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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 09 Domingo, 28.02.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Batistas fazem a diferença em Artur Nogueira - SP Projeto evangelístico no Carnaval promove crescimento espiritual em São Miguel do Araguaia - GO Nos dias 06 a 08 de fevereiro de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO, Igreja liderada pelo pastor Joel Vicente Fernandes, aproveitou o feriado de Carnaval para trabalhar na Obra do Senhor e evange- lizar a modesta cidade no extremo norte goiano. (Página 10) Diversas Igrejas Batistas uniram-se a fim de proclamar o Evangelho através do Projeto IDE-M. (Página 10) Conheça o Projeto “Jesus Água da Vida” (JAV) Veja como foi a 16ª edição do JAV, pro- jeto de evangelismo realizado na Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, no período de Carnaval. (Página 08) Vidas são impactadas no Carnaval do Rio de Janeiro Conheça o projeto da Convenção Batista Carioca que tem feito diferença no Rio de Janeiro no feriado de Carnaval. Neste ano, a ação contou com 350 participantes. (Página 09)

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Page 1: Ano CXV R$ 3,20 Projeto evangelístico no Carnaval promove … · 2016-02-23 · atualmente o grande terror da sociedade brasileira. O ... Alguns têm pavor de se indispor com alguém

1o jornal batista – domingo, 28/02/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 09 Domingo, 28.02.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Batistas fazem a diferença em Artur Nogueira - SP

Projeto evangelístico no Carnaval promove crescimento espiritual em São Miguel do Araguaia - GO

Nos dias 06 a 08 de fevereiro de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO, Igreja liderada pelo pastor Joel Vicente Fernandes, aproveitou o feriado de Carnaval para trabalhar na Obra do Senhor e evange-lizar a modesta cidade no extremo norte goiano. (Página 10)

Diversas Igrejas Batistas uniram-se a fim de proclamar o Evangelho através do Projeto IDE-M.

(Página 10)

Conheça o Projeto “Jesus Água da Vida” (JAV)

Veja como foi a 16ª edição do JAV, pro-jeto de evangelismo realizado na Primeira Igre ja Bat i s ta em Arraial do Cabo, no período de Carnaval.

(Página 08)

Vidas são impactadas no

Carnaval do Rio de Janeiro

Conheça o projeto da Convenção Batista Carioca que tem feito diferença no Rio de Janeiro no feriado de Carnaval. Neste ano, a ação contou com 350 participantes.

(Página 09)

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2 o jornal batista – domingo, 28/02/16 reflexão

E D I T O R I A L

Viva para a Glória de Deus!

Você já parou para pensar por que ain-da está na terra? Essa parece ser até

uma pergunta sem lógica, porém, ela tem martelado em minha mente. Para tudo exis-te um propósito e um tempo certo, segundo a Palavra de Deus. Se ainda estou viva, assim como você que está lendo este Editorial, é porque Deus ainda quer realizar algo em nós e através de nós. O Senhor, em Sua infinita graça e misericórdia, trouxe-nos à terra para que fôssemos colaboradores dEle. Então você questiona: “Mas Palo-ma, como assim colaborador de Deus? Ele não precisa de mim para nada, Ele é Deus!”.

Sim, de fato, Ele não pre-cisa. Contudo, Ele nos trata

como filhos e deseja que participemos do que Ele tem para realizar na vida de mui-tos. Por enquanto, Ele não vai descer aqui para falar de Si, pois já deixou Sua palavra e livre acesso a Ele através da oração. Porém, nos deu a missão de proclamar essa Palavra aonde ela ainda não chegou. A nossa missão aqui é trazer o Reino de Deus para a terra, pois somos cidadãos dos céus, como a própria Bíblia relata em Filipenses 3:20.

Se ainda estamos aqui é para sermos cooperadores de Deus, não por impotên-cia dEle, mas para que, por meio de nós - pessoas falhas e pecadoras -, a Glória dEle seja revelada. Isso significa que devemos viver para a

Glória de Deus em todo o tempo e sermos luz onde existem as trevas. É amar as pessoas, literalmente, como se não houvesse o amanhã. Não podemos esperar para conhecer a Deus somente quando Ele vier pela segunda vez. Pois Ele já está no meio de nós diariamente, seja atra-vés do Seu Espírito Santo que em nós habita, ou através do nosso próximo.

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vin-de, benditos de meu Pai, pos-suí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e

visitastes-me; estive na pri-são, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospe-damos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos ir-mãos, a mim o fizestes” (Mt 25.34-40).

Seja hoje a resposta que o mundo precisa; Seja luz! Viva para a Glória de Deus!

Paloma Furtado, jornalista,secretária de Redação de

OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional,

doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger,

fundador (1901 a 1919);

A.B. Detter (1904 e 1907);

S.L. Watson (1920 a 1925);

Theodoro Rodrigues Teixeira

(1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946);

Almir Gonçalves (1946 a 1964);

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(1964 a 1988);

Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e

Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904);

A.L. Dunstan (1907);

Salomão Ginsburg (1913 a 1914);

L.T. Hites (1921 a 1922); e

A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 28/02/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Quem já foi víti-ma da dengue e quase passou da-qui para o além

treme só em ouvir o nome do mosquito Aedes aegypti. Você não o vê, às vezes es-cuta o zumbido. Pode ser de um pernilongo inofensivo, se é que pernilongos são ino-fensivos, mas a experiência é traumática. Hospital, trans-fusões, injeções, dor (E que dor!), febre. E às vezes você tem alucinações e perde o controle da mente e provoca acidentes. Aconteceu comi-go. Dois acidentes de carro em um espaço de três horas, além do prejuízo financeiro. A morte e o mosquito não

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Antigamente, quan-do alguém “batia palmas” em nossos por tões, mesmo

sem saber quem era, autori-závamos a entrar. Hoje, atrás de muros que são verdadei-ras fortalezas ou penitenciá-rias, nos assustamos quando a campainha é acionada. Quem será a esta hora? Algu-mas vezes acontece no meio da manhã ou da tarde, e achamos o horário inconve-niente. Por receio, nem mes-mo parentes estão visitando outros, sem aviso prévio. É preciso coragem para admitir que isso já se transformou em doença que, cá entre nós, ocorre com intensidade. Interfones com pequenas câmeras são instalados estra-tegicamente apontando para a entrada dos nossos lares podem representar um está-gio ainda mais avançado da inquietude. Neste contexto, espiar com hesitação pelo “olho mágico” também sig-nifica certo distúrbio.

Com governos relapsos e corruptos, a insegurança é

conseguiram me levar por-que sou mais teimoso que o mosquito. Resistente, não me deixo convencer com facilidade. Mas estive quase lá, no túmulo.

Ao ver o carnaval nas últi-mas semanas montado pelo governo para combater o mosquito, confesso que dei boas gargalhadas. Caso o mosquito, além de zumbir, também sorrisse, faria o mes-mo. E bem no íntimo do mos-quito ele pensou (Mosquito não pensa), bobos! Vocês jamais me vencerão nesta guerra com tais carnavais.

A razão é bem simples, e o mosquito entende disso. Haveria erradicação apenas

atualmente o grande terror da sociedade brasileira. O Estado também tem medo. Já ocupei este espaço para explanar sobre a falta de verdadeiras lideranças no país. A maioria no poder não quer mais enfrentar os problemas de frente. Por quê? Porque também tem medo e quer somente o di-nheiro “disponível” no setor público. Alguns têm pavor de se indispor com alguém ou até com grupos. Mal sa-bem eles que foram eleitos para isso. Quem está no poder e quer ser bonzinho com todo mundo é porque tem medo. Os grandes es-tadistas que lideraram este país no passado o fizeram também pela intrepidez. Você, por acaso, está vendo isso em algum governante atualmente?

Milhões de pessoas têm medo da velhice, do futuro. Outras simplesmente têm medo do escuro, de altura, de baratas ou de perere-cas. Perguntei a um grupo de crianças quais eram os seus temores. Resposta am-pliada: Furacão, terremoto, tempestade e injeção. Al-

usando a higiene. Coisa que sanitarista entende, mas não consegue realizar, pois o governo não destina verba para educação da população e erradicação da sujeira que infesta as cidades.

É fácil combater o mosqui-to. Basta ensinar educação comportamental ao povo. Não jogar lixo em terrenos baldios. Tolerância zero para os donos de terrenos e imó-veis que não os limpam. Ensi-nar os motoristas dos carrões e seus ocupantes a não jogar em vias públicas copos e restos de lanches. O governo está preocupadíssimo em ensinar sexo às crianças do berçário, mas não tem um

guns se manifestaram com pavor de perder alguém da família, de sofrer acidente ou até de não se casar. De qualquer forma, senti que alguns medos foram apo-sentados. Ninguém sente mais nada quanto ao “Boi da cara preta”, Lobisomem, Bicho-papão ou pela Cuca. Esta última, a “jacaroa” do Sítio do Pica-pau-amare-lo não apavora ninguém mais com estas palavras: “Remelentos e remelentas, preparem-se porque a Cuca vai te pegar!!!”. Nem com a ajuda de outro persona-gem criado para auxiliá-la, o “Pesadelo”, a quem ela espancava e chamava de “Estrupício”. A “sugerida” violência da Cuca não cau-sa medo mais.

Passei parte de minha in-fância sempre observando se tinha alguém embaixo da cama na hora de dormir. Embora meus pais me ex-plicassem que nada havia, não sabia como mudar este hábito. Tem gente com re-ceios simples, como o de verificar duas ou três vezes se o registro do botijão de gás está desligado. É uma

programa educacional que leve as crianças a zelarem pela limpeza da cidade. Não há verba. Verba existe apenas para propaganda mentirosa. Que tal algumas novelas imo-rais, que destroem a família e o caráter das pessoas, inseri-rem no enredo “Como man-ter o ambiente limpo?”. A erradicação da febre amarela no passado, antes da vacina, passou por processo sanitá-rio. Removido o entulho e o lixo, fica mais fácil eliminar o mosquito. Tal proceder continua válido hoje.

O mosquito não entende de limites geográficos. Mas pode ser limitado em sua infestação se todos elimi-

espécie de mania obsessiva e compulsiva bem ao estilo do rei Roberto Carlos.

O principal temor, que já virou epidemia, é o receio da morte. Vemos a todo instante na televisão, pessoas que saem de casa e são alvejadas nas ruas sem nenhuma ex-plicação. A insegurança leva a isso. Todavia, parte deste temor não tem fundamento. Os meios de comunicação fizeram que isso aumentasse em nossa mente. As TVs, principalmente, colocam seus apresentadores a bra-dar, espernear, xingar contra determinados crimes, mas, dia após dia, fazem da morte um comércio tal como as funerárias. Um show “espe-tacular”. As cenas que mais amedrontam os cidadãos são postas à exaustão na tela. É informação, sem dúvida, mas também traz consigo a proliferação não só do medo, mas, também, do mal em suas mais terríveis perspec-tivas.

Em termos mais abrangen-tes, por falta de vida espiri-tual firme, a mente humana já não está diferenciando a fantasia da realidade. O

narmos o seu ambiente de proliferação.

Como salvos, somos vítimas de uma sociedade suja. De governos que não investem na canalização e o reapro-veitamento de esgoto. Não providenciam água potável para os mais pobres. Que se comprazem na miséria, sujeira e analfabetismo de boa parte da população, para tê-la como fonte de votos. É hora de reagir, a começar por nossos lares.

Façamos guerra à sujeira, aos maus políticos, à fanfar-ra com fins eleitoreiros, e, especialmente, ao mosquito transmissor da dengue, chi-kungunya e zika vírus. Deus ama a limpeza.

excesso de autopreservação, de autoproteção, tem criado uma geração de covardes. São palavras impactantes, fortes, mas reais. Quer ver? O mimo exagerado com os filhos determina dependên-cia quase eterna para com os pais. Nem parece que cria-mos filhos para o mundo. Na essência disso está o medo. O receio de que os filhos sofram ou fracassem. Negar que possam enfrentar dificul-dades ainda jovens pode ser um despreparo para a vida.

Na Bíblia, um dos exem-plos de como vencer o medo está na vida do rei Ezequias. No ano de 701 a. C., sentiu--se ameaçado pelas campa-nhas militares assírias. A fama de mal dos invasores vinha com uma estratégia de se-dução do povo a se entregar em troca de resguardar suas vidas. Por medo da morte, Ezequias se derramou a orar perante o Senhor e foi aten-dido. O que quero dizer é simples: “Muitos de nossos temores só acabam quando recorremos ao Senhor”. Não é o amigo, o parente ou um conhecido que conseguirá fazer isso. Creia!

Eta, mosquitinho teimoso!

Epidemia do medo

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4 o jornal batista – domingo, 28/02/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Doar com alegria não faz falta

reflexão

“Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento” (Mc 12.44).

Estando no Templo, Jesus observava os doadores de ofertas, os quais procuravam

prestígio religioso, em fun-ção da riqueza de suas dá-divas. De repente, para uma pobre viúva, que doou duas moedinhas sem valor: “To-dos deram do que lhes sobra-va; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Mc 12.44).

Na Sua avaliação do episó-dio, Jesus começa lamentan-do a postura daqueles que entregam ao Reino de Deus as suas sobras. Porque nos-sa vida espiritual significa, na realidade, o melhor que existe. Consequentemente, é

um erro muito sério dedicar insignificâncias em nossas relações com as dimensões que exigem nossa mais so-fisticada energia. Portanto, o tamanho das nossas ofertas não deve ser avaliado como tendo importância. O que vale é a motivação que nos leva a entregar nossos bens ao Senhor.

No Seu comentário, Jesus termina com um elogio à coragem da pobre viúva. As duas moedinhas entregues ao Senhor constituíam uma corajosa postura de confian-ça em Deus. Sua atitude nos declara: “O Senhor proverá”. Foi neste contexto que Paulo declarou: “Deus ama ao que dá com alegria”. Nem Jesus, nem Paulo nos ensinam que doar a Deus é um bom in-vestimento financeiro. Mas ambos concordam ser um ex-celente exercício espiritual.

Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista Jardim Mauá - Manaus - AM

Se quisermos, podemos transformar a nossa vida em um poço de lamúrias, ficando ali

submersos. Podemos tam-bém, elevando-nos dos quei-xumes mesquinhos, transfor-má-la em um hino de grati-dão, em um canto sublime ao Deus Criador, cujas mãos não se acham encolhidas para nos abençoar. “Bem ne-nhum sonega aos que andam retamente” (Sl 84.11).

Robinson Crusoe passou 27 anos como náufrago em uma ilha tropical. Parafraseando uma parte da introdução do seu diário, chamaríamos as suas listas: “lista de queixas” e “lista de agradecimentos”. Queixa: “Encontro-me desilu-dido e sem esperança, nesta ilha deserta”. Agradecimento: “Não me afoguei como o res-to de meus companheiros de barco”. Queixa: “Não tenho roupa”. Agradecimento: “O clima é quente; se tivesse roupa, não poderia colocá--la”. Queixa: “Não tenho

modos de proteger-me dos homens e das feras”. Agra-decimento: “Aqui não vejo nenhuma besta selvagem que me possa ferir, ainda que as tenha visto na costa africana. O que teria acontecido comi-go, se houvesse naufragado ali?”. Queixa: “Não tenho ninguém a quem pedir socor-ro”. Agradecimento: “Deus levou o barco para tão perto da costa que tenho podido tirar todo o necessário para sobreviver durante o resto da minha vida”. Que pelo resto de nossa vida e, além dela, possamos cantar para sempre as misericórdias do Senhor, nosso Deus, como está escrito em Salmos 89.1.

Há outra história que me-rece destaque. A do notável músico Frederick Handel. A rejeição pelos músicos de sua época, a morte do pai, a enorme dificuldade de pu-blicar as suas composições, a falência que experimentou quando transferiu-se da Ale-manha para a Inglaterra não abateram o genial artista. Pelo contrário, no seu cabal desespero, clamou a Deus e a resposta foi a inspiração

para compor músicas ma-ravilhosas, entre as quais, “O Messias”, que encanta o mundo todo.

Que nos falte tudo, menos a gratidão, como bem ex-pressou a sempre admirada poetisa Stela Câmara Dubois: “Oh, que me falte amparo nos escolhos / Falte-me o pão e a luz dos próprios olhos / Porém, nunca me falte a gratidão”.

E esta gratidão uma vez concebida no coração, na vida, redundará, é certo, em amor a Deus e ao próximo. Resultará em ações altruísti-cas que operem no sentido de corrigir as desigualdades sociais. “É somente no amor que o desigual pode ser feito igual”, afirmou o filósofo Kierkegaard.

Portanto, que não fique-mos prostrados, chorando às margens dos rios da Ba-bilônia, mas nos levante-mos, retomando as harpas dependuradas, para exaltar a Deus e abençoar o próximo, pois, com efeito, “Grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres” (Sl 126.3).

Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB

O Tabernáculo, en-tre os israelitas, era um templo portátil, onde se

realizavam os cultos públi-cos durante a peregrinação no deserto, até o reinado de Salomão. Era não só o tem-plo de Deus, mas sua habi-tação, o lugar marcado para o encontro do Senhor com o seu povo. A partir do ca-pítulo 25 de Êxodo, temos a narrativa minuciosa da cam-panha e construção do novo

santuário. Eis um trecho: “Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés. E veio todo homem cujo coração se moveu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a ten-da da revelação”. Os mais preciosos e diversos mate-riais passaram a ser trazidos para a campanha: Ouro em grande quantidade, prata, bronze, madeira de acácia, além de broches e anéis, braceletes, etc. E, como toda campanha dirigida por Deus é vitoriosa, aquela não foi diferente.

O povo, entusiasmado e motivado, trouxe ofertas além do necessário. Houve excesso de ofertas. Libera-lidade em grau superlativo. Tanto que, quando os artífi-ces da obra, tendo à frente Besaleel, perceberam o que estava acontecendo, disse-ram a Moisés: “O povo traz muito mais do que o neces-sário pra o serviço da obra para a oferta do santuário. E o que Moisés deu ordem que se propalou pelo arraial: “Ne-nhum homem, nem mulher faça mais alguma obra para a oferta do santuário. Assim,

o povo foi proibido de trazer mais” (Ex 36-1-6).

Será que o mesmo acon-tece em nossos dias? É claro que não. A não ser em algum caso excepcional de liberali-dade. O que há, na maioria das vezes, é sonegação dos dízimos e ofertas, omissão quanto a contribuir financei-ramente para a mantença da Obra de Deus, em uma de-monstração de egocentrismo que destoa frontalmente do espírito do Evangelho, que é de doar, ajudar e colaborar, visando o progresso do Reino de Deus aqui na terra.

As desculpas, por mais apa-rentemente corretas que se apresentem para tal omissão, não a justificam, mas somen-te demonstram o apego de-masiado às coisas materiais em alheio ao que concerne à causa do Evangelho. Daí, a necessidade de um reestudo da doutrina da mordomia cristã, à luz da Bíblia, por parte das nossas Igrejas. Ao meu ver, a iniciativa para tal reestudo depende das lideranças. Sob a bênção e direção de Deus, vamos mu-dar o quadro que está diante dos nossos olhos.

Menos lamentação,

mais gratidão

Excesso de ofertas (II)

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5o jornal batista – domingo, 28/02/16reflexão

Lembro-me de ter escutado um dia, quando uma colega de turma que eu também mal conhecia estava falando que precisava criar um e-mail para ela, mas ela não sabia como fazer. Eu me prontifi-quei: “Olha, se você quiser, criamos um e-mail agora para você”. “Sério? Você faria isso por mim?”, disse ela. Eu disse que sim e, se não me engano, fomos criar o e-mail. Detalhe é que estava na hora de começar a aula. Eu não me importei com isso. Não quero ficar enjoando ninguém com minhas histó-rias, mas se você chegou até aqui, o texto não deve estar tão ruim (risos). Um dia, ao chegar à secretaria da escola na qual trabalho, ouvi uma professora reclamando de um aluno dela, que ele era muito bagunceiro e ela não estava aguentando mais. Nós dávamos aula para turmas da mesma série, então, disse a ela que podia mandar o

tudo vai bem é fácil, agora, ter bom ânimo quando tudo parece perdido, não é fácil. Como cristãos devemos agir assim, fazer a nossa parte, o que depende de nós; sempre ter bom ânimo.

Deus dá a cada um de nós inteligência, saúde, portas são abertas para que apro-veitemos com sabedoria. Então, diante de problemas, diante de situações compli-

aluno para minha turma, se a nossa chefe concordasse. Ela ficou espantada por eu querer um aluno baguncei-ro, mas o que eu queria era ajudá-la. A chefe aceitou, o aluno foi para minha turma e a professora trabalhou mais tranquila naquele ano. Já está cansado? Prometo que vou encerrar!

Se todas as pessoas do mundo resolvessem fazer o bem, o nosso mundo se-ria muito melhor. Pequenos gestos, pequenas atitudes podem significar muito para quem está precisando. Ten-te murmurar menos, sorrir mais e fazer o bem a quem precisa. Se você colocar isso como um dos seus objetivos de vida, verá como sua vida será mais agradável. Além disso, você contribuirá para que a violência diminua, será exemplo de boa conduta e agradará a Deus. Vamos viver para fazer o bem? Deus te abençoe!

cadas, vamos reagir, vamos com muito esforço e bom ânimo atravessar o mar re-volto.

O que não depender de nós, Deus agirá. A Palavra de Deus afirma: “Agindo eu, quem impedirá?” (Is 43.13). Deus age nos impossíveis, então fique tranquilo. Vamos fazer a nossa parte e descan-sar nos braços do nosso bom Deus.

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ

Você está ligado nas notícias, seja atra-vés da TV, da inter-net, dos jornais im-

pressos ou de outras formas? Se a resposta for sim, já deve ter percebido como o nosso mundo é mau. A Bíblia fala sobre isso: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (I Jo 5.19). O maligno está aparecendo cada vez mais através de diversas formas e uma delas é a violência. As pessoas brigam por nada. Tudo é motivo para uma discussão, um desentendi-mento e, infelizmente, um assassinato.

É o fim dos tempos, não tenho dúvidas. As pessoas brigam no trânsito, marido e mulher brigam sei lá por que, uma pessoa olha para a outra e já quer “voar no pescoço

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Às vezes, o desânimo toma conta da nossa vida. Desemprego, perda de um ente

querido, doença, tudo isso leva ao desânimo. Às vezes, o desânimo é tanto que chega a desenvolver depressão, do-ença que deixa a pessoa sem vontade de reagir.

dela”. Lamentável! E quando vão praticar a justiça é sem-pre com violência, com uma faca, um revólver. Em um tempo como o nosso, cabe bem lembrar aos cristãos que podemos fazer a diferença. Vou melhorar isso: Temos que fazer a diferença. Você concorda?

“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a to-dos...” (Gl 6.10). É bíblico. Nós podemos mudar esse quadro. Nós podemos fazer deste mundo, um mundo melhor. Como? Fazendo o bem. Sim, fazendo o bem! Não vamos agir do jeito que agem as pessoas sem Deus. Se você é cristão, não pode entrar no jogo do maligno. Se o maligno quer briga, morte, confusão, o cristão quer paz, harmonia, relacionamentos saudáveis. O cristão quer fa-zer o bem. É impressionante quando vivemos para fazer o bem; as pessoas ficam es-pantadas.

A vida nunca foi fácil para ninguém, temos que lutar para conseguir os nossos ob-jetivos. Jesus, certa ocasião, falou que no mundo teríamos aflições, problemas, teríamos que enfrentar os obstáculos da vida.

Quando Josué foi esco-lhido para ficar no lugar de Moisés ele recebeu uma responsabilidade enorme, teria que conduzir o povo de

Fazer o bem é muito bom! Lembro-me de algumas coi-sas que já fiz pelas pessoas, penso nas que tenho feito e isso me deixa feliz. Já me ajoelhei no corredor de uma Universidade para falar bo-beiras para uma amiga que estava mal e só me levantei quando ela riu para mim. Isso é muito bom! Um dia, entrei na sala e só vi uma aluna. Não lembro se era intervalo ou outra coisa, mas lembro-me que ela estava chorando muito. Fui per-to dela, abaixei-me e falei: “Olha, sei que nós mal nos conhecemos, não somos amigos (eu estava começan-do o curso ali), mas se pre-cisar desabafar, pode contar comigo”. Ela não quis falar nada, só me agradeceu atra-vés de gestos. No outro dia ou dias depois (não lembro), ela chegou perto de mim e agradeceu por ter colocado--me à disposição de ouvi-la. Isso não é bom?

Israel até a terra de Canaã. A palavra de Deus para Josué foi: “Esforça-te”.

A palavra “esforça-te” sig-nifica que temos que fazer algo, temos que agir e reagir diante de situações adver-sas. Diante de situações difíceis é necessário ter bom ânimo, que significa estar contente em toda e qual-quer situação.

Ter bom ânimo quando

Vamos viver para fazer o bem?

Esforça-te e tem bom ânimo

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6 o jornal batista – domingo, 28/02/16

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7o jornal batista – domingo, 28/02/16missões nacionais

Adriana Dias, missionária - Instituto Batista de Carolina

“E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá. Assim vos diz o Senhor: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, porque a peleja não é vossa, mas de Deus” (II Cr 20.15).

Desde minha che-gada em Caroli-na - MA, esse tem sido o versículo

que tem acompanhado-me. E realmente Deus tem pelejado por nós. E esse será o tema que trabalharemos esse ano em relação a todas as ques-tões que envolvem a escola: Bullying*, drogas, alimen-tação desregrada, pedofilia, sexualidade acelerada e etc.

Começamos o ano muito bem: Fizemos uma reforma na escola, que está a cada dia mais bonita, mais limpa e com um ambiente mais organizado. Reformamos a secretaria, que estava terrível, pintamos a área interna e externa, com-pramos mais duas estações de ar-condicionado e pintamos o auditório. Além disso, os professores decoraram todas as salas. Está bem bonito.

Além da reforma na escola, também está sendo feita a reforma das casas da Junta. Uma já havia sido feita as-sim que cheguei e logo foi alugada. As outras duas estão sendo finalizadas (Uma eu moro e a outra logo será alu-gada também; já tem pessoas interessadas).

Revitalizar os imóveis da Junta de Missões Nacionais traz benefícios para a ima-gem do colégio também, pois as pessoas têm visto que estamos em processo de mudança e movimento. Isso tem sido bom.

Na parte administrativa estamos colocando as coisas em ordem e queremos ter um administrativo gerido com excelência.

Fizemos também nossa semana de capacitação peda-gógica. Foi uma semana ma-ravilhosa! Aprendemos muito com outras escolas brasileiras e estrangeiras, debatemos muitos temas importantes e tomamos decisões para

o ano de 2016. Deus nos abençoou.

Também tivemos nosso Pri-meiro Café de Boas Vindas, quando tomamos café da ma-nhã com nossos pais e respon-sáveis e fizemos a primeira reunião do ano, apresentando nossa proposta pedagógica. Em um dos comentários no Facebook, uma das mães dis-se que foi uma programação como há muito tempo não via e parabenizou toda a equipe. Isso nos alegra.

Estamos conseguindo dimi-nuir a inadimplência. Muitos pais foram surpreendidos por não poderem renovar a ma-trícula e muitos pagaram os débitos. Glória a Deus!

Estamos também buscando padrinhos para os nossos bol-sistas de 100%. Dessa forma, forneceremos a bolsa, mas tere-mos a receita e isso nos deixará mais saudável financeiramente. Após o Carnaval, quero come-çar a fazer agenda e levantar o PAM para o colégio.

Queremos colocar nosso auditório para funcionar: O IBC é um campo muito fértil. Aqui, temos várias possibi-lidades de trabalho e portas para evangelizar, e queremos usar as atividades artísticas e esportivas para movimentar nossa escola. Esse ano te-mos o nosso aniversário de 80 anos e a história do IBC mistura-se a história de Ca-

rolina. Queremos fazer uma linda festa de celebração ao Senhor!

Estou muito animada com o ano de 2016 e muito feliz por estar aqui. Deus me deu um grande presente, que tem sido revitalizar esse colégio. Não tem sido fácil para mim. Tenho achado mais difícil do que trabalhar na Cristolân-dia, mas tenho aprendido muito, e espiritualmente tem sido um grande momento com Deus, pois sei que Ele é quem tem me capacitado. Orem por nós!

* Ato de violência física ou psicológica, intencional e repetido contra uma pessoa.

“Porque a melhor prevenção é educar!”

Capacitação pedagógica

Café da manhã promovido pela equipe do IBCSala decorada

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8 o jornal batista – domingo, 28/02/16 notícias do brasil batista

Isabella Pires, membro da Segunda Igreja Batista em Santa Luzia - São Gonçalo - RJ

Durante os d ias de Carnaval, cer-ca de 70 jovens aceitaram um de-

safio: Pregar o Evangelho pe-las ruas, praças, semáforos e praias de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, cidade que durante essa época recebe grande quantidade de turistas e que apresenta praias lotadas e ruas com inúmeros blocos carnavalescos.

Em deparo com o cenário espiritual da cidade, esses jovens enxergaram a ne-cessidade do Evangelho ser pregado naquele local atra-vés do Projeto evangelístico Jesus Água da Vida (JAV), realizado pela 16ª vez pela Primeira Igreja Batista em Ar-raial do Cabo, com a finali-dade de proclamar a respeito da salvação em Cristo para as pessoas que encontram

pelo caminho. O nome “Jesus Água da

Vida” baseia-se em João 4.13-14, no qual entende-mos que Jesus é Água da vida, o Único que pode sa-ciar a sede espiritual do ser humano. Nesse Projeto os voluntários - que vêm de di-ferentes Igrejas e estados do país - trabalham no sábado, domingo, segunda e terça. A rotina começa pela manhã, quando todos os voluntários, vestidos com a camisa do JAV, saem pelas ruas, alguns tocando latas e tambores para chamar a atenção dos transeuntes, outros girando swing poi (fitas coloridas usadas no malabarismo), outros cantando e outros intercedendo até chegarem nas praças ou praias. Ao che-gar ao local programado, são realizadas apresentações ar-tísticas para o público. Logo após, os participantes são divididos em grupos para a abordagem pessoal, quando os voluntários conversam,

explicam o que é o JAV e falam a respeito de Jesus, e tudo que Ele fez pela huma-nidade. Logo após, todos re-tornam à Igreja para almoçar e descansar. No período da tarde, os voluntários saem novamente às ruas e retor-nam para a Igreja a fim de preparem-se para o culto, que ocorre todos os dias no período da noite.

O JAV de 2016 contou com menor número de vo-luntários e com a estrutura menor do que nos anos an-teriores, mas nada impediu que o poder de Deus agisse. Todos os voluntários volta-ram diferentes para as suas casas e Igrejas locais. Diver-sos feitos foram realizados, como: Entrega de água no sinal para os motoristas, car-tazes expostos com as frases “Jesus te chama”, “Deus tem saudade de você”, tudo isso com o intuito de que o Amor de Deus fosse anunciado. Graças a Ele, pessoas foram salvas, outras reconciliadas

e algumas edificadas. As estudantes Isabella Pires e Raquel Bastos tiveram uma experiência marcante a res-peito.

“Eu vi que Deus queria que eu falasse com uma menina que estava na praia, quando eu e a Raquel falamos com ela descobrimos que ela já é cristã e que sentia-se enver-gonhada por não evangelizar ninguém. Conversamos com ela e ela entendeu que nun-ca é tarde demais para evan-gelizar e vimos que Deus acendeu no coração dela o desejo de falar de Jesus para as pessoas”, afirma Isabella.

O cansaço e o sol forte não foram suficientes para im-pedir que a boa Obra fosse realizada. O que os voluntá-rios - e todas as pessoas en-volvidas no Projeto – podem afirmar é que por mais que eles estivessem no local para abençoar o próximo, no final são os próprios voluntários que saem mais abençoados, porque para eles, pregar o

Evangelho é uma honra, e algo que eles se alegram em fazer, como afirma Jéssica Oliveira.

“Nunca havia participado de um Projeto evangelístico no Carnaval. As pessoas esta-vam abertas e sensíveis para ouvir a Palavra de Deus. Foi gratificante e ano que vem estarei novamente falan-do do Amor de Deus para aqueles que necessitam, junto com meus amigos da Pibac!”, declara a voluntária.

O JAV é um desafio, é quando os voluntários que-bram as paredes do confor-mismo e desbravam as ruas em uma época difícil, para compartilhar sobre o Salva-dor. Para quem participou, só resta a saudade dos mo-mentos incríveis vividos ali, mas também a certeza de que a aventura de viver com Deus apenas começou e que foi dada a largada: O Ide é para todos, em qualquer lugar e em qualquer época do ano.

Conheça o JAV, Projeto evangelístico da Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ

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9o jornal batista – domingo, 28/02/16notícias do brasil batista

Tiago Monteiro, jornalismo da Convenção Batista Carioca

Por muito tempo a Ig re ja de ixou de aproveitar as oportu-nidades de evange-

lização durante o Carnaval. Mas há cerca de 20 anos essa visão mudou e, entre os Batistas cariocas, existe um grupo crescente de pessoas que estão decidindo impactar vidas, levando o Evangelho durante a Festa da Carne. O Impacto de Carnaval, re-alizado pelo departamento missionário da Convenção Batista Carioca (Missões Rio), contou com a participação de 350 inscritos neste ano de 2016. Divididos em cinco equipes de evangelização e de intercessão, eles de-safiaram as trevas e, como prometido pelas Escrituras, venceram o domínio do mal com a verdade que liberta.

Durante o Carnaval, quem passou pela região do sambó-dromo viu gente de todas as idades impactando vidas. No uniforme, uma frase chamava a atenção: “Eu sou a fonte da vida”. A princípio, uma frase solta, mas que aguçou a curiosidade e abriu portas para a evangelização. Cada oportunidade foi aproveitada como se fosse a última. O brilho nos olhos dos impac-tantes contagiou e foi canal de bênçãos para muitos que estavam sedentos da Água da Vida. Falando em brilho, destaque para a irmã Cenira Meira, que, aos 72 anos, deu exemplo de vida cristã e com-

promisso com o Reino para os voluntários mais jovens. Incansável, ela evangelizou e testemunhou do que Cristo pode fazer por quem aceita seu convite de salvação.

Ao contrário de irmã Ceni-ra, esta foi a primeira vez em que Juliana Alves, da Igreja Batista Monte Horebe, em Campo Grande - RJ, partici-pou do Impacto de Carnaval. Ela, que nutre fortes expec-tativas com relação ao mi-nistério de missões, lembra que se “apaixonou de cara” ao ouvir as experiências de uma amiga que já tinha par-ticipado do Projeto. “É uma experiência perfeita porque ali a gente vê o que Jesus quis dizer com o Ide, com o amar o próximo e a importância disso”, afirma. Ela, que no início sentiu alguma dificul-dade nas abordagens diretas, notou a grande carência que as pessoas possuem, mesmo em meio ao Carnaval, de conversar sobre os grandes dilemas da vida e a esperan-ça de mudança a partir do contato com Cristo. “Como as pessoas estão sedentas de amor! E a Palavra de Deus é realmente a única que pode mudar tudo!”.

Além de provocar mudan-ças na vida daquele que é alvo do Projeto, o Impacto muda a perspectiva de quem participa. Marianna Von Kru-ger, da Igreja Batista Nova Je-rusalém, em Sampaio, afirma que o evento também tem uma proposta de edificação que gera crescimento. “Saber que temos um objetivo des-ses (de evangelizar) nos faz

crescer em Cristo e conhecer Sua Palavra para passar vida para essas pessoas. Tudo que sabemos é muito pouco e lá (no Impacto) a gente quer crescer e conhecer mais de Deus”, afirma Marianna.

Porém, em alguns momen-tos, a lógica do impacto se inverte. Ou seja, o próprio folião vai ao encontro do vo-luntário e abre seu coração, como lembra o pastor Cleu-dair Godoi, da Igreja Batista Itacuruçá - RJ. “As pessoas começaram a observar nossa chegada e um casal que esta-va desviado (do Evangelho) viu a frase da camisa e aquilo chamou a atenção deles. Esse casal chamou um trio de impactantes para conversar e disse que tinha colocado Deus à prova, pois já estavam incomodados com o estilo de vida que estavam viven-do. Os voluntários puderam dizer que eram a resposta de Deus naquela ocasião e aquelas pessoas se reconcilia-ram com Cristo, aos prantos”.

As abordagens de rua conta-ram com uma força-tarefa es-pecial, que priorizou a evan-gelização de crianças durante o Carnaval. Dessa maneira, enquanto adultos eram alcan-çados, meninos e meninas também recebiam atenção especial, em uma linguagem acessível. A responsável pela estratégia, Vania Carvalho, explica que as crianças tam-bém carecem de Deus e estão sedentas de Cristo. “Sabemos que o mundo jaz no maligno e que as crianças são o futu-ro do nosso país. Portanto, precisamos investir nelas.

Nesse ano sentimos a sede dessas crianças e percebemos que isso aumenta a cada ano. Elas estão nos procurando”, comenta.

A oração constante foi um elemento fundamental para a realização das ações desse ano. Um dos líderes de inter-cessão, Filipe Zappala, da Se-gunda Igreja Batista de Petró-polis - RJ, explicou que parte dos impactantes intercessores permaneciam na base – o Colégio Batista Shepard, na Tijuca - RJ – enquanto outros seguiam ao campo, como integrantes de equipes. Dessa forma, foi possível uma co-bertura espiritual completa. “Oramos e cuidamos dos voluntários. Quando a gente chega e começa a orar, as pessoas param e prestam atenção. Muitos afastados do Evangelho também vol-tam e vemos nisso o agir de Deus”. Sobre o desafio de levar a Igreja a sair das qua-tro paredes, Filipe afirma: “A gente tem passado por um momento difícil na Igreja bra-sileira. Temos discutido isso

em congressos e seminários. Vemos que a Igreja tem dei-xado de cumprir o Ide, tem se prendido apenas a projetos internos. Mas todos os anos temos recebido uma nova geração de inconformados. Uma geração que está sim dentro das Igrejas, mas que sabe que precisa trabalhar lá fora, evangelizando”.

O coordenador do Impacto 2016, pastor Miguel Kopa-nishin, avaliou a ação mis-sionária como abençoadora para as vidas que foram al-cançadas e para os voluntá-rios participantes. “Esse é o nosso desafio: Levar a mensa-gem e a esperança que há em Cristo Jesus. Este é o impacto: Preparação de vidas, Igrejas envolvidas, jovens envolvi-dos para que Cristo Jesus seja levado a todos”.

Você pode conferir vídeos

e fotos sobre o Impacto de Carnaval 2016 pela rede social facebook.com/impac-todecarnaval ou pelos sites batistacarioca.com.br e mis-soesrio.com.br

Impactando vidas no Rio de Janeiro

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10 o jornal batista – domingo, 28/02/16 notícias do brasil batista

Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira - SP

Os dias 06, 07 e 08 de fevereiro de 2016 ficarão marcados na ci-

dade de Artur Nogueira, em São Paulo. A Igreja Batista Memorial de Jundiaí, Primei-ra Igreja Batista de Franca e Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira juntaram as forças e fizeram diferença na cidade com o Projeto IDE-M Artur Nogueira 2016.

O IDE-M é um Projeto que começou na Igreja Batista Memorial de Jundiaí-SP em

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - GO

Nos dias 06 a 08 de fevereiro de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Mi-

guel do Araguaia - GO, Igreja liderada pelo pastor Joel Vi-cente Fernandes, aproveitou o feriado de Carnaval para trabalhar na Obra do Senhor e evangelizar a modesta cida-de no extremo norte goiano. Veterano no trabalho Batis-ta de implantação de Igreja no campo goiano, o pastor Joel Fernandes levou a Igreja onde pastoreia, em parceria com irmãos da Primeira Igreja Batista em Anápolis (Congre-gação Batista Betel no Vívian Parque) e da Igreja Batista Israel a promoverem um pro-jeto evangelístico intitulado “Eu escolho Deus”. A esco-

2006. Através do apoio de instituições públicas e pri-vadas tem mobilizado mais de 300 voluntários a cada edição, durante o período de Carnaval, a fim de prestar serviços gratuitos de saúde preventiva, educação, lazer, recreação infantil, entre ou-tros, levando esperança a comunidades mais carentes.

Cerca de 300 voluntários trabal haram durante três dias, cada um na sua área, mostrando o amor de Cris-to Jesus por pessoas. Cerca de 3.948 pessoas na cidade foram alcançadas, sendo: 59 pessoas atendidas pelo Jurídico; 108 pessoas atendi-das na nutrição; 329 pessoas

lha do tema pareceu ter sido bem acertada, pois foi usado na mesma ocasião por outra denominação na cidade.

O trabalho foi constituído por etapas e desenvolveu-se em diferentes momentos: Visão, missão, planejamen-to, mobilização e execução. A Igreja separou cinco dias para oração, este período culminou na sexta-feira, 05 de fevereiro, com uma vigília de oração, um dia antes da pri-meira ação evangelizadora do grupo, um culto ao ar livre na Praça Vereador Ovídio Mar-tins, no coração da cidade.

No domingo, dia 07, após o culto matutino e a realiza-ção da Escola Bíblica Domi-nical (EBD), foi servido um delicioso almoço para toda a Igreja. O cardápio foi um típico prato da culinária goia-na, galinhada com pequi. No período vespertino ocorreu

atendidas com medição de glicose; 423 pessoas atendi-das na medição de pressão; 81 crianças foram ensinadas a escovarem os dentes; 68 pessoas ouviram a história bí-blica do Livro sem Palavras; 374 pessoas atendidas no corte de cabelo; 36 pessoas fizeram o teste de visão; 173 pessoas passaram pela ma-nicure; 583 crianças partici-param do Culto Infantil; 554 pessoas passaram pelo teatro e 960 casas foram evangeli-zadas.

No dia 08 (Segunda-feira) a Associação de Idosos Desam-parados (AIDAN) de Artur Nogueira foi visitada e foi realizado um culto com os

distribuição de folhetos com evangelização na Rua 07, setor Oeste, localidade onde a Igreja pretende começar um trabalho com crianças e famílias, o Projeto “Geração futuro”, e abrir uma Con-gregação em breve. A cele-bração do primeiro culto no terreno destinado a abertura do trabalho foi um momento histórico na vida da Igreja. Deus abençoou sobremanei-ra a semeadura naquele dia, ao ponto de conceder uma decisão ao lado de Cristo, a do senhor José Ferreira, que adentrou no local de culto, mascarado de caveira, fanta-sia que utilizava na festa de Carnaval em curso na cidade.

Ainda no dia 07, no culto da noite, vários irmãos da Igreja consagraram suas vidas a Cristo e fizeram votos de maior dedicação ao Ide do Mestre. A Graça do Senhor

idosos. A AIDAN recebeu as seguintes doações dos irmãos da Igreja Batista Memorial de Jundiaí-SP: 1.200 fraldas, 1 cadeira de rodas, 200 pastas de dentes, bolachas, doce, arroz, feijão, macarrão, pro-dutos de limpeza, shampoo, condicionador, sabonetes, aparelhos de barbear.

Todas as noites aconte-ceram programação com música, proclamação da Pa-lavra de Deus e distribuição de lembranças. Na primei-ra noite, sábado, o pastor Cleverson Pereira do Valle trouxe a mensagem; no do-mingo, foi o Palhaço Juninho (Bebedouro-SP) e, no encer-ramento, na segunda-feira, o

foi manifestada abundante-mente trazendo quebranta-mento e restauração espiritu-al através da Obra do Espírito Santo de Deus naquele dia em sua Igreja. Realmente vale a pena investir em ações que buscam ganhar almas para Cristo. Como bem disse o pastor e colaborador de OJB, Manoel de Jesus The (OJB – Ed. 06, ano 2016, pág. 14): “(...) A partir dessa experiência passei a acreditar que, o melhor, no Carnaval, em vez de nos isolarmos, é sair para enfrentar o inimigo no seu próprio território...”.

Realmente tudo o que Deus faz é maravilhoso, e sem me-dida a Sua bondade. Além de nos salvar da condenação eterna, Ele nos chama a nos juntarmos com ele naquilo que Ele já está fazendo em sua obra de redenção do homem. A alegria de servir a Deus é

pastor Manassés de Oliveira.Todos os dias uma equipe

de Teatro de Rua saia pelas ruas de Artur Nogueira anun-ciando o Evangelho de Jesus Cristo. Também um grupo de pessoas passou de casa em casa cumprindo o Ide de Jesus.

Queremos agradecer aos pastores Aderson Cardoso, Manassés Gottschlish de Oli-veira (Igreja Batista Memorial de Jundiaí - RJ), Claudinei Araújo (Primeira Igreja Batista de Franca), pelo investimento em nossa cidade. A Deus toda a honra e toda a glória por tudo o que foi feito e visto nestes dias na cidade de Artur Nogueira.

contagiante e não existe nada comparável a ela. É muito pra-zeroso servir ao Senhor, assim como diz o poeta sacro na letra do Hino 382 do Cantor Cristão: “Tenho gozo e alegria celeste / Quando vou adorar ao Senhor / Com os crentes em Cristo, na Igreja, Quando juntos rendemos louvor”.

É de estranhar a existência do grupo de pessoas que se con-tenta apenas com a experiência da salvação e não entregam--se por completo à Obra do Senhor. Que todos possamos compreender e praticar a orien-tação do Mestre onde diz: “Mas ele disse: Antes bem--aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lc 11.28). “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração” (Sl 37.4). “O fruto do justo é árvo-re de vida, e o que ganha almas é sábio” (Pv 11.30).

Batistas fazem a diferença em Artur Nogueira - SP

Projeto evangelístico no Carnaval promove crescimento espiritual em São Miguel do Araguaia - GO; confira!

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11o jornal batista – domingo, 28/02/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O templo da Primei-ra Igreja Batista do Rio de Janeiro recebeu no dia

15 de fevereiro o culto da cerimônia de formatura do Master of Theological Studies (MTS), um curso de teologia com ênfase em missões, do qual participaram os pasto-res Paulo Pagaciov e Renato Reis de Oliveira, de Missões Mundiais. Também estão no mesmo curso, porém, se formarão mais à frente, o missionário mobilizador Luis César Queiroz e a missioná-ria Vládia Soares.

A primeira turma do MTS, oferecido pelo Southeastern Baptist Theological Semi-nary em parceria com a In-ternational Mission Board (IMB, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos) e as Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira (CBB), teve 23 formandos. Eles foram prestigiados por representan-tes de suas famílias e Igrejas durante a formatura.

O presidente da CBB, pas-tor Vanderlei Marins, saudou

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

A a m p l i a ç ã o d o Cen t ro Méd ico Esportivo Fábrica da Esperança, na

África Ocidental, segue em ritmo acelerado. Segundo os missionários que coor-denam o projeto, Timóteo e Ester, algumas salas já estão pintadas, aguardando ape-nas a colocação das portas e janelas, já compradas. As-sim como já acontece com a pré-escola e a escolinha de futebol Fábrica de Espe-rança, este centro médico leva esperança a centenas de famílias da região, hoje considerada área de risco à pregação do Evangelho de Cristo.

Timóteo e Ester estão nes-te país de maioria islâmica há cerca de 10 anos. Ele, como fisioterapeuta, e ela, como dentista, testemu-

os formandos e presentes à cerimônia, dirigindo-se es-pecialmente aos representan-tes do Southeastern Baptist Theological Seminary, en-fatizando que a capacitação oferecida aos formandos está “pautada na Palavra de Deus” e será bênção para as Igrejas e o Reino de Deus.

Representando Missões Mundiais, o diretor executi-vo, pastor João Marcos Bar-reto Soares, lembrou o iní-cio do curso e como o que chamou de sonho se tornou realidade.

“Dirijo-me especialmente aos formandos desta primeira turma do MTS, dizendo que, quando sonhamos com isso,

nham sobre Cr is to com seus dons e talentos. Uma das vidas alcançadas é a do menino Mefibosete, de ape-nas cinco anos de idade.

Este garoto estava conde-nado a ser um deficiente físico pelo resto dos seus dias até que Deus colocou em seu caminho estes mis-sionários que o ajudaram a ter uma nova história.

Mefibosete estava aleija-do quando foi abandonado pelo próprio pai com sua tia. Agora, dois anos de-pois, este pai retornou e encontrou o filho andando, quase como uma criança normal.

“A tia dele, que é quem o cr ia , nos re la tou que o encontro dos dois foi emocionante. Ao ver o fi-lho andando, ele deve ter se perguntado: ‘De onde vem esse milagre?’. Nós sabemos que só pode ser a ação de Deus na vida dos Seus filhos que integram o

sonhávamos em enviar pes-soas mais capacitadas. Agora vemos isso como realidade, sendo possível através das ações que vocês empreende-rão”, afirmou.

“Por isso estamos felizes, sabedores de que agora temos mestres que pode-rão utilizar a formação que receberam para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento e, desta for-ma, preparem ainda melhor aqueles que seguirão para os campos”, acrescentou.

Durante o momento de ho-menagens, o pastor João Emí-lio Cutis Pereira, da Primeira Igreja Batista de Irajá – RJ, deu uma palavra de agradecimen-

centro médico Fábrica de Esperança”, conta Timóteo.

O pai, que já não tem boa saúde, foi até os missio-nários agradecer-lhes pela cura do seu filho. Contra-riando uma cultura que diz que homem não chora, ele se colocou aos prantos. En-tão, Timóteo e Ester apro-veitaram a oportunidade para revelar àquele senhor o amor de Deus em Cristo.

Vidas como es tas têm sido transformadas porque pessoas têm se comprome-tido em levar a esperança de Cristo ao mundo. Se você ainda não participa do que Deus está fazendo na África Ocidental e nos outros mais de 85 países onde Missões Mundiais está presente, faça parte hoje mesmo. Escreva para [email protected] e peça mais in-formações sobre o projeto Fábrica da Esperança ou outro que deseja apoiar.

to em nome dos formandos às Igrejas locais e também às agências missionárias da CBB, citando nominalmente o pastor João Marcos.

“Queremos expressar nossa gratidão às agências mis-sionárias da CBB. E pastor João Marcos, receba o abraço da nossa turma pelo empe-nho da JMM em pensar em nós, por nos ter apontado para o Southeastern Baptist Theological Seminary e por termos essa oportunidade, bem como pela riquíssima oportunidade que tivemos de conviver com aqueles que estão ligados a Missões Mundiais, irmãos nossos que honram nossa agência mis-

sionária e honraram nossa turma”, disse.

Ainda em sua palavra, o pastor João Emílio fez defe-rência ao pastor Ebenezer Soares Ferreira, referindo-se a este como uma “Pessoa que uniu e conseguiu viver a reflexão teológica, o pensar a vida acadêmica por ser um mestre, mas que nunca deixou de ser um plantador de Igrejas e pastor de Igreja local”.

O diretor geral da CBB, pastor Sócrates Oliveira de Souza, fez a oração final, após a qual os formandos re-ceberam os cumprimentos de familiares e amigos presentes à solenidade.

Capacitação teológica em missões

Criança vive mais um milagre de Deus em projeto da JMM

Pastor João Marcos, diretor executivo da JMM

Pastor Paulo Pagaciov recebe certificado das mãos do doutor John Ewart, diretor do Seminário que ofereceu o MTS

Pastor Renato Reis, coordenador do Cuidado Integral do Missionário, foi um dos formandos

ERRATA Na edição 08, do dia 21/02/2016, na página de Missões Mundiais (Pág 11), foi publicada uma imagem que não condiz com a matéria “Esperança aos chineses de Cabo Verde”. A fotografia com a legenda “Primeira unidade do PEPE no Timor-Leste começou a funcionar em janeiro” não faz parte da

publicação desta página, mas de outra matéria que ainda não foi publicada.

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12 o jornal batista – domingo, 28/02/16 ponto de vista

Samuel Rodrigues de Souza, pastor, especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seção RJ

Conhecemos algu-mas pessoas que ao se aposentarem ficaram deprimidas.

Os relatos de incidência de separações conjugais, doen-ças severas e até suicídios nos primeiros anos ou meses após a aposentadoria não são poucos.

Qual a solução? No mo-mento, devido ao achata-mento do salário dos aposen-tados, muitas pessoas passa-ram a fazer novos cursos e conseguir outros trabalhos, até diferentes daqueles a que dedicaram suas vidas. Isso é muito importante para tra-balhar os neurônios dos que foram abençoados por Deus com a longevidade.

Mas a aposentadoria pode gerar prejuízos para a saúde física e mental, revela uma nova pesquisa. O estudo, publicado pelo centro de estudos Institute of Econo-mics Affairs (IEA), com sede em Londres, descobriu que a aposentadoria leva a um

“drástico declínio da saúde” no médio e longo prazos. Segundo a IEA, a pesquisa sugere que as pessoas devem trabalhar por mais tempo por razões de saúde e também financeiras.

O estudo, realizado em parceria com a entidade be-neficente Age Endeavour Fellowship, comparou apo-sentados com pessoas que continuaram a trabalhar mes-mo após terem alcançado a idade mínima para a aposen-tadoria e também levou em conta possíveis fatores. Philip Booth, diretor da IEA, disse que os governos deveriam desregular os mercados e permitir que as pessoas tra-balhassem por mais tempo. “Trabalhar mais não será ape-nas uma necessidade econô-mica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis”, disse ele. Edward Datnow, presidente da Age Endeavour Fellowship, acres-centou: “Não deveria haver uma idade ‘normal’ para a aposentadoria no futuro”.

Na Grã-Bretanha, o gover-no já planeja elevar a idade mínima para a aposentadoria. “Mais empresários precisam pensar sobre como podem capitalizar em cima da po-

pulação mais velha e aqueles que querem se aposentador devem refletir duas vezes sobre essa questão”. O estu-do, focado na relação entre atividade econômica, saúde e política pública de saúde na Grã-Bretanha, sugere que há uma pequena melhora na saúde imediatamente depois da aposentadoria, mas cons-tata um declínio significativo no organismo desses indiví-duos no longo prazo.

Segundo a pesquisa, a apo-sentadoria pode elevar em 40% as chances de desen-volver depressão, enquanto aumenta em 60% a possibili-dade do aparecimento de um problema físico. O efeito é o mesmo em homens e mulhe-res. Já as chances de ficar do-ente parecem aumentar com a duração da aposentadoria.

De acordo com Hendricks (2000), “A aposentadoria que deveria ser uma chance de entrar no círculo dos vence-dores, acabou ficando mais perigosa do que automóveis ou entorpecentes. É a chan-ce de fazer tudo que leva a nada”.

A aposentadoria muitas vezes é uma transferência para a “terra de ninguém”, tremendamente inadequada

para a cultura contemporâ-nea, produzindo uma pessoa repentinamente desemprega-da e sem uma missão.

Não há na Bíblia nenhuma designação arbitrária de um tempo para parar de traba-lhar, assim como a ideia de sustento financeiro federal.

A Lei Mosaica fixou a idade para aposentadoria de levi-tas em 50 anos: “Mas desde a idade de cinquenta anos desobrigar-se-ão do serviço e nunca mais servirão, porém ajudarão aos seus irmãos na tenda da congregação, no tocante ao cargo deles; não terão mais serviço” (Nm 8.25-26).

Isso significa que eles não se aposentavam da vida e do ministério, pois passavam a orientar os sacerdotes mais jovens.

Moisés concluiu sua car-reira espetacular com 120 anos de idade em boa saú-de, como foi registrado nos últimos versos de Deutero-nômio. Josué, semelhante-mente, trabalhou até a sua morte aos 110 anos de idade. O Novo Testamento relata sobre Zacarias, o sacerdote, pai de João Batista, sobre o apóstolo Paulo e sobre João, o discípulo amado, todos

os quais são exemplos para trabalhar até o fim da vida.

Deus tem planos para as pessoas de idade mais avan-çada, o Senhor não criou ninguém para ficar de braços cruzados, esperando a morte chegar.

É necessário que haja um grande despertamento entre a população ociosa dos idosos brasileiros. Aposentadoria não é parar, é um estágio, uma fase.

Nossas Igrejas devem tratar com carinho e amor o seu grupo de idosos, formando ministérios e grupos, com a finalidade de desenvolvi-mento, pois atende às neces-sidades de associatividade do ser humano. Predispõe sentimentos de identidade e preserva a autoestima. Es-timula a união para superar problemas. Reduz inseguran-ças e ansiedades. Favorece a discussão de aspectos da realidade. Permite revisar conceitos. Serve como su-porte para a obtenção de in-formações, amizade e afeto.

“Levantai-vos e andai, por-que não será aqui o vosso descanso; por causa da cor-rupção que destrói, sim que destrói grandemente” (Mq 2.10).

Aposentadoria, um desafio para

o século XXI

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13o jornal batista – domingo, 28/02/16

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14 o jornal batista – domingo, 28/02/16 ponto de vista

Tudo o que somos e o que temos per-tence ao Senhor. Somos do Senhor

por direito de criação e por direito de redenção. Somos feitura Sua, obra de arte, poema, criados em Cristo Jesus para as boas obras, nas quais devemos andar sempre, segundo lemos em Efésios 2.10. A nossa glória, portanto, está nAquele que nos criou e nos redimiu em Cristo Jesus (João 1.3; Co-lossenses 1.13-16). Seja a benção de ser pai ou mãe; receber um presente muito valioso; comprar imóveis, carros; auferir um título aca-dêmico ou qualquer outro; a performance dos nossos filhos; o reconhecimento

no que fazemos ou qual-quer outra coisa, a glória é sempre do Senhor. Somos apenas coadjuvantes.

Paulo testemunhou: “Lon-ge de mim orgulhar-me ou gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está cru-cificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14). Toda a glória do velho apóstolo estava na cruz, no sacrifí-cio de Cristo. Por que ra-zão? Porque para ele a obra da cruz era vital, central, insubstituível e completa. Para ele, o viver era Cristo e o morrer, lucro (Fp 1.21). Eugene Peterson na sua tra-dução livre de Gálatas 6.14, diz: “Quanto a mim, não vou me orgulhar de nada a

não ser da cruz de nosso Se-nhor Jesus Cristo. Por causa daquela cruz, fui crucificado aos olhos do mundo, liber-tado da atmosfera sufocante da necessidade de agradar os outros e me encaixar nos padrões mesquinhos ditados por eles”.1 A proposta do apóstolo é viver para Cristo e não para agradar os outros, para fazer média com as pessoas e colher os frutos da promoção ou glória pessoal.

Nada deve nos impressio-nar, tomar o nosso coração e a nossa mente mais do que a cruz, a obra redentora de

1 PETERSON, Eugene. A Mensa-gem. Bíblia em linguagem con-temporânea. São Paulo: Editora Vida. 1ª. edição, 2011, p. 1662.

Cristo, a Sua morte e a Sua ressurreição por nós. Diante dos apelos do mundo e da religião, do desejo ser rele-vante aos olhos humanos, devemos dizer como Paulo, “Já estou crucificado com Cristo e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Isso significa não viver na dependência da glória deste mundo, mas vi-ver na dependência de Cris-to e me satisfazer nEle. Um servo do passado, citado por Tozer, orou: “Rogo-te que purifiques os intentos do meu coração com a indi-zível dádiva da Tua Graça, a fim de que te possa amar de modo perfeito e louvar--Te de um modo que seja digno”.

A nossa glória, portanto, está no Senhor e na Sua obra perfeita por nós na cruz e na ressurreição. Aprecio muito a adoração paulina: “Ó pro-fundidade da riqueza, da sa-bedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus cami-nhos! Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou o seu conselhei-ro? Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que lhe seja recompensado? Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A Ele seja a glória eternamente! Amém” (Rm 11.33-36). Aqui está a nossa glória e o nosso contentamento. Que O sir-vamos com essa motivação!

Onde está a nossa glória?

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15o jornal batista – domingo, 28/02/16ponto de vista

Já é consenso entre os estudiosos da Bíblia que fomos criados para a Gló-ria de Deus. Leia Isaías

43.7: “A todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que formei e fiz” (Is 43.7). Em Efésios, no capítulo 1, te-mos expressões que seguem também o mesmo rumo: “...Para o louvor da glória da sua graça...Para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra...Com o fim de sermos para o louvor da sua glória...” Veja também I Co-ríntios 10.31. E poderíamos citar outros textos, mas estes já nos ajudam a dar início ao assunto.

Viver pra a glória de Deus é uma expressão afirmativa te-ológica que resume o motivo para o qual fomos criados por Deus. Mas, é uma expressão um tanto abstrata necessi-tando ser um pouco mais clareada para que possamos colocar este alvo divino em prática em nosso cotidiano. Depois de pensar muito ten-tando encontrar uma resposta mais clara e didática, cheguei à conclusão de que poderia partir da discussão de Jesus sobre os dois grandes man-damentos (Marcos 12.28ss), afinal, se são os grandes man-damentos considerados por Jesus, seriam eles o clímax da vontade de Deus e, portanto, poderiam nos indicar com segurança o que é viver para a Glória de Deus.

Percebi que, embora sejam dois mandamentos, incluem três níveis de relacionamen-tos. Assim, viver para a Gló-

ria de Deus envolveria, como ponto de partida, os seguin-tes itens e, nesta ordem – Amar, viver em harmonia e comunhão com:

• Deus: (E aqui penso na Trindade) tendo-o como modelo de vida para nossas decisões e escolhas diárias. O teólogo Emil Brunner define a ética como “A ci-ência da conduta humana na medida em que ela é determinada pela conduta divina”. Deus é o nosso ponto de partida e chega-da. Nascemos como seres dEle e dependentes dEle para a vida, seja para a nos-sa manutenção, seja para nossas escolhas. Na ética chamamos isso de “heter-nomia” (Do grego “hete-ro” = outro e “nomia” de “nomos” norma, lei). Não fomos criados como seres eticamente autônomos, mas heterônomos, isto é, seres que dependem de princípios externos para suas decisões. A queda de Adão e Eva consistiu exata-mente no desejo de serem como Deus, autônomos, buscando o conhecimento do bem e do mal (certo e errado no vocabulário da ética) por si mesmos (Gêne-sis 3). A queda, muito mais do que uma ação digesti-va, foi uma declaração de independência e rebeldia contra o Criador, por isso eles foram expulsos do Jar-dim do Éden, romperam com Deus e seus propósi-tos para a Criação.

• Comigo mesmo: Amar o próximo tem como refe-rencial o amor e valoriza-

ção que damos a nós mes-mos. Paulo, em Romanos 12.3, fala em termos uma percepção e consideração equilibrada de nós mes-mos. Na Psicologia fala-se de autoimagem equilibra-da, que evita o sentimento de superioridade ou de inferioridade. Infelizmente, no Cristianismo, isso foi, por muito tempo, consi-derado narcisismo, mas amar o próximo depende do amor-próprio, segundo Jesus. A autoimagem equi-librada nos leva a valorizar o próximo, a reconhecer suas necessidades, como também reconhecemos as nossas. Na queda, Adão e Eva envergonharam-se, pois descobriram que esta-vam nus, esconderam-se de Deus, autodesvalorizaram--se, sentiram-se culpados. Doenças ocupacionais co-meçaram na queda (Gêne-sis 3.19), assim também o sofrimento físico foi ampli-ficado (Gêneses 3.16).

• O próximo: Em Gêne-sis 2.28, Deus declarou que não era bom que a humanidade (Adam – no hebraico: gênero ou raça humana) estivesse só, composta de um gênero – dos machos. Fomos cria-dos como seres sociais. Infelizmente, muitas ver-sões da Bíblia traduzem a expressão hebraica “ezer kenegdo” como “auxilia-dora que lhe fosse idô-nea”. A palavra “ezer” não tem significado semântico de hierarquia, pois é apli-cada também a Deus, que vem nos socorrer e trazer o que está faltando (Deus

é nosso socorro (do he-braico ezrah, de ezer) bem presente (Salmo 46.1). Sig-nifica “socorrer” e aqui no contexto indica que veio trazer o que faltava para completar a humanidade e não necessariamente o ho-mem macho (ish). “Keneg-do”, no hebraico é “diante de”. Então, a mulher foi formada para completar o que faltava para a humani-dade ser humanidade, de fato, e foi colocada diante do homem para que hou-vesse comunicação no mesmo nível, comunica-ção colegiada e colabo-rativa. Em Gênesis 1.27ss temos que Deus criou os dois à sua imagem e lhes deu o poder de gerenciar a Criação. Na queda, o homem culpou a mulher, rompendo assim com essa harmonia. O poder hierár-quico, de cima para baixo, de comando e subjugação vem depois da queda – O teu desejo será para teu marido e ele te dominará (Gênesis 3.16), antes o relacionamento era de parceria e consenso (uma só carne – 2.24). Come-çam as crises relacionais e sociais.

• A natureza criada: Embo-ra não esteja necessaria-mente incluída no texto dos dois mandamentos, vivemos sobre a natureza criada por Deus e deve-mos viver em harmonia e respeito com ela. Veja que na queda a Terra passou a produzir ervas daninhas e venenosas (Gênesis 3.17-18). Começam os dilemas ambientais.

Veja que cada um dos qua-tro itens foram afetados com a queda, e o ser humano se rebelou contra Deus, queren-do ser o próprio Deus e foi expulso do Jardim, perdendo a vida eterna (Gênesis 3.22ss).

Tudo isso é importante co-nhecer, pois a salvação nada mais é do que fazer-nos re-tornar a este estado original da Criação, por isso que, quando salvos, nos tornamos novas criaturas (II Coríntios 5.17), para retornarmos posi-cionalmente ao Éden e reco-meçarmos a nossa vida de lá, da origem, do plano original de Deus.

Assim, a salvação é muito mais do que apenas perdão de pecados (aspecto jurídico) ou uma esperança escatoló-gica que devemos visualizar para o futuro somente. A salvação é um meio de nos trazer de volta para o plano original de Deus e não um fim em si mesma. A salvação não é o centro da mensagem bíblica, mas um recurso, um conserto de nosso estado de rebeldia para nos dar con-dições de viver para o que fomos criados – para a glória de Deus – viver em amor e harmonia com Deus, comi-go mesmo, com o próximo e com a natureza criada. O centro é Deus e sua glória.

Por isso é que a Grande Co-missão (Veja artigo anterior desta Coluna) é fazer discí-pulos, que envolve levar a pessoa a viver integralmente para a Glória de Deus. Veja que o desafio é muito maior do que apenas dar às pessoas um bilhete para o céu. Preci-samos ampliar e aprofundar nossa mensagem de salvação e missionária.

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Viver para a glória de Deus – o que significa isso?

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