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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 14 Domingo, 01.04.2012 R$ 3,20 O trabalho missionário na Guiné Equatorial dá um grande passo com a construção do templo da Igreja Batista Missionária em Bata, uma das cidades mais populosas do país. Com um trabalho pioneiro a missionária Maria Lucinalva Dias está à frente do projeto juntamente com um pastor local. A missionária afirma que “tudo começou pela fé (…). O Senhor foi salvando vidas, e hoje a igreja está formada (...). Com o apoio dos batistas brasileiros iniciamos o projeto para a construção do templo” (pág. 11). O Conselho Geral da CBB se reuniu para tomar decisões com o objetivo de avançar no planejamento global dos batistas brasileiros. Discipulado, grande comissão, desenvolvimento de liderança, network e conectividade, gestão corporativa e nova geração são as seis diretrizes traçadas e em pleno desenvolvimento. Vá até a página 8 e veja o que a CBB está fazendo junto com todas as suas organizações para levar Jesus Cristo a todos os lugares e através de todos os meios, despertando vocações. JMM faz história na Guiné Equatorial Conselho Geral da CBB se reúne Mais do que uma comemoração, abril será o mês de uma campanha pela educação religiosa. Veja na página 9 a importância da EBD, o quanto este tipo de ensino deve ser prioridade na vida de qualquer um. Conheça também o que é o Plano Diretor, veja como essa reinvenção da educação religiosa pode abençoar muitas vidas. Isto tudo não apenas para transmitir conhecimento, mas também para a construção de conhecimento. ABRIL – O mês da Escola Bíblica Dominical

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1o jornal batista – domingo, 01/04/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 14 Domingo, 01.04.2012R$ 3,20

O trabalho missionário na Guiné Equatorial dá um grande passo com a construção do templo da Igreja Batista Missionária em Bata, uma das cidades mais populosas do país. Com um trabalho pioneiro a missionária Maria Lucinalva Dias está à frente do projeto juntamente com um pastor local. A missionária afirma que “tudo começou pela fé (…). O Senhor foi salvando vidas, e hoje a igreja está formada (...). Com o apoio dos batistas brasileiros iniciamos o projeto para a construção do templo” (pág. 11).

O Conselho Geral da CBB se reuniu para tomar decisões com o objetivo de avançar no planejamento global dos batistas brasileiros. Discipulado, grande comissão, desenvolvimento de liderança, network e conectividade, gestão corporativa e nova geração são as seis diretrizes traçadas e em pleno desenvolvimento. Vá até a página 8 e veja o que a CBB está fazendo junto com todas as suas organizações para levar Jesus Cristo a todos os lugares e através de todos os meios, despertando vocações.

JMM faz história na Guiné Equatorial

Conselho Geral da CBB se reúne

Mais do que uma comemoração, abril será o mês de uma campanha pela educação religiosa. Veja na página 9 a importância da EBD, o quanto este tipo de ensino deve ser prioridade na

vida de qualquer um. Conheça também o que é o Plano Diretor, veja como essa reinvenção da educação religiosa pode abençoar muitas vidas. Isto tudo não apenas para transmitir conhecimento,

mas também para a construção de conhecimento.

ABRIL – O mês da Escola Bíblica Dominical

2 o jornal batista – domingo, 01/04/12 reflexão

E D I T O R I A L

momento espiritual vivido pela igreja, também é impor-tante. Procure pesquisar as opções de literatura e tome cuidado para não escolher um estudo fraco, que não acrescente. E assim também deve ser o preparo e esco-lha dos professores. Chega de encaixar pessoas para assumirem os cargos apenas porque essas são pontuais, firmes e constantes. Todos precisam de líderes que te-nham essas características também, mas acima de tudo, de líderes que tenham sede da Palavra de Deus. Pessoas que buscam o conhecimento e se preocupem pela forma-ção de outros líderes. Ore, como igreja, para que o pró-prio Deus levante mensagei-ros da tua Palavra. Pessoas estas que se dediquem no preparo do ensino, pessoas que se preocupam em fazer a diferença.

O desafio de qualquer ser humano é deixar seus peca-dos e seguir uma vida íntegra, viver uma constância diante de tudo o que lhe é ensinado. Mas é justamente por isso

e primordiais ensinadas por Deus de forma clara na Bí-blia. É na EDB que toda a igreja tem a possibilidade de desenvolver seu conheci-mento bíblico, ter voz ativa para discutir cada versículo bíblico, usar todas as ferra-mentas necessárias e dispo-níveis para o melhor apren-dizado da Palavra e discutir as linhas de pensamentos e traduções. A EBD é tão im-portante dentro da comuni-dade cristã, quanto o louvor e a mensagem do pastor. Mas é na EBD que qualquer pessoa tem a liberdade de parar a mensagem para perguntar o que não foi compreendido, ou apresentar uma segunda opinião. A EBD é o primeiro passo para o crescimento es-piritual de todo um conjunto, nesse caso, a igreja.

E é porque faz parte do crescimento espiritual, que é necessário uma atenção especial para as literaturas escolhidas para estudo. Es-tar de acordo com a Bíblia é primordial, mas também escolher uma revista que o tema central faça parte do

Ser como Cristo pra-ticando a Bíblia é o grande desafio deste ano. Viver uma vida

íntegra, a partir das escritu-ras bíblicas, só irá aconte-cer quando a Escola Bíbli-ca Dominical for uma das prioridades. E para isso é necessário se conscientizar da real importância da EBD, o quanto ela é importante para o crescimento espiri-tual de todos, sejam recém convertidos ou aqueles que cresceram dentro de uma igreja. É dentro da EBD que se criam líderes e se prepara para a vida em comunida-de. Mas o objetivo maior, que é entender a vontade de Deus e seus mandamentos, só será alcançado quando os professores compreenderem a necessidade espiritual de seus alunos.

Conhecer algum membro que só vai para igreja assistir ao culto é fácil, infelizmente. O resultado da ausência na EBD ou da falta de Escolas Bíblicas fortes, são irmãos despreparados que cometem erros sobre coisas simples

que a EBD não tem um fim, como a escola, a faculdade, a pós graduação. A Escola Bíblica é feita durante toda uma vida, porque a Palavra é viva e sempre traz uma nova visão pela fé. Isso também, porque qualquer servo do Senhor convive com a sua natureza humana e precisa saber como lhe dar com as crises durante a vida. Como o apóstolo Paulo descreveu: “Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz” (Rom 7.19-20).

Se você deseja ser sábio e ter uma vida constantemente íntegra, mas olha para a Es-cola Bíblica como mais um evento da igreja, entenda que ela é a escola do saber de Deus. Uma escola que está preocupa com quem você foi, com o que você é e com o que você será. Discu-ta, participe, compartilhe os pensamentos de Deus através desta escola.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 01/04/12reflexão

(Dedicado ao leitor Hugo Carlos Cavalcanti, de Recife, PE)

Para comemorar 25 anos de carreira (1985-2010), a organista Anne Schneider dispo-

nibilizou vídeos de seu acervo pessoal para que o “Estúdio Móvel” produzisse em março de 2011 o DVD “Registros”. Anne é filha do organista e compositor luterano gaúcho Leo Schneider (1910-1978), autor de cinco oratórios (“Cal-vário”, 1943; “São João Ba-tista”, 1946; “Purificação do Templo”, 1947; “Conversão de Paulo”, 1948; e “Jesus Na-zareno”, 1950). Sobre Leo e Anne já publicamos dois arti-gos (OJB, 05 nov 06 e 06 mar 11), que demonstraram sua im-portante contribuição à música evangélica no Brasil.

Anne Schneider (1946- ) cursou órgão na UFRGS e foi diretora do Conservatório de Música do Colégio Americano (metodista) de Porto Alegre. É organista titular da Paróquia (luterana) “Martin Luther”, co-ordenando séries de recitais e encontros de organistas. Há mais de 20 anos participa em festivais internacionais de órgão nas Américas e na Europa.

Neste DVD, Anne execu-ta obras de Guilmant, Bach,

Alain, Duruflé, Saint-Saëns e Handel Cecílio, em órgãos de cinco igrejas. No século 20, pe-riodicamente, a Igreja Romana reafirmou a prescrição de que a música própria da Igreja seja puramente vocal, permitindo o acompanhamento pelo órgão, desde que sustente, jamais para cobrir o canto; mas não permi-tindo que o órgão preceda o canto com longos prelúdios.

Na basílica (católica) de Niterói (RJ), onde ainda hoje pontifica o organista Marcello Martiniano Ferreira, Anne usou o maior órgão-de-tubos da Amé-rica do Sul. Inaugurado em 15 de abril de 1956 por Fernando Germani (1906-1998), organista do Vaticano; na ocasião não pude vê-lo, porque ele estava na galeria. Possui cinco tecla-dos manuais, cada um com 61 teclas, uma pedaleira radial com 32 notas, 11 mil tubos e 132 registros (OJB, 07 mai 89 e 24 fev 11). Em 23 de novembro de 2000, Anne tocou em outro órgão de grande porte, também de fabricação “Tamburini”, na igreja (católica) do Bom Retiro, em São Paulo (SP). Mais uma vez, do alto da sua tribuna, situ-ada entre o céu e a terra, Anne escolheu peças de excelente nível técnico. Ela interpretou o 3º Movimento da Primeira Sonata, em ré menor, op. 42,

de Alexandre Guilmant (1837-1911). Sob a influência de César Franck (1822-1890), o “Allegro assai” apresenta um movimento de “toccata”, em oposição a um “coral” harmonizado.

Na igreja (católica) “São José”, em Porto Alegre (RS), Anne executou a “Fuga” do BWV-543, de J.S.Bach (1685-1750). Tema bem conhecido, aparentado com motivos explo-rados por Vivaldi e Pachelbel. Na exposição de três episódios, entram quatro vozes; no últi-mo, há uma importante parte para a pedaleira. Na perora-ção, pela simetria, é lembrado o prelúdio do mesmo BWV-543. As “Litanias”, ao lado das “Variações sobre um tema de Clèment Janequin”, estão entre as obras mais belas de Jehan Alain (1911-1940); são súplicas ardentes, no dizer de Bernard Gavoty (ver: Jehan Alain. Paris: Albin Michel, 1943).

A “Fuga sobre o nome de Alain”, op. 7, de Maurice Du-ruflé (1902-1986), revela a tradição litúrgica (amor ao Can-to Gregoriano) e a tradição estética (respeito à formação clássica) mantidas por ele numa obra sucinta, da qual emergem o “Requiem” (1947) e a “Missa Cum Jubilo” (1967). “Tollite Hostias”, de Camille Saint--Saëns (1835-1921), é a décima

e última parte do “Oratório de Natal”. Sua bela linguagem musical, apesar de servir para mitigar suas profissões de ate-ísmo, corrobora nossa afirma-ção de que nem toda música religiosa é sacra. Na década de 50, o Coro da ACE do Rio de Janeiro tinha em seu repertório essa página de Saint-Saëns, provavelmente traduzida por Heitor Argolo (1923-2008). Esse número contou com a participação do Coral “25 de julho”, regido pela maestrina Lúcia Teixeira.

Nas paróquias luteranas da Alemanha, o órgão muito de-pressa foi reduzido ao papel de simples acompanhador, mas na região alsaciana de Estrasburgo, sob a influência de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e de Albert Schweitzer (1875-1965), o canto e o órgão pas-saram a ser igualmente presti-giados. Mozart, em outubro de 1778, esteve em Estrasburgo; em duas igrejas tocou órgãos de Gottfried Silbermann (1683-1753). Schweitzer, em 1906, começou um movimento pela volta à tecnologia da construção de órgãos adotada no tempo de Bach (ver: Marie-Louise Girod, L’Orgue et le Protestantisme. Paris: 1950).

Na igreja (luterana) “Martin Luther”, Anne tocou no órgão

“Rieger”, Opus 2.733, o pre-lúdio do BWV-543, de Bach, quando aconteceu um desfile de fórmulas de “toccata” e de improvisações articuladas, terminando num diálogo en-tre pedaleira e teclados, e a “Fanfarra Real”, de Handel Cecílio, que tínhamos ouvido por ocasião da inauguração do órgão digital da Igreja Memo-rial Batista.

O Coral “25 de julho”, acom-panhado por orquestra regida pelo maestro Manfredo Sch-miedt e pelo órgão de Anne Schneider, na igreja (luterana) da Reconciliação, em Porto Alegre (RS), executou a versão com órgão da “Lux Aeterna”, do “Requiem”, de Duruflé. Schmiedt tem atuado com or-questras de Caxias do Sul e de Porto Alegre (RS); foi aluno de Eleazar de Carvalho, Emílio de César e Lutero Rodrigues.

Finalmente, na igreja (lute-rana) da Trindade, em Ivoti (RS), Anne e a violinista Hella Frank tocaram a “Ária da quarta corda” (BWV-1.068), de Bach. Hella está vinculada às orques-tras de câmara em Canoas e em Porto Alegre (RS).

Aos apreciadores do “rei dos instrumentos” (o órgão, na opinião de Mozart) re-comendamos este DVD de Anne Schneider.

MÚSICARolando de nassau

“Registros”, de Anne Schneider

4 o jornal batista – domingo, 01/04/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Serra, Haddad Ou São Paulo?

reflexão

Se o profeta Jonas fosse carioca, a última coisa que passaria pela ca-beça seria viajar até

São Paulo para consertar o pandemônio paulistano. Ain-da que o Senhor ordenasse. Guardadas as proporções, a recusa dos cristãos em se envolver na libertação da Paulicéia reedita a indiferen-ça preconceituosa de Jonas, com relação a Nínive. O Senhor, todavia, é taxativo: “Então, eu com muito mais razão, devo ter pena da gran-de cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil crianças e, também, muitos animais!” (Jonas 4.11).

Na ausência de cristãos que levem a sério as implicações bíblias da cidadania, a luta pela prefeitura de São Paulo se transformou em uma cí-nica batalha de espólios do poder partidário. A impressão que dá é que a “grande cida-de” de São Paulo é destituída de gente, e gente sofredora,

com muito mais do que “cen-to e vinte mil crianças...”. As enchente destruidoras, os engarrafamentos psicóticos do trânsito e as barbaridades da cracolândia – parece que os donos do PSDB e do PT nunca ouviram falar que a primeira obrigação de uma prefeitura é cuidar do bem público.

E o que dizem os militantes cristãos dos nossos partidos políticos? Será que a Bíblia deles é diferente daquela Escritura Sagrada, fielmente obedecida por Aurélio Via-na? Porque acreditava na ci-dadania bíblica, o deputado batista pelo PSB ficou conhe-cido e respeitado, na porfia do benefício do seu povo, fosse ele crente ou não cren-te. A cidade de São Paulo é infinitamente mais importan-te do que Serra ou Haddad. O Senhor “tem pena” dos paulistanos. E quer que os cristãos da cidade levem a sério sua vocação de serviço.

F. Cerqueira BastosPastor e Advogado, Membro de PIBN

Meu pai, Manoel Cerqueira Gar-cia, “o neca”, se converteu no

pastorado do pastor Erodice Fontes de Queiroz, na Fazen-da de São João, na Vila de Laje do Muriaé, Itaperuna, no final da segunda metade da década de 1920, na Fazenda dos meus avós paternos, que na linguagem do saudoso pastor Virgílio Faria, “nunca mais se levantou um trabalho como aquele da Fazenda de São João”. Mais tarde, é organizada a Igreja Batista na Fazenda, com o nome de “Igreja Batista de Santa Rosa”, cujo primeiro pastor foi Erodice, sendo secretário Nilo Cerqueira Bastos (mais tarde consagrado ao minis-tério) e tesoureiro Manoel Cerqueira Garcia.

Meu pai – o neca – sempre foi muito respeitado pelos fa-zendeiros vizinhos, os quais a ele recorriam nos litígios como intermediário na busca de soluções. Isso lhe dava uma autoridade natural no relacionamento com todos os fazendeiros das fazendas limítrofes, tornando-o como um “conselheiro de paz”. Amigo de todos e por todos bem recebido, tinha por há-bito oferecer Bíblias aos vi-zinhos. Certa vez, um fazen-deiro vizinho foi à fazenda de São João para lhe devolver uma Bíblia que recebera há um mês atrás: “Neca, vim lhe devolver este livro, porque ele fala dos meus pecados”.

Meu pai era um recém--convertido do catolicismo romano, quando recebeu um padre lá na fazenda, no salão principal repleto de vários santos e santas, o que levou o vigário a elogiá-lo: “Muito bem filho, vejo que

é um católico que venera os santos da Igreja”. Papai, já iniciado no estudo da Bíblia, pediu-lhe que lhe mostrasse a Bíblia Católica, no que o visitante lhe disse: “Filho, a Bíblia é um livro muito gran-de e não dá para ser trans-portado nas minhas viagens”. “Padre, eu tenho uma aqui que estou examinando”, e abrindo-a, começou a folheá--la diante do olhar estupefato do padre, que juntou os seus livros e apetrechos, levantou--se e disse: “Tira... tira daí esses quadros”, no que meu pai retrucou-lhe: “Os quadros são meus e vão permanecer aí”.

Mais tarde, com a visita de missionários à Fazenda, e que usaram de um “truque”, convencendo-o de que na América os crentes gostariam de conhecer aqueles qua-dros, tirou-os e entregou aos americanos, sem nunca saber do verdadeiro destino deles.

5o jornal batista – domingo, 01/04/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Carlos Henrique FalcãoPastor da IB da Liberdade/RJ

Não foi indicado com precisão o tempo que a ca-deira do brinque-

do chamado de “La Tour Eiffel” estava interditada no parque de diversão Hopi Hari, em Vinhedo, SP. Mas todos ficaram sabendo que somente aquela cadeira esta-va desativa. Durante um bom tempo o parque conviveu com este acidente achando que não precisaria concertar a cadeira e nem desativar todo o brinquedo. Até que um dia, um funcionário dis-traído ou desavisado, colo-cou alguém na cadeira. A queda e morte da Gabriela, jovem japonesa em visita ao Brasil, foi consequência do uso indevido do equipamen-to com defeito. Não é muito diferente do que fazemos,

muitas vezes, em diversas situações comuns do nosso dia a dia. Ao invés de afastar ou eliminar o perigo, achan-do que não acontecerá nada, convivemos com o desastre ao nosso lado.

É comum usar na vida cristã o mesmo princípio de convivência com o pe-rigo. Achamos que não se-remos influenciados e que “não tem nada a ver”. A Bíblia é muito clara em suas orientações. Começamos lembrando a orientação de Paulo: “Fugi de toda apa-rência do mal” (1Tes 5.22). A tradução melhor para a palavra “eiko” é “forma”. Paulo exorta para fugir de toda forma que o mal se apresenta, e não somente de coisas que aparentam o mal. Ainda, quando falou com o jovem pastor Timóteo, foi enfático: “Fuja dos desejos malignos da juventude e

siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tim 2.22). Andar perto do mal é perigoso. Por isso Paulo disse para ir para bem longe.

Não é possível também esconder o mal na tentativa de cair no esquecimento. Sa-lomão disse que “aquele que encobre as suas transgres-sões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcança misericórdia” (Prov 28.13). Não é suficiente pe-dir perdão e ser perdoado. É necessário deixar a razão do mal, mesmo que ele já tenha tomado conta da vida. Deixar o mal pode ser um processo doloroso, mas é a forma de evitar que seja contaminado novamente.

Na carta aos colossenses Paulo usa duas palavras for-tes: “Façam morrer tudo o que pertence à natureza ter-rena” e “abandonem todas essas coisas” (Col 3.5,8). A ideia é não deixar nenhum vestígio daquelas coisas na vida do crente. A lista de pro-blemas vai desde imoralida-des sexuais até maledicência. Essas atitudes que satisfazem a carne e afastam o crente de Deus devem ser excluídas completamente para que so-bressaiam as virtudes cristãs e não impeçam a renovação crescente na vida com Cristo (Col 3.10-17).

Não dá para conviver com o perigo. Mais cedo ou mais tarde, num momento de dis-tração iremos fazer uso dele e se esborrachar no chão. As consequências podem ser desastrosas e deixar marcas profundas na vida. Então, o melhor é aceitar a orientação bíblica e viver bem longe do mal.

Aguardávamos na fila para entrar no ban-co, eram quase dez horas. Ao nosso

lado, estava um senhor alto, magro, simpático, falando de Jesus para o rapaz à sua frente. Falava da salvação da alma como a maior riqueza que uma pessoa pode ter nes-ta vida. Logo a porta giratória do banco foi destravada e os clientes começaram a entrar. Peguei minha senha na li-nha das prioridades e ocupei uma cadeira. Zênia tinha ido ao andar superior resolver um problema do seu cartão. Ao meu lado, veio sentar-se aquele irmão que estivera evangelizando o rapaz na fila. Ele é presbítero da As-sembleia de Deus, alfaiate aposentado e tinha dois celu-lares à mão. Seu nome: Levi Santos. Logo começou a falar da sua família. Uma filha, doutora em química, crente fiel, trabalha na Espanha. O filho mais novo tem apenas 10 anos de idade.

O menino tem seu próprio celular e o presbítero me contou, como se fosse a coi-sa mais simples do mundo, que na noite anterior, cerca de dez horas, o seu celular tocou. No visor, ele viu que era seu filho que chamava e disse: “Fala, meu filho”. O menino respondeu: “A sua bênção, pai”. “Deus te abençoe, filho, durma bem”, abençoou o pai. O filho li-gara para pedir a bênção paterna, pois estava indo para a cama. Deve ser algo muito raro. Nunca ouvi falar. Um menino de 10 anos ligar para o pai pelo celular às 22 horas para pedir sua bênção antes de ir para a cama? Fantástico! Maravilha, gente! Por duas razões que não posso deixar de comentar. Primeira: O celular, tão usado para o mal, também pode ser um instrumento de bênção, para uma comunicação de valor espiritual, para acrescentar qualidade de vida no Espírito, estreitando, na graça de uma bênção paterna, o relaciona-mento entre um menino de dez anos e seu pai. A tec-nologia a serviço do bem, a serviço da alma é algo que deveríamos nos preocupar em desenvolver.

Muitos crentes estão usando os recursos tecnológicos ape-

nas para seus fins profissio-nais, para diletantismo, para distração nos games diaria-mente renovados, mas não es-tão pensando, nem de longe, em usar toda essa tecnologia para cumprir um propósito evangélico, espiritual, para abençoar vidas. Como estarí-amos apressando a evangeli-zação do mundo, do mundo inteiro, se usássemos os sites de relacionamento, o Skype, o Orkut, o celular e toda a tec-nologia disponível para falar a outros do amor salvador de Cristo, da santidade do viver, da esperança da vida eter-na. Bastaria que o Reino de Cristo fosse nossa prioridade essencial. Não desconheço que muito tem sido feito. Há grupos religiosos que editam páginas de teologia, doutrina, estudos bíblicos, em dezenas de blogs na internet. Nós, os batistas, estamos atrasados. Supliquemos a Deus por um avivamento espiritual nas igre-jas batistas do Brasil. Cristãos que vivam em Cristo, deseja-rão anunciar Cristo, como o fez Paulo, de todos os modos possíveis. Com certeza, Paulo usaria toda a tecnologia hoje disponível para proclamar o evangelho de Jesus.

A segunda reflexão que essa história impõe é o fato de que um menino de dez anos vai para a cama às dez horas da noite, não sem antes pedir a bênção do pai, ao invés de ficar grudado nos games até altas horas. Finalmen-te, encontrei um pai que, certamente coadjuvado pela esposa, teve sabedoria para impor limites aos filhos e está colhendo os seus frutos. A moderna tecnologia pode ser bênção ou maldição. Depen-de do uso que dela fazemos. Muitos cristãos deixaram-se viciar, esse é o termo, pela virtualidade de tal maneira que chegam a permitir que suas almas sejam tomadas por um evidente esvaziamento de suas mentes, prisioneiras das brincadeiras e relacio-namentos virtuais marcados pela futilidade, vão perden-do sua vitalidade espiritual. Continuemos a orar por um avivamento, que certamente libertará os crentes do poder destruidor das caixinhas ma-ravilhosas que estão em suas mãos.

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 01/04/12 reflexão

Criar filhos do sexo masculino hoje é um desafio muito grande. Se você

quer realmente que seu filho seja um homem de verdade, alguns cuidados deve ter.1. Converse com seu filho e proteja-o na medida do possível do abuso sexual

Está comprovado que um abuso sexual pode acarre-tar consequências sérias na identidade sexual de uma criança. A psicóloga Arlete Gavranic orienta: “Explique à criança que o corpo dela precisa ser cuidado por ela e que ela deve ser cuidadosa e desconfiar se alguém tentar tocá-la, inclusive nas partes íntimas, ou ainda pedir-lhe para fazer coisas no seu cor-po ou no de outra pessoa, que não seja brincar junto com todo mundo.

É preciso orientar a criança a se afastar dessa pessoa e procurar a mãe, a irmã mais velha, uma avó ou a professo-ra e contar o que aconteceu. Orientá-la a não ter vergonha de fazer isso e, se preciso for, até gritar ou correr em situações em que se sinta ameaçada.

Os adultos precisam ser respeitados, mas isso não sig-nifica que as crianças tenham de obedecer e fazer tudo que eles mandam. Principalmen-te se isso envolver tocar, ma-nipular, beijar ou machucar o corpo e se a criança não se sentir bem”.2. Ressalte a masculinidade de seu filho

Diga a ele que Deus o fez homem. Diga que essa es-colha foi de Deus e de mais ninguém. Conte a história de homens da Bíblia que foram fortes, que lutaram e saíram vitoriosos. Quando apresen-tar seu filho a alguém, diga com prazer: “Este é o meu filho, um homem de Deus para a nossa família”.3. Faça que seu menino conviva com outros homens que também sejam homens de verdade

John Eldredge escreveu em seu livro: “Um menino se tor-na um homem somente por

meio da intervenção ativa de seu pai e da companhia de outros homens”. Meni-nos precisam de uma convi-vência saudável com outros homens, que lhes ensinem o que significa ser um homem de verdade.4. Mãe, deixe seu filho ser homem

É verdade que homem tam-bém chora, o que contradiz o ditado que afirma o contrá-rio. Expressar emoção e sen-timento faz parte da natureza de todo ser humano. Não tem nada a ver com o conceito de que a verdadeira masculini-dade mostra-se impassível e fria. Jesus, o Homem perfeito, chorou e expressou emoções. E seu filho deve ser educado nesse aspecto. Por que não? Contudo, precisa também ser confrontado com lições teó-ricas e práticas acerca da va-ronilidade, sendo preparado desde cedo para os embates da vida futura. Só assim, será forjado a uma masculinidade sadia.5. Leia livros que tratam do assunto

Os melhores são “Educan-do meninos”, de autoria do Dr. James Dobson (Editora Mundo Cristão) e “A gran-de aventura masculina”, de John Eldredge (Editora Tho-mas Nelson). Existem outros, mas se todos os pais e mães de meninos lessem estes dois livros seriam tremenda-mente capacitados para esta tarefa.6. Ensine-os a andarem como homem, falarem como homem!

Qual é o personagem “bo-nitinho” hoje nas novelas? É de alguém que é homem, mas fala como mulher, anda como mulher. Nem uma mu-lher desmunheca tanto! Ensi-ne seu filho a falar, andar, se comportar como um homem de verdade.7. Ore

Ore para que seu filho seja orientado por Deus e que não seja influenciado por pessoas, movimentos, esco-las e governos que tentam ensinar coisas diferentes do que é ser homem.

Vilmar PaulichenPastor da PIB em Indaiatuba/SP

“Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e ca-lor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão” Gê-nesis 8.22.

Depois das al tas temperaturas, en-fim chegou o ou-tono. Já da para

sentir os ares da nova esta-ção. Dias menos quentes, com brisa refrescante durante o dia. As estações seguem a ordem estabelecida por Deus desde a criação do mundo, mas a qualidade do clima em cada estação está mudando, com extremos de frio e calor.

Mas o pecado mudou tudo. A desobediência gerada pela incredulidade amaldiçoou a terra (Gênesis 3.17b-19). Naquele momento, pouca coisa deve ter mudado aos olhos de Adão e Eva. Os problemas foram aparecendo aos poucos. A questão é que a consciência do homem sem pecado era que deveria admi-nistrar a criação; mas depois do pecado, o homem se tor-nou ambicioso, explorador e extrativista. A preservação da natureza deu lugar à explora-ção lucrativa (Gênesis 2.12).

O pecado corrompeu a raça humana a ponto de Deus mandar o dilúvio (Gênesis 6.11-13). Foi o primeiro gol-pe do homem pecador contra a natureza (Gênesis 6.17). Passado o dilúvio, Deus ga-rantiu que dia e noite, verão e inverno, plantio e colheita existiriam, enquanto durasse a Terra (Gênesis 8.22). Mas a Terra continua sendo ex-plorada impiedosamente. A Terra foi amaldiçoada por causa do pecado. O homem condenou a Terra quando

pecou. Deixou de ser man-tenedor, para ser ambicioso, explorador e extrativista. O homem extrai, corta, cava, arranca e não repõem nada, pois o que mais importa é o lucro.

Sem temor (não levar Deus à sério) e afastado de Deus, o homem insiste em prosperar por seus próprios instintos (Tiago 4.13-16). Procura en-tender as mudanças climáti-cas com base na ciência. Sem temor de Deus e ignorante em relação a Bíblia, não reco-nhece que o pecado tirou-lhe a capacidade de administrar os recursos naturais; o pe-cado faz com que as ações humanas produzam terríveis desequilíbrios na natureza, tanto nas chuvas, quanto nas colheitas. O pecado impede receber as coisas boas da natureza (Jeremias 5.23-25).

No entanto, a Terra é nossa casa até a morte. Como cris-tãos somos responsáveis. É nossa responsabilidade dimi-nuir o ritmo de sucateamento do planeta; temos que fazer tudo o que está ao nosso al-cance para diminuir o ritmo de destruição da natureza. Por quê? Porque ainda há muita gente para ser evange-lizada. Jesus Cristo disse que o Evangelho do Reino tem que ser pregado em todo o mundo para que venha o fim (Mateus 24.14). O Juízo Final não virá enquanto a obra evangelística não for concluída. O sinal do fim não é o sucateamento do planeta, mas o Evangelho ser anunciado a todos os povos (Atos 1.8).

A Terra foi amaldiçoada por causa do pecado. A am-bição faz com que o homem seja inconsequente ao explo-rar e extrair os recursos natu-rais. O homem é impiedoso e descontrolado, explorando

tudo que a natureza pode oferecer para garantir um estilo de vida extravagante e desequilibrado. Esse com-portamento é testemunho de que a Palavra de Deus está se cumprindo (Gênesis 3.17).

Cedo ou tarde, a Terra será sucateada, mas antes dis-so acontecer, nós cristãos, temos que cumprir nossa missão de evangelizar o mun-do. Temos que anunciar o Evangelho até os confins da Terra, pois tudo que existe será destruído, inclusive os incrédulos (2 Pedro 3.7). O planeta tem que resistir até que todos ouçam que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador.

Sendo assim, tenha cons-ciência ecológica por causa de si mesmo e da geração futura que continuará evan-gelizando o mundo. Temos que nos preocupar com a preservação do planeta por causa da missão evangelísti-ca. A criação está destinada a destruição, mas isso só acontecerá depois que a obra evangelística for concluída (Romanos 10.18).

Importa cumprir a missão e se preservarmos a natureza, a obra no mundo se tornará menos difícil, porque o clima está ficando cada vez mais descontrolado. Temos duas opções: Evangelizamos mais ou arborizamos mais para que o clima não piore.

Produzir menos lixo, eco-nomizar água, plantar árvo-res, caminhar, pedalar, usar menos o carro, usar sacola retornável, gastar menos energia elétrica, ler mais, são algumas atitudes que contribuem significativa-mente para manter o planeta “funcionando” até o cum-primento da missão deixa-da por Jesus Cristo (Mateus 28.19,20).

7o jornal batista – domingo, 01/04/12missões nacionais

Jaqueline da Hora SantosMissionária da JMN

“... e levaram crianças a Jesus para que ele as aben-çoasse”, Lucas 18.15a.

Ainda me lembro do d ia em que cheguei a Morro do Chapéu/BA.

Era uma tarde fria no fim de junho/2008. Minha ideia sobre a Bahia era tão dife-rente! Acreditava que seria feriado e calor quase todos os dias... ideia típica de quem nada conhece daque-la terra. Andei pelas ruas co-nhecendo o local onde iria trabalhar e morar, observa-va as pessoas, os costumes. Tudo tão novo, tudo tão diferente. Os dias passaram e o trabalho iniciou-se com a Trans (mobilização mis-sionária Jesus Transforma da JMN). Muitas casas a visitar, muita gente a evangelizar, muitas crianças a ganhar.

A. era uma menina tímida, pouco falava, um semblante fechado que parecia es-conder alguma tristeza. Na casa de sua avó iniciamos estudos bíblicos. A sala da casa ficava cheia para ouvir o que tínhamos a falar. Ela ficava sentada sempre no cantinho e muito quieta, po-rém atenta a tudo. Naquela época ela tinha somente 10 anos. Depois de algum tempo iniciamos os cultos públicos no templo e esta menina era sempre uma das primeiras a chegar. Pouco a pouco a amizade entre nós foi crescendo porque ela sempre demonstrava um interesse muito grande em conhecer as coisas de Deus, as histórias bíblicas, gostava de aprender músicas e com dificuldade memorizava os versículos.

Começou a levar junto com ela sua irmã menor e também seus primos e vizi-nhos. As atividades começa-vam às 8h30, mas quando eu chegava às 8h ela já esta-va sentada à porta aguardan-do nossa chegada. Durante estas muitas esperas pelas outras crianças, sentáva-mos juntas e conversávamos sobre a vida. Falávamos sobre tudo: família, escola, as crianças do bairro, os

problemas da cidade e do povo, sobre sonhos, sobre brincadeiras e sobre Jesus.

Muitas vezes ela me per-guntava como eu tinha co-nhecido Jesus ou alguma coisa relacionada com a igreja e eu contava a ela. Ela, por sua vez, sempre lembra-va o dia em que os amareli-nhos (voluntários da Trans uniformizados com a camisa amarela) bateram à porta de sua casa. E ria muito quando lembrava que a primeira vez que os viu pensou que fosse alguém do Programa Bolsa Família vindo dar alguma coisa. A. recebeu Jesus em seu coração durante os es-tudos bíblicos na casa da sua avó. Foi discipulada na igreja e batizada em agosto de 2010.

Quando me lembro dela sinto saudades do sorri-so que se formou em seu rosto depois que aceitou Jesus. Sorriso que muitas vezes não conseguia conter porque sempre falava que sentia-se feliz. Lembro-me dela presente nos cultos de oração, nas reuniões de oração das mulheres, na EBD, na direção dos cultos, na participação no grupo de louvor, de seu compro-metimento com as coisas de Deus. Lembro-me dela, semana após semana, oran-do para que seus pais vies-sem a receber Jesus em seu coração. Lembro-me com alegria do dia 14 de agosto de 2011 quando sua mãe fez uma decisão ao lado de Jesus. Lágrimas correram de seus olhos e eu perguntei porque ela estava chorando. Sem hesitar ela me disse que estava chorando de ale-gria porque Deus havia res-pondido sua oração antiga.

Uma menina tendo algo antigo em oração... Nun-ca vi demonstração de ta-manha fé! Ah! Como seria maravilhoso se todas as crianças do Brasil tivessem a mesma oportunidade. Mas quando ando nas ruas, vejo muitas delas pedindo esmolas, outras no sinal de trânsito e vagando sem rumo, centenas envolvidas com o crack. Olho para os noticiários e sou informada de que crianças estão aban-

donadas, jogadas no lixo, sofrendo agressões de toda sorte, estão desamparadas. Novamente minha mente volta a Morro do Chapéu/BA. Lembro-me do dia que anunciei que estava indo embora para outro estado. Apesar da tristeza natural da despedida, recordo-me de A. orando, pedindo a Deus que outras crianças também pudessem conhecer os ama-relinhos para que eles as ensinassem sobre Jesus.

Aqui estou eu agora con-tando a você este relato e pedindo para que levante seus olhos e perceba ao seu redor quantas crianças precisam conhecer Jesus. Quero desafiar você a assu-mir o compromisso de evan-

gelizar e discipular cada criança em solo brasileiro. Esta não é uma tarefa fácil, mas se você estiver convicto de que vale a pena investir tempo em oração, talentos e recursos na evangelização do nosso povo, certamente não perderemos esta gera-ção, mas levaremos a Jesus aqueles que têm pela frente a vida toda para servi-lo. Junte-se a nós neste desafio. Vamos levar as crianças do Brasil para Jesus.

Nosso desafio agora é de-senvolver estratégias que vi-sem alcançar as crianças do nosso país. Mas não dá para fazer isso sem seu envolvi-mento. As crianças do Brasil precisam que você Seja Luz e anuncie a elas que há um Deus no céu Todo Poderoso, que ama a cada uma delas e está de braços abertos para recebê-las.

VaMOs LEVaR CRianças paRa JEsus!

A menina e os amarelinhos

8 o jornal batista – domingo, 01/04/12 notícias do brasil batista

to para o lançamento desta campanha.

A Convenção Batista Bra-sileira está unindo todas as suas organizações para levar Jesus Cristo a todos os

lugares e através de todos os meios, seja com a lingua-gem de sinais (LIBRAS) aos surdos, seja com os veículos de comunicação como a televisão. E para isso está

realizando o discipulado e preparando novos líderes, despertando a vocação da nova geração e investindo em projetos missionários e congressos.

de destaque foi o “Adoração 100%”, o novo desafio da Juventude Batista Brasileira é alcançar os jovens surdos, mostrando o quanto eles são especiais, assim como qualquer outro jovem. Ou-tras atividades também tem sido desenvolvidas pela JBB, todas com ênfase na família, trazendo para a nova geração a importância da vida em família.

Dentro de gestão corpo-rativa, um dos pontos foi o início da transferência da CBB e suas organizações para a rua José Higino, nº 416, no bairro da Tijuca, onde já funciona o Seminá-rio Teológico Batista do Sul do Brasil. Para a adaptação nas novas instalações, a reunião do Conselho Geral se realizou neste endereço. O presidente Paschoal Pira-gine Junior enfatiza o prazer de uma convivência salutar com alunos e professores da Casa, missionários das Juntas e lideranças dos cam-pos, o que já estava sendo experimentado nestes dias. O foco principal é atingir todas as macro diretrizes em conjunto.

Na grande comissão foi apresentada a campanha “Seja Luz”, composta por 100 dias de oração e pela MEGATRANS com 100 mil voluntários para evangeli-zar 2.500.000 pessoas, que acontecerá em Julho. Cam-panha desenvolvida pela JMN, mas também engajada com todas as organizações da CBB. E com uma visão de network e conectividade, um programa de TV será fei-

Arina PaivaSecretária de Redação da CBB

Reunidos entre os d ias 20 e 22 de março, o Conse-lho Geral da Con-

venção Batista Brasileira apresentou seus objetivos e metas, já traçados na 92ª Assembleia, e em alto pro-cesso. Estas metas foram divididas em seis macro diretrizes, ou seis facetas de um diamante: discipulado, grande comissão, desen-volvimento de liderança, network e conectividade, gestão corporativa, nova geração.

Dentro do desenvolvi-mento de liderança e disci-pulado foram apresentados mecanismos já em processo amplo pelos Seminários. No Seminário Teológico Batista Equatorial o destaque tem sido a Educação à Distân-cia (EaD), que em parceria com a COBAPA implantará em cinco polos: Porto Ve-lho, Rio Branco, Santarém, Marabá e Altamira. Dessa forma levará o ensino do Se-minário a pontos distantes, alcançando aqueles voca-cionados que, por diversos motivos, não tem como es-tudar na sede do Seminário. No Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil o destaque foi para a mon-tagem do Telecurso, com o professor Paulo Cavalcante. E no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil a ên-fase foi o curso de Teologia Ministerial, que aborda os princípios batistas.

Também para o desen-volvimento de liderança, a nova geração tem sido o alvo de projetos e congres-sos. Como o projeto “SIM, Todos Somos Vocaciona-dos”, que é uma parceria entre as juntas de missões nacionais e mundiais. O encontro será no feriado de Corpus Christi, de 7 a 10 de junho, na Estância Árvore da Vida, Sumaré/SP, e o pú-blico esperado é de 3.000 congressistas. O SIM nasceu com a proposta de levar to-dos a pensarem e viverem o verdadeiro sentido de voca-ção. Seu principal objetivo é possibilitar o desenvol-vimento da consciência de que cada um é colaborador de Deus no cumprimento da missão, tendo clareza de que precisa ter um estilo de vida missional onde quer que esteja. Outro projeto

Conselho Geral da CBB se reúne e avança nas ações do planejamento

global dos batistas brasileiros

Conselho Geral se reúne pela primeira vez na nova sede

Conselho Geral da CBB se reúne para planejamentos estratégicos

Presidente da CBB, Paschoal Piragine Junior, e a união das juntas de missões nacionais e mundiais

fotos: Sélio Morais

9o jornal batista – domingo, 01/04/12notícias do brasil batista

ABRIL - MÊS DA EBD

verdade é uma reinvenção da educação religiosa.

Tendo como base funda-mentos bíblicos e teológicos foi possível redescobrir o alu-no a partir de uma visão an-tropológica global ou integral. Assim, o ser humano é visto como um todo e não apenas como um ser que aprende e memoriza ou um ser que serve para trabalhar na igreja e pregar o evangelho. Dentro do modo batista de pensar temos o conceito da competência da pessoa que indica a neces-sidade de gerarmos processos educacionais que conduzam o aluno à reflexão e à desco-berta das verdades bíblicas, sejam no campo doutrinário, sejam no campo das esco-lhas pessoais e diárias. Nestas operações educacionais te-mos os “verbos pedagógicos” SABER – REFLETIR – FAZER. Temos, portanto não apenas a transmissão, mas também a construção de conhecimento. Temos o desenvolvimento ministerial, o “fazer” para o reino de Deus.

Prosseguindo, descobrimos que o processo educacional deve ir mais longe e mais fundo na vida do aluno, pois grande parte do evangelho tra-

sem estudo, ganham mui-to dinheiro, levando outros a desvalorizarem o estudo, como se ele fosse só necessá-rio para o enriquecimento das pessoas. Estudar é investir em si mesmo. O estudo não é um bem material, mas, pessoal. Se Cristo morreu por uma pes-soa, por que essa pessoa não se valoriza também, e investe em si mesma?

Temos no Brasil uma igreja chamada evangélica que cha-ma o estudo bíblico de “sabe-doria da carne”. Se usar nosso cérebro no estudo bíblico está errado, quem errou foi Deus. Não foi ele que nos deu o cé-rebro? Por que tais religiosos usam carro, geladeira, etc... Não foram inventados pela “sabedoria da carne”? Num dado segmento o conheci-mento é certo, no outro é erra-do? O estudo bíblico, precisa ser valorizado por uma razão muito simples. A capacitação de uma pessoa se dá através da união da teoria e da prá-tica. Uma coisa é conhecer sobre Cristo e outra coisa é conhecer Cristo. O estudo em grupo, que acontece numa classe de Escola Dominical, é o que possibilita desenvolver-mos essa capacitação.

ta do relacionamento huma-no. Deve, portanto, o aluno ser preparado para CONVI-VER em seu ambiente de vida e trabalho. Eis aqui mais um verbo de ação pedagógica. O evangelho leva-nos a um ca-minho de vida exemplar – ser sal e luz, por exemplo – assim, todo processo pedagógico deverá contemplar também a formação e transformação da pessoa, de seus hábitos, de seu caráter. O verbo de ação pedagógica aqui é SER.

Como vemos, as exigências do evangelho são elevadíssi-mas de modo a requerer uma estrutura emocional e afetiva sólida. Então, temos de incluir em toda ação educacional o verbo CONVIVER. Temos aqui o que pode ser chamado de PEDAGOGIA INTEGRAL, que faz parte de uma visão cristã da educação e que, em termos práticos, deve nor-tear tudo o que for feito no trabalho educacional da, e para a, igreja. Por exemplo, ao preparar a nova literatura o escritor, o editor e todos os envolvidos neste processo devem considerar que cada lição, cada capítulo deve con-templar ações pedagógicas para dentro e para fora da sala

Finalmente, gostaríamos de fazer uma colocação, que pretendemos desenvolver em outro artigo. O que faz falta no mundo de hoje é discernimento. O apóstolo Paulo afirma a Timóteo, que essa seria uma característica presente nos homens dos últimos dias. Os segmentos evangélicos de nossos dias são existencialistas sem que se apercebam disso. Um pas-tor disse-me em Curitiba que acreditava existirem apóstolos nos dias de hoje. Perguntei--lhe como isso seria possível. Ele me respondeu: Se Deus revela a uma pessoa, como fez com um colega nosso, que ele foi escolhido para ser apóstolo, quem sou eu para não acreditar? Pensei, mas não quis me expressar. Não é esse o fundamento do exis-tencialismo que animalizou a humanidade de nossos dias?

Se a experiência está acima da essência, se o subjetivo é tido como verdade, pronto! Não existe verdade! A ver-

de aula que considerem estes verbos anteriormente citados. Quando uma igreja local vai elaborar seu projeto pedagó-gico deverá estruturá-lo dentro dessa mesma perspectiva e assim por diante.

Como você pode ver temos aqui não apenas a transmissão de informações, mas tam-bém a formação de reflexão e a transformação de vidas. É, portanto, um processo pro-fundo e envolvente. E este é apenas um dos destaques do PDER, entre muitos outros, tal como a construção de uma educação orientada por obje-tivos educacionais em vez de ser orientada por conteúdos, programas e estruturas, como tem sido ao longo dos anos. E isto é um dos principais pon-tos que leva a educação a ser construída a partir da igreja local. Mas isto fica para outro artigo.

Convido a você pastor, líder ou membro da igreja que en-tre em contato com a Conven-ção Batista Brasileira e solicite uma cópia do PDER para co-nhecê-lo mais profundamente e ver o quanto ele ajudará a sua igreja no crescimento na graça e conhecimento de nos-so Mestre Jesus e seus ensinos.

dade é a verdade de cada um, e como o homem é um ser relativo, e não absoluto, como uma experiência parti-cular pode ser colocada como verdade aos outros? Aí está. Por falta de Educação Cristã, os evangélicos e a sociedade atual virou uma coisa só, ou seja, todos são existencialis-tas. E o existencialismo, em termos morais, lançou a nossa civilização no mais profundo dos seus poços. Será que ela conseguirá sair? Eis a falta que a Educação Cristã tem feito. No final de tudo, somente duas coisas permanecerão: Deus e sua Palavra. Ambos são focos da Educação Cristã. Agostinho, o bispo de Hipo-na, dizia: O maior bem que fazemos ao nosso próximo é levar-lhe a salvação em Cris-to, e ministrar-lhe a doutrina cristã. Traduziremos a frase para os nossos dias: Irmãos, voltemos a frequentar a Esco-la Dominical. Esse é o maior bem que podemos fazer a nós mesmos e aos outros.

igreja e parte desde a própria vida da igreja. É, portanto, um plano de trabalho que prioriza a igreja local e as suas próprias características e necessidades.

Os outros projetos ou pla-nos de educação religiosa entregavam para a igreja local um programa a ser adotado. Assim também a agenda, os currículos, as estruturas, a lite-ratura. Neste caso, a educação que até o momento foi cons-truída em nosso ambiente é, em geral, de natureza conteu-dista, programática e estrutu-ral. Assim é centralizada num conteúdo que vem de fora da igreja local, com a oferta de um programa a ser cumprido dentro de uma estrutura que nem sempre se encaixa com as condições e necessidades locais. Sem dúvida, foi possí-vel obter inúmeros resultados com esta estratégia, mas os grupos de trabalhos que se de-dicaram ao PDER desejaram ir mais avante e mais profun-damente. Em vez de ter como ponto de partida um currículo, literatura, programa e estru-tura, o PDER parte de funda-mentos bíblicos, teológicos e educacionais para reconstruir a própria maneira de se fazer educação na igreja local. Na

minacionalismo passou a ser visto como um inimigo do Evangelho. No evangelicalis-mo de hoje, afirmam alguns: “O que importa é que seja pregada a Palavra de Deus”. E agora perguntamos: O Diabo não usou a Palavra de Deus muitas vezes? E a usou como se fosse um de seus pregado-res! Até para Jesus ele a citou!

Outra razão do desgaste da Educação Cristã é o acade-micismo, muitas vezes, mais valorizado que a própria Pala-vra de Deus. A autoridade de alguns estudiosos fica acima da Palavra de Deus. Ouvimos: Fulano falou isso e aquilo. De repente ficamos sabendo que essa autoridade abandonou a fé. O homem é relativo. Só Deus e sua Palavra são absolutos. O estudo bíblico, buscado como vaidade, para engrandecimento do homem, acaba diminuindo o valor da Educação Cristã. Outro prejuí-zo é o “sucesso” de alguns ile-trados bíblicos, que alcançam grande notoriedade através dos veículos de comunicação dos nossos dias. Se fulano teve sucesso sem estudar e conhecer a Bíblia profunda-mente, para que estudá-la? É o mesmo caso de pessoas que,

Lourenço Stelio RegaDiretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e colaborador de OJB

O Plano Diretor de Educação Reli-giosa (PDER) foi elaborado durante

um período de cinco anos de estudos, pesquisas de campo e muita dedicação de diversos grupos de trabalho que têm acumulado boa experiência na área educacional. O PDER é um plano educacional ra-dicalmente diferente de tudo o que se conseguiu produzir nestes 140 anos de história batista. Sem dúvida nenhuma devemos imensa gratidão aos esforços acumulados nesta linha do tempo, pois muitos resultados foram obtidos neste período.

O PDER leva a educação para dentro da igreja local, isto é, em vez de a Convenção oferecer um projeto educa-cional pronto vindo de fora do ambiente, do contexto, do perfil e necessidades locais, o ponto fundamental é auxiliar a igreja local a construir o seu próprio projeto pedagógico a partir destas mesmas variáveis locais. Assim o PDER é para a

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

A Educação Cristã está desprestigiada em nossos dias. O hu-manismo atual co-

loca o homem como prio-ridade, e isso faz com que seus direitos individuais sejam sempre colocados em pauta. Não podemos reclamar, pois o direito individual, tanto como a responsabilidade individual, é um dos princípios batistas. Ocorre, porém, que nossas escolhas precisam passar pelo aval da vontade do Soberano de nossas vidas, pois o direito maior a Ele pertence.

A Educação Cristã sofreu desgaste por vários motivos. A reação ao intelectualismo fez com que o estudo bíblico passasse a ser visto como um inimigo da espiritualidade. Com o fim de interpretar tex-tos bíblicos que favorecesse seus objetivos pessoais, a disciplina que estuda as re-gras de interpretação de um texto, conhecida como her-menêutica, foi abandonada. Qualquer cidadão começa uma igreja e passa a apregoar suas opiniões, e elas são vistas como verdadeiras. O deno-

Plano Diretor – uma reinvenção da educação religiosa

Educação Cristã, sempre prioridade

Rua José Higino, 416 - Prédio 30 - TijucaRio de Janeiro - RJ - Cep.: 20510-412

OPBB informa nova sede:

10 o jornal batista – domingo, 01/04/12 notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralColaborador de OJB

uando pastoreava a Primeira Igreja Batista de Belford Roxo, no Rio de

Janeiro, Dionísio Fleitas Mai-dana, pastor e professor, ob-servou o grande potencial patrimonial da Igreja, com várias salas de aulas, usadas principalmente para o Mi-nistério de Educação Cristã desenvolvido pela Igreja na Escola Bíblica Dominical. Homem cujo coração era também voltado para a edu-cação secular, responsável pela organização de diver-sas instituições foi, naquela igreja, tocado pelo Espírito Santo para organizar uma ins-tituição que pudesse ajudar os jovens vocacionados sem que eles precisassem sair da Baixada Fluminense diaria-mente para estudarem nou-tras instituições localizadas na cidade do Rio de Janeiro.

Bem assessorado por líderes e pastores da antiga Asso-ciação Batista Riodourense, hoje Belforroxense, como a professora Altamira Concei-ção de Oliveira, diaconisa, pedagoga, diretora executiva; diácono Rholmer Abreu Lou-zada, assessor jurídico; pastor José Pereira Lino, Deão; pas-tor David Freitas de Carvalho, Coordenador de Educação Teológica, o grupo se reuniu no dia 12 de outubro de 1995 e acordou para a necessidade de preparar o estatuto e dar início no princípio de 1996 ao funcionamento do Seminário que, para surpresa geral, teve um bom número de alunos entre aqueles que foram os 19 primeiros formandos da novel instituição em 1999. O pastor Edson Quaresma, por exemplo, foi formando da primeira turma.

Com o correr dos anos o pastor Dionísio Fleitas Mai-dana deixou o pastorado da PIB de Belford Roxo. Não obstante o afastamento da-quele líder cujo coração era voltado para a educação se-

cular, para a educação re-ligiosa e para a educação teológica seus assessores mantiveram o ideal por ele esposado e continuaram a obra que ia gradativamente se fortalecendo no coração do povo batista da Baixada Fluminense. A professora Al-tamira Conceição D’Oliveira foi sua sucessora. Um folder distribuído na ocasião abor-dava as disciplinas dos oito semestres assim discrimi-nados: 79 disciplinas; 134 créditos e 2680 horas.

Assumiu a direção do Semi-nário o pastor Claudio Cortez Barroso, pastor da PIB de

Belford Roxo, permanecendo até 2004. Mediante enten-dimento com o Corpo Do-cente este deu nova postura à instituição através de uma administração cooperativa. A partir de 2005 assumiu a presidência da Cooperativa o pastor Edson Pinheiro Peder-sane. O pastor Jairo Silvestre da Silva assumiu a direção executiva da Cooperativa e do Seminário. O Seminário nesta nova fase permaneceu com suas áreas específicas de atuação: Teológica, Edu-cação Religiosa e de Música Sacra. Registro a importância do professor Rogério Martins,

gestor financeiro da institui-ção. A biblioteca do Seminá-rio conta com cerca de 1200 volumes todos devidamente computadorizados.

Foram muitos os semi-naristas que por lá passa-ram e se tornaram líderes exponenciais na Baixada Fluminense. Destacamos o diácono e posteriormente pastor Simonildes Rocha, de saudosa memória, que foi também durante alguns anos Secretário Executivo da Riodourense. Mencionamos o notável pastor Ronaldo As-sis de Oliveira, atual Diretor Executivo da Belforroxense;

no mesmo patamar o pastor Isaias Alberici, Presidente da Associação.

Diante da necessidade da PIB de Belford Roxo de refor-mar e melhor equipar suas sa-las, onde desde 1996 estava funcionando o Seminário, foi estabelecido um acordo entre a Diretoria da Cooperativa e a direção da Igreja e no fim de 2011 aconteceu o culto de despedida e de gratidão do Seminário para com a PIB quando pregou o pastor Jairo Silvestre da Silva manifestan-do ao pastor Claudio Cortez Barroso o reconhecimento do Corpo Docente, da Diretoria da Cooperativa, representada pelo pastor Edson Pinheiro Pedersane e do Semimário, representado pela professora e pastora Silvia da Silva No-gueira, Diretora Acadêmica desde outubro de 2010.

É também oportuno dizer que o Seminário Teológico Batista de Belford Roxo está inscrito na Associação Brasi-leira de Instituições Batistas de Educação Teológica – ABIBET. Seu quadro docente através dos quase 16 anos de organização tem sido gran-demente privilegiado com nomes expressivos nas diver-sas áreas de atuação. E, com absoluta certeza afirmamos que na sua totalidade são eles oriundos de instituições batistas como os Seminários do Sul, do Norte, de Campos, de Niterói, da Faculdade Te-ológica de São Paulo e talvez do Seminário Equatorial.

No dia 26 de março aconte-ceu a aula inaugural quando falou a professora Rosemary Ferreira, Mestre em Educa-ção e Sociedade pela UFRJ; Mestre em Teologia pela IBS, EUA; professora nos níveis de Educação Básica, graduação e pós-graduação, no templo da Primeira Igreja Batista em Agostinho Porto (Ave-nida Eronides Martins, 588, Agostinho Porto, RJ (Telefone 2762-7397). Contato também pode ser feito pelo endereço eletrônico: [email protected].

Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

Rio + 2 e a participação dos batistas

Para saber mais sobre o evento acesse o portal da CBB: www.batistas.com

Se você tem um projeto ambiental na sua igreja ou conhece alguma igreja que faz este tipo de trabalho, nos envie um depoimento para ser compartilhado em o Jornal Batista. Conte sobre o projeto, qual o seu objetivo,

quem ele tem alcançado e envie e-mail com fotos para [email protected]. Esperamos a sua história!

Começo do Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

Pioneiros no Seminário Teológico Batista de Belford Roxo

Q

11o jornal batista – domingo, 01/04/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O trabalho missio-nário na Guiné Equatorial dá um grande passo com

a construção do templo da Igreja Batista Missionária em Bata, uma das cidades mais populosas do país. A obra começou em janeiro e tem avançado dia a dia. O traba-lho é considerado pioneiro, já que na localidade onde é desenvolvido, Nsagen I, não existe igreja evangélica. Neste campo desde julho de 2011, a missionária Maria Lucinalva Dias está à frente do projeto juntamente com um pastor local.

“Tudo começou pela fé e pelo trabalho de evangelismo. O Senhor foi salvando vidas, e hoje a igreja está formada, mas não temos onde colocar essas pessoas. Com o apoio dos batistas brasileiros, iniciamos o projeto para a construção do templo”, conta a missionária.

O templo terá capacidade para abrigar cerca de 200 pes-soas. Enquanto não fica pron-to, a missionária trabalha em células, o que tem alcançado muitas pessoas. Lucinalva tem o apoio de outra missioná-ria da JMM: Nely Soares de Souza.

Elas estão completamente envolvidas na obra, já que no mesmo terreno será construída uma unidade do PEPE (progra-ma socioeducativo promovido

pela JMM), que terá Lucinalva como responsável. No espaço também será erguido o Posto de Saúde da Família, que be-neficiará toda a comunidade. A missionária Nely estará à frente desta unidade de saúde.

Elas buscam parcerias para que o projeto continue em ascensão. Em fevereiro, o tra-balho recebeu a visita dos coordenadores da JMM para a África, os pastores Mayrinkelli-son Wanderley e Ruy Oliveira. A coordenadora internacional do PEPE, missionária Terezi-nha Candieiro, também esteve no país. Foram dois dias de conferência com a participa-ção de pastores locais e auto-ridades nas áreas de saúde e educação. Toda a missão foi apresentada.

As missionárias oram por parceiros dispostos a colaborar para que a obra seja concluída até o início de agosto, quando deverão começar as aulas do PEPE. Elas desejam que igrejas, empresários e irmãos brasilei-ros participem de mais esta grande missão, que é abençoar a Guiné Equatorial através de ações que manifestam Cristo, a paz que liberta.

“Temos certeza de que tudo o que compartilhamos é ape-nas o começo de uma nova história da nossa missão junto à população guinéu-equato-riana. Oramos para que Deus nos use como embaixadoras do seu Reino no cumprimento da Grande Comissão”, finaliza Maria Lucinalva.

Em época de Cam-panha Missionária, a Junta de Missões Mundiais (JMM) re-

cebe inúmeros pedidos para que missionários visitem igrejas e ajudem a despertar os crentes para a obra mis-sionária.

Se sua igreja deseja con-vidar um missionário, ela deve seguir algumas orien-tações do Setor de Promo-ção e Mobilização Missio-nária da JMM.

Para entrar em contato com Missões Mundiais e chamar um missionário, o promotor de Missões ou o pastor de sua igreja deve entrar em contato com o Setor de Promoção através do e-mail [email protected] e saber quem é o missionário mobilizador

mais próximo de sua região. O missionário mobilizador atuará como mediador entre sua igreja e a JMM.

Não há um tempo de-terminado de espera entre o primeiro contato com a JMM e o atendimento do pedido de visita do mis-sionário, mas o Setor de Promoção recomenda que, na época de Campanha, a solicitação seja feita a partir do mês de dezembro.

Esses pedidos de ida dos missionários às igrejas de-vem ser feitos por e-mail, que deve conter informa-ções como nome da igre-ja, data e horário da visita, nome e telefone do contato. Portanto, se sua igreja de-seja receber a visita de um missionário, escreva para a JMM.

Missões Mundiais faz história na Guiné Equatorial

Como receber um missionário da JMM na sua igreja

Visitas de missionários a igrejas e eventos movimentam Campanha da JMM. Na foto, Pr. Adilson Santos fala durante Acampamento de Promotores

Terreno Nsangen

Obra para construção do templo em Guiné Equatorial

12 o jornal batista – domingo, 01/04/12 notícias do brasil batista

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Dia 6 de março a Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira teve a

alegria de receber Policiais Militares de Engenheiro Co-elho, Artur Nogueira e Cos-mópolis e seus respectivos comandantes. Prestigiou o evento também o presidente do Conseg Artur Nogueira, senhor Renato Mancinelli, capelão Abel e o capitão Joel Rocha, presidente dos PMs de Cristo.

O pastor da PIB em Arthur Nogueira, Cleverson Pereira do Valle, deu início ao culto fazendo a composição da mesa e em seguida todos entoaram o Hino Nacional Brasileiro. A programação foi abrilhantada com uma

participação musical através de instrumentos de sopro e voz. Foi lido 1Timóteo 2 e Romanos 13 onde foi falado da importância de honrar as autoridades. O pastor enfa-tizou que os policiais são alvos da oração da Igreja.

A mensagem foi proclama-da pelo capitão pastor Joel Rocha, presidente dos PMs de Cristo, que afirmou a necessidade que temos de buscar a Deus.

O comandante subtenen-te Marcelo Ribeiro teste-

munhou do que Deus fez na sua vida e pediu oração por colegas enfermos. No encerramento cada policial recebeu um Novo Testa-mento de bolso e um livro de meditação diária per-sonalizado, chamado Pão

Diário. A PIB em Artur No-gueira, através do departa-mento feminino, preparou um delicioso café a todos os presentes. Louvamos a Deus por mais uma opor-tunidade de mostrar o amor de Cristo.

Policiais Militares são homenageados pela PIB em Arthur Nogueira

Pastor de PIB em Arthur Nogueira ora por policiais militaresHomenagem

MOBILIZAÇÃO PELA ÁGUA

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

O Dia Mundial da Água, comemo-rado em 22 de março, indica

que a realidade mostra fatos que sugerem mais preocu-pação do que comemora-ção. A nação que representa 20% da população mundial tem apenas 7% dos recur-sos hídricos. Cerca de 90% dos seus lençóis freáticos e 75% dos seus rios e lagos estão contaminados. Como resultado da poluição fora de controle neste país no Sul da Ásia, 700 milhões de pessoas consomem água contamina-da todos os dias. A maioria da população pertence às classes menos favorecidas, formada principalmente por camponeses.

A Junta de Missões Mun-diais luta diariamente para mudar esta realidade. Atra-vés do projeto Água para os Sedentos, a obra missioná-ria Batista tem beneficiado centenas de pessoas com o

tratamento da água naquele país, cujo nome não pode ser divulgado devido aos riscos à pregação do Evangelho. Conquistando a amizade e a confiança da população, os missionários de Missões Mundiais presentes naquele país demonstram o amor de Cristo a uma nação sedenta pela “Água da Vida”.

O coordenador do projeto, pastor Dawei, que também é engenheiro químico, lem-bra a passagem bíblica onde Jesus falou para uma mulher samaritana à beira de um poço: “Beba da água que lhe dou e nunca mais terá sede”.

Assim o projeto Água para os Sedentos tem sido a ma-nifestação do amor de Deus para um grupo de asiáticos. Por enquanto, o Água para os Sedentos é desenvolvido em apenas um país da Ásia. No entanto, ele tem tudo para virar um programa e chegar a outras nações. Já em maio, mais um país deverá ser be-neficiado. Missões Mundiais investe no projeto como uma oportunidade para anunciar Cristo aos sedentos.

Luciene FragaDepartamento de Ação Social – CBB

No dia 22 de mar-ço é comemora-do o dia mun-d i a l d a á g u a ,

esta que é um recurso es-sencial para a nossa vida, não só do homem, mas todos os outros seres que vivem em nosso planeta. Em Gênesis 2.6 lemos so-bre a criação do mundo, e percebemos a presença da água ali, antes mesmo da criação do homem: “uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo”, “e saía um rio do Éden para regar o jar-dim...”, Gênesis 2.10.

Sem água potável não há vida humana, não só por causa da nossa hidra-tação, mas por causa da produção de al imentos: “nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor Deus não f izera chover sobre a terra”, Gê-nesis 2.5. Deus tem este cuidado conosco e coloca

esta água disponível a nós, não só no Éden, mas até os dias de hoje: “os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios no ermo para dar de beber ao meu povo”, Isaías 43.20. Deus confiou ao homem o dever de cuidar do jar-dim criado por ele. Fomos criados como mordomos a fim de administrarmos a terra que a Ele pertence (Sal 24.1). Em 1 Coríntios 3.9 diz, “porque de Deus somos cooperadores; la-voura de Deus”.

Diante dis to, nos per-guntamos: como temos tratado a água, esta dádiva divina, essencial a nossa vida?

S e g u n d o e s t u d o s d a UNESCO o consumo de água aumenta duas vezes mais ao crescimento popu-lacional, trazendo consigo a eminência da escassez. E muito da água disponí-vel tem sido poluída por ações negligentes do ser humano.

Como mordomo de Deus, o que eu posso fazer para cuidar deste bem tão pre-cioso?

Evitar o desperdício da água é uma maneira prática de mostrar o nosso apreço e gratidão a Deus por este presente. Podemos lavar calçadas com água já utili-zada na lavagem de roupa; trocar torneiras que ficam pingando ou descargas va-zando e não tomar banhos demorados.

Uma maneira simples e muito eficiente de evitar a poluição da água é não derramar no ralo o óleo de cozinha utilizado, mas sim depositá-lo em um recipien-te e entregar a pessoas que o reciclam, ou mesmo iniciar um projeto de reciclagem do óleo para fazer sabão. E não somente isto! Vamos mobilizar os membros da nossa igreja, nossos amigos e familiares para fazerem o mesmo.

“Servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água” (Exôdo 23.24).

Missões Mundiais trabalha para levar água aos sedentos

Água, uma dádiva de Deus

13o jornal batista – domingo, 01/04/12notícias do brasil batista

Pastor Saulo Batista do Nascimento

Maria Marques Viana, AJMN, idade 72 anos, 40 anos mis-

sionária efetiva da Junta de Missões Nacionais. Nascida em São Francisco, região metropolitana da grande Be-lém, única alma convertida na tradicional família Viana. Missionária mesmo durante o período de férias, sem-pre retornava a terra natal para evangelizar familiares, tendo alegria de saber que seus pais partiram para a eternidade com Cristo no coração.

Professor Abimael Silva Martins conta que Maria Marques, carinhosamente chamada por “Marquita”, no início dos anos 70 sempre vencia adversidades para concluir formação teológica no STBE. Cheia de gratidão, Marquita recorda “anjos” de Deus que sempre lhe foi incentivo e apoio. Exemplo, dentre outros, o reitor na-

quela época, pastor Jussiê Gonçalves de Souza e sua esposa, professora Waldeli-ce Pinto de Souza.

Missionária efetiva por um período de 40 anos da JMN, plantou igrejas na Transa-mazônica, Marabá. Em Goi-ás frutificou em Porangatu, Santa Tereza, Uruacu, Mara Rosa, Itapaci, Abadiania e Anápolis. Nosso Manancial acusa seu aniversário de 73 anos no próximo dia 28 julho, sempre servindo ao Senhor.

Missionária “... sempre verdejante para anunciar que o Senhor é justo... “ (Sal 92.14), assim é Mar-quita, que a partir do dia 27 fevereiro, já utiliza dois coletivos diariamente, por um percurso de 22 km para plantar Igreja no Parque dos Pirineus, em Anápolis/Goiás. Sábado, 3 de março, Igreja Batista Israel em Aná-polis inaugura novíssimo local de culto, área 300², para abrigar os resultados do semear, regar e colher desta vida inspirativa.

Missionária: suas folhas nunca murcham

Também não deixe de contar para OJB o seu testemunho de conversão; ou o testemunho de vida íntegra, de acordo com o ensino da palavra de Deus; ou ainda conte como Deus tem agido através de alguma pessoa ou de alguma igreja. Mande seu testemunho para [email protected].

14 o jornal batista – domingo, 01/04/12 ponto de vista

Estava em Monte Dou-rado, Vale do Jari, com Meacir. Fui para lecionar para um gru-

po de trinta líderes com os quais passo três dias por mês. Ela me acompanha porque dá assistência a algumas se-nhoras, em Laranjal do Jari. A gente ainda zanza por Vitória do Jari e Munguba, conhe-ce os irmãos, papeia com eles, come bons peixes, e as-sim tem a vida enriquecida. Como programo meu tempo, fui trabalhar num livro de biografias bíblicas para ado-lescentes, acerto feito com uma editora evangélica. O personagem era André.

Analisei sua intervenção no episódio da multiplicação dos pães, porque queria mos-

trar como André trabalhava nos bastidores. Parei e pon-derei um fato: como se sentiu o rapaz que era dono do lan-che que alimentou cinco mil homens? Então o Espírito me guiou na reflexão sobre ele, e preparei um sermão com o título “Está aqui um rapaz” (João 6.9). Criei uma possí-vel conversa do rapaz com André, e mostrei os quatro estágios do possível diálogo, e anotei para pregar depois. Preguei-o no domingo passa-do. Reparto a ideia com meus possíveis leitores:

O ESTÁGIO DA SURPRE-SA - “ESPEREM AÍ! ESSE LAN-CHE É MEU!” – Minha mãe fez para mim. É para mim. Eu tenho que cuidar de mim, não dos outros. Jesus pode

dar outro jeito que não seja às minhas custas!

O ESTÁGIO DA PONDE-RAÇÃO - “SEJAMOS PRÁ-TICOS: MINHA POSSÍVEL DOAÇÃO NÃO FARÁ DI-FERENÇA!” – Pensem bem, rapazes: isso não fará dife-rença. É mais sensato eu não dar do que dar. É tão pouco o que tenho que tudo vai continuar como antes.

O ESTÁGIO DA RENDI-ÇÃO – “TOMA MEU LAN-CHE, SENHOR” – Eu preciso disso, mas entendo que o Senhor sabe cuidar melhor do que é meu. Toma meu lanche, Senhor!

O ESTÁGIO DA ADMIRA-ÇÃO - “ÊPA, NÃO É QUE DEU CERTO!”- Meu pouco alimentou muita gente e re-

cebi mais do que dei. Mas o mais importante: entrei para a história!

Bolei a conclusão nestes moldes: devemos imitar o anônimo rapaz, e dizer, com sinceridade, a Jesus: “Toma minha vida, Senhor. Toma minha carreira, Senhor. Toma meu tempo, Senhor. Toma minha família, Senhor. Toma meus bens, Senhor”.

Muitos de nós estamos in-diferentes à carência do mun-do, tanto material como espi-ritual. Em nossa igreja, convi-dei alguns irmãos para darem testemunho de por que são dizimistas. Um testemunho me deixou impressionado. A pessoa agradeceu a Deus porque tinha mais do que necessitava para viver, mas

não porque podia viver bem, e sim porque podia ajudar os outros. Era feliz ajudando os outros. É o dom carismático de “repartir” (Rom 12.8). Você já viu alguém fazer vigília de oração e jejuar para receber o dom do Espí-rito de repartir seu dinheiro? Quando ver, me avise para eu dar meus dados bancários à pessoa.

Que tal, meu irmão, dar seu lanche a Jesus? Não é seu dinheiro, que isto é se-cundário. Dê sua vida, bens, talentos, família, os filhos. Jesus sabe o que fazer com o seu lanche. Usará com grande poder e lhe devolverá mais do que você deu. Ele não quer os farelos, mas o seu lanche.

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15o jornal batista – domingo, 01/04/12ponto de vista

Pr. Anderson BarbosaMissionário em Altamira/Pa

“Portanto, vão e façam dis-cípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obe-decer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” Mat 28.19-20.

Certa vez ouvi uma frase que diz o se-guinte, “O proble-ma da igreja não

está na porta dos fundos, mas na porta de entrada” (Pastor Nilton Antonio de Souza, JMN). Quando pensamos em igreja imaginamos um belo templo, com muitos irmãos, grupo de músicos com vários tocadores de instrumentos, um coral com muitas vozes, pastores, diáconos, e vários departamentos como: EBD, MCA, UNIAD, Mensageiras do Rei, Embaixadores do Rei, União de Homens, e outras coisas mais. Dificilmente construímos em nossa mente uma igreja sem essa formata-ção e quando iniciamos um trabalho de evangelização em um determinado lugar trabalhamos para chegar a esse objetivo.

Primeiramente precisamos lembrar que “Igreja é uma congregação local de pesso-as regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igre-ja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento. Tais congregações são constituí-

das por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, ob-servarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho” (Declaração Doutrinária da CBB).

Também definimos como: “Uma igreja é um grupo de pessoas que se arrependeram de seus pecados e colocaram a sua confiança em Jesus Cristo como Salvador e Se-nhor, e imediatamente foram batizados por imersão. Essas pessoas começam a se reunir com singularidade como fa-mília de Deus. Têm um com-panheirismo na oração, no louvor e no estudo da Bíblia com o propósito definido de glorificar o nome de Cristo e estender o Reino de Deus na Terra. Isso é a igreja” (Charles Brock, livro “E Agora?”).

Aos 12 anos de idade me converti na Congregação Ba-tista no Córrego da Jacutinga, município de Água Doce do Norte no interior do Espírito Santo. Nessa congregação não havia tocadores, nem grupo de louvor, lembro--me de uma liturgia simples, quando era para louvar, to-dos louvavam, o grupo de louvor era toda a congre-gação. Alguns irmãos liam um texto da Bíblia, outros cantavam dueto, solo, tudo a capela.

Passaram-se vinte anos e eu retornei aquela congre-gação, a liturgia continuava a mesma, ainda não tem um tocador e nem um grupo de louvor, o que me sur-

preendeu foi o crescimento da congregação, encontrei alguns do meu tempo, mas fiquei feliz por ver que mui-tas pessoas novas aceitaram Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Uma das qualidades daquela pequena igreja do interior é o ensino. Naquela igreja fui doutrinado, lá fui ensinado que a Bíblia é a pa-lavra de Deus, fui batizado, me ensinaram que devemos evangelizar a todo tempo, me ensinaram que missões é o dever de todos que aceitam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

Precisamos conscientizar nossos irmãos sobre o ver-dadeiro sentido da igreja. Certo dia conversando com um adolescente da igreja, componente do grupo de louvor, batizado, frequente nos cultos por causa da sua função, porém não sabia ab-solutamente nada sobre a Bí-blia, somente que seu nome é o mesmo de um dos autores do evangelho. Os irmãos en-tram ano e passam ano sem nenhum aprofundamento na palavra de Deus. Hoje nossas igrejas não aceitam mais uma forma de trabalho que há vinte anos fazia a igreja cres-cer, que há cem anos fazia a igreja crescer, que há dois mil anos fez a igreja crescer.

A igreja primitiva tinha um princípio para o crescimento, “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.42). Sem ensino o conceito de igreja, e a forma-ção de igreja, fogem dos prin-cípios bíblicos. Quando Jesus

Cristo enviou seus discípulos a fazer outros discípulos, ele disse que eles deveriam ensinar os novos converti-dos. Muitas lideranças estão negligenciando a pregação e o ensino. Infelizmente, por esse motivo nossas igrejas estão cheias de “fiéis” sem convicção doutrinária e sem certeza de salvação.

Há muitas igrejas surgindo em nosso país, porém não está sendo por causa do en-sino dos apóstolos e nem por motivo de comunhão entre os irmãos, também não está sendo o acréscimo que o Se-nhor está fazendo. O motivo do surgimento dessas igrejas tem sido as brigas dos irmãos, desejo de exercer a primazia entre os outros, brigas por desvios doutrinários, coisas que são passíveis de exclusão por ser comportamento de pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. Esses são os elementos que tem feito com que organizem outras igrejas, sem conhecimento do que é de fato uma igreja, iniciada sem ensino, sem ca-pacidade de ensinar a outros e também, sem princípios de uma vida cristã como o povo da igreja no início tinha ao ponto da igreja cair na graça do povo.

O pastor Harold Segura Carmona, em seu livro, “Para que serve a Espiritualidade?” disse: “Devemos seguir a Cristo baseados no modelo do mestre, e não nas expec-tativas da igreja instituciona-lizada, nas ânsias de nossa religiosidade legalista ou nos desejos de autorrealização

humana”. A vida cristã só é possível através da comu-nhão com Cristo e com os irmãos. Quando Jesus Cristo trabalhou com seu pequeno grupo de discípulos forman-do neles o caráter cristão dis-se: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13.35). Depois de mos-trado na prática como viver, Jesus Cristo ordenou como fazer. Enquanto viverem faça discípulos, ensine através da prática, ame. Para ter uma vida cristã é necessário obe-decer a Cristo. É impossível ter uma vida cristã sem lei-tura da Palavra, sem oração, sem comunhão.

Certo dia conversando com um jovem de dezesseis anos viciado no álcool e outras drogas, disse para ele que ele precisava mudar aquela situação de dependência e escravidão na vida dele. Fa-lei do evangelho para toda a família, ele me disse que tem desejo de sair e de mudar de vida, se o pai dele também mudar, e afirmou, “estou seguindo o exemplo do meu pai”. Seu pai é dependente químico há dezessete anos, quase todo dia retorna bêba-do e drogado para casa. Ser Cristão é ser igual a Cristo, ser cristão é imitar o pai em tudo. Têm muitos “cristãos” que não fazem discípulos, não oram, não leem a Bíblia, não perdoa, não ama, não evangelizam, não querem ter comunhão com outros irmãos. Para termos uma vida cristã precisamos imitar a vida de Jesus Cristo.

IGREJA – ENSINO – VIDA CRISTÃ