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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 35 Domingo, 26.08.2012 R$ 3,20 Uma nova turma de vocacionados está recebendo treinamento para realizar a obra missionária mundial. São 35 irmãos que estão se preparando no Centro de Treina- mento de Missões Mundiais, que funciona no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Desses, 24 serão missionários efetivos e 11 farão parte do projeto Voluntários Sem Fronteiras – Radical (página 11). Nesta edição de OJB o pastor Julio Sanches conta na sua coluna, Bilhete de Sorocaba, como um pequeno fruto de uma cruzada evangelística rendeu tanto. “Muitos conside- raram a cruzada um fracasso em termos de resultados para a Igreja. Como Deus vê diferente, aos olhos do Criador os resultados foram excelentes para o Reino” (página 3). Missões Mundiais capacita novos missionários Resultado de uma cruzada Semana Batista agitou Ribeirão Preto A cidade de Ribeirão Preto transformou-se na capital batista do Estado de São Paulo entre os dias 10 a 14 de julho, com a realização da 104ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Com presença de autoridades e a marcante celebração da Noite de Missões e do Culto da Vitória da Transpaulista, que contaram com muito louvor e vidas atendendo ao chamado de missões. Vá até a página 8 e veja tudo o que aconteceu na Semana Batista em Ribeirão Preto.

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Page 1: Edição 35 Domingo, 26.08.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da ... · Domingo, 26.08.2012 R$ 3,20 Uma nova turma de vocacionados está recebendo treinamento para realizar a obra missionária

1o jornal batista – domingo, 26/08/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 35 Domingo, 26.08.2012R$ 3,20

Uma nova turma de vocacionados está recebendo treinamento para realizar a obra missionária mundial. São 35 irmãos que estão se preparando no Centro de Treina-mento de Missões Mundiais, que funciona no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Desses, 24 serão missionários efetivos e 11 farão parte do projeto Voluntários Sem Fronteiras – Radical (página 11).

Nesta edição de OJB o pastor Julio Sanches conta na sua coluna, Bilhete de Sorocaba, como um pequeno fruto de uma cruzada evangelística rendeu tanto. “Muitos conside-raram a cruzada um fracasso em termos de resultados para a Igreja. Como Deus vê diferente, aos olhos do Criador os resultados foram excelentes para o Reino” (página 3).

Missões Mundiais capacita novos missionários

Resultado de uma cruzada

Semana Batista agitou Ribeirão Preto

A cidade de Ribeirão Preto transformou-se na capital batista do Estado de São Paulo entre os dias 10 a 14 de julho, com a realização da 104ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Com presença de autoridades e a

marcante celebração da Noite de Missões e do Culto da Vitória da Transpaulista, que contaram com muito louvor e vidas atendendo ao chamado de missões. Vá até a página 8 e veja tudo o que aconteceu na Semana Batista em Ribeirão Preto.

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2 o jornal batista – domingo, 26/08/12 reflexão

E D I T O R I A L

Mas a verdade é que no fundo todos desejam não ter que mudar. Poder vi-ver constantemente bem, sem mudanças, é quase um sonho. Afinal de contas, mudar dá trabalho e custa muito. Existe o desgaste psicológico e o gasto fi-nanceiro, já fez as contas de quanto você gasta com cabeleireiro e roupas novas? Isso tudo só para andar na moda. Não ter que mudar seria muito mais prático e fácil, mas o mundo conti-nua mudando e ninguém quer ficar para trás. O pior de tudo é ter que suportar a mudança de humor das pes-soas ao redor, a mudança de decisão que acaba afetando o próximo. O que se quer hoje, já não se quer amanhã e futuramente isso mudará mais um pouco.

de última tecnologia hoje, no próximo semestre ele já foi superado por outro. Aqueles que viveram momentos ruins em algum lugar querem a qualquer custo mudar sua vida e esquecer o que acon-teceu ali.

Apesar da modificação ser constante na vida da socie-dade, algumas pessoas ainda se rebelam quando veem alguma mudança. Seja em casa, o seu lugar sagrado, onde cada coisa está mili-metricamente acomodada; seja no seu semanário, com cada coluna e texto encaixa-dos nas mesmas páginas; ou ainda no trabalho, onde todo dia parece ser o mesmo dia. Transformar essas situações é quase um sacrilégio para essas pessoas, mesmo que tais mudanças apareçam com as melhores das intenções.

É fato que a mudança traz consequências. Para alguns uma re-ação de completa

alegria, para outros a total indignação. Independente de qual seja a mudança, boa ou ruim, algumas pessoas sempre têm a mesma reação. O bom mesmo é saber que indiferente das mudanças ao redor, existe um Deus constante, que diferente do ser humano, pode-se esperar uma fidelidade sem fim.

A sociedade sonha e age à base da mudança e é fácil pro-var, mesmo para aqueles que sempre são contra as mudan-ças. Todos querem a roupa da última moda e a cada estação ela muda. Os salões de beleza estão todos cheios de pessoas ansiando por mudar o visual. A alta tecnologia é tão rápida que comprando um celular

Viver com uma pessoa que não muda também é um sonho. Uma pessoa que quando toma uma decisão sabe-se que é definitiva, que não vai trazer prejuízo futu-ro. Uma pessoa que quando diz que ama, é um amor constante e definitivo. O fato é que só se pode encontrar essa constância em Deus. Algumas mudanças fazem bem para o ser humano, mas com Deus, o que não se pode mudar, não mudará.

Que ao final deste mês de-dicado aos jovens, cada um possa refletir nas mudanças que deseja para si, e que aprendam com o próprio Deus o quanto é importante ser constante em alguns pon-tos da vida, principalmente no quesito espiritual.

“De fato, eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3.6).

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Chega de tantos escândalos• Excelente e oportuno

o artigo escrito pelo pastor Oswaldo Luiz Gomes Jacob, no Jornal Batista de domingo (12.08.2012), “Os executi-vos da religião”, sobre esses picaretas travestidos de “pas-tores e bispos e apóstolos” que infestam as igrejas ditas “evangélicas” por esse Bra-sil afora. Há muito gostaria de escrever um artigo sobre esse tema, mas esse do pas-tor Oswaldo é suficiente e definitivo. Chega de tantos escândalos, de tanta baderna, de tanto desvirtuamento do Evangelho de Cristo! Sou de um tempo em que a palavra crente abria portas, era um agente facilitador, era aval para qualquer transação co-mercial que houvesse. Todo Pastor era respeitado, apesar de perseguido.

Pastor Ademar PaegleIgreja Evangélica Batista

de Casa Amarela

Aos pastores e ministros de música

• Queria expressar minha tristeza ao ler a “Carta aos

pastores e ministros de mú-sica”, publicada no OJB de 12.08.2012

Diante dos muitos de-safios que nós batistas te-mos em nosso país neste século para continuarmos a ser relevantes e conse-guir propagar a mensagem do evangelho às pessoas,

ainda vemos esse tipo de discussão retrógrada e des-necessária sobre a inclusão de hinos ou não na litur-gia dos cultos das nossas igrejas.

A música é uma das for-mas de expressão e ado-ração a Deus, porém seu formato depende do tempo

e cultura em que o adora-dor está contido. Se assim não fosse, deveríamos de alguma forma resgatar as melodias dos Salmos, pois esse é o único hinário ins-pirado pelo Espírito Santo e que podemos considerar sacro. Qualquer outro li-vrinho de hinos que surgiu na história da Igreja, surgiu para ajudar o adorador do seu tempo a expressar-se e louvar a Deus.

Se a lguma ig re j a dos tempos atuais quer utilizar músicas contemporâneas, HCC ou CC deve atentar--se para o perfil de seus membros e de qual forma isso contribuirá na adora-ção congregacional. Não há normativa nesse tema. Como bons batistas, temos o nosso princípio da liber-dade de pensamento e cada líder ou igreja deve utilizá--lo para repensar a música na igreja de forma que ela contribua para que o povo se aproxime mais de Deus e não impor aquilo que nós mesmos sacralizamos.

Rafael

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 26/08/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

A Igreja planejou, in-vestiu, participou e se envolveu com ânimo redobrado.

Todos deram de si o máximo objetivando resultados positi-vos: Muitas vidas alcançadas pela Graça de Cristo. Os salvos oraram e se prepara-ram para colher os frutos do seu labor. O pregador não podia ser melhor para a oca-sião: Pastor Arthur Alberto da Motta Gonçalves. O local: O ginásio de esportes da Cida-de com capacidade para três mil pessoas. Aproveitamos o feriado do dia doze de outu-bro. Assim durante três dias a mensagem foi apresentada, com auditório repleto. Um grande coro foi formado para a ocasião. O povo correspon-deu à expectativa. O prega-dor também. Centenas de pessoas atenderam ao convi-te para entregarem suas vidas a Jesus. Endereços anotados. Inicia-se a parte mais árdua; conservar e integrar os resul-tados. Após muitas visitas, cartas, telefonemas e esforços apenas UM permaneceu. Foi integrado à Igreja, batizado e doutrinado. Ficou marcado como o resultado da Cruza-da. Uma espécie de desabafo

triste pelo resultado de tantos esforços. Era difícil para a Igreja e pastor entenderem o porquê da não integração de outros. O tempo, como sempre, se encarregou de oferecer a resposta e a lição daquela única conversão.

Homem simples, sempre pronto a servir, disposto a aprender e crescer no co-nhecimento de Jesus Cristo. Doze de outubro era o dia do seu aniversário. Repetia com alegria que nascera de novo no dia em que havia nascido a primeira vez. Le-vou a esposa a Cristo. Exímio mestre cuca, cedo se integrou na equipe da cozinha com seus apetitosos pratos. Seus quitutes eram apreciados e disputados por todos após os cultos, pois eram temperados com o irresistível amor de quem serve com alegria.

Ele desejava mais do que preparar pratos especiais. Solicitou ao pastor permis-são para acompanhá-lo na Capelania hospitalar da Ci-dade. Queria aprender como falar de Jesus aos enfermos. Como apresentar o plano de salvação a um doente termi-nal. Evangelizar pessoas que jamais integrariam o rol de

membros da Igreja. Juntou--se à equipe e durante algum tempo acompanhou o pastor com o desejo de saber como fazer. Numa noite, o minis-tério era realizado à noite, o pastor foi chamado a atender a um pai desesperado, cuja filha estava à morte e desen-ganada em outro hospital. Eram vinte e duas horas e ainda faltavam três quartos a serem visitados.

O pastor lhe disse: O irmão termina as visitas, enquanto vou atender ao desconheci-do. “Mas, eu pastor?”, per-guntou apavorado. Sim, o irmão. Já viu o suficiente e já aprendeu o bastante e sabe como fazer o trabalho. Não tenha receio, o Senhor estará presente e lhe dará forças e sabedoria necessárias, repli-cou o pastor.

Naquela noite nascia um ex-celente evangelista. No dia se-guinte, explodindo de alegria, veio ao pastor e prestou seu relatório. “Três enfermos acei-taram a Jesus como salvador.” Era a alegria dos que semeiam a boa semente do evangelho. Desligou-se do pastor e co-meçou a evangelizar sozinho. Adquiriu livros sobre Cape-lania. Ampliou o trabalho a

outros hospitais. Ajudava aos enfermeiros, cuidava dos en-fermos, servia de companhia para aqueles que estavam de-sacompanhados e longe dos seus familiares. Ampliou a evangelização aos familiares dos enfermos. Tornou-se um doador inveterado de Bíblias. Cada domingo, seu relatório sempre passava de centenas de pessoas convertidas duran-te a semana. Alegre, amigo, companheiro, ovelha que todo pastor deseja pastorear.

O Diabetes o alcançou com múltiplas consequên-cias. Desejava um transplante para continuar vivendo e ser-vindo. Durante anos aguar-dou, sem perder a esperança. Foi obrigado a submeter-se a Hemodiálises. Aproveitou para levar pessoas a Cris-to enquanto a “máquina” lhe purificava o sangue. As histórias que contava, rela-tando suas experiências de evangelista em ambiente tão triste e hostil, eram enrique-cedoras. “Hoje o colega da máquina ao lado não resistiu. Morreu salvo, pois aceitou a Cristo ontem. Qualquer dia desses será a minha vez”. Não reclamava do cateter, companheiro inseparável no

braço, nem das deformações normais que isto acarretava. A vida com Cristo é linda e compensa viver. Queria vi-ver para ganhar pessoas para Jesus. Jamais se exasperou pela dor e a enfermidade que o consumiam. Via na doença oportunidade para testemu-nhar de Cristo a outros que sofriam mal idêntico.

No último dia 16 de julho de 2012 Deus o chamou à glória. Um irmão em Cristo, ao ver seu corpo vestido de Chef, assim desejou ser se-pultado, comentou: “Foi o único fruto daquela cruzada que permaneceu. Levou tan-tos a Cristo que poderiam encher aquele ginásio várias vezes de pessoas salvas”. Apenas Deus sabe quantos foram alcançados pelo teste-munho, trabalho, dedicação, ardor evangelístico do irmão Carlos Maximiliano Pereira. Muitos consideraram a cru-zada um fracasso em termos de resultados para a Igreja. Como Deus vê diferente, aos olhos do Criador os resulta-dos foram excelentes para o Reino. Apenas UM conver-tido, que se multiplicou em milhares de vidas salvas.

www.sanches.blog.br

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4 o jornal batista – domingo, 26/08/12 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Fui aluno do Colégio Batista Brasileiro, em São Paulo, onde um professor de educação

física me ensinou uma das mais preciosas lições que recebi em toda a minha vida. Uma das provas que tínha-mos de fazer era na temida “trave”, uma estreita prancha de madeira suspensa a 60 centímetros do solo. A gente tinha que caminhar sobre a trave, de uns 4 metros de extensão, sem cair. Nenhum dos quase 40 alunos da tur-ma conseguiu fazê-lo. Então o professor reuniu o grupo e disse: “Vocês não estão conseguindo andar na trave por dois motivos: Primeiro, porque estão olhando para baixo. Vocês têm de focar um ponto lá na frente, olhar fixamente para ele e andar sem desviar os olhos para baixo nem para os lados. Em segundo lugar, vocês estão caindo porque estão com medo. Pensem assim: Eu vou conseguir, eu vou conseguir! E vocês não vão cair”. Obe-decendo às instruções do professor, vários meninos conseguiram andar sobre a trave de ponta a ponta e foram aprovados. Chegou a minha vez. Respirei fundo e disse a mim mesmo: Eu vou conseguir! Subi na prancha, fixei os olhos em uma estaca de madeira lá na frente e fui andando sem qualquer va-cilo. Não tive medo de cair e não caí! Olhar fixamente para aquela estaca me aju-dou e passei na prova.

Meu querido jovem, para caminhar na prancha da vida sem perder o equilíbrio e sem despencar para a direita nem para a esquerda, o único jeito é você fixar o seu olhar em Cristo. Só assim você po-derá viver sua vida sem medo de cair. E sem cair. Se você olhar para baixo, para as coi-sas baixas da vida, saiba que vai tropeçar. Se você olhar para si mesmo, vai perder o equilíbrio e não chegará ao final da prova. Aprendi a lição! Durante toda a minha adolescência e juventude e depois na maturidade, tan-to quanto agora, quando a amendoeira já floriu para mim, procurei sempre olhar para uma estaca cruciforme onde Jesus deu sua vida por mim e que está sempre à mi-nha frente. Veja o que diz o inspirado autor da carta aos Hebreus, no capítulo 12.1: “Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixando todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia, cor-ramos com perseverança a carreira que nos está propos-ta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé”.

Jovem, você ainda tem muita prancha pela frente. Se deseja ser aprovado pelo Mestre, caminhe sem jamais desviar os seus olhos daque-la estaca em forma de Cruz fincada no Calvário. Olhe para Jesus sempre e você jamais perderá o equilíbrio, jamais cairá. Você pode estar

A vida é tão passageira- É como uma nuvem ligeira –Breve, como um sutil piscar...É um filme com rapidez,São cenas com nitidezQue na memória vão ficar!

Para uma vida ser marcante,É preciso, a cada instante,Aproveitar bem as situações,Impregnando-as com o toqueDo afeto, da amizade, do coração,Da alegria, da sinceridade, da emoção,Mudando a visão e todo o enfoque...

Portanto,Faça a sua vida bem marcante,Torne-a longa, bela, vibrante!

Seja amigável, tenha lealdade- É o caminho para a felicidade!

Leia mais, isto traz energia:- É a fonte suprema da sabedoria!

Brinque: é uma atitude terna!- É o segredo da juventude eterna!

Doe em oculto, não faça escarcéu- Desprender-se é um dom do céu!

Pense! Isto ajuda a ascender- É a origem plena do poder!

Ria... Isto acalenta e acalma- É a música gostosa da alma!

Seja generoso, sem esnobismo...- A vida é curta demais para o egoísmo!

Trabalhe... Tenha todo o progresso- Há um preço para todo o sucesso!

Ame a você, aos amigos e aos seus:- É um grande privilégio dado por Deus!

Ore... Deus existe e Ele não erra:A oração move os céusE faz milagres aqui na terra!

perguntando: “Como pos-so olhar para Cristo?” Vou lhe dar três dicas seguras, seguríssimas: Primeira, olhe para Cristo na Bíblia. Leia a Bíblia, estude a Bíblia, viva os ensinos da Bíblia. Toda a Bíblia mostra Jesus. Se você procurar ver Jesus fora da Bíblia, vai se dar mal. Você verá uma caricatura de Jesus, uma nota falsa de cem reais, linda, atraente, mas sem va-lor algum. Em segundo lugar, olhe para Cristo com os olhos da alma através da oração. Finalmente, olhe para Jesus na pessoa do seu próximo a quem você pode ofere-cer pão, agasalho, visita de consolação e especialmente a mensagem de esperança do Evangelho. Jesus disse: “Quando o fizestes a um des-tes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Aquele cracudo imundo por quem você passa indiferente na rua, olhe para ele. Estenda-lhe a mão de compaixão. Aquele seu colega incrédulo, olhe para ele, demonstre para com ele o amor de Jesus. Ao olhar para o outro e ao acolhê-lo na dignidade do amor de Cristo, sem o perceber, você estará fixando os olhos em Jesus, causa e destino final da sua fé. João disse: “Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes e já vencestes o Maligno”. Nunca se esqueça disto: Você só será forte para vencer o Maligno e caminhar sem tropeços, se conseguir fixar os seus olhos na pessoa de Cristo.

Pastor Noélio DuarteMembro Titular da Academia Evangélica de Letras do Brasil

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5o jornal batista – domingo, 26/08/12reflexão

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Dublin, na Irlanda, parou para assistir a vitória daque-la jovem. Com

26 anos, Katie Taylor ficou com a medalha de ouro no boxe feminino de 60kg dos Jogos Olímpicos. Naquele momento ela era o orgulho da sua Pátria. “Katie Taylor levantou o espírito da nação, disse o presidente da Irlan-da, Michael D. Higgins” (site gospelprime,10/08/2012).

Katie cresceu praticando boxe e futebol desde a in-fância, optando depois por dedicar-se mais ao pugilismo e agora entra para a história porque foi a estreia da mo-dalidade na Olimpíada. Ela e

sua família frequentam uma igreja evangélica desde que Katie era criança e foram juntos ao culto antes dela partir para Londres: “a con-gregação intercedeu e aben-çoou a sua vida e da família. Ela lutou o bom combate de várias maneiras, como um instrumento de esperança e boas novas, numa Irlanda que vive uma forte recessão, disse o pastor da Igreja”. Ka-tie é um dos muitos jovens que honram a Deus na sua geração.

Essa notícia contrasta com outra a respeito de uma par-cela de jovens do século 21. Aquela que aponta o resultado de uma pesquisa realizada pelo Barna Group, entidade cristã de pesquisas sediada na Califórnia (EUA), constatando que cerca da

metade dos jovens deixam a igreja por algum tempo ou definitivamente em al-gum momento do seu ama-durecimento (gospelmais, 29/09/2011).

O estudo foi feito a partir de entrevistas ao longo de cinco anos com adolescen-tes, jovens adultos, jovens pastores, pastores titulares e pais. Os principais moti-vos apresentados para essa deserção foram: as igrejas são superprotetoras, isto é, demonizam tudo fora da igreja; em segundo lugar, as igrejas são chatas e não oferecem experiências mais profundas com Deus; os cristãos se opõem à ciência e se acham donos de todas as respostas; as questões de sexo estão desatualizadas; em quinto lugar, as igrejas

não toleram outras religiões e os jovens têm que escolher entre seus amigos e sua fé e, por último, que eles não podem fazer perguntas sobre dúvidas intelectuais signifi-cativas.

Não sei se esses motivos se sustentariam caso essa pesquisa fosse feita no Bra-sil, mas é provável que sim. Se analisarmos cada fator, certamente encontraríamos alguns deles em grande par-te das igrejas. Mesmo assim, ela ainda é o único lugar que faz contraponto, do ponto de vista da Palavra de Deus, à mentalidade do espetáculo, da procura por satisfação pessoal e da cultura do individualismo. Com todos os defeitos, é a igreja que, como corpo de Cristo, nos prova e nos faz

crescer na maturidade cristã e nos relacionamentos, nos livrando de nossas prepo-tências.

Há ainda um outro fator de reflexão: a igreja somos nós e ela só se sustenta quando temos comunhão individual com Deus, cada um de nós templo do Espírito Santo. Parece que Katie, a jovem vencedora, compreendeu isso. Atrás dos holofotes, ela diz que treina seis horas por dia e não dispensa um perío-do de oração diário. No seu local de treinamento há um versículo escrito na parede: “Ele prepara minhas mãos para a batalha” (Salmo 144). Certamente foi por essa ra-zão que Katie confessou aos repórteres: “Estou aqui por causa da graça de Deus. Obrigado Jesus”.

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed/geograficaeditora

A fidelidade pelo tradicional e clareza do atual,LADO a LADO.

Almeida Corrigida NVI

Ai de ti despojador, que não foste despojado, e que obras perfidamente contras os que não obraram perfidamente contra ti! Acabando tu de despojar, serás despojado: e, acabando tu de tratar perfidamente, perfidamente te tratarão.

Isaias 33.1

Ai de você, destruidor, que ainda não foi destruído! Ai de você, traidor, que não foi traído! Quando você acabar de destruir, será destruído; quando acabar de trair, será traído.

Isaias 33.1

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6 o jornal batista – domingo, 26/08/12 reflexão

Carlos Henrique FalcãoPastor da IB da Liberdade, RJ

As mídias especiali-zadas noticiaram o sucesso de au-diência da novela

Avenida Brasil. “O Brasil parou para ver o início da vingança da Nina sobre a Carminha” (Sessão Extra - 26/07/2012). As pessoas carregam no coração um desejo muito grande de vin-gança. Para o rapaz que ma-tou 12 pessoas nos EUA, na estreia do filme do Batman, já ouvi dizer que morte é pouco. Enquanto olhava as notícias dos jornais fixadas ao lado da banca, depois de ler que um homem havia matado esposa e filho por ciúme, uma mulher comen-tou: “Quanta maldade! Só matando todo mundo! O grande filósofo Chaves diz: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena.” A vingança é alimentada por vários sentimentos ruins no coração, entre eles o ódio e a maldade. A pessoa que é alimentada pelo es-pírito de vingança não en-contra justiça em nada que é feito para reparar o erro. Fica sempre com a sensa-ção que algo pior poderia ser feito.

Fico feliz porque creio no Deus verdadeiro que não se vinga de mim, e nem de qualquer pessoa. O salmista diz: “O Senhor é compassivo e misericordioso, mui pa-ciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniqui-dades” (Salmo 103.8-10). Este grande amor resultou no envio de Jesus ao encontro do pecador para que fosse perdoado e salvo e tivesse um lugar ao seu lado no céu. Deus “ofereceu Jesus como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu san-gue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente co-metidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justifica-dor daquele que tem fé em Jesus.” (Rom. 3.25,26). Mas não pense que você irá per-manecer no pecado e Deus irá relevar e esquecer o seu pecado. Deus “é longânimo, e grande em beneficência, que perdoa a iniquidade, mas não tem o culpado por inocente” (Num. 14.18). Isto quer dizer que Deus não se

vinga, mas você precisa con-fessar o seu pecado, pedir perdão e ser perdoado.

Como resul tado deste amor presente em nossos corações, a Bíblia nos exorta a não procurarmos a vingan-ça, mas deixar Deus atuar e retribuir corretamente, como Deus entende que deva retribuir ao que tem o coração cheio de maldade

(Rom. 12.18). Completando, Paulo diz algo que é muito difícil de ser colocado em prática, a não ser com muita oração: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rom. 12.20). Se você tiver o poder de Deus para retri-

buir o mal praticado com o bem de Deus, significa que todo aquele mal ficará quei-mando na própria pessoa que o sentiu, sem atingir você. Significa também que o grande amor de Deus está reinando em seu coração (Rom. 12.21).

Se você tem se deliciado com o espírito de vingança que está assistindo na no-

vela, é uma boa hora para desligar a televisão e não ser alimentado com este conceito que não vem de Deus. A vingança não faz parte do amor de Deus. Não devemos nos alegrar com a recompensa daquele que errou. Devemos nos alegrar com o seu perdão e com a sua restauração. É assim que Deus faz conosco.

I CONGRESSO DOSDIÁCONOS BATISTAS

DAS AMÉRICAS

PROMOÇÃO

APOIO

ADBB - ASSOCIAÇÃO DOS DIÁCONOS BATISTAS DO BRASILFONES: - E-MAIL [email protected] - www.adbb.org.br55 (81) 3273.5409 - 55 (21) 2722.0355

MÚSICA - MS APOLÔNIO ATAÍDE (BR)

TEMÁTICAS

Pr. Ney Silva Ladeia (BR)

Pr. Oliveira Araújo (BR)

Pr. Sócrates Oliveira (BR)

Pr. José Laurindo Santos (BR)

Pr. Truman Herring (USA)

Pr. Raimundo Barreto (USA)

Pr. Iván Martínez (VE)

ORADORES

INDIVIDUAL - R$25,00(Vinte e cinco reais)INSCRIÇÕES

PIBN

MISSÕESNACIONAIS

18 a 20 DE OUTUBRO DE 20121ª IGREJA BATISTA EM NITEROI - RIO DE JANEIRO - BRASIL

Diáconos DesafiadosPADRÃO DE INTEGRIDADEA SER Desafiados

DIÁCONOS DASAMÉRICAS

INDIVIDUAL - R$25,00 (Vinte e cinco reais)

FEITAS ATÉ 31.08.12 - R$20,00 (vinte reais)INSCRIÇÕES

DE$CONTÃOINSCRIÇÕES FEITAS

ATÉ 31.08.12R$20,00 (vinte reais)

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7o jornal batista – domingo, 26/08/12missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Em 25 de setembro de 2007, 160 pasto-res do Rio Grande do Sul reuniram-se com a

liderança de Missões Nacio-nais para elaboração de um plano de expansão do evan-gelho naquele estado. Uma das decisões foi a realização da mobilização missionária no estado por cinco anos consecutivos. Durante a Me-gatrans, no mês passado, Ana Luiza Menezes, da redação da JMN, entrevistou o dire-tor executivo da Convenção Batista do Rio Grande do Sul, irmão Egon Grimm Berg sobre a expansão missionária no estado. Confira.

JMN: Qual a relação das Trans com a expansão do Evangelho no estado?

EGB: A Junta de Missões Nacionais tem sido uma bên-ção para o avanço do evan-gelho no Rio Grande do Sul. Nestes últimos cinco anos, a Trans tem sido uma mola ala-vancadora deste crescimento. Nestes últimos anos tivemos um crescimento (início de novas frentes missionárias) como há muito tempo não acontecia e graças às Trans.

Estamos vivendo um novo tempo no avanço do evan-gelho, graças a essas novas frentes missionárias, fruto do investimento de Missões Na-cionais no estado. Nosso es-tado tem cerca de 11milhões de habitantes e nossa con-venção tem cerca de 9.200 batistas. O crescimento tem acontecido, mas o desafio é muito grande, precisamos

avançar mais. Como conven-ção, estamos sempre colo-cando o desafio de plantação de igrejas, e neste sentido buscamos mais parcerias, para que os batistas brasilei-ros venham ao RS apoiar este crescimento, plantando no-vas frentes missionárias para mudar a realidade espiritual do nosso estado.

JMN: Crê que a campanha Seja Luz tenha resgatado o empenho das igrejas em oração e evangelização?

EGB: Os 100 dias de ora-ção e a Megatrans são mar-cos significativos. Eles têm várias conotações, ou seja, são bênçãos sem medida em todos os aspectos. Eu tenho impressão de que aquele missionário que vem para uma viagem missionária é

abençoado também e quan-do retorna para suas igrejas e casas, ele volta diferencia-do. Ao mesmo tempo, em nossas igrejas, que recebem e que estão mobilizadas em promover vigílias de ora-ção e participar da Trans, há também um renovo, a cha-ma espiritual motivadora do desafio missionário impacta a igreja e com isso, impacta todo o estado. São bênçãos sem medida. Os 100 dias e a Megatrans mobilizaram todo o povo batista brasileiro, mas acima de tudo, o objetivo principal é que vidas foram alcançadas, que realmente Jesus Cristo seja a Luz no co-ração do povo gaúcho. Esse é nosso maior desafio e a Trans e os 100 dias têm alcançado este objetivo, pois vidas têm sido abençoadas e há mudan-

ça de vida com a luz de Jesus em seus corações.

JMN: No Rio Grande do Sul houve mais voluntários locais ou de fora?

EGB: Estamos caminhando no sentido de mobilizar o povo gaúcho a participar da Trans. Ano a ano, tem havido um crescimento na partici-pação do povo gaúcho nas nossas Trans. Muitos têm par-ticipado em outros estados, mas ainda é um grande desa-fio mobilizar e motivar mais o povo gaúcho a participar. Temos sido muito abenço-ados em receber caravanas, missionários voluntários de outros estados, mas o desafio é mobilizar os gaúchos a par-ticiparem. E este é um fator muito importante no qual pre-cisamos avançar ainda mais.

A Trans tem várias cono-tações: o tempo de preparo, de estarmos orando pelos nossos amigos, irmãos, e a igreja se preparando no sentido de buscar pessoas interessadas em receber estudo bíblico; depois vem a Trans propriamente dita que é aquela mobilização fantástica na cidade que mexe com todo o povo, com autoridades, enfim, traz uma mobilização, mas o grande desafio que a gen-te vê é o pós Trans, que é o cuidado com aqueles que tomaram a decisão de aceitar Jesus Cristo. Por isso a importância da igreja real-mente se preparar e envol-ver toda a membresia para dar o acompanhamento aos decididos, mas a Trans é um instrumento fantástico que realmente tem trazido crescimento e mobilização maior no nosso estado.

Ao final da entrevista, ir-mão Egon registrou uma pa-lavra de gratidão a Missões Nacionais e aos batistas bra-sileiros pelo investimento no estado “bem posicionado” em várias áreas como eco-nômica, financeira e política, tendo cedido seis presidentes da República, “mas quan-do chega a área espiritual a gente vê que é paupérrimo e precisamos realmente avan-çar cada vez mais na busca de salvação ao povo gaúcho. Nosso desejo é que possamos continuar contando com este apoio das igrejas batistas por meio da JMN para que haja uma embaixada do Senhor Jesus Cristo em cada cidade de nosso estado”.

Egon diante de seu desafio missionário

As Trans e o Rio Grande do Sul

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8 o jornal batista – domingo, 26/08/12 notícias do brasil batista

Myrian Rosário

Entre os dias 10 a 14 de julho, a cidade de Ri-beirão Preto, no interior paulista, transformou-se

na capital batista do Estado de São Paulo, com a realização da Semana Batista, no Centro de Convenções local.

Mesmo antes da abertura oficial da 104ª Assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo, no dia 10 de julho, foram realizados dois encontros para a edificação dos participantes: A Arte da Mobilização e Gestão de Vo-luntários foi o tema da palestra do Pr. Ebenézer Bittencourt, diretor executivo do Instituto Haggai; e o VI Encontro de Empresários e Empreendedo-res, ministrado pelo especia-lista em franchising e plane-jamento estratégico, Marcos Nascimento, sócio-diretor da Cia de Franchising.

AutoridadesA Sessão Solene de aber-

tura da Assembleia Anual da CBESP aconteceu, no dia 11 de julho, com o auditório do Centro de Convenções de Ribeirão Preto completamente lotado.

O evento contou com a par-ticipação de autoridades políti-cas e líderes da denominação. Compondo a mesa estava Dárcy Vera, prefeita de Ribeirão Preto, que também frequenta uma igreja evangélica.

“Estou feliz por Ribeirão Preto receber um evento de tamanha importância, porque se trata de uma Convenção Estadual. São 1.216 igrejas e 404 congregações batistas no Estado. É um evento extre-mamente importante onde se destaca não apenas o trabalho evangelístico, mas também o trabalho social que essa de-nominação tem feito dentro do nosso Estado”, declarou a prefeita.

A presidente Dilma Rous-seff enviou uma mensagem agradecendo o convite e cum-primentando a CBESP. Outra mensagem foi enviada pelo Pr. Sócrates Oliveira de Souza, di-retor executivo da Convenção Batista Brasileira.

Representando o governador Geraldo Alckmin, o deputado estadual Carlos Alberto Bezer-ra Júnior, declarou: “Como nos últimos anos, estou presente à abertura da Semana Batista. É uma forma de reconhecimen-to à contribuição dos batistas à cidade e ao Estado de São Paulo. A contribuição social, educacional e espiritual tem de ser destacada”, observou.

A participação musical ficou por conta do Grupo de Louvor da Igreja Batista Boas Novas, de Ribeirão Preto. Dr. Russel Shedd foi o orador oficial.

Um dos grandes destaques da noite foi a apresentação do Grande Coro da Associa-ção das Igrejas Batistas do Nordeste de São Paulo, com 250 vozes, regido por Juninho Cenedesi.

Clínicas TeológicasPr. Jair Salgueiro (Celebran-

do a Restauração), Pr. Marcelo Santos (Capacitando Líderes para esta geração) e Pr. Sillas Larghi (Uma Igreja para uma nova geração) e Pr. Natanael Gabriel da Silva (Teologia Contemporânea) foram os palestrantes das Clínicas Teo-lógicas, que aconteceram no dia 12 de julho.

Na mesma data, foi marcan-te a celebração da Noite de Missões na Semana Batista e do Culto da Vitória da Trans-paulista.

No louvor, o Grupo de Louvor da Igreja Batista Boas Novas de Ribeirão Preto, a Banda Fonte Sublime e Eduar-do e Silvana. “Amo Missões, quando eu era mais nova, cheguei a fazer um ano de Seminário porque eu queria ser missionária”, lembrou a cantora Silvana

TranspaulistaO culto contou com a par-

ticipação de muitos dos 621 voluntários da Transpaulista, de alguns dos missionários da CBESP, das Juntas de Missões Nacionais e de Missões Mun-diais, e do presidente da Con-venção Batista da Jordânia, Pr. Bahij Akeel. Foi exibido um vídeo e apresentado o hino da Campanha de Mis-sões Estaduais. O Pr. Charles Santos Melo, da Igreja Batista Memorial, de Serra Negra, foi o orador da noite.

Ao final da celebração, o Pr. Fernando Brandão, diretor exe-cutivo da Junta de Missões Na-cionais, falou sobre as Trans pelo Brasil. “Nós temos um desafio: evangelizar esta nação. Nós não podemos recuar”, proclamou.

Dezenas de pessoas, inclu-sive algumas crianças, aten-deram ao apelo feito aos que têm chamado para a obra mis-sionária. Um dos momentos mais tocantes da noite foi o levantamento de uma oferta especial para Missões. Foram levantados R$ 4.265,30, além de quatro relógios e dois anéis doados.• 5425 - Casas Recenseadas• 1134 - Estudos Bíblicos Mar-cados• 702 - Estudos Bíblicos Re-alizados• 21699 - Folhetos Distribu-ídos• 948 - Decisões de Adultos• 1000 - Decisões de Crianças• 1997 - Evangelho de João Distribuídos• 248 - Cultos na Igreja• 107 - Cultos nos Lares

Nova diretoria da CBESPO Pr. Genivaldo Andrade

de Souza, da Igreja Batista Itapema, no Guarujá, é o novo presidente da Conven-ção Batista do Estado de São Paulo.

“Minha meta é consolidar o que está dando certo e buscar estratégias para expandir, seja no avanço missionário, seja no amparo às casas de ensino, aos seminários que não fazem parte do CETM, estabelecendo critérios para que eles possam estar debaixo do guarda-chuva teológico da Convenção. Con-solidar os projetos diversos que já existem sem esquecer os municípios não alcançados. Enfim, expandir e consolidar por meio da cooperação”, declarou.

A nova diretoria ficou assim constituída:

Presidente: Genivaldo An-drade de Souza

1º Vice-Presidente: Pr. Paulo Eduardo Gomes Vieira

2º Vice-Presidente: Pr. Car-los Eliseu Dias da Rocha

3ª Vice-Presidente: Dra. Val-delice de Andrade Santos

1ª Secretária: Eliete Antunes Ferreira

2ª Secretária: Débora Silva Lins e Silva

3ª Secretária: Alexandra Be-zerra da Silva Barros

4º Secretário: Pr. Antônio Alves Lopes

Encerramento em grande estilo

A apresentação do grupo Som Maior marcou o início da Noite de Encerramento da Semana Batista.

A cerimônia, que marcou a posse da nova diretoria da CBESP, foi caracterizada por muito louvor, com as partici-pações do Coro Feminino da Cristolândia, composto por 46 mulheres ex-moradoras da Cracolândia, e do Grande Coro da AIBANOP, com 250 vozes. O orador da noite foi o Pr. Eli Fernandes, da IB Liber-dade, vice-presidente da CBB e membro do Conselho Geral da Aliança Batista Mundial.

“Eu vi claramente a mão de Deus nos conduzindo em cada momento desta Semana Batista, nos abençoando na-quilo que sempre almejamos. Foi um tempo de celebração, com oportunidade de troca de experiências, pelo clima de todas as programações, pela harmonia e o ambiente de amizade. Deus foi louva-do! Saímos daqui desafiados para mais e mais investirmos na cooperação”, avaliou o Pr. Valdo Romão.

Um dos destaques da Sema-na Batista 2012 foi a atuação exemplar dos voluntários.

A Semana Batista 2013 acontecerá entre os dias 16 a 20 de julho , em Sorocaba.

Semana Batista agitou Ribeirão PretoA dupla Eduardo

e Silvana se apresentou na

Abertura da Noite de Missões

Dárcy Vera, prefeita de Ribeirão Preto,

cidade-sede da Semana Batista

Pr. Eli Fernandes foi o orador da Noite

de Encerramento da Semana Batista

Pr. Fernando Brandão, diretor executivo da Junta

de Missões Nacionais

Crianças atenderam ao chamado para dedicarem suas vidas a Missões

Pr. Genivaldo Andrade de Souza é o novo presidente da CBESP

Pr. Russel Shedd foi o orador oficial da Semana Batista

Pr. Valdo Romão, diretor executivo da CBESP

Dárcy Vera, prefeita de Ribeirão Preto; Pr.

Manoel Ramires Filho, então presidente da CBESP; e deputado

estadual Carlos Alberto Bezerra Júnior

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9o jornal batista – domingo, 26/08/12notícias do brasil batista

Rebeca AquinoSIB em Aracaju

A Segunda Igreja Ba-tista em Aracaju é uma das mais tra-dicionais igrejas de

Sergipe e em 2012 celebra em Deus seus 79 anos de uma existência impactante e multiplicadora no Estado. A SIBA, como é conhecida no Estado, está localizada no Bairro São José. A história de sua fundação se passou nos primeiros momentos embai-xo de uma frondosa man-gueira, que acolhia abaixo de sua copa irmãos dispostos a fazer deste um lugar de gente feliz. Esta Igreja já foi aben-çoada pelo Senhor através de inúmeros obreiros que com muito amor realizaram um grande impacto na comuni-dade onde está inserida.

Em dezembro de 2001 a SIBA oficializou o convite ao pastor Josias Alves de Olivei-ra, um alagoano nascido em Marechal Deodoro. O pas-tor Josias foi consagrado ao Ministério Pastoral em 1981 na Igreja Batista de Montese que fica em Fortaleza/CE, onde também realizou seu primeiro ministério. Em se-guida pastoreou a Primeira

Igreja Batista em Aracati e a Igreja Batista de Cabreiro, ambas também no Estado do Ceará. De lá se transferiu para Teresina, Piauí, onde pastoreou a Igreja Batista da Catarina, e interinamente a Igreja Batista de Altos/PI. Em 1989 assumiu o pastora-do da Igreja Batista de Vila Galvão, em Guarulhos/SP, onde permaneceu até 2001, tendo também pastoreado interinamente a Primeira Igre-ja Batista em Jardim Monte Alto e a Igreja Batista em Jardim Valéria, ambas em Guarulhos/SP. O pastor traz em sua bagagem muito es-tudo, sendo licenciado em Filosofia, em Pedagogia e Pós-Graduado em Educação na área da Metodologia e Didática do Ensino Superior, no ano em que foi convidado pela SIBA, recebeu o título de Doutorado em Divindade pela Faculdade de Ensino Teológico do Estado de São Paulo (FAETESP). E Mestre em Teologia Área de Con-centração em Divindade pela Cohen University e Theologi-cal Seminary, Bellflower, CA, EUA (Faculdade e Seminário Teológico da Fé Reformada, FATEFÉ, São Paulo, out/2001 out/2003).

O pastor Josias é casado com a professora Nelma Aquino e esta união foi ain-da mais abençoada com as 5 filhas do casal: Priscila, Rebeca, Talita, Lidia e Loide. “Para nossa família foi um momento muito marcante deixar o amado ministério de Vila Galvão onde por cerca de 12 anos fomos aco-lhidos pelos irmãos em uma grande família, mas sabemos que Deus estava no controle das nossas vidas”, comenta o pastor Josias. Em 2001 a família pastoral mudou--se para Sergipe e iniciou seu ministério na Segunda Igreja Batista em Aracaju. “Assumir esse novo desafio ministerial foi para nós viver a boa, agradável e perfeita vontade de Deus nas nossas vidas. Nessa Casa de Ora-ção realizamos, junto com a motivada e engajada equipe de liderança e membros, inúmeros projetos. Foram impactos evangelísticos, campanhas missionárias, vigílias de oração, acampa-mentos, estudos, aconselha-mentos e cultos que trazem muita alegria ao nosso co-ração quando lembramos. Foi nela também onde Deus abençoou nossa família com

Danillo, que se casou com minha filha Rebeca”, com-pleta o pastor.

Durante seu ministério em Aracaju, o pastor Josias tam-bém contribuiu para que a Palavra de Deus fosse di-vulgada em Sergipe sendo professor do Seminário Ba-tista Sergipano por cerca de 10 anos, além de Presidente da Associação dos Batistas Sergipanos. Promoveu junto a esses órgãos vários eventos onde a Palavra de Deus era divulgada. “O ministério na SIBA foi muito gratificante e

de muito trabalho não só na Igreja e suas congregações, mas em todo o Estado”, com-pleta o pastor. “Sou grato a Deus pelo privilégio de ter sido escolhido para o minis-tério pastoral, por todas as ovelhas que pastoreei duran-te esses anos, pelo ministério abençoado na SIBA e pelos desafios que Deus tem lan-çado na minha vida e na vida da minha família”, finaliza o pastor Josias, que se prepara para assumir o Ministério Pastoral na Igreja Batista em Morro do Chapéu/BA.

Novos Desafios para Segunda Igreja Batista em Aracaju e Pr. Josias Alves

ConviteA Primeira Igreja Batista de Niterói

tem o prazer em convidar as amadas Igrejas e seus Pastores para participa-rem da organização das Congregações de Itaipuaçu e do Jockey em Igreja a ser realizada no dia 01 de setembro de 2012, às 19h.

Local: Rua Marquês do Paraná, 225 – Centro – Niterói – RJ – Cep: 24030-210

Contamos com a presença dos irmãos em nossa Igreja.

No Amor de Cristo,

José Laurindo FilhoPastor Presidente

Pr. Josias Alves

Convenção Batista Piauiense realiza sua maior Assembleia

Pr. Milton MonteDiretor Executivo

Reunidos em Parnaí-ba, litoral, os batistas piauienses realiza-ram sua 52ª Assem-

bleia, que ficará na histó-ria como a que teve maior representação: foram 267 mensageiros, além de grande número de irmãos presentes nas celebrações de edificação à noite. O tema foi “Batistas, juntos na evangelização do Piauí”, abordado pelo pastor Vanderley Marins (vice-presi-

dente da CBB), que desafiou a todos a se envolverem mais com a denominação e com a obra de evangelização.

Dentre os destaques das deliberações, está a aprova-ção de reforma do estatuto que criou, para o Conselho Gestor, a Comissão Coor-denadora de Ação Social, que implicará na criação de um Departamento de Ação Social; a Convenção já de-senvolve sua ação social atra-vés de igrejas, de programas como o PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar), da Clí-

nica Batista (clínica médica) e da comunidade terapêutica CRV – Centro de Restaura-ção de Vidas (recebida na Assembleia como órgão da Convenção), mas ainda não conta com um departamen-to próprio. Outro destaque

foi a aprovação unânime de concordar com a intenção da Junta de Missões Nacionais em enfatizar o Piauí como alvo de evangelização dos batistas brasileiros em 2013.

O presidente eleito foi o pastor José de Ribamar Lopes

de Sousa e o clima na Assem-bleia e na Convenção é de motivação para avançar, para que o Piauí deixe de ser o Es-tado menos evangelizado da Federação e tenha uma igreja batista em cada um de seus 224 municípios.

Orador, Pr. Vanderley, em momento de apelo

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10 o jornal batista – domingo, 26/08/12 notícias do brasil batista

Missionários Pr. José Lopes e Elisete

“Pois ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Je-sus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levantar um edifício de ouro, a, pedras preciosas, madeira,... Se a obra que alguém edificou sobre ele permanecer, este receberá galardão...” (I Cor. 3.11-15).

Devemos avançar sempre, se aco-modar j ama i s ! Apesar dos desa-

fios, temos tido grandes vitó-rias. São vidas sendo salvas e resgatadas por intermédio da pregação do Evangelho de Je-sus Cristo e da ação do Espíri-to Santo. Celebramos no mês de julho mais uma etapa da Operação Jesus Transforma em nossa região, Noroeste da Capital Paulista (ABANOC), entre outras bênçãos, jamais podemos ficar parados diante de tantas conquistas, pois sabemos que ainda há tanto para realizar-se.

Também é importante que façamos o melhor para o Rei-no, e por isso temos investi-do nosso tempo, orações, evangelismo e discipulado visando sempre a excelência em todas as nossas ações. Encontramos pessoas que, para muitos não tem mais jeito, os quais muitas vezes sentem-se rejeitados pela sociedade, mas nós sabemos que podem encontrar salva-ção e mudança de vida por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.

A Igreja irá se multiplicar à medida que saímos conta-giando todos que encontrar-mos com a mensagem que conduz à verdade e ao único caminho, que é Cristo. Lou-vamos a Deus porque a cada dia que Ele nos concede,

Pr. Moises Selva SantiagoMinistro de Música da IB Esperança

Os adolescentes da Igreja Batista Esperança (Porto Velho, RO) co-

memoraram o Dia do Ado-lescente Batista (05.08.12) na centenária estação da Estrada de Ferro Madeira--Mamoré. O pastor da Igreja,

temos a chance de ser sal e luz em meio às trevas.

Aqu i em V i l a Un ião /SP(Capital) tivemos muitas experiências gratificantes, entre elas, após termos falan-do com a dona Sonia sobre o plano da salvação e como Deus a ama enviando Jesus seu Único Filho para salvá-la, ela logo recebeu O Senhor em seu coração e em lágri-mas sentiu a necessidade de ter um verdadeiro encontro com Jesus. No dia seguinte quando a encontramos, ela estava radiante, feliz e com um semblante lindo e fez questão de chamar toda sua família para nos apresentar e dizer: “Foram eles que mos-traram a Verdade da Palavra de Deus para mim”.

Ainda no mês de julho, contamos com mais bênçãos do Senhor, pois realizamos o batismo em águas de duas

William Azevedo, ressaltou aos adolescentes não somen-te o contexto cultural, mas principalmente que a vida cristã precisa caminhar nos trilhos do Senhor Jesus Cris-to. A “EBD nos trilhos” foi conduzida pelas professoras Vanderlice, Kátia e Patrícia Lima, que ministrou dinâmi-cas, hinos, brincadeiras e a reflexão bíblica em meio a muita alegria.

Adolescentes comemoram

seu dia na Estrada de Ferro

Madeira-Mamoré

Adolescentes da IB Esperança

Operação Jesus Transforma no

Noroeste Paulista

irmãs: Maria do Carmo e Te-rezinha Quintiliano, no dia 29, e tivemos quatro novas decisões por Cristo.

Motivo de Orações: por nossa saúde física e emo-cional, por nossos filhos, filhas, genros, noras e dois netinhos. Para que o Senhor toque nos corações de nos-sas irmandades e igrejas no sentido de segurar a corda com o PAM, pois precisamos completá-lo para a manuten-ção do Projeto. Por salvação do Distrito da Freguesia do Ó/SP – Capital. Pela par-ticipação das igrejas nos projetos da Associação e da Convenção.

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11o jornal batista – domingo, 26/08/12missões mundiais

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

Uma nova turma de vocacionados está recebendo treinamento para

realizar a obra missionária mundial. São 35 irmãos que estão se preparando no Centro de Treinamento de Missões Mundiais, que funciona no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Desses, 24 serão mis-sionários efetivos e 11 farão parte do projeto Voluntários Sem Fronteiras – Radical. O Centro de Treinamento de Missões Mundiais é coordena-do pelo casal pastor Heinrich e Olga Friesen e conta com o apoio do casal pastor Fabiano e Daniele Pereira que, além de coordenadores dos Vo-luntários Sem Fronteiras, são conselheiros dos missionários de Missões Mundiais.

A aula inaugural aconteceu no dia 6 de agosto e contou com a presença do pastor Lauro Mandira (gerente de Missões Mundiais) que deu as boas-vindas aos novos missionários e falou um pou-co sobre o treinamento. Ele passou a palavra ao pastor João Marcos (diretor executi-vo da JMM) que trouxe uma mensagem de encorajamento e ânimo aos futuros missio-nários.

O diretor executivo, base-ado em Gênesis 10. 6 a 10, citou o primeiro grande con-

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Burkina Fasso, um pequeno país afri-cano sem saída para o mar, recebeu em

julho a 7ª Conferência de Mulheres Batistas da Áfri-ca Ocidental. O país, cujo nome quer dizer “terra dos homens honestos”, é um dos mais de 60 campos onde Missões Mundiais está pre-sente.

A missionária Cristiane de Jesus Oliveira, em Burkina Fasso desde 2008, ajudou a União Feminina a organizar a conferência, que recebeu mulheres batistas de Benin, Níger, Gana, Libéria, Nigéria, Mali e Togo, país que será o anfitrião da próxima confe-rência, em 2014.

quistador que deu origem ao império de Israel: Ninrode. Considerado poderoso caça-dor diante do Senhor (verso 9). Ele foi um grande líder que, por suas conquistas e ousadia, tornou-se o primei-ro a ser poderoso na Terra, portanto um exemplo a ser seguido.

A nova turma está assim formada:

Efetivos – Ana Cristina da Silva Santos, Andreia Cris-tina Marcato, Anna Regina Maneschy Dias e Alexandre Magno Nogueira Dias, De-nise Santos da Silva e Luiz Cláudio Marteletto, Edjane Silva de Jesus e Rafael Gomes Silva, Fernanda Cristina Arau-jo, Ionara Rodrigues Alves, Jane de Alcantara Faria Bep-pler Penido e Oséias Beppler Penido, José Wellington Bar-bosa dos Santos, Katia No-gueira e Lamartine Fernandes da Silva, Lucas de Souza e Castro Corrêa, Lucimar Maria de Sousa, Marta do Carmo, Roberta e Samir Confessor de Aguiar do Amaral, Shirley Rodrigues Sampaio, Tatia-na Silva Arakaki e Ricardo Augusto Arakaki, Viviane Ramos e Rodrigo Pinheiro.

Radical África – Gustavo Barcellos, Hélcio Júnior de Souza, Joysa da Silva Her-culino, Juliana Viana de Bar-ros, Maiara Schwertner de Mattos, Marrala Taura dos Reis Corrêa, Mibbsan de Sou-za Santos, Mirelli Montes,

“Tivemos a participação de 400 mulheres. Foram dias impactantes e edificantes em que Deus falou profunda-mente ao coração das parti-cipantes”, conta Cristiane. “Nosso tema foi ‘Mulher de paz: uma fonte de bênção para sua casa, sua igreja e seu país’”, acrescentou.

Povos não alcançados no país

Segundo o pres idente da Convenção Batista de Burkina Fasso, pastor Henri Ye, que visitou o Brasil em maio, o trabalho no país tem sido bem conduzido em parceria com Missões Mundiais para alcançar as diversas etnias locais com o Evangelho.

Em Burkina Fasso, segundo o pastor Ye, os batistas traba-lham com os povos das etnias

Thássia de Andrade Gomes, Vagner Oliveira Silva e Victor Hugo Batista Medeiros. Os missionários efetivos terão treinamento até o final de novembro deste ano e os Radicais até junho do ano que vem.

Depoimentos:“Tenho certa experiência

na obra evangelística, pois fui pastor e missionário na França. Trabalhei na evan-gelização e implantação de igrejas junto com missioná-rios franceses e alemães, du-rante muitos anos, na cidade de Beaune. Mas meu desejo é de trabalhar com a visão dos batistas brasileiros, apro-veitando a experiência de Missões Mundiais que conta com a parceria das igrejas de nossa Convenção. Que-ro continuar o trabalho de evangelização, implantação e revitalização de igrejas na França” – Alexandre Magno.

“Sempre coloquei o meu futuro nas mãos de Deus. Desde os 12 anos busco me preparar para, no tempo de

wala e marensé, de maioria muçulmana.

A missionária Cristiane tem atuado juntamente com o pastor Ye e outras lideranças da Convenção de Burkina Fasso. Recentemente, eles visitaram várias aldeias no interior do país, que atravessa um período de chuvas, e a

Deus, estar pronto para o trabalho missionário. Quero colocar a minha vida à dis-posição do Senhor para ser útil na proclamação do Evan-gelho em qualquer lugar do mundo, conforme a vontade Dele. Posso afirmar que sinto um grande carinho pelo povo

viagem até esses vilarejos se torna muito complicada.

“Não foi nada fácil passar pelas estradas esburacadas e to-madas de água e lama”, conta.

Nesse período, eles visita-ram as aldeias de Maná, Taa, Dangouna e Nana.

“Demos grande testemu-nho da Palavra de Deus ali”,

chinês por passar a minha in-fância fazendo missões com a minha família junto a esse povo tão amável. Não tenho confirmação específica do Senhor para um povo, mas tenho sim a convicção do chamado missionário” – Sa-mir Confessor.

diz Cristiane, que finaliza pe-dindo oração por sua saúde, pois é no período de chuvas que aumentam os casos de malária, doença que a missio-nária já teve 15 vezes.

“Peça a Deus para que eu possa trabalhar com um pou-co mais de tranquilidade”, conclui.

Missões Mundiais capacita novos missionários

Burkina Fasso organiza Conferência de Mulheres Batistas da África Ocidental

Pr. Henri Ye e esposa, Solange, ao lado da missionária Cristiane, na sede da JMM, no Rio de Janeiro

Missionária Cristiane de Jesus participa da Conferência de Mulheres Batistas

Turma dos novos missionários com professores no STBSB

Radical África, nona turma, com seus coordenadores.

Alexandre Magno Samir e Roberta Confessor

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12 o jornal batista – domingo, 26/08/12 notícias do brasil batista

Maria NeryMembro da PIB de Niterói, RJ

Gláucia Leite é uma jovem senhora, um exemplo de vida e consagração. A sua

história é muito emocionante e significativa. Ainda muito jovem, com seus 18 anos, perdeu a visão e Deus colocou na sua vida uma luz divina para iluminar os seus caminhos e assim ela se tornou uma mulher vitoriosa.

Gláucia é professora de música, especializada em piano e teclado; em música evangélica, clássica e popular, ela também toca flauta com muito amor.

Gláucia é membro da Igreja Batista do Cosme Velho do pastor Carlos Pinheiro e também colabo-ra na Igreja Batista de Laranjeiras, do pastor Eliezer S. Quirini, entre outras igrejas.

Gláucia nasceu num lar evan-gélico, seu pai era o pastor Paulo Marques Leite (pastor batista), e sua mãe Eucarlina (D. Lina) que estão descansando na morada do Senhor nosso Deus. Ela tem 4 irmãos: Maria Cristina, Regina Cristina, Izabel Cristina, e Paulo Cristino.

Gláucia foi casada com o Sr. Louis Antunes da Costa, também deficiente visual, foram muito feli-zes, e ele faleceu. Mas sua mãe e sogra, a senhora Francisca Araujo Costa vive com a pianista, cui-dando dela com amor e carinho como se fosse sua filha. Participam também do convívio do dia a dia de Gláucia, a sra. Silvia que é sua acompanhante e também o pastor Luiz Fernando Martins, da As-sembleia de Deus, que cuida dos contatos musicais e de sua agenda quando ela é solicitada.

Gláucia é muito simpática, ale-gre e meiga, fala com sabedoria e a música é o seu refúgio onde ela se realiza. A pianista e tecladista já gravou três CDs com músicas evangélicas e clássicas.

Gláucia iniciou sua carreira musical aos 15 anos, sua prefe-

rência foi o piano, mas aos 18 anos perdeu a visão e foi obrigada pelas circunstâncias a passar a ter uma nova vida, e com a ajuda de Deus, dos seus pais e irmãos e outras pessoas, conseguiu vencer tudo que precisava.

Gláucia fez vários cursos de música através de sinais musi-cográficos em Braille: cursou o conservatório Santa Cecília, a Academia Musical de São Paulo e se formou pela ULM (Universi-dade Livre de Música), recebeu todos os ensinamentos e apoio dos seus professores: Professora Cláudia Castilionne, professor Ja-neul e professora Ivone Antunes.

Gláucia, como professora de música, se preocupou em ajudar as crianças com deficiência visual a aprenderem música. Lecionou no Instituto Lara-Mara em São Paulo e no Pró Criança Deficiente Visual Juvenil do Brasil no Rio de Janeiro. Por esse seu gesto foi muito estimada pelos seus alunos.

Na música colabora com seu talento de pianista e tecladista em várias igrejas evangélicas, também é convidada a tocar em reuniões sociais, festas de aniver-sário, casamentos, toca também em praças públicas e shoppings. Participou do projeto Música no Museu e mais recentemente do Rio+20, tocando no Palácio do Catete. Foi também convidada pela missionária srª Helga Fanini para uma entrevista e participou tocando o seu teclado no progra-ma Reencontro, na TV Brasil, foi emocionante!

Gláucia também oferece em sua residência, todas as terças--feiras, um culto de oração, ela toca lindos hinos para que os par-ticipantes cantem alegremente. A Bíblia em Braille e a oração fazem parte de sua vida (A Bíblia em Braille é uma benção, pois facilita os deficientes visuais a participar do trabalho de evangelização).

A Deus demos glória por esta vida tão preciosa que teve a consagração de transformar a provação em benção.

Mulher vitoriosa: Gláucia Leite

Maria N. - O que significa a vida para você?

Gláucia L. - A vida é o ar que respira-mos. É preciso viver com alegria e não amargurar com certas coisas que acon-tecem. Tudo na vida tem uma razão de ser. É preciso aceitar.

Maria N. - O que é Deus para você?Gláucia L. - Deus é poder, ele me leva

para onde eu preciso ir, ele é a minha consagração, é o meu protetor, a minha luz.

Maria N. - E Jesus Cristo para você, ele é um bom amigo?

Gláucia L. - É de fato o meu verdadeiro amigo, eu sinto que ele morreu por mim para me salvar, eu amo a Jesus Cristo.

Maria N. - O que é a música para você?Gláucia L. - A música é o meu refúgio.

Ela me faz feliz e procuro passar essa feli-

cidade para as pessoas. Eu gosto muito de ouvir a voz das pessoas perto de mim e falar com elas e receber delas os abraços, assim eu sinto que não estou sozinha.

Maria N. - O que você pode dizer hoje para as pessoas deficientes visuais?

Gláucia L. - Não se aflija, não desista, sempre aparece uma luz no caminho para nos guiar e sorrir. É o Deus eterno que diz: “Não temas que eu sou o teu Deus, eu te ajudarei, eu te fortaleço e te protegerei”.

Gláucia, você é uma benção, eu te ofe-reço Provérbios 4.11-13: “Eu lhe mostrei como andar pelo caminho da sabedoria, guiei os seus passos pelo caminho da verdade. Assim, se você por ela seguir, seja depressa ou devagar, você nunca vai tropeçar os teus pés. Tome posse do meu ensino e nunca o abandone, pois dele depende o sentir e a razão do seu viver”.

Entrevista de Maria Nery com a pianista e tecladista Gláucia Leite

Gláucia Leite no programa de TV Reencontro

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 26/08/12notícias do brasil batista

Pastor Francisco Bonato Pereira

Os missionários Juanita Jo Wilcox Dickson e Charles William Dickson

foram chamados à pátria ce-leste a 26 e 30 de maio de 2012. O casal, ao final de uma longa vida, descansaram no Senhor, cercados dos fami-liares, na residência do casal, na cidade de Austin, Texas (USA), cercados pelos fami-liares: Helen e John Hastings, Carole e Mike Thorsrd, Janet e Dave McGinn e Susan e Ray Waugh (filhas e genros), Kyle e Courtney McGinn e Kristy e Dave Blevins (netos e côn-juges) e Mark, Junho. Philip e Ivy Maio (bisnetos), Evereth, Ed, Dorothy Jo, Ernest, Dick, Vick Lynn, Lasandra e Kary (sobrinhos) entre outros.

Joanita Jo Wilcox Dickson nasceu em 17 de janeiro de 1918, em Forth Worth, Texas (USA), filha de Calin e Evereth George Wilcox, missionários da Southern Convention Bap-tist (USA) no Brasil. Recebeu o grau de Bacharel em Artes (BA) na Universidade Hardin--Simmons (1938), o grau de Mestre em Teologia (MTh) no Southwestern Baptist Te-ological Seminary (1941), na mesma turma do marido.

Charles William Dickson nasceu em 24 de outubro de 1914, em Waco, Texas (USA), segundo filho de Lawrence Alexander e Ruby Condell Dickson. Convertido aos doze anos de idade (1926), aos dezenove (1933) sentiu a chamada para o ministério. Recebeu o grau de Bacharel em Artes (BA) na Universida-de Hardin-Simmons (1938), o grau de Mestre em Teolo-gia (MTh) no Southwestern Baptist Teological Seminary (1941).

Consagrado ao ministério da palavra, a 8 de maio de

1937, por solicitação da Igreja Batista de Neil, Texas (USA), pastoreou estas e outras Igre-jas nos Estados de Illinois e do Texas, nos Estados Unidos.

Charles Dickson casou com Juanita Jo Wilcox Dickson, filha dos missionários Callin e Evereth George Wilcox em 15 de agosto de 1940. O casal teve quatro filhas Helen, Carole, Janet, e Su-san. O casal serviu no Brasil, como missionários batistas, nos anos de 1941 e 1942, quando retornou aos Estados Unidos, em face da II Guerra Mundial. Charles Dickson ingressou no Corpo de Ca-pelães Militares do Exército (USArmy), sendo enviado para servir com as tropas do Pacífico, durante cinco anos (1942-1946).

O casal Juanita e Charles Dickson foi nomeado missio-

nário para o Brasil (1947) che-garam ao Estado da Paraíba em 1948, fixando residência em João Pessoa, onde perma-neceram até 1963. Charles Dickson serviu como mis-sionário na Paraíba, servindo como Secretario Executivo e pastoreando Igrejas, entre as quais a PIB João Pessoa (1962-1977), da qual administrou a construção do templo. Juanita serviu como professora do Instituto Batista Paraibano e apoiou o trabalho feminino missionário no Estado.

O casal Dickson foi trans-ferido (1963) para o Estado de Pernambuco, fixando residência no Recife, onde ele serviu como professor de Homilética no Seminário Batista (1963-1980) e como Secretário Geral da Conven-ção Batista Evangelizadora, e como Coordenador Regional

Os missionários Juanita e Charles Dickson chamados à pátria celeste

1961 STBNB Juanita Jo Wilcox 1948 Charles William Dickson

PIB Joao Pessoa

da Campanha Nacional de Evangelização “Cristo, a única Esperança”. Em Pernambuco Charles Dickson pastoreou a PIB de Beberibe (1963-1964), a SIB Pina (1973-1976) e a IB da Concórdia (1977-1980), todas no Recife. Neste Estado serviu como professor do STBNB.

Os D ick son se rv i r am como missionários da Con-venção Batista do Sul (USA) no Brasil por 35 anos. Char-les Dickson escreveu “O que Deus está fazendo no mundo”, registrando me-mórias do casal missionário Callie e Evereth George Wilcox.

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14 o jornal batista – domingo, 26/08/12 ponto de vista

Alguém disse acerta-damente que a dife-rença entre a pessoa bem sucedida e a

mal sucedida é a realização dos sonhos. Chesterton de-clarou com muita lucidez: “Dizer que um homem é idealista significa meramente dizer que é um homem”. So-nhar significa pensar grande, pensar longe, visualizar o futuro (mesmo que ele per-tença a Deus). Os grandes sonhadores que se tornaram realizadores entraram para a História. Os grandes desco-bridores fazem parte daqueles que sonharam e realizaram. Entre o sonho e a realização há um caminho difícil, muitas vezes doloroso, a percorrer. Muitos morreram antes da realização dos sonhos. Ou-tros foram levantados para a sua concretização. Então, as pessoas relevantes na História são aquelas que sonharam, planejaram e executaram com excelência, com paixão, e deixaram as suas marcas, a sua herança para outros.

O verbo construir está no infinitivo e demanda esforço, dedicação, perseverança e competência ao longo da

Uma grande rede de TV brasileira lançou há poucas semanas um pro-

grama semanal noturno que pretende ser um fórum de diálogo especialmente sobre questões éticas ou morais. A propaganda incentiva os espectadores à reflexão e busca de definição neste tão importante campo da vida cotidiana, pois as questões no campo da ética sempre se fazem presente na agen-da de discussões por toda parte, desde uma conversa entre pessoas comuns até nos principais meios massivos de comunicação do mundo.

Aliás, esta semana eu falava para meus alunos de ética e bioética que todo mundo tem ética. Sem dúvida eles estranha-ram, pois é normal ouvirmos a menção de que “fulano não tem ética”, especialmente nesta época em que os “mensaleiros” estão sendo julgados pelo STF. Aproveitando a ocasião, utilizei esse mesmo time para provar que todo mundo tem ética. A

vida. Toda a construção pla-nejada demanda uma capaci-dade imensa de percepção e gestão. Construir é trazer do abstrato para o concreto. É tornar uma ideia algo visível e palpável. Realizar sonhos tem a ver com vidas. Podemos in-vestir em pessoas. Os sonha-dores que realizam motivam pessoas. Elas são inspiradoras e motivadoras. Trazem pesso-as na inércia para uma vida di-nâmica e produtiva sem entrar pela via do ativismo. Idealizar e realizar contribuem para a dignidade do homem feito à imagem e semelhança de Deus. Quando sonhamos e colocamos em pratica, po-demos contribuir para tirar pessoas da marginalidade e colocá-las no caminho da criatividade e da utilidade. Recentemente tivemos o be-líssimo exemplo no trabalho do nosso artista plástico Vick Muniz, que resgatou pessoas do lixão de Gramacho, Du-que de Caxias, no seu filme “Lixo Extraordinário”, sensi-bilizando as autoridades para o seu fechamento.

Jesus é o nosso modelo de alguém que tinha consciência de Sua missão (Luc. 19.10)

ideia foi provar que o ser hu-mano por natureza foi criado como um ser ético, isto é, a natureza humana inclui a etici-dade. O ser humano foi criado como um “ser que decide”, um ser volitivo e responsável, portanto. Sempre decidimos, mesmo que você afirma que não decidiu nada ainda a res-peito de algo, na realidade decidiu não decidir, pois uma não-decisão é uma decisão (a de não decidir)!

Veja que todo mundo então tem ética ou é ético em ter-mos de sua própria natureza humana. A questão não é esta, mas qual a fonte, os re-ferenciais, os fundamentos da ética de cada um. Os “men-saleiros”, por exemplo e ao que tudo indica, se valeram da ética utilitarista em que os fins justificam os meios. Se votos podem ser obtidos por “doação” de dinheiro, então assim se faça. Na ética utilitarista tudo o que dá certo é certo e, portanto, deve ser feito. Claro que se você segue referenciais cristãos terá uma

determinada pelo Pai e a rea-lizou plenamente em Sua vida sacrificada por nós na cruz. Ele andava por toda a parte fazendo o bem (Atos 10.38). O Seu trabalho notável é a reconciliação do homem com Deus (II Cor. 5.18-20). Jesus quebrou paradigmas que eram defendidos pelos religiosos judeus e aristocráti-cos gregos e romanos de Sua época. Valorizou as mulheres e deu-lhes dignidade. Pode-mos dizer que os sonhos do Pai foram concretizados ple-namente em Cristo, o Filho, desde a Criação à Redenção. Em Cristo todo o que crê é reconstruído à imagem do Pai para uma vida de pleno significado. Aqueles que estão em Cristo são idealizadores e realizadores visando ajudar os que estão perdidos, sem rumo.

Seja na vida pessoal, fami-liar, igreja e sociedade de um modo geral, a construção de sonhos é fundamental. Na sua edificação devemos inovar, criar com a sensibilidade e inteligência que nos foram dadas por Deus. Somos de-safiados a estabelecer metas arrojadas e meios éticos que

ética cristã. Os existencialistas terão uma ética existencia-lista, etc. Assim, sempre há ética, o mais importante é o seu atributo, isto é, qual a sua fonte de verdade.

Voltando ao programa ci-tado no começo. A ideia é bem interessante e instigan-te não fosse o apresentador implicitamente mobilizar o público presente a aplaudir alguma atitude compatível com os pressupostos do pro-grama sobre determinado tema que está sendo lançado. Por exemplo, há alguns dias o programa foi sobre o casa-mento gay. Desde o começo o apresentador levava o públi-co ao delírio quando trazia ao programa pessoas que viviam na condição ou relacionada com o casamento gay. Em outras palavras, em vez de levar o público presente e os telespectadores à reflexão os induzia a acreditar que a po-sição favorável ao casamento gay era a correta.

Na publicidade durante o dia o programa convida

glorifiquem a Deus. Idealizar sonhos é ser um artista, usar o talento e os dons para mu-dar esta sociedade egoísta, ativista e consumista que tem perdido o próximo de vista. No processo de edificarmos sonhos devemos fazê-lo para eliminarmos a miséria, dimi-nuirmos consideravelmente a pobreza na formação de uma sociedade mais igualitária e solidária. Trabalharmos para o crescimento das pessoas, criar-mos oportunidades. Levarmos pessoas a consolidarem o seu espaço, saindo de si mesmas para servirem ao próximo.

Na tarefa sublime de cons-truirmos sonhos, somos desa-fiados a mudanças significa-tivas na sociedade. Gandhi tinha o sonho de libertar a Índia do domínio britânico e o fez sem derramar uma gota de sangue. O presidente Jus-celino Kubischeck idealizou Brasília, com a expansão do centro-oeste, e a viu concreti-zada. O pastor Martin Luther King sonhava com a convi-vência amorosa e pacífica entre brancos e negros norte americanos. Foi assassinado, mas o seu sangue foi a se-mente que germinou para a

ao debate e à reflexão, mas nada disso faz, pois impinge, manipula e domina os teles-pectadores a acreditarem que a posição tão bem conhe-cida da emissora e dele são a pura e cristalina verdade. Não há discussão, não há especialistas que debatem os fundamentos do tema, que discutem os prós e contra.

Por exemplo, o fundamento que o programa se valeu para induzir o público de que o casamento gay é aceitável e correto foi a busca da felici-dade. Um artista, protagonista do apresentador do programa, afirmou que a felicidade é um direito de todos e se a opção pela homossexualidade faz a pessoa feliz, nada há contra.

Ora, todo estudioso de Filo-sofia sabe da discussão e incer-tezas surgidas ao longo da his-tória sobre o estabelecimento da felicidade como referencial de verdade ética e moral.

Se a felicidade é o referen-cial seguro da verdade ética, então o sadismo, masoquis-mo, pedofilia, corrupção,

sua realização. Hoje, os ame-ricanos têm um presidente negro. Os que idealizam e constroem são proativos e revolucionários, os que fazem toda a diferença e escrevem capítulos muito interessantes na História. Homens e mu-lheres que trabalharam para melhorar a vida das pessoas estão nesse grupo seleto.

Vamos construir sonhos! Sonhos que valem a pena. Que contribuam para o bene-fício da humanidade. Sonhos que ajudam a levantar os que estão à margem de uma socie-dade narcisista. Construamos sonhos magníficos e que dig-nifiquem o Criador. Sejamos coadjuvantes na construção de uma sociedade melhor. Sonhemos com base nos va-lores do Reino de Deus. Mo-bilizemos pessoas a darem o melhor de si. Que o Pai nos livre de sermos famosos, mas nos conceda a graça de sermos notórios – deixarmos uma herança que contribua para o progresso do homem. Apoiemos as iniciativas no-bres e solidárias. Seja Deus exaltado nos nossos ideais e na sua realização! Que seja-mos construtores de sonhos.

tráfico de drogas, homicídio poderiam ser justificáveis se seus praticantes alegassem que se sentem felizes com es-tas práticas. Vejam o absurdo.

Outro sofisma que o pro-grama utiliza é taxar de pre-conceituoso todo mundo que discorda. Há uma distância muito grande entre precon-ceito e convicção e é isso que os “amantes” da homoafetivi-dade não conseguem enten-der ou não querem aceitar. Por isso mesmo, eles é que podem ser considerados radi-cais, preconceituosos, autori-tários. Estamos hoje vivendo a ditadura da imposição ética nietzschiana em que a “von-tade de potência” como um vulcão deve ser o guia da ver-dade além do bem e do mal. Querem que todos abando-nem suas convicções para se submeter às suas convicções. E é isso que o programa “Na moral” faz. Com essa mani-festa dominação ideológica da emissora será que o que temos mesmo é uma atitude descaradamente imoral???

OBSeRVAtóRIO BAtIStALOURENÇO STELIO REGA

Na moral... ou imoral?

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15o jornal batista – domingo, 26/08/12ponto de vista

Pr. Diego BravimPresidente da Juventude Batista BrasileiraPrimeiro Secretario da Convenção Batista CapixabaTerceiro Secretario da Ordem dos Pastores Batistas do Espirito Santo

Não precisamos de heróis, mas de lí-deres que tenham relacionamento

com Deus.Diante de um novo mundo,

com tantos avanços em tec-nologia e mudanças compor-tamentais, resolvi tirar uma foto da realidade dos jovens desse tempo.

Percebo uma juventude cristã, incluindo jovens ba-tistas no Brasil e no mun-do, cada dia mais longe de compromissos com Deus e com o ministério local, sua origem. Encontra-se tempo para estudos, lazer e navegar na Internet, mas não há dis-ponibilidade nem tempo para o Senhor e seu reino.

Noto que nossos jovens, no Brasil e no mundo, todos os dias têm um forte rela-cionamento com o pecado, fazendo uso de substâncias, vivenciando mudanças de valores em que o ego aflora e o governo da vida não é mais do Senhor. Como es-tamos egocêntricos! O estar na igreja e ao mesmo tem-po envolver-se com práticas mundanas tornou-se normal.

Jovens ímpios estão cada vez mais preocupados con-sigo mesmos, individualistas, desrespeitosos e sem limites. A tradição e a educação não

são palavras de ordem nas famílias. Será que minha lei-tura está errada? O que está acontecendo?

Recordo-me de uma ju-ventude sadia e atuante no cenário religioso e no cená-rio secular, quando jovens cristãos não tinham vergo-nha de professar sua fé por onde passavam e tinham ideais. Dessa juventude saí-ram governantes, presidentes e várias lideranças. No meio cristão despontaram missio-nários, pastores e líderes que, ainda hoje, estão atuantes. O que tem acontecido? Por que estamos assim?

Aparentemente, tudo vai bem. Temos organizações competentes e comprometi-das. Todavia, a realidade local é outra, inclusive o senso de responsabilidade local, total-mente local. Lembro-me bem dos anos noventa, quando tínhamos programações com alimento espiritual e muita Palavra. Mas fomos atingi-dos por uma febre chamada “Gospel”. Nesse tempo várias distorções aconteceram. A Palavra saiu de cena e ce-deu lugar a varias ideologias, através da música, e diversos mitos e heróis surgiram, com novas propostas. E começou, então, a nossa decadência. No mundo, vários artistas, tidos como astros, assumiram sua identidade secreta e le-varam multidões a seguirem seus passos, influenciando a expressão de sexualidade diferente dos ensinamentos bíblicos, com declarações e apologias de valores inversos.

Esses falsos heróis se foram e deixaram no ambiente de

nossa juventude a alienação total, a falta de ideais e de di-reção. E agora? Quem poderá me defender?

Para caminharmos em bus-ca desse resgate de valores, precisamos de uma análise apurada e consciente, não havendo mais espaço para heróis, mas sim, para homens e mulheres parecidos com Davi – segundo o coração de Deus -, homens e mulheres parecidos com Abraão – ami-

go de Deus -, que desfrutem de intimidade e compromisso de fé.

Para reerguer esta geração, precisamos nos consagrar e sermos exemplos, pelo zelo da Palavra, no amor e na santidade. Precisamos in-vestir tempo na relação com o Criador, levando nossa juventude, não somente a promover e participar de eventos e de sociais, mas a firmar-se no discipulado

integral e constante, para que todos sejamos mais pa-recidos com Jesus. Foi exa-tamente isto que Cristo fez com os seus que estavam sem direção: capacitou-os, potencializou-os, para que o Evangelho chegasse até nós. E nós precisamos fazer assim, para que esse mes-mo Evangelho chegue até outros.

Invista, hoje ainda, no dis-cipulado – vida gera vida!

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