edição 45 domingo, 04.11.2012 r$ 3,20 Órgão oficial da...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 45 Domingo, 04.11.2012 R$ 3,20 Luz aos dependentes químicos O Jornal Batista destaca nesta edição a oração. Reflita na real importância da oração na vida do cristão, bem como os obstáculos à oração e em algumas atitudes antes de orar. “Essa é uma oração de quem busca agradar a Deus através de um testemunho genuíno, de uma vida marcada pela sincerida- de, humildade, obediência e temor a Deus” (páginas 2, 5, 6). Uma vida de oração A obra missionária é marcada pela dedicação e unidade de muitos. Apoiando o ministério da Cristolândia Rio, missionários e voluntários somaram forças para a realização de uma abordagem a dependentes químicos na entrada da comunidade do Parque União. Emocione-se e seja despertado para a perspectiva do amor ao próximo, que vence o medo e transforma realidades (página 7). Foto: Selio Silva

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1o jornal batista – domingo, 04/11/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 45 Domingo, 04.11.2012R$ 3,20

Luz aos dependentes químicos

O Jornal Batista destaca nesta edição a oração. Reflita na real importância da oração na vida do cristão, bem como os obstáculos à oração e em algumas atitudes antes de orar. “Essa é uma oração de quem busca agradar a Deus através de um testemunho genuíno, de uma vida marcada pela sincerida-de, humildade, obediência e temor a Deus” (páginas 2, 5, 6).

Uma vida de oração

A obra missionária é marcada pela dedicação e unidade de muitos. Apoiando o ministério da Cristolândia Rio, missionários e voluntários somaram forças para a realização de uma abordagem a dependentes químicos na entrada da comunidade do Parque União. Emocione-se e seja despertado para a perspectiva do amor ao próximo, que vence o medo e transforma realidades (página 7).

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ilva

2 o jornal batista – domingo, 04/11/12 reflexão

E D I T O R I A L

Deus nunca mais parou de orar. Suas conversas com o Pai eram constantes, no dia em que estava muito feliz suas orações engrandeciam a Deus e nos momentos de tristeza as orações também engrandeciam a Deus. Até o dia em que sofreu um grave acidente de carro e ficou em coma. Sua família pagou os melhores médicos, no melhor hospital da cidade, mas o coma durou um ano inteiro. Durante este ano toda a fa-mília se desesperou, mas sua mãe, orientada pelo Espírito Santo, entendeu que Deus já tinha ouvido as súplicas de sua filha antes mesmo do aci-dente. E Aquele Deus que a filha tanto orava iria ajudá-la. E foi o que aconteceu, mesmo em coma, a filha já tinha dado o testemunho de sua vida de oração para a mãe que ainda não conhecia a Deus.

Outra história de uma vida de oração diz respeito aos conselhos de um pastor. Este pastor, toda vez que era con-sultado pelos membros de sua igreja a respeito de al-

vés da oração. Existem ainda aqueles que vivem uma vida oposta a esta, vivem na cor-reria da vida urbana, no meio de grandes responsabilidades podem encontrar o descanso ao compartilhar com Deus suas dificuldades. Mas o que todos precisam refletir é que a oração na vida do cristão precisa ser constante, é ne-cessário levar uma vida de oração.

Alguns crentes não deixam de ir para a igreja em nenhum domingo, estão presentes em todos os cultos durante a semana e tem presença confir-mada na Escola Bíblica, mas a oração não faz parte de suas vidas. Ah! Faz parte sim! No momento em que o pastor pede para orar no culto! In-felizmente esta é a realidade para alguns, mas para outros a oração faz parte de suas grandes vitórias na vida.

Como no caso de uma jo-vem criada na alta sociedade de São Paulo, que conheceu o Salvador aos 18 anos e se rendeu aos pés da Cruz. Des-de o dia em que conheceu a

A primeira segunda--feira do mês de no-vembro é denomi-nada o Dia Batista

da Oração, este ano, dia 5. E este meio de comunicação com o Pai merecia realmente um dia especial para reflexão sobre sua importância na vida do cristão, e para uma maior dedicação a ela. Tan-tos e tantos versículos bíbli-cos destacam a oração, mas parece que alguns cristãos ainda não compreenderam o seu poder espiritual. Clamam a Deus quando lhes convém, não dedicam momentos da sua vida a oração e, com atitudes, dizem que a oração não tem importância.

O Salmo 102.17 anuncia: “Ele atenderá à oração do de-samparado, e não desprezará a sua oração”. A Bíblia afirma a realidade da oração, esta ação de se comunicar com Deus tem consequência, e esta consequência é o agir do Pai. No mundo todo existem pessoas deprimidas pela so-lidão, mas podem encontrar um grande amigo, Deus, atra-

gum problema, dava como conselho a oração. O pastor ainda novo naquela igreja, sempre deixava na ponto da língua este conselho, “vamos orar sobre este caso”, “você deve orar por isso”. Algumas ovelhas saiam do seu gabine-te revoltadas, porque o que queriam era atitude e nunca um conselho como esse, o qual precisariam sentar e ape-nas conversar com Deus. Mas algumas coisas começaram a mudar naquela igreja, muitas ovelhas começaram a voltar ao seu gabinete para contar as mudanças depois de terem orado pelo problema. Foram tantas vitórias com diferentes pessoas e diferentes famílias que o pastor resolveu fazer um culto de agradecimento, um culto todo de oração.

O ato de se comunicar com Deus é livre graças ao seu Filho, o que falta aos cristãos é saber usufruir desta benção do Pai. Uma vida de oração vale muito. “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças” (Colossenses 4.2). (AP)

Uma vida de oraçãoO JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Informação Importante: 93a Assembleia

Na 92ª Assembleia em Foz do Iguaçu, durante a apresentação do relatório do Conselho Geral, declarei meu desejo de substituir em 2013 o livro da Convenção por um tablet. Ao longo do

ano trabalhei junto ao mercado eletrônico na busca de um equipamento, todavia com os preços que consegui, somen-te seria possível aumentando substancialmente o preço da inscrição dos mensageiros. Razão pela qual será mantido o formato de livro, até que seja possível a substituição por um tablet ou algo similar.

Espero contar com a compreensão de todos que sonha-ram comigo esta inovação, e continuar na busca de novos avanços.

Em Cristo,

Pr. Sócrates Oliveira de SouzaDiretor Executivo da Convenção Batista Brasileira

3o jornal batista – domingo, 04/11/12reflexão

MÚSICARolando de nassau

“História de Amor – I”, CD do “Altares”(Dedicado ao leitor David Pinheiro Soares, de Muniz Freire, ES)

Em 11 de julho fomos convidados por Jona-thas Rodrigues a co-nhecer o Grupo “Alta-

res”. Pela internet, é possível adquirir o CD “História de Amor – I”. Desde 2002, esses músicos evangélicos, locali-zados no eixo São Caetano do Sul – Campinas – São Paulo (SP), têm-se apresenta-do em vários estados brasilei-ros e em Portugal.

O grupo recebeu a remo-ta influência da “soul mu-sic” (Aretha Franklin, Ray Charles, Whitney Houston, Mariah Carey) e da “gospel music” (Fred Hammond, Kirk Franklin). A influência mais próxima, situada em São José dos Campos (SP), foi a de Rick Muchow, por ocasião de sua visita (OJB, 07 mar 2004).

Na atual década, o grupo fez duas desditosas opções: no princípio, pela música de entretenimento; mais recen-temente, pelos arranjos de Marinho Brazil. Existe a mú-sica de culto (consagrada à adoração de Deus no templo) e a música de entretenimento (destinada à diversão dos crentes fora do templo). A música de culto é funcional; tem uma função espiritual. A música de entretenimento é ornamental; usa notas para “embelezar” as melodias (“appogiaturas”, “gruppetos”, “portamentos”, “trinados”). Se a música é utilizada só como meio para provocar em nós um certo estado de ânimo, como elemento deco-rativo, ela deixa de ser arte.

Os jograis, que na Idade Média, além de interpretar poemas, tocavam instrumen-tos, cantavam e bailavam, faziam música de entreteni-mento. Atualmente, grupos de cantores e instrumentistas evangélicos imitam os jo-grais; eles cedem à tentação de produzir música “evangé-lica” (impropriamente cha-mada de “gospel”) para en-tretenimento de crentes; tem tanto balanço, tanta ginga, tanto suingue, que agrada aos não-crentes. Por isso, re-correm à expressão corporal e à dança.

Em nossos dias, a música “litúrgica” nas igrejas evan-gélicas (nem todas adotam liturgias) é a que consta dos hinários denominacionais. O problema é que a música de entretenimento, extra litúrgi-

ca, extra eclesiástica e extra denominacional, difundida pelo rádio, pela televisão, pela internet, pelo telefone e pelas gravações em áudio e vídeo, também encontra oportunidade nos cultos das igrejas. Que o diga o Grupo “Altares”!

Abandonando a salmodia ou a hinódia tradicional e aproveitando os cânticos contemporâneos (os cha-mados “corinhos”) a igreja local expulsa a música de culto, quase sempre testada ao longo de muitos anos, e dá guarida à música de en-tretenimento, em geral a que está na moda.

A segunda opção inditosa do grupo: acatar a produção musical de Marinho Brazil, que foi parceiro do arran-jador Lindolfo Gaya e de cantores da música profana popular, e participou de or-questras de baile. Alguém dirá que Marinho Brazil tem a intenção de fazer música religiosa; em outras palavras, ele tem técnica, mas não tem aptidão. Seus arranjos preju-dicam qualquer pretensão de música sacra.

O grupo é formado pelo quarteto vocal (Jonathas Ro-drigues, suas irmãs Rebecca e Naiaja, e seu cunhado Thiago Hiller, este, desde 2009), acompanhado por nove ins-trumentistas (bateria, baixo, percussão, teclados, duas gui-tarras, trombone, trompete e saxofone – instrumentos ade-quados à música de “rock”), que pretendem estar a servi-ço de um ministério, embora

participem de uma empresa com senso profissional e ob-jetivo comercial. Boas vozes, porém mal acompanhadas.

O grupo já lançou seis CDs e dois DVDs. “História de Amor – I”, o sexto na disco-grafia, foi gravado em CD em 2007; o encarte não informa o local da gravação; em 2009 foi gravado em vídeo. A mú-sica deste CD visa estimular em seus ouvintes uma sensa-ção de alegria e descontra-ção. Pouco profunda; quer “sonhar”.

A seguir, nossos comentá-rios sobre as faixas do CD:1. Embora use poucos ins-

trumentos eletrônicos, os sons sinestésicos da música, na faixa “Graça”, sob os aplausos dos parti-cipantes, evocam os mo-vimentos de uma “rave” de pequeno porte; eles não permitem ao ouvinte convencer-se de que a letra, tratando da graça divina, é merecedora de séria atenção; a música, que é o que sobressai nesta faixa, é visceral-mente profana;

2. Jonathas Rodrigues é can-tautor (cantor que canta o que compõe), mas na peça “Existirá alguém” se-gue o padrão musical de Marinho Brazil, ajudado nos vocais por suas irmãs;

3. A parceria de Jonathas com Marinho é mais uma vez repetida na faixa “Tão grande amor”, continuan-do na mesmice do estilo vocal-instrumental;

4. Na faixa “Maravilhoso olhar” subiu o nível ar-tístico do CD; devemos assinalar que o tema recorrente aparece nos melhores momentos da obra-mestra de John Willard Peterson (OJB, 01 e 08 nov 81); entretanto, cumprimos novamente o dever de registrar que nessa cantata Peterson fez concessões ao gosto popular (OJB, 30 mai 76);

5. O ilustre desconhecido Hudson Reis conseguiu atingir o mais alto pata-mar na gravação deste CD com a sua interpre-tação do Salmo 108; é uma oração, a que não faltou apelo emocional e aplauso;

6. O canto do intelectual e teólogo Leonardo Felicís-simo é acompanhado por um piano jazzístico, que, obviamente, embora seja “Apenas um toque”, não combina com o texto;

7. Juciliano Camargo, outro cantautor, contribuiu, no princípio de 2006, para a popularidade do “Altares” com a sua composição

“História de amor”; o in-teresse maior do público está na guitarra e na mú-sica com palmas ritmadas;

8. A letra de Bruno Gus-mão, “Nada além de Ti”, comenta a experiência do filho pródigo; a mú-sica balançante talvez expresse a instabilidade do protagonista;

9. Com a participação de Raphael Coutinho, na faixa “O seu olhar”, tam-bém escrita por Bruno Gusmão, nos “hinos de louvor” a melodia do piano, que deveria ser suave, é desfigurada pelo toque da bateria;

10. Carlos Eduardo Lussin Benedicto e Fábio Gui-lherme Gonçalves cola-boraram em “Amor sem fim”, cuja letra é atrope-lada por música galopan-te, especialmente a dos instrumentos de sopro e de percussão.

Conhecemos dois grupos que cantam “gospel music”: “The McGuire Family” (“Let’s make memory”), lembrando as tradições familiares cristãs, e “The Crabb Family” (“I’d rather have Jesus”), prefe-rindo ter a companhia de Jesus. Em ambas as canções, as melodias vêm juntar-se às letras. Isto é arte, e autêntica “gospel music”!

O Jornal Batista parabeniza um dos mais antigos colunistas, Rolando de Nassau, por seus 83 anos. E deseja que seus dias prolonguem abençoando vidas, como tem feito mensalmente através desta coluna.

4 o jornal batista – domingo, 04/11/12 reflexão

Os leitores da co-luna conhecem Zefinha devido a três histórias aqui

já publicadas envolvendo essa serva do Senhor. Agora, ela nos conta a comovedora história do Igor. Anos atrás, Zefinha ia visitar um sobri-nho que estava internado na Escola João Luiz Alves, anexa ao Instituto Padre Se-verino, que abriga menores infratores. Quando passava pelo corredor em direção à cela do sobrinho, ela ouviu um chamado: “Tia, tia”. Ela se voltou para saber quem chamava por ela e viu um menino franzino, de 11 anos, o Igor, considerado de alta periculosidade, pois nessa idade já havia matado duas pessoas e era tido como ir-recuperável. Ela começou a conversar com o Igor e a levar alimentos e artigos de higiene pessoal para ele.

Certo dia, ela foi pedir à inspetora do setor que lhe

permitisse conversar com o Igor. A resposta foi: “Esse menino é o capeta, não tem jeito, dona”. Igor já tinha liderado várias rebeliões, com queima de colchões e depredações na escola. Um enfático “não” foi a respos-ta. O histórico desse me-nino era o mais dramático que se possa imaginar. Seus pais foram traficantes e vi-ciados em drogas. Quando ele tinha dois anos, sua mãe foi assassinada na presença dele. Quatro anos mais tar-de, aos seis anos, ele assis-tiu à execução do próprio pai, com quem trabalhava no tráfico. Ele continuou vivendo nas ruas da Man-gueira, sozinho no mundo, como traficante mirim. Ago-ra, ali estava ele, internado na escola correcional.

Havia um grupo de uma igreja batista de Campo Grande que realizava encon-tros na escola e Zefinha foi pedir à supervisora que lhe

permitisse levar o Igor para assistir um culto. Depois de muita insistência, veio a permissão, mas o menino foi conduzido algemado, acom-panhado de um agente. A partir daí, Zefinha começou a dizer ao Igor: “O mundo te condena, mas Jesus te li-berta”. Um dia, conversando com Zefinha, Igor apontou para um agente e disse: “Eu vou matar aquele cara”. No dia seguinte, Zefinha viu a manchete em um jornal pen-durado na banca: “Rebelião na Escola João Luiz Alves. Agente ferido por menor é hospitalizado”. Ela guarda esse jornal até hoje. Zefinha não desistiu. No dia do ani-versário de Igor (12 anos), ela teve permissão para le-var-lhe um bolo e fazer uma oração. Foi a primeira vez na vida em que ele teve um bolo de aniversário. Zefi-nha orava por ele e tentava mostrar-lhe o caminho da libertação em Jesus.

Passados dois anos, o so-brinho da Zefinha foi solto e ela não pode mais manter contato com o Igor. Quase sete anos se passaram e ela nunca mais teve notícia do menor delinquente. No co-meço deste ano, o trem em que ela viajava enguiçou na estação de Mangueira. Eram seis horas da manhã. Ela des-ceu do trem, andou pelos trilhos até a estação, subiu as escadas e quando descia do lado da Rua São Francisco Xavier para pegar um ônibus que a levasse ao seu local de trabalho, ouviu uma voz chamando por ela: “Tia, Tia, sou eu, o Igor”. Ela parou e se viu frente a frente com um belo rapaz de 18 anos, de olhos verdes, bem vestido, com aparência saudável. Mal podia acreditar que fosse o mesmo menino subnutrido, franzino e mal-encarado que ela conhecera na escola cor-recional. Ele disse: “Tia, to-dos me condenam, mas Jesus

me liberta”. Ambos se abra-çaram chorando muito. Para sua grande surpresa e alegria, ela ouviu do rapaz que ele se convertera, fora batizado em uma Assembleia de Deus de Mangueira, mantinha-se firme na fé, era evangelista e estava empregado em um hortifrúti de propriedade da mãe da namorada, com a possibilidade de ir para São Paulo e assumir a gerência de uma loja idêntica.

Zefinha não podia conter a emoção. Deu o número do seu telefone para o rapaz e pediu que ele entrasse em contato com ela para dar mais notícias. Para Zefinha, nossa irmã Josefa, membro da Igreja Batista Memorial de Realengo, andar no Espí-rito é algo tão natural como respirar. Andar no Espírito é investir a própria vida crendo que Deus faz o im-possível, é estar disponível para realizar os propósitos de Deus.

Também disponívelem versão

acompanhada daBíblia Sagrada.

(versão Almeida Corrigida)

l

a))

152 páginasColoridas e ilustradas destacando

personagens, lugares e o contexto dos livros da Bíblia, estimulando a criança

a estudar a Palavra de Deus.

“Instrui o menino em que caminho deve andar, e, até quando envelhecer, não se

desviará dele” Pv. 22:6

www.geograficaeditora.com.br@geograficaed/geograficaeditora

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

5o jornal batista – domingo, 04/11/12reflexão

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

Escrevemos tempos atrás, um artigo inti-tulado, “O transbor-dar da Cristolândia”.

Agora escrevemos, “O reve-lar da Cristolândia”. Nosso ponto da partida é um verso, que todos conhecem, e se encontra em Mateus 25.40, que diz: “O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: O que fizeram a alguns de meus menores irmãos, a mim o fizeram”. De quem Cristo está falando isso? Está afir-mando daqueles a quem Ele convidou a tomarem posse do Reino. As boas obras que eles realizaram prova-ram que eles pertenciam ao Reino.

Isto posto, gostaríamos de confessar que ninguém, prin-

Almir de OliveiraPastor da PIB em Cruzeiro do Oeste, Paraná

“Duas coisas te pedi; não mas negues antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: Mantém-me do pão da minha porção acostuma-da; para que porventura de farto não te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que empobrecendo, não venha

cipalmente dos obreiros ou voluntários que cooperam nas unidades de recuperação, da Cristolândia, fizeram qual-quer referência a respeito des-te nosso arrazoado. A nossa observação é feita com base no que nossos olhos viram, em nossas idas à Cristolân-dia, no objetivo de darmos apoio a essa gloriosa missão dos batistas brasileiros. Sur-ge a pergunta: Que nossos olhos viram? Referimo-nos à cooperação em material, ou seja: geladeiras, roupas, apetrechos de cozinha, e materiais diversos. Alguns deles será muito dispendioso consertar. Há roupas que, se entregarmos àqueles infeli-zes viciados, envergonha-rá o nome dos batistas. Há exemplos maravilhosos tam-bém. Uma igreja soube da necessidade de colchões, por

a furtar, e lance mão do nome de Deus” (Provérbios 30.7-9).

Aqui está uma ora-ção da alma! É uma oração que nasce do coração, do ín-

timo de alguém que cria e professava fielmente o Se-nhor como o seu Deus. Mas, quem foi Agur? Nesse mes-mo capítulo 30 de Provérbios ele é descrito como filho de Jaque. Esses nomes tem

ocasião do incêndio de uma favela próxima, pois nossos missionários foram ajudar na favela. Essa igreja comprou 100 colchões novos de uma fábrica e mandou entregá--los. Essa igreja, sabedora da necessidade da recuperação dos fogões das cozinhas das unidades, e do desperdício de gás, dispensou uma verba mensal, e as unidades estão recebendo fogões novos. Um prestimoso irmão, perito em cozinhar, tem ensinado os internos a serem bons cozinheiros, além de prover fogões novos.

Agora perguntamos: Será que aqueles internos não serão os tais irmãos menores que Cristo mencionou? Che-go a pensar que, se Cristo estivesse presente, mandaria levar de volta. Por outro lado, percebemos que, aque-

correspondência com Massá, que no livro de Gênesis é descrito como um dos filhos de Ismael. Então Agur, o filho de Jaque, era ao que tudo indica um Ismaelita, da des-cendência de Ismael, o filho de Abraão com Agar e que deu origem aos povos árabes. Então não é errado dizer que Agur provavelmente era de descendência árabe.

Mas, o que se destaca nesse capítulo 30 de Provérbios é a oração de Agur. Há grandes verdades e desafios para a nossa vida cristã nessa ora-ção! Percebemos nessa ora-ção que Agur tinha um cora-ção voltado para Deus. Essa é uma oração de quem busca agradar a Deus através de um testemunho genuíno, de uma vida marcada pela sincerida-de, humildade, obediência e temor a Deus. Alguns deta-lhes interessantes constroem essa oração de Agur:

1º) Na Oração de Agur Per-cebemos Uma Reverente Peti-ção (v.7). Ele não é soberbo e nem se atreve a exigir alguma coisa de Deus como muitos an-dam fazendo por ai. Ele pede, clama a Deus. Ele também não insinua nenhuma barganha com Deus como o “toma lá da cá”. Não. Ele humildemente pede! Não é pecado pedir a Deus o que desejamos, mas é

le é um rebanho que não pode ser pastoreado com conhecimentos adquiridos a distância, como no caso de cursos não adequados àque-la realidade. O aprendizado do pastoreio deve partir do conhecimento adquirido no próprio campo. Numa entrevista com um deles, acabei por me interrogar o que seria de mim, se tivesse os pais, e a influência que ele teve. Após avaliar-me, perguntei-lhe qual era seu propósito de vida doravan-te. Respondeu-me: Entregar minha vida a Deus em gra-tidão por ter-me tirado da miséria em que eu vivia. Então, perguntei-lhe: O que acha que devo a Deus, por ter-me salvo aos 15 anos, não permitindo que eu nem chegasse perto do que o irmão experimentou? Não

pecado dizer para Deus o que Ele deve fazer. Deus é Sobera-no, tem vontade própria, faz o que lhe apraz e não o que queremos! Agur sabia disso. Ele era um homem sábio que desejava caminhar no centro da vontade de Deus.

2º) Em Sua Oração Agur se Preocupa em Não se Entregar a Vaidade e a Mentira (v.8a). A vaidade cega e faz o ho-mem esquecer que depende de Deus. A vaidade faz o homem trilhar o caminho da arrogância. Agur temia que isso assaltasse a sua vida. Ele também está preocupado com as palavras que proferia. Ele pede ao Senhor que o livre das palavras mentirosas. Ele sabe que o pai da mentira é o Diabo. Agur deseja em sua oração apenas falar a verdade. Esse tipo de oração precisa com urgência ser mais fre-quente em nossas igrejas!

3º) Em Sua Oração Agur Pede Apenas o Necessário Para Sobreviver (v.8b). Essa é uma atitude admirável. Agur não quer nem a riqueza e nem a pobreza. Ele quer apenas ser sustentado pelo Senhor. Ele deseja apenas o necessário para sobreviver. Ele vai na contramão da so-ciedade que nos rodeia que é absurdamente consumista com sede de prosperidade

acha que o que Deus fez por mim foi muito maior? Já imaginou minha dívida? Ele ficou muito emocionado, e, depois falou: Nunca vi um crente sentir-se mais devedor do que nós. É por isso que o irmão vem aqui e nos trata como iguais? Sim, respondi. Não fosse a Graça e, talvez, eu jamais estaria vivo, e, muito menos herdeiro do Reino. Como foi glorioso nos abraçarmos. Irmãos! Sinto muito, muito mesmo, as igrejas de São Paulo, com exceção de algumas, passa-rem ao largo, daqueles que caíram na mão do assaltan-te (Satanás), deixando sem roupas, espancados, quase mortos. Com relação a eles, como, nós batistas, seremos classificados? Religiosos, doutores em Bíblia, ou sa-maritanos?

e riquezas. O exemplo que Agur nos passa é de uma vida equilibrada. Agur vivia dessa forma e pede a Deus para permanecer assim!

4º) Agur Termina a Sua Oração Preocupado em Não Envergonhar o Nome do Se-nhor (v.9). Isso é maravilho-so! Essa preocupação mostra que a pessoa mais importante da vida de Agur era de fato o Senhor. Ele temia envergo-nhar o nome do Senhor. An-tes de se envergonhar por um erro, ele está preocupado em não cometê-lo para não en-vergonhar ao Senhor. Temos tido também essa preocupa-ção? O Senhor tem sido a pri-mazia da nossa vida? Como temos nos comportado diante do nosso Deus? Nossa vida tem envergonhado a Deus ou tem sido exemplo de um abençoado testemunho?

A oração de Agur nos desa-fia a termos uma vida aprova-da por Deus. Tomemos como desafio calcular e medir nos-sas atitudes para obtermos em tudo a aprovação do Se-nhor eliminando das nossas vidas o que não é agradável a Deus. É através de uma comunhão diária e profunda com Deus que viveremos no centro da vontade do Senhor. Que essa seja a feliz realida-de das nossas vidas.

6 o jornal batista – domingo, 04/11/12 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Antes de o pedirmos

“Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Antes de ensinar a Oração Dominical, Jesus disse aos discípulos: “o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6.8).

O texto parece uma contradição. De um lado, Jesus ensina o roteiro

certo das nossas orações. Por outro lado, Ele dá a en-tender que nossas orações são desnecessárias. Na ver-dade, o Senhor não tem ne-nhuma necessidade das nos-sas orientações e conselhos humanos, quando se trata de nos abençoar. As prega-ções que insinuam serem a oração dos crentes tão pode-rosas, ao ponto e “obrigar” o

Senhor a nos abençoar, não são bíblicas. O Senhor é ab-solutamente soberano. Sua vontade será cumprida, quer oremos, quer não oremos. Por isso, diz a Bíblia: se não testemunhar-nos, as pedras clamarão.

É importante sabermos do papel da providência divina em nossa vida. É importante saber que nossas necessida-des são perfeitamente co-nhecidas pelo Pai, antes até de nós as verbalizarmos em oração. Todavia, mesmo sem cair na tentação de concluir pela desnecessidade da ora-ção, vale a pena salientar que a grande bênção da oração é a de propiciar nossa comu-nhão com o Senhor. Oramos para cultivar intimidade com o Pai. Oramos para agradecer pela maneira como o Senhor cuida de nós.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Dia 22 de julho falei sobre obs-táculo à oração em nossa Igreja.

Disse que Deus responde todas as orações, nem sem-pre as respostas são aquelas que gostaríamos de ouvir. Mas, nem todas as orações são ouvidas por Deus. Você sabe o que é oração? É o desejo sincero da alma. É o enunciado de um suspiro. É a voz contrita do peca-dor. Oração é conversa com Deus, diálogo com o nosso Pai do Céu.

O que é obstáculo? Obs-táculo é embaraço, impedi-mento, empecilho, barreira. Destaco sete obstáculos à oração extraído do livro de Paulo Pancote sobre Oração, ou seja, sete barreiras que im-

pedem Deus de ouvir nossas orações.

Primeiro Obstáculo: Peca-dos não confessados. Em I João 1.9 o apóstolo fala que: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar”. Usei o texto de Isaías 59.2 e comentei a situ-ação em que o povo de Israel estava vivendo. O povo de Israel tinha derramado sangue inocente, promovido a men-tira e a falsidade, praticava intrigas e calúnias, planejava mortes e destruição e traba-lharam contra a paz, contra a igualdade e contra a justiça.

Segundo Obstáculo: Au-sência de Amor. Não po-demos falar que amamos a Deus se odiamos o nosso irmão. A ausência de amor dificulta as nossas orações.

Terceiro Obstáculo: Orgu-lho e Inveja. O nosso cora-ção deve ser quebrantado e jamais orgulhoso.

Quarto Obstáculo: Egoís-mo. Querer tudo para si e não repartir com os outros é errado, essa atitude também se constitui em barreira para a oração.

Quinto Obstáculo: Falta de Fé. A dúvida é falta de confiança, quando isso acon-tece dificilmente seremos ouvidos.

Sexto Obstáculo: Desobe-diência. Quando não aca-tamos às ordens de Deus estamos em rebeldia e não seremos ouvidos por Ele.

Sétimo Obstáculo: Falta de tempo. Temos tempo para tudo que priorizamos, por-que será que nunca temos tempo para orar? A oração relaxada, ou seja, aquela feita se sobrar tempo, não é ouvida por Deus.

Que cada um de nós vença os obstáculos à oração, agin-do de acordo com a vontade de Deus.

Carlos Henrique FalcãoPastor da IB da Liberdade, RJ

A letra do hino que começa a ser canta-do na campanha de Missões Nacionais,

organizada por Gilbervânio J. Silva diz que somos “lampari-na da nação. Ele nos convida para iluminar o Brasil: “Eu vou clareando o meu Brasil, eu sou, lamparina da nação”. A lamparina é um instrumen-to muito usado onde não há luz elétrica para dar um pou-co de luz onde há total escu-ridão. O pequeno recipiente com um pouco de querosene e um pavio para ser aceso fez história na vida de muitas pessoas que ainda estão vivas. Talvez os mais novos não conheçam mais a lamparina.

Ela não produz muita luz, mas para muitas pessoas, foi a única luz que tiveram.

O nosso país possui um território com 8.514.876.599 Km2, com uma população estimada em 192.376.496 habitantes. O censo de 2010 diz que a população do Brasil é composta por 64,6% de católicos, 22,2% de evan-gélicos, 8% dizem não ter religião, 3,2% são de várias religiões juntas e apenas 2% se declaram seguidores do es-piritismo. Se considerarmos que todos os que confessam Jesus como seu salvador são chamados de evangélicos, e dentro desse grupo estão os crentes da Convenção Batista Brasileira com 1.100.000 (um milhão e cem mil crentes) distribuídos em 7.200 igrejas

e congregações, fica mais difícil pensarmos que iremos evangelizar 143.632.240 habitantes. Alguém pode per-guntar: “Como a luz de uma lamparina, aparentemente tão fraca, pode iluminar tan-tos corações em trevas?”

Na verdade foi Jesus que teve a visão de alcançar o mundo todo com tão pou-ca luz. Ele falou que nós, os salvos, somos “a luz do mundo” (Mat. 5.14). Esta luz começou a brilhar com 12 apóstolos que Jesus escolheu para estarem junto dele, e os enviasse a pregar (Mar. 3.7,8). Três anos depois, 120 irmãos obedeceram à ordem de Jesus e aguardaram em Jerusalém até que do alto fo-ram revestidos de poder para testemunhar até os confins

da terra. A partir deste perí-odo os crentes “alvoroçaram o mundo” e chegaram até nós. Hoje ainda continuamos iluminando o mundo com a luz de Jesus que temos no coração. Ao olharmos para o nosso país percebemos que o milagre é o mesmo. Não precisamos ser uma luz extremamente forte para al-cançarmos o Brasil inteiro. Podemos ter a luminosidade de uma lamparina, mas ela fará toda diferença onde há trevas completas.

Jesus orienta para esta luz ser colocada em um lugar de destaque a fim de que alcan-ce todos ao redor, e assim, a glória de Deus possa ser vista por todos os homens quando olharem para a nossa vida. A igreja de Jesus Cristo conti-

nua sendo um milagre que cresce com o poder de Deus. Esta igreja de Jesus Cristo, re-presentada pela Igreja Batista, está sendo desafiada a con-tagiar este Brasil com a luz que brilha em nosso coração. Parece uma luz muito fraca para alcançar tão longe e dar direção a tantas pessoas. Mas essa luz fará toda dife-rença nas trevas que reina no mundo. É uma pequena luz que dará a direção certa ao perdido que estiver perto de você. Agora, espalhados por todo este Brasil tão grande, veremos milhares de pessoas sendo resgatadas das trevas por seguirem pequenas luzes que encaminham a Jesus, o Salvador. Seja luz. Seja a lamparina desta nação. Faça parte deste milagre.

7o jornal batista – domingo, 04/11/12missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

O Rio de Janeiro virou palco de discussões so-bre a estrutura

de tratamento para usuários de drogas e a possibilidade de internação compulsória. No contexto missionário, os debates são um sinali-zador da necessidade de ações rápidas e cada vez mais abrangentes. Por isso, enquanto teorias são levan-tadas sobre a dependência química, a Cristolândia re-alizou no mês de outubro ações de grande impacto, mostrando praticidade e di-namismo em questões que requerem urgência.

Numa tarde de quarta--feira (17/10), missionários radicais e voluntários se uniram para alcançar deze-nas de usuários que estão vivendo debaixo do viaduto localizado na entrada da co-munidade do Parque União. Com quentinhas nas mãos e garrafões de suco nos om-bros, o grupo de “amareli-nhos” anunciava que Jesus Transforma. A mensagem transmitida abria portas e garantia acesso irrestrito aos drogados. A presença de Cristo também organizava o caos, formando uma fila respeitosa e comportada. Eram os alimentos espiritual e físico gerando vida.

Em meio à turba, alguns rostos eram reconhecidos pelos alunos (líderes da mis-são em fase de formação) da Cristolândia. “Aquele ali fumava comigo”. De repente veio a ele um rosto familiar e um abraço inespe-rado surgiu, seguido de con-fiança e desabafo: “Cara, não acredito que é você. Eu também pretendo sair

dessa vida, mas ainda não tenho forças”, disse um dos usuários. Ele foi acolhido, compreendido e de seus olhos brilhou uma fagulha de esperança. Havia uma sa-ída. Havia quem apontasse o Caminho.

Entre os voluntários da-quele dia estava Sara Silva, da Igreja Batista do Tauá. Emocionada com a experi-ência, ela confessou: “Sem-pre foi um sonho participar de um projeto social e des-de que o pessoal do coral (da Cristolândia) foi à minha igreja, eu fiquei impactada. Fui conhecer o projeto na Central do Brasil, mas hoje também não resisti e vim. É um trabalho lindo e gostaria de continuar participando disso”. O seminarista Diogo Santos, da Igreja Batista Be-tel de Resende, é outro apai-xonado pelo trabalho de-senvolvido na Cristolândia. Antes de conhecer missões, refletia o evangelho apenas sob a perspectiva litúrgica, mas hoje vive para a trans-formação de vidas. “Depois que conheci missões, vi que o meu evangelho era total-mente diferente da proposta de Cristo. Evangelho são vidas, transformação através de Cristo. Fazer isso é sim-ples, é só ir. No caminho você vai aprendendo como fazer porque as pessoas não estão se importando com o que você sabe ou deixa de saber, eles querem simples-mente o Jesus que é capaz de transformar”.

A ação também chamou a atenção de quem passava pelo local. Olhares acom-panhavam cada movimen-tação e, do trânsito, um ou outro motorista demostra-va irritação quanto ao que acontecia, lançando pala-vras impiedosas: “Tem que deixar morrer!”. Por outro

lado, havia também os que se admiravam, parabenizan-do os voluntários pelo belo trabalho. Naquele dia um senhor decidiu deixar para trás as drogas e seguiu para a Cristolândia, disposto a seguir os passos de Cristo. Talvez essa tivesse sido sua última chance. Deus sabe.

Mutirão SocialEm outra ocasião, no dia

20 de outubro, dois ônibus chegaram ao Centro de For-mação Cristã de Rio Bonito. Eles traziam alunos e pro-fessores da Universidade do Grande Rio (Unigranrio) para a realização de atendi-mentos nas áreas jurídica, médica, odontológica e de serviço social. Cerca de 140 internos da Cristolân-dia foram beneficiados, tendo acesso a cuidados que somam ao processo de dignificação humana. A parceria com a Unigranrio foi viabilizada pela irmã Márcia Lopes que, ao ouvir falar sobre a Cristolândia no Acampamento de Promoto-res de Missões do RJ, sentiu o desejo de se aproximar deste projeto da JMN.

“Não sou funcionária da universidade, mas traba-lho em uma instituição que funciona dentro da mesma. Ali eu vi a oportunidade de estar fazendo contato com as pessoas da área da saú-de, mas, após uma reunião com a diretoria da Unigran-rio, vimos que outras áreas também poderiam partici-par”, lembrou Márcia, que é membro da Igreja Batista do Bosque do Ipê, em Du-que de Caxias. “Eu agradeço muito a Deus porque foi uma oportunidade única que tive. Não tenho recurso nenhum para ajudar a Cris-tolândia, mas sabia que a universidade tinha esses re-

cursos. Então eu vi a neces-sidade e pensei: ‘se eu pelo menos perguntar se podem fazer...’ E agora estamos aí com a odontologia, enfer-magem, jurídico, serviço social e a possibilidade de atendimento ambulatorial também”, completou.

Para o professor de Direi-to Juarez da Silva Rezen-de, que também é membro da Igreja Batista Memorial de Mesquita, a parceria foi positiva, fazendo valer a garantia à salvação eter-na e a reinserção social. Analisando cada caso e dando orientações sobre a regularização de possíveis pendências com a Justiça, ele afirmou: “Alguns são crimes de médio potencial ofensivo, podendo ser a pena privativa de liberdade substituída por prestação de serviço à comunidade, o que pode viabilizar tanto a reinserção física, quanto evidentemente o restabele-cimento espiritual, que é o grande projeto de salvação deles”. Uma das alunas do curso que esteve contribuin-do com a análise jurídica foi Verônica. Para ela, foi uma experiência importante. “A gente conheceu pessoas que foram transformadas através de um projeto muito bem estruturado e que não termina aqui, mas engloba vários pontos que a pessoa precisa para ter uma vida digna, pra voltar dentro de uma sociedade que é até preconceituosa. Foi uma experiência gratificante de exercer a profissão que você quer para a vida toda em be-nefício de outras pessoas”.

A professora Anadir Her-dy, diretora da Escola de Odontologia e coordena-dora da caravana da Uni-granrio, contou que apoiar a Cristolândia era um sonho

de sua mãe, já falecida. Du-rante a abertura do mutirão social, na capela do CFC Cristolândia, ela se emocio-nou e agradeceu o apoio de alunos, professores e à JMN pela parceria.

Também participaram do mutirão social voluntários das Igrejas Batistas Bosque do Ipê e Bacaxá. Eles apoia-ram com a alimentação dos a lunos e demonstraram grande amor pela obra mis-sionária. Presente à ocasião, o pastor José Ricardo - IB Bosque do Ipê – falou sobre o apoio que a igreja tem dado aos projetos da JMN. “Como igreja começamos a buscar um projeto missioná-rio que fosse parte do nosso momento com missões e encontramos o projeto de Linda Flor (RN). Em meio a tudo isso, sempre de olhos naquilo que o senhor está fazendo, através da irmã Márcia, encontramos uma porta de parceria com a Unigranrio. Com isso tam-bém desejamos acompanhar de perto esse movimento e estamos aliançando uma nova parceria com a Cris-tolândia para que possa-mos avançar. Acredito que é um privilégio nosso de participar de um projeto tão extraordinário, que está na vanguarda do enfrentamen-to à dependência química”.

Os desafios se apresen-tam todos os dias, a todo instante. Mas você pode fazer a diferença, mobi-l izando outros para que juntos possamos ser luz em um Brasil em trevas. Se este é o seu desejo, torne-se um parceiro da Cristolândia, entrando em contato através da central de atendimentos (4007-1075 / 0800-1818 / 21.2107-1818), ou pelo e-mail [email protected].

Na vanguarda do combate à dependência química

Momento da abordagem aos usuários de craque na Avenida Brasil Alunos e professores se apresentam aos internos da Cristolândia

Foto: Selio Silva

8 o jornal batista – domingo, 04/11/12 notícias do brasil batista

Lyncoln AraújoPresidente dos Diáconos Batistas do Brasil

Contando com cerca de 500 diáconos inscritos, foi rea-lizado nos dias 18

a 20 de outubro, na PIB de Niterói, o I Congresso dos Diáconos Batistas das Amé-ricas (I CONAM). O tema do Congresso foi “Diáconos

Desafiados a ser Padrão de Integridade”.

As reuniões foram bas-tante concorridas, contado sempre com a presença em média de 700 diáconos. Mensagens e palestras inspi-radoras motivaram diáconos e diaconisas a almejarem ser padrão de integridade nas sociedades onde vivem.

Os oradores do I CONAM foram os Prs. Ney Ladeia,

José Laurindo Filho, Olivei-ra de Araújo e Iván Martí-nez (Presidente da UBLA - Associação Batista Latino Americana).

No culto de abertura do I CONAM estiveram presen-tes os Prs. Sócrates Oliveira (CBB), Geraldo Jeremias (CBF), Fernando Brandão ( J M N ) , L a u r o M a n d i r a (JMM), Davidson Freitas (STBSB). Estiveram também

ministrando em Câmaras Temáticas os Prs. Edgard Barreto, Francisco Veloso, Samuel Mouta (JMN), Adil-son Santos (JMM), Gilson e Elizabeth Bifano.

Das caravanas dos Esta-dos Brasileiros presentes destaque para a Fluminense (230), Pernambuco (58) e Minas Gerais (43) inscritos.

Duas resoluções foram aprovadas pelo I CONAM.

A primeira que seja en-viado pedido formal dos D i á c o n o s B a t i s t a s d a s Américas à UBLA (União Batista Latino Americana), pedindo a criação na UBLA de um Departamento de Diáconos. A segunda que seja realizado em outubro de 2015, em local a ser definido, o II Congresso dos Diáconos Batistas das Américas.

Fotos: Selio Morais

Diáconos das Américas realizam I Congresso

9o jornal batista – domingo, 04/11/12notícias do brasil batista

Dailson Oliveira dos SantosPresidente da UMHBB

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evange-lho a toda criatura” (Marcos 16.15).

Inspirados na palavra, nós, batistas, sempre fo-mos conhecidos como um povo que ama evan-

gelismo e missões e é exata-mente por isso que sempre estamos dispostos a levar uma palavra de conforto aos perdidos. Através do evan-gelho de Jesus Cristo nosso Senhor e foi inspirados pelo versículo acima, que os ho-mens batistas brasileiros, não deixando de lado o ardor missionário e a responsabili-dade de resgatar almas para Cristo, o Senhor.

Sempre sensíveis à neces-sidade de levar a Palavra do evangelho a toda criatura não esmorecem nessa tarefa de testemunhar o nome do Senhor. Desta forma, o mês de outubro e em especial o período de 02 a 15 fica-rá marcado para sempre na memória e no coração de cada batista amapaense e de cada homem e mulher batista brasileiro presente neste projeto de Deus que a UMHBB (União Missionária de Homens Batistas do Brasil) denomina MUNAMI (Muti-rão Nacional Missionário). Este foi o 15º MUNAMI rea-lizado pela UMHBB. Foram 148 irmãos representando as Convenções do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Per-nambuco, Rondônia, Rio de Janeiro (Cariocas e Fluminen-ses) e Amapá, os missionários realizaram diversas visitas levando uma palavra, oran-do, entregando literatura e convidando para o culto que seria realizado logo mais a noite. Mas nem todos saíram às ruas, muitos trabalharam na construção de mais um templo batista. Foi erguida a 4ª Igreja pelos Homens Ba-tistas Brasileiros (a UMHBB já deixou um templo cons-truído em Rio Branco – AC em 2009, Nobres – MT em 2010, e Godofredo Viana – MA em 2011).

Inicialmente a UMHBB tinha como meta uma dimen-são 8x12, o qual foi alterado para 8x15, na sua finalização por desejo da Igreja local er-gueu-se um templo de 8x20, com piso, forro de PVC, três banheiros sendo um para pessoas com necessidades especiais. Foram investidos nesta obra maravilhosa apro-ximadamente R$169.000,00 sendo R$120.000,00 inves-tidos pelos MUNAMISTAS

com passagens, refeições e hospedagens e R$49.000,00 investidos na construção do templo pela UMHBB.

A inauguração ocorreu no dia 12 de outubro às 19h30 com o novo templo lotado, inclusive com uma multidão de pessoas do lado de fora. Momentos antes do culto de louvor e gratidão a Deus houve o descerramento de uma placa de inauguração do Templo da IB em Vitória do Jarí, pela diretora execu-tiva da Convenção Batista Amapaense, irmã Rosangela Maia, e pelo 1º vice-presi-dente da UMHBB, o valoro-so homem batista capixaba

15o MUNAMI... Bênçãos dos Céus

Foi formada uma Embaixada na congregação local

Homens usados por Deus na missão da construção

Templo começa a ganhar forma em Vitória do Jarí

Muitos aceitaram a Cristo no evangelismo de casa em casa

Inicio das obras

MUNAMISTAS no projeto Kids Games

Irmãos que lideraram o evangelismo

Cerca de 500 crianças participaram do projeto Kids Games

Alonso Coutinho. No culto houve a participação musical do Conjunto Masculino Mis-sionário de Guarapari (ES). A mensagem bíblica ficou sob a responsabilidade do Presi-dente da UMHBEES, o queri-do irmão Adão Satil. Foram diversas lideranças envolvi-das como Coordenadores de Evangelismo, Kids Games, Coordenadores de Constru-ção, todos com a mesma visão missionária de realizar esta obra maravilhosa.

Queremos deixar nossa eterna gratidão ao apoio ir-restrito da irmã Rosangela Maia – atual diretora execu-tiva da Convenção Batista

Amapaense; bem como a Missionária Eliane Graça – ex – Executiva da Conven-ção Batista Amapaense; a PIB em Monte Dourado na pessoa dos pastores Elias e Francisco. Aos missionários locais, Giovane – pastor da Congregação Batista em Vila Munguba, Paulo, pastor da Congregação de Vitória do Jarí e a toda a liderança da UMHB Amapaense, em espe-cial ao seu presidente pastor Jorge Sarmento e ao diretor executivo Hebson Kleber.

No dia 14 foi realizada a Reunião do Conselho da

UMHBB, quando na oportu-nidade foi apresentado o Pro-jeto de visão missionária até o ano de 2014. Após o MU-NAMI todos voltaram para suas casas com o sentimento de dever momentaneamente cumprido, porque de fato a obra de Deus ainda prosse-guirá até o momento em que Ele volte para arrebatar sua igreja. MARANATA VEM SE-NHOR JESUS! Agradecemos ao nosso Bendito e Soberano Deus que permitiu que a diretoria da UMHBB e cada MUNAMISTA participassem deste projeto missionário.

10 o jornal batista – domingo, 04/11/12 notícias do brasil batista

Pastor Sidnei da Silva XavierPresidente da Associação Batista PetropolitanaPastor da IB da Esperança no Bairro São Sebastião, Petrópolis, RJ

“Portanto, queridos irmãos, continuem fortes e firmes. Continuem ocupados no tra-balho do Senhor, pois vocês sabem que todo o seu esforço nesse trabalho sempre traz proveito” (I Coríntios 15.58).

Em 28 de julho de 2012, no Templo da Igreja Ba-tista em Corrêas, no mu-nicípio de Petrópolis,

na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, em Assembleia especialmente convocada para tal fim, foi homologada a orga-nização da Associação Batista Petropolitana. Com a presença de trinta e sete irmãos, proce-dentes de onze, dentre as qua-torze Igrejas Batistas sediadas nesse município.

Com a aquiescência dos presentes foi constituída a seguinte diretoria:

Presidente da ABAPE: Pr. Sidnei da Silva Xavier, Igreja Batista da Esperança.

Primeiro Secretário: Pr. Claudio Guariza, Igreja Batista Vila Rica.

Leonardo Davi SantanaPastor da IB em Novo Parque, Cachoeiro de Itapemirim

O pastor Paulo dos Santos Queiroz completou 37 anos de Minis-

tério da Palavra. Foi pastor no Estado de Pernambuco, na Igreja Batista de Aliança, onde foi consagrado em

Primeira Tesoureira: Dcª. Jarlita do Couto Alves, PIB Quitandinha.

Presidente da Ordem dos Pastores: Pr. Paulo Henrique de Souza, IB Memorial.

Presidente da ADIBERJ Secção Petrópolis: Dc. Jodiel Correa, SIB Petrópolis.

Presidente da UFMB: Edna Antunes Barreto dos Santos, SIB Petrópolis.

Pres idente da UMHB: Sinval Viana da Silva, SIB Petrópolis (na foto a direita).

Presidente da JUBAPETRO: Osmar Penido, PIB Alto da Serra.

Coordenador de Eventos: Luciano Osório, Igreja Batista da Esperança.

A geografia do sul da região do Vale Paraíba

Serpeada pelo imponen-te rio Paraíba do Sul e seus afluentes, os rios Paraibuna e Piabanha, a extensa área geográfica contempla em sua topografia, vários municípios que formam a próspera região do Vale do Paraíba no Sul no Estado do Rio. Areal, Para-íba do Sul, Sapucaia e Três Rios são quatro, para efeito associacional da Convenção Batista Fluminense, em cujo contexto às quatorze Igrejas

1975. Na Bahia pastoreou as igrejas: PIB de Cama-can; IB de Uruçuca; IB de Ibicaraí, quando organizou a IB de Floreta Azul; PIB de Medeiros Neto. No Es-pírito Santo: PIB de Pedro Canário; IB do Paraíso em Cachoeiro de Itapemirim.

É membro da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, sob o nº 9390. Estudou no Seminário do Norte, sen-

Batistas de Petrópolis estavam inseridas pela abrangência estatutária da Associação Ba-tista Paraibana. Nesse relevan-te campo missionário estão plantadas igrejas em pontos equidistantes, com estrada pedageada, contribuindo para que a mobilidade seja extraur-bana, assim exigindo maior demanda de tempo nos des-locamentos dos incansáveis irmãos para comparecimento nas abençoadas Assembleias, reuniões de departamentos e cultos, bem como dos pas-tores, que por força do santo ofício, compromissados com eventos distintos por vezes na mesma data.

O desmembramentoFace o acima exposto, foi

criado um Grupo de Trabalho (GT), com a devida deferência da mencionada Associação, para uma pesquisa de opinião dentre os irmãos petropolita-nos sobre a possibilidade do desmembramento de forma ética, ordeira e cristã, para que, em tempo oportuno e dentro dos tramites legais, fosse organizada a Associação Batista Petropolitana. Após várias reuniões elucidativas, aprouve em assembleia reali-zada no dia 30 de março de

do o orador da turma, em 1976. É casado com Anália Queiroz, tem dois filhos M.M. Paulo Queiroz Jr., da Igreja Batista do Méier (RJ); Wagner Queiroz, empre-sário.

Atualmente é membro da IB em Novo Parque, Ca-choeiro de Itapemirim (ES), atuando como Diretor do “Ministério Esperança” da Igreja.

2012, no templo da PIB do Alto da Serra em Petrópolis, com a presença de trinta e sete irmãos oriundos de doze, das quatorze igrejas, eleger uma diretoria provisória, para a partir de então, elaborar o estatuto e prosseguir com os tramites legais, sempre norteados pelos princípios éti-cos, democráticos e cristãos, aspectos biblicamente legíti-mos, peculiares aos batistas.

As Igrejas afiliadas à nova Associação por carta de ade-são, continuam em tom unís-sono com a plena liberdade de antes para conduzirem as suas atividades afins, dentro do que preceitua a Declaração Doutrinária da CBB, como expressão fiel da Verdade Di-vina, bem como a Bíblia como única regra de fé e prática, não havendo nenhuma literatura complementar por maior ex-celência de conteúdo, bem como nenhuma doutrina que não seja as dos Apóstolos, preservando a Identidade De-nominacional Batista.

Afluência aos cultos e reuniões deliberativas

Dentro da realidade de agrupadas no município de Petrópolis, as igrejas reúnem--se regularmente, aos quartos

sábados, em templos previa-mente estabelecidos, para planejar e executar projetos de sua competência e a reali-zação dos cultos inspirativos, organizados e dirigidos pelos Departamentos: Ordem dos Pastores; Diáconos; UMHB; SFMB; e a JUBAPETRO man-tendo acesa a chama do sau-dável convívio exercendo o espírito de estímulo na esfera associacional.

Por outro lado, com mobi-lidade urbana local, nota-se acentuada frequência às ativi-dades por números maiores de famílias, jovens, adolescentes e crianças, bem como pelos irmãos da terceira idade que usufruindo o direito ao trans-porte gratuito, contribuem para que as reuniões e os cul-tos sejam mais concorridos.

Oração é a táticaAtendendo à solicitação

amorosa do pastor presidente, às terças feiras, os pastores das igrejas associadas, se reúnem especificamente para oração em prol das atividades asso-ciacionais, bem como pelo ministério de cada qual e respectivas membresias.

Ao Senhor Jesus, esperan-ça nossa, toda honra e toda glória.

Organização da Associação Batista Petropolitana

37 anos abençoando vidas

11o jornal batista – domingo, 04/11/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O casal Pr. Geraldo e Elvira Rangel foram homena-geados por Mis-

sões Mundiais em um culto de ação de graças pelas três décadas que os missionários passaram no Uruguai teste-munhando o Evangelho de Cristo.

O gerente de Missões, Pr. Lauro Mandira, lembrou que o Pr. Geraldo e a irmã Elvira foram nomeados mis-sionários em 1974 e segui-ram para o Uruguai no ano seguinte.

“Estamos na Junta de Mis-sões Mundiais desde o dire-tor executivo Alcides Telles de Almeida. Depois vieram o Pr. José dos Reis Pereira, o Pr. Waldemiro Tymchak, o Pr. Sócrates Oliveira e hoje o Pr. João Marcos Bar-reto Soares”, disse a irmã Elvira.

“Louvamos a Deus por todos os executivos e co-ordenadores, que sempre estiveram do nosso lado. A Deus toda a glória”, acres-centou.

E lv i r a t ambém se rv iu como diretora executiva da União Feminina Missionária

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

Aconteceu, ent re os dias 18 e 20 de outubro, o 1º Con-gresso de Diáconos

Batistas das Américas, in-titulado de I CONAM. O evento – promovido pela Associação dos Diáconos Ba-tistas do Brasil (ADBB) – foi realizado na Primeira Igreja Batista de Niterói/RJ, e teve como preletores os pastores Ney Silva Ladeia, Oliveira Araújo, Sócrates Oliveira e José Laurindo Santos (Brasil), Raimundo Barreto e Truman Herring (EUA) e Iván Marti-nez (Venezuela).

O I CONAM contou com a presença de mais de 500 irmãos, entre diáconos e diaconisas do Brasil e de outros países da América Latina. Além desses, estive-ram presentes representantes e missionários de Missões Mundiais e Nacionais. Estão sendo preparadas edições do CONAM em Assunção, no Paraguai, e Caracas, capital da Venezuela.

Batista do Brasil (UFMBB) em 2005. Grata ao Senhor por ter sido missionária, ela disse que continuará exer-cendo este ministério.

O Pr. Geraldo Rangel, que de 2004 a 2011 serviu como missionário mobili-zador no Estado de Minas Gerais, contou histórias de conversões e batismos du-rante o tempo no Uruguai, “país que pode ser consi-derado a Janela 10/40 da América Latina”.

“Quando nós estávamos nos preparando para ir ao Uruguai, me lembrei da Grande Comissão”. O Uru-guai é um país onde os missionários f icam uma média de cinco anos. Ou-tros ficam menos devido aos resultados muito lentos,

Na Noite Missionária, as Juntas da Convenção Batista Brasileira apresentaram desa-fios da obra de evangelização no Brasil e no mundo com depoimentos de missionários do Projeto Radical Brasil e de dois haitianos. Ao saber um pouco sobre o que Deus tem feito através de Seus servos e de outros projetos missioná-rios como o Radical Sênior, os congressistas ficaram impac-tados. Após a palavra do Pr. Adilson Santos (coordenador de mobilização missionária de Missões Mundiais), mos-trando alguns desafios da obra mundial, muitos abraçaram os desafios missionários. “Só mesmo no poder do Espírito de Deus é que pessoas podem ser alcançadas com o Evange-lho de Cristo e transformadas para a Sua glória”, disse o Pr. Adilson.

Pr. Elbio Márquez (coorde-nador do Projeto Radical Sê-nior) desafiou os irmãos que estão entrando na terceira idade a não ficarem em casa, depois da aposentadoria, e apresentou esse projeto, criado especificamente para pessoas com mais de 50

mas Deus nos deu a graça de permanecer ali por mui-to tempo”, disse.

“A missão de Cris to é grande. Jesus é suficiente e se faz presente nas horas mais difíceis. Portanto, de-vemos confiar no Senhor perpetuamente porque Ele é uma Rocha Eterna”, de-clarou.

Visivelmente emociona-do, o Pr. Geraldo recebeu das mãos do Pr. João Mar-cos, diretor executivo de Missões Mundiais , uma placa em reconhecimento aos 30 anos de atuação no Uruguai e ao período de sete anos servindo como missionário mobilizador em Minas Gerais.

“Com certeza, esta placa não seria necessária para

anos de idade. Deus está realizando maravilhas atra-vés da vida e testemunho de quatro irmãs que com-põem a primeira turma do Radical Sênior. O Pr. Elbio encorajou os irmãos a parti-ciparem da obra missionária e rogou ao Senhor para que envie obreiros para a seara. Após o apelo, um grande grupo se apresentou para ir aos campos; outros se dis-puseram em orar e ofertar financeiramente pela obra de evangelização mundial.

Radical SêniorO Radical Sênior é uma

parceria de Missões Mun-diais com a União Batista

lembrar tudo o que Deus fez, mas queremos que ou-tras pessoas, ao verem esta placa, saibam da gratidão dos batistas brasileiros”, disse o Pr. João Marcos ao entregar a placa, assinada também pelo diretor geral

Latino-Americana (UBLA). No I CONAM, dezenas de irmãos aceitaram os desafios apresentados e preencheram fichas para participar desse projeto. A irmã Alcinéa Maia, membro da PIB de Niterói, é uma dessas pessoas. “Sou professora e recebi de Deus o dom do ensino. Tudo o que sou e tenho vem do Senhor. Minha experiência no Con-gresso de Diáconos Batistas foi indizível. O caminho foi aberto por Deus, desde meu envolvimento na câmara te-mática em campos missio-nários. A explanação do Pr. Elbio, sobre o que é ser um Radical Sênior, me fez en-tender porque Deus me tem

da Convenção Batista Bra-sileira, Pr. Sócrates Oliveira de Souza.

Ao final do culto, o co-ordenador de Mobilização Missionária, Pr. Adilson Santos, orou pela vida e família do casal.

quebrantada e moldada. A minha chamada para a obra missionária se confirmou quando o Pr. Adilson Santos elucidou sobre a proposta das viagens missionárias que são realizadas por Missões Mundiais. Deus é maravilho-so!”, disse Alcinéa.

Se você tem mais de 50 anos, ama anunciar o Evan-gelho de Cristo e está dis-posto a viver uma aventura missionária, seja um Radical Sênior. Use seus dons e talen-tos para ajudar diretamente uma comunidade ou igreja na América Latina.

Inscreva-se através do site: radicallatino.org ou jmm.org.br.

Missionários recebem homenagem por 30 anos de serviço no Uruguai

Radical Sênior impacta diáconos em congresso

Pr. Iván Martinez ora pela vida dos representantes da JMM e JMN

Pr. Elbio Márquez e irmã Alcinéa Maia

Pr. Geraldo e Elvira Rangel foram enviados ao Uruguai em 1975Pr. Geraldo e Elvira Rangel foram homenageados pela JMM

12 o jornal batista – domingo, 04/11/12 notícias do brasil batista

Sandra NatividadeColaboradora de OJB, Aracaju

Dentro da temá-tica “BATISTAS S E R G I P A N O S R U M O A O

CENTENÁRIO”, a Igreja Batista Alvorada, come-morou seus onze anos de fundação. Em 20 de outu-bro de 2001 foi organiza-da pela PIB de Aracaju a então Igreja Batista Nova Saneamen to , na época c o m 3 4 m e m b r o s . E n -quanto congregação essa instituição passou desde 1995 ainda vinculada a Igreja Batista da Esperan-ça pelos seguintes locais, in ic ia lmente no Ba i r ro Grageru, cessando a de-pendênc ia com a I g re -ja Batista da Esperança, posteriormente absorvida como congregação da PIB de Aracaju, instalando-se no Co lég io Amer i cano Bat i s ta . Assumiram sua liderança: a missionária Maria do Socorro Diniz e os pastores Edinisio de Assis e Derli Machado de Oliveira.

Pastor Edinisio de Assis retomou pela segunda vez a administração da igreja encetando trabalho diutur-no visando junto à mem-bresia adquirir um local propício para instalação da instituição, até então, mo-destamente abrigada nas dependências do Colégio Americano Batista numa área de expansão da cida-de de Aracaju, circundada por prédios residenciais e forte concentração comer-cial. Nessa administração houve alguns implementos

- mudança da designação de Nova Saneamento para Igreja Batista Alvorada e a aquisição de um imóvel na Avenida Edézio Vieira de Melo onde foi empreendi-da a construção do templo. Como resultado, no dia 15 de outubro de 2006 já se fazia a mudança definitiva para o novo prédio.

A Igreja Batista Alvorada organizou duas congrega-ções na capital, uma no loteamento Jardim dos Co-queiros no Bairro Jabotiana e outra no Jardim Imperial.

Depois de intenso labor verificado através da mu-dança do lócus inicial e do trabalho evangelístico compromissado, come-morou no período de 17 a 21 de outubro de 2012 seus onze anos de organi-zação com programação diversa, inicialmente na congregação Jardim Impe-rial seguido por Série de Conferências tendo como preletor o pastor Danilo Dias, da Igreja Batista em Maruim (SE), culminando com celebração do aniver-sário da Igreja e realização de batismos. De seu minis-tério pastoral participam: Edinisio de Assis, presi-dente; Christian Almeida, Renato Ramalho Motta e Edson Benicio.

Depoimentos colhidos durante as celebrações:“Tudo o que sei sobre

cristianismo e princípios cristãos, aprendi com os meus pais, mas especifi-camente com o meu pai Edinisio de Assis”, Elton Vespaziano de Assis.

“Queira ou não, é um marco de identidade do campo batista sergipano,

é uma igreja que tem visão missionária, abraça, ani-ma, enfim, acolhe os obrei-ros”, Christian Almeida, ministério pastoral da IBA.

“Sou feliz por participar da Igreja Batista Alvorada, ela é a continuação da mi-nha casa”, Luziana Soares

da Si lva, Coordenadora interina da MCA.

“Igreja Alvorada represen-ta exatamente a possibilida-de de continuar trabalhando junto ao pastor que trouxe a mensagem do evangelho a minha pessoa, isto em 1984, ainda na Igreja Batista

Castelo Forte. De lá para cá, temos trabalhado juntos na primeira etapa no CAB e há quatro anos plantando uma Congregação Batista Alvorada no loteamento Jar-dim dos Coqueiros”, Renato Ramalho Motta, ministério pastoral da IBA.

IB Alvorada comemora aniversário

Igreja agradece a Deus mais um aniversário

OBITUÁRIO

Getulio Gonçalves da Silva

Getulio Gonçalves da Silva

13o jornal batista – domingo, 04/11/12notícias do brasil batista

Por André William

“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (II Timóteo 2.24).

Escrever sobre o meu pai, pastor Getulio Gonçalves da Silva, é mais que uma honra

para mim, honrá-lo dessa maneira é o mínimo que poderia fazer a alguém tão dedicado a família, irrepreen-sível em seus atos familiares e no exemplo da perfeição na busca e entendimento de Deus.

Sempre cresci ouvindo as histórias dos meus tios acerca do meu avô que era muito bravo e como meu pai her-dara tal intolerância, mais tais histórias se contradiziam com o carinho e atenção que meu querido pai demonstrava no ceio da família, sendo um homem sempre presente, amável, respeitador, honesto, temente a Deus. Tudo isso era explicado nas palavras do meu tio e pastor Pedro

Gonçalves da Silva e nas palavras do próprio pastor Getulio Gonçalves da Silva, meu pai, que num desses cul-tos próximos onde moravam na Igreja Batista Macedô-nia, em São Paulo, ambos se converteram. A mudança foi tão forte que da pessoa mais temível e odiada na casa da minha avó, sendo ele ainda solteiro, tornara-se a pessoa mais amável e presente.

Como pastor amava suas ovelhas, como ele mesmo dizia era um pastor de gen-te que gostava de gente e não só focado nos púlpitos. Conseguia de certa maneira atingir os corações e se tor-nar inesquecível por quem o conhecia mais de perto. Consagrava-se em jejum, meditações e orações em madrugadas de tal forma, que o vi muitas vezes nesse seu momento, nunca vi ou ouvi meu pai levantar a voz em casa com a minha querida mãe e não me lembro de pa-lavras ásperas saindo de sua boca, que transmitia tão belas mensagens. Mesmo na dolo-rida doença auto imune que

o atingiu nos últimos meses (pênfigo vulgar), a qual ma-chucou sua pele e dificultava fazer coisas simples, as quais antes sempre fazia com muita saúde e disposição.

Infelizmente uma com-plicação pulmonar que se espalhou para os outros ór-gãos, possivelmente porque sua imunidade estava baixa, devido à doença da qual se recuperava há alguns meses o fez falecer. Mas este ho-mem do qual escrevo, não tenho dúvida, está no Pa-raíso, nos lugares celestiais preparados para os santos que se converteram, porque nunca conheci alguém tão preparado quanto ele.

Qualquer homenagem ao meu pai seria pequena pelo exemplo de vida e o que ele significou para tantas pesso-as. Humildade, simplicidade, honestidade, paixão e amor pela obra de Deus, sinceri-dade, coragem, disposição, integridade, sabedoria, tudo isso nós que ficamos aqui perdemos. Mas agradeço a Deus por todos os anos que me permitiu viver com esse

homem que a cada dia se tornava tão diferente des-se mundo e um verdadeiro peregrino do mundo que vivemos.

A falta será grande, a Mis-são Batista da Paz qual exer-cia seu ministério chora, minha querida mãe chora, a família chora, os amigos

choram, mais levantaremos a cabeça porque assim faria meu corajoso e fiel pai Ge-tulio Gonçalves da Silva se estivesse ainda aqui.

André William Oliveira da Silva, William Jeosafa Olivei-ra da Silva, Ivone Oliveira da Silva e Danielle Leite de Lemos Oliveira.

14 o jornal batista – domingo, 04/11/12 ponto de vista

Francisco Helder Sousa CardosoPastor auxiliar na IB Equatorial (Belém, Pará)Presidente da Juventude Batista do Pará

8.847 mil: Esse é o número de pastores batistas atualmente filiados à OPBB (Or-

dem dos Pastores Batistas do Brasil). Se considerarmos todas as denominações evan-gélicas em nosso país, o nú-mero de pastores pode ultra-passar 200 mil. Além disso, outro número estratosférico chama a nossa atenção. O IBGE acusou, há alguns me-ses, o que já se esperava: somos quase 30 milhões de evangélicos espalhados pelo solo brasileiro. A despeito de tudo isso, fatos nos dão conta de que caminhamos para um colapso moral e religioso em nossa nação.

Os escândalos protagoniza-dos por pastores evangélicos surgem com força e velocida-de de enxurrada. Anos atrás, o programa “Fantástico” (da Rede Globo) pulverizou para todo o país a história do “pastor” que atuava em terras capixabas e que, para surpresa geral, alegava ter encontrado a base bíblica que legitimava sua relação poligâmica. Sim, ele jurava de “pés juntos” que a ordem havia sido dada pelo próprio Deus, e que, inclusive, estava claramente prescrita na Bíblia Sagrada, em Oséias 3.1. À época, o próprio repórter da Rede Globo, numa simples e adequada leitura bíblica, corrigiu a escandalosa in-terpretação. Apesar de ser um caso curiosíssimo, não pretendo explorá-lo. Tam-bém não desejo ressuscitar o caso do “pastor” e deputado ‘candango’ que, após receber a abençoada propina, orou com seus comparsas, agra-decendo a Deus por aquela jubilosa “dádiva” alcançada.

Mais recentemente, um in-trigante (e já esperado!) caso alcançou notoriedade nacio-nal. A acirrada disputada pelo “poder” levou ao “ringue” as mais “poderosas” e endi-nheiradas estrelas do atual movimento gospel do Brasil. Palavras ferinas, desmascara-mento de técnicas de persua-são das multidões, exposição de patrimônios milionários, acusações infames, rogação de pragas e maldições foram apenas algumas das armas usadas pelos magnatas. Ho-ras a fio têm sido gastas na caríssima TV aberta a fim de desprestigiar concorrentes e adversários religiosos. Nessa versão moderna de “guerra santa” as consequências têm sido catastróficas.

Estes são apenas alguns exemplos das desastrosas e aberrantes ações cometidas por alguns líderes evangélicos brasileiros. Como consequên-cia imediata, visualizamos o desprestígio e a ridiculariza-ção do verdadeiro Evangelho no coração de milhões de pessoas Brasil afora. É pos-sível imaginar a imensidão de incrédulos que, diante de tantos escândalos e absur-dos, evitarão se aproximar do Deus que, supostamente, rege a vida de tais líderes.

E não para por aí. Outra consequência negativa é o desgaste da imagem pasto-ral. Atualmente, no Brasil, a designação “pastor” virou motivo de rejeição e chacota. Apresentar-se como pastor é correr o risco de ser auto-maticamente assimilado a mercenário, salafrário, 1.7.1, larápio, trapaceiro, guloso por dinheiro e a vários outros pe-jorativos da mesma espécie. Geralmente, quando explico a algum não-evangélico que sou pastor, preciso gastar um tempo explicando que não sou ladrão ou algo do gênero. A que triste ponto chegamos. Diante de um cenário tão conturbador como esse, pro-ponho uma breve análise da aludida situação. Para nosso refrigério, apresento também o único antídoto capaz de exterminar esse mal. Vamos aos fatos.

Há mais de 300 anos o in-fluente líder inglês Richard Baxter destacou que “Se Deus reformasse o ministério, fa-zendo cada um cumprir zelo-sa e fielmente os seus deveres, o povo certamente seria re-formado...”. Eis uma grande verdade e necessidade: Cada pastor deve cumprir zelosa e fielmente sua tarefa, sua mis-são, do contrário, seu rebanho não mudará. Assim, remeto este apelo aos líderes que atuam em nosso Brasil. Sim, pois creio que somente com a graça e direção de Deus (e com a coragem e compro-misso dos nossos líderes) é que poderemos reverter esse quadro tão alarmante.

Pastores devem entender que, biblicamente, sua res-ponsabilidade prioritária é a pregação da Palavra de Deus (à qual se apõe, naturalmen-te, o apascento do rebanho). Talvez seja essa hoje uma das nossas maiores carências e deficiências. Percebe-se que é crescente o número de pastores que não priorizam o ensino e pregação da Pala-vra de Deus em suas igrejas. Como consequência inevitá-vel vemos ovelhas cada vez mais desnutridas da saudável ração bíblica e que, por tal carência, empanturram-se com várias inutilidades que

estão espalhadas por aí (sin-cretismo, misticismo, psicolo-gismo, heresias e por aí vai...). Resultado: Raquitismo e baixa imunidade espiritual que as torna vulneráveis a tudo, até mesmo ao mais simples vento de doutrina.

A proclamação da Palavra deve ser prioridade máxima no Ministério Pastoral. Em Atos 2, os apóstolos toma-ram uma decisão histórica e balizadora para as gerações seguintes: “Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós aban-donemos a Palavra de Deus para servir às mesas... E, quan-to a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra... Assim, crescia a palavra de Deus, e, em Jerusa-lém, se multiplicava o número dos discípulos” (Atos 6.2,4,7). Não havia demérito algum em servir às mesas, mas aquela não era a prioridade dos seus ministérios. Não há impedi-mento algum a que o pastor se envolva diretamente em múltiplas ações eclesiásticas, mas somente deve fazê-lo após ter “se afadigado na Pa-lavra e no ensino” e na oração (cf. I Tim. 5.17 e Atos 6.2-7).

Nesse sentido, deve-se en-tender que proclamação bíbli-ca pressupõe e exige prepara-ção prévia. Devemos dar um basta ao improviso e acomo-dação (e, às vezes, à embro-mação). De uma professora do Estado de São Paulo ouvi a seguinte pérola: “Quem quer se levantar para ensinar deve sentar para aprender”. Verdade simples e óbvia, mas evidentemente negligenciada hoje em dia.

Igual a essa foi a recomen-dação do Apóstolo Paulo ao explicar que uma das indis-pensáveis qualidades de um pastor seria a “... capacidade para ensinar” (I Tim. 3.2). Ao jovem pastor Timóteo motivou a que se dedicasse “... à leitura em público das Escrituras Sagradas, à prega-

ção do evangelho e ao ensino cristão” (I Tim. 4.13). Afinal de contas, como pastor, ele deveria “manejar bem a Pa-lavra da verdade” (II Tim. 2.15). A pouca idade seria compensada caso Timóteo se tornasse exemplo para os fiéis na pregação e na práti-ca da Palavra (I Tim. 4.12). Semelhantemente, a Tito re-comendou que ensinasse as Escrituras de modo íntegro e reverente (Tito 2.7). Há uma enormidade de referências bíblicas que afirmam ser a missão primordial do pastor a pregação da Palavra (Ef. 4.11-17; Atos 13.1-3; I Tim. 3.1-7, dentre dezenas de outros).

Mas não é tão simples quan-to parece. Expor mensagens e ensinos bíblicos é tarefa árdua, pois exige de quem o faz abnegada dedicação. O texto bíblico é mina ri-quíssima, mas o trabalho de garimpagem quase sempre é delicado, lento e manual. E embora seja capitaneado pelo Espírito Santo, deve ser feito cuidadosamente, com extre-ma atenção, responsabilida-de e devoção. Do contrário, tesouros riquíssimos podem passar despercebidos e ficar para trás.

Numa época tão frenética como a que vivemos, gera constrangimento e insatisfa-ção a ideia de pastores que se dedicam prioritariamen-te “à oração e à pregação da Palavra” (Atos 6.4). No imaginário popular, o pastor “bom” é o que se avoluma de funções e atividades e que vive com a agenda lotada de múltiplas ações. Dessa for-ma, centenas de ministérios pastorais assumem um perfil meramente técnico e funcio-nal. Intermináveis atividades precisam ser realizadas e, desse modo, a indispensável missão de alimentar o reba-nho com a Palavra vai fican-do para segundo plano. Por conseguinte, pastores deixam de ser vistos como arautos de Deus e passam a ser vistos

como pseudo-empresários e gerentes ou meros prestado-res de serviços eclesiásticos. São pastores que, de acordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes, erram grosseiramente ao trocar o “necessário pelo urgente”. Como lamenta a famosa expressão atribuí-da a Marcus Tullius Cicero, que viveu na Roma Antiga: “O tempora, o mores” (“que tempos os nossos, e que cos-tumes!”).

Estou certo de que o atual cenário evangélico brasileiro somente poderá ser revertido se seguirmos as verdades bí-blicas anteriormente apresen-tadas. Diante de tantos e tão graves escândalos, a resposta mais eficaz que podemos dar à nossa sociedade é uma vida e ministério dignos do Evangelho com o qual fo-mos alcançados e chamados (Ef. 4.1; Fil. 1.27). Ademais, sugiro que não nos inquiete-mos demasiadamente com os “inimigos da cruz de Cristo” (Fil. 3.18), visto que eles em breve acertarão as contas com o próprio Senhor da Igreja. É só uma questão de tempo.

Finalmente, deixo aos co-legas pastores deste “brasil-zão” um apelo sincero: Jamais abramos mão da nossa res-ponsabilidade de retransmi-tirmos integral e fielmente a Palavra de Deus. Afinal de contas, apenas “a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educa-ção na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (II Tim. 3.16,17). O Apóstolo Paulo, na reta final da caminhada, fez um apelo ao jovem pastor Timóteo. Apelo este que, pela Soberania divina, atravessou os séculos e chegou até nós. Que apelo foi esse? “PREGA A PALAVRA” (II Tim. 4.2). Que, pela nobreza do pedido, e em honra ao nosso Deus e à nossa vocação, prontamente o atendamos. Amém!

EXAME E CONSAGRAÇÃO AO MINISTÉRIO PASTORALA Igreja Batista Central de Lucas, sediada à Rua Lírio Maurício da

Fonseca, 888, Parada de Lucas, RJ, comunica e convida os pastores da Convenção Batista Carioca para o Concílio Examinatório ao Ministério Pastoral do irmão WAGNER ALVES DE SOUZA, formado em Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Sul do Brasil. O Concílio Examinatório está convocado para o dia 15 de dezembro de 2012 (3º sábado), às 17 horas, na sede da Igreja.

Sendo aprovado o candidato, a sua ordenação ao ministério pastoral ocorrerá no mesmo dia, no mesmo endereço.

Contando com a presença de todos, antecipadamente gratos, nos des-pedimos.

Em Cristo Jesus,Pr. Hélcio Menegatti

15o jornal batista – domingo, 04/11/12ponto de vista

“Não toqueis em meus un-gidos, não maltrateis meus profetas” (Salmo 105.15, King James).

No meu grupo de estudos teológicos em Monte Dou-rado, no Vale do

Rio Jari (imponente tributário do majestoso Amazonas), alguém levantou esta questão de não tocar nos ungidos do Senhor, exatamente quando estudávamos Tito, no tocante ao caráter do obreiro. Co-mentei que o Salmo 105.15 vem sendo usado equivo-cadamente, para defender a intocabilidade de obreiros que esgrimem o texto para se colocarem acima da crítica. Eles são ungidos do Senhor e nada se lhes pode fazer, mes-mo quando estão em pecado.

A questão é que, embora os termos hebraicos sejam mesmo meshiahay e nabhyay

Ester Batista Costa AlvesDiretora da Casa Batista da Amizade, SEMembro da PIB de Aracaju

Nesta edição o De-par tamento de Ação Social da Convenção Batis-

ta Brasileira traz o relato da Casa Batista da Amizade em Sergipe, a qual, trabalha com cursos profissionalizantes, atendimento às comunida-des locais e com o Colégio Batista Maye Bell Taylor na área de educação infantil e fundamental com cerca de 170 crianças.

(“meus ungidos” e “meus pro-fetas”), a alusão não é a uma classe de homens, como os profetas quando da profecia já institucionalizada, e sim a família eleita, os patriarcas até Jacó. O contexto é bem claro: todo o salmo alude a Israel no Egito. A ordem para não tocar nos ungidos e pro-fetas do Senhor, no texto, foi dirigida às nações pagãs, por onde a família eleita peregri-nou, antes de chegar ao Egito. São os episódios envolvendo Abraão, Isaque e Jacó em seus conflitos com seus vizinhos. Esses vizinhos deviam saber que não podiam tocar na fa-mília ungida, os ungidos e profetas de Deus. O episódio de Gênesis 20.1-7 elucida isso bem. Não se podia tocar em Sara. Em Gênesis 20.7 aparece, pela primeira vez, o termo “profeta” (nabhi) e é aplicado a Abrão. Os ungidos e profetas intocáveis e não

Aprendi nas demandas do dia a dia o quanto é re-compensador trabalhar com crianças. Cada experiência, cada situação nova, povoa de alegrias e cores o mundo! A forma como expressam seu jeito de ver o mundo, de entender e interpretar as vivências diárias, nos encan-ta. Vê-las se desenvolvendo, crescendo e correspondendo aos estímulos ao longo da es-trada da vida é maravilhoso!

Outro dia fui surpreendida, quando furtivamente meus olhos foram aprisionados com a declaração de uma aluna do 4º Ano do Colégio Batista

maltratáveis, no texto, são os patriarcas. Não o pastor do século 21. Tanto é assim que à frente dos meshiahay e nabhyay, os ungidos e profe-tas, foi enviado “um homem, José, vendido como escravo” (v. 17). Ele salvou os ungi-dos e profetas da fome, ao introduzi-los no Egito.

Minha preocupação não é ser do contra nem mostrar que todo mundo está errado. É, isso sim, alertar para que textos bíblicos não sejam usados fora do contexto para provar teses para as quais eles não foram destinados. O pastor deve ser respeitado e obedecido (Heb. 13.17). Quando faz seu trabalho bem feito deve receber salário em dobro. O “dupla honra” (diplês timês), de I Timóteo 5.17, significa “dobrados honorários”, como bem tra-duziu a King James. O pastor há que ser respeitado e bem

Maye Bell Taylor, projeto educacional da Casa Batista da Amizade, que dizia: “Eu amo o meu colégio! Todo dia acordo com o desejo de chegar logo, porque Deus está lá e vou com vontade de aprender”. Por instantes, meus olhos marejaram e meu coração foi bombardeado de alegria e emoção. Ali estava a recompensa de Deus pelos nossos esforços, pelos desa-fios enfrentados, pelas lutas diárias. A motivação daquela aluna não era material, não era comum. Era Deus que fazia diferença naquele lugar. Outra aluna escreveu: “Gosto do meu colégio, das profes-soras que tem nele, porque me ensinaram a Palavra de Deus”. São tesouros plantados em pequenos corações cujo valor não pode ser ofuscado pelo cansaço, pela fadiga do cotidiano. Esperanças reno-vadas, desejo de prosseguir e crer que Deus está no coman-do de nossas vidas. E assim Deus tem escrito a história da Casa Batista de Amizade em Sergipe, com muitos desafios ao longo destes anos.

Louvamos a Deus pela vida da missionária norte-ameri-cana Maye Bell Taylor que,

pago. Mas não está acima da crítica e não é intocável. A igreja local tem autoridade sobre ele, bem como tem au-toridade sobre todos os cren-tes. Aliás, é preciso resgatar a autoridade da igreja. Ela não está subordinada a pessoas, mas ao seu Senhor, e seus membros estão debaixo da autoridade dela.

Mas o confortador é saber que Deus adverte ao mundo para não tocar nos que são seus, no seu povo. A igreja de Jesus se compõe de homens e mulheres que são os ungidos e os profetas de Deus neste mundo. Quando se encon-trou com Saulo no caminho de Damasco, Jesus não lhe perguntou por que ele per-seguia os membros da seita O Caminho. Perguntou-lhe: “Por que me persegues?” (At. 9.5). A perseguição que Saulo fazia aos seguidores de Jesus era vista pelo Senhor

no desejo de cumprir a von-tade de Deus para sua vida, fundou aqui uma casa que pudesse acolher os necessi-tados e, numa visão integral, semeasse a Palavra de Deus. O Senhor, então, honrou todo o esforço das irmãs mis-sionárias que por aqui passa-ram e hoje as portas continu-am abertas com o propósito firme de semear a Palavra e olhar para o próximo aten-dendo ao apelo do Mestre: “Pois tive fome e me deste de comer, tive sede e me destes de beber era forasteiro e me hospedaste. Estava nu e me vestistes, estive enfermo e me visitastes, preso e fostes ver-me... Quando o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos a mim o fizestes” (Ma-teus 25.35-39 e 40b).

Embora transitemos entre as limitações dos recursos finan-ceiros na execução das metas propostas no Plano de Ação e o prazer de servir e obede-cer as orientações do Mestre Amado, é óbvio que somos atados pelas vivências diárias da fidelidade de Deus. Somos vitoriosos, aliados da fé no exercício do fazer o bem. A Casa Batista de Amizade tem realizado, em convênio com

como uma perseguição a ele, o Senhor. Ele toma as dores do seu povo. Se o pastor for perseguido por membros da igreja que se lembre que o Senhor Jesus vê e acerta as contas com aqueles membros da igreja. Eu, particularmen-te, sem ser o queridinho do Papai do céu, experimentei isso. Deixei com Deus para que cuidasse da situação. Ele cuidou. O tempo é o segun-do melhor juiz dos eventos (o primeiro é Deus) e mostra quem é quem.

Pastores: lideremos nos-sos rebanhos, mas sejamos humildes para reconhecer nossos erros e evitemos co-locar-nos acima da crítica. Ovelhas: respeitem, amem e honrem seus pastores. Deem--lhes sustento digno. Pastores e ovelhas: o Senhor cuida de nós. Não briguemos. En-treguemos a Deus. Mundo: respeite o povo de Deus.

a FUNDAT (Fundação Mu-nicipal do Trabalho – Santos Dumond em Aracaju), cursos de capacitação profissional visando a melhoria da renda de famílias da comunidade e adjacências, mobilizações sociais junto a outras enti-dades da Convenção Batista Sergipana, no interior e na área da grande Aracaju. Além de ações desenvolvidas nas áreas da Saúde, estética e beleza, serviços dentários, cursos intensivos (bordado, decoração de sandálias e tia-ras, bijuterias e biscuit), pales-tras educativas, orientações advocatícias, evangelismo e kids games com crianças nas praças. Estamos trabalhando para a implementação de um laboratório de informática para servir a membros das nossas Igrejas e comunitários.

Outras atividades diárias moldadas pelo amor e a cons-ciência da responsabilidade social têm recheado as atitu-des e decisões que depõem a favor de nossos propósitos e missão. Persistimos, portanto, em afirmar aos longos destes anos que se foram: “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos cheios de alegria” (Salmo 126.3).

Não toqueis nos meus ungidos

Departamento de Ação Social da CBB

Histórias para animar e desafiarCasa Batista da Amizade: Uma História de Serviço