edição 42 domingo, 14.10.2012 r$ 3,20 Órgão oficial da...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 42 Domingo, 14.10.2012 R$ 3,20 V Encontro Nacional de Liderança da UFMBB Quando se fala do trabalho que Missões Mundiais desenvolve em 69 campos, nossa tendência é pen- sar apenas nos ministérios realizados pelos seus 740 missionários. Às vezes, nos esquecemos que muitos casais têm filhos, carinhosamente conhecidos como FMs (filhos de missionários). Os FMs atuam junto com seus pais em quase todos os nossos campos. Vá até a página 11 e conheça um pouco deste trabalho. Filhos de missionários em missão no mundo Para cumprir o objetivo de capacitar a liderança regional, estadual, associacional e da igreja local para o desenvolvimento do trabalho das organiza- ções missionárias da UFMBB foi realizado, na cida- de de Caldas Novas (GO), o 4º encontro regional de liderança. A ideia é que cada líder passe a ser uma multiplicadora de conhecimentos. Saiba tudo o que aconteceu na página 8.

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1o jornal batista – domingo, 14/10/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 42 Domingo, 14.10.2012R$ 3,20

V Encontro Nacional de Liderança da UFMBB

Quando se fala do trabalho que Missões Mundiais desenvolve em 69 campos, nossa tendência é pen-sar apenas nos ministérios realizados pelos seus 740 missionários. Às vezes, nos esquecemos que muitos casais têm filhos, carinhosamente conhecidos como FMs (filhos de missionários). Os FMs atuam junto com seus pais em quase todos os nossos campos. Vá até a página 11 e conheça um pouco deste trabalho.

Filhos de missionários

em missão no mundo

Para cumprir o objetivo de capacitar a liderança regional, estadual, associacional e da igreja local para o desenvolvimento do trabalho das organiza-ções missionárias da UFMBB foi realizado, na cida-

de de Caldas Novas (GO), o 4º encontro regional de liderança. A ideia é que cada líder passe a ser uma multiplicadora de conhecimentos. Saiba tudo o que aconteceu na página 8.

2 o jornal batista – domingo, 14/10/12 reflexão

E D I T O R I A L

dos pais, mas também não deixa de ser responsabili-dade de todos os crentes em Cristo. Hoje a educação infantil tem um papel mui-to importante, justamente por esta ser uma geração da tecnologia, que absorve informações de forma muito rápida. E o problema está ai, quais informações as crian-ças estão absorvendo? Estar conectados juntos com as crianças acabou se tornando fundamental.

De tempo em tempos uma nova moda pega as crianças e o que os “mais velhos” es-tão sabendo a respeito desta nova moda? A última foram pulseiras coloridas com di-zeres, que enchiam todo o braço das crianças, tantos meninos, quanto meninas. Poucos foram os pais, profes-sores e líderes que se preocu-param em saber o significado real das pulseiras coloridas. Adultos, como conhecedores da Palavra de Deus e orien-tadores, precisam assumir a responsabilidade e selar pela integridade física e emocio-

a Tarde Alegre, uma espé-cie de EBF, todos os meses do ano, sempre no último domingo do mês. Crianças precisam de atenção fora das atividades específicas, nos momentos de culto com toda a congregação, precisam de atenção nas programações para toda a igreja, mas que estão presentes por acom-panhar seus pais. As vezes parece que as crianças estão largadas em todos os senti-dos, até dentro da igreja, sem orientação, sem cuidado, sem carinho e sem direito a expressar suas vontades e desejos.

Mas realmente esta atitude é apenas o começo, crianças precisam de atenção além do domingo. A educação fora da igreja, em casa e na escola, parecem também estar lar-gadas. Os cristãos tem uma resposta na ponta da língua para a falta de cuidado das crianças fora da igreja, “a educação de cada criança é responsabilidade dos pais”. É claro que a educação das crianças faz parte do dever

No dia em que é comemorado o dia da cr iança batista as come-

morações devem ser subs-tituídas por uma completa reflexão. É fato e se torna repetitivo mencionar que Jesus ensinou e alertou para o cuidado com as crianças, por tanto, esse cuidado tam-bém deve ser por sua inte-gridade física e emocional. Crianças precisam de aten-ção completa, não apenas nas pequeninas, mas aquelas que já possuem autonomia. Crianças precisam ser cuida-das em sua educação, não somente dentro das igrejas, mas também nas escolas. O cristão precisa estar também atento ao que se é ensinado e como está o ensino nas escolas.

Promover a Escola Bíblica de Férias é apenas o come-ço da orientação cristã para as crianças. Ou então fazer como a Primeira Igreja Batista de Itambi (Itaboraí, RJ), que acredita na evangelização das crianças e hoje promove

nal das crianças. Hoje crian-ças estão sempre diante de confusões e discussões, sem a menor preocupação dos adultos. Cuidar da integrida-de emocional das crianças é se importar com o sofrimento emocional ao conviver com as guerras urbanas.

Orientar as crianças dentro das igrejas, cuidar da edu-cação escolar e estar atento com o emocional infantil é a receita perfeita para a boa educação. Entretanto, fazer tudo isso faz parte de outro processo, que só a boa vontade pode fazer existir. Para isso é fato que as igrejas precisam entrar nas escolas, criar projetos além igreja e investir na educação infantil. Orientar uma criança é mais do que contar as histórias bí-blicas, mas transmitir os con-ceitos cristãos. Dessa forma o índice de jovens afastados do evangelho diminuirá con-sideravelmente. Acredite que você pode contribuir para um futuro melhor, um futuro na presença do Senhor para as crianças ao seu redor.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 14/10/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Na parábola do cre-dor incompassi-vo, Mateus 18.15-35, Jesus conclui

seu ensino sobre o perdão afirmando que aquele que não perdoou, foi entregue aos verdugos para o devido castigo. Algumas traduções trazem atormentadores. São os encarregados de aplicar a pena imposta pelo juiz. Tal figura não existe mais em nossos códigos. “Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um ao seu irmão”, v 35. Perdoar não é fácil. Sem o auxílio do Espírito San-to e profunda comunhão e compreensão de Jesus Cristo não conseguimos. O desejo de vingança, da aplicação da justiça, segundo a nos-sa visão, de ver o malfeitor sendo castigado pelos males que causou, diz-nos que não aceitamos com facilidade as injustiças. O proceder dos maus. A imposição arbitraria dos mais fortes sobre os mais fracos, leva-nos a desejar justiça. A justiça é necessá-ria para se corrigir os erros. Funciona como instrumento didático que visa coibir o avanço do mal. Alguns não

Paulo Cezar Vieira dos Santos2º vice-presidente da Igreja Memorial Batista de Brasília

Em sermão dominical o pastor Rubens da Costa Monteiro usou a expressão acima sig-

nificando que para ir longe, na evangelização e na vida cristã, é necessário ter esta-do ou estar perto do Mestre. Os discípulos estiveram aos pés de Jesus durante alguns anos, tempo durante o qual se prepararam para sair e revolucionar o mundo.

O mundo, nosso país em particular, é responsabilidade pessoal de cada um de nós. Podemos até não cumprir o mandato recebido. Mas não podemos negar sua imperio-

conseguem se conter. Ten-tam aplicar a justiça com as próprias mãos. Terminam co-metendo maiores injustiças. Por isso a Lei divina e as Leis humanas não permitem que o injustiçado aplique sua pró-pria justiça. Há que recorrer aos tribunais humanos, nem sempre justos, e nas divinas aguardar o julgamento, que não falha.

A melhor maneira de se aplicar a justiça, segundo Jesus, está no perdoar. Ao perdoar transferimos para o agressor as consequências de sua maldade e da retribuição pelos males cometidos. Pau-lo ao escrever aos Romanos 12.20-21 diz que quando procuramos o bem estar dos nossos inimigos geramos situação de desconforto para os mesmos. Algo semelhante a colocar um braseiro sobre suas cabeças. Passamos a atormentá-los com o perdão que oferecemos. O inimigo deseja o nosso mal. Retribu-ímos com o bem. A consci-ência do inimigo começa a queimar, pois no seu íntimo não há como entender o nos-so agir.

Quando não perdoamos de coração o reverso é mais ter-

sa pertinência, até pela auto-ridade absoluta do mandante. Nosso país está a carecer, de modo ensurdecedoramente gritante, de profundas refor-mas estruturais, abrangendo praticamente todos os aspec-tos da nacionalidade - saúde, educação, ciência e tecno-logia, trabalho, previdência social, dentre tantas outras.

Deus arquitetou e construiu um belo país, dotando-o de todos os elementos necessá-rios para receber uma grande nação. Mas a nação brasileira não tem correspondido às aspirações do Criador. Quero destacar algumas evidências apenas: educação de nível muitas vezes sofrível e, em geral, deficiente, talvez a última das prioridades na-

rível. Jesus diz que somos en-tregues aos atormentadores ou verdugos implacáveis. O papel do atormentador é in-fligir castigos. Alguns castigos são insuportáveis. O verdugo atrela o ofensor ao ofendido. Juntos passam a conviver vinte e quatro horas por dia. O ofensor passa a dormir com o ofendido e rouba a serenidade do sono. Participa das refeições sentado ao nos-so lado e passa a comer do mesmo prato. Na caminhada matinal anda a nosso lado. Caso você corra ele corre também. Não nos deixa e insiste em frustrar as nossas boas ações. Onde quer que estejamos lá está ele com seu sorriso macabro, vingativo, a lembrar-nos que fomos injustiçados e agredidos. In-terfere em nossas conversas e consegue sutilmente mudar o assunto de tal modo que ele (inimigo) ocupe o tema principal. O inimigo sorri do nosso fracasso ao não conseguir esquecê-lo. Você sai de férias para descansar e mudar de ambiente, ele acompanha e chega primeiro ao lugar de lazer. Impossível se desfazer de sua presença atormentadora. Seu papel é

cionais; sistema de saúde sucateado; previdência so-cial absolutamente injusta; diferenças sociais gritantes e humilhantes; tsunami avassa-lador de corrupção avançan-do, aniquilador, sobre todos os entes, órgãos e instituições da Federação.

Porém, o mais decepcio-nante e assustador: a indes-culpável indiferença, muitas vezes coonestação, do povo sofrido e desrespeitado, em relação ao descalabro geral. Creio que estamos a inverter a ordem das letras da expressão BRIC. Seria mais real se a sigla fosse CIRB? Ou apenas CIR?

Nenhum país tornou-se grande e respeitável sem que seu povo fosse grande e res-peitável. Como exigir respeito

acrescentar mais castigos e perdas ao nosso sofrimento. Não adianta tentar matá-lo. Mesmo matando-o o inimigo em sua longevidade ressurge das sombras do túmulo, para dizer-nos que fomos feridos. Você deseja receber a notícia de sua morte trágica, num acidente, ele aparece sorri-dente e vingativo a dizer-nos: estou vivo e não há probabili-dade de ver-me morto.

Não adianta o engano da autoajuda que diz “ele não existe”. “Elimine-o de sua mente”. “Esqueça-o!”. “Pense positivo”. Impossível! Nin-guém consegue esquecer aquilo que vê todos os dias. Qual sombra que acompanha o corpo ao ser atingido pela luz, o inimigo não nos aban-dona. Como atormentador seus instrumentos de tormen-tos são inumeráveis. A única maneira de afastar o verdugo do nosso caminhar diário está no PERDOAR. É a arma de defesa que Deus oferece a seus filhos para se livrar dos atormentadores. Não é fácil manejá-la com precisão. Carecemos de auxílio.

Podemos e devemos per-doar por vários motivos: Perdoar pela ignorância do

internacional se nós mesmos não nos respeitamos?! Onde está o amor à pátria que Deus nos deu? Não interessa amor platônico. Há que ser amor real, expresso em pensamen-tos, palavras e ações. E sacri-ficial, se for preciso.

Que tal os cristãos, a come-çar pelos batistas, acordarem da secular nostalgia, do cultu-ral torpor, se conscientizarem do proverbial descaso com a coisa pública, e se organi-zarem para tomar posse real deste país? Nossa indiferença pode entregá-lo - já não está acontecendo? - à voracidade de alienígenas e de nativos que não amam sua terra natal e baseiam seus atos no prin-cípio nefando da ausência de princípios.

ofensor. Sua visão das coisas é tão mesquinha que só nos resta perdoá-lo. A maioria dos inimigos está classifica-da neste item. Perdoar pela maldade que domina seu coração. Todos somos maus por natureza. Perdoar pela visão equivocada que o ini-migo alimenta da existência e de nossa pessoa. Perdoar pela ausência de temor a Deus que não integra sua vida. Perdoar pela certeza que o perdão o afasta do nosso convívio diário. Ex-pulsa-o dos nossos afazeres e nos oferece a bênção de usu-fruir a íntima comunhão com Cristo. Perdoar, porque em sua incapacidade de fazer o que realizamos, só lhe resta a inveja que aguça o mal existente em seu coração. Perdoar porque Deus nos perdoou em Cristo e espera que façamos o mesmo com aqueles que nos ofendem. Ao seguir o exemplo de Cris-to usufruímos a verdadeira paz de espírito. Consegui-mos compreender e expulsar do nosso caminhar diário o tormento gerado pela pre-sença do inimigo e seus ator-mentadores.www.pastorjuliosanches.org.br

Somente quem aprendeu perto de Cristo pode sair para longe a levar a única se-mente provida do DNA que pode fazer renascer a árvore da dignidade nacional, tão vilipendiada, atacada diutur-namente pelas motosserras e queimadas dos aproveita-dores desprovidos de amor próprio e à própria descen-dência.

É preciso nos indignar! É preciso reagir e agir! Ne-nhum país tornou-se grande, e respeitado interna e exter-namente, sem que a nação acordasse e resolvesse im-por sua vontade legítima de tornar-se grande e respeitada. Que país vamos transmitir às novas gerações de brasi-leiros?

4 o jornal batista – domingo, 14/10/12 reflexão

Raimundo Martins de MoraisBacharel em TeologiaDiácono da PIB em Ataíde, Vila Velha, ES

O título acima tem por objetivo cha-mar a atenção do prezado leitor

para o que pretendo expor neste artigo, a propósito do Círio de Nazaré, festa máxi-ma dos paraenses, que con-grega, hoje, no país, milhões e milhões de fiéis, incluindo Belém e alguns Estados e Municípios onde a festa é re-alizada, além dos devotos de Maria de outras duas grandes festividades no Brasil: a festa de Aparecida, em São Paulo, e a festa da Penha, no Espíri-to Santo. O propósito princi-pal deste artigo é levar você a questionar sobre a adoração a Maria e a adoração a Jesus. E, ao final, deixar-se conven-cer, pelo Espírito Santo, pela adoração ao Filho de Deus, como seu único e exclusivo Salvador, pelas razões aqui expostas.

Vejo o Círio de Nazaré como uma grande demons-tração de fé de meus queri-dos irmãos conterrâneos. Por trinta anos convivi com essa fé, convicto de que nada do mundo me afastaria da minha religião, o catolicismo roma-no. Até que um dia conheci alguém que despertou em mim um sentimento que até então desconhecia. Pelo Espí-rito descobri o que eu sentia, em matéria de religião, nada tinha a ver com a verdade em torno da salvação, para a qual nós deveriam enca-

minhar as religiões. É a Ver-dade que Cristo fala: “Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32). Quando questionava Jesus, Pilatos perguntou-lhe o que era a verdade. Diante de alguém, espiritualmente cego, Cristo respondeu com o silêncio. Para Pilatos a ver-dade era outra. Entendi que, como católico, eu estava como Pilatos. Literalmente enganado, em relação à reli-gião em que nasci e me criei.

Era somente tradição de fa-mília. Acreditava no que me diziam, sem nada questionar. Lendo a Bíblia entendi o que Cristo diz: “Examinais as Es-crituras porque pensais ter nelas a vida eterna. São estas mesmas Escrituras que de mim testificam” (João 5.39). Ele não mandou examinar religião. Então passei a exa-minar a Palavra de Deus com mais atenção e acuidade. E nela encontrei a chave que me abriu a porta do enten-dimento: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Timóteo 2.5). Os evangélicos têm a Bíblia como sua única regra de fé e prática, enquanto os católi-cos, além da Bíblia, têm ain-da a tradição e o Magistério, composto do papa e bispos, para interpretação do Livro Sagrado e da tradição. Sobre tradição o apóstolo Paulo recomendou aos crentes da cidade de Colossos: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos ho-mens, segundo os rudimen-

tos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2.8).

Quanto à interpretação da Bíblia por papas e bispos alguém disse que “o sistema papal continua montado so-bre velhas tradições huma-nas, as quais o clero afirma possuir as mesmas virtudes e valores das Sagradas Escritu-ras”, o que não tem cabimen-to. Sendo papas e bispos hu-manos e, portanto, limitados, falíveis e, paradoxalmente, não convertidos, (quando o leitor se converter – se for o caso – entenderá o que quero dizer por não convertido), a interpretação que fazem do Livro Sagrado e da tradição, fica sujeito a erros. Com efei-to, ao longo da história, já erraram algumas vezes, dog-matizando suas decisões, do que é notória a condenação de Galileu pela Inquisição Católica, por desqualificar o “geocentrismo” – a terra como centro dos movimen-tos dos astros. (Mais tarde Nicolau Copérnico compro-vou ser o sistema planetário heliocêntrico – o sol como centro desse sistema). Assim, também, a Inquisição Católi-ca, pela qual pessoas eram queimadas vivas, como foi o caso do reformador John Huss, reitor da Universidade de Praga, que exaltava as Es-crituras acima dos dogmas. O Papa Leão X chegou a dizer que a queima de dissidentes religiosos era uma revelação do céu.

A Inquisição só foi extin-ta em 1965, pela mão do Papa Paulo VI, que extinguiu o que foi criado por outro papa, amparado – acreditem – pelo dogma da infalibili-dade papal, proclamado em 1870 pelo 1º Concílio do Vaticano. O Papa é homem e não Deus. Como lemos nas palavras do apóstolo Pedro, os céus passarão e a terra e as obras que nela há serão des-cobertas. Passando os céus e descobertas as obras que nela há, passará, como todas as coisas, o Círio de Nazaré, e reveladas as obras sobre as quais se sustenta. Que obras são essas? Não têm apoio na Bíblia, por exemplo, a assun-ção de Maria ao céu, por um dogma papal, instituído em 1950; nem que seja ela co--redentora entre Cristo e os homens, na obra da salvação como pensam os fieis. Isto é atributo de Deus. Pelo que se infere da Bíblia, a mãe de Jesus ainda aguarda, no céu,

a ressurreição do corpo. Seu espírito está no céu, com os espíritos dos santos que mor-reram no Senhor.

O que seria da Igreja de Cristo se Ele não houvesse ressuscitado? O mesmo se diz em relação ao Círio de Nazaré: O que será dele, quando católicos conven-cidos, quiçá convertidos a Jesus, reconhecerem que a mãe dele não é medianeira e que ela necessitou de Jesus para ser salva – como diz o apóstolo Paulo: “Ora, Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará pelo seu poder” (I Coríntios 6.14). Este mesmo apóstolo ainda diz: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Timóteo 2.5). Cheio do Espírito Santo, o apóstolo Pedro nos deixa este testemunho: “Em ne-nhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12), com o que con-corda o apóstolo Mateus: “O Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Ma-teus 18.11). Portanto, não se devem enganar os devotos da Senhora de Nazaré, da Senhora Aparecida, da Se-nhora da Penha ou outras se-nhoras com diferentes títulos dados a Maria, em matéria de salvação e intermediação junto ao Filho. Sua assunção ao céu, pela imaginação do Papa, foi criação da mente humana, através de dogma, sem nenhum respaldo da Bíblia Sagrada.

Neste caso, a tradição e os costumes distorcem e destro-em a Verdade bíblica. Um ar-gumento usado pelos fiéis é o suposto poder de Maria para operar milagres, consideran-do também que tudo o que ela pede ao Filho, como mãe, Ele atende, como ensinam os padres. Isso requer estudo mais acurado da Palavra. Como a luta de Satanás em trazer para si a adoração dos fieis que só a Deus pertence. Para tanto ele se transforma em anjo de luz para enganar a muitos, operando milagres e prodígios, como diz o após-tolo Paulo: “E não é de admi-rar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (II Coríntios 11.14). É o que parece estar ocorrendo, hoje, em mega-movimentos que se proclamam igrejas, onde

o nome de Deus é manipu-lado a bel-prazer e aonde as pessoas vão interessadas mais em curas e prosperidades, sem se darem conta que, sem Cristo, estão indo, “prósperas e curadas,” para o inferno.

O apelo que se faz lá, não é para as pessoas aceitarem a Cristo, mas para que ofertem dinheiro em valores altos. Não é de admirar que seus dirigentes sejam pessoas ri-cas, como se tem visto na mídia. Em outras palavras, foi a mesma oferta que Satanás fez a Jesus: “Tudo isto te da-rei se, prostrado, me adorares (Mateus 4.9). A esse respeito diz o apóstolo Paulo: “A vin-da desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira” (II Tessalonicenses 2.9). Por isso Cristo nos ad-verte: “Muitos virão em meu nome, dizendo: sou eu, e enganarão a muitos; pois se levantarão falsos Cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para, se possível, enganar, os próprios eleitos; estai, pois, de sobreaviso, eu vos disse tudo de antemão” (Marcos 13.21-23).

Somente Cristo pode salvar, prezado amigo, mediante sua fé nele e o arrependimento de seus pecados, como diz o apóstolo João: “Se confes-sarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1.9). O prezado leitor já tem consciência onde pas-sará a eternidade? “Pois ele (Deus) diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação. Digo-te, agora é o tempo aceitável, agora é o dia da salvação” (II Coríntios 6.2). “Assim como diz o Espí-rito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações...”(Hebreus 3.7,8). Agora a decisão é sua, querido amigo, mediante sua fé só em Jesus, como diz o apóstolo Paulo: “Sabemos que o homem não é justifi-cado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo...” (Gálatas 2.16). Querido ami-go hoje pode ser a última chamada de Deus para você se entregar a Ele, sem ne-nhuma reserva. Que Deus os abençoe e ilumine! Amém!

Em tempo: O autor pede aos crentes que ofereçam exemplares de OJB, ou có-pias do artigo, para pessoas que necessitem destes escla-recimentos.

5o jornal batista – domingo, 14/10/12reflexão

www.geograficaeditora.com.br@geograficaed/geograficaeditora

Viva a maior aventuraque já existiu!

A história da Salvaçãodo Mundo!

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF.

Ela se foi. Às vezes tínhamos a impressão de que ela era imortal, mais pela longevida-

de nas telas da TV do que pela idade propriamente dita. Uma imagem que nos acom-panhou desde a infância e que às vezes fazia com que fosse considerada quase que alguém da família. Acom-panhávamos seus dramas, suas mudanças, suas roupas e adereços, bem como suas explosões de alegria ou de raiva, especialmente quando falava de políticos.

Então, Hebe Camargo se foi. A doença veio e, como para todo o mortal, houve um dia em que seu corpo chegou ao limite final, como acontecerá para todos nós. O sentimento é de perda, consciência de finitude e um tempo que não volta. Não mais os “gracinha”, as roupas e joias chamativas, o sorriso inigualável e a personalidade marcante.

E ela não queria partir: “Não tenho medo de mor-rer, tenho peninha. Peninha de deixar as pessoas que amo e essa vida tão boa que

tenho”, disse em uma entre-vista. E a menina do interior morreu poderosa, com seu velório sendo realizado no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo de São

Paulo. “Ela se vai em tem-pos em que o Brasil celebra a sociedade do consumo que ela, em sintonia com a TV, ajudou a construir”, analisa a antropóloga e pro-

fessora da ECA USP, Esther Hamburger (Folha, Ilustra-da, 30.09.12).

Mas os mitos não se vão fa-cilmente. São como Marilyn Monroe ou Brigite Bardot,

pessoas com as quais ela se identificou na loirice adqui-rida e também na mediação que fez entre um mundo fantasioso e mágico e a vida comum, quer dizer, uma mulher simples que vai do anonimato ao estrelato e lá permanece, como que repre-sentando todas as mulheres. Não são assim que os mitos são construídos? “Ela nos en-sinava a como sermos mulhe-res”, disse uma entrevistada em um dos telejornais.

Podemos discordar, sob o ponto de vista ético-cristão, de muitas das atitudes de Hebe durante a sua vida, mas temos que admitir seu esforço em influenciar, relacionar-se e alegrar-se com as pessoas a sua volta. Quantos de nós fa-zemos o mesmo? Sendo sal e luz, com o poder do Espírito Santo, muitas vezes ignora-mos completamente nosso potencial de influência, de cuidarmos uns dos outros e vivermos e repartimos a alegria que vem como graça de Deus sobre nós. E ainda mais, tornarmo-nos pontes, não para um mito, mas para uma realidade maravilhosa que é a pessoa do Senhor Jesus. Um dia, quando par-tirmos deste mundo, o que deixaremos como legado?

6 o jornal batista – domingo, 14/10/12 reflexão

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Em outubro é come-morado o dia das crianças, chamo de o mês das crianças.

Criança é pura, inocente e cheia de esperança. Todos nós temos recordações boas de nossa infância. Lembro

Autor: Diac. Pedro Paulo da Paixão

Cremos que um dos anseios de toda famí-lia bem estruturada, é que todos os seus

membros tenham um bom relacionamento, no convívio familiar. Para este assunto de alta relevância, tomaremos por base a parábola do filho pro-digo narrada no evangelho de Lucas, capítulo 15, versos 11 a 32. Trata-se, portanto, de uma história fictícia, mas sabemos que o objetivo desta parábola como todas as demais pará-bolas narradas pelo Senhor Jesus Cristo tem como objetivo trazer lições para nossas vidas. De qualquer forma, trata-se

Autor: Matheus Ferreira da Paixão

Lutar por sua família nos dias de hoje é muito raro. Vemos filhos que, mesmo

quando pequenos, andam no mundo das drogas, da prostituição, do crime, etc. Antigamente se valorizava muito mais o conceito de família, zelava-se por ela. Vemos muitos exemplos de pessoas que lutaram pela feli-cidade e o bem estar de suas famílias na Palavra de Deus, um desses muitos exemplos de família firmada no cami-nho do Senhor é a família de Noé.

com saudade da época do natal, sempre ficava na ex-pectativa de receber meu presente. Recordo das brin-cadeiras na lama, chegava em casa todo sujo e lambu-zado de barro.

Na minha infância brinquei de bolinha de gude, vai e vem, velotrol, pega pega, esconde esconde, enfim, foi um tempo mágico. É na

de uma família constituída de Pai e dois filhos. A parábola nos conta que certo homem muito rico tinha dois filhos e viviam felizes, porém, certo dia o mais novo se aproximou do Pai fazendo-lhe o seguinte pedido: Pai, dá-me a parte de seus bens que me cabe. O Pai muito pesaroso atendeu ao seu pedido. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo que era seu, partiu para uma terra distante, gastando tudo, vivendo dissolutamen-te, ou seja, gastando tudo no pecado.

Aconteceu que depois de um tempo seu dinheiro aca-bou, e para piorar, houve na-quela terra uma grande fome e ele começou a padecer ne-

A história de Noé, de acor-do com os capítulos 6 a 9 do livro do Gênesis, começa com Deus observando o mau com-portamento de todos os ho-mens do mundo. Ele viu que o mundo estava corrompido pelo pecado e muito violento, então decidiu que iria inundar a terra e destruir todos os seres viventes. Deus, porém encon-trou uma família que perante aos Seus olhos foi encontrada graça: a família de Noé. Deus disse a Noé para construir uma arca. E, de todos os seres vivos, levar para a arca um macho e uma fêmea para que todos os animais não morram por causa dos seres humanos; e trazer para a arca alimentos

infância que a educação for-mal começa, entrei com seis anos na escola. Hoje, muitas crianças começam bem mais cedo a estudar. Há orienta-ções bíblicas para os pais sobre o dever de educar as crianças. O autor de Provér-bios diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Prov. 22.6).

cessidades. É ai que ele cai em si, se arrepende, e volta correndo para o seu pai, que o recebeu de braços abertos. E para comemorar a sua volta, o pai resolveu preparar uma grande festa, onde todos se alegraram. A partir daí é que entra em cena o outro perso-nagem da história, que é o seu irmão mais velho, e quando tudo fazia crer que a paz e a felicidade tinham voltado, eis que o pai se vê as voltas com outro problema de relaciona-mento, não mais com o filho que voltou, mais como filho mais velho. Embora ele tenha ficado em casa com o pai, ele demonstrou com suas atitu-des, a sua real personalidade. Vejamos então:

e mantimentos e depois disse Deus: “Entre tu, sua esposa e seus filhos Sem, Cão e Jafé, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração”. E assim toda a família construiu a arca.

Durante a construção da arca Noé não conseguiu con-vencer qualquer um dos mo-radores de sua terra. Durante um século, pregou a palavra de Deus, anunciou que Deus iria destruir a todos por cau-sa de seus pecados e de sua maldade, mas, com exceção de sua família, ninguém se sensibilizou com a mensagem dele. Como diz a Palavra de Deus, até que viesse o dilúvio, continuaram a comer, beber,

O povo de Israel recebe a orientação de instruir e inculcar o ensino na mente dos filhos (Deuteronômio 6.6,7). Jesus sempre valori-zou as crianças a ponto de dizer: “Deixai as crianças e não a impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus” (Mateus 19.14). Crianças precisam de atenção, como pais de-

1. Falta de Comunicação – (versos 25-27) – Ao invés de procurar o pai para se informar melhor da razão daquela festa, ele procura se informar com os empre-gados, que lhe deram qual-quer explicação;

2. Desobediência – (verso 28) – Vimos que o pai instou para que ele entrasse para participar da festa, porém, ele se indignou e não quis entrar;

3. Insatisfação – (verso 29) – A Bíblia nos diz que deve-mos nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram, mas isto não aconteceu com esse rapaz, que ficou triste e revoltado com aquela homenagem ao seu irmão;

casar-se e dar-se em casamen-to, num total descaso à men-sagem da salvação e em total descaso à construção da arca, apesar de suas proporções. Chegou o grande dilúvio, até as mais altas montanhas esta-vam encobertas de água. Noé e sua família ficaram nave-gando durante mais de cem dias. Imagine-se dentro de uma embarcação, você e sua família, cheia de animais e in-setos de várias espécies, cores e tamanhos durante mais de cem dias... Você conseguiria ficar este tempo todo nestas condições, mantendo sempre a calma e a união entre sua família, resumindo, manteria o controle de tudo?

vemos ouvir mais os nossos filhos. Atenção é mais im-portante do que qualquer presente.

Neste mês da criança e durante todo o ano, inten-sifiquemos nosso amor e atenção às crianças. Sejamos exemplos para a geração futura, exemplos no caráter, vida honesta e acima de tudo tementes a Deus.

4. Falta de Amor – (verso 30) – No diálogo com o pai, ele não demonstrou nenhum amor para com o seu irmão, e nem sequer o chamou de irmão.

Diante do exposto acima, precisamos estar atentos a cada instante contra as as-túcias do inimigo de nossas almas, para não permitir criar raízes de amargura no seio de nossas famílias. Encerro estas linhas com um precioso versículo da Palavra de Deus, que diz como deve ser sem-pre o nosso relacionamento como família cristã: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos ou-tros, como vos perdoou em Cristo” (Efésios 4.32).

Devemos aprender muito com a família de Noé, que foram íntegros, assumiram o que Deus lhes ordenara sobre a construção da arca e entrando de corpo e alma no projeto, participando de toda a construção, deixaram todos os problemas de lado e tra-balharam em união, mesmo com problemas e o mundo os acusando. Assim como esta família devemos ser unidos para vencer todos os proble-mas, adversidades e projetos; confiar em Deus e o obedecer para que Ele possa estar fazen-do milagres nas nossas famí-lias, curando todas as feridas e nos ajudando a prosseguir no caminho para a vitória.

Textos ganhadores do 1º Concurso Literário realizado na Igreja Batista Central de Realengo

Lute pelo bom relacionamento de sua família

Lute por sua família

7o jornal batista – domingo, 14/10/12missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação da JMN

Estando em Maritu-ba (PA) há 18 anos, os missionários Luís Gonzaga e Auridéia

Ferreira podem contar bên-çãos sem medidas como resultado das ações que eles têm promovido na região em que estão. O ministério que, inicialmente, visava alcançar pessoas com han-seníase e seus familiares agora alcança também co-munidades ribeirinhas e tem seus membros participando de mobilizações como Je-sus Transforma, Tenda da Esperança e outros projetos. “Sempre trabalhamos no atendimento social, espiritu-al e psicológico dos irmãos que tiveram hanseníase e com suas famílias, mas não esquecemos que precisaría-mos nos multiplicar.”

Os missionários explica-ram que no início a igreja chegou a pensar que não haveria a possibilidade de se multiplicar por causa do preconceito. No entanto, mediante o investimento em treinamentos de liderança, oração, ações de compai-xão, entre outros, os irmãos da Igreja Tabernáculo Batis-ta, em Marituba, são ativos na obra que tornou-se refe-rência em Igreja Multiplica-dora no estado do Pará.

A liberdade aproveitada para o reino de Deus ge-rou a plantação de novos trabalhos – todos no Pará – como a Congregação Almir Gabriel, Congregação em Beija-Flor, Congregação no Bairro Novo Horizonte, Congregação Batista em Jú-lia Seffer, Missão Batista no Bairro Mangueirão, Missão Batista em Libras (liderada pelos missionários da JMN

Everson e Keyla Corrêa) e Missão Batista Luz da Vida, sendo esta em uma comu-nidade ribeirinha situada às margens do Rio Canatipu. Na região do Marajó exis-tem 13 municípios e apenas 5 destes contam com a pre-sença batista.

“Conquistar o Brasil para Cristo sempre será o foco principal dos batistas brasi-leiros. Na esperança de con-quistarmos mais uma cida-de, tomamos a liberdade de visitar Curralinho”, declara-ram os obreiros, ressaltando que os ribeirinhos vivem praticamente esquecidos no Brasil. “Não vai parar só nisso. Ainda alcançaremos outras regiões dos rios. Os ribeirinhos precisam ser salvos e não vamos nos es-quecer dessa missão.”

Sempre ativos, “porque a obra não pode parar”, eles também participaram de uma Minitrans em apoio aos missionários Rosinaldo e Sandra Brasil, de Acará

(PA). “Estamos no desafio de sempre ampliar um pouco mais a nossa visão missioná-ria de modo que possamos enxergar além das frontei-ras”. O que inicialmente era uma estratégia para estimular as senhoras da MCA a participarem da obra em outras áreas do estado acabou envolvendo toda a igreja. “Alugamos ônibus e fomos com um grupo de 65 pessoas. Treinamos um grupo para o evangelismo e dividimos as equipes para alcançar todos os cantos do município. O resultado do trabalho foi surpreendente e marcamos presença naque-la cidade. Os missionários ficaram felizes com nosso apoio e pretendemos ajudá--los mais vezes.” Durante a mobilização, uma senhora da igreja de Marituba en-controu algumas crianças que andavam sozinhas pelas ruas da cidade procurando uma igreja para frequentar. “Ela os convidou para irem

à igreja e deu um folheto. E, na hora do culto, chegaram com o folheto na mão como se fosse um ingresso para entrarem. Foi emocionante. Que alegria é fazer o traba-lho de Deus! Os frutos estão prontos para a colheita, só precisa de trabalhadores”, relataram os missionários.

A notícia do que eles fize-ram em Acará se espalhou e chegaram convites de outras cidades pedindo apoio para igrejas em dificuldade. Foi assim que mais uma vez o pessoal do Tabernácu-lo Batista prestou suporte evangelístico, ajudando na plantação de uma igreja e no fortalecimento de uma congregação em Tailândia (PA), onde também hou-ve uma Minitrans no mês de julho. “Existimos por determinação do Senhor, que nos salvou para que pudéssemos anunciar seu Reino até a sua volta. Por isso, não podemos perder as oportunidades. Sempre

temos aceitado os convites para fazer missões.”

Mesmo enfrentando pro-blemas de saúde durante a MEGATRANS, Auridéia liderou duas bases e em ambas realizou um trabalho com as crianças. “Como eu não podia ir às ruas, nem me expor ao sol, decidi que parada não ficaria”, disse a missionária. Na base da Congregação Beija-Flor, cer-ca de 40 crianças aceitaram a Cristo, e na Congregação do Bairro Almir Gabriel, foram aproximadamente 60 crianças fazendo a oração de entrega de suas vidas ao Senhor Jesus.

Ainda durante a mobiliza-ção de julho, outras cidades como Belém (PA) e Tucuruí (PA), receberam apoio do Tabernáculo Batista. E dian-te das vitórias e objetivos alcançados, o casal mis-sionário descreveu os vo-luntários como verdadeiros guerreiros que partiram para a luta e voltaram vitoriosos, uma vez que alcançaram muitas vidas para Cristo. Cada bênção é também uma prova do cuidado de Deus com os seus filhos que, em meio aos desafios, têm cum-prido o chamado com exce-lência. Com o apoio deles, hoje, filhos e netos de han-senianos estão no seminário se preparando para serem missionários ou pastores, alguns dos quais são bol-sistas de Missões Nacionais em cursos de teologia ou missiologia.

O ministério de Maritu-ba é um bom exemplo de irmãos que, diante de múl-tiplas necessidades, não se omitiram, mas sim escolhe-ram ser como uma cidade edificada sobre um monte, levando luz para onde o Se-nhor de missões direcionar.

Uma obra que vai alémMinistério que começou com foco em hansenianos de

Marituba agora causa impacto em várias cidades do Pará

Trabalho com crianças durante a MEGATRANS

Congregação plantada entre os ribeirinhos

MiniTrans em Acará

8 o jornal batista – domingo, 14/10/12 notícias do brasil batista - UFMBB

fotos: Simone Nogueira Trapp

9o jornal batista – domingo, 14/10/12notícias do brasil batista - UFMBB

10 o jornal batista – domingo, 14/10/12 notícias do brasil batista

Equipe JUBACE

O CONJUBACE já é uma realidade em meio a Ju-ventude Batista

Cearense, a edição 2012 veio cheia de novidades e acompanhada de uma galera super animada e interessada. O Congresso da Juventude Batista Cearense – CON-JUBACE 2012 foi realizado entre os dias 05 e 07 de se-tembro, com o tema “Juntos Somos Imbatíveis” e divisa de Salmos 133.1.

A equipe apresentou à ju-ventude a importância de uma maior comunhão e agre-gação desta, afim de que pos-sam ser ainda mais relevantes em suas igrejas/ministérios locais, e em meio a Juven-tude Estadual. Assim, Jovens de todas as regiões do estado estiveram presentes e foram impactados com o mover es-pecial de Deus naqueles dias.

Na oportunidade, eles pu-deram acompanhar a pala-vra do pastor Isac Coelho (Dir. Executivo do Colégio Batista de Fortaleza) sobre “O papel do jovem Cristão nos dias atuais” e do pastor Paulo Sérgio de Souza (Reitor do STBC) levando a Palavra Denominacional. O Preletor Oficial foi o pastor Felipe Oliveira (Dir. Executivo da

JUBERJ) que se aprofundou no tema principal do Con-gresso e levou os jovens a uma profunda reflexão acer-ca do assunto, e desafiou os mesmos a fazerem a diferen-ça através da União.

No tocante a Missões foi promovido um debate mis-sionário com a presença de representantes da JMM, JMN e Missões Estaduais. Ainda sobre Missões, tivemos uma

breve e abençoada palavra do pastor Pármenas Coelho (Dir. Executivo da CBC) e do pastor Brandon Roney (Missionário da Christian Missions Unlimited-CMU e Pastor de jovens nos EUA).

Stands foram montados com materiais e informativos da Convenção Batista Cea-rense, JUBACE, JMM, JMN, além de uma Tenda de Ora-ção. O louvor foi conduzido

pelo Ministério JUBACE de Louvor e Adoração, que bri-lhantemente levou os jovens a momentos prazerosos e indescritíveis. E ainda, uma apresentação especial da re-conhecidíssima Banda Resga-te, com sucessos do passado que mexeram com cada um que estava presente.

Cada jovem saiu do Con-gresso com a certeza de que o fim do CONJUBACE 2012

representava, nada mais que a preparação para a edição 2013 que já promete. Com um planejamento ainda mais ousado, a JUBACE irá apoiar, em 2013, os congressos de cada JUBA: JUBAMVALE (liderada pelo pastor João Araújo Filho), JUBACC (lide-rada por Willames Vieira e Thayse Miranda), JUBASUL (liderada por Nelson Matte-son e Gilmarcos Nunes) e JUBANORTE (liderada pelo sem. Max Rosberg).

Este que foi o maior con-gresso de jovens batistas do Ceará, foi ainda melhor por que contou com o apoio e parceria de instituições como a Convenção Batista Cearense (CBC), Colégio Ba-tista Santos Dumont (CBSD), Juventude Batista Brasilei-ra (JBB) e Junta de Missões Mundiais (JMM). Também contando com grande apoio e parceria da Empresa de Sorvetes FrutBiss. Roberto Genuca Jr., presidente da JUBACE, reconhece a impor-tância e relevância de apoios e parcerias como estas, e agradece pela confiança e investimento no crescimen-to de jovens que “farão a diferença” no campo Batista Cearense e Brasileiro.

O CONJUBACE 2013 já começou...

www.jubace.com.br

JUBACE realiza Congresso para jovens de todo o estado do Ceará

Pr. Felipe Oliveira Pastor de Jovens do EUA

Equipe JUBACE

Banda Resgate no louvor e adoração O CONJUBACE 2012 teve destaque para a animação

Missionários americanos da CMU

11o jornal batista – domingo, 14/10/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Após 21 dias de trei-namento intensivo, as quatro integran-tes da primeira tur-

ma do projeto Radical Sê-nior seguiram para o campo missionário: Fani Ching Fen Chiang e Solange Alves dos Santos foram para a cidade de Chalchuapas, em El Sal-vador, e Mabel Suheiro de Galindo e Maria Adriana Go-mes para a cidade de Lídice, no Panamá. Entre as muitas vitórias, está a realização de seis batismos.

A Igreja Batista em Lídice é uma pequena congregação de quase 50 irmãos, a maio-ria crianças e mulheres. As duas missionárias Radicais trabalham, principalmen-te, com novos convertidos através de duas campanhas evangelísticas. As Radicais e os coordenadores do projeto, Pr. Elbio e Adilene Márquez, visitaram os novos irmãos em Cristo e aproveitaram para evangelizar outras pessoas. Em dois dias, o resultado foi de 55 decisões pelo Evange-lho de Jesus.

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

uando se fala do trabalho que Mis-sões Mundiais desenvolve em

69 campos, nossa tendência é pensar apenas nos minis-térios realizados pelos seus 740 missionários. Às vezes, nos esquecemos que muitos casais têm filhos, carinhosa-mente conhecidos como FMs (filhos de missionários).

Nos últimos 10 anos, Mis-sões Mundiais já treinou mais de 60 filhos de missionários. Eles passam por essa prepa-ração antes de seguirem aos campos com seus pais, afinal a criança precisa entender o plano de Deus na vida dela e de sua família, a fim de não sofrer abalos psicológicos ocasionados por uma mu-dança repentina de cultura. Esse é um dos problemas que alguns missionários en-frentam durante uma troca transcultural.

Os FMs atuam junto com seus pais em quase todos os

Logo aconteceram os pri-meiros batismos. No dia 23 de setembro, seis novos ir-mãos desceram às águas em cumprimento à ordenança de Cristo. A cerimônia foi reali-zada pelo Pr. Moises Lopez em um pequeno rio da região.

Duas semanas depois, no-vos batismos aconteceram. Entre os que passaram pelas águas está Rogelio, oficial do Exército panamenho. Sua es-posa foi batizada no primeiro grupo, mas ele estava de ser-viço e teve que adiar o desejo de ser batizado. O curioso é que, antes da chegada das missionárias Radicais, o casal estava prestes a se separar.

“Deus fez a transformação

nossos campos. Embora en-frentem dificuldades, muitos são gratos pelas oportunida-des de conhecerem culturas diferentes, de terem muitos amigos e aprenderem coisas novas. Eles reconhecem que nas experiências missioná-rias há pontos positivos e negativos. Alguns têm até criado estratégias para aju-dar a evangelizar os povos. Assim, os missionários não estão sozinhos nos campos. Seus filhos estão juntos com eles na missão de testemu-nhar o Evangelho de Cristo às nações.

Alguns exemplos de FMsPara a honra e glória de

Deus, todos os FMs são pre-parados e têm sido bênçãos no ministério de seus pais. Um FM apaixonado pela obra missionária é Davi da Costa Faria (14 anos), filho do casal Aléksei e Ana Paula Faria, que está em Antofa-gasta/Chile. Ele é um grande ajudador de seus pais no campo. Uma das estratégias usadas por Davi para divulgar o trabalho dos filhos de mis-

completa. Hoje eles estão bem como casal, e seus três filhos crescem no caminho do Senhor”, comenta a missioná-ria Adilene.

As missionárias observaram que na região da igreja há um número muito grande de casais que vivem juntos sem um compromisso matri-monial legal. Elas iniciaram um trabalho de discipulado, e até o momento um casal entendeu o que Deus quer para suas vidas e regularizou seu relacionamento conju-gal, como testemunho de que Cristo é Senhor de seu casamento.

Mesmo pequena, essa primeira turma do Radical

sionários foi a criação de um blog (fmradicais.bligoo.com), bem como de uma página no Facebook: (facebook.com/fmradicais).

Karina é outra FM que hoje é mais uma missionária dos batistas brasileiros. Ela é fi-lha de Maria Lucinalva Dias, missionária em Guiné Equa-torial, na África. A vontade de querer ser como a mãe surgiu no seu coração depois que Lucinalva, viúva, seguiu para o campo missionário.

Em 2011, Karina renun-ciou a um cargo público, amigos e sua vida no Recife, pois Deus a preparava para ir falar do seu amor a outros povos. Ela é casada com o Pr. Marcos Queiroz, também missionário e FM. Agora os dois, juntos, testemunharão o Evangelho de Cristo aos peruanos.

Investindo nos FMs“Trabalhei diretamente

com os filhos de missioná-rios por quase 10 anos. E, nesse tempo, pude ver a for-ma como Deus abençoa as famílias, preparando todos

Sênior tem dado um eficaz testemunho de Cristo, com resultados impressionantes para tão pouco tempo de trabalho. Em El Salvador, o projeto apoia uma congre-gação nova onde apenas oito pessoas se reuniam antes da chegada das mis-sionárias. Em menos de dois meses no país, a ação das Radicais Seniores já rendeu mais de 90 decisões ao lado de Cristo e discipulado de 12 pessoas.

“Nossas irmãs em Cristo pedem orações para que os frutos permaneçam e os no-vos crentes perseverem na fé, abandonando atitudes, comportamentos, vícios e

os seus integrantes para a obra missionária. O Senhor não usa somente os pais, mas também os filhos, porque eu tenho certeza que eles são muito importantes na Sua obra. Ele ama as pessoas e quer que todos tenham a oportunidade de recebê-Lo

condutas que não agradam a Deus”, diz o Pr. Elbio.

O pastor lembra que mui-to mais pode ser feito para testemunharmos de Cristo às nações, se mais homens e mu-lheres com mais de 50 anos de idade estiverem dispostos a dedicar quatro meses de sua vida à obra missionária.

O Radical Sênior foi lança-do este ano. O projeto é uma parceria da União Batista La-tino-Americana (UBLA) com Missões Mundiais. Se você tem mais de 50 anos, ama Missões e está disposto a viver uma aventura missionária na América Latina, inscreva-se para a próxima turma do Ra-dical Sênior: radicallatino.org.

como Salvador. Os FMs, por exercer um papel importante na família e na obra de Deus, merecem um bom investi-mento.”

Helena Downing – ex-in-tegrante da equipe de trei-namento de missionários de Missões Mundiais.

Radicais Seniores se confraternizam com batizandosBatismo em rio no Panamá fruto do trabalho do Radical Sênior

Filhos de missionários em missão no mundo

Radical Sênior começa com batismos na América Central

O FM Davi integra outros filhos de missionários e ainda cuida de suas irmãs

Q

12 o jornal batista – domingo, 14/10/12

Nilson DimarzioPastor, colaborador de OJB

A Igreja Batista de Cor-rêas, em Petrópolis, RJ, foi organizada em 22 de setem-

bro de 1962, pela PIB de Petrópolis, sob a liderança do pastor Nilson Dimarzio, na época pastor da igreja or-ganizadora. Há 19 anos, sob a sábia liderança do pastor Carlos Carnavalli, a Igreja tem experimentado grande crescimento, tanto numérico quanto espiritual. Conta atu-almente com 400 membros em seu rol; mantém há três anos o programa de televi-são “Encontro de Fé”, como parte da estratégia de evan-gelização alcançando cerca de 60.000 telespectadores. Porém, a visão da Igreja se estende também à área social, na mantença da Associação REVIVAS, com destacada atuação, contribuindo decisi-vamente para a recuperação de dependentes químicos e de vítimas do alcoolismo, além do atendimento a ou-tras pessoas necessitadas de ajuda material, emocional e espiritual. Ultimamente tem

sido relevante a atuação do pastor Marcos Gonçalves de Oliveira, ao lado do pastor Carnavalli, no trabalho com a juventude.

O belo e novo templo foi inaugurado em 22 de setem-bro do ano em curso, perante uma assistência de mais de 500 pessoas, entre membros da Igreja e de outras co-irmãs e demais convidados, entre os quais o Prefeito Municipal e esposa, vários outros políti-cos e autoridades da cidade, além de vários pastores da região. Após descerrarmos a placa comemorativa, na en-trada do santuário, teve início o grande culto de louvor e adoração a Deus pela extraor-dinária vitória da construção do templo, cuja campanha, durante nove anos foi mar-cada por grandes bênçãos e incontáveis provas do poder de Deus e da cooperação do seu povo. Na parte musical, contou-se com a valiosa par-ticipação do Grupo Oásis, da Equipe de Louvor e do Grande Coral da Igreja. Em sequência, um belo vídeo foi projetado, relembrando as grandes vitórias da Igreja em sua trajetória de meio século.

Após o momento de home-nagem aos fundadores, a men-sagem bíblica foi proferida pelo pastor Nilson Dimarzio, sob o tema: “O Sonho de um Templo Suntuoso”, com base no texto de II Crônicas 2.5.

As comemorações do Jubi-leu prosseguiram no domingo pela manhã, com Culto de Batismos, quando 23 novos convertidos foram imersos nas águas batismais pelo pastor Carnavalli; músicas ao violino executadas e mensagem bí-blica apresentada pelo pastor

Dimarzio. E, à noite deu-se o encerramento da celebra-ção, com solene entrega de certificados de batismo aos recém batizados; belas músi-cas interpretadas pelo grande coral da Igreja e mensagem evangelística pelo signatário desta, sendo que ao apelo dez pessoas foram à frente, en-tregando suas vidas a Cristo. Louvado seja o Senhor!

Portanto, por tudo o que vimos, ouvimos e sentimos ali em Corrêas, (acompanhado pela esposa, Maria Apareci-

da), pelas gentilezas do pastor Carlos Carnavalli e família, pastor Marcos, demais líderes e amados irmãos em Cristo, é grande a nossa alegria e grati-dão a Deus, por sua graça, em nos propiciar a oportunidade de participar das celebrações jubilares da Igreja que há 50 anos tivemos a honra de organizar e que agora se apre-senta, com seu novo templo, como verdadeiro marco de fé, e grande centro irradiador do Evangelho no populoso bairro da bela “Cidade Imperial”.

Igreja em Corrêas celebra Jubileu de Ouro e inaugura novo templo

notícias do brasil batista

Grande Coral

Fachada do novo templo

Apresentação do Orador pelo Pastor Carlos

Vista parcial da assistência

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 14/10/12notícias do brasil batista

Wilson FranklimPastor, Colaborador da PIB Tingui/RJ, Membro da IB Filadélfia/MG

Foi com grande pesar que recebi às 18hs a notícia do falecimento deste grande servo de

Deus, na segunda feira, 17 de setembro de 2012. Senti por não poder dar o meu último adeus a este amado colega que foi quem assinou minha carta de recomendação ao se-minário e sempre teve uma pa-lavra amiga desde o início de minha vida cristã. Ele sempre acreditou em meu trabalho, tenho uma dívida de gratidão com este grande pastor.

Certamente que todos per-deram com a partida deste servo de Deus. A família per-de o pai e esposo amoroso; os batistas perdem o líder irrepreensível, um grande exemplo de honradez, um grande marco em nossa his-tória. Mas diante de tantas e imensuráveis perdas para nós, especialmente os batis-tas brasileiros, nos resta o conforto de que os céus ga-nharam um autêntico salvo.

Quando olho para o belo exemplo do pastor Belardin, vejo a conexão com a carta do apóstolo Paulo aos irmãos de Tessalônica: “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irre-preensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes” (I Tes. 2.10). Essas pa-lavras foram reais na vida do nosso querido pastor Belar-din, pude constatar durante o

Orivaldo Pimentel Lopes

Participamos, com mais de cem colegas pas-tores, dos funerais do amado primo, pas-

tor Belardin, no dia 19 de setembro, no grande e belo templo, totalmente tomado, da Primeira Igreja Batista em Campo Grande, RJ, que foi pastoreada por Belardin du-rante 20 anos.

Um culto maravilhoso que durou duas horas, mas que poderia ter durado cinco ou seis horas de inspiração e gratidão, cuja belíssima vida e

tempo em que fui sua ovelha. Paulo demonstra o valor e o poder de uma vida ministerial irrepreensível; a bênção de se ter um ministro irrepreensível em nossa Igreja. Vejamos:

I. O que é uma vida irrepreensível

Ser irrepreensível é não possuir nenhum tipo de en-gano “Pois a nossa exortação não procede de engano...” (I Tes. 2.3). Paulo afirmou categoricamente: “Não fui um enganador, pregando uma coisa e vivendo outra, minha vida falou mais alto que minhas palavras”.

Ser irrepreensível é não compactuar com qualquer coisa impura. “...a nossa exor-tação não procede... de im-pureza” (I Tes. 2.3). O foco do apóstolo aqui é a sensua-lidade, a lascívia. Ele diz: O meu trato com vocês foi puro, proveniente de um coração puro diante de Deus. Paulo não tinha um olho caçador, nem um espírito de cobiça, e nem efetuava insinuações sensuais com as irmãs.

Ser irrepreensível é não ter dolo. “A nossa exortação... não se baseia em dolo” (v.3). O ministro sem dolo é hones-to, correto em seus negócios e correto em sua vida. Nessa perspectiva, o ministro sem dolo é sempre espiritualmen-te correto, acima do simples politicamente correto. Assim foi o meu grande colega pastor Belardin Amorim Pimentel, correto, digno e acima de tudo um homem espiritual, um exemplo que podemos seguir.

ministério foram destaques de todos oradores, focados numa vida de 79 anos, inteiramente dedicada ao Senhor, com destaque para os 50 anos de brilhante Ministério Pastoral.

Acompanhamos a sua tra-jetória de vida e ministério, passo a passo, pois fomos mais que primos. Somos du-plamente irmãos. Temos a mesma idade, nascemos no lugarejo chamado Sauassu, hoje a bela cidade de Ara-cruz. Fomos batizados na Igreja Batista local, hoje a grande Primeira Igreja Batista de Aracruz. Ele era mais novo

II. As bênçãos de se ter ministro é irrepreensível

A grande benção de um pastor com a vida irrepreensí-vel é o poder do Espírito Santo nas pregações, na condução da igreja, no cuidado pastoral com os membros. Vejam I Tessalonicenses 1.5. Quando o ministro é irrepreensível, Deus lhe dá uma mensagem bíblica impulsionada pelo poder do Espírito Santo. E essa mensagem traz consigo a gra-ça salvadora capaz de levar o pecador a arrepender-se e crer no Evangelho de Jesus Cristo. Mas não é só isto.

Paulo assegura que a Pa-lavra de Deus proferida por um pastor irrepreensível vem debaixo do poder do Espírito Santo. Essa palavra também produz grande resultado na vida dos salvos (I Tes. 1.6). Em primeiro lugar, o pastor com uma vida irrepreensível forma imitadores de vidas irre-preensíveis, é um instrumento de Deus no crescimento sadio da igreja. Essa brilhante reali-dade foi constatada na vida das Igrejas que tiveram o pri-vilégio de serem pastoreadas pelo saudoso pastor Belardin. Em segundo lugar, o pastor irrepreensível sempre irá in-fluenciar positivamente em seus ouvintes porque a sua vida fala mais alto (I Tes. 2.7).

III. O conforto de saber que, para o pastor irrepreensível, o morrer é lucro

Claro que para nós que fi-camos a morte é dolorosa e cruel, porque é uma ruptura

que eu, apenas 33 dias. Mo-ramos, praticamente, juntos e juntos saímos para estudar em Vitória, a capital do Es-tado, no Colégio Americano Batista de Vitória, como vo-cacionados para o Ministério Pastoral, ainda adolescentes, onde tivemos muitas bênçãos e decepções.

Moramos em pensões e trabalhamos duro para levan-tar nosso sustento e estudos. Ele em mercado de frutas e verduras, eu em armazém de café, sem perder a visão da vocação e juntos cursamos o Seminário Batista do Sul. Éra-

no relacionamento com aque-la pessoa que tanto amamos. Em Filipenses 1.21 Paulo dis-se: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Sei que este tipo de conversa é total-mente incompreensível em nosso vocabulário espiritual moderno. Nos tornamos tão fanáticos pela vida, que temos muito pouco desejo de partir para ficar com o Senhor, por-que aprendemos a ser presos a este mundo. Nesta cosmo-visão, materialista, a morte é considerada uma intrometida que nos arranca da boa vida com a qual estamos acostu-mados. Não conseguimos mais aceitar a ideia de deixar as coisas que gostamos aqui na terra. Mas, observem que essa não era a concepção de Paulo (Fil. 1.23).

Será que Paulo tinha uma fixação doentia pela morte? Claro que não! Paulo vivia a vida ao máximo! Ele re-conhecia que a vida era um dom de Deus. Paulo mais do que todos, após sua conver-são, havia dado a sua vida em favor do Reino de Deus, usando-a muito bem para combater o bom combate. A grande diferença é que Paulo havia superado o medo do “aguilhão da morte” e agora podia dizer: “É melhor mor-rer e estar com o Senhor do que permanecer na carne”.

A grande verdade é que os que morrem no Senhor Jesus Cristo são os vencedores; nós que permanecemos somos os perdedores. Como é triste que o povo de Deus ainda veja os que partiram como “finados”,

mos mais que primos, éramos verdadeiros irmãos de sangue, através de nossas queridas e saudosas mães, que eram irmãs, Alice e Laura e através de nosso Deus, que nos voca-cionou para sua obra.

Rendemos graças por sua ex-celente vida de autêntico servo bom e fiel e por sua vitoriosa família. Professora Heloisa Helena, sua notável esposa, seus belos filhos Laura, Ana e Marcelo, seus genros, nora e netos, todos dedicados servos de Deus. Eis um santo homem de Deus, que apesar de sua notável capacidade pastoral e

como “pobres coitados”, cuja melhor parte da vida lhes foi tomada. Todavia, se os nossos olhos espirituais fossem aber-tos só por uns instantes, vería-mos os nossos entes queridos que já partiram, no lado divino do universo, caminhando na cidade celestial, diante da pre-sença confortadora de Cristo.

ConclusãoPara os salvos em Jesus

Cristo, a morte é a passagem para vida celestial, direta-mente com Deus nos céus e a cura definitiva para todas as enfermidades. Às vezes esta passagem pode ser do-lorosa. Temos acompanha-do o sofrimento de muitos dos escolhidos de Deus. A resposta para tal é “... as afli-ções deste tempo presente não podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rom. 8.18). Mesmo em meio a muita dor e sofrimento que às vezes massacram o corpo, ainda assim é muito melhor partir e estar com Cristo, é a grande vitória. A indescritível glória que aguarda os salvos que entram na presença de Deus.

Ao saudoso pastor Belardin fica a certeza de que cumpriu sua missão entre nós com brilhantismo e exemplo para todos. Aos familiares do pas-tor Belardin deixo as nossas orações, o nosso carinho, a nossa solidariedade, e os nossos mais profundos senti-mentos. Ao nosso Santíssimo Deus Yahweh, toda nossa honra, glória, e gratidão por tão grande salvação.

líder, era de uma simplicidade encantadora. Eis alguém, que visto por nossa ótica caracte-risticamente humana, não de-veria morrer, mas felizmente Deus tem outra visão e plano para seus filhos e os convoca para sua glória. Com recepção de príncipe. Deus achou por bem convocá-lo, recebendo--o com a gloriosa saudação: “... Bem está servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor”. E o bondoso e fiel pastor Belardin entrou para fantástica morada dos salvos.

Pr. Belardin A. Pimentel:Um pastor irrepreensível

Pastor Belardin Amorim Pimentel: Servo bom e fiel

14 o jornal batista – domingo, 14/10/12 ponto de vista

Duas citações que saíram no passado recente em jornais aqui em São Pau-

lo indicam uma tentativa de buscar outros rumos para o estabelecimento da verdade. A primeira foi de um Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que afirmou que “o órgão sexual é um plus, um bônus, um regalo da nature-za. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda a reprimenda dos deuses.”

Quando se fala que o órgão sexual é um plus da natureza há consciente rejeição de fatos científicos consagrados, como a integralidade do corpo – o corpo é o que é. Nada é um plus da natureza, porque sim-plesmente tudo o que nosso corpo possui constitui a sua própria natureza. Dizer que

Na v i v e n c i a d a igreja temos per-ceb ido mui tos líderes criadores

de confusão em vez de con-ciliadores. É mais fácil usar de interesse pessoal do que trabalhar pela conciliação. Devemos nos expor para o bem do Corpo de Cristo. Tan-to na denominação quanto na igreja local temos essas duas classes de líderes. Je-sus não ensinou a confusão, mas a conciliação com base no amor fraterno, que vê o macro (visão mais ampla) e não o micro (visão apequena-da). Que percebe o interesse maior em detrimento do in-teresse menor. Muitos líderes lutam por cargos e não por cargas. Eles não querem as cargas, mas sim os cargos que, muitas vezes, produ-zem desunião. São elemen-tos maldosos, enganosos, egoístas e sem escrúpulos. É lamentável que no Reino de Deus tenha elementos

o órgão sexual é um plus da natureza seria o mesmo que se sossegar diante da cegueira que seria facilmente justificá-vel com a afirmação paralela de que os olhos são um plus da natureza. O mesmo sobre a fala, a audição. Além disso, ninguém justificaria o desejo de ficar com os olhos fechados o resto da vida, em silêncio ou mesmo colocando um tampão nos ouvidos afirmando que os órgãos destes sentidos sejam um plus da natureza. O que o Ministro do STF fez foi apenas um joguete inconsequente de palavras cientificamente insustentável.

A outra afirmativa veio de um defensor do neoconceito de orientação sexual e identi-dade de gênero como opções possíveis para cada um que queira rejeitar a natureza bio-

desta espécie, que vivem na contramão da vontade de Deus criando um ambiente de desarmonia.

Os líderes criadores de confusão são megalomanía-cos. Promovem a divisão da igreja para atender seus pró-prios caprichos em função do seu personalismo. Eles não economizam atitudes e atos desonestos para conse-guirem o seu intento. A sua filosofia é maquiavélica. Eles não estão preocupados com os meios utilizados des-de que cheguem lá. Paulo os identificou em Filipos, pois eram inimigos da cruz de Cristo cujo deus era o ventre. Os elementos que produzem divisão vivem com a corda na barriga e não no pescoço. Lutam pela liderança para o seu conforto pessoal. Eles são vaidosos, ditadores e gananciosos. Eles se utilizam de política baixa. São desonestos e aplicam golpes baixos. Não possuem

lógica corporal como indicati-va da natureza sexual. O autor afirma que a identidade de gênero ou orientação sexual devem ser objeto de decisão de cada um sem a influência da sociedade e que a heteros-sexualidade não é proveniente da orientação corporal, mas uma imposição (da sociedade) sobre a vontade pessoal, como resultado somos heterossexu-ais como vítimas compulsórias dessa imposição.

Temos aqui um argumento (o do Ministro do STF) cor-roborando a cultura como fonte de verdade e o outro argumento rejeitando a cul-tura (produzida pela socie-dade) nesse papel, mas, este último, acaba sendo vítima de sua própria hipótese, pois se, de um lado, rejeita a pressão da cultura sobre

ética. Não têm amor pelo próximo. O apóstolo João na sua Terceira Epístola, escrevendo a Gaio, líder da Igreja, se refere a um elemento que estava espa-lhando a discórdia. O seu nome era Diótrefes. Olha o que velho apóstolo diz: “Es-crevi à Igreja, mas Diótrefes, que gosta de ser líder entre eles, não nos recebe. Por isso, se eu vos visitar, trarei à memória as coisas que ele faz, proferindo palavras in-sensatas e maldosas contra nós. Como se isso não fosse o bastante, ele não recebe os irmãos, como também proíbe de fazê-lo os que querem recebê-los e ainda os exclui da Igreja. Amado, não imites o mal, mas sim o bem. Quem faz o bem é de Deus, mas quem faz o mal não viu a Deus” (v. 9-11). Este elemento está dentro do perfil do líder criador de caso, promotor da desunião ou discórdia.

a busca da identidade de gênero e orientação sexual, acaba sendo fruto da própria semeadura do imperativo da cultura sobre as opiniões, pois na verdade o articulista nada mais faz do que buscar comprovação do que é cultu-ralmente hoje disseminado.

Além disso, estas duas hi-póteses são fruto do impera-tivo da autonomia humana semeada pela chamada pós--modernidade que elimina qualquer meta narrativa ou padrão ético que possa ser aceito como universal de modo a sustentar a sobrevi-vência de todos por meio de valores éticos mínimos. As-sim, vivemos num mundo em que cada um faz o que quer e o pior, o que seu coração e seus impulsos irresistivel-mente ordenam. O resultado

Os líderes conciliadores são dóceis, amáveis e dia-logam com maturidade. São excelentes interlocutores. Não permitem vaidades. São simples em sua expressão, sábios nas palavras e pró-digos em fazer o bem. Eles procuram imitar Jesus. São íntegros, não admitem falar mal do próximo. Preservam a integridade das pessoas. São de confiança. Têm in-teresse em levar as cargas dos outros. Promovem a unidade, pelo Espírito, no vínculo da paz. São líderes que buscam uma comuni-cação eficiente visando a unidade do Corpo de Cris-to. Não aceitam holofotes. Eles têm prazer em servir à semelhança do Mestre. Não querem ser famosos, mas, sim, notórios. Desejam dei-xar um legado de amor, afe-tuosidade, diálogo, cuidado, trabalho duro, integridade e humildade. Eles não têm nenhum interesse em pre-

disso já é perceptível ao ob-servarmos a banalização da sexualidade que acaba sendo reduzida à mera satisfação de impulsos imediatistas e deixa de ser parte constituinte de relacionamento histórico e íntimo durável. A sexualida-de se banalizou. O mesmo pode-se dizer a respeito do aumento da violência e de sua sofisticação. Estes dois exemplos indicam o impe-rativo da vontade própria e autônoma em busca da satis-fação pessoal imediata custe o que custar.

Se o uso destes estratage-mas continuarem logo tere-mos a defesa da pedofilia, po-ligamia, homicídio. A defesa das drogas já está a caminho, pois o STF já permite a mani-festação a favor das drogas. Aonde vamos parar?

judicar quem quer que seja. São amigos na festa e no ve-lório; na dor e no prazer. São pessoas solidárias. Buscam o interesse do outro. São especialistas em fazer pon-tes e não muros. Trabalham para unir as pessoas e não separá-las. Eles têm o amor de Jesus; espírito intrépido e ousado de João Batista; a determinação evangelística de Paulo; a liderança forte de Tiago e a sinceridade de Pedro. Esses são líderes dos quais a igreja precisa. Líde-res que reconhecem seus erros, suas limitações e se humilham perante o Senhor que os perdoa e os usa em Cristo Jesus. Que o Pai nos livre de líderes criadores de confusão, complicados e nos dê líderes comprometidos com a mensagem da cruz, em promover o amor fra-ternal e a união, bem como glorificar a Deus na sua li-derança testemunhando o amor de Jesus ao mundo.

observatório batistaLOURENÇO STELIO REGA

15o jornal batista – domingo, 14/10/12ponto de vista

Isaias Andrade Lins FilhoPastor da Igreja Batista dos Mares, BA

No último artigo es-crito, tratamos ex-clusivamente do Dom Ministerial

de Apóstolo e, no presente artigo, tentaremos sintetizar este nosso estudo de teologia prática deixando uma análise a respeito dos Dons Ministe-riais de: Profetas, Evangelistas e, no próximo e último artigo que será o XV, escreveremos sobre os Dons Ministeriais de Pastores e Mestres, tenta-remos pois explicitar sob a direção do Espírito, usando sempre o mesmo texto da Pa-lavra do Senhor, Efésios 4.11 e 12, que diz: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos e, outros para profetas, e outros para evangelistas e, outros para pastores e mestres, que-rendo o aperfeiçoamento dos santos, para a edificação da obra do ministério, para edi-ficação do corpo de Cristo”.

Pois bem, é seguindo a mesma ordem que o Após-tolo colocou no texto, que passaremos a apreciar os demais Dons Ministeriais, senão vejamos:

2. PROFETAS – Se fôs-semos partir dos originais grego e hebraico, veríamos que o Profeta é alguém que tem uma comissão que lhe é dada por Deus, para falar ao homem no nome do Senhor, isto é, alguém que prega a Palavra do Senhor, trazendo a todos, uma Mensagem da parte de Deus para o ho-mem.

No Novo Testamento os Profetas estão intimamente ligados e relacionados com os Apóstolos e tiveram sem dúvida alguma, uma parte re-levante na fundação da Igreja do Senhor, de acordo com o que se depreende do texto de Efésios 2.20, ao se referir aos membros da família de Deus,

os quais somos nós que for-mamos o Corpo de Cristo, a Igreja, que fomos edificados “sobre o fundamento dos apóstolos (...) e dos profetas (...)” sendo nesse contexto o nosso Amado Senhor Jesus, a PEDRA DE ESQUINA.

É, portanto, o Profeta, aquele que fala obedecendo sempre ao impulso de uma revelação específica ou de uma repentina inspiração, a respeito das coisas do Se-nhor, especialmente da sua Palavra que é a revelação maior e única.

Por fim, saliento, o quão lamentável tem sido hoje em dia, a execução do exercício deste Dom Ministerial, por muitas pessoas que vivem a transmitir verdadeiras “pro-fetadas” que nada têm a ver com a profecia da Palavra, profetadas essas que são acei-tas por muitos e que soam como blasfêmia diante da seriedade do Ministério e da Palavra de Deus.

Este Dom Ministerial de profeta, sem a menor dúvi-da, é um dom que continua tendo seu lugar de destaque no contexto do propósito de Deus para a sua amada Igreja. Jamais a Igreja do Senhor, po-derá se voltar a querer rejeitar os profetas de Deus, pois, se isto acontecer, haverá uma derrocada e, como consequ-ência a Igreja estará fadada a perder o rumo, se desvirtuan-do para a decadência, para o mundanismo, para o libera-lismo no tocante aos ensinos da Bíblia. A mensagem do profeta, sempre exortando e consolando a congregação é insubstituível, nos termos de I Coríntios 14.3.

O servo do Senhor dotado deste Dom Ministerial, rece-be e transmite a mensagem de repreensão e de adver-tência denunciando tanto o pecado, quanto a injustiça que tem sido vista, sentida, até nos nossos arraiais, den-tro mesmo de nossas Igrejas,

quando servos e servas do Se-nhor, são por vezes humilha-dos, preteridos, desprezados e, aí, a voz profética do servo fiel do Senhor tem de se fazer presente com a mensagem de exortação, repreensão e con-solação, sem medo de quem quer que seja, pois, importa servir a Deus a quem deve o profeta agradar.

A Igreja do Senhor, ama-dos, tem clamado em ser na sua expressão maior, o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. Ninguém pode to-mar o lugar do Espírito Santo na Igreja do Senhor, por este motivo, não adianta a política dos homens querer se levan-tar, nem tampouco interesses outros, porque o Senhor dará ousadia e força a seus profe-tas, para que denunciem na força do Senhor tudo quanto vier a se opor à realização da obra, é esta a missão e este deve ser o exercício deste Dom Ministerial.

3. EVANGELISTA – A pala-vra evangelista, raras vezes, não mais de três, aparece no Novo Testamento, espe-cialmente nos textos de Atos 21.8, quando destaca Filipe e o ministério que exercia; Efésios 4.11, na classificação dos Dons Ministeriais e, II Timóteo 4.5, nos conselhos e exortações de Paulo, diri-gidas ao seu jovem auxiliar Timóteo, quando o Apóstolo dos Gentios o estimula a fa-zer a obra de um evangelista.

Que é um evangelista? É na expressão da Palavra, aquele que “anuncia as boas novas”, é o “mensageiro das boas novas de salvação”. É um desbravador, é aquele que diuturnamente está procla-mando a Palavra do Senhor, e o faz com o sublime ob-jetivo, constante, de ganhar almas para Jesus.

Na igreja primitiva eram os continuadores da pregação da mensagem do evange-lho. Esse Dom Ministerial é

dinâmico, não é estático, é um Dom Ministerial que tem grande alcance, penetração e deve estar revestido de gran-de poder. Quando abrimos a Bíblia e lemos Atos 8.6-8, observamos uma característi-ca que deve marcar o Minis-tério do Evangelista, deve ser flamejante, da mesma forma que Felipe o era em Samaria.

Este Dom Ministerial, o Mi-nistério do Evangelista deve ter sido um grande suporte para aqueles Apóstolos, pois é isso o que ensina a Palavra em Atos 8.14. Observem que Pedro e João foram enviados para Samaria, depois que já havia sido ali pregada a Pa-lavra de Deus.

Quando lemos o Novo Tes-tamento, notamos que os evangelistas eram homens de Deus, capacitados e co-missionados por Deus para anunciar o evangelho, para proclamar as boas novas da salvação aos perdidos com o objetivo de ajudar a desbra-var e consolidar uma nova congregação, um novo nú-cleo, uma nova igreja em determinado local. Paulo o apóstolo dos gentios dizia em Romanos 1.16: “Pois não me envergonho do evangelho de Cristo, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. Isto nos mostra que a prega-ção do evangelho carregava sempre consigo duas caracte-rísticas fulcrais, tanto a oferta, quanto o poder da salvação.

Se observarmos com bas-tante atenção, haveremos de descobrir que de maneira contundente, o Dom Mi-nisterial de Evangelista foi muito bem retratado, carac-terizado e exemplificado na pessoa de Filipe, conforme o texto de Atos 21.8. Sua preocupação e ministério era pregar o Evangelho de Jesus Cristo, basta que leiamos o texto de Atos 8.4,5 e 35. Deus tem um lugar específi-

co para alguém, sempre, em algum lugar, para realizar o seu propósito e abençoar de forma notada a sua Igreja, através do exercício deste Dom Ministerial de Evan-gelista.

Durante o meu Ministério Pastoral, fui ajudado e aben-çoado por homens dotados deste Dom Ministerial, a exemplo do saudoso Evange-lista João Macedo, que como um verdadeiro evangelista na década de 1980, levou a mensagem e proclamou o evangelho de maneira des-bravadora as boas novas de salvação, a diversos Muni-cípios da Bahia, tais como Uauá, Bendengó, Macururé e Xorrochó. O evangelista é pois, essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar, de ajudar e de promover o ministério de evangelista, lamentavelmente, perderá muito e deixará de ganhar almas que serão convertidas segundo o desejo de Deus. Quando deixamos de dar valor a este Dom Ministerial, aplacamos o ardor evangelís-tico. Cito ainda com alegria, dois outros nomes em meu ministério, simples e humil-des como João Macedo o era, mas que são verdadeiros evangelistas e ainda traba-lham comigo na Igreja dos Mares, o Evangelista Antonio Santiago que embora diáco-no é um Evangelista nato, já fundou diversas congre-gações e, o Evangelista José Batista, que embora motoris-ta de taxi, a Igreja o recebeu como um Evangelista na essência da palavra e, assim, mesmo com pouca cultura, proclama todos os dias a Palavra de Salvação com singular amor e cuidado.

No próximo artigo estare-mos concluindo esta série de estudos desejando que tenha servido para a edificação do povo de Deus chamado batista.

Teologia PráTica