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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 15 Domingo, 08.04.2012 R$ 3,20 A celebração da Páscoa vai além de um ritual, é o momento de reflexão. Só esta reflexão permitirá a necessária valorização consciente do sacrifício de Jesus na cruz. Para complementar uma iniciativa pessoal, esta edição de O Jornal Batista vem com diversos textos sobre o verdadeiro significado da Páscoa. (Páginas 2, 4, 5, 6, 15). Um evento organizado pelas duas agências missionárias da CBB: Missões Mundiais e Nacionais, o SIM, Todos Somos Vocacionados tem como objetivo refletir sobre o papel do cristão no mundo contemporâneo. É necessário recuperar o conceito bíblico de vocação/chamado para todo cristão, de glorificar a Deus em tudo. (Páginas 12 e 13). Valorizando a Páscoa Todos Somos Vocacionados A Juventude Batista Brasileira vem com o “Geração Desafio” para quem tem coragem de escalar a montanha do pecado e fincar a bandeira de Jesus no topo desta montanha. Nos dias 20 a 30 de julho, adolescentes de todo o Brasil estarão reunidos no Amapá para participar de um projeto missionário que irá evidenciar a sua coragem de caminhar na contramão do mundo moderno. Saiba mais e veja como participar na página 8. Um Desafio para a nova Geração

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1o jornal batista – domingo, 08/04/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 15 Domingo, 08.04.2012R$ 3,20

A celebração da Páscoa vai além de um ritual, é o momento de reflexão. Só esta reflexão permitirá a necessária valorização consciente do sacrifício de Jesus na cruz. Para complementar uma iniciativa pessoal, esta edição de O Jornal Batista vem com diversos textos sobre o verdadeiro significado da Páscoa. (Páginas 2, 4, 5, 6, 15).

Um evento organizado pelas duas agências missionárias da CBB: Missões Mundiais e Nacionais, o SIM, Todos Somos Vocacionados tem como objetivo refletir sobre o papel do cristão no mundo contemporâneo. É necessário recuperar o conceito bíblico de vocação/chamado para todo cristão, de glorificar a Deus em tudo. (Páginas 12 e 13).

Valorizando a Páscoa

Todos Somos Vocacionados

A Juventude Batista Brasileira vem com o “Geração Desafio” para quem tem coragem de escalar a montanha do pecado e fincar a bandeira de Jesus no topo desta montanha. Nos dias 20 a 30 de julho, adolescentes de todo o Brasil estarão reunidos no Amapá para participar de um projeto missionário que irá evidenciar a sua coragem de caminhar na contramão do mundo moderno. Saiba mais e veja como participar na página 8.

Um Desafio para a nova Geração

2 o jornal batista – domingo, 08/04/12 reflexão

E D I T O R I A L

“pare de sofrer” deixa de ser uma versão válida do “vinde a mim os cansados e oprimi-dos” e torna-se uma esperta jogada de marqueteiros da fé para lucrar em cima do de-sespero alheio. O Cristo que disse o “vinde a mim” é o mesmo que disse “tome a sua cruz”. O que fica aquém dis-so é de procedência maligna, por mais que as multidões acorram aos borbotões na direção dos que promovem este quase-evangelho.

Considerações desta natu-reza fazem pensar no quan-to a solidão de Jesus Cristo foi intensa nos momentos decisivos de sua paixão – e no quanto continua a sê-lo nessa nossa época de tantos desvarios em nome dele. Mesmo os discípulos do cír-culo imediato só depois da ressurreição foram entender a necessidade de seu sacrifício. Até então, oscilaram entre a fantasia da conquista política e o desalento de um projeto frustrado. O que temos hoje

so”. O cristianismo ufanista que tem prevalecido no país nos últimos tempos não dei-xa lugar para mais nada que não seja luz, cor, movimento e barulho – muito barulho.

Contudo, não há nem pode haver fé cristã legítima se a rota para a estação final da glória conquistada pelo Cris-to ressuscitado não levar an-tes à estação tenebrosa onde fez a escala da morte volun-tária o Cristo crucificado. A primazia de uma proposta teologicamente precária e espiritualmente estéril como a da prosperidade obrigató-ria é um sintoma claro da aversão votada por muitos ao evangelho pleno, do qual não se pode suprimir o so-frimento sem produzir uma lamentável distorção doutri-nária e prática. Sem o outro lado da moeda – definido com perfeição na sentença de Bonhoeffer no sentido de que quando Cristo chama alguém, ele o chama para vir e morrer – um mote como o

Por mais que se preci-se estar atento ao ris-co de um ritualismo vazio – e em geral,

hipócrita - relacionado ao cumprimento estrito do ca-lendário cristão, não se pode deixar de aproveitar as datas litúrgicas para refletir sobre o conteúdo dos eventos a que se referem. Mais do que isso, o momento é propício para se pensar sobre como a compreensão do significado destes eventos afeta a vida dos cristãos. Em tempos me-nos tresloucados, o período da Paixão de Cristo revestia--se de um caráter solene, em que a festa parava ao menos por alguns momentos, numa espécie de minuto de silên-cio observado com relativa reverência pelo conjunto da população do maior país católico do mundo. Hoje, como em tudo o mais, a di-tadura do mercado parece repetir o tempo todo um refrão do tipo “consumir é preciso, chorar não é preci-

a propósito é a caricatura de um evangelho mercado-lógico, exposto em loja de conveniências religiosas. Nele, é como se a entrega que o Filho de Deus faz de si mesmo à morte e ao inferno apenas o habilitasse a ser apresentado ao mundo como um produto descartável – especialmente quando chega a hora do “duro discurso” do envolvimento incondicional com ele, na vida e na morte.

Para os que, ao contrário do rei Midas, não contami-nam tudo com seu toque de egoísmo e ganância, o período da Paixão propicia a motivação e a atmosfera per-feitas para uma reflexão que revele em suas próprias vidas o sentido real da expressão “estar em Cristo”. Quem está com ele não escolhe lugar ou condições para usufruir des-sa graça, que se torna ainda maior quando, ao contrário do que se prega hoje, as for-ças do mal festejam a sua efêmera vitória.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Os crentes batistas e os dons espirituais

• Excelente a ideia do pas-tor Isaías Andrade Lins Filho com o artigo “Os crentes batistas e os dons espirituais” em O Jornal Batista, de 25 de março. Esse assunto é mesmo um tabu dentro da doutrina batista onde passamos por “crentes” que não damos va-zão à obra do Espírito Santo de Deus o que, obviamente, não é verdade. Nós, batista, temos a obrigação de expli-

carmos, à luz da Bíblia, o que entendemos e acreditamos a respeito do sobrenatural de Deus, através do seu Espírito Santo. Desta forma vejo, na série de estudos que virá, uma grande oportunidade para o povo de Deus en-tender melhor a doutrina batista com relação o mover de Deus em nossas vidas. E sendo assim, que o Espírito Santo de Deus nos abençoe!

Josafá Correia DiasCuricica – Jacarepaguá/RJ

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 08/04/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Uma ovelha segre-dou a outra que estava com sau-dades dos antigos

hinos do Cantor Cristão, que após a introdução dos cha-mados “grupos de louvor”, não eram mais cantados nos cultos. O Cantor Cristão ha-via sido abolido dos cultos pelo novo pastor, que tudo fazia para apagar a memó-ria dos antigos pastorados. Não é fácil desconsiderar a memória centenária do pas-sado. Especialmente quando nela estão inseridas vitórias, bênçãos, almas salvas, batis-tério que não ficava seco e a alegria que o culto a todos outorgava.

“Também estou com sauda-des”, confessou a outra ove-lha. “Mas eu canto em casa”. “Cante em casa”, sugeriu. A partir daí a ovelha saudosa começou a cantar os hinos que sabia de cor. Hinos que estavam guardados na memó-ria como tesouros preciosos. A alegria de cantar restituiu a alegria da salvação. “Por que não consigo memorizar os cânticos atuais? Embora os repita à saciedade, não consi-go lembrar a letra na segunda feira. Qual o motivo pastor?”.

“Os motivos da não me-morização daria uma tese de doutorado em música. Alguns volumes poderiam ser escritos e ainda ficaria matéria a ser pesquisada e estudada com dedicação”,

Izaquiel Rosa de MoraesPastor da PIB em Eng. Pequeno – SG/RJ

Em minhas leituras di-árias da Palavra de Deus, deparei -me com o texto de 1 Crô-

nicas 14.11, referindo-se as conquistas do Rei Davi que nos diz assim: “pelas mi-nhas mãos Deus derrotou os meus inimigos”. De imediato Deus pôs no meu coração o episódio de Ezequias em 2 Reis 19, onde observei um grande contraste entre ambos que passarei a narrar à luz da minha percepção.

respondi. Alguns, entre os muitos motivos, do porque da memorização dos hinos do Cantor Cristão e o porquê da não memorização com facilidade, dos atuais cânticos podem ser considerados:

Os cultos denominados antigos ou tradicionais tinham conteúdo. O prelúdio pelo coral, as leituras bíblicas, os hinos no decorrer do culto e outras partes formavam um bloco compacto. O culto ti-nha início, meio e fim. Todos os hinos estavam relacionados com a mensagem. Mesmo que o pregador fosse pre-guiçoso e fraco na oratória, o conjunto levava os partici-pantes a gravar as verdades transmitidas. Aliás, a letra de alguns hinos era a salvação para o auditório do pregador sem conteúdo. A música dos hinos, embora não repetiti-va, marcava o adorador. A mensagem poética dos hinos prenhe da boa doutrina, fala-va por si só. O crente saia do templo cantarolando os hinos. “Oh que mensagem cheia da compaixão de Deus...”, “Que consolação tem meu coração descansando no poder de Deus...”, “Em Jesus confiar...” e muitos outros ficavam mar-cados na memória. Era fácil lembrar do culto durante os dias da semana e cantarolar os hinos.

Música, sem necessidade de ferir tímpanos, ajudava na me-morização da letra. Entre as

Davi era corajoso, valente e destemido, o que o levou a se tornar temido e famoso. Quando os Filisteus vieram atacá-lo, convocou o seu exér-cito, consultou ao Senhor, teve a confirmação e partiu para a luta e foi mais uma vez, vitorioso. Não atribuiu a vitória só a ele, mas a Deus que usou suas mãos. Ele foi o instrumento de Deus.

No caso de Ezequias, quan-do atacado pelo Rei da As-síria e afrontado por suas palavras, reagiu totalmente ao contrário de Davi. Silen-ciou-se, ficou angustiado, temeroso, sentindo-se sem

muitas razões, estas explicam o porquê não se conseguia esquecer os hinos do último domingo. O alimento balan-ceado, rico em nutrientes espirituais alimentava a alma do salvo e lhe oferecia ânimo para prosseguir e testemunhar de Cristo. Em suma, culto era culto, nada mais do que culto. Ninguém se destacava na di-reção. O objetivo era a pessoa e glória de Jesus Cristo, jamais o “grupo de louvor”, o bateris-ta e o corpo de baile. O foco era a Palavra de Deus exposta em suas variadas formas de apresentação. Ninguém saia do templo precisando de um comprimido para mal estar e dor de cabeça.

No caso o culto denomi-nado “contemporâneo” a razão da não memorização é creditada a vários elementos cultivos. A ausência do púlpi-to em nome da melhor comu-nicação com o auditório. O pregador lidera o show e tem como função colocar o povo em pé e fazê-lo cantar. A ba-teria reina soberana no local do púlpito. O baterista, sem preparo musical, bate, não toca, o pobre instrumento, ul-trapassando todos os decibéis recomendados pelos otorri-nos. A maior parte do audi-tório bate palmas, mas não canta, marcando a cadência. O “grupo de louvor” com potentes microfones canta sozinho. Alguns poucos no auditório tentam repetir as

força para enfrentar o inimigo e saiu lamuriante ao encontro da Casa de Deus e pôs-se a orar, conclamando o povo não para a guerra bélica, mas a da oração.

Duas situações aparente-mente semelhantes, mas com táticas totalmente diferentes. Tanto Davi quanto Ezequias, foram dois reis ungidos ver-dadeiramente pelo Senhor, fiéis sérios, obedientes, zelo-sos pelo sagrado, Deus estava com eles, atendeu a ambos, mas cada um dentro da sua visão. Davi se mostra com um temperamento mais co-lérico. Ezequias mais fleumá-

letras desconexas, sem con-teúdo bíblico, com português errado, concordância despre-zada, verbos mal conjugados e heresias, as mais variadas. A salada tem tantos ingre-dientes, que a mente não consegue digerir, os instru-mentistas não se entendem. Alguns ainda tocam por cifras outros nem cifras conhecem. Cada um batuca do seu jeito. “Louvor” para ser louvor tem que ser repetitivo, creem os dirigentes. Mesmo repetido à exaustão, não consegue ser memorizado.

O expectador, no caso o salvo, “derruba os muros de Jericó”, “voa pelas monta-nhas”. Diz que “Jeová é ho-mem de guerra”, “Rompe em fé” (prefiro “se a fé por vezes falha...”), “Navega sobre as tempestades” (prefiro o grito de socorro de Pedro), e claro cai no deserto espiritual. Ator-doado com tanto barulho e faminto de íntima comunhão com Deus, não tem o que memorizar. Quando o “culto” está quase terminando é hora da mensagem. De preferência positivista, sem Bíblia, sem conteúdo, sem sequência hermenêutica, sem doutrinas, pois foi copiada da internet. Como a igreja não tem e não segue um programa de Edu-cação Religiosa definido, a cada culto vale a verborreia que nada constrói.

O salvo sai do templo tão atordoado que se recusa lem-

tico/melancólico tendente ao comportamento depressivo. Por isso sua opção em recuar.

Deus nos chama, voca-ciona, coloca sobre nossos ombros a obra e fica ao nosso lado para nos ajudar, pre-ferencialmente quando nos faltam forças, frente aos ata-ques do Inimigo, que vem de todos os lados e lugares até dos menos esperados. As táticas são nossas. Temos a capacidade de pensar, pla-nejar e liberdade para agir dentro da nossa visão e com as táticas que mais sabemos lidar e manejar. Davi nos deixa claro que sua espe-

brar do culto. Prefere ouvir os pregoeiros da televisão que pelo menos divertem o auditório com pseudos milagres e “palmas para Je-sus”. Coração vazio, mente faminta, alma desestruturada a tentar compreender o que fui fazer na igreja? Não tem o que cantar e contar. “Você entendeu o que o pregador quis dizer?”. “Não!”. “Nem eu!”. Qual a solução? Cante em casa os “velhos hinos” cujas mensagens perduram por toda a existência. Nunca ouvi alguém dizer “eu me converti ouvindo tal cântico”. Mas tenho ouvido centenas e centenas de irmãos a teste-munharem: “esse foi o hino da minha conversão”. “Morri, morri na cruz por ti; que fa-zes tu por mim?”. “Quando me dei conta estava lá na frente do auditório entregan-do minha vida a Jesus”.

Portanto cante em casa, no trabalho, com os amigos sal-vos, na rua, enquanto dirige no emaranhado do trânsito, ao aguardar ser atendido pelo médico. Cante aqueles hinos que estão gravados em sua memória. “Não sei por que de Deus o amor a mim se revelou...”, “mas eu sei em quem tenho crido...”. Não preciso implorar, como salvo, “entra na minha casa”, pois Cristo já adentrou a mi-nha alma. No dia em que convencido pelo Espírito Santo me salvou.

cialidade era as mãos para a luta. Mas Ezequias nos diz que sabia melhor lutar com os joelhos dobrados e o povo com ele na batalha invisível, silenciosa, sem derramar san-gue e sim lágrimas dos seus próprios olhos.

Muitas vezes nossa incapa-cidade de não usar as táticas dos outros podem nos levar ao sentimento de fracasso ou covardia. Mas cada um deve trabalhar, lutar e fazer a obra que Deus lhes confiou, den-tro da sua visão, limites e da maneira que melhor sabe e pode desempenhar. Cada um na sua especialidade.

Cante em casa

4 o jornal batista – domingo, 08/04/12 reflexão

Vilmar PaulichenPastor da PIB em Indaiatuba/SP

Abril é mês da Escola Bíblica. Essa escola pode ser dominical ou semanal; pode

ser no templo ou nos lares; pode usar revista ou somente a Bíblia. O que mais importa é que a Escola Bíblica conti-nue sendo “ferramenta” in-dispensável para transmitir o conhecimento de Deus, com oportunidade de crescimento espiritual aos participantes, e que impeça os ignorantes e instáveis na fé ensinarem o erro (2 Pedro 3.16) e mani-pular a liberdade dos santos na igreja (1 Pedro 5.3).

Dizemos que é Escola, porque nela somos estudan-tes do inesgotável conheci-mento bíblico. Estudamos a Palavra de Deus escrita a muito tempo, mas que é atual e imediatamente apli-cável aos problemas da vida. Nessa escola todas as faixas etárias querem aprender a Palavra de Deus. Deus quer que sejamos mestres (He-breus 5.12), mas ser mestre não significa saber tudo; o verdadeiro mestre é humilde para reconhecer que não é dono da verdade; o mestre é humildemente sábio (Fili-penses 2.3). Dizer que não há mais nada o que apren-der é sinal de ignorância (1 Coríntios 8.2). O mestre não é sábio porque sabe, mas porque foi e está sendo transformado pela sabedoria (Romanos 12.2).

Dizemos que é Escola Bíblica, porque a Bíblia é nossa única fonte do conhe-cimento. Revistas e livros

adicionais ratificam e confir-mam a Bíblia. Pela fé estamos convictos de que a Bíblia é a Verdade. Essa certeza é imutável. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática. Na Escola Bíblica formamos opinião à favor da Bíblia. O aprendizado na Escola Bíbli-ca é extremamente útil para ensinar quem está procuran-do a Verdade (João 8.32) para ter esperança (Colossenses 4.6; 1 Pedro 3.15).

A fé vem pelo ouvir (Ro-manos 10.17). Quem ouve a Bíblia (lê e medita) fortalece a fé. O método bíblico de falar e ouvir é insubstituível. Alunos sentados (em linha ou círculo) ouvindo a Bíblia estão dando uma contribui-ção significativa para a pró-pria fé. Mesmo com tantos incrementos tecnológicos, o melhor método sempre será falar-ouvir. A imagem visuali-zada passa (Tiago 1.24), mas a Palavra de Deus permanece (Lucas 24.6-8).

É Escola Bíblica e por isso tem professor. Tem que ser membro da igreja com dom de ensino. O professor bí-blico não se pega “à laço” no dia de eleger a diretoria; o reconhecimento do dom tem que ser consequência do conhecimento e testemunho pessoal já revelado. O mais importante não é preencher o cargo, mas verificar a com-petência de quem assume. Membro que assume cargo motivado pela omissão dos outros é o primeiro que cai quando a igreja enfrenta cri-se.

É loucura eleger professor bíblico pensando que o título produzirá a mudança. Um ótimo professor secular pode

ser péssimo professor bíblico. O ensino secular requer ta-lento; o ensino bíblico requer dom. Cabe a igreja saber diferenciar um do outro. É o Espírito Santo que dá o dom (1 Coríntios 12.11), mas a igreja deve provar quem diz ter o dom (1 João 4.1).

Na prática, ter dom de en-sino significa ter testemunho irrepreensível, ter vontade de ler a Bíblia sempre e não só na véspera da aula; significa estudar a Bíblia para aprofun-dar o conhecimento da lição; significa fazer o aluno pen-sar; significa ser sábio e não ser apenas óbvio; significa falar na Bíblia, e não falar da Bíblia; significa falar a verda-de sempre (2 Coríntios 13.8); significa ter vida espiritual por causa da Palavra que é viva (Hebreus 4.12).

O aluno deve valorizar a Escola Bíblica. Frequentá-la por obrigação é inútil. A Es-cola Bíblica não é uma escola secular. Na escola secular a frequência é obrigatória, na escola bíblica é voluntária; na escola secular busca-se a aprovação dos homens, na escola bíblica busca-se apro-vação de Deus; na escola se-cular o propósito é o mérito (diploma), na escola bíblica o propósito é gratidão (graça).

Valorize a Escola Bíblica. A ruína de um povo é a falta de conhecimento (Provérbios 29.18). Que a Escola Bíblica para os Batistas, receba tan-to destaque quando a obra missionária. O missionário “planta” a semente, mas quem “rega” é o professor bíblico. O crescimento vem de Deus, mas a semente do Evangelho tem que ser “re-gada”. A água é a Palavra

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Cristo é a nossa Páscoa

A culpa não é dos coelhinhos. Nem dos fabricantes dos ovos de chocolate.

O fato é que a festa, que tomou conta da cristandade ocidental, não tem nada do cristianismo bíblico. Caso entrevistássemos o Senhor sobre a descaracterização da Páscoa, certamente Ele repe-tiria, com muita tristeza, que “os filhos das trevas são mais sábios do que os filhos da luz”. Os “filhos das trevas” descobriram que o choco-late, por ser muito gostoso, tem um enorme potencial de viciar as pessoas. Que o digam os “chocólatras”. De modo que, com uma certa pi-tada de marketing desonesto, conseguiram transformar um evento histórico de transfor-mação e libertação em uma festinha infantilizada, na qual coelhos botam ovos e todos se empanturram do fruto do cacaueiro.

A missão dos anticristos é sempre a mesma. Andam à cata dos melhores símbolos do Reino de Deus, fingem que os respeitam e, depois, sem nenhuma dignidade ou escrúpulo, os paganizam.

O símbolo bíblico da Pás-coa é o cordeiro. O “Cor-deiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. O sig-nificado real, histórico, da Páscoa é restauração. É a resposta do homem, diante do convite de Deus. É a con-firmação do projeto divino de criar “filhos de Deus”, através do Filho Unigênito. Páscoa é a imanência da transcendência. A coisa é muito simples: se honrarmos o papel histórico do Cordei-ro de Deus, então não have-rá nenhum mal no degustar os deliciosos ovinhos de chocolate, nem será traição o brincarmos com aqueles simpáticos coelhinhos de pelúcia.

ABRIL - MÊS DA EBD

de Deus, e o “regador” é o professor.

Depois da teoria, vem a prática. A Escola Bíblica ensina viver glorificando o Senhor; ensina vencer tenta-ções; ensina conhecer as pró-prias fraquezas. As circuns-tâncias inesperadas, boas e ruins, são os exames práticos daquilo que aprendemos sobre perdão, paciência, mo-

deração, alegria, fidelidade, paz. Feliz quem pratica o que aprende (Tiago 1.21,22). O bom aluno da Escola Bíblica obedece pela fé. Vá à Escola Bíblia ouvir para obedecer tudo que Deus diz, pois seus pensamentos e caminhos são mais altos do que os nossos (Isaías 55.8-11). Os caminhos de Deus são infinitamente melhores.

5o jornal batista – domingo, 08/04/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Anderson BarbosaMissionário da JMN em Altamira/Pa

Olá sou o irmão “O”, quero fazer uma reclamação, fui tirado do títu-

lo desse texto, eu não deveria estar falando. Há muito tem-po perdi o direito de expres-sar na igreja, hoje meu lugar é entre as duas letras “N” e “S” da palavra “dons”. Vou confessar uma coisa para vocês, estamos passando por vários problemas aqui na igreja, os irmãos estão vi-vendo uma religiosidade em busca da satisfação pessoal, cada um tem seu conceito de igreja, por esse motivo vivem sempre em pé de guerra.

Tem um irmão chamado “Eu mando” que é um pro-blema sério aqui na igreja. Tudo tem que ser do jeito dele, se alguém tentar mu-dar alguma coisa ou dar ou-tra opinião contrária a dele acontece maior tumulto. Foi ele que me tirou da função que eu tinha na igreja e me colocou junto às irmãs “N” e a “S”.

O irmão “Eu sou mais ve-lho”, um dos fundadores da igreja também é um proble-ma, se acha o melhor de to-dos os santos, tudo que acon-tece na igreja ele intromete, para todos os departamentos ele dá palpite e ai de quem o contrariar. Ele disse que é zelo pela igreja, sempre fala do início da igreja, como foi difícil trabalhar, contribuir, estar todos os domingos ali, diz que investiu muito tempo e dinheiro e não vai permitir que esses novatos tenham o mesmo direito que ele tem.

Quando essa igreja come-çou, eu trabalhava muito jun-to com outros irmãos que já partiram para a glória. Depois de algum tempo fui colocado de lado, já não sou mais útil para a igreja assim como as irmãs “N” e a “S”.

A irmã “N” era uma pessoa dedicada, sempre atuante na evangelização, uma das res-ponsáveis pela organização de várias congregações que abrimos que se tornaram

igreja. Ela visitava hospitais, presídios, orfanatos, asilos, era uma mulher exemplar, sempre tinha uma pessoa nova na igreja fruto do seu trabalho de evangelização. Infelizmente, ela não pode mais trabalhar, está muito doente.

A irmã “S” coitadinha! A igreja esqueceu-se dela, está muito velhinha de cadeira de rodas, foi colocada de lado não serve mais para traba-lhar. Essa irmã mobilizava a igreja para fazer congressos, retiros espirituais, vigílias de oração, também era a promo-tora de missões da igreja. Era impressionante ouvir a irmã “S” falar, quando falava de missões movia o coração dos irmãos e nossas campanhas sempre ultrapassavam o alvo estabelecido pela igreja.

Um dia desses fui humilha-do pelo irmão “Eu adminis-tro”, fui falar sobre a possibi-lidade de fazermos uma cam-panha de oração pela nossa denominação e o avanço da evangelização e mobilização para os projetos sociais da nossa denominação, ele me tratou muito mau, disse para mim que eu não sei de nada se eu soubesse alguma coisa teria algum cargo e seria al-guém importante na igreja. Fiquei desestimulado, fui envergonhado na frente de vários irmãos que sorriram de mim.

O irmão “Eu conheço” veio falar comigo, pensei que ia trazer alguma palavra de conforto, mas na verdade ele só queria falar dos outros irmãos. Reclamei que nin-guém na igreja liga para os outros, ele me disse que já se acostumou e que isso não é de agora e que cada um deve cuidar de si mesmo e que conhecia todos os irmãos e não confiava em ninguém. Ainda me disse que o irmão “Eu disse” está formando um grupo na igreja contra o pastor e que esses irmãos vão mobilizar para fazer algumas mudanças na igreja, pois eles estão se sentindo inferioriza-dos na igreja.

Depois de ver e ouvir tudo o que estava acontecendo

na igreja fui conversar com o irmão “Eu sei de tudo”, falei sobre a necessidade de mudança, sobre a falta de relacionamento, falta de visão missionária, então o irmão me disse: “eu sei, é assim mesmo, um dia isso vai mudar”. Sinceramente, pensei em desistir, pensei em mudar para outra igreja, até conversei com o pastor de outra igreja, mas ele me disse que na igreja dele é assim também. Então decidi ficar, pelo menos na minha igreja eu sei quem é quem.

Depois de alguns anos para cá deixei de ter importância na igreja. Todos os irmãos desde o “Eu” mais novo, até o “Eu” mais velho, me tra-tam com desprezo. Bem, esses irmãos que falei são os que estão na direção da igreja, são os otimistas, há outros que não mencionei, os irmãos pessimistas, “Eu Não sei”, “Eu Não quero”, “Eu Não posso”, “Eu Não tenho tempo”, “Eu Não vou” e assim por diante. O que me entristece é que todos esses irmãos quando falam comi-go é apenas uma simples saudação.

Todos esses irmãos estão preocupados com uma coi-sa, a sua própria satisfação, quando oram querem seus próprios benefícios, todos focados em bens materiais. Minha função na igreja é me comunicar com o Se-nhor Deus e fazer com que o nome do Senhor seja exal-tado. Infelizmente, estou sendo usado só para mudar o sentido do corpo de Cris-to de “dons” para “donos”. Meu nome é “ORAÇÃO”. Espero que eu tenha valor na sua igreja e também na vida de cada irmão.

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” 2 Crôni-cas 7.14.

Faça parte da campanha 100 dias de oração que im-pactarão o Brasil.

A cruz de Jesus é o refúgio mais alto em que podemos nos abrigar. É na

cruz, ao nos sentirmos cru-cificados com Cristo pela fé, que somos despojados de toda a arrogância e auto-confiança para podermos ser amparados pela justiça, pelo poder, pela santidade e pela misericórdia de Deus. Nem no Sinai, o monte da lei, nem em Sião, o monte da adora-ção, podemos ter sequer um vislumbre da segurança que temos no monte do Calvário. Não há arrogância farisaica nem vaidade humana que possam resistir ao significado da cruz. A cruz denuncia a completa falência do po-der humano, do fracasso da religião institucionalizada, do vazio existencial e da morte, ao mesmo tempo em que proclama a grandeza do poder e do amor de Deus. Quando nos refugiamos no Cristo da cruz, estamos se-guros no poder soberano de Deus, pois é na cruz, mais do que em qualquer outro lugar da história do universo desde a eternidade, que Deus mos-tra a sua soberania absoluta sobre todos os valores, quer na relação cósmica, quer na relação espiritual. Na cruz somos amparados pela eter-na justiça de Deus, pois é no Calvário, ao oferecer seu Filho unigênito para apagar a culpa dos nossos peca-dos, que Deus mostra de um modo que a mente humana não pode alcançar, a perfei-ção eterna da sua justiça. É na cruz e somente através da cruz que podemos ser purificados pela eficácia do sangue ali vertido por Jesus. É na cruz que somos fasci-nados pelo amor insondável e pela inexaurível graça de Deus. Daí Paulo ter excla-mado: “Mas longe de mim esteja gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

Jesus declarou: “E eu, quan-do for levantado da terra, todos atrairei a mim”. Qual é a atração que Jesus exerce sobre sua alma? Que poder

tem em sua vida o chamado de Jesus? A cruz de Cristo exerce uma profunda atração sobre os pecadores para a salvação e tem também um tremendo fascínio sobre os salvos, para a santificação. Deus quer que todos os pe-cadores sejam salvos (1 Tim 2.4) e que todos os salvos sejam santos (1Tes 4.3). O sangue vertido por Jesus na cruz tem poder para lavar os pecados dos ímpios a fim de que eles sejam remidos, mas também tem poder para pu-rificar a alma dos salvos para que sejam santos. “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. João usa o termo kathartizei, limpa, purifica, no presente ativo do indicativo, que dá ao verbo purificar um sentido de continuidade: purifica conti-nuamente de todo pecado. Não é um ato instantâneo e único como o batismo, mas uma ação contínua. Somente deixaremos de ter neces-sidade de ser purificados dos nossos pecados quando deixarmos de pecar e isso só se dará na glória. Aqui nesta vida, porque já fomos salvos por Jesus, o atrativo da cruz é para a nossa santificação.

Para que a cruz de Jesus seja nosso mais alto e mais seguro refúgio, precisamos deixar morrer nossa natureza adâmica, o ‘homem pecado’ que há em nós e precisamos, em consequência, identi-ficar-nos com a santidade, o amor, a justiça de Deus que Cristo revela na cruz. Não se trata de um ritual como persignar-se, nem de uma adesão mental nem de uma impressão sentimental, mas de uma realidade vivi-da, experimentada, sofrida e exaltada em nosso viver: “Já estou crucificado com Cristo e vivo, não mais eu, mas Cris-to vive em mim” (Gál 2.20), essa é a expressão de que estamos livres, protegidos, abençoados por Deus por estarmos identificados com o Cristo da cruz. “Mas um dia senti meus pecados e vi so-bre mim o castigo da lei. Em Jesus me escondi, seu perdão recebi e refúgio seguro nele achei”.

6 o jornal batista – domingo, 08/04/12 reflexão

Zenilda Reggiani Cintra Pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

Como é bom perceber a presença das mu-lheres no clímax da missão de Jesus aqui

na terra. Lucas, de uma ma-neira singular, intercala a nar-ração do julgamento, morte e ressurreição de Jesus, pontu-ando a presença e a ação das mulheres. Não são mulheres quaisquer, mas aquelas que acompanhavam Jesus des-de a Galiléia (23.49): Maria Madalena, liberta de Satanás (Mar 16.9); Joana, curada de uma enfermidade (8.2); Maria de Cleopas e algumas outras. João cita ainda a presença da mãe de Jesus (19.25).

Tento imaginar como foi para cada uma delas, com toda a sensibilidade femini-na, estar lá e testemunhar, em primeira mão, o sofrimento do Mestre amado. Mesmo em meio a tanta tristeza, elas deixaram evidentes algumas características próprias das mulheres, que tanto abenço-am o Reino de Deus.

Primeiro, elas observa-ram. “... e as mulheres que também o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coi-sas” (Luc 23.49). Depois, acompanharam o seu corpo quando foi levado: “E as mulheres também seguiram e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo” (Luc 23.55).

Todos nós sabemos o final. Sabemos que Cristo ressusci-tou dentre os mortos, mas a ressurreição não tinha acon-tecido ainda e a dor destas mulheres era esmagadora. Podemos imaginar que, nas suas mentes, os sons e as ima-gens da crucificação pesavam fortemente. Elas tinham visto e ouvido tudo. As últimas pa-lavras de Cristo, “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Luc 23.46), ainda ecoavam em seus ouvidos.

Em segundo lugar, estas mulheres agiram (23.56). Elas prepararam as especiarias e o que era necessário para em-balsamar o corpo do Senhor. Deixaram passar o sábado e no domingo pela manhã foram ao sepulcro. Mas as

circunstâncias mudaram seus planos. O verso 24.4 diz que elas ficaram “muito perple-xas”, pois o túmulo estava vazio. Os dois anjos, como elas estavam com medo e curvaram seus rostos para a terra, disseram: “Por que vós buscais a vida entre os mor-tos? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Luc 24.5-7).

É maravilhoso o que acon-tece em seguida: elas não guardam só para si e procu-ram os discípulos, narran-do os acontecimentos, ain-da que eles não acreditem nelas, talvez porque eram mulheres. E foi a Maria Ma-dalena que Jesus primeiro apareceu após ressuscitar. Apesar das mulheres terem pouca influência na cultura

daquela época e nenhuma autoridade para falar sobre assuntos religiosos, Jesus deu a elas o papel de anun-ciar a outros a sua ressurrei-ção. Por quê? Talvez Jesus quisesse deixar bem claro que foi pelos pecados das mulheres e dos homens que ele morreu e que ambos têm o mesmo valor para ele.

Faz sentido perceber por que foram as mulheres que demonstraram o seu amor de maneira tão clara e ficaram aos pés da cruz de Cristo e depois acompanhando de perto o seu corpo, enquanto a maioria dos discípulos ho-mens fugiram para salvarem suas vidas. Elas tinham uma dívida de gratidão infinita, a mesma de todas nós. Aleluia!

Caminhos da Mulher de Deus

7o jornal batista – domingo, 08/04/12missões nacionais

Pastor Ivan Luís Ventura DutraCoordenador executivo da ASSIBASUM

“Então, o SENHOR me res-pondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a pos-sa ler o que correndo passa. Porque a visão é ainda para o tempo determinado... se tardar, espera-o, porque cer-tamente virá, não tardará... o justo, pela sua fé, viverá. Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR, como as águas cobrem o mar” Habacuque 2.2-4, 14.

O texto expresso pelo profeta Ha-bacuque reflete para nós batistas

o que foi realizado no Con-gresso de Igreja Multiplica-dora em Juiz de Fora. Nos vimos diante de uma grande responsabilidade divina de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cris-to com mais ousadia. Foi extraordinário o avivamen-to promovido pelo Espírito Santo em nós que participa-mos. Durante os três dias, as músicas, as orações, as mensagens, o amor, o en-volvimento, o ide de Jesus foi anunciado.

As mensagens ficaram gra-vadas em nossas mentes e corações. Ouvimos o pastor Fernando Brandão e sua equipe nos mostrando o

quanto Deus ama o mundo e o quanto Ele quer nos usar para esta tarefa.

Tivemos 2000 participa-ções pessoais ao longo des-te evento. Os cultos foram transmitidos pela internet alcançando pessoas que relataram que mesmo não participando do culto presen-cialmente, o fizeram em sua casa. Dentre os inscritos tive-mos 20 igrejas representadas da ASSIBASUM (Associação das Igrejas Batistas do Sudes-te de Minas), outras 4 igrejas batistas deste nosso Brasil, cerca de 35 pastores e 5 igre-jas de outras denominações.

Muitos batistas disseram que nunca participaram de um Congresso como este. Ainda ecoa nas igrejas de nossa região o quão mara-vilhoso foi participar deste Congresso de Igreja Mul-tiplicadora. Pastor Aloízio Penido, pastor titular da Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora, que recebeu o Congresso, expressa: “Meu desejo é que nossa Igreja se torne um Centro de Mis-sões, Evangelismo e disci-pulado”.

Para mim, como coorde-nador executivo da ASSIBA-SUM, digo que nós como

crentes batistas precisamos viver a maior visão que Deus nos confiou, a de fazer Mis-sões. Missões é a capacidade de utilizar todos os meios bíblicos possíveis para al-cançar a Missão. Portanto, este Congresso é uma ótima ferramenta para inflamar os nossos corações para ganhar o Brasil para Cristo. Já posso, pelos olhos da fé, ver igrejas se multiplicando.

Agradeço o esforço da Jun-ta de Missões Nacionais, especialmente aos nossos coordenadores, pastor Ger-son e Lizete Perruci; à Pri-meira Igreja Batista em Juiz

de Fora, sobretudo ao pastor Aloízio Penido e ao pastor Anderson Medeiros sem dei-xar de mencionar a coragem do pastor Bruno Melo, presi-dente da ASSIBASUM, que lutou para promoção deste evento.

Muitas pessoas foram es-senciais para a realização deste Congresso, mas houve uma pessoa que destaco como a mais importante para que este Congresso fosse possível. Destaco a pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sem ele nada seria relevante. Glória, pois a ele. Amém!

Congresso Igreja Multiplicadora“Um Grande Mover de Deus”

Líderes, pregadores, missionários e pastores em Juiz de Fora

8 o jornal batista – domingo, 08/04/12 notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação da JBB

Internet, Iphone, aplicati-vos, Google, podcast, re-des sociais: palavras que fazem parte do cotidiano

adolescente da geração Z. Essa faixa geracional de 12 a 19 anos nasce no boom da globalização externada através do mundo virtual, e a facilidade que eles têm de fazer tudo ao mesmo tempo é impressionante, gerações passadas não conseguem acompanhar. Enquanto fala ao celular, o adolescente está fazendo pesquisas no

Google, se conectando com milhares de pessoas por seus perfis em redes sociais e vendo vídeos e blogs sobre diversos assuntos. É uma geração inteiramente conec-tada com o mundo virtual e por vezes alheia ao mundo real.

Dentro dessa geração exis-tem adolescentes compro-metidos com o Reino, que sabem a que vieram neste mundo. Eles estão conec-tados a Deus e ao mundo, não renegam sua faixa etária e conseguem fazer isso ao mesmo tempo com maestria. Ao passo que o adolescente

não larga a interatividade da internet, eles aproveitam este espaço virtual para edificar seu relacionamento real com Deus, visitando blogs de as-suntos cristãos e até mesmo lendo e estudando a Bíblia online. É nessa vibe que de-safiamos essa geração agora!

A Juventude Batista Brasi-leira vem com o “Geração Desafio” para quem tem co-ragem de escalar a montanha do pecado e fincar a bandeira de Jesus no topo desta mon-tanha. Nos dias 20 a 30 de julho, adolescentes de todo o Brasil estarão reunidos no Amapá para participar de um

projeto missionário que irá evidenciar a sua coragem de caminhar na contramão do mundo moderno. Durante es-tes dias os voluntários partici-parão do treinamento prático e diversas ações no campo missionário. As inscrições estão no valor de 210 reais, sem transporte incluso, e po-derão participar adolescentes de 13 a 19 anos. Também po-derão participar profissionais da beleza e saúde, para dar suporte nas ações propostas.

Certamente sua igreja tem algum adolescente que pos-sua um coração apaixonado por missões. Incentive ele a

cumprir o seu ide e potencia-lizar sua vocação. O século XXI está só começando e já clama por pessoas que façam a diferença na sociedade. Esta é uma oportunidade do adolescente ter intensas experiências com Deus e fortalecer sua fé, através da prática do evangelho. Pas-tor, caminhe com ele; líder, capacite seu liderado; igreja, ore e contribua para aquele menino, que vocês viram crescer, seja um missionário competente. Adolescente, permita ser usado por Deus e se jogue neste desafio que é para quem tem coragem.

9o jornal batista – domingo, 08/04/12notícias do brasil batista

físicas. Por vezes encontra-mos tempo para consultar especialistas e colocamos mais fé em um exame de tecnologia de ponta, do que no meditar da palavra de Deus e tirar dela saúde. Fé e fidelidade estão extrema-mente imbricados com o tema saúde.

Em Atos 27 temos a situ-ação de grande tempesta-de no mar, onde Paulo fala aos que estavam no navio: “Agora comam alguma coisa por favor. Vocês precisam comer alguma coisa para continuar vivendo. Pois nin-guém vai perder nem mesmo um fio de cabelo. ... Então todos ficaram com coragem e comeram”. Por sua fé em Deus, Paulo levou os outros a sentirem coragem e toma-ram atitude em direção à vida. Confiantes em Deus, podemos ser esteio na nossa sociedade.

Saúde é atitude nas escolhas diárias

É um conhecimento cien-tífico bem difundido que alimentação saudável e exer-cício físico são essenciais à saúde. O número de pessoas com diabetes e hipertensão tem crescido, em grande par-te em decorrência da alimen-tação e sedentarismo que a vida moderna tem imposto. Mas será que a vida moderna

irmãos da liderança da PIB em Teresina participaram do culto. Após a assinatura do Termo de Parceria, pas-tores e diáconos presentes impuseram as mãos sobre o missionário Manoel Belo e sua esposa, Maria Odiva, comissionando-os para Santo Antônio dos Milagres. No culto da manhã, do dia 17 de março, foram batizados, pelo pastor Francisco Camelo, os três primeiros membros da nova congregação.

A PIB em Teresina levan-tou, entre seus membros, um grupo de trinta e dois irmãos como mantenedores da par-ceria firmada. Este grupo foi denominado “Da pobreza, riqueza”, com inspiração no texto bíblico de 2 Coríntios

pode realmente nos impor? No nosso dia a dia, contamos com o fruto do Espírito, o do-mínio próprio, para nos aju-dar nas escolhas alimentares e atividades físicas. Muitas vezes valorizamos mais duas horas esperando na fila de um posto de saúde do que 40 minutos de caminhada, dezenas de reais gastos em medicamentos do que em um esporte ou escolhas ali-mentares saudáveis. Que o Pai ajude a cada um de nós a dar lugar a seu Espírito também nestas coisas que parecem pequenas.

Saúde é atitude na hora das refeições

A hora da refeição é um mo-mento para estarmos cheios de gratidão a Deus pelo ali-mento. É hora de meditar nas inúmeras etapas e pessoas envolvidas para que aquela comida esteja à nossa frente. É hora de compartilhar com familiares e amigos este mo-mento de bênção. Talvez não seja a melhor escolha neste momento ligarmos a televi-são e assistirmos noticiários, que normalmente trazem ce-nas tristes e de violência, ou assistirmos cenas de brigas familiares em novelas. As pa-lavras suaves são saúde para os ossos (Provérbios 16.24). Vamos tomar uma atitude que traz saúde.

8.2c, que diz: “e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza”. Nosso desejo é que “a profunda

Convivendo com enfermidade

Por motivos diversos, mui-tos de nós convivemos com doenças crônicas e debilitan-tes, muitas vezes enfrentando tratamentos difíceis e demo-rados. Como lidar com isto? Da mesma forma, voltamos a Bíblia. Encontramos histórias de milagres, como recebeu o oficial romano em Mateus 8, que mediante a sua fé, Deus curou o seu servo. Ou-tras vezes, Deus nos permite passarmos ou mesmo convi-vermos com doenças sérias e crônicas, e o milagre que Ele realiza em nós não é o da cura daquela doença, mas o de nos dar força, conforto e mesmo alegria de viver diante das adversidades. Ele é o Deus da paz, a alegria do Senhor é a nossa força. Durante períodos difíceis de doença, as sábias palavras bíblicas sobre saúde nos fortalecem.

Alegres e bonitos – a atitude correta

Adorar a Deus nos traz ale-gria (Neemias 12.43). O cora-ção alegre aformoseia o rosto (Provérbios 15.13).

Seja orando pelos gover-nantes e executores na área da saúde, seja cuidando da nossa saúde e da dos nossos, vamos mostrar ao mundo que somos alegres e formosos pois servimos ao Senhor.

pobreza” daquela gente se transforme, pelo poder de Cristo Jesus, em “grande ri-queza” para o reino de Deus.

gripe e uma comida que não caiu bem. Alguns convivem com doença crônica de maior ou menor gravidade. Vem a pergunta: temos saúde? E o que vem a ser saúde? Existem muitas definições de saúde, então vou arriscar mais uma: Saúde é atitude!

A Bíblia traz conselhos que levam a saúde, não só a indi-vidual, mas também coletiva: “Não abandone a sabedoria, e ela protegerá você”, “os con-selhos são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo”, “a língua dos sá-bios é saúde”, “o embaixador fiel é saúde.” Provérbios 4.6, 4.22, 12.18 e 13.17.

A sabedoria nos protege de acidentes. Acidentes de trânsito, de trabalho e do-mésticos impedem milhares de pessoas de trabalhar, ab-sorvendo recursos públicos e individuais que poderiam ser utilizados em atividades mais produtivas.

Um outro exemplo: Fide-lidade! No casamento, nas finanças, nas amizades e a fidelidade a Deus traz saúde. Pensando nos dez manda-mentos, quanta ansiedade e noites em claro são causadas por aqueles que decidem vi-ver em adultério, ou roubar, ou entrar em dívida? Sabe-mos que estas preocupações acarretam inúmeras doenças

das escolas. Ainda segundo o pastor Regis, no trabalho de visitação, a resposta unânime em todas as casas à pergun-ta: “Do que você tem mais necessidade?” é: “De tudo”. Esperamos que uma igreja Batista na cidade faça dife-rença neste tremendo vazio que sente a população.

No domingo, 18 de mar-ço, em culto solene de co-memoração aos 20 anos de organização da Igreja Batista Emanuel, o pastor Ozeas de Paulo Camelo, pastor da igre-ja, e o pastor Gilvan Barbosa, pastor da PIB em Teresina, assinaram o convênio de parceria missionária para a cidade de Santo Antônio dos Milagres. Além do pas-tor Gilvan Barbosa, nove

Suzana de Azevedo GreenwoodEnfermeira, especialista em Educação em SaúdeDepartamento de Ação Social CBB

Saúde – uma atitude

Dia 7 de abril é co-memorado o Dia Internacional da Saúde. Temos o

que celebrar! O IBGE diz que a expectativa de vida do bra-sileiro subiu de 42 anos em 1940 para 73 anos em 2010. Neste mês a primeira meta do Objetivo Do Milênio (ODM) foi alcançada: foi proporciona-do água potável para a metade da população que não tinha acesso a este bem quando os ODM foram estabelecidos. Esta ação sozinha significa um acréscimo em saúde para milhares de pessoas.

Políticas de saúde nacio-nais e internacionais apontam prioridades e caminhos para levar saúde à população. Es-tas políticas afetam a todos nós. Como cristãos, devemos pedir ao Pai, que dê sabedo-ria e temor aos que ditam e executam as leis, para que as decisões conducentes a saúde sejam escritas e imple-mentadas.E a nossa saúde, como vai?Quase todos já ficamos de

cama por conta de uma boa

Gilvan Barbosa SobrinhoPastor da PIB em Teresina, PI

Os Batistas piauien-s e s m a r c h a m firmes rumo ao alvo de plantar

uma congregação em cada cidade do Estado. No último dia 18 de março, na cidade de Floriano, foi firmada uma parceria entre as igrejas, Pri-meira de Teresina e Igreja Batista Emanuel, de Floriano, para sustento do obreiro e apoio à Congregação inicia-da na cidade de Santo Antô-nio dos Milagres.

Santo Antônio dos Milagres fica a 119 Km de Teresina, na região do Médio Parnaíba, limitando-se com São Gonça-lo, Jardim do Mulato e Angi-cal. A população é de 2.058 habitantes. A cidade tem as tristes estatísticas de mais po-bre do estado, com 74,35% dependentes do “Bolsa Fa-mília”, e de menor PIB do Brasil. Segundo o pastor Re-gis Oliveira, presidente da ONG Paixão Pela Vida, e que atualmente desenvolve um trabalho de pesquisa social na cidade, falta inclusive a alimentação para as crianças

Saúde acrescenta vida aos anos

Comissionamento no Piauí

Pr Gilvan Barbosa, missionário Manoel Belo e pr. Ozeas Camelo

Grupo de mantenedores em culto na PIB em Teresina

Oração de comissionamento do missionário Manoel Belo

10 o jornal batista – domingo, 08/04/12 notícias do brasil batista

Secretário: Pr. Adozino NetoSecretário Correspondente: Pr. Virgílio FariaTesoureiro: Pr. Joaquim Rosa

Hoje, a Juberj, com sua diretoria, secretário geral e seu conselho, promove o trabalho com adolescentes e jovens nas 39 associações que são cooperadoras da CBF. Promovemos congres-sos, cursos de lideranças, projetos missionários, confe-rencias universitárias, fórum de políticas públicas para ju-ventude, Festa da Primavera e tantas outras atividades que visam fortalecer nossos jo-vens no caminho do Senhor e sinalizar o reino a tantos

outros adolescentes e jovens que ainda não tiveram um encontro com Jesus.

Para conhecer tudo que a Juberj tem feito acesse nosso site www.juberj.com.br.

instituição reconhecida pela Convenção Batista Fluminen-se tem 37 anos de existência, mas o trabalho de juventude no campo fluminense tem 88 anos, em 2014 completare-mos 90 anos servindo ao Se-nhor. O trabalho da então As-sociação de Mocidade Batista Fluminense teve seu início no dia 2 de maio de 1924, na PIB em Valença, por ocasião da 18a Assembleia da Con-venção Batista Fluminense. A primeira diretoria da AMBF foi composta assim:Presidente: Pr. Alberto Por-telaVice-Presidente: Pr. Fidélis Morales Bentancor

Magno Macedo - Presidente da JuberjPr. Felipe de Oliveira – Secretário geral da Juberj

No dia 17 de mar-ço, na Primeira Igreja Batista em Itaperuna, região

norte do estado do Rio de Ja-neiro, aconteceu o 37° ani-versário da Juberj (Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro). A celebração acon-teceu as 19h30, mas durante todo dia a Juberj promoveu o “Vira Adolescentes”, que é um curso de capacitação para líderes de adolescentes, tivemos a participação de vários líderes de todo canto do Estado para participar do curso.

Durante a noite, o culto foi dirigido pelo presidente da Juberj, Magno Macedo, tivemos as participações na música com Hugo Viana, e a Banda Paralelo 3 trazendo o louvor da noite. Aconteceu também o lançamento dos Congressos: Juventude Ativa e CONABERJ, a mensagem ficou por conta do pastor Márcio Antunes da PIB em Santo Antônio de Pádua, que trouxe uma mensagem maravilhosa aos nossos co-rações. O secretário geral da Juberj, pastor Felipe Silva de Oliveira, após um momento de oração trouxe um breve histórico da Juberj.

A Juventude Batista do Es-tado do Rio de Janeiro, como

Comemora 37 anos

Diretoria da Juberj celebra mais um aniversário

Diretoria, secretário geral e seu conselho oram pelos jovens do estado do Rio de Janeiro

UM CONGRESSO PARA PENSAR E VIVER O VERDADEIRO SENTIDO DA VOCAÇÃO.

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11o jornal batista – domingo, 08/04/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

As missionárias Ve-ralucia Rocha e Gabriele Santos anunciam Cristo,

a paz que liberta, no Mali, país situado na África Oci-dental e que sofreu um gol-pe de Estado comandado por militares em março.

“Es tamos seguindo as orientações da Embaixada do Brasil. A situação ainda é incerta”, contou Veralucia, que está em contato direto com a Gerência de Missões Mundiais, que acompanha diariamente a situação no Mali.

“A missionária Veralucia está segura na casa dela”, relata a missionária Gabrie-le, que viu casas próximas ao apartamento onde mora serem atacadas. Ela chegou a ficar isolada na casa de vizinhos do prédio, pois não tinha como sair de lá. Gabriele, que estava com viagem marcada para o Bra-sil, não conseguiu embar-car porque o aeroporto de Bamaco, capital do país,

e o espaço aéreo do Mali estavam fechados.

A crise no Mali começou em janeiro, quando rebel-des tuaregues pegaram em armas e entraram em conflito contra o governo para lutar pela independência do norte do país para a instalação de uma república islâmica.

No dia 22 de março, sol-dados anunciaram pela TV estatal a tomada do poder no Mali, a suspensão da Constituição e a instalação de um novo governo.

A junta de militares alega que a campanha contra os rebeldes estava sendo mal conduzida pelo governo do

presidente Amadou Touma-ni Touré, que não estaria fornecendo armas, munição e suprimentos para os solda-dos. O conflito fez com que milhares de pessoas deixas-sem o Mali em direção a países vizinhos.

Por causa do conflito, as missionárias pedem que os

crentes brasileiros clamem ao Senhor por proteção para o povo do Mali.

“ Q u e r e m o s d e s a f i a r você a s e j un t a r a nós aqui no Mali através de suas orações , para que possamos aliviar o sofri-mento desse povo”, diz Veralucia.

Redação de Missões Mundiais

Muitos têm con-tribuído com o trabalho de Mis-sões Mundiais

como voluntários nos cam-pos. Essa é uma ajuda impor-tante, que faz diferença na vida de quem vai e de quem atua nos campos visitados. Para a glória de Deus, irmãos têm separado um período, especialmente nas férias, para doar à obra missionária mundial.

Vânia Maria da Silva Ribas, membro da PIB de Madu-reira, Rio de Janeiro, esteve no Norte da África de 11 de janeiro a 11 de fevereiro apoiando o casal missioná-rio Natã e Ester. Segundo ela, o versículo “Quem me serve precisa seguir-me; e onde estou, o meu servo também estará” (João 12.26) a despertou. “Este foi o texto bíblico que o Senhor falou ao meu coração em todo o processo de preparação e permanência no Norte da África”, afirma.

Vânia sentiu o cuidado de Deus na preparação da viagem missionária ao Norte da África desde a compra das passagens até o levanta-mento de todo o sustento em uma semana. “Com o passa-porte e o visto também vi a provisão de Deus, ou seja, no período de duas semanas tudo isso estava organizado e encaminhado”, diz a vo-luntária.

No contexto muçulmano, o relacionamento é a base para se compartilhar a fé cristã. Vânia esteve em um

campo de refugiados onde visitou uma jovem senhora cristã, porém seu marido era muçulmano e não queria ou-vir falar do Evangelho. Vânia foi à casa daquele jovem, orou com ele e passou-lhe alguns exercícios fisiotera-pêuticos para seu joelho; assim pôde compartilhar um pouco de sua fé. Ao final ela teve a alegria de ouvi-lo dizer: “Irei pensar em tudo o que você falou para mim”. Este foi um momento muito emocionante para a voluntá-ria. Além disso, Vânia esteve

numa clínica de voluntários, atendendo crianças e adul-tos; visitou outros nativos em suas casas e pôde tratá-los.

“Não só por palavras po-demos expressar o amor e o Evangelho de Cristo, mas demonstrar, através de ações e atitudes, a luz de Cristo. Que possamos viver intensamente cada momen-to da nossa vida no centro da vontade de Deus, pois é boa, perfeita e agradável. Que Deus nos abençoe e nos leve onde Ele está agin-do”, conclui Vânia.

Uma voluntária no Norte da África

Missionárias contam como está a situação no Mali

Gabriele Santos Veralucia Rocha

12 o jornal batista – domingo, 08/04/12 notícias do brasil batista

Não deixe sua igreja de fora do que Deus está fazendo no mundo!Redação de Missões Mundiais

Estão abertas as inscrições para o evento mais esperado do ano: SIM, Todos Somos Vocacionados - um evento organizado pelas duas agên-

cias missionárias da CBB: Missões Mundiais e Nacionais.

O SIM, Todos Somos Vocacionados tem como objetivo refletir sobre o papel do cris-tão no mundo contemporâneo. É necessário recuperar o conceito bíblico de vocação/chamado para todo cristão: de glorificar a Deus em tudo o que fazemos e somos, onde quer que estejamos.

O tema vocação será abordado por gran-des preletores como a missionária Analzira Nascimento (JMM), além dos pastores Ed René Kivitz (IBAB), Michel Piragine (PIB--Curitiba), Fernando Brandão (JMN), Pedrão (CB Rio), Humberto (Cristolândia, JMN), Marcos Grava (JMM), Jarbas Ferreira (IBAB), Adilson Santos (JMM) e o cantor e minis-tro de adoração Fernandinho (SIB Campos). Missionários da JMM e da JMN também participarão desse congresso que vai mar-car 2012 no calendário de nossas igrejas.

Incentive sua igreja a enviar jovens e adolescentes ao congresso que acontecerá de 7 a 10 de junho na Estância Árvore da Vida (Sumaré, SP).

As inscrições estarão abertas até o dia 31 de maio e somente podem ser efetua-das pela internet, através da página oficial do congresso: facebook.com/SIMTSV.

A programação inclui manhãs com re-flexões bíblicas conduzidas por Ed René e Pedrão seguidas de reuniões em grupos pe-quenos. Noites inspirativas com louvor mi-nistrado por Fenandinho e palavras de de-safio apresentadas por Fernando Brandão, Adilson Santos e Michel Piragine.

As tardes serão um tempo agradável de reflexão sobre vocação, dons, oportunida-des de servir e atitude em uma programa-ção realizada em tendas temáticas.

Pastor, Incentive os jovens de sua igreja a participarem do congresso!

Divulgue o SIM na sua igreja. O SIM promoverá uma grande conscientização sobre COMPROMISSO, frutificando crentes mais

engajados com a obra de Deus, não apenas nos campos missionários, mas no cotidiano das famílias e igrejas.

Incentive sua igreja a apoiar financeiramente aqueles com menos recursos financeiros para que

não fiquem de fora.

PROVARA tenda PROVAR, conduzida por Marcos Grava (JMM) e Nilton Souza (JMN) tratará de vocação e voluntariado, apresentando ferramentas e oportunidades para a realiza-ção do serviço voluntário.

MOVERA tenda MOVER tratará de vocação e decisão e apresentará de forma criativa e prática como se envolver com as agências missionárias batis-

ESCUTARA tenda ESCUTAR contará com um espaço de oração 24 horas, durante todo o congresso.

A tenda FALAR, conduzida por Analzira e Jar-bas, abordará a questão dos dons espirituais e do chamado universal do cristão para servir a Cristo onde estiver. Servir a Cristo com os dons da graça de Deus significa entregar ao Senhor suas habilidades, aptidões e tudo que Deus concedeu ao nos fazer seres únicos.

FALAR

A tenda SENTIR apresentará o tema voca-ção e arte, relacionando o uso e a experi-ência da vocação individual artística como forma de refletir o Reino de Deus. Será conduzida pela PIB Curitiba e contará com o apoio da coordenação de Vanessa Costa (JMN) e Fabiano Pereira (JMM).

SENTIR

“Carreira e vocação podem ser coisas diferentes. Nem sempre o que fazemos traz realização e nos deixa felizes. Nem sempre somos o que fazemos, embora a mídia nos bombardeie com este tipo de afirmativa. Precisamos descobrir nossa vocação e participar do projeto de Deus para a humanidade com nossas capacidades, habilidades e especialidades.

É possível servir como médico num campo missionário no meio da África, mas também em um grande centro urbano, vivendo um estilo de vida missional – tudo é transitório e enquanto estivermos vivos, devemos fazer tudo para a Glória de Deus.”

Missionária Analzira Nascimento (JMM)

INFO

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13o jornal batista – domingo, 08/04/12notícias do brasil batista

Não deixe sua igreja de fora do que Deus está fazendo no mundo!Redação de Missões Mundiais

Estão abertas as inscrições para o evento mais esperado do ano: SIM, Todos Somos Vocacionados - um evento organizado pelas duas agên-

cias missionárias da CBB: Missões Mundiais e Nacionais.

O SIM, Todos Somos Vocacionados tem como objetivo refletir sobre o papel do cris-tão no mundo contemporâneo. É necessário recuperar o conceito bíblico de vocação/chamado para todo cristão: de glorificar a Deus em tudo o que fazemos e somos, onde quer que estejamos.

O tema vocação será abordado por gran-des preletores como a missionária Analzira Nascimento (JMM), além dos pastores Ed René Kivitz (IBAB), Michel Piragine (PIB--Curitiba), Fernando Brandão (JMN), Pedrão (CB Rio), Humberto (Cristolândia, JMN), Marcos Grava (JMM), Jarbas Ferreira (IBAB), Adilson Santos (JMM) e o cantor e minis-tro de adoração Fernandinho (SIB Campos). Missionários da JMM e da JMN também participarão desse congresso que vai mar-car 2012 no calendário de nossas igrejas.

Incentive sua igreja a enviar jovens e adolescentes ao congresso que acontecerá de 7 a 10 de junho na Estância Árvore da Vida (Sumaré, SP).

As inscrições estarão abertas até o dia 31 de maio e somente podem ser efetua-das pela internet, através da página oficial do congresso: facebook.com/SIMTSV.

A programação inclui manhãs com re-flexões bíblicas conduzidas por Ed René e Pedrão seguidas de reuniões em grupos pe-quenos. Noites inspirativas com louvor mi-nistrado por Fenandinho e palavras de de-safio apresentadas por Fernando Brandão, Adilson Santos e Michel Piragine.

As tardes serão um tempo agradável de reflexão sobre vocação, dons, oportunida-des de servir e atitude em uma programa-ção realizada em tendas temáticas.

Pastor, Incentive os jovens de sua igreja a participarem do congresso!

Divulgue o SIM na sua igreja. O SIM promoverá uma grande conscientização sobre COMPROMISSO, frutificando crentes mais

engajados com a obra de Deus, não apenas nos campos missionários, mas no cotidiano das famílias e igrejas.

Incentive sua igreja a apoiar financeiramente aqueles com menos recursos financeiros para que

não fiquem de fora.

PROVARA tenda PROVAR, conduzida por Marcos Grava (JMM) e Nilton Souza (JMN) tratará de vocação e voluntariado, apresentando ferramentas e oportunidades para a realiza-ção do serviço voluntário.

MOVERA tenda MOVER tratará de vocação e decisão e apresentará de forma criativa e prática como se envolver com as agências missionárias batis-

ESCUTARA tenda ESCUTAR contará com um espaço de oração 24 horas, durante todo o congresso.

A tenda FALAR, conduzida por Analzira e Jar-bas, abordará a questão dos dons espirituais e do chamado universal do cristão para servir a Cristo onde estiver. Servir a Cristo com os dons da graça de Deus significa entregar ao Senhor suas habilidades, aptidões e tudo que Deus concedeu ao nos fazer seres únicos.

FALAR

A tenda SENTIR apresentará o tema voca-ção e arte, relacionando o uso e a experi-ência da vocação individual artística como forma de refletir o Reino de Deus. Será conduzida pela PIB Curitiba e contará com o apoio da coordenação de Vanessa Costa (JMN) e Fabiano Pereira (JMM).

SENTIR

“Carreira e vocação podem ser coisas diferentes. Nem sempre o que fazemos traz realização e nos deixa felizes. Nem sempre somos o que fazemos, embora a mídia nos bombardeie com este tipo de afirmativa. Precisamos descobrir nossa vocação e participar do projeto de Deus para a humanidade com nossas capacidades, habilidades e especialidades.

É possível servir como médico num campo missionário no meio da África, mas também em um grande centro urbano, vivendo um estilo de vida missional – tudo é transitório e enquanto estivermos vivos, devemos fazer tudo para a Glória de Deus.”

Missionária Analzira Nascimento (JMM)

14 o jornal batista – domingo, 08/04/12 ponto de vista

uando, em ja-neiro de 2005, a Assembleia da CBB no Rio de

Janeiro decidiu a extinção da JUERP, a Comissão de Educação Religiosa do Con-selho Geral da CBB ficou encarregada em estudar um novo plano de educação re-ligiosa visando dar às igrejas um novo momento para esta tão importante área da vida denominacional. A Comis-são logo percebeu o tama-nho da responsabilidade e comunicou ao Conselho Geral a necessidade em se manter o funcionamento normal da oferta do currícu-lo e da literatura às igrejas, pois, entendia a Comissão, que era necessário um tra-balho profundo de estudos e descobertas que deman-daria tempo maior do que o esperado.

Como desenvolver um novo plano de educação re-ligiosa para cerca de 10 mil comunidades (entre igrejas, congregações e frentes mis-sionárias)? Antes de tudo a Comissão entendeu que de-veria fazer um levantamento entre as igrejas e líderes para conhecer o perfil do que existia em termos do traba-lho na educação religiosa, além de levantar as necessi-dades das igrejas. Assim, foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa entre as igrejas batistas, com resposta de quase 10%, representando cerca de 170 mil membros de igrejas batistas, mas tam-bém foi feita uma pesquisa qualitativa com 95 líderes batistas, com resposta de 18%. Apurados os resulta-dos a Comissão tomou co-nhecimento que de fato era necessário um “repensar” a

educação religiosa batista no Brasil e assim surgiu a ideia de se criar um plano de edu-cação religiosa que pudesse contemplar as necessidades das igrejas em seus mais va-riados contextos.

Depois da Comissão a nova estrutura da CBB criou o Co-mitê de Educação Religiosa e, depois de um tempo de trabalho com educadores e especialistas em educação surgiu o Plano Diretor de Educação Religiosa (PDER) que foi aprovado pelo Conse-lho Geral da CBB em sua as-sembleia de agosto passado.

Algumas dificuldades fo-ram avaliadas e precisaram ser enfrentadas na busca de soluções. Vejamos algumas delas:

Normalmente quando se fala em educação religiosa logo pensamos em currículo, literatura, estrutura, EBD, programas, um edifício, sa-las de aula, etc, mas nem sempre na educação como educação;

Normalmente cada igreja depende da literatura e do currículo que a Convenção envia para ser seguido tri-mestralmente e, nem sem-pre os temas, o conteúdo e formato das lições aten-dem o perfil e necessidade das igrejas. É o que pode-mos chamar de currículo de abrangência nacional;

Ainda que a CBB (JUERP) envie uma brochura trimes-tral para as igrejas informan-do o currículo e os temas a serem tratados, tenho notado (perguntando em Congressos e fóruns de educação reli-giosa em diversas partes do Brasil) que a grande maioria de pastores e educadores desconhecem o que a igreja vai receber a cada trimestre.

Temos assim um currículo surpresa para a igreja local;

O recebimento da lite-ratura em cima da hora a cada trimestre, aliado ao desconhecimento dos temas a serem tratados, geralmente tem impedido o preparo antecipado dos professores reduzindo assim a expecta-tiva da qualidade na oferta do ensino;

A igreja local, desejando estudar temas ou mesmo criar um programa ou estru-tura compatíveis com seu jeito de ser, seu perfil e ne-cessidades, acaba não tendo efetivamente suporte no pro-grama denominacional de educação religiosa. Em qual editora e literatura confiar? Como descobrir suas neces-sidades locais? Como desen-volver os temas, estrutura ou programas necessários?

Suponhamos que uma de-terminada igreja estudou no passado um determina-do tema e gostaria de vol-tar a estudá-lo, mas a CBB (JUERP) já não produz mais aquela literatura e nem a tem em seu estoque. Por que não se produz uma literatura sem data?

E o que a Convenção tem oferecido às igrejas em ter-mos de educação religiosa? Muito se fez no correr da história nesse assunto, mas hoje essencialmente a CBB tem cumprido uma política de oferta de:

Um programa geral ou nacional para a igreja local (que poderá ser distante da realidade da própria igreja local);

Currículo periódico (que nem sempre é conhecido);

Literatura (que nem sem-pre atente as necessidades da igreja local).

Assim, tanto a Comissão, quanto o Comitê, descobri-ram que seria necessário adicionar a esta política de oferta e priorizar uma polí-tica de demanda a partir da igreja local e suas necessida-des, seu perfil, suas caracte-rísticas locais. Em outras pa-lavras, não havia mais como pensar a educação religiosa pelos mesmos referenciais, seria necessário, portanto introduzir uma visão bem diferente de educação para a igreja local e a partir da igreja local. Assim surgiu o Plano Diretor de Educação Religiosa.

Que vantagens então o PDER traz para cada igreja local:

Ser atendida a partir das necessidades locais, do per-fil de seus membros;

Ter um projeto pedagógico a partir de suas característi-cas e objetivos que desejam alcançar;

Literatura, currículo a par-tir da necessidade local;

Área de educação que seja integradora e apoiadora das demais áreas da igreja numa visão de planejamento es-tratégico, global e integrado para toda igreja;

Área de educação que vá além das organizações clás-sicas denominacionais, a partir da visão e característi-cas locais;

Estrutura educacional ajus-tada dentro das característi-cas próprias da igreja local;

Capacitação continuada de líderes.

Em vez de ser um progra-ma fechado de educação religiosa em que a igreja local tem de se adaptar, o PDER tem o que pode-mos chamar de “arquitetura aberta”, isto é, tem a igreja

local como seu ponto de partida: o que a igreja e o crente necessitam do ponto de vista bíblico; e, a igreja local em sua situação e con-texto, necessidades, perfil, público alvo, etc.

E como isso vai ocorrer? Quanto tempo vai levar para que cada igreja local possa se beneficiar do PDER?

Durante este mês de abril estamos dedicando o es-paço de O Jornal Batista para aprofundar o tema e responder a estas e outras perguntas, mas, desde já, é bom mencionar dois deta-lhes importantes:

A literatura para a EBD que hoje as igrejas estão recebendo vai continuar normalmente a ser ofereci-da pela Convenção Batista Brasileira, pois a implan-tação do PDER vai ocorrer paralelamente, sem preju-ízo da igreja local. Assim também a União Feminina, União de Homens e JBB, que já estão se preparando para este novo momento, continuam atuando, estan-do envolvidas em todo esse processo. Portanto, o PDER não dispensa, nem descon-sidera a literatura oferecida pela CBB, nem suas organi-zações;

Essa mudança radical no modo de fazer educação vai necessitar de um bom tempo para alcançar todo este país continental. Por isso mesmo, é necessário que comece-mos já.

Visualizamos um futuro muito promissor e de fortale-cimento bíblico, doutrinário, espiritual e participativo para nossas igrejas com a implan-tação do PDER. Sigamos juntos nesse novo ideal e conquistemos estes desafios.

RIo + 2 e a participação dos batistas

Para saber mais sobre o evento acesse o portal da CBB: www.batistas.com

Se você tem um projeto ambiental na sua igreja ou conhece alguma igreja que faz este tipo de trabalho, nos envie um depoimento para ser compartilhado em o Jornal Batista. Conte sobre o projeto, qual o seu objetivo,

quem ele tem alcançado e envie e-mail com fotos para [email protected]. Esperamos a sua história!

OBSERVATóRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

ABRIL - MÊS DA EBD

Plano Diretor de Educação Religiosa: O que minha igreja ganha com isso?

Q

15o jornal batista – domingo, 08/04/12ponto de vista

O Senhor Jesus sem-pre revelou a sua sabedoria. Ele é a sabedoria do Pai

revelada plenamente a nós, seus filhos (1Cor 1.30). Suas atitudes e seus atos foram marcados pela sabedoria do Pai. Fazer a vontade do Pai era o centro da sua vida. Em todo o seu ministério o Mes-tre ensinou, pregou e curou com uma sabedoria peculiar. Sua personalidade marcante atraia os miseráveis, maltra-pilhos, e afastava os religio-sos. O Mestre não ficava em cima do muro, mas sempre

manifestava a ética do Reino de Deus. Era sim, sim; e não, não (Mat 5.37).

Algumas coisas muito cla-ras revelam a sua sabedoria. Ele conferiu grande valor aos humildes de espírito; aos que choram suas mazelas, seus pecados ou a perda da sua inocência; aos que têm fome e sede de justiça; aos que são misericordiosos; aos limpos de coração; aos pacificadores e aos perse-guidos por causa da justiça (Mat 5.1-12).

Jesus em sua sabedoria de-finiu a natureza do cidadão

do Reino: Ele é sal e luz. Isto significa a influência do discípulo na sociedade. O sal não pode perder as suas qualidades e nem a luz esconder-se, deixar de brilhar. São dois elementos essenciais à vida. O cidadão do Reino de Deus é essen-cial à sociedade.

A justiça do cidadão do Reino dos céus é interna. É do coração. Manifesta-se em atitudes coerentes com a ética de Jesus. A justiça dos escribas e fariseus era avaliada pelas ações, pelas práticas meramente religio-

sas, mas a justiça do Reino – a justiça do Mestre – é avaliada pelas intenções do coração. Não é a prá-tica do pecado, tocar em algo pecaminoso, mas só em pensar, em conceber no coração já caracteriza o pecado, a desobediência, ferindo o caráter do Pai. Sob esta ótica, Jesus consi-derou o homicídio (o ódio ao próximo) e o adultério (olhar com intenção impura) (Mat 5.21-32). Para Jesus, se mata com um sentimento de ódio e adultera ou se prostitui em simplesmente

olhar para uma mulher com intenção impura.

Na sua sabedoria incom-parável, o Mestre ensina a amar os nossos inimigos, orar pelos que nos perseguem e bendizer os que nos maldi-zem (Mat 5.43-47). Também, devemos ser perfeitos, madu-ros ou plenamente desenvol-vidos como o Pai (Mat 5.48). O caminho da verdadeira sabedoria passa pela nossa relação cheia de amor por Deus e pelo próximo. Viver assim é viver feliz porque es-tamos no centro da vontade de Deus, nosso Pai.

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

A celebração da Pás-coa para os cris-tãos tem seu sen-tido centralizado

em dois fatos marcantes, que tornam o cristianismo distinto das demais religiões, e, diríamos, não somente distinto, mas único dentre elas. Todos sabemos que o Deus dos cristãos é o único que, ao invés de exigir sacri-fícios de seus adoradores, é também aquele que se sacri-fica por eles. Esse sacrifício é feito através de sua própria morte, e, após morrer, res-surge vivo três dias depois, com o mesmo corpo, com o qual permaneceu morto três dias.

A certeza que temos de que tal acontecimento foi verdadeiro, e não fruto da imaginação de seus seguido-res, está no glorioso fato de que, eles mesmos, sofreram também sacrifício por esse Deus que morreu por eles. Um homem pode morrer por uma verdade, mas centenas deles, jamais morreriam por uma mentira. Os primeiros cristãos, inclusive todos os

seus diretos seguidores, que foram os apóstolos, morreram exatamente por o adorarem, negando assim, adoração aos imperadores romanos.

A Páscoa judaica tinha iní-cio entre os meses de março e abril, de nosso calendário. Sete dias antes, os judeus es-tavam proibidos de comerem pães feitos com fermento. Os estrangeiros que desejassem celebrar a Páscoa do Senhor, passariam pelo rito da circun-cisão, pela qual passavam todos os judeus do sexo mas-culino, no oitavo dia de vida.

No entardecer do dia 14 do mês de abibe, um cordeiro era sacrificado, e comido acompanhado de ervas amar-gas, em celebração da última ceia no Egito. Isso os prepara-ria para a jornada. Enquanto comiam, Jeová passava pelas casas dos hebreus. O sangue desse cordeiro, era tomado da bacia onde escorrera, e era passado na viga superior das casas, e seus moradores estavam proibidos de saírem das casas, até o amanhecer. É importante lembrarmos que o anjo da morte não entraria na casa dos judeus por eles serem melhores que os egíp-cios, não entraria por respeito

ao sangue. Isso para nós cris-tãos, é de grande significado.

A morte dos primogênitos também nos traz um grande ensino. Até o primogênito dos egípcios que estavam nas prisões, morreram também. O pecado iguala todos os homens. Essa é uma verdade sempre esquecida. Por que julgamos o próximo, se o pecado nos igualou a ele? O homem não morre por causa dos pecados dos outros, isso só Cristo fez, ele morre por causa do seu próprio pecado. Todos nós temos de chorar nossos mortos, ou seja, cho-rar nossos próprios pecados. Que grande visão teve Paulo ao escrever: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. O pecado merecia de nossa parte grande temor. Não havia casa egípcia que não houvesse um morto. É bom lembrarmos o que Je-sus afirmou a respeito de sua conduta em relação a Lei do Senhor. Ele afirmou: “Não jul-gueis que vim revogar a Lei, mas cumprir”. Há diferença entre o cumprir e o guardar. Guardar é não quebrá-la, cumprir é o estado em que se encontra aquele que a que-brou, e, após sofrer o castigo

prescrito, está quite com a Lei, pois já lhe deu satisfação por havê-la quebrado. Como poderia Jesus cumprir a Lei se ele jamais a havia quebrado? É nesse ponto que nos torna-mos culpados de sua morte. Ele sofreu o nosso castigo, por havermos quebrado a Lei. Esse luto é lembrado nos sete dias de pão sem fermento, e a noite de vigília, após come-rem o cordeiro pascal. Quão terrível foi o dia em que Deus ficou assistindo a morte de seu Filho por nós. Isso é que foi um luto dolorido!

As ordens no tocante a ce-lebração da Páscoa eram sempre acompanhadas da promessa: “Eu serei glorifi-cado”. Tudo que o homem programa para ser indepen-dente do Senhor termina em fracasso. O momento histó-rico que vivemos, tanto no Brasil, como fora dele, é uma prova cabal dessa verdade. O que é o endurecimento de Faraó? Paulo explica em Romanos 1. Foi um endure-cimento justíssimo! Confor-me o homem escolhe, Deus faz. Os filhos de crentes que endureceram seus corações, onde estão? Vejam a lista de nomes da nossa população

carcerária! Estão perecendo nesse deserto que é o mun-do. Para aqueles que endu-recem seus corações Deus tem o deserto, não Canaã, ou o fundo do mar, conforme reservou aos egípcios. Quão glorioso é ouvirmos o sonho de Deus! (perdão pela metá-fora). “Vocês jamais verão o Egito!”. Essa frase lembra-nos a santidade a nós reservada. A cada derrota de um crente frente ao pecado, Deus é envergonhado. A cada vitó-ria Deus é glorificado. Viver uma vida santa é cumprir o sonho de Deus, e lembre-mos! Seu anjo está postado sobre nossas casas. Em Êxodo 13.14 lemos: “Com mão forte o Senhor nos tirou do Egito, da terra da escravidão”. Que não somente digamos isso aos nossos filhos, mas que eles, realmente vejam isso em nós. Cristo é a mão forte do Senhor. Ele nos tirou de um poder ainda maior do que o Egito, ele nos tirou da escravidão de Satanás, do mundo, do eu, do orgulho, de tudo isso que nos escravi-za. Celebre irmão, a maior de todas as Páscoas. A da morte e da ressurreição de Cristo. Essa é a nossa Páscoa.

A Sabedoria do Mestre (I)

INFO

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Para suprir a carência de missionários no Velho Continente

LOURENÇO STELIO REGA