r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 23 Domingo, 03.06.2012 R$ 3,20 Faltando pouco mais de um mês da mobilização missionária que deverá ser a maior da história dos batistas brasileiros, igrejas de todo o Brasil já estão se preparando. Através de coordenadores de bases operacio- nais da MEGATRANS, líderes estão sendo treinados sobre o funciona- mento dessa ação missionária (pá- gina 7). Em abril, o casal missionário pastor Joel e Lúcia Martinia- no (África do Sul) esteve apoiando o trabalho da missionária Odete Dossi em Moçambique. O pastor Joel iniciou estudos bíblicos com o grupo que iria se submeter ao batismo. Os estudos foram ministrados pelo pastor Joel e traduzido para o dialeto macua por um pastor nacional. Após a prepara- ção, para a glória de Deus, foram batizadas ao todo 162 pessoas (página 11). Batistas brasileiros se preparam para a MEGATRANS de julho 162 batismos em Moçambique Pastor batista é homenageado na Feira Literária do Tocantins A Feira Literária do Tocantins - FLIT, considerado o maior evento literário da região Norte do Brasil, homenageou o pastor Guenther Carlos Krieger, missionário batista entre os índios Xerente. Mis- sionário a mais de 50 anos entre os índios, foi fundador da primeira escola entre o povo xerente. Pastor Guenther e sua equipe são os responsáveis pela criação da escrita xerente e é autor de várias obras literárias naquela língua, inclusive o Novo Testamento (página 8).

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1o jornal batista – domingo, 03/06/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 23 Domingo, 03.06.2012R$ 3,20

Faltando pouco mais de um mês da mobilização missionária que deverá ser a maior da história dos batistas brasileiros, igrejas de todo o Brasil já estão se preparando. Através de coordenadores de bases operacio-nais da MEGATRANS, líderes estão sendo treinados sobre o funciona-mento dessa ação missionária (pá-gina 7).

Em abril, o casal missionário pastor Joel e Lúcia Martinia-no (África do Sul) esteve apoiando o trabalho da missionária Odete Dossi em Moçambique. O pastor Joel iniciou estudos bíblicos com o grupo que iria se submeter ao batismo. Os estudos foram ministrados pelo pastor Joel e traduzido para o dialeto macua por um pastor nacional. Após a prepara-ção, para a glória de Deus, foram batizadas ao todo 162 pessoas (página 11).

Batistas brasileiros se preparam para a MEGATRANS de julho

162 batismos em Moçambique

Pastor batista é homenageado na Feira Literária do Tocantins

A Feira Literária do Tocantins - FLIT, considerado o maior evento literário da região Norte do Brasil, homenageou o pastor Guenther Carlos Krieger, missionário batista entre os índios Xerente. Mis-sionário a mais de 50 anos entre os índios, foi

fundador da primeira escola entre o povo xerente. Pastor Guenther e sua equipe são os responsáveis pela criação da escrita xerente e é autor de várias obras literárias naquela língua, inclusive o Novo Testamento (página 8).

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2 o jornal batista – domingo, 03/06/12 reflexão

E D I T O R I A L

todos os cantos é possível encontrar homens de cora-gem e ousadia.

Muitos destes homens fo-ram criticados por sua audá-cia, e só o tempo pôde provar que suas palavras e ações eram vindas da parte do Deus vivo. Homens que escolhe-ram servir ao lado da família, que olham para sua família como um ministério e sua família lhe retribui com zelo, cuidado e companheirismo. Escolheram casar com uma mulher também serva do Se-nhor e educar seus filhos com os mandamentos bíblicos.

O Jornal Batista parabe-niza todos os homens que

da salvação. São médicos, advogados, políticos, car-pinteiros, pedreiros, padei-ros, comerciantes e tantos outros que escolheram fazer a vontade de Deus.

O segundo passo foi ouvir a voz de Deus. Muitos ho-mens batistas deixaram sua terra de nascimento e finca-ram raízes em outras terras para pregar o evangelho. Com ousadia conviveram com índios, muçulmanos e tantas culturas diferentes das deles. Buscaram cora-gem na Palavra e investi-ram em ações ensinadas na Bíblia. Missões mundias, nacionais e urbanas, em

Primeiro domingo de junho, dia 3, dia do homem batista. Assim como as mu-

lheres, o homem batista também merece ser home-nageado. Todos aqueles que fizeram a diferença de forma íntegra na história dos batistas brasileiros, na obra missionária e aqueles que escolheram servir a Deus junto com sua família.

O primeiro passo na vida ministerial destes homens foi escolher servir no reino de Deus. Usaram, não so-mente o ministério pastoral como também, suas profis-sões para levar a mensagem

passaram por este veículo, aqueles que transformaram pensamentos sábios em palavras, que noticiaram o que Deus tem feito pelo Brasil e pelo mundo, aque-les que com ousadia trazem reflexões de todas as gera-ções. Homens que constru-íram a história batista. Que a cada instante mais e mais homens escolham fazer a diferença neste mundo, e que escolham não ser omissos.

“Filho meu, não te esque-ças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos” Pro-vérbios 3.1.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Parabêns

• Quero parabenizar O Jor-nal Batista pela coluna “Te-ologia Prática”, em função dos textos do pastor Isaías Andrade Lins Filho, acerca dos dons do Espírito Santo. Estou desejoso de ver o de-senrolar do ensinamento des-te homem de Deus; que se apresente a plenitude da Pa-lavra. Desejo que os batistas de hoje estejam abertos para Deus, que está tocando neste assunto por vezes difícil no meio histórico, concedendo um privilégio ao Seu povo.

Leandro Hüttl Dias

Ao pastor Julio Sanches

• Pastor Julio, sou sua irmã em Cristo, com 66 anos de idade, membro da Assem-bleia de Deus em Jardim Meriti – Rio. Escrevo para o irmão parabenizando-o pelo excelente artigo que o pastor escreveu no Jornal Batista, do dia 1 de abril. É de estarrecer

o que estão fazendo com os nossos tão belos hinos. Des-prezando o que há de mais belo, na forma de música sacra. Concordo plenamente com tudo o que pastor escre-veu ali.

Tenho uma experiência para contar ao pastor: Sou

viúva, mas graças a Deus, o meu falecido esposo, mor-reu salvo. Foram só dois anos que ele teve como cristão, pois logo a doença o levou. O que me chamou a atenção foi que ele, num domingo, foi à igreja (Pres-biteriana) sozinho. Quando

ele chegou em casa, disse que estava triste, pois na Igreja não cantaram nenhum hino, somente corinhos que ele nem conhecia. Fiquei arrasada. Ele, crente novo, já sabia fazer a diferença dos hinos antigos, para os atuais corinhos, (com tudo aquilo que o pastor postou no artigo). Mas há exceções, digamos.

Os tempos mudaram pas-tor, mas os nossos tão belos hinos não. Deveria haver uma campanha, um desper-tamento nas igrejas, sobre este assunto. Quem sabe nas Convenções, Congressos. Isso deveria ser menciona-do, pois os hinos do Cantor Cristão, Harpa Cristã, Hinário Presbiteriano e da Igreja Con-gregacional (Salmos e Hinos), não podem ser desprezados do jeito que vem sendo. Estes hinos foram todos escritos com muita unção, pelos an-tigos compositores e autores. A Deus toda a glória!

Pérrima de Moraes Cláudio

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 03/06/12reflexão

(“In memoriam” de Robinson Cavalcanti, de Recife, PE)

“O martírio é um risco per-manente” (Robinson Caval-canti, dez. 2011).

À noite da terça-feira, 28 de fevereiro, na capela “Rans-dell” da escola de música da Campbellsville University (Kentucky, USA), aconteceu a estreia da cantata “Jesus, Our Joy”, de Ralph Manuel, executada pelos coros dessa universidade, acompanha-dos de orquestra, todos sob a regência de Alcingstone Cunha.

Essa cantata é a composi-ção musical para um poema escrito em 1955 por Gióia Júnior, que foi recentemente traduzido para o inglês por David Hodges.

O poema e o poetaEm 8 de novembro de 1955,

quando saía da Escola Na-cional de Música, no Rio de Janeiro, após um concerto do Coral “Bach”, de Recife (PE), encontrei o maestro Heitor Argolo (1923-2008), que me apresentou ao jovem poeta Gióia Júnior (1931-1996).

Numa época de tensão in-ternacional (guerra da Coréia, 1950/1953) e agitação da po-lítica brasileira (1953/1955), ainda podíamos usufruir as suaves harmonias do canto coral. Esses tempos escuros seriam seguidos pelos “anos dourados”, quando surgiria uma nova geração de intelec-tuais batistas.

Durante mais de três ho-ras, numa fria madrugada, conversamos sobre assuntos lítero-musicais. Caminhando e conversando, fomos do Pas-seio Público até o Tabuleiro da Baiana, onde Gióia Júnior deveria tomar um bonde para a Zona Sul.

Gióia Júnior nos disse que, antes de escrever os seus po-emas, ouvia cantatas sacras de Bach, e, em pleno Largo da Carioca, leu o rascunho do poema “Jesus, alegria dos homens”, que ele estava ela-borando. Nessa ocasião, pro-meti a Gióia Júnior comentar esse poema; logo em seguida declarei que Gióia Júnior, nele reconhecendo o dom, a consagração, a inspiração e a dedicação à poesia, para mim era “o melhor poeta batista brasileiro” (OJB, 22 dez 1955).

Eu e Gióia Júnior aguarda-mos, durante seis anos, até que em 1961 a Casa Publi-cadora Batista (antecessora da JUERP) editou o seu livro de poesia, que, certamente, enriqueceu a literatura evan-gélica brasileira.

No poema, Gióia Júnior confessava que tinha passado por cinco anos (1956/1961), “de incerteza, de dúvida, de desorientação espiritual”. Vencidos esses anos, Gióia com alegria releu o que havia escrito em 1955 e sentiu que “nada era insincero, impu-ro, desonesto, inverídico, desleal”. Sua poesia, “sem inibições e sem remorsos”, fugindo “aos sectarismos, às controvérsias, às polêmicas, às dissensões”, não deixava de interessar aos intelectuais, embora não fosse atraente a certo grupo de declamado-res, que estavam na moda.

Em 1962 recomendei o li-vro de Gióia: “deve ser lido, meditado e sentido no fundo da alma; não ficará apenas no cérebro; irá ao coração!” (OJB, 15 fev 1962). Ainda temos profundas dúvidas se a juventude batista, do passado e da atualidade, leu qualquer poesia, particularmente a evangélica.

É contristador verificar que a obra poética de Gióia não foi devidamente analisada, porque não existiu no meio batista, em meio século, a

instituição de uma crítica literária; Ebenézer Gomes Cavalcanti se queixava dessa falha cultural dos Batistas no Brasil (OJB, 26 dez 1935).

Em 2009, colocamos Gi-óia Júnior entre os maiores poetas evangélicos do nosso tempo: Jônatas Braga, Ma-noel da Silveira Porto Filho, Mário Barreto França, Myrtes Mathias e Joanyr de Oliveira (OJB, 08 mar 2009).

As letras dos cânticos, can-tadas desde a década de 80 principalmente pelos jovens, seriam de melhor qualidade literária, se os seus autores tivessem cultivado a leitura desses poetas (OJB, 05 abr 2009). Somente agora, pas-sados 57 anos, temos o con-forto de saber que o poema de Gióia Júnior foi afinal lembrado.

Na década de 80, Gióia soube que, por intermédio do músico Marcílio de Oliveira Filho, tinha contribuído para a hinodia batista brasilei-ra (HCC-355 e 473). Mas tornou-se um poeta laureado também na música coral: si-multaneamente, um de seus poemas foi traduzido para o inglês, passou a ser mais amplamente divulgado em português e serviu de base para uma cantata de Ralph Manuel!

Essa é apenas uma faceta da brilhante personalidade intelectual do Poeta. Rafael

Gióia Martins Júnior foi jor-nalista, radialista, sindicalista, escritor, professor, advogado e político (vereador, 1964-1966; deputado estadual, 1967-1974; deputado fede-ral, 1975-1987), membro de academias literárias e autor de 13 livros.

A tradução e o tradutorConsiderando a capacita-

ção e a experiência de David William Hodges (1942- ), cremos que a tradução do poema de Gióia para o inglês é primorosa.

Hodges traduziu as letras de vários hinos do HCC. Sua mais importante contribuição à música coral erudita foi a tradução dos oratórios “A Criação”, de Haydn, e “São Paulo”, de Mendelssohn, e do “Te Deum”, de Haendel (“Nassau – Dicionário de Música Evangélica”, p. 90. Brasília: edição do autor, 1994).

Joan Sutton foi tradutora de hinos e peças corais em inglês para o português. Pelo que sabemos, Hodges foi o primeiro missionário-músico norte-americano (1980-2010) a traduzir uma cantata em português para o inglês.

A música e o compositorRalph Eugene Manuel

(1951- ) compôs esta can-tata para obter o grau de dou-tor em música (Ph.D.) pelo

B.H.Carroll Theological Ins-titute, em Arlington, situado na área de Dallas-Fort Worth, Texas (USA).

Compôs música para vá-rios hinos do HCC, inclusive em associação com David Hodges. Trabalhou no Brasil também como missionário--músico, de 1980 a 2003 (“Nassau – Dicionário de Música Evangélica”, p. 114). Desde 2004 tem sido minis-tro de música da igreja batista “Heritage”, em Annapolis, Maryland (USA).

O “Aleluia” de Ralph Ma-nuel rivaliza com o de Ran-dall Thompson e imita o esti-lo musical de Bach (OJB, 01 mar 2009).

A execução da cantata dura 20 minutos. O bole-tim eletrônico do Instituto informou que o compositor dividiu o poema em quatro seções; cada movimento focaliza um aspecto emo-cional da cantata. Quando “as ondas do entendimento chegam à praia da razão”, os versos e os sons dão real prazer, e não danificam os ouvidos.

Desejamos que a partitura da cantata seja fartamente consumida no Brasil e nos Estados Unidos da América. Que muitos coros de igrejas e de associações evangélicas a executem, para inspiração dos crentes e maior glória de Deus!

MÚSICARolando de nassau

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4 o jornal batista – domingo, 03/06/12 reflexão

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Altemir Carlos FarinhasEspecialista em Finanças PessoaisMembro da PIB de Curitiba

Além de levar ao end iv idamento , perder o controle sobre o dinheiro e

os gastos excessivos também pode afetar a saúde. A cura, no entanto, nem sempre está nas mãos da medicina.

Fui ao médico fazer o meu check-up anual. Ao entrar em seu consultório, ele per-guntou sobre minha família e eu disse que estávamos todos bem, graças a Deus. Aproveitei o momento e indaguei sobre a sua. Ao contrário de mim, a situa-ção não estava nada bem. Ele me contou que havia se separado. “Poxa, que notí-cia ruim!”, pensei comigo. O doutor Sued notou meu constrangimento e pediu para que eu não me preocu-passe, já que não me dirigi ao consultório para saber de sua família, e sim sobre minha saúde.

Respondi diversas pergun-tas, fizemos alguns exames e o restante foi marcado para outro dia. A orientação era de que na próxima consulta

eu deveria voltar com os resultados em mãos. Muda-mos de assunto, e quando ele perguntou sobre meu trabalho, informei que estava ministrando muitos cursos e palestras, e que as empresas procuravam esses serviços com frequência, pois seus empregados se endividam cada vez mais. Expliquei que os funcionários são o maior ativo da empresa, pois de-têm o conhecimento, ideias, relacionamentos e processos, e que grandes companhias se preocupam com isso.

O médico, por sua vez, contou que ouvia muito so-bre esse assunto no consul-tório. Os casos variam desde pessoas com ansiedade, an-gústia à depressão. Ele até receita alguns medicamentos, mas lhe disse que o que esses pacientes realmente preci-sam é de educação financei-ra. Comentei que o estresse causado pelo desequilíbrio econômico é tão grande que o empregado pede demissão, falta ao trabalho e gera pro-blemas de relacionamento em seus círculos profissionais e pessoais.

Nesse momento, o doutor encostou-se em sua cadeira e falou pausadamente: “Eu

sei bem o que você está fa-lando. Trabalho muitas horas no hospital e no consultó-rio, não tenho tempo para a esposa e filhos, e quando perdi o controle financeiro, peguei dinheiro emprestado até de agiota”, desabafou. “Isso causou muito estres-se e minha mulher pediu a separação. Em um mesmo round fui golpeado diversas vezes. Ao cair na lama me lembrei do banco, da finan-ceira, do financiamento do carro, equipamentos que comprei para o consultório, cheque especial, cartões de crédito, empréstimos que fiz junto a familiares e amigos e apaguei.”

Quando acordou, Sued estava em uma cama de hos-pital. Fora socorrido por um amigo. Perguntei lhe como havia deixado as coisas che-garem naquele estado, o que ele não soube responder. “Quando abri os olhos já era tarde”, calculou. Em seguida, questionei se ele havia apren-dido algo com a lição e como iam suas finanças. O doutor Sued identificou que, agora, tirando o valor da pensão, conseguia pagar as contas do consultório e ainda guardar um pouco.

Expliquei que esse é o ide-al, gastar menos do que se ganha e investir o excedente. Nesse momento fui interrom-pido por ele, que me mostrou a propaganda de um carro novo, partilhou que estava programando uma viagem para “espairecer” e que em breve faria uma reforma no consultório.

Ao perceber meu olhar, ele parou de falar e reconhe-ceu: “Ops, estou cometendo o mesmo erro, não?” Tentei levá-lo a refletir e questionei se ele se lembrava do IPVA, IPTU, Imposto de Renda, pa-gamento de férias de funcio-nários, cheques pré-datados e os demais compromissos. Sued mudou o semblante, ficou em silêncio e fitou o olhar para longe.

Perguntei se eu havia me excedido e intrometendo em sua vida. Ele declarou que, na verdade, eu lhe fizera um favor e comentou com pesar que como médico não tem décimo terceiro nem FGTS, e que devido ao período de férias o número de consultas cai, o que reflete em seu fa-turamento. Decepcionado, o doutor me pediu ajuda para fazer um planejamento financeiro, pois, apesar de

tanta coisa que aprendeu na faculdade e em suas especia-lizações, nada lhe foi falado em relação ao assunto. Ele então me perguntou se é co-mum que as pessoas não se organizem e se esqueçam de suas dívidas. Declarei que sim, atitude essa que chamo de “amnésia financeira”. “As pessoas querem esquecer as contas, mas os credores difi-cilmente o fazem”, ironizei.

Antes de sair, fiz uma úl-tima pergunta. “De agora em diante, como o senhor pretende lidar com suas finanças?”, questionei. O médico apertou minha mão como quem agradece por ter recebido um presente e pontuou. “Reconheço que gasto sem pensar e não in-visto tempo fazendo um planejamento financeiro”, constatou. “Mas nunca é tar-de para aprender. De hoje em diante vou melhorar meus hábitos e tentar re-conquistar o que perdi.” Ao me despedir, perguntou-me quando poderíamos con-versar novamente sobre sua saúde financeira. Respondi que teríamos um longo ano pela frente e diversas opor-tunidades para fazê-lo.

Consulta encerrada.

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5o jornal batista – domingo, 03/06/12reflexão

Hudson GaldinoPastor da 2ª IB em Cabo FrioFormação em Teologia, Filosofia e Psicanálise

Vivemos tempos de terror e temor dian-te de tantos acon-tecimentos nesse

início de século. As notícias hoje são rápidas, instantâ-neas e assim temos sido de alguma forma testemunhas quase que oculares dessas catástrofes. O que nos faz crer que elas aumentam em quantidade e intensidade. Por mais avançada que seja a tecnologia e a ciência, o ho-mem não tem podido conter a “fúria” da natureza. Alguém disse que a natureza não reclama do homem, mas reage ao que o homem faz. Em alguns casos pode-se até reduzir as consequências, mas elas em si, crescem. São furacões, terremotos, enchen-tes, secas, maremotos, insta-bilidade da temperatura, etc.

Haveria alguma explicação bíblica, teológica para tais fatos? Esses acontecimentos são obras do acaso ou tem haver com a manifestação

Ismael Alves PiresDiácono e professor da EBD na IB em Jardim América em Paranaguá

Nu m a r e u n i ã o de orações das qua r t a s - f e i r a s , um irmão novato

vendo a dedicação de um senhor que alinhava os ban-cos e limpava com espana-dor, perguntou-me: “Quem é aquele cidadão?”. Respondi: “É o irmão diácono fulano de tal”. Afinal, quem é o diá-cono? A bíblia responde: “É o obreiro de boa reputação,

divina? É claro que diante de um assunto como este não há consenso. Existem con-trovérsias, principalmente se tratando de certos mistérios da natureza. Vejamos, pois alguma reflexão numa leitura teológica sobre o assunto na opinião desse articulista.

A leitura teológica das ca-tástrofes passa em primeiro lugar pelo entendimento da soberania de Deus. Existem os inversos pietistas e maldo-sos em suas insinuações que mesmo não considerando a existência de Deus, nessa hora querem atribuir-lhe cul-pa sobre consequências das catástrofes. Diz as Escrituras: “Quem és tu, que a Deus replicas?” Porventura pode a criatura questionar o Cria-dor? A soberania de Deus é algo inerente a natureza de Deus e que por mais que nos esforcemos ficamos aquém de compreender a mente do Senhor?

A leitura teológica das ca-tástrofes passa pelo entendi-mento da responsabilidade humana dada pelo Criador. O homem foi criado para cuidar de seu habitat. Na linguagem doutrinária é o que se chama

cheio do Espírito Santo e sa-bedoria” (Atos 6.3), que seja “apto para o reino” (Lucas 9.62), para “pregar em todo o mundo” (Marcos 16.15), apto para ensinar em todas as nações” (Mateus 28.19), cidadão “honesto e não de língua dobre” (1 Timóteo 3.8), “irrepreensível, marido de uma só mulher” (1 Timó-teo 3.2), “não neófito” (1 Timóteo 3.6).

Mas “fiel e idôneo” (2 Ti-móteo 2.2), “exemplar no meio dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé e na pureza” (1 Timóteo

de mordomos. Somos os ecô-nomos de Deus. Devemos exercer nossa responsabilida-de de cuidar do planeta. As catástrofes acontecem porque o homem tem sido um animal irracional diante da proposta divina. Tem havido irracio-nalidade quando poluímos o ar e as águas. Quando não nos importamos com a con-taminação do solo com uso desenfreado e animalesco de pesticidas. Essa irresponsabili-dade que tem sido grande se evidencia no extermínio de animais e provocação de ero-sões através de desmatamento louco e ambicioso. Todos nós somos corresponsáveis quan-do menosprezamos o mínimo que deveríamos fazer. Temos combatido esse tipo de peca-do de agressão a natureza? A obra magnífica do Criador, que ao fazer o mundo via que tudo era muito bom e bonito. A ideia macro teológica da santificação não deveria estar incluído a pureza dos rios e dos mares, das plantas e do solo? Parece-me que essa ideia de santificação é muito mais abrangente no propósito do Criador que instituiu na lei mosaica atitude de preven-

4.12), “que persiste em ler... não despreza o dom... que medita... tem cuidado e per-severa” (1 Timóteo 4.13-16), “é mordomo fiel e prudente” (Lucas 12.42), foi “separado dos povos para ser de Deus” (Levítico 20.26), foi “eleito por Deus Pai” (Isaías 65.9), possui “cara descoberta” (2 Corintios 3.18), “é carta es-crita e lida” (2 Corintios 3.2), foi “escolhido e nomeado por Jesus” (João 15.16), é “Embaixador da parte de Cristo” (2 Corintios 5.20), é “cooperador de Deus” (1 Corintios 3.9), é “testemunha

ção. Como tomador de conta do seu ecossistema o homem tem falhado, cometemos pe-cado ecológico.

Outro aspecto a ser consi-derado numa leitura teoló-gica diante da natureza que geme é a importância de busca de conhecimento so-bre o Criador e sobre a cria-ção. Esse conhecimento que existe não pode estar des-vinculado do Criador. Deus estabeleceu leis da biologia, da meteorologia. A ciência as descobre, mas já existem, portanto, estudá-las deveria ser numa atitude de temor e tremor diante da Majestade. Mas o que acontece? Quan-do o homem descobre uma lei da natureza busca honra e glória para si. A lei não é inventada pelo o homem, ele apenas a encontra. Essas leis precisam ser estudadas e o homem deveria respeitá-las mais, considerando as esta-ções, os tempos, os ventos, as chuvas, etc. É, portanto, o princípio da racionalidade.

Por fim, compartilho dizen-do que uma leitura teológica das catástrofes na natureza precisa ser vista e analisada à luz do conceito de espiri-

de Deus” (Isaías 44.8), possui “o corpo lavado com água limpa” (Hebreus 10.22), “é astro no mundo” (Filipenses 2.15), “sal na terra e luz no mundo” (Mateus 5.13-14), “é servo com regalias” (Isaías 65.13-14, 21-24).

É zeloso, cuidadoso na ad-ministração do patrimônio da sua igreja. Chega antes da

tualidade. Não um conceito dicotômico ou tricotômico sobre o homem, um conceito holístico. Não o conceito que admite uma espiritualidade que separa por completo as substâncias da composição humana, sejam elas corpo e alma, ou corpo, alma e espírito. Não se pode pensar num conceito filosófico da espiritualidade divorciado do respaldo bíblico, amparo inerrante de uma teologia sadia, imparcial e mestra. A espiritualidade, segundo a Bíblia, vai mais longe. Além de qualificar melhor a alma e espírito, revela o valor do corpo porque é nele que a vida se expressa e é ele que experimenta de forma cabal, miraculoso e triunfante a salvação ulterior. Portanto, essa espiritualidade se rela-ciona com o mundo físico, interage com a criação, e não a menospreza e nem faz dela um consumo irresponsável e trágico. Espiritualidade e natureza têm tudo a ver, não fazendo deste seu objeto de adoração e supremacia, mas se tornando parceiros para que homem e natureza ado-rem o Criador.

hora dos trabalhos. É dizimis-ta fiel, e participa de todas as missões. Estima e tem cui-dado do pastor (humano) da sua igreja. Coopera no erguer dos braços do pastor, nas constantes e fervorosas ora-ções. Tem o dom de visitar os doentes e novos crentes, sempre feliz e com alegria. Esse é o DIÁCONO.

ERRATAO Jornal Batista se equivocou ao publicar o nome da

irmã Tânia no jornal do dia 27 de maio de 2012, página 5, Pessoas que fazem a diferença. O nome correto é Tânia Pecly de Gouvêa.

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6 o jornal batista – domingo, 03/06/12 notícias do brasil batista

Pr. Eden Pr.SebastiãoPr.Edmar Pr.Silas Pr.Zilmar

Departamento de Comunicação da IB Serrana em Teresópolis - RJ

Nos dias 25 a 31 de março de 2012, comemoramos o 8º aniversário des-

ta amada Igreja, com uma linda celebração com o tema “Igreja: Uma reflexão para o século XXI” e a divisa “Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna anti-quado e envelhece, perto está de desaparecer” Heb. 8.13.

Na ocasião tivemos celebra-ção de batismos e a celebra-ção da Ceia do Senhor. Estive-ram conosco como preletores: Pr. Silas Figueira (Missão B. Bereia no Alto, a qual em as-sembleia extraordinária oficia-

lizou o pedido de que fosse tida como nossa congregação, passando a chamar-se Missão Batista Serrana no Alto, com 69 membros; estes foram acei-tos por unanimidade neste dia de aniversário); Pr. Zilmar de Oliveira Leite (Pastor da Igreja aniversariante); Pr. Éden Cal-zolari (IB Central em Fribur-go); Pr. Edmar Guimarães (IB

Ingá – Niterói); Pr. Sebastião Ferreira (Pr. Emérito da IB em Vila da Penha – RJ).

Abrilhantando nossa festa de aniversário estiveram co-nosco o cantor Bené de Sou-za, Coro Feminino de nossa Igreja, Banda Diferença, coro Angelical da PIB de Teresó-polis, o Ministério de Louvor Infantil de nossa Igreja e um

lindo musical “Faz-nos Um” com o coro Servus também de nossa Igreja, sob a regência da ministra de música Márcia F. L. Peixoto encerrando a co-memoração do 8º aniversário.

A Igreja Batista Serrana foi fundada em 27 de agosto de 2003 e organizada em 27 de março de 2004 pela Igreja Batista em Barra do Imbuí (Pr.

José Armando Cidaco) com 126 membros e hoje com 260 membros para glória do Senhor Jesus Cristo.

Louvamos a Deus por todas as maravilhas que Ele tem fei-to em nós, por nós e através de nós na cidade de Tere-sópolis. Toda honra e toda glória seja dada ao Senhor, nosso Deus, amém!

Aniversário da Igreja Batista Serrana em Teresópolis

Sales MacielPastor da PIB em Tabatinga – Amazonas

No início do ano passado, quan-do o pastor Sales Maciel de Góis

assumiu integralmente o pastorado da Primeira Igre-ja Batista da Convenção em Tabatinga - Amazonas (tríplice fronteira - Brasil--Perú-Colombia) tínhamos o desejo de ampliar nosso templo, que já estava pe-queno. No dia 1 de agosto de 2011 foi realizado um culto em gratidão ao Senhor pela construção, no entan-to, o início da ampliação aconteceu mesmo no dia 16 de agosto. Iniciado os traba-lhos de ampliação passamos então a trabalhar num obje-tivo comum aos membros e congregados de nossa Igreja.

No primeiro mês de constru-ção, praticamente o dinheiro já tinha acabado, porém Deus havia dito ao pastor Sales que ainda não era tempo de parar, mas sim de avançar. Dessa forma a Igreja foi desafiada a continuar firme no propósito de construir. E no dia 25 de dezembro o povo batista em Tabatinga pode se regozijar e alegrar, pois já estava concluí-da a primeira etapa da amplia-

ção do templo. Nesse período realizamos bazares, venda de salgados, e as famílias se com-prometeram com a obra.

Em 2012, com o caixa da Igreja baixo, Deus falou ao co-ração do pastor para trabalhar intensivamente com evange-lismo, sendo assim, a Igreja passou a fazer visitação porta à porta na cidade, enquanto evangelizávamos Deus prepa-rava as condições para pros-

seguirmos com o trabalho de ampliação que estava previsto para maio.

Deus nos surpreendeu, e em abril iniciamos a outra etapa da construção e para nossa alegria e fortalecimento de nossa fé, no dia 8 de maio de 2012 (dia da mães) já estáva-mos cultuando ao Senhor no templo ampliado, agora com a dimensão de 25 metros de comprimento por 9 metros de

largura por 4 metros e meio de altura. O templo já climatiza-do e equipado.

Nesse momento estamos trabalhando para colocar o piso de porcelanato no tem-plo, pois no dia 16 de agosto temos agendado um culto em gratidão ao Senhor por 1 ano de construção e nos dias 28 a 30 de setembro queremos ce-lebrar o aniversário de 16 anos de organização de nossa Igreja.

Até o presente momento gastamos o valor aproximado de 100.000 reais, valor con-siderado milagroso para uma igreja que não tem uma arre-cadação mensal significativa. Temos aprendido que Deus é o dono da obra, e Ele está nos ajudando. Em meio aos rumo-res de uma crise econômica mundial, Deus nos revela que todas as situações estão sobre o seu controle, sendo Ele nos-so abençoador.

Igreja em Tabatinga comemora vitórias

Niterói, 20 de abril de 2012

Na qualidade de presidente da Convenção Batista Fluminense, usando das atribui-ções que o cargo me confere, respaldado pelo Estatuto, Artigos 12, I, a; 17 §§ 1º e 4º; e, pelo Regimento Interno, Artigos 5º, I, a; 18, convoco às Igrejas Batistas com ela cooperantes, para a realização da sua 104ª Assembleia.

Local: 2ª Igreja Batista de Campos – Campos dos Goytacazes, RJData: 25 a 28 de julho de 2012Horários: Início 8h do dia 25/07 - Término 21h30min do dia 28/07/2012

Pr. Geraldo GeremiasPresidente da CBF

OBS: Art. 12 do Regimento Interno da CBF§ 1º. As igrejas cooperantes poderão credenciar até 20 (vinte) mensageiros para

cada Assembleia, dentre os seus membros plenamente capazes, cabendo à igreja a responsabilidade de selecionar aqueles que preencham os requisitos.

§ 2º. O expediente de identificação dos mensageiros inscritos será estabelecido pelo Conselho Gestor.

CONVOCAÇÃO

Antes Agora

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7o jornal batista – domingo, 03/06/12missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

Estamos a pouco mais de um mês da mo-bilização missioná-ria que deverá ser a

maior da história dos batistas brasileiros. Igrejas de todo o Brasil estão se empenhando, treinando seus membros para a participação da MEGA-TRANS, que tem como alvo a evangelização de mais de 2,5 milhões de pessoas em todos os estados. Se você ainda não se inscreveu, aces-se o site www.sejaluz.com

e preencha o formulário de participação, fazendo parte de um grande exército de vo-luntários pela evangelização da Pátria.

Através de coordenadores de bases operacionais da MEGATRANS, líderes já es-tão sendo treinados sobre o funcionamento dessa ação missionária. A Igreja Batista Canaã (SP) foi um dos tem-plos que se tornaram sede de reuniões de capacitação. Cerca de 50 pessoas, sendo 17 delas pastores, foram desafiadas a mobilizar ou-tros, começando por suas próprias igrejas. O coorde-

nador da Base Operacional Leste de SP, pastor Marcos Queiroz, deixa o apelo aos líderes batistas: “Pedimos aos queridos pastores que orem, não saiam de férias na última semana de julho e mobilizem vossas igrejas e participem”.

Além de treinamento espe-cífico para líderes de bases locais, no Distrito Federal, voluntários inscritos já re-cebem informações sobre métodos de abordagem e evangelização de crianças. Em Águas Lindas, Brazlândia, Taguatinga, Samambaia, Ria-cho Fundo I e II, Recanto das Emas e os polos Gama/Entor-no Sul, mais de 500 pessoas já estão preparadas para atua-rem na MEGATRANS. Ainda nesse mês, os inscritos co-meçarão a receber os kits da MEGATRANS, preparando-se para as ações missionárias de Brasília e entorno.

Em Minas Gerais, o clima é de alegria e expectativa nos dias que antecedem a Trans. Segundo a gerente regional para o estado, Li-zete Perruci, líderes estão preocupados em alcançar

suas cidades para Cristo. “Percebemos a alegria e con-fiança no coração dos pas-tores em envolverem suas igrejas nesta grande Missão”, comenta. Em Belo Horizon-te, por exemplo, 12 igrejas batistas foram representadas em um treinamento que dis-cutiu aspectos de logística, abordagem evangelística, discipulado e ação social na MEGATRANS. “Temos via-jado, ido a igrejas em vários lugares e em cada uma des-tas reuniões percebemos o povo de Deus cada vez mais

comprometido com a grande tarefa da proclamação do evangelho no mês de julho. Confiamos que Deus está conosco”, concluiu o pastor Gerson Perruci, marido da missionária Lizete e também gerente regional para MG.

Estar na MEGATRANS é cooperar com o progresso do Reino de Deus no Brasil, abrindo-se para novas expe-riências com Cristo. Venha conosco e incentive parentes e irmãos na fé a participarem desse inesquecível período de colheita.

Batistas brasileiros se preparam para a MEGATRANS de julho

EBENÉZER! Até aqui o Senhor nos tem ajudado, grandis -simamente. Já nos

aproximamos da metade da jornada. Quão bom tem sido confiar em Deus e contar com uma grande multidão de intercessores, entre os quais estão você, sua família e igreja! Glórias e louvores rendamos a Deus. O pro-pósito principal destes 100 Dias de Oração é nos pre-parar para a grande jornada da MEGATRANS (Operação Jesus Transforma) a ser rea-lizada em todos os estados brasileiros. O irmão já fez a sua inscrição através do site www.sejaluz.com? Sua igreja estará recebendo uma equipe da TRANS ou dando apoio a uma pequena igreja ou congregação para que possam receber uma equipe?

Há alguns dias nestes “100 Dias que Impactarão o Brasil” que estaremos orando por motivos que logo pedem de nós, ações imediatas e algumas naque-le mesmo dia. Chamamos

sua atenção para alguns dias que logo virão! Por exemplo, vem aí o 51º dia (terça-feira, 12 de junho – Comunidades Carentes). Ótima oportunidade de fa-zer alguma atividade para a comunidade ou família carente, de modo individual ou como igreja: entregar uma cesta básica, oferecer ajuda aos desempregados, dar roupas novas, usadas ou em bom estado, etc! No 75º dia (sexta-feira, 06 de julho – Conversão dos Familiares). Sugerimos que a igreja faça uma vigília de oração pela conversão dos familiares, e se possível, convide-os para estarem presentes e faça uma pequena recepção para eles após o tempo de oração.

Nesta semana, destacamos os seguintes temas que nos darão boas chances de colo-carmos as nossas orações em ações: Dia 08 de junho (47º dia) “Vereadores e Líderes de Associações e Comunida-des”. Se ainda o pastor não agendou com os vereadores uma visita à Câmara para orar

com eles e por eles, pode ser que ainda haja tempo de fazê-lo! Também aos líderes da Comunidade! Dia 09 de junho (48º dia); Ore com os comerciantes conhecidos que estão nas padarias, açou-gues, lojas, mercados etc. Diga-lhes que todos os ba-tistas do Brasil estão orando

por eles, pedindo que Deus abençoe os seus negócios; no dia 10 de junho (49º dia), se a igreja não planejou uma vigília para orar pelos filhos, os pais mesmo podem fazer um café da manhã, ou um al-moço especial ou um lanche da tarde, e neste ambiente de comunhão, orar pelos filhos

de acordo com suas neces-sidades. Os irmãos podem ter certeza de que cada ação que colocar as nossas ora-ções em prática, fará muito bem aos outros e também a nós. Mãos à obra! Deus nos abençoará! Não se esqueça de orar pela MEGATRANS e dela participar!

Semana de 04 a 10 de junho (43o ao 49o Dia)

Sugestões para os 100 Dias que Impactarão o Brasil

Treinamento da Base Operacional Leste de SP

Missionária Lizete em capacitação de líderes para a MEGATRANS

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8 o jornal batista – domingo, 03/06/12 notícias do brasil batista

Pr. Marcelo Borges MarinhoDiretor Executivo do Blog Tocantins Gospel

A Feira Literária do Tocantins (FLIT), c o n s i d e r a d o o maior evento lite-

rário da região Norte do Brasil, este ano de 2012 terá fases regionais, e a fase da regional de Miracema acon-teceu de 17 a 19 de maio na praça Mariano Cavalcante, próximo ao Fórum.

Cada FLIT regional escolhe um homenageado e o pastor Guenther Carlos Krieger, missionário Batista entre os índios Xerente foi o escolhi-do para ser homenageado na FLIT Estação Miracema.

Pastor Guenther é mis-sionário a mais de 50 anos entre os índios xerentes,

Robson Melo CâmaraPastor da PIB de Macaé - RJ

A Primeira Igreja Batis-ta na cidade de Ma-caé, Rio de Janeiro, completou no últi-

mo dia 13 de maio, seu 114º aniversário. Uma das mais antigas igrejas do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil, a PIB de Macaé foi organizada em 1898 pelo então missio-nário itinerante Salomão Luiz Ginsburg, consequentemente o primeiro pastor da Igreja. Ao longo desta longa história, registramos muitas conquis-tas, vitórias, realizações e bênçãos, mas, sempre prece-didas de perseguições, lutas, dificuldades e problemas os mais diversos.

Atualmente com 650 mem-bros, a PIB de Macaé tem sido liderada pelo pastor Ro-bson Melo Câmara desde dezembro de 2010, após dois

foi fundador da primeira escola entre o povo xerente. Ele e sua equipe são os res-ponsáveis pela criação da escrita xerente e é autor de várias obras literárias naque-la língua, entre as principais estão: cartilhas de alfabeti-zação, dicionário bilíngue Xerente-Português, hinário para o culto e o maior escrito da língua xerente, o Novo Testamento, fruto de um tra-balho de tradução que levou cerca de quarenta anos de dedicação.

Após um discurso emocio-nado, o missionário recebeu as homenagens, a começar pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado e de-mais componentes da mesa, no dia 17 de maio, no Au-ditório da FLIT, montado na Praça Mariano Cavalcante.

anos e meio de processo de sucessão pastoral, quando a Igreja foi orientada pelo pastor Juracy Bahia, então Executivo da OPBB. Neste ano realizamos três grandes cultos de louvor e gratidão a Deus pelo aniversário da Igreja. No dia 12 pregou o pastor Adriano Dias Gomes,

Para admiradores e interes-sados poderem conhecer mais de perto a sua história foi montada no local da feira uma barraca com exposição de fotos e material didático--pedagógico.

Durante o seu discurso o missionário, com modés-tia, disse não achar ter feito muita coisa na área literária para ser digno de uma ho-menagem, mas que a recebia como um bálsamo para o coração de um velho lida-dor no campo da Educação que já via o sol começar a declinar em sua jornada. Lembrou também do tem-po em que uma revista de notícia chegava a região de vez em quando trazida pelo Correio Aéreo Nacional e que esta servia para toda a cidade. Emocionou a todos

do Ministério Jovem, que fa-lou sobre a importância de fa-zer a diferença neste mundo tão entregue ao pecado. No domingo pela manhã pregou o pastor titular, Robson Melo Câmara, que desafiou a Igreja a manter firme suas convic-ções especialmente em rela-ção à sua missão maior, que

os presentes ao lembrar que ao chegar no Tocantins, que então era o norte de Goiás, os índios xerente não chega-va a quatrocentos e cinquen-ta e que, o que se ouvia os mais velhos da tribo dizer era: “Um dia fomos muitos, agora nóis é pouco, só falta nóis acabá tudo”. Pois o povo Xerente estava sendo dizimado por enfermidades oriundas do contato com o homem branco para as quais não tinham nem anticorpos nem remédios. Mas o mis-sionário encheu o peito para dizer que O Criador tinha outro plano para a nação xe-rente e que hoje os xerentes estão próximos de três mil. Realçou que pelo conheci-mento das letras e por uma melhor compreensão das promessas do evangelho de

é ganhar almas para Cristo. No domingo à noite houve a participação especial do pas-tor e cantor Fernandinho que, acompanhado de sua esposa, irmã Paula, e da Banda de músicos, conduziu centenas de irmãos, membros da Igre-ja, e de convidados, a um tempo de louvor e adoração

Cristo o Xerente está me-lhor capacitado a enfrentar a nova realidade com que hoje se defronta, citou ainda, com alegria, terem os Xeren-te hoje quase duas dezenas de seus filhos com diploma universitário e algumas de-zenas mais cursando escolas de nível superior, além de bom número de profissionais a nível de curso médio. Para exemplificar mencionou um fato ocorrido naquele dia, quando um conhecido seu lhe contou que ao levar seu pai ao Hospital Regional, este fora atendido por uma técnica de enfermagem índia xerente.

O Secretário Estadual de Educação do Tocantins, Da-nilo de Melo Sousa, em seu discurso disse que os escritos do missionário não serão perdidos e que o governador do Estado do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos, já autorizou a republicação de todo o material produzido por ele e sua equipe, através da Secretaria Estadual de Educação.

Esse missionário já recebeu outras homenagens pelos seus serviços prestados a esta região do país, entre eles o tí-tulo de cidadão tocantinense.

Momentos como este mos-tram a relevância do evange-lho na vida dos povos indíge-nas e glorificam o nome do nosso Deus.

a Deus. Também participa-ram o Coro Principal de o Coro Infanto Juvenil.

Ainda neste ano de 2012 a PIB de Macaé estará inician-do as obras de construção do seu novo Templo, com capa-cidade para duas mil pessoas, um dos maiores desafios para os próximos anos.

Pastor batista é homenageado na Feira Literária do Tocantins

PIB de Macaé celebra seu 114o aniversário

Pr. Robson acompanhado de sua esposa Jeane, da ir. Giane Marize, Ministra de Música, com o pastor Fernandinho, a esposa Paula

Pastor e cantor Fernandinho louvou com sua esposa Paula e Banda

Pr. Guenther discursa no segundo dia da feira antes da apresentação cultural dos Xerentes

Pr. Guenther recebe placa de homenagem das mãos do governador em exercicio do Tocantins João Oliviera

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9o jornal batista – domingo, 03/06/12notícias do brasil batista

Erica BispoProfessora, pesquisadora e membro da PIB de Madureira

O réveillon de 2011 foi uma celebra-ção marcante na vida da Primeira

Igreja Batista de Madurei-ra (RJ), uma vez que, nessa data, os membros da Igreja comemoraram os 100 anos de serviço ao Senhor naquele bairro. O culto de virada foi o encerramento de um ano de festejos. A celebração foi coroada com uma rica mensagem pregada e contou com a participação de vários grupos musicais, entre eles um grande coral formado por mais de 100 vozes cantando “Aleluia”, de Handel.

Ao longo de 2011, ano do centenário, a Igreja, liderada pelo pastor Marcos Gaudard Corrêa, recebeu, mês a mês, um líder denominacional que, de alguma forma, com-pusera a história da igreja: ex-pastores, presidentes de organizações e o pastor da igreja-mãe formaram o rol de visitas ilustres. Os chamados “cultos do centenário” conta-ram também com a exibição de fotos das décadas aludidas e um pouco da história da Igreja.

com 37 membros e sob o pastoreio de Francisco F. So-ren, que dirigia várias igrejas simultaneamente. Contudo, antes disso e no mesmo ano, a PIB Madureira já dava mos-tras de sua vocação ministe-rial com a inauguração da Escola Batista de Madureira, em setembro, e formação do Coro da Igreja, hoje Coro Do-rivil do Souza, em novembro.

A interferência na rotina do bairro foi e continua sendo um dos traços marcantes no minis-tério da PIB de Madureira. A Escola Batista, que funcionou

até 1950, foi um grande ganho para a localidade, que carecia de instituições de ensino. Além da educação formal, a Igreja investiu em cursos para a gera-ção de renda, tais como aulas de artesanato, que surgiram na década de 1960 e perduram até hoje. A década de 2000 foi marcada pela manutenção de uma creche e, desde setembro de 2006, a Igreja gere o Proje-to Criança Feliz (PROCRIFE), uma organização não gover-namental que visa atender a crianças em situação de risco social. Há em desenvolvimen-to, para um futuro próximo, um projeto que alcance dependen-tes químicos.

O prédio situado na rua Do-mingos Lopes, 652, sediou, durante anos, a Igreja. Hoje, abriga o Centro de Missões, onde acontecem atendimen-tos psicológicos, aconselha-mentos e cursos. O terreno foi fruto de uma doação vinda dos Estados Unidos, conse-guida pelo então pastor Sa-lomão Luiz Guinsburg (1916 a 1917). Durante o ministé-rio do pastor Américo Sena (1920 a 1950), a primeira sede própria da Igreja foi er-guida e inaugurada em 31 de dezembro de 1921. Em 1 de janeiro de 1953, o prédio que existe até hoje foi inaugurado, durante o ministério do pastor Eliezer Corrêa (1950 a 1958). Na década de 1970, teve iní-cio a aquisição dos terrenos que abrigam a atual sede da Igreja, inaugurada em 2002.

Aos 100 anos de vida, a Primeira Igreja Batista de Madureira conta com mais de 900 membros, 5 igrejas--filhas, um grandioso prédio próprio localizado na Praça do Patriarca. Passaram por sua história 15 homens de Deus que serviram como pas-tores e um número infinito de servos e servas que têm tido o compromisso de honrar ao Senhor em seu tempo.

PIB Madureira: 100 anos servindo a Jesus

Nossos pastores Início do ministérioFrancisco Fulgêncio Soren 31 de dezembro de 1911

Abraão José de Oliveira 29 de setembro de 1912

Salomão Luiz Guinsburg setembro de 1916

Ernesto de Araújo março de 1917

Américo Luciano Sena dezembro de 1920

Francisco Araújo (interino) agosto de 1950

Eliezer Corrêa de Oliveira 31 de dezembro de 1950

Albérico Alves de Souza 31 de dezembro de 1958

Irland Pereira de Azevedo (interino) 29 de novembro de 1964

Roque Monteiro de Andrade 13 de junho de 1965

Altino Vasconcelos 13 de março de 1968

João Carlos Keidann 21 de abril de 1974

José Francisco Aguiar do Amaral 18 de junho de 1978

Oswaldo Ferreira Bomfim 02 de setembro de 1984

Marcos Gaudard Corrêa 30 de abril de 1995

Nossos pastores ao longo de 100 anos

Lançamento da pedra fundamental do novo templo em 1 de janeiro de 1950

Culto de gratidão a Deus pelos 100 anos da PIB Madureira, em 31 de dezembro de 2011

A PIB de Madureira nasceu, em 1900, como ponto de pregação da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, liderada à época pelo pastor Francisco Fulgêncio Soren. A obra, inicialmente, foi di-rigida pelo irmão Germínio M. dos Santos e funcionava em sua casa. Em 2 de abril de 1910, foi inaugurada a Congregação Batista de Ma-dureira, com sede na rua João Vicente e tendo o seminarista Abraão Oliveira como líder.

Em 31 de dezembro de 1911, a Igreja foi organizada

Coro Egreja Evangélica Baptista de Madureira (foto mais antiga)

Coro infanto juvenil no segundo templo da Igreja

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10 o jornal batista – domingo, 03/06/12 notícias do brasil batista

Guiné Gilberto Romero, Rosangela Romero Calderan e Maricelia Romero – Filhos do pastor Guiné Romero Jr.

No dia 8 de fevereiro de 2012, em um abençoado culto de gratidão a Deus,

comemoramos 60 anos de mi-nistério pastoral de nosso pai, pastor Guiné Romero Junior. A TIB – Terceira Igreja Batista em Curitiba, antigamente conheci-da como Igreja Batista em Vila Guaíra, na pessoa de seu pastor Ailton, recebeu-nos com imen-so carinho. Alguns membros ainda da época da abertura da Igreja – onde o pastor Guiné foi ordenado e seu primeiro pastor efetivo – se fizeram presentes e efetuaram uma linda home-nagem ao imporem as mãos e abençoá-los.

Sob a regência do irmão João Lucas da igreja local, e acom-panhamento do filho Guiné Gilberto ao violino e do neto – recém formado também em teologia – Alexandre, ao sax, a congregação emocionou-se ao entoar cânticos e hinos predi-letos do casal. Muitos pastores estiveram presentes trazendo seus abraços e carinho. Foi o preletor na noite festiva, o pastor Claudinei, coordenador da Associação do Litoral Para-naense. Foi verdadeiramente uma noite festiva.

Aos 88 anos de idade, e com vigor invejável, esse casal: Pr. Guiné e esposa Rosa Natália, mais conhecida como Dona Rosinha, nos dá lição de vida e nos incentiva a continuar a carreira que nos é proposta por Deus com muito mais ânimo e garra.

Não se falou somente das muitas obras do passado. E das muitas igrejas pastoreadas, e pessoas que foram batizadas e abençoadas por Deus, através de suas mãos. Se o amado leitor pensa em um casal que - nessa idade seria normal assim proceder – fica em casa em suas poltronas somente lendo e meditando, somen-te lembrando do passado, enganam-se redondamente. Eles ainda estão na ativa e em novo projeto missionário de abertura de igreja onde nada havia. Pontal do Sul, conhe-cida por sua beleza, mas ulti-mamente conhecida por sua violência, está recebendo um ponto de pregações iniciado por eles e que já tem contado com batismos, transferências, reconciliações, que a frequên-cia ultrapassa 20 pessoas. Eles em todos os finais de semana, desde sexta-feira, saem de sua casa, pegam ônibus em direção a Pontal do Paraná e lá ficam até segunda-feira. Visitam, aconselham, evan-

gelizam, ensinam a adultos e crianças. Recebem apoio de sua igreja mãe – Igreja Batista Boas Novas – de Paranaguá, onde moram.

Eles precisam de tua ajuda em oração e oferta de tempo e talentos lá na obra. Agende sua visita e leve seu apoio. Quando for à praia, não deixe de visitá-los, eles atenderão com muita alegria.

Uma vida que vale diamanteFilho de imigrantes de ori-

gem espanhola, nasceu numa família de 12 irmãos no dia 24 de abril de 1923 na cidade de São José do Rio Preto/SP. Foi para o Paraná com 10 anos de idade. Converteu-se aos 14 anos e foi batizado pelo pastor Frederico Vitols, aos 16 anos na cidade de Ibiporã. Mesmo enfrentando preconceitos de toda a família, foi o primeiro da família a converter-se, e hoje, todos são de Jesus.

Sentiu a chamada para o mi-nistério aos 19 anos, estudou primeiro em Curitiba no então Instituto Teológico. Nesta épo-ca cooperou como seminarista com as igrejas de Mafra e Rio Negro, onde encontrou aque-la que viria a ser sua esposa. Também nos últimos anos de instituto, cooperou com a igreja de Antonina. Depois cur-sou e formou-se no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ. Nesta época, como seminarista trabalhava na igreja de Realengo. Em dezembro de 1951 foi consagrado ao minis-tério, assumindo seu primeiro pastorado em 8 de fevereiro de 1952 na Igreja Batista de Vila Guaira, na cidade de Curitiba, que na época era recentemente organizada como igreja.

Casou-se com Rosa Natália Guedes Romero em 1952 e desta união nasceram os filhos: Guiné Gilberto, Rosângela e Maricélia, todos integrados na obra do Senhor. Hoje com um bisneto Isaac, neto da Ro-sângela.

Pastoreou depois: Cornélio Procópio, Ibiporã, Arapongas, Astorga, Guaraqueçaba, Serra Negra, Morretes, Guaratuba e Matinhos. Também as con-gregações de Jacarezinho, Santo Antonio da Platina e

Jataizinho. Foi presidente da Associação do Litoral, foi presi-dente, tesoureiro, coordenador e diretor do Acampamento Lirio do Vale. Foi redator de O Batista Paranaense e diretor do Lar Batista Paranaense em Lon-drina. Foi pastor conselheiro da Igreja em Matinhos, diretor de evangelismo na Primeira Igreja Batista em Paranaguá. Também foi professor no Ins-tituto Bíblico João Calvino da Igreja Presbiteriana Indepen-dente em Arapongas. Na vida secular foi professor do Estado e Diretor de Colégio por 30 anos, ministrando as matérias

de Inglês e Português. É escri-tor de livros que tem abenço-ado muitas vidas.

Teve seu grande sonho re-alizado quando pôde visitar por duas vezes Israel. Lá reali-zou culto no Mar da Galileia, batismos no Rio Jordão, culto no Jardim das Oliveiras com celebração da ceia, reunião de oração no Jardim do Get-sêmani. Teve experiências ma-ravilhosas com Deus na área da cura, onde ministrou e foi ministrado. Relatadas em seu livro “Deus do impossível”.

Teve ainda diversos minis-térios. Era um verdadeiro mis-

sionário, trabalhando no barco missionário da Associação do Litoral, nas ilhas, atendendo igrejas, ministrando ceia do Senhor, batismos e pregando em igrejas sem pastor.

Como coordenador do Li-toral visitava igrejas que soli-citavam atendimento. Nunca deixou de atender a todas as igrejas que era solicitado, mes-mo muitas vezes com a saúde abalada. Agora encontra-se abrindo uma Frente Missioná-ria Batista em Pontal do Sul. Um grande desafio na área de prostituição, traficantes e drogados.

Pr. Guiné Romero Jr.60 anos servindo a Deus

60 anos de ministério pastoral ungidos pelo Senhor Pr. Guiné Romero Junior e sua esposa Rosa Natália em celebração

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11o jornal batista – domingo, 03/06/12missões mundiais

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

Em abril, o casal mis-sionário pastor Joel e Lúcia Martiniano (África do Sul) este-

ve apoiando o trabalho da missionária Odete Dossi em Moçambique, onde visitou alguns campos. No dia 16 eles saíram de Nampula e, com a missionária Odete, fo-ram para Nakuka. Ao chega-rem ali, havia seis congrega-ções reunidas, sedentas para ouvirem a Palavra de Deus. “Foi emocionante a nossa chegada àquele local. Ali estavam vários irmãos can-tando, glorificando a Deus!”, disse Odete Dossi.

No dia seguinte, o pastor Joel iniciou estudos bíblicos com o grupo que iria se sub-meter ao batismo. Os estudos foram ministrados pelo pastor Joel e traduzido para o dialeto macua por um pastor nacio-nal. Após a preparação, para a glória de Deus, naquele dia foram batizadas 37 pessoas. Os batismos foram realizados em um rio pelo missionário

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

A Junta de Missões Mundiais recebeu em maio um dos 12 vice-presidentes

da Aliança Batista Mundial, pastor Olu Q. Menjay, que é também o presidente da convenção batista da Libé-ria, país localizado na costa ocidental da África. Ele agra-deceu o apoio dado pelos ba-tistas brasileiros à expansão do Evangelho em seu país.

“Estou muito impressiona-do com sua paixão por Mis-sões”, disse o pastor Menjay. “Quero agradecer Missões Mundiais por me ajudar a vir aqui e ver o que Deus está fazendo no Brasil”, acres-centou.

pastor Joel. Após essa ceri-mônia, eles voltaram para a congregação e participaram da ceia do Senhor. Os líderes das congregações ali reunidas também foram ministrados pelo missionário com estudos bíblicos; no final, eles recebe-ram uma apostila e uma Bíblia em português.

Em seguida foi projetado o filme Jesus, baseado no Evan-gelho de Lucas. Ao começar a projeção do filme, apa-reciam pessoas que nunca viram um filme e nem sabiam o que era aquilo. Elas vinham de todos os lados, de povo-

O pastor Menjay apresen-tou o trabalho desenvolvi-do no Ricks Institute, escola fundada no final do século XIX e que é mantida pela convenção batista liberiana. Em abril de 2011, o pastor Mayrinkellison Wander-ley, coordenador de Mis-sões Mundiais para a Áfri-ca, visitou a Libéria e teve a oportunidade de conhecer as instalações desta que é única escola privada do país a oferecer educação gratui-tamente.

“Conheci as instalações, de excelente qualidade para a realidade local, que foram queimadas e destruídas com a guerra civil, mas agora es-tão bem, e falei aos mais de 600 alunos, vindos de toda a Libéria”, disse à época o pastor Mayrinkellison.

ados vizinhos. De repente, havia uma grande multidão. Entre elas havia feiticeiros, curandeiros, muçulmanos e muitos incrédulos. Ao final, o pastor Joel apresentou o plano de salvação e fez o apelo. Para a glória de Deus, muitas pessoas entregaram suas vidas a Cristo.

De volta para Nampula, os missionários pararam na lo-calidade de Murrapano, onde realizaram um culto numa congregação batista que esta-va lotada. Depois eles foram para Muthai, onde realiza-ram as mesmas atividades

A escola ainda tem desafios a superar, e suas principais carências são professores (es-pecialmente de Matemática, Ciências e Educação Física) e voluntários (para ajudar na manutenção e construção de

de Nakuka. Ao terminar a montagem dos equipamen-tos de projeção, havia uma multidão ansiosa para assistir o filme Jesus. Começou a chuviscar, e os missionários guardaram os equipamentos. Enquanto isso, o pastor Joel pregava para uma multidão. Ele fez um convite para que todos viessem assistir o filme no dia seguinte. No outro dia o filme foi projetado e, para a glória de Deus, muitas pesso-as receberam a Cristo.

Eles estiveram também em Ribaué, centro de Malaua. Nessa localidade, o pastor Joel

instalações da escola, e na área de saúde que possam atender na unidade educa-cional e igrejas da região). Além disso, há carência de profissionais de Medicina Veterinária e Agronomia.

realizou estudo para batismo. Novamente, em um rio, foram realizados 54 batismos; ao vol-tarem, os irmãos participaram da Ceia do Senhor.

No dia 23, eles foram para a localidade de Momola, onde há uma congregação central. Ali estavam reunidas cinco congregações. Depois das mesmas ações, feitas nas outras aldeias, foram batiza-das mais 34 pessoas.

Eles voltaram para Nam-pula no dia 25 de abril e, na manhã seguinte, foram para a Congregação de Rex onde a missionária Odete ajuda nos trabalhos. Ali estavam reuni-das mais oito congregações, esperando para receber a Palavra de Deus. Como nas demais localidades, a irmã Lúcia trabalhou com as crian-ças e o pastor Joel Martiniano batizou mais 37 pessoas.

“Estou muito feliz porque, das pessoas batizadas, 13 fizeram discipulado comigo. Agradecemos e damos glória a Deus, pois, no total, foram batizadas 162 pessoas!”, fi-naliza a missionária Odete Dossi.

Para o gerente de Mis-sões, pastor Lauro Mandira, a visita do vice-presidente da Aliança Batista Mundial à sede da JMM é uma bênção para todos, pois os batistas brasileiros são enriquecidos com as experiências que ele e outros missionários têm para compartilhar, assim como eles levam suas im-pressões do trabalho reali-zado no Brasil.

“Queremos dizer aos ir-mãos africanos que nós, batistas brasileiros, esta-mos comprometidos com a pregação do Evangelho no mundo”, declarou o pastor Lauro.

Se você sente o desejo de contribuir com o trabalho missionário na Libéria, es-creva para [email protected] e receba as orientações.

162 batismos em Moçambique

JMM recebe visita de vice-presidente da Aliança Batista Mundial

Pr. Olu Q. Menjay visitou JMM em maio

O Pr. Joel Martiniano visitou várias aldeias em Moçambique

O Pr. Joel batizou 162 pessoas em Moçambique

Irmãos moçambicanos louvando a Deus

Pr. Joel realizando mais um batismo em Moçambique

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12 o jornal batista – domingo, 03/06/12 notícias do brasil batista

Pr. Enéas S. Menezes

Muito obrigado, Senhor, pelos 63 anos desta obra; pelas lutas

e vitórias, pelas noites de insônia, até pelas incompre-ensões.

Muito obrigado, Senhor, pela pequenina semente que hoje é árvore, pelo regato que hoje é rio: árvore que dá sombra, descanso e paz ao peregrino; rio caudaloso e cristalino, porque é “de águas vivas”.

Muito obrigado, Senhor, pela vivência dos dias das coisas pequenas: o pequeno programa, na pequena emis-sora, os poucos ouvintes, aquela sala de poucos me-tros quadrados, onde tudo começou... A equipe dimi-nuta, as poucas ofertas. Mas no pouco, o muito da tua bênção.

Muito obrigado, Senhor, pelo pouco equipamento e o muito que fazer; pelo tempo das idas constantes às emissoras, de bonde, lotação, ônibus, carro ou mesmo a

pé, só para dizer a todos das grandezas do teu amor.

Muito obrigado, Senhor, pelos muitos alunos que nos deste, pelos muitos que sal-vaste, pela multidão que vol-tou ao teu aprisco porque ouviram esta mensagem.

Muito obrigado, Senhor, pelos que se desprenderam de si mesmos porque divi-saram nesta obra a imagem do teu amor. E deram de seu tempo, seus talentos e seus bens. Alguns já estão contigo na glória. Passaram a outros o bastão para que a bênção prossiga. Obrigado, por esta renovação de valores.

Muito obrigado, Senhor, pelos ideais em marcha: os já realizados e os que aguardam sua hora. E, dentre tantas vitórias vindas de tuas dadi-vosas mãos, louvamos-te pela Sede, pelo Acampamento da Fé Monte Moriá, pelo Espaço Cultural EBAR e a Editora EBAR, que tanto têm ajudado o povo na compreensão de tua vontade!

Muito obrigado, Senhor, pelas emissoras AM, FM, Web radio e Serviços de Alto

Falantes, portas missioná-rias que se abrem diante de nós; pelos programas diários locais, mas também pelos internacionais irradiados. Obrigado, Fonte de Toda Bênção, pelo Fundador da Obra – pastor David Gomes

– que contigo já está desde agosto de 2003, tendo com-batido o bom combate.

E na marca dos 63 anos des-ta instituição, nós da Equipe EBAR te rogamos: Humildade genuína para reconhecer que fazes a obra, não nós; fé

renovada para novo e longo caminhar; alegria constante na proclamação da multifor-me sabedoria tua; coragem e persistência para os embates no dia a dia; descanso abso-luto nas promessas de Jesus.

Amém.

Muito obrigado, Senhor! Homenagem à Escola Bíblica do Ar

em seu 63o aniversário

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 03/06/12

Francisca de Assis Peixoto06/01/1930 A 28/03/2012

Sua filha Lucinéia e Pr. Sebastião Ferreira, da PIB de Vila da Penha

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhante mais a mais até ser dia perfeito” (Prov. 4.18).

A Bíblia compara o vida dos justos ao nascer do sol. É as-sim que eu com-

paro a minha mãe. Ela foi indispensável em nossas vidas, ao nosso crescimento e à saúde que recebemos.

Orivaldo Pimentel Lopes

Conheci o Dr. Luiz, bem antes de co-nhecer sua irmã Fani, minha espo-

sa. Sempre me encantei por sua postura angelical. Eu era um jovem combativo e muito exigente, especial-mente para com os irmãos em Cristo. Para mim, crente tinha que ser perfeito e eu, coitado, chegava a pensar que era, até conhecê-lo, o padrão ideal para um ado-lescente sonhador e im-placável com os erros da humanidade, especialmente dos crentes.

Foram mais de sessenta anos de convivência fami-liar. A adolescência passou, os anos avançaram e Deus nos deu a graça de privar com alguém do qual pode-mos nos orgulhar. Culto, importante na vida profis-sional, um ícone do Banco do Brasil, no qual investiu os seus vastos conhecimen-tos e habilidades, como economista e homem de bem, galgando todos os postos de brilhante carreira profissional.

O que mais me encantava em Luiz era a sua estatura espiritual, seu porte de va-rão perfeito, que se impu-nha pela sua humildade, fé e caráter. Brilhante na sua cátedra de grande mestre da

Sem esse sol nós não tería-mos saúde.

Nossa mãe era como o sol, ela trabalhava em silêncio e sem barulho. O Sol é su-perior, ele está acima das nuvens e das tempestades, muito além das nuvens ne-gras que, às vezes, teimavam em surgir em nossas vidas. Mamãe, o nosso sol, não trabalhava sob bajulação. Ela fazia o que vinha em suas mãos e fazia conforme suas forças. Ela era aluna assídua da Escola Bíblica Dominical, secretária da EBD e, se preci-so fosse, também professora.

Ela e meu pai eram mem-bros assíduos e nunca deixa-

Bíblia, como professor da Escola Bíblica Dominical, nas duas igrejas onde serviu ao longo de sua abençoada vida, Primeira Igreja Batis-ta de Vitória-ES, onde foi batizado e Igreja Batista Itacuruçá-RJ, onde encerrou sua abençoada e brilhante vida espiritual. Ser seu alu-no era como ter assento nas mais avançadas faculdades de teologia.

Em uma de suas aulas, quando então eu era semi-narista na Igreja Itacuruçá, nos contou uma experiên-cia profissional, que evi-denciou o seu caráter de homem santo, que também tinha falhas. Por uma vez se lembrava de um desen-tendimento com um cole-ga, no Banco onde traba-lhavam, por causa do uso da máquina de escrever. Ambos precisavam usá-la. O ambiente ficou tenso. Voltou-se para o seu cole-ga dizendo: “Quem paga o nosso tempo? Não é o Banco para quem trabalha-mos. Por que estamos a nos desgastar e comprometer o nosso coleguismo? Conclua o seu trabalho e depois farei o meu”. Foi naquela história por ele narrada, tão simples e encontradiça a cada momento, que nasceu em mim o conceito de sua semelhança com Isaque, que agora a torna pública.

ram seus filhos para trás ao irem à igreja. Na nossa casa só tinha uma chave da porta da sala porque a da cozinha era trinco e essa única chave era do meu pai. Ele fazia como Josué. Colocava todos à frente e todos íamos para a igreja. Eles foram casados por 53 anos. Sempre estiveram juntos e hoje estão juntos no céu.

Nós somos cinco irmãos (quatro irmãs e um irmão), treze netos, oito bisnetos, todos servos do Senhor. A nossa mãe e o nosso pai estão brilhando lá no céu por que verdadeiramente eles foram a vereda dos justos.

A convivência com al-guém tão especial como Luiz nos levava sempre a um personagem bíblico que nos encanta. Quem não se comove com a história de um dos três patriarcas de Israel, chamado Isaque. Aparentemente o menor deles, um verdadeiro servo de Deus, cujas marcas de pureza, dependência de Deus e grande mansidão são suas marcas distintas. Seu começo, como quase tudo em sua vida, já foi mi-lagroso e assim crescia, ao lado do meio irmão Ismael; a viagem com seu pai para o sacrifício; a forma como se deu o casamento com Re-beca; a paciente espera de trinta anos pela concepção de Rebeca; sua paciência e fé nos episódios dos poços entupidos pelos adversários; a pureza e simplicidade na esperteza de sua esposa na bênção a Jacó e sua postura ao descobrir a trama da es-posa em benefício do filho mais novo, Jacó. Seus feitos pacificadores nos encantam, como figura exponencial no patriarcado judaico.

Conviver com alguém que nos levava à semelhança do notável Isaque, foi um dos belos encantos da mi-nha vida, cujas marcas nos mostram como é encanta-dora a vida dos que vivem na presença e dependência

de Deus. Foram 91 anos, aparentemente muito tempo, mas para quem desfrutou de sua companhia, como fami-liar, irmão em Cristo, com destaque, os da Igreja de Ita-curuçá e mui especialmente sua esposa Jaci, cujo coração se derrama em prol dos ne-cessitados e que, ao lado do marido a tantos abençoou, nos quais nos inserimos, ao tempo de seminarista; foi muito pouco tempo.

Pessoas como Luiz e Isa-que sempre farão muita falta entre nós. O espaço está disponível para que outros o ocupem e tornem o mundo melhor e que re-cebam as boas vindas de Deus: “Bem está servo bom e fiel; foste fiel sobre pou-co, sobre muito te coloca-rei; participa da alegria do teu Senhor”. Para Luiz, não mais promessa e sim cum-primento.

notícias do brasil batista

A Vereda dos Justos

Luiz Antônio Curvacho, meu cunhado

Francisca de Assis Peixoto

Luiz Antônio Curvacho

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14 o jornal batista – domingo, 03/06/12 ponto de vista

Cacau de BritoAdvogado

Em artigo em O Globo (8/4/2012), os ex-pre-sidentes da República Fernando Henrique

Cardoso (Brasil), César Ga-viria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México) propuseram políticas para reduzir o con-sumo de drogas no mundo, particularmente na América Latina, onde criaram a Co-missão Latino-Americana so-bre as Drogas e Democracia. Uma das medidas propostas é a regulação da droga, ou seja, torná-la legal, pois assim o estado teria condições de impor limites ao comércio e consumo.

Segundo eles, a prevenção e regulação são mais eficientes do que a simples repressão e

Paulo Cezar Vieira dos SantosDiácono da Igreja Memorial Batista de Brasília

ohn Newton comanda-va navio negreiro inglês abarrotado de escravos africanos quando o mar

foi assolado por violenta tempestade. Seu marinheiro caiu e morreu afogado. As-sumindo a direção do barco o capitão sentiu o tamanho da dificuldade que tinha de enfrentar, inversamente pro-porcional a sua absoluta fra-gilidade. Entendeu que, em momentos de grande perigo, somente a graça de Deus pode salvar. Tornou-se cris-tão e abolicionista. Impacta-do pela experiência vivida, escreveu o admirável hino, cuja primeira impressão se deu em 1779.

Muitos cantores célebres têm entoado a inspirada e arrebatadora melodia, a exemplo de Diana Ross em magistral interpretação du-

poderia reduzir de modo sig-nificativo os recursos obtidos pelos narcotraficantes. Os autores querem ainda esta-belecer uma distinção entre os conceitos de legalizar e regular as drogas. Dizem eles: “Regular significa criar condi-ções para impor restrições e limites ao comércio e consu-mo do produto, sem colocá-lo na ilegalidade”.

Concordamos apenas em parte com esta argumentação. Acreditamos, neste sentido, que a legalização das drogas – ou regularização, como querem eles - não traz garan-tias de que ela possa reduzir o consumo ou, em consequ-ência, reduzir o capital do narcotráfico, forçando uma mudança na comercialização do produto. Os autores do ar-tigo citam o fato de o controle

rante concerto de Natal em Viena, Áustria. Porém, uma apresentação considero espe-cial dentre todas as demais, por seu significado: diante de multidão de assistentes, quarteto masculino, multina-cional, integrado por francês, americano, suíço e espanhol, denominado Il Divo, cantou o Amazing Grace – no Coli-seu Romano!

O Coliseu, construído na época do império romano entre os anos 72 e 80 d.C., está localizado no centro de Roma. A festa de sua inauguração durou 100 dias, quando morreram, para júbi-lo da massa enlouquecida, dezenas de gladiadores e feras. Tem sofrido avarias decorrentes de terremotos, além de desgaste pelos milê-nios de existência. Mas está lá, ainda de pé. Em 1980 foi considerado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. Para os cristãos primitivos, foi patrimônio da desuma-

do tabaco ter sido um sucesso devido às políticas educacio-nais e reguladoras.

Acreditamos que a libera-ção das drogas trará conse-quências gravíssimas para a sociedade como um todo. Em primeiro lugar, atrairia para o consumo um número elevado de pessoas, que procurariam “provar” o produto para saber quais efeitos ele provocaria em seus cérebros. Milhares de jovens acabariam com certeza se viciando, pois não têm equilíbrio emocional para controlar os danos causados por drogas como cocaína e maconha em seus sistemas nervosos.

Os três ex-presidentes tam-bém não esclarecem como o estado iria controlar as drogas se estas forem liberadas. Só com recomendação médica

nidade. Teve uso variado a serviço de imperadores que compensavam tirania com fornecimento de pão e circo. Inúmeros cristãos foram ali sacrificados nas pontas de espadas, nas bocas de leões famintos, nas labaredas de fogueiras e tantos outros procedimentos atrozes. Para delírio da plateia.

A magnífica edificação é hoje uma ruína, embora bela ruína arquitetônica. A tribuna dos imperadores, os camarotes dos cortesãos, as arquibancadas do povão, as jaulas das feras, os alo-jamentos dos gladiadores, as celas de nossos irmãos, são apenas ruínas. Mas es-tão lá. Para que? Creio que não apenas para encantar turistas. Talvez, para que suas estruturas pétreas pu-dessem escutar que a graça de Jesus, que encorajou ho-mens, mulheres e crianças a preferirem a morte física e extremamente dolorosa à

as pessoas teriam acesso às drogas mais pesadas, ou ha-veria uma cota por mês deste tipo de drogas para quem quisesse prová-las? Jovens até 17 anos estariam pela “regulação” impedidos de comprar drogas? Como lidar com os novos dependentes químicos que surgiriam com a liberação das drogas?

Estes também têm sido os re-ceios de Barack Obama, pre-sidente dos Estados Unidos, em entrevista no jornal Folha de São Paulo (15/4/2012), onde se diz contra a liberação prematura das drogas. Obama diz ser favorável a um amplo debate sobre o assunto antes de sua liberação.

Em nossa opinião, o estado não teria condições de pres-tar atendimento a milhares de dependentes químicos

negação de sua crença e de sua fé, permanece a mesma, imutável, poderosa, sólida e vitoriosa. Como antes, hoje e eternamente.

Os imperadores, autoin-titulados deuses, a corte corrupta e sanguinária, o povão inebriado de sangue, pão e diversão cruel, eva-poraram na inexorabilidade do tempo e da história. No máximo, seus corpos físicos serão fósseis. O local cons-truído para fins funestos está de pé.

O circo de horrores não poderia desaparecer. Ele é prova material e insofismá-vel a bradar que as vidas imoladas no altar do sacrifí-cio humano há dois mil anos não morreram em vão. Elas são evidência eterna de que a graça de Deus manifesta em Seu Filho Amado é su-perior à vaidade humana, à temporalidade humana, ao movediço poder humano. Ela é a graça eterna que veio

originados pelos novos com-portamentos que surgirão em face da ausência da repressão policial propriamente dita. Acreditamos que a liberação das drogas ainda é um tema que necessita de mais escla-recimentos, pois pode virar uma mistificação e provocar problemas ainda maiores do que os que já existem nessa área crítica.

Historicamente, as dro-gas usadas pelas sociedades humanas em algumas con-junturas provocam deses-truturação, vulnerabilidades e desconexão do homem com seu real. Assim sendo, acreditamos que devemos recusar sua liberação, pois ainda não chegamos a con-dição de ter equilíbrio para este super consumo que viria pela frente.

libertar e que permanece imutável, hoje como antes e eternamente. As notas mu-sicais ecoando nas ruínas trágicas do anfiteatro são o brado de Deus a unir passa-do e presente para acordar consciências adormecidas, balançar estruturas viciadas, carcomidas. Amazing Gra-ce no Coliseu é comprova-ção histórica da soberania de Deus sobre a estultícia humana. E a multinacio-nalidade dos cantores foi profundamente significativa: um império julgou triunfar sobre a Graça. Sucumbiu. Agora, no mesmo local, na-ções diversas reafirmaram a supremacia da Graça. Os contemporâneos da barbárie não poderiam supor tama-nha reviravolta e surpresa!

Que melhor canção para o Coliseu, em pleno século XXI, do que as notas vibran-tes de Amazing Grace, que, traduzido, quer dizer: Graça Surpreendente?!

J

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15o jornal batista – domingo, 03/06/12ponto de vista

Pr. Matosalém da Rocha LopesPresidente da Coordenadoria de Desenvolvimento Cristão da Convenção Batista de Pernambuco

No ano em que os batistas brasileiros elegeram a edu-cação cristã como

tema principal, queremos fa-zer um recorte especial ante tal temática demonstrando nossa alegria e satisfação pela oportunidade de dis-cutirmos tal enfoque, mas também nossa preocupação já que temos constatado que precisamos enquanto líderes cristãos conhecermos melhor o Plano Diretor de Educação (PDER), pois entendemos que o mesmo será uma gran-de benção na vida do povo batista se vivenciado em sua prática.

Historicamente conhecidos pelo povo da Educação, não podemos deixar essa grande oportunidade passar, ao con-trário, intensificar essa busca, investir em nossas casas de formação, em nossos pas-tores, educadores e líderes denominacionais que com certeza precisam ampliar sua visão, definir sua missão e valores. O tempo chegou, nós batistas brasileiros temos a grande oportunidade de darmos mais ênfase a esse projeto tornando assim nos-sas igrejas e denominação mais eficaz no cumprimento de sua tarefa fim, que é a Grande Comissão deixada por Jesus em Mateus 28.18-20, portando ide, e fazei dis-cípulos.

Vislumbro nesse grande desafio uma oportunidade de revermos, mais uma vez insisto, o nosso Plano Diretor de Educação que temos tido oportunidade de acompanhar sua exposição e implantação na vida de muitas igrejas ba-tistas, porém detectando tam-bém o quanto ainda é preciso fazer para que o mesmo che-gue de fato em nossas igrejas em todo território brasileiro. Haja vista que nosso povo ca-rece demais de informações, consultoria e acompanha-mento para implantação do mesmo. Não querendo ser pessimista quanto o futuro do Plano Diretor, mas percebo que precisamos rediscutir e chamar nossa liderança mais uma vez a um olhar desafia-dor, pois não podemos ter uma igreja forte e uma de-

nominação sem passar pelo crivo da educação cristã; pois percebemos que cada dia nosso povo está mais exigen-te anelando por uma igreja forte e uma denominação que esteja na vanguarda de pilares tão importantes que é a educação cristã. Infeliz-mente é triste detectarmos, que muitas igrejas batistas do Brasil ainda não ouviram falar sobre o Plano Diretor, creio que isso deve nos in-comodar e nos sentirmos de-safiados a conhecer, divulgar e trabalhar para que de fato seja um grande avanço em nossa denominação. Daí que-ro destacar três aspectos im-portantes por que precisamos refletir sobre isso, vejamos:

1-Ano da Educação CristãO ano da Educação Cristã

precisa ser marcada por refle-xões importantes que gerem mudanças no meio do nosso povo. Não podemos admitir que nossa gente vá beber em fontes doutrinárias que des-toam dos nossos princípios e valores no qual defendemos com tanta força e vigor, pois como sempre afirmei: “Não devemos nada a nenhuma outra denominação”, princi-palmente no campo educa-cional, ao contrário; temos uma bela história marcada por conquistas e avanços que nos tornou uma denomina-ção centenária reconhecida pela sociedade do nosso sé-culo. Temos líderes reconhe-cidos que não medem esfor-ços para ver o crescimento de nossa denominação, temos igrejas fortes em nosso terri-tório que abraçam desafios grandiosos e que desejam muito serem participantes desse processo de mudan-ças que está ocorrendo no mundo pós-moderno. E não tenho dúvida que a Educação Cristã está enquadrada nessas mudanças e avanços.

O PDER é um grande avan-ço na área da Educação Cristã dos batistas brasileiros, pois nos foi dada à oportunidade de pensar, de olharmos para a realidade local de nossas igrejas e definirmos o que melhor se adéqua ao seu contexto e necessidade. Edu-cação Cristã é construção, é reflexão, é planejamento, não uma proposta conteudis-ta ultrapassada que não serve mais para nossas igrejas. Ao contrário, é convocação de toda nossa liderança para construímos o nosso PEE (Pla-no Estratégico Educacional)

que possibilitará essa gran-de participação coletiva em nossas igrejas. Fruto de uma visão democrática marca presente em nossos arraiais; principalmente quando dis-cutimos nossa denominação.

O PDER nos possibilita a entendermos que Educação Cristã é muito mais que a Escola Bíblica Dominical, Escola de Missões, ou um prédio que abrigue as mais diversas organizações que nossas igrejas assim possu-am. Ou quem sabe, uma li-teratura periódica que norteie nossos estudos dominicais. O Plano de Educação abre nos-sa visão para vislumbrarmos que é uma grande tarefa, um grande desafio, como tam-bém um grande privilégio, nos tornando assim partes integrantes desse crescimen-to da igreja do nosso século e nos dando a oportunida-de de mudarmos a visão de Educação Cristã que temos hoje para um novo patamar de crescimento educacional e espiritual. Como resultado não tenho dúvida, trará gran-des frutos para nossas igrejas e denominação.

2-Repetição de erros do passadoOutro aspecto importante

que é preciso destacar, que não podemos repetir erros consecutivos e do passado. Quando muitas vezes somos convocados a abraçar tantos desafios denominacionais anualmente e depois no ano seguinte nos esquecemos, fi-cando nossas igrejas sem nor-te, sem saber de fato o que fazer. Mesmo entendendo o princípio de autonomia de nossas igrejas, somos orien-tados também por nossas assembleias que discutem e apresentam proposições e deliberam o andar da deno-minação; daí é preciso lem-brar que o Plano Diretor foi uma determinação de nossa Assembleia na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2006. Entendendo assim ser preciso cumprir tais determinações se queremos de fato, enquan-to denominação, avançar em seu aspecto educacional.

Creio que o PDER detectou uma necessidade urgente do nosso povo, pois uma das grandes problemáticas nessa área está também relacionada com a grade curricular que é repetitiva, não atendendo mais as demandas de nossas igrejas. Um pacote de “edu-cação já pronta”, como o pro-

blema crônico da logística de nossa literatura que tem sido um grande transtorno para as igrejas que assim utilizam esse material, principalmen-te as da região nordeste. O PDER possibilita as igrejas construírem seu programa de educação e até mesmo facultando a cada igreja a escolha ou produção do seu próprio material e isso acre-dito ser salutar e um grande avanço. Porém acredito tam-bém, não é apenas por que nossa Assembleia deliberou que vamos cumprir, embora detecte que foi muito impor-tante tal deliberação conven-cional. Mas por que o PDER traz ferramentas de extrema importância para construção do projeto educacional de nossas igrejas e de nossa de-nominação.

Muitas vezes percebo que somos de movimentos e desa-fios sazonais que depois que passam esquecemos tudo. O PDER não é um movimento, um projeto pessoal; mas um grande esforço de uma equi-pe que se debruçou sob a di-reção do Espírito Santo para pesquisar, planejar, elaborar para nós Batistas esse grande projeto que poderá fazer his-tória entre nós se decidirmos darmos a atenção devida que o mesmo requer. É a oportunidade que os batistas brasileiros têm de saírem na frente, demonstrando assim o quanto estamos antenados e preocupados em fazer cada dia uma denominação forte e no rumo certo.

3-Prática e não só teoriaPrecisamos sair da teoria

e ir para prática. Estamos cansados de muitos dis-cursos, não podemos mar-car passos enquanto outros grupos evangélicos estão crescendo, e nós não temos percebido tal erro. O povo batista quer de fato que o PDER seja uma realidade, não apenas um manual, uma cartilha, ou quem sabe apenas mais um relatório em nossas assembleias con-vencionais. Nossas igrejas querem conhecer e implan-tar o mesmo, pois os que já estão fazendo isso têm con-seguido na prática avanços importantes em seu cresci-mento. Porém observo que não é uma totalidade, pois como já afirmei, há igrejas que ainda não ouviram fa-lar do Plano Diretor e isso deveria nos incomodar e revermos o que já fizemos.

É necessário observar o que ainda se faz necessário para que de fato o PDER chegue a todas as igrejas batistas do Brasil. E quem sabe também nossas casas de formação espalhadas pelo Brasil colocarem em seu currículo como disciplina regular, para aqueles que vão lidar com a Educação Cristã em nossas igrejas. Ou quem sabe, promovermos um grande movimento deno-minacional em pró da temá-tica seria muito interessante. Não podemos ver em nossa Câmara setorial de Educação falar de tudo, menos de fato o que se está fazendo pela Educação do povo Batista.

É necessário abrir um di-álogo urgente, promover encontros, fóruns na área de Educação Cristã a nível regional e nacional que envolvam todos os segui-mentos denominacionais para discutirmos e fazermos proposições relevantes que contribuam ao povo batista. Demonstrando assim que o PDER será de fato algo real se colocado em prática, e não mais um projeto do passado.

Concluindo nossa aborda-gem, não posso deixar de enfocar nosso tema anual que nos desafia a uma busca de integridade com base a Palavra de Deus. Então per-gunto: Como viver essa in-tegridade se não buscarmos uma vida cristã firmada nos valores da Palavra de Deus? Como viver uma prática da Palavra se não tivermos uma Educação Cristã alicerçada? Um projeto com base na Bí-blia, nossa única regra de fé e prática? Como formarmos novos líderes que conheçam de fato a educação Cristã como sendo de extrema im-portância para o crescimento do nosso povo chamado ba-tista? Essa sim deve ser nossa preocupação urgente, nosso investimento maior.

Reflitamos: A Educação Cristã se vivenciada em nos-sas igrejas e denominação nos levará a parecermos com Cristo, nosso exemplo maior, o Senhor da pedago-gia que transformou homens e mulheres, e inspirou gera-ções até os dias atuais. Ba-tistas brasileiros busquemos esse padrão de integridade que deve sempre ser anelado pela igreja do Senhor Jesus, no qual tem uma grande ta-refa, ser luz em um mundo em trevas.

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