ainda não tomaram uma decisão por Cristo.

No primeiro acampamen-to, de 09 a 12 de janeiro, dos 263 inscritos, 46 receberam o Rei Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas, 10 disseram “sim” ao Rei Jesus quando chamados para o ministério pastoral, 11 as-sumiram o compromisso de serem missionários e 24 decidiram ser conselheiros de ER. Foram 25 Igrejas, que representaram sete Associa-ções. Essas decisões foram manifestas na manhã da deci-são quando o orador oficial, pastor Felipe Mercadante, da Igreja Batista no Bairro Londrina - Santa Luzia, após apresentar seu último ser-mão, conclamou os ouvintes a decididamente serem imi-tadores de Cristo a exemplo de Paulo. Nesses três dias os meninos tiveram o privilégio de conhecer, ouvir e falar com os missionários Silvio, da JMM, e o casal, pastor Geraldo e irmã Elvira Rangel, do qual os ER estudaram a biografia no livro “Aventuras em Fusca Azul”.

Segundo acampamentoNo segundo acampamento,

de 14 a 17 de janeiro, dos 169 inscritos, 56 receberam o Rei Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas, cinco disseram sim ao Rei Jesus quando chamados para o ministério pastoral, 12 as-sumiram o compromisso de serem missionários e 49 de-cidiram ser Conselheiros de ER. Foram 14 Igrejas, que representaram quatro As-sociações. Essas decisões foram manifestas na manhã da decisão quando o orador oficial bacharel em teologia pelo STBM, Hudson Augusto dos Santos, da Primeira Igreja Batista João Pinheiro - BH, após apresentar seu último

sermão, conclamou os ou-vintes a de fato se tornarem verdadeiros imitadores de Cristo em obediência e com coragem. Nesses três dias os meninos tiveram o privilégio de conhecer, ouvir e falar com os missionários Erik, da JMM, o qual trabalhou no Ni-ger, e também, assim como no primeiro acampamento, o casal, pastor Geraldo e irmã Elvira Rangel, do qual os ER estudaram a biografia no livro “Aventuras em Fusca Azul”.

Imitar a Cristo é mais que ser apenas chamado de cris-tão, é viver segundo a mente e o propósito de Cristo, ou-vindo os Seus ensinos e per-mitindo que moldem nossos pensamentos e atitudes, nos impelindo a demonstrá-los em tempo e fora de tempo. É lutar por Cristo, o Rei, sem desanimar.

É sempre olhar para a frente em busca do ideal em obede-cer ao mandar do Rei Jesus. Ter a alma pura guardando os lábios da mentira, dizendo sempre a verdade; corrigindo os erros, mantendo o corpo limpo e a mente sã.

É ser missionário de tempo integral onde quer que este-ja, cumprindo diariamente o ide, inspirado pelo próprio Jesus e inspirando outros a fazerem o mesmo como os grandes homens de Deus na Bíblias e na história da Igreja.

É orar sem cessar. É ter inti-midade com a Palavra, estu-dando a Bíblia diariamente. É ser mordomo da vida, do tempo e dos bens. É ser ser-vo, servir ao próximo sem esperar recompensa, pois isso sim é serviço real.

Não é de fato um tremendo desafio? Que o caro leitor seja parceiro na conquista desse ideal, orando, contri-buindo, e auxiliando o mi-nistério com Embaixadores do Rei.

Imitar a Cristo em tempos de esfriamento espiritual

Fotos: Selio Moraes

9o jornal batista – domingo, 14/02/16notícias do brasil batista

Departamento Nacional dos Ebaixadores do Rei (DENAER)

“Um a g r a n -de vitória”, esta frase re-sume tudo

que aconteceu no Acampa-mento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei (ANVER) 2016. Excepcional-mente, o ANVER foi realiza-do no Acampamento Batista em Rio Bonito - RJ, onde cerca de 500 acampantes participaram, divididos em duas semanas de acampa-mento, de 04 a 08 e de 25 a 29, todos no mês de janeiro.

Todas as atividades do AN-VER 2016 foram realizadas sob a gestão do Departamento Nacional dos Ebaixadores do Rei (DENAER), nas pessoas dos irmãos Anderson Cirino, Fabiano Lessa e Igor Andrade

e dos diretores de semana: Irmão Samuel Gonçalves e irmão Carlos Roberto (primei-ra semana) e irmão Raphael Sobrinho e pastor Felipe Oli-veira (segunda semana).

Foram momentos de gran-de alegria, quando o Senhor pode falar ao coração de cada Embaixador do Rei pre-sente, através da mensagem na manhã da decisão, dos momentos missionários, dos momentos de estudo bíblico e oração nos núcleos e ca-bines.

No acampamento também é realizada a gincana bíblica por embaixadas, onde são testados os conhecimen-tos bíblicos, da organiza-ção Embaixadores do Rei, e de algum livro missionário. Este ano o livro da Bíblia estudado foi Daniel e o livro missionário foi à biografia de Zacarias Campelo. Outras

modalidades bíblicas foram realizadas, como: Debate de versículos decorado, debate bíblico, pregador do Evan-gelho e Montagem bíblica (Conhecimento da ordem de livros, capítulos e divisões bíblicas). Sagraram-se campe-ãs as seguintes Embaixadas: Primeira Igreja Batista Areia Branca - Embaixada Willian de Souza (primeira semana) e Primeira Igreja Batista Nova Iguaçu - Embaixada Miss. Zacarias Campelo (segunda semana).

Houve também momentos de descontração, quando os meninos e líderes puderam utilizar a piscina, campo de futebol, jogos de salão, in-vestindo também parte do tempo com lazer justo e me-recido.

Tivemos a presença du-rante as duas semanas de acampamento de represen-

tantes das Juntas de Missões da nossa Convenção: Pastor Silvio Camilo (JMM) e mis-sionário Wagner Silva (Bur-quina Faso), pastor Jeremias Nunes (JMN), pastor Weling-ton Amorim (JMN - líder da Cristolândia Central), pastor Samuel Moutta (JMN - geren-te de Missões), sem contar na segunda semana, a presença dos irmãos da Cristolândia Alcântara. O interventor da UMHBB e diretor-executivo da Convenção Batista Flu-minense (CBF), pastor Amil-ton Ribeiro Vargas, esteve presente nas duas semanas, dando total apoio para a rea-lização do evento.

Foi uma grande vibração termos na manhã da deci-são da segunda semana a presença do pastor Vander-lei Marins, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), e do pastor Sócrates

Oliveira, diretor-executivo da CBB, que trouxeram uma palavra de saudação e de ânimo no que diz respeito a realização de uma grande campanha de revitalização do Sitio do Sossego, a casa dos Embaixadores do Rei.

A realização do ANVER foi uma vitória e uma gran-de festa, pois neste ano de 2016 completamos 65 anos de acampamento no Brasil, quando desde 1951, com a condução do Espírito Santo e a instrumentalidade do missionário americano, pas-tor Willian Alvin Hatton, começou este evento, que, ano após ano, tem colabo-rado com a formação física, moral e espiritual de diversos meninos de 09 a 17 anos, que hoje são pastores, mis-sionários, diáconos e líderes nas Igrejas e na nossa deno-minação.

Vencer: Esta é a missão!Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei

CONVOCAÇÃO

93ª Assembleia Anual da UFMBB

Conforme o Art. 11 do Capítulo III do Estatuto em vigor, convoco a União Feminina Missionária Batista do Brasil para a 93ª Assembleia Anual a realizar-se na cidade de Santos, SP, no dia 14 de Abril de 2016, no Mendes Convention Center, Avenida Francisco Glicério, 206 - Santos – SP. Do programa consta Reforma no Estatuto.

Rio de Janeiro, 14 de Fevereiro de 2016

Eliane Melo Salgado de MoraesPresidente da UFMBB

CONVOCAÇÃO17ª Assembleia Anual da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil

Esta Assembléia será a 17ª como determina o Estatuto no Artigo 23- item VI e Regimento Interno Artigo 11 - § 1º - item IIIl. Eu Cilas Alves, usando da prerrogativa de presidente da Associação dos Diáconos Ba-tistas do Brasil, venho através deste meio de comunicação convocar a todos os Diáconos e Diaconisas Batistas do Brasil para se reunirem em Assembleia a ser realizada no dia 13 de Abril de 2016, no Centro de Con-venções Mendes Center, na Av. Francisco Glicério, 206 -Santos -SP. Nesta Assembleia será renovado o Conselho Executivo no seu terço devendo eleger: 04 (quatro) nomes para compor o Conselho por três anos e 04 (quatro) nomes para suplentes por um ano e, também, 01 (um) nome para compor o Conselho Fiscal para três anos e um nome para suplente, bem como a Reforma do Estatuto, no que se fizer necessário..

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2016.

ADBBASSOCIAÇÃO DOS DIÁCONOSBATISTAS DO BRASIL

Fotos: Junior Moraes e DENAER

10 o jornal batista – domingo, 14/02/16 notícias do brasil batista

Acom CBPE

Para refletir sobre a construção e geren-ciamento dos currí-culos e programas

para a Escola Bíblica Domini-cal (EBD), a Convenção Batis-ta de Pernambuco, através da sua Área de Desenvolvimen-to de Educação Cristã (Adec), promoveu, nos dias 15 e 16 de janeiro, o Congresso Ca-pacitador – Currículos e Pro-gramas para Todos na EBD.

De acordo com a coorde-nadora da Adec, professora

Joseane Santos Oliveira, jornalista

Um fim de semana de muito apren-dizado e diversão para as crianças

da Primeira Igreja Batista no Tabuleiro - AL. Nos dias 23 e 24 de janeiro cerca de 60 de-las, com idades entre 03 e 12 anos, participaram da Escola Bíblica de Férias (EBF), uma tradição nas Igrejas Batistas.

Aparecida Diniz, o evento buscou trazer uma visão pa-norâmica da parte técnica, mostrando a necessidade de aplicar, de forma criteriosa, o melhor currículo para cada faixa etária. O Congresso também trouxe reflexões so-bre gestão de programas.

A abertura oficial acon-teceu na Igreja Batista da Capunga, em Recife - PE, e contou com a presença do pastor Sócrates Oliveira Souza, diretor-executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), que explanou sobre a

A programação envolve di-versão e brincadeiras lúdicas que facilitam a aprendizagem da Palavra de Deus.

Este ano a liderança do ministério infantil escolheu o tema “Pare, olhe e siga a Jesus” e aproveitou para ensinar aos pequeninos a importância de observar as leis de trânsito associada aos ensinamentos bíblicos. Para isso contou com o apoio da Polícia Rodovi-

importância do ensino ecle-siástico.

No segundo dia, a profes-sora Rosane Torquato, exe-cutiva da área da Educação Cristã da Convenção Batista Paranaense, falou sobre a parte técnica dessa constru-ção e a importância da gestão nesse processo.

Em um segundo momento, o Congresso Capacitador concentrou-se no Seminário Batista do Norte do Brasil (STBNB) e na sede da Con-venção Batista de Pernambu-co (Auditório Daisy Correia),

ária Federal, que montou uma rodovia na quadra de esportes, simulando situa-ções do trânsito tendo as crianças como condutores e pedestres.

A manhã de sábado foi de-dicada ao passeio no Parque Municipal de Maceió, quan-do os participantes pude-ram desfrutar de momentos agradáveis em contato com a natureza, conhecendo a fauna e a flora do lugar. Lá

onde grupos de interesses discutiram Fundamentos Bí-blicos e Teológicos da Edu-cação Religiosa, com pastor Sócrates Oliveira Souza; Pla-nejamento Estratégico Edu-cacional para a EBD, com a professora Kelly Alcântara, Educadora Religiosa da Igre-ja Batista da Concórdia, em Recife - PE; e Conhecendo o Programa Curricular da Junta de Missões Mundiais para Novos Convertidos e Pequenos Grupos Multipli-cadores, com pastor Milton Monte, representante da

também participaram de um piquenique, brincadei-ras e contação de histórias. Para o pastor Anderson Nu-nes este investimento é de grande alcance, pois além instruir as crianças, também dá exemplos aos adultos. “Ensinando as crianças es-tamos investindo para que se tornem adultos respon-sáveis e seguidores dos en-sinamentos da Palavra de Deus”, disse.

Junta de Missões Nacionais e AME – Área de Missões Estaduais – PE.

Os congressistas também conferiram estandes com material didático e de apoio pedagógico. Também houve espaço para diálogo com edi-toras cristãs. Ao final, houve um painel de perguntas e respostas com os palestrantes do evento. O evento teve como público-alvo pastores, educadores religiosos, espo-sas de pastores, seminaristas, coordenadores de EBD, pro-fessores e interessados.

O encerramento foi com um culto no domingo pela manhã com a participação ativa das crianças nos louvo-res e orações. A mensagem foi transmitida em forma de conto infantil, ministrada pela educadora religiosa Jo-silene Alves. A mensagem bíblica escolhida para nortear o evento foi “Eu Sou o Ca-minho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

Crianças aprendem noções de trânsito na EBF da Igreja Batista no Tabuleiro - AL

Área de Educação de Pernambuco discute currículo para EBD

11o jornal batista – domingo, 14/02/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Você doou esperan-ça com sua oferta especial para mi-lhares de crianças

de nossos projetos nos 16 países mais carentes com presença de Missões Mun-diais. Com a participação de mais de 3 mil pessoas no Brasil e no exterior na Campanha Doe Esperança 2015, será possível atender crianças nas áreas de educa-ção, esporte e lazer, nutrição e saúde.

Um exemplo desses pro-jetos é o Lar da Paz, de-senvolvido no Sul da Ásia, onde temos 45 crianças re-cebendo cuidado integral. Elas chegam ali resgatadas do tráfico de seres huma-nos, exploração, violência e pobreza extrema. Tendo

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

A Convenção Batis-ta Brasileira tem hoje cerca de 12 mil Igrejas filiadas

espalhadas por todo o Bra-sil. É para elas que todos os anos Missões Mundiais desenvolve sua campanha de mobilização, a fim de que possam conhecer as necessidades dos campos transculturais e fazer parte deste grande mover para levar a Palavra de Deus a to-dos os povos. Ao longo des-tes 108 anos de história, a JMM trabalha para que todas estas Igrejas entendam sua missão sustentando nossos mais de 1.500 missionários com suas ofertas e orações e também despertando voca-cionados. E neste processo de despertá-las, contamos com pessoas com o coração apaixonado por missões, as quais preferimos chamar de

em mente a prioridade de compartilhar sobre Jesus e o plano de Deus para suas vidas, nossos missionários e equipe oferecem cuidados físicos, emocionais e educa-cionais, de modo que muitos dos sonhos dessas crianças possam ser realizados.

Assim, parte da oferta do Doe Esperança será con-vertida no cuidado com as crianças do Lar da Paz, com vestuário, sapatos e roupas de cama e banho.

Vidas transformadasA Campanha beneficiou,

por exemplo, R., uma meni-na do Lar da Paz. Em 2009, ela teve tuberculose e com-pletou o tratamento. No ano passado, R. foi diagnosticada mais uma vez com tubercu-lose e iniciou o tratamento com medicamentos que lhe causaram hepatite. Nossos

Promotores Voluntários de Missões.

Queremos oferecer um conteúdo exclusivo para você que já mobiliza ou de-seja começar a mobilizar Igrejas por este Brasil afora e, quem sabe, até no exterior. Para isso, é importante que você envie ou atualize seus

missionários buscaram aten-dimento em um dos me-lhores hospitais da região e após vários exames, foi constatado que ela não ti-nha a doença. Hoje, R. está curada da hepatite e não tem tuberculose.

O Doe Esperança também ajudou a salvar S., de 13 anos. Ele apanhava muito do próprio pai, que não o deixava ir para a escola, obrigando-o a trabalhar. O menino fugiu de casa e, quando estava em um ôni-bus, a polícia o pegou e levou ao Lar da Paz. Desde então, nossos missionários têm perguntado a S. sobre sua família e tentado contato com os parentes dele, mas sem sucesso. Em um ano, é visível o interesse de S. em seguir a Cristo. Nossos mis-sionários pedem oração por S., para que se fortaleça na

dados junto ao nosso setor de promoção. Basta escrever um e-mail com o título “PRO-MOTOR” para [email protected].

O Brasil passa por dias di-fíceis. A alta do dólar tem atrapalhado nossos planos de avanço da obra missionária. Hoje são grandes os esforços

fé e cresça em conhecimento da Palavra de Deus.

Outra iniciativa de Missões Mundiais desenvolvida em várias regiões do mundo é o PEPE. Este programa socio-educativo leva a mensagem da esperança em Cristo a crianças de 4 a 6 anos e suas famílias através da educação pré-escolar, visita aos lares e também do ensino da Pala-vra de Deus.

Muitas unidades do PEPE funcionam em comunidades carentes na América Latina e na África em contextos de pobreza. A Campanha Doe Esperança buscou levan-tar recursos para atender às necessidades emergenciais relacionadas à sala de aula, equipamentos, materiais di-dáticos e também banheiros adequados para as crianças.

A questão sanitária tem sido levada a sério pela equi-

até mesmo para manter o que as Igrejas nos ajudaram a construir com tanto em-penho. Mas estamos cientes que Deus proverá cada cen-tavo necessário para se levar esperança às nações.

Por isso, é fundamental a presença do Promotor Volun-tário de Missões divulgando

pe do PEPE Internacional, tanto que para 2016 o pro-grama socioeducativo tem como meta captar ofertas para a reforma e/ou cons-trução de pelos menos um banheiro em cada um dos 24 países onde está presente.

“Todos os anos, Deus mul-tiplica os recursos enviados. Sem o envolvimento de ir-mãos que acreditam que podem fazer a diferença na vida de uma criança, nada disso pode ser realizado”, declara a missionária Tere-zinha Candieiro, coordena-dora do PEPE. “Por tudo isso, registramos nossos sinceros agradecimentos a todas as pessoas que participaram, escreveram mensagens e contribuíram. Obrigada por acreditar e se unir a nós le-vando esperança por meio de ações práticas e gestos de amor”, conclui.

nossas ações nas Igrejas. Re-conhecemos a responsabi-lidade e importância desta atividade; sendo assim, dese-jamos estreitar cada vez mais este relacionamento.

PromoçãoVocê sabia que os nossos

promotores contam com um setor na JMM que oferece um atendimento personali-zado? São os colaboradores da Promoção que vão ajudá--los com informações sobre acampamentos, visitas de missionários às igrejas, ma-terial de mobilização, entre outras. Deste setor, faz parte nossa equipe de Missionários Mobilizadores. Eles estão presentes em várias regiões do Brasil. Você também pode procurá-los. Acesse www.missoesmundias.com.br/mo-bilize e busque o contato do mobilizador mais perto de você.

Promova missões o ano inteiro. Leve esperança!

Obrigado por doar esperança!

Promova missões. Leve esperança

12 o jornal batista – domingo, 14/02/16

A última palavra

13o jornal batista – domingo, 14/02/16ponto de vista

Edgar Silva Santos, Pastor da Primeira Igreja Batista De Jardim Mauá, em Manaus - AM

O Brasil inteiro se co loca d ian te da expectativa de que decisões

importantes sejam tomadas nestes dias. São decisões no campo político/jurídico que afetarão a vida de todos os brasileiros e não se limitam ao presente, mas certamente hão de repercutir no futuro.

Ao pensarmos em decisões que precisam ser tomadas, especialmente no contexto de circunstâncias difíceis, vem-nos à memória a expe-riência vivida pelo apóstolo Paulo e seus companheiros, na região da Ilha de Creta, Mar Mediterrâneo, quando se dirigiam a Roma. Paulo ia

como prisioneiro para com-parecer perante César.

Diz-nos Atos: “E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, nave-gamos abaixo de Creta, junto de Salmone. E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava, dizendo-lhes: Senhores, vejo que a nave-gação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas” (At 27.7-10).

O episódio narrado no tex-to deve ter ocorrido ao redor

do mês de outubro – mês do jejum da Expiação. Era uma viagem tormentosa. Peno-samente chegaram a “Bons Portos” (v. 8) e Paulo adver-tira sobre o grande perigo que haveria em continuar a jornada, sob aquelas condi-ções adversas. Advertência é inspirada pelo Senhor a quem ele servia. Porém, o verso 11 nos informa que “O centurião dava mais crédito ao timoneiro e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia” (At 27.11).

Ainda que tivesse a exata percepção da gravidade da-quele momento, o apóstolo não tinha poder de decisão, não possuía a última palavra, posto que não era o chefe do barco. O chefe era um centurião romano, ao que tudo indica, um homem pa-gão. Não tocava o mesmo

diapasão de Paulo e não podia estar afinado ao que ele dizia.

O Brasil é um imenso bar-co, em que todos estamos. É preciso navegar, barco foi feito para isso. Não foi feito para ficar em segurança no porto. Entretanto, quando sopram ventos contrários, como agora; quando rugem tempestades severas, deci-sões impactantes precisam ser tomadas por aqueles que têm a responsabilidade de comandar a nave e que de-veriam fazê-lo, sob a orien-tação divina. São vidas e não apenas bens que estão em jogo.

Quando, na ocorrência em comento, a situação saiu do controle e o naufrágio se tornou inevitável. Paulo viu cumprir-se a promessa de que não se perderia nenhum

daqueles que com ele esta-vam. Era a sinalização clara de que não fora abandonado por Deus, como também não foram os que seguiam com ele, muitos dos quais também servos do Deus Al-tíssimo.

Assim, nesta hora desa-fiadora, em que o barco da Pátria pode soçobrar nas águas escuras da história, é imperioso que os nossos governantes convertam-se dos ídolos ao Deus único e verdadeiro (I Tes 1.9) e, revestindo-se de Jesus Cristo, acertem as suas vidas com Ele. Percebam que precisam tomar decisões divinamente iluminadas, porque não lhes pertence a última palavra, mas Àquele que é fonte de toda a sabedoria e poder. A Ele se sujeitem, enquanto há tempo e oportunidade.

Com inflação, o governo tira dinheiro de maneira mais fácil do povo. Assim, uma assom-brosa tragédia aproxima-se.

Aos cristãos, convém abrir mão de algumas prerroga-tivas. Engolir sapos são exí-mias provações que o Cria-dor coloca no nosso caminho para nos transformar em algo melhor. Ainda que haja pro-testos é salutar fingir em cer-tas ocasiões para que se evite um mal maior. Agora, o que não se pode é compactuar com pessoas que tripudiam em cima da gente, aprovei-tando-se da “nossa nobreza”, achando que isso não tem limite. Dar a outra face é uma orientação explícita de Jesus em Mateus 5.39. Porém, não quer dizer que devamos agir como tolos. Nunca ouvi ne-nhuma pregação ou sermão que dissesse para passarmos por bobos. Creio que a expli-cação melhor é para que nós não paguemos o erro com a mesma moeda. Mesmo dian-te de uma contrariedade, de uma decepção, nós devemos insistir em retribuir com o bem.

Distante de não aconselhar convenientemente quem es-teja apreciando estas linhas, a verdade é que, em casos específicos, “chutar o balde” é inevitável. Depois de três, quatro ou cinco avisos acom-panhados por uma amorosa argumentação, não há outra saída. Ou você corta a rela-ção ou questão pela raiz, ou vai ser tido realmente como palerma. A Bíblia não nos instrui desta maneira. Um exemplo: Tem um sujeito que eu encontro na Rodovi-ária de Presidente Venceslau quase todos os dias, pedindo dinheiro “para completar uma passagem”. Casos assim apontam que a grana é para cachaça ou droga. Somente vícios proporcionam gestos tão rasteiros.

As circunstâncias ora re-lacionadas estão por todos os lugares. Acarretam, por vezes, até grandes humi-lhações. Ocorrem dentro da família e até nas Igrejas. Sendo possível, em futuro oportuno, voltarei ao assun-to. Aguardem. Fiquem na Paz no Senhor!

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Sem relevar as coisas hoje em dia, dificil-mente damos algum passo. Embora este-

jamos reféns de uma gene-ralizada arrogância, causada quase sempre por posses e bens materiais ou até pela tecnologia, costumeiramente somos levados a abrir mão de determinados direitos ou condições, para que tenha-mos a oportunidade de pros-seguir sem entrar em conflito com o próximo, eventual-mente com algum colega ou amigo, e/ou até mesmo com familiares e irmãos da Igreja. Somos obrigados a suportar, a aceitar, ou como, popular-mente conhecemos, “engolir sapo” para não entrar em confronto com ninguém. Em determinadas situações, não é apenas permitido ser contrariado. Muitas vezes, somos vítimas de gigantescas injustiças e ofensas gratuitas e nem revidamos. No históri-co de fatos assim, sempre se questiona: Qual é o proveito

que terei insistindo que te-nho razão?

A verdade é uma só: Sem “engolir alguns sapos” a coisa não anda. Você pode até não digerir o “sapo” inteiro, mas esse ou aquele girino, ah!, não tem escapatória. Todos, em determinados momentos da vida, tiveram que degustar. Em casos esporádicos, não apenas o sapo é engolido. O brejo ou até a lagoa inteira é consumida de uma só vez. Tudo depende do nível da nossa permissividade ou do interesse que a situação en-volva. É a mais pura verdade.

“Engolir sapo” é algo si-milar, talvez, seja o “primo” mais sábio do tão conhecido “bullying”, que tem incomo-dado tanta gente, principal-mente as crianças de escolas. É possível que você já tenha sido perturbado por alguém que lhe pôs algum apelido desmoralizante em função de algo que você tenha vivido, não é mesmo? E para evitar conversa, você tenha ficado quieto. É possível que tenha passado por brincadeiras bem ofensivas e tenha-se ca-

lado. É provável que já viveu algo triste, alguma questão familiar séria e algum parente ou “desavisado” tenha lhe dito palavras de deboche. Aí você engoliu a seco. Talvez, leitor, você tenha até passado por um “mal entendido”, sido xingado em público, e tenha ficado mudo para evitar con-fusão. Talvez tenha recebido alguma resposta “atravessa-da” e tenha aguentado insul-to. Quem nunca viu isso?!

A gente pode espernear, gri-tar, mas essa situação é mais comum do que imaginamos. Atualmente, na política brasi-leira, estamos engolindo uma “lagoa de sapos e de lama” que não é mole não, parafra-seando o que aconteceu em Minas Gerais. O trabalhador está se vendo doido com a in-flação, as tarifas públicas e os altos impostos para sustentar a roubalheira generalizada. São muitos sapos ladrões por me-tro quadrado. É um desaforo atrás do outro. “Tem mais! Eu quero mais!”, é o que se ouve por aí. Instalou-se no país a filosofia do quanto pior, bem melhor para quem rouba.

Crente “engole sapo” na vida?

14 o jornal batista – domingo, 14/02/16 ponto de vista

“Porque o Reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder” (I Co 4.20)

O apóstolo Paulo deixa claro para o s i rmãos em Corinto o valor

imenso do Reino de Deus na vida da Igreja, do Corpo de Cristo, no seu testemu-nho ao mundo. O Reino de Deus não consiste em pala-vra humana, mas no poder (δυναμις)1 de Deus. O Reino de Deus tem um poder trans-formador inerente. Sabemos que o conceito de Reino de Deus é o “Domínio de Deus no coração do homem”. Este conceito é clássico. O após-tolo Paulo declara que o Rei-no de Deus “Não é comida nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Tanto na defesa do seu apostolado em Corinto, quanto em orientar os irmãos em Roma a não julgarem os seus irmãos mais

1 Esta palavra transliterada é du-namis. Significa poder inerente, especialmente em referência a um poder miraculoso; capacida-de; abundância, com o sentido de ato poderoso, poder, força, obra de poder. Há uma implicação de poder ético, moral, de virtude. Referindo-se a Deus: O grande po-der de Deus, com o sentido de Sua força todo-poderosa (Mt 22.29; Mc 12.24; Lc 1.35; 5.17; Rm 1.20).

fracos por causa do comer e do beber, Paulo enfatiza a relevância do Reino na contramão de valores mera-mente humanos. Há poder no Reino de Deus. Esse po-der traz justiça, alegria e paz no Espírito Santo. Não é a justiça humana como padrão de julgamento, mas a Justiça de Deus. A justiça humana é legalista, mas a justiça divina é graciosa com base no Seu amor e na Sua severidade. A nossa justiça é a do Deus gracioso que nos alcançou em Cristo Jesus, mediante a fé como um dom dado por Ele (Ef 2.8-10; Rm 5.1-2).

Fomos transformados pelo poder de Deus na vida do Seu Reino em Cristo Jesus. Esse poder nos leva ao arre-pendimento e à fé no Evange-lho (Mc 1.15). A chegada do Reino de Deus é a garantia de vidas transformadas pelo Seu poder. Não é a palavra huma-na que salva, mas a Palavra de Deus, cheia de poder (Hb 4.12). As Escrituras foram inspiradas pelo Espírito Santo para mudar radicalmente os que creem. Nicodemos ouviu de Jesus que o novo nasci-mento só ocorre mediante a experiência com a Palavra e com o Espírito Santo (João 3.1-8). A mudança do cora-ção, da vida, vem pela fé na suficiência de Cristo, Aquele que veio pela manifestação

do Reino de Deus. Esta é a mensagem central do Reino de Deus.

Quando uma pessoa é transformada pelo poder do Reino de Deus ela tem justi-ça, paz e alegria no Espírito Santo. Esses três substantivos estão na Pessoa de Cristo. A Sua justiça é a nossa justiça; a paz e a alegria ou o con-tentamento que inundam a nossa alma vêm dEle, que deu a Sua vida por nós. Uma pessoa transformada vive a realidade do Reino de Deus. Esta realidade é espiritual com todas as suas implica-ções físicas, emocionais e éticas ou morais. A Igreja faz parte do Reino de Deus. Ele é espiritual e invisível, mas age com grande poder neste mundo. O Reino de Deus está em todo o lugar e nada escapa ao Seu domínio. So-mos súditos nesse Reino de justiça, paz e alegria. Somos um povo que tem direção e esperança. Sob o Reino, nos-sas vidas estão plenamente alinhadas e seguras.

Damos graças a Deus pelo Seu Reino de amor e poder. Louvamos a Deus pela im-plantação do Seu Reino, não “Por meio de manobras polí-ticas bem-sucedidas, capazes de remover os poderes do-minadores e substituí-los por governantes que executem fielmente a justiça de Deus.

O meio pelo qual aconteceu foi uma derrota humilhante, ainda que, no momento da ressurreição, essa derrota se revelasse a algumas teste-munhas escolhidas como a vitória decisiva do Reino de Deus. Ele reina de sobre o madeiro. Assim, como diz o apóstolo, os principados e potestades foram desmascara-dos. Eles foram desarmados, porém não foram destruídos. Eles ainda existem e têm uma função, a qual exercem por autorização e, portanto, é limitada pela justiça de Deus manifestada em Jesus”2.

Fomos alcançados pelo poder do Reino de Deus na Pessoa e Obra de Cristo. Ago-ra, temos a nossa cosmovisão transformada pela vida de Cristo em nós. Possuímos a cosmovisão cristocêntrica. Devemos viver em constante serviço no contexto da nossa mutualidade cristã e no mun-do (Mt 5.13-16). A nossa ex-periência com o Reino deve ser semelhante à do profeta Isaías quando foi chamado pelo Senhor do Reino para ser o profeta messiânico (Is 6.1-8). Ele teve a visão da Majestade de Deus; a visão de si mesmo em deplorável

2 NEWBIGIN, Leslie. O Reino de Deus na realidade do mundo. Perspectivas no Movimento Cris-tão Mundial. São Paulo: Edições Vida Nova, 2009, p.126.

condição pecaminosa; a per-cepção da realidade pecami-nosa do povo; o desafio da parte de Deus em proclamar o Reino a esse povo; e a sua disposição em testemunhar a Grandeza e Majestade do Rei e a Sua salvação. O “eis--me aqui” do profeta Isaías deve sempre nos remeter à condição de súditos do Rei no Seu Reino eterno, a nossa disponibilidade de pregar o todo Evangelho, ao homem todo, a todo homem e em todo o mundo até que Cristo volte.

Sim, somos transformados pelo poder do Reino de Deus para sermos agentes trans-formadores desta sociedade narcisista, hedonista e con-sumista. Somos desafiados a todo o instante a quebrar paradigmas. Chamados ao serviço amoroso e solidário em um mundo preconceitu-oso e miserável. Ordenados a sermos fecundos em uma sociedade estéril. A sermos um oásis no deserto. Cha-mados para uma revolução poderosa e silenciosa sob a égide do Reino de Deus. Transformados pelo poder do Reino de Deus não transfor-maremos a Grande Comissão na grande omissão (Mt 28.18-20; Lc 24.44-49; Mc 16.15; At 1.8). Sim, transformados pelo poder do Reino de Deus vivamos para a Sua glória!

Transformados pelo poder do Reino de Deus

15o jornal batista – domingo, 14/02/16ponto de vista

Não tenho dúvi-das de que o tí-tulo deste texto é provocativo e,

de certa maneira, é para despertar em você a atenção para este tão importante as-sunto. E, aqui, meu objetivo não é reduzir nenhum as-pecto da Bíblia, mas ampliar a nossa compreensão do que seja a missão da Igreja e até despertar nossa percep-ção para ampliar nossa ação evangelística, missionária e de fazer discípulos. Vamos lá, e depois, você desejar se comunicar comigo sobre o assunto é só escrever para [email protected].

Por muito tempo temos aprendido que a Grande Comissão, isto é, o grande mandado de Deus para a Igreja e para o crente, é o ide. O texto bíblico se en-contra em Mateus: “Portan-to ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando--os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.19-20).

Assim, os crentes são ins-tados a ir fazer missões, se não podem, então devem pagar a conta dando oferta missionária e pronto, cum-priram o seu papel e a cons-ciência pode ficar tranquila. Analisando o texto em sua forma original no grego po-deremos aprender mais.• O “ide” não é um verbo

imperativo, portanto, a ordem de Jesus não está aqui. Em português não há uma forma correspon-dente. O mais próximo poderia ser “ao ir”. Jesus estava falando com os discípulos e encerrando a conversa mais ou menos assim: “Queridos, nós vamos encerrar esta con-versa e vocês partirão e ao irem embora...”. Por-tanto, Jesus não estava dando para eles a ordem de irem, apenas avisando que ao final daquele en-contro eles sairiam dali

e caminhariam para seus lares;

• O imperativo está em fazer discípulos, isto é, fazer seguidores, como Ele mesmo fez em todo Seu ministério. Então a conversa seria mais ou menos assim: “...Quando terminarmos aqui nosso encontro vocês vão partir e, ao irem, devem fazer discípulos”. Aqui está a Grande Comissão;

• Fazer discípulos é fazer pessoas cópias de nosso modo de ser. O próprio Jesus disse: “Eu deixei para vocês o exemplo, para que, como eu fiz, vocês também devem fazer” (Jo 13.15). O após-tolo Paulo é mais cla-ro ainda: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Fazer discípulos é como uma transfusão de vida, é ter minha vida como modelo para que outros possam seguir. Como eu tomo minhas deci-sões, reajo em situações de emergência? Como é o meu temperamento? Como sigo as virtudes cristãs? O Espírito San-to tem oportunidade de produzir seu fruto por meio de minhas decisões e atos? Os outros podem copiar tudo isso de mim em suas vidas?

Infelizmente, com o correr do tempo esquecemo-nos do Evangelho integral e pas-samos a focalizar apenas um aspecto da missão da Igreja (finalidade para qual ela existe). Reduzimos a missão da Igreja, reduzimos a visão de mundo do crente e sua influência no mundo. Veja os seguintes itens:• A missão da Igreja pas-

sou a ser centralizada na salvação;

• Enfatizamos o aspecto jurídico do Evangelho destacando apenas mor-te substitutiva de Jesus e esquecendo de que a Sua obra se completa com a ressurreição (I Co 15.45ss);

• Damos destaque escato-

lógico levando a pessoa a se preparar para após a morte e não também para a vida aqui hoje e agora, a ser sal da Terra e luz do mundo (Mateus 6) e que Ele veio nos dar vida abundante (João 10.10);

• Ainda que necessária, a salvação se tornou num fim em si mesma, em vez de ser um conser-to, um meio, para que voltemos ao estado ori-ginal de onde caímos no Éden, para podermos viver, desde aqui e agora, para a Glória de Deus, isto é, viver em harmonia e comunhão com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a nature-

za criada. Por isso somos chamados por Paulo de novas criaturas (II Corín-tios 5.17);

• Não podemos mais con-tinuar com esse Evan-gelho pobre e parcial, Paulo nos ensinou que devemos considerar o Evangelho como um todo (Atos 20.27).

Portanto, a missão da Igre-ja é mais do que evangeli-zar e fazer missões. Fazer discípulos se constitui a es-tratégia de ação da Igreja e requer vidas modificadas, transformadas. Ao longo do tempo, infelizmente as Igrejas foram se instituciona-lizando, criando programas, eventos e atividades, tam-

bém necessários, mas foram substituindo o discipulado e deixando de lado a qualida-de de vida dos crentes, sua maturidade cristã e emocio-nal, assim não precisariam ser modelos de vidas para outras vidas.

Em outra ocasião vamos avançar um pouco mais ex-plicando os demais detalhes da missão integral ampla da Igreja. Fica hoje para nós a reflexão de revermos esse ativismo que tem transfor-mado o domingo de dia de celebração e descanso em dia de cansaço. Penso que estamos tão envolvidos na Obra do Senhor que esta-mos nos esquecendo do Senhor da obra.

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

A Igreja só tem uma missão – evangelização e missões?