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ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 27 Domingo, 03.07.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Hoje, somos em torno de 13.436 Igrejas e Congregações, que somam aproximadamente 1,7 milhões de Batistas da CBB, o que representa 0,8% da população brasileira. Mas, o que sabemos desta população Batista? Nesta visão, a CBB, em parceria com a JMN, lança o Censo Batista 2016. Ajude- nos nesta missão! Página 09 Missões Nacionais Ponto de Vista JBB Missões Mundiais JMN desenvolve estratégias para alcançar refugiados que vivem no Brasil Página 07 Ceará, Sergipe e Espírito Santo se preparam para receber eventos da JBB Página 08 Missionários brasileiros celebram batismos na Espanha Página 11 Saiba como construir um templo de acordo com a lei Página 14

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Page 1: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The

o jornal batista – domingo, 03/07/16ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 27 Domingo, 03.07.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Hoje, somos em torno de 13.436 Igrejas e Congregações, que somam aproximadamente 1,7 milhões de Batistas da CBB, o que representa 0,8% da população brasileira. Mas, o que sabemos desta população Batista? Nesta visão, a CBB, em parceria com a JMN, lança o Censo Batista 2016. Ajude-nos nesta missão!

Página 09

Missões Nacionais

Ponto de Vista

JBB

Missões Mundiais

JMN desenvolve estratégias para

alcançar refugiados que vivem no Brasil

Página 07

Ceará, Sergipe e Espírito Santo se preparam

para receber eventos da JBB

Página 08

Missionários brasileiros celebram batismos na

EspanhaPágina 11

Saiba como construir um templo de acordo

com a leiPágina 14

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2 o jornal batista – domingo, 03/07/16 reflexão

E D I T O R I A L

Vivendo a vontade do Senhor

“Eis aqui a serva do senhor: cumpra-se em mim segundo a Tua palavra.” (Lc 1.38)

Esperava-se que século XX fosse o século das luzes, quando a razão e a ciência libertariam

o homem das superstições e o levaria à real felicidade, a um paraíso terreno. Todavia, já no terceiro milênio, os indivíduos e a sociedade en-contram-se mergulhados em uma das mais profundas frus-trações e mais confusas que em qualquer outro tempo da história da humanidade. As pessoas buscam intensamen-te soluções para o vazio que invade suas almas. Recursos materiais, educação, cultura, satisfação do apetite carnal não bastaram para preencher esse vazio e, como resultado desta desesperança, vem o

ceticismo, o envolvimento com drogas, o crescimento da violência e da imorali-dade.

Há uma total falta de com-promisso, de fidelidade, de honra. Vive-se sem ideal, não há uma ideologia para viver. Não podemos deixar de reconhecer a grandiosida-de de Deus, sua magnitude, sua transcendência, diante de tantos fatos. É impossível não reconhecer Seu poder, Sua ação misericordiosa na condução de tudo e todos que fazem parte da sua Igre-ja. As lições propostas e pos-síveis de serem aprendidas neste texto são incontáveis. A atitude de Maria expressa neste verso, encerra toda a disposição em servir ao Senhor; disposição que mu-dou o curso da humanidade e nos apresenta três lições,

as quais todos nos servos do Senhor devem praticar. O que o Senhor espera dos seus servos é disponibilida-de, disposição e confiança plena.

Disponibilidade incondi-cional - “Eis aqui a serva do Senhor” - Colocou-se ao dis-por do Senhor incondicional-mente, mesmo desconhecen-do os desafios.

Às vezes, deixamos de nos disponibilizar para o serviço do Senhor, porque questio-namos nossa capacidade. O Senhor nos usa independente da nossa idade, do nosso saber intelectual, das nossas limitações, pois, para o Se-nhor, não há limitações.

Disposição de ser útil ao Senhor - Cumpra-se em mim o Teu querer. Além da dis-ponibilidade, Maria também se apresentou disposta a ser

usada pelo Senhor. Não basta dizer: “estou aqui”, é preciso também estar disposto a fazer o querer do Senhor. É preciso estar à disposição para qual-quer que seja a tarefa.

Confiança plena - Não se preocupou com as conse-quências da sua decisão. A disponibilidade e a disposi-ção para que a vontade do Senhor se cumprisse em Ma-ria não a isentou de muitas e maiores responsabilidades, mas ela não ficou questio-nando ao Senhor. Ela se dis-pôs a fazer o querer do Se-nhor. Que sempre estejamos dispostos a cumprir o querer do Senhor em nossas vidas.

Sócrates Oliveira de Souza, pastor,

diretor executivo da Convenção Batista

Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 03/07/16reflexão

(Dedicado à leitora Laíse Granja e Reis, de Brasília, DF)

Quando cantamos um hino, será que realmente es-tamos cantando

um hino? Pesquisamos em vários hinários para saber se continham poemas ou cân-ticos de veneração a Deus. Consultamos hinólogos con-fiáveis para encontrar exem-plos de hinos nas hinódias alemã, inglesa e norte-ame-ricana. Segue o resultado de nossas indagações, pesquisas e consultas hinológicas.

1 - Um hino deve ter estabilidade doutrinária:Johann Jakob Schütz (1640-

1690) em 1675 escreveu o hino “Sei Lob und Ehr dem höchsten Gut” (ver: “Evan-gelisches Gesangbuch”, nº. 326; Leipzig: Evangelische Verlag, 1994), sobre músi-ca composta, em 1653, por Johann Crüger (1598-1662).

Schütz era amigo íntimo do teólogo Philip Jacob Spener, a quem sugeriu, em 1680, que criasse as “collegia pie-tatis” (reuniões de oração), para início do movimento pietista na Alemanha. As denominações na Inglaterra estavam em crise.

Em 1990, João Soares da Fonseca, através do inglês, traduziu este hino alemão (ver: “Hinário para o Culto Cristão”, nº. 50).

Com a expressão “esta-bilidade doutrinária” não estamos dizendo que um hino não possa ser ultrapas-sado pela realidade de uma determinada denominação

religiosa. Mas que o conteú-do e o significado desse hino permanecem no hinário para demonstrar sua fidelidade às Santas Escrituras.

Tomaremos duas doutrinas básicas: a guarda do Dia do Senhor e a observância do dízimo.

Ainda cantamos, 242 anos depois de escrito por John Newton (1725-1807), o hino “Este é o Dia do Senhor” (HCC-226); será que esta-mos guardando o domingo como “dia de descanso e de louvor”?

Na Inglaterra medieval, ha-via mais de 100 dias santos. Além dos Puritanos, muitos cidadãos consideravam mais apropriado, entre 1660 e 1688, um descanso semanal.

Os Puritanos desaprova-vam a prática de esportes aos domingos, mas, Jaime I, em 1618 autorizou-a; um bispo alegou que se os homens não praticassem esportes, ha-veria o risco de se reunirem para discutir religião ou os sermões atrapalharem as cer-vejadas para receber dinheiro para a paróquia.

Os pastores tiveram ordem para ler o decreto real; um deles determinou que a con-gregação lesse o Decálogo.

Havia profundo ressenti-mento em relação à entrega do dízimo. A razão era que os dízimos eram devolvidos pelas pessoas insignificantes e pobres; o cidadão rico não pagava.

Em 1641, a Câmara dos Co-muns votou que seria “Lícito aos fiéis, à sua própria custa, manter um pastor encarrega-do de pregar todo Dia do Se-nhor”. A questão dos dízimos

provocou as mais violentas paixões.

Depois da Declaração de Indulgência (1687) e a partir de 1690, inspirados pela le-gislação republicana de Oli-ver Cromwell (1599-1658), os Dissidentes propugnavam por uma reforma de costu-mes, para aprovar leis contra o não cumprimento do des-canso semanal do domingo, a inobservância da prática do dízimo e a embriaguez. Os Dissidentes (quacres, congre-gacionalistas, presbiterianos e batistas) apoiavam a promo-ção da religiosidade; durou pouco tempo; as denomina-ções entraram em uma fase de declínio espiritual.

Os Luteranos alemães, mais pragmáticos, criaram um Fundo Eclesiástico; o dízimo era pago na forma de um imposto estatal. Os Protestantes e Evangélicos ingleses ficaram livres para entregar seus dízimos; acaba-ram vendendo ou alugando seus templos.

2 - Um hino deve ser dirigido a Deus:

Com preocupação teo-cêntrica, Isaac Watts (1674-1748), contemporâneo de John Bunyan (1628-1688) e de Johann Sebastian Bach (1685-1750), foi considerado “o pai da hinodia inglesa”, por ter estabelecido o padrão do hino congregacional.

Em 1714 fez uma paráfrase do Salmo 90, na forma do hino “O God, Our Help in Ages Past” (ver: “The Baptist Hymnal”, 1991, nº. 74), em linguagem solene e sublime, com música composta por William Croft (1678-1727),

que foi usada por Bach e Haendel.

Segundo o hinólogo Fran-cis Arthur Jones, este hino “Viverá enquanto a Igreja durar”. Para E.E.Ryden, “Faz o contraste entre a brevida-de da existência humana e a eternidade de Deus” (ver: “The Story of Christian Hym-nody. Rock Island, Illinois: Augustana, 1959).

Em 1702, Anne Stuart su-biu ao trono inglês, com o apoio dos Jacobitas (parti-dários do rei Jaime II), para prosseguir na perseguição aos Protestantes e Evangéli-cos (Dissidentes) (ver: “Keach virou clichê”, OJB, 03 abr 2016). Nesse ambiente tu-multuado foi produzido este glorioso hino, que segue o modelo do canto hebraico: as quatro primeiras estrofes descrevem os atributos de Deus; a quinta, expressa a fraqueza e mortalidade do homem; a sexta, a submissão do homem a Deus.

João Wilson Faustini (estro-fes 1, 3 e 4) e Werner Kaschel (estrofe 2) traduziram este hino exemplar (ver: HCC-38).

3 - Um hino deve ser objetivo:

Walter Chalmers Smith (1824-1908), em 1867, es-creveu a letra do hino “Im-mortal, Invisible, God Only Wise” (ver: “The Baptist Hymnal”, nº. 6).

O hinólogo Robert Guy McCutchan (ver “Our Hym-nody”, Nashville, Tennessee: Abingdon, 1937) opinou que os hinos de Smith possuíam “Riqueza de pensamento e vigor de expressão”.

Em 1969, Faustini tradu-

ziu este hino “Deus Sábio, Invisível, Perfeito, Imortal” (HCC-13), dando uma “con-tribuição pioneira” à hinodia brasileira (ver: Rolando de Nassau, Ultimato, setembro de 1977).

4ª - Um hino deve ser reverente:

Fanny Jane Crosby (1820-1915), poetisa metodista nor-te-mericana, cega, em 1875 escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The Baptist Hymnal”, no. 290).

Fanny é considerada a mais importante hinógrafa de can-ções evangelísticas (“gospel songs”) na América, tendo produzido cerca de 9.000 textos, muitos dos quais fo-ram musicados por Brad-bury, Lowry, Root, Doane e Sankey.

A música, também em 1875, foi elaborada pelo compositor batista William Howard Doane (1832-1915).

Em 1890, em sua segunda viagem ao Brasil, o missio-nário Henry Maxwell Wright (1849-1931) traduziu o hino “Meu Senhor, Sou Teu” (ver: HCC-361) (ver: Henriqueta Rosa Fernandes Braga. “Mú-sica Sacra Evangélica no Bra-sil”. Rio de Janeiro: Kosmos, 1961).

Crosby e Wright evitaram a familiaridade no trato com a pessoa de Deus Pai.

Tenhamos esses quatro hi-nos como parâmetro no can-to congregacional em nossas Igrejas.

(Fonte: Christopher Hill, O Século das Revoluções (1603-1714), São Paulo: Edi-tora UNESP, 2012).

MÚSICAROLANDO DE NASSAU

As quatro características de um hino

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4 o jornal batista – domingo, 03/07/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Três vezes Egito“E esteve lá, até a morte de Herodes, para que se cum-prisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: ‘Do Egito chamei o meu Filho’.” (Mt 2.15)

O plano do rei He-rodes foi o de matar o menino Jesus, antes de Ele

tornar-se um perigo para o seu trono. Para abortar a ma-quinação do rei, o Senhor mandou José e Maria, com Jesus no colo, fugirem para o Egito. Esta estratégia já fora profetizada por Amós, séculos antes. “E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: ‘Do Egito, chamei o Meu Filho’.” (Mt 2.15).

No tempo das experiências dolorosas de José, o agora poderoso primeiro ministro ex-plicou sua convicção: “Agora, não se aflijam nem se recrimi-nem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (Gn 45.5). Depois de José, veio Moisés. Foram quatro séculos de ser-

vidão no Egito. Nesta altura, o Senhor decidiu que o povo hebreu já havia aprendido o suficiente com os egípcios. Por isso, preparou na própria corte do faraó, o líder hebreu Moisés, através de quem toda a legislação do povo hebreu foi outorgada.

Depois de muitos e muitos séculos, com o objetivo de preservar a missão do Seu Unigênito Filho, o Pai usou o Egito outra vez. Bem, antes que alguém chegue à conclu-são apressada de que a terra egípcia merece estar acima de qualquer outro povo, é impor-tante dizer que nação nenhu-ma tem mais merecimento que qualquer outra. Cada uma, de acordo com o projeto divino, tem o potencial de ser usada como instrumento útil por Deus. Quando se trata de fazer Sua vontade, o Senhor usa o povo que bem lhe parecer: egípcio, berlinense, carioca ou sergipano. A nós, cabe a aceitação da incompreensível soberania e providência do nosso Pai. Seja no nosso bair-ro, no Egito ou na China.

Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Pois tu formaste o meu in-terior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que de modo as-sombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem.” (Sl 139.13-14)

Muitas vezes nos vemos de acor-do com o que nos acontece

nos diversos momentos do nosso viver. Se estamos bem--sucedidos, nos valorizamos e até nos enaltecemos. No contrário disso, nos desvalo-rizamos e, às vezes, até nos maltratamos. Nosso Criador quer que nos valorizemos, vendo-nos como obra espe-cial dEle, isto é, obra admi-rável, como descrito pelo sal-mista, no texto acima. Como nos ver como Obra de Deus:

1) - Reconhecendo a for-ma extraordinária pela qual Deus nos criou: As demais obras da criação foram cria-das pela voz de Deus. “Disse Deus: haja e houve”. Nós,

entretanto, fomos criados por Suas mãos; utilizando-se do pó da terra, nos formou e nos deu vida através de seu sopro divino, com o detalhe de sermos ainda dotados de sua imagem e semelhan-ça, ou seja, Sua natureza de eternidade (Gênesis 1 e 2). Fomos assim projetados por Ele, antes da formação do mundo: “Assim nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cris-to.” (Ef 1.3-4).

2) – Valorizando-nos de-vidamente: Isto é, na medi-da certa, sem exageros ou vaidades, sempre exaltando nosso Criador. Jamais recla-marmos de como somos, do que somos ou alcança-mos na vida profissional, com dignidade; do que ob-tivemos com dignidade para nossa sobrevivência; dos momentos de adversidades. Temos tendências contrárias em tudo isso, por exem-plo, olhar para o espelho e querer mudar algo que pessoalmente não gosta-

mos. Devemos lembrar que somos obras das mãos de Deus, portanto, maravilho-sas, como diz a Bíblia. Não temos que querer nos mu-dar, mas sim nos preservar com os devidos cuidados. Nesses descontentamentos, Satanás age nos induzindo a meios ilícitos criados por ele, para alterar momentane-amente, o aparente estado que desaprovamos em nós. Esses meios são todos os tipos de drogas existentes; adultério, porque não gosto do que tenho em casa; sexo ilícito, porque não gosto do criado por Deus; desejar o que é do outro, porque não estou satisfeito com o que tenho, etc. Finalizo, dizendo da mais alta forma de valo-rização de nosso ser: Buscar a justificação de nossa alma, condenada à morte espiritu-al, pelo pecado que todos somos portadores. Essa, está em Jesus, enviado por Deus para que O busquemos para isso. “Porquanto Deus en-viou o Seu filho ao mun-do, não para que julgasse o mundo, mas que o mundo fosse salvo por Ele (Jo 3.17).

Valorize-se como você é. Você é um amado do Senhor!

Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB

Recordemos um pou-co do muito que o apóstolo Paulo ensi-na sobre a maneira

correta de ofertar, fazendo uma avaliação da nossa prá-tica. Como procedemos?

Com prontidão? Da Ma-cedônia, o zeloso e sensível apóstolo elogia: “Bem sei a vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os mace-dônios” (II Co 9.2a). Prontidão

é rapidez, desembaraço, agili-dade. Palavra usada também para o soldado em serviço.

Com voluntariedade? Con-forme II Coríntios 8.3, as Igrejas da Macedônia oferta-ram espontaneamente. E isso fizeram “acima de suas pos-ses”, declara o texto. Houve um sacrifício voluntário. Em setores seculares não têm faltado voluntários que doam dinheiro e tempo, abenço-ando vidas. Que exemplos dignos de imitação!

Com regularidade? Entre os crentes mencionados em I Coríntios 16.2, oferecia-se a oferta “no primeiro dia da semana”. Há membros de Igreja que recebem sa-lário semanalmente, mas a maioria recebe após 30 dias. Uns e outros podem ofertar regularmente. A omissão dessa entrega pontual dificul-ta a Igreja diante dos vários compromissos mensais. Por exemplo: dar (ou pagar ou entregar) o dízimo uma vez ou outra, causa desequilíbrio

e transtorno. Imaginemos um funcionário não embolsando seu salário com regularidade.

Com proporcionalidade? Observe-se ainda I Coríntios 16.2: “conforme tiver pros-perado”. É uma questão de justiça. Tremenda injustiça é quem ganha mais dar me-nos, ou quem ganha menos dar mais. Lamentável seria constatar Igrejas e a obra missionária serem sustenta-das pelos mais pobres, e os mais abastados fechando o

coração e o bolso.Na parábola do mordomo

infiel, Jesus exorta seriamen-te os cristãos ao referir-se à censura do rico ao mordomo acusado de desperdiçar seus bens: “Presta conta da tua mordomia; porque já não po-des mais ser meu mordomo” (Lc 16.2). O desperdício com o supérfluo (o melhor carro, a melhor casa, a melhor rou-pa, o melhor passeio, etc.) é capaz de consumir recursos suficientes para reduzir ca-rências diversas.

Como ofertamos?

Vendo-nos como obra

de Deus

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5o jornal batista – domingo, 03/07/16reflexão

Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara - Campinas - SP

“Buscar-me-eis, e me acha-reis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr 29.13)

Buscar a Deus de todo o coração é a busca mais profunda do homem. É buscá-lO

de forma íntima. Pois essas coisas não se descobrem com o cérebro e, sim, com a entrega do coração. É por isso que há muitas pessoas que frequentam uma Igreja há anos, são batizadas, exer-cem funções eclesiásticas, mas não mostram uma mu-dança de vida, pois, de fato,

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Na infância, lá nos nossos primeiros anos de ensino pe-dagógico, aprende-

mos a usar a régua. A profes-sora explica escala de medida, e mostra as múltiplas formas de usá-la. Ela pode servir para escrever tudo certinho, para cortar folhas, para fazer um tra-ço reto, para provocar o amigo (a) da frente. A régua é útil nos desenhos e pode ser uma linda metáfora sobre medida. Além da régua, aprendemos no dia a dia a medirmos tudo que nos cerca. Aprendemos a medir distâncias com polegadas, palmos, jardas, quilômetros, passos, etc.

Para os cristãos, a cruz é o símbolo do Amor de Deus. Foi na cruz que Jesus de-monstrou o quanto somos

nunca houve uma consagra-ção. Elas leem livros, leem a Bíblia, conhecem centenas de hinos e cânticos. Mas, pelos seus frutos, podemos constatar que as mesmas não têm uma profundidade com Deus.

Profundidade com Deus não é emocionar-se em um culto. Não é cantar alto. Não é saber de cor e salteado cen-tenas de versículos bíblicos. É entregar ao Senhor a tota-lidade da vida; uma entrega convicta. Quem não entre-gou a Deus a totalidade da sua vida, com certeza não se preocupará e nem terá forças o suficiente para resistir a um momento de tentação.

É um erro pensar que a Glória de Deus se resume

amados pelo Criador Deus. A cruz de Jesus no Calvário é central para a fé cristã. Na cruz, Jesus destruiu o poder da morte e ofereceu perdão à humanidade. Na cruz, Jesus disse “está consumado”, ou seja, está pago. Jesus pagou as nossas ofensas, nossos pecados e nossa desobe-diência. A cruz, somada à ressurreição, se tornaram a maior mensagem do mundo: o Evangelho, que é o “Poder de Deus para salvação a todo o que crê”. O Evangelho fala da boa notícia de que Deus nos ama, e que Jesus triunfou sobre a morte. O sacrifício de Jesus aniquilou o poder da morte para os que creem no poder redentor e salvador de Jesus, como o Filho do Deus Vivo; Jesus é o Messias de Deus que na cruz oferece perdão, misericórdia e graça.

A cruz é a nossa régua de

apenas aos cânticos que cantamos na Igreja. Deus é glorificado também através das nossas vidas, caráter e compromisso com Ele. Foi exatamente isso que Jesus nos ensinou em Mateus 5.16: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.

Aquele que não busca ao Senhor de todo coração, terá imensa dificuldade em amar o seu próximo ou perdoar aqueles que lhe causaram algum mal. Uma pessoa cujo coração foi entregue a Deus estará disposta a pagar o alto preço para dar um bom tes-temunho em qualquer lugar que esteja. Uma vida entre-

medida. A cruz é a medida do amor ágape do Senhor. A cruz é a medida de Jesus por nós, pois Ele mesmo disse que “Nos amou até o fim”, conforme está escrito em João 13.1. Ele nos amou até as últimas consequências no caminho ao Calvário e na cruz. A cruz é a medida do amor. Ela é a régua, não para medir o amor, mas que reve-la que o Amor de Deus está além da explicação humana. Amor que se doa em amar, que se entrega. Amor rela-cionado à ação, ao resgate, e à redenção. Amor que só focaliza o objeto do amor: o pecador. Amor sem fim, que se revela, mas não se explica. Amor que constrange quem é amado. Amor que nos leva a amar. Amor que muda as nossas vidas. Que nossa vida seja pautada pela régua do amor, a cruz de Jesus!

gue a Cristo tem prazer em obedecer às Sagradas Escritu-ras. Pois, “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47).

Há crentes que parecem sofrer do transtorno bipolar. Pois um dia cantam: “Tudo entregarei, tudo deixarei. Sim, por ti, Jesus bendito, tudo deixarei”. E, no outro dia, conseguem cantar: “Res-titui, eu quero de volta o que é meu”. Há pessoas que estão na Igreja, mas o coração não. Não houve uma entrega total, pois não houve uma busca a Deus.

Há Igrejas cujas maiores preocupações estão em seus programas. Há programas eclesiásticos todos os dias: reuniões, ensaios, projetos,

etc. E, às vezes, não há uma preocupação em ensinar aos membros a Palavra de Deus. Ou falta um cuidado maior com os novos convertidos que, logo, são colocados para exercer funções sem ter o devido preparo. Igre-jas assim estão repletas de crentes imaturos que não serão capazes de aconselhar aqueles que são mais novos na fé.

Em resumo, uma Igreja dessas poderá ter muitas coisas atrativas aos olhos humanos, mas não terá o poder que vem do alto. Afi-nal, o poder de uma Igreja se caracteriza na conversão genuína do seu povo e não em seus programas de entre-tenimento.

Buscar a Deus

Cruz: a régua de amor

Joaquim, membro da Primeira Igreja Batista de Cacoal – Rondônia - RO

(Dedicada ao pastor Ebenézer Soares Ferreira)

Um dia, abatido, tristonho e feridoPeito dolorido, gemendo de dorOlhei minha história, pesares e glóriasE fui questionar o meu Mestre e Senhor

E fiz-lhe a pergunta de adolescente que se sente anciãoPensando ser sábio, honrado e sóbrioFui lhe indagar

Por que tu tornaste eu, pobre e pecador, em filho Teu?Por que tu tornaste eu, pobre e pecador, em um servo Teu?Porque tu tornaste eu, pobre e pecador, em um pai de família honrado e feliz?

E a resposta foi estaSem meias palavrasO Criador do universoJesus, o SenhorMe respondeuFoi por amor

Foi por amor

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 03/07/16 reflexão

Pai e filhos envolvidos no roubo de milhões de dólares de uma empresa ligada à Pe-

trobras. Segundo a mídia informou nas últimas sema-nas, pai e filhos se uniram para surrupiar mais de 75 milhões de reais.É triste ver uma família inteira envolvida em algo sujo, vergonhoso e pecaminoso.

Muitas vezes, falando para as famílias, sempre ressalto a importância de se cultivar a cumplicidade no ambien-te familiar, desde que esta cumplicidade seja para o bem comum, para as coisas aprovadas por Deus e que glorificam o nome de Jesus e reforça o bom nome do cris-tão. Os pais não podem, de forma alguma, exigir que os

filhos se envolvam em coisas escusas.

Se um filho, por exemplo, recebe a proposta de um pai para fazer algo errado, este filho, especialmente se é cristão, tem toda a autoridade de dizer “não” e confrontar o pai chamando-lhe à res-ponsabilidade de ser fazer as coisas certas. Ananias e Safira podem servir de exemplo para este meu pensamento. A história está narrada em Atos 5.

Ananias e Safira arquiteta-ram um plano para fraudar a Igreja Primitiva. A iniciativa foi de Ananias, mas sua mu-lher, Safira, ao ficar sabendo poderia, com toda autori-dade, confrontar o marido, dizendo, por exemplo: “Isto que você está fazendo é er-

rado, contraria o coração de Deus e é uma mentira. Se você quiser levar a cabo seu plano, que vá sozinho, mas não conte comigo.”

A história termina nos in-formando que os dois foram mortos de forma fulminante perante toda a Igreja. Ana-nias e Safira entraram para a história da Igreja cristã como o casal que usou a cumplici-dade para o mal, para fazer algo errado.

Na família, muitas vezes, alguém pode ter uma falha no caráter e comprometer a todos. Mas, se queremos manter a integridade familiar, é preciso que alguém da própria família confronte o transgressor e o chame à razão. Se insistir no erro, que este pague isolada-mente pela transgressão.

A Bíblia diz que filhos de-vem ser submissos aos pais (Efésios 6.1). O mesmo diz em relação às esposas (Efé-sios 5.22). Mas, somente em coisas que não contrariam os princípios cristãos, a vontade de Deus é registrada em Sua Palavra.

Vivemos dias difíceis na economia, é verdade. O de-sejo de ganhar dinheiro para proporcionar tranquilidade à família é enorme, mas de forma alguma, podemos abrir brechas na nossa conduta éti-co-cristã para ganhar dinheiro.

O nome da família não pode entrar na história por atos ilícitos, sejam eles que envolvam pequenas ou gran-des somas de dinheiro.

No caso da família que a mídia noticia, o valor é

elevadíssimo. Como poderia ser um valor pequeno. O que importa é o princípio ético quebrado, a Nação lesada. Dinheiro que poderia ser aplicado na própria empresa para novos investimentos, gerando empregos e benefi-ciando milhares de famílias.

Que os pais cristãos sejam exemplos positivos para os filhos e os tenham perto de si para o bem comum e para a glorificação do nome de Jesus.

Gilson BifanoEscritor, palestrante e

Coach na área de família, criação de filhos e vida

conjugal.gilsonbifano@

ministeriooikos.org.brwww.ministeriooikos.org.br

Que vergonha!

Page 7: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The

7o jornal batista – domingo, 03/07/16missões nacionais

Helder Ticou Didoff, pastor, coordenador dos missionários de IM e etnias no estado de São Paulo (Adaptado pela Redação de Missões Nacionais)

Nos últimos anos, o fluxo imigratório tem se multipli-cado e o clamor

de apoio aos refugiados tem sido um desafio para as nos-sas Igrejas. Por isso, Missões Nacionais tem desenvolvido várias estratégias evangelísti-cas para alcançar os diversos povos estrangeiros que vi-vem no Brasil.

Em Belo Horizonte, estra-tégias de plantação de Igrejas com povos chineses têm se multiplicado intensivamente,

Pastor Fernando Bran-dão, diretor execu-tivo de Missões Na-cionais, e o pastor

Fabrício Freitas, gerente-exe-cutivo de Evangelismo da JMN, participaram, no mês de junho, do Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do estado de Santa Catarina. Em sua mensagem, o pastor

desenvolvendo líderes entre a população dessa cultura mi-lenar. Em Assaí - PR, nossos missionários têm uma Igreja plantada entre os japoneses. Também no Paraná, nossos missionários têm alcançado o povo árabe e refugiados sírios que encontram amor e receptividade entre o nosso povo Batista, para firmarem moradia. No estado de São

Paulo, encontramos a maior quantidade e a maior va-riedade de etnias do nosso país. Os povos africanos, em números oficiais, constam 18.000, mas, na realidade, o número é muito maior. Muitos chegam iludidos com as perspectivas de sucesso, frustram-se e são aliciados no transporte de drogas e acabam presos.

Os hispanos somam uma população de 500 mil habi-tantes e as condições com que trabalham e moram são desumanas, muitos são sub-metidos a trabalho forçado. Nossa missionária tem acom-panhado toda a dificuldade com amor, dedicação e com-partilhamento do Evange-lho, criando relacionamentos discipuladores e formando

Fernando desafiou os pre-sentes a seguirem em frente na implementação da visão de Igreja Multiplicadora no estado. O pastor Fabrício, por sua vez, compartilhou com os pastores catarinenses as maravilhas que o Senhor tem feito no Brasil através da visão de I.M. A sua Igreja também pode adotar este

Pequenos Grupos Multiplica-dores, com muitos da mesma família. Alcançamos também o povo cigano, um povo nô-made que mora em acampa-mento, com traços culturais bem marcantes, mas que tem sido alcançado através dos nossos missionários.

Invista, conheça e seja um parceiro desses projetos com etnias.

O mundo dentro do Brasil - Trabalho com refugiados é desafio para Missões Nacionais

Igreja Africana em São Paulo

Santa Catarina avança na visão de Igreja Multiplicadora

jeito bíblico de viver como Igreja.

Vários eventos sobre o tema serão realizados no Brasil e no exterior, nos pró-ximos meses.

Consulte a agenda comple-ta dos eventos e saiba mais sobre a visão de IM no site: http://www.igrejamultiplica-dora.org.br/

Pastor Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evangelismo da Junta de Missões Nacionais

Pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais

Batismo de uma cigana na Tenda Batista Nômade, em São Paulo

Page 8: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The

8 o jornal batista – domingo, 03/07/16 JBB

Pra nós, capixabas, o PPJ 2016 é motivo de alegria e resposta de orações. A temática

da Conferência é sobre algo que precisamos refletir mais. Por um lado, ouvimos dizer que nosso estado é um dos mais evangelizados do país. Por outro lado, temos números que retratam realidades sociais muito tristes. Somos o estado com a maior taxa de homicí-dios de mulheres e uma das maiores taxas de homicídios de jovens e adolescentes. Es-ses são dois exemplos entre várias questões que fazem parte da realidade do estado do Espírito Santo. Precisamos refletir sobre até que ponto temos sido luz como a Igreja de Cristo deve ser. Mesmo no meio dessa realidade triste te-mos motivos pra ter esperança. Sabemos que Deus tem líderes separados segundo o coração dEle, e esses são peças-chave para o despertamento da Igre-

Silas Brito, jornalista

Já pensou em fazer par-te de um acampamento com adolescentes de todo o Nordeste? E se esse acam-

pamento tivesse música, espor-te, adrenalina, Palavra de Deus e muita, mas muita diversão? Então não perca mais tempo, oxê! Faça já a sua inscrição no maior congresso de adoles-centes que você já viu, o Teen Brasil 2016!

No início do ano, o Con-gresso foi realizado no Rio de Janeiro e dezenas de vidas foram impactadas. Agora é a vez do estado de Sergipe, que de 25 a 27 de novembro, vai receber, com muito carinho, caravanas de todo o Nordeste que vão presenciar “Uma histó-ria de amor incrível”, baseada no texto de João 3.16.

A Convenção Batista Sergi-pana (CBS) e sua Juventude acreditam que o Congresso for-talecerá e despertará a vida dos adolescentes e da sua comuni-dade, além de contribuir em seu processo de crescimento e amadurecimento para a vida. “Cremos que os adolescentes

ja. Por esse motivo, o PPJ é muito especial! Tenho fé que Deus vai abençoar os nossos jovens e adolescentes através do despertamento e da capa-citação dos líderes e pastores

serão despertados para a obra missionária e um maior com-prometimento em suas Igrejas”, disse Marivaldo Queiroz, dire-tor executivo da CBS.

A Juventude Batista Sergipa-na (JUBASE) tem desenvolvido um trabalho fundamental na realização do evento. “Estamos trabalhando em todo processo de organização, visitação nas Igrejas e divulgação através das redes sociais. Nos dias do Con-gresso, estaremos envolvidos com uma equipe para ajudar em tudo que for necessário”, afirmou Raquel Barreto, presi-dente da JUBASE.

E já que o Congresso é de adolescentes, nada melhor do que perguntar pra eles. Por que participar do Teen Brasil?

“Porque o Teen é um mo-mento ímpar de conhecer ou-tras pessoas e em comunhão poder adorar a Deus, com mui-ta alegria, pureza e diversão com uma temática bem a cara da juventude”. A estudante Ione Caroline, espera que o Congresso seja um divisor de águas e que todos os adoles-centes possam sair diferentes

de juventude.É também com grande ale-

gria que a Juventude Batista Unida do Ceará (JUBUC) terá a honra de receber o PPJ 2016, uma Conferência para líderes,

que visa alcançar pessoas que querem assumir o desafio de cuidar da juventude, enten-dendo que essa faixa etária é fundamental para a vida da Igreja e da sociedade. Esta é a segunda vez que o Ceará recebe um evento nacional da JBB. O primeiro foi o projeto missionário “Pés no Arado”, que aconteceu em 2012, tanto na capital quanto no interior, e trouxe grande crescimento para a juventude do nosso estado.

Com a temática “Utilidade Pública”, o Congresso tem como fim motivar essa geração a ser mais parecida com Jesus, buscando integridade em seus atos, posicionamentos e pen-samentos, tendo convicção do seu papel em levar os valores do Reino, preparando uma juventude para desenvolver sua vocação, sendo relevante no mundo em que vivemos. Como juventude estadual, cre-mos que o Paixão Pela Juven-

tude será divisor de águas para muitos jovens e adultos que trabalham ou desejam trabalhar com jovens e adolescentes em suas Igrejas locais. Será um tempo de crescimento, despertamento, confirmação de chamados e reavivamento para muitos dos que aqui esta-rão. Estamos esperançosos de que este evento impulsionará e amadurecerá a juventude do nosso Ceará e dos estados que aqui se farão presentes.

Temos ciência de que um evento em si mesmo, não transforma ninguém. Por isso estamos em oração para que o “Paixão” não seja só um “point de encontro”, mas que seja uma ferramenta de Deus para incomodar a liderança, tirar pessoas das suas zonas de conforto, capacitar aquelas dispostas a servir e tornar a ju-ventude nordestina e brasileira cada vez mais parecida com Cristo, em sua totalidade. Será um tempo de benção!

do Nordeste”, acredita a estu-dante.

Os adolescentes têm divul-gado o Congresso em suas Igrejas e convidado amigos que conheceram em outras edições do Teen a realizarem suas inscrições. Além disso, estão buscando o total apoio dos pais e líderes locais. “Esta-mos animados! Sempre mostro a eles a importância do evento para a área espiritual da nossa vida e em conjunto com nossas Igrejas”, disse Antonio Magno, 17 anos.

Mas, quem pode participar do Teen Brasil 2016?

Para participar do Teen Bra-sil, você precisa ter entre 12 e 19 anos.

E onde vai ser esse Congres-so, moço?

Na Chácara Paraíso do Faisão - Rua José de Silosa, 2011- São Cristóvão - Aracaju- SE

Então, eu não posso perder e tenho que levar meus amigos. Como faço para me inscrever?

Acesse: http://www.teenbra-sil2016.com/

Paixão Pela Juventude vai para o Espírito Santo e Ceará

O maior congresso de adolescentes vem com tudo em Sergipe e você não pode perder!

de como entraram. “Que seja um evento abençoado, repleto de união, comunhão, arre-

pendimento e cura. Que seja o mover de Deus sarando e transformando os adolescentes

Page 9: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The

9o jornal batista – domingo, 03/07/16notícias do brasil batista

Em 2016, a CBB rea-lizará o I Censo Ba-tista, que será um re-trato de corpo inteiro

da denominação Batista com o levantamento do perfil e características das Igrejas, ou seja, ele nos dirá quantos somos, como somos e onde estamos.

As questões que serão in-vestigadas no Censo Batista 2016 são produtos de am-plas consultas e debates com representantes da Conven-ção Batista Brasileira, sendo a Junta de Missões Nacionais o articulador deste processo.

Hoje somos aproxima-damente 13.436 Igrejas e Congregações, que somam aproximadamente 1,7 mi-lhões Batistas da CBB, o que representa 0,8% da popula-ção brasileira.

Mas...• O que sabemos desta po-

pulação Batista?• Qual é o perfil e a locali-

zação dessas Igrejas?• Qual é a distribuição da

faixa etária dessa popu-lação?

• Qual a visão de cresci-mento?

• Qual é o perfil do pastor e suas formações?

• Qual trabalho tem sido desenvolvido com crian-ças, surdos, estrangeiros, etc?

• Qual é o envolvimento missionário de cada Igreja Batista?

• Quais têm sido as ações de compaixão de graça?

O Censo de 2010 do IBGE revelou que a população evangélica no Brasil passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Destacado por Cardoso em 2011 em uma matéria para Revista “Isto É” sobre “O novo retrato da fé no Brasil”, o crescimento assustador dos que se decla-raram “evangélicos sem Igre-ja”, classificados pelo IBGE como evangélicos sem vín-culo institucional, que entre

2000 e 2010 aumentaram em 779,2% ou de 8,7 vezes (de 1.048.487 para 9.218.129). Neste mesmo censo, dimi-nuiu o número dos que se declararam católicos ao longo da última década e aumentou o número dos que dizem não ter religião, quintuplicando de tamanho entre 1980 e 2010, grupo este heterogêneo com-posto por agnósticos, ateus e, sobretudo, por indivíduos que passaram a declarar não dispor de filiação religiosa, não necessariamente por des-crença.

Diante desta realidade his-tórica, o que tem acontecido com as nossas Igrejas e Con-gregações? Os dados que serão coletados neste Censo Batista são de suma impor-tância para visualizarmos o cenário atual dos Batistas da CBB. Com essas informações será possível traçar metas e objetivos mais precisos para avanço da denominação e tomada de decisões. Os resultados do Censo serão utilizados, principalmente, para:

• Criar uma base de cadas-tros única e íntegra das Igrejas e Congregações Batistas da Convenção Batista Brasileira;

• Mapear o real cenário Batista;

• Conhecer a estrutura e a força do trabalho Batista em cada município brasileiro;

• Traçar metas e objetivos mais precisos para o avan-ço da denominação;

Mais informações: (21) 2107-1814 (Thalita Mon-teiro)

Convenção Batista Brasileira realiza o Censo Batista 2016

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10 o jornal batista – domingo, 03/07/16 notícias do brasil batista

Remy Damasceno, pastor, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

Durante o 9° En-contro Nacional Batista de Ação Social, realiza-

do durante a Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Santos - SP, foi tratado o tema do idoso. Como fruto das discussões, foram elabo-radas propostas práticas para o aprimoramento do trabalho realizado em benefício dos idosos em nossas Igrejas. Se você seguir essas orientações práticas, seus idosos serão mais valorizados e abenço-

ados no cotidiano de sua Igreja. Vejamos as sugestões:

O ponto inicial é o cadas-tramento dos idosos. É pre-ciso saber quantos são, onde moram, com quem moram. Junto a esse passo, será pos-sível perceber quais as suas necessidades: saúde, finan-ças, companhia, etc. Não podemos esquecer que todo ministério realizado na Igreja tem o objetivo de glorificar a Deus abençoando pessoas. Para tanto, é fundamental co-nhecer o que elas necessitam.

O próximo passo será sen-tar com eles para ouvir suas sugestões para o trabalho. Quando ouvimos as pessoas nós as valorizamos e motiva-mos. Além de ser o caminho

mais fértil para perceber as melhores ações para o mi-nistério.

Visando sua plena partici-pação, será necessário enten-der o que dificulta o acesso deles aos cultos regulares e demais programações. Se o desejo é abençoá-los, o conhecimento de eventuais empecilhos poderá ensejar alterações na prática cotidia-na da Igreja (horário do culto, a velocidade das leituras bí-blicas, a altura das músicas, etc.). Outra questão prática refere-se ao fornecimento de transporte para o culto, na hi-pótese de haver alguém que não possua condições físicas para ir sozinho à Igreja.

Se tivermos os idosos em

consideração, todo projeto de obra da Igreja levará em consideração a acessibilidade dos idosos. E não somente deles, mas de cadeirantes, crianças e deficientes visuais.

Uma proposta conside-rada central no bom trato aos idosos em nossas Igrejas refere-se à inclusão da con-dição do idoso nos sermões. Como destaque, privilegiar a relação entre pais e filhos. Tendemos a centrar nossa preocupação somente quan-do envolve crianças, mas essa relação constitui um desafio permanente em todas as faixas etárias.

Outra sugestão, é a criação de grupos pequenos des-tinados aos idosos. O que

fomentaria comunhão, evan-gelização e tematização de assuntos particulares a eles.

Por fim, cabe ressaltar que a valorização do ido-so em nossas Igrejas indica um caminho necessário de coerência. Não há como ne-gligenciarmos dificuldades e sofrimentos de quem se encontra tão próximo a nós, diante do discurso incisivo de Jesus sobre o amor. Mas julgo que a maior necessidade são dos não-idosos. Eles precisam com urgência aprender sobre uma espiritualidade paciente, perseverante, calma e com clareza de prioridades que idosos têm condições de ensinar com palavras, atos e histórias.

Departamento de Ação Social da CBB

A importância dos idosos

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11o jornal batista – domingo, 03/07/16missões mundiais

Paulo – Missionário no Norte da África

“Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos verdadeiros sábios e en-tendimento aos que buscam discernir e conhecer. Revela mistérios profundos e enig-mas ocultos; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita nele em todo o seu esplen-dor” (Dn 2.21-22).

Na região onde es-tamos, o Norte da África, o mês do Ramadã começou

no dia 06 de junho, segun-do o calendário islâmico. A palavra Ramadã tem origem na palavra árabe “ramida” que significa “ser ,(ناضمر)ardente” e, segundo os mu-çulmanos, esse período é considerado um bom mo-mento para se queimar os pecados.

O Ramadã marca também o início da revelação do Al-corão ao profeta Maomé e é praticado durante o mês sau-dável, isto é, o nono mês do

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Mais pessoas estão entregando suas vidas a Cristo e tornando públi-

ca e sua fé no Filho de Deus. É o que tem acontecido na Espanha, onde dez pessoas foram batizadas nos últimos dias em Málaga, no sul do país, e também em Madri, a capital.

Na Igreja Batista de La Luz, em Málaga, nosso missio-nário Marcos Vinícius de Araújo celebrou o batismo de duas pessoas: a adoles-cente Valeria, de 15 anos, e Alejandro.

“Como se diz por aqui, a Igreja estava em festa”, con-ta o pastor Marcos Vinicius, segundo quem, na Espanha, celebrar batismos é um ato de vitória, pois “É muito difí-cil para um novo convertido completar todo o processo de discipulado e chegar a confirmar sua decisão através do batismo, sobretudo se a família não é evangélica”.

calendário lunar islâmico. Se os muçulmanos devem jeju-ar, é porque no Alcorão, Alá diz que o jejum é obrigatório.

A data do Ramadã muda de ano em ano e é calculada com base na posição da lua, o que varia em cada país. Es-sas datas são definidas pelas autoridades muçulmanas de cada Nação.

Segundo a crença muçul-mana, o Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo. Este é um período de con-

Porém, o batismo de Va-leria e Alejandro aconteceu em um clima de muita ale-gria e gratidão a Deus, além de ter sido uma excelente oportunidade para que eles convidassem amigos e fami-liares.

“As pessoas têm muita curiosidade de saber como é isso de batizar adultos”, diz a missionária Sylvia de Arau-jo, esposa do pastor Marcos Vinícius, ao se referir ao ba-tismo do catolicismo, religião bastante comum na Espanha

templação durante o qual os muçulmanos não têm o direito de comer, beber, fu-mar ou ter relações sexuais do amanhecer ao pôr do sol. Apenas os doentes, as mu-lheres que estão em período menstrual, as grávidas, as que estão amamentando, os idosos, os pré-adolescentes e as crianças não são obrigados a cumprir o jejum.

Assim, os muçulmanos têm o dever de orar, refletir sobre o lugar da fé em suas vidas

e que costuma batizar crian-ças com poucos meses de vida.

A missionária conta que Alejandro se aproximou do Evangelho por meio da espo-sa dele, com quem tem um filho que por muito tempo frequentou a Igreja Batista La Luz, mas que, hoje, está afastado. Mesmo assim, Ale-jandro levou o filho e um casal amigo para assistir ao batismo.

A adolescente Valeria é fi-lha de pais crentes e também

e sobre como desenvolver as qualidades humanas, tais como a paciência, a gentile-za, a compaixão e a humilda-de. Finalmente, eles praticam a caridade, que é pagar, pou-co antes do final do Ramadã, uma taxa obrigatória para que a mesquita possa ajudar pessoas que passam por ne-cessidades.

Ao cair da noite de todos os dias do Ramadã, os fiéis se reúnem com a família e amigos para comer uma refeição festiva. Laylat al--Qadr ou Noite do Destino (em árabe: ردقلا ةليل) é uma das noites do fim do Rama-dã, considerada abençoada entre os muçulmanos, pois creem que foi durante essa noite que o Alcorão foi re-velado a Maomé pelo anjo Gabriel. Segundo a tradi-ção, foi também durante esta noite que Maomé teria viajado a Al-Quds (سدقلا), onde viveu a ascensão e conheceu muitos profetas em cada céu.

De acordo com o islamis-mo, a prescrição de oração foi encomendada por Deus

teve a oportunidade de levar parte da família para com-partilhar esse momento tão especial em sua vida.

“A sua experiência de con-versão foi muito forte, pois se deu em um tempo em que ela estava sofrendo bullying na escola e começou a entrar em depressão. Seus pais, re-cém-convertidos, começaram a orar e pedir oração por ela. Foi quando em um desses momentos de muita angústia que ela entregou sua vida a Cristo”, conta Sylvia.

a todos os muçulmanos. Ini-cialmente, 50 orações diárias foram prescritas para os fiéis, mas o profeta Maomé subiu várias vezes ao céu para pe-dir a Deus que reduzisse o número de orações. Final-mente, as cinco orações diá-rias foram prescritas, mas elas têm o valor de cinquenta.

Temos no mundo hoje mais de 1,5 bilhão de muçulma-nos. Um relatório do Instituto Americano Pew divulgou que 22,9% da população mundial é seguidora do islamismo. A entidade mapeou o mundo islâmico por três anos e cons-tatou que a maior parte dos muçulmanos está na Ásia, mas que já representam uma porcentagem pequena no Ocidente.

Ore pelos povos do Orien-te Médio e Norte da África que estão passando por gran-des dificuldades. Que nesse período, Deus revele a eles todos os mistérios mais pro-fundos da graça e da paz que excedem todo entendimento. Que eles possam sentir o verdadeiro amor do nosso Deus eterno.

Na capital, a Igreja Evan-gélica Batista Três Cantos foi abençoada recentemente com a celebração de oito batismos. Segundo o pas-tor Adoniram Pires, nosso missionário na Espanha, “A maior felicidade é ver como o Senhor continua salvando vidas para seu Reino”.

“Foi um dia muito feliz, quando toda a Igreja cele-brou os batismos. O tem-plo estava lotado, e tivemos muitos familiares dos que se batizaram e que, pela primei-ra vez, assistiam a um culto evangélico”, conta Adoni-ram.

O missionário fez a mensa-gem e falou sobre o Evange-lho. As profissões de fé foram emocionantes, chegando até a embargar a voz de alguns dos batizandos.

“Por trás de cada vida que descia às águas, a revelação do amor e da vitória de Cristo se fazia presente”, destaca.

Louve a Deus por nossos novos irmãos em Cristo e pelo testemunho público da fé que abraçaram.

Fatos sobre o Ramadã

Batismos na Espanha

Durante o Ramadã, muçulmanos jejuam durante o dia e intensificam suas orações a Alá

Pastor Adoniram Pires celebrou batismos na igreja em Madri

Pastor Marcos Vinicius realiza batismo em Málaga

Page 12: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The

12 o jornal batista – domingo, 03/07/16 notícias do brasil batista

Teológica realiza o 2º Encontro para Pastores

No dia 06 de maio deste ano, a Teológica realizou o 2º Encontro, em parceria com a Ordem de Pastores, tendo a participação de cerca de 80 pastores. O objetivo principal é dar suporte aos pastores nas áreas pessoal, familiar e minis-terial de suas vidas. Tivemos duas palestras: 1) - “A saúde emocional do pastor e família: prevenção e cuidados” - dou-tora Patrícia Pazinato (Psicólo-ga e professora da Teológica); e, 2) - “Dinamizando o minis-tério e a Igreja em tempos de mudanças” - pastor Vagner Vaelatti (pastor da Igreja Batista Boas Novas - SP - especialista em liderança).

Teológica lança concurso do logotipo dos 60 anos

No dia 01 de março de 2017, a Teológica completará 60 anos de vida e está lançan-do um concurso para a criação do logotipo comemorativo. No site da Teológica (www.teologica.br) você obterá mais informações. Esperamos a sua participação!

Inscrições abertas para o segundo semestre

Bacharelado em Teologia, enfatizando ministério,

estudo da Bíblia/Teologia e vida cristã

Inscrições até 25 de julho. É um curso com ênfase na forma-ção ministerial, bíblico/teológi-ca e na área pessoal da vida do aluno por meio da aplicação de uma pedagogia integral de for-

mação de líderes (forma inédita de ensino). Tem a duração de quatro anos, oferecido durante a semana, de segunda a sexta, das 19h30 às 22h45. Capacita para o exercício do pastorado e liderança na Igreja em diversas áreas. É um curso reconhecido pelo MEC.

Pós-graduação – especialização em aconselhamento

Inscrições até 25 de julho. Curso que capacita para o acon-selhamento de pessoas com dificuldades na vida. Ensina téc-nicas e estratégias de aconselha-mento e como identificar causas dos problemas pessoais. Curso oferecido as segundas e terças, das 19h30 às 22h45 (Apenas no primeiro semestre também oferecido às quartas-feiras, no mesmo horário). Também reco-nhecido pelo MEC.

Pós-graduação – exposição e ensino da Bíblia

Inscrições até 25 de julho. Este curso tem como objeti-vo levar o aluno a conhecer melhor a cultura e o contexto externo do texto bíblico; mos-trar mensagem dos diferentes livros da Bíblia; sintetizar os principais aspectos da teologia bíblica; desenvolver capacida-de de análise do texto bíblico; avaliar e utilizar os diferentes instrumentos auxiliares dispo-

níveis para a pesquisa bíblica; capacitar a comunicação pú-blica do texto bíblico; debater os temas e hermenêuticas atu-ais a respeito do texto bíblico; além de discutir temas inter-disciplinares relacionados ao estudo bíblico. Reconhecido pelo MEC. As aulas ocorrem a cada 15 dias às sextas à noite e sábado pela manhã e tarde.

Ministério de louvor e de artes na Igreja

Inscrições até 25 de julho. É oferecido em dois dias da se-mana (segundas e quartas), no período da noite. O curso tem como objetivo preparar líderes de louvor e adoração e tam-bém que atuam no ministério de artes da Igreja. É um curso especialmente modelado para atender a necessidade da Igreja local na área de adoração e do momento do culto, dando aos líderes ou futuro líderes desta área, condições de aprender práticas musicais e artísticas, com equilíbrio doutrinário e bíblico. No curso, também terá a oportunidade de trocar experiências com professores e participantes. Entre os profes-sores, temos: Nelson Bomilcar, Sidney Costa e Luiz Sayão. Aulas as segundas e quartas, das 19h30 às 22h15.

Estude a Bíblia e Educação Religiosa sem sair de

casa – para líderes e membros da Igreja

A Teológica oferece dois cursos de extensão livres, por EAD (ensino a distância), em plataforma moderna com multimídia e texto, que você poderá fazer onde estiver, bas-tando um computador, tablet ou smartphone com acesso à internet. Os cursos foram pre-parados por mestres e doutores com experiência nos temas abordados. Ao final do curso. o aluno, sendo aprovado, rece-be certificado de conclusão na modalidade livre.

1) - Programa “Teologia – curso básico”, com o objetivo de oferecer formação básica no campo da Bíblia/Teologia com cinco módulos (Antigo Testamento, Novo Testamento, Doutrinas Bíblicas, Interpreta-ção Bíblica, Exposição Bíblica). Cada módulo tem 13 lições e pode ser utilizado trimestral-mente na Escola Bíblica da sua Igreja, como uma classe para cinco trimestres. Veja que gran-de oportunidade sua Igreja terá.

2) - Introdução à Educa-ção Cristã em nove lições, abrangendo os fundamentos bíblicos, históricos e meto-dológicos da Educação, além de formulação de objetivos educacionais, como envolver o aluno na aula, a utilização de recursos de multimídia e audiovisuais, etc. Informações:

www.teologica.br ou e-mail [email protected].

Tenha em sua Igreja um núcleo da Teológica

Tenha um núcleo de estudos da Bíblia/Teologia e Educação Cristã em sua Igreja. É muito fácil, pois utiliza a estrutu-ra do Programa de Ensino a Distância (EAD) mencionada acima. Forme classes em sua Igreja por meio destes núcleos e ela será muito beneficiada pelo treinamento com quali-dade e os resultados serão logo visíveis. A Teológica já está atendendo diversas Igrejas. Aproveite esta oportunidade entrando em contato com professor Lucas Merlo ([email protected]).

Cursos de extensão aos sábados e novos cursos

Veja no site da Teológica os cursos (Capacitação Teológica, Bíblia e Louvor/Adoração) e diversos temas que serão oferecidos aos sábados (Gre-go não é grego, Apocalipse, Ministério e Saúde) e durante a semana (Aconselhamento em destaque).

Contato com a Teológica pelo site www.teologica.br, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3879-3600 (seg-sex das 14h às 20h30)

Notícias da Teológica

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13o jornal batista – domingo, 03/07/16

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14 o jornal batista – domingo, 03/07/16 ponto de vista

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Quando cheguei pa ra a r eg i ão onde v ivo , l á pelos anos 70,

conheci um irmão e amigo chamado Aristides.

Não havia cursado uma fa-culdade que o deixasse cheio de si, era humilde, gostava de evangelizar, estava sempre alegre, com aquele sorriso que lhe era peculiar. Certa vez, alguém lhe disse que ele não sabia evangelizar. Ele sorriu e continuou o seu tra-balho, na sua simplicidade.

Era um homem valoroso, pai de família, servo fiel, intercessor, responsável na Obra do Senhor, compromis-

sado com Cristo e com sua Igreja, a qual ele amava.

Estava sempre preocupado com o crescimento das Igre-jas, era visitador, atencioso com a necessidade dos ir-mãos.

Tive o privilégio de tra-balhar com ele em várias cidades na evangelização. E cada viagem era uma opor-tunidade para descrever tudo em forma de poesia.

Nossas conversas eram sempre em torno para Pala-vra, a respeito da Igreja e do ministério pastoral da evan-gelização.

Ao comando do então mis-sionário José Onécio, inicia-mos a Igreja sob rodas. Em cada cidade visitada era uma benção, mas nem sempre

o nosso dinheiro dava para tudo, ou pagávamos o pedá-gio, colocávamos gasolina ou almoçávamos, o que quase sempre era pão, mortadela e suco.

Certa vez, lá em Piedade, uma mulher esbravejava con-tra Deus, possessa, e então ele chegou com calma, falou em nome de Jesus e orou. Em poucos minutos está-vamos dentro da casa dela, mostrando o caminho do céu e apelando para aquele coração sedento.

A equipe foi desfeita aqui, mas ele aguarda nossa che-gada, não mais para evan-gelizar, mas para desfrutar da presença do nosso Mes-tre, Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Um servo chamado Aristides:

Que de Jesus recebeu aprovação,Era humilde de coração,Conquistou sempre amigos,Era apaixonado por Cristo,Foi transferido em 27 de novembro, Não tinha muita instrução,Para receber a eterna consolação.Somente fé e amor no coração,O seu dom era criar versos,Era de um talento impressionante,Evangelizar o seu objetivo,Trazia na alma e no peito um coração,Aos mais novos aconselhar,Era um homem simples e bom,Aos mais antigos compartilhar.Amoroso, amigo e confianteTudo que fazia era com amor,Era sincero, fiel, trabalhador,Falava de Cristo com cada pecador,E em suas poesias exaltava ao SenhorEsse era o meu amigo Aristides

Um homem chamado Aristides

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15o jornal batista – domingo, 03/07/16ponto de vista

Amurabe Farel Bernardes de Andrade, ArquitetoContato: [email protected]

Quando se pensa em comprar um imóvel residen-cial, o mercado

apresenta uma série de pos-sibilidades. Essas possibili-dades crescem na proporção direta da capacidade de pa-gamento de quem compra.

Em qualquer bairro de qualquer cidade existirá sempre um imóvel usado à venda. Pequeno, médio, grande, mais simples, mais sofisticado, com ou sem vaga de garagem, enfim, muitas alternativas. Imóveis novos sempre serão um pouco mais restritivos. Por vezes, pela falta de oferta, por vezes pelo preço.

Em qualquer transação imobiliária, o comprador e o vendedor precisam se-guir alguns procedimentos para que a compra e ven-da se estabeleça. Da parte do vendedor, este terá que demonstrar, através de do-cumentos legais, que é o legítimo proprietário do bem e que o mesmo está livre e desembaraçado para a venda.

De sua parte, o comprador terá que comprovar capacida-de financeira de adquirir esse bem. Se for por meio de recur-sos próprios bastará combinar as datas para pagamento. Se depender de financiamento deverá apresentar documen-tação do agente financeiro autorizando a transação.

De qualquer forma, essa negociação só pode ser con-siderada concretizada quan-do, depois de celebrada uma escritura de compra e venda, esta for levada a registro para ser feita a averbação e, conse-quente, transferência legal e definitiva do bem do vende-dor para o comprador.

Simples? Lógico? É. Mas, nem sempre funciona assim. Quando se trata de Igreja e construção de templo, então,

a lógica parece não existir.Sou arquiteto. Minha gra-

duação aconteceu em 1978 pela Faculdade de Arquitetu-ra e Urbanismo da Universi-dade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Tive oportunidade de atuar em diversos segmen-tos da profissão, no entanto, projetar templos religiosos é atividade que me fascina e que me acompanha desde o começo de minha formação.

Nessa caminhada deparei--me com situações que fogem da lógica e normalidade do mercado. Essas coisas sempre resultam em problemas futu-ros e, por esse motivo, devem ser evitadas ou remediadas o mais rápido possível.

A repetição dessas situa-ções problemáticas, ao longo do tempo, me leva a entender que vale a pena tornar públi-cos alguns casos mais co-muns e suas consequências, para que, de algum modo, eles sirvam de alerta para as Igrejas que estejam em situa-ções semelhantes ou mesmo tentando evitá-las.

Vamos separar por tópicos, procurando preservar a Igreja em questão:

Terrenos para construçãoIgrejas com maior capaci-

dade de lugares normalmen-te são construídas em mais de um lote de terreno. Isso acontece com frequência em bairros residenciais, onde é preciso juntar três ou qua-tro desses lotes de terreno padrão para poder construir um templo. A mesma coisa acontece com os condomí-nios verticais que, às vezes, ocupam quarteirões inteiros.

A primeira preocupação neste exemplo é que todos os lotes que vão compor o terre-no da Igreja estejam regular-mente registrados no nome dela. Esses lotes precisarão ser remembrados em um úni-co lote de terreno e esse novo lote resultante deverá atender às restrições da legislação urbana para o local.

Começam aí os problemas.

Conheço algumas Igrejas já construídas há alguns anos que não conseguem a acei-tação da sua obra e o conse-quente “habite-se” da prefei-tura, porque existem pendên-cias no remembramento dos terrenos que constituem sua propriedade.

Então, atenção: Vai cons-truir? Certifique-se que o terreno ou o conjunto de terrenos onde será feita a construção tem escritura de compra e venda e estão aver-bados no registro de imóveis em nome da Igreja.

O projeto de remembra-mento, também conhecido como “projeto de remembra-mento e desmembramento” de terrenos, é aprovado pela secretaria de urbanismo da prefeitura local, separada-mente do processo de cons-trução.

Teoricamente, o remem-bramento deveria ser con-dição para a licença inicial de construção. Isso evitaria embaraços futuros. Mas nem sempre isso acontece, por esse motivo não devemos pu-lar etapas. Primeira etapa, ter-renos legalizados. Segunda etapa, remembramento para transformar esses terrenos em um só. Terceira etapa, licença de construção.

Mas, tem uma pegadinha. Consultou a legislação ur-bana do local onde vai ser construído o templo?

Legislação Urbana 1Um grande exemplo de

cidade planejada que todos conhecem é Brasília; cida-de projetada em formato de avião, distribuída em setores residenciais, hoteleiros, co-merciais, etc.

Em escalas variadas, todas as cidades têm um planeja-mento de desenvolvimento e crescimento, natural em boa parte e estimulado em alguns segmentos. Esse planejamen-to resulta no surgimento de uma legislação que controle e organize a ocupação das áreas. A essa legislação se dá

o nome de Legislação Urba-na e de Uso do Solo.

É preciso consultar a le-gislação de uso do solo da cidade para saber o que pode ser construído em cada bairro e em cada rua, mais especi-ficamente.

Nas grandes capitais, a le-gislação prevê bairros intei-ros exclusivamente residen-ciais, por exemplo, onde a atividade de culto religioso é proibida.

Então, atenção: Vai cons-truir? Certifique-se que para o local escolhido a atividade de culto religioso é permitida ou, ao menos, tolerada.

Não faça campanha para compra de terreno em sua Igreja sem ter certeza que será possível aprovar um pro-jeto de construção de templo religioso no local.

Legislação Urbana 2Resolvida a primeira etapa,

terreno liberado, remembra-do e em local próprio para construção de templo religio-so, vamos considerar a etapa do projeto.

Vamos partir de uma pre-missa: Qualquer construção, para qualquer finalidade, deve atender os limites esta-belecidos pela legislação de uso do solo. Essas restrições, limites, ou parâmetros, são divididos em gerais e espe-cíficos:

Gerais • Taxa de ocupação – Exis-

te um limite máximo de ocupação para o terreno, conforme sua localização. Uma taxa de ocupação de 70% significa que pode-mos ocupar com a cons-trução, no máximo, 70% da área do terreno.

• Índice de aproveitamento da área – Este índice vai estabelecer a área máxima da construção dentro do terreno. Um índice igual a “3,5”, por exemplo, indica que podemos construir, no máximo, três vezes e meia a área do terreno.

• Índice de permeabilidade do terreno – Indica a área mínima de jardins e áre-as permeáveis, isto é, por onde a água pode escoar para o solo. Um índice de 20% significa que a soma dos jardins e áreas per-meáveis deve ser igual ou superior a vinte por cento da área do terreno.

Específicos• Gabarito – Altura máxima

da edificação;• Iluminação e ventilação;• Acessibilidade;• Áreas mínimas dos am-

bientes;• Laudo de exigência do

corpo de bombeiros;• Impacto ambiental;• Impacto viário;• Vagas de garagem.

Esses são alguns dos pa-râmetros estabelecidos pela legislação e que precisam ser respeitados para que o projeto seja aprovado.

Então, atenção: Vai cons-truir? Certifique-se que o pro-jeto atende a todas as restri-ções da legislação urbana e dos órgãos ambientais.

Não inicie uma construção sem ter essa certeza. O risco é não ter a aceitação da obra ao final da mesma e não po-der utilizá-la ou, o que é pior, funcionar na ilegalidade.

Recomendação: Procure cercar-se de profissionais competentes. • Um bom advogado pode

ajudar na análise e verifica-ção dos documentos e das certidões comprobatórias da legalidade de um imóvel;

• Um bom arquiteto vai pro-curar desenvolver o melhor aproveitamento do terreno restringindo-se à legisla-ção. Um templo religioso não pode ser construído de forma a depender de favo-res políticos ou exceções para funcionamento.O terreno está legalizado?

O projeto está encaminhado e vai ser aprovado? Então, vamos começar a pensar na construção.

Construindo um templo

Page 16: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · 2016-06-27 · vigor de expressão”. Em 1969, ... escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The