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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 12 Domingo, 18.03.2012 R$ 3,20 A Convenção Batista Carioca, com o desejo de ter uma administração comprometida, em todos os seus níveis, com os princípios, valores e padrões espirituais e éticos neo testamentários, apresenta o Programa de Transparên- cia e Ética. Um documento que representa o compromisso e o desejo da Comunhão das Igrejas Batistas Cariocas, abordando itens como por exemplo, relatórios financeiros, conselho fiscal, Plano Cooperativo, deveres de seus gestores, entre outros. Veja o documento completo na página 9. Programa de Transparência e Ética O novo desafio da Juventude Batista Brasileira é rom- per as dificuldades e alcançar os jovens surdos. Com a visão de fazer a diferença na vida destes jovens, a JBB irá promover no mês de junho um congresso todo em LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais. O Congresso “Adoração 100%” tem como objetivo retirar de vez esta ideia de que os jovens surdos são excluídos e evidenciar o quanto são importantes, como todos os outros jovens. Veja o tema e cada detalhe deste evento na página 8, e aproveite para compartilhar esta ideia.

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  • 1o jornal batista domingo, 18/03/12?????

    rgo Oficial da Conveno Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

    ISSN 1679-0189

    Ano CXIIEdio 12 Domingo, 18.03.2012R$ 3,20

    A Conveno Batista Carioca, com o desejo de ter uma administrao comprometida, em todos os seus nveis, com os princpios, valores e padres espirituais e ticos neo testamentrios, apresenta o Programa de Transparn-cia e tica. Um documento que representa o compromisso e o desejo da Comunho das Igrejas Batistas Cariocas, abordando itens como por exemplo, relatrios financeiros, conselho fiscal, Plano Cooperativo, deveres de seus gestores, entre outros. Veja o documento completo na pgina 9.

    Programa de Transparncia e tica

    O novo desafio da Juventude Batista Brasileira rom-per as dificuldades e alcanar os jovens surdos. Com a viso de fazer a diferena na vida destes jovens, a JBB ir promover no ms de junho um congresso todo em LIBRAS, a Lngua Brasileira de Sinais. O Congresso

    Adorao 100% tem como objetivo retirar de vez esta ideia de que os jovens surdos so excludos e evidenciar o quanto so importantes, como todos os outros jovens. Veja o tema e cada detalhe deste evento na pgina 8, e aproveite para compartilhar esta ideia.

  • 2 o jornal batista domingo, 18/03/12 reflexo

    E D I T O R I A L

    multiplica para todos os lu-gares que a ovelha estiver. O primeiro passo desejar que a sua igreja seja uma igreja ativa, que est pre-ocupada, principalmente, com as necessidades do prximo. A comunidade precisa saber que a igreja local est interessada em ajud-la, cuid-la, dar-lhe mais do que ordens, dar amor, assim como o prprio Cristo ensinou. Na cruz, sofrendo as dores humanas, no julgou os homens, mas pediu misericrdia da parte de Deus.

    Seguir o exemplo de Jesus Cristo o maior desafio dos cristos de todos os tempos. Um homem rei, radical em suas palavras, no era morno, ia direto ao ponto. Cheio de amor, o distribuiu at para pessoas que no mereciam, ensi-nou com ao a amar sem medida. este o exemplo

    soas, graas a Deus, j tem sido uma realidade no meio cristo. Mas a preparao uma lacuna ainda vazia em diversas igrejas. O lder de jovem precisa orientar seus jovens e adolescentes para receberem da melhor forma os ex-dependentes qumicos. Da mesma forma os surdos precisam se sentir parte integral da igreja. Sa-ber lhe dar com diferentes pessoas, com diferentes di-ficuldades um talento, por isso necessrio buscar este talento e pedir orientao a Deus.

    Este despertamento no fica apenas para os lderes e pastores no preparo das ovelhas, mas tambm se estende ao compromisso destas ovelhas. Membro participativo aquele que sabe ser cristo primeira-mente dentro da igreja. O fazer a diferena comea dentro da casa do Pai e se

    u a n t a s v e z e s mais os surdos p rec i sa r o se sentir sozinhos

    nas igrejas? Quantas vezes mais as prostitutas precisa-ro se sentir discriminadas nas igrejas? Quantas vezes mais os dependentes qu-micos precisaro se sentir como escrias dentro das igrejas? Quantas vezes o depressivo precisar se sen-tir mais depressivo dentro das igrejas? J no est na hora da igreja batista brasi-leira aprender a receber o mundo? O ide constante-mente pregado nas igrejas, mas quantos pastores esto preparando suas ovelhas para receber os novos con-vertidos?

    Esta a hora do despertar dos lderes para a prepara-o dos crentes em Cristo. O desejo de servir a Deus cuidando, atuando de forma significativa na vida das pes-

    que os cristos precisam seguir para agir dentro das igrejas. hora de voltar a fazer diferena dentro das igrejas, amar sem medida, cuidar sem medida, tratar sem medida, dar sem me-dida, aconselhar sem medi-da, conversar sem medida. Cristo aquele que faz a diferena at mesmo no meio dos cristos.

    Glrias a Deus por todos que conseguem amar sem condies. Glrias a Deus por aqueles que fazem a diferena na vida dos sur-dos, que evangelizam as prostitutas, que aconselham as mes e os pais, que do assistncia as crianas, que escutam os ensinamentos dos lderes. Glrias a Deus pelos pastores e dirigentes que ensinam suas ovelhas a agir de forma sbia dentro das igrejas. Glrias a Deus por aqueles que so cristos dentro das igrejas.

    O JORNAL BATISTArgo oficial da Conveno Batista Brasileira. Semanrio Confessional, doutrinrio, inspirativo e noticioso.

    Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

    PUBLICAO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JniorDIRETOR GERALScrates Oliveira de SouzaSECRETRIA DE REDAOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

    CONSELHO EDITORIALMacias NunesDavid Malta NascimentoOthon vila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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    REDAO ECORRESPONDNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

    A direo responsvel, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominao batista, as colaboraes assinadas so de responsabilidade de seus autores e no representam, necessariamente, a opinio do Jornal.

    DIRETORES HISTRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moiss Silveira (1940 a 1946);Almir Gonalves (1946 a 1964);Jos dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

    INTERINOS HISTRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomo Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

    ARTE: OliverartelucasIMPRESSO: Jornal do Commrcio

    Q

  • 3o jornal batista domingo, 18/03/12reflexo

    Nilson DimarzioPastor e colaborador de OJB

    ... j aprendi a contentar--me com o que tenho (Fil 4.11b).

    O dono de um pe-queno comrcio, amigo do gran-de poeta Olavo Bilac, encontrando-o numa das ruas da cidade, disse: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu stio, que o se-nhor to bem conhece. Ser que o senhor poderia redigir o anncio para o jornal?. Olavo Bilac apanhou uma folha de papel e escreveu: Vende-se uma encantadora propriedade, onde cantam os pssaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes guas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes na varanda.

    O tempo passou e, meses depois, encontra-se o poeta com o proprietrio e pergun-ta-lhe se havia vendido o s-tio. Nem penso mais nisso,

    responde-lhe o interlocutor, quando li o anncio no jor-nal que percebi a maravilha que eu possua e que seria uma insensatez me desfazer dela. como disse algum: O homem da montanha no olha a paisagem. H pessoas assim, cercadas de tanta beleza, mas estas lhes passam despercebidas. No tm olhos para admir-las. Ou possuindo tanto, no va-lorizam o que possuem.

    o que acontece na vida de muitas pessoas; apesar de tantas bnos recebidas, no lhes do o devido valor. Este foi um dos graves peca-dos do povo de Israel. No obstante terem sido to agra-ciados e presenciado tantos milagres durante a trajetria pelo deserto, foram rebeldes, desobedientes, murmura-dores e foram ingratos para com Deus. No valorizavam a libertao operada pelo Senhor, e em seu desvario, por incrvel que parea, che-garam a querer voltar escra-vido no Egito.

    No texto acima, Paulo nos d uma lio de inestimvel

    valor, ao revelar seu estilo de vida e contentamento, mesmo quando as coisas no lhe corriam bem. Ao escrever a epstola aos Filipenses, ele estava preso em Roma, mas a despeito de tal circunstncia chega a dizer: J aprendi a contentar-me com o que tenho, acrescentando, Sei passar falta, e sei tambm ter abundncia; em toda manei-ra e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundn-cia, como em padecer neces-sidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fil 4.12-13).

    No que ele estivesse fa-zendo apologia da pobreza e da misria. O que queria dizer que, em toda e qual-quer circunstncia, possua o necessrio equilbrio emo-cional para no desanimar ou reclamar da sorte. Na verdade, no h mal em se possuir riquezas, desde que adquiridas por meios lcitos. O mal consiste em fazer da riqueza o objetivo primordial da existncia, o

    que passa a ser avareza e ganncia, que a Bblia cha-ma de idolatria (Col 3.5). Se apesar de nossos esforos para conseguir uma excelen-te situao econmica, no conseguimos mais do que o necessrio para viver e dar aos nossos um relativo con-forto, estejamos satisfeitos, sem perder o sono e viver correndo atrs de miragens e falsos tesouros. Lembrando a sbia orao de Agur: No me ds nem a pobreza nem a riqueza; d-me s o po que me necessrio; para que eu de farto no te negue e diga: Quem o Senhor? ou, empobrecendo, no venha a furtar, e profane o nome de Deus (Prov 30.8-9).

    Numa de suas belas crni-cas, intitulada Sorte grande, Rubens Lopes diz, entre ou-tras coisas, o seguinte: A feli-cidade est ao alcance de to-das as mos, que queiram p--la nas mos de Deus. Sorte grande isso: Deus sendo o arrimo de nossa sorte. Como escreveu o salmista: O Se-nhor a poro da minha herana e do meu clice; tu

    s o arrimo da minha sorte (Sal 16.5). Se ponho o meu destino discrio de Deus, deixando-me conduzir pelas suas mos e no pelos meus ps, posso dormir tranquilo. Em colcho de molas ou em colcho de palhas. Num apartamento ou num barraco. Em noite de lua ou em noite de breu. Como quando entro num avio e recosto a cabea na poltrona, tranquilo porque sei que o comandante sabe o que faz (Um Pouco de Sol, Editora Betnia, p. 89).

    Vamos, pois, valorizar o que temos de bom, no s no que tange aos bens materiais, mas tambm no tangente aos bens supremos: ao tesouro do cu, as relaes sociais, a bno da famlia, os amigos e irmos em Cristo, a bno da igreja, os conhecimen-tos adquiridos nos anos de estudos e, em especial pelo conhecimento do evange-lho, a sade fsica e mental. Enfim, tudo aquilo que Deus nos proporciona para o nosso crescimento cultural e espiri-tual. Viver assim viver com sabedoria e felicidade.

    AGORATAMBM EM

    NOVAS CAPASE NOVO

    FORMATOTenha a verso Joo Ferreira de AlmeidaRevista e Corrigida e a verso NVI juntas. www.geograficaeditora.com.brwww.geograficaeditora.com.br

    Dois caminhos que levam ao mesmo lugar,a Palavra de Deus da forma que voc precisar.

  • 4 o jornal batista domingo, 18/03/12

    GOTAS BBLICASOLAVO FEIJ

    Pastor, professor de Psicologia

    Esprito Mau e o Esprito Santo

    reflexo

    Jesus declara a uma mul-tido de ouvintes que Ele expulsava demnios pelo poder de Deus. Logo adiante, para evitar alguma interpretao que levasse as pessoas a serem abenoadas e no mudar de vida, Jesus conta uma par-bola que termina dizendo: A volta e encontra a casa varrida e arrumada. (Lucas 11.25).

    Na parbola, Jesus fala de uma pessoa que teve um de-mnio expulso de sua vida. Livre do sofrimento, apa-rentemente a tal pessoa no assumiu um compromisso com o poder de Deus, que a libertara. Ela achou que, com sua alma recuperada, no ha-veria nenhum preo a pagar espiritualmente. Pelo poder divino, ela teve sua casa varrida e arrumada. Neste ponto, ao invs de colocar

    o Esprito de Deus como o morador permanente da sua casa, ela assumiu uma pos-tura irresponsvel. Ningum libertado pelo Senhor para continuar vivendo a escravi-do do mal.

    Tiago bastante duro e definitivo: a f sem obras morta. Paulo nos adverte, dizendo que fomos libertos, com o objetivo de obede-cer a Cristo e de servi-lo. Na nossa vida crist, nada automtico. O Senhor no nos obriga a am-lo. No am-lo, porm, sempre im-plica no alto preo de ficar prisioneiros das tentaes do Inimigo. Nossa casa, varrida e arrumada pelo Esprito Santo, o primeiro passo para a jornada da santifica-o. A comunho diria com nosso Cristo significa a porta fechada, impedindo a volta dos maus espritos.

    Carlos Henrique FalcoPastor da Igreja Batista da Liberdade, Rio de Janeiro.

    Nasci em Quat, interior de So Paulo, e por isso me considero um carioca adotado, como mi-lhares de imigrantes de di-versas partes do Brasil e do mundo. Esta terra, chamada de Maravilhosa, tem espa-o para todos que queiram compartilhar da sua beleza e da alegria que caracteri-za o seu povo. Estcio de S fundou a cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro em 1565, assim que desem-barcou por aqui. A cidade cresceu em populao e em importncia at que em 1763 o ministro Marqus de Pom-bal transferiu a sede da col-nia, de Salvador para o Rio de Janeiro. Em 1960 a sede do governo foi para Braslia deixando aqui a beleza e o povo sofrido, mas feliz. Pensei no modo melhor para interferir na minha cidade e melhorar a qualidade de vida. Diferente de um polti-co ou lder sindical, busquei a orientao de Deus para agir corretamente.

    Lembrei em primeiro lugar da palavra de Deus ao povo

    de Israel que reclamava do lugar onde moravam na Ba-bilnia. Deus disse para que orassem pela prosperidade da cidade para serem prsperos tambm (Jer 29.7). No sei se existe um Rio de Janeiro sem os problemas de uma grande cidade. Mas sei que Deus po-der abeno-la se o povo de Deus orar intensamente pela cidade em que mora. Deus que fez o cu e a terra tem planos de paz para este lugar. Quando o buscarmos de todo o corao, o encontraremos e ele far com que esta terra seja prspera.

    Observei a recomendao de Paulo a Timteo e aceitei a exortao para que faa-mos splicas, oraes inter-cesses e aes de graas por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenham uma vida tranquila e pacfica, com toda a piedade e digni-dade. Isso bom e agradvel perante Deus, nosso Salva-dor, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tim 2.2-4). Por isso dediquei um perodo de orao pelas autoridades da minha cidade como melhor presente que ela poderia receber, mesmo sem os go-

    vernantes perceberem que Deus os estava abenoando.

    Por ltimo, a Bblia me exorta a ser bom cidado, reconhecendo que toda auto-ridade concedida por Deus e por isso os governantes so ministros de Deus. Portanto, necessrio que eu seja sub-misso s autoridades, pagan-do devidamente os impostos, honrando-os corretamente, sem deixar de temer a Deus (Rom 13.1-7). Como morador do Rio de Janeiro e cidado do Reino de Deus preciso ter uma vida exemplar, submis-sa s autoridades constitu-das, mas tambm submisso a Deus, para que no haja dvidas em ningum sobre o governo de Deus em minha vida. Devo tratar todos com o devido respeito, amar os ir-mos, temer a Deus e honrar os governantes (1Ped 2.13-17). A cidade maravilhosa ser gloriosa medida que for se rendendo aos ps de Jesus e o recebendo como Senhor e Salvador. Por isso o melhor presente no dia do aniversrio do Rio de Janeiro foi, e sempre ser, interce-der a Deus pela cidade. Ore voc tambm por ela. Fale de Jesus aos seus moradores. Faa do Rio de Janeiro uma cidade gloriosa.

  • 5o jornal batista domingo, 18/03/12reflexoPARBOLAS VIVAS

    Joo Falco Sobrinho

    Israel Belo de AzevedoPastor da Igreja Batista Itacuru, RJ.

    A orao uma ilha, num arquiplago de ideais.O ideal que ore-mos sem cessar. (Mas somos cercados pela pressa, pelos rudos, pelas sedues).

    O ideal que a orao seja um jeito de viver, no de pe-dir coisas. (Mas, infelizmen-te, precisamos sofrer para aprender as coisas bsicas da vida, as quais pedimos, quan-do no nos desesperamos).

    O ideal que levemos tudo a Deus em orao. (Mas s levamos os problemas que no conseguimos solucionar).

    O ideal que s decidamos depois de orar. (Mas decidi-mos, s vezes, errado, e es-

    peramos que Deus conserte o que estragamos).

    O ideal que a orao seja companheira da leitura da Bblia. (Mas no percebemos que a Bblia o livro da ora-o e um livro de oraes).

    O ideal que a nossa ora-o esteja em sintonia com o nosso carter. (Mas nos escudamos na graa de Jesus e tocamos as nossas vidas como se no orssemos).

    O ideal que as necessi-dades do(s) outro(s) sejam o centro de nosso interesse em orar. (Se tivermos opor-tunidade, oraremos por ns mesmos tambm).

    O ideal que, junto com a intercesso, a gratido ocu-pe mais espao em nossas oraes. (Mas, quem somos seno bebs esperando o leito materno?)

    O ideal que a orao nos molde. (Mas preferimos mu-dar a vontade de Deus com os nossos desejos).

    Que fazer para que os ideais da orao

    se realizem?Leiamos e meditemos nas

    oraes da Bblia, nossa me-lhor escola.

    Reflitamos sobre nossos compromissos, de modo a fir-marmos mais um: orar todos os dias por minutos cada vez mais crescentes.

    Olhemos para dentro dos nossos coraes, para ver se ainda somos egostas.

    Pensemos nas decises que tomamos (namorar, casar, comprar, estudar, vender, viajar, concursar): quantas tiveram a orao como com-panheira?

    Analisemos nossas leituras da Bblia: o que a orao tem a ver com elas? E vice-versa.

    Inventariemos nossas ora-es para ver quantas vi-sam o bem do(s) prximo(s) e quantas o nosso prprio bem?

    Contemos os minutos de nossas oraes: que espao a gratido ocupa nelas?

    Se a orao uma ilha, num arquiplago de ideais, ela pode ser minscula ou grande, relevante ou descar-tvel.

    Na verdade, o tamanho e a relevncia da orao em nossas vidas dependero do valor que lhe damos. Na verdade, o tamanho e a rele-vncia da orao em nossas vidas dependero do lugar que, realmente (alm das intenes), damos a Deus.

    O casal entrou visi-velmente transtor-nado no gabinete pastoral. Na voz, nos gestos, no olhar, ambos demonstravam angstia. Ti-nham uma filha nica de 22 anos, Alice, que fora criada nos bancos da igreja, disse a me, e agora estava afastada de Deus e indiferente para com pai e me. Naquele dia, Alice informou-lhes que tinha alugado um pequeno apar-tamento e ia se mudar para l. Pretendia morar sozinha perto do seu trabalho. A me arriscou perguntar: Voc no vai sentir falta da gente?. A filha sorriu com ironia e res-pondeu: Virei v-los de vez em quando!.

    A moa no estava envolvi-da com drogas nem com qual-quer imoralidade, continuava seus estudos, sustentava-se muito bem como secretria do gerente de uma multina-cional, nada havia que justifi-casse a sua atitude. Algumas semanas antes, ela dissera me: Estou cansada dessa rotina de famlia, tutela, nor-mas, ser que a vida isso?. Era a nica pista que o casal possua para tentar entender o que se passava na mente da filha: Fadiga emocional. Enquanto falavam, pai e me se debulhavam em lgrimas. Ao final, o pai suspirou fundo e fez uma pergunta: Pastor, onde foi que ns erramos?.

    O pastor no ficou sur-preso com a situao com que se deparava, pois vinha sentindo falta da moa na igreja. Mesmo quando ela comparecia, parecia indife-rente s coisas de Deus. Fez uma pausa e respondeu: O problema, queridos, no saber o que vocs fizeram de errado no passado, mas o que vocs vo fazer certo daqui para frente; o passado no volta, mas o futuro est todo diante de vocs. A seguir, o pastor disse que o casal devia buscar a Deus para saber que mudanas precisariam deixar a graa de Deus fazer nos seus sentimentos e atitudes, como deveriam se conduzir dali para frente. Foi prtico e objetivo: Ofeream-se para ajudar Alice na mu-dana. Desse modo, vocs estaro demonstrando que respeitam a deciso dela, que so amigos dela e que esto prontos a ajud-la nessa nova situao. No queimem

    a ponte do retorno com uma atitude lastimosa, nem com recriminaes e severas ad-vertncias. Vocs no podem mudar o corao da sua filha, mas podem deixar que Deus mude os seus coraes.

    Logo Deus mostrou ao ca-sal que eles tinham uma bela fachada de religiosidade, mas pouca profundidade. Comearam a ler a Bblia diariamente, a orar e can-tar juntos os hinos da sua f. Descobriram que havia muitas pessoas carentes na comunidade, s quais pode-riam ajudar e comearam um profcuo ministrio social, envolvendo outras pessoas da igreja. Queriam agora, no amor de Cristo, viver in-tensamente a sua f e ajudar os oprimidos. Continuaram tratando a filha com carinho, sem nada cobrar, sem nada exigir, esperando que o Esp-rito falasse ao corao dela. O pai ouviu algum dizer que quando no podemos mais falar de Jesus a uma pes-soa, podemos falar da pessoa a Jesus. Levaram a srio essa proposta.

    O processo da graa por vezes demorado. A demo-lio de princpios errados pode ser uma ao que leva tempo para acontecer. Nove meses depois, a jovem ligou: Pai, eu decidi voltar para casa; voc me ajuda?. O homem foi sbio. No se mostrou eufrico, no gritou Aleluia, embora o seu desejo interior fosse sair dando cam-balhotas de alegria. Muitos pais querem que Deus mude seus filhos, mas nem sempre esto dispostos a pedir por uma mudana em seu pr-prio interior.

    Se voc tem algum filho enfrentando problemas, no pergunte em qu voc errou. Pergunte a Deus em qu voc deve acertar daqui para frente. E se voc entender que errou no passado, pea perdo a Deus e assim de-sobstrua o trnsito de graa em seu favor para que suas splicas possam ser ouvidas. Nem preciso dizer que logo Alice se engajou no ministrio de ajuda comu-nidade junto com seus pais. Em conversa com o pastor, a me de Alice brincou: Alice teve duas gestaes de nove meses: uma fsica, outra espi-ritual. Agora ela est viva no corpo e na alma.

  • vida em famliaGilson e Elizabete Bifano

    O av que quero ser

    6 o jornal batista domingo, 18/03/12 reflexo

    Podem no acreditar, mas sou av. Meu neto, lindo por sinal, filho de Susanne, minha filha primognita, e do pastor Elthom, filho do casal pastor Elias Carvalho de S e Ana Luiza. Se chama Theo. Nasceu no dia 2 de maro. Podem achar que j estou exagerando, mas o menino muito, muito bonito. A Bblia afirma que ver os filhos dos filhos uma bno dada por Deus (Sal 128.6). S no gostei muito da traduo Al-meida Corrigida e Revisada de Provrbios 17.6 que diz que a coroa dos velhos so os filhos dos filhos. Ai pen-sei, acho que a NVI (Nova Verso Internacional) vai me satisfazer. Que nada! A NVI diz: os filhos dos filhos so uma coroa para os idosos. Pelos menos, trocou a pala-vra velhos por idosos.

    Bem, minhas esperanas estaro com o que diz a A Bblia na Linguagem de Hoje vai dizer, pensei. Comecei ento a ficar mais confor-tvel. A BLH diz: Assim como os avs se orgulham dos netos. Bem melhor! Em sua parfrase, A Mensagem, Eugene Peterson, traduz este texto afirmando que os ne-tos so um reconhecimento para os idosos. Mas a grande verdade mesmo que eu j no sou mais jovem, (mas tambm no sou velho e nem idoso). Quero chegar l, com calma. No precisa de pressa. Tentando, ento, atingir o objetivo do artigo, estive pensando nestes dias que tipo de av quero ser.

    Quero ser um av que cumpra o seu papel no con-texto familiar que transmitir as tradies familiares para meus descendentes. Que-ro contar histria de nossa famlia para ele e mostrar que Deus sempre esteve nos ajudando em todos os mo-mentos. Quero ser um av que saiba quais so os meus limites na vida de meu neto, especialmente no que tange

    sua educao. Esta tarefa principalmente dos pais. Quero ser um av que ajude os pais do meu neto, mas no chamando para mim a responsabilidade de fazer coisas que competem aos pais. Quando puder ajudar, j acertei com minha espo-sa que vamos ajudar, mas queremos curtir a nossa vida de casal no ninho vazio e se Deus permitir, na fase tardia da vida, exceto se algo acontecer na vida dos pais. Vejo muitos avs que esto perdendo momentos pre-ciosos como casais, por no colocarem limites nos pais de seus netos. Lembram de Jetro? Ele ficou com os seus netos, por um determinado tempo, depois chegou para seu genro e disse: aqui esto os seus filhos (x 18.2-6). Quero ser um av sempre pronto a ter no bolso, uma bala, um pirulito e deixar que se lambuze todo.

    Quero que minha casa seja, como escreveu to bem Ra-quel de Queiroz, uma deli-ciosa fuga rotina. Quero, sempre que estiver com ele, ser brincalho como fui com minhas filhas. Com certe-za, no vou poder brincar com toda aquela energia que tinha nos meus trinta e poucos anos, mas acho que vai dar para fazer alguma coisa. Quero, a exemplo de Jac (Gn 48.9-11), dizer palavras abenoadoras que tornem realidade no futuro. Quando ele nasceu, postei no Facebook Theo, homem de Deus. Quero ser um av que auxilie minha filha e meu genro na transmisso das Sagradas Escrituras e um exemplo de f no fingida, tal como foi Loide na vida de Timteo (2Tim 1.5).

    Bem, o que desejo. Que Deus me ajude nestes ideais.

    * PS Ia me esquecendo...Quero, tambm, usar de mi-nha discreta influncia para que o Botafogo tenha mais um ilustre torcedor.

    No livro Building strong families ( C o n s t r u i n d o famlias fortes), William e Michael Mitchell, citam uma pesquisa que a educadora Dolores Curran realizou com 500 assisten-tes sociais, conselheiros e peritos em orientao fami-liar nos EUA, para determi-nar o que faz uma famlia feliz. Como resultado da pesquisa, ela relatou 13 ca-ractersticas de uma famlia saudvel, as quais publicou em seu livro Traits of a Healthy Family (Traos de uma famlia saudvel). Dos 13 traos de Dolores Curran, eu selecionei 8, traduzi e adicionei um bre-vssimo comentrio a cada um. Creio que vale a pena refletirmos sobre eles.

    O desejo de falar e ouvir cuidadosamente uns aos outros. Quando algum de sua famlia, falar com voc, preste ateno e dedique-se ao seu fami-liar.

    A capacidade de discutir os assuntos com obje-tividade sem gerar ran-

    cores. Procure discutir, concordar ou discordar das ideias e no das pes-soas.

    A cooperao entre os membros da famlia em ajudar uns aos outros. Levante cada manh e pergunte aos membros de sua famlia se h algo que pode fazer por eles.

    Uma atmosfera de diver-so e humor, sem sarcas-mo ou humilhaes. Seja alegre e de bem com a vida, mas cuidado com certas brincadeiras que acabam diminuindo ou machucando um de seus familiares.

    Orientaes claras dos pais sobre o certo e o er-rado. Regras so impor-tantes, os filhos precisam de ajuda para administrar o tempo e entender limi-tes. Faa isso.

    Criao de um forte sen-timento de unidade e de respeito pelas tradies familiares. Cada famlia tem a sua histria e as suas estrias. Aprenda-as,

    repasse-as e delas destile princpios e lies.

    Respeito da privacida-de de cada um. Mesmo debaixo do mesmo teto e com tantas coisas em comum, cada um pre-cisa de um mnimo de privacidade. Respeite este mnimo em cada membro de sua famlia e voc ter a sua privacida-de respeitada por todos.

    O compartilhamento das mesmas convices re-ligiosas e ticas. Ora-o, leitura da Bblia, devoluo dos dzimos, frequncia aos cultos e integridade moral, for-talecem as pessoas e a famlia. Cultive.

    Procure observar esses traos na sua convivncia familiar, invista da edifica-o do seu lar e lembre-se sempre da advertncia da Palavra de Deus: Se o Se-nhor no edificar a casa, em vo trabalham os que a edi-ficam... (Salmos 127.1a). Trabalhemos, incansavel-mente, por famlias saud-veis.

    ConviteA Primeira Igreja Batista do Parque So Vicente, Rua So

    Pedro, 41 Parque So Vicente Belford Roxo (RJ), convida

    pastores da Associao Batista Belforroxense, dia 27 de

    maro de 2012 s 9h, para formar conclio e examinar os

    Seminaristas Reinaldo Teixeira dos Santos e Fabio Andrade

    da Rocha, para o processo de consagrao ao Ministrio

    da Palavra. Se aprovados, teremos o Culto de Consagrao

    no dia 07 de abril de 2012 s 19h30min.

    Pr. Silas dos Santos Ferreira.

    SABEDORIAPARA HOJE

    LCIO DORNAS

    Sua famlia saudvel?

  • 7o jornal batista domingo, 18/03/12misses nacionais

    Vrios membros da Primeira Igreja Batista de Madurei-ra participaram de uma viagem missionria que impactou vidas em Eli Mendes (MG), onde esto os missionrios George Adriano e Ruth de Carvalho. Durante os dias na cidade, o grupo promoveu evangelismo de crianas nas ruas e tambm por meio do ser-vio social, que abenoou um total de 241 pessoas. O ponto alto do projeto foi o evangelismo noturno em meio ao carnaval da cidade, quando os folies locais e de di-versas cidades vizinhas, tiveram a oportunidade de ouvir a mensagem de salvao. Durante esse impacto de carnaval, cerca de 1500 pessoas foram abordadas e evangelizadas nas ruas.

    tempo de avanar e, para que a Ptria seja em breve con-quistada para Cristo, preciso aumentar o investimento em misses. Por isso, Cursos de Forma-o Missionria foram iniciados nes-se ms no Rio Grande do Sul, Piau e em Minas Gerais. Com um total de 20 vagas oferecidas em cada curso, que tem durao de dois anos. O objetivo treinar pessoas interessa-das em aprender, em tempo integral, sobre o servio missionrio. Alm da teoria, sero oferecidas aulas prticas exercidas na prpria cidade em que os alunos estiverem estudando.

    O aluno tem o status de missio-nrio em formao, inclusive com nomeao pela CBB, informou pas-tor Maurcio Martins, gerente opera-cional de misses da JMN. Ainda de acordo com ele, aps a formatura ha-ver indicao ou no para que o alu-no se torne efetivamente missionrio (segundo avaliao do coordenador do curso), prioritariamente para uma frente missionria no mesmo estado, mas podendo haver tambm um dire-cionamento para outro estado.

    Aps a campanha SOS Minas Gerais, na qual donativos foram doados para pessoas prejudicadas pela enchente ocorrida em janeiro, a Igreja Batista em Guidoval (MG) foi uma das aju-dadas pelos batistas brasileiros por intermdio de Misses Nacionais. Uma verba foi enviada igreja e possibilitou a reforma do templo da igreja. Os irmos puderam finalmen-te voltar a congregar juntos.

    Como resultado, 188 crianas fo-ram evangelizadas, sendo que 100 entregaram suas vidas a Jesus. Ao todo, 155 adultos foram evangeliza-dos e, destes, 106 decidiram viver uma nova vida com Cristo e 55 de-sejaram continuar o estudo da Bblia.

    Alm da ajuda na rea de evange-lismo, a PIB de Madureira tambm doou misso batista local dois conjuntos de uniformes completos (infantil e adulto) para contribuir com o avano dos trabalhos do ministrio esportivo. Com isso, esperamos que o trabalho missionrio em Eli Mendes experimente um renovo e que os eloienses que creram, real-mente, continuem firmes na deciso de seguir a Jesus, afirmou um dos participantes, Fernando Nunes, lder de misses da PIB de Madureira.

    No estado do Rio Grande do Sul, as inscries ainda esto abertas. Ainda grande a necessidade de mudar o quadro que aponta os evanglicos como apenas 14% da populao, sendo os batistas representados por 0,5% desse nmero. Os interessados em levar o amor de Cristo aos ga-chos devem fazer contato pelo e-mail [email protected]

    No Piau, 15 alunos j esto parti-cipando das aulas em Teresina, no Acampamento Batista Piauiense. Durante a aula magna, o pastor Ci-rino Refosco lecionou sobre Igreja Multiplicadora. Muitos pastores e missionrios da regio estiveram presentes. Louvo ao Senhor pelo que Ele tem feito no nordeste, es-pecialmente no Piau. A Palavra de Deus nos diz que os campos esto brancos para colheita. Ento, estamos buscando e capacitando os ceifeiros que Deus tem levantado nesse tempo, comentou pastor ber Mesquita, gerente regional de misses no nordeste.

    Minas Gerais o terceiro estado que est com uma turma de formao

    Estamos muito fel izes, co-memorou o pastor Mateus Silva Mart ins. Na poca, a necessi -dade da igreja foi identif icada pelo pastor Ivan Dutra, coorde-nador da Associao das Igrejas Bat i s tas do Sudes te de Minas ( A s s i b a s u m ) , q u e r e l a t o u a s dificuldades enfrentadas pelos batistas da cidade e, com isso, colocou a igreja na lista de igre-jas socorridas.

    Sendo luz em meio s trevas

    Igreja reformada aps ajuda de

    Misses Nacionais

    Caravana da PIB de Madureira abenoou campo mineiro

    Irmos reunidos no novo templo

    Orao pelos alunos no Piau

    Preparando mais missionrios

    missionria, por apresentar tambm um grande desafio para a plantao de novas igrejas, pois 367 municpios no tm presena batista. O curso foi aberto em parceria com o Sistema Batista Mineiro de Educao e com a Conveno Batista Mineira.

    Alm dos cursos de formao, ou-tro motivo de gratido a formao de novas turmas da Cristolndia e do

    Projeto Radical Amaznia no segun-do semestre. Atualmente, dois casais missionrios que atuaro no Amazo-nas esto em treinamento junto com os radicais, evangelizando nas comu-nidades ribeirinhas. Se continuarmos contando com a participao de pessoas sensibilizadas e compromis-sadas, certamente, conquistaremos a nao brasileira para Cristo.

  • 8 o jornal batista domingo, 18/03/12 notcias do brasil batista

    Redao JBB

    O ano comea e novos desafios chegam com ele. Romper limites, alargar fronteiras, ampliar a viso e mergulhar em guas mais profundas o desejo da Juventude Batista Brasileira. Queremos este ano alcanar todos os jovens do Brasil com as nossas atividades, dentro desta ideia existe um pblico especial que tem movido nossos coraes: os surdos. Atualmente muitas igrejas tm sido despertadas para a compreenso de que o amor de Deus necessita tam-bm alcanar estes jovens. Os surdos, que ao longo da histria foram excludos so-

    cialmente, so convidados a ser parte do corpo de Cristo e hoje a participar das co-munidades crists, a cultu-ar a Deus atravs da lngua de sinais. No Brasil existem aproximadamente seis mi-lhes de surdos, onde mui-tos deles ainda so jovens e adolescentes que necessitam vivenciar a experincia de salvao, aprender mais de Cristo, e assim levar o ide de Jesus a tantos outros que esto longe do Reino. Para ns, como instituio, isto inspirador e nos motiva a vol-tarmos nossa ateno a essa juventude to encantadora.

    Como Juventude Batista Brasileira, temos desafiado e preparado lderes de juventu-des a reflexo e proclamao

    da misso deixada por Cristo (Marcos 16.15), entendendo que o evangelho deve alcan-ar pessoas independente da lngua falada ou sinalizada. E neste pensamento que neste ano realizaremos o primeiro congresso para jo-vens e adolescentes surdos, o Adorao 100%. Pro-clamando a total adorao e entrega de todas as formas possveis com nosso corpo, alma e mente, este congresso ser todo em LIBRAS (Lngua Brasileira de Sinais), com traduo para o portugus e acontecer na cidade de Arraial do Cabo, Rio de Ja-neiro, nos dias 1, 2 e 3 de junho, reunindo as juventu-des e as diferentes culturas que existem no Brasil. As

    inscries podero ser feitas em nosso site, www.juventu-debatista.com.br, e teremos dois tipos de inscries: com hospedagem econmica, que d direito a hospedagem + alimentao + participao no congresso, no valor de R$ 130; e sem hospedagem econmica, no valor de R$ 70, que permite o congres-sista a participar de toda a programao. Teremos uma lista de hotis e pousadas dis-ponvel em nosso escritrio para aqueles que preferirem a inscrio sem hospedagem.

    Neste primeiro congresso o tema ser Famlia Tudo, exaltando o plano perfeito de Deus para cada ser humano. A relao familiar tem sido uma questo peculiar na vida

    dos surdos, pois pela barreira da lngua muitos no tm co-municao em casa, h falta de compreenso em suas famlias. A consequncia dis-so so jovens solitrios que no possuem a famlia como um referencial de amor e cuidado. Embasando o tema no que Paulo diz em Efsios 3.14-15, Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a famlia nos cus e na terra toma o nome, estamos motivados a mudar essa histria nas famlias dos jovens surdos. Compartilhe com seu pas-tor, movimente sua igreja a participar deste congresso pioneiro. Esta causa precisa dos seus joelhos e da sua f.

    Ronan Lima, Lidiane Ferreira, Shirley Porto e Joyce Porto voluntrios do Adorao 100%

  • 9o jornal batista domingo, 18/03/12notcias do brasil batista

    suas organizaes internas e auxiliares somente podero ser celebrados aps exame de um parecer da Assessoria Parlamen-tar e Jurdica do Conselho, a ser feito pela Diretoria Institucional, e seu consequente encaminha-mento ao Conselho, o qual de-cidir de forma final, podendo esta deciso ser tomada por sua Diretoria, em casos de urgncia urgentssima que sero imedia-tamente relatados ao Conselho.

    14 - Os membros da Diretoria Institucional, da Diretoria do Conselho e da Diretoria Geral, bem como os conselheiros e coordenadores executivos dos departamentos e organizaes internas sero direta e ilimi-tadamente responsabilizados perante a Conveno e perante terceiros, quando:

    14.1 - procederem com culpa (negligncia, imprudncia ou impercia) ou dolo, ainda que estejam praticando atos den-tro de suas atribuies;14.2 - cometerem excesso de mandato, ou seja, atos que violem a Lei ou o Estatuto da Conveno;14.3 - incidirem na prtica de gesto temerria.15 - Na forma da Lei perti-

    nente fica estabelecido que so deveres bsicos dos administra-dores da Conveno, em todos os seus nveis:

    15.1 - O dever de diligncia que consiste na aplicao, para os atos de administrao da sociedade, do mesmo cui-dado e diligncia que o ho-mem ativo e probo adota para conduzir os seus negcios.15.2 - O dever de lealdade que consiste basicamente no fato do gestor no colocar seus in-teresses acima dos interesses da organizao a que serve, seja para favorecimento prprio, seja para conferir vantagens a terceiros, alm de guardar sigilo sobre os negcios sociais, e estabelece que o administra-dor deve abster-se de intervir em operaes nas quais te-nha interesse conflitante com a sociedade, devendo fazer constar expressamente em ata de reunio do Conselho ou da Diretoria, seu impedimento.15.3 - O dever de informar que exige do gestor a manuteno da transparncia de seus atos, prestando esclarecimentos quantos s motivaes de suas providncias, bem como sobre os atos de gesto de seus ante-cessores.16 - O Diretor Geral e os

    coordenadores executivos das organizaes internas e auxilia-res respondero extrajudicial e judicialmente, com o Presidente da sua organizao e quem mais a Lei determine, pelos equvo-cos, irregularidades, excessos de mandatos, gesto temerria e quaisquer ilcitos legais prati-cados no perodo da sua gesto,

    especialmente aqueles que re-sultem em prejuzo de terceiros.

    17 - Empresas de propriedade de empregados da Conveno, em qualquer nvel, de mem-bros da sua Diretoria Institu-cional, da sua Diretoria Geral e do seu Conselho, ou que os tenham como cotistas e/ou di-retores, ou ainda profissionais autnomos que sejam enqua-drados nesta restrio, no podero ser contratados para prestar servios Conveno, tambm em qualquer nvel.

    18 - Empregados da Con-veno, em qualquer nvel, que cometam irregularidades administrativas e/ou ilcitos legais que ponham em risco e/ou gerem danos s finanas, ao patrimnio e imagem da insti-tuio, sero punidos, a critrio da Assembleia Geral que, para tanto, apreciar um parecer do Conselho, com a suspenso dos seus direitos de participao em qualquer organizao e/ou ple-nrio da Conveno, tambm em qualquer nvel, pelo prazo de 05 (cinco) a 10 (dez) anos, deciso esta que ser informada sua igreja.

    19 - Quando investigado ad-ministrativamente, sem que sua organizao esteja sob in-terveno, o gestor ficar afas-tado temporariamente de suas funes por at 90 (noventa) dias, perodo em que uma co-misso especial nomeada pelo Conselho a este apresentar seu relatrio, sobre o qual decidir de forma final sobre o assunto, dando ao gestor em foco o di-reito de defesa, inocentando-o e fazendo-o retornar ao exerccio de suas funes, ou no.

    19.1 - Se o relatrio da Comis-so Especial for negativo para o gestor e o Conselho decidir por sua demisso, a Conven-o o far na forma da Lei, sem abrir mo das outras medidas que o caso venha requerer.19.2 - Neste perodo de 90 (noventa) dias, nem o Conse-lho, por sua Diretoria e demais conselheiros comentar publi-camente qualquer coisa sobre o assunto, a no ser em suas reunies formais sobre a mat-ria, nem o funcionrio poder dirigir-se, de qualquer forma aos conselheiros, a no ser por convocao da Diretoria ou com sua concordncia, se de-cidir faz-lo, atendendo a uma solicitao do investigado.19.3 - Se o funcionrio que-brar esta regra, isso implicar em indisciplina, encerramen-to do processo e sua demisso imediata, na forma da Lei.19.4 - Se a quebra desta regra acontecer de parte da Direto-ria do Conselho, ou dos seus conselheiros, ou de outros empregados da Conveno, o Conselho apreciar devida-mente esta matria e tomar as medidas cabveis.

    20 - A Conveno, para garan-tir o exerccio da liberdade e das responsabilidades de todos os aqui contemplados, no exerc-cio pleno de suas funes, dar assistncia legal e advocatcia aos membros de sua Diretoria Institucional, do Conselho, do Conselho Fiscal, bem como aos seus executivos e empregados em geral, quando processados por terceiros, tendo como causa o exerccio fiel dos seus manda-tos ou, no caso dos empregados, o desempenho ntegro de suas funes, nos termos da Lei, deste Estatuto e suas normas e regras complementares, e demais documentos bsicos da Conveno.

    21 - Qualquer rgo ou or-ganizao da Conveno, bem como seus empregados em qualquer nvel, na forma de zelo pelo cumprimento de princ-pio de sua Lei Maior, a Bblia, exarado em 1 Corntios 6.1-11, antes de entrar na Justia com processos que envolvam a pr-pria Conveno, seus rgos e organizaes e/ou seus empre-gados, comunicar tal intento Diretoria do Conselho que ana-lisar o assunto e dar a este o encaminhamento consentneo com a Bblia e as leis do pas.

    22 - A Conveno, para dar conhecimento aos membros da sua Diretoria Institucional, do Conselho Geral de Admi-nistrao e do Conselho Fiscal, bem como aos seus executivos e empregados em geral sobre suas responsabilidades perante a Lei e a prpria Conveno, com este objetivo e atravs da sua Diretoria Geral disponibi-lizar a todos um conjunto de documentos a ser definido pelo Conselho.

    Informao histrica: Em harmonia com os ensinos

    de Jesus e como resposta a uma exigncia do povo batista cario-ca, a 102 Assembleia Ordinria da Conveno Batista Carioca, realizada em julho de 2006, no templo da Igreja Batista do Mier, aprovou o seu Programa de Transparncia Administrativa, ora em reforma, o qual passou a vigorar imediatamente no m-bito da administrao dos seus rgos e organizaes internas.

    O Grupo de Trabalho de Reestruturao:

    Altacir BrumAntonino Melo SantosAyr Correa FilhoCarlos Henrique Alves CaldasClarindo Braz de LimaElias VelosoFrancisco de Assis Pereira FranaGec Jos PinheiroJos Carlos de Medeiros Torres - RelatorJosu da Silva AndradeMarcelo do ValeManoel Felipe SantiagoMarcos de Melo PereiraNivaldino Cipriano BastosWalter Ferreira da Silva Jnior

    ao Conselho que tomaro as medidas cabveis que podero implicar na demisso do gestor.

    7 - Todos os gestores esto obrigados a apresentar, com destaque especial, anexados a cada relatrio mensal, docu-mentos oficiais e uma declara-o assinada pelo Contador e por eles mesmos, com as con-sequncias legais e profissionais cabveis, da situao real de adimplncia ou inadimplncia relativa ao pagamento a forne-cedores e todos os tributos, im-postos, taxas, tarifas e asseme-lhados, conforme documento padro definido pelo Conselho e entregues a todos eles.

    8 - Os gestores de todas as organizaes da CBC devem apresentar a cada ano sua decla-rao de renda e sua declarao de bens, incluindo as do ano anterior a sua posse e at o ano--base do ano da sua sada das funes que exercia.

    9 - Nenhum gestor, em qual-quer nvel administrativo dos r-gos e das organizaes internas da Conveno, poder contratar funcionrios que sejam seus parentes ou de seus cnjuges, at o terceiro grau. Os que o tiverem feito, tero at 30 (trinta) dias, a partir da aprovao da atual reforma deste documento, para dispensar tais funcionrios, alm de terem sua situao ana-lisada pela Diretoria do Conse-lho por descumprimento desta norma j anteriormente fixada pela Conveno.

    10 - Os gestores de organi-zaes internas da Conveno que, no perodo de cada 12 (doze) meses, a contar da sua posse, realizarem qualquer ne-gcio pessoal cujo valor venal ou real ultrapasse a importncia referente a 70 (setenta) salrios mnimos, obrigam-se a apresen-tar documentos comprobatrios Diretoria do Conselho, espe-cificando as fontes de recursos para tanto, sob os rigores da Lei.

    11 - O membro da Diretoria Institucional, como definida no Estatuto da Conveno, ou exe-cutivo de rgos e organizaes internas e auxiliares que desejar disputar mandatos polticos elei-torais, dever demitir-se do car-go 180 (cento oitenta) dias antes da disputa. De igual forma ficam impedidos do uso do nome das organizaes a que sirvam para fins polticos.

    12 - Toda compra de pro-dutos e/ou servios a ser feita por qualquer das organizaes internas da Conveno que ul-trapasse o valor correspondente a 05 (cinco) salrios mnimos, para ser efetivada ter de ser precedida de uma tomada de preos comprovadamente reali-zada junto a no mnimo 03 (trs) empresas idneas concorrentes.

    13 - Contratos a serem firma-dos com terceiros pela Con-veno, sua Diretoria Geral e

    Este Programa de Trans-parncia e tica repre-senta o compromisso e o desejo da Comunho das Igrejas Batistas Cariocas (Comunho das Igrejas) de que a instituio por ela criada, de-nominada Conveno Batista Carioca (Conveno), tenha uma administrao comprome-tida, em todos os seus nveis, com os princpios, valores e padres espirituais e ticos neo testamentrios, razo pela qual um dos documentos bsicos da Conveno, conforme o Ar-tigo 6, Inciso V do seu Estatuto, e por ele fica estabelecido que:

    1 - Todas as organizaes internas e auxiliares da Con-veno esto obrigadas entregar Diretoria Geral de Adminis-trao (Diretoria Geral) cpias dos seus relatrios financeiros, incluindo as dos seus balan-cetes mensais, para que sejam encaminhadas apreciao da Assessoria de Finanas e do Conselho Fiscal, at o quadra-gsimo quinto dia seguinte ao ms vencido.

    2 - As organizaes que te-nham colegiados e/ou diretorias prprias devero realizar suas reunies at 07 (sete) dias cor-ridos antes da reunio do Con-selho Geral de Administrao (Conselho), entregando em at 72 (setenta e duas) horas cpias das atas das mesmas Diretoria Geral, na sede da Conveno, para arquivamento e encami-nhamentos necessrios a quem de direito.

    3 - Somente sero apreciados pelo plenrio do Conselho os relatrios das organizaes que, entregues no prazo Diretoria Geral, estejam acompanhados do parecer da Assessoria de Finanas e tenham sido enca-minhados para anlise do Con-selho Fiscal.

    4 - Os relatrios apresentados fora do prazo estabelecido no primeiro ponto deste docu-mento sero objeto de apre-ciao especial da Assessoria de Finanas que encaminhar seus respectivos pareceres Diretoria Institucional para as medidas cabveis.

    5 - A organizao que deixar de apresentar seus relatrios nos prazos previstos, por dois meses seguidos, ter o bloqueio dos seus repasses do Plano Coo-perativo, situao que somente ser normalizada aps deciso do Conselho.

    6 - O gestor cuja organizao deixe de apresentar relatrios financeiros mensais nos pra-zos previstos, no mesmo ano convencional, ser notificado pela Diretoria Geral que, numa primeira ocasio, dar-lhe- pra-zo de 10 (dez) dias; numa pri-meira reincidncia, tambm o notificar formalmente; numa segunda reincidncia, levar o caso Diretoria Institucional e

    Programa de transparncia e tica na administrao da Conveno Batista Carioca

  • 10 o jornal batista domingo, 18/03/12 notcias do brasil batista

    Willy RangelRedao de Misses Mundiais

    Anuncia r C r i s to , a paz que liberta, em pases fecha-dos ao Evangelho, como China, Indonsia e Paquisto, no tarefa sim-ples. Por isso, a Junta de Misses Mundiais realiza vrias aes para levar as Boas Novas aos povos no alcanados dessas naes, como projetos nas reas so-cial, educacional, de sade e esportiva sempre com cunho evangelstico , o que tem aberto muitas por-tas obra missionria.

    Projetos como gua para os Sedentos, ELA, Pequenos do Reino, Tour of Hope, entre outros, ajudam na misso evangelizadora dos povos, criando oportuni-dade de se compartilhar o amor de Deus nas regies dos pases que so destaque na Campanha da JMM deste ano.

    Em artigo publicado na revista Pregao & Prega-dores distribuda no Kit da Campanha de Misses Mundiais de 2012, o pastor Renato Reis, coordenador da JMM para a sia, Oriente Mdio e Norte da frica, escreve que no h obra fcil de realizar. Cada reali-dade tem suas dificuldades peculiares. O pastor Re-nato acrescenta afirmando que para honra e glria de Deus, milhares de pessoas esto recebendo a Jesus entre os povos no alcan-ados, e igrejas tm sido plantadas.

    Na sia, por exemplo, so desenvolvidos os pro-jetos Bblias para a China e Escola de Futebol. Doar exemplares da Palavra de Deus a crentes chineses tem ajudado na expanso do Evangelho na regio, mas ainda pouco perto do desafio de fazer com que 50 milhes de chineses tenham acesso s Sagradas Escritu-ras pela primeira vez.

    O projeto Escola de Fute-bol, desenvolvido no sul do continente asitico, assim como o Tour of Hope, uma caravana de jogadores de futebol que leva esperana aos pases que visita, abrem muitas portas nos campos, pois o Brasil considera-do o pas do futebol, e os missionrios utilizam o es-porte como ferramenta para transmitir valores cristos e princpios bblicos.

    No entanto, ainda h pou-cos obreiros para a deman-da dessa regio do mundo. A JMM est fazendo um grande esforo para levantar vocacionados para a obra missionria mundial. Em ju-nho, acontece o SIM, Todos Somos Vocacionados; em 2013 ser lanado o Projeto Radical sia Voluntrios Sem Fronteiras.

    Atualmente, a JMM con-ta com 719 missionrios em suas fileiras. Segundo o diretor executivo da JMM, pastor Joo Marcos Barreto Soares, o desafio da Junta aumentar esse nmero para 900 at o final do prximo ano, inclusive enviando obreiros para todos os pa-ses em destaque na Campa-nha de 2012.

    O desafio de anunciar Cristo em pases fechados ao Evangelho

    Projetos na rea esportiva, como o Tour of Hope, abrem portas para a obra missionria mundial

    O projeto Bblias para a China tem ajudado na expanso do Evangelho na sia

    Desenvolvido no Sudeste da sia, o Projeto ELA anuncia Cristo a jovens chinesas

  • 11o jornal batista domingo, 18/03/12misses mundiais

    Argentina um dos pases alcanados pelo PEPE

    Em Guin-Bissau a Palavra de Deus tem alcanado o corao das crianas

    PEPE Uma ferramenta de evangelizao mundial

    Ailton de FariaRedao de Misses Mundiais

    O PEPE um pro-grama socioedu-cativo e evange-lstico, promo-vido pela Junta de Misses Mundiais, que tem se torna-do em uma poderosa ferra-menta de evangelizao. O programa mantido pelas igrejas batistas e crentes brasileiros em pases da Amrica Latina, frica e Oriente Mdio e atende crianas em idade pr-es-colar e suas famlias. Alm do Brasil, funcionam unida-des nos seguintes campos: Argentina, Bolvia, Chile, Colmbia, Equador, Haiti, Paraguai, Peru e Repbli-ca Dominicana; frica do Sul, Angola, Cabo Verde, Guin, Guin-Bissau, Mali, Moambique, So Tom e Prncipe, Senegal e Serra Leoa; e mais duas unidades no Egito.

    Em geral, em todos os pa-ses onde o PEPE foi implan-tado, o programa tem promo-vido grande impacto na vida das crianas, de suas famlias e de suas comunidades. De acordo com o ltimo relat-rio da coordenao do pro-grama, hoje existem 231 uni-dades do PEPE, que atendem 7.150 crianas diariamente. O trabalho desenvolvido por 583 missionrios educa-dores, que mantm contatos evangelsticos com 5.338 famlias. Como fruto do tra-balho desses educadores, mais de 400 pessoas foram batizadas em 2011! Assim, milhares de famlias tm sido alcanadas por meio da evan-gelizao nas igrejas e nas comunidades que utilizam essa abenoada ferramenta.

    A coordenadora interna-cional do PEPE, missionria Terezinha Candieiro, informa que somente no ltimo qua-drimestre (outubro de 2011 a janeiro de 2012) foram atendidas 3.691 crianas nos campos da Amrica Latina em suas 160 unidades. O PEPE continua sendo uma forte demonstrao do po-tencial em unir as dimenses evangelsticas e sociais do Evangelho buscando novos modelos de cooperao mis-sionria em um mundo cada vez mais afligido pela pobre-za fsica e espiritual.

    PEPE continua avanandoO PEPE foi implantado no

    Brasil pelos missionrios bri-tnicos pastor Stuart e Ge-orgina Christine e expandi-do pelo mundo, atravs de Misses Mundiais, em 1991. Ele um programa missio-nrio, destinado a igrejas locais que desejam impactar comunidades carentes com o Evangelho a partir de um atendimento socioeducacio-nal e espiritual para crianas de 4 a 6 anos.

    Segundo a missionria Te-rezinha, o PEPE continua avanando e em breve novos campos tero sua unidade. A coordenao do programa est aguardando oportuni-dade de capacitao da lide-rana para a implantao de uma unidade na Nicargua. Eles tambm pretendem vi-sitar Botsuana, na frica, para apresentao da propos-ta do programa liderana denominacional do pas. A missionria informa que, em Gmbia, j foi realizada a ca-pacitao de uma educadora, e aguarda condies de obter a autorizao do governo para o funcionamento do PEPE.

    Louvamos a Deus pe-los frutos j colhidos! De acordo com o plano estra-tgico de Misses Mundiais, ultrapassamos o nmero esperado de crianas em 2012, mas novos desafios se apresentam. Rogamos ao Pai por sabedoria e foras renovadas a cada integrante da equipe do PEPE, a fim de que o Evangelho continue sendo propagado em todos os continentes e todos co-nheam a paz que s Jesus pode dar!, conclui Terezi-nha Candieiro.

    ConviteIgreja Batista Central em Terespolis tem a honra de convidar os pastores e suas

    respectivas igrejas para a formao do Conclio que examinar os candidatos Frede-rico Antunes Cardoso dos Reis e Eronildo de Carvalho Dias bacharis em Teologia pelo Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil.

    O conclio para o exame dos candidatos ser realizado no dia 31 de maro de 2012 s 16:00h.

    No caso de aprovao pelo Conclio, os candidatos sero consagrados ao Ministrio da Palavra no mesmo dia s 19:30h, em nosso templo.

    Igreja Batista Central em TerespolisRua Waldir Barbosa Moreira, 40

    Vrzea Terespolis / RJ

    Josu CardosoPastor

  • 12 o jornal batista domingo, 18/03/12 notcias do brasil batista

    Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

    Alguns sbados so escolhidos para uma atividade de recarga de bateria. Tomo meu carro, o trnsito est livre, e me dirijo para a famosa Cracolndia em So Paulo. Quando chego, a polcia est recolhendo os pertences de muitos que escolhem a frente da nossa Misso Batista denominada Cristolndia. Os drogados sabem que, em virtude de nossa presena, tero um respeito razovel por parte dos policiais. Uma unidade mdica comparece, um ca-minho da prefeitura reco-lhe os pertences dos que l dormiram e alguns aceitam ir para a unidade de sade da Prefeitura.

    L pelas 11 horas comea o culto na Misso. Vez por outra aparece um pastor, ou

    Joaquim Cerqueira CsarMembro da PIB de Presidente Mdici RO.

    Mas recebereis a virtude do Esprito Santo, que h de vir sobre vs; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jeru-salm como em toda a Judia e Samaria, e at aos confins da terra. (Atos 1.8).

    No dia trs de mar-o, s 19h30, em um culto concor-ridssimo, nave lotada e muita adorao, a Primeira Igreja Batista de Cacoal, no estado de Ron-dnia, cumprindo o ide do mestre, inaugurou mais uma agncia. Trata-se da Con-gregao Batista no Bairro Village do Sol II, situada na

    algumas pessoas de alguma igreja. Isso raro. Tambm h igrejas que agendam uma visita, cantam, o pastor prega, faz o apelo, h testemunhos e depois servido o almoo dos recolhidos pela Misso. um culto em que se mistura o prembulo do cu, e a triste realidade do inferno. J viram isso? Mas a pura verdade. Para comear, a dedicao do pessoal de Misses Nacionais e os voluntrios, j enche o nosso corao de gratido por Deus levantar irmos to dedicados. Os voluntrios ou missionrios tm que suportar um odor nada fcil. As vti-mas da droga so abraadas, aconselhadas, recebidas sem nenhum sinal de preconcei-to. Nas vrias vezes que fui desfrutar o meu sabado paulista, fui convidado a fazer o apelo. Deus abenoou copiosamente.

    A Igreja Batista Naes Unidas compareceu com

    rua Luiz Fernandes Alexan-dre (antiga rua n), n 3846, CEP 76964-414. O Culto foi dirigido pelo irmo Leonel e a mensagem ficou sob a responsabilidade do irmo Credival Silva Carvalho, m-

    vrios irmos num sbado. No domingo fiz o apelo soli-citando ajuda. Que resposta abundante. Levamos um free-zer, 5.100 reais e, na semana seguinte, entregamos 100 colches. E agora estamos recendo a pergunta: Quando iremos novamente pastor?

    Bem, queremos concluir fa-zendo uma sugesto. Cremos que na capital paulista somos em cerca de 1.000 pastores. J imaginaram se a cada s-bado tivssemos 10 pastores celebrando um sabado paulista? Tenho certeza: o pastor estaria mais inspirado na pregao de domingo, os crentes seriam abenoados e os voluntrios e missionrios seriam muito encorajados, pois no h dvida, o des-gaste emocional desse minis-trio muito grande.

    Amados colegas que leem O Jornal Batista e que moram em So Paulo, vamos experi-mentar?

    Sabado Paulista

    PIB de Cacoal avanando

    Irmos Marcelino Miranda da Costa e Daniel Medeiros Coelho.

    dico cardiologista e o atual presidente da Primeira Igreja Batista de Cacoal. Esta novel Igreja ser dirigida pelos ir-mos Daniel Medeiros Coe-lho e Marcelino Miranda da Costa.

    Pr. Ivanildo OliveiraPresidente da Conveno Batista Acreana

    Amados irmos, graa e paz!

    Peo que todo o povo batista interceda pelo Estado do Acre neste momento de calamidade pblica. Com as chuvas,

    vieram consequncias desastrosas para vrios mu-nicpios. Algumas igrejas batistas da capital e outras do interior esto debaixo dgua. Gostaria que os amados irmos intercedessem, publicassem estas informaes e tambm, se possvel, nos envias-sem doaes como roupas, material de limpeza, fraldas descartveis, leite em p e alimentos no perecveis.

    5.230 pessoas desabrigadas esto alojadas em abrigos da Prefeitura, sendo 1.366 famlias; 1.897 pessoas foram retiradas pela defesa civil e alojadas em casas de amigos ou parentes (662 famlias); um total de mais de 6.000 pessoas desabrigados em Rio Branco. Foram 14.300 imveis atingidos, 57.264 pessoas atingidas pela gua. Vamos juntos orar pelo Acre.

    Conveno Batista Acreana pede ajuda para as

    vtimas das enchentes

    SOS Acre

    Todas as doaes devem ser enviadas para:Conveno Batista Acreana

    Rua Gaivota I, n 82 Conj. Ouricuri Placas

    CEP 69903-236 - Rio Branco - Acre

  • OBITURIO

    13o jornal batista domingo, 18/03/12ponto de vista

    Olga Rocha dos Santos

    Uma pessoa rara. Foi assim que Levi, o terceiro de seus seis netos a definiu, no dia em que nos despedimos dela. Re-almente, Nadyr Rocha dos Santos foi uma pessoa como poucas. Sua hist-ria comeou em Manhuau, Minas Gerais, em 13 de julho de 1926. Fi-lha de Jovelina, uma mulher simples e trabalhadora, e de Euclydes, de profisso dentista, mas de alma um Dom Quixote, eternamente incon-formado. Veio ainda bem pequena para o Rio de Janeiro e amou esta ci-dade como uma verdadeira carioca. Seu pai resolveu voltar para Minas e deixou no Rio a famlia: Nadyr, sua me e Leolir, a irm quatro anos mais velha, que faleceu aos 18 anos.

    A menina Nadyr superava a au-sncia do pai, a falta de recursos e as limitaes que a vida lhe imps, usando uma imaginao frtil que a fazia ver beleza e felicidade em pequenas coisas, como uma tarde de brincadeiras na praa Saens Pea ou um passeio da Igreja Batista da Tijuca, que algum pagava para que participasse. Ela entregou sua vida ao seu Mestre e Senhor incondicio-nalmente, ainda criana, na Igreja Batista da Tijuca. Igreja que amou, onde cresceu, desenvolveu-se e qual dedicou os muitos talentos que o Pai Celeste deixou sob seus cuida-dos durante sua jornada aqui.

    A jovem Nadyr era atleta, corre-dora, estudante, crente fiel e sonha-dora, queria ir longe. Agarrou com unhas e dentes cada oportunidade que se abriu sua frente e, algumas vezes, brigou por elas. Aos 18 anos fez concurso para a Prefeitura do Rio de Janeiro, passou e fez carreira no servio pblico, aposentando-se aps 35 anos de trabalho. Era apenas uma adolescente, quando um jovem atltico, bonito, dono de uma voz encantadora, roubou-lhe o corao e, por alguns anos, apenas sonhou com ele. Aos 16 anos, seu sonho se tornou realidade: comeou a namo-rar Rubens dos Santos, com quem se casou e a quem amou at que a morte os separou.

    Nadyr escolheu a Igreja Batista da Tijuca, hoje PIB no Andara, para servir a Jesus, seu Senhor e Mestre. Senhor, porque se submeteu a ele; Mestre, porque aprendeu dele o mais importante: Amar. possvel que mui-tos no lembrem que ela foi presiden-te da Sociedade Feminina, professora da EBD, lder de adolescentes, conse-lheira de moas e de Mensageiras do Rei, relatora da Comisso de Finanas, vice-presidente da Igreja, diaconisa, mas, certamente, todos que convive-ram com ela se lembram de um gesto seu de amor, de um sorriso amvel, de uma palavra boa, de uma ao de bondade. Nadyr era generosa.

    Para quem sonhava em ter cinco filhos, aps sete anos de casada

    Pastor Jarbas Valentim

    Meus irmos em Cristo Jesus e meus amados e mui queridos irmos adotivos, filhos de Na-dyr e Rubens: Llia, Amlia, Olga e Timteo.

    Falar de Nadyr, assim como falar de Rubens, para mim muito fcil. Fcil porque tive o privilgio de ter sido adotado por eles como um filho. No s eu, mas minha esposa e nossos filhos fizeram parte desta adoo. E no foi apenas um costume que eles tinham, porque tambm trataram muito bem outros seminaristas que por a passaram. Foi mais do que uma adoo civil: eles nos adotaram e nos trataram como tais.

    Nadyr tinha seu carter forte, con-victo e seguro. Defendia

    as suas ideias e seus ideais a ferro e fogo.

    Era quase impos-svel demov-la

    de suas ideias quando as en-tendia serem certas.

    Nadyr foi e x c e l e n t e professora. Verdadei ra

    aia que, com segurana di-

    v ina , s empre soube segurar nas

    mos de seus filhos e guiou-os nos caminhos

    do Mestre. Nadyr no poupava correo verbal para os seus filhos e para outros que assim precisasse, porque ela sabia de onde havia aprendido o bom ensino.

    Nadyr no se desviava de ajudar o necessitado. Em sua casa, em seu carro, em seu trabalho e em seu ministrio sempre esteve pronta a prestar servio ao Mestre atravs dos necessitados. Vem-me mente aqui o tempo em que o irmo Manoel foi ajudado por ela com toda a disposi-o que nela existia.

    Foi fiel ao seu Senhor e Mestre at o fim como tambm foi fiel sua Igreja at o fim. Sempre esteve ao lado dos seus pastores, mesmo quando no concordava com eles. Era fiel aos seus pastores e disto eu presenciei por vezes. Trabalhava com afinco e dedicao. No fazia as coisas apenas por fazer, mas fazia as coisas dando o melhor de si para se fazer o melhor.

    Nadyr no usou seus recursos financeiros com usura ou com avare-za. Alis, por vezes agiu de maneira incauta e foi ludibriada por pessoas que no fizeram merecer a sua con-

    sem um rebento, o maior desejo era ser me. No dia em que o mdico lhe disse aquelas palavras mgicas: Voc est grvida, a felicidade no cabia dentro dela. Saiu correndo pela rua, rodopiando em cada poste sem se importar com que estava sua volta. Ento, nasceu Amlia, depois vieram Llia, Olga e Timteo. Independente de todos os seus com-promissos, interesses e tarefas, ela soube ser me. Mesmo depois de um dia de trabalho, cansada, era capaz de descer a ladeira onde morvamos para dar uma voltinha, ir padaria comprar um doce (quando tinha di-nheiro) ou simplesmente andar pela rua. Mesmo com a limitao financei-ra, arranjava um jeito de nos distrair e divertir: uma ida praia da Urca no fim de semana, ou, simplesmente, no fim de tarde pegar a barca, ir at Niteri e voltar sem sair dela. E ainda levava os amigos dos filhos.

    O amor materno de Nadyr no alcanava apenas seus filhos. Os adolescentes e jovens da Igreja sempre encontraram nela apoio e, acima de tudo, uma amiga. Por isso, aqueles que com ela convive-ram, quando no a chamam de me, chamam de t ia . Esse amor ganhou u m a r i n -fantil com a chegada dos netos. Ricar-do, Renato, Levi, Mariana, Fernanda e Ma-theus curtiram uma av presente, amiga, parceira, brin-calhona, bem humorada, amorosa. Dirigindo uma Beli-na, ela ensinava os dez mandamen-tos, Salmos, hinos e falava do amor de Jesus. Depois do almoo, na hora da sesta ou noite, embalava o sono deles contando histrias bblicas. Ensinou-lhes sobre o amor de Jesus e foi um dos instrumentos de Deus para levar quatro deles aos ps de Cristo.

    Desafios no eram problemas para ela. Aos 50 anos, resolveu realizar um sonho antigo. Matriculou-se em um curso preparatrio para o vesti-bular e prestou prova para a Univer-sidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), conquistando o 4 lugar do curso de Odontologia. Formou-se e trabalhou enquanto pde.

    Dia 24 de dezembro de 2011, depois de 47 dias internada, Deus resolveu tom-la para si. No culto de gratido por sua vida, antes do sepul-tamento, no dia 25, alguns arriscaram dizer que ela foi um presente para Jesus no dia de seu aniversrio. Pode ser, mas o certo que ela ouviu dele: Serva boa e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.

    fiana e por algumas delas Nadyr foi lesada. Nadyr sempre tinha uma oferta especial para os necessitados e, de modo muito especial, para os se-minaristas e disso eu e minha famlia somos testemunhas.

    Nadyr foi conselheira que aconse-lhava com maturidade tal que no ti-nha como no seguir seus conselhos. Sempre que procurada, ela tinha uma palavra segura para dar. Nadyr foi zelosa da natureza. Cuidava com carinho dos animais que apareciam a porta de sua casa como tambm cuidava com desvelo das plantas e plantaes ao seu alcance. Disto me lembro e agradeo ao Senhor por este exemplo.

    Nadyr foi mulher. Mulher na sua mais alta expresso. Sempre ao lado do esposo; trabalhando secularmen-te, contudo, par a par com o esposo e com os filhos. Imagino a lacuna que fica nos coraes destes filhos, dos genros, noras e netos. Imagino a falta que ela far para eles porque, depois que samos de perto dela, sempre sentimos sua falta. Mas louvo e ben-digo ao Senhor pela vida de Nadyr e por seus filhos pelos quais curto muito amor e considerao.

    Minhas amadas irms Llia, Amlia e Olga: permaneam firmes e fiis ao vosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Foi isto que nossa me e nosso pai sempre desejaram. Honremos a eles at chegar o nosso dia de nos juntar a eles nas manses celestiais. Meu mui-to amado irmo: voc sabe o quanto eu te amo, Timteo. E porque eu te amo escrevo o que escrevo agora para voc. Voc to precioso para Deus e para a Igreja de Deus. Voc tem muitos talentos que s podem ser usados e gastos na casa de Deus.

    Findo esta escrita destacando mais uma vez a figura de nossa querida irm Nadyr. Como ela far falta nas muitas atividades de nossa querida PIBA. Eu imagino como ela sempre ser lembrada pelos irmos. Dou graas e sempre haverei de dar gra-as ao Senhor nosso Deus pela vida desta preciosa irm que passou por minha vida e pela vida de minha esposa e filhos para nos abenoar e para marcar indelevelmente o nosso viver. Dou graas ao Senhor Deus pelo legado que Nadyr nos deixou. Espero us-lo de modo que o Senhor seja sempre honrado em minha vida. E dou graas ao Senhor Deus pela Igreja que Nadyr ajudou a construir com a beno do Pai Celestial.

    Uma pessoa rara Minha homenagem pstuma para

    Nadyr Rocha dos Santos

  • 14 o jornal batista domingo, 18/03/12 ponto de vista

    Estou pregando uma s-rie de mensagens em Efsios, para orientar a Central de Maca-p na viso bblica do que seja uma igreja e quais suas atribuies. Domingo passa-do apresentei a 17 mensa-gem, desta vez no texto de 4.11-16: Os dons e sua fi-nalidade. Comentei o baixo conceito de igreja e de vida crist que os crentes nutrem. Comecei pelo testemunho de uma senhora: como Deus a abenoara.

    Ela foi a um shopping com-prar roupas para os trs fi-lhos. Como chovia e seriam muitos pacotes (deveria es-tar abonada), orou para que Deus lhe desse uma boa vaga no estacionamento. E Deus a abenoou muito. Quando ela chegava, saa uma pes-soa e ela pde estacionar na primeira vaga. E agora teste-

    Luciano MalheirosPastor e colaborador de OJB

    Amo minha denomi-nao, sou apaixo-nado por tudo o que ela sempre apresen-tou e apresenta para minha vida e meu crescimento. Aos seis anos entreguei minha vida a Jesus, aos nove me batizei e j era presidente dos juniores e porta-voz em uma Embaixada. No Ministrio de adolescentes sempre exerci algum tipo de liderana, algo que s uma de-nominao sria e forte pode fazer por algum.

    Nestes ltimos dias tenho visto algo muito interessante em nosso meio, embora no exista mais aquela pretenso de orgulho denominacio-nal sobre os outros, ou de pessoas ou lderes que no

    munhava do poder de Deus em lhe conseguir boa vaga no estacionamento.

    A maior parte dos mem-bros de igreja v a vida cris-t como uma oportunidade de ser abenoada e conse-guir mais coisas. Para eles, sua vida deles, eles tm sonhos, alvos e projetos pessoais, e Deus os ajuda a conseguir o que querem. Colocam adesivos nos car-ros: O segredo do meu sucesso Jesus. A igreja supre suas necessidades e o lugar aonde eles vo para recarregarem sua bateria espiritual e continuarem sua luta por uma vida feliz, cheia de trecos.

    Costumamos falar de Pau-lo como fazedor de tendas em determinado perodo de sua vida, e aplicamos o termo aos pastores que tem ocupaes seculares.

    respeitam outras denomina-es e igrejas independen-tes, no tenho visto mais um compromisso doutrinrio, algo que to importante em nosso meio ou em qualquer outro meio evanglico.

    Recentemente, observei milhares de jovens batistas vibrando com a entrevista de determinado cone da mdia falando sobre sexo, virgindade, famlia e casa-mento e despejando sobre nossas cabeas uma doutrina que no posso dizer que certa ou errada, mas que em alguns aspectos ferem nossa crena e princpios, mas tam-bm no os culpo, qual foi o ltimo cone batista que foi a mdia se pronunciar sobre estas questes e quando apa-rece algum no valorizado e usado como deveria.

    O trabalho deles se chama tendas. Eles fazem ten-das para poderem servir a Deus. Todos os crentes so ministros de Deus. Suas profisses so suas tendas, porque Deus deve vir em primeiro lugar, e no seu bem estar pessoal . Tm ocupaes profissionais, mas so primeiro servos de Deus. Falei de um boletim de uma igreja nos Estados Unidos, em cujo expediente se lia: Ministros da igreja: todos os membros. Auxiliar dos ministros: o pastor da igreja. No eram eles que apoiavam meu ministrio, mas eu apoiava o ministrio deles, porque Deus deu a misso igreja, e no aos pastores. Ele deu pastores igreja para eles capacita-rem e treinarem a igreja a cumprir sua misso. No existe o Ministrio Isaltino

    Outra observao a ten-tativa de resolver problemas internos ou frustraes indo para outras denominaes. Sinceramente, acredito que quem faz isso s transfere os problemas de endereo e a pessoa acaba sujando a casa do outro. Gostamos de criti-car os projetos e as comuni-dades, mas nos esquecemos que se eles esto ruins porque l tem uma multido de batistas infiltrados.

    Algo interessante e not-vel a presena dos nossos jovens nos diversos cultos diferentes, um leva e traz de doutrinas, dogmas, compor-tamentos, que ferem mais do que acrescentam na vida do ser humano, levando-o a comparaes bizarras entre igrejas e logo fazendo com que a vida espiritual seja

    Gomes Coelho Filho que minhas ovelhas tm que subsidiar. Existe o Minist-rio Igreja Batista Central de Macap que seu pastor tem que apoiar.

    Atravs de minhas ovelhas Jesus penetra nos tribunais, delegacias, cadeias, hospi-tais, consultrios, salas de aulas, cozinhas, lojas comer-ciais, caminhes, nibus e avies. So os lugares onde eles trabalham, e Cristo entra pelo ministrio deles. O pas-tor no o dono da igreja, mas seu servo, e a treina para o servio. Como diz o pastor Tarcsio, de Divinpolis, ao assinar as pastorais do seu boletim: Servo dos servos do Senhor. H muito pastor usando a igreja para projetar seu nome e seu ministrio. H muito personalismo e egolatria no ministrio pas-toral. Um pastor um peo

    enfraquecida com o fator da dvida e da incerteza.

    Amo minha denominao, uma honra e beno ser batista. Assim como fico feliz de pregar em outras igrejas e denominaes e ver de forma pblica as declaraes de amor de seus membros. Isso o reflexo de quem sabe o que quer, de quem sabe onde est pisando e sabe onde vai chegar.

    H algum tempo atrs, diziam que os batistas no iriam para o cu por causa do liberalismo e da liber-dade que era pregada aos seus membros. Hoje vejo o quanto est pr conceitua-da esta definio equivoca-da. No negociamos com o pecado, no aceitamos vida dupla, trabalhamos para que a pessoa cresa, exortamos

    num jogo de xadrez, que o Grande Jogador move para onde deseja. A glria do Jogador, Grande Mestre, no do peo.

    Encerrando o sermo disse que eles so o corpo de Cris-to, sua presena no mundo. Jesus est presente na socie-dade atravs deles. Ao mes-mo tempo eles constroem o corpo de Cristo, com sua vida. So fazedores de tendas profissionais, porque so cris-tos de tempo integral.

    No s minhas ovelhas, mas todo o rebanho do Se-nhor precisa entender isto. So servos de tempo inte-gral. Jesus no existe para faz-los felizes e abeno--los, mas eles existem para servir e honrar a Jesus. Esta a nossa misso, honrar e exaltar a Cristo, levando seu nome a todos os segmentos da sociedade.

    e disciplinamos os corruptos de acordo com a palavra de Deus, cremos na famlia, no aceitamos sexo fora do casamento, no permitimos namoro mundano e em jugo desigual, treinamos as pesso-as com todas as nossas foras, estudamos a Palavra de Deus incansavelmente, amamos nossos lderes e pastores e punimos em amor aqueles que derrubam os seus lderes. Queremos multiplicar igrejas e no dividi-las e temos a conscincia que aqueles que praticam tal, um dia prestaro contas a Deus das vidas que foram perdidas.

    Sou batista desde pequeni-ninho, mas sou de Jesus antes mesmo de nascer.

    Seja Forte, ame sua deno-minao e igreja, no impor-ta qual ela seja.

  • 15o jornal batista domingo, 18/03/12ponto de vista

    Ricardo Brando MachadoPastor da Igreja Evanglica Batista em Linhares ES

    Tem muita gente boa em nossas igrejas apenas sentada nos bancos, sem dar a sua contribuio em algum ministrio e sem fazer a dife-rena na sociedade. Isso no porque so acomodadas, descomprometidas com o reino ou porque seus va-lores esto invertidos. Mas simplesmente porque des-conhecem o potencial de seus dons ou porque no sabem como aplic-los para a edificao do corpo, ou seja, lhes faltam treinamento e orientao.

    No seminrio de pregao com propsitos, Rick War-ren, pastor da igreja de Sadd-leback na Califrnia, segunda maior dos EUA, com mais de 30 mil membros e autor do best-seller Uma vida com propsitos, livro mais ven-dido no Brasil, ensina que os plpitos so semeadores de culpa e frustrao quando cobram servio dos cristos, mas no lhes proporcionam treinamento para tanto. Por exemplo, no adianta exortar o povo para evangelizar se no lhe ensinado princpios e estratgias de evangelismo. Em vo ser cobrar das pes-soas que assumam liderana de ministrios e de pequenos grupos se no lhes oferecer treinamento adequado, alm de superviso motivadora. No basta pregar exigindo que os crentes sejam mais abundantes na obra do Se-nhor, se no lhes oferecido a qualificao devida. Enfim,

    no adianta ameaar e nem motivar se no treinar.

    Paulo ensinou que pre-ciso aperfeioar os santos para que eles tenham apti-do e condies de servirem o corpo de Cristo com seus dons, Efsios 4.11-12: Ele (Jesus) designou alguns para (...) pastores e mestres com o fim de preparar os santos para a obra do ministrio para que o corpo de Cristo seja edificado. O termo original em grego usado para preparar katartismo,j - katartismos, usado para indicar a correo de ossos partidos, a restaurao de algo ao seu estado primiti-vo. Em todo NT, esse voc-bulo s aparece nesse vers-culo e sua traduo literal aperfeioamento, restaura-o, ajustamento. Quando o apstolo aplica essa ex-presso a pessoas envolve o sentido de treinar, equipar, aperfeioar para ser apto. Nesse contexto, equipar consiste em fornecer co-nhecimento como recurso para crescimento pessoal e como ferramenta para servir os outros. Treinar implica em praticar vrias vezes, ou seja, proporcionar aos san-tos o aperfeioamento atra-vs da prtica e no apenas atravs do ensino. Portanto, esse nico conceito abran-ge a soma dos significados de duas expresses usadas em Efsios 6.4: disciplina paidei,a - paideia e admo-estao nouqesi,a - noute-sia: treinamento (prtica) e instruo verbal (palavra), respectivamente. Assim, as Escrituras nos orientam que os santos precisam de aper-

    feioamento, instruo e treinamento, para se torna-rem aptos a servir com seus dons para que a igreja seja edificada e amadurecida.

    Metade do ministrio de Jesus consistiu do ensino. O cristo precisa saber o que fazer, porque fazer e como fazer. Na realidade contem-pornea, um curso de Teolo-gia, seja bsico ou bacharel, um espao propcio para uma formao mais aprofun-dada. Favorece o desenvol-vimento da reflexo bblico teolgica, desperta a vocao ministerial e inspira a espi-ritualidade. Um ambiente acadmico com professo-res de formao consistente e conscientes do valor da educao tende a potencia-lizar uma postura crtica e autnoma nos estudantes ao invs de gerar passivos reprodutores de modelos. H instituies que so ainda mais completas. Pois ofere-cem estgio supervisionado, ou seja, monitoramento da prtica do aluno onde possa experimentar a efetividade da teoria aprendida em sala de aula.

    interessante notar que quem foi mencionado para fazer a obra no foram os pastores e mestres, mas sim os santos. De acordo com o autor inspirado, os primeiros foram designados para atua-rem como treinadores e os santos, como executores da obra do ministrio. Ento, po-demos concluir que h mui-to tesouro bruto em nossas comunidades cujo valor est sendo desperdiado porque no foi preparado, treinado adequadamente. Basta ser

    lapidado para que sua luz brilhe, seja abundantemente frutfero, seja apto a fazer boas obras de maneira que o Pai seja glorificado e a igreja edificada.

    Bi l l Hybels , pastor da igreja de Willow Creek em Chicago, EUA, com mais de 20 mil membros, depois de 30 anos de experincia, recomendou investir 50% do tempo no treinamento de lderes, de obreiros. Em seu livro, Liderana Cora-josa, afirmou que lderes mais experientes devem ordenar sua vida de forma a achar tempo para inves-tir na formao de outros lderes e faz parte da res-ponsabilidade dos lderes mais experientes suprir as oportunidades necessrias para que lderes sejam trei-nados. O consagrado es-critor de mais de 60 livros, 19 milhes de cpias ven-didas e traduzidas em 50 idiomas, doutor em Teolo-gia pelo Seminrio Fuller, John Maxwell, escreveu no livro As 21 Irrefutveis Leis da Liderana um ca-ptulo intitulado Se quiser somar, lidere pessoas. Se quiser multiplicar, treine lderes. Como resultado de uma pesquisa realizada em 32 pases, Christian A. Schwarz constatou que a primeira marca de quali-dade das igrejas que mais crescem nos 5 continentes o estilo de liderana lderes que treinam novos lderes, obreiros. Diante dos fatos e argumentos, cabe aos pastores investi-rem no aperfeioamento dos santos, no treinamento

    de novos lderes, se qui-serem ampliar o Reino de Deus na Terra.

    Alm dos cristos ociosos, mas desejosos em ser teis, h inmeros lderes, obreiros e servos autnticos e ntegros que esto frustrados e desani-mados. Encontram-se assim por causa dos resultados insa-tisfatrios de seus ministrios, apesar de tanta dedicao e investimento. Muitos j de-sistiram e tantos outros esto pensando em desistir, esto desgastados no em funo do muito trabalho, mas da fal-ta de correspondncia de seu empenho. Portanto, neces-srio que sejam qualificados para obra e no massacrados com crticas e mais cobranas. Se voc faz parte desse grupo talentoso, mas cujo potencial no est sendo plenamente aproveitado, no se culpe, no se angustie mais, no permanea frustrado. Procu-re treinamento, se permita ser aperfeioado. Seja um protagonista no processo de transformao de sua prpria histria e ministrio. No fi-que esperando ou dependen-do do olhar do outro. Tome a iniciativa. Seja pr ativo. Volte a experimentar a alegria de poder ser beno na vida de outros.

    Encerro citando mais uma vez Bill Hybels: A igreja local a esperana do mundo e seu futuro est principalmente nas mos de seus lderes. Da pers-pectiva humana, o resultado da redeno no planeta ser decidido pelo quo satisfato-riamente os lderes exercerem sua funo. Agora releia 10 vezes Efsios 4.11-12 em todas as verses que puder.