r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 28 Domingo, 08.07.2012 R$ 3,20 “O Rei veio para servir. O que fará você, filha do Rei?”. Com este tema 400 mulheres reuniram-se na Primeira Igreja Batista da Moldávia para celebrar os 20 anos de trabalho organizado pelo Departamento Feminino da Moldávia, no Leste Europeu. Local que, durante 40 anos de domínio comunista, serviu como depósito de armas e mantimentos para os soldados no período da guerra (página 8). Em meio ao projeto missionário Megatrans, da JMN, reflita sobre missões com a coluna Fé para hoje, de Oswaldo Jacob: “Realizar a obra missionária é exercer a nossa influência cristã genuína. Também, é enviar os que querem anunciar Cristo ao mundo, mantendo-os integralmente. Precisamos valorizar o missionário dando-lhe o melhor. Difundir o amor de Cristo e o amor a Cristo” (página 14). Conferência comemorativa dos 20 anos do Departamento Feminino da Moldávia Missões é a missão da Igreja O Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira realizou o encontro Rio + 20 e os batistas, que teve como objetivo principal despertar os cristãos para a necessidade de se envolverem com o desenvolvimento sustentável, assunto que não tem sido tratado em muitas igre- jas. Com música, teatro e debates, todos os parti- cipantes tiveram oportunidade de fazer perguntas e colocar suas opiniões. Veja a matéria completa na página 10. Desenvolvimento Sustentável do ponto de vista cristão RIO + 2 e os batistas

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1o jornal batista – domingo, 08/07/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 28 Domingo, 08.07.2012R$ 3,20

“O Rei veio para servir. O que fará você, filha do Rei?”. Com este tema 400 mulheres reuniram-se na Primeira Igreja Batista da Moldávia para celebrar os 20 anos de trabalho organizado pelo Departamento Feminino da Moldávia, no Leste Europeu. Local que, durante 40 anos de domínio comunista, serviu como depósito de armas e mantimentos para os soldados no período da guerra (página 8).

Em meio ao projeto missionário Megatrans, da JMN, reflita sobre missões com a coluna Fé para hoje, de Oswaldo Jacob: “Realizar a obra missionária é exercer a nossa influência cristã genuína. Também, é enviar os que querem anunciar Cristo ao mundo, mantendo-os integralmente. Precisamos valorizar o missionário dando-lhe o melhor. Difundir o amor de Cristo e o amor a Cristo” (página 14).

Conferência comemorativa dos 20 anos do Departamento Feminino da Moldávia

Missões é a missão da Igreja

O Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira realizou o encontro Rio + 20 e os batistas, que teve como objetivo principal despertar os cristãos para a necessidade de se envolverem com o desenvolvimento sustentável,

assunto que não tem sido tratado em muitas igre-jas. Com música, teatro e debates, todos os parti-cipantes tiveram oportunidade de fazer perguntas e colocar suas opiniões. Veja a matéria completa na página 10.

Desenvolvimento Sustentável do ponto de vista cristão

RIO + 2e os batistas

2 o jornal batista – domingo, 08/07/12 reflexão

E D I T O R I A L

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Assédio Moral

• Como leitor do OJB des-de adolescente e conviven-do nas Igrejas Batistas em meio a inúmeras diretorias constituídas ao longo desses 40 anos como Batista, te-nho visto os irmãos tratarem de assuntos relevantes, ex-pressivos, urgentes e atuais no seio da denominação e louvo ao Senhor Deus por isso. Todavia, eis que um assunto nada fácil de ser tratado merece atenção por parte daqueles que formam, dos que orientam, dos que examinam e dos que aconse-lham pastores em meio aos seus labores ministeriais: o assédio moral.

Fala-se sempre do sofri-mento obreiro e é verdade; conheci inúmeros homens de Deus vitimados por assé-dio moral e constrangimen-tos os mais cruéis contra si, contra suas famílias e seus

ministérios. Todavia também desde criança presenciei centenas de cenas de abu-sos praticados por pastores, especialmente quando em

exercício da presidência de assembleias, com condutas as mais diversas que nos dias de hoje certamente não serão mais toleradas. Devido

especialmente ao esclareci-mento da membresia, desde aumento da escolaridade até mesmo às campanhas veicu-ladas nas mídias.

Assim, a razão da sugestão visa o tratamento do assunto em meio pastoral, desde a formação até a realização de seminários com tema específico. Porque creio eu, por experiência própria, que caso não se instrua aos pastores acerca da matéria, certamente crescerão geo-metricamente os processos em razão de assédio. Pois geralmente eles ocorrem em plenário ou de púlpito em meio a pelo menos uma centena de testemunhas.

O intento deste é a instru-ção e a edificação da Igreja de Cristo em meio a nós batistas.

Marcelo ThompsonIgreja Batista Esperança

Vila Velha / ES

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Em plena campanha de missões nacionais os batistas brasileiros abraçam o seu país

em oração e ação. Mas será que todos estão realmente agindo para ganhar vidas ou agindo para ganhar um nome diante da sociedade batista? Ou ainda, será que o seu coração realmente ama mis-sões? Será que alguém está aceitando o ide apenas por cumprimento do seu cargo ou porque sinceramente ama fazer a vontade de Deus? E mais, será que ama o pró-ximo, ou seja, aqueles que pelo caminho encontrarão e precisarão falar sobre o Salvador? Afinal de contas, este é um dos mandamentos, amar.

Todos esses são questiona-mentos que não devem ser feitos para outros, mas para si. Julgar não está em ques-tão aqui, mas se auto avaliar com o propósito de crescer espiritualmente. Conhecer seus próprios sentimentos alertará qual é seu alvo pes-soal: se é fazer a vontade de Deus ou apenas fazer parte de um movimento. A Bíblia fala em Filipen-ses 3.14, assim como em diversos outros versículos, sobre prosseguir no alvo, o servo do Senhor sempre tem uma meta e está em constante foco no seu alvo. Olhar e manter este foco é o primeiro passo, diante disto todas as outras coisas serão acrescentadas (Mateus 6.33).

E é este foco que a Mega-trans tem, começando pela grandiosidade que não para apenas no seu nome. São metas como alcançar todos os estados brasileiros dentro de somente um projeto, en-volver 100 mil voluntários, distribuídos em 500 bases operacionais, formando, em média, 6.250 equipes com 16 participantes, com o ob-jetivo de evangelizar mais de 2.500.000 pessoas. São metas grandiosas, tal ação deve servir de exemplo pes-soal. Focar o alvo que é fazer a vontade de Deus e criar metas pessoais dentro deste alvo.

Os reflexos desta atitude es-tarão na vida de cada um que participa desta campanha. Os

frutos serão vistos e agrade-cidos a Deus, momentos de lutas seguirão em momentos de alegria e a vida espiritual de cada um, seja o missio-nário voluntário ou a pessoa evangelizada, será edificada. Cumprir a vontade de Deus com sinceridade é prazeroso e edificante. É começando a entender a direção de Deus e em seguida agindo, que o servo do Senhor vai vendo pelo decorrer da sua vida a mão do Pai cuidando de todas as suas necessidades.

“Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sin-ceridade, como de Deus na presença de Deus” (II Corín-tios 2.17).

3o jornal batista – domingo, 08/07/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

“O nosso Colé-gio Batista tem no seio feraz glórias

mil. E há, de certo levá-las um dia aos recantos de todo o Brasil!” A partir desta estrofe os estudantes acrescentavam, por conta da inteligência juve-nil, outras estrofes e rimas. No anonimato das Assembleias não era possível identificar os “engraçadinhos”. Assim procediam meus filhos pré e adolescentes e outros tantos bons alunos que passaram pelo Colégio Batista Mineiro. Coisa de adolescente, quais maritacas anônimas no grupo, davam brilho às reuniões. O anonimato impulsionava muitas ações e reações que ficaram gravadas e são relem-bradas com alegria ao passar da existência. Como pai, pro-fessor e capelão do Colégio orientava meus filhos alunos a não continuar a dar vazão as suas vocações poéticas. Resultado negativo.

O tempo passa e como pas-sa. Descubro com alegria e saudades que meus filhos não foram os únicos a assim proceder. Sua Excelência o Deputado Estadual Carlos Bezerra, ao presidir a Sessão

Solene da Assembleia Legisla-tiva do Estado de São Paulo, em comemoração aos cento e dez anos do Colégio Batista Brasileiro, no último dia 10 de junho, também cometeu pecado semelhante. Meus filhos em Belo Horizonte. Dr Carlos Bezerra em São Paulo. Locais diferentes, mas a mesma instituição centená-ria, com os mesmos ideais, a forjar caráteres que fazem diferença na sociedade. O que mais impressiona são as lembranças deixadas pelos mestres. Alguns implacáveis na disciplina. Outros maleá-veis, mas não menos amados, a transmitir lições que o tem-po não consegue apagar. Os recepcionistas são lembrados com carinho e também os be-déis. Cada ex-aluno tem uma história a ser contada. Alguns foram alcançados pela Graça de Cristo no burburinho das Assembleias semanais. Outros não chegaram a se dizerem convertidos, mas guardam n’alma as preciosas lições ex-traídas da Bíblia. Até mesmo os que se consideram “agnós-ticos” testificam reverência e gratidão ao Evangelho e aos valores que lhes foram trans-mitidos. Entre esses, creio,

muitos discípulos anônimos como José de Arimatéia (João 19.38). A semente sempre germina, sentencia a Bíblia. A eternidade revelará o fruto da semeadura.

O sonho e os ideais dos fun-dadores dos nossos Colégios Batistas não feneceram com o passar dos anos. Situações adversas ocorreram e conti-nuam a acontecer. Adminis-trações sem preparo levaram alguns Colégios a fecharem suas portas. Outros passaram por revezes, os mais diversos. Foram declarados “falidos” pela opinião pública e deno-minacional, mas conseguiram sobreviver. Soerguidos das cinzas, quando “todos” es-peravam o epitáfio, eis que surgem vitoriosos sem perder a vocação e o ideal passado. Em momentos de profun-da dor, tristeza e desilusão, Deus tem levantado homens e mulheres que continuam acreditando no ideal dos fun-dadores. Reconstruir não é fácil. Sempre há rescaldos, que queimam e durante anos emitem a fumaça do fogo la-tente e destruidor, pronto para irromper novas labaredas. É o momento em que Deus pre-cisa preparar e colocar servos

seus dispostos a lutar para restaurar. A crer no amanhã, promissor e fecundo.

Neste ano em que o Colégio Batista Brasileiro festeja cento e dez anos de existência, com suas unidades em Perdizes, Bauru e Anhanguera, projeto social, temos vivenciado pro-funda emoção espiritual. É possível repetir as palavras de Esdras ao povo que chorava: “A alegria do Senhor é a nossa força” Neem. 8.10b.

Alegria porque quase todo o muro está concluído. Ale-gria porque os ferrolhos das portas foram recolocados. Alegria pelo entulho remo-vido. Alegria pelo conceito que o Colégio desfruta na sociedade e perante as auto-ridades. Alegria porque todos os que labutam trazem numa das mãos os instrumentos da reconstrução e na outra a es-pada da oração (Neem. 4.17). Arma infalível que sempre funciona nos momentos de crises. Os salvos oraram. O clamor do povo de Deus foi elevado aos céus e o Senhor ouviu as nossas preces. A Ele toda glória.

Quando os primeiros mis-sionários investiram na aber-tura de Colégios Batistas,

como instrumentos eficazes à ação evangelizadora, foram inspirados por Deus. O resul-tado foi e continua sendo po-sitivo. O desvio de alguns do projeto original não invalida a eficácia da evangelização aco-plada ao ensino secular. Ao contrário, serve como desafio a desejar ver e ter um Colégio Batista em cada Cidade do Brasil. Os testemunhos ouvi-dos durante a Sessão Solene comprovam esta realidade. São milhares os que testifi-cam em diferentes áreas de atuação o valor, influência e prestigio dos Colégios Batis-tas em suas vidas. A riqueza transmitida não é passível de ser corrompida pela ausência dos essenciais valores na so-ciedade. O ouro permanece incorruptível. Somos gratos a Deus por todos aqueles que no decorrer destes cento e dez anos de existência do Colégio contribuíram com seu trabalho, amor, dedicação, sacrifício, esperança e perse-verança para que pudéssemos chegar até aqui e exclamar: Ebenézer.

*Pastor Julio Oliveira Sanches é presidente da

Junta de Educação da CBESP.

O Novo Comentário Bíblico Outlines (AT e NT) com recursos adicionais foge ao padrão convencional, pois foi desenvolvido para os leitores de todos os níveis, tanto os que querem enriquecer seus conhecimentos bíblicos e culturais, como estudantes da Bíblia, professores de escola dominical, pastores e líderes eclesiásticos.

Comentário BíblicoWIERSBE OUTLINES

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed/geograficaeditora

Cento e dez anos após

4 o jornal batista – domingo, 08/07/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Rio Mais Quanto?

reflexão

Há vinte anos atrás os países do mun-do se reuniram no Rio de Janeiro.

Descobriram que o ecossiste-ma estava falindo e juraram de pés juntos que iriam con-sertar as coisas. Vinte anos depois, o mundo volta ao Rio e ameaça fazer o mesmo discurso, como se o quadro óbvio do furor da natureza não estivesse gritando que talvez não haja mais jeito de corrigir as coisas.

Uma das realidades de-primentes dessas duas dé-cadas desperdiçadas reside na escandalosa omissão dos cristãos, diante da corrup-ção da Terra engendrada pelos pecados do homem. Não faltaram homens de boa vontade, voluntários do mo-vimento verde. Alguns, até, colocando a própria vida em risco, por amor à “salvação do planeta”. O que faltou, para nossa humilhação, foi a

denúncia feita pelos púlpitos evangélicos, das implicações planetárias do pecado.

Por que não levar a sério o profundo discurso de teolo-gia ecológica proferido pelo apóstolo Paulo? “Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Roma-nos 8.21). Esta mensagem do apóstolo é um hino majesto-so de teologia ecológica. Ela indica o caminho do nosso envolvimento. Quanto à nós cristãos, o que nos falta para declarar, globalmente, que a salvação ecológica começa com a salvação em Cristo? O Senhor nos está dando mais algumas oportunidades de colocar em prática nossa “li-berdade de filhos de Deus”. Para que, um dia, “o próprio Universo fique livre do poder destruidor que o mantém escravo”!

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira, SPPresidente do COMEAN

O i n v e r n o e s t á chegando. Nes-ta época come-çamos a revirar

o baú e procurar as roupas de frio. Blusa de lã, casacos, enfim, procuramos ficar bem aquecidos. Eu sinto muito frio, por isso coloco uma camiseta, uma camisa, um colete e depois a blusa. Fico bem cheio, as pessoas pen-sam que engordei, mas é só roupa. No inverno sabemos de muitos que chegam até a morrer de frio, não tem casa, não tem amigos e vivem na rua e não resistem. Preci-

samos como cristãos fazer a nossa parte, ajudar quem necessita, aquecer neste frio que trinca tudo.

Talvez possuímos cinco blusas de frio, porque não repartir com quem não tem nada? E o que falar da alma? Sim, o meu assunto aqui hoje é a frieza espiritual. En-tendo que a frieza espiritual é grave. Pessoas apáticas, indiferentes e totalmente alheias às coisas de Deus. Estamos numa época que é conhecida como pós-mo-derna. A ênfase é relativizar tudo, a verdade é questiona-da e cada um cria um deus para si.

Pesquisas apontam que o número de ateus em nos-so país tem crescido muito

nestes últimos dez anos. É preciso aquecer a alma, deixar a frieza espiritual e voltar os olhos para Deus. A sociedade está em busca de um deus que retribui, tudo funciona na base da barganha. A lógica é esta, eu contribuo e recebo cem vezes mais. Tudo isso reflete a frieza espiritual em que vivem as pessoas.

O meu desejo é que volte-mos à Bíblia, só ela aquece a alma. Sabe por quê? Porque ela é viva e eficaz (Hebreus 4.12). Faça um compromisso com Deus de estudar a sua Palavra e buscá-lo mais. Não morra de frieza espiritual, mas alimente a sua alma com a Palavra de Deus que é alimento sólido.

Jonas de OliveiraPastor da PIB do Jd. das Oliveiras, Itaim Paulista, SP

A tônica do momen-to é a sustentabi-lidade. A grande carência da huma-

nidade deixa de ser o binô-mio: fé e amor, dando lugar a sustentabilidade. Claro que ela tornou-se crucial para o momento em que atravessamos, uma vez que o planeta corre sérios riscos de sobrevivência. Haja vis-tas a procura de descoberta de vida em outro planeta, Marte, Lua, Plutão, Saturno.

Nós, os cristãos temos que consequentemente, estarmos alertas e demons-trar amor pela natureza em desencanto nessas últimas décadas de globalização e pós-modernidade, embora o risco corrido já remonta há décadas passadas.

O próprio Jesus valori-zou, em extremo a natureza quando diz aos seus ouvin-tes do sermão do monte em Lucas 6.25-33, que as

aves dos céus deveriam ser objetos de consideração quanto à sobrevivência e os lírios dos campos em sua beleza tinha maior glória do que a do próprio Salomão. Contudo, o Mestre Jesus arrematou: Mas buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e toda a sua justiça porque as demais vos serão acrescentadas.

O que deve ser isso, senão a sustentabilidade da fé, a confiança de que se Deus sustenta a sua natureza glo-riosa porque não sustentará vós também ó homens de pouca fé? E no sermão pro-fético ele enfatiza mais ain-da: Por ventura quando vier o Filho, achará fé na Terra?

Precisamos sim defender, proteger, preservar a natu-reza linda que Deus criou para sua glória também, mas sem nos descuidarmos da mantença e do crescimento da nossa fé em Jesus Cristo, no Filho de Deus que nos legou a vida eterna através dela (João 3.16 e Efésios 2.8). Portanto, sem ela a

fé sustentável fatalmente sucumbirá neste mundo de natureza que está se tornan-do insustentável.

A proposta do Rio+20, re-petindo o Fórum ou o Con-gresso de 1992, é de procu-rarmos a economia verde. Talvez seja o cumprimento da profecia de Alvin Toffler sobre a Terceira onda, que tem como proposta o pos-sível retorno do homem ao campo, para procurar se der tempo “salvar-se a si mesmo”.

Verifiquemos, assim, a disponibilidade que Deus tem nos concedido da sus-tentabilidade da fé, com base Bíblica de Gênesis (12-22) a Hebreus (11) e Apocalipse, onde somos desafiados e convidados a viver pela fé. O justo viverá pela fé e se sua alma recuar não terei prazer nele. Isto é muito mais grave e mais sério que a simples susten-tabilidade que se apregoa diariamente, como a única e básica questão a ser pelo homem resolvida.

Agora nesse limiar do caos final propagada pelas Sa-gradas Escrituras, vivamos pelo manto da fé e de sua sustentabilidade, porque não somente a Terra sucum-birá, mas também o homem

com ela, que humanamente falando é o rei da natureza e poderá ser o rei da sustenta-bilidade da Terra e de sua fé no céu prometido por Jesus (João 14.2-3). “Soli Deo Glória”!

A sustentabilidade da fé

5o jornal batista – domingo, 08/07/12reflexão

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Hoje em dia as mu-lheres são taxa-das de vadias por qualquer motivo.

Jovens, meninas, mulheres de todas as idades recebem esse adjetivo até mesmo de outras mulheres, por causa de discussões, diferenças de opiniões, rivalidades, brigas com namorados ou maridos e, pasmem, até mesmo quan-do a mulher é estuprada, por mais incrível que pareça.

Foi por este último motivo que surgiu a Marcha das Va-dias, acontecida no último final de semana de maio, em

vários locais no Brasil, como parte de um movimento in-ternacional. O nome veio em razão da palavra de um policial canadense a respeito de segurança em uma uni-versidade na qual estavam acontecendo vários casos de estupro. Como medida de prevenção, orientou as mulheres a não se vestirem como vadias.

As palavras do policial se tornaram o mote para a mar-cha, um protesto contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro pediram isso devido as suas vestimentas. Para impactar a opinião pública, as parti-cipantes usam roupas pro-vocantes como blusinhas

transparentes, lingeries, saias, salto alto ou apenas sutiã e escrevem frases pelo corpo.

É lógico que a roupa da mulher, ou a falta dela, não justifica o estupro, mas isso não significa que concorda-mos que uma mulher possa vestir-se de maneira indiscre-ta, expondo o seu corpo in-devidamente. Mas ainda que assim seja, nada justifica o es-tupro, ou o uso da palavra va-dia para ofender uma mulher e, muito menos, como nome para uma Marcha. “Pra mim, o nome ideal seria ‘Marcha das Mulheres Livres’, mas não teria tanto impacto na mídia”, opina Tica Moreno, blogueira militante (www.tpmrevista.com.br).

As mulheres enfatizam um termo pelo qual são estigma-tizadas, procurando dar a ele um significado positivo. “Eu acho muito difícil reapropriar o significado de um nome”, afirma Lola Aronovich, pro-fessora da Universidade Fe-deral do Ceará, e cronista de cinema, também na revista TPM.

É lamentável que uma mu-lher cristã não possa partici-par de um ato de protesto, legítimo e que busca a jus-tiça, por causa da maneira como ele acontece. Senti-mo-nos constrangidas pelo nome e pela forma como as mulheres são expostas na marcha. Não é porque uma mulher cristã é escolarizada

e militante que se justificam atitudes que depõem con-tra seu testemunho cristão, por mais que saibamos que devemos empreender todos os esforços para combater o estupro.

Muitos dos sofismas deste tempo trabalham sutilmente contra os nossos valores mais profundos e relativizam a integridade de uma mulher. Nossa maneira de lutar tam-bém passa pela ética cristã: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o co-nhecimento de Deus” (II Cor. 10.4,5).

Marcha das Mulheres Livres

Mauro Lemuel AlexandreMembro da PIB Natal, RN

Em plena inteligente, inspiradora e santa campanha dos Batistas do Brasil, “Seja luz”, e

dentro dos 100 dias de ora-ção e preparação, pode-se proclamar, em alto e bom som, aquilo que todos devem de uma vez por todas saber, que Jesus, só Ele, transforma, muda radicalmente e conver-te, que Jesus megatransforma.

Não uma simples mudan-ça de um lugar para o ou-tro, ou uma simples troca, é uma mudança de dentro, do interior, do coração, o lugar central do ser, a sede dos pensamentos, valores e emoções. Uma explosão que vem de dentro, operada pelo Espírito de Deus, que mexe com todo o ser, que o torna novo, e que passa a pensar, imaginar, sentir, agir e querer de acordo com a vontade do alto, do soberano Deus que megatransforma. Como re-gistram os dicionários, mudar pressupõe alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros e novos, por razões inespera-das e incontroláveis, ou por razões planejadas e preme-ditadas. Significa remover, alterar, tornar-se diferente do que era, o mesmo sentido de transformar, que sugere dar nova forma, feição e caráter, o que tem de fato um senti-do radical, não podendo ser apenas um deslocamento, mas algo decisivo, definitivo,

novo, e até revolucionário. Uma megamudança, numa dimensão matematicamente elevada a seis, ou 106, ou um milhão, um cálculo para não deixar dúvida, não pre-cisar de mais nada, acima do que se imagina, superior demais, inestimado. Uma megatransformação de um Deus megapoderoso, e mais que isso, tera, peta, exa, zeta, até o último prefixo previsto o iota, ou um septilhão de vezes poderoso.

É o oposto da inércia, o princípio da dinâmica, inicial-mente formulado por Galileu, confirmado posteriormente, e conhecido depois como a 1ª lei de Newton, propriedade da física da matéria, onde um corpo não está submetido à ação de forças ou submetido a um conjunto de forças de resultante nula; nesta condi-ção não sofre variação, per-manece parado, e mesmo em movimento, permanece em linha reta e a sua velocidade se mantém inalterada.

É nesse espírito de conquis-ta de mudança que ocorre a Trans, marca registrada dos batistas brasileiros, agora na versão Mega Trans, opera-ção Jesus Transforma, ponto alto da campanha, em 31 de julho de 2012, com 100 mil batistas nas ruas evangelizan-do a nação de norte a sul, de leste a oeste. As Trans, que inspiraram o título dessa matéria, são a linha de frente do avanço missionário (das igrejas e da JMN), abrindo portas para tornar conhecido o evangelho e o modo de ser

das igrejas batistas. Mas é, acima de tudo, o cumprimen-to máximo da proclamação do reino de Deus para os corações dos homens, que dele precisam todos, do que não podemos prescindir, a despeito de somente trazer infelicidade e enorme des-prazer de viver eternamente afastado, distante, sem Deus. Desgraça maior não há nem haveria.

A propósito, desse histó-rico momento, pergunta-se como que alguém, sabendo de um Deus, invisível, mas totalmente real, disposto a abençoar, e que literal e verdadeiramente mega-transforma, ficaria fora dessa oportunidade? Como despre-zaria tão grandiosa bênção de salvação, disponibiliza-da gratuitamente a todos? Como não entender algo tão claro, simples e acessível? Como não querer o melhor para si, para sua vida, para o seu bem, e sobretudo para a vida eterna? Como com-prometeria uma vida toda, tão cara e preciosa por uma não decisão perdendo a tão almejada salvação eterna? Como, por mero capricho ou vaidade, não quereria tal bênção? Estaria rejeitando não a uma palavra ou a al-guém em particular, mas ao Senhor, de quem é a Palavra que pregamos, e que se reve-la ele mesmo através da sua própria Palavra! Perderia a oportunidade única de sua vida e existência, de vislum-brar uma vida que se propõe e é efetivamente eterna!

Ainda mais sabendo que Jesus não deixa de aceitar a um convite, tal como se vê em João 2.1-9, episódio em que Jesus, em seu primeiro milagre, transforma, para a felicidade de todos e alegria dos noivos e de toda a festa, a água em vinho. Foi o bas-tante para tudo mudar. Algo impossível, inimaginável, que não daria para fazer, que não era cabível. O que a gente menos espera é o que Deus faz. Quando se muda, muda tudo, muda a natureza, a constituição, a estrutura, muda até o nome, aquilo que se chamava água passa a chamar-se vinho.

Tudo isso só para dizer que é assim que ocorre também com você, comigo, com to-dos os que aceitam ao Se-nhor. O que era deixa de ser, o que se pensava, fazia, ima-ginava, desejava agora é para o Senhor, para o alto, para a glória dEle. Há uma revira-volta que ocorre dentro, um renascimento, algo totalmen-te novo e da melhor e mais inigualável qualidade, como foi com o vinho novo, onde todos ficaram admirados, e fez o mestre-sala declarar: “Todo o homem põe primei-ro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho”.

Jesus é assim o bom vinho, a mudança que queremos e precisamos. Depois que tudo se acaba, que não tem mais nada, não se vê mais perspectiva, e acabam todos os recursos, vem o Senhor

com o melhor da festa, em oferenda de graça e salvação, por nós, por nossos pecados, para nossa alegria. O texto nos revela lições de que Jesus vai onde é convidado, de que devemos levar nossas dificuldades para Jesus, de que onde o Senhor entra traz bênção, e de que Jesus mani-festa a sua glória e fortalece a fé dos seus.

Há assim uma mudança de fato, estrutural, e que pro-voca efeitos que temos de encarar, mas que é ao mesmo tempo, e acima de tudo, uma festa (interior), como ocorreu nas Bodas de Caná. É um novo começo, um novo e deslumbrante mundo que se abre diante de nós em pers-pectiva de eternidade.

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.36-37), não da pessoa em si, mas os rios do Espírito de Deus que passam a correr tão abundante dentro de nós que nos enche de alegria e gozo permanentes de salva-ção e glória para sempre.

Vamos, portanto, procla-mar sabendo que Jesus mais do que transforma, Ele mega-transforma. Foi assim comi-go, foi com você, e poderá ser com tantos, com todos, com toda a nação para Cristo. Uma megaideia, uma mega-solução, uma megaprovidên-cia, uma megainspiração, numa megaoportunidade, numa megatrans, para de-clarar, definitiva e inques-tionavelmente, que Jesus megatransforma.

Jesus Megatransforma

6 o jornal batista – domingo, 08/07/12 notícias do brasil batista

Missionária Renata Keli Marinho1ª Secretária da Convenção Batista do Tocantins

A Convenção Batista do Tocantins re-alizou a sua 32ª Assembleia Geral

Bienal no templo da Primei-ra Igreja Batista em Concei-ção do Araguáia – PA, nos dias 07 a 10 de junho de 2012. Tivemos um encon-tro fraternal com delibera-ções, cruzada evangelística e escolha da nova diretoria

Diretoria da UMHBB

Os dias 25, 26 e 27 de maio, foi uma data que entrou na histó-

ria da União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB), que promoveu o Congresso da Família. O evento aconteceu no Hotel Náutico Praia, na linda cida-de baiana de Porto Seguro. Foram dias de Comunhão e Celebração, com excelentes mensagens e muita confra-ternização.

Os preletores foram o pastor Gilson Bifano e sua esposa Elizabete Bifano do Ministério Oikos, que fala-ram sobre o tema: “Família como padrão de integrida-de”, com divisa “Até que Cristo seja formado em vós” baseado em Gálatas 4.19b e hino oficial “Família” do Regis Danese. Deus falou aos corações dos homens e mulheres batistas parti-cipantes. No sábado pela manhã foram realizadas ofi-cinas dirigidas aos homens e mulheres em separado. Na parte musical entoamos emocionados, diversos hi-nos de nosso Cantor Cristão.

Na tarde de sábado houve a realização da Reunião do Conselho da UMHBB para definirmos estratégias para a realização do 15º MUNAMI em Vitória do Jarí no Esta-do do Amapá em outubro. Onde os homens batistas brasileiros estarão evange-lizando e construirão em templo batista naquela lo-calidade no meio da floresta Amazônica. Um desafio ímpar ao coração de cada homem batista brasileiro.

No sábado, dia 26, a noi-te a União Missionária de Homens Batistas do Brasil, na pessoa do irmão Joab Seabra da Silva e o presi-dente da UMHBB Dailson Oliveira dos Santos, apro-veitando a ocasião fez uma homenagem de agradeci-mento a Deus pela vida do pastor Josué Severino da Silva, fundador do trabalho evangélico e batista na cida-de de Porto Seguro, quando na oportunidade foi entre-gue uma placa de honra ao mérito pela presteza de seus serviços naquela cidade.

Nesse encontro estavam representados os seguintes estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro (Carioca e Fluminense), Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mara-nhão, Rondônia.

(2012-2014), que ficou as-sim composta:

Presidente: Pr. José Batista Freitas Santos, pastor da IB Filadélfia – Palmas – TO.

1º Vice Presidente: Pr. Alci-des de Oliveira Souza, pastor da IB Bíblica de Palmas – TO.

2º Vice Presidente: Pr. Eu-zimar Nunes de Sousa, pastor da PIB de Araguaína – TO.

1ª Secretária: Profª Renata Keli Marinho Duarte, da IB de Carolina – MA.

2º Secretário: Pr. Marcos Levi Barbosa Rios, pastor da IB Cordeiro – Colméia – TO.

Congresso Nacional de Homens Batistas

Convenção Batista do Tocantins elege

nova diretoria

Posse da nova diretoria e a oração do Pr. Fernando Brandão, orador nos dois dias da Cruzada Evangelística

Aos MensageirosAtenção mensageiros da 93ª Assembleia

da Convenção Batista Brasileira! Lembramos que o período da Assembleia em Aracajú é de alta temporada na rede hoteleira. Existem poucas vagas, entre em contato com a Convenção Batista

Sergipana o mais breve possível.

7o jornal batista – domingo, 08/07/12missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

Para alguns o desper-tar de uma vocação, para outros a confir-mação da chamada.

Foi assim, nesse clima de estímulo missionário, que a Junta de Missões Nacionais, em parceria com a Junta de Missões Mundiais, realizou o Congresso SIM – Todos Somos Vocacionados. A pro-gramação aconteceu em Su-maré (SP), no mês passado, contando com a presença de cerca de 1.500 congres-sistas.

Além de uma programa-ção repleta de atividades - com pregações dos pastores Fernando Brandão (diretor executivo de Missões Nacio-nais), João Marcos (diretor da JMM), Ed Renê Kivitz (da IB de Água Branca) e Pedrão (Comunidade Batista do Rio de Janeiro), discussões em pequenos grupos, tendas que divulgavam projetos missionários e orientavam os que desejavam seguir aos campos, o SIM propor-cionou, acima de tudo, a troca de experiências e um consequente enriquecimen-to pessoal a partir de belas histórias de jovens que fo-

ram marcados por Deus em missões.

Uma das joias garimpa-das no SIM foi a história de Ivete Arruda, 24 anos. Nas-cida em Manaus, em um lar cristão, viveu desde nove anos a experiência do campo missionário, época em que seus pais foram enviados por outra denominação a Cuiabá. “Minha família pas-sou por muitas dificuldades, situações numa igreja que era pequena e desestruturada, re-cursos escassos, mas em todo o momento vimos a fidelida-de de Deus até quando não tínhamos nada para comer. Nós orávamos e Deus provi-

denciava. Hoje vejo que foi a partir dali que Deus começou a trabalhar na minha vida”, conta a jovem.

Mas foi vendo a situação espiritual de uma comunida-de no interior da Amazônia, que Ivete foi despertada, tendo a certeza de que es-tava sendo chamada por Deus para fazer a diferença. “Numa viagem missionária para o interior da Amazô-nia, estávamos passando um filme sobre Jesus. Assim que acabou, as pessoas começa-ram a sair e sem nem esperar a palavra dos missionários. Nesse momento, senti um grande aperto no coração, chorei muito porque vi que o interesse das pessoas era de um mero entretenimento... Sei que Deus quer que eu faça algo e hoje sei que não há nada que me preencha se não for a vontade de Deus”. Retornando para casa, Ivete quer fazer a diferença em sua comunidade, falando de Cristo aos parentes e amigos.

Ronaldo dos Santos, 37 anos, é da Primeira Igreja Evangélica Batista de Cuba-tão (SP). Ele esteve no SIM como voluntário, auxiliando na montagem das tendas onde eram apresentados os projetos missionários da JMN. Como vocacionado, ele tem se preocupado em testemunhar de Cristo em seu ambiente de trabalho. Há cerca de três meses, Ro-naldo foi profundamente impactado por Deus a partir de um singelo presente que recebeu de um amigo, a pul-seira Seja Luz. “No dia em que eu ganhei essa pulseira nunca mais a retirei. Foi no dia 19 de março deste ano. Por várias vezes eu olhei para ela e fui levado a reconhecer o meu papel cristão”, afirmou. Ronaldo conta ainda que essa atitude, de reconhecimento de sua

vocação, tem feito com que ele compreenda melhor as pessoas e suas necessidades. Essa “filosofia de ser luz aci-ma de tudo”, disse Ronaldo, é a essência para os milagres de transformação de vidas que ele tem presenciado em seu dia a dia.

Às vezes, o senso de voca-ção é fortalecido pela dor. Foi o que aconteceu com Daniel Nogueira que, após a morte de seu irmão mais velho, Davi, decidiu tornar--se um voluntário na Missão Batista Cristolândia de São Paulo. Segundo Daniel, seu irmão Davi foi vítima de um acidente automobilístico originado por um motorista drogado. O sentimento de perda e a relação do aciden-te com o poder destrutivo das drogas fizeram com que Daniel analisasse a possibi-lidade de apoiar um projeto de recuperação de depen-dentes químicos. Como sua família sempre acompanhou de perto os projetos de Mis-sões Nacionais, optou por desenvolver um projeto pro-fissionalizante entre os inter-

nos, na área de mecânica. Sobre sua vocação, Daniel comenta: “Eu sou um voca-cionado e, enquanto Deus mandar, a minha vida vai ser dedicada à Cristolândia. Eu quero fazer um apelo para quem sente aquela vontade quando vê as injustiças que acontecem, a desgraça na rua, e a gente vê que aquilo não está certo, que observa aquela subvida... contribua com o que tem e com o que Deus mandar, seja o que for”.

Neste mês há uma grande oportunidade para o exercí-cio de vocações: a MEGA-TRANS. Além da modalida-de normal, a ação missio-nária abriu o leque para a participação de igrejas que desejam realizar uma Trans em sua própria comunidade. Não deixe passar essa chan-ce de transformar as mazelas sociais em bênçãos através do poder do evangelho. Para mais informações e inscri-ções, acesse o site www.sejaluz.com e escreva seu nome na história da evange-lização do Brasil.

Vocacionados são despertados para a evangelização do Brasil

Nesta semana, ha-verá excelentes opor tunidades de colocar em

prática as suas orações! No 78º dia (9 de julho) “Santidade no Exercício da Profissão”, visite um estabelecimento comercial (açougue, padaria, merca-

do, etc) ou um profissional no seu ambiente de tra-balho (dentista, barbeiro, sapateiro, etc) e ore com ele e por ele, agradecendo pelo bom exercício da sua profissão e sua ajuda a toda a comunidade. No 80º dia (11 de julho) “Restaura-ção da Oração na Famí-

lia”, promova um encontro inesquecível, com toda a família reunida para orar, iniciando assim um novo tempo de oração em famí-lia e depois promova uma confraternização e/ou qual-quer tipo de recreação que todos gostem. No 84º dia (15 de julho) “Plantação

de Novas Igrejas em Áreas Urbanas”, que tal o pastor da igreja marcar um en-contro com a liderança de evangelismo para orarem e planejarem como e onde iniciar uma nova ou novas igrejas especialmente den-tro da visão Igreja Multipli-cadora. Com certeza, ficará

na história da igreja não somente mais uma semana de oração, mas também de grandes planos para a ex-pansão do Reino de Deus na sua cidade ou cidades vizinhas! Oremos como se tudo dependesse de Deus e trabalhemos com se tudo dependesse de nós!

Semana de 09 a 15 de julho (78o ao 84o dia)

Sugestões para os 100 Dias que Impactarão o Brasil

Tenda de Tribos Urbanas - Miss. Leandro Poçam (boné preto) entre os vocacionados

Jovem dedicando sua vida a missões

Coral da Cristolândia foi uma das atrações do SIM

8 o jornal batista – domingo, 08/07/12 notícias do brasil batista

9o jornal batista – domingo, 08/07/12notícias do brasil batista

10 o jornal batista – domingo, 08/07/12 notícias do brasil batista

Sandra Regina Bellonce do Carmo

Com este tema, o Departamento de Ação Soc i a l da Convenção Batista

Brasileira (DAS) realizou no dia 23 de junho, das 9h30 às 18h, o encontro Rio + 20 e os batistas, nas dependên-cias do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, na Tijuca, Rio de Janeiro. Neste sábado, passaram pelo Semi-nário do Sul 92 pessoas entre pastores, líderes e membros de igrejas e representantes de organizações sociais cristãs.

O evento que teve a co-ordenação geral de Luciene Fraga (DAS) teve como ob-jetivo principal despertar os cristãos para a necessidade de se envolverem com o de-senvolvimento sustentável, assunto que não tem sido tratado em muitas igrejas. A abertura foi realizada por

Mark Greenwood, diretor do DAS, que falou sobre a questão ambiental e a espiri-tualidade antes de iniciar um debate com o plenário. Todos os participantes tiveram opor-tunidade de fazer perguntas e colocar suas opiniões.

Em seguida, a equipe de teatro da IB de Campo dos Afonsos apresentou uma peça teatral sobre o tema e de maneira lúdica informou sobre o desperdício do ser humano e os problemas cau-sados ao planeta, desafiando cada um a fazer a sua parte para melhorar esta situação.

No intervalo do almoço, foi apresentado aos participantes o livro “Ministério Social Cristão” escrito por Alice Ci-rino e Mark Greenwood. Este lançamento feito numa par-ceria da Convicção Editora, União Feminina Missionária Batista do Brasil e Missões Nacionais, contém a base bí-blica e ações de mobilização

e prática para a igreja realizar um trabalho social consisten-te e eficiente.

Na parte da tarde, foi re-alizado o painel Igrejas em Ação com a apresentação de projetos de sustentabilidade realizado pelas igrejas do Rio de Janeiro: IB Nova Canaã, IB Tauá, IB XV de Novembro, PIB do Grajaú e IB Redenção; e de Cachoeira de Itapemirim, ES, a IB Canaã. As ações ex-postas demonstraram como a igreja pode ser um polo de reciclagem e influência para que a comunidade onde está inserida aprenda a usar os recursos naturais e preservar o meio ambiente.

A parte prática do encontro ficou por conta das oficinas, que tiveram a participação de 60 pessoas. Os temas tratados foram: “Construindo a susten-tabilidade na igreja com a par-ticipação das crianças”, com a Drª Lourdes Brasil (graduada em Ciências Econômicas pela UFF com especialização em Planejamento Ambiental e Mestrado e Doutorado em Psicossociologia de Comuni-dades e Ecologia Social pela UFRJ); “Paisagem sonora ecle-sial: um espaço de poluição sonora?”, com o Dr. Theóge-nes E. Figueiredo (Doutor em Ciências Sociais da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora e coordenador do curso de música do STBSB); “Ações práticas para a igreja local que promova sustentabi-lidade”, com Dr. Carlos Edu-ardo da Silva Verona (médico veterinário e biólogo, Mestre

Desenvolvimento Sustentável do ponto de vista cristão

Depoimentos dos participantes:“A relevância do evento “Rio+20 e os batistas” se justifica pela oportunidade da

aproximação de nossas igrejas locais, do movimento de reflexão e proposição de ações práticas que contribuam e facilitem a transformação de realidades degradantes, gerando o desenvolvimento de nossas comunidades, expressando o evangelho do reino para os homens na sua localidade” (Jorge William – IB Oásis, RJ).

“A consciência ecológica passa pela compreensão de sermos mordomos de Deus” (Pr. Antônio Carlos de Lima).

“Em se tratando de meio ambiente, o melhor que fazemos é não agredir o planeta” (Pr. Valdomiro Silva – IB Central em Vila Norma, RJ).

“Gostaria de parabenizar a Convenção Batista Brasileira por este importante evento Rio + 20 e os batistas. Um importante passo na reflexão e discussão de princípios e valores necessários para uma nova sociedade que priorize a vida e o planeta” (Pr. Nilo Tavares Silva – historiador).

“Sei que não é fácil realizar um evento assim. Isto não pode parar. Vamos envolver os presentes aqui para uma grande onda” (Altair Silva – IB Campo dos Afonsos, RJ).

“Gostaria de parabenizar a CBB pela iniciativa de promover um evento tão enriquece-dor. Sugeriria que houvesse outros como esse com a abertura e divulgação para outras igrejas também” (Alexandre Nunes – Assembleia de Deus Vitória em Cristo).

“Proponho que o Departamento Social da CBB faça o incentivo formal às igrejas batistas para serem pontos de recolhimento de produtos (3 Rs – Reduzir, reutilizar e reciclar) e incentivo à pegada ecológica, propondo a utilização de produtos e estrutura para a família, igreja e sociedade” (Davi Amaro – SIB em Austin).

Lançamento do livro de Ação Social com o Pr. Mark

Oficina sobre como ensinar sustentabilidade para crianças

Painel Igrejas em Ação

Oficina com o Dr. Carlos Eduardo Verona

Luciene apresenta todos os facilitadores das oficinas

em Ciências Ambientais na UENF e Doutor em Saúde Pública da Fiocruz); “Econo-mia Verde”, com Drª Daniele Frozi (Graduada em Nutrição pela UFRJ com especialização em Saúde Coletiva pela INJ/UFRJ, Mestrado em Alimentos e Nutrição e Doutorado em Nutrição pela UFRJ, membra titular do CONSEA).

No encerramento, pastor Raimundo Barreto, diretor do Departamento de Liberdade e Justiça da Aliança Batista Mundial (BWA), represen-tante dos batistas na Rio+20 realizada no Riocentro, falou sobre a missão integral de cada cristão, que inclui o cuidado e a preservação do meio ambiente.

11o jornal batista – domingo, 08/07/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Nossos missioná-rios no Senegal estão na aldeia de Mbour, onde

atuam na plantação de uma igreja batista e enfrentam todos os tipos de desafios para anunciar Cristo, a paz que liberta.

“Ver uma igreja nascendo em um país de maioria mu-çulmana é uma experiência singular. É maravilhoso ter a convicção de que você está em um lugar porque esta é vontade de Deus”, disse o missionário Ronaldo Lou-renço, que atua em Mbour com sua esposa, Ana Paula, e o missionário José Ricardo Nascimento Santos.

A igreja em Mbour come-çou a recolher os primeiros dízimos em maio, e no mes-mo mês o grupo de mulhe-res comemorou o segundo aniversário de organização. “Foi um culto muito inspira-tivo, no qual sentimos a doce presença do Espírito Santo”, afirmou Ronaldo. “Após o culto, todos participamos de um delicioso almoço de con-fraternização”, acrescentou.

Segundo o missionário, as mulheres da igreja em

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

A Igreja Batista de Mântova, na Itália, comemorou seus 10 anos de orga-

nização com a presença do gerente de Missões Mun-diais, pastor Lauro Mandira. A celebração aconteceu en-tre os dias 8 e 10 de junho e teve como tema: 10 Anos Vivendo a Verdadeira Uni-dade em Cristo. Isso porque, desde que foi organizada, a igreja tem um lema: Unidos no essencial e livres no peri-férico. Ele reflete a realidade da igreja que hoje reúne re-presentantes de mais de 10 nações, a maioria italianos e brasileiros.

Fundada em 9 de junho de 2002, com 17 membros, pe-los pastores Manuel Florên-cio e Fábio Pegas, a igreja tem crescido e obtido reco-nhecimento em meio aos italianos. Atualmente é uma

Mbour se reúnem na última terça-feira de cada mês na casa de uma participante, e a experiência tem sido bastante positiva. “Temos recebido visita de várias outras mulheres, e o mais interessante é que todos os vizinhos têm respeitado e aceitado as mulheres, e em alguns dos encontros contamos com a presença de homens que acabam participando e ouvindo a Palavra de Deus”, contou Ronaldo.

O missionário José Ricardo desenvolve o PEPE (progra-ma socioeducativo promo-vido por Missões Mundiais) na igreja em Mbour, onde 29 crianças são atendidas.

das maiores igrejas batistas daquele país e a maior entre as que já foram fundadas pelos batistas brasileiros. São mais de 200 membros ativos, número considerado

“Tivemos uma reunião com os pais das crianças, e eles agradeceram muito pelo trabalho do PEPE”, que tem sido um veículo para o tes-temunho de Cristo, relatou o missionário.

“Todas as quintas-feiras, as crianças participam de uma programação especial na qual aprendem histórias bíblicas, músicas cristãs e a orar, tudo para a edificação espiritual dos pequenos”, disse José Ricardo. Para o próximo período letivo, o PEPE em Mbour precisará de armários, cadeiras, ma-terial didático, entre outros itens. A intenção é abrir uma turma para crianças surdas e aumentar a capaci-

elevado para os padrões europeus.

Nestes 10 anos, a Igreja Batista de Mântova, liderada pelo pastor Fábio Pêgas, já organizou três novas filhas:

dade de atendimento para 60 crianças.

O missionário Ronaldo en-cerra informando que a se-gunda fase da construção do templo em Mbour começou

as igrejas de Brescia, Milão e Florença. Seu trabalho tam-bém gerou as congregações de Reggio Emília e Verona.

“Somos uma igreja missio-nária. Nosso intento é espa-

no final de junho. “Os de-safios são muitos. Ore para que não ocorram acidentes e para que consigamos pro-fissionais capazes de exercer suas funções”, concluiu.

lhar igrejas por todo território italiano”, diz o pastor Pêgas.

Muitos são os desafios da Igreja, entre elas a construção do seu templo. A expectativa é que ele seja o maior templo batista da Itália e o primeiro evangélico de Mântova, ci-dade que foi fundada pelos etruscos 1.000 anos antes de Cristo.

Para a realização desse grande sonho, Missões Mun-diais desenvolve o projeto “Um Templo para Mântova”, que já mobilizou centenas de adotantes em todo o Brasil. Para saber como participar, escreva para: [email protected].

“Esperamos inaugurar nos-so templo em Mântova da-qui a dois anos. Na ocasião, queremos organizar uma grande caravana com irmãos em Cristo vindos do Brasil. Juntos marcharemos desde o antigo templo alugado até o novo. Será um grande tes-temunho de fé”, finaliza o pastor.

Missionários ajudam no crescimento de igreja no Senegal

IB de Mântova/Itália: há 10 anos vivendo a verdadeira unidade em Cristo

Crianças do PEPE em Mbour

Mulheres da igreja em Mbour comemoram dois anos de organização; ao fundo, templo em construção

Missionário Ronaldo Lourenço e irmãos da igreja em Mbour participam de almoço de confraternização

12 o jornal batista – domingo, 08/07/12 notícias do brasil batista

Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

Foram quatro dias re-gados por louvores, adoração, mensagens inspirativas, eventos

inéditos, conteúdo rico no material da pasta do mensa-geiro, uma boa organização, discussões proveitosas e al-gumas surpresas. Assim foi classificada a 96ª Assembleia Anual da CBEES, que aconte-ceu na PIBARA, em Aracruz, de 06 a 09 de junho.

A Convenção Kids que reu-niu 200 crianças; a retomada da Jubac como o projeto Juntos Somos +; o lança-mento do Livro que relata a história dos batistas no ES e a campanha da Jasb “Eu faço o bem”, foram as novidades da assembleia.

Foi neste clima que o pas-tor Luciano Estevam Gomes tomou posse da presidência da Convenção juntamente com toda a diretoria eleita. O novo presidente que irá liderar o povo batista capi-xaba até junho de 2014, faz uma análise do desempenho da denominação nos últimos anos, destaca a importância do seminário batista; sinaliza planos para missões estaduais e ação social e, como não poderia faltar, fala do sonho dos batistas de coração que já começaram a escrever uma nova história no estado.

Diretoria EleitaPresidente: Pr. Luciano Es-

tevam Gomes – PIBARA1º Vice-presidente: Pr. Wa-

shington Vianna – PIB em Bento Ferreira

2º Vice-presidente: Pr. He-rodiel Mendes Bastos – IB em Jardim Camburi

3º Vice-presidente: Pr. Mar-lus Rangel Gallo – IB em Mantenópolis

Secretários:1º Pr. Diego Bravin – IB

Bento Ferreira2º Jairo Peçanha – IB Praia

do Canto3º Pr. Rubinson Coleta – IB

em Arariguaba

HistóricoPastor há 29 anos, consa-

grado ao ministério pastoral em 26 de fevereiro de 1983, Luciano Estevam é forma-do em teologia, licenciado em pedagogia com espe-cialização em administra-ção escolar, pós-graduado em supervisão e orientação pedagógica e mestre em teologia.

Começou a pastorear a PIBARA em dezembro de 2000, portanto há quase 12 anos. Neste tempo priori-

Como o senhor recebeu a indica-ção de seu nome para presidente e como pretende assumir este papel?

É uma honra ser escolhido como presidente da CBEES, ao mesmo tempo em que é uma responsabili-dade e, neste tempo, até um desafio. Mas cada igreja batista é autônoma, dirigida pelo próprio Espírito Santo de Deus, assim como trabalha pelos objetivos denominacionais que ela mesma aprova em suas assembleias anuais. Como presidente, acredito que o que se espera é que seja feito um trabalho transparente e na direção da vontade de Deus, cumprindo a missão da nossa Convenção, que é: “Cooperar com as igrejas arroladas na CBEES, através das entidades executivas e auxiliares, na expansão do Reino de Deus, capacitando seus líderes e promovendo o crescimento da Igreja.

Faça uma análise do cenário atual dos batistas capixabas.

Estamos vivendo um tempo de res-tauração de nossa denominação em alguns aspectos depois da desastrosa administração de uma de nossas or-ganizações executivas que, aliás, nos trouxe muitas tristezas. Sobre isso, lamentamos e pedimos desculpas a todos os capixabas.

Entretanto, Deus tem levantado homens e mulheres comprometidos com ele para administrar os proble-mas criados. Determinei no ato de minha posse o levantamento imedia-to da situação jurídica e administrati-va para apurar irregularidades, a fim de tomar as medidas cabíveis, pois queremos respostas.

O que o povo batista capixaba pode esperar do senhor como novo presidente, nos próximos dois anos?

Precisamos agir de acordo com os nossos padrões éticos e morais que

se esmeram tão somente na Palavra de Deus, e foram eles que deram ao povo batista capixaba a imagem ilibada que tem. Com relação aos nossos objetivos espirituais, vamos continuar na busca pela excelência e crescimento. Nossa missão é levar a todo o povo capixaba a mensagem do evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

O que planeja fazer, inicialmente, para alavancar o Cetebes e aumentar a procura dos vocacionados pelo seminário batista?

O ensino teológico deve ter prio-ridade em nossa agenda. É Deus quem vocaciona para o ministério, e nós devemos como denominação nos colocar nas mãos de Deus para auxiliar homens e mulheres a serem, com qualidade, aperfeiçoados no atendimento ao chamado de Deus. Precisamos conscientizar as igrejas de que o envio e sustento de vo-cacionados é uma tarefa inerente a igreja, é por isso que possuímos um Seminário Teológico com excelentes professores, assim como, uma pro-posta fiel, que atenda aos anseios dos batistas. Ao prepararmos com qualidade os vocacionados, certa-mente as igrejas serão beneficiadas e terão tranquilidade em tê-los como seus líderes. O CETEBES não é uma simples proposta denominacional, é sim a concretização do sonho de todas as igrejas batistas do Estado do Espírito Santo.

O que falta para resolver em de-finitivo o problema do IBEV/DOC-TUM?

Acredito que estamos chegando ao final deste capítulo da nossa his-tória. Os proprietários da DOCTUM são pessoas responsáveis, sérias e comprometidas em cumprir todas as cláusulas do contrato preliminar de

incorporação que, aliás, ainda está em execução. Ao final do prazo, assinaremos o contrato principal e estará encerrado em definitivo esta parte da nossa história, mas sempre levaremos na lembrança todos os momentos vitoriosos, alegres e felizes que tivemos ao longo dos 103 anos de história educacional batista no Es-pírito Santo. Ninguém e nada poderá apagar de nossas mentes e corações a dedicação e sacrifício de Loren Reno e sua esposa Alice Reno, quando, por exemplo, da aquisição da Chácara no Morro do Moscoso para a construção da Sede da Instituição de uma obra de educação tão relevante de princípios e valores, que por muito tempo ainda será refletida nas vidas de pessoas atuantes em nossa sociedade.

Existem planos para Missões e Ação Social que possam ser aplica-dos nos primeiros meses de manda-to?

Tanto Missões como Ação Social devem trabalhar dentro de um pla-nejamento estratégico, que visa um crescimento cada vez maior de suas ações. Levar o plano de salvação aos capixabas é o que mais deve saltar aos nossos olhos, pois a ação social evidentemente não pode também deixar de considerar isso em suas ações. A demanda é muito grande. Temos feito muitas coisas como denominação, mas se levarmos em conta o que cada igreja faz de forma independente mostrará a grandeza do trabalho realizado pelos batistas. Há muita coisa boa sendo feita, além do que o MEVAM e a JASB fazem, e olha que eles ainda o fazem, tão somente com o apoio das igrejas. Entretanto, nunca devemos nos esquecer de que a lei da semeadura ensinada pela Palavra de Deus é assim: Um planta, outro rega, mas Deus é quem dá o crescimento (I Cor. 3.6).

Batistas do Estado do Espírito Santo elegem nova diretoria

Confira a entrevista o pastor Luciano Estevam Gomes :

zou junto com a igreja duas coisas importantes: Fortale-cimento da doutrina e inves-timento numa abordagem de igreja saudável. Luciano Estevam viu que as igrejas que mais cresciam no mun-do tinham em comum: Lide-rança capacitadora, Ministé-

rios orientados pelos dons, Espiritualidade contagiante, Estruturas funcionais, Culto inspirador, Evangelização orientada para as necessi-dades, Grupos familiares e Relacionamentos marcados por amor fraternal. Tudo que Christian Schuars, Bill

Hybels e Rick Warren esta-vam experimentando. Isso motivou o pastor Luciano a fazer mudanças importantes.

“Foi assim, debaixo da gra-ça e misericórdia de Deus, que tivemos um crescimento abençoado, mesmo sendo uma igreja do interior. Hoje

somos uma igreja relevante e atuante em nossa sociedade. A aceitação da mudança es-trutural e conceitual foi tran-quila, porque não mexemos na mensagem da igreja que continua a mesma, desde os seus 91 anos de organizada em Aracruz”, diz.

13o jornal batista – domingo, 08/07/12notícias do brasil batista

OBITUÁRIO

Pr. Danilo BarbosaSecretaria/Administração CBESP

Pastor Valdomiro Souza Ribeiro, nasceu em 9 de abril de 1932, Ibicuí – BA. Família pobre, mas fiéis a Deus. Nasceu Batista e morreu Batis-tão. Foi batizado aos 14 anos, no dia 24 de novembro de 1946, pelo pastor Antônio Deraldo da Silva, da Igreja Batista de Itabuna – BA.

Ainda jovem, gostava de pregar em praça pública, cantar e tocar órgão. Aos 9 anos já era calceiro e aos 13 alfaiate. Estudou no Colégio Taylor Egidio em Jaguaquara – BA, o curso ginasial. Foi para São Paulo em 1953, quando fez o curso clássico no Colégio Presidente Rooselvelt, se formando em 1955. Foi membro da Igreja Batista do Brás.

Em 1957, entrou para a Secretaria da Fazenda como escriturário e em 1963 passou no concurso de Fiscal de Rendas de São Paulo na própria Secretaria da Fazenda, onde se aposentou aos 52 anos de idade. Em 1958, conheceu sua futura esposa Maria Amábile e entrou para a Faculdade de Direito da USP vindo a se formar em 1962. Em 1960, pediu carta para Igreja Ba-tista da Lapa, onde sua namorada era membro. Em 1963, casou-se com Maria Amábile Jorge, dessa união vieram 3 filhos: Silmara, Andrea e Luís Fernando.

Sempre muito atuante na Igreja e na denominação, depois do curso de Direito resolveu fazer Teologia na Faculdade Teológica de São Paulo, turma de 1980, não para ser pastor, mas para poder ajudar mais no trabalho de Deus. Também fez Administração pelo Mackenzie. Deus o estava preparando para o futuro e no dia 28 de novembro de 1987, foi ordenado ao santo ministério, na Igreja Batista da Lapa, sendo o presidente do concílio o pastor José Vieira Rocha, seu grande amigo.

Foi um homem segundo o coração de Deus. Bom filho, bom marido, bom pai, bom pastor que ajudava a todos que se achegavam a ele. Em 2002, sua saúde começou a ser abalada pelo mal de Alzeheimer e em 2003 parou com suas atividades ministeriais e advocatícias para cuidar da saúde.

O pastor Valdomiro partiu para a glória no dia 15 de maio às 21horas, para encontrar aquele que sempre foi a razão do seu viver, o Senhor Jesus Cristo. Nós, a família, a igreja, só temos que dar glória a Deus por esta vida, agradecer pelo prazer de termos vivido ao seu lado e pelo exemplo de servo fiel que foi para todos nós.

Ele serviu à denominação como poucos, servindo como pastor e como advogado. Líder incomparável em competência e dedicação. Foi pastor da Igreja Batista da Lapa, cujo templo ajudou a construir, investindo grande parte dos custos financeiros que a obra viera a custar.

Pastor Antonio CondeAraraquara/SP

Um homem de Deus! Valoroso, fiel a Cristo, excelente chefe de família e leal à denominação. Eu o conheci há aproxima-damente 50 anos, no trabalho do Senhor, numa convenção na Vila Mariana, no Departamento da Mocidade. Dentre uma

safra de jovens valorosos ele já despontava pela sua inteligência, cultura e firmeza doutrinária.

O departamento da Mocidade se reunia periodicamente na então chamada “Junta” no nº 816 da Av. São João, onde no térreo

funcionava a Casa Publicadora Batista. Mas não quero aqui só rememorar, mas em nome da III Igreja Batista

em Araraquara manifestar nossa gratidão.Em 1990, quando éramos um pequeno grupo, 11 pessoas de Araraquara, e 3 de Ibaté, ele tendo sido solicitado e conhecendo os nossos ideais de nos tornarmos Igreja, fiel aos princípios Batistas, logo sentiu o desejo de nos ajudar. Sem nunca ter sido recompensado por um centavo que fosse, o pastor Valdomiro sentiu a nossa dor.

Ele cuidou-nos como excelente pastor que era. Conduziu-nos para os campos verdejan-

tes da Palavra de Deus, curou-nos as feridas, mostrou-nos objetivos e preparou-nos para o

Concílio Examinatório. “Quero que os irmãos se-jam muito bem examinados”, e pediu que os mais

criteriosos examinadores daquela época em nossa região nos arguísse, o que foi feito no dia 11 de maio

de 1991. Com um bom número de pastores, quase todos da Associação do Nordeste Paulista, fomos aprovados.

No 7º aniversário da III Igreja, tivemos a alegria de novamente ver no nosso púlpito o pastor Valdomiro. Mais uma vez a Igreja se rejubilou e naquele dia foi desfraldada pela primeira vez a Bandeira da III Igreja Batista em Araraquara. No encerramento deste trabalho foi entregue ao ilustre servo de Deus o Certificado de Pastor Emérito.

Tombou um valente. Nossos corações sentiram muito, não somente pela sua morte, mas pela lacuna que ficou nas fileiras batistas do Brasil, daquela voz firme, da doutrina clara e ortodoxa, aquele exemplo de amor e de trabalho. O texto de Hebreus 13.7 se aplica aqui perfeitamente. Esperamos que jovens pastores estudem sua biografia e a apliquem em suas vidas com coragem.

João Reinaldo Purin Jr.Pastor da IB do Méier

Talita, mas pode chamá-la Bondade. A história da nossa igreja é a história de Talita. E vice-versa. Completou 91 anos. Ou completaria em julho. Isso porque tinha duas datas de nascimento.

Uma de fato em abril, e outra de registro em julho. Pa-recia que o mundo sabia que precisaríamos de mais de uma dela... porém, foi única!

Viveu para servir. Suas mãos talentosas e amorosas ornaram nossos salões de cultos por décadas para os cultos dominicais e para muitos casamentos. Seu tem-pero deu sabor inesquecível a almoços de confraterni-zação. Sua arte e habilidade confeitaram inúmeros bolos de casamento. Seu zelo mantinha nossa cozinha sempre em ordem. Sabia tudo sobre os nossos utensílios. Como uma valo-rosa e fiel guardiã não permitia que nada saísse dos armários sem seu conhecimento e consentimento. Deixava as cozinheiras-aprendizes à vontade para arriscarem-se na beira do fogão, mas a última palavra deveria ser sempre dela.

Diaconisa em sua plenitude. Na essência e na aparência. Viveu para amar. Seu sorriso sempre cativante. Sua voz meiga, mas firme, não deixava dúvida

sobre a certeza de que a obra do Senhor deveria ser levada muito a sério. Incentivadora da juventude. Cuidadosa com as moças.

Atenciosa e hospitaleira com todos.Cuidou dos seus. Foi mãe para a irmã, avó para os sobri-nhos, irmã para o cunhado. Deu cor variada, e valioso significado aos laços da família. Não importava quem fosse, o importante era amar. Não casou-se. Deus tinha um propósito para isso. Não deixou bens. Viveu para repartir. Não deixou herdeiros. Deixa um exemplo! Em seu coração nasceram filhos. E quantos... Deixa-nos um legado: servir para viver, viver para servir. Seu amor não foi exclusivo. Foi inclusivo! Cabíamos todos em seu

enorme coração.Partiu para estar com seu amado Senhor. Preparou-se

para este dia durante toda a sua longa vida. Finalmente chegou à casa! Agora o seu sorriso é ainda mais lindo. Sua

voz é mais doce. Seu coração está glorificado. Em sua cabeça, por sua fidelidade até a morte, a Coroa da Vida! Hoje ela é eterna.

Como eterna é a nossa gratidão e o nosso reconhecimento por tudo o que ela foi, fez, viveu entre nós. Insubstituível. Porém, exemplar.

Que o Senhor nos conceda a bondade de sempre lembrar e seguir o cami-nho que trilharam os pés incansáveis de Talita. Até que todos nos reunamos com ela na glória eterna do céu com Cristo, o Senhor!

Pastor Valdomiro Souza Ribeiro09/04/1932 – 15/05/2012

Tombou um grande guerreiro Homem Valoroso

Talita Ramos Vieira da Gama1/06/2012

14 o jornal batista – domingo, 08/07/12 ponto de vista

Um dos exemplos mais efetivos para e s t e momen to vem da atitude

dos crentes de Bereia, que conferiam nas Escrituras tudo o que lhes era ensinado (Atos 17.10-11). Ao longo do tem-po tenho notado que neces-sitamos rever nossas práticas eclesiásticas e na vida cristã de modo a aferir se são cris-tãs ou com tintura cultural, ou mesmo que focalizam um dado momento na linha do tempo da revelação progres-siva de Deus que temos nas Escrituras.

Nestas considerações mui-tas vezes tenho notado uma busca incessante de práticas eclesiásticas e na vida cristã no caminho de um Cristia-nismo comprometido com a verdade bíblica, mas tam-bém tenho notado a criação, circulação e reprodução de culturas religiosas que aca-bam sendo resultado mais da cultura que recebemos de nossos precursores ou mes-mo com cores encontradas no Judaísmo, Catolicismo, Es-piritismo e até Afro-religiões.

“De sua Igreja poderão sair os enviados, aqueles pés formosos sobre os montes e vales, que hão de correr o mundo anunciando as boas novas. De sua Igreja há de sair o sustento espiritual, com orações específicas; o necessário para o obreiro se manter de um modo digno e ter condições de exercer sua vocação”. (Pastor Waldemiro Tymchak).

A afirmação do pastor Waldemiro revela duas responsabi-lidades da Igreja

local: Orar pelos missioná-rios e contribuir financeira-mente para o seu sustento digno. Dou graças a Deus

Penso neste caso que temos culturas religiosas, mas não um Cristianismo bíblico.

Uma das práticas que posso indicar nessa cultura religiosa por conta da visão sacrali-zada do judaísmo, depois catolicismo, é quando dize-mos “vamos à igreja”. Mas Jesus morreu e ressuscitou por cadeiras, instrumentos e prédios? No Novo Testamen-to temos sempre a ligação da igreja com pessoas salvas e redimidas por Jesus e não com prédios. Nós somos a igreja, mas criamos um imaginário cultural de que o prédio é a igreja, sem dú-vida necessário, mas não é a igreja.

E o que dizer da redução de Cristianismo em atividade na igreja? Há gente que demons-tra pensar que cumprindo o ritual de estar presente nas atividades eclesiásticas, con-tribuir, ter algum cargo, já satisfez as suas obrigações com Deus. Teríamos aqui a doutrina católica da penitên-cia? O crente só é notado se comparece. Cristianismo é muito mais do que isso. É vi-

pela visão de muitas igrejas batistas no Brasil, pois estão engajadas responsavelmente em fazer Cristo conhecido em todas as nações. É bom demais ver pastores e igrejas entusiasmados com a obra missionária, participando ativamente da expansão do Reino de Deus. Temos cons-ciência de que Jesus definiu muito bem a Sua missão (e que é a nossa missão) quan-do disse: “O Filho do Ho-mem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Luc. 19.10). A missão da Igreja é levar a mensagem do evan-gelho da graça, o evangelho de Jesus que liberta todo aquele que crê. Missões é a tarefa deixada pelo Senhor

ver o Evangelho integralmen-te a cada dia da semana, em qualquer situação ou área da vida (Lucas 9.23 – cada dia).

Nesta linha de pensamen-to, tenho a impressão que reduzimos também o Cris-tianismo a uma espécie de “transe de fim de semana” ao transformarmos o domingo – dia de descanso e celebração – em dia do cansaço, como se o crente devesse pregar o evangelho, exercer seus dons de serviços, etc somente em um dia da semana. Parece--me que estamos querendo fazer e viver em um dia a vida de sete dias da semana, deixando de viver um Cris-tianismo em tempo integral.

Também não há como dei-xar de considerar o contraste do conceito de espaço sagra-do que damos em geral ao templo (baseados na Teologia do Antigo Testamento) com o ensino de Jesus na conversa com a mulher samaritana (João 4) que tinha também a mesma preocupação, quando Jesus demonstrou-lhe que já era chegada a hora em que Deus estaria considerando o

para ser cumprida cabal-mente.

Missões é orar pelos mis-sionários, por vocações, sus-tento, visão do mundo e pelo compromisso da Igreja de Cristo em testemunhar dÊle a partir do seu contexto. Fa-zer com que a luz de Cristo seja vista de muito longe. Isto é um fato porque ela brilha bem forte perto. Jesus disse que nós somos a luz do mundo (Mat. 5.13-16). Então, realizar a obra mis-sionária é exercer a nossa influência cristã genuína. Também, é enviar os que querem anunciar Cristo ao mundo, mantendo-os inte-gralmente. Precisamos valo-rizar o missionário dando-lhe

estado do adorador e não o local em si. Mesmo porque, dentro do conceito de reve-lação progressiva na Bíblia, Atos 7.48 nos ensina que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas e que nosso corpo é o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6.16) e santuário do Deus vivo (II Coríntios 6.19). Em outras palavras, no Novo Testamento o coração do adorador é a prioridade, nós somos o templo de Deus e devemos considerar todos

o melhor. Difundir o amor de Cristo e o amor a Cristo. Missões é levar o evangelho que informa e transforma o deformado, sempre em Cristo Jesus, Aquele que deu a Sua vida por nós quando derra-mou o Seu sangue na cruz.

A tarefa missionária é da Igreja local que, através das nossas eficientes Juntas mis-sionárias, viabiliza o envio de recursos para os campos pró-ximos e distantes. Jesus nos ensina que devemos olhar com paixão os campos que estão prontos para a colheita. Não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, pois a obra missionária além de ser essencial, é ur-gente. Não podemos trans-

os locais sagrados em que devemos reverenciar a Deus. O Cristianismo, portanto, deve ser um estilo de vida, mas também vivido em todo e qualquer lugar.

Há outros exemplos de cul-tura religiosa que são comuns na vida eclesiástica. Agindo como os crentes bereanos poderemos compreender melhor o que é cultural e o que de fato é bíblico. Seria um bom exercício iniciarmos uma análise de nossas práti-cas com a Bíblia.

formar a Grande Comissão na grande omissão.

Johannes Blauw, um mis-siólogo holandês, disse: “En-quanto houver neste mundo homens em trevas, sem Deus e sem misericórdia, há de durar a tarefa missionária da Igreja cristã. Mas ela só pode completá-la quando permanece poderosamente cônscia de ter, ela mesma, participado da mesma treva e alienação e que desde estão é chamada a proclamar aos outros os feitos maravilhosos do Deus de luz, comunhão e misericórdia. Não existe outra “teologia de missão”, e outro oraculo a não ser este”. Missões é a missão da Igreja do Senhor Jesus!

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

15o jornal batista – domingo, 08/07/12ponto de vista

Isaias Andrade Lins FilhoPastor da IB dos Mares, Salvador, Bahia

“E a outro no mesmo Espí-rito, dons de curar...” (I Cor. 12.9).

O assunto des te momento de re-f lexão é sobre “O Dom Espiri-

tual de Curar”, que como os demais dons do Espírito, dependem única e exclusi-vamente da soberania do Se-nhor Deus. Através da ação maravilhosa do Espírito Santo como nos diz o evangelista Lucas (4.14, 18, 40), sendo este dom inquestionavelmen-te oriundo da intervenção sobrenatural do Pai, usando da instrumentalidade de um agente humano, que pode ser eu ou você, para promo-ver a restauração da saúde do corpo.

Sei perfeitamente que exis-tem muitas ideias e opiniões sobre o “Dom Espiritual da Cura”, mas o que me induz a escrever também sobre este dom espiritual, não é o que muitos pensam e di-zem, mas é o que a Palavra de Deus atesta, como está relacionado e inserido pelo Apóstolo Paulo como um dos dons espirituais. E por sê-lo, não pode ser racio-nalizado, tampouco ficar à mercê de qualquer um de nós, doutrinador ou não, que simplesmente pode querer dizer ou insinuar que este é um dom que já cessou, ou que não mais existe por-que foi abolido. Não é isto que a Bíblia diz e ensina, mas sim, que Cristo foi, é e será eternamente. E que o seu ministério abençoado e maravilhoso continua sem nenhuma interrupção, e da maneira como Cristo curou no passado, Ele continua a curar por intermédio do Espírito. Visto que o Senhor não muda, e garantido está na Palavra, não só que no Senhor não há sombra nem mudança de variação, como afirma Hebreus 13.8: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente...”.

A expressão no grego “dons de curar” está no plu-ral, o que sem dúvida traz para o nosso entendimento, que tal pluralização de ex-pressão denota irrefutavel-mente a multiforme mani-festação da graça de Deus e do Seu Santo Espírito para a cura das enfermidades. Não se pode também olvidar o fato de que, sob o pretexto da realização de curas e, sob a alegação de que muitos se dizem possuidores do dom espiritual de curas, tem se cometido muitos abusos e têm sido descobertas muitas fraudes. Alguém pode ques-tionar, se hoje em dia, pode haver dentre nós pessoas que são detentores deste Dom Espiritual de Curas. Eu lhes respondo sem medo de errar que pode sim haver muitas pessoas às quais o Espírito Santo entendeu de dotá-las com esse dom es-piritual. Repartindo a esses esta capacitação especial com o objetivo de edificar a Igreja e glorificar o Nome de Jesus, o Deus Filho, em nome de quem se ora ao Pai apresentando a doença, re-preendendo-a. Assim como foi na época dos apóstolos, o é também nos dias de hoje, pois da maneira como Deus curou no passado, Ele pode curar hoje como em qual-quer tempo, haja vista que o Seu Poder nunca mudou. Ressalte-se que a questão do Dom Espiritual de Curas, é pacífica na Bíblia Sagrada, verbi gratia, Jesus curou, Fili-pe curou, Pedro e João cura-ram, Paulo curou e, o mais notável é que esta ordem no imperativo foi comandada pelo próprio Senhor Jesus, quando em Lucas 10.9 diz claramente: “CURAI OS EN-FERMOS”.

Com as afirmações acima, não quer este articulista dizer que – todas as doenças se-rão curadas – jamais eu iria afirmar uma sandice dessas. Mas quero sim destacar, que existirá cura sim, a qualquer momento e em qualquer ocasião poderá ser operado o Dom Espiritual de Curas em toda a sua expressão e

plenitude, cura completa, permanente e instantânea. Mas tudo dependendo da vontade soberana de Deus, pois quando se operava o milagre da cura, era exercido o dom espiritual de curas e, só poderá sê-lo, se houver obediência e submissão à vontade do Senhor. Posso lembrar-me do que ocorreu com o próprio Apóstolo Pau-lo, com problemas de saúde em seu corpo físico, doen-ça, problema físico que lhe tirava a paz e o angustiava. Mesmo orando três vezes, chamando a dificuldade de “espinho na carne”, mesmo assim o Senhor não lhe deu cura, e conformadamente após intensa luta espiritual, pessoal e íntima com o Se-nhor, do Mestre ouviu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...”. Foi quando Paulo começou a assimilar e aprender a se gloriar também com as suas doenças.

Quando pensamos na obra redentora de Cristo na cruz do calvário e voltamos nos-sos pensamentos também para o “Dom Espiritual de Curas”, chegamos à conclu-são que o Senhor nos oferece uma dupla provisão: saúde espiritual e saúde física. Sa-bemos que a unidade da Palavra de Deus é algo que chama nossa atenção e, o evangelista Mateus (8.17), ao citar o acontecimento da cura da sogra de Pedro, mencio-na o profeta Isaias dizendo: “para que se cumprisse o que fora dito ao profeta Isaias, que diz: ‘Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou sobre si as nossas do-enças’...” (Isaias 53.4).

Longe de mim trazer para os leitores qualquer ensina-mento truncado. Porque há momentos em que se faz necessária a intervenção da medicina, ou de remédios prescritos por médicos para que os doentes, mesmo cren-tes em Cristo, ao fazerem uso deles, sejam curados, tenham suas dores aliviadas e, quan-do necessário, até interven-ções cirúrgicas. O fato é que na Palavra de Deus existem

textos marcantes, que não deixam sombras de dúvi-das sobre o Dom Espiritual de Curas, como em Marcos 16.17 e 18. É por isso que a cura divina no entendimento de Scofield é “uma infusão do poder sobrenatural de Deus em um corpo humano, para renovar as suas energias e substituir a fraqueza e o sofrimento pela vida e poder de Deus...”. Posso levá-los a recordarem o texto de Ma-teus 10.7 e 8, quando Jesus ministrava algumas instru-ções para os seus discípulos sobre a chegada do Reino dos Céus, e dizia: “à medida que seguirdes pregai que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai...”.

Temos de ter muito cuida-do para que não incorramos em erros irreparáveis, pois se houver necessidade de alguém tomar remédios e realizar tratamento alopá-tico, deve tomar sim. Mas se o Senhor quiser, realizar e evidenciar a cura como manifestação do seu po-der e uso desse dom, des-sa capacitação especial na vida de algum servo seu ou serva sua, a quem queira capacitar, não é, nenhum de nós, mestre ou doutor em teologia, que vai ousar contradizer o Senhor. Não podemos também esquecer que em I Tim. 5.23, Paulo aconselhou a Timóteo seu jovem pastor auxiliar a que usasse um pouco de vinho para a restauração de sua saúde e de suas constantes enfermidades, e isto afirmo, para que ninguém se esque-ça também que Deus nos concede recursos científicos para que sejam usados em tratamentos físicos para a cura. Também não podemos deixar de lembrar do grande companheiro de viagens de Paulo, o amado Trófimo, que por causa de uma enfer-midade deixou-o adoentado na Cidade de Milêto (I Tim. 4.20). Todavia, nada desses incidentes anula a verdade espiritual de que existe e se

evidencia o Dom Espiritual de Curas e de que o Espírito Santo de Deus continua ain-da hoje, a capacitar os seus servos e servas.

Assim posso afirmar, Deus cura ainda hoje, Deus ain-da tem capacitado servos e servas para que exercitem o Dom Espiritual de Curas. Saliente-se, todavia, que esta não é a plataforma de go-verno da igreja de Jesus, a plataforma de governo do Reino de Deus, é saquear os infernos e povoar os céus, pela mensagem de prega-ção e de transformação dos homens para que se rendam aos pés de Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor.

Este assunto, portanto, não é ultrapassado, é um assunto atual, de valor inconfundível para os cristãos, pois temos vivido em um mundo em que as doenças têm grassado e afligido muitos lares. As doenças têm se alastrado de forma quase epidêmica apesar do progresso e das descobertas feitas pelas ciên-cias médicas. Como servos de Deus, não podemos dei-xar de crer firmemente que a cura divina é nos garantida pela vida de Jesus.

Jesus exerceu seu minis-tério com paixão e extremo amor, e quando Jesus curava os enfermos não era porque queria mostrar que era o Fi-lho de Deus , mas o Mestre amava as pessoas, queria ajudá-las, sentia compaixão e nunca um milagre de cura era realizado por Jesus para promovê-lo pessoalmente, porque o Senhor jamais teve a pretensão de querer mostrar os seus poderes sobrenatu-rais.

Por fim, como todos os Dons Espirituais, este tam-bém é exercido para ma-nifestar a glória de Deus e, como bons batistas, devemos buscar as coisas que exaltem a Jesus. Você tem o dom de curar? Se tem, saiba e jamais se esqueça que a soberania é de Deus, pois o Espírito Santo dá a cada um o dom, da maneira como Ele quer repartir com o único objetivo de edificar a Sua Igreja.

Teologia PráTica