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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 11 Domingo, 13.03.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 13/03/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 11Domingo, 13.03.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 13/03/16 reflexão

E D I T O R I A L

Dia de Missões

Mundiais

Neste segundo do-mingo de março, os Batistas brasi-leiros celebram o

Dia de Missões Mundiais e também o Dia de Oração por Missões Mundiais. De cora-ção, agradeço a todos que se envolvem com esta missão colocada por Deus diante de nós. Muitos são os desafios, mas quando o povo de Cris-to dobra os seus joelhos em oração e apresenta ao Senhor todas as necessidades dos campos, o mover de Deus muda situações.

Hoje, Missões Mundiais tem apresentado ao Pai três desafios urgentes. O primeiro deles é a Campanha Leve Es-perança. Esperança é a pala-vra que define o que move as pessoas que servem a Cristo. Ele próprio é a viva esperan-

ça, pois ressuscitou dentre os mortos, de acordo com I Pedro 1.3. E a esperança que nos move dia a dia. O mundo vive sem esperança e não a terá enquanto não conhecer a Cristo e Sua mensagem de restauração. Com esta certeza, temos trabalhado e sido abençoados com o crescimento em um período marcado por crises em diver-sas áreas do nosso país.

Peço as orações dos irmãos para que as Igrejas sejam compreensivas com relação à necessidade de nos enviar o quanto antes as ofertas do Dia Especial de Missões Mundiais. O início de 2016 começou com uma grande luta contra um câmbio ainda mais desfavorável à obra missionária. Precisamos que todas as Igrejas reforcem seu

compromisso com Missões Mundiais.

Outro grande desafio é a questão dos refugiados em todo o mundo. Temos inves-tido em seminários, o Movi.mente, de capacitação de Igrejas para receber e evange-lizar pessoas que chegam ao Brasil em busca de esperan-ça. Peço que orem para que Igrejas abram suas portas a estes seminários. Queremos ser um referencial de capa-citação nesta área. O drama dos refugiados tem comovido o mundo inteiro. Não pode-mos fechar os olhos para esta questão.

Estes são desafios que te-mos levado diante de Deus. Mas quero pedir em especial para que neste Dia de Ora-ção por Missões Mundiais, todas as Igrejas possam fazer

uma verdadeira vigília de oração pelo Irã. Convocamos todos a participar da ação Joelhos Dobrados pelo Irã. Temos usado nossas redes sociais para mobilizar as Igre-jas. Nelas, você vai encontrar 24 motivos para orar pelo Irã, um para cada hora. Não deixe de participar.

Queremos cobrir a popu-lação do Irã com nossas ora-ções durante estas 24 horas. Estejamos todos de joelhos dobrados pelo Irã, em um ato de submissão a Deus pela salvação desta Nação para Cristo.

Nossas orações ajudam a levar esperança ao mundo. Ore. Leve esperança!

João Marcos Barreto Soares, diretor executivo da Junta

de Missões Mundiais

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 13/03/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Discordo das femi-nistas dominado-ras dos esposos, que afirmam ser

a esposa do pastor uma mu-lher sem nome. Os argu-mentos que usam não me convencem. A afirmação de que a esposa do pastor não tem nome advém de pessoas não resolvidas, traumatiza-das com o ministério que abraçaram e com o homem que escolheram para esposo. Iludidas, a espera de reco-nhecimentos e glórias não existentes. Desconhecem o significado do servir seguin-do o exemplo de Jesus. Pes-soas que buscam holofotes do palco, jamais se satisfarão em qualquer área de atuação. Sempre faltara algo. Cantei e você não me aplaudiu. Fiz tal serviço e ninguém reconhe-ceu o meu trabalho. Estou há meio século nesta Igreja e jamais recebi uma placa

Levir Perêa Merlo, pastor, colaborador de OJB

“Em seu nome as nações porão sua esperança” (Mt 12.21)

Este simpático mês de março é dedicado pela nossa Conven-ção Batista Brasileira

à reflexão sobre a obra de Missões Mundiais. É um tem-po para pensar, orar e agir. É tempo de dedicação de vidas, dedicação de dons, ta-

de bronze. É a síndrome do cabrito do filho pródigo: “Eu te sirvo há tantos anos e nun-ca ganhei um cabrito” (Lc 15.29). Tinha todos os cabri-tos que quisesse e reclamava por mais um. Aqueles que sentem-se inferiores por cau-sa de um cabrito, merecem a nossa compaixão.

A esposa do pastor tem nome com inúmeros adjeti-vos que a qualificam como pessoa especial na causa de Cristo. Não precisa dominar o marido, tampouco mandar na Igreja para ser reconhe-cida, ou ser estrela de palco do momento para se impor como mulher especial. A esposa do pastor é a mulher que serve de exemplo às demais mulheres cristãs em cada ato que pratica. Sabe devolver o amor que recebe do esposo e da Igreja. Claro que há esposas de pastores que não tem o que devol-

lentos e bens para a Obra do Reino a nível mundial. São mais de 1.500 missionários servindo em 86 países, que levam a mensagem de alegria e esperança aos povos.

O que nós temos a ver com isso? Dependendo da nossa condição de vida, temos mui-to, pouco, ou nada a nos im-portar. Se transformados pelo poder do Reino, se temos a certeza de que essa esperan-ça da Graça de Jesus Cristo nos alcançou, temos muito que nos importar, porque é

ver. Não são amadas pelos esposos pastores, como tan-tas outras que não são espo-sas de pastores, que sofrem do mesmo mal. Contraíram núpcias com homens que apesar de ter a Bíblia como livro de profissão, desco-nhecem e não praticam a recomendação de Efésios 5.25-28. Tais mulheres fo-ram ludibriadas pelas juras de amor do tempo de na-moro e noivado. Enganadas, só resta a dor da decepção. De nossa parte, merecem compaixão.

A esposa de pastor se apre-senta sempre com um sorri-so. Sabe usar a moda com prudência. É bela em seu íntimo e no exterior. Con-selheira especial do esposo, consegue ver o que só uma mulher equilibrada é capaz de detectar o que os outros não veem. Cuida da família e dos filhos junto com o es-

impossível alguém realmente transformado e com a certeza da vida eterna garantida não se importar com vidas que estão sendo ceifadas todos os dias, indo para a eternidade sem esperança de vida.

Quando analisamos o verso acima, nos impressionamos com a afirmativa tão categó-rica do autor sagrado: “Em seu nome as nações porão a sua esperança” (Mt 12.21). Sim, irmãos! O nome é Jesus Cristo, nossa esperança, que povos ao longo dos séculos

poso, pois cabe a este, ser o sacerdote do lar, para que o lar seja lugar de crescente adoração a Cristo. A maioria tem jornada de trabalho fora do lar para compensar o que o esposo pastor não recebe e, assim, manter o equilíbrio fi-nanceiro da família. A esposa do pastor não precisa e não deve ser presidente da MCA. Basta-lhe usar com amor o dom que o Espírito Santo lhe concedeu, como concede a cada salvo em particular. Ao zelar pela aparência do esposo e sua segurança sen-timental ela torna-se uma mu-lher indescritível. Isto a torna mulher especial aos olhos da Igreja e do Senhor da Igreja. Como recompensa Deus in-seriu seu nome no Livro da Vida, como está escrito em Filipenses 4.3b.

Para infelicidade da cau-sa de Cristo, muitas espo-sas de pastores fazem de

têm posto sua esperança. E hoje, em pleno século XXI, não é diferente. Com a ex-plosão migratória de povos do oriente para o ocidente, fugindo das guerras, da fome e tantos outros flagelos, é notório vermos muçulmanos desesperados, mas, acima de tudo, seres humanos que precisam de ajuda para re-começar suas vidas. Nunca tivemos tantas oportunidades para proclamar a mensagem da esperança em Jesus Cristo como hoje.

suas funções um martírio interminável. Sofrem, geram sofrimentos na família, na Igreja, e terminam destruindo a vocação dos esposos. Con-seguem arruinar qualquer ministério. São infelizes e levam infelicidade a outros. Choram por ser esposa de pastor. Reclamam por não ter um nome que seja superior aos dos demais nomes dos seres humanos.

Ao comemorar o Dia da Esposa do Pastor, celebrado no primeiro domingo deste mês, rendemos graças a Deus por vidas tão preciosas. Os nomes podem ser Jaqueline, Andréa, Afia, Miriam, Joque-bede, Marta, Maria ou outro nome qualquer. Todas são especiais aos olhos de Deus. Todas com os nomes inscri-tos no Livro da Vida, sem necessidade de honra hu-mana ou títulos. Seu nome: Simplesmente serva.

Eis o mistério de Cristo que desde os séculos esteve oculto em Deus, agora revelado, a sa-ber: Que os gentios são coer-deiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo Evangelho, de acordo com Efésios 3.3-12. Portanto, se temos a plena consciência da transformação operada pelo Reino de Deus em nossas vidas, levemos a esperança a todos os povos. Que Ele nos ajude a amar a todos, independente de credo, cor ou posição social.

Esta mulher tem nome

Transformados pelo poder do Reino,

levemos esperança!

4 o jornal batista – domingo, 13/03/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

A bênção de amar o não visto

reflexão

“Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefá-vel e glorioso” (I Pe 1.8).

O dito popular que afirma “O que o olho não vê, o coração não sen-

te”, pode ser a base para algumas inverdades perigo-sas. Uma delas, por exem-plo, é aquela que nos leva a acreditar que as informações fornecidas pela visão são infalíveis, no processo de re-presentar o mundo concreto. Pedro, na sua Primeira Carta, não subscreve esta postura popular da visão. Ele propõe uma outra “visão da visão”. Referindo-se ao vitorioso Jesus Cristo, cuja glória real somente será vista na eter-nidade. O apóstolo elogia a atitude dos discípulos que, “Mesmo não O tendo visto, vocês O amam; e, apesar de não O verem agora, creem Nele e exultam, com alegria indizível e gloriosa, pois vo-cês estão alcançando o alvo

da sua fé, a salvação das suas almas” (I Pe 1.8-9).

Acreditar somente depois de ver é o mesmo que a pos-tura de Tomé: Se eu não to-car, não vou poder acreditar. Quando os inimigos de Jesus exigiram que Ele mostrasse alguma prova visível do Seu poder, o Mestre simplesmen-te disse “não”. O negócio da realidade, no mundo espiri-tual, não é “Ver para poder crer, mas crer para poder ver”.

Os Evangelhos não foram escritos com a intenção de nos maravilharmos diante de um espetacular fazedor de prodígios. O importante, na mensagem cristã, não é o ex-tasiar-se perante os milagres de Jesus. O importante, o es-sencial mesmo, é o aceitar o senhorio do Cristo por detrás dos milagres. Lembremo--nos do comentário do Jesus ressuscitado, diante do intri-gado Tomé: “Então Jesus lhe disse – Porque você me viu, você creu? Felizes aqueles que não viram, mas creram” (Jo 20.29).

Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

Depois de passar c inco d ia s em Cabo Fr io sem TV, sem celular,

sem Dilma, sem Lava Jato, sem violência e sem perce-ber que estávamos em pleno período de Carnaval, achei estranho os gritos de festejos entre meus vizinhos. Como o Flamengo não estava jogan-do, fui verificar o que estava acontecendo, e descobri que a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira aca-bara de sagrar-se campeã do Carnaval 2016. Desco-bri também que o tema da Escola foi sobre a cantora Maria Betânia, gostem ou não, patrimônio cultural da música popular brasileira. Curioso com a personagem, assisti a algumas entrevistas nos telejornais seguintes. Na primeira entrevista, a repórter perguntou se houve dificuldade com a maratona da “Avenida”. Ela respondeu que não, e ainda explicou: “Não era eu que estava lá! Era a filha de Oyá”. Em outra entrevista explicou que não faz uma tatuagem definitiva em seu corpo porque o seu Orixá não permite. Em outro momento disse que recebeu com surpresa o convite para fazer parte do enredo da Escola. Então ela comen-tou: “Quando fui convidada, primeiro perguntei ao meu Orixá para saber se era pos-sível, e ele permitiu”. Parece incrível, mas podemos apren-der até com o Carnaval. Me-

ditando sobre o assunto tirei algumas lições.

É impressionante o grau de dedicação e submissão mostrada por Maria Betâ-nia. Impressiona também o sentimento de quem está no comando da sua vida. Para nós, os salvos, os exemplos bíblicos nos convidam para dedicarmos voluntariamente a vida ao domínio do Espírito Santo a fim de exercermos a vontade de Deus. O exemplo mais forte torna difícil a leitu-ra de II Coríntios 11.23-27, quando Paulo descreve as dificuldades vividas durante o seu ministério. Um pouco antes, no capítulo 4.7-9, ele disse que era frágil para a difícil tarefa de levar o Evan-gelho através do mundo, mas em momento algum sentiu desânimo e nem abandono. Explicou que suportou tudo porque não era ele que fazia aquilo. Disse: “Tal é a con-fiança que temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindi-car qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança” (II Co 3.4-6). Paulo também diz que já foi “Crucificado com Cristo. As-sim já não é ele quem vive, mas Cristo vive nele. A vida que agora vive no corpo, vive pela fé no filho de Deus, que o amou e se entregou por ele” (Gl 2.20).

Jesus também deixa um exemplo claro de submis-são a Deus e vive de forma consciente a direção divina

em sua vida. Disse que não podia “Fazer nada de si mes-mo, (...) porque não procura fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que o enviou ao mundo” (Jo 5.19-30). A satisfação de Jesus era fazer a vontade de Deus, de acordo com João 4.34. Mostrando a sua intimidade com o Pai, disse: “Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada” (Jo 8.30).

A Bíblia deixa bem claro que o nosso corpo “É santuá-rio do Espírito Santo que ha-bita em nós, que nos foi dado por Deus, e que não perten-cemos a nós mesmos. Agora fomos comprados por alto preço. Por isso, glorifique-mos a Deus com o próprio corpo” (I Co 6.19-20). Paulo fica feliz por ver os crentes da Igreja de Roma, que antes eram escravizados pelo pe-cado, entregando agora seus corpos voluntariamente, e de coração, para serem escravos da justiça. Então recebemos o convite: “Ofereçam seus corpos em escravidão à jus-tiça que leva à santidade” (Rm 6.15-22). Paulo nos dá o exemplo dizendo que “Em-bora sendo livre de todos, fez-se escravo de todos para pregar o Evangelho a todos”. Fez todo o possível para ver algumas pessoas salvas (I Co 9.19-22). Por isso, ele se ale-grava com as suas cicatrizes dizendo que eram marcas que foram feitas em nome de Cristo (Gl 5.17).

Para sua reflexão, responda para si mesmo: Qual é o grau

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

O texto de Colossen-ses 2.6 diz: “Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Se-

nhor, assim andai nEle” (Cl 2.6).NEle radicados, edificados

e confirmados na fé. Assim devemos andar. É interessan-te que muitos vivem a vida cristã como se não fossem

cristãos. Vivem na prática do pecado (Mentindo, rouban-do, adulterando, fornicando e fazendo tudo aquilo que desagrada a Deus).

Andar em Jesus é a pro-posta bíblica, viver de ma-neira radical. Viver diferen-te de um mundo de iguais. Andar NEle é andar como Jesus andou. É fazer o que Jesus fez, é agir como Jesus agiu.

Não podemos viver um cristianismo hipócrita, não podemos viver uma vida dupla.

Muitos demonstram santi-dade dentro das quatro pare-des de um templo religioso, e quando estão fora de lá vi-vem longe de Jesus. A nossa vida deve ser Cristocêntrica, dentro dos templos religiosos e fora deles. O que somos lá, devemos ser também em

casa, no serviço, na faculda-de, enfim, onde estivermos. Andar em Jesus é viver de tal forma que as pessoas ao nosso redor O vejam em nós.

Certa feita, um missioná-rio esteve em uma tribo in-dígena, e lá ele começou a falar de Jesus. O índio disse que Jesus já havia passado pela tribo. Tratava-se de um missionário que vivia Cristo na prática de tal maneira

que o índio pensava ser o próprio Jesus Cristo.

Ainda estamos no início de um novo ano; vivamos edificados nEle, alicerça-dos nEle. Que as pessoas ao nosso redor possam ver Cristo em nós. Que ao vê--lO em nós, elas possam adorá-lO e desejar segui-lO. Assim devemos andar, de maneira digna do Evangelho de Cristo.

Andai nEle

“Eu não estava lá!”

de entrega da sua vida ao serviço de Cristo no mundo? Quem realmente está no co-mando da sua vida? Depois de pregar, evangelizar, servir, discipular e fazer qualquer

outra coisa no Reino você pode dizer que não era você quem estava realizando a obra? Você pode dizer que era o Espírito Santo de Deus dirigindo a sua vida?

5o jornal batista – domingo, 13/03/16reflexão

ele almejava ir à Espanha, de acordo com o texto de Romanos 15.28. Não sabe-mos ao certo se esse desejo concretizou-se, só sabemos que o Evangelho chegou lá.

Graças a Deus o Evange-lho chegou até nós e nós não podemos represá-lo para nós em nossas Igrejas. Precisamos sim olhar para o mundo com compaixão. De-vemos amar as almas perdi-das da Europa e clamar para que o Senhor levante mais obreiros para Sua Seara. São poucos os ceifeiros e os campos estão brancos para a colheita, é o que nos disse

e nEle. Se antes de morrer a pessoa estava com Ele e nEle, após a morte ela entra em outra relação no tocante a tempo e espaço. Logo, ela não sentirá se esteve dormin-do 1, 100, ou 1.000 anos, então, após minha morte, se eu estava em Cristo, e era dEle, vou ressurgir. É como se a minha vida não sofresse interrupção.

Um detalhe: Dizer-me que não devemos crer que Cristo morreu e ressuscitou é pior do que crer, pois como acei-tar que todos os apóstolos morreram por não negar a Cristo, e que, depois dEle, milhares de discípulos deles também foram martirizados, é muita ignorância. Por uma verdade, um homem pode morrer, mas por uma menti-ra, impossível! Outra coisa,

Jesus. A obra missionária é urgente e prioritária para a Igreja de Jesus Cristo. O “Ide por todo mundo” ainda é, e sempre será um desafio para nós. A sensação de urgência se dá pelo fato de que pes-soas a todo instante estão desperdiçando suas vidas e morrendo sem Deus e sem salvação eterna. As pessoas, seja aqui, seja na cidade do lado, do outro lado do mundo, ou na Europa, pre-cisam saber que Jesus Cristo é o Senhor para a Glória de Deus Pai. Clamemos pela Espanha e nossos missioná-rios que lá estão.

julgar que foi um engano é pior ainda, pois como 12 pes-soas, e depois tantos outros que também O viram res-surgir do túmulo, poderiam estar enganados? Bem, essa é a razão porque os cristãos do primeiro século, embora tão perseguidos, eram feli-zes. Estavam sempre alegres e felizes por saber que, logo depois da morte, sairiam vi-vos do túmulo, com corpos glorificados, participando da volta de Jesus. Então, para eles, após a morte, uma vida de felicidade inimaginável, reiniciaria.

Bem, embora vivendo dois mil nos após eles, e em um mundo tão complicado como o nosso, compartilho da mes-ma alegria. Repito aquela propaganda: “Vem pra Cristo você também!”.

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

A concepção e cos-movisão missio-nária por muitos anos e décadas

enfatizou a África e a Amé-rica Latina como alvo e campo missionário, e de-pois foi e ainda é a Ásia. Graças a Deus por essa vi-são, pois fomos alcançados pela mensagem graças à disposição de missionários que vieram até o Brasil a fim de evangelizar essa Na-ção. O Brasil foi alvo mis-sionário, e ainda carece de

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Sempre fico intrigado com a aplicação do tempo e do espaço, em termos teológicos,

filosóficos, ou religiosos. A primeira influência é no

tocante a esperança. Se eu for adepto de Allan Kardec, ficarei na dúvida sobre várias coisas. Exemplo: Se uma pessoa está sofrendo, está pagando o mal da encarna-ção anterior, e, se eu aliviar seu sofrimento, então não ajudarei, mas prejudicarei. Se sofro, quero saber o que fiz de errado na vida ante-rior, para evitar repetir o erro, mas, explicam-me que ninguém sabe.

Uma das religiões orien-tais afirma que é preciso

muitos investimentos, haja vista nossas cidades com vários bairros sem Igrejas sérias, bíblicas e equilibra-das, e várias cidades que ainda não possuem Igrejas organizadas. Além dessas e de outras tantas necessida-des das Igrejas evangélicas e do nosso povo que clama por ajuda e por salvação, temos que olhar para o mundo como um campo missionário. Fomos alvo das agências missionárias e hoje somos considerados um celeiro de missionários. O Brasil hoje é umas das Nações que mais envia mis-

renascer seis milhões de ve-zes, para atingir o nirvana. Se católico, fico dependen-te da fé nos sacramentos, nas boas obras, da fé de estar debaixo do guarda--chuva da Igreja, como Ins-tituição que responde pela absolvição dos pecados através da confissão, e dos demais rituais.

Se evangélico, fico depen-dente dos imperativos que cada denominação evangé-lica preceitua para que eu obedeça. Poderia explicar em que situação fica o pratican-te em cada uma delas, mas ocuparia muito espaço. Se ateu, fico incomodado, com a dúvida. E se estiver errado? Perco esta vida, a outra, e fico no prejuízo duplo. O pior de tudo é que a consci-ência (Que grande auxiliar de

sionários ao campo. Hoje o processo está invertido.

Outrora os missionários Europeus e norte-americanos vinham ao Brasil para aqui pregar, ensinar a Palavra de Deus, batizar, e plantar Igrejas. Hoje, a Europa se-cularizada clama por cristãos que amem acima de todas as coisas. Hoje a Europa, marcada por vários conflitos internos, por várias situações políticas do pós-guerra, cla-ma por salvação. O Brasil tem enviado pessoas valo-rosas para re-evangelizar a Europa. Paulo, o apóstolo, foi o maior missionário, e

Deus ela é!) não deixa barato. Cada vez que falho com a ética, ela me acusa.

Vamos a uma avaliação do que somos. Somos um corpo, e nesse corpo habita alguém. Você pode dar o nome de alma, espírito, ou qualquer outro nome, mas negar que, depois da morte, nosso corpo vira uma coisa, que jamais re-tornará aquilo que fomos, ou seja, uma pessoa, é inegável.

Vamos aos dizeres do apóstolo Paulo: “Se cremos que Jesus morreu e ressur-giu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com Ele, aqueles que nEle dormiram” (I Ts 4.14). Fica claro que dormir aí é o esta-do em que a pessoa fica após a morte. Fica claro também que, com relação a Cristo, a pessoa pode estar com Ele

Missões na Europa

Teologia do tempo e do

espaço

6 o jornal batista – domingo, 13/03/16 reflexão

Tarcísio Farias Guimarães, pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis - MG

Os seguidores de Jesus foram iden-tificados por dife-rentes títulos no

Novo Testamento: Discípu-los, santos, cristãos, seguido-res do Caminho, irmãos. Este último tem sido adotado no seio da Igreja de Cristo com voluntariedade e riqueza de significado, por isso, deve-mos sempre refletir na sua origem bíblica e nas razões que nos fazem chamar al-guém de “irmão” ou “irmã”, evitando o esvaziamento des-ta bela e espiritual forma de tratamento entre os cristãos.

Jesus ensina-nos que a submissão ao Pai torna os

homens em irmãos, não im-portando a origem étnica, a ausência de ligação familiar ou a idade: “Porque, qual-quer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã...” (Mt 12.50). Assim, todo aquele que persevera em Cristo é irmão dos de-mais discípulos de Cristo, e só deixa de ser considerado irmão se deixa de servir a Cristo: “Mas agora vos es-crevi que não vos associeis com aquele que, dizendo--se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (I Co 5.11).

Nós, discípulos de Cristo, somos irmãos porque busca-mos viver como uma família,

desejando sempre o fortale-cimento dos nossos laços de comunhão. Irmãos em Cris-to importam-se uns com os outros (Rm 14.21; I Co 6.6; 8.12-13); vivem em amor (I Jo 3.14; 4.21); cuidam uns dos outros (Tg 2.15-16; 4.11), oram uns pelos outros (I Ts 5.25; II Ts 3.1); sacrificam-se uns pelos outros (I Jo 3.16) e até mesmo discordam entre si, quando necessário (II Ts 3.6).

Os líderes da Igreja de Cristo no primeiro século, a exemplo de Paulo, Timóteo, Tito e Tíquico, também se tratavam como irmãos (II Co 1.1; 2.13; Ef 6.21), muitas vezes renunciando outros títulos que lhes cabiam. Esses líderes, ainda que valorizan-do a liderança constituída

por Deus e eleita pela Igreja (At 6.1-3), demonstraram que não queriam criar “castas” espirituais na Igreja, afinal, em Cristo, “Não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11).

O compromisso vivo per-cebido entre os irmãos mar-cou o início da trajetória cristã de Saulo. Aquele que havia sido inimigo dos cris-tãos, agora, convertido a Cristo, foi aceito, amado e protegido como se faz com um irmão. Saulo foi transfor-mado em irmão Saulo, e as-sim foi tratado por Ananias: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou--me...” (At 9.17). Pedro, em

sua segunda epístola, referiu--se ao apóstolo como “Nos-so amado irmão Paulo” (II Pe 3.15). Em Damasco, os irmãos em Cristo ajudaram Saulo a fugir daqueles que queriam matá-lo (At 9.22-25). Em Jerusalém, os irmãos decidiram acompanhar Saulo até Cesaréia, onde o envia-ram de navio para Tarso, sua terra natal (At 9.30). Ser cha-mado de irmão pelos servos de Jesus tornou-se um título honroso para Paulo.

Você tem valorizado a sua condição de irmão daqueles que também são filhos do Pai por meio de Jesus? Você tem marcado a vida dos seus irmãos por meio do seu tes-temunho, amor, zelo e com-promisso permanentes? Isso é ser irmão.

Por que nos chamamos

irmãos?

7o jornal batista – domingo, 13/03/16missões nacionais

Liderada pela gerên-cia de Ação Social da JMN, a Caravana Mis-sionária Compaixão e

Graça realizou entre os dias 26 e 28 de fevereiro ações evangelísticas em Barra Longa - MG. A cidade mineira, que foi uma das mais atingidas pela enxurrada de lama tóxica proveniente do rompimento da barragem em novembro de

2015, recebeu uma equipe de 76 voluntários.

A Caravana contou com profissionais de diversas áre-as, que colocaram a profissão a serviço do Reino. Foram realizados 53 atendimentos sociais na base e 40 famílias foram visitadas em suas casas e receberam a mensagem do Evangelho. Ao todo, 25 pesso-as entregaram a vida a Jesus.

Os voluntários também reali-zaram trabalho com crianças e intercessão pela cidade.

Louvamos a Deus pela vi-são dos Batistas brasileiros nas ações de compaixão e graça. Missões Nacionais agradece aos voluntários e a todos que estiveram envolvidos nessa realização. Vamos continuar intercedendo pelas famílias da cidade de Barra Longa - MG,

A Igreja Batista Jar-dim Odete, de Ita-quaquecetuba - SP, tem feito a diferen-

ça na vida dos ribeirinhos na Amazônia. A Igreja está com 28 voluntários viajando no barco “O Missionário”, levando as Boas Novas para essa população. Dentre eles, há médicos e dentistas ofere-cendo serviços de saúde para os municípios da cidade de Manacapuru - AM. A equi-pe ficará na região por sete dias, abençoando o local com ações de Compaixão e Graça.

Essa é uma iniciativa que contribui com a expansão o Projeto Amazônia, desenvol-vido por Missões Nacionais. Há muitos testemunhos de mudança de vida e de reno-vação de esperanças, para a Glória de Deus. Além disso, ribeirinhos alcançados já estão multiplicando o Evan-gelho em suas comunidades.

Se a sua Igreja deseja fazer parte desse Projeto, entre em contato com a Junta de Mis-sões Nacionais e saiba como organizar a sua viagem no Barco “O Missionário”.

Compaixão e Graça: Caravana Missionária realiza evangelismo e

ação social em Barra Longa - MG

Igreja Batista realiza viagem no barco “O Missionário”

Igreja Batista Jardim Odete desembarca no aeroporto de Manaus - AM

bem como das demais cidades atingidas pelo desastre que as-solou a vida de muitas famílias.

Clamor por Barra Longa - MG

Desde que aconteceu a tragédia, a Junta de Missões Nacionais tem desenvolvido, junto aos Batistas brasileiros, ações de Compaixão e Graça pelas cidades mineiras. Em

novembro de 2015 foi reali-zado o culto em Barra Longa – MG, onde pessoas foram tocadas pela mensagem de esperança que só há em Jesus.

Representantes da Junta de Missões Nacionais, Con-venção Batista Brasileira e Convenção Batista Mineira distribuíram kits de utensílios de cozinha e água para as famílias cadastradas.

Compaixão e Graça em Barra Longa - MGMoradores são evangelizados em Barra Longa - MG

Caravana Missionária Compaixão e Graça Barra Longa - MG

Crianças são evangelizadas em Barra Longa - MG Intercessão pela cidade de Barra Longa - MG

8 o jornal batista – domingo, 13/03/16 notícias do brasil batista

Gilson Bifano, pastor, colunista de OJB

Faleceu no dia 24 de fevereiro de 2016 o pastor Sillas dos San-tos Vieira. Nascido

no dia 08 de julho de 1946, na cidade de Macuco - RJ, filho de Sebastião e Ruth dos Santos Vieira, Sillas, como era conhecido de to-dos, viveu uma vida digna do Evangelho.

Em seu sepultamento, tive a dolorosa e difícil tarefa de ser o pregador. Informado quase duas horas antes da missão, procurei diante de Deus escolher uma passa-gem bíblica apropriada.

Logo veio à minha mente o texto de II Samuel 3.38, que narra o lamento de Davi ao saber da morte de Abner. Davi exclamou: “Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande homem?” (II Sm 3.38).

Conheci Sillas quando tinha 13 anos e desde en-tão procurei aproximar--me, admirar e cul t ivar sua amizade . Por i s so , posso afirmar que Sillas, enquanto viveu entre nós, foi um príncipe. E só foi um príncipe aqui porque cultivou o coração de Cris-to no falar e no agir.

Sillas, príncipe na compaixão

Sillas tinha o coração de Cristo, por isso cultivou uma intensa compaixão pe-los pobres, desfavorecidos e miseráveis.

Sua compaixão era tão grande que um dia pegou uma colcha preciosa para Alba, sua esposa, dada por sua mãe, e deu para um mendigo que dormia ao relento próximo à sua casa.

Sua compaixão o levou a se envolver em inúmeras comissões governamentais,

desde o tempo do sociólo-go Betinho nas campanhas sociais para minorar a fome das pessoas pobres.

Gente com o coração de Cristo tem compaixão, con-forme diz Marcos 8.2. E Sillas tinha.

Sillas, príncipe da hospitalidade

A casa de Sillas e Alba parecia mais um hotel de trânsito do que uma casa familiar. Ao ponto das can-didatas a empregada domés-tica saberem desta caracte-rística, logo desistiam de tal possibilidade de se empre-gar na casa dos Vieira.

Luiz, um dos seus irmãos, conta que várias vezes era despertado tarde da noite para ceder sua cama para o visitante que chegara em sua casa, quando Sillas ain-da era solteiro.

Gente com o coração de Cristo cultiva a hospitalida-

de, de acordo com Mateus 11.28. Sillas era assim.

Sillas, príncipe nos relacionamentos

Alguém já disse que para cultivar amigo é preciso não ter agenda. Sillas fez isso por nós.

Quem agora vai ligar para os aniversariantes, para os casais em suas bodas, para os pastores para lembrar seus aniversários de orde-nação, para Igrejas no dia da celebração do marco de organização? Quem?

Seu caderno de anota-ções já não tinha mais es-paço para anotar tantos nomes de amigos que ele granjeava pelo caminho. Que relíquia! Para viajar com Sillas tinha que saber que o tempo de viagem du-plicaria, no mínimo, pois ele entrava nas cidades, aldeias e vilas pra visitar os conhecidos.

Gente com o coração de Cristo valoriza os relacio-namentos, conforme está escrito em Marcos 3.13. Sillas valorizava.

Sillas, príncipe no diálogo entre as confissões

religiosas e denominaçõesSillas era Batista, mas não

dos Batistas. Amava e dia-logava com todos os líderes religiosos e denominacio-nais.

Uma vez ele disse-me que iria à Baixada Fluminense para a missa de celebração do aniversário de Dom Mau-ro Morelli, bispo da diocese de Duque de Caxias. E foi. No dia seguinte, Zózimo, na sua Coluna do “Jornal Brasil”, que ainda circulava, escreveu: “A missa de Dom Mauro Morelli foi encerrada ontem com uma oração de um pastor protestante”. Eu sabia que tinha sido feita pelo Sillas.

Sillas do Santos Vieira, um príncipe que caiu em Israel

“Falar sobre o meu amigo, pastor Sillas dos Santos Viei-ra, é trazer à memória a vida, a obra e a instrumentalidade de um “Príncipe do Senhor“ que marcou a nossa vida e fez diferença em sua geração. Homem comprometido com Deus, com o Reino, com a família, com a Igreja e com o ministério. Um cavalheiro! Sempre gentil e cordial com os seus amigos. Jamais se esquecia das datas signifi-cativas, das comemorações e dos momentos relevantes na denominação, nas Igrejas e em seu círculo de amizade. Foi voz profética para a sociedade, um verdadeiro arauto do Evangelho da Graça de Cristo!”

Vanderlei Batista Marins, pastor, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB).

“O convívio com o Sillas muito me abençoou e foi fundamental na minha decisão para o minis-tério pastoral, pois ele foi um exemplo de amor pelas pessoas, dedicação ao Reino de Deus e de muita simplicidade na realização da obra. Minha convicção é que sob sua liderança na JUBERJ hou-ve o aperfeiçoamento das nossas grandes celebrações que temos hoje em nossa denominação”

Daniel Lincoln Rodrigues de Almeida,

pastor da Primeira Igreja Batista de Rio Bonito - RJ.

Depoimentos

“Louvo a Deus pela vida, família e ministério deste homem que soube servir a Deus servindo a cada Irmão”.

Linaldo Guerra, líder Batista e pastor da Igreja

Batista Pilar - PB

“Essa foi a per-da de um grande amigo e líder. Ele me chamava no dia do meu ani-versario TODO a n o , m e s m o quando es tava nos Estados Uni-dos”.

Bill Ichter, ex-missionário

no Brasil.

“Pastor Sillas nutria um carinho muito grande pela JBB, nunca se esquecendo de parabenizá-la, seja pela realização de um congresso, bem como posse de um novo executivo. Este carinho e cuida-do com as pessoas e instituições por onde passou era marca registrada do pastor Sillas. No seu cader-no de anotações, ele tinha telefones, endereços, e-mails de todos os seus queridos amigos, grande parte deles cultivados na época de sua atuação como líder da JBB. O legado plantado pelo pastor Sillas Vieira é o resultado daquilo que a JBB colhe hoje e, que temos a missão de dar prosseguimos para as próximas gerações de jovens Batistas. Uma juventude vibrante, atuante, estreitando laços com pessoas e cultivando relacionamentos”.

Gilciane Abreu, diretora executiva da Juventude Batista Brasileira

(JBB).

“Os Batistas capixabas tornaram-se uma deno-minação relevante por-que receberam muito de um servo bom e fiel, que combateu o bom comba-te, completou a carreira e guardou a fé”.

Doronezio Pedro de Andrade, pastor, presidente da CBES.

“Falar do Sillas é fá-cil. Difícil é explicar como alguém podia ser tão generoso e vi-sionário.Sempre inves-tiu em pessoas. Apoiou muita gente de diver-sas formas. Perdoou os que erraram com ele. Sillas foi um visionário. Levou a JUBERJ e a JU-MOC a fazer diferença na vida de milhares de pessoas”.

João Marcos Soares, pastor, diretor da Junta de Missões

Mundiais.

“Sillas foi um homem que colocou paixão em tudo o que fez, refletiu um coração puro como o de Cristo em todo o tempo. Dedicava atenção especial para cada pessoa que conhecia e tinha um amor pela Palavra como poucos. Tornou-se conhecido, mas manteve-se humilde. Exerceu cargos importantes e permaneceu com um coração puro; podia ter acumulado riquezas, mas repartiu isto com as pessoas. Sua sinceridade e pureza é um exemplo para todos os líderes”

Josué Campanhã, pastor, presidente da Envisionar.

“Sem dúvida alguma, perde-mos um grande companheiro! Sillas viu as demandas do mi-nistério contemporâneo, antes de nós”.

Eber Silva, pastor da Segunda Igreja Batista de Campos – RJ e

presidente da OPBB.

9o jornal batista – domingo, 13/03/16notícias do brasil batista

Gente com o coração de Cristo, anuncia sua fé, mas dialoga e ama todos, inde-pendentemente da fé que professa e as doutrinas que advoga, como está escrito em Lucas 7.36. Sillas foi um exemplo nesta arte.

Sillas, um príncipe na vida de oração

Quantas vezes, viajan-do com Sillas, ao acordar encontrava meu amigo de joelhos orando a Deus.

Sillas não apenas lem-brava dos aniversariantes e enviava um telegrama, por-que só um telefone e uma mensagem pelo WhatsApp não eram suficientes, mas orava por todos naquele dia.

Um dia perguntei a Sillas: “Sillas, quem faz aniversário hoje?”. Ele respondeu-me: “Hoje quem aniversaria é a Xuxa. Ore por ela”.

Gente com o coração de Cristo cultiva o salutar há-bito de uma vida de oração, segundo Lucas 5.16. Sillas era um homem de oração.

Sillas, um príncipe na vida de integridade

Meu amigo não apenas tinha uma ótima reputação, mas era íntegro.

Reputação e integridade são coisas diferentes. Sillas tinha ambas.

Desde o tempo da JUBERJ, na JUMOC, hoje, JBB (Ju-ventude Batista Brasileira), em suas participações nas comissões governamentais sempre foi ético. Se recebia alguma coisa é porque tra-balhava. Batia o ponto, mas dava o expediente.

Gente com o coração de Cristo vive de maneira reta e íntegra, já diz a Bíblia em Mateus 7.29. Sillas era ético em tudo que fazia.

Sillas, um príncipe na família

Sillas, como eu que traba-lho com casais e famílias, não era perfeito. Algumas vezes eu “puxava-lhe” a orelha, mas foi um vence-dor em sua família. Não dormia sem orar com suas filhas e contar-lhe histó-rias. Todas as noites, com sua esposa, lia meu Livro “Meditações Diárias Para a Família”. Amou seus pais e todos os seus cinco irmãos e parentes.

Foi Steven Covey que afir-mou em um dos seus livros: “De nenhum homem, por maiores que sejam suas re-

alizações, pode-se dizer, em meu julgamento, que con-quistou o sucesso na vida, se não estiver rodeado de seus entes queridos”. Sillas morreu assim, cercado por sua família e amigos.

Gente com o coração de Cristo ama a família, como relata João 19.26. Sillas cul-tivou uma família piedosa.

Sillas, um príncipe na formação de líderes

Faltam dedos para contar inúmeros líderes que hoje servem a Deus em nossa denominação, e que um dia passaram pelas mãos de Sillas. Lembro de Francisco Jaildo, de Linaldo, Josué Ebenezer, Nilson Godoy, Rubens Cordeiro, e tantos outros que estão em seus estados.

Ele não trabalha sozinho. O sucesso de um congresso de jovens era da equipe que com ele trabalhava. Que diga Eli Fernandes, Josir Lins e outros.

Gente com o coração de Cristo forma líderes para a continuidade da obra, de acordo com o texto de Ma-teus 8.23. Sillas discipulou líderes.

Sillas, príncipe no perdão, na santidade, no humor e na simplicidade de vida.Nunca ouvi uma palavra

de amargura dos lábios de Sillas por alguém que tenha--lhe sido ingrato, descortês e injusto. Perdoou a todos que em um momento difícil da JUMOC não souberam inter-pretar o contexto da época.

Vivia uma vida santa dian-te de Deus. Tinha um hu-mor refinado. Para entender seu humor tinha que convi-ver com ele e saber onde o humor estava presente.

Simplicidade de vida era outra marca. Nunca deu valor às coisas materiais. Quantos anos ele usou um fusquinha azul, que nem era dele, para o serviço do Senhor? Andava com cami-sas de instituições, como a do Ministério Oikos e dos congressos que participava.

Gente com o coração de Cristo perdoa, é puro, ale-gre e despojado das coisas materiais.

O que vão dizer sobre Sillas, agora que já está nos céus? Acho que o mesmo que se escreveu sobre Jó, que experimentou a dor como Sillas enfrentou. Para-

fraseio o que está escrito em Jó 1.1: “Havia um homem, que nasceu em Macuco e viveu muitos anos em vitó-ria, cujo nome era Sillas dos Santos Vieira: Homem ínte-gro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal”.

À família, só temos que dizer: Muito obrigado! Obri-gado Alba por nos emprestar Sillas. Obrigado, Nereira, Ludmilla e Anna Paula por nos cederem este homem que a tantos nos abençoou.

Saibam que todas as ve-zes que Sillas saia de casa era para abençoar gente, Igrejas e Organizações que lutam pelas quais Deus luta. Nunca saiu de casa para envergonhar o Evan-gelho, mas para abençoar.

Sillas gostava muito de en-viar telegramas. Pastor Israel Belo de Azevedo, como for-ma de prestar uma homena-gem, escreveu também um telegrama para Sillas no dia de seu falecimento, que diz:

“De: Todos nós.Para: Sillas dos Santos

VieiraEndereço: CéuMensagem: “Parabéns, Sillas.

Você chegou! Festeje muito. Logo, logo chegaremos”.

Sillas do Santos Vieira, um príncipe que caiu em Israel

Sillas dos Santos Vieira: Missão e

compromissoIsrael Belo de Azevedo,

pastor da Igreja Batista Itacuruçá - RJ

Como uma tocha, Sillas dos Santos Vieira Iluminou corações, com o olhar posto no ideal Que Jesus lhe soprou como o horizonte e carreira. Seu Cristianismo era o que vai à dianteira Não para dominar mas para ser comedido sal. É compromisso de quem fez da cruz sua bandeira. Nas festas era surpresa certa, mensagem e sinal. Nas lutas era a palavra ousada e companheira Nas conversas era diálogo afetuoso e leal. Consagrado à sua família com toda a intensidade, Os de longe faziam parte da sua fraterna comunidade. Para ele jamais havia conquistas e datas esquecidas. Porque por trás delas estavam pessoas que Deus amava. Sillas, o amado de Deus, amava a quem Deus amava.

10 o jornal batista – domingo, 13/03/16 notícias do brasil batista

Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB

“Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a todos os povos e nações” (Mc 16.15).

Aos miss ionár ios servos do Senhor: “Aqui está o meu servo, a quem sus-

tenho, o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma, porei o meu Espírito sobre ele, e ele trará justiça as nações” (Is 42.1).

Assim diz o Senhor aos missionários: “Não temas porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou o Senhor teu Deus. Eu te fortalecerei, e te ajudarei, e te sustentarei com a destra da minha justiça” (Is 41.10).

“Porque como a terra pro-duz o seu renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim também o Senhor Deus fará brotar a gratidão e o louvor perante as nações” (Is 61.11).

E assim são os missionários servos do Senhor. “Com alegria, saireis e em paz, sereis guiados, e os montes e os outeiros exclamarão de prazer, perante a vossa face e todas as árvores do campo, baterão palmas para vocês. Em lugar de espinheiro, cres-cerá o cipreste, e em lugar da sarça crescera a murta. Isto sim será para renome do Senhor por sinal eterno que nunca se apagará” (Is 55.12-13).

Essa mensagem bíblica é um reconhecimento do Se-nhor a todos os vitoriosos missionários que deixam sua Pátria (Brasil) para uma mis-são gloriosa, seguindo para alcançar os povos e nações para ganhar o mundo para Cristo.

A Deus demos glória pela denominação Batista, através da Convenção Batista Brasi-leira (CBB), que tem como presidente o pastor Wander-lei Batista Marins, e diretor executivo, pastor Sócrates Oliveira de Souza, também ao pastor João Marcos Barre-to Soares, como diretor exe-cutivo da Junta de Missões Mundiais (JMM). É admirável ver o Brasil, através da JMM, colaborando com a paz com Deus entre as nações.

O pastor João Marcos Bar-reto Soares é um servo do Senhor muito consagrado, pertence a uma família tra-dicional evangélica Batista, que tem o privilégio de ter vários pastores servindo para ganhar o Brasil para Cristo. Pastor João Marcos é filho do pastor doutor Ebenézer Soares Ferreira, um dos mais antigos pastores da denomi-nação Batista, com 63 anos de consagração ao ministério pastoral. Apesar de sua ida-de, ainda atua como escritor e pastor auxiliar da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ, e ocupa o cargo de diretor do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ.

Pastor João Marcos é ca-

sado com a doutora Elzi Ma-ciel Soares, e desta união nasceram seus filhos João Gabriel, Pedro Marcos e Ra-faela. Pastor João Marcos é diretor executivo da Junta de Missões Mundiais há seis anos. Dedicado, é um pastor missionário internacional, e já passou por muitos paí-ses a serviço da JMM. Neste trabalho comanda aproxima-damente 1.600 missionários em 86 países dos cinco con-tinentes. É um pastor com sua maneira de ser muito amável, e o seu relacionamento com os missionários é de muita proteção, e consideração; está sempre reconhecendo o trabalho abençoado de cada um nos seus campos missio-nários.

Ser missionário da JMM é um privilégio, e aceitar o chamado de Deus para uma missão muito importante: Ganhar o mundo para Cristo. Mas também não é uma mis-são muito fácil, requer muita determinação e consagração. Além disso, enfrentam muitas dificuldades e desafios, e al-gumas diferenças religiosas. Deixam sua Pátria (Brasil) e seguem levando suas esposas e filhos para uma nova vida, que exige muita adaptação: Idioma (Línguas estrangei-ras de cada país), diferença de costumes, moradia e ali-mentação. Mesmo assim, para eles consideram uma recompensa abençoada, a de levar o Evangelho a todos os povos a fim de que eles

possam encontrar o caminho da salvação. E assim, com esse propósito, eles já alcan-çaram muitos países em que as portas estavam fechadas para o Evangelho. E, hoje, os campos missionários estão cada vez mais abertos para ganhar o mundo para Cristo.

A Junta de Missões Mun-diais foi fundada em 1907, com o nome de Junta de Mis-sões Estrangeiras, e em 1980 passou a ser Junta de Missões Mundiais e, este ano de 2016, completa 109 anos de glórias. A Deus demos glórias por todos os pastores e colabo-radores nesta missão tão glo-riosa. As nossas saudades ao pastor Waldemiro Tymchak por todos os anos dedicados a JMM. E a todos os missioná-rios e missionárias, as nossas homenagens pela sua dedica-ção para com a JMM. Todos serão representados pelos missionários pastor Antonio Joaquim de Matos Galvão e sua admirável esposa, mis-sionária Deolinda Veloso de Matos Galvão.

Pastor Galvão, como é co-nhecido, é considerado um dos mais antigos da JMM, com seus 43 anos de de-dicação, e de mãos dadas com sua esposa Deolinda, atuaram em vários países da África, Europa, e Amé-rica Latina, e deixaram em cada lugar uma semente do Evangelho. Pastor Galvão atualmente trabalha na mo-bilização missionária das Igrejas Batistas do Rio de

Janeiro. Pastor Galvão e sua esposa Deolinda ganharam de Deus um lindo presente, sua filha de estimação, a jo-vem Caroline Matos Galvão. O pastor Galvão é um pastor muito estimado, e está sem-pre disposto a atender aos convites das Igrejas e outros lugares para ser o mensagei-ro da Palavra de Deus, com ilustrações de suas experiên-cias missionárias. Participa também de alguns programas de rádio (como entrevistado) e na “TV Brasil”, no Canal 02 do Rio de Janeiro, no progra-ma evangélico “Reencontro”.

O pastor Galvão em 2015 lançou o seu livro com o tí-tulo “Antologia Missionária”. O lançamento foi na 95ª As-sembleia da Convenção Ba-tista Brasileira em Gramado, no Rio Grande do Sul. Neste livro o pastor João Marcos deixou sua mensagem: “O pastor Galvão é um homem que após seu encontro com Cristo dedicou-se por com-pleto a obra missionária dos Batistas brasileiros no mun-do, que tanto nos orgulha”.

A todos os missionários e missionárias da Junta de Missões Mundiais, as nos-sas homenagens e os nossos agradecimentos por serem o orgulho de nossa Pátria, Brasil, colaborando com a paz mundial.

“Bem-Aventurado os paci-ficadores porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). E o povo de Deus diz: Amém!

Aos vitoriosos missionários e missionárias da

Junta de Missões Mundiais

11o jornal batista – domingo, 13/03/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

De norte a sul do Brasil, os promo-tores de missões se uniram para

buscar informações que lhes permitam mobilizar suas Igre-jas a levar a mensagem da es-perança aos povos que ainda desconhecem o Evangelho de Jesus Cristo. Foi durante os encontros e acampamen-tos promovidos por Missões Mundiais desde o começo do ano que mais de mil pessoas, principalmente promotores, reafirmaram seu compromisso com a obra missionária.

Ao todo, 12 estados recebe-ram pelo menos um evento de Missões Mundiais. Em São Paulo, por exemplo, as vagas esgotaram rapidamente (mais de 380 inscritos), com pessoas fazendo questão de participar mesmo se hospedando em locais próximos ao Acampa-mento Batista de Sumaré - SP. Este evento foi inclusive trans-

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Neste segundo do-mingo de março, Dia de Oração por Missões Mundiais,

os Batistas brasileiros estão convocados a dobrarem seus joelhos em intercessão pelo Irã, uma Nação onde atual-mente a Igreja cresce mais rápido do que em qualquer outra época, apesar de enfren-tar oposições. Por lá, muitos arriscam a própria vida por escolher andar com Cristo.

A República Islâmica do Irã, conhecida até 1935 como Pérsia, está localizada no Oriente Médio e, como seu próprio nome denuncia, é um país majoritariamen-te muçulmano (98,8% da população). Antes mesmo de se chamar Pérsia, o Irã era conhecido como Elam, nome de um dos ministé-rios parceiros da JMM que tem investido suas forças na evangelização dos irania-nos. E um dos desafios mais urgentes desta parceria é a ação Joelhos Dobrados pelo Irã, cujo principal objetivo é o levantamento de ao menos 300 Igrejas brasileiras para orar por cidades do Irã.

Há uma estimativa de que a Igreja iraniana é a que mais cresce no mundo, um avanço de mais de 90% nos últimos anos. A oposição perma-nece, líderes cristãos são

mitido ao vivo pela internet.No Espírito Santo, o encon-

tro de promotores aconteceu no Acampamento Batista Capixaba no dia 27 de fe-vereiro. A promotora Roseli Corrêa participou e disse que foi “Abençoadíssimo e edificante” participar.

“Sinceramente, eu me surpre-endi com o número de partici-pantes. Que o nosso Deus con-tinue derramando sobre todo o Seu povo santo a Sua sabedoria e discernimento para que nós, na Sua dependência, possamos continuar firmes alcançando mais vidas para o louvor da Sua glória”, declarou Roseli.

Rio Bonito - RJ recebeu mais uma vez o acampamen-to de promotores de missões fluminenses. Os mais de 400 inscritos puderam ouvir tes-temunhos e participar de momentos de intercessão, treinamento e até feira mis-sionária com comidas típicas.

A Primeira Igreja Batista de São João de Meriti - RJ enviou a Rio Bonito o seu Conselho

assassinados por causa de seus testemunhos. Seus mar-tírios sinalizam a necessidade de orarmos pelo avanço do Evangelho neste país.

Participe deste Dia de Ora-ção por Missões Mundiais formando uma grande vigília de oração pelo Irã. Em nosso relógio de oração apresen-tamos 24 motivos, um para cada hora do dia.

Ore…1. Pela Igreja sofredora no

Irã. Peça a Deus que ela pos-sa continuar a proclamar o Evangelho corajosamente apesar dos riscos;

2. Por sabedoria e estraté-gias divinas para o envio de exemplares da Bíblia ao Irã;

3. Por um grupo de 20 no-vos crentes iranianos que recebeu a Bíblia miraculosa-mente em apenas dois dias;

4. Pela impressão de 30 mil exemplares da Bíblia em língua persa que serão impressas para crianças;

5. Por oportunidades de evangelização de iranianos du-rante o ano novo persa, que será

Missionário, formado por qua-tro promotores de missões: Leila Tavares, Viviane Alves Es-cócio, Elenita Ferreira da Silva e José Cordeiro. É uma forma que, segundo eles, a Igreja en-controu de melhor mobilizar e trabalhar em equipe.

Segundo Leila, participar do acampamento é uma for-ma de motivar os promotores e abastecê-los de informa-ções relevantes para a mobi-lização na Igreja local.

“Aqui temos uma visão maior do que está sendo fei-to e quais são os frutos que estão sendo colhidos”, diz.

Para Viviane, a mobilização é também uma forma de en-volver mais a Igreja em con-tribuição e oração pela obra missionária. E Elenita comple-menta afirmando que é muito importante saber o que está se passando no mundo através dos missionários.

“Sabemos que a necessida-de é muito grande”, ressalta.

José Cordeiro enfatiza a importância do promotor

comemorado em 21 de março;6. Por pastores, evangelis-

tas e plantadores de Igrejas iranianos que estão sendo pre-parados pelo Ministério Elam, parceiro de Missões Mundiais;

7. Pelas crentes iranianas, menosprezadas na sociedade de seu país. Elas precisam ou-vir sobre o valor e dignidade que temos em Cristo;

8. Pelos alunos que serão treinados em cursos intensi-vos de liderança pelo Minis-tério Elam este ano;

9. Pelas pessoas que sofre-ram por causa de Cristo no Irã, onde seguir a Jesus pode custar a própria vida;

10. Pelos prisioneiros ira-nianos com problemas de saúde e aos quais têm sido negado acesso a tratamento;

11. Pelos crentes que estão detidos no Irã aguardando julgamento. Há cerca de 90 pessoas nessa condição na-quele país;

12. Por quem está se recu-perando da perseguição, pois muito tempo após detenções, encarceramentos e abusos, a maioria passa por efeitos

de missões, como uma peça fundamental na divulgação do trabalho missionário”.

“Creio que se não houves-se o promotor, o Evangelho provavelmente não chegaria aonde tem chegado. Ele é um missionário que mobiliza, por isso seu ministério é de suma importância”, conclui.

Os acampamentos são eventos preparados espe-cialmente pela JMM todos os anos e voltados para os promotores de missões que têm atuado como um motor que move as Igrejas a partici-parem e a se envolverem ain-da mais na obra missionária transcultural.

devastadores. Peça a Deus para que as feridas físicas e da alma dessas pessoas sejam curadas;

13. Pelo pastor iraniano Farshid Fathi, liberado da pri-são em dezembro de 2015. Ele atesta que, do cárcere, podia sentir as orações do povo de Deus por sua vida;

14. Pelo pastor iraniano Said Abedini, liberado em janeiro de 2016 da prisão. Ele foi preso e condenado a oito anos por causa de seu ministé-rio cristão, mas foi solto antes;

15. Pelos perseguidores, para que aceitem a Cristo. Peça para que interrogado-res, juízes e funcionários do regime iraniano tenham oportunidade de ouvir sobre o Evangelho;

16. Pelos crentes que vi-vem isolados no Irã por causa da forte perseguição no país. Quando uma Igreja no lar é descoberta, o pastor é preso.

17. Pelo programa de TV que o Ministério Elam produz para dar aos cristãos e igrejas domésticas no Irã uma expe-riência de adoração semanal;

Ainda há agendado um en-contro de promotores de mis-sões para o dia 02 de abril, na Primeira Igreja Batista Ace-sita, em Timóteo - MG (Rua José Geraldo Madureira, 21, Vale do Aço). Informações sobre este evento podem ser obtidas com o missioná-rio mobilizador José René Toledo nos telefones (31) 8744-1239 e (31) 8485-5746 ou por e-mail [email protected]. Se você é dessa região, participe ou estimule sua Igreja a enviar um re-presentante. Informações e dúvidas podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Leve esperança!

18. Pela nova série infantil de TV do Ministério Elam. Como as famílias não têm acesso à Escola Bíblica Domi-nical, muitas crianças agora acreditam em Jesus por causa do programa;

19. Por outros programas de TV. Ministérios como o Elam têm produzido conte-údo audiovisual de ensino bíblico, evangelístico e para mulheres. Para alguns irania-nos, é o único ensino que recebem;

20. Por pastores e evange-listas na internet, por aqueles que vêm à fé através da TV e pelas novas Igrejas domésti-cas que nascem através dessa ferramenta de comunicação;

21. Pelo acesso, por irania-nos, a livros e recursos cris-tãos. Publicações em persa são ferramentas poderosas para equipar a Igreja em cres-cimento. Peça a Deus por traduções;

22. Por recursos de ensino para fortalecer as famílias cristãs iranianas, principal-mente sobre casamento e discipulado;

23. Pelos crentes iranianos que estudam por correspon-dência, pois essa modalidade de ensino exige disciplina;

24. Pelos iranianos que chegam a outras nações. Maravilhosamente, muitos afegãos têm conhecido ao Senhor através do testemu-nho de iranianos, bem como turcos e árabes.

Promotores unidos para levar esperança

Dia de Oração: Joelhos Dobrados pelo Irã

12 o jornal batista – domingo, 13/03/16

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 13/03/16notícias do brasil batista

Roberto Torres Hollanda, colunista de OJB

Faleceu, com 90 anos de idade, em Pasa-d e n a , C a l i f o r n i a (EUA), o missionário

e teólogo Dewey Martin Mulholland, que foi funda-dor, diretor e professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília, e membro (De-zembro de 1975 a março de 1983) da Igreja Memorial Batista.

Dewey estudou no semi-nário “Fuller” com sua espo-sa Edith Brock. Nessa escola, Dewey descobriu o método indutivo de estudo bíblico.

Em 1951, Dewey e Edith foram designados como missionários dos Batistas Conservadores no Nordes-te do Brasil. Trabalharam (1952-1974) na Escola Bí-blica em Floriano (Piauí), que em 1960 passou a ser um seminário teológico.

Em 1974, Dewey esta-giou no instituto de estu-dos da Terra Santa, em Je-rusalém. O casal mudou-se para Brasília, onde fundou a FTBB. E em 08 de outubro de 1975 foi lida na Memorial a carta do STBN solicitando cessão de dependências da Associação Cultural Evangé-lica de Brasília (SOCEB) para

instalar a FTBB.As aulas tiveram início em

21 de fevereiro de 1976, usando o prédio da SOCEB. Em 18 de novembro de 1979, realizou-se um culto no terreno (Via L2-Norte,

Quadra 611, Módulo “B”) onde seriam construídos os prédios da FTBB. Nos anos recentes, por meio de finan-ciamentos e outros tipos de ajuda, a SOCEB tem dado decisivo apoio aos projetos da FTBB.

O casal Dewey-Edith re-gressou, aposentados, aos EUA; Edith trabalhou du-rante 10 anos na elaboração de um monumental livro hi-nológico, “Notas Históricas do HCC” (2001), e Dewey escreveu e publicou os se-guintes livros em português: “A história de Jesus escrita por Marcos – Messias para todas as nações”; “Teolo-

gia da Igreja”; “Epístolas da Prisão”; “Filemon”. E em inglês: “Your Slave, Our Bro-ther: The New Intercultural Reading of Paul’s Letter to Philemon”, traduzido para o alemão e o francês.

Dewey Mulholland foi um missionário que nos últimos 40 anos abençoou a obra da educação teológica em Brasília, expandindo-a para a África do Sul.

“Bem-aventurados os mor-tos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espíri-to, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham (Ap 14.13).

Dewey Martin Mulholland(1925-2016)

14 o jornal batista – domingo, 13/03/16 ponto de vista

Existem cristãos ner-vosos, sem paciên-cia? Sim, muitos. Em função da natureza

humana residindo em cada um de nós e das pressões externas, temos agido de forma impaciente, nervosa. Não temos paciência com os nossos familiares, com os colegas de trabalho, no trânsito, no mercado, enfim, em variadas situações. Não é normal o cristão ser nervoso. Falta-lhe o controle do Espíri-to Santo, viver o Seu fruto no dia a dia (Gálatas 5.22-23). O nervosismo é obra da car-ne e se caracteriza por uma deficiência em aprender com Jesus a ser manso e humilde de coração (Gálatas 5.19-21; Mateus 11.29).

Os cristãos nervosos não aprendem a descansar nA-quele que tudo pode (Fi-lipenses 4.13). Deixam-se

Tales Viana, membro da Primeira Igreja Batista Rinóplis - SP

É estranho usar a ex-pressão “ciúmes do céu”, pois sempre quando pensamos em

céu lembramos de eternida-de, de paz eterna, fim do so-frimento, salvação, e etc. São muitos os pensamentos que nos remetem a esse lugar que todos que acreditam alme-jam alcançar. Muitos veem o céu como a redenção do ser humano, onde a Graça de Deus superabundou em nos-sa vida, o lugar que mesmo não merecendo, estaremos ao lado do Senhor.

Entretanto, apesar de toda

dominar pela natureza hu-mana em detrimento da na-tureza divina. Permitem-se ser estimulados por filmes de violência e terror. Apreciam ver novelas que têm entre as suas funções, mexer com o emocional e relativizar padrões de comportamento. São estimulados por jogos, games violentos. Geralmen-te as pessoas nervosas não gostam muito de reflexão, de estar a sós com o Senhor e não investem em relacio-namentos saudáveis. Elas interagem com as máquinas e não têm paciência com as pessoas.

Geralmente os cristãos to-mados pelo nervosismo têm um perfil de ansiedade, e de insegurança com o amanhã. Não aprenderam as lições que Jesus deixou em Mateus 6.25-34. O Mestre nos deu um remédio eficaz para o

essa reflexão de paz e har-monia, muitos enxergam o céu como um lugar de extrema exclusividade, onde somente um pequeno nicho de pessoas vão alcançar essa dádiva. Pessoas essas que colocam inúmeras barrei-ras para que isso possa ser alcançado, sempre voltam seus discursos para um tipo de meritocracia do céu, onde a pessoa tem que cumprir uma série de requisitos para merecer chegar lá. Montam um estereótipo, colocam um padrão para o tipo de pessoa que vai ou não adentrar aos portões celestiais.

Pessoas assim esquecem da graça maravilhosa e sublime de Deus, pois tem um dis-

tratamento da ansiedade e, como consequência, para o nosso nervosismo. As pesso-as nervosas adoecem cedo, pois o seu corpo recebe toda a carga negativa. As doenças psicossomáticas se estabele-cem. Os cristãos que vivem na condição de impaciência ainda não aprenderam a con-fiar no Deus soberano que tem o controle sobre todas as coisas.

Os cristãos nervosos ge-ralmente são insatisfeitos, murmuradores e críticos áci-dos. Não gostam de ser con-frontados e nem contrariados em suas opiniões. São gros-sos, deselegantes e maldosos como Nabal (I Samuel 25.3). É muito difícil lidar com gen-te nervosa, sem paciência e que contamina o ambiente com o seu descontrole emo-cional. Precisam de tratamen-to para não morrerem cedo.

curso praticamente elitista do céu, onde escondem-se atrás de um falso moralismo e tam-bém de uma falsa humildade, porque vez ou outra denomi-nam-se pecadoras, mas, na verdade, julgam seu pecado menor ou menos grave do que da pessoa que está ao seu lado. Esquecem da Graça de graça, onde quando reco-nhecida, não faz distinção de pessoa e limpa a todos de qualquer pecado, seja a que teve uma vida torta ou não.

Os que são tomados por uma religiosidade não conse-guem imaginar-se dividindo o céu com outra pessoa que não seja igual a ela. Pessoas que vivem Cristo de uma forma liberta de qualquer

Deus, nosso Pai, se agrada de um coração quebrantado e contrito (Salmos 51.17). Um coração manso, con-trolado pelo Espírito San-to, disposto a ser relacionar com o próximo de forma equilibrada e saudável. Que está pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar (Tiago 1.19). A pessoa nervosa não sabe ouvir. Não tem paciência e utiliza as palavras para ferir as pessoas. Há uma agressão verbal que produz feridas, ressentimen-tos e amargura. As pessoas que convivem com os cris-tãos nervosos geralmente se cansam.

Para os cristãos nervosos há cura e esta está em Cristo Jesus. À medida que convi-vemos com o nosso Senhor e Mestre aprendemos a viver em obediência e a descan-sar na fidelidade do Pai. O

muleta ou apoio, vivem o Evangelho pelo Evangelho, que são livres da religiosi-dade, parecem não merecer o céu como alguns desses ciumentos.

Realmente é muito difícil para uma pessoa tomada por uma religiosidade que se pri-vou de coisas que não fazem sentido se privar ver pessoas que vivem de forma livre irem para o céu junto com elas. Daí sai a sensação de ciúmes do céu, quando pen-sam consigo que seria uma injustiça dividir o céu com es-sas pessoas, pois acham que fizeram por merecer, pois privaram-se mais. Entretanto, ninguém é merecedor do céu e nem da Graça de Deus.

nervosismo é um sintoma de uma enfermidade da alma e do coração. As pessoas nervosas estão acometidas de uma cardiopatia muito comum na natureza humana. O Senhor nos chama à Sua mansidão e à Sua humildade. Chama-nos para vivermos dEle, sob Ele, nEle, por Ele e para Ele.

Quando reconhecemos que somos nervosos e con-fessamos, Ele nos cura com o Seu poder e com o Seu amor. Ele transforma as atitudes e os atos nervosos em atitu-des e atos calmos, serenos e tranquilos. Os berros são substituídos pelas palavras comedidas, mansas e em bai-xo som. A cura do coração é a cura do nervosismo. Saímos da autoconfiança doentia para a saúde da confiança no Senhor. Cristãos nervosos, não; cristãos calmos, sim!

Que sempre lembremos de Efésios 2. 4-9. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo quando ainda estáva-mos mortos em transgres-sões - pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com Ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de Sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vo-cês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8). Amém.

Cristãos nervosos

Ciúmes do céu

15o jornal batista – domingo, 13/03/16ponto de vista

O que é Igreja? Em geral, as pessoas respondem que é o templo. Afinal,

é comum falarmos “Vamos à igreja!”. Mas também pode-riam responder que é o con-junto de departamentos de um grupo de pessoas salvas por Jesus Cristo. Ainda outros fariam referência à estrutura denominacional como sendo a Igreja.

Afinal, o que é a Igreja? Biblicamente não temos uma resposta sistematizada e ob-jetiva, pois esta não era a estrutura de pensamento do povo que Deus se utilizou para inspirar Sua Palavra.

Em vez de explicar algo por meio de definições ou proposições, o povo bíblico fazia comparações utilizan-do-se muitas vezes de figu-ras, parábolas, etc. Assim é também com o significado de Igreja. Pesquisando o Novo Testamento nesta di-reção poderemos sintetizar o significado de Igreja em diversos grupos ou conceitos linguísticos metafóricos, tais como na tabela:

CONCEITO IGREJA TEXTOS

Genético/físico Corpo de Cristo I Co 12; Rm 12:4ss

Político Igreja At 14.23,27

Arquitetônico Edifício de Deus I Co 3.9; Ef 2.20-22

Agronômico Lavoura de Deus I Co 3.6-9; II Tm 2.6

Familiar Família de Deus Gl 6.10; Ef 2.19

Sociológico Comunidade At 2.44-47; 4.32-37

Militar Exército de Deus I Tm 2.3,4

Diplomático Embaixada do Reino De Deus I Co 5.20

Não é difícil deduzir que cada um desses conceitos metafóricos apresenta uma faceta sobre a vida da Igreja. Por exemplo:

1. Conceito familiar: Indi-ca o espírito de família que deve existir em nós - união, fraternidade, submissão ao Pai, etc;

2. Conceito genético: In-dica a união e interdepen-dência que deve existir na igreja. Mostra a igreja como um organismo.

3. Conceito militar: Indica a luta ofensiva da Igreja, não contra a carne e o sangue (Ef 6.12), mas contra o exército de Satanás.

Deve ficar claro que não encontramos no Novo Testa-mento a ideia de que Igreja venha a ser o templo ou o prédio em que nos reunimos. A Igreja somos nós, salvos por Jesus Cristo que, afinal, não morreu por tijolos, ma-deira ou equipamentos.

Organização ou Organismo?

Sempre houve uma dispu-ta em torno de ser a Igreja

apenas uma organização ou apenas um organismo. Se visualizarmos a Igreja dentro da perspectiva apresentada, concluiremos que as duas ideias não são contraditórias e excludentes, mas plena-mente viáveis, pois cada uma delas apresenta aspectos di-ferentes da mesma verdade.

Quando falamos da Igreja como organizações estamos nos referindo ao seu aspecto administrativo, estrutural e operacional. Quando falamos da Igreja como organismo estamos nos referindo à Igreja como composta de membros interdependentes e copar-ticipantes de uma mesma experiência salvadora e viven-cial sob uma mesma fonte de vida - Cristo. Enfim, falando da Igreja do ponto de vista genético/físico. Desta forma, poderemos afirmar: Igreja - Organismo e Organização.

Igreja Universal e Igreja Local

Em termos geográficos po-demos ainda entender a Igre-ja de modo universal e local. A universal abrange todos os

salvos por Jesus Cristo à par-te das barreiras geográficas (I Tm 3.15; Ef 5.23ss). Um crente em Manaus e outro em Porto Alegre fazem parte da mesma Igreja - a universal.

A Igreja local abrange um grupo de crentes dum de-terminado local (At 11.26). O conceito de Igreja local no Novo Testamento parece ser mais amplo do que pen-samos, pois incluía tanto a ideia de um grupo de crentes de uma determinada região (At 9.31), como a ideia de um grupo restrito (Rm 16.5).

Aqui temos de relembrar que é estranha ao Novo Tes-tamento a ideia da interde-pendência administrativa das Igrejas locais. No Novo Tes-tamento cada Igreja local é autônoma. Isso não significa que entre elas não havia co-operação fraternal (II Co 8.9).

Qual a origem da Igreja?A Igreja nasceu no coração

de Deus, sendo assim uma instituição divina. Opera-cionalmente, podemos dizer que a Igreja iniciou suas ati-vidades no Pentecostes com a vinda do Espírito Santo. Mas teoricamente falando, ela já existia no Éden, mesmo antes da entrada do pecado no mundo. Aquela família constituía a primeira célula da Igreja que iria se expandir. A contingência do pecado interrompeu o plano de Deus e a vida embrionária da Igreja congelou-se, sendo reaqueci-da no Pentecostes.

Aqui advém outra questão: “A estrutura denominacional

é uma instituição divina? Ou ainda A estrutura denomina-cional pode ser considerada também como Igreja?”. Não possuímos nenhuma base bíblica para responder afir-mativamente. Desta forma, tecnicamente falando, uma estrutura denominacional é uma estrutura para eclesi-ástica. Muitos veriam aqui a negação de sua validade, contudo, vemos a sua impor-tância e necessidade no de-senvolvimento do espírito de cooperação e fraternidade.

Uma estrutura denominacio-nal, em vez de ser sacralizada, deve ser instrumento útil no fortalecimento e expansão da Igreja local no cumprimento da missão que Deus tem para as Igrejas. Agindo desta for-ma, ela estará em seu devido lugar de meio e não fim em si mesma. Sendo assim, uma estrutura denominacional é culturalmente dependente e deve se ajustar constantemente às necessidades e realidades das Igrejas locais servindo de elo entre elas.

Temos de ser honestos em reconhecer que nossas Igrejas possuem falhas, mas em vez de nos referirmos a ela na terceira pessoa - a Igreja está errada nisto ou naquilo - de-vemos estar conscientes de que nós somos a Igreja, nós fazemos parte dela. Então, em vez de criticá-la destru-tivamente, devemos indagar particularmente “O que posso eu, membro da Igreja de Jesus Cristo, fazer para contribuir para seu aprimoramento e fortalecimento? (Hb 10.25).

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Estudos sobre a Igreja – IO que é Igreja segundo o Novo Testamento