edição 40 domingo, 30.09.2012 r$ 3,20 Órgão oficial da...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 40 Domingo, 30.09.2012 R$ 3,20 Um grande mover de Deus na Europa pôde ser visto pelo pastor Wander Ferreira Gomes. Tudo começou para ele com um convite que o levou a chegar na Rússia, num evento que reuniu cristãos de toda a Europa, o Transformai, nome dado a Convenção Batista Russa. Movimento que con- tou neste ano cerca de 4mil batistas na Rússia, inclusive famílias inteiras. Mas a maior surpresa ainda estava por vir, um pedido de perdão à uma nação (página 8). Terceira Idade realiza Congresso abençoado em Águas de Lindóia O agir de Deus na Rússia gera perdão A cidade paulista de Águas de Lin- dóia – a capital brasileira da água mineral – hospedou no período de 13 a 16 de setembro o 14º Con- gresso da Terceira Idade e Capaci- tação, uma atividade da Convenção Batista Brasileira, administrado e operacionalizado pela União Femi- nina Batista do Brasil e a Convicção Editora. 1100 inscritos procedentes de 18 estados participaram com contagiante alegria das múltiplas atividades ligadas ao desenvolvi- mento do tema Desafiados a ser Padrão de Integridade (página 9).

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1o jornal batista – domingo, 30/09/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 40 Domingo, 30.09.2012R$ 3,20

Um grande mover de Deus na Europa pôde ser visto pelo pastor Wander Ferreira Gomes. Tudo começou para ele com um convite que o levou a chegar na Rússia, num evento que reuniu cristãos de toda a Europa, o Transformai, nome dado a

Convenção Batista Russa. Movimento que con-tou neste ano cerca de 4mil batistas na Rússia, inclusive famílias inteiras. Mas a maior surpresa ainda estava por vir, um pedido de perdão à uma nação (página 8).

Terceira Idade realiza Congresso abençoado em Águas de Lindóia

O agir de Deus na Rússia gera perdão

A cidade paulista de Águas de Lin-dóia – a capital brasileira da água mineral – hospedou no período de 13 a 16 de setembro o 14º Con-gresso da Terceira Idade e Capaci-

tação, uma atividade da Convenção Batista Brasileira, administrado e operacionalizado pela União Femi-nina Batista do Brasil e a Convicção Editora. 1100 inscritos procedentes

de 18 estados participaram com contagiante alegria das múltiplas atividades ligadas ao desenvolvi-mento do tema Desafiados a ser Padrão de Integridade (página 9).

2 o jornal batista – domingo, 30/09/12 reflexão

E D I T O R I A L

para pesquisar sobre os candidatos. Com esta sim-ples atitude, o povo evitaria algumas frustrações durante o governo.

Aquele que representa o povo precisa ter característi-cas límpidas, a ponto de ser reconhecido em qualquer lugar por sua índole intacta. Um bom exemplo é Paulo, no trecho de Atos 21.37-40, quando querendo falar ao povo se dirige ao comandan-te pedindo permissão, e antes que falasse quem era, o pró-prio comandante o reconhe-ceu por suas atitudes. O bom candidato deve ter honra e apresentação pública, como Paulo, precisa ser conhecido por suas atitudes em prol do povo. Atitudes estas que

Provérbios 29.2 traz um lembrete do que acontece quando o homem cruel governa: “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”. Para não eleger homens que causam mal ao povo, é preciso conhecer de manei-ra profunda os candidatos. Pesquise sobre cada can-didato, não basta apenas acreditar nas contagiantes propagandas eleitorais, mas buscar conhecer suas ori-gens. O site do TRE (Tribu-nal Regional Eleitoral), por exemplo, contribui para o eleitor conhecer a ficha dos candidatos. Infelizmente são poucos os brasileiros que investem um tempo

Saber votar é funda-mental. Viver em so-ciedade é viver em política. A política

foi sendo criada como for-ma de organizar a socieda-de, o que é um benefício para o bom convívio e para viver bem. Entretanto, as ambições, que diga-se de passagem já existiam em Gênesis, fez com que o que era bom, ficasse com aparência de mau. A polí-tica já faz parte da vida de qualquer um que viver em sociedade, agora é neces-sário ter responsabilidade ao lhe dar com ela. Cada cidadão tem um papel fun-damental no meio político, começando com a escolha dos governantes.

são conhecidas, não em um momento de eleição, mas antes mesmo de se tornar um candidato.

Ter uma carteirinha de crente e apresentar um bom discurso não podem ser cri-térios para a escolha de um governante. Os políticos têm um papel importante na so-ciedade, e por isso, precisam ter características importan-tes. Saber votar é reconhecer a importância dos políticos para a sociedade e escolher com sabedoria e critérios cada candidato. É bem verda-de que mesmo tendo muitos cuidados, algumas infelizes surpresas podem aconte-cer no caminhar da política. Mesmo assim não desista de aprender a votar. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Compartilhando mais uma sugestão

• Vibrei com o texto do Editorial da 38ª Edição de OJB: “Ação de Forma Inte-gral”. Já tinha lido o texto sobre a reunião do Conse-lhão onde o pastor Joel fez a abençoadora sugestão de utilização dos espaços dos nossos Acampamentos Ba-tistas. Lendo este editorial e refletindo a respeito, quero partilhar minha singela su-gestão, complementando e seguindo na mesma direção do que, entendo, Deus está fazendo no Brasil.

(Apesar de estar servindo o Reino no Haiti, não posso ficar de fora do que o Senhor também está fazendo na mi-nha terra!)

Antes de seguir para o Campo, a 4 meses, pude exercer o pastorado por qua-se 10 anos em três igrejas da Convenção Batista do Pla-nalto Central, além de ter o privilégio de contribuir com essa querida Convenção no trabalho de Missões Estadu-ais. De um lado a necessida-

de de reinserção social dos irmãos novos na fé resgata-dos por nossas Cristolândias. Do outro, a necessidade de “mão de obra” voluntária e disponível para a realiza-ção de projetos e programas em nossas igrejas ao longo da semana, tornando nos-sos espaços físicos ociosos

em ambientes terapêuticos, evangelísticos, discipulado-res, fomentadores da trans-formação integral necessária à sociedade.

Boa parte da pastorada esbarra nessa dificuldade: encontrar gente disposta e disponível entre a membresia da igreja. Assim, pensei: ‘Taí!

Por que não unimos aquela à esta e alavancamos mais essa solução divina para o proble-ma do Homem?’

Com um bom plano de trabalho, poderemos aten-der duas demandas com o mesmo público que, hospe-dados e treinados em nossos acampamentos, poderão ser adotados pelas Igrejas e Con-venções para desenvolverem trabalhos múltiplos, confor-me seus dons, talentos e ha-bilidades, saindo como todo cristão vocacionado/trabalha-dor pela manhã, cumprindo sua missão, abençoando pes-soas e retornando no final do dia para seu descanso.

Enfim, se não extinguir es-sas demandas, ao menos poderá ser uma ferramenta utilíssima para reinserção social e desenvolvimento de projetos e programas comu-nitários semanais em nossos templos. “Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande ceifeiros para sua seara”!

Pr. André, Verônica, Jéssica e Sara Bahia

Família Missionária no Haiti

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 30/09/12reflexão

André NascimentoPastor de jovens da PIB do Grajaú

Eu tenho um problema sério na minha vida: Corte de cabelo. Não que não fique satis-

feito com os cortes que são feitos, mas porque simples-mente não tenho paciência de ficar esperando para re-ceber o corte. Acho que é tempo perdido, tempo que eu poderia estar usando fa-zendo algo mais útil. Um dia desses, porém, acabei sendo surpreendido com um corte bem feito e com uma boa conversa, que me fizeram pensar sobre a manifestação da vontade de Deus em nos-sas vidas.

Uma bela tarde no traba-lho, um colega disse que es-tava saindo para aparar suas revoltas madeixas e decidi que minha cabeleira neces-sitava de um merecido trato. Não conhecia o local onde ele ia, mas resolvi segui-lo, afinal ele disse que corta-va seus cabelos nesse local desde criança. Ao chegar, percebi que era um ambiente amistoso e fiquei tranquilo. Fui logo pegar uma revista que falava sobre a descoberta da tal “partícula de Deus” (que de Deus não tem nada, mas isso é tópico para um ou-tro dia). E fui eu esperando, impaciente.

Após esperar uns quinze minutinhos, chegou minha vez. Sentei e rapidamente o barbeiro foi puxando papo. Dia frio daqui, chuva dali, e o senhor de aproximada-mente cinquenta e muitos anos disse que o trânsito para sua casa era ruim, mas que ele saía da “aula” às 22h30, por isso conseguia chegar em casa em uma hora. Nem me impressionei com o fato dele morar em uma rua não calçada, mas sim com o fato dele estudar. Perguntei ime-diatamente que curso ele fazia, já pensando, em minha cabeça preconceituosa, que era algum curso técnico. A surpresa foi imediata: Ele fazia Direito.

Daí para frente, o papo rendeu. Ele dizia que estava na luta para terminar o curso, que tinha planos de fazer al-guns concursos públicos, que advogaria um tempo se não conseguisse passar em algu-

mas provas. Minha surpresa foi aumentando e meu ego rapidamente diminuindo. Quando falei que era pastor, aquele senhor não apenas se mostrou feliz como começou a puxar assuntos bem atu-ais, como a ministração de aulas de religião no ensino público. Aí pude perceber que aquele senhor, que vivia em uma região rural de São Gonçalo, estava me dando uma verdadeira lição de vida enquanto aparava meu cabe-lo: Deus pode agir nas nossas vidas a qualquer momento, mesmo quando achamos que é tarde demais.

A tendência do ser humano é acreditar que, após uma certa idade, ele não pode mais realizar algumas ativi-dades. Algumas limitações acabam, de fato, impedindo que façamos algumas coisas no nível que fazíamos quan-do mais jovens. Não corre-mos com tanta desenvoltura, não temos o mesmo fôlego, nossas mãos parecem não obedecer nossos comandos. Contudo, isso não significa que não podemos trabalhar, sermos úteis na sociedade. Apenas o foco muda, o es-forço é redirecionado, as competências se tornam di-ferentes e as atividades são reposicionadas de acordo.

Em nossos meios cristãos, muitas vezes, sofremos tre-

mendamente com essa visão. Vemos várias pessoas com uma capacidade enorme e um dom espiritual mapeado que não desejam trabalhar ou aprimorar seu talento porque acham que “passaram do ponto”. Acham que suas fa-mílias, seus exíguos períodos de descanso, suas atividades seculares, os impedem de querer fazer algo a mais no reino ou em suas próprias vidas. Dizem que o trabalho é para os mais novos, para os que não possuem dupla jornada, para os que “ainda tem gás”. E, assim, vivemos com uma dificuldade cíclica de encontrar pessoas capaci-tadas e experientes para tra-balharem na obra do Senhor.

Ao pensar na história de vida daquele barbeiro, tiro três lições vitais para meditar sobre a ação de Deus em nos-sas vidas: Primeiro, nunca é tarde demais para recomeçar. Aquele barbeiro, mesmo já em plena meia idade, decidiu que era hora de investir seu tempo buscando conheci-mento e uma nova formação. Eu lembro de Moisés, que resolveu seguir a vontade de Deus aos oitenta anos e imagino o que teria sido do povo de Israel se ele tivesse decidido não obedecê-lo por achar que estava velho demais para liderar o povo escolhido pelo Senhor. Para

Deus, nunca é tarde demais para recomeçarmos, pois Ele não vê idade. Ele vê corações dispostos a servi-lo e adéqua seus planos às limitações físicas que possuímos.

Segundo, nunca é tarde de-mais para se dedicar de cor-po e alma no serviço do Rei-no de Deus. Muitas pessoas acham que, por ter algumas limitações de tempo, forças ou qualificação, não podem se dedicar à Obra. Não per-cebem, porém, que há muita coisa a fazer no Reino e que, se cada um contribuir com um pouco, o serviço pode ser realizado de forma mais ágil. Aquele barbeiro poderia dizer que o tempo o limitou mentalmente para estudar, mas ele não se importou com isso e foi estudar. Lembro de quando o Senhor orien-tou Moisés na escolha das pessoas que iriam construir o tabernáculo. Penso que havia ali, pessoas de variadas profissões e idades, mas o Senhor os capacitou para a sua obra e certamente orga-nizou o povo de forma a que cada um pudesse colaborar conforme suas limitações. Às vezes, na igreja, uma mera responsabilidade de cuidar da água usada pelos pastores durante o culto pode fazer toda a diferença.

Terceiro, nunca é tarde de-mais para alterarmos nossas

rotinas. Aquele barbeiro não pensou que sua idade era um fator limitador para buscar uma nova carreira. Nem se-quer considerou que aquela seria sua rotina enquanto vivesse. Da mesma forma, precisamos perceber que nunca é tarde demais para mudarmos algo em nossas vidas, para mexermos com nossas zonas de conforto, nossos horários, nossas agen-das. Se analisarmos nossas atividades semanais, verifi-caremos que desperdiçamos muito tempo com coisas que não são vitais, que são per-feitamente supérfluas. São as novelas, as séries, os filmes, a internet. Gerenciamento de tempo é vital nos dias de hoje e deveria ser um tema lembrado em nossas pregações. Aquele barbeiro provavelmente tem família, mas teve que abrir mão de algum tempo livre para poder estudar. Pedro, Tiago, André e João eram pescadores, tra-balhavam o dia inteiro, mas largaram tudo para seguirem a Cristo, confiando que Ele os proveria. Que tal você largar uma ou duas horas semanais de alguma atividade supér-flua para trabalhar na obra? Que tal abdicar de meia hora diária para buscar uma vida de intimidade com o Senhor, lendo a sua Palavra e conver-sando com ele em oração?

4 o jornal batista – domingo, 30/09/12 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lu-gar à ira de Deus porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12.19).

A sede de vingança dói na alma do vin-gador como se ele estivesse sofrendo

outra vez a mesma ofensa da qual quer se vingar. As pessoas padecem mais pelo desejo de vingança, chegam a adquirir doenças graves e até fatais, do que pelo dano sofrido. Na vingança, o vin-gador deixa de ser vítima e passa a ser réu, nivelando-se ao agressor em crueldade e vileza. O mal causado pela vingança é sempre mais des-truidor do que a injúria que se quer vingar porque destrói de ambos os lados da ofensa. O desejo de vingança revela fraqueza moral e pequenez de caráter. Quem alimenta o desejo de vingança possui a estrutura moral de Caim.

O perdão, ao contrário, mostra força moral e grande-za. Quem cultiva o espírito de perdão revela a estrutura moral de Cristo. No alto da cruz, sofrendo dores atrozes inimagináveis no corpo e na alma, Jesus clamou ao Pai: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. A vingança não revela espí-rito cristão, mas diabólico. A vingança destrói mais o vingador do que o vingado e aprofunda o abismo entre ambos. O perdão é uma só-lida ponte para se alcançar o amor divino. Paulo recomen-da “Dai lugar à ira de Deus” porque a ira de Deus trabalha com misericórdia. Por maior que seja a injúria ou o dano sofrido, a benignidade do perdão sempre é a melhor atitude porque aproxima o in-divíduo de Deus. “Nunca se deixe dominar pelo mal, mas vença o mal com o bem” é a exortação de Paulo. E acres-centa: “Se quem lhe causou dano tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber”.

Há ofensas muito difíceis de perdoar, senão impossí-

vel para quem não conhece a graça de Deus. A dispo-sição para a vingança dá altos ibopes, como está de-monstrando a novela glo-bal Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro. A vin-gança está tão arraigada na alma das pessoas que o ato vingativo da Nina contra Carminha produziu o maior recorde de audiência de toda a história das novelas, das quais nunca assisti um único capítulo, dando um percentual de oito em cada dez televisores ligados no horário, apesar de outras histórias já terem explorado essa paixão mórbida, baixa, destrutiva e anticristã que é a vingança. A revista VEJA de 8/8/2012 menciona O Astro, 1977, Selva de Pedra, 1972, Vale Tudo, 1988, Senhora do Destino, 2004. Aliás, a vingança é reconhecida como um direito chamado “Lei de talião” consagrada no mais antigo documento legal conhecido, que é o Código de Hamurabi, de 18 séculos antes de Cristo. É também consignada na Lei de Moisés (Êx. 21.24) e até reconhecida como virtude moral relativa à coragem no conceito de várias religiões.

A vingança tem sido tema de famosas obras da antolo-gia universal como Hamlet, Romeu e Julieta, Os Mise-ráveis, O Conde de Monte Cristo e muitas outras. A mi-tologia grega é povoada de deuses irados e vingativos. Na ética de Jesus, porém, a vingança é um sentimento a ser repudiado e substituído por perdão e reconciliação. Em reportagem veiculada no Jornal Nacional, do mesmo sistema Globo, obviamente como marketing da novela, todas as pessoas ouvidas nas ruas manifestaram veemente aprovação da vingança de Nina. Naturalmente, nenhum dos entrevistados expôs a éti-ca do perdão, predominante na fé cristã, como atitude infinitamente melhor do que a vingança. O verdadeiro cristão vive a paz e o amor de Jesus, nunca o ódio e a vingança.

PASTOR LÉCIO DORNAS

É… Se você souber por onde anda a gratidão avise, pois está sendo procurada. Há, inclusive, recompensa atraente para quem encontrá--la.

Na parábola de Jesus, um dos 10 leprosos que foram curados, voltou para agrade-cer; proporção reveladora. O Senhor deu pela falta dos outros nove; a ingratidão não costuma passar despercebi-da. A bênção, no entanto, restringiu-se ao que foi grato; o castigo do ingrato não é a imposição de infortúnios, mas a ausência da bênção (Lucas 17.11-19).

Que tal olhar para todas as pessoas que, de alguma forma, passaram ou ainda fazem parte da sua vida, não como um credor, cobrando algo que entende lhe ser de-vido; mas como um cristão solidário, à procura de algu-ma atitude ou gesto, mesmo que pequeno e singelo, pelo qual você possa ser grato e demonstrar gratidão?

Assim, quando você iden-tificar algo de bom nessas pessoas, demonstre a sua gratidão, dê uma palavra, um telefonema, escreva uma carta ou mande um e-mail. Encontre uma forma de fazê--las entender que você é gra-to por suas vidas.

Por falar nisso, se você sou-ber por onde anda a gratidão avise, pois está sendo procu-rada. Há, inclusive, recom-pensa atraente para quem encontrá-la.

Seja uma pessoa grata! Não ceda à tentação de ser juiz implacável, credor incompas-sivo, alguém que está na vida para retirar dela. Procure ser uma pessoa cheia de grati-dão, como aquele ex-leproso que voltou, prostrou-se e agradeceu a Jesus.

É verdade: A gratidão está sendo procurada. Não seria maravilhoso vê-la sendo en-contrada em você?

Eu estava fazendo o check-out num hotel recentemente quan-do, um funcionário

levou minhas malas e as de outros hóspedes, da recep-ção até o carro do hotel que nos levaria ao aeroporto. Depois de realizar o serviço, cada um que teve sua mala carregada, deu uma gorjeta para o rapaz. Todos deram, à exceção de um senhor, grisa-lho, meia idade que, mesmo sendo insistentemente insti-gado pela esposa, recusou o gesto de cortesia. No carro, apoiada pelo olhar de todos, o hóspede ingrato recebeu severa repreenda de sua es-posa: - Que absurdo! O rapaz carregou as nossas malas até o carro! – E daí? Respondeu o pão duro…

Se você souber por onde anda a gratidão avise, pois está sendo procurada. Há, in-clusive, recompensa atraente para quem encontrá-la.

Hoje as pessoas vivem na coluna do crédito. Estão sem-pre achando que os outros lhes devem algo, que têm

sempre a haver. Então, por isso, instalou-se um clima de cobrança generalizado; a tal ponto de muitos simplesmen-te ignorarem coisas singelas, gestos pequenos que as pes-soas fazem em seu favor, mas que eles sequer notam e, muito menos, agradecem.

É alguém que lhe abre uma porta, oferece um assento, apresenta uma pessoa estra-tégica, divide com você um sanduíche. Alguém que lhe dá uma oportunidade, ofere-ce um trabalho, intermedeia uma grande experiência. Al-guém que lhe ajuda numa prova difícil, num relatório complicado, numa tarefa de-safiadora. Ou ainda alguém que lhe socorre numa hora de dor, faz uma visita, dá um conselho ou faz uma oração.

Pode ser o cônjuge, o pai, mãe, filho, um vizinho, o patrão ou um funcionário. Pode ser um líder, um pastor, um irmão em Cristo ou um amigo. Também pode ser um desconhecido, alguém com quem você apenas falou ao telefone, sequer viu o rosto.

SABEDORIA PARA HOJE

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

O s e n a d o r J o s é Sarney acaba de entrar na minha lista dos inimigos

da família no Brasil.Nela já estão Marta Su-

plicy, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Rodrigo Maia, Lula e alguns outros. Querem saber a razão que levou o nome do senador do Maranhão (desculpe, do Amapá! Mas Sarney não é do Maranhão? Bem, deixe isso prá lá) a en-trar no time titular dos contra a família?

Vou explicar.Aliás...vou deixar o padre

Luiz Carlos Lodi da Cruz, um dos maiores defensores da vida e da família no Bra-sil, explicar por mim: “Em 27 de junho de 2012, uma Co-missão de Juristas entregou ao presidente do Senado, José Sarney, o anteprojeto de reforma do Código Pe-nal. Seria de se esperar, que o texto fosse submetido à apreciação da sociedade para receber críticas e su-gestões. Isso, porém, não ocorreu. Em 9 de julho de 2012, apenas 11 dias de-pois, o Senador José Sarney subscreveu o anteprojeto convertendo-o em projeto de lei: o PLS 236/2012. Ao assinar o projeto, Sarney agiu de modo semelhante a Pilatos. Declarou-se, ‘por uma questão de consciência e religião’, contrário à eu-tanásia, ao aborto, ao porte de drogas e seu plantio para uso, mas não retirou nada disso do texto que subscre-veu. Lavou as mãos, disse que era inocente do sangue de Cristo, mas decretou a sentença injusta. Favore-ceu a presidente Dilma que, embora favorável ao aborto, havia prometido na campa-nha eleitoral não enviar ao Congresso qualquer propos-ta abortista”.

Isso mesmo. Muitos são assim. Dizem que são contra,

por exemplo ao aborto, fa-zem até um pronunciamento à véspera de eleição, para iludir os evangélicos, mas por fora fomentam ações pró aborto, pró legalização da prostituição, pró liberação das drogas, pró diminuição da idade da relação sexual consentida, pró infanticídio indígena, pró eutanásia e por ai vai.

Às vezes penso que nossa luta é inglória. Parece que as forças do mal estão supe-rando as forças do bem, mas quando este sentimento tenta dominar minha mente e cora-ção leio sempre os profetas, especialmente Jeremias, que tanto alertou sobre o exílio. Acabou acontecendo o que profetizara, mas sua consci-ência diante de Deus esteve em paz.

Entre denunciar o pecado e se calar e deixar de denun-ciar o que estão fazendo em Brasília, no Rio de Janeiro, prefiro ficar com a primeira opção, mesmo que, a exem-plo de Jeremias, tenha que ir para o calabouço.

Deus espera que a igreja, verdadeiramente bíblica, se posicione contra o que es-tão fazendo, especialmente em Brasília (na Câmara, no Senado e no Planalto) contra os valores da Palavra de Deus no que tange à vida, ao casa-mento e à família. O mesmo se espera dos pastores.

É hora dos pastores relerem os profetas e ver neles o tipo de postura que devem ter em relação aos governantes e para com aqueles que elabo-ram leis contrárias à vontade de Deus.

Nossa luta pode ser inglória, mas esta não deve ser nossa preocupação. Nossa preocu-pação, como crentes e líde-res cristãos, é saber se nossa vocação profética está sendo colocada em prática, seja no âmbito mundial, nacional, estadual ou municipal.

5o jornal batista – domingo, 30/09/12reflexão

Samuel Rodrigues de SouzaGerontólogo, Ministro da 3ª e 4ª Idades da IB Carioca, Méier, RJ

Estamos vivendo a idade da velhice na história da humanidade. Ao comemorar seus 100

anos, Arthur Reed ainda an-dava de bicicleta. Trabalhou no emprego até os 116 anos e morreu aos 124. Ele foi um dos 32.194 americanos que, segundo o censo de 1980, viveu mais de 100 anos de idade. Os centenários de hoje limitam-se a viver uma vida sa-dia, ativa e natural – alcançam a duração que o corpo huma-no deveria atingir sempre: um milhão de horas, ou 120 anos (Bortz, 1995, p. 9).

Iris Apfel, socialite e ícone de estilo nova-iorquino, com-pletou 90 anos em agosto e vai virar documentário de Albert Maysles, o mesmo diretor de “Grey Gardens“, de 1975. Su-san Sarandon tem 64 e acaba de estampar a campanha de outono-inverno 2011/12 da Uniqlo, batizada de “Voices of New York“, e a americana Carmen Dell’Orefice, aos 80 anos, é a garota-propaganda da linha de cosméticos de Ivo Pitanguy, deixando muitas jovens no ‘chinelo’, segundo nos informa a jornalista Lilian Pace.

Freud, em “Sobre a Transi-toriedade”, cita o exemplo da bela flor que dura apenas uma noite. Seu tempo de duração não a faz menos bela, mas provoca diferentes olhares e apreciações. Há aqueles que não admiram sua beleza, pois sabem que na manhã seguinte já não estará lá, bela, para ser apreciada. E há outros que, por saberem que a bela flor vai perecer em breve, admiram-na em sua plenitude máxima. Por isso, explica, “a limitação da possibilidade de uma fruição eleva o valor dessa fruição”.

Vivemos um contexto social que induz a temer a velhice. Decretou-se que após os 60 anos a pessoa torna-se velha, e criou-se a categoria de apo-sentado. O indivíduo passa então a ser alijado do merca-do de trabalho, sentindo-se improdutivo e desvalorizado. A velhice, porém, pode reunir um momento de excelência na vida de uma pessoa: o da poe-sia, da beleza, das conquistas. É como se fosse um pôr do sol dourado. Cada nova etapa da vida, cria para a pessoa um universo novo. Assim tam-bém acontece na velhice. O envelhecimento pode ser uma etapa brilhante.

Minayo e Coimbra Jr. afir-mam ser a velhice uma “fa-zenda de colheitas, espaço de movimento e construção, onde continuam a existir não apenas os frutos, mas a se-mente, o plantar, a alegria dos brotos e todos os prazeres, dores e sofrimentos do ceifar, como em qualquer etapa da vida”. Sócrates, (mencionado em “A República” de Platão), afirmou: “Eu gosto de falar com as pessoas mais velhas. Elas já percorreram a estrada da vida na qual nós teremos também de viajar. Eu acho que seria muito melhor para nós aprender com elas como é que é”.

O arquiteto Oscar Niemayer comemorou 104 anos com a conclusão de um novo proje-to. A nova sede da fundação Oscar Niemeyer, em Niterói, na região metropolitana do Rio, tem quatro mil metros quadrados e vai abrigar um centro de pesquisa e docu-mentação. O arquiteto que viveu sempre a frente do seu tempo, ainda demonstra uma preocupação social e alimenta sonhos, e a cada dia assina no-vos contratos. Quando quis se casar com sua secretária, de 60 anos, Vera Lúcia Cabreira, sua família tentou proibi-lo, mas ele se casou escondido assim mesmo, e no dia seguinte saiu o retrato do seu casamento nos jornais. Embora com saúde bem fragilizada, Niemayer é um exemplo da 4ª idade bem sucedida, sendo um dos mais importantes arquitetos moder-nistas do século XX. Formado pela Escola de Belas Artes, RJ, se destaca pelo uso de concre-to armado de formas curvas, como na Igreja da Pampulha, de Belo Horizonte, Minas Ge-rais; e os palácios Alvorada e o Itamaraty, em Brasília, a convi-te do ex-presidente, Juscelino Kubischek, no ano de 1960.

N o l i v r o d e Ê x o d o 17.11,12,13, vemos que Moi-sés estava com cerca de 120 anos, e não tinha mais forças físicas para permanecer oran-do de pé, com mãos estendi-das enquanto o povo de Deus batalhava com seus inimigos. Devido o seu cansaço, coloca-ram uma pedra debaixo dele, e ele sentou-se nela. Arão e Hur passaram também a segurar as mãos de Moisés, ajudando-o. Enquanto Josué combate na planície, Moisés luta também na montanha, espiritualmen-te, para onde ele seguiu. As preces dos crentes atraem sempre o favor do Céu; e assim as mãos de Israel são fortes ou fracas, conforme as de Moisés, se elevam para o céu ou pendem para a terra,

auxiliados por Arão e Hur. Foi necessária uma compen-sação, isto é, colocar uma pedra para Moisés sentar-se e Arão e Hur segurar-lhe os braços o tempo todo, para que ele conseguisse cumprir a sua missão. O resultado desta cooperação foi que Josué desfez a Amalaque e a seu povo, ao fio da espada, saindo-se vitorioso. Compen-sar é substituir.

Atualmente o Ministério da 4ª Idade deve trabalhar com compensações, possibilitando aos idosos que não deixem de cumprir o que Deus tem reser-vado para os seus últimos dias. “Mas os que te amam sejam como o sol quando se levanta na sua força” (Juízes 5.31). Somos histórias. Que conta-mos. Sonhamos. Acreditamos. Conquistamos. Renovamos. Transformamos. Somos vida. Somos a 4ª idade, pessoas que foram abençoadas por Deus com a longevidade, e estamos vivendo acima dos 84 anos de vida. Com esta grande bênção recebida dos altos céus, só nos resta também abençoar aos que nos rodeiam, desde nossos lares, igrejas e a co-munidade onde estamos inse-ridos. Nenhum idoso já deu tudo quanto tinha para dar, ninguém pode considerar-se aposentado da vida. Ninguém está condenado à invalidez, a concluir seus dias numa inér-cia e inutilidade totais.

Deus, na sua imensa sabe-doria, conserva o homem em vida por tanto tempo quanto crê na sua potencialidade e utilidade. Simeão teve sua vida prolongada, pois Deus lhe concedeu o privilégio de um propósito definido na vida: ver a glória do Senhor manifestar-se a Israel, com o nascimento de Cristo (Lucas 2.25-35). Em nenhum texto da Bíblia lemos que Deus aposenta ou coloca na reserva o servo que atinge os 60 anos e mais. Assim, cabe à Igreja de Cristo considerar o velho pessoa integrada à missão evangélica e comunitária, dando-lhe assistência e apro-veitando-o em seu programa de trabalho.

Os idosos de uma nação e os da igreja de Jesus Cristo constituem notável reserva de experiência e sabedoria, e dessa maneira precisam ter voz e vez, de modo a pode-rem somar sua experiência do mundo, da vida e com Deus, ao vigor, ao entusiasmo e ide-ais das novas gerações.

Atenção: Pesquisamos esta faixa etária. Envie experiências de pessoas acima de 80 anos: [email protected]

6 o jornal batista – domingo, 30/09/12 reflexão

Nilson DimarzioPastor, colaborador de OJB

Um dos maiores automobi l i s tas brasileiros, o pri-meiro a se tor-

nar campeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, sempre que é entrevistado, fala com entusiasmo sobre a sua fé em Jesus. Ele, que foi bicam-peão de Fórmula 1 em 1972 e 1979; campeão da CART (Fórmula Indy) em 1989 e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993. Agora, ao completar 40 anos de sua primeira grande vitória, como já o fizera em outras ocasiões, testemunhou com convicção e entusiasmo sobre a sua conversão a Cristo.

Na entrevista a Reginaldo Leme, declarou para começo

de conversa: “A primeira coisa que eu vou dizer a todo mundo é: abra o seu coração para Jesus, para Deus. Quando isso acon-tece há uma mudança de comportamento e de rela-cionamento que acontece na vida daqueles que abrem o coração para receber o amor de Cristo. Você vai ter uma vida nova, muito mais alegre e equilibrada, e com valores diferentes”. Em outra entrevista, em 2006, dada à jornalista Juliana Vilar, da revista Isto É, ao ser pergun-tado se acreditava em Deus, sua resposta foi das mais reveladoras, ao dizer: “Acre-dito muito em Deus. Sou cristão batista, evangélico. Sou crente, com muita fé”.

Na verdade, a conver-são de Fittipaldi aconteceu num momento difícil de

sua vida. Em 1998 depois de sofrer dois acidentes graves, em disputa pela Fórmula Indy, quando por pouco não ficou tetraplé-gico. Mas, Deus, de forma extraordinária, como só Ele pode fazer, transformou aquele grande mal em bem. Sabedor do ocorrido, Alex Ribeiro, presidente dos Atletas de Cristo, foi visitá--lo no hospital e lhe falou do amor de Cristo, e ali nasceu um novo Fittipaldi, como ele mesmo declarou, complementando a respos-ta à pergunta que lhe fora feita se ele acreditava em Deus: “Claro que sempre acreditei em Deus, mas foi ele, (o Alex), que fez nascer a minha fé em Jesus Cristo”.

Sobre as d i f icu ldades que todos enfrentamos na jornada terrena, assim se

expressou o grande cam-peão: “Aquele que tem a vida entregue a Deus supera os obstáculos de maneira mais fácil. Quando você tem dentro do seu coração a presença de Jesus, você su-pera todas as dificuldades”. E prosseguiu, dizendo: “A verdadeira vida cristã é uma vida totalmente nova, com valores que você vai poder passar aos seus filhos, aos seus amigos, às outras pes-soas, num mundo tão difícil como este em que a gente vive hoje em dia”.

Não resta dúvida de que esse vibrante testemunho merece ser divulgado entre os irmãos em Cristo e tam-bém entre os não-evangé-licos, de vez que o mesmo demonstra que o Evangelho de Cristo, é de fato, “o poder de Deus, para salvação de

todo o que crê” (Romanos 1.16); que Cristo tem poder e deseja salvar os pecadores, pertençam eles a esta ou àquela classe social, sejam ricos ou pobres, plebeus ou aristocratas, apedeutas ou letrados, desconhecidos da sociedade ou famosos, como é o caso de Fittipaldi. A nossa oração é que outras pessoas famosas ou de desta-que social em nosso país, se-jam também quebrantadas, e aceitem pela fé, a salvação que só Jesus outorga. E que o façam enquanto Deus, em seu amor, lhes oferece esta grande oportunidade. Possa cada um atentar para esta mensagem inspirada: “No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo acei-tável, eis aqui agora o dia da salvação” (II Coríntios 6.2).

www.geograficaeditora.com.brwww geograficaeditora com br

Hináriopara o Culto Cristão

Este hinário, é o fruto de intenso trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos

ministros de música, maestros, instrumentistas e músicos, que

buscam a cada dia, através da música, levar mais e mais

pessoas a apresentarem-se diante de Deus com

verdadeiro louvor.

@geograficaed/geograficaeditora

Distribuição de panfletos sobre a nova vida em Jesus

Cristolândia em desfile cívico

Consciência e capacitação contra as drogas

7o jornal batista – domingo, 30/09/12missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação da JMN

Em Miracema (RJ), igre-jas evangélicas par-ticiparam do desfile cívico de comemo-

ração da Independência do Brasil, fazendo do combate às drogas o tema do desfile. A cidade, como tantas outras, tem sofrido com o aumento do número de pessoas en-volvidas com drogas. “Por ter acompanhado de perto a implantação do Centro de Formação Cristã em Pádua/Miracema, o pastor Francisco Jucá, da PIB de Miracema, pensou em levar essa ideia para os demais irmãos, que a abraçaram, tendo a partici-pação da Missão Batista Cris-tolândia”, explicou o pastor João Marcos Mury Aquino, coordenador regional de mis-sões para o norte fluminen-se. As igrejas confecciona-ram faixas, cartazes e 3.500 panfletos que explicavam o trabalho do Ministério Cris-tolândia no Brasil.

A presença dos ex-depen-dentes químicos da Missão Batista Cristolândia impactou os moradores da cidade. O Coral da Cristolândia cantou a música Nada Além do San-gue, do cantor Fernandinho. Entre eles estava Adilson, um senhor que foi resgatado após um longo tempo nas ruas por causa do álcool. A ajuda para que Adilson encontrasse o caminho da recuperação veio por parte do pastor Francisco Jucá, que o levou para as de-pendências da igreja, onde pôde tomar banho, trocar

de roupas e, em seguida, ser encaminhado para o Centro de Formação Cristã Pádua/Miracema inaugurado no iní-cio de agosto. Adilson agora é chamado de “paizão” pelos alunos da Cristolândia.

“Foi marcante ver o Sr. Adilson desfilando. Uma figura conhecida na cidade de Miracema por perambu-lar pelas ruas alcoolizado e maltrapilho. Mas este mes-mo homem que antes era visto caído pelas esquinas da cidade, agora é visto por todos bem vestido, com outra aparência. Muitas pessoas se emocionaram ao ver o Sr. Adilson desfilando. Pude ou-vir pessoas falando sobre ele durante o desfile”, declarou o pastor João Marcos. Ele tam-

bém disse que, ao perceber a admiração da população durante o desfile, lembrou--se do cego de nascença que tendo sido curado por Jesus tornou-se um testemunho vivo do poder de Deus.

As autoridades que acom-panhavam o desfile também ficaram emocionadas e re-conheceram a relevância da Cristolândia. A Câmara Mu-nicipal de Miracema conce-deu uma Moção de aplausos para Missões Nacionais em gratidão pela implantação do Centro de Formação Cristã Pádua/Miracema que, cer-tamente, continuará trans-formando vidas na cidade e região.

“Há uma grande expectati-va com o projeto Cristolândia

aqui na região. Tanto igrejas como a sociedade estão mui-to receptivas ao projeto”, dis-se o pastor João Marcos a res-peito do CFC, que está ligado à Cristolândia RJ. Diante do testemunho impactante que deram diante da população, ele contou que todos têm elogiado bastante o traba-lho. De fato, mostrar que em Cristo há solução é a função de todos os filhos da luz. E a esperança agora brilha ainda mais para os habitantes de Miracema.

Outras ações em prol do combate às drogas têm sido praticadas. Também em Mi-racema, uma capacitação para líderes de ministério com dependentes químicos reuniu aproximadamente

200 pessoas, de vários muni-cípios de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, se-gundo o pastor João Marcos. Além de treinar as pessoas que já trabalham nessa área, o evento teve o objetivo de orientar as igrejas com ações que podem ser desenvolvidas junto aos dependentes quími-cos e seus familiares.

Durante a abertura da ca-pacitação, o pastor Celso Godoy, gerente de missões para grupos específicos, falou sobre a relevância da igreja para o trabalho com depen-dentes químicos. Ele também ministrou uma das oficinas sobre drogas e seus efeitos no organismo, na família e na sociedade. O pastor Fernando Arêde, coordena-dor do Centro de Formação Cristã Reviver, falou sobre comunidades terapêuticas e o pastor Diego Machado, coordenador da MB Cris-tolândia RJ, abordou o tema codependência.

Ainda como parte da pro-gramação da capacitação, to-dos os participantes se reuni-ram na praça da cidade junto com o Coral Cristolândia for-mado pelos alunos do Centro de Formação Cristã de Rio Bonito (RJ). “Esta capacitação trouxe grande repercussão na cidade, com a presença de autoridades como um vereador e a secretária de Educação, que elogiou a JMN e a PIB de Miracema pela ini-ciativa”, contou pastor João Marcos.

Segundo o pastor Celso Godoy, a iniciativa de pro-mover a capacitação aten-de a recomendação da 92ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada no início no ano em Foz do Iguaçu (PR), quando ficou definido que serão feitos con-gressos sobre dependência química em todo o país. Do dia 27 ao dia 30 foi a vez da Conferência Nacional de En-frentamento à dependência química, Luz contra as dro-gas, em parceria com a PIB do Recreio, RJ, e a próxima capacitação já está marcada para o dia 6 de outubro, na IB do Rocha, em São Gonçalo (RJ). Para participar é preciso se inscrever, mas não há limi-te de vagas, como explicou o pastor João Marcos. A capaci-tação terá um total de três pa-lestras relacionadas ao tema de dependência química e começará às 8h da manhã, com término marcado para as 18h. Na parte da noite, será realizada uma programação especial com participação do Coral Cristolândia.

8 o jornal batista – domingo, 30/09/12 notícias do brasil batista

Arina PaivaSecretária de Redação da CBB

Um grande mo -ver de Deus na Europa pôde ser visto pelo pastor

Wander Ferreira Gomes, da Primeira Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Tudo come-çou para ele com um convite que o levou a chegar na Rús-sia, num evento que reuniu cristãos de toda a Europa, o Transformai, nome dado a Convenção Batista Russa. Movimento que contou neste ano cerca de 4mil batistas na Rússia, inclusive famí-lias inteiras. Entretanto, sua história começou em 1969, quando o pastor Waldemiro Tymchak, sente o desejo de conhecer a ex-União Soviéti-ca, origem de seu pai, Basílio Tymchak. Com esta visita, o pastor Tymchak retornou ao Brasil profundamente im-pressionado com a realidade

religiosa, política e social do país de seu pai, e então escreve uma série de artigos intitulada “Eu chorei na Rús-sia”, publicada na época no Jornal Batista. Aquele pastor, agora impactado por uma outra realidade, volta com a certeza de que a Junta de Missões Mundiais brasileira precisava urgentemente in-vestir no Leste Europeu.

Foi com este pensamento que o pastor Tymchak convi-dou dois jovens da terra para estudar Teologia no Seminá-rio do Norte, no Brasil, eram Anatholy e Liubomir. Hoje estes dois ucranianos coor-denam o trabalho missioná-rio do Leste Europeu, sendo 16 missionários autóctones na Rússia e 25 na Ucrânia. Dentre estes missionários está Ruvim Voloshim, líder de missões na Rússia, que em 2000 chega ao Brasil para pregar no 1º Proclamai, um congresso missionário que aconteceu nas dependên-cias do Rio Centro, no Rio

de Janeiro, e declara a res-peito do seu povo: “Nossas canções são muito tristes”. Seu país ainda estava se re-fazendo das guerras e com isso, seus hinos declaravam uma tristeza que ainda existia naquele povo. Foi por isso que saiu do Brasil com o de-sejo de fazer um Proclamai na Rússia, que lá se tornou “Transformai”. Alcançando seu objetivo, realiza em 2004 o 1º Tranformai na Rússia, que continua a se realizar de dois em dois anos, o que seria a Convenção Batista Russa. Sendo neste primeiro, convidado o pastor Tymchak.

Foi então que em 2006, o pastor Wander começou a visitar países europeus para dar treinamento para pastores e líderes. Em 2009 retorna à Europa e encontra Ruvim, o líder de missões na Rússia, e recebe o convite para ser orador da Convenção Batista Russa, o Transformai, que seria realizado em 2012. Ao chegar na Rússia, pas-

tor Wander se deparou com cerca de 4mil pessoas vindas de diversas partes da Europa para participar do Transfor-mai. Eram famílias inteiras, pais, filhos, avôs, tios, todos prontos para dormir em bar-racas de camping, em carros, onde tivesse espaço, mesmo em situação precária. Todos queriam participar de um congresso de altíssimo ní-vel, com orquestras, músicos que agora cantavam músicas alegres, como declarou o pastor Wander: “Deus tem feito uma grande obra entre os batistas na Rússia e hoje suas canções refletem alegria, um grande amor à Deus e um profundo compromisso com a obra missionária”. Neste mesmo Transformai pessoas aceitaram o apelo missioná-rio e uma ceia coletiva foi realizada.

Estavam presentes líderes batistas de toda a Europa, e dentre eles, estava o presi-dente da Federação Batista da Europa, que reúne 50

convenções, Hanz Gude-riam. Foi ele quem levou uma grande surpresa que emocionou todos que par-ticipavam do Transformai. Começou revelando quem foi seu avô, Henz Guderiam, conhecido e temido por ter sido chefe de guerra, coman-dando os tangues de Hitler, matou milhares de russos. E diante de 4mil pessoas pediu perdão por tudo o que seu avô tinha feito. Comovidos, todas as pessoas presentes o aplaudiram de pé. Após, Hanz Guderiam declara: “Foi como se tivesse tirado um peso sobre mim”.

Vendo tudo o que Deus havia feito, o pastor Wander Ferreira Gomes enfatiza com alegria, que o agir de Deus na Rússia tem tudo a ver com os brasileiros por conta do investimento em missões na Rússia.

Matéria feita a partir de relatos do pastor Wander Ferreira Gomes.

Convenção Batista da Rússia realiza o Transformai e convida

um brasileiro como orador

Missionário Hanz Guderiam pede perdão ao povo russo Missionário Anatholy em frente ao espaço onde foi realizado o Transformai

Pastor Wander Gomes prega no Transformai, na Rússia

Da direita para esquerda o líder de missões na Rússia, Ruvim Voloshim; pr. Wander Gomes; o líder da Federação Batista da Europa, Hanz Guderiam;

o líder Nicolae e pastores locais

9o jornal batista – domingo, 30/09/12notícias do brasil batista

Macéias NunesMembro do Conselho Editorial de OJB

A cidade paulista de Águas de Lindóia – a capital brasilei-ra da água mine-

ral – hospedou no período de 13 a 16 de setembro o 14º Congresso da Terceira Idade e Capacitação, uma atividade da Convenção Ba-tista Brasileira, administra-do e operacionalizado pela União Feminina Missionária Batista do Brasil e a Convic-ção Editora. 1100 inscritos procedentes de 18 estados participaram com contagian-te alegria das múltiplas ativi-dades ligadas ao desenvolvi-mento do tema Desafiados a ser Padrão de Integridade. O êxito do encontro pode ser confirmado inclusive pela formalização antecipada de 400 inscrições para o 15º Congresso, programado para setembro de 2013 (19 a 22), na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, sob o tema Va-lorizando a Nossa Geração.

O aumento da expectativa de vida da população brasi-leira, decorrente da melho-ria das condições gerais de saúde, alimentação e prepa-ração física tem acarretado a elevação dos padrões de faixa etária dos participantes de congressos do gênero. Foram muitos os inscritos de 80 a 90 anos que se envolve-ram sem qualquer problema nas diversas programações, sendo que o mais idoso con-tava 94 anos. Cumpre-se, a propósito, a predição do salmista quanto à capaci-dade das pessoas em idade avançada de continuarem a produzir frutos na seara do Senhor (Sal. 92.14).

Outro motivo de muita alegria foi a constatação da estabilidade do casamento entre o povo de Deus. 26 casais presentes tinham mais de 50 anos de casados e um número ainda maior de outros se aproximavam das Bodas de Ouro. Juntamente com os demais, todos se en-volveram de maneira intensa na programação, inclusive no Sarau - conduzido pela Ministra de Música Tânia Kammer, também responsá-vel pelo Coro e pela Banda Instrumental - no qual mos-traram seus talentos nos so-los, duetos, quartetos, coros, poesia, monólogo, jogral, esquete, coreografia e dra-matização.

A abençoadora parte de inspiração e edificação ficou por conta de nomes reco-nhecidamente qualificados

do contexto batista. Sob a direção oficial do pastor Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Geral da CBB, as reu-niões tiveram a participação dos pastores Fernando Bran-dão (Diretor da JMM - Seja Luz) e Paulo Roberto Seabra (PIB de Fortaleza – Mensa-gem e Estudo Bíblico), e dos profissionais e educadores Lúcia Cerqueira Coelho de Souza (Psicóloga - Dores da Alma), Jilza Feitosa de Araújo (Louvor e Adoração), Leonardo Gomes da Silva (Teclado), Berenice Antunes (Saúde do Idoso – A Arte de Cuidar), Geowanna Apareci-da Higino Silva Santos (Área de Saúde), Enir Pimenta Viei-ra de Assis (Nutrição – Saú-

de Alimentar na Família), Patrícia Ferreira Coropos Cândido (Aposentadoria – Crise ou Liberdade?) e Nadja Ruth Van Eyken Dalcin (Psi-cóloga - Morte de Pessoas Queridas). A promoção do Congresso ficou a cargo de Aildes Soares Pereira (UFM-BB) e a Coordenação Geral de Lúcia Margarida Pereira de Brito (UFMBB).

A cada ano que passa, o Congresso da Terceira Idade e Capacitação se torna um evento ainda mais obrigató-rio para a faixa etária. Supe-rando todas as expectativas, o de 2012 provou isso mais uma vez, justificando a cer-teza de que os próximos serão ainda melhores.

Terceira Idade realiza Congresso abençoado em Águas de Lindóia

A plenária repleta de pessoas mostrava o êxito do congresso Pr. Paulo Roberto Seabra orador oficial

Ministra Jilza Feitosa, no congresso coordenou o louvor e adoração

Pr. Sócrates Oliveira de Souza, diretor geral do congresso, ao lado de Aildes Soares Pereira, responsável pela organização do congresso

Tânia Kammer coordenou com maestria o Coro do Congresso, o Sarau e a Banda Instrumental

Prof. Lúcia Margarida, diretora executiva da UFMBB, foi uma das coordenadoras do congresso

Drª Berenice Antunes aproveitou o momento para ensinar pequenos exercícios

Ao centro Marli González, integrante da comissão organizadora

Depoimentos:“Este Congresso é uma bênção que me estimula a con-

tinuar a servir a Deus através de nossa Denominação”. Júlio – ES

“Fico feliz, pois o Congresso me propicia encontrar amigos e companheiros de longa data e a fazer novos amigos”. Professora Rute – MA

“Fico contando os dias para a data do Congresso, pois saio daqui mais preparada e mais disposta a trabalhar em minha igreja”. Ilza – ES

“Eu nunca havia imaginada a grandiosidade, tan-to numérica quanto de conteúdo e organização, do Congresso. Espero poder participar de muitos outros”. Pr. Paulo Seabra – CE

“Foi a primeira vez que participei do Congresso e saio daqui muito diferente, para melhor. Minha vida foi res-taurada, com as mensagens aqui recebidas”. Mara - TO

foto: Sélio Morais

10 o jornal batista – domingo, 30/09/12 notícias do brasil batista

Monique RomãoDiretora de Comunicação da PIB no Bairro São José, RJ

A noite do dia 1º de setembro de 2012 marcou profunda-mente a bela histó-

ria da Primeira Igreja Batista no Bairro São João (São Pedro da Aldeia/RJ), pois, após 23 anos de abençoado ministério do pastor Jairo Luiz Pereira, Deus enviou o novo obreiro para continuar a conduzir a igreja, pastor Elildes Junio Macharete Fonseca.

O processo de sucessão foi sabiamente orientado pelo pastor Jairo, homem de Deus, e culminou com o convite, por unanimidade. O culto de posse foi memorável. O pastor Hudson Galdino da Silva, secretário geral da Asso-ciação Litorânea, ao comentar a solenidade, assim registrou: “O programa constou de mú-sicas pelo coro da Igreja, coro jovem, grupo feminino e cân-ticos dirigidos pelo Ministério de Adoração da PIB Cabo Frio. A mensagem foi proferida pelo pastor Roberto Carvalho, que de forma inteligente, sábia, bí-blica, prática e espiritual abor-dou questões que envolvem o pastor e a igreja. Confesso que nunca vi uma posse com tanta gente e tantos pastores e líderes, mas existem várias razões, é claro: 1º A Igreja é muito querida, sempre pre-sente, amiga, cooperadora e ajudadora. 2º Outro motivo é que o pastor empossado, Elil-

Pr. Osvaldo Moura Jr.

Associação das Igrejas Batistas de Vitória, ES, tem nova liderança. Eleita no dia 05 de setembro, na Igreja Batista em Mata da Praia, com a participação de varias igrejas representadas.

Foram eleitos os seguintes:Presidente: Pastor Oswaldo Moura – Missão Batista em Caratoíra.Vice Presidente: Leomar Remke – Igreja Batista em Joana Darc.1° Secretario: Celso Pereira – Igreja Batista em Consolação.2°Secretario: Gustavo Almeida – Igreja Batista em Mata da Praia.1° Tesoureiro: Celson Varejão - Igreja Batista em Monte Sinai.2° Tesoureiro: Carlos Alberto Braga – Igreja Batista do Romão.O presidente, pastor Osvaldo Moura, diz que a Associação

de Vitória é uma das Associações mais importante do Estado, pois é a Associação da Capital e tem projetos importantes. Ainda afirmou que a diretoria trabalhará para o fortalecimen-to das igrejas batistas de Vitória.

des, jovem obreiro, talentoso, líder conhecido já em todo cenário dos batistas brasilei-ros é também muito querido por todos nós. 3º O terceiro motivo é que o pastor Jairo também é muito querido. Ho-mem de Deus com todas as credenciais de um verdadeiro vocacionado”.

Para a Igreja, foi muito sig-nificativa a presença de tantos pastores e líderes denomina-cionais. Isso demonstra que o novo pastor é um obreiro en-volvido e que desfruta de cari-nho e amizade. Aproximada-

mente 40 pastores do campo litorâneo estiveram presentes, além de mais de uma dezena de pastores gonçalenses e de outras regiões. O templo esta-va totalmente lotado, muitos irmãos acompanharam o culto do lado de fora, tamanha a quantidade de pessoas. Foi estimada a presença de cerca de 1.200 pessoas.

Foi marcante também a pre-sença expressiva de todas as igrejas por onde o pastor Elildes passou, como membro e pastor (TIB Cabo Frio, PIB Alcântara e PIB Cabo Frio).

O pastor Roberto Carvalho, titular da PIB Cabo Frio, no início da mensagem, destacou que o pastor Elildes foi um grande companheiro no seu ministério, ressaltando sua conduta ética, humilde, amiga e competente. Deixou claro que a PIB Cabo Frio não gos-taria que o pastor Elildes saís-se, mas entendeu e respeitou a decisão tomada, sabendo que foi orientada por Deus.

O pastor Elildes é casado com Thaís Caetano de Mi-randa Fonseca, doutorando em Teologia pela PUC-Rio,

membro do Conselho Deli-berativo da Convenção Batista Fluminense e professor no Seminário do Sul (licenciado), Seminário Teológico Batista Litorâneo e Seminário Teo-lógico Batista da Região dos Lagos.

Deus seja louvado pela pre-ciosa vida, família e ministério do pastor Jairo. E, nesse novo tempo, o desejo da Igreja, que está muito feliz com a chegada do novo obreiro e sua esposa, é que o ministério do pastor Elildes seja frutífero e abençoado.

fotos: Patrícia Fonseca

PIB no Bairro São João tem novo pastor

Associação de Vitória sob nova direção

Pr. Elildes e sua esposa Thaís Fonseca

Pr. Jairo Luiz Pereira passa o cajado ao Pr. Elildes

Templo da Igreja, completamente lotado

Pr. Augusto Carvalho Rodrigues faz a oração de posse

Presidente eleito Pr. Oswaldo Moura

11o jornal batista – domingo, 30/09/12missões mundiais

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

De 11 a 14 de se-tembro, o pastor Marcos Pena Ra-mos (missioná-

rio de Missões Mundiais e coordenador do PARE – Programa para Auxilio e Recuperação) ministrou au-las aos candidatos a missio-nários de Missões Mundiais, que estudam no Centro de Treinamento de Missioná-rios em funcionamento no Seminário Batista Teológico do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. As aulas foram sobre um assunto que o pastor conhece bastante: o trabalho com dependentes químicos nos campos mis-sionários.

Missionários de Missões Nacionais, que desenvol-vem o trabalho da Cris -tolândia do Rio de Janeiro, também estiveram juntos com o pastor Marcos Pena participando da capacita-ção.

“Falamos da importância e necessidade de cada missio-nário se envolver no comba-te às drogas no campo onde estiverem servindo a Deus”, disse Marcos Pena.

Os novos formandos em missiologia tiveram a opor-tunidade de ouvir sobre a importância do trabalho com dependentes quími-cos e da necessidade de se implantá-lo em seus futuros campos.

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Nos meses de julho e agosto, Missões Mundiais promoveu a Campanha 40 Dias de Jejum e Oração, um movimento pelo encon-tro dos muçulmanos com o verdadeiro Deus. A campa-nha, que se concentrou na internet, começa a dar seus primeiros frutos.

Em Guiné-Bissau, país afri-cano cuja língua oficial é o português, o missionário da terra Adulai Baldé agradece ao Senhor pela conversão de três pessoas, todas ex--muçulmanas.

“Louve a Deus por Missões Mundiais, que propôs o je-jum de 40 dias em favor da salvação dos muçulmanos durante o Ramadã, pois nesse período três pessoas acei-taram a Jesus”, diz o pastor Adulai.

Marcos Pena ci tou al -guns dados da ONU e in-formou que existem cerca de 280 milhões de vicia-dos em todo o planeta, e que a maioria entrou para o mundo das drogas por falta de informação. Os alunos saíram impactados com as informações passadas pelo pastor e, no poder do Es-pírito de Deus, pretendem colocar em prática tudo o ouviram para alcançar os povos para Cristo.

O missionário pede oração pelo trabalho desenvolvido em Gabu, no interior do país, pois tem havido uma imigra-ção muito forte de muçul-manos xiitas, uma vertente do islamismo conhecida por ser radical.

“Ore para que consigamos alcançar os muçulmanos de-monstrando o amor de Deus e o sacrifício de Cristo por eles”, diz.

Se você quer saber mais sobre a Campanha 40 Dias de Jejum e Oração pelos

Muçulmanos, acesse jmm.org.br ou curta nossa página em www.facebook.com/Mis-

soesMundiais. Para solicitar o Guia de Oração, escreva para [email protected].

Missionário fala a futuros colegas sobre prevenção contra drogas

Conversões durante o Ramadã

Campanha 40 Dias de Jejum e Oração aconteceu durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanosAdulai Baldé, missionário da terra em Guiné-Bissau

Missionários que receberam treinamento sobre o PARE

Para alcançar o mundo para Cristo, a paz que liberta também das drogas, Mis-sões Mundiais desenvolve o Programa para Auxílio e Recuperação – PARE. Esse é um programa idealizado e desenvolvido pelo pastor Marcos Ramos em parceria com seu pai, pastor Ricardo Ramos. O objetivo do PARE é ajudar a libertar, física e espiritualmente, dependen-tes de drogas através de um

tratamento adequado para cada caso, usando sempre a Palavra de Deus. Hoje o pastor Marcos é casado com Lívia Ramos, e traz consigo a experiência de ter sido liberto do crack, ao qual foi depen-dente dos 13 aos 17 anos. O primeiro centro terapêutico do PARE foi criado em 2003 no Peru. O objetivo é expan-dir para outros campos de Missões Mundiais. Em breve, o casal seguirá para Medellín/

Colômbia onde usará o pro-jeto para testemunhar sobre o Evangelho de Cristo.

Casal missionário Marcos e Lívia Ramos

12 o jornal batista – domingo, 30/09/12 notícias do brasil batista

Cesar da Silva Satiro e Eleir Batista SatiroMembros da IB em Monte Sinai, Barra de São Francisco, ES

A Primeira Igreja Ba-tista de Vitória, ES, homenageia o pastor Calmerindo Ferreira

da Silva, um dos grandes ho-mens de Deus, demonstrando amor e respeito por este pastor tão querido.

Nasceu em Conceição de Ipanema, MG, no dia 25 de junho de 1924. Sua mãe, jun-tamente com um filho mais velho, era membro da Igreja Batista local. Mas, Calmerin-do, que estava de casamento marcado para 28 de agosto de 1948, ainda não havia feito a sua decisão.

No dia do seu casamento, a mãe, enferma e preocupada com a situação espiritual do filho, sussurrou-lhe em con-tundente e curto sermão: “Meu filho, se você não aceitar a Jesus como seu Salvador, você nun-ca mais vai me ver, pois eu vou para o céu”. Foram suas últimas palavras, pois logo faleceu. Por isso, o casamento foi adiado e sua amada, Izabel Menezes, precisou esperar a nova data, 9 de outubro de 1948.

Estas palavras falaram fundo no seu coração e, naquele mesmo dia, com 24 anos de idade, fez a sua decisão. Logo começou a se envolver nos trabalhos da igreja, principal-mente na área do evangelis-mo. Sentia sua chamada para o ministério, mas via que lhe faltava preparo. Matriculou--se no curso de extensão de

Formação de Obreiros, que o pastor Harrison Pyke, missio-nário norte-americano, que di-rigia usando as dependências da Primeira Igreja Batista de Vitória, ainda na Rua General Osório.

Durante o tempo de estudo, 5 anos – os estudos aconte-ciam durante um mês a cada ano, participou de várias ati-vidades da PIBV na área do Evangelismo. Pregação ao ar livre, no Parque Moscoso, tan-to na concha acústica quanto no alto do morro, em Jucutu-quara, na Praça Costa Pereira e em outros logradouros.

A sua ordenação ocorreu no dia 29 de dezembro de 1965, na Igreja Batista em Monte Sinai, em Barra de São Fran-cisco, ES, onde por duas vezes pastoreou esta Igreja. O pastor Pyke participou do Concílio Ordenatório.

Suas atividades pastorais abrangeram 13 igrejas e 1 congregação, tanto em terras capixabas quanto mineiras. Pastoreou 35 anos e realizou 1.021 batismos. Além disso, foi atuante no trabalho de-nominacional, nas associa-ções, na Ordem dos Pastores e como Missionário, por 3 anos, em Minas Gerais. O casal teve 6 filhos, sendo que 5 falece-ram. Está viva sua filha, Marta Ferreira da Silva, que lhe deu um neto, Jefferson Silva Braga.

Iniciou suas atividades mi-nisteriais na Igreja Batista em Monte Sinai e encerrou na Igreja Batista em Vila Capixa-ba, Cariacica. Porem continua ativo, aos 88 anos de idade, como amigo e conselheiro de pastores mais jovens.

Pastor Calmerindo Ferreira da Silva um grande homem de Deus

Pr. Calmerindo e sua esposa Izabel

OBITUÁRIO

Homenagem a minha mãe Aureny

Três diáconos dedicados, três vidas preciosas

13o jornal batista – domingo, 30/09/12notícias do brasil batista

Eu, Marcia Esmere de Carvalho Gama, agradeço a Deus a vida da minha mãe e

por tê-la como mãe. Aureny Leodoro de Carvalho era membro da Igreja Batista do Cenáculo, em Del Castilho, RJ, esposa do pastor Gelson de Carvalho Gama, casados a 61 anos. Foi estar com o Senhor Deus no dia 28 de

Pr. Irland Pereira de Azevedo

Desde fins de 2011 e durante este ano de 2012, três bons diáconos que co-

nheci e comigo trabalharam na PIB de São Paulo, foram chamados à presença do Senhor. Aqui desejo registrar minha gratidão a Deus por suas vidas e sua colaboração comigo, enquanto cuidaram dos misteres diaconais.

DARCY SANT´ANNA VIEIRA

(11/01/1929 – 13/10/2011)Natural de Iepês, SP, e

nascido em 16 de janeiro de 1929, chegou à PIBSP com carta de transferência da IB Vila Xavier, de Assis, SP,

agosto de 2012. Deixa um casal de filhos: Nilo Sérgio e Marcia Esmere; um casal de netos Ana Paula e Sérgio Fe-lipe; três bisnetos: Isabella, Mikaella e Luiz Felipe.

Atuou na Igreja, no Minis-tério Infantil, na evangeliza-ção de crianças; trabalhou no Hospital do Andaraí, sempre dando seu testemu-nho de serva fiel que foi.

aqui serviu como secretário e exerceu outras atividades. Consagrado ao diaconato em meu ministério na PI-BSP, o irmão Darcy esteve em nosso convívio até 22 de janeiro de 1989, quando se transferiu para a IB do Morumbi. Homem fiel ao Senhor, desempenhou pa-pel importante na obra de evangelização e missões, sendo doador e construtor do templo da igreja filha, em Campos do Jordão. Serviu no diaconato da PIBSP de 23 de janeiro de 1971 até sua transferência para a IB Mo-rumbi, em 1989. Chamado à presença do Senhor em 13 de outubro de 2011, deixou viúva a irmã Wanda Garcia Vieira, filhos/noras, filhas/genros e netos.

Mulher virtuosa, sempre preocupada com todos que estavam ao seu redor, aju-dadora, amiga, conselheira, lutadora, vitoriosa. Deixa muitas saudades.

Agradeço aos familiares e amigos que sempre nos ajudaram, direta e indireta-mente. A todos os que com-pareceram ao sepultamento, o muito obrigado da família.

RODERICK DE MELLO E SILVA

(04/09/1926 - 09/04/2012)Natural de Arcoverde, Es-

tado de Pernambuco, Rode-rick de Melo e Silva nasceu em 4 de setembro de 1926. Grande parte de sua vida, morou e atuou em São Pau-lo, sendo primeiro membro da IB da Liberdade e, de 24 de março de 1972 até 1997, da Primeira Igreja Batista de São Paulo. Veio para a PIBSP um ano depois de minha chegada e saiu no mesmo ano em que deixei o pasto-rado titular e recebi o título de Pastor Emérito. Portanto, convivi cerca de 25 anos com o irmão Roderick e testemunhei de sua firmeza doutrinária, suas posições sempre defendidas com em-

penho e sua atuação como diácono e Presidente do Conselho Diaconal. Partiu para o Senhor em 9 de abril do corrente ano, deixando viúva a irmã Therezinha de Jesus Silvestre e Silva, filha, genro, filho, nora e netos.

WALDOMIRO MOREIRA(11/01/1920 - 11/04/2012)Natural de Assis, Estado

de São Paulo, Waldomi-ro Moreira nasceu em 11 de janeiro de 1920, e em sua juventude pertenceu à Igreja Presbiteriana. Em São Paulo, foi recebido por batismo na Primeira Igreja Batista em 31 de dezem-bro de 1964 (Pr. Emygdio José Pinheiro foi quem o batizou). E aqui serviu com grande dedicação. Separado

para o Diaconato, serviu nas funções diaconais como grande colaborador do Mi-nistério Pastoral, sempre pronto a ensinar e pregar a Palavra de Deus. Chamado pelo Senhor em 11 de abril do corrente ano, havendo sua esposa, D. Júlia de Cas-tro Moreira, falecido havia alguns anos, deixou filhos, filhas e netos.

Como Pastor que convivi longos anos com esses ho-mens de Deus, rendo graças ao Eterno por sua vida, di-versidade de seus talentos e dons e variedade de sua atuação na PIB de São Paulo, além de terem vivido e atua-do noutras igrejas.

O Senhor os deu, o Senhor os tomou. Bendito seja o nome do Senhor!

Darcy Sant´Anna Vieira Roderick de Mello e Silva Waldomiro Moreira

14 o jornal batista – domingo, 30/09/12 ponto de vista

No início de meu m i n i s t é r i o n a Cambuí, em Cam-pinas, uma pes-

soa me disse ter mudado há pouco para a cidade e estava frequentando as igre-jas, analisando-as e vendo o que cada uma tinha para lhe oferecer. Como pastor roda-do, conhecedor dos vários tipos de membros de igreja, desejei que Cambuí não fos-se a “agraciada”. Felizmente não foi. As pessoas que se supervalorizam e desejam que o mundo se encaixe em sua visão não são boas com-panhias. Geralmente azedam o ambiente por onde passam, e logo precisam mudar de ambiente. Não se pode con-tar com elas para projetos sérios que não tenham sua grife pessoal. Estão sempre indo ao shopping de igrejas

Aproximamo-nos de mais um pleito. A campanha está nas ruas. Há uma histe-

ria na disputa. As bandeiras são levantadas, menos a do Brasil. Nesta época, ‘mila-gres’ acontecem num abrir e fechar d’olhos. A troca de favores se torna mais eviden-te. Para muitos, a vida é uma simples troca e um jogo de interesses. Vota-se em quem oferece mais vantagens. Não há uma consciência política amadurecida. O povo, de um modo geral, não está politiza-do. Infelizmente o padrão de aferição é a capacidade de encher o estômago ou outro prazer qualquer. Há moedas de troca que envergonham aqueles que amam o Brasil.

Precisamos estabelecer a diferença entre política e politicagem. Esta se faz com base na filosofia do ‘toma lá, dá cá’. É quando os políticos estão mais preocupados em beneficiarem a si mesmos e os seus familiares. Não há

escolher uma que lhe seja mais agradável.

Nesta mentalidade, “igreja” deixou de ser a comunhão dos salvos, onde os remi-dos se reúnem para adorar a Deus e testemunhar de Jesus, e passou a ser uma presta-dora de serviços. A ideia de muitos cristãos é esta: sua fé em Cristo lhes deu um cartão de crédito sem limites e elas cultivam a cultura do consumismo espiritual. Não foram salvas para servir a Deus e à igreja de Cristo, mas para serem agraciadas e servidas. Impressiona-me como as pessoas se queixam de igrejas! Na realidade, é o culto à vontade própria e a incapacidade de se relacio-nar com os outros que gera a maior parte dos queixumes. Sou reticente quando alguém briga em sua comunidade e

meritocracia. É a feira dos favorecimentos dos compa-dres. É um tempo de muitos benefícios para os compa-nheiros de partido. Um movi-mento financeiro estrondoso. É a prática do caixa dois, tão recorrente neste país. É o dinheiro suado da população que some no meio do cami-nho. Sabemos que algumas necessidades do povo são planejadas para este período eletivo, principalmente pelos que estão no poder. Tudo pode acontecer para o bene-fício das pessoas desde que elas se comprometam a votar naqueles que as favorecem.

A política, cujo significado é ‘o governo da cidade’ está voltada para os cidadãos que pagam os impostos, que in-vestem para o seu desenvol-vimento nas diversas áreas. A política se desenvolve com base nas convicções profun-das do que seja o Estado e o governo. Não há confusão nesta relação entre o perma-nente (Estado) e o transitório

quer vir para a comunidade a que sirvo. Em vindo, será que não haverá o transplante de um problema? Porque pé de espinho é pé de espinho em qualquer canteiro… Não é a terra que produz espinho, mas a natureza da planta.

O número de servos nas igrejas diminuiu e surgiram coisas como “adoradores ex-travagantes” (!). Aliás, muitos querem ser adoradores. Pou-cos querem ser servos. Por que, em vez de “adorador extravagante” a pessoa não almeja ser “servo incondicio-nal”? Poucos querem servir, mas muitos querem ser servi-dos. Muitos têm expectativas sobre como a igreja deve servi-los. Deveriam pensar: “Qual é a expectativa de Deus para minha vida?”. Ou: “O que Deus quer de mim?”. Mas sempre dizem

(governo). Há encontros com a comunidade para o plane-jamento sustentável. Todos participam da definição do elenco de necessidades e estabelecem as prioridades, trabalhando com seriedade visando a sua execução. É o trabalho exaustivo que bene-ficia a todos. É a construção de um país sério, compro-metido com a ética, a sus-tentabilidade, a educação e a inclusão social. Os políticos sérios não admitem a miséria.

Na política, os eleitos estão conscientes dos seus pri-vilégios e deveres, sendo avaliados pela população que os elegeu. Se eles estão trabalhando, suando a cami-sa, pela comunidade. O povo não deve ser massa de mano-bra, mas deve estar compro-metido com políticas públi-cas de desenvolvimento. A população séria não se deixa levar por promessas inócuas. Política significa a participa-ção de todos no esforço de cada um. Engajamento no

o querem de Deus. Com isto há um número elevado de evangélicos no Brasil, mas poucos estão servindo mesmo a Deus. Muitos ser-vem aos seus interesses. Há massa, mas sem qualidade espiritual.

Para muitos membros, fre-quência é opcional e a igreja não tem autoridade sobre eles. A igreja presta serviços, e elas, possuidoras de um cartão de crédito espiritual, escolhem qual lhes é mais adequada. Assim temos pou-cos engajados e muitos clien-tes. Gente assim se frustra, porque vida cristã não é isto. Gente assim não descobre a beleza de uma vida compro-metida com Jesus. Prejudica a igreja local porque deixa de ser militante e passa a ser consumidor desengajado. E prejudica a obra de Deus

governo que converge para o bem de todos. Na política, o povo fiscaliza de forma inteligente e responsável. Num governo sério, as lici-tações são limpas, corretas e sem conchavos, sem favore-cimentos. Os corruptos são exemplarmente punidos.

O político que o Brasil pre-cisa, há de sair da sua comu-nidade, a partir de serviços prestados com zelo e paixão pelo seu povo, pelo seu país. Ele deve estudar, cursar dis-ciplinas que têm a ver com o seu trabalho de liderança na área política. Ele deve ter, no mínimo, o segundo grau. Cursar a Escola de Política (que deve ser implementada neste país), cujas matérias de-vem ser a ética, orçamento, responsabilidade fiscal, polí-ticas públicas, lei orgânica do município, saneamento, re-cursos humanos, administra-ção pública, políticas sociais, teoria política, sustentabilida-de, etc. No seu perfil, deve ser um vocacionado para a

porque é inútil. Não ajuda o reino.

A obra de Deus necessita de servos, não de clientes. De gente engajada e não de frequentadores episódi-cos e sem vínculos. A igreja precisa de quem a ame e não de quem a use. Ela é o corpo de Cristo na terra, e já foi bastante maltratada pelo mundo. Não deve ser pelos que dizem ser de Cristo.

Não vá ao shopping de igre-jas. Vá à arena, lutar pelo evangelho e pelo nome de Jesus. Seja servo e não dono da igreja. Seja mais um e não “O Cara”. Sua vida será gran-demente beneficiada. Quem encontra seu lugar e serve a Deus ali é uma pessoa reali-zada. Não tem tempo nem vontade de se queixar. O reino de Deus também será beneficiado.

política, zeloso, temente a Deus, íntegro, comunicativo, empático e simpático, entre outros.

Sonho em ver o meu país – desde o poder municipal ao poder federal – sendo admi-nistrado por pessoas éticas e competentes na administração pública. Sonho em ver políti-cos que não aceitam propina, caixa dois e outros elementos da corrupção. Que zelam pela Constituição do Brasil. Homens e mulheres íntegros a toda a prova e dispostos a morrerem de coerência. Que Deus, nosso Pai, abençoe este País tão rico, lindíssimo e aco-lhedor. País de um povo sério, comprometido com a gestão eficiente, econômico, limpo, zeloso, íntegro e trabalhador. É o Brasil do Hoje, de cada dia. Um país de vanguarda. Que cada político que o Bra-sil precisa o ajude a ser uma nação mais justa, solidária e comprometida com a verdade e um exemplo para outras nações.

15o jornal batista – domingo, 30/09/12ponto de vista

Isaias Andrade Lins FilhoPastor da IB dos MaresSalvador, Bahia

“E ele deu uns como após-tolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas e outros como pastores e mes-tres” (Efésios 4.11).

Amados, iniciando de maneira mais espe-cífica uma análise sobre os dons mi-

nisteriais, resolvemos nos ater a esta tradução da Im-prensa Bíblica, que de ma-neira simples e clara, denota as categorias dos dons minis-teriais, a respeito dos quais tecerei alguns comentários. É interessante notar que o próprio apóstolo Paulo enu-mera e classifica as categorias desses dons. Ao discorrer so-bre a unidade dos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja, no mesmo capítulo 12, de I Coríntios, onde trata especificamente de dons es-pirituais e de sua diversidade, o apóstolo Paulo no versículo 28, apresenta, junto com diversos dons espirituais, a quase idêntica classificação de Efésios 4.11, só deixando de salientar a categoria de evangelista. Vamos a elas:

1. ApóstolosNo entender de Paulo, pri-

meiramente, na classifica-ção, estavam os apóstolos. É oportuno destacar que os apóstolos no início se distin-guiram dos demais discípulos porque haviam estado pes-soalmente com Jesus, com o Senhor, desde o batismo de João de que fala Atos 1.22, e no restante do texto até o versículo 26, quando Matias foi escolhido e sorteado para substituir Judas que havia se desviado da verdade e dos caminhos do Senhor.

O texto de Atos 1.22 a 26 na versão da Imprensa Bíbli-ca diz assim: “Começando desde o batismo de João até o dia em que dentre nós foi levado para cima, um deles se torne testemunha conosco da ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que ti-nha por sobrenome o Justo e Matias. E orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhi-do. Para tomar o lugar neste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou para ir ao seu próprio lugar. Então deitaram sortes a respeito deles e caiu a sorte sobre Matias, e por voto comum foi ele contado entre os doze apóstolos”.

Vale salientar logo de iní-cio em nosso estudo, que esta qualificação humana para o exercício desse dom ministerial de apóstolo, este “doma” ou “domus”, esta convocação ou chamado para o exercício deste dom ministerial, era de maneira específica, como ensina o exegeta pastor Russel Shedd: “Ter conhecimento íntimo da vida terrestre de Jesus Cristo e ser testemunha ocu-lar da Sua ressurreição. A qualificação divina era ser escolhido por Cristo (aqui, por meio do lançamento de sortes, Prov. 16.33)”.

Vê-se, portanto, que duas características eram necessá-rias para ser tido e reconhe-cido como apóstolo. Primei-ro, conhecer intimamente a vida de Jesus, e isto só poderia se efetivar se estives-se com Ele, juntos, constan-temente, e a segunda, era ter sido testemunha ocular da Sua ressurreição. Não posso deixar de mencionar e de esclarecer, que dentre aque-

les que estiveram colocados na qualidade de apóstolos e, assim fossem conhecidos e destacados, não posso dei-xar de salientar de maneira excepcional a pessoa de Paulo, porque sem dúvida Paulo foi uma exceção, pois ele mesmo assim o diz em I Coríntios 15.8-9, um verda-deiro abortivo “nascido fora do tempo” e, de uma humil-dade surpreendente.

Este título que correspon-de a um dom ministerial, aplica-se a pessoas que são detentores de uma missão especial, o vocábulo é do verbo “apostello”, e signi-ficava ou significa, aquele que é representante persona-líssimo daquele que o envia nessa missão. O próprio Senhor Jesus Cristo é men-cionado por esse título, ou esse dom ministerial, quan-do em Hebreus 3.1 a Bíblia diz: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atenta-mente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão Jesus Cristo...”.

O apóstolo era pessoa de reconhecida liderança es-piritual, ungido de maneira tão ressaltada, que podia defrontar-se com as hostes infernais, tendo ainda a con-dição de confirmar a verdade e a essência do Evangelho de Jesus, através de prodígios e milagres, como diz a Bíblia Sagrada em Atos 19.11: “E Deus pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordiná-rios...”, mas tudo era reali-zado com muita humildade, com muito temor e tremor, sem soberba, sem se achar o maioral dentre todos, sem pensar ou considerar que era detentor de uma posição hierárquica e clerical extre-mamente elevada, com su-premacia diante dos demais

discípulos, simples pobres mortais. Ademais, há de se salientar que os apóstolos agem pela influência e dire-ção do Senhor, até mesmo na realização de coisas extraor-dinárias, pois em Atos 5.12, o escritor bíblico diz: “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo, pelas mãos dos Apóstolos...”, mas tudo é realizado pelo poder e pela atuação ou concessão do Senhor, conforme a Palavra nos ensina em Gálatas no Capítulo 5.3, que claramente está escrito: “Aquele, pois que vos dá o Espírito, (isto é Deus) e que opera milagres entre vós, acaso o faz pelas obras da lei, ou pelo ouvir com fé?”

Chamo a atenção dos lei-tores para o fato de que a expressão apóstolos, também foi usada e aplicada na pró-pria Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, para algumas outras pessoas ou indivíduos, fora do ambiente e do círculo fechado dos doze apóstolos, como por exemplo, em Atos 14.14, quando a Escritura nos fala de Barnabé: “Porem, ouvindo isto, os Apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, claman-do...”. Outros exemplos que constam da Bíblia, estão em II Coríntios 8.23, que se re-porta aos mensageiros que acompanharam Tito, quando diz ainda: “Quanto a Tito, é meu companheiro e coo-perador convosco: quanto a nossos irmãos, são men-sageiros das igrejas e glória de Cristo...” (mensageiros - grego “apóstolos”) e, ainda a referencia bíblica com alusão a Epafrodito em Filipenses 2.25, vez que as palavras empregadas no grego, tanto para os acompanhantes de Tito, quanto para Epafro-

dito, eram: embaixadores, enviados, mensageiros, isto é apóstolos.

Em casos específicos assim, o apóstolo é sem dúvida al-guma, um enviado, um men-sageiro, um missionário, com a incumbência de transmitir a palavra do evangelho, para evangelizar ou realizar qual-quer outra missão espiritual, a quem, não tenho nenhuma dúvida, o Espírito Santo pode orientar a Igreja para comis-sionar, e só para relembrar, posso mencionar Zacarias Campelo que foi mensageiro para difundir o evangelho entre os índios Craós e, o próprio Eurico Nelson cog-nominado e conhecido por todos como “o apóstolo da Amazônia”, sobre quem, com muita propriedade o querido pastor José do Reis Pereira escreveu.

Amados, ainda há um ca-minho a ser trilhado, que depende de reflexão, de es-tudo, de hermenêutica e de exegese, mas que depende muito de oração e despoja-mento. Os dons ministeriais são de uma riqueza incalcu-lável para o desenvolvimento e afirmação cada vez maior do Corpo de Cristo, da Igre-ja do Senhor. Aqueles que vocacionados, recebem o chamado do Senhor para o exercício desses dons minis-teriais, devem entender que o foram e que realizam tais ministérios visando o aper-feiçoamento e a capacitação de cada crente, objetivando poder equipar os membros da Igreja, para a realização grandiosa de expandir o evangelho de Jesus, nosso Senhor, Salvador e Mestre. Se no amor de Jesus, eu sou um com você meu irmão, à medida que você cresce, eu também cresço. Deus nos abençoe.

Teologia PráTica