história dos batistas fluminenses

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Este é um livro interessante e valiõsíssimo para o povo batista brasileiro. É um relato precioso, uma visão histórica, ainda que sintética, pois seria impossível retratar todo o trabalho de uma convenção batista estadual, ao longo de 100 anos, em um só volume. Contudo, a obra põe em destaque os mais preciosos momentos de nossa história batista fluminense. Na realidade, a impo rtância d o livro pode ser sentida em dois aspectos principais: 1 ?  — A obra foi escrita pelo Pr. Ebenézer Soares Ferreira. Este ilustre homem de Deus viveu intensamente a vida batista fluminense, com raízes profundas na cidade de Campos, onde exerceu o ministério pastoral por vários anos. Além disso, foi Diretor Geral do Colégio Batista Fluminense, professor do Liceu de Humanidades de Campos e Reitor dò Seminário Teológico Batista Fluminense e professor da Faculdade dc Filosof ia, Ciên- cias e Letras dessa cidade. " E necessário lembrar que além de desempenhar todas essas tarefas pedagógicas," o autor foi redator de  O Escu- deiro Batista , e presidiu a Conv enção Batista Es tadu al quinze vezes, sendo seu atual presidente. O Pr. Ebenézer Soares Ferreira, com a sua tendência natural pelos assuntos históricos, e com o seu  acentuado espírito de pesquisa, oferece uma contribuição muito preciosa para o povo batista em geral. 2? — A Convenção Batista Fluminense é, sem sombra de dúvida, a maior Convenção Batista Estadual do Brasil e da América Latina. A tualmente, a C onvenção registra em seu rol de igrejas cooperantes mais de 900 igrejas. Descrevendo a magnitude dessa grande Convenção Centenária, o autor afirmou: "E opulenta, repleta de lances emocionantes, desafiadores, cheia de exemplos dignificantes e de sacrifícios. E uma epopéia envolta em rasgos de fé e amor, escrita com suor, lágrimas e sangue pelos consagrados servos do Senhor que não mediram esforços para legarem ao povo batista fluminense um glorioso patrimônio moral e espiritual."

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7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Este é um livro interessante e valiõsíssimo para o

povo batista brasileiro. É um relato precioso, uma visão

histórica, ain da que sintética, pois seria impossível retratar

todo o t r aba lho de uma convenção ba t is ta e s tadua l , ao

longo de 100 anos, em um só volume. Contudo, a obra

põe em des taque os ma is prec iosos momentos de nossa

história batista f luminense.

Na realidade, a impo rtância d o livro pode ser sentida

em dois aspectos principais:

1 ?  — A obra foi escrita pelo Pr. Ebenézer Soares

Ferreira. Este ilustre homem de Deus viveu intensamente

a vida batista f luminense, com raízes profundas na cidade

de Campos, onde exerceu o ministério pastoral por vários

anos. Além disso, foi Diretor Geral do Colégio Batista

F luminense , professor do Liceu de Humanidades de

C a m p o s e R e i to r d ò S e m i n á r i o T e o l ó g i c o B a t i s t a

Fluminense e professor da Faculdade dc Filosof ia , Ciên-

cias e Letras dessa cidade. "

E necessário lembrar que além de desempenhar todas

essas tarefas pedagógicas," o autor foi redator de

  O Escu-

deiro Batista , e presidiu a Conv enção Batista Es tadu al

quinze vezes, sendo seu atual presidente.

O Pr. Ebenézer Soares Ferreira, com a sua tend ência

natural pelos assuntos históricos, e com o seu  acentuado

espír i to de pesquisa , ofe rece uma contr ibuição mui to

preciosa para o povo batista em geral.

2? — A Convenção Batista Fluminense é, sem

sombra de dúvida , a ma ior Convenção Ba t is ta Es tadua l

do Bras i l e da Amér ica La t ina . A tua lmente , a C onvenção

registra em seu rol de igrejas cooperantes mais de 900

igrejas.

Desc revendo a magni tude dessa grande Convenção

Centená r ia , o autor a f i rmou: "E opulenta , r eple ta de

lances emocionantes, desafiadores, cheia de exemplos

dignif icantes e de sacrif ícios. E uma epopéia envolta em

rasgos de fé e amor, escrita com suor, lágrimas e sangue

pe los consagrados se rvos do Senhor que não mediram

esforços para legarem ao povo batista f luminense um

glor ioso pa t r imônio mora l e e spi r i tua l . "

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: 5

^l o  S f/j

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Co m p o s t o e I m p r e s so n a JU I - RF

Rua Silva Vale , 781 — Cava lcanti

Ca ixa Posta l 320 — 20001 — Rio dc Jane iro — RJ

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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<

BIBLIOTECA PARTICULAR

FabJano de Oliveira Fialho

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EBENÉZER SOARES FERREIRA

(Membro da Academia Pedralva de Letras, da Academia Evangélica de Letras do

Brasil, da União Brasileira de Escritores, da Sociedade Brasileira de Romanistas,

da The Baptist Historical Society (Inglaterra), da The Am erican Schools of O riental

Research e membro correspondente da The Academy of Letters of London.)

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b i b l i o t e c a p a r t i : u l a r

FaWano de Oliveira Fialho

DEDICATÓRIA

À Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Batista do Sul dos Estados U nidos,

com sede em Richmo nd, Virgínia, que se dignou de enviar missionários para evan-

gelizar nossos patr ícios;

A memória dos missionários pioneiros que, arrostando toda sorte de sacrif ícios,

se entregaram, de corpo e alma, à gloriosa faina de pregar o evangelho de Jesus

Cr is to aos nossos coes taduanos;

A mem ória dos obreiros nacionais que pug naram a boa peleja da fé, e, com ext rema

dedicação, se incorporaram aos missionários, formando a grande falange do exér-

cito santo, aguerrido, co ntra as hostes do Maligno, em favor da salvação das almas

perdidas;

À juventude de hoje do nosso que rido estado, que recebeu a tocha sagrada do evan-

gelho para passá-la às gerações porvindouras com o fogo crepilante do amor a

Cristo;

dedico esta obra.

O autoi .

1

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ÍNDICE

Dedica tór ia 7

Prefacio 31

Int rodução 33

C a p ít u lo I — P R I M Ó R D I O S D O E V A N G E L H O N O B R A S I L

1. Preliminares 37

2. Funda ção do Trabalho Batista no Brasil: Batistas Alem ães e Letos 39

3. Fun dação do Trabalho Batista no Brasil: Batistas do Sul dos Estados Unido s 40

4. Uma Grande Por ta É Aber ta 42

C a pí tu lo I I — P E R Í O D O D E A S S E N T A M E N T O D A O B R A B A T I S T A

(1891-1892)

1. O Início do Traba lho Batista no Cam po Flum inense 45

1.1 Providên cia Divina .em Ação 46

1.2 Alu gada a Prime ira Casa Para Cultos 46

1.3 Um Gran de Ape lo 46

1.4 Ura Gran de Evange lista 47

2. Organização da Igreja Ba t is ta em Camp os 47

3. Primeira Igreja de Cam pos — Vários Pastores em Pouco Tempo 48

C a p ít u lo I II — P E R Í O D O D E G R A N D E A T I V I D A D E E V A N G E L Í S T I C A

(1893-1900)

1. Pas torado de Sa lomã o Ginsburg 49

2. Conversão de Joaquim Fernandes Lessa 50

3. Jorna l "As Boas-No vas" 51

4 . P r i m e ir a E s c o la D i á r i a — " E s c o l a A m e r i c a n a " 51

5. Escola Not urna 52

6. Escola Indus tr ial 52

7. Perseguições em São Fidélis 53

8. Out ras Vítimas da Perseguição 58

9. Perseguições em Mac aé 59

10. A Gran de Con tribu ição dos Evangelistas 61

11. Opo sição do Clero 63

12. Lança mento da Pedra Funda menta l do P r ime iro Templo Ba tis ta no Bras i l 64

13. C le ro Ca tól ico Rom ano Reage Contra a Cons t rução do Templo Ba t is ta 67

14. Inauguração do Pr ime iro Templo Const ru ído no Bras il 68

15. Os Bravos Colp ortore s 68

16. Mud ança do Miss ionár io Ginsburg Pa ra Pe rnamb uco 69

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17. Cr iação d" 'O Jorna l Ba t is ta" 69

18. Cr iação do "Br isas do Ca mp o" 70

Capítulo IV — PERTURBAÇÕES INTERNAS

1. A Questão Antônio F .Campos 71

1.1 A.EC ampo s Cr ia a União Ba t is ta F luminense 72

1.2 A.F.Cam pos, o Pivô de uma Dissidência 72

1.3 Conseqüênc ias do Espír i to Facc ioso dc A.F .Campos 73

1.4 Declaraçã o e Prote sto 74

1.5 A Igre ja Anula a Exc lusão In jus ta do Miss ionár io Dunstan 75

Capítulo V — MISSÃO DO RIO

1. Organ ização da Prime ira Igreja Batista de Niterói 77

1.1 A Igreja É Dissolvida 78

1.2 Segun da Orga nização da Igreja 78

2. Igreja Metod ista e Seu Pasto r Se Torn am Batistas 79

3. Evange l is ta Que im ado com Querosene 81

C a p ít u lo V I — P E R Í O D O D E R E A J U S T A M E N T O , S O L I D I F I C A Ç Ã O D O

T R A B A L H O E D E G R A N D E S P E R S E G U I Ç Õ E S

1. Orde nação de Dois Grand es Obreiros 83

2. Perseguições em Cam buc i 84

3. Perseguições em Niteró i 84

4. Perseguições em Cam pos 85

5. Perseguições em Ape ribé 86

6. Manoe l Nunes Sara iva , um Már t i r do Evange lho no Estado do R io 87

7. Organização da Assoc iação Ba t ista F luminense 90

8. Assoc iação do Hosp ital Evangélico 93

8.1 Primeira Tentativa de Orga nização 93

8.2 Organização do Hospi ta l Ba t is ta 94

9. Cam panh a de Comb ate ão Fumo 96

10. Usad os por Deus Tais Com o Eram 97

10.1 Joaq uim Coelho dos Santo s 97

10.2 Man oel Avelino de Souza 98

C a p ít u lo V I I — P E R Í O D O D E O R G A N I Z A Ç Ã O D E V Á R I A S E N T I D A D E S E

C O O P E R A Ç A O

1. Perseguições em Fribu rgo 99

2. A Missão Cam pista Abre Trabalh o em Min as Gerais 102

3. Junt a Estad ual 103

4. Os Batistas Flumin enses e Seus Jornais 104

5. Surgimento do Cam po Ba t is ta F luminense 106

6. O Trabalho Feminino 107

6.1 As Pioneiras 107

6.2 Presidentes da  U FMB F 107

6.3 Missio nárias Prestam Gran de Auxílio ao Trabal ho Femini no 108

6.4 Novas Secretárias-Exccutivas 108

6.5 Progresso no Trabalho da UF MB F 109

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7. A Obra Educacio nal dos Batistas Flumin enses 109

7.1 Fun daçã o do Institu to: Primei ro Período 109

7.2 O Ins t i tu to Muda-se Pa ra Campo s Com Novo Nome 110

7.3 Segun do Períod o 112

7.4 Terceiro Per íod o 113

7.5 Qua rto Períod o 113

7.6 Qui nto Período 114

7.7 Sexto Per íod o 115

7.8 Pastor Barreto — Home m de Larga Visão 117

7 . 9 C o n t r i b u i ç ã o d o C o l é g i o P a r a o P r e p a r o d e F u t u r a s E s p o s a s d e

Pastores 118

7.10 O Progresso do Colégio 119

7.11 Sétimo Períod o 120

7.12 Casa do Est uda nte Batista 121

8. Integraç ão de Igrejas Dissidentes 122

9. Perseguições em Mari cá 123

10. Sociedad e Patr i mon ial Batista 123

11. D. Anna Ch ristie — O Trabalho com as Senhoras e com o Colégio Batista Flu mi-

nense 125

12. O Progresso das Escolas Domin icais 126

13. Cam panh a Pa ra Reorganização do Traba lho 126

14. Assistiu à Perseguiç ão ao Missi onário Salo mão Gin sburg em 1918 127

Capítulo VIII — PE RÍODO DE PROGRE SSO FINANCEIRO, NO PRINCÍPIO,

E D E D E P R E S S Ã O F I N A N C E I R A , N O F I N A L , C O M O

REFLEXO DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)

1. A Corag em dos Bravos Missi onário s 131

2. Const ru ção de Templos Maiores na Década de 20 134

3. Instit uto Batista Flum inens e 134

4. Escola de Verão 135

5. Orga nizaçã o das Assoc iações 136

6. P r ime iros P roblem as Assoc iac iona is 137

7. A Igreja de Pião É "D esfr ater niza da" por Algun s Ano s e Retorn a em 1923 137

8. Perseguições em São Francisco de Paula 137

9. A Grande Cam panh a 138

10. Caixa de Beneficên cia dos Obreiros 138

11. Conv enção Batista Flum inens e 139

12. União dos Obre i ros do Campo Ba t is ta F luminense 139

13. Depressão, Endividam ento e Desânimo 140

Capítulo IX — INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓP RIA E REAVIVAMENTO

1930-1941)

1. Curs o de Exte nsão 141

2. A "Zo na Neu tra" 141

2.1 Quem Era Elias Portes Filho? 142

3. Miss Blanche Simp son e a Edu cação Religiosa e Teológica 144

4. Jubileu de Our o da Primeira Igreja Batista de Cam pos 146

5. A Ação do Intregalismo no Seio das Igrejas 146

6. O Povo Zom bava dos Crentes 149

7. Conversão do Ex-Pa dre Gentil de Castro Faria 149

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C a p í t u l o  X — F I R M A N D O A S E S T A C A S N A B E N E F I C Ê N C I A  1  EM

O U T R A S O R G A N I Z A Ç Õ E S

L Colégio Batista dc Niterói 151

2. Período de Transição Missio nária 152

3. A Obra de Beneficên cia 153

3.1 Organização do Or fana to Ba t is ta F lum inense

3.2 Transferência da Sede do Or fan ato 154

3.3 Encam pamen to do Or fan a to 155

3.4 A Nova Fase e o Prim eiro Diretor 155

3.5 Gestão Pr. Nilson Godoy 156

3.6 Doações de Imóve is Fe i ta s ao Lar Ba t is ta

Ferreira 156

4. União Mascul ina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense

C a p í tu l o X I — P E R Í O D O D E R E E S T R U T U R A Ç Ã O

1. Rees t ru turação do Traba lho no Campo Ba t is ta F luminense

2. Assoc iação F i lant rópica Rui Barbosa 160

3. Sagração de Bispos em Templo Batista 161

4. Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jan e i ro

4.1 Secretário- Executivo da Ord em 162

4.2 Novo Secretário-Executiv o 163

4.3 A Obra da OPB ERJ 163

4.4 Algumas Impor tantes Dec isões da Ordem dos Pas tores

5 . O Problema Deno minad o "Reno vação Espi r i tua l" 164

5.1 Assemblé ia Extraordiná r ia da Convenção Ba t is ta F luminense 167

5.2 Realização da Con vençã o Batis ta Brasileira em Niterói 168

5.3 Reto mad a do Templo 170

6. Sus tada a Representação de Três Igre ja s na Assemblé ia Convenc iona l de

1958 170

7. Relatório da Com issão Sobre o Prob lem a das Três Igrejas 171

8. Reconduçã o de Pastores ao Mini stério 171

C a p í t u l o X II — P E R Í O D O D E E X P A N S Ã O E V A N G E L Í S T I C A E

M I S S I O N Á R I A

1. Ca mp anh a de Evang elização na Déca da de 60 173

2. Semi nário Teológico Batista Flum inens e 174

2.1 Aula Inau gural 174

2.2 Mud ança de Dire tor do Seminár io 175

2.3 Formado s pe lo Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense 175

2.4 Corp o Docente do Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense 178

3. Out ras Instituições de Ens ino Teológico 178

4. Sede da Convenção Ba t is ta F luminense em Nite ró i 179

5. Miss ionár io Harold Renf row 179

6. Tentativas de Divisão da Con venção 180

C a p í tu l o X II I — P E R Í O D O D E G R A N D E S C A M P A N H A S E D E

D E S E N V O L V I M E N T O D A S O R G A N I Z A Ç Õ E S

1. Fusão dos Estados da Guanab ara e R io de Jane i ro 183

2. Est udo Sobre a Fusão das Conve nções 183

154

P a s t o r A n t ô n i o S o a r e s

157

159

6

163

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3. P rograma In tegrado de Missões e Evange l izacão — PRO IME 184

4. Secretários-Executivos da JU NC OR D 184

4.1 Elias Vidal 184

4.2 Secretário-In terino 185

4.3 Joaq uim de Paula Rosa 185

4.4 Daniel de Oliveira Cân dido 185

4.5 Edgard Barreto An tune s 186

5. Aco rdo do Ingá. 186

6. Cen tro Batista Flum inense 187

7. Reencontro — Obr as Sociais e Educ acionais 187

8. Enc ontr o de Filhos de Pastores 189

9. DIA COP BER J 189

10. Socied ade de Espos as de Pastores Batistas Flum inenses 190

11. O Trabal ho da Juve ntud e 190

11.1 Dé cad a de 50 191

11.2 Página da Moc idad e n ' " 0 Escude iro Ba t is ta " 192

11.3 Déc ada s de 60 e 70 192

11.4 Nov as Dire trizes 194

Capítulo XIV — A INFLUÊNCIA DA OBRA DOS BATISTAS

F L U M I N E N S E S

1. A Influência dos Batistas Flumin enses 195

2 . " P r o j e t o A m o r " 2 0 0

3 . " P r o j e t o A m a i - v o s " 2 0 0

4. Colégios Fund ados por Igre ja s e Pa r t icula res 200

5. Líderes Associacionais

  202

6. Obre i ros F luminenses , Miss ionár ios da Junta de Missões Mundia is 205

7. Obre i ros F luminenses , Miss ionár ios da Junta de Missões Nac iona is 206

8. Ba t is ta s F luminenses que Se Sobressa í ram na Denomina ção 207

9. Miss ionár ios da Junta de R ichmond que Cooperam com as Juntas Es tadua is

Fluminenses 212

10. Quadro His tór ico da Convenção Ba t is ta F luminense 213

11. Relação dos Pastores da Conv enção Batista Flumine nse — 1991 216

12. Cente nário da Primeir a Igreja Batista de Cam pos 222

Capítulo XV — O SEGRE DO D O CRES CIMENT O DO CAM PO BATISTA

F L U M I N E N S E   225

Epí logo 229

No tas e Citações 233

Bibliografia 247

índice Onom ást ico 251

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A.L.Dunstan

Dr. Chris t ie, emseu burro, que era carinhosamente por

ele chamado "Diácono", porque o mesmo o servia

muiíu bem em suas viagens pelo campo fluminense.

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Casal A.B.Christie, "alma-mater" do trabalho no Camp o Batista Fluminense. Atuaram durante 39

anos no listado do Rio de Janeiro.. A eles devem os batistas fluminenses grande parte do sucesso de

se u

  crescimento.

Uma "Casa de Cultos", no passado. Muitas igrejas se reuniram em casas como estas , e até mais humildes .

Houve igrejas queforam organizadas em galinheiros , ou debaixo de árvores . Hojejá possuímos templos

magníficos como os da Primeira Igreja Batista em Niterói, Primeira e Segunda Igrejas Batistas de

Campo s, Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, Igr eja Batista de Fonseca , etc.

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A Primeira Igreja Batista de Campo s teve

o privilégio de construir o primeiro

templo no Brasi l , inaugurado em 21 de

abri de 1898.

Templo atual da Primeira Igre ja Batista

de Campos. .

ffi 11

m

• 1

Templo da Segunda Igreja Batis ta de Campos.

"íi

Fac-simile da ata de organ ização da

Primeira Igreja Batista de Campo s.

Templo da Primeira Igreja Batista de Niterói.

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O S P R E S I D E N T E S

D A C O N V E N Ç Ã O

^ -   r

i

Joaquim Fernandes Lessa

Alonzo Bee Christie

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Antônio Charles

Raphael /.umbrotti

Erodiee bontes de Queiroz

Waldemar 7.arro Osmar Soares

João Barreto da Si lva

Ebenézer Soares Ferreira

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Joaquim Rosa José Joaquim da Si lveira

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O S S E C R E T Á R I O S D A

J U N T A C O O R D E N A D O R A

Harold Renfrow

John I Riffey

E/ias Vida/

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Joaquim de Pauta Rosa

M I S S I O N Á R I O S

N O R T E A M E R I C A N O S

Q U E A T U A R A M E M

Á R E A S E S P E C Í F I C A S

Daniel O. Cândido, sucedido pelo

Pr. Edgard Barreto Antunes , cuja

foto se acha no grupo de presidenta

da Convenção.

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Sorve Welch

II.KM

ÍIC .

V

í j í ív

Clint Kimbrough

I N S T I T U I Ç Õ E S B A T I S T A S

D E E D U C A Ç Ã O S E C U L A R

E T E O L Ó G I C A

Prédio onde funcionou o Colégio Batista Flumi-

nense, em Nova Friburgo, de 1910 a 1913.

-3S

Prédio principal do Seminário Teoloçico Batista Prédio principal de aulas do Colégio Batista Flum i-

I luminerise. Anteriormente, Joio prédio prmcipaldo nense, em Campos, inaugurado em 1962, coma

Colégio Batista Fluminense. presença do então Governador do Estado do Rio,

Dr. Celso Peçanha, ex-aluno da casa.

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Grupo de alunos infernos do Colégio Batista Fluminense, em

  1932,

 na gestão do

 Dr,

 Christie, em p arceria

comoDr. Lmgerfeld. Sessa Joto, podemos destacar:  Pr. Rui Franco de Oliveira, Pr. Ageu \eto, Pr. Bene-

dito Manhüe s, P r. Francisco Rosa, Pr. Dodanim Gonçalves , Pr. Raphue lZainbrotti. O último, na terceira

f la, à direita, é o Dr. Celso Pe çanha, que foi Governa dor do Estado do Rio, em 196 2.

Inauguração do busto do  Pr.  João Barr eto da Silva, em frente ao edifício do Colénio Batista Fluminense ,

por ocasião da Assembléia da Convenção Batis ta B rasi leira, real izada em Campos, em janeiro de 1971.

l utando está o historiador Barbosa Guerra. À sua direita, o Pr. Rubens l.opes, e ã sua esquerda, o Pr.

Ebenézer Soares Ferreira, então Presidente da Convenção Batis ta Brasi leira. Com a mão no rosto, o Dr.

João. E Soreii. Ao seu lado, o Pr. Samuel de Souza.

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Inauguração do buslo do Missionário

A.B.Christie, em 1951, em frente ao

amigo prédio de aulas do Colégio Batista

Fluminense. Sentados, estão as missio-

nárias Blanche Simpson, Sophia Nicho/s,

Cristal Enete e Letha Sande rs; pastores

Joaquim Coelho, Edmundo Antunes ,

Ubaldino de Souza, José Mu r ia. Em pé,

do lado direito do buslo: Pastores Cons-

tem tino. Vonkaco v, Argênio Gonçalves ,

GedorM eto, Fidélis Benlancô i; W .Fnete,

Gutenberg Faria Guedes, José Herdy,

Manoel Bento, Isaac Moreira, Osvaldo

Soares, Francisco Rosa, Manoel de Brito,

Daniel Carvalho de Almeida, Elias

Vidal, Alberto Araújo, Salvado r Borges

e W.MacNeally. Do lado esquerdo do

buslo, em pé: Pastores Edinézer Faria,

Adelino Coelho, Norivat tranco,

Arsênio Gonçalves , Nilo Cerqueira

Bastos , 1 amar Francisco de Souza, Henrique Gomes, Francisco Ribeiro, Nilo Sales, Joaquim Vlanano

Pereira, Samuel de Souza, João Barreto da Silva, Manoel Avel ino de Souza, José

 Ferreira

 da Silva, Antônio

Soares Ferreira, Henrique Marinho N unes, Cússio Peçanha.

r

  - h i

Grupo de formandos do Seminário

Teológico Batista Fluminense em 1978,

com a presença do paraninfo, Dr. Rubens

Lopes, que pregou sobre "Manias de

Pastor''. A direita está o então deã o Pr.

Jurandir

  G.

  Rocha e os ormandos: Elias

de Souza Moll ino, Evaris to Lacerda,

Helvane Rodrigues Surto, Dr. Rubens

t opes, Luiz de Souza N eto, Salvador

Mende s de Oliveira, Prof. Obadias

d Alcântara, que foi o professor home-

nageado pela turma, e o então Diretor

do Seminário, Pr . Ebenézer Soares

Ferreira.

. . . • - C C Í

Muitos jornais surgiram no campo batista

fluminense. Dois, porém, se destacaram :' 'As

Boas-Noí-as"; que surgiu em

  15

  de marco de

1894 e durou ate 1900; e "O Escudeiro

Batista", q ue surgiu em

  V:

 de janeiro de 1909

e é publicado até hoje  1991), como órgão

oficial da Conven ção Batista Fluminense

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Pr Joaquim Coelho dos Santos — Orde-

nado em 1908, pastoreou até 1957, tendo

sido um dos maiores evangelis tas do

Estado do Rio de Janeiro.

Luís Ovídio F irmo — Muito perseguido na regii

de Macaé, onde, na década de 10, o obrigaram

comer areia. Já velho  e.  cego, enchia os bolsos i

folhetos e, em companhia dos netos, saía a distribu

-tos.

Pr. Sitas Silveira — Foi o

primeiro batista a ser

eleito deputado estadual,

peto Estado do Rio.

A.B.Deter — Grande coope-

rador da chamada Missão do

Rio. Em 1918, essa missão

deixou d e existir para, junto

com a Missão Campista,

formar o Campo Batis ta Flumi-

nense.

II Alice Reis — Pioneira

do trabalho das senhoras

no Estado do Rio, lendo

exercido grande influ-

ência em sua época.

Pr. Antônio Soares

Ferreira — Fundador do

Lar Batista Pr. Antônio

Soares Ferreira.

Pr. Elias Portes Filho —

Primeiro batista a ser

nomeado miss ionário

estadual.

Gentil de Castro Faria — Ex-

padre catól ico romano.

Balizado pelo Pr. João

Burrelo da Silva, foi consa-

grado, mais tarde, ao

ministério da Palavra. N a

foto, o Pr. Gentil aparece ao

lado do  Pr.  Barreto.

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Pr. Virgílio Paria — Por

várias vezes, dirigiu a

Sociedade Patrimonial

Batis ta de Campos

Pr. ObadiasF. d'Alcãntara — Desde Pr. Sebast ião Angélico de

1959, pastoreia a Primeira Igreja Souza — Primeiro aluno a

Batista de Campo s. ser matriculado no Colégio

Batista, em Friburgo, em

191

Dr. Adiei Pereira Pinto —

Primeiro órfão recebido nu

Orfanato Batista, em

Aperibé, hoje "Lar Batista

Pr. Antônio Soares

Ferreira", localizado em

Rio D 'Ouro.

Óthon Á vi la do A maral —

Primeiro leigo a ser orador

numa assembléia da

Convenção Batista Flumi-

nense.

Prof" Ne/l

 v

 Soares Ferreira

— Primeira mulher a ser

oradora numa assembléia

da Convenção Batis ta

Fluminense.

Prof." Marlene

Bahhazarda Nóbrega

Gomes — Primeira

f luminense a ocupar a

presidência da União

Feminina Missionária

Batista do Brasil

Pr. Nilson üimárzio — Grande líder batista.

Por mais de 15 anos, pastoreou a Primeira

Igreja Batista de Petrópolis. A tualmente, é

pastor da Igreja Central de Volta Redonda .

F o Diretor d'O Jorn al Batista.

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Pr. José de Souza l lerdy —

J'rírneiro batistafluminense

a criar uma universidade .

Pr. Leobino da Rocha

Guimarães — Diretor do

Hospital Batista Flumi-

nense

Pr. Leonel Fyer— O grande

idealizador do Hospital

Batista Fluminense.

Pr. F.F'.Soren — Grande

líder da Missão do Rio, que

abrangia as regiões de

Maricá até Paraíba do Sul.

Pr. Alcides Cunha —

Dinâmico l íder dos homens

batistas no Estado do Rio

e no Brasil.

Represen tantes das igrejas à Ass ociação,

hoje Convenç ão Batista Fluminense,

reunidos em

  1910,

  em Friburgo, na sede

do Colégio Batista Fluminense . Na

primeira fila, da direita para a esquerd a,

aparece o Pr. Antônio Charles . Outros

podem ser identificados: Pr . A ntônio

Morales Bentancôr, Pr . Joaquim Coelho

dos Santos e Pr. Joaquim Fernandes

Lessa.

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Obreiros do Campo Batista Fluminense, em 1930. Sentados, da esquerda para a direita: Manoel Brito,

Manoel Monteiro, Joaq uim C oelho dos Santos, Virgílio

 Faria,

 A Ifredo Reis, Joaquim Fernand es Lessa,

Elias Portes Filho, Carlos Mendonça, Joaquim José Pinheiro. Em pé, na mesma ordem: Joaquim Rosa,

Abelar S.Siqu eira, Duque P. Carvalho , José Lóta, (a seguir, um obreiro não identificado), Joaquim

M ariano, Alfeu Gomes, Benedito Firmo, Leobino G uimarães, Salva dor Borg es, Artur Mou lin, Antônio

Mendes. Nas escadas, ainda na mesma ordem: F.B.Stover , Cícero Góspeler , Honório de Souza, Bene-

dito Araújo, F rancisco Lopes, José Ferreira da Silva, Fidélis M.Bentancô r, João Peratva, Antônio

Bernardes Júnior , Antônio Soares Ferreira, Cândido de Jesus , Manoel Avel ino

  de.

 Souza, ErodiceF.de

Queiroz.

Cinqüentenário da Convenção Batis ta Fluminense. Foi celebrado com a real ização de sua assembleia

em Petrôpo/is, em 1957. Na frente, vê-se o casal John Riffey, m issionários da época. Atras e stão os

membr os da diretoria da Convenç ão e a presidente de honra, Mrs. Christie.

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PREFÁCIO

Ao compulsa r a s páginas da  HISTÓRIA DOS BATISTAS FLUMINENSES

o leitor ver-se-á cond uzido por um guia seguro, o Pr. Dr. Ebenézer Soares Ferreira,

autor da obra e um dos mais ilustres artíf ices dos feitos históricos que tão bem

soube documentar . Ele relata o que os seus olhos viram, seus ouvidos ouviram

ou suas mãos apa lpa ram.

Revestido da humildade que o caracteriza, ética pessoal e extrema modéstia ,

o h is tor iador f az ques tão dc se omit i r enquanto um dos pr inc ipa is protagonis ta s

da história que escreve, a exemplo de João, o quarto evangelista . Ele deixa de

ressaltar a obra notável que, por sua mão ou liderança, Deus tem feito em nosso

estado, no Brasil e no mundo, no terreno do evangelismo, da educação geral

e teológica, na administração eclesiástica e denominacional, na página impressa

como escritor fértil e laureado que é, isto tudo sem falar dc sua inegável contr i-

buição para o mundo econômico, social e político cm que tem transitado com

reconhec ida mest r ia .

Em futura história que alguém vai escrever há que sc lhe fazer justiça

contando, esse outro historiador, tudo o que nós, os batistas f luminenses, devemos

ao Pr. Ebenézer Soares Ferreira

É ele que, na condição de perfeito anfitr ião que é, faz-nos sentir à vontade

na Casa da História, a que a pertencemos e de que às vezes não nos damos

conta , abr indo-nos , des ta r te , amplas jane las pa ra o passado, pa ra que compre -

endamos os fundamentos de nossa he rança .

Põc-se a inda como ve rdade iro por te i ro do amanhã , n is to cm que consegue

levar os personagens que f izeram e fazem o campo batista f luminense a passarem

para nós, os leitores, toda a visão, zelo, consagração espír ito de sacrif ício e traba lho

dedicado que caracterizaram a gloriosa trajetória centenária dos batistas da Velha

Provícia a f im de que lhes sigamos os passos na feitura da obra até que venha

o Senhor da seara a recompensar a cada um conforme o seu labor, seja os que

trabalharam na primeira, terceira e sexta horas ou os que estejam em serviço

no f inal dos tempos terrenos.

31

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O livro é informativo, formativo, inspirativo e motivador. Por isso que

o recomendamos a todos. A jovens, adolescentes, adultos e pessoas encanecidas.

A líderes e a liderados, a evangélicos ou não, a todos os que quiserem ter uma

idéia real da contr ibuição dos batistas f luminenses na formação histórica, econô-

mica, cultural, moral e espir itual da gentes f luminenses.

A obra vem a públ ico no momento em que se comemoram os 100 anos

de h is tór ia dos ba t is ta s f luminenses por encomenda do Grupo de Traba lho

nomeado pe la Convenção pa ra prepa ra r o programa de ce lebração onde es te

proje to se r ia de ext rema opor tunidade e r e levânc ia .

Sendo parte integrante do GT, o autor , historiador renomado que é, aceitou

a incumbência que seus pares lhe deram e, à custa de muito sacrif ício pessoal

e a juda famil ia r , nos premiou com es te l ivro que nos acompanhará ao longo

de todo este século batista em que estamos vivendo.

Assim sendo, inspirados pelo passado histórico dc que nos dá conta o autor

e a quem agradecemos, estejamos f irmes no presente e preparados para o novo

tempo de ma iores r ea l izações com que o fu turo nos desa f ia

Pr. Joaquim de Paula Rosa

Relator do GT do Centenário

Super in tendente Gera l da JUERP

32.

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INTRODUÇÃO

No m oment o em que é colocada nas mãos dos ba t is ta s bras i le i ros a

  História

dos Batistas Fluminenses,

  mister se faz informar que só cuida essa história do

traba lho desenvolvido pe los ba t is tas do ant igo Estad o do R io de Jane i ro . Embo ra

tenha havido a fusão do Estado da Guanabara com o ant igo Estado do R io , a s

convenções batistas existentes nesses dois estados não se uniram visto terem cheg ado

à conclusão de que cada uma delas tinha as suas peculiaridades, sua própria psico-

logia, süa tradição. Assim, continuaram a existir a Convenção Batista Carioca e

a Convenção Ba t is ta F luminense .

Quando escrevemos esta história há, na Convenção Batista Fluminense, 900

igrejas batistas. Se som ássem os a este núm ero o de igrejas existentes na Co nvenç ão

Bat is ta Car ioca , loca l izada também no Estado do R io de Jane i ro , te r íamos, então ,

1210 igrejas.

É opulenta, repleta de lances emocionantes, desafiadores, cheia de exemplos

dignif icantes  e de sacrif ícios a história dos batistas f lumin enses. É uma linda epopéia

envolta em rasgos de fé e amor, escrita com suor, lágrimas e sangue pelos consa-

grados servos do Senhor que não mediram esforços para legarem ao povo batistas

f luminense um glor ioso pa t r im ônio mora l e e spi r i tua l — o campo ba t is ta f lumi-

nense, a maior convenção batista estadual da América Latina.

Em 1917, foi nom eada a primeira comissão p ara escrever a história dos batistas

f luminenses . Era composta pe los pas tores : Joaquim Fernandes Lessa , José Nigro

e A.B.Christie . Em 1919, a comissão foi acrescida de mais dois nomes: John Mein

e J.Ulisses de Moraes. Em vir tude de vários problemas, somente em 1920, subsídios

começara m a ser coligidos pela comissão. C oube, principalm ente, a  J.F. Lessa, coa d-

juvado pelo missionário A.B.Christie , a responsabilidade desse trabalho. Saturados

pe los mui tos t r aba lhos , os demais membros da comissão nada pu deram lazer .

J.F. Lessa escreveu, então, os Subsídios para a História d os Batistas  cio  Campo

Fluminense,  obra que foi, após a sua morte, em 1936, refun dida e aum enta da p or

A.B.Christie . É pena que tivessem parado em 1936. Com a aposent adori a do m issio-

nário A.B.Christie , em 1946, o trabalho f icou interrompido.

Atendendo ao convite que, em 1955, me fez a então Junta Executiva da

Convenção Batista Fluminense, comecei a coligir dados e documentos, aqui e ali,

33

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fazendo pesquisas em vários lugares, ouvindo crentes idosos, visitando, para escla-

recimento de dúvidas, igrejas, redações de jornais em Friburgo, Macaé, Niterói,

Rio dc Janeiro, Camp os, etc. c busc ando , em biblioteca s várias, li vros já esgotad os.

O s Anais da CBF, O Escudeiro Batista  e o s Subsídios,  já referidos, foram as prin-

cipais fontes de pesquisa, além do   Foreing Mission Board Report,  de vários anos,

As Boas-Novas,  e Roteiro H istórico dos Batistas Fluminenses,  de Óth on Ávila do

Amara l . D ezenas de outras obras e jorna is usados como fontes dc informações e

pesquisa apa recem na  bibliografia.

O capítulo I , sobre os Primó rdios do E vangelho n o Brasil, retiramo-lo da obra

inédita  Subsídios Para a História dos Batistas do Campo Fluminense.  Foi escrito

por Sa lomão Ginsburg .

ODr. A.B.Christie enviou, cm 1950, uma carta, que foi publicada n'"O Escu-

deiro Batista ' ' , inform and o que, ao ser publicada a história dos batistas f luminenses,

deveria ser reconhecida a generosidade da ex-missionária Maud e Croslan d, que havia

ofe r tado 800 dóla res pa ra a publ icação da mesma .

Recomendam os ao le i tor a le itura das NOTAS e CITAÇÕES, colocadas no

final desta obra. Ali há muita coisa interessante que deixamos de inc orporar ao texto.

O impacto qu e a história batista f luminense ca usa àqueles que dela se inteiram

é inegavelmente grande. Tem sido assim, através dos tempos até hoje. Já na década

dc 30, o bispo de Campos sentia que o trabalho estava crescendo e ameaçando a

sua paró quia com a deserção de seus f iéis para as igrejas batistas. Assim ele escrevia:

"Nada poderá haver , que ma is conf ranja o coração dc um bispo, nas

suas excursões pastorais, do que encontrar , em lugares onde, léguas à

roda não há o menor vestígio da mais simples capela, uma 'casa de culto' ,

donde a heresia faz incursões ao redil de Cristo.

"Ao entra rmos, de uma fe i ta , num impor tan te povoado do in te r ior da

diocese, logo se nos deparou um templo metodista. Ao chegarmos à

praça, outro templo batista . E o templo católico? Ali, a poucos passos

do templo protestante. Este, de boa construção; aquele, o católico —

flagran te contraste — em ruínas. . . a pon to de ter o bispo que oficiar

ao tempo, deba ixo de um to ldo improvisado. . . " .

  (l)

"O protes tant ismo pa rece mesmo que tem o seu quar te l genera l e

assentou as suas mais poderosas baterias no terr itório de nossa diocese,

aproveitando-se da falta dc pregações nas capelas distantes das m atrizes.

A inoculação da heresia.  Dessa verdadeira calamidade decorrem os

maiores males, as mais profundas misérias espir ituais. Dentre estas,

destacaremos duas que mais nos preocupam: a infiltração de heresia

protestan te e a iniciação do j uramento c ivi l , quan do não concubiná r io ,

dc grande núm ero de famílias, com obliteração quase abso luta do m atri-

mônio ca tó l ico" .

 (2

>

Jus to é r e lembra rmos aqui os nomes daque les que , usand o tempo, ta lentos ,

vocação, souberam construir a história dos batistas f luminenses:

Vindos da outra América, dedicaram-se à obra da evangelização e educação

do povo fluminen se , os miss ioná r ios : W .B .Bagby, J .L .Downin g, E .H.Sope r ,

S a l o m ã o G i n s b u r g , A . L . D u n s t a n , D . F . C r o s l a n d , A . B . D e t e r , J . J . T a y l o r ,

W .E.Entzminger , O.P .Maddo x, J . J .Cowser t , S . J .Por te r , T .C .Joyee , E .Jackson,

A.B.Christie , F.A .R.M organ , Paulo Porter , John Riffey, que já se encon tram no

lar celestial usu fruin do a glória do Sen hor e a recomp ensa de seus trabalh os. Alguns

34

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deles passaram po uco tempo no camp o fluminense, tendo -se transferido para outro s

camp os. Nem po r isso deixaram de tecer as marcas de seus serviços à obra do Mestre

110 Estado do Rio.

Miss ionár ios da Junta de R içhmond v ieram mais tarde, substituir os que pres-

taram ao estado serviço pioneiro. Estes, tendo retorn ado à sua terra natal, deixaram,

també m, grandes marcas de seu trabalho em nosso campo. São eles: W .B.Mac Neally,

Harold Renf row, Alvin H a t ton , Norve l W e lch , Kl int Kimbrough . Ainda hoje , o

Estado do R io conta com a a tuação de miss ionár ios nor te -amer icanos . Os pas tores

Gregory Deer ing , Thornas H earon e Nolan Pr idemore empres tam, hoje , a sua cola -

boração ao t r aba lho ba t is ta f luminense .

Desde os primórdios, o trabalho batista no campo fluminense tem contado

com a colaboração de obre i ros nac iona is que , demonstrando amor pe la pá t r ia e

pela propagação do evangelho dc Cristo entre seus compatriotas, dedicaram o

melhor de seus e sforços no t r aba lho de evangel ização, doutr in amento e educação

em nosso estado. Seus nomes f iguram indelevelmcnte gravados na história do povo

batista f luminense. Já receberam eles o seu galardão pela dedicação de suas vidas

ao t r aba lho do Mestre : Joaquim Fernandes [ .e ssa , Car los Mendonça , Kléber

Martins, Francisco Fulgêncio Soren, Herman Gartner, Leonel Eyer, Când ido Ignácio

da Silva, Alberto Lessa, Ant ônio Rod rigues Maia, Joa quim Rosa, Joaqu im Mariano,

Manue l de Br i to , Antônio Mora les Bentancôr , Joaquim Alves P inhe iro , Manoe l

Joaquim Carneiro, Antônio Ribeiro Fernandes, Antônio Charles, Antônio Teixeira

Barreto, Orlando Alves, Manoel Avelino de Souza, Elias Portes Filho, José Jo aqui m

da Silveira, Otávio Dionízio da Costa, Virgílio Faria, Gabriel Mota, Zeferino

Cardoso Neto, Florentino Rodrigues da Silva, Florentino Ferreira, Alberto Portela,

Leobino da Rocha Gui marães , Benedito Borges Botelho, Fidélis Morales Bentancô r,

Antônio Soares Ferreira, Joaquim Coelho dos Santos, Erodice Queiroz, Duque Poli-

ca rpo de Carva lho, Ass is Cabra l , João Bar re to da Si lva, W a ldemar Zar ro , Abe la r

Suzano de Siqueira, José Alves Drumond, José Nigro, Cassiano Basílio de Souza,

Vital Cabral, Aristóteles Queiroz, Silas Silveira, Antônio Coelho Varela, José

Larrúbia de Abreu, Benedito Peçanha, Francisco Ribeiro da Silva, Plácito Moreira,

Achilles Barbosa, Jos é Ferreira da Silva, Sebastião Faria de Souza, Evód io Q ueiroz,

Dja lma Cun ha , Hon ór io de Souza , Sa lvador Borges , Emil iano Boecha t , Tibur t in o

do Nascimento, Avelino Figueiredo, Artur Venâncio, Benedito Geraldo de Araújo,

Benedito Moreira, Francisco J.Mendonça, José Galdino da Silva, Luís Laurentino

da Silva, Nilo Salles, Nilo Cerqueira Bastos, Silas Batista, Alfeu Melo, Antônio Vala-

da res , Jáde r Mala fa ia , Juveni l Melo , Ant íd io de Souza , Anton ino José de Sou za ,

José da S i lva Lóta , Henr ique Mar inho Nunes , I saque Mar t ins , Danie l Carva lho

de Almeida, Gutenberg Faria Guedes, Antô nio Bernardes, Mano el Antô nio da Silva,

Antô nio Loure i ro Be lota , Antônio M ore i ra Porte s , Benedi to Sampa io , Ernes to G.

Araújo, Axel Frederico Anderson, Ismail Gonçalves, Francisco Moreira, Arsênio

Gonçalves, Jurandir Gonçalves Rocha, Albino Veríssimo.

Estes são obreiros que laboraram em nosso estado. Alguns, por muitos anos; _

a té á mor te . Outros , por pouco tempo. Todos , porém, ent rega ram-se à obra com

amor c sacrif ício.

Há obre i ros que têm operado por décadas ; encanece ram na obra . Ainda

permanecem conosco. Seus nomes devem ser registrados com grande alegria e

respeito neste histórico: Ageu Neto, Adelmo Coelho, Alberto Araújo, Antônio João

Cr ispim, Cáss io Peçanha de Souza , C lé r io Boecha t , Durva l ino José Lopes ,

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Edm und o Antun es da S i lva , Emanue l Fontes de Que iroz , I saac da Costa More i ra ,

Israel José Pinheiro, I tamar Francisco de Souza, João Teixeira de Lima, Jovelino

Luís Coelho, Manuel Bento da Silva, Nemésio Fernand es de Carvalho, N ilo de Souza

Coelho, Osma r Soares, Paulo da Rocha Sias, Raphael Zambro tti, W aldir Rocha,

W alvique Soares Henriques, Zózim o Durval, Oswald o Ronis, José Basílio de Souza,

Daniel S. Faria, Francisco Rosa, Otávio Felipe Rosa, Benjam im Montei ro, W aldir

Gomes Vilarinho, Antônio Rodrigues Bcrmudes, Manuel Bittencourt. Alguns deles,

transferindo-se de estado, atuam ainda na Causa do Mestre.

Sabemos qu e até hoje — 1991, já foram pu blicada s as histórias, ou pa rte delas,

dos seguintes campos estaduais do Brasil batista: mineiro, maranhense, r iogran-

dense do nor te, pe rnam bucano , a lagoan o, ba iano, pa ranaense , f ede ra l e goiano.

Faltava a nossa história — a  História dos Batistas Fluminenses.

Aí está ela. Sentir-nos-emos recompensados dos esforços dispendidos se ela

atingir a f inalidade a que nos propusemos: mostrar a obra de fé c amor realizada

pelos nossos missionários, pastores e leigos que se entregaram de corpo c alma à

louvável missão de evangelizar nossos patr ícios. Em nossa obra  Cem Minibiogra-

fias,  que se rá publ icada em futur o próximo, procura remos des taca r nomes de cem

obreiros — missionários, pastores e leigos, que ajudaram a forjar a nossa gloriosa

his tór ia .

Plínio, o moço, já dizia: " Historia quoque modo scripta deleetat."  (Se jaqua l

for o método como se escreve a história , ela sempre encanta.)

São grandes os feitos, são inumeráveis os episódios de fé, são portentosos os

rasgos de amor nesta história escrita ao longo de cem anos. Nada mais poderíamos

dize r nes ta in t rodução, senão conco rda r com o grand e épico lus i tano:

"Porque de feitos tais, por mais que diga,

Mais me há-de f icar ainda por dizer".

(Camões ,  Os Lusíadas, III, 5)

36

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Capítulo I

PRIMÓRDIOS DO EVANGELHO NO BRASIL

Preliminares

O historiador Baneroft diz que "A liberdade de consciência e de pensa-

mento é o t roféu dos ba t is ta s" . Desde a sua fundação, o Cr is t ianismo fo i

perseguido pelos judeus e pelos gentios. Estabelecido como religião oficial pelo

Imperador Constant ino , em 324, o Cr is t ianismo, na forma da Igre ja Romana ,

tornou-se perseguidor da liberdade. Os primeiros reformadores eram intolerantes.

Sattler , que escreveu o primeiro credo em que foi pedida a liberdade de cons-

ciência, foi levado à fogueira com a sua língua arrancada. O apóstolo da liberdade

dc consc iênc ia na Alemanha fo i Ba l taza r Hübmaie r , que fo i decapi tado e que i -

mado. Consta que o Imperador F i l ipe pe rdeu 300.000 soldados na sua tenta t iva

de sufocar a liberdade religiosa.

Na Inglaterra, havia intolerância por parte de todos os religiosos. John

Smyth (pas tor da igre ja sepa ra t is ta de Ga insboroug h, na Ingla te r ra) , com Tomaz

Helwys, e mais 36 pessoas, saíram da sua terra e formaram uma igreja na Ho land a,

que, a princípio, foi batista . Depois da morte de John Smyth, Tomaz Helwys

e outros voltaram à Inglaterra e , em 1611, organizaram a primeira igreja batista

em terras inglesas. Em 1641 e 1654, foi publicada a Confissão de Fé dos Batistas,

na qual f icaram esclarecidos os princípios batistas.

Os pur i tanos sa í r am da Europa pa ra a Amér ica em busca da l ibe rdade

e, em vez dela, encon traram p erseguições no novo continente. Roger W illiams,

banido por haver ensinado que o poder político limitava-se somente aos corpos

c bens dos homens, fundou um governo sem rei e uma igreja sem bispo, cujas

bases eram a liberdade religiosa em uma democracia civil. Em março de 1639,

Roger W i l l iams, depois de ba t izado por Ezekie l Hol l iman, ba t izou mais dez

pessoas e organizou a primeira igreja batista na América do Norte. Pelos esforços

de Roger W illiams e John C lark foi conseguida de Charles II a carta pate nte

que garantia a liberdade religiosa e civil para a colônia de Rhode Island, isso

em 1663. O artigo VI da Constituição Americana, sobre a liberdade religiosa,

foi introduzido pelos esforços dos batistas, em 1789. Assim estabelecido o trab alho

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ba t is ta nos Estados Unidos , começou a desenvolve r - se r apidamente a denomi-

nação ba t is ta . W i l l iam Carey fundo u uma soc iedade m iss ionár ia ba t is ta e, em

1793, foi à índia, como seu primeiro missionário. Adoniran Judson e Luther

Rice foram os fundadores da pr ime ira junta de missões nos Estados Unidos

da Amér ica do Nor te . A Conv enção Ba t is ta do Sul dos Estados Un idos fo i orga -

nizada em 1845. A sua junta de missões, com sede em Richmond, Virgínia,

man tém m ilhares de missio nários ativos em mais de 100 países estrangeiros.

O Brasil era e é católico. Os batistas não foram os primeiros evangélicos

a se estabelecer no Brasil. Em 1557, 82 anos antes da organização da primeria

igreja batista nos Estados Unidos, chegaram ao Rio de Janeiro três pastores

e 14 estudan tes, enviados pela Igreja Reform ada de Genebra, sob a orientaçã o

de João Calvino, para cuidarem da vida espir itual da colônia francesa e para

pregarem o evangelho aos índios. Esta missão durou somente dez anos. Nicolau

Durand de Villegaignon, chefe da colônia francesa, que tinha pedido os missio-

nários, revoltou-se contra o evangelho e, depois de matar cinco dos seus pregadores,

acabou com a missão, em 1567.

Os primeiros colonos holandeses chegaram ao Brasil em 1624. Com eles,

vieram também alguns pastores. Em 1637 veio ao Brasil o pregador Francis Plaute

e, algum tempo depois, mais outros oito pastores. Esses ministros eram fiéis

à sua missão, cuidando dos seus rebanhos e pregando o evangelho aos indígenas.

P regavam em por tuguês e t r aduz iram o Evange lho na l íngua tapuia . Com a

mudança de um governo para outro, desfavorável ao evangelho, cessaram os

t raba lhos da Igre ja Evangé l ica Holandesa . Seus templos na Bahia , em Olinda

e no Recife passaram a ser usados pelos católicos.

Em 1720, foi estabelecida uma lei proibindo a entrada de estrangeiros no

Brasil. Por muito tempo, o Brasil não teve comunicação com os países da Europa,

senão com Portugal, que era mais favorecido. Em 1810 houve um tratado com

a Inglaterra, abrindo as portas da nação ao comércio estrangeiro e o governo

concedeu, aos ingleses residentes no Brasil, o privilégio de manterem cultos em

casas particulares, mas só para oS ingleses, proibindo-lhes toda atividade missio-

nária. Chegou ao Brasil, em 1816, o primeiro ministro evangélico britânico —

o Rev. Crane.

Em 1863, os seminár ios de Basle e Marmem começaram a mand ar p as tores

para servir às igrejas protestantes alemãs que emigraram para o Brasil. Os evan-

gé l icos a lemães da Un ião das Igre jas Lute ranas e Reformadas da A lemanha são

do Sínodo Evangélico do Rio Grande do Sul, do Sínodo Central do Brasil e

do S ínoco Lute rano Evangé l ico de Santa Ca ta r ina , Pa ran á e outros e s tados . Há ,

também, um grupo de igre ja s lu te ranas do S ínodo de Missour i , Ohio , e de outros

estados dos Estados Unidos que organizou o seu trabalho no Brasil, em 1847.

A Igreja Metodista Episcopal estabeleceu um trabalho no Rio de Janeiro,

em 1835. Os missionários F.E .Pitts, R. J.Spau lding e Daniel Kiddcr trab alha ram

até 1842, quando te rminou a obra des ta missão .

A Igreja Metodista Episcopal do Sul abriu trabalho no Brasil em 1867.

O bispo W ightman nomeou o Rev. Junius E .Newman pa ra t r aba lha r ent re os

nor te -amer icanos na colônia em Santa Bárba ra . Nos pr ime iros anos , os miss io-

ná r ios me todis ta s foram: J .E .Newman , J .H.Ne lso n, W i l l iam Taylor Ransom,

J.W .Roger, Miss M.Watts, J.L .Kcnnedy. O primei ro bispo foi J.W .Tarboux. O

primeiro bispo nacional foi o Rev. César Darcoso Filho, eleito em 1934. Os

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pr ime iros miss ionár ios da Igre ja Episcopa l P rotes tante forma James W a tson

Morr is e Luc ian Lee Kingsolving, no meados pe la Soc iedade Miss ionár ia Amer i -

cana, em 1889. O Rev. Kingsolving foi o primeiro bispo, tendo sido consagrado

em 1900.

A primeira igreja congregacional foi organizada por Robert Reid Kalley,

em 1858. Foi organizada uma igreja em Recife, no ano de 1873 e uma em Lisboa,

pela Sociedade da União Evangélica da América do Sul, cm 1908. As igrejas

congregacionais têm-se desenvolvido sem auxílio e influência de missionários

estrangeiros.

A primeira igreja presbiteriana foi organizada no Rio dc Janeiro, em 1862.

O primeiro missionário foi A.G.Simonton, que chegou ao Brasil em 1859. O

segu ndo foi A.L .Bla ckfo rd, qu e veio em 1860 e o terceiro, E J.C. Schneider, qu e

chegou em 1861. Em 1866, foi fundada a colônia americana em Santa Bárbara,

de onde se irradiou o trabalho metodista, batista e presbiteriano. Os presbite-

r ianos estabeleceram o trabalho cm Campinas, em 1868 e, em 1869, o Colégio

Inte rnac iona l de Campinas fo i fundado. Havia dois grupos de presbi te r ianos .

Esses abriram um seminário no Rio de Janeiro, cm 1867, e a Escola Americana,

de São Paulo, em 1870. Os dois grupos se uniram, em 1888, para formar a Igreja

Presbiteriana do Brasil.

As Soc iedades B íbl icas Amer icana e Br i tânica têm cooperado com todas

as denominações e são indispensáveis na evangelização do Brasil. Os nomes do

Dr.Tucker, na Sociedade Bíblica Americana, e o do Dr. Telford, na Sociedade

Bíblica Britânica, serão sempre lembrados pelos serviços prestados na evangeli-

zação do nosso país.

F U N D A Ç Ã O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O B R A S I L

Batistas Alemães e Letos

A 15 de outubro de 1881, vindo da Alemanha, chegou ao Brasil o casal

Carlos Feuerharmel, com seus nove f ilhos. Faziam parte da Igreja Batista em

Retz. A filha mais velha do casal vir ia a ser , mais tarde, a progenitora do Pastor

Rica rdo P i t rowsky.

Não tardaram em pregar o evangelho a quem quisesse ouvi-lo. A 3 de

setembro de 1884, converte-se o casal Germano Neitzke. No dia 29 do mesmo

mês, convertiam-se os quatro f ilhos do casal. E, um pouco mais tarde, as famí-

lias Boecher e W aldow, Ricard o Reinke e Elisa e Gusta vo Pitrowsky, pais do

Pastor Ricardo Pitrowsky.

Sem pastor e não tendo quem fizesse os batismos, os novos convertidos

enfrentaram oposição e perseguições. Frederico Mueller , um dos dois únicos

já batizados, fez os primeiros batismos. Somente em 1893, chegou um jovem

pregador — Augusto Matschula t , que fo i consagrado ao minis té r io logo após

a organização da Igreja Linha Formosa, o que se deu em 5 de novembro de

1893, com 45 membros.

Mais igrejas foram organizadas e, em 1901, a Sociedade Missionária de

F i ladé l f ia , nos Es tados Unidos , enviou o miss ionár io Car los Roth pa ra t r aba lha r

no sul do Brasil. Em Porto Alegre, ele organizou uma escola teológica, onde

es tudaram: João Ne t tenberg , R ica rdo J . Inke , Alexandre Klavin , F rede r ico

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Leimann, Guilherme Leimann, Pedro Salit, Paulo Malaquias e Ricardo Pitrowsky,

que havia se convertido em 1903.

Com a re t i r ada do miss ionár io Car los Roth , a Soc iedade Miss ionár ia de

Filadélf ia enviou Frederico Matschulat para substituí- lo, em 1909. A Sociedade

Missionária retirou-se do campo e, em 1921, os batistas alemães e letos foram

obrigados a sustentar o seu próprio trabalho. De 1925 a 1928, alguns obreiros

chegaram da Alemanha e da Polônia .

Os primeiros imigrantes letos chegaram ao Brasil em 1890. Entre eles havia

mui tos ba t is ta s . A Igre ja de R io Novo, organizada nesse mesmo ano, t r aba lhou

durante dez anos sem pastor . Para realizar os batismos, escolheram um irmão

que havia sido diácono em seu país. De 1890 a 1899, foram organizadas mais

quatro igrejas. Os obreiros que cooperaram no trabalho foram: Guilherme Butler ,

Alexandre Klavin , Car los Anderman, F rede r ico e Gui lhe rme Le imann, Hans

Ara ium, Pedro Graudin , Jacob lnke , R ica rdo J . Inke , And ré Ixeknin g, Joã o Inke ,

Carlos Kraul e A. Pintcher. Ricardo Inke e Guilherme Leimann, além de atuarem

no sul do Bras i l , depois de e s tuda rem nos Estados Unidos da Amér ica , foram

professores no Colégio Batista do Rio de Janeiro.

F U N D A Ç Ã O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O B R A S I L

Batistas do Sul dos Estados Unidos

Em 1850, os ba t is ta s do sul dos Estados Unidos da Amér ica do Nor te

voltaram as suas vistas para a terra do Cruzeiro do Sul. Nada f izeram, porém,

para estabelecer trabalho nestas plagas, até 1859, quando uma comissão reco-

mendou à convenção que o Bras i l fosse inc lu ído como um dos seus campos

miss ionár ios .

A seu pedido, o miss ionár io T.J .Bowen, juntamen te com sua esposa , funda-

dores da missão yorubana , na Áf r ica , foram t ransfe r idos pa ra o R io de Jane i ro ,

Brasil. Depois de um ano, foram obrigados a desistir do trabalho, por causa

da sua saúde.

Depois da guer ra c ivi l nos Es tados Un idos , a lgum as pessoas do sul daque le

pa ís , contra r iadas com o re sul tado pós-guer ra , im igra ram para o Bras i l , fundan do

uma colônia amer icana em Santa Bárba ra , no Estado de São Paulo . Havia ent re

essa colônia alguns batistas . Estes se orga nizar am em igreja, em 10 de setem bro

de 1871. A Igreja de Santa Bárbara foi a primeira igreja batista organizada no

Brasil. Desta saíram membros para a organização de uma outra igreja, a de

Station, em princípios dc 1879.

A Igra ja Ba t is ta de Santa Bárba ra f ez um ape lo à Junta de R ichmond,

pa ra que e la fosse contada como campo miss ionár io daque la junta , indepen-

dente de qua lquer auxí l io f inance i ro que pudesse r eceber . A junta a tendeu o

pedido fe i to e E .H.Qui l I en , pas tor da Igre ja de Santa Bárba ra , fo i nomeado

missionário aos brasileiros em 1879.

O t r aba lho em Santa Bárba ra fo i abandonado em 1888. Nesse tempo, o

general A.T.Hawthorne visitou o Brasil com a idéia de aqui implantar uma colônia.

Escolheu um lugar onde pretendia fundá-la. Não lhe foi permitido, porém, realizar

o seu ideal. Tendo-se convertido ao evangelho, tornou-se um sincero amigo da

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evangelização no Brasil. Em 1880, ele recomendou à Convenção Batista do Sul

dos Estados Unidos que enviasse missionários ao Brasil.

Inf luenc iados pe lo genera l Hawtho rne , que representava a Junta do Estado

do Texas , onde t r aba lhava o jovem pregador W .B .Bagby, foram encamin hados

a esta encantad ora terra os casais: W .B.Bagby e An na Luther Bagby, e Z.C.Taylor

c Catarina Taylor.

O Dr.W .B.Bagby foi nom ead o missi onário ao Brasil em janeiro de 1881,

aqui chegando com sua esposa no d ia 2 de março daque le mesmo ano, depois

de uma viagem de 48 dias em navio-à-vela. Foram a Santa Bárbara, onde f icaram

até o mês de agosto do ano seguinte.

A 4 de março de 1882, os missionários Z.C.Taylor e D.Catarina Taylor

chegaram ao Rio de Janeiro. Foram parar cm Santa Bárbara, onde se encon-

traram com os Bagby.

Depois de longas viagens e muita meditação, os missionários resolveram

fundar o seu trabalho na antiga cidade da Bahia. Chegaram os dois casais de

miss ionár ios à Bahia , em agosto de 1882, acompanhados por Antônio Te ixe i ra

dc Albuquerque, ex-padre e primeiro batista brasileiro.

A primeira igreja batista no Brasil foi fundada aos 15 dias dc outubro

de 1882 e, com ela, a primeira missão aos batistas brasileiros.

O traba lho estend eu-se da Bahia para o norte do país. A 17 de maio de

1885, organizou-se uma igreja em Maceió, e a 4 de abril de 1886, uma em Recife.

As igrejas de Alagoinha e a de Valença foram organizadas, aquela, em 1888

e esta, em 1889. Os missionários e obreiros nacionais que cooperaram com a

Missão da Bahia, desde a sua fundação, cm 1882, até 1893, data da fundação

da Missão Ca mpista , foram os seguintes: W.B.Bagby, Z.C.Taylor, Ant ônio Teixeira

d e A l b u q u e r q u e , C . D . D a n i e l , M i n a E v e r e t t , J . A . B a k e r , J o ã o B a t i s t a ,

W . E . E n t z m i n g e r , T . W . B a ti s t a, S ó c r at e s B o r b o r e m a , A n t ô n i o M a r q u e s ,

S.L.Ginsburg, Francisco Borges, Sallie Johnson, R.E.Neighbour, S.J.Porter , José

Domingues , Pedro Degiovanni , Melo Lins e Joseph Aden.

Em 1884, W .B .Bagby re t i rou-se da Bahia pa ra o R io de Jane i ro , fu nda ndo

ali a Missão da Capital Federal. Chegou ao Rio aos 24 dc julho de 1884. Em

24 de agosto do mesmo a no fo i fun dad a a pr ime ira igre ja ba t is ta naque la c idade ,

contando qua tro membros fundadores . Do Rio , o t r aba lho se e s tendeu pa ra

Campos, para Minas e, mais tarde, para São Paulo.

A Missão de Minas foi organizada em 1889, com a organização da Igreja

de Juiz de Fora. A Igreja de Campos foi organizada cm 23 de março de 1891

e as de Barbacena e Niterói, em 1892.

Com o in tu i to de me lhora r o t r aba lho, os miss ionár ios , r ecebendo apoio

de junta , t r ansfe r i r am a sede de Missão Mine ira pa ra a c idade de Campos, no

Estado do Rio de Janeiro. A zona de Niterói e a linha da Central do Brasil

f ica ram fazendo pa r te da Missão do R io . Os miss ionár ios e obre i ros nac iona is -

que coop eraram com a Missão do R io, de 1884 a 1893, foram : W .B.Bagby ,

Mesqui ta , Barce los , B .C . I rv ing, E .H.Soper , Mina Evere t t , E .A.Puthuf f , Maggie

R i c e , C . D . D a n i e l , E m m a M o r t o n , T . T . M a r t i n , J . L . D o w n i n g , J . J . T a y l o r ,

S.L.Ginsburg, Joseph Aden, S.J.Porter , J.J.Alves e Domingos de Oliveira. Os

irmãos Tomaz Costa, convertido em 1889, F.F.Soren, convertido em 1890, o

Teodoro Teixeira, convertido em 1891, dedicaram-se, a partir de sua conversão,

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ao t r aba lho do Mestre , cooperando com aque les que já se preocupavam com

a obra de evangelização no Brasil.

Da Bahia, do Rio de Janeiro e de Campos, o evangelho se espalhou para

o norte e para o interior do Brasil. A Convenção Batista Brasileira foi organizada

em 22 de junho de 1907. Desenvolveu-se o trabalho, e com ele a convenção,

sendo c r iadas suas juntas , como se jam: a Junta de Missões Nac iona is , a Junta

de Missões Estrangeiras [hoje, Junta de Missões Mundiais] , a Junta de Bene-

ficência, os dois seminários, um no norte e o outro no sul, e suas demais

organizações, visando-se a servir à causa do Mestre em todo o Brasil e no estran-

geiro. Existem hoje, em 1991, no solo brasileiro, mais de 4.500 igrejas batistas

com mais de 800.000 membros.

A primeira igreja batista na Inglaterra foi organizada em 1611, a primeira

nos Estados Unidos, em 1639, a primeira no Brasil — a de Santa Bárbara, em

10 de setembro de 1871. A primeira igreja batista brasileira — a da Bahia, foi

organ izada em 15 de outu bro de 1882, a primeira n a Missão do Rio — a Prim eira

Igreja da Capital Federal, em 24 de agosto de 1884 e a primeira no Estado do

Rio — a dc Campos, em 23 de março de 1891.

U M A G R A N D E P O R T A É A B E R T A

A 15 de novembro dc 1889, era proc lam ada a Repúb lica, ideal há muito s

anos acalentado por muitos porque com ela vir ia a liberdade de cultos e a sepa-

ração entre a igreja e o Estado. Esse ato, porém, só se efetivaria com o decreto

de 7 de janeiro de 1890. Quando isso aconteceu, o coração dos crentes trans-

bordou de alegria, sabendo que o progresso do Reino do Senhor em nossa terra

dependia, em grande parte, da liberdade de cultos.

Bagby se d i r ig iu à Junta de R ichmond, comentando o grande evento:

"Deus tem nos abençoado es te ano com per fe i ta l ibe rdade re l ig iosa .

O evangelho tem livre curso em toda vasta república. Todas as outras

denominações e s tão re forçando as suas missões . Os me todis ta s e os

presbi te r ianos têm 60 miss ionár ios e nós temos apen as se te (em to do

o Brasil) . Eles têm obreiros treinados, boas casas de cultos, edif ícios

próprios para o trabalho e nós estamos perdendo por falta de obreiros,

recursos e edif ícios. Se não recebermos auxílio em breve, só a eter-

n idade reve la rá a nossa pe rda" ." '

A proclamação da República trouxe, realmente, muitas esperanças para

os evangélicos. Aliás, esses muito lutaram também para o advento da República,

com seus ideais de plena liberdade para todos cultuarem a Deus segundo os

ditames de sua consciência, influenciaram muitos políticos, juristas, militares,

etc. que confessavam ter recebido dos evangélicos grande apoio aos ideais repu-

blicanos que esposavam. Quintino Bocaiúva, o grande propagandistas da liberdade

de consciência, referindo-se aos evangélicos, com os quais mantinha bons rela-

c ionamentos , pr inc ipa lmente com W .B .Bagby, ce r ta f e i ta dec la rou: "As pa lavras

destes homens (os missionários) se enraízam no solo brasileiro onde quer que

c a i a m " . '

2

'

O grande Rui Barbosa recebeu grande influência dos evangélicos. É do

notável catedrático da Universidade de São Paulo, T.H.Maurer Júnior, a asser-

42

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tiva: "Temos em todo o pensamento e na vida do grande estadista, os traços

de uma profunda influência cristã evangélica, que transpira de quase todas as

suas páginas" .

U )

43

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Capítulo II

PERÍODO DE ASSENTAMENTO

DA OBRA BATISTA (1891-1892)

O I N Í C I O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O C A M P O F L U M I N E N S E

Os bravos miss ion ár ios W .B .Bagby c E .H.S oper sent iam imensa pa ixão

pelas almas perdidas. Para traze-las ao redil do Senhor, envidaram todos os

esforços necessários. Com a alma a arder-lhes pelo desejo de evangelizar nossos

patr ícios, eles decidiram fazer incursões evangelísticas pelo interior do Estado

do Rio de Janeiro. Assim c que, no ano de 1888, ambos empreenderam várias

viagens de evangelização, visitando, para isso, várias partes do interior do

es tado.

No f ina l do ano de 1890, o miss ionár io W .B .Bagby, acom panh ado do evan-

ge l is ta Domingos de Ol ive i ra , f az uma viagem a Campos, impor tante c idade

do nor te - f luminense . Depois de longas horas passadas num t rem da Leopoldina ,

chegaram à c idade e hospedaram-se no  Hotel Gaspar,  que, ainda hoje, existe ,

e se localiza na Praça São Salvador. A este hotel estava reservado o grande privi-

légio de hospedar aque les dois se rvos do Senhor , dois anjos , que "passa ram

a noi te em oração, pedindo a d i reção de Deus quanto à abe r tura de um t raba lho

naque la r egião ."

Bagby, intrépido homem de fé, sabia que as portas daquela cidade já

se r iam aber ta s com o poder da oração. Ele v is lumbrou um grande fu turo

naque la r egião açuca re i ra . O te r reno da região é f é r t i l , apropr iado à p lantação

de cana-de-açúcar, principal fonte de r iqueza local. O r io Paraíba do Sul —

o legendário Paraíba — empresta à cidade uma grande beleza. Banha-lhe os

pés, deixando na vastíssima planície goitacá o humus fertilizante que fecunda

aque la g leba re sponsáve l pe la produção da cana-de -açúca r .

"Com o meio telúrico por ele criado, é que os campistas, instalados

nas te r ra s da a luvião da cauda l pa ra ibana , se torna ram empreende-

dores, ousados e inteligentes, resolvendo os problemas sociais,

pol í t icos e econômicos , graças a seus inúmeros r ecursos mane jados

e valorizados por populações que, na luta das competições e das adver-

s idades , aprenderam a comba te r soz inhos" .

( l )

45

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Sobejava razão ao ilustre vate eampista, Azevedo Cruz, para derramar todo

o seu amor pela bela cidade no poema  Amantia Verba,  que, como destaca o

grand e poeta W alter Siqueira, é "a mel hor ode que, em língua portugues a no

Brasil, já se escreveu, em louvor a uma cidade". A primeira estrofe é cheia de

"musica l idade e dc abundânc ia de imagens sonoras e f e l izes"

 <2)

" C a m p o s f o r m o s a , i n t r é p i d a a m a z o n a

do vir idente plaino goitacá

Predileta do Luar como Verona,

terra feita de luz e madrigais "

Era dessa cidade dc tradições, encantos e cultura que começaria a irradiar-

-se a bendita luz do evangelho para todo o r incão f luminense.

Providência Divina em Ação

As orações abriram as portas da casa do norte-americano Joseph Beale,

que residia em Campos, fazia algum tempo, para as primeiras pregações do

evangelho. As mensagens de Bagby atraíram a atenção de muitas pessoas que

se mostravam interessadas em saber mais a respeito do Plano de Salvação que

lhes era apresentado.

Os resultados não demoraram a aparecer. Logo, Bagby estaria imergindo

nas águas do Paraíba do Sul sete crentes que se tinham decidido com suas

mensagens evangelístícas. Este fato encheu de ânimo o coração do missionário.

Pôs, porém, em evidência a ira dos inimigos da obra de Cristo Jesus. As perse-

guições aos crentes logo começaram a surgir .

Na tentativa de intimidar Bagby, os perseguidores começaram a divulgar

o seu intento de, na próxima ida do missionário a Campos, algo lhe acontecer.

E que promet iam lançá - lo num tacho fe r.vcnte da us ina de açúca r do Que imado .

Como Bagby não se deixava intimidar, ele retornou à cidade c nada do

que haviam promet ido aconteceu. Deus o e s tava protegendo.

Alugada a Primeira Casa Para Cultos

Sent indo que o t r aba lho do Senhor naque las pa ragens c resc ia maravi lho-

samente , o miss ionár io dec id iu a luga r uma casa pa ra que , com mais e spaço e

maior liberdade, pudessem ser realizados os cultos. Os novos crentes estavam

cheios de entusiasmo e até os interessados no evangelho tudo faziam para que

o t r aba lho prospe rasse . Joaquim Fernandes Lessa , nosso pr ime iro h is tor iador ,

r e la ta : "Consta que um bras i le i ro deu uma ofe r ta pa ra a luga r a casa de cul tos" .

Como residisse em Niterói, então capital do estado, Bagby resolveu deixar

na c idade de Campos o evange l is ta Domingues de Ol ive i ra , com a re sponsa -

bilidade de liderar todo o trabalho que começava a nascer naquela região. O

miss ionár io vol tou , então , à sua casa , onde pregava constantemente a um grupo

de pessoas interessadas no evangelho, que comparecia às reuniões que realizava

em sua re s idênc ia , pa ra ouvir a mensagem das boas-novas de Sa lvação.

Um Grande Apelo

A c idade de Campos m ostrava se r luga r de grande fu tu ro pa ra o evange lho.No entanto, Bagby sentia que, só tendo um missionário nela residente, a cidade

46

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veria crescer o trabalho evangélico. Sentia ele a dif iculdade do trabalho, já que

era o único a militar ali e , residindo em Niterói, ao mesmo tempo em que

atendia ao trabalho da Igreja Batista do Rio, que fora organizada, com quatro

memb ros, 110 dia 24 de agosto de 1884, não podia dar assistência s atisfat ória

ao t r aba lho em Campos.

Bagby escreveu à Junta Missionária, em Richmond, Virgínia, nos Estados

Unidos , exp ondo as grandes opor tun idades e a necess idade de obrei ros :

"E zona de lavoura , a ma ior c idade no Estado do R io , com

exceção da capital. É cercada por cinco ou seis cidades importantes

e outras menores. Seria um centro ótimo de operações missionárias

da metade do Estado do Rio, que tem um milhão de habitantes.

Desde o Estado do Espír ito Santo — que f ica ao norte — e até a

pa r te or ienta l do Estado de Minas Gera is , não há nenhum pregador

do evangelho. Meu coração está cheio de esperança por esse grande

campo. Oxalá houvesse um missionário para dir igir este trabalho tão

auspic ioso pa ra os ba t is ta s" . '

1

'

Um Cirande Evangelista

Foi sábia a escolha feita por Bagby. O evangelista Domingos Joaquim dc

Oliveira, membro da Primeira Igreja Batista do Rio, permaneceu em Campos,

procurando desenvolver a obra do Senhor. Trabalhou ali, de julho de 1889 a

janeiro de 1890, visitando e fazendo serviço de colportagem, pela Igreja Batista

do Rio, que lhe pagava cinqüenta mil réis.

Já em novembro de 1890, vemo-lo em Juiz de Fora, MG, ajudando o missio-

ná r io C .D.Danie l , na implantação do t r aba lho ba t is ta naque la c idade .

ORGANIZAÇÃO DA IGREJA BATISTA EM CAMPOS

Como resul tado do t r aba lho de Bagby e da operos idade do evange l is ta

Domingos Joaquim de Ol ive i ra , em pouco tempo se r ia organizada , em Campos,

a primeira igreja batista em solo f luminense.

Aqueles sete irmãos que Bagby havia batizado foram aceitos como mem-

bros da Igreja Batista do Rio, no dia 22 de janeiro de 1891. Eram operosos.

Queriam se organizar em igreja para melhor propagarem o reino de Cristo naquela

cidade e por toda a verde região. Assim, marcaram o dia 23 de março de 1891

para a organização da igreja. '

11

Na noite do dia 22 de março, Bagby realizou o batismo de três novos

convertidos, no Paraíba. No dia seguinte — 23, aquele grupo de crentes se reuniu

no sa lão de cul tos , que t inham a lugado à Rua dos Andradas , 88 , pa ra a so le -

nidade de organização, tendo Bagby s ido escolhido como seu pas tor .

Bagby se dir igiu à Junta de Richmond, apresentando-lhe um excelente rela-

tório de suas atividades, do qual destacamos o trecho:

"F ique i mui to animado na minha ú l t ima vis i ta a Campos. O

nosso obreiro tinha feito um trabalho excelente e me escreveu dizendo

que havia mais cinco pessoas para serem batizadas. Preguei três vezes

a congregações numerosas que pres ta ram boa a tenção. No f ina l do

se rmão da pr ime ira noi te qua t ro pessoas apresenta ram-se pa ra f aze r

a profissão de fé. Depois de um exame meticuloso, foi a opinião dos

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onze crentes presentes que as quatro pessoas deviam ser recebidas

para o batismo. Às 23 horas, naquela mesma noite, descemos o r io

e os convertidos foram batizados, regozijando-se no privilégio de

seguir a Jesus".

(2 )

A novel igreja denominava-se  Egreja Evangélica Buptista.  Na sua primeira

sessão ou assembléia, recebeu cinco novos membros. A igreja f icou, deste modo,

composta dos seguintes i rmãos: Domingos Joaquim de Ol ive i ra , Ana Franc isca

de Oliveira, Júlia de Oliveira Santiago, Eufrásia Maria Manhães, João Bernar-

d ino Manhães , Antônio Assunção, Cor ina Mar ia Manhães , Rosa Lima ManhãesAssunção, Amél ia Lima dos Re is , Luiz de Souza , Antônio Carva lho Por te la ,

Maria Rute Pinto, Flauzina Pereira.

P R I M E I R A I G R E J A D E C A M P O S — V Á R I O S P A S T O R E S

E M P O U C O T E M P O

A ins tabi l idade de obre i ros na P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Camp os fo i f ru to

de vários fatores, sobressaindo-se, entre eles, as doenças.

Após dois anos de sua organização, a igreja tr iplicou seu número de

membros. Começara, em 1891, com dez membros e estava, em 1893, com 30

membros. Era um grande progresso. Lessa atr ibuiu esse desenvolvimento à opero-

sidad e dos mission ários W .B.Bagby, Downin g e Soper. Bagby dir igira a igreja

desde a sua fundação até 17 de julho de 1892. O Dr. J.L.Downing, de 17 de

julho de 1892 a 23 de julho de 1893. Sucedeu-o o missionário E

.H .

Soper , que

pas toreou apenas de 23 de ju lho a 30 de outubro de 1893. No pe r íodo do pas to-

rado de Downing, a igreja contava com a cooperação do evangelista José Alves,

que viera de Vitória para Campos.

4 8

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Capítulo III

PERÍODO DE GRANDE ATIVIDADE

EVANGELÍSTICA (1893-1900)

PASTORADO DE SAIXJMÂO GINSBURG

Em 1893, t ranfe r indo-se pa ra a c idade de Campo s, o miss ionár io Sa lomão

Luís Ginsburg inaugura uma nova fase no trabalho batista . No dia 30 de outubro

daquele ano, é empossado no pastorado da igreja, que, mais tarde, seria a

Primeira Igreja Batista de Campos.

Or iundo da Polônia , f i lho de judeus poloneses , Sa lomão Ginsburg es-

tudou em dois grandes centros cul tura is do mundo — Ingla te r ra e Alemanha .

Seu pai era rabino e, como tal, cioso de sua religião. Convertido ao congrega-cionalismo, Salomão foi deserdado por seus pais. Veio ao Brasil como missionário

congregacional. Aqui travou dura polêmica com o missionário Zacarias Clay

Taylor, o segundo missionário batista a vir trabalhar no Brasil, e que atuava

na Bahia. A polêmica girava em torno do batismo. Convencido de que o ba-

tismo legítimo é o batismo por imersão, Salomão sc deixou batizar biblicamente,

tornando-se ba t is ta . Sua ordenação ao minis té r io ba t is ta ocor reu na Bahia , em

1891. Em breve se tornaria missionário da Junta de Richmond.

Joaquim Fernandes Lessa relata:

"Em setembro de 1893 a Armada Brasileira revolta-se, e , na sua faina

de de r rubar o governo que lhe e ra desa fe to , ent rou a bombardea r

o Rio de Janeiro e Niterói, com o que muitos habitantes da capital

tiveram que se retirar para lugares longínqüos, refugiando-se muitos

deles em Campos. Pois bem. Entre os muitos foragidos estava o Rev.

Sa lomão Luís Ginsburg , de saudosa memór ia , que a inda em se -

tembro chegou a Campos para onde decidiu transferir sua residência.

F ixando-se de f in i t ivamente na te r ra goi tacá , onde o amado obre i ro-

fora recebido pela igreja com inequívocas provas dc amor e carinho,

inicou, sem perda de tempo, um trabalho evangelístico ativo e agres-

s ivo. Sendo por ta dor de um temperamento todo espec ia l, que , a l iado

à sua sinceridade e fé robusta, muito o auxiliou na realização de um

grande trabalho, o missionário Ginsburg foi um poderoso instrumento

nas mãos de Deus para Sua honra e glória. No primeiro ano de seu

4 9

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pas torado, houve mui tos novos conver tidos , que foram ba t izados nas

águas do Pa ra íba . Recentemente casado com D. fm m a Mor to n, o

miss ionár io Ginsburg mui to se dedicou ao t r aba lho em Campos.

D. Emma Morton chegou ao Brasil cm 1889 e fez um rápido pro-

gresso no es tudo da l íngua por tuguesa . Ela começou com D. Anna

Bagby um trabalho nas escolas dominicais, que muito concorreu para

o estudo da Palavra de Deus. Casou-se no primeiro dia de agosto

de 1893, com o missionário Salomão Luís Ginsburg, o qual, em sua

autobiografia, diz: 'O que esta boa mulher me tem sido, para mim

e para o meu trabalho, é impossível dizer . Se não fosse ela, sua

coragem, conselhos e orações, eu nunca teria feito o serviço que o

Senhor me tem habilitado a fazer ' . Com a chegada do missionário

S.L.Ginsburg, a Missão Campista foi definitivamente estabelecida." '

1

'

C O N V E R S Ã O D E J O A Q U I M F E R N A N D E S L E S S A

Foi mui to prof ícuo o minis té r io de Sa lomão Ginsburg em Campos. Entre

os jovens que se converteram com sua pregação, e que foram por ele batizados,

está  Joaquim Fernades Lessa, que vir ia a ser um grande líder batista no Brasil.

De ixemos que o própr io Sa lomão nos na r re :

"Quando chegue i a Campos, em 1893, logo começamos os nossos

cultos num salão de primeiro andar para o qual era dif ícil conseguir

atrair o povo para nos assistir , não somente pela inconveniência dc

subir escadas, como também porque o padre espalhara por toda cidade

que os protes tante usavam uma ce r ta subs tânc ia , um pó ou ungüento

que espalhavam sobre os bancos e cadeiras, de modo que, alguém,

sentando-se para assistir às suas reuniões, tornava-se protestnte, quer

quisesse ou não. Esta notícia afugen tava o povo das reuniões. Desco bri

que a melhor coisa a fazer seria levar a efeito reuniões ao ar- livre,

nas praças públ icas. Ass im, t ínhamo s mul t idões que v inham e ouviam

atenciosamente. Mas, para logo, o padre, sabendo o que se fazia,

deu ordem ao sacristão para repicar o sino da igreja junto às praças,

e que de tal modo tinia que superava a minha voz e abafava o que

eu dizia.

"Num domingo à tarde, eu estava no meio de um discurso e uma

grande mul t idão me ouvia , quando aque le enorme s ino começou a

retinir de tal forma que tive de parar o meu sermão. O povo que

me ouvia mostrou-se impaciente. Então, eu os convidei a todos a

irmos ao salão para ouvir o resto do sermão. Muitos vieram e, entre

eles, Joaquim Lxssa. Ele, de logo, me interessou e pedi ao Senhor

que o abençoasse pa r t icula rmente naque le d ia . Converse i longamente

com ele. Era um jovem negociante e com muita prosperidade, perten-

cente a uma família muito conhecida. Seu coração foi tocado e sua

alma se esforçava por uma vida melhor. Não demorou muito e ele

se decidiu a Cristo. Fez sua pública profissão de fé e estava pronto

para o ba t ismo. Então começou sua grande lu ta , A igre ja não t inha

ba t is té r io e todos os candida tos e ram ba t izados no R io Pa ra íba do

Sul, um dos maiores do sul do Brasil.

"Toda vez que t ínhamos ba t ismos faz íamos anúnc ios pe los jorna is

e milhares de pessoas vinham assistir , inclusive padres. Desse modo,

t inha opor tunidade de expl ica r o a to , como também de prega r o

evangelho eterno a milhares de pessoas. Para ser batizado diante de

50

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tanta gente, era necessária muita coragem da parte do novo conver-

tido. Especialmente as pessoas de famílias da alta sociedade e bem

relacionadas. Os pais e os parentes, uma vez sabendo do intento dos

candidatos, faziam todo esforço ao seu alcance para demovê-los do

propósi to . Mas o maravi lhoso é que nunca nenhum candida to ao

ba t ismo re t rocedeu.

"O irmão Lessa ter ia que passar por essa prova. Seu pai, logo que

soube de sua resolução, procurou-o e começou a argüí- lo, ameaçá-lo

e a insistir em que abandonasse aquele ideal. Em prantos, pediu-lhe:

'Meu filho, não desgrace sua família; não negue o seu batismo'. Do

mesmo modo, o jovem, chorando, disse-lhe: 'Meu querido pai, eu

nunca o desobedeci, nem o desrespeitei. Mas neste caso o senhor

tenha paciência porque, em primeiro lugar, devo fazer a vontade do

meu Salvador. E breve chegará o tempo em que o senhor saberá que

obre i ace r tadamente e , en tão , o senhor me abençoará e não me amal-

diçoa rá ' . '

1

'

JORN AL AS BOAS-NOVAS''

No dia 15 de março de 1894, surgiu na arena evangélica o primeiro jornal

dos batistas do sul do Brasil . Chamava-se   As Boas-Novas c  era impresso em

Campos. Foi fundado pe lo miss ionár io Sa lomão Luís Ginsburg . Es te sabia do

grande valor da palavra impressa. Nesse periódico, ele publicava notícias das

igrejas, as lições internacionais da Escola Bíblica Dominical, ar tigos variados

e or ientação pa ra o povo evangé l ico . ' "

Não obstante ser designado para servir à parte sul do país,  o As Boas-

Novas  ia , tamb ém, m uitas vezes, até algum as regiões do norte, onde o miss ionário

Zacar ia s C . Taylor t inha fundado o   Eco da Verdade, em 1886, na Bahia, que

passou, depois , a chamar - se  A Verdade, e , por f im,  A Nova Vida.

" O

  As Boas-Novas

  e ra b imensa l , de pequeno formato . . . e pres tou bons

serviços à causa do Mestre." '

2

' "Por acordo com os miss ionár ios , f icou ace r -

tado que, tanto a tipografia de Taylor, como a de Salomão Ginsburg, em

Campos, deveriam deixar de existir c , bem assim, os jornais nelas publicados,

a f im de que houvesse uma só editora e um só jornal batista para o Brasil

t o d o . " '

3

'

"Felizmente, os redatores do  As Boas-Novas  souberam guarda r vá r ias

coleções de todos os anos ." '

4

' O autor desta obra tem a honra de possuir , em

sua b ib l io teca , uma coleção encadernada , com 43 exempla res do d i to jorna l ,

referente ao ano de 1898. Parece-nos que na JUERP ficaram algumas outras

coleções de outros anos. Elas se constituem uma preciosidade.

P R I M E I R A E S C O L A D I Á R I A — E S C O L A A M E R I C A N A

A i lus t re miss ionár ia Emm a M or ton G insburg organizou a pr ime ira e scola

ba t is ta cm solo campis ta , dando- lhe o nome dc  Escola Americana.  Casada há

pouco tempo com o intrépido missionário Salomão L.Ginsburg, sentia essa missio-

nária que um dos melhores meios para promover a evangelização seria a abertura

de escolas para ensinar as crianças a ler , e , daí, poderem ler a Palavra de Deus.

O N o m e  Escola Americana  traria certa receptividade, já que todo s sabiam

que os norte-americanos, em matéria de educação, estavam na dianteira entre

os países civilizados.

51

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A escola foi organizada no mês de fevereiro de 1896, à Rua Marechal

Floriano, n" 3, Era de nível primário e secundário. Eoi ela o primeiro marco

do ensino elementar e secundário projetado pelos batistas, sob os auspícios da

grande missionária Emm a Ginsbu rg. A influência da escola é descrita por .Joaquim

Lessa:

"Esta escola deu excelentes resultados, pois nela havia f ilhos de

muitas das principais famílias de Campos. Era para o ensino primário

e secundário. Por instrumentalidade dessa escola, o evangelho alcançou

fundas s impa t ia s no coração do povo campis ta" .

( I )

E S C O L A N O T U R N A

"A 'Associação Cristã da Juventude' foi organizada em junho de 1894,

no templo da Primeira Igreja Batista de Campos, imbuída dos melhores ideais

e manteve , por a lgum tempo, cm uma casa a lugada , uma escola noturna , como

também sessões religiosas para discussão e exposição de assuntos de interesse

do evange lho." '

1

'

A criação dessa  escola noturna  já demonstrava o dese jo que mant inham

os crentes de verem todos alfabetizados. Isso é digno de nota, pois estavam,

há três anos apenas, do início do trabalho batista na  urbs camposina.

E S C O L A I N D U S T R I A L

O miss ionár io Albe r to Lafaye t te Dunstan chegou ao campo f luminense

em fins de setembro de 1901, para substituir o missionário Salomão L.Ginsburg,

que se retirava para trabalhar em Pernambuco.

Deveria residir em Campos. Mas, naquela ocasião, a peste bubônica se

alastrava por toda cidade. Daí ter ido residir em Macaé, por algum tempo.

Homem de visão, começou ele a procurar jovens que o auxiliassem na

obra . Naque le tempo havia , na Missão Campis ta , t r ê s pas tores : Joaquim

Fernandes Lessa , Antônio Fe r re i r a Campos e Herman Gar tnc r , que t inha s ido

metodista, e os Dunstan. Urgia, então, convocar obreiros para a seara do Mestre.

"O Rev. Dunstan, no afã de conseguir obreiros idôneos, entra a esco-

lher moços que pareciam aproveitáveis com estudo, a seu cargo. Para

isso , cham a o jovem Eduard o W ass imon, que ent ra logo a f azer

viagens evange l ís t icas . O miss ionár io Dunstan pensa na fundação

de uma escola industr ial, o que não se conseguiu por não serem favo-

ráveis os e lementos que o rodeavam. M anoe l Gu imarães fo i um outro

moço que mereceu também os cuidados do ze loso miss ionár io como

estudante '

Pena que um idea l tão grande e de impor tânc ia pa ra o t r aba lho não tenha

se concre t izado Naque le tempo, qu ando o Brasi l era de f in ido como um pa ís

essencialmente agrícola, uma escola industr ial trar ia enormes benefícios. Não

sabemos os pormenores do que impediu a efetivação desse plano. Lessa só diz

que "não conseguiu por não se rem favoráve is os e lementos que o rodeavam".

E sempre assim. Há sempre aqueles que dão para trás, que não sabem ver, além

das nuvens, o sol brilhando.

Em 1906, sa ía de Campos o miss ionár io Dunstan . Es ta r ia desanimado?

Ou es ta r ia f rus t r ado?

O plano da criação do Instituto Batista Industr ial vir ia a ser uma realidade

no P iauí .

f2)

52

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P E R S E G U I Ç Õ E S E M S A O F I D E E I S

Os crentes foram, desde o princípio, alvo dc perseguições movidas pelo

clero católico romano, que não podia admitir que outros pensassem diferente-

mente deles e que pudessem cultua r a Deus segundo os ditames de sua consciência.

P rocuravam, por todos os me ios , coloca r obs táculos à propagação das boas-

- novas, pois temiam se defr ont ar com a verdade que esplende do pu ro evang elho

de Cristo, que traz benefícios de ordem moral, social c espir itual.

Em São Fidélis, Campos e Macaé, e em outros lugares do interior , os inofen-

sivos servos do Senhor Jesus eram sempre molestados. As maiores perseguições

foram, nesse primeiro período da história dos batistas f luminenses, levadas a

efeito nas cidades de São Fidélis e Macaé.

A cidade de São Fidélis foi palco de uma perseguição aos crentes no ano

dc 1894, envolvendo pr inc ipa lmente o miss ionár io Sa lomão Luís Ginsburg . A

irmã Alice Reis, que era casada com o Pastor Alfredo Reis, e que morreu em

1989, na avançada idade de 104 anos, foi testemunha ocular de perseguições.

Era menina a inda quando se desencadeou a pe r seguição e não conhec ia nada

do evange lho, sabendo apenas que os poucos c rentes e ram t ra tados quase como

margina is .

De ixemos que o própr io miss ionár io Sa lomão Ginsburg na r re os f a tos :

"Começando em S. Fidélis  — Depois de estabelecer o trabalho em

Campos, eu vol te i a a tenção pa ra outro centro dos ma is impor tantes

do estado: a cidade de São Fidélis, distr ito r ico e cafeeiro, onde havia

alguns interessados. Aluguei uma casa no centro da cidade e arranjei

uns bancos e uma mesa. Levei comigo meu inseparável harmônio.

Fui àquela cidade iniciar o trabalho para o Mestre. Minha senhora

também foi, e um dos nossos obreiros nativos que levou uma filha

consigo para nos auxiliar nos cânticos de hinos. Só havia ali três

pessoas in te ressadas — um hom em, sua senhora e uma empregadinha .

Éramos sete, ao todo, e começamos o trabalho. Perto das sete horas

da noi te , começamos a r eunião cantando a lguns h inos . Logo a f lu iu

uma mul t idão dumas mil pessoas e f ica ram em f rente da casa . O

salão era uma sala de frente com três janelas e uma porta que abria

pa ra a rua . Chef iando essa mul t idão es tava um ve lhinho mui to v ivo

que, me informaram depois, era o chefe político do lugar. Ser chefe

político era de muita importância no Brasil. Ele tinha um filho como

delegado e outro como tabelião. Os três eram os principais políticos

da cidade, da região e talvez do estado. Como tais, eram hábeis para

cobr i r uma pa r te de sua pe rve r s idade . Enquanto se cantavam hinos

não houve aposição, exceto algumas pedras, capim c lixo, que nos

atiraram. Logo que comecei a pregar, uma grande confusão se esta-

b e l e c e u . P a l a v r a s o b s c e n a s e i n j u r i o s a s n o s e r a m a t i r a d a s .

Imposs ib i l i tado de se r ouvido, cantamos h inos . Ainda hoje não se i

por que não pene tra ram no sa lão e nos a taca ram, nos agrediram e

quebraram tudo que estavam na sala. O Senhor, porém, os reteve

fora. Uma vez disse ao chefe político enquanto ele estava em pé, junto

à porta: 'Por que o senhor não entra? ' . A única resposta que deu

foi levantar um forte rebenque que tinha na mão e dizer com termos

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insultuosos: 'Se eu entrar , é para quebrar a tua cabeça ' . Eu disse:

'Pois bem, entre e quebre a minha cabeça, mas primeiro ouça o que

eu tenho a lhe dizer ' . Finalmente, uma pedra alcançou a fronte do

nosso irmão auxiliar . Então, encerrei a reunião e anunciei outra para

o dia seguinte.

Na prisão outra vez  — No dia seguinte, logo cedinho, veio ao hotel

onde eu estava um emissário do delegado de polícia c convidou-me

a aparecer no seu gabinete. Eu suspeitei que não poderia retornar.

Tendo a lgum dinhe iro comigo, ent regue i-o à minha senhora , d izendo-

-lhe que não temesse e que, se eu não voltasse, ela telegrafasse para

o Rio de Janeiro e avisasse aos irmãos o ocorrido. Chegando ao gabi-

ne te do de legado, encontre i -o sentado à ponta de uma mesa mui to

comprida, tendo a um lado seu secretário e do outro o seu irmão,

tabelião, e o velho pai, andando de um para outro lado. 'Qual é seu

nome e profissão? ' , perguntou. Tirei o meu cartão de visitas e dei- lho.

'O senh opes tá proib id o de prega r sua ne fas ta r e l ig ião ', te rminou com

sua voz cheia de ira . 'O senhor está proibido de pregar sua nefasta

religião neste município . ' Eu estava de pé, em f rente a ele e respon di-

- lhe , ca lmamente e com aspec to r i sonho: 'Senhor De legado, s in to

não poder atendê-lo a esse respeito. O senhor sabe — eu disse —

eu sou batista e nós, os batistas, não aceitamos ordens em matéria

de religião de qualquer autoridade civil, nem do senhor, nem do Presi-

dente do Estado, nem mesmo do Presidente da República. Nós

obedecemos às ordens de um super ior a todos vós ' . O pobre homem

entendeu que eu tinha ordens do Presidente da República dos Estados

Unidos , porque re spondeu com fúr ia , a la rmad o e indignado: 'E quem

é superior ao presidente do meu país? ' . Felizmente, eu tinha comigo

o meu Novo Testamento e, abrindo-o em Mateus 28.18-19, li- lhe as

seguintes palavras: 'Todo o poder me foi dado no céu e na terra.

Portanto ide e fazei discípulos em todas as nações, batizando-as em

nome do Pa i , do F i lho e do Espír i to Santo , ens inando-as a gua rda r

todas as coisas que vos tenho dito. ' 'Esta é a minha autoridade. E

eu estou aqui em obediência à ordem do meu Senhor e Mestre Jesus

Cristo. Estou aqui cumprindo esta ordem.' Declarei- lhe e sentei-me.

Ele de certo não esperava esta resposta porque um silêncio profundo

caiu sobre todos eles. Minutos depois, mais furioso do que antes,

começou a insul ta r -me usando l inguagem abusiva contra o ba t ismo

que eu havia celebrado no r io. Dizendo que aquelas línguas maliciosas

perverteram-no em uma cerimônia indecente, como ele se expressava.

Eu lhe disse que em matéria de religião não estava disposto a justi-

f ica r os meus a tos . Se houvesse comet ido um c r ime ou quebrado

a lei, estaria disposto a aparecer perante o competente juiz e responder

por mim mesmo. Mas quanto ao que f iz e pra t ique i no meu t r aba lho

religioso ele nada tinha com isto. Perdendo a calma, não esperando

tão claras e plenas explicações dos princípios batistas, ele me disse

que eu estava preso, à disposição do Presidente do Estado. E,

chama ndo um soldado com grossa ca rabina , mando u que me vig iasse,

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dizendo que ele responderia com a sua vida se me deixasse desapa-

recer. Aquele dia c aquela noite f iquei num salão espaçoso, como

prisioneiro. Não admitiu que ninguém me visse. Contudo, consegui

receber a comida que minha senhora mandara. Passei a noite sobre

um banco duro e nada dormi por causa da grande quant idade de

ratos que infestavam o lugar. No dia seguinte, antes do trem partir

para Niterói, a capital do estado, o delegado veio ver-me e permitiu

à minha senhora vir também. Eu supuz que ele esperava que eu implo-

rasse misericórdia. Mas, como passeávamos pela sala, palestrando

e r indo de alegria por ser nos permitido sofrer pelo Mestre, ele me

chamou e disse, muito gentilmente: 'Ora, Sr . Salomão, o senhor podia

facilmente evitar todo este inconveniente ' . 'Bem, que devo fazer para

evitá-lo? ' , perguntei. 'Se o senhor me prometer que não voltará a

esta cidade para pregar a sua religião, eu deixarei o senhor voltar

a Campos' . Eu me ri e disse-lhe que não havia pregado na noite ante-

r ior porque estava preso. Mas logo que fosse solto, ele podia f icar

certo de que eu ia pregar. Logo que saísse da prisão ele podia me

espera r que vol ta r ia pa ra cont inua r o t r aba lho anunc iado. Desgos-

toso com a minha contumác ia , chamou mais qua t ro so ldados com

carabinas e ordenou-me que marchasse pa ra a e stação. Minha senhora

me acompanhou também. Ainda que não soubéssemos o que nos

ia acontecer, a mim e a ela, ela nunca me advertiu que atendesse

à autoridade. Pedi- lhe que fosse para Campos, mas ela não concordou.

E se colocou ao meu lado, exa tamente como uma esposa amer icana ,

e parecia perfeitam ente feliz e satisfeita pelo fato de sofre r pelo M estre.

A população gos tou e aplaudiu , insul tando-nos e apedre jando-nos .

Mas eu não dei atenção a essas coisas porque nos sentíamos felizes.

Escol tados por c inco soldados , de ixamos a c idade e pa r t imos pa ra

a capital do estado, onde chegamos à tarde. Os soldados nos deixaram

inte i ramente à vontade . Sem dúvida , nos t r a ta ram melhor que o de le -

gado. Quando o t r em chegou a Ni te ró i , os mar inhe iros que es tavam

comb atendo os so ldados , qu ando vi ram a lguns deles , a t i r a ram contra

os que estavam conosco. Esses tiveram que fugir e nós corremos após

eles.

Perante o Vice-Presidente  — Chegando ao quar te l-genera l da pol íc ia ,

fomos apresentados ao vice-presidente do estado. Este, depois de ler

os documentos, disse a um dos oficiais que me levasse para o xadrez.

O meu coração esfr iou quando ouvi o que ele disse. Então, perguntei-

- lhe: 'Diga-me, senhor, qual o meu crime?' . 'O senhor não sabe,

disse-me ele, que desrespeitou as autoridades e perturbou a ordem

públ ica? ' . Humildemente , r e spondi : 'Senhor , eu fu i pas tor de uma

igreja aqui em Niterói por muito tempo. Tenho pregado o evangelho

em toda pa r te des ta c idade . O senhor pode pe rgunta r a qua lquer de

seus oficiais se algum dia perturbei a ordem pública, ou se desres-

peitei de alguma maneira as autoridades' . 'O senhor quer dizer , então

— disse, que o delegado de São Fidélis me pregou uma mentira neste

ofício? ' . Eu respondi-lhe, chamando-me à inocência: 'Se ele mentiu

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ao senhor oficialmente ou não oficialmente, não lhe posso dizer . Mas

eu quero dizer ao senhor o q ue aconteceu ' . Rntão, ele me ouviu pacien-

temente. Quando terminei, ele confirmou a ordem de me levarem

para o xadrez. Então perguntei- lhe: 'E a minha senhora? Eu gostaria

de mandá-la para a casa de um amigo, visto que a cidade está agora

como uma praça de guerra c eu não tenho onde deixá-la ' . Ele chamou

um soldado de pol íc ia e ordenou- lhe que tomasse conta de la . Eu,

porém, ter ia que ir para o xadrez. Agradeci- lhe a oferta , mas disse-

lhe que ela preferia ir sozinha. Despcdimo-nos sem saber se seria

pe rmit ido que nos v íssemos outra vez . Recomend ando-nos ao Senhor ,

nos separamos. Fui metido no xadrez. O tal xadrez era um lugar

terr ível. Imaginem um quarto pequeno, de dois metros por quatro,

com jane las gua rnec idas por grades , dando pa ra uma á rea su ja , com

uma única porta e sem qualquer outra ventilação. Nesse quarto deviam

esta r juntos , confusamente , de qua renta c r iminosos pa ra c ima . O

mau che i ro que me pene trou nas na r inas quando o ca rce re i ro me

int roduz iu no ta l xadrez quase que me sucumbiu e me pros t rou por

terra. Hesitei um pouco. E estava para entrar à porta quando o senhor

me mandou um dos seus anjos , na pessoa de um soldado que e ra

crente. Reconhecendo-me, ele me disse: 'Pastor , se o senhor me

promete r que não fugirá , nós o de ixa remos f ica r conosco no sa lão

dos soldados ' . Pode-se imagina r com o ace i te i prontamente a propo sta

e quão agradecido f iquei pelo favor, louvando o meu Pai Celeste por

aquela bondade. No dia seguinte, estando em pé, à porta da delegacia

de pol íc ia , v i o cônsul por tuguês , um meu amigo pessoa l . Chamei-o

e contei- lhe o meu caso, pedindo-lhe que se interessasse por mim.

Ele me prometeu esforçar-se o mais possível. Mas me avisou que talvez

não fosse bem sucedido porqu e os por tugueses e s tavam sendo suspe i-

tados de auxi l ia rem a a rmada , na sua campanha contra a Repúbl ica

brasileira. Ele foi ás autoridades e, quand o se retirou, o chefe de polícia

mandou um of ic ia l r emover -me pa ra a de tenção, onde f icasse inco-

municável, como um preso político perigoso. Por que eles não me

mal t ra ta ram como f ize ram com mui tos antagonis ta s pol í t icos , eu só

atr ibuo ao meu bondoso Pai Celeste. O processo que eles usavam

para se livrar dos inimigos políticos era fardá-los e colocá-los na praia,

onde os mar inhe iros os a ssass inavam imedia tamente . Eu c re io que

essa era a idéia do delegado de polícia de São Fidélis, quando me

mandou pa ra o qua r te l -genera l como desrespe i tador das autor idades

e pe r turbador da ordem públ ica .

Solto depois de dez dias   — Mas o Senhor t inha a inda a lgum t raba lho

para eu fazer . Minha boa esposa, brava como um leão, cheia de fé

c de coragem, andava pelas ruas de Niterói, sob o estrondo de bombas

que explodiam sobre a sua cabeça. Trabalhou até que chegou aos

ouvidos do Pres idente do Estado. Depois da me ia -noi te da déc ima

noi te da minha pr isão , e le me mandou busca r . E , desculpando-se

pelo que sucedera, disse ter sido um engano. Pediu-me que dissi-

mulasse o caso, pois que isso acontecera exclusivamente por causa

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da revolução que assolava aquele país. Prometeu cuidar de mim logo

que a ordem se restabelecesse. Eu disse ao Presidente que quanto

a isso eu nada tinha a dizer e que, pessoalmente, já não levaria em

consideração aquele fato. Mas que o que eu desejava saber era se

pode ria voltar a São Fidélis e con tinu ar a pregar o evangelho. Ele,

então, me disse: 'E exatamente por isto que lhe mandei chamar.

Queremos pedir- lhe um favor. Agora nosso estado está em estado

de sítio. Cada delegacia tem pleno poder em suas mãos. Se o senhor

fosse a São Fidélis antes de terminar a revolução, nós ter íamos de

mudar mui ta s coisas que exa tamente agora e s tamos imposs ib i l i tados

de fazer . Se o senhor nos f izer o favor dc não voltar a São Fidélis

enquanto durar a revolução, estaremos ao seu lado e providenciaremos

para que o senhor tenha toda a proteção necessária ' . Eu respondi

ao Presidente: 'Sim, senhor. Desde que V.Exa. me pede um favor,

eu não recusarei atendê-lo. Se fosse uma ordem, meu caro senhor,

eu teria que dizer a V.Exa.o que disse ao delegado de polícia —

Que, como batista , não aceito ordens, em matéria de religião, de

nenhuma autor idade c iv i l ' .

Voltando novamente a São Fidélis  — E m 13 de mar ço de 1892, a

revolução te rminou com a submissão da f ro ta . No dia 20 do mesmo

mês eu voltei a São Fidélis. As perseguições continuaram enquanto

a mesma autoridade estava no poder. Um dia, estando no Rio de

Janeiro, recebi uma carta de meu auxiliar , comunicando-me a grande

perseguição que se dera em São Fidélis no domingo anterior . Indo

ao Vice-Presidente do estado, perguntei- lhe se lembrava de mim. Ele

disse: 'Sim ' . 'V.Exa. se lembra da p romess a que m e fez acerca de

São Fidélis ? ' 'Sim ' , disse-me ele. 'Entã o, tenh a a bond ade de ler

esta carta. ' Ele leu-a e me perguntou quando eu esperava estar naquela

cidade. Eu lhe disse: 'No domingo próximo'. 'Muito bem', ele disse,

'o senhor vá e eu providenciarei para que o senhor seja plenamente

garant ido na sua missão . ' Quando tomava o t r em, no sábado pe la

manhã , v i um grupo de ce rca de c inqüenta so ldados da br igada pol i -

cial embarcar para São Fidélis. Eu falei com o oficial encarregado

e e le me informou que iam pa ra de fender um pas tor protes tante que

estavam sendo perseguido por um político católico. Todos esses

soldados, ele me disse, ou eram protestantes, ou eram amigos da causa

deles. Eu lhe disse que cu era o pastor referido c pedi- lhe que não

deixasse o delegado saber para que f ins os soldados estavam sendo

enviados e que esperássemos os acontecimentos. O que lhe pedi prin-

c ipa lmente fo i que evi ta sse de r ramamento de sangue . Chegando a

São Fidélis, os soldados se apresentaram ao delegado, que entendeu

que e les e s tavam sendo m andad os pa ra qu e acabassem com os protes-

tantes. No domingo, nós tivemos nosso culto regular . No culto da

noite, um grande grupo de perseguidores foi trazido à cidade pelo

chefe pol í t ico pa ra acabar com o nosso t r aba lho, agora que t inham

a força pública para auxiiiá- los, como pensavam. Pode-se imaginar

a surpresa quando descobriram que a força estava ali exatamente para

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manter a paz. O fato é que alguns deles voltaram para casa feridos,

cortados, e com membros quebrados. Depois disso, nunca mais fomos

per turbados .

A vingança do missionário   — Ante s de f indar esta história , eu desejo

dizer como me vinguei desse delegado de policia. Creio que poucos

dos meus le i tores concorda r iam em que um miss ionár io pensasse em

vingança. Mas eu mc vingo e pratico a vingança, às vezes. Leiam

o que se segue e vejam como o f izemos e qua nto n os alegramos daquela

parte de nossa corrida. Não muito depois da última perseguição, o

partido político chefiado pelo pai desse delegado perdeu o poder,

c ele e sua família perderam o prestígio. O chefe da oposição era

meu amigo pessoal e uma de suas f ilhas era membro de nossa igreja.

Quando o novo partido assumiu as rédeas do poder, eu lhe pedi um

simples favor: que se aquele delegado de polícia chegasse a ser preso,

me fizesse saber. Aconteceu que, durante as eleições, foram desco-

be r ta s f r audes . Houve um t i ro te io no mesmo lugar onde fu i preso

durante vinte e quatro horas. Três pessoas foram mortas. O chefe,

um dos que me prenderam, foi preso. No dia seguinte, recebi um

telegrama avisando-me do fato. Apressei-me em ir a São Fidélis e

pedi ao chefe político (o novo) que me deixasse ver o preso e fazer-lhe

o que desejava.O homem temeu que eu pudesse fazer justiça com

as minhas própr ia s mãos . Mas assegure i - lhe que não t inha in tenção

de fazer qualquer mal àquele homem e, que se ele quisesse, poderia

me acompanhar e ver o que eu queria fazer . Tendo a permissão, fui

à pr isão e d isse ao homem que o tempo de minha desfor ra havia

chegado e que teria o prazer de restituí- lo à sua esposa e f ilhos. De

certo f icou mudo e se esqueceu de me agradecer. Foi para casa e,

no dia seguinte, desapareceu, temendo a vingança de outros piores

do que eu. Hoje há em São Fidélis uma igreja muito próspera. Um

bom negociante converteu-se e fez presente de um terreno no centro

da cidade, onde se edif icou o templo. '

( l )

O U T R A S V Í T I M A S D A P E R S E G U I Ç Ã O

No mesmo dia em que Salomão Ginsburg foi preso (9 de janeiro de 1894)

e enviado para Niterói, onde f icaria dez dias detido, foi também preso e enviado

para Campos o i rmão José de Souza . Humilha ram-no, despreza ram-no e , em

seguida , fo i amar rado com se amar ra um porco e jogado num vagão de t r em

da Leopoldina .

No seu afã de destruir a causa do Mestre, os perseguidores usavam de

todos os r ecursos que se podem imagina r . Eram va ias , apupo s , pedradas , pr isões ,

e tc. A jovem Co r ina Manh ães r ecebeu uma ped rada na cabeça , o que lhe causou

um grande fe r imento . Seu sangue fo i de r ramado em plena rua . Os in imigos ,

porém, não se comoviam , vendo-a a ss im ensangü entada .

O sangue derramado pelas vítimas de perseguições ao evangelho fertilizou

a terra para que a semente das boas-novas pregada germinasse e viesse a dar

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muitos frutos. Já dissera o grande apologista cristão Tertuliano que 'o sangue

dos mártires é a semente de cristãos' .

P E R S E G U I Ç Õ E S E M M A C A É

Embora já e s t ivéssemos na Repúbl ica , e com uma Const i tu ição l ibé r r ima

que dava plenos direitos a todos os cidadãos de seguirem o credo religioso que

quisessem, o pá roco da c idade de Macaé , con hec ido por F re i Ignác io , promovia

perseguições aos inofensivos crentes, com o f ito de evitar que fossem realizados

cultos para atrair convertidos ao evangelho santo de Jesus Cristo.

O mês de julho de 1899 f icará na história como o mês das cruentas perse-

guições promovidas pelo referido clérigo.

Joaquim Fernandes Lessa comenta que, no referido mês, os crentes foram

"novamente pe r seguidos de modo bá rba ro e sem precedentes naque la c idade ' .

O Fre i Ignác io r ecebia cober tura do jorna l   O Século,  de Mac aé. Por isso

se sentia senhor da situação e com direito a desrespeitar a Constituição e a cons-

ciência das pessoas bem esclarecidas.

O caso que estamos relatando está ligado ao batismo no mar, na Praia

da Conc ha . Al i se r ia ba t izado o i rmão João Hug o Kopp que de ra , publ icamente ,

a profissão de sua fé no evangelho de Cristo Jesus, a quem ele reconheceu como

Sa lvador e Senhor .

Sabendo o Frei Ignácio que os crentes ir iam realizar tal batismo, preparou

um grupo para, não só hostilizar com vaias, impropérios, etc . os crentes, como

a inda apedre já - los .

No dia e hora marcados, lá estava o frei com seu grupo realizando seu

intento . Mas os c rentes não se in t imida ram. P re fe r i r am sof re r pe lo evange lho

os apupos, as vaias e as pedradas. Deus estava com eles e também o povo sensato

de Macaé fa r ia o ju lgamento dos a tos do f re i . O a ludido jorna l   O Século, a inda

gabando do que o f r e i conseguira com um grupo de a r ruace i ros , f ez publ ica r

a sua 'glória ' , sob o título  Os Protestantes Vaiados:

"Na tarde de domingo passado (16), quando os protestantes se reuniam

à Pra ia do Concha pa ra ba t iza rem João Hugo Kopp e outros que

renegaram a religão católica para abraçarem a seita do frade Lutero,

o povo em massa, pleno de indignação, vaiou-os até à noite , quer

na praia, quer pelas ruas da cidade e até na Rua Mesquita. Os protes-

tantes , amedrontados , n ão conseguiram faze r os ba t ismos pa ra aque la

ta rde marcados , só os r ea l izando no d ia seguinte pe la madrugada .

A polícia compareceu prontamente, apaziguando os ânimos exaltados.

O ba t izando João Hugo Kopp, d isse ram-nos , teve um braço bas tante

contundido com uma pedrada , na ocas ião em que , mergulhado no

santo elemento, rezava de olhos fechados ( )"

(1

>

Felizmente nem todos concordavam com as perseguições do frei e seus

apaniguados . A a t i tude do f re i fo i r epudiada pe los jorna is   O Lince  e  O Diário

Macaense,  ambo s publ icados em Macaé . Além de les , out ros jorna is da capi ta l

verberaram o ato de intolerância praticado pelo Frei Ignácio.

O j o r n a l  O Lince  se pos ic ionou ao lado dos c rentes , por tanto da jus t iça ,

e combateu com energia a maneira como o frei agia desrespeitando a Consti-

tu ição e a f rontando consc iênc ias a lhe ias .

5 9

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O Lince,  conhecendo o ca rá te r do reda tor de  O Século,  que pa t roc inava

a causa do frei, resolveu desnudá-lo perante todos. Tratava-se do Sr. Antônio

de Souza Melo que, já sexagenário, não exibia conduta regular .

O Lince

  retratou-o como ele era:

"É um ve lho sem vergonha , avô, quase sexagenár io e com numerosa

famíl ia cons t i tu ída em Macaé , composta de f i lhos homens , que têm

mais necessidade de bons exemplos de seu chefe do que assistir à

descompo stura e imora l idade a t i r adas do mesmo, a t i r adas contra um

públ ico que o tem supor tado mise r icordiosamente em seu se io há

mais de 30 anos . Esse homem. . . sabem-no todo s: é o bandido Antônio

de Souza Melo".*

2

)

Salomão Ginsburg era de coragem indômita e sempre lutava para que a

força do direito prevalecesse contra o direito da força — tese, aliás, defendida

mais ta rde , em Ha ia , Holanda , pe rante grandes potênc ias , pe lo grande jur is -

consul to bras i le i ro , Rui Barbosa , que de ixa r ia o mundo des lumbrado com sua

in t repidez e ta lento mul t i f ace tado.

O miss ionár io Sa lomão Ginsburg reba teu , pe lo jorna l   O Lince,  os a taques

q ue

  O Século

  veiculara contra o pugilo de crentes daquela cidade. Eis uma parte

do que ele publicou:

"Não somos covardes , nem há nada que nos amedronte , mui to menos

moleques a ssa la r iados pe lo  O Século  ou por quem quer se ja . Porque

diga-se o que era necessário, não é a popu lação em m assa qu e persegue

os evangélicos em Macaé, como insultosamente avança   O Século  (que,

des te modo, preza pouco o bom senso dos d ignos macaenses) ; são

os garotos, os imbecis, os bêbados abundantes em todas as cidades

e em todos os tempos , sempre prontos ao acesso dos provocadores

e desordeiros, que executam essa vaia deprimente com que temos sido

h o n r a d o s " .

(3 )

Ora nas praças, ora nas ruas, ora nas praias em ocasiões de realização

de batismos, ora em ca"sas particulares, quando se realizavam cultos a Deus,

os in imigos e s tavam procurando des t ru i r a obra do Senhor .

Sa lomão contava com um evange l is ta mui to a rdoroso , F lorent ino Rodr i -

gues da Silva, jovem intimorato que não se deixava intimidar com as perseguições

que moviam contra os crentes.

Como naquele começo só Salomão e Antônio Ferreira Campos eram pastores

ordenados e não po diam a tender a todos os t r aba lhos que iam se desenvolvendo,

Florentino Rodrigues da Silva foi autorizado pela Igreja Batista de São Fidélis

a realizar batismos sem ser pastor ainda. Foi nessa condição de evangelista que

ele começou a batizar em vários lugares.

O episódio referido acima se deu quando ele ia imergir nas águas batis-

mais, na Praia do Concha, alguns que já tinham professado a fé no Senhor Jesus.

Havia em Macaé, nos idos de 1899, um homem conhecido pelo apelido

de Minga Ribeiro, que vivia sempre embriagado e, por essa razão, fazia certas

estrepolias que, no f inal, o conduziam à cadeia. Dai só saía quando um parente,

que era crente, pagava a chamada 'carceragem'. Apesar de ser beneficiado por

esse crente, Minga Ribeiro, que era conhecido como 'mau elemento' , era utili-

zado pelo Frei Ignácio e pelo jornal  O Século  para promover as desordens nos

cultos c a espalhar boatos contra os crentes.

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Ocorre que, no dia 23 de julho de 1899, Minga Ribeiro saiu pelas ruas

de Macaé , a c idade que é uma pé rola engas tada no At lânt ico , e spa lhando o

seguinte boletim: 'Ao povo. O abaixo-assinado dissertará hoje, à Praça Visconde

do Rio Branco, sobre religião católica, Macaé, 23 de julho de 1899. Domingos

Ribeiro' .

A intenção era provocar distúrbios porque, para a mesma praça, o Pastor

Salomão já havia anunciado a realização de pregações.

À hora marcada, Salomão, com os crentes, estava na praça, cantando,

quando um grupo liderado por Minga Ribeiro começa a gritar e 'a dar vivas

à religão católica ' , não deixando de lançar impropérios terr íveis contra o protes-

tant ismo.

Tal foi a perturbação, que a polícia foi chamada a intervir . Joaquim Lessa

afirma que ' foi geral a indignação da parte do povo que assitia à conferência

evangélica'.

Com a presença do De legado de Pol íc ia , tenente Ga leno Camargo, com

força a rmad a , fo ram dispe r sos os causadores do problema . Ass im, o miss ionár io

pôde realizar sua pregação.

A G R A N D E C O N T R I B U I Ç Ã O D O S E V A N G E L I S T A S

No passado, eram reconhecidos como evangelistas os irmãos que se dedi-

cavam à evangelização, fazendo o trabalho como um pastor , sem, contudo terem

autor idade pa ra ba t iza r e ce lebra r a Ce ia do Senhor . Eram pessoas de consa -

gração comprovada, dispostas ao sacrif ício, quer do ponto-de-vista f inanceiro,

quer do ponto-de-vista de viagens sacrif iciais, que eram feitas, ora a pé, ora

a cavalo, com sol ou debaixo de grandes e pequenas chuvas. Eram eles verda-

deiros desbravadores, pois, tudo então era dif ícil na realização da Obra. Diminuto

era o número de pastores. As estradas eram raras. As escolas só existiam nos

grandes centros.

Foi nessas circunstâncias que o evangelista Florentino Rodrigues da Silva

chegou da Bahia , convidado que fora pa ra colabora r na Missão Campis ta , onde

a tuava apenas um obre i ro — o miss ionár io Sa lomão Ginsburg . Por causa da

falta de obreiros, os que se iam convertendo na região, frutos do desenvolvi-

mento do t r aba lho do evange l is ta , prec isavam espe ra r durante mui to tempo a

visita do missionário para que pudessem ser batizados.

Para solucionar esse problema, no ano de 1897, a Igreja Batista de São

Fidélis resolveu autorizar o evangelista Florentino Rodrigues da Silva a realizar

batismos e a celebrar a Ceia do Senhor. Para solucionar o mesmo problema,

também ali existente, a Primeira Igreja Batista de Campos autorizou o diácono

A.R.Melo a celebrar a Ceia.

Anteriormente, segundo se lê no livro de atas da Associação Centro

F luminense , houve caso dc i rmãos que , pos tu lando ao pas torado, t inham s ido

impedidos pela Junta Regional. Eram evangelistas que, indiscriminadamente,

que r iam torna r - se logo pas tores . Ace i tando o pos ic ionamento da junta , a s igre ja s

impediram que isso fosse feito.

A carência de pastores sentida no Estado d o Rio era problema vivido também

61

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em outros estados, no início do trabalho batista . Assim é que, em Minas Gerais,

o diácono João Tiburcio Alves foi autorizado a celebrar a Ceia e a realizar

batismos. Entre aqueles que foram por ele batizados, naquela época, estava o

jovem Florentino Ferreira, batizado em 4 de outubro de 1911, que vir ia a ser

pastor da Igreja Batista de Natividade de Carangola, no Estado Rio de Janeiro.

A colônia alemã, no Rio Grande do Sul, viveu situação semelhante. Por

falta de obreiros, o irmão F rederico Mueller , um dos dois únicos ba tizados naquele

local, realizou os primeiros batismos, antes de 1890. O mesmo sucedeu com

a colônia leia no Brasil. A falta de obreiros levou os irmãos letos a escolherem

um diácono que emigrara para o nosso país, autorizando-o a celebrar essas duas

ordenanças do Senhor Jesus .

Mais tarde, alguns irmãos que haviam atuado como evangelistas em diversas

regiões do nosso estado foram ord enad os pastores: José Alves, Emilio W .Kerr,

J.F.Lessa, Jaime Soares Curvelo, Corindiba dc Carvalho, Cândido Ignácio da

Silva, Joaquim Melo Policarpo, Valério Gomes, Manoel Antônio da Silva e outros.

Muitos desses irmãos se revelaram como pastores e foram bem aprovados como

obre i ros no campo ba t is ta f luminense .

No início da obra do Senhor, no Estado do Rio, destacaram-se como evan-

gelistas: Domingos Joaquim de Oliveira (de 1890 a 1891), José Alves (de 1892

a 1893), Vjcente Morais (1897), Joaquim FLessa (de 1895 a 1901), Bento de

Souza (1897), Manoel Tiago (de 1899 a 1900), Pedro Barbosa e Florentino Rodri-

gues da Silva (de 1896 a 1898).

Depois de 1900, aparecem na arena batista f luminense os seguintes evan-

gelistas: Acelino Corrêa (Rio Preto) , A lberto Mendes d e Oliveira (Maricá) , Alfre do

Dias De lgado (Sana) , Alexandr ino Cunha (Sa l to) , Almiro Campos Nogue ira

(Barão de Aquino) , Antônio Fe rnandes Por tuga l (Cór rego do Ouro) , Be lmiro

Basílio de Souza (Três Rios) , Benedito Firmo (Salto) , Bernardo Ferreira Neto

(Firme), Cantan do Ferreira Pinto (M aricá) , Carlos Rodrigues de Oliveira (Valença),

Carolino de Oliveira (São José do Rio Preto) , Clemente Teixeira Pinto (Campos

Elísios) , Dário da Silva Branco (Cachoeiras de Maca bu), Dionísio Loureiro (Salto) ,

Domingos José Fe r re i r a (P i ra í ) , Emerenc iano Nunes Machado (Pádua) , Ernes to

Nogueira Penido (São Fidélis) , Eunuco Santana de Abreu (Taquarussus) , Fidélis

Carneiro (Pureza), Francisco Alves Ferreira (Carapebus), Francisco Antunes de

Oliveira (Araruama), Fortunato dos Santos (Neves) , Honesto dc Almeida Carvalho

(Correntezas) , Ideal de Souza Bastos (Piabetá) , I ldefonso Silveira (São Gonçalo).

Ja ime Soares Curve lo (R io Dourado) , João Alves (Cambue i) , João Franc isco

de Paula (Barra do I tabapoana), João Freitas (Tercsópolis) , João Moura da Silva

F i lho (Mar icá ) , Joaquim Franc isco de Souza (Carmo) , Joaquim Melo Pol ica rpo

(Trajano de Morais) , José Martins Gomes Fayal (Cacimbas), José Rodrigues

Corrêa (Carapebus), Lino de Paula (Pureza), Leopoldo Alves Feitoza (São João

de Mcriti) , Luiz Ovídio Firmo (Alto Macabu), Manoel Couto da Cunha (Glicério) ,

Miguel Galdino da Silva (Taquarussus) , Otávio Farias (Sapucaia) , Otávio Florêncio

Pereira (Pião), Panfílio Teixeira Barreto (Capim Angola) , Raul Alves de Abreu

(Paraíba do Sul) , Sebastião Freitas (Carmo) Silvino Ferreira de Souza (Imbaú).

De alguns evangelistas narram-se episódios jocosos. Por exemplo, o evan-

gelistas Emerenciano Machado, membro da Igreja Batista dc Pádua, indo pregar,

certa feita , na roça, perdeu, à noite , o caminho. Começou a andar no meio

do matagal, buscando aqui e ali um lugar por onde pudesse sair . Como nada

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conseguisse, começou a cantar o hino 2,07 do Cantor Cristão, que tem como

t í tu lo  Mensagem Real,  e cuja primeira estrofe e o estr ibilho dizem assim:

Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou;

Do reino lá do céu embaixador eu sou

Meu Rei e Salvador vos manda em seu amor

As boas novas de perdão.

Eis a mensagem que me deu

Aque le que por nós mor reu:

"Reconciliai-vos já", é ordem que Ele dá,

"Reconc i l ia i-vos já com Deus " .

Ia repetindo "Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou.. ". De repente,

no meio do mato, uma janela sc abriu e uma luz brilhou. Alguém queria atender

ao c lamor do " foras te i ro" .

Aquele encontro com aquela família , naquela noite , resultou em frutos

para o evangelho.

Não foram, porém, só episódios pitorescos os vividos pelos bravos evan-

gelistas. Muitos deles arrostavam muitas peripécias e perseguições. Há os casos

daque les que foram mal t r a tados , pe r seguidos c tor turados pe lo único"c r ime"

de terem abraçado o puro evangelho de Cristo Jesus, nosso Senhor.

Exemplo disso é o que aconteceu com o irmão Luiz Ovídio Firmo que,

ao se converter , tornou-se uma grande arauto do evangelho que abraçara. Em

conseqüência disso, foi alvo de motejo, desdém e, até , perseguições.

Certo dia, foi pregar no lugar denominado Arraial do Frade, que se loca-

liza na região do Glicério, município de Macaé.

Um grupo soube que ele ia ali pregar e resolveu encontrar-se com ele para

fazê-lo voltar do caminho. Mas ele não se intimidou. Após tê-lo xingado muito,

deram-lhe doze cacetadas. Ele caiu. Ao invés de receber ajuda, vieram outros

malvados que, abrindo-lhe a boca, f izeram-no comer areia, deixando-o semi-

-mor to .

Foram embora , de ixando-o ca ído c sangrando. Q uand o e le r ecobrou forças ,

levantou-se e, assim mesmo, ensangüentado, se dir igiu para o local onde ir ia

pregar. No caminho alguém o reconheceu e disparou três tiros. Mas o Senhor

os desviou dele.

A palavra do Senhor se cumpre a cada momento. Luiz Ovídio Firmo podia

dizer: "O anj o do Senhor acam pa-se ao redor dos que o temem e os livra"

(Salmo 34:7).

O P O S I Ç Ã O D O C L E R O

Os inimigos da propagação do evangelho não mediam esforços para

emba raçar-lh e o desenvolv imento. U savam de todos os meios que podiam para

atingir o seu objetivo.

O ano de 1896 foi de muitas lutas para os crentes. Passaram, durante aquele

ano, por muitas provações e experiências.

63

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Joaquim Fernandes Lessa registrou:

"Em Campos, em 1896, o trabalho sofreu algum abalo devido a uma

grande epidemia de varíola que assolou quase toda a população, sendo

grande o número de mortos, entre eles, alguns crentes. Quando os

ânimos se estavam levantando, e os crentes exercendo plena atividade,

o Diabo se lembrou de um ardil que pudesse neutralizar o serviço

dos servos do Senhor. Influiu a alguns gatunos a roubarem a igreja

matriz de Campos em diversas jóias e a quebrarem imagens e outras

coisas do templo católico, com o evidente propósito de responsabi-

lizarem os evangélicos batistas por tal ato de selvageria, o que surtiu

o efeito desejado pelo inimigo das almas. No culto de quarta-feira,

no dia 21  de outubro de 1896, à Rua Marechal Floriano, n? 13, postou-

-se em frente ã porta do salão de cultos uma grande multidão em

atitude francamente hostil . O salão estava repleto de ouvintes atentos

quando uma pedrada fo i a r remessada pa ra dentro do rec in to . Como,

p o r é m , a s d i g n a s a u t o r i d a d e s h a v i a m t o m a d o a s n e c e s s á r i a s

precauções, o movimento foi logo repelido pela polícia de cavalaria

que guardava a casa de cultos. O pastor Salomão fez distr ibuir pela

cidade um boletim explicando ao povo a atitude dos protestante em

todos os tempos e protes tando contra ta is monst ruos idades . Os jorna is

da cidade —   Monitor Campista  e  A Gazeta do Povo  — foram

unânimes em defender os evangélicos, dizendo um deles: 'Estamos

plenamente convencidos de que não se trata de uma questão religiosa,

mas s implesmente de roubos , e que a profanação das imagens não

é ato de fanatismo, mas o resultado da precipitação com que os ladrões

procura ram despoja r a s mesmas imagens de obje tos de va lor com

que es tavam adornadas" ." '

L A N Ç A M E N T O D A P E D R A F U N D A M E N T A L D O P R I M E I R O

TEMPLO BATISTA NO BRASIL

Campos, que se ufana de ser a primeira cidade na América do Sul a possuir

luz elétr ica

  (1)

  e, também, de construir a primeira ponte de ferro, teve o privi-

légio de ver solenemente lançada a pedra fundamental do primeiro templo batista

em solo brasileiro. (Esse fato é narrado mais adiante, cm outra parte desta obra.)

As igre ja s ma is ant igas que a de Campos reuniam-se em casas adaptadas pa ra

o seu func ionamento .

Depois de ter se reunido, por algum tempo, no salão alugado, que f icava

na Praça da Redenção, e que fora a sede da tipografia do jornal  Vinte e Cinco

de Março,  a igreja passou a se reunir em uma casa no Beco do Barroso.

Foi em 1895 que os crentes, sob o pastorado de Salomão Ginsburg,

compraram um terreno na Rua Formosa (hoje, Rua Tenente Coronel Cardoso),

com o propósito de nele erigir um templo. Deste modo, devolveram o terreno

que tinham comprado à Rua do Mafra, da Igreja Presbiteriana, que, na ocasião,

estava inativa por falta de liderança. Assim agindo, estavam satisfazendo a lide-

64

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rança presbiteriana do Rio de Janeiro que nao concordara com a venda daquele

terreno.

Comprado que fo i o te r reno da Rua Formosa , r e solve ram, imedia tamente ,

levar avante o plano de construção. Resolveram, então, lançar a pedra funda-

mental, no dia 21 de abril de 1897, data q ue relembra o aniversário do p roto-m ártir

Tiradentes, que hoje, é considerado Patrono Cívico do Brasil.

A solenidade foi empolgante, pelo que descrevem os jornais.   A Gazeta

do Povo, um dos jornais insuspeitos, fez uma reportagem do evento:

"Igreja Evangélica  — o protes tant ismo pod e d ize r - se uma ins t i tu ição

formada entre nós. Prova-o tocante solenidade com que foi anteontem

lançada a pedra fundamenta l da igre ja ba t is ta que se rá dentro em

breve uma realidade, graças ao espír ito trabalhador e infatigável de

seu i lus t r e pas tor , nosso d igno amigo Sa lomão Ginsburg .

"Não somos protes tantes . Educados no regime ca tó l ico , no doce

remanso do la r domést ico , ouvimos, como um hino de e spe rança

e amor , o canto ba lsâmico de nossas mães , num hosana dulçuroso

ao Deus Pai, Senhor invencível dos mundos e dos exércitos. . .

"Não somos protes tantes , r epe t imos . Mas a c rença de que devemos

ser católicos contra a igreja, ou apesar dela, crença que se avigorou

em nosso espír ito pelos múltiplos vexames e erros da tirania espir itual

acas te lada em Roma, e pe lo quase sagrado respe i to ao nosso es tado

político, que garante a liberdade do culto, fez-nos acorrer à Praça

da Redenção, onde, entre galhardetes e folhas, se acotovelava uma

mult idão compac ta de f ié is , ans iosos pe la execução do programa ,

que fo i obse rvado capr ichosamente .

"Q uan do chegamos, a mul t idão es tava toda descober ta , e , da t r ibun a ,

especialmente levantada para tal f im, falava o nosso digno colega

Dr. Azevedo Cruz, que mais uma vez honrou os foros de orador f luente

e correto, calmo e imponente, eletr izando com a magia dc sua palavra,

ungida de encantam ento e entus ia smo, tod a a f ibra sens ível da g rande

massa popular que o cercava. Foi um discurso feliz , cheio de rasgos

de e loqüênc ia , de h ipé rboles a r ro jadíss imas , de medi tado fundo f i lo-

sófico. Foi talvez pouco religioso; mas suas últimas palavras, numa

apoteose des lumbrante ao pape l da r e l ig ião na ha rmonia pol í t ica do

futuro , foram recebidas por uma prolongada sa lva de pa lmas , mere -

cendo o nosso i lus t r e companhe iro ge ra is cumpr imentos e mui tos

abraços.

"Em seguida , o pas tor f ez uma prá t ica adequada ao grande acon-

tecimento, lendo a ata que foi assinada por todas as pessoas presentes,

sendo a to cont ínuo lançada a pedra fundamenta l .

"Seguiu- se depois animado le i lão de prendas , mui to d ispos tas ,

enca r regando-se obsequiosamente des te se rviço o S .B .Lopes , honra do

e conhecido leiloeiro da praça.

"A nossa folha esteve representada por todo o seu pessoal de redação,

sendo oferecida ao nosso chefe uma artística pasta, em que estavam

bordadas a s seguintes pa lavras :  A Gazeta do Povo.

"Ao te rminarmos es ta r ápida not íc ia , devemos de ixa r cons ignados

65

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os nossos protestos de reconhecimento ao digno Sr. Ginsburg pelas

maneiras cavalheirosas por que nos recebeu".

(2)

Mas a melhor homenagem seria prestada aos batistas campistas pelo grande

historiador Júlio Feydit, que reservou página e meia em sua magnífica obra   Subsí-

dios Para a História dos Campos dos Goitacazes,  pa ra na r ra r o acontec imento:

"A concorrência de espectadores foi regular . Uma menina recitou

uma poesia, e um menino, um discurso. Ambos mostraram que haviam

decorado bem, e que nos seus tenros cérebros as palavras dos que

os ensinaram, haviam ficado gravadas corno em uma lâminas sensível

de fonógrafo. Seguiram-se os cânticos, ou hinos, cantados pelos

meninos . Depois o pas tor Sa lomão, com o braço d i re i to e s tendido,

olhos baixos, fez ao Criador uma prece para que ele abençoasse os

t r a b a l h o s c o m e ç a d o s n a q u e l e d i a .

"Convidado, o Dr .Azevedo Cruz , subiu a um pequeno tablado a l i

feito, que servia de tr ibuna, e , dir igindo-se aos espectadores, em

resumo, disse: 'Que da Alemanha é que saíra a voz de protesto contra

a tirania dos papas, dali é que Lutero lançara o grito de desobediência

ao Vaticano, o poder mais formidável que então havia; tendo lido

e estudado o que dizem os f ilósofos cristãos, e também Conte, Malles-

chor e Spencer; tem estudado a história do passado e do presente,

e tem notado que os espanhóis do México, os ingleses no Transwal,

os italianos, que acabam de ser vencidos pelo herói Menelik, enfim

a Europa col igada , t r aba lhando pa ra sufoca r um punhado de bravos ,

faz o bloqueio da Grécia e se torna, sob o pretexto de razão de estado,

a protetora do crescente muçulmano contra a cruz dos cristãos.

"Da Espanha, a terra de Cide, de Lopes da Veiga, de Calderon de

Labarca , de Campoamor , que vemos? Vemos o apósto lo da l ibe r -

dade, o tr ibuno da fé se tornar apóstata e incoerente com suas idéias,

tornar-se o chicote, o azorrague, com que retalha as carnes de pérola

das Antilhas e ferir no seio a cabocla cubana

"E quem poder ia ac redi ta r que Emíl io Cas te la r , o pa ladino da re l i -

gião cristã , se tornass e o apó stata contra a liberdade? Co mo acred itar

na sinceridade desses evangelizadores, dessa Europa coligada, contra

a liberdade dos povos?

"Ainda não assentei minha tenda, ainda estou estudando. Se vós poucis

com vossa fé, com vossa crença, torn ar a Repúb lica feliz , se vós podeis

contraba lança r o e fe i to funes to do fana t ismo; então eu se re i um dos

vossos irmãos em crença, eu vos ajudarei a carregar esta pedra, para

a fundação de ma is um templo que , p lantado no d ia do anive r sá r io

do proto-mártir da República brasileira, se tornará mais um foco

de luz espancando as trevas que obscurecem o azul infinito do céu

da terra do cruzeiro. '

"Este discurso não é mais do que um resumo, que, de memória, repro-

duzimos; deve ter muitas lacunas, e , talvez, pela pobreza do nosso

vocabulá r io , tenhamos amesquinhado as f r a ses bur i ladas de um dos

mais distintos oradores campistas.

"Antes da colocação da pedra comemora t iva , fo i t i r ada a fo togra f ia

das pessoas que se achavam presentes.

66

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"O te r reno em que se cons t ru iu o templo deve te r ap roximadam ente

90 palmos de largura e 180 de fundos, e custou 4.500S000. Para a

construção da igreja foram obtidos donativos no Brasil, no valor de

20 contos de réis; e a Sociedade das Missões Evangélicas, dos Estados

Unidos, remeteu 730 dólares, que, pela baixa de câmbio, produziram

mais de cinco contos de réis". '

3

'

C L E R O C A T Ó L I C O R O M A N O R E A G E C O N T R A

A CONSTRUÇÃO DO TEMPIX) BATISTA

Salomão Ginsburg era um espír ito jovial, simpático. Logo ganhava a amiz ade

das pessoas com quem se encontrava.

Na cidade de Campos fez muitos amigos. A imprensa campista lhe dava

cober tura quando necessá r io . Mesmo com o apoio do povo e da imprensa , o

clero não deixava de persegui-lo e ao pugilo de crentes que com pun ham a prime ira

igreja da cidade.

O lançamento d a pedra - fundamen ta l do templo provocou no c lero um ce r to

ciúme. Por isso, seu porta-voz, o vigário da paróquia, publicou na imprensa

loca l uma nota demonstrando o seu desagrado:

"Freguesia de São Salvador. O abaixo-assinado, vigário da freguesia

de São Salvador, tendo lido hoje nos jornais desta cidade um apelo

da comissão dc obras do templo evangé l ico à população campis ta ,

vem por dever de consciência prevenir os seus paroquianos que de

modo a lgum podem concor re r com dona t ivos , se rv iços ou qua isquer

outros meios para a ereção de templos heréticos. E também lhes faz

saber que a Santa Igreja Católica proíbe os f iéis de tomarem parte

nas prédicas ou nos ofícios que neles se fazem.

Campos, 22 de dezembro de 1897. O vigá r io-padre , Antônio Mar ia

Cor rêa de Sá ." '

1

'

Salomão Ginsburg acudiu logo em defesa dos batistas e publicou nos jornais

rebate àquela nota. Em seu livro   Um Judeu Errante no Brasil,  ele registrou:

"Um dia achei que devia levar ao conhecimento dos habitantes da

cidade o que a igreja estava tentando fazer. Beneficiá-la seria bene-

ficiar a cidade. Eu não apelei a ninguém, mas f i- los saber que

receberíamos com alegria qualquer auxílio se alguém se sentisse dese-

joso de fazê-lo. No dia seguinte, o vigário da cidade, padre e aferrado

jesuíta , publicou um artigo em que denunciava a religião protestante,

classif icando-a de tudo que era vil e terminou sua tirada com a seguinte

conclusão: 'Se alguém auxiliar de algum modo ou forma, a construção

do templo protestante, será, ipso facto, por aquele ato, excomungado' .

"Aque le a r t igo me a judou a te rminar a cons t rução da be la casa de

cultos, uma das melhores do Brasil. Dia após dia, depois do artigo,

chegavam-me cartas pelo correio trazendo cheques, dinheiro ou ordem

de quarenta a duzentos e mais mim réis, quase todos concluíam assim:

'Sr . Ginsburg, faça o favor de publicar o meu nome e que lhe remeti

a lgum dinhe iro porque eu dese jo se r excomungado ' . " '

2

'

67

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I N A U G U R A Ç Ã O D O P R I M E I R O T E M P L O

C O N S T R U Í D O N O B R A S I L

Fato auspicioso para os batistas de todo o Brasil foi a inauguração do

templo da Primeira Igreja Batistas de Campos. O fato ocorreu no dia 21 de

abril de 1898, à tarde, com uma assistência calculada em mil pessoas. O sermão

oficial foi profe rido pelo missio nário W .B.Bagby, o pioneiro do trabalho batista

no Brasil.

Por se r um fa to inédi to , a t r a iu a a tenção de toda a comunidade campis ta ,

estando ela representada principalmente pela Loja MaçOnica Goitacás, na pessoa

do Dr. Pedro Landim, pela Associação Comercial, na pessoa do Sr. João Batista

Lopes, e pela Sociedade Musical Lira de Apoio, que abrilhantou a cerimônia

com várias peças de alto valor .

Os jorna is campis ta s  Gazeta do Povo, Monitor Campista  e Segundo Distrito

publ ica ram a not íc ia "de modo entus ia s ta e bondoso" .

D o j o r n a l  Segundo Distrito  extraímos:

"Esteve imponente  a, f e s ta r eal izada anteontem para a inauguração

deste templo, construído ao lado da E.F.de São Sebastião, no Largo

do Rocio. O templo não é muito vasto, é construído em estilo gótico,

medind o 40 pa lmos de f r ente sobre 80 de fundo . O in te r ior é de um a

simplicidade digna. As paredes são caiadas de alto a baixo, sem a

mais l ige i ra ornamentação.

"À fes ta de inauguração comparece ram mais de mi l pessoas , sendo

pequeno o templo para conter a inúmera massa de povo que concorreu,

tendo f icado do lado de fora mais de 300 pessoas. A nossa melhor

sociedade achava-se ali representada". '

1

'

A const rução desse templo provou a têmpera do miss ionár io Sa lomão L.

Ginsburg . Um número tão pequeno de c rentes , e pobres , não te r ia condições

de e r ig i r ta l templo . Mas Sa lomão, empreendedor como e ra , conseguira com

seus amigos maçons ofe r ta pa ra a cons t rução. Ape la ra à soc iedade campis ta .

Publicara na imprensa local o plano de construção e promovera até leilão. Isso

provocou reação

  (2)

-

OS BRAVOS COLPORTORES

Missão das mais dif íceis, porém mui gloriosa, era a do colportor . Ele se

ocupava em espalhar, difundir , propa gar o evangelho através da literatura. Naqu eia

época , do in íc io do t r aba lho ba t is ta no es tado, e ra o colpor tor o bande irante

da fé, que viajava de cidade em cidade, de vila em vila , de aldeia em aldeia,

de fazenda em fazenda, ora de trem, ora a cavalo, ora em canoas pelos r ios,

ora a pé, subindo montes, descendo vales, à procura de alguém para quem pudesse

oferecer, como um mascate, o seu produto. Ele era o burifarinheiro.

Nos pr imórdios da obra , os poucos obre i ros que havia f az iam, a lém da

obra evangelística, pessoal ou em reuniões, a obra de colportagem. Não havia,

naque la época , a s f ac i l idades de pedidos pe lo cor re io , como hoje nós temos.

Tudo era dif ícil. Era preciso, então, levar ao evangelizando a Bíblia , pois, podia

se r que , por aque las p lagas nunca ma is vol ta sse a lguém t razendo um exempla r

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da Palavra de Deus. Assim, f icaria o novo convertido com dif iculdades para

arranjar meio de estudar a Bíblia e fazer crescer a obra, também.

Entre homen s de Deus que se entregaram ao serviço da colportagem, destaca-

-se o destemido irmão Bento de Souza e Silva. Um desbravador. Um herói

anônimo. Embrenhava-se pelas roças, ia de fazenda em fazenda, vendendo Bíblias

e livros religiosos, ao mesmo tempo em que evangelizava. Em 1898, ele escreveu

ao reda tor do pe r iódico   As Boas-Novas:

"Não tenho espa lhado mais B íbl ia s porque tenho t ido fa l ta de las .

Na Aparec ida , uns padres a lemães tenta ram mandar prender -me por

um sargento, mas o Senhor não deixou. Depois de terem me levado

a uma casa e me fechado dentro cerca de meia hora, pensei aquela

vez que ia ser preso ou açoitado pelo evangelho. Mas quis Deus que

a porta se abrisse e disse-me um deles: 'Senhor, adeus' . Então,

perguntei- lhe: 'Que é do padre que me queria prender? ' . Ele me disse:

'Ele não vem mais. Não quer mais falar . Senhor, adeus' . E assim,

me de ixa ram só no quar to ."*"

Os nossos pr ime iros pas tores como Joaquim Fernandes Lessa , F lorent ino

Rodrigues da Silva e os evangelistas como Cândido Inácio da Silva trabalharam

como colpor tores .

Aqui destacamos os nomes de Camilo Roig, Cícero Góspeler e Sebastião

Ignác io da Cunha que , por décadas , exe rce ram essa tão á rdua quanto honrosa

missão de difundir a Palavra de Deus.*

2

'

Glass diz que: "Foi q uase invariável o caso em que a Bíblia chegava primeiro

nos lugares onde, depois, chegaria o pregador, exceto nos casos em que sendo

o colportor também um evangelista , Bíblia e pregador chegavam juntos".*

3

'

M U D A N Ç A D O M I S S I O N Á R I O G I N S B U R G P A R A P E R N A M B U C O

Em fins do ano de 1900, o missionário Salomão Luís Ginsburg deixa a

Missão Camp is ta e va i coopera r com o cam po pe rna mbucan o. Pa ra subs t i tu í- lo ,

no Esta do do R io , é convidado o miss ionár io W .E.Entzminger , que exe rce ra

grandes a t iv idades evange l ís t icas no Estado de Pe rnambuco. Embora a tuando

na região de Camp os, o miss ionár io En tzminger pe rmaneceu res id indo na c idade

do Rio de Janeiro, capital federal, onde, meses depois, seria criado o   O Jornal

Batista.

CRIAÇÃO D' O JORNA L BATISTA

Entzminger e ra um diplomata . Com mui to ta to , conseguiu a união dos

dois jornais que circulavam entre os batistas brasileiros. O primeiro —  As Boas-

-Novas  — era editado em Ca mpo s, servindo aos batistas do sul do país. O segundo -

— O Echo da Verdade  — era editado na Bahia e servia à parte norte do Brasil

batista . A f im de ser publicado um jornal de âmbito nacional, os referidos jornaisL

deixaram de existir . E, no dia 1? de janeiro de 1901, aparecia n a arena evangélica

batista de nosso país o  O Jornal Batista, sendo como que uma fusão voluntá r ia

dos dois jorna is antes c i tados , que t inham um cunho mais r egiona l .

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C R I A Ç Ã O D O B R I S A S D O C A M P O

Não obstante haver sido criado o   O Jornal Batista, apareceu, no mesmo

ano, em Campos, cr iado por Alberto Vaz Lessa e Antônio Ferreira Campos,

o jorna lz inho

  Brisas do Campo

, que tinha o objetivo de atender a todo o terr i-

tório nacional, com a f inalidade, ao que tudo indica, de publicar notícias de

igre ja s e a r t igos informat ivos . Lamentamos que nenhum exempla r da r e fe r ida

publ icação tenha s ido a rquivado.

Aliás, muita coisa que ajudaria às igrejas, e aos historiadores, foi perdida.

Há igrejas que perderam seus livros de atas, as escrituras, etc . Estive numa igreja

onde o primeiro livro de atas estava todo comido pelas traças. Noutra, o livro

de atas estava rasgado, com falta de muitas folhas. Agora que estamos celebrando

um centenário de obra batista no campo batista f luminense, mister se faz que

cada igreja tenha em dia toda a sua documentação. É necessário que se nomeie

a lguém para tomar conta de seus documentos h is tór icos .

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Capítulo IV

PERTURBAÇÕES INTERNAS

A Q U E S T Ã O A N T Ô N I O F . C A M P O S

Antônio Campos e ra um fe r renho controver s is ta . Em suas ve ias cor r ia o

sangue da polêmica. Dava sempre vazão a este instinto, aceitando, ou mesmo

promovendo, controvér s ia s com ca tó l icos ou com aspe r s ionis ta s . No a rdor de

sua argumentação, usava uma linguagem virulenta e satír ica, e , por tal motivo,

nasce ram mui tos desgostos ent re os campeões da imprensa , como também do

ministério. Utilizava-se ele do jornal   Boas-Novas  para dar resposta aos que

gostavam de polemizar.

Certa feita , foi ele muito cáustico com ilustre presbiteriano que redatoriava

o j o r n a l  O Puritano. Os  ba t is ta não concorda ram com a l inguagem usada por

ele em seu polêm ico artigo. Daí, ter o missio nário W .B.Bagby publicado uma

jus t i f ica t iva , a f i rmando não endossa rem os ba t is ta s ta l l inguagem. Os a taques

de A.Campos eram dir igidos ao Pastor Álvaro Reis, que era uma das glórias

do presbiterianismo brasileiro.

Acontece que A.C ampo s parece ter reconhecido o excesso em sua lingu agem,

e resolveu ensarilhar as armas. Em assim pensando, fez publicar em  As Boas-

-Novas  u m a  carta aberta  ao Rev.Álvaro Reis, mostrando sua disposição em dar

por l iquidadas suas ques tões , "pedindo pa ra v ive rem em paz" .

Bagby, que se havia manifestado contra os ataques de A.Campos ao Rev.

Álvaro Reis, sabendo que esse tomara a decisão de suspender seus ataques,

propondo fazer as pazes, não escondeu seu regozijo. Escreveu uma carta ende-

reçada a A.Campos, aprec iando- lhe a a t i tude de te rminar aque la polêmica que ,

em nada, vinha edif icando. Felicitava-o pela conclusão a que chegara.

O inesperado, porém, aconteceu. A carta escrita por Bagby, endereçada

a A.Campos, em lugar de seguir de Friburgo para a cidade de Campos, foi parar

em Nova York. Lá recebeu carimbo dc 23 de maio de 1900. Foi, então, enviada

para o Rio de Janeiro, onde foi carimbada no dia 20 de junho. Do Rio, enviaram-

-na para Campos, no dia seguinte.

Es te inespe rado e involuntá r io extravio ve io contr ibuir pa ra o rompim ento

comple to das r e lações de Antô nio C ampos com o miss ionár io W .B .Bagby. Tendo

71

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ele lido a  justificativa,  por parte de Bagby, ao redator de  O Puritano,  revelando

que os batistas não se responsabilizavam pelo que A.Campos eserevera, de crítica,

ao ministro presbiteriano, antes que lhe chegasse às mãos a carta que lhe reme-

tera Bagby, bilioso como era, dá por cortados os liames que o ligavam ao

missionário, fazendo publicar em   As Boas-Novas  a r t igos ae desabafos que , a inda

mais , o incompa t ib i l iza ram com os miss ionár ios .

A.F.Campos Cria a União Batista Fluminense

Estava para se realizar no mês de julho, na Igreja Batista de São Fidélis,

a assembléia da União das Igrejas Batistas do Sul do Brasil. Os acontecimentos

que envolviam A. Campos e os miss ionár ios , porém, f ize ram com que igre ja s

deixassem de enviar seus mensageiros à referida reunião. A ela compareceram

unicamente r epresentantes da Missão Campis ta .

Sentindo-se incompatibilizado com todas as igrejas do sul do Brasil,

A.Campo s promove a organização de um órgão indepen dente das igre ja s daque la

região, cujo nome seria União Batista Fluminense. A ela se f iliar iam as seis

igre jas já exis tentes na Missão Ca mpis ta : Camp os, São F idé lis , Guand u, Ernes to

Machado, Macaé e Pac iênc ia .

A.F.Campos, o Pivô de uma Dissidência

O pivô de todo o movimento e ra Antônio Fe r re i r a Campos, cujo e spí r i to

nacionalista era muito extremado. Ele era um homem inteligente e muito versátil .

Conseguiu incutir na mente dos crentes que a novel igreja poderia prescindir

do concurso dos miss ionár ios nor te -amer icanos . Quer ia uma igre ja só de nac io-

nais.

Horác io de Souza informou que Antônio Fe r re i r a Campos e ra "um espí-

r i to comba t ivo , o qua l , com Ginsburg , publ icou o jorna l evangé l ico   As

Boas-Novas".

O grupo que f icou com A.F .Campos f icou se r eunindo no mesmo loca l

da igre ja , à Rua Formosa , en quanto que o que pe rmaneceu f iel à obra r ea l izada

pe lo miss ionár io Dunstan passou a se r eunir na  Serraria da Coroa,  ou melhor,

na casa do Sr. Julião Guedes Pereira, situada à Rua Quinze de Novembro.

Horácio de Souza comenta que "os crentes nativistas, contudo, obstinavam-

se em repe l ir os enviados nor te -amer icanos , tanto qu e fo i publ icado no   Monitor

Campista" o seguinte:

" Igre ja de Cr is to em Campos — Na sessão ordiná r ia des ta igre ja

em 7 do corrente ( janeiro) , foi apresentada a seguine proposta, assi-

nada por Cr is t ino Rodr igues de Mel lo , d iácono: 'P roponho que es ta

igreja declare-se independente, qu e dispense qualquer auxílio da Missão

de R ichmond, que não aca te  missionário  batist a , seja quem for, no

sent ido de te rminar contend as ; e que se ja a presente r e solução publ i -

cada pe la imprensa loca l ' , lendo s ido aprovada es ta proposta que

só teve um voto contra, faça publicar que de ora em diante a igreja

de Cr is to em Campos, com sede no templo , à Rua Formosa , n? 74 ,

torna - se independente da Missão Ba t is ta de R ichmond. O 1? Sec re -

tá r io — Eduardo de Vass imon"

  ( l )

7 2

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Conseqüências do Espírito Faccioso de A.F.Campos

A igreja f icou cindida, dividida e, por esse abalo, muito prejudicado o

t raba lho do Senhor .

A imprensa campis ta r egis t rou os f a tos porque A.Campos fez ques tão de

publicá-los.

" Igre ja de Cr is to em Campos. Fundada em 1891.

Sede: Templo Evangélico.  DECLARAÇÃO:

Os aba ixo-ass inados , ant igos of ic ia is des ta congregação, dec la ram

em nome da igreja que, por voto da maioria em sessão extraordi-

ná r ia , foram disc ip l inados e expulsos da igre ja, como pe r turbadores

da sua paz e possuidores de sent imentos que os incompa t ib i l izavam

com a se r iedade e jus t iça d 'u ma co rporação c r is tã , o m iss ionár io

amer icano Albe r to Dunstan , há meses chegado a e s ta c idade , e seus

auxi l ia res a ssa la r iados Car los de Mendonça , ex- func ionár io da

E.ELeopoldina , e Pedro de Andrade , impor tado pa ra e s ta c idade

pe lo miss ionár io . Outross im , foram demit idos , como coniventes nos

planos sinistros dos disciplinados, os membros de suas famílias e

a lgumas o utras pessoas , bem como uma pa r te dos professos r e s identes

na f ronte i r a na roça de Santa Rosa , aos qua is fo i concedida ca r ta

demissór ia .

Igua lmente protes tam os aba ixo-ass inados contra a l inguagem gros-

se i ra e desumana do  assalariado da Junta Americana, Rev. So ren,

vindo a esta cidade para dizer que 'preferia saber que todos os

campis ta s t inham s ido v i t imados pe la pes te bubônica , do que sabe r

que o missionário*havido sido expulso de uma igreja de Cristo' , e

outras coisas de igual jaez, a favor de um homem ignorante e incivil

que nes ta c idade tem dado provas abundantes d isso , como consta rá

d o  Manifesto, que esta igreja vai publicar .

Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que a igre ja de Cr is to que

fundaram e a té aqui sus tenta ram com os seus e sforços , cont inua a

se r o que e ra e a mante r to dos os r i tos , cos tumes e governo ad otado s

desde o pr inc íp io e, por tanto , que não reconhecem co mo organização

legal, segundo as leis do país, o agrupamento revoltoso que fez seu

quar te l na  Serraria da Coroa,  deba ixo do nome de Igre ja Ba t is ta ,

enquanto tal igreja não provar que foi organizada lícita e decente-

mente . Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que   dispensam o

auxílio da Junta de Richmond   (a qual, aliás, são agradecidos)  enquanto

aqui estiver o missionário grosseirão, antipático e ridículo que teve

a infelicidade de nos enviar;  que por isso declaram a igreja de Cristo

des ta c idade , como corporação independente e  nacional,  sendo reco-

nhec idos como seus membros todos aque les dos a tua is que em próx ima

sessão ext raordiná r ia se conformarem com isso .

Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que todas e s ta s coisas se

de ram desgraçadamente , por pre tender o   missionário assalariar um a

minoria,  pa ra a r ranca r -nos o templo evangé l ico , nossa propr iedade ,

levantada com os nossos e sforços , e com o d inhe iro em maior pa r te

fornec ido pe los humani ta r ianos campis ta s , acontecendo que nes ta

7 3

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operação não t r aba lh a ram os indiv íduos expulsos , que nem ba t izados

foram por esta congregação nem filhos são desta cidade.

Assumimos inteira responsabilidade desta declaração por ser tudo

verdade.

Cam pos , 18 de janeiro de 1903.

A.Campos, pas tor ; Berna rdino Manhães , d iácono;

A.Rodr igues Mel lo , d iácono; Jac in tho Lima , sec re tá r io" .

12

'

Declaraçao e Protesto

Os pastore s W .E.En tzming er, F.F.Soren, Floren tino Rodrigues da Silva,

W .B.Bagby, A.B.Deter , Herm an Gartner, José Nigro e Alb erto Lafayette Dun stan

fizeram publicar pelo jornal campista, no mês de abril de 1903, uma Declaração

e Protesto contra a reintegração de A.F.Campos ao ministério em qualquer tempo

e em qua lquer pa r te do mundo como empregado da missão . Eis o texto :

" D E C L A R A Ç Ã O E P R O T E S T O

Devido às tr istes ocorrências que se têm dado na Igreja Evan-

gélica Batista em Campos, nós, abaixo-assinados, ministros do santo

evangelho nos Estados d o Rio de Janeiro, São Paulo e Distr ito Federal,

e pertencentes à Denominação Batista , julgamos necessária a seguinte

declaração:

1? ) Que o S r . Antô nio C ampos, que fo i durante se te anos empregado

na Missão de Campos, não é ma is empregado dessa Missão, nem

faz ma is pa r te de nossa Denominação;

2 ? ) Q U E O C O N S I D E R A M O S E X C L U Í D O D O M I N I S T É R I O , E

N Ã O M A I S F A Z P A R T E D E I G R E J A A L G U M A ;

3?) Que não reconhecemos o grupo de pessoas que se reúne no templo

evangélico da cidade de Campos, e que tem por pastor o mesmo Sr.

Antônio Campos, cons t i tu ído igre ja de denominação a lguma , mas

s implesmente como um grupo de c ismát icos r e f ra tá r ios , exc lu ídos

da igreja batista daí;

4? ) Que ju lgamos a condenação do templo evangé l ico pe lo S r. Antô nio

Campos e o grupo que o rode ia uma ve rdade ira usurpação e u l t r a je

aos direitos da f iel igreja Batista em Campos".

<3)

A Igreja Anula a Exclusão Injusta do Missionário Dunstan

Em breve a cisma deixaria de existir , pois o espír ito conciliador de vários

crentes e a diplomacia dos missionários, f izeram com que tudo voltasse ao normal.

Assim, no dia 7 de dezembro de 1903 era publicada na imprensa a seguinte decla-

ração:

"A igre ja de Cr is to em Campos, que func iona à rua Formosa n? 7 ,

resolveu em sessão ordinária, de 7 do corrente, anular todos os atos

que a tornavam separada da Junta de Missões de R ichomond. . . com

a deliberação acima desapareceram as contendas nessa igreja, que

7 4

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reconhece não ter nenhum motivo de ter sido hostil à Junta de Missões

e a seus enviados ao Brasil.

Faço a presente declaração para ciência dos interessados, Antônio

Maia, 2° Secretário". '

4

»

As igrejas de São Fidélis, Ernesto Macha do, Rio Preto, Aperibé e Rio Negro,

e seu pastor , J.Lessa, que, não cientes de todos os detalhes que envolviam o

impasse existente em Campos, apoiaram A.F' .Campos e seus seguidores, ao

tom arem ciência da decla ração qu e estes f izeram em 10 de setembro, ond e a

igreja de Campos dizia-se independente e recusava qualquer auxílio da Missão,

prontamente r e t rocederam naq ue la a t i tude e providenc iaram o re torno das igre ja s

à Missão, r econhecendo que haviam comet ido um engano.

A igreja de Campos, em dezembro, votou unanim imente conv ida r o miss io-

nário Dunstan para reassumir a direção dos trabalho, convite este aceito com

alegria.

Deste modo terminou o grande impasse criado por A.F' .Campos e outros.

(5)

Horác io de Souza ac rescenta :

"Vár ios membros de ixa ram a denominação: Antônio Melo , pouco

depois faleceu e o ex-pastor A.Campos foi para São Pulo e lá se fez

ca tó l ico" .

(6 )

75

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Capítulo V

MISSÃO DO RIO

O R G A N I Z A Ç Ã O D A P R I M E I R A I G R E J A B A T I S T A D E N I T E R Ó I

Situada junto à capital federal, que, na época, era o Rio de Janeiro, a

cidade de Niterói, capital do Estado do Rio, poderia ter tido a honra de ver

organizada ali a primeira igreja batista do estado. A presença da Primeira Igreja

Batista do Rio de Janeiro, organizada em 24 de agosto de 1884, deveria ter sido,

também, forte estímulo para que, como capital do estado, Niterói fosse o berço

do t r aba lh o ba t is ta . N o entanto , ta l não acon teceu. Esse pr iv i légio fo i da c idade

de Campos, distante 250 quilômetros da capital. No dia 23 de março de 1891,

Cam pos ass is t iu à organização de sua pr ime ira igre ja ba t is ta , pr ime ira do es tado,

t a m b é m .

A organização da Primeira Igreja Batista de Niterói se daria um ano depois.

No dia 1? de ma io de 1892, conforme documento da P r ime ira Igre ja Ba t is ta

do R io . Já uma ca r ta do miss ionár io Bagby à Junta de R ichmond, dec la ra te r

s ido e la organizada em abr i l daque le ano. De acordo com not íc ia d ivulgada

por Antônio Manoe l de F re i ta s , membro fundador , a Igre ja Ba t is ta de Ni te ró i

fo i organizada na casa do m iss ionár io W .B .Bagby, s i tuada à R ua São Franc isco ,

n? 11. Foram seus membros fundadores: Emília Cândida de Freitas, Ana Leandro,

Rosa Ramos, Isabel Trigueira da Costa, Maria Trigueira, Sara Ester Freitas e

Antônio Manoe l de F re i ta s .

De acordo com documentos da P r ime ira Igre ja Ba t is ta do R io de Jane i ro ,

que foi a organizadora, consta terem sido concedidas por ela cinco cartas para

a organização da Igreja Batista de Niterói:

"A de Ni te ró i , que fecharia em 1896,  foi organizada em 1? de maio

de 1892, com cinco cartas concedidas pela igreja do Rio".

( I )

O his tor iador A.R .Crabtree r egis t r a :

"O trabalho de Niterói apresentou uma perspectiva prometedora desde

o princípio. No ano anterior , diversas pessoas foram batizadas e ofere-

ceram uma casa para a pregação do evangelho. A pequena igreja

era zelosa e f iel. Muitas pessoas da cidade ouviram respeitosamente

77

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a proclamação do evangelho. Desde a organização, os membros

pagaram todas a s despesas do t r aba lho. O Pas tor Ginsburg tomou

a direção da igreja no f im do ano".

(2 )

Bagby tornou-se o pastor da igreja até o f im do ano, quando passou o

pas torado ao miss ionár io Sa lomão Ginsburg , q ue v ie ra do nor te do pa ís . A essa

altura, a sede da igreja já havia sido muda da para a "R ua V isconde I tab oraí,

canto da rua São José" .

Nessa época, a cidade de Niterói apresentava uma população de 30.100

habitantes.

A Igreja É Dissolvida

Como já foi citado, a Igreja Batista de Niterói seria dissolvida em 1896,

conforme regis t r am os documentos da P r ime ira Igre ja Ba t is ta do R io .

Joaquim Fernandes Lessa dá a informação seguinte :

"Niterói:  organ izada em abril de 1892, com sete mem bros . Conse lho:

Pr. W .B.Bagby. Pastores: W .B.Bagby, de abril de 1892 a dezemb ro

de 1892; S.L.Ginsburg, de dezembro de 1892 a maio de 1894;  S. J.Porter,

de maio de 1894 a agosto de 1894; visitada do Rio de agosto de 1894

a 1896.  Desapareceu  em 1896".<"

Segunda Organização da Igreja

Israel Bello de Azevedo, f irm ado em docu mentos , declara no capítu lo  Crono-

logia:  "1900 — 30 dc dezembro.  Reorganização  da Igreja Batista de Niterói,

com a concessão de 18 ca r ta s demissó r ia s" ( l ) e , em outra pa r te , conf i rm a :

"Em bor a tenha se desenvolvido [P r ime ira do R io] in ternamente , com

liderança mais bem preparada e com organizações sólidas, o cresci-

mento fo i também para fora pois a igre ja formou só nesse pe r íodo

onze novas igrejas, duas das quais,  (Niterói, agora definitivamente,

e Barra do Piraí) fora da cidade".

<2)

J o a q u i m

  I

 .essa  observa que, pelo Anuário Batista Brasileiro, de Tomás da

Costa e Alfredo Magalhães, do ano de 1910, a Igreja Batista de Niterói foi orga-

nizada no dia 30 de dezembro de 1900, pela segunda vez, sendo convidado para

pas toreá - la o miss ionár io W .E.Entzminger .

David Mein escreve:

"Após a revolta, alguns batistas voltaram para Niterói, reiniciando

os cultos, tendo como pastor durante os primeiros seis meses o missio-

nário Samuel J.Porter .

W .B .Bagby assumiu depois , novamente , o pas torado, mas   em 1896,

igreja deixou de existir.  Foi reorganizada em 30 de dezembro de 1900

com W .E.Entzminger , r ecentemente t r ansfe r ido de Recife, como

pastor" .

<3)

A Primeira Igreja Batista de Niterói veio a tomar grande.desenvolvimento

com o Pr. Manoel Avelino de Souza, que começou a pastoreá-la em 5 de agosto

de 1917 e a dir igiu até sua morte, em 1? de setembro de 1962, portanto, por

78

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45 anos . Em seu pas torado foram const ru ídos dois grandes templos pa ra sua

época .

O Pr. Manoel Avelino sempre reconheceu que a data de organização da

igreja não era a da primeira organização. No boletim da igreja,   O Mensageiro

(número especial de 18 de junho de 1964), quando a igreja comemorou 61 anos,

o Dr. Clodowil Fortes Cavalcanti, que é historiador da igreja, escreveu:

"A primeira organização ocorreu em maio ou junho de 1892,

em casa do Pr. Bagby e durou cerca de 16 meses, quando a igreja

se desfez por força da Revolta Armada, ocorrida em 1893. A segunda

organização se verif icou 4 anos mais tarde, mas devido aos obstá-

culos intransponíveis ela voltou a se dissolver em 1899. Finalmente,

em 18 de julho de 1903, com cerca de 25 membros, sob a direção

do Pr . W .E.Entzminger , fo i organizada a  1 ?  Igreja Batista de Niterói,

tendo por templo uma casa na Rua São Lourenço" .

Pelo livro  Coluna e Firmeza da Verdade;  história da Primeira Igreja Batista

do Rio de Janeiro (1884-1984), f icamos sabendo:

1. A Igreja de Niterói foi organizada no dia 1? de maio de 1892, com cinco

membros transferidos da Primeira Igreja do Rio. (página 22)

2. No dia 02 de junho de 1896, a Igreja de Niterói é dissolvida, (página 48)

3. No dia 20 de dezembro de 1900 é reorganizada a Igreja de Niterói, pela

Primeira Igreja Batista do Rio, com a concessão de 18 cartas demissórias. (página

49)

De acordo com os documentos da Primeira Igreja Batista do Rio, a Primeira

Igreja Batista de Niterói está com 91 anos. Naturalmente, por ausência de dados

mais f idedignos, tem sido levada em consideração a data de 1? de maio de 1892,

sem se levar em conta a longa interrupção havida.

A Primeira Igreja Batista de Niterói estava fadada a se tornar a maior

igre ja ba t is ta da Amér ica La t ina . Com o pas torado do Dr . Ni lson do Amara l

Fanini ela experimentou um crescimento fenomenal. Ele a pastoreia desde 21

de março de 1964. Ern seu pastorado foram organizadas várias igrejas-f ilhas.

Depois da Primeira Igreja Batista de Niterói, as dez maiores igrejas no

camp o f luminense são: P r ime ira de São Gonça lo , Segunda de Campo s, P r ime ira

de Nova Iguaçu, Primeira de São João de Meriti , Barra do Imbuí, Primeira

de Nilópolis, Primeira de Alcântara, Segunda de Macaé, Fonseca e Primeira

de Petrópolis.

IGREJA METODISTA E SEU PASTOR SE TORNAM BATISTAS

Apesa r das pe r seguições que lhe moveram, e depois de a fanoso t r aba lho

de pregação e visitação, o Reverendo Antônio Vieira da Fonseca pôde organizar

uma igre ja me todis ta , com posta de 15 membros , em Para íba do Sul , no d ia

02 de novembro de 1899. A Igreja foi crescendo, ao ponto de, ao f im de 28

meses, já contar 63 membros.

Algum tempo mais tarde, em vir tude de o Pastor A.V.Fonseca ter neces-

sidade de ausentar-se da cidade, a igreja sofreu uma cisão, passando a existir

em Paraíba do Sul duas igrejas metodistas.

79

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Em 1895, época em que havia na imprensa evangélica muitas polêmicas

sobre o batismo bíblico, o evangelista batista Manoel de Souza e Silva, que,

anteriormente, fora presbiteriano, passou a manter fortes discussões com os

crentes, sobre esse assunto. Esses debates, mantidos pela imprensa e pelo irmão

Manoel, acima citado, levaram o Pastor A.V.Fonseca e sua igreja a estudarem

profundamente tão d iscut ido assunto .

Joaquim Fernandes Lessa comenta des te modo o ocor r ido:

"Após profundos e s tudos sobre o ba t ismo, e f e rvorosas orações , a

igreja, reunida juntamente com o seu pastor , A.V.Fónscca, reconheceu

ser a imersão a verdadeira forma de batismo cristão, resolvendo

submete r - se ao ba t ismo e comunicando es ta re solução à denom inação

ba t is ta do Bras i l . Tendo recebido a denominação ba t is ta o pedido

de batismo feito por toda a igreja e seu pastor , vieram a Paraíba

do Sul os representantes das igrejas batistas da Capital Federal, Niterói,

Ju iz de Fora , Campos, São F idé l is e Guandu, sendo os pas tores

W .B.Bagby, J.J.Taylor, Salom ão Luís Ginsb urg e os evangelistas

A.Campos, J . J . Alves , Dr . Honór io Benedi to Otoni , José Rodr igues

e Manoel Souza e Sifva. Após comovedora reunião da igreja local,

com os r epresentantes da denominação ba t is ta , foram ba t izados no

f io Pa ra íba v in te e um c rentes de que se compunha a igre ja , no d ia

18 de junho de 1895. No dia seguinte, quarta-feira, 19 de junho, pelas

seis horas da tarde, na casa de cultos, à Rua Tiradentes, n? 4, estando

presentes  os representantes das ditas igrejas batistas, e os crentes  ba t i -

zados na véspera, foi aberta a sessão pelo Pastor A.V.Fonseca, que,

depois de expor os f ins com que foi convocada a reunião, leu a Palavra

de Deus e invocou as bênçãos divinas sobre a reunião. Foi eleito mode-

rador o Pastor J.J.Taylor que, com palavras de agradecimento e

congratulação, deu início aos trabalhos daquela noite . Falou o Rev.

W .B .Bagby sobre os e lementos cons t i tu ídos da igre ja de Cr isto . Em

seguida , f a la ram o Dr . H.B .Otoni , o i rmão Manoe l de Souza e S i lva

e o Pastor A.V.Fonseca, que apresentou a relação dos 21 crentes que

queriam organizar-se em igreja. Todos os representantes presentes

aprovaram es ta organização. O moderador f a lou , então , sobre os

oficiais da igreja, fr izando a necessidade de eleger-se logo o pastor .

O i rmão, Dr . Mat tos , propôs , apoiado por d ive r sos i rmãos , e unani-

mimente aprovado, o nome do Pr. A.V.Fonseca, que agradeceu e

ace i tou o ca rgo. O moderador leu a lgumas pa lavras de Paulo a Ti to

e a Timóteo, e cham ou o pas tor pa ra se r in te r rogado. F ize ram pergu-

ntas os Revs. Bagby e Salomão Ginsburg e o irmão Souza e Silva.

Em seguida , fo i o Pas tor Antônio V.Fonseca consagrado pe la impo-

sição das mãos, orando o Rev. Salomão Ginsburg. Após a consagração,

fa la ram os r epresentantes das d ive r sas igre ja s ba t is ta s . O Pr .

A.V.Fonseca termina, agradecendo. Foi assim organizada a Igreja

Batista em Paraíba do Sul, a qual tem passado por diversas fases

e cont inua se rvindo ao Senhor naque la c idade" .

(1 )

80

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E V A N G E L I S T A Q U E I M A D O C O M Q U E R O S E N E

Um dos grandes heróis do trabalho batista em solo f luminense foi o evan-

gelista Pedro Sebastião Barbosa. Ao se converter ao evangelho, tornou-se ele

ardoroso evangelista e colportor . Atuou, principalmente, na zona sul do estado,

sobretudo, cm Paraíba do Sul, Sapucaia, Valença, sendo que, nesta cidade, foi

hor r ive lmente pe r seguido, quando a í chegou pa ra abr i r um t raba lho ba t is ta .

Foi apedre jado, va iado e , ce r ta vez , que imado com querozene . "Outra vez" ,

escreveu Lessa, "ele foi alvejado com dois tiros dos quais felizmente escapou,"

Isso teria ocorrido no ano de 1908.

Logo de início, quando se tentou levar o evangelho para a cidade de Ma rquês

de Valença, o povo se mostrou bem hostil às pregações e trabalhos de evangeli-

zação que ali eram realizados. Foram os irmãos Francisco Pinheiro, sua esposa,

D. Odília Pinheiro, e a Irmã Alzira Pinheiro, membros da Primeira Igreja Batista

do R io de Jane i ro , que pr inc ip ia ram a promoção de pregações , em sua própr ia

residência, nessa cidade. Mesmo assim, com a realização dos cultos em sua resi-

dência, esses irmãos foram perseguidos e apedrejados. Precisaram sair da cidade,

para se livrarem das perseguições. Deixaram, porém, ali duas famílias conver-

tidas ao evangelho.

Em 1908, foi organizada na cidade de Valença uma igreja batista . A igreja

que promoveu a organização foi a Igreja Batista de Paraíba do Sul. Entre os

membro s fund adores daque la igre ja e s tava o i rmão Joaqui m Evange l is ta Pe re i ra

Mariano que, mais tarde, vir ia a ser um grande pastor , lutando, durante muitos

anos , pe la promoção da mensagem de Cr is to .

A Igreja Batista de Sapucaia foi, também, alvo dos perseguidores do evan-

gelho. Em 1904, o templo dessa igreja foi invadido e destruído por um grupo

enfurecido. Nele não f icou nada que não fosse quebrado. Foi verdadeira cena

de vandalismo. Os crentes, perseguidos, precisaram deixar suas casa, fugindo

dali para escaparem com vida. Diante disso, porém, a polícia não deu cobertura

aos pe r seguidores , como aconteceu em outras pa r te s do es tado, onde as que ixas

dos crentes eram tratadas com verdadeiro desinteresse e abandono. Ali, em Sapu-

caia, as autoridades agiram dentro da lei, conseguindo prender os perseguidores

e levando-os para a cadeia.

Seguindo o mand amen to d o Mestre, f azendo o que Jesus ens ina ra , o evan-

ge l is ta Pedro Sebas t ião Barbosa , c i tado no in íc io des ta página , e dando t í tu lo

a este artigo, ia à cadeia levar comida para aqueles que o haviam perseguido.

O chefe político conseguira um advogado que defendesse os crentes e , natural-

mente , acusasse os ma lfe i tores . Quando o advogado pe rguntou ao i rmão Pedro

o que ele queria que se f izesse com os seus inimigos, ele , bondosa e cristãmente,

respondeu que desejava para eles o que desejava para si mesmo. Prosseguiu,

dizendo que vivia num país de liberdade e desejava liberdade para todos os seus

in imigos . Essa dec la ração envergonhou, ao mesmo tempo em que comoveu, os

perseguidores. Foram postos em liberdade a pedido do referido irmão que mostrou -

ser verdadeiramente um servo do Senhor. Com esse episódio, terminaram as

pe r seguições naque la c idade .

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Capítulo VI

PERÍODO DE REAJUSTAMENTO,

SOLIDIFICAÇÃO DO TRABALHO E

DE GRANDES PERSEGUIÇÕES

O R D E N A Ç Ã O D E D O I S G R A N D E S O B R E I R O S

No dia 28 de fevereiro de 1901, no templo da Primeira Igreja Batista do

Rio de Jane i ro , ocor reu a ordenação de dois jovens ao minis té r io sagrado. E ram

eles: Francisco Fulgêncio Soren e Herman Gartner. O conselho examinador se

comp ôs dos miss ionár ios W .E.Entzminger e J .J .Taylor e do Pas tor Ant ônio

Fer re i r a Campos.

Francisco Fulgêncio Soren era f luminense, natural de São Gonçalo. Traba-

lhava no comércio, quando se deu a sua conversão. De tal maneira se desenvolveu

que , vendo sua capac idade e progresso , os miss ionár ios amer icanos r e solve ram

enviá - lo pa ra os Es tados Unidos da Amér ica do Nor te , a f im de obte r me lhor

prepa ro . Soren es tudou n o W i l l iam Jewel l College , no Estad o de Missour i . A pós

vários anos de estudo, voltou ao Brasil. Aqui se dedicou ao pastorado da Primeira

Igreja Batista do Rio de Janeiro. Pastoreou-a de 1901 a 1933, ano em que faleceu.

F .F .Soren contr ibuiu , de vá r ia s mane iras , pa ra a propagação do t r aba lho

do Senhor no Estad o do R io . Uma de las fo i a boa imagem que de ixou no W i l l iam

Jewell College. A.B.Christie nunca escondeu a influência de F.F.Soren em sua

decisão de vir para o Brasil. Passando por aquele colégio, o jovem brasileiro

desper ta ra a a tenção do miss ionár io pa ra o campo bras i le i ro .

Fazendo o necrológio do Dr. F.F.Soren, A.B.Christie confessava:

"Lo go depois de minha en t rada no W i l l iam Jewel l, ouvi f a la r em

Francês Soren. Nas aulas do Dr. Richmond, nas do Dr. Clark e nas

do Dr. Park, ouvia-se falar de Soren. Nas reuniões de oração, que

usavam ter uma meia hora antes da abertura do Colégio, onde os

pregadores como também os outros e s tudantes f a lavam das suas expe-

riências no trabalho e faziam orações a favor dos seus colegas e dos

missionários, o nome de Soren foi sempre lembrado.

83

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"Nas reuniões dos voluntá r ios pa ra o t r aba lho miss ionár io , Soren

ainda estava presente e, na abertura do colégio, nas manhãs, o Dr.

J.P.Green, diretor do colégio, como pai que era de todos os alunos,

usava citar o nome de Soren para ilustrar as verdades que pregava

do palco e o elogiava como filho ideal e predileto. No fim dos três

anos de meus estudos no Colégio Jewell, cheguei à conclusão de que

o jovem brasileiro F.F.Soren  deixara o seu nome de modo inesque-

cível gravado naquela instituição e que valia a pena conhecer mais

de perto esta personalidade que tivera o poder de tão simpaticamente

se impor na vida de seus colegas e professores.  (O grifo é do auto r

desta obra.)

"Procurei conhecer mais de perto o Dr. Soren. Era pastor da Primeira

Igreja Batista do Rio de Janeiro. Só pude conhecê-lo por tradição.

Fui e s tuda r no seminár io , porém, não onde o Dr . Soren es tudou.

Esqueci-me dele. No último ano dos meus estudos, resolvi dedicar

a minha vida à causa no estrangeiro. Aonde? No Brasil? Sim. Porque

ali estava o meu pastor , A.B.Deter , o missionário S.L.Ginsburg e

porque ali havia de conhecer o Dr. Soren e a Primeira Igreja Batista

do R io de Jane i ro ."

(1 )

Herman Gar tne r e ra me todis ta e , como ta l , f e r renho de fensor do pedo-

ba t ismo (ba t ismo infant i l ) . Com o os ba t is ta s e s tavam sempre fa lando que o único

batismo válido era o batismo por imersão, e somente para convertidos, ele passou

a sustentar a sua posição com referência a isso em seu jornal. A polêmica se

es tendeu por a lguns jorna is . Homem de consc iênc ia , depois de examinar bem

a Bíblia , convenceu-se de que estava errado e pediu o batismo bíblico. Deixou,

então , a igre ja me todis ta , tornando-se ba t is ta .

P E R S E G U I Ç Õ E S E M C A M B U C I

A 4 de agosto de 1901, visitando a Vila de Cambuci, o Pastor Joaquim

Fernandes Lessa, ardoros o e arroja do evangelista que era, resolveu realizar reuniões

ao ar- livre, próximo à estação da Leopoldina. Ao que parece, nessa ocasião tudo

cor reu normalmente .

No dia 27 de outubro desse mesmo ano, porém, quando pregava o Pas tor

Antônio F .Campos na casa de cul tos , a lugada , os in imigos do evange lho

investiram-se contra os crentes. Tal foi o tumulto levantado, que as autoridades

loca is se sent i r am incapazes de "dominar os amot inados" .

P E R S E G U I Ç Õ E S E M N I T E R Ó I

A Igreja Batista de Niterói, que se achava instalada em uma casa à Rua

São L ourenço, 80, sofreu terr ível perseguição, n o perí odo d e 10 a 17 de abril

de 1901.

Inimigos do evangelho, cheios de ódios, arrombaram o salão de cultos

e pegaram todos os móveis, inclusive púlpito e órgão, e os queimaram em plena

rua. Até galinhas que havia no local não escaparam ao vandalismo. Foram quei-

madas junto com os móveis. Não satisfeitos com tão terr ível ato, os perseguidores

84

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feriram o Pastor Florentino Rodrigues da Silva, quando este viajava num

b o n d e . ' "

Foram grandes os prejuízos, caleulados em cinco contos de reis, Para uma

comu nidade nova , e cons t i tu ída de gente f r aca de pecúnia , i sso t rouxe um ce r to

abalo, já que, para uma igreja tão fraca de recursos f inanceiros, tal prejuízo

se mostrava mui to ma ior .

O clero, infelizmente, não respeitava a Constituição. A imprensa indepen-

dente, porém, condenou tal ato de agressão, mesmo tendo esse partido do clero

ca tó l ico romano

Depois desse fato tão desagradável, a igreja mudou sua sede para a Rua

Itaboraí, 173.

P E R S E G U I Ç Õ E S E M C A M P O S

Em Rio Preto

Em julho de 1905, na loca l idade denominada R io P re to , o P r . Joaquim

Fernandes Lessa realizaria , como resultado de seu esforço evangelístico, onze

ba t ismos. Não sa t is fe i to com essa v i tór ia do evange lho, Sa tanás const ru iu uma

de suas artimanhas. Usou o jovem Francisco Nunes para perseguir o pastor Lessa.

No dia em que seriam realizados os batismos, entrou ele no salão de cultos,

insul tand o o pregador . I sso ofendeu um dos mem bros da igre ja , i rmão do pe r se -

guidor . Os dois d iscut i r am for temente e , tomando conhec imento de que o P r .

Joaquim Lessa r ea l iza r ia outros ba t ismos no d ia seguinte , F ranc isco Nunes

afirmou estar ali para matá-lo e que, no dia seguinte, à hora dos batismos, já

lá estaria para alcançar o seu objetivo.

No dia seguinte, à hora marcada para os batismos, lá estava Lessa, junto

à cachoeira, e , com ele os candidatos que seriam imersos. Lessa não se inti-

midava, mesmo percebendo que chegava ali o perseguidor, armado com um grosso

pedaço de pau. Vendo que Lessa se preparava para realizar os batismos, se pôs

de cócoras , sobre uma pedra , a uns dois me tros do pregador , empunhando a

a rma , como que a f aze r - lhe ameaça . Ca lmamente ,  I  .essa realizava a cerimônia,

conf iando só em Deus . O coração do jovem foi tocado. "Ele f icou como pe t r i -

f icado e e s tá t ico" . Deus o dominara .

Quando o Pr. Joaquim Lessa retornou à igreja, para a realização de sessão

espir i tua l e de negóc ios , quem é que encontrou lá , apresentando-se pa ra da r

prof issão de f é? Era o "pe r seguidor  Francisco Nunes,  que tornou-se se rvo f ie l"

ao Deus a quem perseguira com tanto r ancor .

Em Dores de Macabu

Em 18 de outub ro de 1906, o Pr. Joaqu im Fern andes Lessa chegou a Dores

de Macabu, para realizar trabalhos de evangelização e pregação do evangelho.

Chegando à c idade , fo i , imedia tamente , ce rcado por uma turba mul ta que , l ide -

rada pe lo á rabe José B i ta t , negoc iante loca l , que t inha como guarda -cos tas um

farmacêut ico de sobrenome Athayde , começou a desa f ia r e a taca r Joaquim

Fernandes Lessa. O sub-delegado local, Sr . Francisco Barbosa Paes, havia tomado

todas as providências necessárias para que o Pr. Lessa não fosse molestado. Ap esar

85

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de suas providências, ninguém pôde impedir que, em meio ao ataque, o tal árabe

tomasse a pa lavra ameaçando, com o seu por tuguês ma l t r a tado, o pas tor :

"Se vemos que veiu aqui bara cornbra e vendi nos está bronto recebe

senô. Mas bara bregar religião brodestante de misséria, de beste e

braga , senor não pode ."

Pensan do que, assim, levantaria os ânim os da pop ulaçã o contra Joaquim

Lessa, prosseguiu em suas ameaças:

"Meu povo tudo tá qui . Não é ca tó l ico abostó l ico romano? Viva

Nossa Senhora das Dores " .

O povo pror rompeu num ges to único e demo rado: "Viv a " .

Lessa não se impacientou, nem se amedrontou. Somente sorriu. Isso desa-

gradou o árabe que, irr itado gritou:

"Sen or não sor r i , não " .

(1 )

P E R S E G U I Ç Õ E S E M A P E R I B É

A cidade de Aperibé seria palco de muitas perseguições aos crentes, como

também, local de realização de grandes eventos do trabalho batista f luminense.

No dia 6 de janeiro de 1902, foi organizada a Igreja Batista de Aperibé.

Contava com 25 membros. A organização deu-se na residência do Sr. Evaristo

Reis, pai de Alfredo Reis, um dos fundadores da igreja, que vir ia a ser , em 1909,

consagrado ao minis té r io sagrado. Outro membro fundador dessa igre ja fo i o

fa rmacêut ico Antônio Te ixe i ra Barbosa , pa i de D.De janira Barbosa , que v i r ia

a ser , mais tarde, missionária dos batistas brasileiros a Portugal, juntamente

com o seu esposo, o Pr. Achilles Barbosa.

Em 21 de novembro de 1902, uma tr iade composta de um negociante portu-

guês , de nome Abreu, um fa rmacêut ico , também por tuguês , de nome Bragança ,

e o agente dos correios, Sr . Castro, começaria a atacar os "inofensivos batistas,

por conta e influência da primeira pessoa, cujo trabalho de sapa estendia-se

a té aos munic íp ios v iz inhos" .

Souberam eles que, naquele dia, os pastores Joaquim Fernandes Lessa,

A.F.Campos e José Nigro estariam em Aperibé. O plano era expulsar da cidade

o irmão Antônio Teixeira Barbosa, que, por ser farmacêutico, gozava de certa

influência local, bem com o dua s dezenas e meia de outros crentes que ali residiam.

A reunião seria realizada na casa do Sr. Carlos Boechat (de quem são

parentes os pastores Emiliano e Clério Boechat) . A casa permaneceu vigiada,

por ordem do sub-de legado dc pol íc ia , o S r . Deodoro Sa rdenberg , "por moços

possantes pa ra que não consent issem entra r n inguém su spe i to" . P ropa la ram que

a referida tr íade tinha conseguido, em Pádua, arregimentar "alguns malfeitores",

em núm ero de 200, que viriam para realizar a pretendida expulsão do farmacêutico.

Quando o cul to já caminhava pa ra o f ina l , e is que chega um por tador ,

da c idade de Santo Antônio de Pádua , t r azendo uma ca r ta do Sr . Otávio Diniz ,

amigo do evangelho que lá residia, dir igida ao sub-delegado de Aperibé, infor-

mando que os in imigos e s tavam reunidos pa ra marcharem para Aper ibé e que

ele, o sub-delegado, deveria tomar as providências que o caso exigia. Imedia-

tamente, o policial enviou a Pádua os jovens Suetônio Sardenberg e Joaquim

Rosa, para requisitarem força embalada a f im de garantir a vida dos crentes.

86

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Joaquim Rosa veio a ser ordenado ao ministério sagrado, no ano de 1917. É

ele o pai do juiz Eliézer Rosa e do brilhante causídico F.liasar Rosa, que foram

membros da Igreja Batista de São João de Meriti .

No expresso daquele dia, chegaria a Aperibé o reforço policial pedido.

Eram oito soldados que foram colocados à disposição da autoridade local. Os

inimigos só não viajaram, dc Pádua para Aperibé, porque, naquela noite , caiu

forte tempestade naquela cidade.

É assim que Deus age. Mesmo porque oito soldados não dariam conta

de uma turba mul ta amot inada .

Outro episódio ocorrido em Aperibé com o Pastor Kléber Martins revela

bem o poder da oração feita com fé para livrar-se das perseguições.

O Pr. Kléber Martins, vindo residir em Aperibé no ano de 1908, "alugou

uma casinha de uma senhora pobre e velha". Pobre como cie também era, só

podia a luga r uma cas inha . O s pe r seguidores do evange lho que não t inham desa -

nimado de suas tramas contra os crentes, acharam que era uma boa oportunidade

para eles expulsarem dali o jovem pastor e sua família . Resolveu o chefe dos

perseguidores, o Sr. Major Abreu, comprar a tal casinha, para, desse modo,

expulsar mais facilmente o pastor da localidade. Logo que comprou a casinha

intimou o pastor a mudar-se.

O Pr. Kléber Martins então marcou o dia de mudar-se. Ir ia residir em São

Fidélis. Acontece que no dia marcado ele não pode mudar-se porque o Rio Paraíba

t inha t r ansbordado c inundado São F idé l is .

O perseguidor foi implacável e lhe disse: "Depois do dia marcado nem

mais um dia . Mandare i pôr tudo na rua , porque a casa é minha" .

Kléber Martins f icou com a alma abatida e comentou o fato com o Pr.

Daniel Crosland e J.F.Lessa. Esses buscaram o auxílio da autoridade das auto-

ridades — Deus. Entraram em uma floresta e aí se recolheram para orar . Rogaram

muito ao Senhor para que o Pr. Kléber não viesse a sofrer tal vexame.

Deus respondeu as orações, do modo que ninguém esperava, pois no dia

seguinte (9 de janeiro de 1908) a notícia se espalhou rápida: "O Major Abreu

mor reu repent inamente e s ta noi te" .

Joaquim Lessa comenta :

"Foi um choque para todos, porque, apesar de perseguidor, era, dizem,

um bom homem. Mais ta rde desapareceu também o segundo pe r se -

guidor, um Sr. Bragança, que, também, dizem, não era mau. E, por

fim, o último da tr indade que dominava o lugar foi assassinado dentro

de seu própr io la r nos braços da e sposa . De mane ira nenhuma nos

gloriamos disso. Mas bem se pode ver que a justiça a Deus

per tence" ." '

M A N O E L N U N E S S A R A I V A , U M M Á R T I R D O E V A N G E L H O

NO ESTADO DO RIO

Conver t ido ao evange lho a inda jovem, Manoe l Nunes Sa ra iva tornou-se

propagador a rdoroso das boas-novas que ace i ta ra . Recebeu o t í tu lo de "evan-

gelista", como todos os bravos colaboradores que, nos primórdios do trabalho

batista no Brasil, saíam a anunciar a mensagem salvadora do Senhor Jesus.

87

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Embora mui to doente , mas impuls ionado pe lo a rdor evange l ís t ico e imbuído

de um grande desejo de levar a semente santa a todos os reeantos, este jovem

se punha a pregar, aqui e ali, perto ou longe, com sol ou chuva.

Em maio de 1906, em meio ao trabalho de propagar o evangelho, ele vir ia

a sofrer uma das mais cruéis perseguições de que temos notícias no Estado do

Rio. Em suas incursões evangelísticas, foi pregar cm Imbaú, lugarejo do interior ,

próximo a Cesário Alvim, município de Silva Jardim. Por ali passava apenas

o trem da Estrada de Ferro Leopoldina Railway, hoje Rede Ferroviária Federal.

Na mesma região de Imbaú, se localizava a Igreja Batista de Lavras de

Rio Bonito, organ izada n o dia 3 de maio de 1903, com 18 mem bros, c omo resul-

tado do "esforço ingente do Pastor José Nigro".

(1 )

  Os irmãos dessa igreja

es tavam sof rend o te rr íveis pe r seguições , ao pon to de quase todos mudarem para

outras loca l idades . Lessa a f i rma que e le s se mudavam "por causa das pesadas

per seguições por pa r te dos ca tó l icos ext remados" . '

2

' Tamanhas foram as perse-

guições , tan tos foram os membros que mudaram para outras c idades , que a

Igreja de Lavras de Rio Bonito se dissolveu em 1906.

Manuel Nunes Saraiva era sabedor de toda essa situação, de todos os

maltrados sofridos pelos crentes, de todos as perseguições que lhes movia o povo.

Mesmo ass im , o "a r ro jado se rvo do Senhor" , como o c la ss i f icou A.R .Crabtree ,

começou a t r aba lha r em nosso es tado, em 1904. Nada o demovia da vontade

de pregar o evangelho. Estava disposto a arrostar as perseguições, afrontas, injú-

r ias, por amor a Cristo.

Os efeitos das perseguições já haviam chegado a Imbáu. O povo criara

um ódio terr ível contra os crentes porque tinham espalhado por lá a idéia de

que eles eram contra os santos c, onde chegavam, os santos eram destruídos.

Os pe r seguidores iam pe los caminhos , gr i tando pa ra os que pensavam se rem

convertidos ao evangelho: "Vocês vão ver, seus  comedores de santo ".

O culto foi na casa do irmão Antônio Silva. Manuel Nunes Saraiva pregava,

ungido pe lo Espír i to Santo . Suas pa lavras tocavam os corações de mui tos que

se mostravam dispostos à conversão. Em meio à pregação, entraram os perse-

guidores , quebrando a pauladas tudo o que a l i havia .

(3 )

  Passa ram a da r

bordoadas no pregador , levando-o pa ra fora e f azendo-o monta r de cos tas num

animal , como os pa lhaços que anunc iavam uma exibição de c i r co no in te r ior .

Amar ra ram-no no animal e , como obse rva J .F .Lessa , "num percurso de t r ê s

léguas , o acompanharam a té à e s tação de Cesá r io Alvim. Durante o pe rcurso ,

tanto davam varadas no animal e no evangelista , que este f icou horrivelmente

machucado. Sa ra iva só não ca iu porque es tava amar rado ao animal . Na es tação,

puse ram-no num t rem e o in t imaram a seguir pa ra Campos. Durante o pe rcurso ,

ent re tanto , Sa ra iva conseguiu mudar de t r em e seguiu pa ra Ni te ró i /

4

'

Sendo Manoe l Nunes Sa ra iva por tuguês , d iante do acontec ido, a lgumas

pessoas o aconse lha ram a pedir proteção ao cônsul de Por tuga l . Em resposta

a esses, Saraiva dizia que preferia as bem-aventuranças de Cristo que se acham

registradas em Mateus 5:10-11. E, àqueles que presenciavam o seu sofrimento,

dizia:  "Não deixem de pregar neste lugar, pois vai dar muito fruto".

Não mui tos d ia s depois de sof re r aque le a tentado, a not íc ia se propagava

entre os crentes: "O irmão Saraiva morreu. Não resistiu às conseqüências do

espancamento ." Diante da f ibra evange l ís t ica de Manoe l Nunes Sa ra iva , nós

dir íamos: "E le não mo r reu . Foi r eceber o ga la rdão de sua f ide l idade ao Senhor ."

88

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Depois de experiência tão terr ível, quem teria coragem dc voltar a esse

lugar? Joaquim Fernandes Lessa escreve: "Houve um caso que é bem digno

de referência, pois é edif icante. Depois da perseguição que o evangelista Manoel

Nunes Saraiva sofreu em Cesário Alvim, ninguém mais voltou ali para pregar.

Mas a semente lançada naque le luga r ge rminou e deu f ru tos . Nada , porém,

se conseguia saber de como estavam os irmãos passando ali, depois das perse-

guições. Mais tarde, isto é, em 1? de agosto de 1907,  O Jornal Batista  publicava

a seguinte notícia do irmão José Nunes do Amaral, crente residente naquele

local: 'Tenho a dizer-vos que, sendo apenas um lavrador, não tenho grandes

habilitações para a pregação do evangelho de Jesus. Todavia, confiado cm Deus,

e nas suas promessas, tenho posto em prática o meu pequeno talento, e o Senhor

tem s ido mise r icordioso pa ra comigo, f azendo-o render . Segundo min has f r acas

forças, tenho anunciado a salvação a uns e outros, e já há alguns prontos a

receber o batismo, alguns dos quais já haviam dado o seu testemunho perante

o saudoso i rmão Sara iva . Temos também bom número de in te ressados . Es tamos

dese jando mu i to que o Senhor nos mande um p as tor ou evange lis ta pa ra an imar

e desenvolver esta obra ' ."

(5 )

Tive o privilégio de conhecer o irmão José Nunes do Amaral, na Igreja

Batista de Araruama, em 1950, quando eu ali trabalhava como seminarista . Ele

es tava com mais de 70 anos . Era o e s t imado i rmão conhec ido por "Digo do

Amaral". Eu o ouvia, com alegria, narrar muitos fatos relacionados com a implan-

tação do evange lho naque las p lagas .

A sua carta, publicada em o O   Jornal Batista  naquele ano dc 1907, apelando

por ajuda, teve resposta na pessoa do secretário e do missionário. É Lessa, ainda,

que escreve: "O pastor Lessa e o missionário Crosland seguiram, de Campos,

para visitar aqueles irmãos. Ali chegaram a 1? dc outubro daquele ano. Como

continuassem as ameaças de morte, e não tendo esses obreiros achado autori-

dade em Capiva r i pron ta pa ra de fendê- los , procura ram o ca r tór io de paz , de ram

seus nomes e demais informações para que, no caso de serem atingidos por perse-

guições, poderem ser dadas notícias a seu respeito. Nunca tinham eles ido àquele

lugar . Ar ranja ram um guia que os conduz isse à casa de José Nunes do Amara l .

Tempo chuvoso e caminhos ruins, cuja distância era de quase quatro léguas,

a pé , subindo e descendo montanhas . Anoi teceu em meio da v iagem. Às 10

horas da noite , chegaram à tal casa. Mas ali não encontraram os donos. Acen-

deram uma vela e, enquanto o guia incrédulo segurava a vela, eles cantaram

um hino para se fazerem conhecer. Mas ninguém apareceu. Por f im, o guia foi

embora e eles passaram aquela noite chuvosa do lado de fora, no terreiro da

casa. Pela manhã, cedo, viram uma outra casa ali perto. Era a residência de

um interessado no evangelho que, ao vê-los, recebeu-os com alegria. Realizaram

algumas reuniões , ba t iza ram 12 pessoas que t inham professado a f é pe rante o

saudoso irmão Saraiva. Naquele lugar, mais tarde, foi organizada uma boa

igreja."

(6>

Hoje existe em Imbaú uma forte igreja, organizada em 18 de março de

1917, com 142 pessoas. Quando ali esteve o autor desta obra, em 1976, teve

o prazer de palestrar com um dos fundadores daquela igreja, o irmão Alcides

de Oliveira Quintanilha, que naquela época contava 75 anos de idade. Ele fora

batizado pelo missionário A.B.Christie , na Igreja Batista de Correnteza, que

fora organizad a em 10 de novembro dc 1908, de ond e vieram cartas demis sórias

89

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para a organização da Igreja em Imbaú, cujo primeiro pastor foi o missionário

Christie (18/3/1917/ — 3/6/1920). Essa igreja teve pastores da estirpe de Christie ,

Cândido Inácio da Silva, Honório de Souza, Assis Cabral, José I .óta e David

Francisco de Oliveira, que a pastoreia por mais de 20 anos.

Não foi em vão que o sangue do irmão Manoel Nunes Saraiva foi derra-

mado naquele campo. Sua profecia, de que ali seriam colhidos muitos frutos,

veio a se cumprir . É que a semente, por ele lançada, fora regada com sangue.

Já dizia Tertuliano que "o sangue dos mártires é a semente do cristão".

,7 )

Referindo-se ao caráter do irmão Saraiva, Joaquim Fernandes Lessa acen-

tuou: "Esse moço foi sempre de grande valor pelo seu zelo espir itual e pela

extremada dedicação à Causa de Deus" .

<8 )

  Crabtree, o grande teólogo e histo-

r iador batista , comentou sobre o caráter de Saraiva- "Era um dos mais arrojados

evangelistas do Brasil. Era tão abnegado que não cuidava devidamente da saúde,

estudando a Bíblia e passando noites quase inteiras no chão duro, tendo apenas

um lençol para o proteger das intempéries. . . deixou um exemplo de zelo, sacri-

f ício e consagração que impressionou a seus colegas e amigos."

191

Imbaú estava mesmo predestinada a dar muitos frutos. Senão, vejamos:

O município dc Silva Jardim tem várias igrejas. Todas são f lorescentes, não

obstante te rem sof r ido com o êxodo rura l . Doze pas tores a tuantes na obra do

Senhor são f ilhos dessa terra — Isaac da Costa Moreira, ex-diretor do Lar Batista

Pastor Antônio Soares Ferreira e , atualmente (1991), pastor da Igreja Batista

de Caramujo, Niterói; Jessé Moreira, ex-presidente da Ordem dos Pastores do

Distr ito Federal, residindo em Brasília; Isaías Moreira de Farias, pastor da Igreja

do Fonseca, Niterói; David Francisco de Oliveira; Dario de Oliveira, formado

pelo Seminário Teológico Batista Fluminense; Silas da Costa Moreira; Enete

Francisco de Ara újo ; Militão Pereira de And rade; W alter Gom es Pereira; José

Quintani lha Costa Lea ; Oz imar Mac hado   Leite;  David Pereira de Andrade.

Na cidade, os evangélicos gozam hoje de grande conceito. Muitos crentes

têm passado pela Câmara dos Vereadores, atestando a confiança do povo da

região nos servos de Deus. Glória a Deus por isso

O R G A N I Z A Ç Ã O D A A S S O C I A Ç Ã O B A T I S T A F L U M I N E N S E

Sentiram os líderes do campo batista f luminense que deveriam promover

a organização de uma entidade que viesse a congregar todas as igrejas para

poderem melhor expandir a obra do Mestre.

Assim é que, no dia 5 de janeiro de 1907, no templo da Igreja Batista

de Aperibé, foi organizada a Associação Batista Fluminense, entidade que vir ia

a ser uma grande força no progresso da obra batisia no Estado do Rio.

O   O Jornal Batista,  de 24 de janeir o de 1907, publico u um a resenha histó-

r ica do evento que veio da lavra do pastor Kléber Martins. Aqui transcrevemos

o histórico:

"Primeira Reunião Anual da Associação Batista Fluminense, reali-

zada no dia 5 de janeiro de 1907, com a Igreja Batista de Aperibé

"A organização dessa associação marca uma época na história da

Missão de Campos. Do principio ao f im foi uma das mais notáveis

reuniões de batistas a que jamais assisti no Brasil.

90

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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"Na pr ime ira oração sent imos a presença de Deus . A ha rmonia que

prevaleceu, o poder espir itual que encheu os corações de todos os

oradores, o amor fraternal que reinou, foram a feição característica

de todas as reuniões. Às 10 horas da manhã do dia 4 de janeiro,

no templo da Igreja Batista de Aperibé, o pastor Lessa inciou os

trabalhos da associação com a leitura da Palavra de Deus e oração.

O Rev. D.F.Crosland expôs as razões e a necessidade de organizar

uma Associação Batista na Missão de Campos. Para dir igir os traba-

lhos da Associação foi eleita a mesa seguinte: Pr . Joaquim Lessa —

presidente; Evangelista Alfredo Joaquim dos Reis — vice-presidente;

Pr. D.F.Crosland — tesoureiro; Evangelista Kléber Martins — Secre-

tário.

"Às onze horas da manhã conseguiu- se acabar a organização, tendo

sido eleita uma mesa de oficiais, adotados os Estatutos e Regimento

Interno e recebidas as cartas-credenciais dos representantes das nove

igrejas que se f izeram representar na organização. São eles: da igreja

de Aperibé — diácono Antônio T.Barbosa, evangelista Kléber Martins,

Antônio A. Re is , Antônio G. Nogue ira , Joaquim Rosa , Pamphi l io

Ludolf , Leônc io G. Nogue ira ; da Igre ja de Campos — Pr . Joaquim

Lessa, Daniel F. Crosland, A.Maia, Vicente Barreto; da Igreja de

S. Fidélis — diácono João C.P.Peixoto, Laurindo P.Leão, Benedicto

Pereira Antunes, Antônio Américo da Silva; da Igreja de Ernesto

Machado — Eurico Gambeta Pereira dc Almeida, Luís Alves; da Igreja

do Rio Negro — João Menezes, Júlio Martins Vianna; da Igreja de

Bom Ja rdim — diácono Joaquim C .dos Santos , P r . C .de Mendonça ,

Leonel Eyer, Manoel de Menezes, Augusto de Menezes; da Igreja

de S.Antônio de Pádua — João Caetano de Oliveira; da Igreja do

Alto Macabu — diácono Luiz Ovídio F i rmo, Domingos F ranc isco

dos Santos; da Igreja do Rio Preto — diácono Josué de Souza Filho,

Domingos José de Souza , Joaquim Mar t ins da Mot ta , Virg ín io José

Villement. Outras igrejas, por diversos motivos, não puderam fazer-

-se representar .

"Tudo foi feito em pouco tempo, com ordem e método, e em tão

boa harmonia que nos parecia estar assistindo aos trabalhos de uma

associação estabelecida c bem organizada. O tema do estudo na Asso-

ciação foi: 'Os requisitos para ser um verdadeiro ministro do

evangelho' , apresentado pelo evangelista Kléber Martins.

"Esse i rmão fo i logo ao âmago do assunto . Não podemos de ixa r

de pôr em relevo aqui uma frase feliz que ele teve no decorrer do

seu tema, que é esta: 'Quem não quer dormir na esteira, não é ministro

verdadeiro' .

A expressão é jocosa, mas o conceito é real e verdadeiro. É este espí-

r ito que tem levado o evangelho aos confins da terra. É este espír ito

que abr iu o coração negro da Áf r ica . O grande Livings tone mor reu

a joe lhado no in te r ior da Áf r ica , orando pe la a lma do seu próximo,

depois de passar dias e até meses sem ter uma esteira em que dormir.

"Nosso irmão Leonel Eyer fez um bom discurso sobre o tema: 'Que

91

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faremos para promover o desenvolvimento espir itual das igrejas da

associação?' . O orador, a nosso ver, revelou ser excelente pregador

se Deus o chamasse para esse f im. Que o Senhor faça uso dele por

muitos anos na associação, é o nosso desejo.

"O Pr . Car los de Mendonça pregou um bom se rmão sobre I Cor .

1, com o que f indou o primeiro dia — um dia fértil em trabalhos

e bênçãos.

"A pr ime ira pa r te do d ia c inco fo i ocupada com a d iscussão sobre

como da r impulso ao Jorna l Ba t is ta e à nossa edi tora . Mui to gra tos

f icamos pe las bondosas r e fe rênc ias f e i tas ao nosso jorna l , que então

ouvimos de nossos i rmãos; bond ade ma nifes tada não só em pa lavras ,

mas em fatos, pois que todos os representantes das igrejas, acima

menc ionados , não somente a ss ina ram o jorna l , como também se

comprom ete ram a a r ranja r , cada u m, du as a ss ina turas ent re os inc ré -

dulos. Foi uma idéia, cremos, original e muito   útil.

"Às onze horas desse dia falou o diácono Joaquim Coelho dos Santos,

sobre 'O que ensinam as Escrituras acerca do dízimo?' . O seu discurso

foi impress ivo , porque e le pra t ica aqui lo que pregou. Es tamos infor -

mados que no ano cor rente e s ta missão fez mui to progresso no que

respeita às contr ibuições. Esperamos que haja muitos outros na mesma

missão possuídos da mesm a l ibe ra l idade pa ra com a causa do S enhor

de que es tá possuído o i rmão Joaquim Coe lho dos Santos . Ele sabe

o que a Bíblia ensina sobre este assunto e dispõe-se a viver e a ensinar

de acordo com ela.

"O Pr .  Mendonça falou sobre as vantagens  de uma verdadeira

educação. Falou da necessidade de escolas diárias e mui particular-

mente de educação de c r ianças na Pa lavra de Deus . Esperamos que

os i rmãos daque la missão tomem em conside ração as pa lavras do

irmão Mendonça , e outros que fa la ram sobre o mesmo assunto , e

mandem seus f i lhos r egula rmente à Escola D ominica l , e que se vulga -

rizem as escolas diárias onde as crianças aprendem a ler e a escrever.

"Necess i tamo s de e s tabe lece r colégios ond e nossos f i lhos possam se r

educados l ivres do conta to do romanismo, onde aprendam a pensa r

em vez de aprenderem a rezar . E se os batistas não se dispõem a

fazer alguma coisa em prol da instrução de seus f ilhos, quem o fará

por eles? Por que não poderemos ter uma boa escola diária em cada

igreja batista? Precisamos de uma nação de batistas educada e prepa-

rada para a vida por mestres batistas. Quando chegará esse dia?

"Respondemos: Quando nós , como denominação, nos unirmos e

coopera rmos juntamente pa ra e sse f im . O i rmão Alf redo Joaquim

dos Reis falou sobre a necessidade de uma verdadeira evangelização;

falou com clareza e com espír ito de um verdadeiro pregador. Espe-

ramos que esse i rmão es te ja em caminho de i r aos Es tados Unidos ,

onde poderá realizar em si mesmo tudo que disse sobre a verdadeira

evange l ização. O i rmão Alf redo é um dos moços ma is e spe rançosos

que temos em nosso trabalho no Brasil

"Não podemos de modo a lgum, nes te breve esboço, f a la r de tudo

que se passou na Assembléia da Associação Batista Fluminense. O

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i rmão Joaquim Lessa , moderador da sessão , em todos os a ssuntos

discutidos teve uma palavra de conselho, uma sugestão sábia e provei-

tosa . Mostra - se um hábi l adminis t r ador que promete grandes coisas

no t r aba lho da a ssoc iação. Não podemos de ixa r de menc ionar aqui

uma sentença sua: 'Alguns de nossos irmãos não gostam de dar o

seu voto para exclusão, das igrejas, dos espir itualmente mortos,

lembrando uma pessoa que , depois de lhe mor re r uma pessoa em

casa, guardasse o cadáver até apodrecer e largar um fétido insupor-

tável ' . O irmão Lessa tem se esforçado pela pureza das igrejas,

exercendo uma ativa disciplina. É notável que durante o ano passado

foram excluídas das igrejas das missão 135 pessoas, e ainda assim

foi o ano mais próspero de todos, mostrando um considerável aumento

no número to ta l de membros . A igre ja que ma is prospe ra é aque la

que em tudo procura f aze r a vontade de Deus . O i rmão Cros land

f icou content íss imo por ve r um ano de t r aba lho pe r s is tente coroado

com tão glorioso sucesso. Que Deus abençoe esta associação." '

1

)

A S S O C I A Ç Ã O D O H O S P I T A L E V A N G É L I C O

O ideal de se organizar um hospital evangélico surgiu logo nos primórdios

do t r aba lho ba t is ta no campo f luminense . O que compe l ia os ba t is ta s a e sse

ideal era: 1) o mal tratamento que recebiam os crentes nos hospitais em que

eram atendidos, dada a sua conversão ao evangelho; 2) um hospital seria exce-

lente meio de evangelização, pois que, nele, crentes ou não crentes seriam

igua lmente bem t ra tados , te s tem unhando-se , a ss im , do evange lho; 3) os c rentes

poder iam receber ma iores benef íc ios , em te rmos f inance i ros .

Com esse ideal em mira, um grupo de irmãos se reuniu, em 1909, orga-

nizando a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico , tendo s ido e le i to como seu

pres idente o i rmão An tônio Rodr igues Maia , que v i r ia , não mui to tempo depois ,

a ser ordenado ao ministério da Palavra.

Foi , porém, em 1913, quando fo i c r iada a denominada   Caixa de Socorros

Mútuos,  cuja f ina l idade e ra a jud a r a s f amília s dos a ssoc iados f a lec idos , que

a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico começa mesmo a ganhar corpo. O movi-

mento em favor da Caixa dc Socorros Mútuos foi de grande valor , visto que,

naquela época, nem se pensava em assistência social vinda da parte do governo.

Os c rentes , então , se mostra ram cÔnsc ios de suas r e sponsabi l idades de se socor -

re rem mutuamente . A Ca ixa de Socor ros Mútuos conseguiu , de in íc io , a r ro la r

600 sócios. Isso prova o grande interesse daqueles crentes no estabelecimento

de uma obra de cunho benef icente e soc ia l .

Primeira Tentativa de Organização

Corria o ano de 1920. Os crentes estavam ansiosos para verem instalado

o tão almejado hospital. Decidiu a Assembléia do Hospital Batista que, até que

se conseguissem as verbas necessárias para a construção de um edif ício onde

o hospi ta l func ionasse pe rmanentemente , e le se r ia ins ta lado, a inda que a t í tu lo

precário, na cidade de Cantagalo. O ardor do Pastor Leonel Eyer e de um pugilo

93

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de idealistas contagiava o nosso povo, no sentido de contr ibuir para essa cons-

t rução.

Cantagalo seria a cidade privilegiada. É que ali residir ia o principal mentor

do movimento pró-hospi ta l , o Pas tor Leone l Eyer , que , de ixando o pas torado

da Igreja Batista de Duas Barras, aceitaria o da Igreja de Cantagalo, em janeiro

de 1920.

Movido por um grande ideal, meteu ele mãos à obra, como secretário-

-cor réspondente - te soure i ro da Assoc iação do Hospi ta l Ba t is ta . Cremos que as

grandes lutas o desgastaram muito f isicamente. Por isso, em pouco tempo, adoeceu

e, em 13 de janeiro de 1922, ele passava ao s braços do seu ben dito Salvador,

o Senhor Jesus Cristo. Tinha 34 anos quando faleceu. Partira muito jovem o

grande idealista . Mas deixara uma grande impressão em todos, porque sua vida,

totalmente entregue à causa do Mestre, falara alto do seu amor à obra.

Leone l Eyer fo i um dos jovens ba t izados pe lo miss ionár io A.L.Dunstan .

Seu batismo ocorreu no dia 15 de janeiro de 1905, no Rio Negro, próximo à

c idade de Cantaga lo .

Jovem entusiasta, logo se revelou na obra do Mestre. De tal modo se desen-

volveu que, no dia 17 de setembro de 1908, ele passou a exercer a função de

evange l is ta . Dois anos depois , fo i ordenado ao minis té r io sagrado, a pedido da

Igreja Batista de Sana. Foi pastor das Igrejas de Sana, Bom Jardim, Conceição

de Macabu, Pádua , Duas Bar ras e Cantaga lo .

A morte de Leonel Eyer foi uma enorme perda. Com ela, abriu-se uma

grande lacuna. Agora, como prosseguiria o ideal de um hospital batista? A morte

do grande líder parece ter arrefecido o ideal que os batistas mantinham. Elegeram

para sec re tá r io- te soure i ro in te r ino da a ssoc iação do hospi ta l , o i rmão Joaquim

Teixeira, que residia em Cantagalo, até que pudessem escolher quem ocupasse,

definitivamente, o cargo. Isso se deu no mês de maio de 1922. Foi eleito o Pastor

Leobino da Rocha Guimarães .

Organização do Hospital Batista

Apesa r de marchas e contra -marchas , des i lusões , desapontamentos , se r ia

organizado, em 1923, o tão sonhado hospi ta l ba t is ta .

"Depois de mui ta s lu ta s , desapontamentos e a té desânimos, f ina l -

mente fo i marcada a inauguração do tão a lme jado Hospi ta l Ba t is ta .

C i tamos um resumo do h is tór ico publ icado em   O Escudeiro Batista,

de 15 de agosto de 1925, e a ata da instalação do Hospital Evangélico.

Foi em agosto de 1908, quando uma crente interna na Santa Casa

de Campos faleceu sem assistência espir itual e foi sepultada sem que

a igreja batista , da qual era membro, fosse avisada, que surgiu a idéia

de fundar um hospital batista . Aceita a sugestão, os estatutos provi-

sórios foram redigidos, e em 01 de janeiro foi organizada na Igreja

de Campos a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico da Missão Ba t is ta

de Campos. A sua pr ime ira d i re tor ia compunha-se dos seguintes

irmãos: Antônio Rodrigues Maia, presidente; Aristides Lessa, vice-

-presidente; Alberto Vaz Lessa, primeiro-secretário; Carlos Gonçalves,

segundo-sec re tá rio ; Tibúrc io M anhães , te soure i ro ; José Ar ru da S i lva

e Antônio Portela, vogais. Até 25 de janeiro de 1913, a Associação

94

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do Hospital Batista existia como corpo separado da Associação Batista

Fluminense. Naquela data, porém, ela começou a ter as suas reuniões

| anuai s com a Asso ciação Batista Flumine nse, da qual passou a fazer

; parte integrante. De 1909 a 1915, a direção da Associaç ão do Hos pital

I passou por diversas mãos e, em abril daqu ele ano, o irmão Leonel

í Eyer foi eleito seu secretário-arqu ivista e , em 1916, seu tesoureiro e

1 secretário-c orrespo ndente , cargo que ele exerceu com tal atividade,

[ fazend o tud o com tant a precisão, que nad a escapava às suas vistas,

sac r i f icando-se em tudo e tudo sac r i f icando em favor do Hospi ta l

Batista . O irmão Leonel foi chamado à presença de Deus em 13 de

í janeiro de 1922. Em maio do mesm o ano, foi eleito secretário-

  - te soure i ro do Hospi ta l Ba t is ta o Pas tor Leobino Rocha Guimarães ,

j a quem cabia o privilégio de levar o hospital à sua realização. Final-

| mente, pela qua ntia de Cr$ 50.000.00, foi com prad a em Niterói, à

Rua Dr. Martins Torres, 245, Santa Rosa, a propriedade em que foi

ins ta lado o hospi ta l .

'Aos dezenove dias do mês de julho de 1925, às três horas da tarde,

na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, com a presença dos

Drs. Getúlio Pereira de Macedo, representante do Exmo. Sr. Dr. Feli-

c iano Sodré , M.D.Pres idente do Estado do R io de Jane i ro , João

W almer, r epresentando o Corpo Adm inis t r a t ivo do Hospi ta l Evan-

gélico, Alcides Figueiredo, ex-diretor do Hospital São João Batista ,

j Mul ulo da Veiga, Faria Júnior, do Gabi nete Médico -Legal, Paulo

Césa r , pres idente da Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico , Agost inho

| Bretas, Diretor Técnico interino, Pasto r F.F.Soren, Diretor do Colégio

Batista Feminino da Capital Federal, Prof. Júlio César de Noronha,

> profes sor no Colégio Batista e no Colégio Militar do Gov erno Brasi-

| le iro, memb ros da diretoria e representantes de muitas igrejas do Estad o

do Rio e da Capital Federal, da imprensa e demais pessoas, foi, com

um bom programa e, depois de uma fervorosa súplica pelo presidente

da assoc iação, inaugurado, so lenemente , o Hospi ta l Ba t is ta , e f r an-

queado ao público, pelo Exmo. Sr. Representante do Presidente do

Estado.. . '

"Durante os t r ê s pr ime iros meses , houve o seguinte movimento no

hospital: receita — Cr$ 39.210,80; entrada de doentes — 30; curados

— 05; melhorados — 16; mortos — 10. O princípio foi bom, a pers-

pectiva foi boa, mas era evidente, desde o começo, que a manutenção

do hospital seria dif ícil.""

1

Quanto às propr iedades adquir idas , o Hospi ta l Ba t is ta e s tava fadado a

tornar-se em um grande hospital. Vários fatores, no entanto, concorreram para

impedir- lhe a marcha. Assim, em 1932, ele fecharia suas portas, deixando grande

dívida para o campo batista f luminense. Este levou muitos anos para resgatá-la .

O Pastor Manuel Avelino de Souza, que foi presidente daquele hospital, ao fazer

o necrológico do Pr. Leobino da Rocha Guimarães, alinhou as razões que levaram

j o hospi ta l a se r descont inuad o:

i "Se o hospital não pôd e contin uar, não foi pela falta de esforço e

providência, mas por causa de diversos fatores alheios à sua e nossa

vontade. A visão errada de ser instalado em um bairro um tanto longe

I

  95

e

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e de dif ícil condu ção, a gran de depress ão cau sada pela guerra de 14-18,

a fundação de instituição congênere em local muito mais accessível,

a falta de frutos suficientes e permanetes — tudo isso concorreu para

fechar o hospital ."

(2 )

C A M P A N H A D E C O M B A T E A O F U M O

"Naqueles dias os crentes fumavam", escreve o pastor Sebastião Angélico

de Souza . E prossegue : "Meu pa i fumava quando fo i ba t izado. De ixou porque

achou que crente não deve ter vício nenhum. Mas, agora, sob a orientação do

Pastor Alfredo Reis, a igreja deliberava combater o fumo. Aos fumantes foi

dado o prazo de 90 d ias pa ra aband onare m o v íc io . Esgotado o prazo, não houve

pror rogação. O resul tado fo i a exclusão de mui tos membros . N ão soube quantos

deixaram o vício e voltaram à igreja". '

1

'

A campanha antitabagista começou com os nacionais. Sentiam que a pessoa

que se convertia realmente devia desprender-se de qualquer vício.

O i rmão Pedro Gomes, membro da Igre ja Ba t is ta de Aper ibé , avô do

br i lhante advogado, Dr . Ce lso de Ol ive i ra , fo i um do s p ione iros nessa cam panha .

Lutou para que as primitivas igrejas do estado combatessem o vício do fumo

e só aceitassem como membros aquelas pessoas que houvessem se libertado desse

vício.(2)

Comentando sobre a obra de evangelização, em 1905, J.F.Lessa assim se

refere ao irmão Pedro Gomes:

"Entre eles contava-se o irmão Pedro Gomes da Silva, de Pádua,

mas membro de Aper ibé . Era um i rmão de cor , ana l fabe to , mas de

uma dedicação invejável, por isso que no seu trabalho, todo volun-

tário, conseguia atrair muitas almas para o Senhor Jesus". '

3

'

Diz-se que missionário A.B.Christie foi questionado, lá pelo ano de 1911,

mais ou menos, sobre a possibilidade dele engajar-se de corpo e alma nessa

Campanha Antitabagista.  Na tura lm ente que e le não se opôs à mesma , como

se devia esperar , tornado-se seu grande defensor. Teria dito a alguém que ele

se achava numa situação meio constrangedora, de vez que o seu sustento vinha,

justamente, de pessoas que eram cultivadoras de tabaco em sua terra natal.

O fa to é que a Cam panh a sur t iu e fe i to c a s igre ja s , ze lando pe la doutr in a ,

iam, também, ze lando pe la saúde do corpo.

Igreja houve como a Primeira de Monção (I talva) e a de Tabua, que resol-

veram não excluir os que já fumavam por ocasião da conversão e os deixaram

no rol de membros até falecerem; mas foram, aos poucos, impedindo o ingresso

na igreja de pessoas que se diziam convertidas mas não estavam dispostas a

vencer o vício do fumo.

Hoje o governo es tá numa campanha ce r rada contra o uso do fumo. Todos

sabem dos terr íveis malefícios que ele tem causado à saúde. O fumo prejudica

o corpo do indivíduo, sua mente, suas economias, a sociedade e sua vida espi-

r i tua l . Uma es ta t í s t ica publ icada nos EUA informa que o aumento de casos

de cânce r no pulmão é a ssus tador .

"As descober ta s dos doutores E .L.W ynder e Evar ts A.Graham indicam

que 96,5% dos homens com cânce r no pulmão e ram fumantes . É

mui to r a ro encontra r cânce r de pulmão entre pessoas que não

f u m a m " . '

4

'

96

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Por saber dos grandes males que o uso do fumo causa à saúde é que os

crentes combatem, sem tréguas, esse terr ível vício, A Bíblia diz: "Não matarás"

(Êxodo 20:13). Se em cada cigarro que o homem fuma ele perde 12 minutos

de vida, ele está, desse modo, cometendo suicídio, o que Deus abomina.

Uma grande contr ibuição que os c rentes têm dado à pá t r ia é o comba te

aos vícios em geral. Os vícios do fumo, do alcoolismo, das drogas, do jogo,

etc. têm sido grandemente combatidos pelas igrejas do Senhor Jesus.

U S A D O S P O R D E U S T A I S C O M O E R A M

A obra do Senhor tem sido realizada por servos seus que, simplesmente,

se têm disposto a dcdicar-se sem barreiras, sem limites, sem reservas, ao seu

traba lho. Deus os tem usado como são: le t r ados , ou não; com uns ou outros

talentos; tendo feito cursos completos ou abreviados; vindos de grandes ou de

pequenos seminár ios ; aos o lhos humanos , r econhec idos ou não. Ta is como são ,

Deus os tem usado na sua seara.

Não tem s ido d i fe rente no campo ba t is ta f luminense . Desde o in íc io do

trabalho, vemos servos do Senhor sendo usados das mais diversas maneiras,

entre as mais diferentes circunstâncias de vida.

Obre i ros como Joaquim Coe lho dos Santos , José da S i lva Lóta , Antônio

Te ixe i ra Bar re to , Corundiba de Carva lho e mui tos outros que , não tendo opor -

tunidade de f r eqüenta r ma is que um curso pr imár io , formaram-se na e scola da

experiência de uma vida cristã toda entregue ao trabalho do Senhor e ao Senhor

do t r aba lho. Foram, poderosamente , usados na obra de Deus , ta is como e ram,

a despe i to da l imi tação de cul tura , compensada pe la consagração de que e ram

revestidos. Eles representam um belo grupo de obreiros, que ressaltam o que

Deus pode fazer através de pessoas que, embora humildes, se colocam inteira-

mente em suas mãos .

(1)

Obreiros como Man oel Avelino de Souza, Fidélis Morales Bentancôr, Erodice

Fontes de Queiro z, Abe lar Siqueira, João Barreto da Silva, W aldema r Zarro

e tantos outros que vieram depois de 1920, formados peto seminário do Rio

de Janeiro, tiveram a dita de um preparo mais esmerado para enfrentar as

condições culturais de sua época.

Ambos os grupos , r epresentando es t i los cul tura is d i f e rentes , foram pode-

rosamente usados pelo Senhor da obra. A ele estavam entregues. A ele se

dedicavam. Por e le foram usados .

Para homenagear essas duas classes de obreiros, escolhemos dois perso-

nagens — Joaquim Coe lho dos Santos e Manoe l Ave l ino de Souza . Es te ,

r epresentando o grupo de e s t i lo cul tura l ; aque le , nos f azendo lembra r do grupo

de obre i ros que contava , quase que apenas , com o prepa ro d iv ino pa ra o obra

do Senhor , nem por i sso de ixando de representa r grande bênção pa ra o t r aba lho

ba t is ta f luminense .

Joaquim Coelho dos Santos

Joaquim Coelho dos Santos se converteu em 1899. Foi tocado pelo cântico

convid ativo do hino que diz: "Oh tão cego eu andei , e perdid o vaguei. . ." (n?

396 do Cantor Cr is tão) , e pe la mensagem do Rev. Henr ique Louro de Carva lho.

97

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Foi um trabalhador infatigávcl, quando era diácono e evangelista . Por isso

mesmo, decidiram ordená-lo ao ministério da Palavra. Foi consagrado no dia

30 de maio de 1909, tendo logo assu mido o pastor ado d a Igreja Batista de Aperibé,

onde permaneceu por dez anos. Fm 1919, passou a pastorear a Igreja Batista

de Macuco, onde pe rmaneceu por 38 anos .

Em seu longo pastorado, organizou treze igrejas e viu se entregarem ao

ministério vinte jovens, entre os dois mil crentes que ele batizou. O Pr. Erodice

de Queiroz foi um desses jovens.

Era um grande evangelista . Por isso, em sua época, era o pregador mais

convidado para conferências evangelísticas. Ouvi-lo era um prazer. Homem de

pouca cul tura , mas de grande unçáo espi r i tua l , que sempre a r rancava lágr imas

daque les que o ouviam.

Em tempos em que o evange lho susc i tava pe r seguições , sof reu , quando

da realização de doze batismos no Rio Paraíba do Sul, na localidade de Portela.

Aparece ram c inqüenta homens a rmados , com o f i rme propósi to de t i r a r - lhe a

vida . O Senhor , porém, o poupou.

O nome de Joaquim Coelho dos Santos simboliza a vida de pastor real

e inteiramente dedicado à causa ' do Mestre.

Manoel A^Iino de Souza

Man oel Avelino de Souza nasc eu a 10 de novemb ro de 1886, no munic ípio

de Santa Inês, na Bahia. Foi batizado no dia 09 de dezembro 1906, pelo Pr.

Alexandre de Freitas. Depois de formado pelo Seminário Teológico Batista do

Sul do Brasil, em 1916, doutourou-se também em Filosofia, e passou um ano

es tudando nos Estados Unidos da Amér ica do Nor te .

Assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista de Niterói em 1917,

di r ig indo-a a té 1962, quando o Senhor o chamou pa ra s i .

Teve o privilégio de construir dois templos para sua igreja. O primeiro

era, na época, um dos maiores do Brasil, e serviu por muitos anos à igreja.

Sent indo que aque le já se tornava pequeno pa ra a igre ja , começou a cons t ru i r ,

na década de 50, o segundo templo que é, hoje, um dos maiores do Brasil.

Conhece-se o gigante pelo dedo. E Avelino, pelas obras que realizou em todas

as esferas, portou-se como um verdadeiro gigante espir itual

Foi grande pregador, grande líder , grande educador. Foi, por várias vezes,

presidente da Convenção Batista Brasileira, e , por mais de duas vezes, da

Convenção Batista Fluminense. Pena rutilante, legou-nos ótimos livros que têm

servido mui t íss imo à denominação.

Líder genuíno, Avelino transmitiu aos f luminenses uma orientação segura

e sadia. Graças à sua liderança e à de homens como Christie e Lessa, o Estado

do Rio conseguiu chegar ao ponto de desenvolvimento que alcançou e que a

tantos empolga e admira .

98

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Capítulo VII

PERÍODO DE ORGANIZAÇÃO DE VÁRIAS

ENTIDADES E COOPERAÇÃO

P E R S E G U I Ç Õ E S E M F R I B U R G O

Em 16 de agosto de 1908, a cidade de Nova Friburgo foi palco de perse-

guições aos batistas quando estes realizavam pregações na Praça do Suspiro.

Pregava o Pastor Kléber Martins, destemido obreiro, de grande consagra-

ção, quando um grupo açulado pelo clero católico, começou a dar vaias e a

fazer algazarras usando latas velhas, pedras, etc .

Quando chegou o momento do miss ionár io A.B .De te r prega r , a s i tuação

se complicou mais ainda. O missionário disse que tinha ido ali para levar ao

povo as luzes do evangelho. Os inimigos se aproveitaram dessas palavras e se

sent i r am a f rontados .

O jorna l  O Friburguense,  que de fendia os ca tó l icos, comentou :

"Foi nesse momento que chegou o Monsenhor Miranda sem acom-

panhamento nenhum, obje tou pac i f icamente que luzes já a s t inha :

povo de sobra, e ato contínuo, com dois ou três argumentos, deixou

sem fa la seu antagonis ta .

"As pr ime iras pa lavras do monsenhor acenderam o povo, como que

por encanto , de todos os lados , e s tabe lecendo a confusão. Eram

aplausos que entravam delirantes de toda aquela massa que se acer-

cava de seu quer ido v igá r io , v i tor iando-o e secundando-o na repulsa

aposta aos homens da se i ta ba t is ta .

"É dif ícil descrever o que foi aquela apoteose, o mais belo e merecido

florão que poderia receber de Maria em recompensa dos seus mara-

vilhosos esforços em prol da Igreja c da fé".

(1 )

Já na terça-feira, dia 18, os católicos começaram a espalhar pela cidade

um folheto, convidando o povo a se unir para perseguir os crentes. O tal folheto

cont inha :

"Contando que os ba t is ta s pre tendem repe t i r , hoje , na v ia públ ica ,

uma pregação que const i tu i uma a f ronta à nossa p iedade , aos nossos

99

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brios de povo civilizado, aos nossos mais caros afetos e sentimentos,

a f ronta que não puderam leva r a e fe i to , no domingo úl t imo, d iante

da energia de nossa atitude, convidamos a população católica desta

cidade para uma reunião hoje, às quatro e meia da tarde, na Praça

15 de Novembro, para nosso protesto.

Basta de provocações

Os ca tó l icos de Nova Fr iburgo" .

Os batistas voltaram a pregar na praça. A Constituição da época, a de

1891, no artigo 1?, parágrafo 3?, rezava que todos os indivíduos tinham o direito

de l ibe rdade de consc iênc ia . Es tavam, p or tanto , os ba t is ta s e scudados na Pa lavra

dc Deus e na Car ta Magna .

Os católicos ferrenhos não queriam nem sonhar que houvesse crentes em

Nova Friburgo. Desejavam, a todo custo, sufocar o avanço do evangelho. Daí

recorrerem ao expediente de "vaias, insultos, pedras, corridas deveras nesses

a t revidos in jur iadores do Bras il que os hospeda" , como p ubl icou o   Friburguense

de 26 de agosto 1908.

Joaquim Fernandes Lessa comenta :

"Os cabeças pr inc ipa is do movimento e ram, a lém do padre , o ve rda -

de i ro mentor , o prof . B i jú , do Colégio Anchie ta , e o sub-de legado

Barber.

"Os ânimos entre o povo se exasperavam, pois duas correntes se esta-

be lece ram na opinião públ ica . Eram os miss ionár ios D.F .Cros land

e A.B.Deter e suas famílias e também o evangelista Kléber Martins

os que tinham grande interesse em que a liberdade de consciência

e o respeito à Constituição Brasileira fossem garantidos. Seguindo

de Campos o Pr. J.Lessa, para auxiliar os irmãos em Friburgo, o

evangelista Kléber Martin s foi para Camp os, enqua nto estivesse ausente

o Pr. Lessa. Por uns 12 dias consecutivo s os batistas não c onseg uiram

rea l iza r confe rênc ias na praça . Ape la ram ao Pres idente do Estado,

ao Chefe de Pol íc ia , ao Minis t ro do Exte r ior com uma apresentação

do saudoso Dr . Ni lo Peçanha . Nada conseguiram porque todas a s

providênc ias que as d ignas autor idades tomavam e ram anuladas por

um certo deputado e chefe político em Friburgo que dizia não ser

prec iso mandar forças , porquanto tudo es tava em paz , e que os

batistas estavam pregando com toda a liberdade. Cada dia se espe-

rava a força na hora do trem. E era repugnante ver-se gente de gravata

levada de mis tura com a ga rotada em plena Estação da Leopoldina

daquela cidade, a darem vaias aos batistas, especialmente ao nosso

irmão Leonel Eyer, que sempre ia à chegada do trem. Eram gaitas,

e assobios que eles usavam. A fim de resolverem tal situação, foram

a Niterói os Revs. Crosland e Lessa e, falando ao Dr. Chefe de Polícia,

Dr. Veríssimo de Melo, este pediu que eles não se retirassem para

Friburgo sem que a força fosse.

"Efe t ivamente no d ia 31 de agosto embarcava pa ra F r iburgo, de

expresso, uma força de uns 50 soldados de infantaria e cavalaria .

Ao chegar o trem à estação, lá estava o irmão Leonel Eyer. Os garotos

de grava ta , vendo a força , gua rda ram, bem desapontados , os a sso-

100

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bios no bolso . Como De legado Espec ia l acompanhava a força o Dr .

Nascimento Silva, que tinha como escrivão o Sr. Manoel Gomes de

Oliveira c Souza. Combinada a reunião para as 4 horas da tarde desse

mesmo dia na praça pr inc ipa l , onde os ba t is ta s já t inham s ido pe r -

turbados pe lo Monsenhor Miranda e o professor P lác ido de Melo

(Bijú) , com a banda de latas vazias pelos garotos, repetimos: combi-

nada a hora, o Delegado Especial fez f ixar nas esquinas da praça

um edi ta l pro ib indo qua lquer pe r turbação à r eunião dos ba t is ta s .

"Quando se aproximava a hora , os in imigos mandaram para a r e fe -

r ida praça uma porção de e s tantes e outras coisas de uma banda

musica l , pa ra uma função na praça . Uma senhora de nac iona l idade

por tuguesa ve io ao de legado e pediu- lhe l icença pa ra a banda toca r

ali às 4 horas da tarde. Ato contínuo, ordenou ele que tudo aquilo

fosse r e t i r ado da praça porquanto ia se r o luga r ocupado pe los ba -

t i s ta s e que não pe rmit i r ia nenhuma pe r turbação. Dis t r ibuída a força

pelas esquinas da praça, foi realizada a conferência na melhor ordem,

fa lando o pas tor J .Lessa e o miss ionár io A.B .De te r .

"Foi uma vi tór ia comple ta . Es tava , pois , desmora l izado o mandar im

Miranda, que para honrar a sua palavra tinha que se retirar de

Friburgo. Mas, para que a cidade não perdesse tão ilustre f igura,

o sub-de legado Barbe r , segundo constou, a r ranjou uma grande reu-

nião de desabafo pa ra pedir ao monsenhor Miranda que não se r e t i -

rasse de Friburgo, dizendo que contra a força não há resistência.

Ass im aque le padre , que sempre teve F r iburgo como uma fazenda

sua, deixou-se f icar ali. O sub-delegado Barber fez tudo para que

os ba t is ta s fossem desa lo jado s daque la c idade se r rana . Inventou, por

meios capciosos, que os batistas eram contra os italianos, para que

a grande colônia desta nacionalidade ali existente tivesse a devida

reação. Na noite em que souberam os batistas que os italianos iam

atacá-los, se reuniram todos na casa de cultos, e pediram ao amigo

Dr. Raul de Oliveira, digno delegado da cidade, um soldado para

guarda r a casa durante a noi te . Enquanto os homens ve lavam, a s

senhoras e c r ianças foram guardadas no in te r ior da casa .

"Nesse mesmo dia , à me ia noi te , o sub-de legado passou com a sua

ordenanç a em f rente à casa de cul tos e pre tendeu des a rmar o so ldado

que no por tão guardava os ba t is ta s , a legando que o comandante da

força é que havia ordenado que e le ent regasse a a rma . O soldado

recusou e, por f im, disse que a entregaria se o comandante viesse

apanhá-la e o retirasse dali. Em vista de tal envergadura o Sr. Barber

disse: 'Deixa, vamo-nos embora ' .

"O plano e ra , segundo ouviu- se depois , que , desa rmado o soldado

que guardava os batistas, viessem os inimigos a atacá-los. Soube-se

no dia seguinte a esse atentado que, numa venda de um amigo, em

frente à casa de cul tos , e s tavam 20 homens , gua rdados e prontos

para, ao primeiro gesto, saírem ao socorro dos batistas. Igualmente,

na Loja Maçônica , que e ra junto à casa de oração, havia também

um grande grupo a f avor dos ba t is ta s . Todo o a rdor do in imigo

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terminou com a estrondosa vitória da reunião em praça pública garan-

tida pela polícia".

<2)

O Dr. Carlos de I .aet, católico até à medula e muito intolerante, era reco-

nhecido como um intelectual de proa. Manteve polêmica com o pastor pres-

biteriano Álvaro Reis.

No episódio sobre as perseguições aos batistas em Nova Friburgo, ele não

se conteve, e , escrevendo para o   O Jornal do Brasil  de 6 de setembro de 1908,

que era carolíssimo, disse o seguinte:

"Em Friburgo, então, já se elevaram os fatos à categoria de uma

guerra religiosa. Imaginações ardentes f iguram na aprazível cidade

se r rana , dois pa r t idos a rmados , f e roc íss imos , c f e r indo pugnas mor -

tíferas. Ainda bem que nisto nada mais há que o nervosismo de

alguns cérebros enfermiços Reduzin do às suas verdadeiras proporções,

o inc idente em Fr iburgo não passa de minúscula agi tação hábi lmente

provocada pelos batistas da localidade.

"A chamada igreja batista ali goza da mais ampla liberdade de culto

e propaganda . . . Ul t imamente , porém, organiza ram aque les protes-

tantes uma série de prédicas ao ar livre, levando para as ruas e praças

um harmônio ou realejo, o que não deixava de ser original.

' 'Em seus discursos o pastor protestante invectivava o clero católico,

chegando ao ext remo de mostra r à mul t idão um f ragmento de pano

e exc lamar em assomo de pa t r io tagem: 'E is o pedaço de bande ira

espedaçada no Rio pelo vigário católico ' . Ridículo expediente para

açular injustas paixões, e que só por si dá a medida dos sentimentos

evangélicos de quem a isso recorreu.

"A reação, como era natural, não tardou a manifestar-se, e , em torno

do pároco de Friburgo, que é um ilustrado e vir tuoso sacerdote,

reuniram-se os católicos, e a efervescência foi crescendo quando se

propa la ram os in tu i tos dos ba t is ta s , cu jas prédicas se i r iam e fe tu ando

em lugares cada vez mais próximos da igreja matriz . Daí protestos

estrepitosos, e aclamações ao pároco e aos oradores católicos.

"A pol íc ia f r iburguense cor re tamente se l imi tou a impedir qua lquer

violência a pessoas ou coisas, mas não sorria isso aos provocadores

que , dando-se como ameaçados , obt ive ram a in te rvenção de outras

mais a l ta s autor idades pol ic ia is e um apara toso re forço de t ropas .

"Eu não quero aqui d iscut i r o que contra o bom senso e a impar -

c ia l idade ha ja nessa proteção of ic ia l d ispensada a uma propaganda

impor tuna e provocante . Os poderes públ icos , nes ta s ingula r demo-

cracia, têm dois pesos e duas medidas, conforme lhes dá na gana.

Quando operários, aqui do Rio de Janeiro, querem em local fechado,

em uma sala, discutir seus interesses, a polícia lho proíbe, com arre-

ganho autor i tá r io . Em Fr iburgo manda-se força numerosa pa ra

asegurar ao protestante o direito de heresia e do acinte à opinião

religiosa do povo.. ."

A M I S S Ã O C A M P I S T A A B R E T R A B A L H O E M M I N A S G E R A I S

A Igreja Batista de Pádua sempre teve grande ardor evangelístico. Como

o munic íp io de Pádua faz l imi te com o Estado de Minas Gera is , r e solve ram

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os irmãos daquela igreja estender seus trabalhos evangelisticos até aquela região

da Zona da Mata . Pedro Gomes e Emerenc iano Machado, ent re outros , foram

servos do Senhor que, como autênticos evangelistas, pregavam em fazendas

situadas no Estado de Minas, mas que se localizavam próximo ao seu município.

Era preciso ir mais longe, porém. O missionário Daniel Franck Crosland

que, em 1907, passou a residir cm Pádua, era muito zeloso no sentido de atrair

jovens para auxiliá- lo na obra de evangelização. Tendo ele verif icado que os

crentes de Pádua estava ansiosos para ampliar as tendas do evangelho naquela

região, providenciou para q ue fossem enviados vários evangelistas à região mineira

referida.

(1)

Outro obreiro que impulsionou o início da obra em Minas Gerais foi o

evangelista Antônio Rodrigues Maia que, mais tarde, vir ia a ser pastor . Deixando

o t r aba lho que rea l izava em Campos, onde e ra bom cooperador , fo i a juda r o

miss ionár io Cros land, em Pádua . Al i sent iu a grande necess idade de prega r o

evange lho  no  Es tado de Minas . Com  esse  pensamento em mente , t r ansfe r iu- se

para Santa Rita do Glória. Após ingentes esforços, conseguiu ver cinco pessoas

prontas p a ra o ba t ismo. Esse fo i minis t r ado pe lo miss ionár io D.F .Cros land, nas

águas do R io Caparaó.

Como o t r aba lho em Minas "ganhava ra ízes" , novos e sforços foram

ma nda dos p ara aque la região. Assim é que, em julho de 1909, o evangelista

Arquimedes de Roure se t r ansfe re de Macaé pa ra São Paulo dc Mur íaé .

Na terceira Assembléia da Associação Batista Fluminense sentiram os irmãos

que os l imite s da Missão Camp is ta dever iam ul t r apassa r o Es tado do R io , a lcan-

çando os Es tados de Minas Gera is e Espír i to Santo .

O jovem Pas tor Alf red o Re is vai aumenta r o grupo do s que es tavam coope-

rando na obra do Senhor naquela região. Ele aceitou o desafio e, com sua dedicada

esposa, D. Alice Reis, deixou a cidade de Pádua e foi residir em Santa Rita

do Glór ia , a l i pe rmanecendo por a lgum tempo.

Como incent ivadores do t r aba lho de evange l ização no Estado de Minas

Gerais, outros nomes devem ser mencionados, como os de Joaquim Alves Pinheiro,

Augusto Magro e Antônio Dias da Costa .

(2 )

Como resul tado dos e sforços empreendidos naque la r egião , organiza - se ,

no dia 29 de outubro de 1911, a Igreja Batista do Glória, contando no seu rol

71 membros . Foi convidado pa ra pas toreá - la o miss ioná r io C ros land, a té a orde -

nação e posse do evangelista Antônio Rodrigues Maia, ocorrida em 5 de setembro

de 1912.

Outros se rvos do Senhor dedica ram-se ao t r aba lho no Estado de Minas ,

cooperando mui to pa ra o desenvolvimento do evange lho a l i , contr ibuindo pa ra

a formação de outras igre ja s naque las p lagas .

Mais tarde, já com o missionário Harold Renfrow como secretário-executivo,

foi aberto um trabal ho em Estrela d'A va e Pirapitin ga.

J U N T A E S T A D U A L

Como o trabalho experimentava certo progresso, foi decidido que se criasse

uma junta que se r ia formada de obre i ros d ispos tos a da r boa pa rce la de seu

ta lento e cooperação no desenvolvimento da causa do Senhor no campo

103

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f luminense. Essa decisão foi tom ada na Assemblé ia da Asso ciação B atista

Fluminense, reunida com a Igreja Batista do Bom Jardim, no dia 7 de janeiro

de 1911.

Com punh am a junt a pas tores e miss ionár ios . As reuniões se r ea l izavam

de três em três meses. O objetivo era ajudar as igrejas na solução dos problemas

que enf rentavam, sem com isso in te r fe r i r na sua autonomia . A junta não e ra

uma autoridade eclesiástica, mas um meio de prestar esclarecimento e ajuda geral.

"A jun ta sustenta o secretário estadual e paga as despesas de suas viagens,

f ac i l i tando também as igre ja s na con st rução de suas casas de cul tos ,

através de empréstimos. A ela está afeto o movimento dos relatórios de

es ta t í st ica do campo e a manutençã o do jorna l  O Escudeiro Batista".^

OS BATISTAS FLUMINENSES E SEUS JORNAIS

I. Os Precursores

São precursores todos os jorna is fundados na época da chamada  Missão

Campista.  Ei-Ios:  As Boas-Novas,  já referido em págin as anteriores;  Diário Evan-

gélico,  surgido com A.F .Campos, com a f ina l idade de de fender o seu reda tor ,

tendo s ido publ icados dezoi to núm eros desse jorna l ;  Brisas do Campo,  que surgiu

com o idea l ismo de Albe r to Lessa e Cr is t iano Apostó l ico . Aparece ram também

no cenár io ba t is ta f luminense :  O Evangelista, União Batista Fluminense e Evan-

gelista.

  Esses, porém, tiveram vida meteórica.

II. O Órgão Oficial da Convenção Batista Fluminense

Com a organização da Assoc iação Ba t is ta F luminense , n o d ia 3 de jane i ro

de 1907, em Aperibé, os batistas f luminenses sentiram que era necessário criar

um jorna l que pudesse a judá - los na d ivulgação de seus p lanos e no doutr ina -

inento em geral. Com essa f inalidade, foi cr iado o  O Escudeiro Batista,  no dia

1" de janeiro de 1909, com sede à Rua Saturnino Braga, 11, na cidade de Campos.

Como reda tores foram escolhidos o miss ionár io D.F .Cros land e o P r .   J.F.Lessa.

Na pr ime ira página do pr ime iro número do jorna l , os r eda tores apresen-

ta ram o mot ivo da c r iação do órgão:

"O que determinou a publicação deste nosso periódico não foi nenhum

esforço pa r t idá r io , ou qua lquer sent imento de oposição ao nosso ú t i l

e bem representado  Jornal Baptista,  ao qua l r e spe i tamos e apoiamos,

mas, sim, as necessidades urgentes que se apresentam em a nossa

Missão Campis ta , cu jo g lor ioso desenvolvimento requer ma is cuidado

na propaganda , e ma is ce r rado comba te na de fesa dos santos ens inos

da Palavra de Deus."

(1 )

O   O Escudeiro Batista  teve os seguintes redatores: J.F.Lessa, de parceria

com D.F' .Crosland; Alípio Dória; A.B.Christie , em parceria com J.F.Lessa; John

Mein e Lessa; A.B.Christie; L.M.Bratcher e Antônio Charles; Fidélis Morales

Bentancôr, W aldemar Zarro, Ebenéz er Soares Ferreira; lomae j San t'An na, Nilson

Dimárz io , Pedro Made ira , Ja i r Vargas , Óthon Ávi la do Amara l . Atua lmente

(1991), o  O Escudeiro Batista  é dir igid o pelo Pasto r Sócrates O.de Souza.

(2 )

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III .  Jornais Regionais  (de 1923 a 1930)

1.  O Boletim  — Órgão da Asso ciação Para iban a, cr iado em 1924, em

Valença. Redatoriava-o o Pr. Joaquim Rosa. Em 1928, já haviam sido publi-

cados 16 números .

2.   O Batista da Baixada  — Órg ão da região niteroiense, redatoria do po r

Juvenil F. Melo,

3.  Almenara  — Órg ão da região centro. Redatoriav a-o Erodice de Queiroz.

4.   O Regional  — Órgão da região macaense. Foi seu redator o Pr. José

Joaquim da Silveira.

5.  O Evangelista  — Dirigido pelo Pr. Fidélis Morales Bentan côr, era jornal

da Assoc iação Nor te -F luminense .

IV .  Jornais Regionais  (surgidos depois da década de 30)

1.  O Batista Macaense  — Dir ig ido pe lo P r . Edm und o Antunes da S i lva.

2.   O Batista Suburbano  — Fu nda do em 1955, teve com o redatores, em

épocas d i fe rentes , os seguintes i rmãos: João Danie l do Nasc imento , Apol iná r io

de Souza , Manoe l de Deus Nasc imento , Óthon Ávi la do Amara l , Jógl i Fe i toza .

3.   O Repórter  — Segundo órgão da Assoc iação Pa ra ibana , e ra d i r ig ido

pelo Pr. Assis Cabral.

4.   O Norte Batista  — Segundo jorna l da r egião nor te - f luminense , subs-

t i t u i n d o  O Evangelista.  Era r eda tor iado por Henr iq ue Que iroz Vie ira .

5.   O Destemido  — Órgão da região centro. Dirigiu-o o Pr. I tamar F. de

Souza. Ao que parece, substituiu o   O Batista Central,  órgão da Associação Centro,

de 1931 a 1939.

6.   Teresópolis Evangélico  — Criado em 1968, era dir igido pelo Pr. Assis

Cabra l .

7.   O Batista Merítiense  — Reda tor iado pe lo Dr . Gi lbe r to Garc ia .

8.  O Batista da Planície  — Órgão da Associação Batista da Planície. Dirigia-

-o o Pr. Ebenézer Soares Ferreira.

9.   O Batista Iguaçuano  — Fun dado em 1978, é o Órgão da Assoc iação

Ba t is ta Iguaçuana . Reda tor iou-o o Jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l .

10.   O Batista Sudestino  — Órgão da Assoc iação Ba t is ta do Sudes te

Fluminense, foi fundado em 1970. Era redatoriado pelos pastores Romildo Gomes

Ribeiro e Vanildo Cavalcanti.

11.  O Extremo-Norte Batista  — Órgão da Assoc iação do Extremo-Nor te

Fluminense. Foi seu redator o Pr. Josué Garcia Cerqueira.

12.   O Leste Fluminense  — Órgão da Assoc iação Les te F luminense .

V.  Jornais Dirigidos pela Mocidade

1.  Juventude  — Fun dad o por Juvenil Lessa, em 1921.

2.   O Arauto Fluminense  — Reda tor iado por He lena de Souza , Eli F ran-

cioni de Abreu, Ebenézer Soares Ferreira, Arides Martins da Rocha.

3.  O Herói  — Órgão da juventude suburbana . Dir ig i ram-no os jovens Hé lc io

Vieira e Abdiel Duarte.

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4.   Jornal Jovem  — É o atual jornal da JUBKRJ (em 1991). Criado em

1978, têm sido seus redatores: Ellen Márcia Berez, Luiz Roberto Silvado, Rogério

da Veiga, Nélio W ilson Lopes Sobral, George Barb osa, Gilson An tôn io de Paiva

Bifano, Josué Ebenézer de Souza Soares, Clemir Fernandes da Silva.

S U R G I M E N T O D O C A M P O B A T I S T A F L U M I N E N S E

Com o surgimento da pr ime ira igre ja em Campos e em munic íp ios v iz i -

nhos, foi cr iada a  Missão Campista,  que era or ientada por miss ionár ios

nor te -amer icanos . No pr inc íp io , ma is de 90% do sus tento do t r aba lho dependia

dos r ecursos que v inham de R ichmond.

Tendo o trabalho batista brasileiro se dividido em  Missão do Norte  e  Missão

do Sul,  a  Missão Campista  fo i t r ansf orma da em  Campo Batista Fluminense.

Isso ocorreu em 1918.

Exis t iam duas missões , no pr inc íp io do t r aba lho em nosso es tado: a

Campista  e a do Rio.  Esta, se com pun ha de nove igrejas localizadas desde M aricá

até Sapucaia, e , aquela, de 37 igrejas.

Os miss ionár ios A.B .Chr is t ie e O.P .Maddox, que representavam a   Missão

Campista  e a  Missão do Rio,  r e spec t ivamente , acha ram por bem unir a s duas

missões numa só a f im de que fosse c r iado o Campo Ba t is ta F luminense . Esse

desejo, que já vinha sendo alimentado há alguns anos, vir ia a tornar-se reali-

dade, em 1918, quando as seguintes igrejas pediram sua inclusão no Campo

Bat is ta F luminense :

Niterói,  organ izada em 18 de julh o de 1903, com 25 membro s;

Paraíba do Sul,  organ izada em 19 de jul ho dc 1895, com 21 membros ;

Sapucaia,  organ izada em 13 de març o de 1904, com 34 membro s;

Barão deAquino,  organiz ada em 18 de dezem bro de 1904, com 60 membros;

Valença,  organizada em 22 de dezembro de 1908, com 19 membros;

Aparecida,  organ izada em 23 de novem bro de 1910, com 38 membros;

Maricá,  organ izada em 19 de novembro de 1916, com 40 membro s;

Entre Rios,  organizada no dia 3 de outubro de 1915, com 38 membros;

Barra do Piraí,  organizada em 18 de fevereiro de 1917, com 32 membros.

Na época da fusão, o número de membros dessas igrejas já atingira 760.

O missionário A.B.Christie muito se rejubilou com o fato e escreveu, em

O Escudeiro Batista,  número de janeiro de 1918, o seguinte:

"A Assoc iação se rá composta de 44 igre ja s e o campo se rá todo o

Estado do Rio de Janeiro. Temos a oportunidade de desenvolver o

Estado do Rio c tomá-lo para Cristo se soubermos trabalhar em verda-

deira cooperação. Com essas igrejas vieram os zelosos e dedicados

pastores Manoel Avelino de Souza, com a igreja de Niterói; Floren-

tino R.da Silva, com a igreja de Valença; J.E.Mariano Pereira, com

as igrejas de Paraíba do Sul e Entre Rios; e Sebastião Faria de Souza

com as igre ja s de Sapuca ia , Aparec ida e Barão de Aquino. É com

prazer que recebemos estas igrejas e trabalhadores e esperamos ser

mutuamente auxi l iados na obra do Mestre . "

De modo que , por ocas ião da organização do   Campo Batista Fluminense,

as igrejas somavam 4.265 membros.

106

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O T R A B A L H O F E M I N I N O

As mulheres sempre ocuparam um lugar de destaque na obra do Mestre.

Basta lermos os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Cartas Paulinas para

nos certif icarmos dessa verdade. Através dos séculos tem sido assim, quer nos

trabalhos locais, quer na obra missionária nacional ou no estrangeiro.

Lottie Moon, a grande missionária à China, continua a ser uma inspiração.

No Brasil, entre centenas de mulheres, citamos Noêmi Campeio, a Heroína de

Craonópolis, cuja vida tem sido uma inspiração para muitas moças.

Na obra batista do Estado do Rio de Janeiro, não poderia ser diferente.

As senhoras dec id i ram coopera r , a rdorosamente , com a chamada Missão

Campis ta , v indo logo ao encontro da mesma .

"A pr ime ira Soc iedade Auxi l iadora de Senhoras na  Missão Campista

foi organizada pela igreja de Campos em 19 de agosto de 1896, e

reorganizada em 20 de julho de 1899, sendo presidente D. Emma

Ginsb urg, secretária , D. Balbin a Me ndo nça e tesoureira, D. Rosa

Assenço" .

(1 )

Depois da igreja de Campos, foi a vez da Igreja Batista de Macaé, que,

com entus ia smo, passou também a conta r com essa notáve l organização. Aos

poucos, as igrejas iam se conscientizando da necessidade de organizarem socie-

dades auxi l iadoras dc senhoras .

Quando já havia um bom número dessa organização nas igre ja s , r e solveu-

-se, então, cr iar um órgão que pudesse aglutinar todas as sociedades auxiliadoras

de senhoras. Com esse ideal em mira, reuniram-se as irmãs representantes de

várias igrejas e organizaram, no dia 25 de janeiro de 1913, no salão de cultos

da Igreja Batista de Nova Friburgo — que se reunia, temporariamente, no edif ício

d o

  Instituto Batista Fluminense

  — e organiza ram a

  União Geral de Senhoras.

A diretoria da recém-organizada entidade f icou assirn constituída: presi-

dente — Ernestina Rezende Retto; vice-presidente — Eugênia Teixeira; tesoureira

— Joaquina Alves Coelho; secretárias — Elizabeth Lessa e Francisca de Souza.

As Pioneiras

D. Alice Reis, que assistira à organização da União Geral de Senhoras,

em 1913, e participara, ativamente, dos seus trabalhos ao longo dos anos que

o Senhor lhe concedeu de vida, fez, há algum tempo atrás, um retrospecto da

obra r ea l izada pe las senhoras no campo ba t is ta f luminense . Destacamos aqui

aquelas irmãs que ela considerava como pioneiras nesse trabalho: Altina Rezende,

Ernestina Rezende Retto, Alvina Gomes de Oliveira, Alice Rosa, Rodolpiana

Ludolfo Reis, Lira Sales, Leonor Barros, Cora Barros, Laura Eyer, Isabel Avelar ,

Joaquina Almeida Coe lho, I sabe l Ave la r Guimarães .

(2 )

Presidentes da UFMBF

De 1913 até agora (1991), ocuparam a presidência da União Feminina Mis-

s ioná r ia Ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro ( ant iga União Gera l de Senhoras) ,

as seguintes irmãs: Ernestina Rezende Retto, Eva de Souza, Florentina R.Barre-

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to , S te la Borges de Araújo , Ruth Matheus , W a ldemira Mar t ins , Alz i ra P rucol l i ,

Jú l ia Codeço dos Santos , Mar ia Amál ia Carva lho de Souza , Na ir Araú jo Por te s ,

Elly Bess d'Alcântara, Denir Luz Fonseca, Marlene Baltazar Nóbrega Gomes,

Zeny Santos, Norma Lee Van Eyken, Erly B.Bastos, Carmem Lúcia de Aguiar

Cerqueira e Cosete Pevidor de Carvalho.

Algumas dessas irmãs foram presidente por mais de duas vezes, como é

o caso da professora Mar lene Ba l taza r Nóbrega Gomes, que ocupou o ca rgo

por quatro vezes.

Missionárias Prestam Grande Auxílio

ao Trabalho Feminino

D. Ana Chr is t ie , ou Mrs . Chr is tie , como tam bém e ra cham ada , fo i a lguém

que , com grande denodo, conseguiu , desde o in íc io do t r aba lho feminino, em

1913, formar a menta l idade das senhoras ba t is ta s f luminenses no sent ido de co-

opera rem com as convenções f luminense e bras i le i r a , em todos os seus empre -

endimentos . Mui to quer ida ent re a s senhoras , v is i tava , juntamente com o Dr .

Christie , seu esposo, as igrejas, associações, trabalhos especiais, por todo o Es-

tado do R ip . Grande fo i a sua pa r t ic ipação na obra das senhoras em nosso es-

tado.

Miss B lanche S impson fo i out ra i rmã mui to que r ida e a tuante no t r aba lho

feminino do campo ba t is ta f luminense . Executava com amor a sua função de

secretária-executiva e todo o trabalho que lhe estava afeto. Operosa, Miss Sim-

pson procurou da r ao t r aba lho das senhoras e s t ru tura adequada às c i r cuns tân-

c ias da época . Podemos a f i rmar que , juntamente com Mrs . Chr is t ie , Miss B lan-

che S impson fo i , a té o ano de 1950, a a lma do t r aba lho ba t is ta f eminino no

nosso es tado.

Com a v inda do Dr . John R if fey , como miss ionár io ao Estado do R io ,

sua esposa, a Profa. Esther Prudence Riffey, passou a ser a secretária-executiva

da UFMBERJ. D. Es the r e ra mui to c iosa de suas r e sponsabi l idades e procurou

melhora r , a inda ma is , o t r aba lho que já v inha sendo fe i to por suas antecessoras .

Sua a tuação fo i mui t í ss imo aprec iada pe las senhoras ba t is ta s f luminenses .

Novas Secretárias-Executivas

D. Luc inda Tavares , que e ra por tuguesa de nasc imento , mas que há anos

vivia no Brasil, exerceu, com muito amor, o cargo de secretária-executiva da

UFMBERJ. Seus t r aba lhos e ram preparados com esmero. Mui ta s apoteoses fo-

ram por e la e laboradas . Com sua ges tão teve in íc io uma nova d inâmica no t r a -

ba lho das senhoras do Estado do R io .

Em vir tude de sua vol ta a seu pa ís de or igem, Por tuga l , fo i subs t i tu ída

pela Profa. Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes, que exerceu o cargo de 1977

a 1978. A Profa. Marlene, com tato, operosidade e eficiência, colocou a secre-

ta r ia numa posição de des taque .

Ocuparam , em seguida , a sec re tar ia -execut iva da UFM BER J as professoras

Linéa Dias (que de ixou o ca rgo pa ra casa r - se com o ta lentoso jovem, Pas tor

Vítor Hugo Mendes de Sá) e Esther Godoy (que deixou o cargo para se entrega

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ao t r aba lho miss io nár io no nor te do pa ís ) . Embora e ssas duas ú l t imas sec re tá r ias

tenham t ido cur tos pe r íodos de a tuação, se e sforça ram para desempenhar , com

amor, a tarefa que lhes cabia.

Ocupa, atualmente (1991), õ cargo de secretária-executiva da União Femi-

nina Missionária Batista do Estado do Rio de Janeiro a Profa. Aildes Soares

Pereira, que vem realizando, a contento, o trabalho que lhe compete fazer .

Progresso no Trabalho da UFMBF

1. Divisão da UFMBERJ em regiões , f ac i l i tando a a tuação da sec re tá r ia -

executiva a quem não era possível dar assistência a todas as associações em que

se dividia o trabalho estadual. Em 1991, são contadas onze regiões, com uma

representante da UFMBERJ em cada uma , r epresentando tenta t iva de apo-

io tão necessário à aglutinação das forças esparsas.

2. Realização de dois acampamentos por ano: um para líderes de crianças

e ouro pa ra senhoras .

3. Grande ênfase à formação de líderes para as igrejas.

4. Realização de congressos de Mensageiras do Rei.

5. Realização, de dois em dois anos, de congressos para senhoras e moças.

6 . Comemoração do Jubi leu de Ouro da UFMBERJ, r ea l izada no Ginás io

Caio Martins, em Niterói, no dia 21 de maio de 1988, com a apresentação de

programa e apoteose que a todos causou impac to .

'7 . Cr iação do cora l da UFMBERJ, organizado pe la P rofa . Eunice S i lva ,

da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Pe t rópol is , sendo, depois , apr imorado pe la P rofa .

Adé l ia Darc í l ia Mar ins da S i lva , formad a em música sac ra pe lo Seminár io Teoló-

gico Batista do Sul do Brasil, e membro da Primeira Igreja Batista de Rio Bonito.

8 . Desper tamento de vocação miss ionár ia , a t r avés do t r aba lho das senho-

ras , como a tes tam Noêmia Barbosa e Mar ia He lena Leão Santos , que se torna -

ram miss ionár ia s após te rem se rvido como l íde res e s tadua is da UFMBERJ.

9. Surgimento de líderes pelo trabalho das senhoras. Elza Lessa Pinto,

sec re tá r ia -execut iva in te r ina e líde r no t r aba lho d a UFM BER J, a te s ta e ssa inf lu-

ênc ia . Além dessa , out ras i rmãs se des taca ram no t r aba lho feminino es tadua l :

Mar ia Fe rnandes M ore i ra , Nona Renf row, Adosina Borges , Ar t ie Bra tche r , He lga

Fanini ( r eda tora da  Página das Senhoras  em  O Escudeiro Batista),  Dorcas P inhe-

i ro de Souza , Mar ia V arol, Pea r l -W hi te Boecha t , Sol i ta Re t to Que iroz , N oêmia

Veiga, Arith Barreto Rocha, Julieta Sales, Jesuína Antunes, Loyde Zarro.

A O B R A E D U C A C I O N A L D O S B A T I S T A S F L U M I N E N S E S

Fundação do Inst ituto: Primeiro Período

Destacand o fa tores que inf luenc ia ram o c resc imento d a obra ba t is ta no ~

Estado do Rio de Janeiro, o Dr. José dos Reis Pereira, então diretor do   O Jornal

Batista,  dec la rou, r e fe r indo-se ao Colégio Ba t is ta F luminense : "U m seg undo

fator é a influência exercida pelo Colégio Batista de Campos, uma colméia de

grandes obre i ros e pas tores" .

Realmente, ao Colégio Batista Fluminense estava reservado dar uma grande

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parcela de contr ibuiç ão no progresso do reino de Deus no cam po fluminense.

A obra educacional já vinha sendo objeto de interesse e atuação dos batis-

tas em nosso campo.

(1 )

  Mesmo que l imi tadamente , já func ionavam, junto à s

casas de culto, em várias localidades do estado, o que era chamado   escolas

anexasS

2)

  F ica ram famosas a s  escolas anexas  de Aperibé, Monção (hoje, ltalva) ,

Sana , Cer ro F r io , Macaé , Murundu, Ernes to Machado, e tc . O grande ju iz , El ié -

zer Rosa, escreveu admirável página sobre a influência dessas escolas. Ele mesmo

fora aluno de uma delas — a de Macaé, onde seu pai, o pastor Joaquim Rosa,

era pastor .

Em 1909, os batistas f luminenses decidiram dar um passo agigantado no

te r reno da educação. Quer iam organiza r um colégio de ma ior por te . Uma

comissão, composta dos obre i ros Alf redo Re is , Joaquim Coe lho dos Santos ,

Leonel Eyer, A.B.Christie , Kléber Martins, Daniel Crosland, estudaram com

af inco o a ssunto . Tomados do idea l de te r, no ma is aprop r iado loca l , um colégio

batista , resolveram que o melhor seria abri- lo na cidade de Nova Friburgo.

No dia 11 de janeiro de 1910, era solenem ente ins talado , no cen tro da ci-

dade se r rana de Nova Fr iburgo, na P raça XV de N ovembro, hoje , P raça Ge túl io

Vargas, o Instituto Batista Fluminense, ocupando ali um espaçoso edif ício. Os

seus fundadores foram os miss ionár ios W .H.Ca nada e A.B .Chr is t ie .

Nota t r i s te , do in íc io dessa obra , fo i o ac idente sof r id o pe lo Dr . W .H.Ca-

nada . Ao abr i r uma ca ixa de made ira que cont inha ca r te i r a s v indas dos Estados

Unidos, para serem usadas no colégio, foi ferido por uma farpa no olho direito.

Como fosse grave o acidente e, no Brasil, não houvesse recursos necessários,

o miss ionár io prec isou v ia ja r à sua Pá t r ia , buscando t r a tamento adequado. Não

mais retornou ao Brasil, porém.

Com a matrícula de 17 de alunos, de ambos os sexos, teve início a insti-

tuição. E Joaquim Lessa quem escreve a respeito do colégio:

"Eram c inco os professores do colégio , no d ia da inauguração. O

progresso a lcançado pe lo colégio em Fr iburgo, sob a sábia d i reção

do Dr. Christie , foi de molde a impressionar, muito agradavelmente,

o público e provocar mais e mais as iras dos jesuítas, que não dormi-

tavam em seus p lanos maqu iavé l icos . Tudo e les f ize ram para n eutra l i -

za r os p lanos dos ba t is ta s com re fe rênc ia à cont inuação do Ins t i tu to

em Friburgo. Por f im, pretenderam alugar, por um preço elevado,

o prédio onde func ionava o e s tabe lec imento ba t is ta . Nada , porém,

conseguiram, pois o ins t i tu to func io nou no m esmo prédio a té 1913.

(3)

O Instituto Muda-se Para Campos com Novo Nome

O Colégio Ba t is ta F luminense , a té então Ins t i tu to Ba t is ta F luminense , pe r -

maneceu em Nova Fr iburgo a té junho de 1913, quando se ence r ra ram as aulas

do pe r íodo escola r . Não pôde cont inua r ma is a l i . O Pas tor Joaquim Lessa , que

t raba lhou no colégio , enquanto em Fr iburgo, na r ra , do seguinte modo, a sua

mudança pa ra a c idade de Campos:

"Os t r aba lhos da Assoc iação Ba t is ta em Fr iburgo provocaram a i r a

dos jesuítas locais, pelo que reiteraram as suas clandestinas maqui-

nações contra o colégio ali. Não foi, portanto, sem motivo que o

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miss ionár io A.B .Chr is t ie começou logo a providenc ia r a mudnça do

colégio para Campos. Mas, para realização de tal intento, ipunha-se

a necess idade da aquis ição de um edif íc io que bem compor tasse o

estabelecimento, e , ao mesmo tempo, servisse de padrão de honra

à causa batista do estado. Não era, pois, fácil o empreendimento,

pr inc ipa lmente , pe la f a l ta de numerá r ios — as igre ja s não podiam

assumir r e sponsabi l idades super iores à s suas forças e tão despropor -

c ionadas à sua capac idade . Mas a mudança e ra uma necess idade

inadiável e passos tinham que ser dados. Em fins de 1912, o missio-

ná r io Chr is t ie v is i tou Campos pa ra pesquisa r a poss ib i l idade de

mudança pa ra um lugar própr io . Passando e le pe la Rua da Const i -

tu ição , com o pas tor Lessa e o menino Danie l , f i lho do pas tor Al-

berto Lessa, viram um lindo palaccte. O menino disse, por gracejo:

'Dr. Chirstie , vamos comprar este palacete para o colégio? ' . O Dr.

Chr is t ie , t i r ando do bolso uma pequena moeda , r e spondeu: 'Eu dou

estes 20 réis '.

"De fa to , dentro de poucos meses , compra ram o d i to pa lace te Be l i -

zá r io , de propr iedade do Sr . Domingos Ba t is ta da Gama, da F i rma

Santos More i ra & Cia . , que o havia adquir ido , se não es tamos enga-

nados , de pa rentes do saudoso campis ta Dr . Ni lo Peçanha . A compra

foi f e i ta por pagamentos pe r iódicos , sendo que as duas pr ime iras

pres tações foram de c inco contos cada uma . Pa ra o pagamento to ta l ,

os ba t is ta s ent ra ram com 20 contos , tendo os i rmãos nor te -amer ica -

nos comple tado os 65 contos .

"Em maio daque le ano, o miss ionár io Chr is t ie seguiu com a famíl ia

pa ra os Es tados Unidos , em gozo de fé r ia s e também com o obje t ivo

de angar ia r ve rbas pa ra os ú l t imos compromissos com a re fe r ida

aquis ição . Grandes foram as lu ta s pa ra conseguir - se um emprés t imo

nas igre ja s pa ra o segundo pagamento de c indo contos , o que fo i

alcançado entre os irmãos e amigos e pelas igrejas, as quais, de boa

vontade , empres tavam pequenas quant ia s ou faz iam ofe r ta s .

"São d ignos de menção a lguns episódios que se passa ram na tenta -

tiva da compra do edif ício, para que se aprecie como o Senhor Deus

cumpre as promessas para com os seus servos. Para a compra do

referido prédio, a jurita americana tinha enviado dez mil dólares. Co-

mo a crise se acentuasse, e os irmãos f icassem desanimados, o dinhei-

ro fo i devolvido pa ra os Es tados Unidos . P a rec iam te rminados os p la -

nos dos batistas e inutilizados os esforços de alguns anos de trabalho.

Contudo, jamais deixaram de orar , apesar de visível desfalecimento.

Pouco tempo depois , d iv isa ram a lguns s ina is que os animaram e os

incitaram a seguir . Houve apelos, correspondências e telegramas, soli-

c i tando a r emessa do d inhe iro novamente . Os i rmãos amer icanos ,

sempre bondosos , nos a tenderam. Mal , porém, os dez mi l dóla res

chegaram ao R io , out ra vez a s coisas tomaram ta l caminho que os

batistas f luminenses resolveram desistir da compra e perder os dez

contos que já haviam dado.

"Nes se ín te r im , o S r . Doming os Ba t is ta da Gam a, a tend endo à c r ise,

resolveu fazer uma diferença dc dez contos no preço. Por sua vez,

111

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o câmbio baixou e os dez mil dólares renderam tr inta e nove contos

e duzentos mil réis. Foi assim salva a situação. E, como foi conso-

ladora e edi f icante a exper iênc ia Na mesma sa la em que  um inimigo

dos batistas dissera não ter a religião batista quem a representasse

e ser somente abraçada por viúvas pobres c por ignorantes, sim, nessa

mesa sala, pregava-se o evangelho cada dia, na abertura das aulas.

"No mês de agosto desse ano, o pas tor J .F .Lessa mudou-se de F r i -

burgo pa ra Campos, f azendo também t ranspor ta r pa ra a r e fe r ida

cidade todos os haveres do colégio, sendo tudo instalado à Rua da

Const i tu ição , ant igo n? 99.

"A abertura das aulas deu-se em 2 de fevereiro de 1914, com verda-

de i ro des lumbramento e sucesso" .

<4)

O pr ime iro pe r íodo do C olégio Ba t is ta F luminense va i da sua inauguração

até o f inal de 1913. Quatro anos, apenas. Um curto período, mas que deixou

bons f ru tos . Dos a lunos ma tr iculados desde 1911, t r ê s se torna ram pas tores . E

bon s líderes São eles: Sebasti ão Angélico de Sou za, Antô nio Cha rles e Nilo

Sales.

Segundo Período

O segundo período vai de 1914 a 1919. Durante esses anos, o colégio foi

dir igido por três pastores: J.F ' . Lessa, em 1914, enquanto o missionário Christie

estava nos Estados Unidos; A.B.Christie , de 1915 a 1916; John Mein, de 1917 a

1919.

Durante e sse pe r íodo, ent re os a lunos do Colégio Ba t is ta F luminense ,

e s tavam os seguinte jovens que , ma is ta rde , torna ram-se pas tores , a tuando no

campo f luminense : Antônio Armindo, Evódio Que iroz , F idé l is Mora les Bentan-

côr e Honór io de Souza .

Grande fo i a inf luênc ia do colégio na v ida e spi r i tua l de seus a lunos . Alu-

nos não c rentes foram levados a Cr is to durante o tempo em que f reqüentavam

os bancos escolares ali. Evódio Queiroz, acima citado, foi um desses alunos.

Recebeu grande influência cristã da professora Genoveva Vorheis que, domini-

calmente, levava os internos para a Primeira Igreja Batista de Campos, a f im

de assistirem à Escola Bíblica Dominical. Era seu costume, após as reuniões,

levar muitos dos alunos à sua casa, para um lanche. Ia , assim, cativando os

não c rentes . O pas tor Evódio fo i mui to inf luenc iado, tam bém, em sua conversão

e chamada pa ra o minis té r io , pe lo pas tor Erodice de Que iroz que , naque la épo-

ca, era seu colega no Colégio Batista Fluminense, e pelo pastor Manoel Avelino

de Souza .

Eis o te s temunho do pas tor Evódio Que iroz :

"Em 1917, ma tr icule i -me no Colégio Ba t is ta F luminense , na c idade

de Campo s. Tinh a os meus 14 anos de idade . Era d i re tor do Colégio

o saudoso missionário Dr. A.B.Christie . Pela primeira vez tive contato

com os crentes evangélicos batistas, por intermédio do colégio, tendo

sido evange l izado pe lo então es tudante e seminar is ta Erodice Fontes

de Queiroz. Lembro-me da visita que fez àquela cidade, e ao colégio,

o pas tor Dr . Manoe l Ave l ino de Souza , em campanha pa ra levanta r

112

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recursos para construção do templo na cidade de Niterói, ao mesmo

tempo que procedia a uma serie de conferências na igreja de Campos,

hoje Primeira Igreja daquela cidade. Fiquei impressionado com o

pregador. A sua pessoa simpática de mensageiro das boas-novas do

evange lho do nosso Senho Jesus Cr is to chamou-me a a tenção.

"Fui ba t izado na P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos, pe lo saudoso

missioná rio Dr.L.M.Bra tcher, contan do 19 anos de idade. Como semi-

na r is ta , r ecomend ado pe la junta , e coin ca r ta de apresentação daque-

la igreja, ingressei no colégio e seminário do Rio de Janeiro, freqüen-

tando a igreja do pastor Manoel Avelino de Souza, com os demais

seminar is ta s do campo f luminense : Erodice de Que iroz , Gê Sarden-

berg, Fidélis Morales Bentancôr, Ageu Neto, Antônio Zeferino e Sil-

va, Juvenil Fernades Lessa e Dionísio Loureiro." '

5

'

Terceiro Período

Podemos chamar de terceiro período o tempo que vai da metade de 1919

a 1925. L.M.Bratcher e Alfredo Reis foram os diretores do colégio. O primeiro,

de 1919 a 1923, e o segundo, de 1924 a 1925.

Este pe r íodo fo i mui to abençoado. O Dr . Bra tche r mostrou se r homem

de grande visão como diretor do colégio. Na sua gestão foi adquirida a chácara,

com um prédio de dois andares , onde se ins ta lou o in te rna to f eminino. Contava

o pastor Antônio Soares Ferreira, genitor do autor desta obra e aluno do Colégio

Ba t is ta F luminense nesse pe r íodo, que mui ta s noi te s foram passadas em o ração,

porque o Dr. Bratcher pedia aos alunos que insistissem com Deus para que Ele

lhes desse aquela propriedade, do lado direito do prédio dc aulas. E as orações

foram ouvidas .

Estudaram nesse período do Colégio Batista Fluminense os seguintes alunos

que, mais tarde, tornaram -se pastores: Joã o Barreto da Silva, W aldemar Z arro,

Vi ta l Cabra l , Antônio Soares Fe r re i r a , Antônio Berna rdes Júnior , José Abraão

do Nasc imento e Abe la r Suzano de S ique ira .

Quarto Período

Vai de 1925 a 1930 o tempo que pode ser chamado de quarto período na

história do Colégio Batista Fluminense. Foram seus diretores nessa época os

pastores: Alberto Portela, de parceria com o pastor Vitorino Moreira, de 1924

a 1926. P rocura ram dota r o e s tabe lec imento de bons professores , contra tando

a lguns que lec ionavam no famoso "Liceu de Humanidades de Campos" . Pas tor

Fidélis Morales Bentancôr, de 1928 a 1929. Procurou ele manter um alto padrão

moral e intelectual na instituição. (Foi nessa época que se converteu a professora

Evange l ina Guedes , que v i r ia a se r uma famosa educadora em Campos. ) Pas tor

Erodice Fontes de Queiroz, que assumiu a direção do estabelecimento durante

dois meses apenas, pois achava que sua principal função era a de pastor .

Durante esse período, estudaram no colégio os pastores: José Basílio de

Souza , Albe r to Araújo , Emanue l Fontes de Que iroz , João Te ixe i ra de Lima .

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Quinto Período

O quinto período vai de 1931 a 1936. Foram diretores do Colégio Batista

Fluminense, nesse tempo, os seguintes irmãos: Dr. F.F.Morgan, de 1931 a 1932

— uma grande a lma , grande amigo da moc idade , ao mesmo tempo que d i re tor

do colégio, pastor da Primeira Igreja Batista de Campos; missionário A.B.Chris-

tie , de parceria com o missionário J.E.Lingerfelt, de 1932 a meados de 1936.

Nesse período, passaram pelo colégio os seguintes pastores: Ageu Neto,

Dod anin Gonçalv es, W alvique Soares Henrique, Silas Silveira (primeiro b atista

a ser eleito deputado estadual) , Francisco Rosa, Raphael Zambrotti, Gutenberg

Faria Guedes, Rui Franco de Oliveira, Benedito Manhães:

Tes temunho do Pr . Raphae l Zambrot t i :

"Raphae l Zambrot t i chegou ao Colégio Ba t is ta F luminense a

7 de fevereiro de 1927, último ano da administração do pastor

Albe r to Por te la . Eram apenas 25 a lunos no in te rna to mascul ino . Ele

não estava familiarizado com o evangelho. Nunca havia assistido a

um culto. Era católico praticante. Seus pais planejavam interná-lo

em Leopoldina, Minas Gerais, num colégio de padres. Nas férias

daque le ano, porém , dois r apazes , que lá e s tudavam, apa rece ram em

Nat iv idade de Carangola , sua te r ra na ta l . Com o e ram fum antes , seus

pa is mudaram de opinião quanto à d isc ip l ina do re fe r ido educan-

dá r io e dec id i ram mandá- lo pa ra o Colégio Ba t is ta em Campos.

Houve sérios protestos de alguns familiares, mas seus pais não

cederam.

"Tudo pa receu in te i r amente e s t r anho ao rapaz inho que chegava do

interior . Seu primeiro interesse pelo evangelho deveu-se à atração que

sentiu pela beleza dos hinos que alguns rapazes cantavam em coro.

Pela primeira vez ouviu falar em candidatos ao ministério. Gostava

de ouvir as preleções de Joaquim Lessa, Orlando Alves, Alberto

Portela, Fidélis Morales e outros pastores que falavam nas assem-

bléias. Decidiu ler a Bíblia . Começou pelo Apocalipse. Nada enten-

dia, mas sentiu que sua vida religiosa não estava certa. Quando

visitou seus pais e lhes deu ciência disso, viu-se ameaçado de não

retornar ao Colégio Batista .

"Em 1929, devido à morte de seu pai, não pôde prosseguir nos

estudos. Com 16 anos foi declarado maior para cuidar de seus irmãos

menores .

"Conver teu- se no ano seguinte . Foi ba t izado em Nat iv idade de

Carangola , pe lo pas tor Erodice de Que iroz , em 31 dc dezembro de

1930.

"Em 1932, sentiu-se chamado para o ministério. Dr. A.B.Christie

abriu-lhe as portas do Colégio Batista , e , de novo, retornava à velha

casa. O rapazinho que de lá saíra, levando no coração a semente

que, no tempo próprio, ao germinar, pela graça de Deus ir ia deter-

minar os rumos de sua v ida ."

(6 )

114

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Sexto Período

Este é considerado o período mais longo da história do Colégio Batista

Fluminense. Durante esse período foi seu diretor o Pr. João Barreto da Silva.

Não foi diante do primeiro convite que o Pr. Barreto aceitou o desafio

de dir igir o Colégio Batista . Exercia ele muito bem o pastorado da Igreja Batista

de Pádua , quand o o miss ionár io Chr is t ie procurou-o , convidando-o pa ra a ssumir

a direção do colégio. Ele não aceitou. O Dr. Christie não demorou muito a

voltar a convidá-lo. De maneira insistente, disse ele ser o Pr. Barreto a solução

para os problemas em que se achava envolvido o colégio. Comentou, muito inci-

sivamente: "Barreto, ou você vai ser o diretor ou o colégio será vendido".

A maneira objetiva com que o Dr. Christie lhe falou chocou muito o Pr.

Barreto. Foi visitar o colégio. Entristeceu-o ver que a chácara, onde havia frutas

em quant idade , e ra mot ivo pa ra t r ansformar o colégio cm ve rdade ira"q ui tanda" .

As frutas eram retiradas dos pés e vendidas, em tabuleiros, expostos em frente

ao prédio pr inc ipa l .

A cena o comoveu. Doeu-lhe o coração. Pôs-se a orar . A decisão não

demorou a se r tomada . Embarcou pa ra Campos, com a e sposa , a professora

Florentina Rodrigues Barreto, ex-aluna do colégio, onde haviam sido contem-

porâneos e onde começaram o namoro.

Ao chegarem a Campos, com as duas f ilhas — Élcia e I lcéia, o casal teve

a sua primeira decepção: ninguém os esperava. Isso, porém, não fez arrefecer

o seu ânimo. Era homem de têmpera for te e começou a enf renta r a lu ta .

Viu que o colégio não poder ia cont inua r só com o cur so pr imár io . Esse

contava apenas com menos de cem alunos, além de ser terr ivelmente atacado

na imprensa secular , por um jornalista intolerante.

Começou a planejar a criação do curso ginasial. Era preciso, para que

esse curso pudesse funcionar, requerer a inspeção prévia. O Pr. Barreto não

descansou enquanto e ssa inspeção não fo i r equer ida .

Imbuído de e levado idea l , lançou mãos à obra , o que despe r tou em

inimigos da causa a inve ja , f azendo-os desfecharem contra o colégio cam panhas

negativas e perseguições.

O governo nomeara um técnico para fazer a inspeção do colégio, verif i-

cando se preenchia os requisitos exigidos pelo Ministério da Educação e Saúde

para a implantação do novo curso. No dia em que esperavam o inspetor oficial

para proceder à inspeção, para surpresa geral, verif icaram que as duas pilastras

do portão de frente do colégio estavam crivadas de cartazes berrantes, fazendo

acusações contra o colégio. Haviam eles sido colocados ali pelo Sr. Horácio

de Souza , um dos a r t iculadores do movimento nac iona l is ta que , descobr indo

a vinda do inspetor ao colégio, fora, bem cedo, fazer o seu movimento contra

a ins t i tu ição , pensando que ass im amendronta r ia o técnico .

Os e fe i tos do movimento foram outros , porém. Torna ram-se pos i t ivos os -

resultados da perseguição. O técnico, ao chegar ao portão do colégio e ler os

ca r tazes a l i a f ixados , ent rou s ubindo cor rendo a e scadar ia de mármo re e , encon-

t rando os d i re tores , os t r anqüi l iza : "Não se preocupem. Aqui lo que a f ixa ram

naquelas pilastras é uma propaganda a favor do colégio. Já vi que o colégio

obte rá sucesso quanto ao seu requer imento . . . " .

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Em fevereiro de 1937, dois meses, portanto, depois do requerimento, o

ministro assinava uma Portaria concedendo ao Colégio Batista Fluminense a

Inspeção Prévia. Apesar de toda a propaganda contra o colégio, feita por

inimigos da obra, naquele mesmo mês, 35 alunos f izeram exame de admissão

para o curso ginasiaL Era o alcance da vitória . Contentes com essa grande

bênção, os d i re tores do colégio publ ica ram uma repor tagem n '   O Escudeiro

Batista,  narr and o a vitória alcança da, o que veio aum enta r ainda mais a ira

daqueles que já eram inimigos do colégio.

A carta que agora transcrevemos, mostra como o inimigo atacava:

"Campos, 23 de abr i l dc 1937.

limo. Sr. João Barreto da Silva,

Colégio Batista .

PAX. Um duplo acaso pe rmit iu-me receber de Murundu, eapeando

um embrulho, pa r te do jorna lz inho 'O Escude iro Ba t is ta ' , cu ja edição

não pude consta ta r , no qua l V.Sa . publ icou um re tumbante a r t igo

de loas ao Colégio Batista , onde V.Sa., com os norte-americanos,

e s tão inf ru t i f e ramente tentando sus tê - lo .

"Nada teria eu que repisar do vosso artigo-reclame, se não fosse

aquele tópico que remata a descrição com que V.Sa. fez do interes-

sante exame-de-admissão pres id ido pe lo inspe tor e ' t r aba lhad o ' pe los

senhores desconhec idos 'professores ' ba t is ta s adrede prepa rados . . .

"O tópico é o seguinte : 'Ma is uma vez F ICOU DE PÉ o conce i to

que goza ( "somente ent re ba t is ta s" ) o e s tabe lec imento na obra de

E D U C A Ç Ã O N A C I O N A L ( " e m p r o l d a e d u c a ç ã o d a m o c i d a d e

BRASILEIRA") conc lui o Bentancôr Mora les . '

"Vê-se bem que naque las l inhas t r açadas por V.Sa . e s tá o pensa -

mento do Sr . Chr is t ie , nor te -amercano como o S r . Linger fe l t , pa ra

a rmar o e fe i to , não em Campos, c idade onde todas a s f amíl ia s

dis t in ta s e in te l igentes EVITA M o ta l 'CO LÉ GIO AM ER ICA NO

BATISTA', mas sim no meio dos roceiros dos nossos distr itos, onde

somente circula tal jornal. Sendo eu um dos brasileiros que combate

pe lo jorna l e pe lo l ivro o suspe i to ENSINO DE ESTRANGEIROS

sustentados pelos dólares da Junta de Richmond, que, ainda em 1935,

remeteu de uma só vez 69:887$600 conforme declaração d'   Escudeiro,

venho declarar a V.Sa. que estou ao seu inteiro dispor para ventilar-

mos o caso pela imprensa, onde V.Sa. poderá valer-se da  Folha do

Comércio...

"Aguardando a vossa pr ime ira a r remet ida , subsc revo-me com a ten-

ciosa consideração.

Ot to . Obrgo.

Horác io de Souza — Av. XV de Novembro, 938."

(7)

Outras cartas e artigos desse teor se acham em nosso poder e mostram

como o jornalista Horácio de Souza lutava para destruir o colégio. Felizmente,

ele não alcançou o seu intento. O colégio cresceu, chegando a ter mais de dois

mil alunos. Em 1938, por ocasião de um comício na Praça São Salvador, em

Campos, no momento em que d iscur sava o e s tudante Ce lso Peçanha , que v i r ia

a ser , mais tarde, o Governador do Estado do Rio, ele , o Sr. Horácio de Souza,

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fo i mor to por uma ba ia que surgiu de um t i ro te io ocas ionado por comunis ta s .

Por ironia da história , ocorreu que, tempos depois, quando era diretor do Colégio

Batista Fluminense o Pr. Ebenézer Soares Ferreira, ali esteve estudando uma

neta do Sr. Horácio de Souza, •

Pastor Barreto — Homem de Larga Visão

Como dire tor do Colégio Ba t is ta F luminense , v is i tando igre ja s , f a lando

em associações e convenções, o Pastor João Barreto da Silva procurava promover

a obra educac iona l no campo f luminense , ao mesmo tempo em que , em suas

mensagens , procurava despe r ta r jovens vocac ionados , tanto pa ra o minis té r io ,

quanto pa ra o magis té r io .

Mui tos moços chegaram ao colégio desprovidos de qua lquer r ecurso e

encontravam no pas tor Bar re to o amparo de que necess itavam. Num m oço po bre ,

num "capiau' , e le via o valor que ninguém conseguia ver . Vai daí que muitos

dos a lunos que passa ram pe lo Colégio Ba t is ta F luminense e s ta r iam hoje na

obscur idade , não fora a a juda que receberam daque le educador . Ao le rem es ta s

páginas , mui tos e s ta rão concordando com o autor , quando a f i rma que o P r .

Barreto era um grande descobridor de vocações e talentos, e o Colégio Batista

F luminense um grande Iapidador de d iamantes .

Cremos que não há no Bras i l um colégio que ma is tenha contr ibuído pa ra

a denominação, no prepa ro de pas tores , e sposas de pas tores e professores do

que o Colégio Batista Fluminense. A seguir , citamos os nomes de pastores que

es tudaram no Colégio Ba t is ta de Campos, n a ges tão do Pr. Bar re to : Jáde r Mala -

faía, Otávio Felipe Rosa, José F.Murta, Elias Gomes Vidal, Erodice Gonçalves

Ribe i ro , Aylpton de Jesus Gonça lves , João Ant ôn io Am or im, W a ldi r Rocha ,

Franc isco Mancebo Re is , Osva ldo Mancebo Re is , Oc tac iano Lourenço Gomes,

Valter Velasco, José Pinto, Argênio Eugênio Gonçalves, Clério Boechat, Antônio

Moreira Portes, João Portes, Eimaldo Alves Vieira, Isaías Moreira de Frias,

Osva ldo Gomes Bar re to , Edinéze r Fa r ia , João José Soares F i lho , Eduardo Fran-

cisco Filho, José Pereira da Silva, Jorge Francisco Dias, Augusto Soares Gui-

marães, Filenilo Vicente Neves, Elmar Camilo dos Santos, Aurecil Santos, Alceir

Faria Pereira, Carlos Oliveira Varela, Teobaldo Silva Fraga, Antônio Borba,

Manoel Bento da Silva, Roberto Oliveira, Ismail de Oliveira Rodrigues, Isaías

de Castro, Diocesir Alberto, Jaci de Matos Tostes, Valdir Lopes, Saulo Luiz,

Durval Borges, Oséias Alves Batista , José Maria Tougeiro, Antônio Assis

Carvalho, Geneci Farizel, Geraldo Braz Laiassa, Eli Xavier de Pina, M oisés C unh a,

José Júnior dos Santos, Lélio Barros, Jadir Félix, Osvaldo Soares dos Santos,

Emil iano Boecha t , Gera ldo Gomes, Jabnie l S i lva , Al tani r Alves de F re i ta s ,

Alcides Velasco, Aderbal Barreto da Silva, Aloísio Barreto da Silva, Samuel de

Sou za Leite , W altir Pereira da Silva, Jefté Vicente Figueiredo, Hélio Rangel,

El iéze r Ba t is ta Araújo , C iro de Souza , Al len de Almeida , Jurandir Gonça lves

Rocha, Hélcio da Silva Lessa, Gentil Teixeira, Carlos Márcio Portela, Paulo

Maf r a , José Ânge lo , W ander ley Pacheco Bar reto , Eli Lace rda , João Nazareno

Lemos, Rubem Coelho dos Santos, Ebenézer Soares Ferreira, Joélcio Rodrigues

Bar re to , Rena to Zambrot t i , I sae l Peçanha de Souza .

Além desses, podemos citar os seguintes pastores de outras denominações:

F ranc isco Cardoso, Joadir P i re s , Ar i Barbosa Mar t ins , C láudio W agner, Élbem

7

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.M. César, Éber M. César, Clcbem M. César, Clcos M. César (presbiterianos);

Enilar Tinoco Botelho (adventista) .

Contribuição do Colégio Para o Preparo de Futuras Esposas de Pastores

Muitas a lunas do Colégio Ba t is ta F luminense torna ram-se e sposas de

pastores. Grande foi a influência recebida ali, durante os anos de estudo, na

vida espir itual de cada uma delas.

Não poderem os d ize r o ano exa to em que todas e s tuda ram. Mas de mui ta s

podemos c i ta r a época , pe lo menos . Ass im é que podemos começar com a i rmã

Talita Portela, esposa do pastor Alberto Portela, que estudou em nosso colégio,

em 1914, na gestão do Dr. A.B.Christie .

Pa ra evi ta r r epe t ição das pa lavras "casada" e "pas tor" , da remos ent re

pa rêntes is o nome do esposo de cada i rmã .

Na gestão do Dr. Bratcher e do Pr. Alfredo Reis,

  estudaram as seguintes

irmãs: Florentin a R. Barreto (João Barreto da Silva) , Loyde R. Zarro (W aldcmar

Zarro), Solita R. Queiroz (Evódio Queiroz), Eponina Peçanha (Benedito Peçanha),

Dejanira Barbosa (Achilles Barbosa).

Na gestão do Dr. Christie,  estudaram as seguintes irmãs: Stela Borges Araújo

(Alberto Ara újo), Célia Reis Soares (Osmar Soares) , Lígia de Souza M ota (W aldo-

miro Mota ) , Eunice S i lve i ra Monte i ro (Benjamim Monte i ro) .

Na gestão do Pr. Barreto,   e s tuda ram as seguintes i rmãs: Dorcas P inhe iro

(Israel Pinheiro), Pearl-W hite Boechat (Clério Boechat) , Ruth Faria Rosa (An tôn io

Rosa), Anita Soares Bertrand (Haroldo Bertrand), Lourdes Santos Soares (Osvaldo

Soares Santos) , I r ene Guimarães (Augusto Soares Guimarães) , Edna Machare t

(Ari Macharet) , Idalina Evangelista (Edgar Evangelista) , Denir Luz Fonseca

(Samuel Leite Fonseca), Elda Gomes Zambrotti (Renato Zambrotti) , Elma Gomes

Barreto (Joélcio R. Barreto) , Abigail Faria Moreira (Jessé Moreira) , Jandira Fortes

Lamóglia (Álvaro Lamóglia) , Esmeralda Camargo (Nery Camargo), ír is de Souza

Ara újo (El iéze r Araújo ) , I rene de Souza D omingues (Hi la r ino Do mingues) , Ana-

-Held Gouveia Gonçalves (Argênio Conçalves) , Neusa Vieira de Castro (Isaías

de Castro) , Jonila Crispim Pereira (Alceir Faria Pereira) , Eth F. Borges da Luz

(Jonas Borges da Luz), Esther Ferreira Purens (Teófilo Purens) , Flor-de-Liz Go mes

(Otaciano Gomes), Odete Lessa (Hélcio da Silva Lessa) , Nair Portes (Antônio

Portes) , Janete Barreto (Osvaldo Barreto) , Aída Gouveia Bastos (Francisco

Cerqueira Bastos) , Ana Maria Paes Louzada (Adiei Louzada), Telma Fiaux Rodri-

gues (Ismail Oliveira Rodrigues) , Creuza Rangel de Souza (W illiam de Souza),

Nalva Gonçalves Rocha (Jurandir Rocha), Egmar Fernandes Santos (José Júnior) ,

Mar ia An tônia N asc imento D ias (Jorge F ranc isco Dias) , Nessy P imente l Mendes

(Estêvão Mendes), Eth Sarlo Dutra (Gélson Dutra) , Irene Porto (Antônio F.

Por to) , Mír iam Maf ra (Paulo Maf ra ) , Mar ia da Penha P . Marques (Al t ino

Marques) , C lé l ia Contage P into (Dá lson T. P in to) , Geni Soares Amor im ( João

Antônio Amorim), Anterina de Souza (Sebastião de Souza), Lecy Barros Silva

(W altir Pereira da Silva) , Elza Lessa Oliveira (Ageu Pi nto de Oliveira) , Leny

Azevedo Gonçaves (Aylpton de Jesus Gonçalves) , Hilda Francisco (Eduardo Fran-

cisco Filho), Ruth M anhã es Alves (Eim aldo Alves) , Leiva Soares Silva (Gil Silva),

Dilma A raújo O liveira (Jorge Oliveira) , Nilce Macedo Ribeiro (Erodice G. Ribeiro) ,

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Laudelina Neves (Filenilo Vicente Neves) , Cely Lontra Faria (Gentil de Castro

Faria) , Telma Farizel da Silva (Gumercindo Cesário da Silva) , Judith Soares (João

Soares Filho), Maria Amália de Souza (Samuel de Souza), Mary Lúcia F. Luiz.

(Saulo Luiz) , Maria Dalva Bastos F raga (Teobaldo Fraga)," Élcia Barreto Soares

(Ebenézer Soares Ferreira) , Marília Rangel (Hélio Rangel) , Jacy Carvalho Souza

(W ashington Antenor de Souza) ; Mar ia Mada lena N. Lopes ( José Lopes), M ar ta

Jales Menezes (Gelson Lopes de Menezes) , Maria Madalena Portes (João Portes) ,

Maria da Conceição C.F.da Silva (José Silva) , Heloísa Helena Pimentel (Belardim

Pimentel) , Etelvina Borges (Durval Borges) , Luciana Mancebo Manhães (Bene-

dito Manhães) , Maria José G. Pires (Isidoro Pires) .

Além destas, que se casaram com pastores batistas, podemos apresentar

nomes de outras irmãs que foram alunas do Colégio Batista Fluminense e que

casa ram com pas tores de outras denominações : Ol ív ia Corde i ro (F ranc isco

Cordeiro, pastor presbiteriano), Olinda Borges Santos (Teodoro dos Santos, pastor

congregacional) , Dulce Barcelos Martins (Ary Barbosa Martins, pastor presbi-

te r iano) .

O Progresso do Colégio

O professor João Bar re to , como e ra ma is conhec ido em Campos, conse -

guiu dotar o colégio de recursos tais que o tornaram um dos maiores e melhores

do norte f luminense. Na sua gestão foi cr iado o curso ginasial noturno, e , mais

tarde, o científico, diurno e notu rno. Depois, vieram a Escola Técnica de Comércio

e o Curso Normal .

O colégio fo i p ione i ro na c r iação do cur so noturno em todo o nor te

f luminense . Foi mui to c r i t icado quando c r iou o cur so normal noturno. Houve

uma professora do Liceu de Humanidades de Campos, out ro colégio na c idade ,

que esc reveu vá r ios a r t igos , comba tendo o Colégio Ba t is ta F luminense porque

criara o referido curso. A melhor resposta foi dada, após quatro anos de exis-

tênc ia do cur so normal noturno, pois no concurso pa ra ingresso ao magis té r io

do es tado, a pr ime ira a luna colocada fo i do cur so noturno do Colégio Ba t is ta

F luminense .

Mas a grande ob ra de ixada pe lo pas tor Bar re to fo i a cons t rução do edi f íc io

de quatro pavimentos com frente para a Rua Dr. Alberto Torres. É, realmente,

uma obra imponente e que cus tou mui to sac r i f íc io . O edif íc io fo i inaugurado

com a presença do Governador Celso Peçanha, ex-aluno da casa, que, enalte-

cendo a obra da ent idade , dec la rou:

"N ão sei se poderei vos falar nesse mom ento q uan do ele é todo emoç ão

para mim porque revive fatos de minha vida, de dias idos e vividos,

aqueles que alicerçaram toda a minha vida espir itual, aqueles dias

que me prepa ra ram para os d ia s de hoje . E a pa r desses acontec ia

mentos que são revividos, há também a considerar que o ex-aluno

desta casa, casa tão querida e amiga, que, à sua sombra viveu oito

anos , vol ta hoje aqui pa ra inaugura r um magníf ico , um esplêndido

prédio onde se abr iga rão as ge rações porvindouras . Tudo fa re i por

dizer da imensa alegria que o Governador do Estado tem em pisar

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este solo e reencontrar esta boa gente, em reviver aqueles dias tão

agradáveis dc sua vida. Há como se fora uma visão caleidoscópica

a desfilar quadros, paisagens que não se perderam, que, se vivem

à distância do tempo, perduram para se f ixar no coração, no senti-

mento . E já um grande pensador a f i rmava que a amizade que se

conqu ista entre os 15 e 16 ano s é a que mais f ica, é a que mais perdu ra.

E depois que eu saí desta casa, ela f icou em mim para viver nos meus

sent imentos pa ra que os ens inamentos que eu aqui r ecebi cons t i tu-

íssem base de minha formação moral e política para que eles

es t ru turassem toda a minha ca r re i r a , e f icassem presos a mim, como

se ent ranhados e s t ivessem no meu se r e pronunc iando toda a minha

projeção pol í t ica a t r avés dos ens inamentos que eu aqui colh i . S im,

uma casa que f icou no meu coração. Não há período, não há passagem,

não há d ia sequer que eu possa e squece r do Colégio Ba t is ta

F l u m i n e n s e . " '

8

'

Sétimo Período

O sétimo período do Colégio Batista Fluminense vai de julho de 1963 a

dezembro de 1984.

Subst i tu indo o P r . Bar re to , que fa lece ra em ac idente automobi l í s t ico no

dia 09 de julho de 1963, assumiu a direção do colégio o Pr. Raphael Zambrotti,

que permaneceu até dezembro daquele ano. Foi substituído pelo Pr. Fidélis Morales

Bentancôr , que d i r ig iu o colégio daque la da ta a té meados de agosto do ano

seguinte , quando renunc iou ao ca rgo. O então pres idente da Junta de Educação,

Pr. Samuel de Souza, assumiu, por quatro dias, a direção, até a posse do Pr.

Ebenézer Soares Ferreira, que ocorreu no dia 24 de agosto de 1964.

Em vir tude do pouco tempo que passa ram na d i reção da ins t i tu ição , os

pas tores Raphae l Zambrot t i e F idé l is Mora les Bentancôr não puderam rea l iza r

obra de vul to . Dedica ram-se , porém, à sua ta re fa , dando o me lhor de s i no cur to

pe r íodo de sua d i reção.

O Pr. Ebenézer Soares Ferreira dir igiu o Colégio Batista Fluminense durante

vinte anos e quatro meses, deixando-o para ocupar o cargo de Reitor do Semi-

nário Teológico Batista do Sul do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, para

o que fora convidado pe la Junta Adminis t r a t iva daque la ins t i tu ição de ens ino

teológico . Durante sua ges tão no Colégio Ba t is ta , em Campos, r ea l izou, ent re

outras, as seguintes obras:

1. Equipou a parte térrea do novo edif ício do colégio, onde estão locali-

zados a secretaria , a tesouraria, o gabinete da orientadora educacional, a sala

dos professores e o gabinete do diretor .

2. Construiu o ginásio coberto que serve para atividades de educação f ísica

e para a realização de assembléias, conferências, convenções e reuniões de massa.

O ginás io f icou conhec ido como o "Ba t is tão" , quando a l i se r ea l izou a Assem-

bléia da Convenção Batista Brasileira, em 1971.

3 . Const ru iu o prédio de aulas do Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense ,

apresentando esse prédio base pa ra cons t rução de outros pavimentos .

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4. Adquiriu uma casa na Rua Gil de Góis, n? 262, em Campos, que fora

sede da Soc iedade Pa t r imonia l de Campos, e que é , hoje , a sede da " repú bl ica"

que hospeda moças que es tudam no Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense .

5. Adquiriu um sítio, de quase três alqueires, em Morro do Coco, para

futuras ins ta lações de um acampamento .

6 . Equipou o labora tór io p a ra a c r iação do Curso Técnico em Labora tór io ,

investind o boa quan tia em 11 microscó pios, estu fa e outro s aparelhos necessá-

r ios ao func ionamento de um labora tór io .

7 . Const ru iu e equipou um "play-ground" , pa ra a tender à s c r ianças .

8. Equipou a biblioteca e a secretaria com dezenas de arquivos e estantes

de aço.

9 . Cr iou o chamado quar to ano normal .

10 . Implantou o cur so de Educação F ís ica .

Na gestão do Pr. Ebenézer Soares Ferreira, pode-se salientar o interesse

direcionado p ara a evangelização de professores e funcio nários não crentes. Alguns

de les se conver te ram. Mui tos a lunos , pr inc ipa lmente in te rnos , ouvindo o evan-

gelho e recebendo a influência do colégio, aceitaram a Cristo como Salvador.

A distr ibuição de Bíblias era uma constante entre alunos, professores e funcio-

nários. Tanto assim que, em certo ano, foram entregues no colégio mais de mil

Bíblias.

Após ter f icado vinte anos e quatro meses na direção do Colégio Batista ,

o Pr. Ebenézer Soares Ferreira foi sucedido pelo Pr. Joélcio R. Barreto, que

só f icou um semestre na direção do mesmo, crendo que devia se entregar mais

ao minis té r io pas tora l .

O Pr. Alceir Faria Pereira, que era então o tesoureiro, foi eleito diretor

da ins t i tu ição , função que vem ocupando desde o segundo semestre de 1985.

Tem desenvolvido uma grand e obra . O colégio cresce a cada ano, d emons trando

assim seu tirocínio.

É com grande honra que citamos, nesta página, nomes de alguns dos grandes

professores do Colégio Batista Fluminense, com as disciplinas que cada um minis-

t r ava : J .Ul isses de Moraes (Por tuguês) , An tônio Char le s (Por tuguês) , W adi th

Gazen (F rancês) , Benjamim L.A.Césa r (Por tuguês e Geogra f ia ) , Elv i ra Césa r

(Matemát ica ) , Lic ín io dos Re is (La t im) , Cé l ia Drum ond (Geogra f ia ) , Evange l ina

Guedes (Ciências) , Joadélio Codeço (Matemática) , Judith Gomes Brasileiro

(Francês) , Manoe l Gonça lves (Matemát ica ) , Antônio Nunes (Por tuguês) , José

Luiz Glória (Português) , Leontina Berenger Viana (Matemática) , Celita Barcelos

Rosa (Curso de Admissão) .

Dois ilustres funcionários não podem ser esquecidos. Trabalharam por mais

de 30 anos: Aristóbolo C, Ferreira da Silva e Loyd Barreto da Silva.

Casa do Estudante Batista

Uma das grandes r ea l izações da Junta de Educação fo i a inauguração da

Casa do Estudante Batista , em Niterói, à Rua Andrade Neves, 261. Isso se deu

no dia 4 de agosto de 1962.

O diretor da Casa do Estudante Batista foi o Pastor Paulo Sias que, junta-

mente com sua devotada esposa, D. Maria Francisca Sias, se entregaram à obra

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dc ajudar estudantes que vinham do interior para estudar em Niterói e no Rio

de Janeiro. O Pastor Paulo e sua esposa haviam sido missionários da Junta de

Missões Nacionais, durante alguns anos.

Depois de prestar grandes serviços cooperativos com a obra de educação,

a Casa do Estudante Ba t is ta teve seu t r aba lho descont inuado. Achou a Junta

de Educação que e ra prudente suspender a s a t iv idades daque la ent idade .

I N T E G R A Ç Ã O D E I G R E J A S D I S S I D E N T E S

Nos dias 08 de dezembro de 1909 e 24 de outubro de 1910, foram orga-

nizadas, respectivamente, a Igreja Batista de Canudos, com oito membros, e

a Igre ja Ba t is ta de Imburo, com 53 membros . Ambas s i tuadas no munic íp io

de Macaé foram organizadas pe lo evange l is ta Antônio Cor indiba de Carva lho

que , d iss idente , opunha-se ã or ientação do miss ionár io A.L.Dunstan , que , na

época, atuava no Estado do Rio.

Como essas duas igre ja s progredissem, e seus membros e pas tor demons-

t r a ssem espír i to de ordem e ha rmonia , em assemblé ia da Assoc iação Ba t is ta

Fluminense, realizada em Macaé, em 1916, apresentaram-se os irmãos Antônio

Ribeiro Fernandes e Desidério Francisco de Souza, aquele, da igreja indepen-

dente de Canudos e este, da igreja independente de Imburo, solicitando que

a Assoc iação as acei ta sse na com unhã o da Missão Campis ta , p a ra o que es tavam

eles devidamente credenciadas.

Foi nomeada , então , pe lo pres idente da Assoc iação, uma comissão pa ra

es tudar a so l ic i tação e da r pa rece r sobre o a ssunto . A comissão se compunha

dos seguintes irmãos: Dr. A.B.Christie , Cândido Ignácio da Silva, Manoel de

Brito, Leonel Eyer, Antônio da Costa Resende e Francisco Branco.

Apresentado à Assoc iação Ba t is ta F luminense , fo i votado, u nanimimente ,

o seguinte parecer:

"Considerando que estas igrejas, apesar de serem batistas, são o fruto

de desinteligências e revoltas;

considerando que os resultados dessa revolta ainda perduram no espí-

r ito dessa missão;

conside rando que a ace i tação ou reconhec imento dessas igre ja s como

se acham, v i r ia provocar descontentamento no campo;

considerando, f inalmente, que tal ato poderia vir a facilitar novas

dissidências no futuro;

recomenda es ta comissão q ue a Assoc iação aconse lhe aque las igre ja s

a se dissolverem e se organizarem n uma igreja com os antigos m embros

da Missão, para que essa igreja, que será organizada com a presença

de um conselho de outras igrejas, aceite todos os membros que foram

batizados durante o tempo da separação. Um vez feito isto, esses

mesmos membros poderão tomar demissór ia s e organiza r a igre ja

em Imburo e em outros luga res . " '

1

'

As igrejas em questão acataram esse parecer e , em conformidade com o

mesm o, se dissolveram p ara serem reorganiz adas. A ssim, em 16 de julho de 1916,

era reorganizada a Igreja Batista de Canudos, com 82 membros, e , em 24 de

outubro de 1916, com 69 membros, era reorganizada a Igreja Batista de Imburo,

assumindo o pas torado de ambas o pas tor Antônio R ibe i ro Fe rnandes .

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P E R S E G U I Ç Õ E S E M M A R I C A

Orga nizad a em 19 de novembro de 1916, com qu arenta m embros , a Igreja

Batista de Maricá foi alvo de muitas perseguições, principalmente durante a

segunda década do século. O povo usava de várias maneiras para mover perse-

guições contra os crentes. Uma delas eram grandes prejuízos causados por lascas

de madeira que eram lançadas ao telhado do templo, pelos perseguidores,

quebrando telhas e causando outros danos. Esse era um dos sinais de que os

crentes não tinham a simpatia do povo.

A maior das perseguições, entretanto, foi a sofrida pela igreja, em janeiro

de 1918. Os crentes estavam reunidos, quando invadiu o templo um grupo de

ca rnava lescos , por tanto e s tandar te , promovendo ve rdade ira e to ta l des t ru ição ,

colocando em pânico os que a l i e stavam reunidos . Pedras foram a t i r adas contra

as pessoas e contra o te lhado, ocas ionando fe r imentos em mui tos .

Naquela ocasião, era pastor da igreja o Dr. Manoel Avelino de Souza,

que pastoreava a Primeira Igreja Batista de Niterói. Procurou ele as autoridades

e, no domingo seguinte, pôde pregar em Maricá, com as garantias oferecidas

pelas autoridades locais.

Em 19 de dezemb ro de 1943, a igreja pass ou a ser pastorea da pelo Pr.

Clério Boechat. Pastoreou-a por vários anos, tendo se desligado do seu pasto-

rado por um pouco de tempo, a f im de a tender a outras a t iv idades . Re tornou,

porém , a dir igi-la , algum tem po depois, estan do a ela ligado, praticamente até hoje.

O Pr. Boechat preocupou-sc, ainda, em granjear amizades entre as pessoas

não crentes, com o objetivo de trazê-las à igreja, também. Entre essas pessoas,

estava o Padre Batalha que, em certa época, foi um dos que moviam perseguições

aos crentes de Maricá. Com a amizade cultivada entre ele e o Pr. Clério Boechat,

a atitude de hostilidade contra os crentes foi diminuindo e a intolerância foi

acabando. I sso mostra o f a to de te r s ido o P r . C lé r io chamado pa ra socor re r

o padre, quando este se achava mal.

O evange lho é a ss im . Desfaz in imizades . Muda hos t i l idade em amizades .

Quebranta corações .

SOCIEDADE PATRIMONIAL BATISTA

Procurando a tender à s necess idades das igre ja s de então , mui to pobres

e que " func ionavam em acanhadas e modestas habi tações , a Junta Es tadua l

de nosso campo começou a pensa r em como conjura r ia ta l s i tuação" .

( I )

A sa ída proposta e ra a seguinte : A Junta Es tadua l se torna r ia pessoa jur í -

dica e, assim, estaria , perante as leis do país, em condições de receber, em seu

nome, as propriedades que as igrejas iam, aos poucos, adquirindo. Mas só isso

não daria solução ao problema. Faltava o principal — os meios para as igrejas

conseguirem as propr iedades .

Esse assunto foi tratado na assembléia convencional, realizada em 1916, -

em Macaé . Os pontos pr inc ipa is r e ssa l tados no  Parecer  foram os seguintes:

1 . Que a Jun ta Es tadu a l se cons t i tua em pessoa jur íd ica pa ra poder adquir i r

propr iedades .

2 . Que a Junta Es tadua l forme um a ca ixa de const rução, r ecebendo ofe r ta s

das igrejas e de irmãos e amigos para o referido f im.

123

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3. Que todo o d inhe iro a r recadado pa ra o fundo de const rução se ja depo-

s i tado em banco de conf iança de Junta .

4. Que, quando a caixa tiver um fundo regular , empreste às igrejas que

dese ja rem const ru i r , mediante juros , e quant ia que ju lga r necessá r ia , de acordo

com o fundo.

5. Que a Junta, tornando-se pessoa jurídica e resolvendo a criação da dita

caixa, formule um regulamento interno, aprovado pela Associação Batista Flumi-

nense, que proporcione todas as garantias a si mesma e às igrejas.

Os assuntos sobre as igrejas se tornarem pessoas jurídicas e sobre a criação

de um órgão pa ra a judá - la s nas t r ansações comerc ia is não f ica ram resolv idos

na assembléia convencional de 1916. Somente na assembléia seguinte, realizada

em Duas Barras, em 1917, é que o ideal se concretizou. Achou-se ser de bom

alvi t r e organiza r - se uma ent idade pa t r imonia l e não t r ansformar a Junta Es ta -

dual em pessoa jurídica para atender às necessidades das igrejas. Assim

pensando-se, decidiu-se criar a Sociedade Patrimonial Batista.  Seu prime iro esta-

tuto foi elaborado pelo Pastor Dr. José Nigro. Sobre o estatuto e os associados,

escreveu J.F.Lessa:

"Os estatutos foram aprovados em sua íntegra, pela 'Assembléia Geral ' ,

em sessão de instalação, realizada em 7 de abril, na casa de cultos

da Igreja Batista de Duas Barras, sita na 'Fazenda de São João' , no

município que dá nome à referida igreja, no Estado do Rio de Janeiro.

A mesa foi composta pelo Dr. José Nigro, presidente e Alberto Vaz

Lessa, secretário. Os sócios instaladores foram: A.B.Christie , José

Nigro, Alfredo Reis, Leonel Eyer, Joaquim Coelho dos Santos, Antônio

Mora les Bentancôr , John Mein , Joaquim Rosa , Joaquim Fernandes

Lessa, Jesuíno Vieira, Benedito Firmo, Virgílio Antônio de Faria,

Manue l Fur tado de Melo , Antônio R ibe i ro Fe rnandes , Ber to l ino

Gomes dos Santos, Francisco J. Pereira, João Gonçalves da Silva,

Cesá r io Teóf ilo Mar ia , João d a Mata Xavie r , Otávio Lopes da Cunh a ,

Domingos F ranc isco dos Santos , Cândido Ignác io da S i lva , Honór io

Car los de Ol ivei ra , Albe r to R ibe i ro Fe rnandes , Amânc io José Sodré ,

Elias Portes Filho, Josino João da Cunha, Vítor José Pinheiro, Manoel

Fer re i r a Lima , Emerenc iano Nunes Machado, Enedina Borges de

Lima , Sebas t ião Almeida , Benedi to Borges Bote lho, Evar is to Santos

de Abreu, João M ala fa ia , Dom ingos José Bar re to , F ranc isco Fe r rei r a

Gomes, José Abraão do Nasc imento , Manoe l Suzano de S ique ira ,

André de Souza Araújo , Manoe l Marques de Souza Br i to , Custódio

Cardoso, Lino Manoe l Jac in to , Cr isant ino P ires , Albe r to Vaz Lessa ,

Filadelfo Cunha e José da Silva Lóta. A Sociedade Patr imonial Batista

fo i cons t i tu ída em 'pessoa jur íd ica ' nes te ano e começou a angar ia r

fundos pa ra f aze r emprés t imos às igre ja s . Com es ta organização, a

pos ição das igre ja s me lhorou conside rave lmente com respe i to à aqui-

s ição de propr iedades pa ra o ens ino re l ig ioso" .

(2)

Inestimável é o serviço que esta entidade patr imon ial tem presta do ás igrejas.

Sua sede de f in i t iva e foro foram sempre na c idade de Campos.

Antônio Neves de Mesqui ta acentuou:

"Mesmo antes de exis t i r a Junta Pa t r imonia l do Sul do Bras i l , já

os ba t is ta s f luminenses t inham a sua agênc ia imobi l iá r ia . O s is tema

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adotado e ra o mesmo que se adota nas organizações do nor te e do

sul. . . Foi desta forma que se tornou possível er igir um número tão

grande de templos no es tado." '

3

'

Foram presidentes desta instituição os seguintes pastores: José Nigro, Virgílio

Faria, Fidélis Morales Bentancôr, João Barreto da Silva, Ebenézer Soares Ferreira.

Ho je, 1991, A Sociedad e patr im onia l Batista é presidid a pelo Pastor Alceir Faria

Pereira. Essa entidade, porém, está fadada a extingúir-se, em vir tude de as igrejas,

em quase sua totalidade, já terem personalidade jurídica. Por causa de algumas

igrejas bem pequenas, do interior , que não podem passar seus bens para seu

próprio nome, é que esta sociedade ainda existe.

A única propr iedad e que a Soc iedade Pa t r imonia l Ba t is ta possuía e ra uma

casa em Campos, À Rua Gil de Góis, n.

a

  261. Esta foi vendida ao Colégio Batista

F luminense , que a u t il iza pa ra a lo jamento das moças que es tudam no Seminár io

Teológico Batista Fluminense.

D . A N N A C H R I S T I E — O T R A B A L H O C O M A S S E N H O R A S

E COM O COLÉGIO BATISTA FLUMINENSE

Desde 1908, Mrs. Chistie , ou D. Anna Christie , como era também chamada,

desempenhou prof ícuo t r aba lho no campo f luminense . Ora e s tava e la ao lado

do esposo, na realização de institutos, ora realizava ela viagens evangelísticas,

ora a judava no doutr inamento das senhoras , nas igre ja s .

Quando Mrs. Christie chegou ao Estado do Rio, havia somente onze igrejas

ba t is ta s no es tado. Nem todas t inham o t r aba lho das senhoras e s t ru turado. No

afã de ver , em cada igreja, uma Sociedade de Senhoras bem organizada, cia

se entregou de corpo e alma a essa obra.

"Quase nada existia antes de Mrs. Christie . Ao chegar ao campo,

ela começou a cooperar com o esposo no trabalho das senhoras. Desde

1908, passou a se interessar por essa obra e pela criação de uma orga-

nização que pudesse reunir todas as senhoras, em cada igreja batista .

Esse seu ideal foi consubstanciado.

"O t r aba lho das senhoras fo i sempre uma bênção pa ra a obra do

Senhor no Estado do Rio. Era ele um dos impulsionadores do trabalho

evangelístico. Mrs. Christie não med ia esforços para estimular as irmãs

a se tornarem cada dia mais zelosas. O Dr. Christie , em suas   NOTAS,

assim declarava: 'A União de Senhoras foi sempre um dos mais

e f ic ientes e lementos do t r aba lho da Missão Campis ta ' . Também os

trabalhos das moças e das crianças, em geral, eram alvo de sua cogi-

tação.

"Este fo i um grande t r aba lho de Mrs . Chr is t ie no Estado do R io .

Ela viu o trabalho das senhoras crescer , de um pequeno grupo a uma

grande convenção. Com ela, se sobressaíram as senhoras: Deocleciana

Ferreira, Enedina Lima, Carlota Silva Ramos, Izabel Avelar , Geno-

veva Voorheis, Cora Barros, Elisabeth Messias, Albertina Oliveira,

Dinorá Lessa, Elizabeth Kennedy, Alice Reis, Talita Portela, Eva de

Souza, Julieta Sales, Florentina Barreto, Alice Rosa, Adozina Borges,

Firmina Seixas, Artie Bratcher, Cleonides Maia e outras." '

1

»

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Além de se dedicar à obra com as senhoras, Mrs. Christie foi o braço forte

do miss ionár io Chr is t ie na adminis t r ação do Colégio Ba t is ta F luminense . Ela

era a diretora do internato feminino. As alunas tinham nela uma mãe. Mrs.

Chr is t ie fo i uma grande he roína . Traba lhou por 39 anos no campo f luminense .

O P R O G R E S S O D A S E S C O L A S D O M I N I C A I S

Entre os grandes movimentos que sacudiram os ba t is ta s , a começar de

1918, está o estabelecimento de escolas dominicais nas igrejas.

Pa ra d inamiza r e sse movimento , fo i e scolhido o miss ionár io John Mcin ,

um dos mais ativos missionários que militaram no Estado do Rio. Para alcançar

o seu propósito, Mein se lançou a escrever bem elaborados artigos publicados

em o O

  Escudeiro Batista,

  nos an os 1917 e 1918. Neles enfocava o grande valo r

das escolas dominicais. Esse artigos surtiram grande efeito. Esses, aliados à reali-

zação de institutos que, no períod o de férias, enfatizavam nas igrejas a necessidade

de treinamento de professores para as escolas dominicais, foram de grande valia

para o trabalho batista no estado.

Em 1919, foi cr iada a Junta de Escolas Dominicais e Mocidade, que "apre-

sentou bons r e sul tados" . Ela fo i e lemento preponderante no c resc imento do

trabalho do Senhor, na edif icação das igrejas, especialmente nos institutos.

Em 1920, só existiam três igrejas com União de Mocidade: Campos, Niterói

e Murundu. Com a c r iação da Junta , c resceu bem o número de uniões . Lessa

escreve: "Faz-se gosto ver-se e assistir-se a uma dessas reuniões. E uma verda-

deira escola de treinamento."

As uniões de mocidade e as escolas dominicais no Estado do Rio de Janeiro

receberam grande contr ibuição do dedicado miss ionár io nor te -amercano, P r .

Ernest A. Jackson, que trabalhou no campo fluminense de 1924 a 1928. Foi grande

cooperado r na causa de Cristo. Gran de foi a tr isteza do povo qu e com ele conviveu,

quando, em 12 de novembro de 1928, O Pr. Jackson, sua esposa, D. Janet, e

seu f ilho, Carey, de 14 anos, pereceram no naufrágio do navio Vestr is, quando

retornavam de suas ferias, em sua terra natal. Foi grande a lacuna aberta com

essa perda.

C A M P A N H A P A R A R E O R G A N I Z A Ç Ã O D O T R A B A L H O

Tendo como desa f io o c resc imento e o progresso do t r aba lho, o  campo

batista fluminense  prec isou passa r por uma reorganização e adapta ção no seu

trabalho denomínacional. As ênfases estavam colocadas nos princípios seguintes:

autonomia das igrejas, sustento próprio e cooperação.  Sentia-se que esses três

pr inc íp ios dever iam se r sempre e for temente subl in hados a f im de que o ca mpo

experimentasse um crescimento maior.

Os p lanos de l ineados foram ass im s in te t izados:

"1 . Que as igre ja s pagassem o orde nado do sec re tá r io-cor respondente ,

pa ra da r à J unta Es tadua l ma ior o por tunid ade de abr i r novos t r aba lhos ;

2 . Que houvesse cooperação f inance i ra no desenvolvimento da Soc ie -

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dade Pa t r imonia l , uma necess idade pa ra segurança das propr iedades

das igrejas;

3. Que fosse construído um prédio para o hospital, para o qual a

diretoria já tinha um p|ano delineado, a f im de levantar o dinheiro

necessário;

4 . Que houvesse ma ior cooperação na educação, e spec ia lmente na

educação ministerial e na organização de escolas anexas;

5. Que houvesse, pelo menos, quatro institutos durante o ano, para

o desenvolvimento de escolas dominicais;

6 . Que todos se informassem das r e soluções tornadas na Assoc iação

de 1917 e se preparassem para a de 1918;

7. Que não se esquecessem da convenção nacional e suas necessi-

dades ."

A S S I S T I U À P E R S E G U I Ç Ã O A O M I S S I O N Á R I O S A L O M Ã O

GINSBURG EM 1918

1 9 8 4 — C E N T E N Á R I O D E D . M O C I N H A

Em 1984, D. Celina V.Lustosa, mais conhecida como D. Mocinha, completou

100 anos de existência. Em vir tude da seca que, em 1906, assolava o Ceará,

seu es tado na ta l , e la emigrou, juntam ente com seu pa i , pa ra Cachoe iro do I tape -

mir im , no Espír i to Santo e , da l i , pa ra Bar ra do I tabapoana , no Estado do R io

de Janeiro.

Naque le ano do seu centená r io , fu i à Vi la de Bar ra do I tabapoana , no

município de São João da Barra, na divisa com o Estado do Espír ito Santo,

pa ra conhece r e ent revis ta r D. Moc inha , cuja pa les t r a se mostrou mui to agra -

dável. Transcrevo aqui aquela proveitosa entrevista:

Pr. Ebenézer  — Irmã Celina, sei que a senho ra é mem bro da Igreja Batista de

Bar ra do I taba poana , desde 1916, quando e la fo i organizada . Pode conta r a lguma

coisa sobre o trabalho batista nestas paragens?

D. Mocinha  — O meu m arid o se batizo u em 1910, na Igreja Batista de Rio

Novo, no Estado do Espír i to Santo . Eu me ba t ize i a lgum tempo depois , pois

queria, antes, estudar melhor a Bíblia .

No ano de 1918, houve uma grande perseguição aos primeiros crentes daqui.

Um cul to fo i marcado pa ra a casa do subde legado, F ranc isco Nunes , cu jo f i lho ,

Cesário Nunes, era crente. O pregador era o missionário Salomão Ginsburg.

Quando os crentes estavam cantando, veio uma multidão que, aos gritos,

exigia: "Bota fora esse careca que nós queremos matá-lo". Foi uma cena muito

tr iste .

O subdelegado saiu e pedia ao povo compreensão e que se dispersassem.

Mas e le s e stavam mui to enfurec idos . Sa lomão quis i r a t r á s do subde legado pa ra

a judá- lo . Porém, a f i lha do subde legado o segurou. Sa lomão começou a lu ta r

para se livrar dos braços da moça, que o segurava fortemente. Ela dizia: "O

senhor não sai porque eles não querem nada com o papai. Eles querem é o

senhor" . Sa lomão se e sforçava a inda ma is . Ass im, já pe r to da por ta , os dois

127

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lutavam. Ela se interpôs, na porta. Nesse momento, ouviram-se vários tiros.

Uma das balas passou entre a cabeça do missionário e a da moça. Por um tr iz ,

não atingia um dos dois.

Pr. Ebenézer  — A irmã se lembra de outros fatos ocorridos aqui?

D. Mocinha  — O que es tou na r rando, Sa lo mão Ginsburg na r rou no seu l ivro

Um Judeu Errante no Brasil.  Ele só não diz as datas nem os nomes.

Pr. Ebenézer  — A irmã sabe que já li esse fato tamb ém no livro do histo riador

João Oscar? Referindo-se a Salomão Ginsburg, ele diz:

"Foi e sse miss ionár io , a l iá s, o in t rodutor do Protes tant ism o no muni-

cípio de São João da Barra. Tarefa que lhe trouxe sérias dif iculdades,

preocupações , como se deprende da le i tura dessa not íc ia publ icada

num jorna l sanjoanense , o  Diário da Manhã, de 15 de fevereiro de

1918: Bar ra do I tabapoana . O nosso a t ivo de legado pol ic ia l , S r .

Joaquim Neves, recebeu ontem de Barra do I tabapoana o seguinte

te legrama: 'Grupo faná t ico insul ta , in te r rompe minha missão . Refu-

giado casa subdelegado; ontem grupo fanático atacou casa, destruindo

por ta s , jane las , te lhado, e scapando se r a ssas inado devido he roísmo

subde legado e f amíl ia . Minha v ida em pe r igo . Autor idades sem forças

para garantir . Peço providências urgentes, (a) Salomão Ginsburg,

miss ionár io amer icano. '

"P ron tame nte" , d iz a not íc ia , "o S r. de legado Joaq uim Neves enviou

força policial para aquela localidade, tomando as necessárias provi-

dênc ias . "

( l )

D. Mocinha  — A ba la f icou enc ravada na pa rede e Sa lomão m ando u t i r á - la

e engastá-la no seu relógio, pois aquilo era prova da providência de Deus. Era

um troféu . . .

Pr. Ebenézer— Salom ão narra isso mesmo . Mas a senhora, que viu, está narrand o

com pormenores .

Agora , copio do l ivro o f ina l da na r ração de Sa lomão Ginsburg:

' 'A porta era do sistema antig o, com a pa rte superio r de ven ezianas.

Enquanto nos e sforçávamos, e la , em mante r a por ta f echada , e , eu ,

a pelejar para abrí- la , uma bala, atravessando a veneziana, passou

entre nossas cabeças. Viesse um pouco mais à direita ou à esquerda,

um de nós te r ia f a ta lmente mor r ido . Oh quão maravi lhoso é o poder

de Deus Ele sabe muito bem co mo proteger os seus. '

  (2)

D. Mocinha  — O senhor quer saber de outra s perseguições?

Pr. Ebenézer  — Sim. Pode narrá-las.

D. Mocinha  — Essa persegu ição de 1918 foi mui to dura, mas houv e outras bem

terríveis, também . Eu me converti por causa de uma perseguição. À tarde, Salom ão

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tinha leito batismos no r io. E os perseguidores jogaram tijolos, pedras, etc . e

quebra ram mui ta coisa .

Mas vou contar outras perseguições. Foi Joaquim David, um analfabeto,

quem trouxe o evangelho para Barra do I tabapoana. Um dia, os inimigos se

reuniram e deram-lhe uma coca com bagaços de cana. Ele era obrigado a moer

para os perseguidores.

As própr ia s autor idades apoiavam os pe r seguidores . O de legado Gastão

Fontão mandava os comissários proibir os crentes de irem aos cultos. Quando

os crentes sc reuniam, vinham os inimigos e jogavam lenha no telhado, quebrando

as telhas. Os inimigos espalhavam que os crentes se reuniam com intenção de

faze r macumba .

A perseguição era tão intensa que muitos crentes fugiram para o mato

e a í cons t ru í ram choças . Alguns foram para Gur i r i , Am ontad o, e tc . Uma sen hora

teve que dar à luz a seu f ilho na f loresta. Seu f ilho chamou-se Jovelino Gomes.

José l io , f i lho da i rmã Joana , nasceu no ma to , também.

Um dia, um dos perseguidores, André Rosa, foi a cavalo com a tala na

mão e esporas nos pés. O crente que dir igia o culto lhe disse: "Entre amigo.

Veio nos dar o prazer de assistir ao culto, hoje? '

O André Rosa , não demorou mui to tempo, se conver teu , quando cantavam

o hino: "Quem é que vai com Jesus estar lá no céu? Lá no céu? / Quem dessa

graça vai desfrutar? Vais tu? Vou eu? / Quem vai provar esse santo amor, longe

de toda a tr isteza e dor, / Junto com Cristo seu Salvador? Vais tu? Vou eu?"

(Cantor Cr is tão , n? 257) . O André , que andava com uma espingarda , ia com

capangas . Eles e spe ravam um s ina l pa ra a t i r a r quando o "bicho" apa recesse

no cul to . O André não v iu "bi cho " nenh um. D epois de ouvir o h ino, e le dec la rou:

"Lá não vi 'bicho' nenhum. De hoje em diante, vou seguir essa religião.".

Pr. Ebenézer  — A senhora tem mais a lguma coisa a conta r?

D. Mocinha  — Sim, eu me recordo mu ito do senhor seu pai, o Pr. Soares, qu e

foi pastor aqui, cm 1926. Nós gostávamos mu ito dele. Até hoje, na igreja, can tamo s

um hino em recordação dele. É o hino 314, do   Cantor Cristão,  que começa

ass im: "Que consolação tem meu coração descansando no poder de Deus . . . " .

O meu hino predileto é o de número 407: "Ditoso o dia em que aceitei

do meu Senhor a salvação.. .".

Pr. Ebenézer  — I rmã Moc inha , h á ma is a lguém que a inda v iva e que possa

contar alguma dessas perseguições nessa região?

D. Mocinha  — O Alf redo Gomes, que é membro da Igre ja Ba t is ta de Amonta do.

Creio que a irmã Delfina Gomes, que está com mais de 100 anos e mora no

Rio . A f i lha de la , Euza , é a e sposa do Pas tor Emanoe l Que iroz . Há também

o i rmão Manoe l Caboc lo F i lho , que é o membro da Igre ja de Ar ra ia l do Cabo.

Conclusão:

Fui a Amontado, à procura do i rmão Alf redo Gomes. Ele nasceu em 14

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de outubro de 1899. Foi ba t izado pe lo Pas tor Fe rnando Druminond, quando

estava com 18 anos de idade.

O i rmão Alf redo conf i rmou tudo o que fo i d i to pe la i rmã D. Moc inha .

Acrescentou, a inda , que se conver teu também o pe r seguidor Manoe l Eduardo

Cae tano. Agora , com a conversão des te s — André Rosa e Manoe l Cae tano,

o povo passou a respeitar o evangelho porque, como diziam, "eles têm agora

dois valentes...'.

Em sua entrevista, D. Mocinha recordou-se muito, também, do jovem Almir

dos Santos Gonçalves, que se batizou na mesma época que cia. Ele foi sempre

um dos acompanhantes do Pas tor Reno, no Estado do Espír i to Santo . "Era

muito bom moço", disse ela. Em 1981, depois de combater o bom combate e

acabar a carreira, o Dr. Almir Gonçalves foi receber o galardão dos f iéis.

Com muita razão, dizia a irmã Mocinha aos jovens: "Vocês, hoje, aceitam

o evange lho num mundo de f lores , mas nós o ace i tamos num mundo de dores" .

A irmã Celina V. Lustosa já recebeu sua coroa de glória, nos céus, por

sua v ida de te s temunho c r is tão aqui na te r ra .

Esta entrevista foi publicada originalmente em

  Revista de Estudos Bíblicos

e Históricos,  n. 2, em Camp os, no mês de jul ho de 1984, cuj o editor da mes ma

é o autor dessa obra.

130

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Capítulo VIII

PERÍODO DE PROGRESSO FINANCEIRO,

NO PRINCÍPIO, E DE DEPRESSÃO

FINANCEIRA, NO FINAL, COMO REFLEXO

DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)

A CORAGEM DOS BRAVOS MISSIONÁRIOS

Viajar pelo Estado do Rio de Janeiro, há 70 ou 80 anos passados, visitando

igrejas, principalmente pelo interior , era mesmo um sacrif ício para os missio-

nários. Que dirá, então fazer essas viagens há 100 anos passados

Para que se possa aqui la ta r a coragem daque les bravos miss ionár ios de

então , na r ramo s aqui exper iênc ias v iv idas por L .M.Bra tche r , miss ioná r io amer i -

cano, enviado ao Bras i l pe la Junta de R ichmond, que a tuou por c inco anos

no Estado do Rio. Essas experiências são narradas por ele mesmo, em seu livro

Mules Tales from Inland Trails  (Histórias de Mulas nas Picadas do Interior) .

Foi na década de 20. Bratcher dir igia o Colégio Batista Fluminense (função

que exerceu de 1919 a 1923) e fazia, de vez em quando, incursões evangelísticas

pelo interior do estado.

Resolveu e le v ia ja r em companhia do incansáve l pas tor Cândido Ignác io

da S i lva , conhec ido por pas tor Candinho, na r egião em que t r aba lhava — Bana-

neiras, Lavras, Silva Jardim, Cabo Frio, etc . Certa feita , foi o pastor Candinho

quem plane jou o ro te i ro da v iagem. Acostumado que e ra àque las v iagens , f aze r

o que p lane ja ra e ra pa ra e le "ca fé pequeno" . Mas pa ra Bra tche r , o miss ionár io ,

se r ia "dose pa ra e le fante" , como se d iz popula rmente .

O incidente se dá em   Bananeiras.  Ap ós longa viagem a cavalo, chegaram

à vila , iniciando logo grandes atividades evangelísticas. O povo começa a descer

as montan has , aqui e a l i, pa ra ve r e ouvir o miss ionár io nor te -amer icano, aque le

homem alto e forte. Era gente que marchara muitas léguas (E uma légua tem

seis quilômetros ) , sequiosa para ouvir o evangelho. Algumas pessoas já estavam

só aguarda ndo o b a t ismo. Bra tche r ba t izou-as num cór rego e o f ez com mui ta

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alegria e emoção. Desde cedo se entregara à tarefa que lhe fora pedida: pregar

e batizar . À noite, cansado, é- lhe servido o jantar — pão feito de mandioca

e banana f r i ta .

O missionário não se queixara de coisa alguma. Tarde vão para a cama,

que era muito humilde. Estava exausto por ter pregado várias vezes e ter viajado.

Pensou, então, que não sentir ia a limitação da cama tão simples. Com certeza,

dormir ia bem, tendo o corpo tão cansado. Mas qua l não se r ia seu desaponta -

mento Mui to tempo após se deitar , sente que estão correndo pelo seu corpo

dezenas de pulgas. Parecia que elas tinham escolhido aquela noite para uma

grande fo l ia Bra tche r tentou agüenta r o quanto pôd e . Não quer ia da r mot ivo

para que o pastor Candinho viesse a zombar dele. Tentou matar algumas pulgas,

mexendo-se e remexendo-se na cama. Começou a r ir baixinho, pensando na festa

que as pulgas faziam no seu corpo.

De repente, Bratcher percebeu que Candinho estava, também, a se mexer

mui to na cama . Ele , que e ra homem acostumado a dormir naque las bandas

As pulgas não o r e spe i ta ram e pa rec ia que t inham vindo com força to ta l

As t r ê s horas da madrugada , Candinho não agüentou mais . Chamou o

miss ionár io , que , também, não dormira a té àque la hora , enf rentando as pulgas ,

sem dar o braço a torcer .

— Irmão Bratcher, está acordado?

— Como poderia eu dormir desse jeito? — respondeu Bratcher.

— Eu também a inda não pude dormir . É me lhor i rmos embora

— Mas como, agora?

— Sim. Nós sairemos pela janela, pegaremos os animais e , então,

diremos que precisamos sair mais cedo.

Foi o que f izeram. Pegaram as mulas e caíram na estrada. Era cansaço

sobre cansaço. Só tiveram, no dia anterior , uma xícara de café, pela manhã,

e nada ma is , a té a hora de dormir , quando lhe ofe rece ram pão de mandioca

e banana f r i ta .

Depois de v ia ja rem um pouco, Bra tche r f icou espe rando por a lguma pa rada

onde pudesse encontra r a lgo pa ra comer . Seu es tômago es tava " roendo" . "Eu

não e ra como Candinho, que podia comer um dia e passa r outros dois d ia s

sem comer, se necessário", dizia Bratcher.

O seu coração se encheu de alegria, quando chegaram a uma casinha onde

perguntaram se havia algo para comer.

— Somente banana , d isse o dono da casa .

— Quanto cus ta uma dúz ia?

— Dois vinténs.

— Então , me venda uma dúz ia .

"Jamais comi bananas tão gos tosas em minha v ida . Eram tão de l ic iosas ,

que até me esqueci de oferecer ao Cand inh o. Com i sozinho as doze Felizmente,

não me f ize ram mal . Também, nã o havia ma is coisa a lguma p a ra comer naque le

dia Era só banan a e nada ma is "

Bratcher narra outro incidente inesquecível:

"Durante os dez d ias em que es távamos v ia jando nas vá rzeas , a s e s t r adas

es tavam che ias de água , porque t in ha chovido d urante quase tod os aque les d ia s .

"Não sof r i nenhum ac idente , mas Candinho não fo i tão f e l iz quanto eu .

Ele sof reu um ac idente ocas ionado por uma mulhe r que es tava sentada no me io

132

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do caminho. Ela pa rec ia embr iagada . Recusava-se a sa i r do caminho pa ra que

pudéssemos passar . A mula de Candinho, que ia à frente, se espantou com a

tal mulher e , para desviar-se dela, tentou subir num barranco ao lado. Ao fazer

isso , t ropeçou e deu uma camba lhota , jogando Candinho ao chão. Foi grande

a sorte dele, pois a grama estava grande e macia. Se não fosse isso, ter ia saído

bem machucado. A mulhe r embr iagada , vendo o que causa ra , r e solveu sa i r do

meio do caminho para que a minha mula passasse. Eu passei sem problemas

e pus-me a r ir à toa."

Um ou dois anos ma is ta rde , Candinho não se r ia f e l iz como das outras

vezes. Cair ia e morreria , levando para o túmulo as marcas das quedas que tivera

na obra do Mestre.

Outro miss ionár io que passou, também, por mui ta s pe r ipéc ias , quando

de suas visitas às igrejas do campo fluminense, foi o Pr. A.B.Christie . Dos vários

incidentes por ele vividos nesse trabalho, narraremos apenas três.

N ' 0  Escudeiro Batista,  de agosto de 1914, encontra mos :

"Este dedicado miss ionár io , Dr . Chr is t ie , do nosso campo, na sua

última viagem para a zona de Pádua, foi vítima de um desastre que

lhe ia custando a vida. É que o animal em que viajava jogou tanto

que fê-lo cair de cabeça para baixo, pelo que o nosso irmão f icou

um tanto machucado '

11

'

Em suas viagens, o grande amigo do missionário Christie era o seu burro,

a quem, ca r inhosamente , chamava dc "Diácono" . Mas nem sempre o animal

es tava de bom humor . Nar ra o Dr . Chr is t ie o d ia em que o bur ro "Diácono"

lhe a r ranjou "um mau negóc io" :

"Disse ram que o i rmão que es tava comigo poder ia vol ta r pa ra casa .

E que eu tinha somente que percorrer a colina e descer do outro

lado, e estaria em Friburgo, em minha casa. Quando atingi o cume

da montan ha , começou a chover e o "Diá con o" emp acou. N ada

o fazia andar. O vento era tanto que rasgava o meu guarda-chuva,

e a minha capa de borracha quase de nada valia . Desci e cortei uma

vara para bater no animal. Bati- lhe, mas ele nem se moveu do lugar.

Bati novamente, e ele deu um coice tão forte no meu tornozelo, que

cotou a minha pesada bot a . Sent i mui ta dor e quase desmaie i . Depois

de a lguns minutos , puxando da pe rna , monte i no bur ro e e spe re i

que resolvesse ir embora. Passava de meia-noite quando cheguei em

casa. Minha senhora estava-me esperando e ajudou-me a tirar as botas

cheias de água. Uma delas estava cheia de água misturada com sangue.

Minha esposa quase desmaiou e supl icou-me que não andasse ma is

no "Diácono" . Essas v iagens e ram á rduas . Mas eu as amava . Amava

o t r aba lho. E cont inue i na jornada , mesmo quando a lgumas vezes

as viagens eram árduas e dif íceis." '

21

O Dr . Chr is t ie t inha , também, o senso da re sponsabi l idade da obra que -

Ihe estava afeta. Não deixava de ir a qualquer lugar onde houvesse tratado de

i r . Até mesmo com mui ta chuva , ou tendo a lgum membro da famíl ia doente .

Cer ta f e i ta , e le t inha marcado uma viagem a Conce ição de Macabu. Sua

filha Margarida, que estava com um ano de idade, estava bem doentinha. Embora

sentindo muita dor, por ter de deixar a f ilha assim naquele estado, Christie partiu

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para fazer o trabalho e cumprir a obra do Senhor. F.ra uma viagem bem longa.

Naque le tempo, os t r aba lhos cos tumavam te rminar bem ta rde . Algumas vezes ,

eram feitas duas ou três pregações durante a noite . H, quando não eram as

pregações, eram as festas sociais que costumavam realizar . Naquele dia, só foram

dar cama ao miss ionár io lá pa ra as duas horas da madru gada . Enqu anto Chr is t ie

dormia, entrou no quarto um crioulo e deitou-se ao seu lado, na mesma cama,

pondo os pés para a cabeça do Dr. Christie . Desde quando saíra de sua casa,

Christie estava muito preocupado com a enfermidade de sua f ilhinha, Não pensava

noutra coisa. Depois de orar , pôs-se a dormir . Após um ligeiro sono, ei- lo agar-

rando as pernas do crioulo descalço, querendo beijá-las, na esperança de que

fosse sua f ilhinha. O crioulo logo gritou: "Que é Dr., que é?". O Dr. Christie ,

então, acordou e verif icou que estava sonhando. As preocupações o faziam sonhar

assim.. .

C O N S T R U Ç Ã O D E T E M P I X ) S M A I O R E S N A D É C A D A D E 2 0

No início do trabalho batista , as igrejas não tinham condições f inanceiras

para erigir templos espaçosos, capazes de acomodar bem os seus membros e

visitantes. Em sua maioria, reuniam-se em casas alugadas, em salões próprios

ou pequenos templos , que ma is se a ssemelhavam a sa lões pa ra i sso adaptados .

Havia igrejas, até , que foram organizadas não tendo nem casa para se reunir .

O Pr. Elias Portes Filho escreveu sobre uma igreja que se reuniu, durante três

meses, debaixo de árvores, até que conseguiu um salão, muito simples, para

ser usado como sua sede.

O t r aba lho do Senhor começa sempre a ss im: humilde e s imples . Mas não

se conforma à ausência de progresso, à falta de crescimento. Assim é que, na

década de 20, houve um despertamento entre as igrejas do Estado do Rio de

Janeiro, no sentido de serem erguidos templos maiores e mais condizentes com

a obra do Senhor . Dessa forma , durante o pas torado do Pr . Manoe l Ave l ino

de Souza, a Primeira Igreja Batista de Niterói inaugura, no dia 17 de abril de

1921, um belo templo. Um ano depois, no dia 29 dc abril de 1922, a Igreja Batista

de Pádua inaugura, também, o seu templo. E, no dia 3 de maio de 1923, a Igreja

Batista de São Fidélis vê inaugurado o seu templo, que recebeu a 17a. Assem-

blé ia da Convenção Ba t is ta F luminense naque le ano.

(1)

INSTITUTO BATISTA FLUMINENSE

Foi uma grande bênção para o progresso da obra do Senhor a instalação

do Instituto Batista Fluminense. Suas atividades eram realizadas nos períodos

de férias e costumavam durar duas semanas. Algumas vezes, realizou-se, também,

durante o mês de março, alcançando o ano letivo. O promotor desse curso era

o secretário-executivo do campo. Durante a gestão do Pastor José Joaquim da

Silveira, dedicado obreiro, que se entregou de corpo e alma à sua função dc

secretário-executivo, o Instituto Batista Fluminense recebeu grande impulso.

A finalidade desse Instituto era oferecer aos líderes das igrejas, impedidos

de progredir pe lo pouco conhec imento in te lec tua l que possuíam, e sem acesso

aos grandes centros, o treinamento necessário para a sua atuação na igreja local.

Os professores recrutados pelo Pastor Silveira eram pastores co m ex periência

134

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no treinamento de membros de igrejas e que estavam em dia com os manuais

que regiam a e s t ru tura denominac iona l .

O curso do Instituto se resumia no estudo de livros e manuais batistas,

tais como:  O que Crêem os Batistas, C omo Ganhar Almas, A Doutrina do E spí-

rito Santo, De Abraão a Malaquias, Nossas Doutrinas, O Lar Cristão, As Igrejas

do Novo Testamento, A Suprema Conquista, Ensina-nos a Orai; Paixão Pelas

Almas, De Belém a Patmos, E sboço de História Bíblica, Lottie Moon, Treina-

mento dos Membros da Igreja, Manual da União Geral, O Departamento de

Primários, Palestra com a Classe Normal, Pescadores de Almas, Não Sou Meu,

O Líder dos Intermediários,  e outros. Além dos conhecim entos teológicos básicos,

oferecidos pelos estudos de tais livros, o curso ministrava, também, noções de

por tuguês prá t ico .

O Instituto se realizava anualmente no Colégio Batista de Campos. Durante

um ce r to pe r íodo, o P rofessor José Joaquim da S i lve ira , juntam ente com outros

professores, passavam uma semana em outras regiões, ministrando o curso, através

do ens ino de a lguns dos l ivros que compunham o cur r ículo . O Ins t i tu to , em

Campos e em outras regiões, era visitado pelo colportor Cícero Góspeller que,

desde 1925, oferecia para venda os livros comprados na Casa Publicadora Batista ,

hoje JUERP, aos l íde res que f r eqüentavam o cur so .

Naque le tempo, de mui ta pobreza e s impl ic idade , os a lunos se hospedavam

em sa las dos templos , dormindo em es te i r a s que e ram colocadas nos bancos ,

ou mesmo no chão as quais, pitorescamente, foram chamadas pelo Pastor Virgílio

Far ia de "mapas" dos a lunos .

Embora tão limitados em recursos, o fàto é que os   Institutos,  realizados

em igrejas tão carentes de liderança melhor preparada, trouxeram grande contri-

buição pa ra o doutr inamento dos c rentes daque le tempo.

E S C O L A D E V E R Ã O

Uma ent idade que ve io também contr ibuir pa ra o desenvolvimento da obra

do Senhor no campo f luminense fo i a denominad a Escola de Verão.

"Fundada em 1923 pe la Junta do Colégio e Seminár io do R io , A

instituição assim estendeu as suas atividades de tal modo a servir

à causa geral da instrução, especialmente pelo preparo sólido de

pastores, evangelistas, professores de escolas anexas e colégios primá-

rios e secundários, c bem assim professores e professoras das Escolas

Dominica is c outros obre i ros , proporc ionando- lhes o pr iv i légio de

cursar com lentes experimentados desse estabelecimento sem deixar

a atividade de seu trabalho permanente". '

1

»

A Escola de Verão se reuniu, por muitos anos, em Friburgo. Havia o curso

teológico, o curso pedagógico e os cursos rápidos, além do curso normal das

Escolas Dominica is , onde adotavam mui to bons l ivros , como  As Sete Leis do

Ensino,  de M.Gregory, o  Manual Normal,  e outro s.

No primeiro ano do curso da referida escola, estudaram 20 alunos do campo

fluminense e alguns do antigo campo federal. O curso se realizava durante todo

o mês de janeiro e ia até meados de fevereiro. Era intensivo.

135

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O c o r p o d o c e n t e e r a o q u e d e m e l h o r s e p o d i a d e s e j a r . C o m p u n h a m - n o

d o cen tes d a es t i rp e d o s Drs . A .B .Lan g s to n , T .B .S to v er , W .E.AI len , E .A. J ack so n ,

A.B .Ch r i s t i e , S .L .W at so n , o p as to r A n tô n io Ch ar l es e a p ro fes so ra Ed i th Al l en .

Do s a lu n o s q u e s e mat r i cu la ram e , mai s t a rd e , s e fo rmaram, d es tacamo s

o n o me d o s s eg u in tes p as to res : Jo aq u im Ro sa , Man o e l d e Br i to , Jo sé Jo aq u im

d a S i lv e i ra e Vi rg í l io Far i a . Es tes q u a t ro o b re i ro s v ie ram a rea l i za r g ran d e o b ra

n a l id e ran ça d o camp o b a t i s t a f lu min en se .

O R G A N I Z A Ç Ã O D A S A S S O C I A Ç Õ E S

Sen t iu -se q u e , p a ra melh o r p ro g red i r o t rab a lh o b a t i s t a n o to r rão f lu min en se ,

s e r i a d e b o m a lv i t re c r i a r a s so c iaçõ es em v ár i as reg iõ es d o es t ad o . A as so c iação

fa r i a in c remen ta r o re in o d o Sen h o r e d a r i a o p o r tu n id ad es d e t rab a lh o a mu i to s .

Fe i to s o s es tu d o s , fo i o Es tad o d o R io d iv id id o em c in co reg iõ es . As as so -

c iaçõ es p io n e i ras s ão a s s eg u in tes :

  Norte,

  co m o n ze ig re j as ;

  Centro,

  co m d ezo i to ;

Macaense,

  c o m q u i n z e ;

  Baixada,

  co m d ez e

  Paraibana,

  co m o n ze .

A q u e p r imei ro s e o rg an izQu fo i a

  Paraibana.

  A so len id ad e d e in s t a l ação

d a as so c iação s e d eu n o d ia 2 7 d e o u tu b ro d e 1 9 2 3 , n a casa d e cu l to s d a Ig re j a

Bat i s t a d e Sap u ca ia , co m v in te e o i to men sag e i ro s q u e v ie ram d as ig re j as d e

Barão d e Aq u in o , D u as Barras , Ap arec id a , Pa lmi ta l , Sap u ca ia , En t re R io s , Para íb a

d o Su l , Va len ça , Bar ra d o P i ra í , No v a Ig u açu e P ião .

A

  Associação Norte

  fo i o rg a n izad a n o d ia 25 d e j an e i ro d e 1 9 2 4 , co m

a Ig re ja d e Camp o s . F i l i a ram-se a e l a 1 2 ig re j as .

A

  Associação Centro

  s e o rg an izo u em Po r te l a , n o d ia 2 1 d e março d o

me smo an o , co m 1 8 ig re j as . Fo i a as so c iação q u e co meço u co m maio r n ú mero

de igrejas .

A Associação Baixada-Eíuminense

  fo i orga nizad a em Niterói , com 11 igrejas

a ela fi l iadas .

A

  Associação Macaense

  fo i a ú l t im a d as c in co p r imei ras as so c iaçõ es a

se o rg an iza r . Su a fu n d ação s e d eu n o d ia 1 2 d e ju lh o , n a Ig re j a Ba t i s t a d e Óleo ,

com 15 igrejas .

Secretários Regionais

Imp u l s io n ad as p e lo id ea l d e c resc imen to , cad a as so c iação e l eg eu lo g o u m

secre tá r io - reg io n a l . Fo ram e les :

Asso c iação No r te : F id é l i s Mo ra les Ben tan cô r

A s s o c i a ç ã o P a r a i b a n a : J o a q u i m R o s a

Asso c iação Cen t ro : Ero d ice d e Qu e i ro z

Asso c iação d a Ba ix ad a : Jo sé d a S i lv e i ra

Asso c iação Macaen se : Man u e l M. d e Br i to

A f in a l id ad e p r in c ip a l d a c r i ação d o ca rg o d e s ec re tá r io - reg io n a l e ra ' ' a liv i a r

o s ec re tá r io -es t ad u a l d o ex ces so em su as resp o n sab i l id ad es , e sp ec ia lmen te a

resp e i to d e v iag en s , o rçamen to s , re l a tó r io s e n a ed i f i cação e t re in amen to d as

ig re jas " .

O Escudeiro Batista,

  em o n ú m ero d e s e t emb ro d e 1 92 3 , d ec la ro u : " Ben d i t a

a h o ra em q u e s e p en so u em d iv id i r o Camp o Bat i s t a F lu min en se em as so c iaçõ es

reg io n a i s , ab en ço ad o o o b re i ro q u e s e es fo rço u e p ô s em ev id ên c ia o q u e su a

m e n t e e s b o ç o u " .

( 1 )

136

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P R I M E I R O S P R O B L E M A S A S S O C I A C I O N A I S

Joaquim Fernandes Ix:ssa registrou:

"Estas a ssoc iações e ram uma novidade na organização ba t is ta bras i -

leira, e deram um grande impulso e ânimo geral ao trabalho no estado.

Porém, era dif ícil fazer-se compreender que não eram convenções,

nem es tavam subordinadas à convenção es tadua l , ou que e ram para

alguns, organizações tão independentes que chamaram para si o direito

de controlar as igrejas dentro dos seus limites terr itoriais, como bem

quisessem. Só se aprende por experiência. E as associações tendiam,

ora pa ra o to ta l i ta r ismo, ora pa ra a ana rquia como nul idade . Os

ba t is ta s e ram mar inhe iros de pr ime ira v iagem que se de ram ao mar

com todas a s ve las içadas e desf ra ldadas , e spe rando que Deus os

a judasse a té que chegassem ao por to dos ace r tos . ' "

A IG R E J A B A T IS T A D O P I Ã O É D E S F R A T E R N I Z A D A

P O R A L G U N S A N O S E R E T O R N A E M 1 9 2 3

A Igreja Batista de Pião, no município dc Teresópolis, foi organizada no

dia 21 de dezembro de 1904, com 53 membros. O conselho que a organizou

era composto do Pas tor A.B .De te r e os i rmãos A.Gomes Lea l , Pedro Sebas t ião

Barbosa , M.L.Monte i ro e João D. Machado.

O Pastor A.B.Deter pastoreou aquela igreja até o f inal de 1905. Depois

de sua saída, a igreja resolveu empossar como seu pastor o Sr. José Carneiro

Fonseca, no dia 8 de fevereiro de 1906, "sem a devida imposição das mãos do

presbitério, cirscunstância essa agravada com o fato de ser ele excluído da Igreja

de Niterói". '" Por ter tomado tal atitude, a igreja foi, segundo o que diz

J.F.Lessa, em seus  Subsídios,  "desf ra te rn izad a pe las igre ja s v iz inh as" '

2

'.

Em 1? de março de 1908, o Sr. José Carneiro Fonseca foi desligado da

membresia da Igreja Batista do Pião, tendo, então, deixado o pastorado da mesma.

Ainda , segundo o h is tor iador J .F .Lessa , em seus  Subsídios,  "o e spí r i to

separa t is ta que nasceu na Igre ja Ba t is ta do Engenho de Dentro [hoje , Segunda

Igre ja Ba t is ta do R io de Jane i ro] , a la s t rou-se pa ra o in te r ior do es tado" . '

3

'

A Igreja Batista do Pião só voltou a cooperar com a convenção em 1923,

tornando-se, então, operante. Veio a ter à sua frente obreiros corno os pastores

João Te ixe i ra de Lima e Ass is Cabra l , ambos tendo a tuado em f ins da década

de 30.

P E R S E G U I Ç Õ E S E M S Ã O F R A N C I S C O D E P A U L A

São Francisco de Paula, município de São João da Barra, era lugar gran-

demente hostil ao evangelho. Os católicos romanos, instigados pelo clero, que

desfechou terr ível campanha contra os crentes ali, se utilizavam de todos os meios

que podiam para desmoralizar e enxotar dali os evangélicos.

Tal era o vulto das perseguições, que, em certa feita , um grupo de fanáticos

invadiu a Casa de Oração, tratando de incendiar tudo o que ali havia. Dos móveis,

só sobrou um banco, mui to que imado, que , a té a lguns anos a t r á s , pe rmanec ia

guardado, como que a recordar aos crentes as perseguições por eles sofridas.

137

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Mesmo que tentassem, os crentes não conseguiram organizar , naquela vila ,

a igreja que desejavam. Tais eram as perseguições sofridas na localidade de São

Francisco de Paula, que eles se viram obrigados a passar a se reunir no local

conhec ido como "Fazendinha" , que d is tava t r ê s qui lômetros da v i la . Al i conse -

guiram erguer um templo, onde cultuavam ao Senhor sem receberem os maltratos

de antes.

A igreja ali organizada, em 20 de abril de 1924, com vinte e oito membros,

tomo u o nom e de Igreja Batista de Cacimbas . Vários irmãos, que hoje são pastores,

foram membros daquela igreja. Entre eles, os pastores Manoel Bento da Silva

e Valério Gomes.

Passados mais de 50 anos, pôde ser construído o templo em São Francisco

de Paula , t r ansfe r indo-se pa ra aque la v ila a igre ja organizada na "Fazen dinha" .

A G R A N D E C A M P A N H A

Com o nome de "Grande Campanha" , fo i lançado, em 1919, um grande

movimento com a f inalidade de atingir alguns alvos evangelísticos e f inanceiros.

Ao Campo Ba t is ta F luminense , cabia a r recadar a "quant ia de 620 contos

de réis, de 1920 a 1924".

O Dr. A.B.Christie , no entanto, ponderou que, embora esse alvo fosse prepa-

rado pela comissão do Rio, os irmãos f luminenses deveriam se esforçar para

preparar um alvo bem mais alto. Assim, foi o alvo elevado para 943.000S000,

pa ra se r a t ingido durante o qüinqüênio da Grande Campanha .

O Dr. Adrião Bernardes, que era do Recife, era o encarregado de promover

a propaganda do movimento nas igrejas. De modo que ele e o Pr. Manoel Avelino

de Souza visitaram muitas igrejas no afã de levá-las a se conscientizarem de

que os alvos deviam ser atingidos.

Nesse pe r íodo da  Grande Campanha foram organizadas M igrejas, houve

3.800 batismos, construíram-se 32 casas de culto e ultrapassado foi o alvo de

943.000S000, pois chegaram a 1.404.124$977. Foram consagrados ao ministério

14 pas tores . Houve um aumento l íquido de 2 .451 membros .

Lessa afirma que foi maravilhoso o progresso do Campo Batista Fluminense

com o movimento da Grande Campanha .

C A I X A D E B E N E F I C Ê N C I A D O S O B R E I R O S

Em assembléia convencional, realizada em São Fidélis, no ano de 1923,

foi organizada a Caixa de Beneficência dos Obreiros da Convenção Batista

Fluminense.

Surgi ra e s ta ent idade , com o resul tado d o que presenc ia ram a lguns i rmãos

com o falecimento do consagrado obreiro, Pr . Leonel Eyer, que acontecera no

mês de janeiro daquele ano. Morreu bem jovem aquele obreiro, deixando para

sua família apenas um grande nome, como dedicado e zeloso servo do Senhor.

Financeiramente, deixara em situação dif ícil sua viúva.

Para a Caixa de Beneficência dos Obreiros da CBF, passaram a contr ibuir

os pastores que dela se faziam sócios, através de contr ibuição dada, pessoal-

mente, ou através de suas igrejas.

138

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Acentua Joaquim Fernandes Lessa :

"Foi um começo, apenas, mas um princípio que deverá crescer e esti-

mular o coração dos interessados. Era, por ora, local, limitando-se

aos obreiros dc um estado da Federação Brasileira. Mas era a porta

aberta para se tornar nacional, para arregimentar todos os obreiros

do Brasil, de norte a sul. Esta organização, conquanto fosse local,

não fechou a porta a obreiros de outros campos. Tornou-se, assim,

precursora de oraganização nacional, que, de fato, se deu mais tarde.

A diretoria da Caixa de Beneficência compõe-se dos seguintes irmãos:

presidente — Manoel Avelino de Souza; primeiro-secretário — L eobino

R, Guimarães ; segundo-sec re tá r io — Joaquim Rosa ; te soure i ro —

A.B.Chr is t ie . " '

1

'

C O N V E N Ç Ã O B A T I S T A F L U M I N E N S E

Com o correr dos anos, chegou-se à conclusão dc que se deveria criar a

Convenção Ba t is ta F luminense . Foi quase só mudar o nome .

No dia 6 de maio de 1923, por ocasião da reunião anual da Associação

Batista Fluminense, na Igreja Batista de São Fidélis, foi votado, solenemente,

que a Assoc iação passasse a denominar - se "Convenção Ba t is ta F luminense" .

Nessa época, o campo fluminense contava com 67 igrejas.

Nova fase de t r aba lho é inaugurada , pois , mui tos p lanos , v isando ao desen-

volvimento do trabalho em geral, são delineados. Os trabalhos já existentes sofrem

modif icações com o f i to de a tenderem "a os r ec lamos do seu desenvolvimento" .

U N I Ã O D O S O B R E I R O S D O C A M P O B A T I S T A F L U M I N E N S E

Ocorre u no dia 16 de janeiro de 1929, no Salão N obre do Co légio B atista

F luminense , em Campos, a organização da União dos Obre i ros do Cam po Ba t is ta

Fluminense. Para presidir tal organização, foi escolhido o Pr. Joaquim Fernandes

Lessa. A finalidade da entidade era congregar os pastores e evangelistas para,

juntos , e s tuda rem como melhor desenvolve rem suas r e sponsabi l idades e como

fazer progredir o trabalho do Senhor.

Naque la época , a tuavam como evange l is ta s mui tos se rvos do Senhor que ,

mais tarde, vieram a ser consagrados ao ministério. Não podemos deixar de regis-

t r a r a lguns nomes daque les ze losos obre i ros que , com grande amor , a juda ram

a erguer a obra que é hoje o campo batista f luminense: A.B.Christie , J.F.Lessa,

Joaquim Coe lho dos Santos , José Joaquim da S i lve i ra , Joaquim Rosa , Joaquim

Mar iano, A ntônio Mora les Bentancôr , F idé l is Mora les Be tancôr, Antô nio Soares

Ferreira, Virgílio Faria, Elias Portes Filho, Ubaldino Faria de Souza, Alberto

Lessa, Joaquim Alfredo Reis, Leobino da Rocha Guimarães, Manuel Avelino

de Souza .

Vár ios f a tores inf lu í ram na cont inu ação do t r aba lho da U nião de Obre i ros

do Campo F luminense . Infe l izmente e ssa organização se d issolveu. Graças ao

Senhor, porém, o trabalho feito por esses servos de Deus não sofreu solução

de cont inuidade . Cont inuou sendo abençoado por Deus e , como se vê adiante ,

é instituída, anos mais tarde, organização similar , para assistir os pastores do

campo.

139

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D E P R E S S Ã O , E N D I V I D A M E N T O E D E S Â N I M O

O final da década de 20 trouxe para o Brasil uma grande depressão f inan-

ceira. O grande economista, Josué Furtado, escreve:

"A grande acumulação de e s toques de 1929, a r ápida l iquidação das

reservas metálicas brasileiras e as precárias perspectivas de f inancia-

mento das grandes safras previstas para o futuro aceleraram a queda

de preço in te rnac iona l do ca fé in iciado conjun tamente com a de todos

os produtos pr imár ios em f ins de 1929" .

(l)

Tal foi a crise, que, para ver se conseguiam fazer subir o preço do café, os

ca fe icul tores usavam do expediente da que ima do grão . Ass im, tone ladas e

mais tone ladas de ca fé foram que imadas; mas nada se conseguiu do que se

esperava.

Como o ca fé e ra o for te no Estado do R io , pr inc ipa lmente na zona nor te ,

os habitantes dessas e de outras regiões, se transferiram para outras regiões do

país. Era o começo do grande êxodo rural. Muitas famílias trocaram a roça pelos

centros urbanos e loca is próximos a e sses, form and o o que o soc ió logo Gi lbe r to

Freyre denominou  ruriurbanismo.

Com o acentuado êxodo começado no pe r íodo re fe r ido , c que se fo i e s ten-

dendo pe los anos subseqüentes , mui ta s igre ja s foram perdendo m ui tos m embros .

Igrejas como a de São Luis, na região Norte, e a de Bananeiras, na Associação

Be te i , que t inham centenas de membros , f ica ram quase desoladas com a sa ída

da maioria de seus membros para outras localidades, em busca de serviços para

se mante rem. A Igre ja Ba t is ta de Miraccma , que havia exper imentado u m grande

desenvolvimento , em pouco tempo, chegando a ba t iza r pe r to de 100 pessoas

em um ano, f icou mui to aba lada com a c r ise do ca fé . Mui tos de seus membros

trabalhavam nas propriedades onde o cultivo do café era o forte, e , para sobre-

viverem, tiveram que procurar outras paragens. Pastoreava-a, nesse período, o

Pr. Antônio Soares Ferreira, que foi obrigado a deixá-la e assumir o pastorado

da Igreja Batista de Portela.

Com a d iminuição de membros , em mui ta s igre ja s , ve io, r apidamente , como

conseqüênc ia , ce r to desânimo. Com o desânimo espi r i tua l , ve io também o

desânimo na participação eclesiástica e, conseqüentemente, na participação f inan-

ce i ra . Decor reu da í um per íodo de endividamente dentro da denominação.

140

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Capítulo IX

— INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓPRIA E

REAVIVAMENTO (1930-1941)

C U R S O D E E X T E N S Ã O

Dcnominava-se Curso dc Extensão o ens ino ofe rec ido, durante a s f é r ia s

de julho, em Italva, aos pregadores leigos que não tivessem feito o Primeiro

e o Segundo Graus .

O n o m e  extensão  advinh a do fa to de o cur so ser minis t r ado em nom e

do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Funcionava nas dependências

do templo da Igreja Batista Central de I talva, que, na época, era pastoreada

pelo Pr. Virgílio Faria.

Seu pr ime iro d i re tor fo i o Dr . H.H.M uirhe ad, home m de vas ta exper iênc ia

no ensino teológico c autor de várias obras, sobressaindo-sc, entre elas, a

História do Cristianismo,  prep arad a em três volumes.

Subs tituiu-o o missio nário J.L. Riffey, que esteve na direção desse curs o

de 1938 a 1955. Além de dir igi- lo, o Dr. John Riffey ministrava as matérias de

que se compunha o curso. No início, o Dr. Riffey era professor de muitas disci-

p l inas . Vez por outra , porém, conseguia que a lgum professor do seminár io o

auxiliasse, pelo menos, em algumas palestras.

  (I)

A Z O N A N E U T R A

Era assim que os batistas f luminenses chamavam a região sul do estado,

onde, até o ano de 1939, não havia qualquer igreja batista organizada.

Mas agora , o c la r im soa ra Era a conc lamaçã o pa ra o despe r tamento do

povo ba t is ta f luminense que podia , então , contempla r , naque la r egião , magní-

f ica oportunidade de evangelização. Ali estava um grande desafio, um grande

potenc ia l : a ins ta lação da Com panh ia S ide rúrgica Nac iona l , em Vol ta R edonda ,

o que t r a r ia também grande desenvolvimento pa ra toda a zona sul f luminense .

141

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Os batistas do estado ouviram o soar do clarim e decidiram fincar as

estacas e estender as cortinas do evangelho ali, como apregoava o profeta Isaías.

Na assembléia convencional, realizada em Campos, em 1937, foi nomeado

um missionário para cuidar da evangelização no sul do estado. O escolhido para

ocupar esse cargo foi o Pastor Elias Portes Filho. Nesse ínterim, morreu-lhe

a esposa querida, irmã Laura Portes. O Pastor Portes f icava viúvo, com quatro

filhos — três meninas e um menino. E agora, o que fazer?

O missionário A.B.Christie se propôs a ajudá-lo. Os f ilhos foram colo-

cados no in te rna to do Colégio Ba t is ta F luminense , em Campos. Deste modo,

com a cooperação f inanceira do missionário Christie e o auxílio do Colégio

Batista , estariam os f ilhos recebendo a assistência necessária.

Quem Era Elias Portes Filho?

Elias Portes Filho foi ordena do ao M inistério d a Palavra no dia 10 de-

agosto de 1920. Quando fo i nomeado miss ionár io pa ra o su l do Estado do R io ,

já era bem conhecida a sua experiência pastoral, uma vez que havia exercido o

pastorado das seguintes igrejas: Miracema, São Gonçalo, Barra do Piraí,

Maricá, Águas Claras, Liberdade, I taperuna, Bom Jesus. Era obreiro capacitado,

idôneo e com longa experiência como evangelista .

Foi da Igreja de Bom Jesus que ele saiu para ser missionário na "Zona

Neutra". Nessa igreja, ele passara dez anos, realizando ali profícuo ministério.

Apó s 19 ano s de exercício pastoral, sai do norte par a o sul do estado, região

bem diferente daquela em que, até então, atuara. Ao chegar ao novo campo,

o missionário Elias Portes Filho, como ficou sendo chamado, escreveu:

"Sa ímos do nor te pa ra o su l do Estado do R io . Foi a tendendo a

um impera t ivo da causa de Deus . Desde há mu i to que se vem p ensan-

do na necessidade de se completar a evangelização do Estado do Rio

de Jane i ro . E a Junta Es tadua l r e solveu t r ansformar em rea l idade

este pensamento. Por isso nos designou. E já estamos a postos.

Queremos agir sem perda de tempo. Todavia, o resultado desse

trabalho, não sabemos quando vai aparecer. Se cedo ou tarde.

Sabemos, porém, que o sucesso depende de nosso esforço com a

bênção de Deus. Temos que viver. Temos que proclamar. Temos que

evangelizar , a grandes e a pequenos. Sou batista , e , como tal, creio

na doutr ina da e le ição . Da í , nenhuma i lusão nutr imos:   o evangelho

épara todos, m as nem todos são para o evangelho.  A tarefa é dif ícil,

não re s ta dúvida . Mas não é minha , apenas , senão de todos os ba t is -

tas do estado, de quem espero a cooperação franca e leal. O que

queremos é a s impa t ia de todos . É a contr ibuição m one tá r ia pa ra

que a junta possa sus tenta r o t r aba lho, a té ao tempo de sua f ru tes-

cênc ia . E nessa concepção, ent ra remos no t r aba lho."

  (1)

O impertérr ito missionário se entregou de corpo e alma ao afã de evan-

gelizar toda a extensa região.

O t r aba lho va i se desenvolvendo paula t inamente . Os pr ime iros pontos de

pregação são organizados. Desenvolvem-se estes e tornam-se em congregações.

Ao lado da evange l ização, o miss ionár io procedia ao doutr inamento . Era

142

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doutr inador -or todoxo. Cr ia que só com uma base bem sól ida o t r aba lho podia

pe rmanecer .

Dois anos de trabalho intenso e c organizada a primeira igreja da região,

na cidade dc Resende, no dia 27 de julho de 1941, contando, então, 18 membros.

O concilio, ou conselho, como se chamava na época, se compôs dos seguintes

pastores: José Jaoquim da Silveira, Cantanilo H.Pinto, A.B.Christie , J.J.

Cowsert, T.B.Stover, Elias Portes Filho e Augusto F.Costa.

O Pastor Elias Portes Pilho foi o pastor convidado e dir igiu o rebanho

até 07 de julho de 1944, quando entregou o pastorado ao Pastor Benedito Peça-

nha, que veio a se tornar um grande obreiro nessa região.

Após a organização da Igreja Batista de Resende, seguiu-se a organização

das seguintes igrejas: Mangaratiba, no dia 12 de janeiro de 1941, com 18 mem-

bros. Volta Redonda, no dia 20 de setembro de 1942, com 27 membros, tendo

o Pas tor El ia s Por te s F i lho pas toreado a mesma , po r a lguns meses, a té emposs a r

o Pasto r W alvique Soares, no dia 07 de fevereiro de 1943. Piraí, que se organizou

no dia 26 de novembr o de 1944, com 13 mem bros. B arra Man sa, no dia 24 de

abril de 1945, com 25 membros.

Depois de uma décad a de t r aba lhos miss ionár ios desenvolvidos pe lo Pas tor

Elias Portes Filho, nessa região, ele escreveu e publicou no órgão oficial da

convenção es tadua l um a r t igo sob o t í tu lo "As Vi tór ia s do Traba lho M iss ionár io

na Zona Sul". Um belo artigo sobre como Deus realizou sua obra ali:

"Vai fazer em maio próximo dez anos desde de que se iniciou o

trabalho de evangelização da zona sul. Essa   região  a que nos propu-

semos evangelizar era, até então, distinta e singular para os batistas

fluminenses. Distinta, porque achava-se separada como "zona neutra";

e singular , porque f icou sem o trabalho dos batistas até aquela data.

"Foi na segunda quinzena de maio, do ano de 1939, que f izemos

a nossa primeira viagem de inspeção evangelística. Nesse itinerário,

chegamos à conclusão de uma coisa: nossa tarefa seria , realmente,

um começo dif ícil de trabalho.

"N o entanto , passados e sses nove anos , o que pa ra nós , naque le tem-

po, e ra uma in te r rogação, um sonho, uma espe rança , hoje é uma

rea l idade concre ta . Podemos a f i rmar , com sa t is fação: o t r aba lho de

Deus , pe los ba t is ta s , e s tá e s tabe lec ido também na região sul -

- f lumin ense.

"Recapitulemos, agora, as vitórias desse trabalho. Primeira vitória:

proteção de Deus.  Essa não nos faltou, em nenhum instante. Veri-

f icamos, desde logo, que o t r aba lho e ra promovido sob a providênc ia

divina. Isso, pela maneira como as portas se nos abriam, e como

as autoridades regionais e municipais nos recebiam. Um deles chegou

a me dizer: 'A polícia está às suas ordens' . Um outro disse aos seus

subordinados: 'Façam tudo pa ra que es te s homens não se jam desfe i -

tiados aqui' . Foi no tempo do governo ditatorial. Não havia liberdade

política, mas a religiosa nos foi assegurada. Outro sinal da sanção

divina ao nosso trabalho foi a oposição secreta, sistemática e persis-

tente que Satanás nos fez.

"Segunda v i tór ia :  o apoio do nosso povo — os batistas fluminenses.

143

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Esse apoio , que r mora l , que r f inance i ro , também não nos f a l tou .

Sem ele, nos seria muito dif ícil manter-nos nesse trabalho.

"Terceira vitória:  articulação de elementos nossos por batismos e car-

tas demissórias, em congregações e igrejas.  Essa vitória nos foi dada

nos nossos primeiros esforços evangelísticos. O primeiro ato de batis-

mo fo i em Mangara t iba . O segundo fo i em Ser ra d 'Água , e s tando

presente o saudoso irmão Ângelo Manzolilo. O terceiro foi em Piraí.

E o quarto foi em Resende. Assim por diante.

" Q u a r t a v i t ó r i a:  encaminhamento de obreiros.  Não obstante ser essa

região a menor e mais nova do campo fluminense, creio, em relação,

se r a que conta o ma ior número de obre i ros . Não se contand o Bar ra

c Valença, somos seis, se não me engano. Afora os obreiros anônimos

que são os crentes convertidos, sem os quais pouco se poderia fazer

na Seara.

"Quinta v i tór ia :  consolidação do trabalho.  Essa vitória está em meio.

O nosso f ito é ver que as igrejas que se vão organizando se f irmem,

a lcançando o  sustento próprio,  pela prátic a do dízimo. E estão

marchando pa ra e sse a lvo .

"Sexta v i tór ia :  aquisição epatrimônio.  O trabalh o, em vários lugares,

iniciou-se sem casa e sem equipamento. Em Resende, por exemplo,

reunimo-nos, por uns dois meses, debaixo da copa de uma mangueira.

Hoje , porém, vá r ia s igre ja s da zona sul já possuem seu pa t r imônio .

Entre elas, a Primeira Igreja de Volta Redonda, Piraí, Resende, que

já contam com órgão, mobília , etc . É verdade que outras, como Barra

Mansa , Angra , Mangara t iba , pe rmanecem a inda em casa a lugada .

"Gra ças a Deus por tudo quanto no s tem dado, no seu t r aba lho,

no sul - f luminense ."

  (2>

SS  B L A N C H E S I M P S O N E A E D U C A Ç Ã O

R E L I G I O S A E T E O L Ó G I C A

Após te r passado dez anos no Estado do Espír i to Santo , a miss ioná r ia

Blanche Simpson passou a atuar em nosso estado em janeiro de 1939.

Miss S impson t r aba lhou como i t ine rante da União Feminina do Estado

do Rio. Nessa função, realizou institutos bíblicos promovidos pelas igrejas das

diversas associações, e o instituto estadual, que se realizava anualmente no Colé-

gio Batista Fluminense. Escolhida como secretária-executiva da UFMB do campo

fluminense, transferiu-se do Rio de Janeiro para a, então, Vila de Monção que

é, hoje, a cidade de I talva.

B lanche S impson rea l izou obra d igna da aprec iação dos ba t is ta s do Estado

do Rio. De sua biografia, extraímos:

"Algumas moças , minhas a lunas no colégio em Campos, haviam se

oferecido para trabalhar entre as igrejas do estado, durante as férias,

como itinerantes da União Feminina. Levei-as, então, para a minha

casa, dei- lhes um treinamento especial, orientei e organizei o itine-

rário de cada uma. O plano deu ótimos resultados e eu comecei a

144

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pensa r num t raba lho semelhante pa ra os moços , e spec ia lmente pa ra

os que desejavam se preparar para o ministério.

"Estudando as necess idades de cada assoc iação, ache i que a Maca-

ense era a que sofria maior carência dc obreiros. Transferi, então,

minha re s idênc ia pa ra o munic íp io de Santa Mar ia Mada lena , onde

não havia até aquela data nenhum crente batista , e iniciei logo cultos

em minha casa .

"No munic íp io v iz inho havia duas igre ja s , uma com se te membros

e outra com doze. Ambas estavam, há dois anos, sem pastor . No

intu i to de promover o desenvolvimento do t r aba lho naque la zona ,

convidei o Pastor Nilo Salles e esposa, de I talva, para virem mc aju-

dar. Pouco mais tarde, comprei uma casa antiga, mas bem espaçosa,

e prosseguimos em nossas atividades evangelísticas. Continuei ensi-

nando minhas classes de educação religiosa no colégio de Campos,

ofe recendo aos jovens que dese javam t raba lha r na Causa um curso

pré - tcológico pa ra a lunos a t r a sados ( a lguns a inda cur savam o pr imá-

r io) e o teológico pa ra os ma is adiantados . Lembro-me de um a luno

vindo de Portela, moço da roça e de família muito pobre. Ele tinha

vinte anos e nunca f r eqüenta ra uma escola . Foi ma tr iculado no

pr imer io ano do cur so pr imár io . Embora quase não pudesse le r ,

coloquei-o no curso pré-teológico. No seu primeiro ano teve de fazer

ora lmente todos os examos, pois , mesmo sabendo responder sa t i s -

f a tor iamente à s pe rguntas , não podia e sc revê - la s . Desse modo,

comple tou nove l ivros . No segundo ano, comple tou onze , passando,

então , pa ra o cur so teológico . Era profun da a convicção que Otac iano

t inha de sua cham ada p a ra o minis té r io e enf rentava com ra ra d ispo-

sição e alegria as dif iculdades que surgiam. Com dois anos de estudo

conseguiu ent ra r no g inás io . Nunca fo i um a luno br i lhante , mas

a lcançou notas pa ra passa r . Quando começou a prega r , r eve lou-se

um excelente ganhador de almas; sua mensagem era simples, mas

pregada com s ince r idade , entus ia smo e segurança . Ao te rminar o

ginás io , em Campos, ma tr iculou-se no Seminár io do R io , onde se

formou. Casou-se com uma dc minhas a lunas . Tornou-se um e f ic i -

ente pastor .

"Na ocasião em que se reunia a Associação Macaense, apresentei

à a ssemblé ia um grupo de meus a lunos e propus enviá - los semana l-

mente às igrejas sem pastor , para que eles pregassem e f izessem o

trabalho de evangelização nas imediações. Eu mc responsabilizaria

pelas despesas de viagem e daria a cada jovem uma pequena grati-

f icação. Se fosse possível, as igrejas beneficiadas deveriam dar,

também, alguma coisa ao moço. Isso, entretanto, seria facultativo

e as igre ja s poder iam te r a mesma cooperação, fornecendo apenas

a hospedagem.

"De 1947 a 1950, muitos jovens viajaram de trem ou de ônibus,

sa indo de Campos sábado à ta rde e r e tornando segunda- fe i r a de

manhã, em tempo de assistir às aulas. Esse era um modo prático

de treinar jovens e auxiliar as igrejas. Era também um meio de prover

aos estudantes algum recurso; quase todos eles vinham de lares muito

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pobres e não contavam com nenhum auxílio. Davam horas de trabalho

no colégio, em troca da pensão, mas não dispunham de dinheiro

a lgum para a s pequenas despesas" .

  (1)

JUBILEU DE OURO DA PRIMEIRA IGREJA

BATISTA DE CAMPOS

Ocorreu em 23 de março de 1941 o Jubileu dc Ouro da Primeira Igreja

Ba t is ta de Campos. Por extensão, comemorou-se , também, o Jubi leu de Ouro

do campo batista f luminense, já que este teve a sua organização vinculada à

organização daque la igre ja . Pa ra comemora r tão impor tante da ta , dec id iu- se

que, naquele ano, a assembléia convencional seria realizada em Campos, no

templo da Primeira Igreja, nos dias 18 a 22 de julho.

O orador oficial das comemorações foi o Pastor Dr. João Fílson Soren,

na época, pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, que, no tempo

em que era past oread a pelo miss ionári o W .B.Bagby, organiz ara a Prime ira Igreja

Ba t is ta de Campos. No seu se rmão of ic ia l , o Pas tor Soren abordou o tema   A

Certeza Cristã.

Apresentando re la tór io h is tór ico dos 50 anos do t r aba lho ba t is ta f lumi-

nense , o miss ionár io A.B .Chr is t ie informou te rem s ido organizadas , durante

aquelas cinco décadas, um total de 148 igrejas. Naquele momento, porém, o

número de igrejas do campo fluminense era de 124, em vir tude do êxodo rural,

que levou a lgumas de las a f echa rem suas por ta s . O número de membros a r ro-

lados nessas igrejas era, naquela época, de 16.000.

O pas tor da igre ja anive r sa r iante , Pas tor Leobino da Rocha Guimarães ,

apresentou, também, em resumo, o t r aba lho rea l izado por sua igre ja naque les

50 anos de a t iv idades

(, )

  Na ocasião, encontravam-se vivos ainda alguns membros

fundadores, entre eles, o que lavrou a ata de organização da igreja, o irmão

Luiz de Souza.

  (2)

Esse marco glorioso da história dos batistas f luminenses levou a convenção

a traçar novos planos para o desenvolvimento da Causa. Naquela assembléia

convencional, foi aprovado o alvo de 3.100 almas ganhas para o Senhor Jesus

Cristo, sendo que 2.500 seriam de novos convertidos e 600 seriam de excluídos

trazidos outra vez para o rol de membros das igrejas.

As comemorações do Jubi leu de Ouro foram mot ivo de grande regoz i jo

entre os ba t is ta s f luminenses . Pa ra marca r aque le acontec imento , fo i inaugurad o

e colocado na pa rede de fund o do templo da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Camp os

o busto do casal Christie , esculpido em bronze.

A A Ç Ã O D O I N T E G R A L I S M O N O

SEIO DAS IGREJAS

O movimento pol í t ico denominado   Integralismo,  que teve suas raízes na

década de 30, e ra de inspi ração fa sc is ta . O própr io fundador do movimento

no Brasil, que tomou o nome de  Ação Integralista Brasileira,  estivera com Benito

Mussol in i , o  Duee,  na I tália , em 1930, de quem recebeu grande influência. De

lá escrevera:

146

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"Tenho es tudado mui to o f a sc ismo. Não é exa tamente o r egime que

precisamos aí, mas é coisa semelhante. . . O fascismo não é propria-

mente uma di tadura , mas um regime . O Minis té r io das Corporações

é a máquina mais perfeita . . . O parlamento é constituído pela repre-

sentação de classes. Esta última coisa seria preciosa para um país

novo como o Brasil".

  (1)

Pl ín io Sa lgado fo i o fundador e condutor desse movimento , por vá r ios

anos, nc Brasil. Escritor brilhante, entre muitas obras, escreveu a  Vida de Jesus,

obra que atraiu a atenção de muitos evangélicos, pelo estilo límpido com que

foi escrita .

A mensagem doutr iná r ia do Integralismo  atingiu todo o Brasil e os métod os

que usavam de propagação do movimento empolgavam mui tos in te lec tua is .

"Usavam distintivos com as seguintes características: a letra grega

sigma,

  s ina l ma temát ico de soma ou produ to in tegra l, ma iúscula ,

em prata, sobre o mapa do Brasil, em azul real, dentro de um círculo

em pra ta . O uniforme , de uso obr iga tór io nas ce r imônias públ icas ,

constava de calça escura e camisa verde, gravata preta, co rrida, e braça-

deira no braço esquerdo, com o  sigma  em pre to sobre o fund o branco.

Os integralistas saudavam-se uns aos outros com a palavra tupi   anauê

(ave ou salve), erguendo o braço direito com a mão espalmada. Deus

era saudado com quatro anauês, o 'chefe nacional ' , com três, os chefes

provinciais, com dois e os municipais, com um".

  (2)

Vários batistas, sentindo-se atraídos e simpáticos ao movimento, começaram

a usa r o u niform e obr iga tór io — ca lça pre ta , camisa ve rde e grava ta pre ta . C r iam

que esse movimento político era a solução para os problemas do país.

Foi na região

  Centro-Fluminense

  que as igrejas batistas se viram mais

afetadas pelo Integralismo. A Primeira Igreja Batista de São Fidélis era pasto-

reada pelo Pastor Antídio de Souza, ex-pastor presbiteriano, que se tornou o

pr inc ipa l mentor dos idea is do In tegra l ismo na re fe r ida região . P romovia encon-

tros, desfiles dos  camisas-verde,  sauda ções com os anauê s, etc .

Suas mensagens na igre ja já e ram mis turadas com idé ias pregadas pe lo

Integra l ismo. Co mo resul tado, surgi ram discussões e desentendimentos . Diz iam

os adeptos da ideologia que os líderes religiosos que se lhes opunham seriam

cast igados ou mor tos quando essa t r iunfasse .

Entre os obreiros que combatiam a ideologia, estava o Pastor João Barreto

da Silva, que, na ocasião, pastoreava a Igreja Batista de Pureza, e o Pastor Ant ônio

Soares Ferreira, que pastoreava a Igreja Batista de Portela.

Mui ta s igre ja s sof re ram com as inf luênc ias do movimento . A Igre ja Ba t is ta

de São Fidélis, por exemplo, foi atingida por dissensões, disse-me-disse e uma

série de problemas que, causando um mal-estar geral, traziam escândalo para

o evange lho. Gérson de Souza , membro dessa igre ja , em ca r ta ao Pas tor Ant ônio

Soares Ferreira, datada de 12 de maio de 1935, informava que o "Fidélis de-

Sou za" — seu i rmão ca rna l — "es tava de fendend o o ex-pas tor Ant íd io de Souza

c o Integralismo e que o mesmo Fidélis tinha levado à redação do jornal O

São Fidélis, um artigo intitulado  "Bagunce iras  Baptistas".

Ainda em ca r ta endereçada ao Pas tor Antônio Soares Fe r re i r a , com da ta

de 20 de maio do mesmo ano, o irmão Gérson de Souza conta que "o Fidélis

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pediu a pa lavra e a tacou o comunismo fe rozmente ; mas todos nota ram que e le

só faltou dizer que todos deviam ser integralistas para salvação da pátr ia".

  ( J)

Tal foi a confusão no seio da igreja, que o Pastor Antídio foi excluído

do rol dc membros. Furioso, saiu debatendo-se e escrevendo artigos contra colegas

e contra a igre ja . Publ icou a r t igos a tacando também o reda tor de o   O Jornal

Batista,

  Teodoro Rodrigues Teixeira, cha man do- o de, entre outras coisas, "ve lho

c h a p a d o " ,

Teodoro Teixeira profligava os erros do Integralismo e admo estava os crentes

quanto ao pe r igo de se f i l ia rem ao mesmo. Da í te r s ido mimoseado com mui tos

elogios, como o de  velho chapado.

N o  editorial  de 7 de março de 1935, Teodoro Teixeira assevera:

"O que o Integralismo promete na verdade em matéria religiosa não

é coisa nova, mas uma coisa velhíssima — nada mais, nada menos,

que a r e ssur re ição do es tado teoc rá t ico , com nova indumentá r ia e

a lguma mod if icação, mas e ssenc ia lmente o mesmo, com o seu cor te jo

negro de intolerância, compressão, perseguições, etc , etc . A liberdade

religiosa que ele oferece, temo-la exemplif icada na Alemanha Nazista,

com a elevação de um bispo protestante a uma espécie de papa,

forçando uma unidade de corporações , sem consul ta r a s mesmas ,

e a expedir decretos por cima dos sín odos regionais protestantes; contra

o que grande parte do clero protestante mais representativo e idôneo

se tem levantado em revolta, arr iscando a liberdade e a própria vida.

Libe rdade re l ig iosa e Es tado professadamente r e l ig ioso , or ientador

de religião, são coisas de todo antagônicas".

  (4>

Mas não era só o O   Jornal Batista  que estava fazendo a clarinada para

desper ta r os c rentes contra o In tegra l ismo que v inha avassa lador como uma

ava lanche . Outros jorna is , como o  O Puritano,  órgão da Igre ja P resbi te r iana

do Bras i l , r eda tor iado por G a ldino M ore i ra , também verbe rava os e r ros do In te -

gralismo e aconselhava:

"Achamos que os crentes, pelo menos por enquanto, não devem tomar

parte no Integralismo nem a ele filiar-se,  por i sso que é a tua lmente

uma ideologia confusa , não pe r fe i tamente de f in ida nas suas te ses

religiosas. Falam em liberdade de crenças, mas há livros e outros

documentos , que já v imos, que tomam Roma como a r e l ig ião of ic ia l .

Além disso, há nele princípios que o crente não pode admitir , como

este:  'Ou pela razão, ou pela força".  Tamb ém há teses sociais muito

per igosas que o c rente não pod e abraça r" . <

5

>

O Integra l ismo provocou também ce r ta s d issensões em a lgumas igre ja s no

nor te do Bras i l . O Pas tor Cor io lano Costa Duc le rc , um dos va lentes obre i ros

do Senhor naquela região, em artigo intitulado   Em Defesa da Verdade,  ponderava:

"O Integra l ismo vem fazendo a sua ca tequese mi l ita r is ta e pe r tubando

a paz das nossas igrejas, arrastando à sua grei vários dos nossos irmãos

novos e inexperientes, atraídos pelo espetáculo dos camisas-verde.

Este nobre jorna l , " —   O Jornal Batista  — "sent ine la avançada de

nossa causa no Bras il , em vá r ios números deu b rado de a la rme , pu bl i -

c a n d o a r t i g o s i m p o r t a n t e s e v a l i o s o s c o n t r a a i n o v a ç ã o

político-religiosa do Sr. Plínio Salgado, prevenindo todos os crentes

pa ra não ca í rem no pe r igo de adotá - la" .

  (6)

148

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O Integralismo se "baseava no lema: 'Deus, pátr ia , família ' , isto é, na reli-

gião católica, na organização cooperativista do Estado e na organização patr iarcal

da soc iedade"

  (7)

  e, se tr iunfasse, ter ia feito muitos mártires, pois ir ia impor,

a fogo e ferro, o seu domínio. Seus adeptos tudo fariam para o estabelecimento

da   Igreja do Estado,  como fora no pe r íodo do Impér io .

Com o golpe de Estado , dad o por Getú lio Vargas, em 10 de novem bro

de 1937, o Integralismo, com os outros partidos, foi dissolvido.

O POVO ZOMBAVA DOS CRENTES

I taocara era uma cidade fechada ao evangelho. O padre daquela localidade

exercia grande influência sobre a população, proibindo-a de participar de qual-

quer a t iv idade promovida pe los c rentes .

Por várias vezes, o Pastor Antônio Soares Ferreira, que pastoreava a Igreja

Ba t is ta de Por te la , ten tou compra r , ou mesmo a lugar , uma propr iedade pa ra

a r ea l ização de cul tos naque la c idade . Nada conseguia , pois o povo, temendo

as reações do Padre Ananias, que mandava até nas consciências alheias, fugia

a qualquer envolvimento com evangélicos.

Ai de quem, em Itaocara, abrisse suas portas para a realização de um culto

evangé lico Estava marcado Era colocado na "ge lade i ra" , desprezado e cons i -

d e r a d o  persona non grata  ao município.

Depois de muitos esforços, conseguiu o Pr. Antônio Soares Ferreira realizar

a lguns cul tos . Como houvesse a l i um senhor , por nome Alde r ico , cons ide rado

pelo Pr. Soares como pronto para batismo, resolveu o pastor batizá-lo, no Rio

Para íba , que banha a c idade . Houve apupos , va ias e toda espéc ie de "chacota" .

A ta l ponto , que a lguns e lementos da c idade pegaram o i rmão Alde r ico pe los

braços e pelos pés e, carregando-o pelas ruas da localidade, gritavam:

  "Olhem

o Alderico Pinico protestante... Olhem o Alderico Pinico...".

Cenas como essas, outras piores ainda, foram registradas no trabalho batista

em solo f luminense . Mas os crentes não se a temor izavam. Pa ra I taoca ra mud ou-

-se a família do Sr. Sóther Lanes, cuja esposa, irmã Gersoni Lanes, conhecida

por D. Nininha , e ra mui to consagrada . O t r aba lho ba t is ta começou a te r ma is

aceitação pelos habitantes daquela localidade. Hoje, há ali uma igreja f lorescente.

C O N V E R S Ã O D O E X - P A D R E G E N T I L D E C A S T R O F A R I A

A conversão do ex-padre Gentil de Castro Faria trouxe um certo reboliço

entre o clero católico campista, ao mesmo tempo em que provocou grande alegria

para os evangélicos, principalmente, para os batistas.

Gentil de Castro Faria deu a sua pública profissão de fé no salão nobre

do Colégio Batista Fluminense, onde se reunia a Segunda Igreja Batista de

Campos. O pastor e professor João Barreto da Silva, então diretor do colégio _

e pastor da Segunda Igreja, foi quem o ouviu em sua profissão de fé. Depois

de aceito pela igreja, foi ele batizado, juntamente com o então estudante, hoje

pastor , Erodice Gonçalves Ribeiro, num tanque existente nos fundos do colégio.

O ex-padre Gentil de Castro Faria era casado com D. Cely Manhães Faria.

Grande era o desejo do novo convertido de testemunhar da graça de Cristo

em sua vida. Assim, começou a aceitar convites, aqui e ali, para realizar confe-

149

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rências. Percorreu muitos estados, dando o seu testemunho de conversão a Jesus

Cristo.

Osias Gomes, desembargador na Paraíba, escrevendo sobre  Padres Cató-

licos que Abraçaram o Evangelho,  a certa altura declara :"Rece nteme nte, dois

padres aceitaram o Salvador, no Rio e em Campos: o padre Tarcísio Leal e o

notável orador sacro Gentil de Castro Faria, que está deslumbrando os crentes

em Campos com sua obra miss ionár ia . "

Muito envolvido com a obra educacional, em Campos, Gentil Faria foi

diretor do Colégio Salesiano, professor de Filosofia no Liceu de Humanidades,

fundador do Instituto Castro Faria, e , mais tarde, proprietário do Colégio Rui

Barbosa, o qual dir igiu até a sua morte. Foi, também, vereador à Câmara Muni-

cipal de Campos.

Ordenado pastor em 1958, exerceu o pastorado das igrejas, de Ururaí e

Baltazar , no município de Campos.

Atuante na obra batista local, foi professor no Colégio Batista Fluminense,

membro da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta F luminense e professor

de Filosofia no Seminário Teológico Batista Fluminense.

O padre Antônio Ribeiro do Rosário dá sua impressão sobre o Pr. Gentil

de Castro Faria em seu livro de memórias. Veja em NOTAS E CITAÇÕES

150

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C apí tu lo X

FIRMA NDO A S ESTACAS NA BENEFICÊNCIA

E EM OUTRAS ORGANIZAÇÕES

COLÉGIO BATISTA DE NITERÓI

Na assembléia convencional realizada em Campos, em 1941, quando os

batistas f luminenses comemoravam o seu cinqüentenário, pareceres de grande

interesse foram apresentados, visando ao progresso da causa do Senhor. Entre

aqueles que mais atraíram a atenção dos convencionais, estava o que se referia

à organização de um colégio batista em Niterói, então, capital do estado.

Na ocas ião , o Pas tor Manoe l Ave l ino de Souza , juntamente com outros

líderes estaduais, sentiu que já não se poderia mais adiar a organização desse

colégio. Para que os ideais se colimassem, foi cr iada a Associação Batista de

Educação, que logo te r ia bom número de a ssoc iados .

Recebendo o apoio que esperava, o pastor Manoel Avelino de Souza saiu

a campo, providenc iando a c r iação da ins t i tu ição .

A organização do Colégio Batista de Niterói desgostou o bispo da cidade,

que expediu uma  Circular,  prevenindo seus d iocesanos contra o t r aba lho do

reccm-organizado colégio. O diretor , Pastor Manoel Avelino de Souza, escreveu

um a r t igo , publ icado no jorna l   O Estado,  do dia 14 de fevereiro de 1942, comen -

tando e agradecendo ao bispo a emissão daquela circular .

Na assembléia de 1948, realizada no auditório da Faculdade de Direito

de Niterói, veio à tona, no plenário convencional, o assunto relacionado com

a administração do Colégio Batista de Niterói. Pretendeu-se que o colégio fosse

administrado pela própria Convenção Batista Fluminense. Meses depois, reunindo-

-se em Campos, a Junta Executiva tratava desse encampamcnto e da escolha

do diretor para o colégio. Tanto o Pastor Avelino, como o Pastor Alberto Araújo,

t inham habi l i tação pa ra d i r ig i - lo . Es tando div id idas a s idé ias dos componentes

da junta, quanto à escolha do diretor para o colégio, houve nessa reunião um

cer to agas tamento , achando a lguns que o processo usado pa ra i sso não fora

legítimo.

151

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Terminada a reunião da junta, o Colégio Batista de Niterói f icava como

a té então — a Assoc iação Ba t is ta de Educação cont inua r ia a mantê - lo .

O Colégio Batista dc Niterói prestou bons serviços à obra educacional.

Em 1962, com a morte do Pastor Manoel Avelino de Souza, passou a ser dir igido

pe lo Pas tor Samue l de Souza , coadju vado por sua e sposa , a P rofa . Mar ia Amál ia

de Carvalho Souza e, também, por D. Eva de Souza, viúva do Pastor Manoel

Avelino de Souza. Em 1976, as circunstâncias que envolviam os colégios parti-

culares eram desfavoráveis. E, porque a dívida do colégio com o INPS fosse

preocupante , a Assoc iação Ba t is ta de Educação dec id iu desa t ivá - lo , passando

suas propr iedades pa ra a Convenção Ba t is ta F luminense , mediante o   Acordo

do Ingá,  que previa a criação do "Fundo Memorial Pr . Manoel Avelino de Souza".

Sobre esse acordo, discorreremos em outra parte desta obra.

A obra educacional do Estado do Rio contou com relevantes serviços pres-

tados, mais especif icamente na cidade de Niterói, pelo Colégio Batista de Niterói,

no período de 1942 a 1976. Sua influência cristã c moral alcançaram professores

e alunos que a ele estiveram ligados.

P E R Í O D O D E T R A N S I Ç Ã O M I S S I O N Á R I A

Com a retirada de A.B.Christie do Brasil, em 1946, após 39 anos dc atuação

missionária no campo batista f luminense, e um ano no Rio, onde lecionou, os

batistas f luminenses, através de sua Junta Executiva, convidaram o missionário

W .B.Mac Neally para substituí- lo.

Como sói acontecer, quando há tr inta anos de liderança, sempre surgem

problemas de relacionamento, não foi outra coisa o que sucedeu no campo batista

f luminense. Era bem diferen te da person alida de do Dr. Christie a do missio nário

W .B.Mac Neally. E, não tend o havido o necessário tat o e o bom senso q ue se

requeria, logo surgiram, entre esse e os nossos m ais destacado s líderes, os primeiros

choques .

Como o problema se agravasse e tomasse vulto, a Junta Executiva da

Convenção Batista Fluminense enviou um ofício à Missão Batista do Sul do

Brasil, que é a representante da Junta de Richmond na parte sul do Brasil,

na r rando- lhe o problema e so l ic i tando que o miss ionár io fosse t r ansfe r ido de

campo de a tuação, sendo enviado pa ra ou tro e s tado. O of íc io e ra a ss inado pe los

pas tores F idé l is Mora les Bentancôr e Henr ique Mar inho Nunes .

A Missão Ba t is ta do Sul r e spondeu informando que lamentavam "que

houvesse um desentendimento tão grande ent re um miss ionár io da nossa Missão

e a conce ituada Jun ta Es tadua l d a Convenção Ba t is ta F luminense" . A pós tece rem

vários comentários, os signatários da carta encerravam-na: "Concluindo, podemos

afirmar que a Missão f icaria muito contente, caso fosse possível, se a Junta

F luminense conseguisse uma solução pa ra o desentendimento havido ent re e la

e o irmão Mac Neally". Assinaram-na T.B.Stover, presidente da Comissão Execu-

tiva da Missão do Sul, e J.J.Cowsert, secretário da mesma.

1

"

Como conseqüência dessa desinteligência, o missionário Mac Neally deixou

a função que lhe fora atr ibuída pela junta e se transferiu para Volta Redonda,

onde vir ia a fundar a Igreja Batista Central e , em seguida, o Colégio Batista ,

que é, hoje, uma das grandes instituições educacionais do sul f luminense. Aí

152

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adquiriu mais dez terrenos, com vistas à construção dc templos para futuras

igrejas na cidade.

A O B R A D E B E N E F I C Ê N C I A

Desde os primórdios do seu trabalho, os batistas f luminenses sentiram a

necessidade de manter uma obra beneficente. Primeiro se pensou em organizar

uma entidade que viesse ao encontro das necessidades das viúvas dos pastores.

Naquela época, não havia os benefícios oferecidos pelo governo. Os pastores

ganhavam muito pouco, mal podendo sustentar suas famílias. Nem era possível

pensa r que poder iam junta r r ecursos pa ra um futuro f inance i ramente ma is t r an-

qüilo. Viviam mesmo pela fé. Não foram poucas as famílias que, perdendo o

seu chefe, precisavam de ajuda para sobreviver. Diante dessa situação, foi orga-

nizada uma entidade que recebia dos sócios contr ibuições f inanceiras que tinham

em vista formar lastro f inanceiro para atender às necessidades dos obreiros.

A obra cresceu. E, no desejo de ver todos os crentes amparados, em caso

de morte do chefe da família , foi cr iada a  Caixa de Socorros Mútuos,  para a

qua l contr ibuíam e pe la qua l e ram benef ic iados qua isquer membros de igre ja s

batistas que a ela quisessem se f iliar .

Desde cedo, também, se começou a pensa r no amparo às c r ianças ór fãs .

A idé ia se d ivulgou paula t inamente . As senhoras ba t is ta s t r a tavam com mui to

zelo c carinho desse assunto. Obreiros como Leonel Eyer, Kléber Martins, Alfredo

Reis, estavam sempe na linha de frente, propugnando pelo ideal de um orfanato.

Mas nada conseguiram.

Mais tarde, outros obreiros se incorporaram a esses irmãos na propagação

do mesmo ideal. Joaquim RoSa é um deles. Chegou a quase instalar um orfa-

nato. Seu f ilho, o brilhante causídico Eliasar Rosa, preparou, em 1943, o opúsculo

Exaltação,  no qual enfeixou muita s poesias de vários de nosso s literatos, que

escreveram sobre o órfão. É uma preciosa coletânea. Mas, ainda assim, o plano

não logrou ir avante.

O Pas tor Alf redo Joaquim dos Re is , que possuía uma propr iedade em

Aper ibé , ins ta lou naque la c idade o   Patronato.  Esse, porém , teve vida efêmera.

Alf redo Re is achava que o pa t rona to poder ia se r sus tentado, em grande pa r te ,

com o trabalho produzido pelos que ali estivessem abrigados. Havia a ferraria ,

que era dir igida pelo irmão Rogério Grassini. Nela se fabricavam cavadeiras,

f oices, facas, garfos, etc . Na época, f icaram fa mos as as foices RG  (Rogério Gras-

s in i ) , f abr icadas na " fe r ra r ia do Pas tor Alf redo Re is" .

Entre os jovens que , durante a lgum tempo, auxi l ia ram o Pas tor Alf redo

Reis , em seu pa t rona to , des tacamos o miss ionár io Dodanim Gonça lves . Todos

os esforços foram insuficientes para alcançarem o ideal. O Pastor Alfredo Reis

sofreu um acidente, tendo de lançar mão de grande parte de seus recursos para

atender à sua saúde prejudicada. Isso tudo serviu para fazer arrefecer o alvo.

A última tentativa que, parecia, daria certo, foi a nomeação do casal Alfredo

e Alice Reis para serem diretores do orfanato a ser cr iado. Isso se deu por ocasião

da assembléia convencional, realizada em Petrópolis, no ano de 1945

(1)

. Quando,

porém, estavam para ir para Aperibé, para alcançar o acalentado ideal, o casal

recebeu carta da Junta Executiva informando a falta de recursos para obra de

tal envergadura. Foi uma decepção

(2)

153

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Organização do Orfanato Batista Fluminense

Durante vinte anos, a idéia de se organizar um orfanato surgiu nos plená-

rios da Convenção Batista Fluminense. Empolgava os mensageiros, mas, após

as reuniões das assembléias convencionais, a idéia voltava a ser esquecida.

Vendo que baldados eram todos os esforços no sentido de se organizar

o or fana to , o miss ionár io W .B .Mac Nea lly , durante a s r euniões da Assoc iação

Centro-Fluminense, realizadas em 1946, na cidade de Portela, propôs que, em

vista da impossibilidade de a convenção e a associação poderem levar avante

o plano de organização do orfanato, que a iniciativa fosse entregue à Igreja

Batista de Aperibé, da qual era obreiro o Pr. Antônio Soares Ferreira. Usando

linguagem dramática, o missionário Mac Neally disse, diante da associação:

"Entreguemos o assunto a essa igreja, para que o Pr. Soares, que já vem traba-

lhando em prol desse ideal, com o casal Reis, organize o orfanato. Ele vai

organizá-lo e vai morrer . Mas o orfanato f icará criado."

O Pastor Antônio Soares Ferreira e a Igreja Batista de Aperibé aceitaram,

então, o desafio. Todo o dinheiro que possuíam eram vinte mil cruzeiros. A

igreja cedeu a casa, onde funcionava a escola e começaram, então, a dar os

primeiros passos no sentido de instalarem o orfanato.

A organização se deu na tarde do dia 20 de outubro de 1946, na Vila de

Aperibé, nas instalações do templo da igreja local. Era um domingo. O orfanato

recebeu o nome de  Orfanato Batista Fluminense.

A programação de organização do or fana to deu-se à s 13 horas , após a

realização da EBD, incluindo as seguintes partes:

1. Ab ertura — Prof. David Coelh o

2. Palavra do pastor da igreja

3 . Música — orques t ra

4. Oração — Pr. Israel Pinheiro

5. "Um olha r r e t rospec t ivo" — Pr . Antô nio Soares Fe r re ir a

6. Música — orquestra

7. Instalação solene — pastor da igreja

8. Oração inaugural — Pr. Alfredo Reis

9. Discurso — pré-seminarista Ebenézer Soares Ferreira

10. Sermão — Pr. Antônio Coelho Varella

11. Oração f inal — Pr. José Silveira

As irmãs Pro fa. Ana Karklin e estudante Eth Pires Ferreira (hoje, Eth Ferreira

Borges da Luz, por ter-se casado com o missionário Jonas Borges da Luz) abri-

lhantaram a solenidade com a apresentação de várias músicas e poesias alusivas

ao ór fão .

Os primeiros órfãos chegaram no dia 14 de fevereiro de 1947. São eles:

Adiei, Aneirce e Anzi Pereira Pinto que tinham vindo de Cardoso Moreira. Adiei

é hoje médico bem sucedido em Cabo Fr io , t r aba lhando, também, no Hospi ta l

dos Servidores do Estado no Rio.

Transferência da Sede do Orfanato

Sentindo que a Igreja Batista de Aperibé não estava mais interessada em

manter em suas instalações o orfanato, o Pr. Soares, com grande sacrif ício, conse-

  54

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guiu adquirir uma propriedade de seis alqueires na localidade de Três Irmãos

onde já havia três casas. Ali instalou o orfanato.

Em Aperibé, o seu braço forte foram sua f ilha Esther Ferreira (hoje, casada

com o Pr. Teófilo Purens) , D. Maria Salgado e D. Maria Ferreira da Silva, esposa

do Pr. José Silva.

Em Três Irmãos, a grande ajudadora foi a irmã Nadir Cordeiro, que veio,

depois, a se casar com o Pr. Francisco Quirino da Costa.

Encampamento do Orfanato

Com a saúde abalada, o Pr. Soares, após quase dez anos dc lulas, resolveu

ape la r à convenção no sent ido de encampar o or fana to , a ssumindo o a t ivo e

o passivo. A propriedade em que se encontrava o orfanato, se vendida, na época,

daria para pagar a dívida várias vezes. Mas o Pr. Soares não quis fazer isso

e entregou tudo à convenção que elegeu, em 1955, uma Junta de Beneficência

para administrá-lo, sendo seu primeiro presidente o Pr. Fidélis Morales Bentancôr.

Naque la ocas ião e ram 76 ór fãos que v inham sendo sus tentados pe la f é .

(3)

A Nova Ease e o Primeiro Diretor

O jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l f ez um his tór ico des te pe r íodo e o

publ icou em  O Jornal Batista.  Demos-Ihe a palavra:

"Com o surgimento da Junta de Benef icênc ia o Or fana to Ba t is ta

Fluminense começa uma nova etapa de sua história no mesmo espí-

r ito que marcou a sua fundação: servir à causa da criança des ampa rada

c órfã. Sucedeu ao Pr. Antônio Soares Ferreira na Secretaria Admi-

nistrativa da instituição o Pr. Osvaldo Soares dos Santos que, por

sinal, era sobrinho do Pr. Soares. O Pr. Osvaldo f icou naquela função

três anos. Foi na sua gestão que tiveram início os estudos para trans-

ferir o orfanato para outra localidade e, na sua administração, coube

a cie e ao presidente da junta, Pr . Fidélis Morales Bentancôr, sanar

as f inanças da instituição. Deixou o orfanavo com 80 crianças e as

dív idas pagas

A Administração do Pr. Isaac da Costa Moreira

"O casal Moreira, Pr . Isaac e D. Maria, foi empossado na secretaria

executiva do Orfanato Batista Fluminense no dia 20 de novembro

de 1957, lá permanecendo até o dia 20 de dezembro de 1970, portanto,

durante treze anos. Grandes coisas aconteceram nesse período: 1. A

Assemblé ia da Convenção Ba t is ta F luminense aprovou, na c idade

de Campos, no dia 28 de julho de 1958, o novo nome da instituição:

' L a r  Batista Pastor Antônio Soares Ferreira' ; 2. A junta vendeu a

propr iedade de Três I rmãos e adquir iu novas propr iedades em Rio

Douro, onde hoje está localizada a sede do Lar; 3. No dia 08 de

maio de 1960 foi inaugurado o ' La r Para a Velhice Desamparada'';

4. No dia 1? dc maio de 1961 foi lançada a pedra fundamental da

nova sede; 5. A instituição mudou-se de Três Irmãos para Rio Douro,

no dia 12 de junho de 1962; 6. Inaugurou-se o prédio no dia 16 de

155

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outubro de 1965, r ecebendo o mesmo o nome de  Pr. Alfredo Reis;

7. Inaugurou-se a of ic ina grá f ica , que fo i uma doação do Colégio

Batista . A oficina servia para a publicação do jornal do colégio. Achou-

-se que ela seria mais útil ao Lar Batista Pr. Antônio Soares Ferreira;

8 . A junta encampou o or fana to 'P r ime iro de Maio ' , ex is tente em

Mazomba , mant ido pe la Assoc iação I tagua i t iba .

Administradores Interinos da Inst ituição

"Com o a fas tamento voluntá r io do Pr . I saac , o P r . Osva ldo Tinoco

fica algum tempo à frente do Lar. Posteriormente, o Pr. João Batista

Paulo G uedes també m ficou um an o e sete meses à frente da instituição.

Administração do Pr. João Antônio Amorim

"Assumiu o Pas tor Amor im a função de sec re tá r io-execut ivo no d ia

I

o

  de maio de 1971. Lá esteve por mais de 15 anos. Sua administração

foi do agrado dos ba t is ta s f luminenses . 1 . Ampliou o abas tec imento

de água para a instituição; 2. Concluiu a   Casa do Ancião,  iniciada

na administração do Pr. Isaac; 3. Instalou telefone na sede; 4. Adquiriu

kombi pa ra o Lar ; 5 . In ic iou programa radiofônico na Rádio Copa-

cabana ; 6 . Fundou o jorna l  Lar Batista;  7. Instalou serviços médicos

e odontológicos; 8. Iniciou a biblioteca do Lar; 9. Iniciou a orga-

nização da Assoc iação dos Ex-Alunos do Lar" .

Gestão Pr. Nilson Godoy

O Pr . Ni lson Godoy assumiu a d i reção do "L ar Ba t is ta P r. Antôn io Soares

Fer re i r a" no d ia 09 de dezembro de 1989 e acumulou, também, a função de

secretário-executivo da Junta de Beneficência.

Está com muitos planos. Que eles se concretizem logo. Em sua curta gestão,

com o grande apoio da Associação Batista da Planície, foi inaugurado em Campos,

no dia 23 de março de 1991, o "Lar Batista Profa. Élcia Barreto Soares". Que

cada associação procure criar também uma obra de tal jaez.

Doações de Imóveis Feitas ao

Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira

As pessoas abaixo relacionadas f izeram doações de imóveis ao Lar Batista

Pastor Antônio Soares Ferreira. Essas têm seus nomes ligados à obra social ali

mant ida . Suas doações pe rmanecerão por toda a exis tênc ia daque la ins t i tu ição ,

produzindo frutos incontáveis, através das vidas de órfãos que lá receberem,

além da assistência f ísica e social, a orientação cristã que aquele lar se preocupa

em oferecer àqueles que se tornam seus f ilhos.

O Senhor espera que outros sejam inspirados a dar , também, de seus bens

para a obra realizada no "Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira".

1.Anuar Aragão de Góis  — Dois terrenos em Nova Iguaçu e um em

A r a r u a m a .

2.Ebenézer Soares Eerreira  — Cinco te r renos em Campos, sendo que nào

se encontravam to ta lmente pagos , tendo a junta te rminado de faze r os paga-

mentos que restavam.

156

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Uma propr iedad e eom uma casa e uma meia -água , med indo 12mX70m,

situada à Rua Tancredo Neves, 153, em Campos, onde foi instalado o Lar Batista

Profa. Élcia Barreto Soares.

I.Evangelina Guedes  — Um apartamento em Campos, já vendido pela junta.

A João Baptista Bittencourt  — Um apar tame nto , dc 130m2, s i tuado à Rua

Marechal Deodoro, 174, Macaé, e duas lojas comerciais situadas nos números

176 e 178 da mesma rua. A doação tem cláusula de usufruto.

5 .José Luís Gonçalves  — Um prédio , eom t rê s apa r tamen tos , em Macaé .

6 .Ma rcelin o Lima Pereira  — Uma casa em Ja rdim Ca ta r ina , São Gonça lo ,

com a c láusula de usuf ru to .

1 .Moisés Silveira  — Um te r reno, cm Rio Dourado.

U N I Ã O M A S C U L I N A M I S S I O N Á R I A B A T I S T A F L U M I N E N S E

A a tua l União Mascul ina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense teve sua gênese

nas r euniões promovidas pe lo P r . Henr ique Mar inho Nunes , por ocas ião das

assembléias convencionais. Ele aproveitava os períodos vagos, os hiatos, e reunia-

-se com a liderança dos homens batistas de várias igrejas para orarem, louvarem

ao Senhor e e s tuda rem planos pa ra o seu t r aba lho.

Foi na 35a. Assembléia Convencional, realizada em Macaé, em 1943, que

foi c r iado um grupo de t r aba lho composto d os pas tores Henr ique M ar inho Nunes ,

Alberto Araújo e Fidélis Morales Bentancôr, com a f inalidade precipua de estudar

a possibilidade de organizar o trabalho dos homens batistas no estado, nos moldes

do que era feito pelas senhoras.

Os que se interessavam pelo assunto apelavam no sentido de que a convenção

lhes desse também opor tunidade de rea l iza rem seus t r aba lhos tendo o r e spa ldo

da própr ia convenção. O apoio que sol ic i tavam não e ra só mora l , mas também

de ordem f inance i ra .

Como sói acontecer em muitos casos semelhantes, a organização não contou,

de pronto , com o f ranco apoio que todos e spe ravam.

Mas, f ina lmente , fo i organizada . Começou com passos débe is . Foi , porém,

se desenvolvendo.

Uma das promoções que ma is contr ibuíram para o seu desenvolvimento

foi a c r iação do Congresso dos Homens Ba t is ta s F luminenses , r ea l izado anua l-

mente, por ocasião da Semana Santa, em locais com capacidade para hospedagem

de um bom cont ingente de congress is ta s. Ass im, Campo s, Caxias , Pádua , I tape -

runa, Três Rios e outras importantes cidades do estado têm sido palco das

rea l izações dos congressos que têm apresentado boa programação. Pa ra ma ior

interesse de todos os homens têm sido convidadas para preletores pessoas de

reconhec ido mér i to na deno minaçã o es tadua l e nac iona l . À noi te têm s ido real i -

zadas pregações evangelísticas por pregadores de renome vindos, alguns deles,

de outros estados brasileiros.

Já se realizaram 28 congressos. O primeiro foi realizado em Cachoeiras

de Macacu, de 26 a 29 de março de 1964. O último foi realizado em Fonseca,

Niterói, tendo como orador oficial o Pr. Jair Garcia.

Nos seus congressos os homens ba t is ta s f luminenses têm procurado, de

quando em quando, t r aze r oradores de fora . Ass im é que t rouxeram da Vene-

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zue la , o P r . Ar tur e , do Pe ru , o P r . Car los Schumann. Dos Estados Unidos

já falaram em congressos da UMMBF os Drs. Eloyd Harris, membro do Conselho

Geral da Aliança Batista Mundial e Kennedy Cooper, famoso pelos exercícios

Cooper.

Muito f ize ram pe lo desenvolvimento da UMM BF pessoas como Nicodemos

Barreto, membro da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, Alcides Cunha,

que veio, mais tarde, a ser pastor e , no momento, labora no Estado de Mato

Grosso do Sul .

Es ta ent idade tornou-se mo de lo p a ra a c r iação dc outras em vá r ios e s tados .

A criação da União Masculina Missionária Batista do Brasil é fruto da visão

de vários líderes do trabalho dos homens em igrejas f luminenses, sobressaindo-

-se, entre eles, esse denodado obreiro, Pr . Alcides Cunha, que se empenhou de

corpo e alma para que essa organização fosse criada, e para que ela tivesse seu

congresso anua l . Como o P r . Alc ides Cunha , podemos c i ta r também os nomes

do Dr. Ophir Pereira de Bairos, Dr. Ampliato Cabral, Dr. Eudóxio Azevedo,

líderes que ocupam posição de saliência no estado e vieram a ser presidentes

do Congresso dos Homens Ba t is ta s do Bras i l .

Atua lmente a União M ascul ina M iss ionár ia Ba t is ta F luminense é pres id ida

por José Pimentel Júnior. Faz alguns anos que é seu secretário-executivo o Prof.

Levi Silva, que não tem med ido esforços para q ue a organização cresça a cada an o.

Houve vá r ios pas tores que t r aba lha ram mui to dand o apoio à União Mascu-

lina Missionária. São eles: W aldem ar Zarro, Assis Cabra l, Isaac Morei ra, Paulo

Mainh ard , He nr ique M ar inho Nunes , David F^ de Ol ive i ra, Antôn io More i ra

Portes.

Outros i rmãos têm contr ibuído pa ra o desenvolvimento da ent idade re fe -

r ida : Custódio Romualdo dos Santos , Pa t r íc io Por te la , Danie l Arna ldo do

Nasc imento , Manoe l Juvent ino Sant 'Anna , Hermilo Gomes da Cruz , Jacy Fruc -

tuoso, Ga ldino de Ol ive i ra , Rhoe lmcr Abreu Louzada , Abdie l Duar te , El ia s

Pessanha, Kléber Faria, Almir Rodrigues, Giovani S. Oliveira, Dioceles Patr ício,

Antônio Fausto de Oliveira, Ivair Simões, Florentino Nogueira.

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C apí tu lo X I

PERÍODO DE REESTRUTURAÇÃO

R E E S T R U T U R A Ç Ã O D O T R A B A L H O N O C A M P O B A T IS T A F L U M I N E N S E

De quando em quando, é necessá r io que aconteçam mudanças no t r aba lho,

pois o desenvolvimento da obra requer a aplicação de novos métodos, novas dire-

t r izes , que acompanhem o mundo também em desenvolvimento .

Sempre há aque les que se apegam ao   status quo  e não dese jam mu dança

a lguma . N o entanto , out ros sentem que es t ru turas que foram boas em d e te rminadas

épocas podem deixar de produzir como se espera. Mister se faz estudar todos os

envolvimentos e procura r descobr i r se outra e s t ru tura t r a r ia ma io r progresso pa ra

a obra .

No campo ba t is ta f luminense ocor re ram mudanças , também. Por exemplo ,

alguns líderes sentiram qu e a existência de uma única junt a já não atendia ao d esen-

volvimento do t r aba lho. A obra da educação requer ia ma ior a tenção. O mesmo

acontecia com a obra de evangelismo e beneficência. O trabalho se desenvolvia e,

com ele, a necessidade de reestruturação.

Com o resul tado dos idea is propostos em convenções e em a r t igos publ icado s

em   O Escudeiro Batista, veio a surgir no camp o batista f luminens e, uma s egund a

junta : a de Educação.  Isso ocorreu no dia2 7 de julh o de 1954. Seus 15 componentes

foram os seguintes: por um ano  — Pr. Jabs dos Santos, W .B.Mac Neally, Pr . Isaac

Martins, Pr . José Fernandes Murta e Pr. Virgílio Faria;  por dois anos  —  Pr. Abelar

Suzano de Siqueira, Pr . Isaac da Costa Moreira. Miss Blanche Simpson, Moisés

Henr iq ue dos Santos e Gê Sardenberg;  por três anos  — Pr. Samuel de Souza, Pr .

W a ldemar Zar ro , P r . Ageu Ne to , P r . José de Souza Herdy e P r . José Joaquim da

Silveira.

Foi, porém, na Assembléia da Convenção Batista Fluminense que se realizou

em 1959, na Primeira Igreja Batista em Macaé, qu e foi votada to da a reestru turação.

Estudo s foram apresentad os, várias propostas fo ram feitas e discussões se suce-

deram. Chegou-se f inalmente a um consenso, em que a Junta Executiva era extinta

e qua t ro ou tras juntas e ram c r iadas . O camp o ba t is ta f luminen se fo i o pr ime iro no

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Bras il a conta r com qua tro ju ntas :

  Jurila Coordenadora, Junta de Evangelizaçao,

Junta de Educação e Junta de Beneficência,  Cada qual teria seu cam po específ ico

dc a tuação.

Ao missionário Dr. John Riffey caberia ordenar todo o trabalho. Auxiliando-

-o, como tesoureiro, e , ao mesmo tempo, pastoreando a Primeira Igreja Batista em

Macaé , e s ta r ia o consagrado obre i ro , P r . Edmundo Antunes .

Ao se organizar , cada junt a elaborou e registrou seus próp rios estatu tos, a f im

dc poder se torna r pessoa jur íd ica .

A  Junta Coordenadora  f icou ass im const i tu ída :  por um ano  — Pr. Ncmésio

Fernand es de Carvalh o, Pr . W alter Velasco, Pr . Rubem Coel ho dos Santos, Pr .

Aylpton de Jesus Gonçalves, Pr . Daniel de Almeida;   por dois anos  — Pr. Manoel

Avelino de Souza, Pr . I tamar Francisco dc Souza, Pr . Erodice Gonçalves Ribeiro,

Pr. Fidélis Morales Bentancôr, Pr . Luiz Laurentino da Silva;  por três anos  — Pr.

W aldemar Zarro, Pr . Ant ônio Co elho Varella , Pr . Osm ar Soares, Pr . Oswald o Viana,

Pr. Salvador Borges.

A

  Junta de Evangelização

  fo i comp osta dos seguintes membros:

 por um ano

— Pr. Albino A dol fo Veríssimo, Pr. Silas Batista , Pr . Ismail de Oliveira Rodrigues,

Pr. Samuel Leite Fonseca, P r . Ageh de Oliveira Pinto; por dois anos — Pr. Demerval

Silva, Pr . João Barreto da Silva, Pr . Nilo Cerqueira Bastos, Pr . Antônio Ferreira,

P r . Paulo Mainhard;  por três anos  — Pr . Edm und o Antun es da S ilva , P r . W a l ter

Santos , Pr . José Ferreira da Silva, Pr . W altir Pereira da Silva e Pr. Ary M achar et.

A   Junta de Beneficência  f icou ass im const i tu ída : por um ano  — Pr . Osmar

Soares, Laurindo Nolasco, Pr . Dalson Pinto Teixeira, Pr . Manoel Bento da Silva,

Pr. Oswaldo Soares dos Santos;  por dois anos  — Francisco Rosa, Pr . Inácio José

Pinheiro, Gen. Mário Barreto França, Pr . Benedito Sampaio, D. Julieta Sales;   por

três anos

  — Pr. Fidélis Morales Bentancôr, Pr . Antônio Soares Ferreira, D. Floren-

tina Rodrigues Barreto, D.Stela Borges de Araújo, Pr . Nemésio Fernandes de

Carva lho.

A S S O C I A Ç Ã O F I L A N T R Ó P I C A R U I B A R B O S A

Nasceu essa entidade f ilantrópica em 1952, com o irmão Manoel Bernardes

de Ol ivei ra , na loca l idade denom inada Ponto de Cac imbas , no mun ic íp io de São

João da Bar ra .

Narra ele que se inspirou no idealismo do Pr. Antônio Soares Ferreira que

fund ara , em 1946, o Or fan a to Ba t is ta de Aper ibé . Resolveu e le, en tão , fun dar u m

abrigo para velhos desamparados. Orou ao Senhor Deus e, logo, a obra era orga-

nizada .

Hoje, além do abrigo para velhos, de ambos os sexos, a Associação Filantró-

p i c a R ui B a r b o s a m a n t é m s e r v i ç o s m é d i c o - h o s p i t a l a r e s , a m b u l a t o r i a i s ,

f i s io te rápicos e odontológicos . -

Naquela região não há nenhuma instituição de beneficência ou serviço social,

que r po r pa r te do governo fede ra l , e s tadua l ou munic ipa l . Ass im, é e ssa a ssoc iação

a pioneira e, no momento, a única. Isso, graças ao espír ito humanitário, de despren-

dimento e de ze lo pe la obra do Senhor demons trado pe lo i rmão Manoe l Berna rdes

de Oliveira.

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São inestimáveis os serviços que essa entidade tem prestado àquela região,

atendendo, às vezes, a pessoas vindas até da fronteira com o Estado do Espír ito

Santo .

Merece aplausos e nossa cooperação o i rmão Manoe l , a quem o Senhor tem

usado pa ra a manutenção dessa obra mer i tór ia , grande inspi ração pa ra tantos

quan tos a têm conhecido. Todos devíamos visitá-la e procurar imitar o irm ão M anoel

B e r n a r d e s d e O l i v e i r a .

SAGRAÇÃO DE BISPOS EM TEMPIX) BATISTA

Ocasionou ce r to cons t rangimento ent re os ba t is ta s f luminenses o episódio

que se verif icou no templo da Primeira Igreja Batista de Petrópolis, em 1954. Por

sua própr ia in ic ia tiva , o Pas tor W i lson Régis autor izou a cúpula da " Igre ja Ca tó-

lica Livre" a realizar a cerimôn ia de "sagr ação de bis pos " que a ela estavam filiado s,

usand o pa ra i sso o templo daque la igre ja ba t is ta .

O assunto prendeu a atenção dos mensageiros à assembléia convencional que

se realizou em Itaperuna, em julho de 1954, os quais se mostraram surpresos, estra-

nhando o procedimento daque le pas tor e sua igre ja .

O assunto fo i levado, também, ao p lená r io da Ordem dos M inis t ros Ba t is ta s

do Estad o do Rio de Janeiro. Depois de sabatinad o, o Pastor W ilson Régis fez apre -

sentar suas explicações. Da ata daquela reunião, realizada em 10 de julho de 1954,

extraímos:

' ' Disse (o Pastor W ilson Régis) que autoriza ra, realmente, tais ceri-

môn ias no temp lo de sua igreja, sem julgar que isso viesse a trazer tan ta

ce leuma e tantos comentá r ios desfavoráve is . "

Logo após a r ea l ização da a ssemblé ia convenc iona l em I tape runa , em ju lh o

de 1954, o Pr. Fidélis Morales B entanc ôr escreveu um art igo para o O Norte Batista,

órgão da Assoc iação Ba t is ta Nor te , sob o t í tu lo "Qua tro Passos Pa ra Trás" .

O pr ime iro "passo pa ra t r á s" comentado por e le fo i o r e fe rente ao caso da

sagração de um bispo da Igreja Católica Livre no templo da Primeira Igreja Batista

de Petrópolis.

Acho u o Pr. Fidélis que foi pou co o aperto dad o pelos pastores ao Pr. W ilson

Régis que, ainda, lhe deram, depois, posiç ão saliente na convenção. O Pr. W aldemar

Zar ro r e spondeu, em   O Escudeiro Batista,  de 30 de novembro de 1954, em du as

páginas, ao "Quatro Passos Para Trás", dizendo que a União de Pastores (esse era

o nome na época) "agiu c r i te r iosamente , r eprovando o ma l , abraçando o obre i ro

e amparando-o numa hora d i f íc i l" .

ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Em julho de 1951, por inspiração do Pastor João Barreto da Silva, foi orga-

nizada, em Camp os, a União de Pastores Batistas do Estado do Rio. O Pastor Barreto -

foi, por mais de dez anos, o seu presidente, tendo sido sucedido pelo Pastor W aldemar

Zarro, que esteve, por vários anos, à frente dessa entidade.

Esses dois presidentes levaram essa organ ização a promover, anualm ente, um

re t i ro pa ra os pas tores , que foram rea l izados em Camp os, no ac ampam ento de R io

Dourado, e em Santa Maria Madalena. Para esses retiros, foram convidados prele-

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tores como : Reynaldo Purim , Mano el Avelino de Souza , Knéas Tognini, W crner

Kaschel, Ebenézer Soares Ferreira, Harold Renfrow, John Riffey, Fidélis Morales

Bentancôr.

Apó s alguns anos à frente da entidade , o Pastor W aldemar Z arro foi suce-

dido pe lo Pas tor Ni lson do Amara l Fànini , que procurou da r nova or ientação aos

retiros. Esses passaram a ser realizados no Acampamento Batista Fluminense, em

Rio Bonito. Novos assuntos eram trazidos para debate e, até , preletores da outra

América foram convidados para estarem nesses retiros.

Com a posterior eleição do Pastor Antônio Moreira Portes, para presidente,

uma nova fase foi iniciada, retratada na mudança do nome de União de Pastores

Batistas Fluminenses para Ordem do s Ministros Batistas do Brasil, seção do E stado

do Rio.

Em per íodos subseqüentes , ocuparam a pres idênc ia da Ordem os Pas tores

Arides Martins da Rocha, Diocezir Alberto, Francisco Cerqueira Bastos, Edgard

Bar re to Antunes , Joaquim de Paula Rosa , José de Souza Gama, El ia s Carva lho

de Sá, Nilson Dimárzio e João Batista Paulo Guedes.

Secretário — Executivo da Ordem

Por vinte anos, o Pastor João Batista Paulo Guedes ocupou o cargo dc

secretário-executivo da Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, seção do Estado

do Rio. Foi sempre muito atuan te, pod endo ser destacadas, no período d e sua gestão,

as seguintes atividades:

1. Criação do  FUNAPAS,  que era um fun do de auxílio aos pastores. Esse

fund o chegou a a lcança r qua t ro mi lhões de c ruze i ros .

2. Cond ecoração nas assembléias convencionais — Eram momen tos de grande

solenidade, promovidos pela Ordem para homenagear os obreiros que completavam

25, 30, 40 e 50 anos de ministério. A esses era entregue uma comenda, de acordo

com o número de anos de minis té r io que a lcançavam. Havia qua t ro comendas pa ra

serem entregues, em homenag em à mem ória dos pastores: A.B.Christie , João Barreto

da Silva, Monoel Avelino de Souza e Elias Vidal.

3. Instituição d a carteira de sócio. Antes dessa, só era aceita a da Ordem dos

Ministros Batistas do   Brasil.

4. Criação da Biblioteca da Ordem, com o acervo que lhe fora doado pelo

Colégio Batista de Niterói, quando do seu fechamento.

5. Promoção de intercâmbio entre a Ordem Flu minens e e a Paulista . Os f lumi-

nenses participaram de um retiro de pastores paulistas e esses, de um retiro de pastores

f luminenses .

6 . Cr iação do DIACOPBERJ  — Esse depar tam ento agrupava os d iáconos

de igrejas batistas f luminens es. Houv e resistência, por parte de alguns líderes deno-

minac iona is , qu anto à c r iação desse depar tamento . Apó s se te anos dc e sforços , ele

foi formado . O Dr. Paulo Ribeiro foi eleito o primeiro presidente dessa organização,

e o Pas tor F idél is Mora les Bentancôr fo i r econhec ido como p a t rono da mesm a .

7. Instalação da sede oficial da Ordem , em duas salas do extinto Colégio Batista

de Niterói, logo após a assinatura do Acordo do Ingá.

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Novo Secretário-Executivo

Substituiu o Pastor Paulo Guedes na secretaria-exeeutiva, o Pr. Dario Braga,

que f icou na função durante cerca dc três anos. Depois dele, tomou posse o Pr.

Judson Garcia Bastos, que está na função de secretário-executivo da OMERJ, de

1986 até a presente data (1991). O Pastor Judson tem procurado imprimir um dina-

mismo especial ao trabalho, que teve sua nomenc latura mu dad a. H oje ela é cham ada

Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jane i ro — OPBERJ.

A Obra da OPBERJ

É inestimável a obra realizada pela Ordem dos Pastores Batistas do Estado

do Rio de Janeiro. Anualmente, durante o mês de maio, ela promove um retiro que

é bem concorrido. A ele têm comparecido até cerca de trezentos pastores.

A OPB ER J estabelece seções associacionais. Assim, tem-se tornad o mais fácil

o congraçamcnto entre os obreiros e o trabalho tem-se desenvolvido mais c melhor.

Os retiros têm sido dc grande proveito para todos os pastores que deles têm

par t ic ipado. A lém de se r um per íod o de descanso e laze r, é também uma opor tu -

nidade para que os colegas troquem idéias, apresentem seus planos, problemas, etc.

Além da cam aradagem desfru tada, há o grande privilégio de se fazer uma reciclagem,

ouvindo-se mensagens e f azendo-se os e s tudos apresentados pe los pre le tores . É

sempre um período que o obreiro aproveita para aumentar sua bagagem cultural

c espir itual.

Algumas Importantes Decisões da Ordem dos Pastores

Muitos foram os a ssuntos t r a tados na Ordem dos Pas tores Ba t ista s do E stado

do Rio de Janeiro. Salientamos os seguintes:

1. Recondução de ex-pastores ao ministério sagrado.  Se o pastor foi excluído,

ele perde a investidura ministerial. Reconciliando-se, ele é , apenas, um membro da

igreja. Caso uma igreja deseje vê-lo investido na função pastoral deve, então,

convocar um  concilio  para dar seu parecer sobre a possibilidade de restaurá-lo, ou

não, ao ministério.

2.   Quanto à ordenação de pastores.  Deve a igreja, que pretende promov er a

ordenação de a lguém ao minis té rio , proceder do mod o seguinte:

a) Publicar , com muita antecedência (quem sabe de quatro meses, no mínim o),

em o O Escudeiro Batista  e em o O Jornal Batista,  a Convocação de Concilio, dando

as qua l i f icações do candid a to e informa ndo que espe ra que a lguém que sa iba de

algo que desabone a sua conduta se pronuncie em tempo hábil, a f im de se evitar

const rangimentos de ú l t ima hora , ou mesmo futuros .

b) Evi ta r promover a ordenação, se no conc i l io não houver unanimidade .

3 . Quanto aos pas tores d ivorc iados . A Ordem se pos ic ionou contra r iamen te

à ordenaçã o de pessoas que sejam divorciadas, recordando que, para exercer o minis-

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tér io sagrado, o obreiro tem que ter um caráter ilibado e ser exemplo em tudo,

pr inc ipa lmente em sua v ida conjug a i .

O P R O B L E M A D E N O M I N A D O R E N O V A Ç Ã O E S P I R IT U A L

De quando em quando, surgem movimentos que têm cm mira o ape r fe iço-

amento espir itual dos crentes. Esses movimentos parecem cíclicos. Eles ocorrem

sempre quando os crentes começam a f icar meio apáticos quanto à vida espir itual.

Por volta do ano de 1958, surgiu o movimento que f icou denominado como

"Renovação Espir itual". Até que, no princípio, cie conquistou a simpatia de ilus-

tres líderes da denominação, tendo cm vista que o que ele buscava era uma maior

pureza na vida dos crentes e um maior fervor espir itual.

A missionária Rosalel Appleby já vinha, há anos, trabalhando e orando nesse

sentido e esperando que o "avivamento viesse à pátr ia brasileira". Ela era, real-

mente, a grande animad ora de um desp ertame nto n o seio das igrejas. Com seus livros

maravi lhosos como  Ouro, Incenso e Mirra, Melodias na Alvorada, Vida Vitoriosa,

folhetos e palestras, ela ia , paulatinamente, semeando um ideal que, há muito, acalen-

tava.

O Pastor José Rego do Nascimento, que se formara no Seminário Teológico

Batista do Sul do Brasil, em 1951, estava pastoreando a Igreja Batista de Vitória

da Conq uis ta , Bahia , qu ando começou a sent ir - se inc l inado a leva r a bande ira que

a missionária R osalel desfrald ava. Por isso, começou a dedicar-se, de corpo c alma,

ao assunto.

A Igreja Batista de Lagoinha, em Belo Horizonte, o convidou, em maio de

1958, para pastoreá-la. Aí já havia um fermento do movimento que, logo depois,

vir ia a eclodir com grande ímpeto.

O movimento t r az ia no seu bojo um a grande espe rança . Era como que uma

lufada de novos ventos na d i reção de um grande des pe r tamento espi r i tua l .

Quand o mui tos já e s tavam entus ia smados com o movimento em curso , desco-

br i r am que , no mesmo, pe rmeavam dou tr inas de cunho pentecos ta l . José Rego do

Nasc imento pregava e esc revia sobre a "segu nda bênção" , que e ra o ba t ismo do

Espírito Santo, o que estava em desacordo com o que as igrejas batistas ensinavam.

O problema foi levado ao plenário da Convenção Batista Brasileira, pelo

grande líder mineiro, pastor Muryllo Casseti, que pediu a nomeação de uma

comissão para estudar o m ovimento q ue nascia e dar o parecer na assembléia conven-

c iona l seguinte . Como conseqüênc ia dessa proposta , foram nomeados , pe lo

presidente, Pr . Rubens Lopes, 12 pesso as para compo rem a comissão solic itada.

O plenário achou que o presidente deveria fazer parte da mesma. Assim, ela foi

form ada eom 13 elementos . F icou conhec ida como a   "Comissão dos Treze".  Dela

fizeram parte três que esposavam, abertamente, os ideais da "renovação espir itual"

— José Rego do Nascim ento, E néas Tognini e Achilles Barbo sa; e mais os seguintes

pastores: João Filson Soren, Harald Schally, Delcyr de Souza Lima, Reynaldo

Puri m, David Mein, W erner Kaschel, José dos Reis Pereira, David Gom es, R uben s

Lopes e Thurmon Bryant .

Enquanto a comissão prosseguia nos e s tudos ( após a apresentação de seu

primeiro relatório à assembléia convencional, em Vitória, em janeiro de 1963) os

pastores José Rego do Nascimento e Enéas Tognini resolveram deixar a ' ' Comissão

dos Treze ' ' .

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Por aí já se podia verif icar que rumos as coisas tomariam. Nesse ínterim, o

problema da " renovação" e s tava t r azendo mui tos d issabores ent re os obre i ros e

igrejas no Estado de Minas Gerais. A Igreja de Lagoinha, da qual o Pastor José

Rego do Nascimento era pastor , fora desligada da Convenção Batista Mineira, em

virtude de considerarem que ela estava com dou trinas pen tecostais. Algum as igrejas

simpatizantes da "re nov ação" se solidarizaram com a Igreja de Lagoinha c, em breve,

tr inta delas se desligavam da Convenção Batista Mineira.

O fermento atingiu nosso campo fluminense, através da Igreja Batista do

Fonseca, que, na ocasião, era liderada pelo Pr. Samuel Chagas, recém chegado

dc São Paulo, onde já havia manifestado as idéias de cunho carismático que

ir ia difundir no seio da referida igreja.

Ele fo i ganhando a s impa t ia de mui tos e de ixando pene tra r na membres ia

elementos oriundos da igreja pentecostal. Como alguns líderes se opuseram a

isso, ele levou a igreja a conceder-lhes carta compulsória ou exclusão. Assim,

os irmãos Osvaldo Gomes, Daniel Matta, Fidélis de Oliveira Rosa, Saliel do

Couto, Stênio Velasco e Jetro Maia foram alijados da igreja.

O grupo referido, excluído que fora, e outras pessoas mais, passaram a

se reunir , provisoriamente, em um salão na Rua Alzira Vargas, n? 72, Fonseca,

Niterói.

As igrejas de Niterói estavam apreensivas e perplexas com o que se passava.

Em conseqüência disso, em 12 de novembro de 1963, a Associação Batista Nite-

roiense enviou à Igreja do Fonseca uma carta pedindo que ela se definisse, no

prazo de t r ê s meses , sobre seu compor tamento doutr iná r io . "O pas tor comentou

sobre a carta dizendo que era iníqua e que não se devia responder". É o que

ficou em ata lavrada pelo irmão Daniel J.Matta, em 12 de novembro de 1963.

Uma comissão, pres id ida pe lo pas tor Dr . Erodice G.Ribe i ro , encaminhou

uma carta à igreja, já que ela não dera atenção à carta da associação, "sugerindo

que se exonerasse e excluísse do seu rol de membros o Pastor Samuel Chagas".

Como não chegassem a bom te rmo as conversações no âmbi to da a sso-

ciação, a Convenção Batista Fluminense foi chamada a participar , a f im de ajudar

a salvar aquela boa igreja, que tinha sido liderada, por muitos anos, pelo Pastor

Osmar Soares , grande l íde r  fluminense.

O presidente da Convenção Batista Fluminense, Pastor Ebenézer Soares

Ferreira, se reuniu com o grupo da Igreja Batista do Fonseca, em 29 de julho

de 1964, cm Niterói, para buscar uma solução para o problema. O Pastor Samuel

Chagas compareceu com um grupo de i rmãos que já e s tavam bem "ch um bad os"

com os ensinos e práticas pentecostais, trazendo um   memorial  no qua l ,

de fendendo-se , acusava-se ma is a inda . Em ce r ta pa r te do documento e le a f i r -

mava : " O b a t ismo do E spír i to Santo é exper iênc ia d is t in ta do novo nasc imento

(regeneração e conversão). É a  segunda bênção,  pela submissão, total entrega,

segundo a obra da graça, plenitude do Espír ito. . .".

Foi feita uma ata dessa reunião, secretariada pelo Pastor Nilson do Amaral

Fanini. Ei- la:

"Às 22hl0m do dia 29 de julho de 1964, a convite do senhor presi-

dente, reuniram-se no gabinete pastoral da Primeira Igreja Batista

de Niterói, para apreciar a carta-resposta d a Igreja Batista do Fo nseca,

os seguintes pastores: Ebenézer Soares Ferreira, Osmar Soares, Guten-

berg Faria Gued es, Haro ld Renfrow, W altir Pereira da Silva, Ant ôni o

165

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Moreira Portes, Edmundo Antunes da Silva, Elias Vidal, Isaías

Barcelos, José de Sá, Joélcio Barreto, Belardim de Amorim Pimentel,

Neri Camargo, Nilson do Amaral Eanini, João José Soares Eilho

e mais um grupo de irmãos da referida igreja, inclusive o seu pastor ,

i rmão Samue l Chagas .

"O senhor presidente, pastor Ebenézer Soares Ferreira, convidou o

Pastor Fanini para secretariar a reunião. Em seguida, o Pastor João

José Soares Filho leu o documento da referida igreja. O presidente

historiou os fatos desde a associação, concilio, etc . Ouvindo aqueles

irmãos, chegou-se às seguintes conclusões:

1. Que fosse usada linguagem serena;

2. Que esta seria a última palavra da Igreja do Fonseca;

3. Que a decisão seria votada por unanimidade;

4. Que, segundo acha o próprio grupo da Igreja do Fonseca, certas

expressões da carta são injuriosas à igreja e ao seu pastor;

5. Que o parecer da Convenção Batista Brasileira transcrito no

documento do concilio, e endereçado ao rebanho, é criticado pela

Igreja do Fonseca;

6 . Que o pas tor não sabia o número exa to de membros a r ro lados

na Igreja do Fonseca, em vir tude de haver vários irmãos reunido-se

numa congregação;

7. Que a Igreja do Fonseca tem estatutos mas só poderão ser forne-

cidos mediante votação da referida igreja;

8 . Que são infundadas a s acusações cont idas no documento;

9. Que a carta-resposta foi elaborada por uma comissão eleita pela

igreja mas não foi submetida à mesma depois de redigida;

10. Que a Igreja do Fonseca discorda frontalmente do "Parecer da

Comissão dos Treze", aprovado pela Convenção Batista Brasileira;

11. Que a igreja não está em sintonia com a Convenção Batista Brasi-

leira;

12. Que a igreja ditou as linhas principais do documento e delegou

poderes à comissão para redigi- lo;

13. Que seja feito um apelo para cessarem os ataques à igreja e ao

seu pas tor , tan to pe la imprensa e sc r i ta quanto pe la f a lada .

Finalizando em clima cordial e fraterno, oraram os pastores:

Neri Camargo, J oão José Soares Filho e o irmã o Davi Ferreira Batista" .

Como os problemas fossem aumentados , a Igre ja Ba t is ta de Por to da

Madama, l ide rada pe lo Pas tor Ageu de Ol ive i ra P in to , fo i convidada pa ra da r

assistência ao grupo que discordava da liderança do Pastor Samuel Chagas. Vendo

que nada conseguira, resolveu convocar um concilio de igrejas batistas para

aconselhá-la na maneira de agir com o grupo que saiu da Igreja do Fonseca.

Reunindo-se o concilio, em 1? de novembro de 1964, este deu um   parecer,

reconhecendo o grupo que estava desligado como sendo a legítima Igreja Batista

do Fonseca.

Como as c r ises f e rmentassem a inda , fo i enviado um aba ixo-ass inado, de

representantes de mais de dez associações, ao Pastor Ebenézer Soares Ferreira,

então pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense , r equerendo a convocação

de uma assembléia extraordinária dessa convenção.

166

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Para registro histórico, transcrevemo-lo aqui:

"Exmo. Sr. Presidente da Convenção Batista Fluminense:

Conside rando o agravamento do problema da Igre ja Ba t is ta do

Fonseca;

conside rando que um grupo fo i a fas tado dc mane ira a rb i t r á r ia por

não concorda r com a or ientação doutr iná r ia seguida pe lo seu pas tor ;

considerando que esse grupo estava se dispersando por não ter alguém

que o orientasse de uma maneira segura;

conside rando que a convenção nomeou uma douta comissão a f im

dc tratar do problema relacionado com a referida igreja;

considerando, ainda, que o seu relatório só vir ia no próximo ano,

re ta rdando, a ss im , a so lução do problema , que merece no momento

uma certa urgência;

considerando que a Igreja de Porto da Madama foi solicitada a prestar

sua colaboração;

considerando, ainda, que essa igreja não deveria sozinha atuar na

solução do problema , convocou um conc i l io a f im de t r aça r uma

diretr iz para solução do problema, reunindo-se esse concilio no dia

1? de novembro de 1964, chegando à seguinte conclusão:

' R E C O N H C E N D O C O M O I G R E J A B A T I S T A D O F O N S E C A O

G R U P O C O N S T I T U Í D O D E I R M Ã O S A F A S T A D O S P E L A R E F E -

R I D A I G R E J A E Q U E S E R E Ú N E P R O V I S O R I A M E N T E À R U A

A L Z I R A V A R G A S , N ? 7 2 , F O N S E C A , N I T E R Ó I '

considerando que o problema afeto à Igreja Batista do Fonseca deve

ser de interesse geral de todas as igrejas batistas do Estado do Rio;

conside rando que os e s ta tu tos da Convenção Ba t is ta F luminense , no

capítulo III, art. 10?, § 2

o

, prevêem a convocação para tratar de assun-

tos de interesse geral,

A S IG R E J A S D E V Á R I A S A S S O C I A Ç Õ E S A B A I X O - A S S I N A D A S

V Ê M , M U I R E S P E I T O S A M E N T E , R E Q U E R E R A V O S S A

E X C E L Ê N C I A A C O N V O C A Ç Ã O D E U M A A S S E M B L É I A

C O N V E N C I O N A L E X T R A O R D I N Á R I A , E M D A TA E L O C A L

D E T E R M I N A D O S , A F IM D E R E F E R E N D A R A R E S O L U Ç Ã O

D O C O N C I L I O O U O Q U E A C O N V E N Ç Ã O J U L G A R D E

M E L H O R A L V I T R E " .

Assembléia Extraordinária da Convenção Batista Fluminense

Realizou-se no dia 15 de janeiro de 1965, no templo da Primeira Igreja

Ba t is ta de São Gonça lo , a Assemblé ia Extraordiná r ia da Convenção Ba t is ta

Fluminense, como prevêem os artigos 1? e 10? do capítulo III do seu estatuto,

para buscar solução para o problema relacionado com a Igreja Batista do Fonseca-

e seu pastor .

Depois de f aze r uma exposição dos f a tos que ocas ionaram a   convocação,

o presidente, Pastor Ebenézer Soares Ferreira, encaminha o assunto, oferecendo

ao plená r io duas suges tões : 1) homo logação da dec isão do conc il io prom ovido

pe la Igre ja Ba t is ta do Por to da Madama, r econhecendo como legí t ima Igre ja

167

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Batista do Fonseca o grupo de irmãos dela afastados, que se reunia à Rua Alzira

Vargas, 92, no Fonseca; 2) reconsideração do assunto e, então, exclusão da Igreja

Batista do Fonseca da Convenção Batista Fluminense, uma vez que está incursa

no artigo 8?, letra  b,  do es ta tu to da mesma .

O Pastor Isaías Barcelos propôs a homologação da decisão do concilio

já referido. A proposta é discutida. O Pastor Antônio Coelho Varella faz, então,

proposta subs t i tu t iva nes te s te rmos:

"Considerando que muitos e variados esforços foram feitos para evitar

o desvio doutr iná r io da chamada Igre ja Ba t is ta do Fonseca ;

considerando-se que todos os esforços foram nulos e a referida igreja,

cada vez mais, se afasta das doutrinas aceitas e defendidas pelos

batistas;

considerando que é a própria igreja que, pela voz de uma comissão,

vem dize r -nos que 'nó s ' é que es tamos e r rados , i s to à luz da chama da

'Comissão dos Treze ' ;

cons ide rando que , dessa mane ira , e s tamos em campos opostos ;

proponho a e l iminação da c i tada igre ja , chamada Igre ja Ba t is ta do

F o n s e c a . " .

  ( i )

Usaram da palavra para discutir o assunto os pastores Jabniel Silva, Fidélis

Mora les Bentancôr , Antônio L oure i ro Be lota , W a ldemar Zar ro , W a l t ir Fe r rei r a

da Silva, I tamar F. de Souza, João Batista Paulo Guedes, José de Souza Herdy,

Abelar S. Siqueira, Clério Boechat, Benedito Sampaio, Raphael Zambrotti, sendo

que a maioria absoluta deles defendia a exclusão da Igreja Batista do Fonseca.

Posta em votação, a proposta substitutiva do Pastor Antônio Coelho Varella

venceu por 464 votos, contra três. Decidia assim o plenário pela exclusão da

igreja do rol de igrejas da Convenção Batista Fluminense. A ata dessa assembléia

extraordinária foi publicada, como apêndice, às páginas 22 a 24 dos Anais da

58? Assem bléia da Conv enção Batista Flu minen se, realizada de 12 a 16 de julho

de 1965, no templo da Segunda Igreja Batista de Campos.

Os pastores Gentil de Castro Faria, Raphael Zambrotti e Abelar S. Siqueira

fizeram, por escrito, declaração de voto, requerendo a inserção da mesma em

ata . Segundo o reda tor d '  O Escudeiro Batista, esses três pastores nã o eram

contra a exclusão da Igreja Batista do Fonseca, mas discordaram do proçesso

de votação apl icado na tomada dessa dec isão pe la convenção.

Realização da Convenção Batista Brasileira em Niterói

O assunto " renovação espi r i tua l" i r ia mesmo f ica r "sac ramentado" na

47? Assembléia da Convenção Batista Brasileira, que se realizou cm 1965, no

Templo da Primeira Igreja Batista de Niterói.

"Um obre i ro idoso e mui to exper imentado dec la rou que essa a ssem-

bléia, transferida que foi, à última hora, para Niterói, foi, no seu

entender , uma providênc ia de Deus , pois a ssuntos que v inham sendo

ar ras tados há longos anos foram dec id idos com o apoio mac iço dos

fluminenses, que desejavam solução rápida, por exemplo, para o

p r o b l e m a ' r e n o v a ç ã o e s p i r i t u a l p e n t e c o s t a l ' . "

  (2 )

Nessa assembléia convencional havia muitos que desejavam protelar ainda

mais o a ssunto . Na qua l idade de pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense ,

168

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o Pastor Ebenézer Soares Ferreira relatou ao plenário o que fora decidido na

assembléia extrordinária daquela convenção, realizada em janeiro daquele ano,

na Primeira Igreja Batista de São Gonçaío, no Estado do Rio de Janeiro.

O Pastor Trascy R. dos Santos formulou a proposta com quatro   consi-

derandos,  sugerindo qu e a Junta Executiva da Convenção B atista Brasileira f icasse

autorizada a receber os pareceres da  comissão,  que era relator iada pelo Pastor

José dos Re is Pe re i ra , ju lgando-os e dando aos mesmos os devidos encaminha-

m e n t o s , p u b l i c a n d o , a i n d a , n '  O Jornal Batista  as suas decisões, para

conhecimento geral da denominação. Esta autorização seria , inclusive, para possí-

veis eliminações de igrejas.

A maioria absoluta dos mensageiros àquela assembléia convencional sentia

que essa proposta pa rec ia prote la tór ia .

O Pastor Isaías Barcelos propõe:

"O desligamento de todas as igrejas que foram excluídas das conven-

ções e s tadua is por mot ivo de sua ident i f icação doutr iná r io-prá t ica

com o movimento renovacionista pentecostal ora em curso no Brasil,

sempre que solicitado a fazê-lo e que a Convenção Batista Brasileira

evite trazer para o seu rol cooperativo igrejas que não tiverem sido

previamente ligadas às convenções estaduais, e , ao mesmo tempo,

des l igue se houver qua lqu er convenção es tadua l l igada ao mov imento

suprac i tado."

  (3)

O Pastor Delcyr de Souza Lima formulou a emenda seguinte, que foi logo

aprovada: ". . .e que, doravante, passe a considerar , para desligamento, todos os

casos que venham a ser solicitados por convenções estaduais".

A emenda De lcyr de Souza Lima fo i incorporada à proposta subs t i tu t iva

do Pastor Isaías Barcelos, que f icou assim redigida:

"Que esta convenção desligue do seu rol de igrejas cooperativas as

que forem excluídas das convenções estaduais, por motivo de sua

ident i f icação doutr iná r io-prá t ica com o movimento renovac ionis ta

pentecostal ora em curso no Brasil e que, doravante, passe a consi-

derar para desligamento todos os casos que venham a ser solicitados

por convenções e s tadua is" .

  <4)

O plenário aprovou, com 912 votos contra 60, a substitutiva com a emenda

Delcyr de Souza Lima . Em seguida , conforme edi tor ia l n '   O Escudeiro Batista,

"O presidente, Pr . Rubens Lopes, fez a seguinte proelamação oficial:

'Na qualidade de Presidente da Convenção Batista Brasileira, declaro,

para os devidos f ins, desligadas do rol de igrejas cooperantes da

Convenção Batista Brasileira, a Igreja Batista do Fonseca, sita à

Alameda São Boaventura, 937, em Niterói, e as igrejas batistas perten-

centes à Convenção Batista Mineira, que estiverem ligadas ao cham ado -

movimento de r enovação espi r i tua l ' . "

  (5)

Assim, encerrava-se na história dos batistas brasileiros o doloroso capítulo

"renovação espi r i tua l" . Durante a s d iscussões em plená r io , já d isse ra o Pas tor

Erodice de Que iroz , em momentos de aca lorados deba tes : "E pre fe r íve l um f im

hor roroso a um hor ror sem f im" .

169

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Retomada do Templo

Depois de ter sido definida pela Convenção Batista Fluminense a verda-

deira Igreja Batista do Fonseca, o grupo que acompanhava o Pastor Samuel

Chagas se recusava a deixar o templo e suas dependências.

Desde os primórdios do trabalho batista no estado, a liderança teve cuidado

com os bens imóveis das igrejas. A Sociedade Patr imonial Batista , cr iada cm

1918, tinha cm seu nome 90% das escrituras dos templos. Assim, vinha dando

respaldo nas questões jurídicas em que as igrejas se viam envolvidas.

Tendo disso conhecimento, o Pastor A geu de Oliveira Pinto, ent ão secretário-

-executivo interino da Junta Coordenadora, em nome do grupo reconhecido como

Igreja Batista do Fonseca, recorreu ao advogado Dr. Evaldo Saramango Pinheiro,

que , na época , e ra também deputado es tadua l . Pa ra da r seguimento ao processo

de re tomada do templo , fo i - lhe passada p rocuração pe lo pres idente da Soc iedade

Pa tr imonia l Ba t is ta de Campos, Pas tor Ebenéze r Soares Fe r re i r a .

Em pouco tempo, o juiz daria ganho de causa à legítima Igreja Batista

do Fonseca. Indo levar a intimação para que os imóveis fossem desocupados,

o oficial de justiça ouviu do Pastor Samuel Chagas, em desespero, a frase

dramático-teatral: "Agora vai sair o fogo e entrar o gelo".

Na 58a. Assembléia da Convenção Batista Fluminense, realizada de 12

a 16 de julho de 1965, na Segunda Igreja Batista de Camp os, foi aprova da p ropos ta

do Pasto r W aldemar Zarro, no sentido de se reconhecer o trabalho do ilustre

advogado como pa t rono daque la causa , ac ionada pe la Soc iedade Pa t r imonia l

Ba t is ta . Na mesma sessão , o Pas tor Be la rdim de Amor im P imente l f ez proposta

para "que se registrasse em ata uma palavra de apreciação ao Pastor Ageu de

Olive i ra P in to , pe la a tuação br i lhante e denodada na causa da Igre ja Ba t is ta

do Fonseca".

Ass im, deu-se por ence r rada aque la ques tão , que poder ia se te r e s tendido

por longo tempo, a inda , não fora a habi l idade de mui tos obre i ros in te ressados

no bom andamento da obra do Mestre .

Pena que um movimento que visava a altos ideais fosse se degerando, por

falta de tato de alguns, e de humildade de outros.

Não podemos o lv ida r aqui a grande contr ibuição do Dr . Edwin Or r , que ,

no ano de 1952, visitou 20 estados, pregando em muitas igrejas sobre   Desper-

tamento Espiritual.  O livro  Redemoinhos do Sul,  escrito por Lauro Bretones,

descreve essa contr ibuição.

O Pr. Humberto Viegas Fernandes, em seu livro   Renovação Espiritual no

Brasil;  e r ros e ve rdades , pe r f i lha também es ta opinião de que o movimento que

despertou tantas esperanças  em muitos, vir ia a degenerar-se por falta de certo

ta to de mui tos quando t ive ram de enf rentá - lo .

S U S T A D A A R E P R E S E N T A Ç Ã O D E T R Ê S I G R E J A S

N A A S S E M B L É I A C O N V E N C I O N A L D E 1 9 5 8

Isso ocorreu na Assembléia da Convenção Batista Fluminense, realizada

no dia 26 de julho de 1958, em Campos. O presidente, Pastor Manoel Avelino

de Souza, conforme declara a ata da sessão em que se dá o fato, após explicar

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que "problemas de a lgumas igre ja s do es tado tendem a desvir tua r nosso

programa", e declarar que "posições f irmes e decididas devemos tomar nesse

instante", faz "sugestão de que a Igreja Batista de Neves, uma das que têm

sérios problemas e que tem mensageiros presentes," seja sustada da presente

assembléia convencional.

Pa ra da r pa rece r sobre o a ssunto , é nomeada uma comissão, composta

dos pastores: João Barreto da Silva, Edmundo Antunes da Silva, Manoel Bento

da Silva, José Murta e Ageu Netto. Essa comissão trataria dos problemas rela-

cionados às igrejas de Neves, Vila Norma e I tatiaia, essas duas últimas situadas

em Duque de Caxias.

Relatório da Comissão Sobre o Problema das Três Igrejas

Depois de realizar seu trabalho, a comissão apresentou à assembléia a

sugestão de que as três igrejas envolvidas tivessem suas representações sustadas,

a té que seus problemas fossem soluc ionados .

Discutindo o assunto, vários oradores usaram da palavra. Entre eles, o

Pastor Fidélis Morales Bentancôr, que dizia discordar do preâmbulo do parecer

apresentado pe la comissão e que se fosse " re t i r ada a pa r te que ju lga in te r fe -

rência da convenção na disciplina da igreja, também ele votaria nessa proposta

da comissão". Por sugestão do Pastor José Hespanhol, em aparte, o Pastor Fidélis

Bentancôr apresentou sua proposta :

"Proponho que se ja cance lada a in t rodução da proposta apresentada

pela comissão, e que a representação da Igreja dc Neves f ique sustada

a té que se normal ize a s i tuação."" '

Colocada em votação, e ssa proposta fo i aprovada por unanimidade .

Ainda conforme a ata da referida sessão, f icam assim resolvidos os outros

dois casos:

" B —

 Caso Vila Norma

  — A assembléia aprova o parecer, po r unani-

midade .

C —   Caso Itatiaia  — Também aprovado por unanimidad e .

Pr. Elias Vidal, Secretário

Pr. Manoel Avelino de Souza, Presidente."

R E C O N D U Ç Ã O D E P A S T O R E S A O M I N I S T É R I O

Até 1957, não se tinha verif icado, no campo fluminense, nenhum caso

dc recondução de ex-pastores ao ministério. Nesse ano, o assunto começou a

ser focalizado, ora em retiros de pastores, ora em publicações n'   O Escudeiro

Batista.

A Primeira Igreja Batista de Niterói promoveu, em 1957, com a orientação

de seu pastor , Manoel Avelino de Souza, a recondução do irmão Evódio Queiroz -

às atividades pastorais. Esse irmão passara muitos anos afastado dessas ativi-

dades e, como membro da referida igreja, demonstrava, agora, estar em condições

de exercer o ministério sagrado.

Também a Igreja Batista de Tabua, orientada pelo Pastor Salvador Borges,

promoveu a  recondução  ao ministério da palavra do irmã o Benedito Borges

171

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Bote lho, também conhec ido, em sua região , como Pas tor "Diquinho" . O i rmão

Benedito fora obreiro muito estimado. Passara, no entanto, por uma crise,

afastando-se da igreja e vivendo de modo contrário ao evangelho. Depois de

alguns anos, voltou, como o pródigo, e , animado, passou a honrar o evangelho

e o ministério para o qual fora reconduzido.

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Capítulo XII

PERÍODO DE EXPANSÃO EVANGELÍSTICA

E MISSIONÁRIA

C A M P A N H A D E E V A N G E L I Z A Ç Ã O N A D É C A D A D E 6 0

Com o apo io das qua t ro jun tas e s tadua is , vá r ia s campanhas evange lís t icas

foram realizadas em nosso estado, visando a despertar as igrejas e conscientizá-

- las de que era necessário manter vivo o espír ito evangelístico dos primórdios

do es tabe lec imento do t r aba lho do Senhor em nossa pá t r ia .

Assim é que, sob orientação do missionário John Riffey e do Pastor Elias

Vidal, foi lançada a Primeira Campanha Simultânea de Evangelização, no Estado

do Rio. Logo surgiram também o I Congresso e a I Clínica de Evangelismo,

que procuravam enfatizar a necessidade de os crentes se ocuparem mais com

a evangelização

Foram mui to pos i t ivos os r e sul tados da I Campanha S imul tânea de Evan-

ge l ização. Empolgados com esses r e sul tados , os ba t is ta s f luminenses lança ram

a segunda , que não sur t iu tão grandes e fe i tos .

Esses dois períodos de campanhas evangelísticas foram, de fato, períodos

de sacudide la de nossas f ibras de amor à propagação do evange lho. Houve c la r i -

nadas, reuniões de despertamento, conferências aqui e ali, com pregadores até

de outros e s tados .

O âmbi to nac iona l fo i também a t ingido pe la P r ime ira Camp anha Nac iona l

de Evangelização. Foi uma grande bênção esse movimento entre os batistas do

Brasil, resultado de esforço conjunto de pastores e igrejas, incentivadas pelo

Pastor Rubens Lopes, que muito fez para que se alcançasse o alvo desejado.

Cremos que a grande contr ibuição pa ra o despe r tamen to das igre ja s quanto

ao evangelismo partiu principalmente da realização do 10°. Congresso da Aliança -

Batista Mundial, realizado em julho de 1960, no Maracanazinho, no Rio de

Jane iro . Grande impac to , tam bém, causou o ence r ramento desse congresso , com

a concentração evangelística realizada no Maracanã, com a pregação de Billy

Graham e a bela interpretação do Dr. João Soren, eleito como Presidente da

Aliança Batista Mundial para o período de 1960 a 1965.

173

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Como resul tado dessa P r ime ira Campanha Nac iona l de Evange l ização,

manifestaram-se decididas 28.282 pessoas. Destas, segundo informações do, então

secretário, Pastor Elias Vidal, registrou-se que 14.112 sc batizaram e 41 novas

igre ja s foram organizadas no Estado do R io .

Trouxeram maior despe r tamento e mot ivação pa ra o des lanchamento de

campanhas evangelísticas de grande porte, entre os batistas f luminenses, a chegada

do missionário Harold Renfrow, em 1962, e a vinda do Pastor Nilson do Amaral

Fanini, para pastorear a Primeira Igreja Batista de Niterói.

S E M I N Á R I O T E O L Ó G I C O B A T I S T A F L U M I N E N S E

Em fins do ano de 1962, sentindo que o preparo de pastores traria grandes

benefícios para a obra batista no Estado do Rio, o Pastor Ebenézer Soares Ferreira

reuniu um grupo de obreiros e lhes expôs seu ideal de criar , em Campos, um

seminário teológico. Outra era a idéia do Pastor João Barreto da Silva, o grande

homem de visão: cr iar uma Faculdade de Ciências Econômicas e, mais tarde,

a de Filosofia. Foi mais convincente, porém, a idéia da criação do seminário.

Assim, tendo visto c ouvido os planos do Pastor Ebenézer Soares Ferreira, alguns

obre i ros o apoia ram; outros , mostram-se cé t icos quanto à in ic ia t iva e , a inda

outros, postaram-se como os espias de Canaã, vendo só gigantes à sua frente.

As razões apresentadas para a criação do seminário eram as seguintes:

1. Suprir a falta de obreiros, pois o número de igrejas aumentava dia-a-dia,

sendo a inda poucos os pas tores .

2. Intensif icar a obra. Não ob stante ser o Estado d o Rio o que mais progredia

com respeito ao evangelho, sabia-se que os batistas f luminenses estavam muito

aquém do que poder iam faze r .

3 . Dar opo r tunida de a mui tos vocac ionados que , por não te rem os r ecursos

necessá r ios , não se poder iam mante r no seminár io do R io de Jane i ro .

Aula Inaugural

O dia 11 de março de 1963 f icará nos anais dos batistas f luminenses como

um dos ma is impor tantes , pois nessa da ta fo i so lenemente inaugurado o Semi-

nário Teológico Batista Fluminense, tendo em Campos a sua sede.

O Dr. José Silveira Filho, em seu histórico sobre a organização do semi-

ná r io , comentou:

"Como vinha sendo amplamente anunc iado, ins ta lou-se no d ia 11

de março do cor rente ano, no templo da Segunda Igre ja Ba t is ta de

Campos, d iante de se le to audi tór io , o ans iosamente e spe rado   Semi-

nário Teológico Batista Fluminense , por inspi ração de um grupo de

obreiros que sentem a premente necessidade da obra, tendo à frente

a f igura des temida e idea l is ta do jovem Pres idente da Convenção

Batista Fluminense, Pastor Ebenézer Soares Ferreira, que foi escolhido

como reitor da instituição nascente.

"Na rea l idade , de há mui to se sent ia a necess idade da organização

dessa 'escola de profetas' no Estado do Rio — o que, aliás, desde

o ano de 1911, já era um sonho do inesquecível Christie — de vez

174

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que o trabalho no campo fluminense cresce e se desenvolve a passos

largos, mercê de Deus, e nem sempre o famoso

  Seminário do Sul

é acessível a todos os vocacionados jovens destas plagas, por motivos

óbvios.

"Assim, se aquela grande instituição no Rio de Janeiro c uma bênção

e uma indiscutível necessidade para o centro e o sul do Brasil batista ,

menos ve rdade também não é que nem todos têm condições de

demandar à C idade Maravi lhosa , e a l i pe rmanecer qua t ro ou c inco

anos a f io, num preparo especializado que lhes possibilite um minis-

tério fecundo e competente. Há que se instalar , de fato, outros

seminários pelo interior . E, no Estado do Rio, por sua privilegiada

s i tuação geográ f ica , por sua densa população geográ f ica , por sua

densa popu lação evangé l ica , pe la poss ib i l idade de um corpo docente

idôneo, tanto q uanto pe la f ac i lidade de acomodaçõ es , e por tudo

o mais que se conhece , nenhum a c idade ma is indicada pa ra o func io-

namento de uma ins t itu ição como es ta , que Campos, a f am osa 'Pé rola

do Paraíba ' .

"A aula inaug ura l , profe r iu-a , com sabedor ia e v iva emoção, o P rof .

Rev. Benjamin Lenz de Araújo César — um presbiteriano de escol

e amigo, colaborador , mui to ma is colaborador dos ba t is ta s do que

muitos batistas — sobre o seguinte e interessantíssimo assunto: 'O

Casamento em Israel ' . Um primor. Falou 50 minutos, isto é, das 20h

35m às 21h 25m horas. Mas só essa Aula (com A maiúsculo) valeu

a noite . É um indicio seguro de que o Seminário Teológico Batista

Fluminense, em Campos, em breve, se ombreará com os melhores

do país. Disso não sc tenha a menor dúvida: quem viver, verá ".

(1 )

Mudança de Diretor do Seminário

Após dir igir o Seminário Teológico Batista Fluminense, desde sua orga-

nização em 11 de março de 1963, o Pastor Ebenézer Soares Ferreira deixou sua

direção em dezembro de 1984 — em vir tude de ter aceito o convite para ser

Reitor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, com sede no Rio de

Jane iro .

Substituiu-o nessa função, o Pr. Silas Quirino de Carvalho, que já lecio-

nava Velho Testamento na instituição.

O Pr . S ila s Quir ino de Carva lho tem demon strado se r um obre i ro d inâmico

e consagrado. Com a ajuda prestimosa da Deã, Profa. Nely Soares Ferreira,

e do corpo docente , e le vem rea l izando um t raba lho d igno de aplausos à f r ente

da referida instituição, ao mesmo tempo em que desenvolve um grande minis-

tério à frente da Igreja Batista de Parque Corrientes, em Campos.

Formados pelo Seminário Teológico Batista Fluminense

1966 — Alceir Faria Pereira, Jo sc Pereira da Silva; 1968 — An tôni o Ferreira

Maciel, Gcny Barreto Viana, Izaías Gomes de Castro, José Rodrigues de Azevedo,

Moac ir Cunha , Rober to de Ol ive i ra ; 1969 — Aroldo Sa r lo , F ranc isco Antônio

175

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Amorim, Gclson de Souza Dutra, Manoel Vieira de Menezes, Moisés da Silva

Cun ha, Saulo Luiz; 1970 — Almir Vagner Pereira, Eraldo Soares de Souza, Ismael

José Ferreira, Onório Antônio da Silva, Ozéas Ramos de Faria, Raimundo

Ponci ano, W almir Am azon as, Zilá Farias; 1971 — Edma r Pereira da Silva,

Emoildes Alves Freitas, Esmeraldo Veiga Sales, Geraldo Geremias, Haroldo de

Jesus Rodrigues, Jailto n Barreto Rangel, Jorge Andrade , Ledir Cintra; 1972 —

Aleeil Amaro dos Santos, Anízio André Evangelista , Elton Rangel, Emídio

Bragança, Ionice Vieira Alves, Odilar Valvique Dias, Paulo Duarte Neves; 1973

— Elza Gomes dos Santos, Enoch Jesus dos Santos, Eunice Neves Duarte, João

Francisco Soares, Luiz Almeida Bonfim, Roberto da Rosa Duarte, Roberto da

Silva Carvalh o, Sueli Nogueira, W andis José dos Santo s; 1974 — Berenice Nasci-

mento Mendonça, Ediek Pereira Nunes, Elias Pereira Braga, Luiz Carlos Silva

Araújo, Manoel de Macedo Alves, Salmon Alencar de Souza; 1975 — Alcebíades

Pereira da Silva, Élcio Augusto dos Santos, Erinete Carvalho de Sá, Eusaldy

Gonçalves Nunes, Francisco Gomes de Souza, Gaspar Carneiro de Araújo, Ismael

Bento da Silva, Ismael Franco, Julião Neves, Miralva Faria Fonseca, Moacir

Pereira Cardoso, Nogni da Silva Brand, Valter Gomes Pereira; 1976 — Aunir

Pereira Carneiro, Éden Antônio de Souza, Elizabeth Souza de Carvalho, Enéas

Borges S indra , Jurene Nunes Neves , Manoe l Araújo P in to , Marcos Antônio

Gonçalves de Paula, Roberto Vieira Macharet; 1977 — Alzira Tavares da Silva,

Ciro dos Santos Silva, Erodias Pereira Passos, Ester Gomes Godoy, Everaldo

Pereira França, Genival Assunção Chaves, Heleno Bissonho Rios, Jane Rocha

Moraes , Jú l io Mar ia de Miranda , Mar i lena Camacho de Ol ive i ra , Mar ina Le ide

Silva, Zaqueu Matias dos Santos; 1978 — Elias de Souza Mollino, Evaristo

Lacerda, Helyane Rodrigues Sarlo, Luiz de Souza Neto, Salvador Mendes de

Oliveira; 1979 — Arn ald o Stellet, Deoel eciano U n o Sepúlved a, Eliane Ribeiro,

Élio Cordeiro dc Mello, Francisco José Carvalho Izidoro, Maderval Pereira

Cardo so, Osvald o Reis do Ama ral Barros , W alter Corrêa; 1980 — Alcilei Rangel

Vi laça , Amaro da S i lva Viana , C laudine te Mota de Mesqui ta , C lébe r Lemos

de Almeida, Crenilda Pereira Gonçalves Viana, Edson Silva do Nascimento,

Eliezer Oliveira da Silva, Izaura Maria Rodrigues Rangel, João Batista das Chagas

Gomes, Maria Izabel Silva Toledo, Milton A lves de Oliveira, Nilda Ribeiro Barreto,

Reinaldo Bébi Fernand ez Candi a, Vanderlei Mac had o dc Souza , W aldecy Dias;

1981 — Airtes Silva, Alverino Ribeiro Filho, Anízio César Silveira de Araújo,

Aracy Cardoso Ganhoto, Dulcinéa Ribeiro dos Santos, Élvio Rosenberg da Silva

Abreu, Enélcio José dos Santos, Francisco Carlos dos Santos Azevedo, Fran-

cisco Elias Manhães, Francisco Machado Rodrigues, José Fernandes de Assis,

Luiz Henr ique Fa r ia Mende l , Norma de Almeida Caste la r de Souza , Oz imar

Machado Leite, Sérgio Giacomin; 1982 — Alceni França da Silva, Donito

Gonçalves Pereira, Edalma Ferreira Paes, Elizabete Clementino Rodrigues, Elizete

Ferreira Paes, Francisco das Chagas da Silva, Ivone Corrêa de Castro, Jair da

Cruz, Jocilda de Souza Rocha, Marta Tinoco Luy, Marluiz Stelet da Silva, Moisés

Bravo de Oliveira, Nivaldo de Souza, Paulo Cézar Pereira Lima, Paulo César

de Lima Gaspar, Paulo Roberto Macedo, Rogério José Trindade dc Moraes,

Silmar Gomes da Silva;

1983 — Alfredo Ferreira Rodrigues, Clóvis Torqüato, Demerval Pereira Lima,

Edevaldes dos Santos Ferreira, Fernando César Figueiredo Trindade, Jedaías

Ferreira de Azevedo, José Pereira Leite , Lécio Batista , Marinete de Souza

176

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Mendonça, Marlene Brito de Oliveira, Marly Volotão Bovió, Manoel Messias

da Silva, Rubelino Ignácio da Cunh a; 1984 — Alberto Lim a, Antôn io Ca rlos

Fernandes Mageschi, Antônio Luiz Guimarães Messias, Celson França da Silva,

Ceni lza Andrade , Di lme Cout inho da Rosa , Eunice Barbosa Cor rêa , Fe rnando

Sérgio Trindade Crespo, Jairo de Souza, José de Macedo Alves, Marcianita Cunha

de Mendonça , Orbás io Bastos de Almeida , Pauledir Car los Emer ich , Pedro

Salvador de Azevedo, Roncm Rodrigues do Amaral, Sebastião Gomes Filho,

Alceir Inácio Ferreira; 1985 — Arlindo Pereira da Rosa Júnior, Carlos Alberto

Machado, Cefe r ino Arévoles Córdoba , C láudio Luiz Bar roso Viana , C láudio

Vágner de Almeida Trindade, Dario Francisco de Oliveira, David Ramos da Silva,

Deiva Ramos Rangel, Gcdeão Bispo de Souza, Geralda Agostinha Inácia Miran-

dola, Henrique Antônio da Cunha Araújo, Inez Mendes Valente Machado, Jeives

Pontes Soares, João Gonçalves dos Santos, Manoel Messias Alencar Rangel,

Marcos Aurélio da Silva Braga, Marilane Flores Tavares, Nélson Pinheiro do

Carmo, Nilcéa da Silva, Paulo Zarro de Freitas, Renato Braga Gonçalves da

Silva, Rivanildo Pereira Diniz, Ruth Rodrigues Silva, Silsa France Trindade Crespo,

Samuel Mirândola, Shir ley Alves, Vanderlei Alves Marinho, Valdelir Barros

Simões; 1986 — Antônio Jorge de Souza Neto, Divaldo Zacarias dos Santos,

El mo Rocha A mori m, G eraldo dos Reis, Gilberto Gon çalves Pereira, Joã o Evan -

gelista Ferreira, Jonas Carvalho da Silva, Marilene Azevedo Rosa, Neidimar

Gomes Alexandre, Rita de Cássia Silva Miranda. Ronaldo Gomes de Souza,

Sérgio Luiz Zacarias dos Santos, Vânia Cristina Alexand rino Bernard o, W alcir

Ney de Souza; 1987 — Assis José Pereira, Carlos Alberto Rodrigues Pereira,

C láudio Le i te Mala fa ia , Débora Nunes Alec r im , Dioni lson Range l dos Santos ,

Edvalson Vivente, Érica Cruz, Fidel Bargas Gonzalez, Francisco José de Souza

Azeredo, Fernando Evangelista dos Santos, Getúlio de Araújo Sobreira, Gilson

Carlos de Souza Santos, Jônatas de Castro, Lázaro Augusto Gomes Vieira, Márcia

Ânge la de Souza , Mar ia He lena de Araújo Cardoso, Mar in Vargas Gonza lez ,

Myléne de Jesus Souza, Nilton Porfír io do Nascimento, Ozires de Souza Marques,

Paulo César Silveira Castelo, Rozana Lemos de Almeida Nascimento, Ruiter

de Campos Muniz, Vanderlei Batista Marins, Zeilza Teixeira; 1988 — Alfeu da

Conceição, Carlos Henrique Gomes da Silva, Cláudia Márcia Barreto Sarlo,

Ednaldo de Souza, Eliezer Santos de Souza, Élio Tavares Lessa, Eliseu Martins

Santos, Gequion Schulz Moraes, Grimaldo Ferreira Almeida, José Carlos Azevedo

de Almeida, Liliana Barreto Hcnriques, Lucclena de Oliveira Almeida, Manoel

Luiz Guimarães de Souza , Mar ia Dicéa Vie i ra More i ra , Már io Henr ique Herdy

Leão, Nilson Barreto Mendonça, Nivaldo Ferreira Moraes, Rita Márcia Botelho

Tostes de Souza, Ronaldo Cabral Lopes, Ronaldo Silveira Motta, Rute Nunes

de Souza Moraes, Sônia Lúcia Salve Coutinho, Tarceli Martins dos Santos,

Zeni l ton do Amara l Co ut inho, Z i lma dos Santos Viégas ; 1989 — Adr iana Mar ia

Raposo Lanhas, Alzeli da Costa Silva Rodrigues Simas, Antônio Gomes Neves,

Cláudia de Almeida Marcelino, Cláudia Márcia Genésio de Souza, Djalma Garcia

do Nasc imento , Ede lma Paes Pe re i ra , F ide l ina de Fá t ima Souza , Josué Campos

Macedo, Mário da Rosa Teixeira, Marlúcia Bernarda Teixeira, Marlúcio Alves

Ba t is ta , Naza ré do Nasc imento Maga lhães , Robson Damáz io , Rogér io da S i lva

Vieira, Rozimery Tamy Barreto, Rutilane Alves Campos, Sebastião Azevedo da

Cos ta, Valmir da Silva Soares, W alter Pacheco da Silveira, Zilá dos Reis, Zilan da

da Costa Maur íc io .

177

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Corpo docente do Seminário Teológico Batista Fluminense

Registramos, aqui, os nomes dos professores que têm atuado na docência

do Seminário Teológico Batista Fluminense, sendo que, alguns, só vieram, há

poucos anos, na gestão do Pr. Silas Quirino de Carvalho: Benjamin Lenz de

Araújo César, Élcia Barreto Soares, Joélcio R. Barreto, Gentil de Castro Faria,

Sebastião Ferreira, Jurandir Gonçalves Rocha, Afrânio Foly, Augusto Guimarães,

I lcéa Barreto de Souza , Cláudio W ágner, Erivã Araújo , Isaías Marti ns, Roberto

de Oliveira, W alter Velasco, Camilo Cald as, Adem ir P. Pimente l, Elma r Cam ilo

dos Santos, Jair Garcia, Samuel Leite Fonseca, Antônio Carlos F. Mageschi,

Gilson C. dos Santos, Eliana Lugão, Elly Bess d'Alcântara, Ismael José Ferreira,

Ivanir da Cruz Corrêa, Josélio Gomes de Souza, Manoel Vieira de Menezes,

Mário Henrique Herdy Leão, Maria José Figueiredo de Carvalho, Nelly Soares

Ferreira, Nilda Luiza Costa Leão, Nilson Borcard da Fonseca, Normice Franco

Stellet, Obadias Ferreira d'Alcântara, Rita dc Cássia Silva Miranda Martins,

Ronaldo Gomes de Souza, Ronaldo Silveira Motta, Silas Quirino de Carvalho,

Suledil Bernard ino da Silva, Vanderlei Batista Marins, W andete Dias da Rocha

Moura , Vânia Cr is t ina Alexandr ino Berna rdo.

O U T R A S I N S T I T U I Ç Õ E S D E E N S I N O T E O L Ó G I C O

Além do Seminário Teológico Batista Fluminense, mantido pela Convenção

Batista Fluminense, outras instituições se têm preocupado em oferecer a servos

do Senhor, por ele vocacionados para um trabalho ministerial, o preparo espe-

cíf ico nessa área. São elas:

Fundação Teológica — Cr iada pe lo P r . Henr ique Ma r inho N unes , nas ins ta -

lações de sua igreja — Primeira Igreja Batista de Nilópolis, na década de 50.

Tinha como obje t ivo prepa ra r obre i ros pa ra supr i r , pr inc ipa lmente o t r aba lho

das igrejas da Baixada Suburbana. Após servir , por vários anos, a região, a enti-

dade fo i descont inuada .

Seminário Teológico Batista Caxiense  — Fundado em Caxias, pelos pastores

João Corrêa da Rocha, Jaly Chaves de Menezes e Élcio Menegatti, com o obje-

tivo de preparar obreiros, com alguma bagagem de conhecimentos teológicos,

sem buscar, porém , preencher todo s os requisitos de um curso d e nível de 3? Grau.

Seminário Teológico Batista de Laranjal  — Dirigido pelo Pr. Aylpton de

Jesus Gonçalves e mantido pela Igreja Batista de Laranjal. Sem dúvida, essa

instituição tem contribuído para o desenvolvimento da obra ministerial no campo

f luminense .

Seminário Teológico Batista de Niterói— Fund ado, em 1984, com o campu s

avançado do Seminário Teológico Batista Fluminense, essa instituição passou,

logo depois, a ligar-se diretamente à Primeira Igreja Batista de Niterói, que foi,

desde a sua fundação, a sua ent idade mantenedora . O re i tor desse seminár io ,

é o Pr. Nilson do Amaral Fanini e o seu diretor administrativo, o Pr. Dr. Delcyr

de Souza Lima .

Campi avançados do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil — O

preparo de obreiros em nosso estado tem sido auxiliado, também, pela existência

de dois campi avançados do STBSB: o primeiro, funcionando nas instalações

da Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu, pastoreada pelo Pr. Edgard Barreto

178

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Antunes ; o segundo, func ionando na c idade de Vol ta Redonda , no templo da

Primeira Igreja Batista , que é pastoreada pelo Pr. Jorge Luís Gouveia Vieira.

SEDE DA CONVENÇÃO BATISTA FLUMINENSE EM NITERÓI

Por muitos anos, a sede da Convenção Batista Fluminense foi em Campos,

onde moravam os secretários-executivos: Joa quim Fernandes  I  .essa, Fidélis Morales

Bentancôr, José Joaquim da Silveira e Antônio Coelho Varella .

Localizavam-se em Campos, também, as sedes

  d

 'O Escudeiro Batista, da

Sociedade Patrimonial Batista

  e a do

  Colégio Batista Fluminense.

Foi na gestão do missionário John Riffey, como secretário-executivo do

campo fluminense, que, por não residir ele em Campos, decidiu-se adquirir uma

sede pa ra a Convenção, em Nite ró i , onde todas a s juntas do campo pudessem

ter um escritório ou, pelo menos, uma mesa. Assim, quatro salas foram compradas

no edif ício Líder,  à Av. Am aral Peixoto, 370, onde, com grand e júbilo foi inau-

gurada a sede da Convenção Ba t is ta F luminense . Era um grande passo dado

para o progresso da obra batista no Estado do Rio de Janeiro.

M I S S I O N Á R I O H A R O L D R E N F R O W

O missionário Harold Renfrow chegou ao Brasil em 1959. Após o apren-

dizado da l íngua , em Campinas , f icou t r aba lhando no Estado de São Paulo .

Quando o missionário John Riffey estava para se aposentar e regressar

à outra América, o nome dc Renfrow foi escolhido para substituí- lo no cargo

de secretário-executivo do Campo Batista Fluminense. Nessa ocasião, já havia

s ido rees t ru turado o t r aba lho ba t is ta em nosso es tado. O miss ionár io Renf row

iniciou a sua atuação cheio de vigor e , entusiasmado, pôs em execução vários

de seus planos. Uma de suas maiores realizações foi a aquisição da propriedade

próxima a Rio Bonito, por indicação do Pr. Elias Vidal, para sediar o acam-

pam ento estadual. Tendo sido, por vários anos, seu diretor, procurou desenvolvê-lo,

tornado-o num dos me lhores acampamentos e s tadua is do Bras i l .

O missionário Renfrow tinha o seu coração devotado ao evangelismo c

um dos seus sonhos era ver uma igreja batista organizada em cada município

do estado. E isso ocorreu.

Após a lguns anos de exper iênc ia com a Junta C oordenad ora , o P r . Renf row

passou a trabalhar com a Junta de Evangelização. Realizou muitas séries de

conferências evangelísticas, promoveu muitas campanhas de evangelização, muitas

clínicas de mordomias, clínicas de EBD, etc. Assumiu, ainda, o pastorado inte-

r ino de igrejas que f icavam sem pastor . Foi nessas condições que chegou a pastorear

a Primeira Igreja Batista de Niterói, logo após a morte do Pastor Manoel Avelino

de Souza, em 1962, conduzindo o processo sucessório, orientando a igreja na

escolha do obreiro qu e ali está há mais de 25 anos, o Pastor Nilson do Am aral -

Fanini.

Em 1973, o Pr. Renfrow foi nomeado como secretário-executivo para a

"Cruzada de Evange l ização B i l ly Graham Grande R io" , r ea l izada no ano de

1974, no Maracanã. Harold Renfrow foi o braço direito do Pr. Fanini, que era

o coordenador ge ra l do movimento .

179

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Em todo o t r aba lho que o miss ionár io Renf row desenvolveu no campo

batista f luminense, teve o suporte de sua digna esposa, a missionária Nona

Renf row, que desempenhou mui to bom t raba lho ent re a s senhoras do Estado

do Rio.

T E N T A T I V A S D E D I V I S Ã O D A C O N V E N Ç Ã O

Na década de 60, dizendo-se insatisfeitos com os rumos dos trabalhos da

convenção, e portando espír ito divisionista, alguns líderes começaram a buscar

simpatizantes, aqui e ali, nas associações então existentes.

A maior parte dos líderes que se mostravam interessados nessa divisão

concentrava-se na  Associação Norte-Fluminense. O  Pastor Fidélis Morales

Bentancôr, da Terceira Igreja Batista de Campos, e o Pastor Henrique de Queiroz

Vieira, da Igreja Batista de Cardoso M oreira, f izeram reuniões e expediram corres-

pondência no sentido de sensibilizarem outros colegas para abraçarem a causa

que de fendiam.

N a  Associação Extremo-Norte,  o único líder que logo atend eu ao apelo

foi o Pastor Abelar Siqueira, que pastoreava a Primeira Igreja de I taperuna c

exercia certa influência na cidade, onde era professor de Inglês no Colégio Esta-

dua l e no Colégio B i t tencour t , dc propr iedade do educador Ja i r B i t tencour t .

Para ajudar na difusão de seus ideais, o grupo interessado na divisão da

convenção c r iou o pe r iódico   O Batista Fluminense,  que seria o órgão oficial

da convenção que pretendiam organizar . Na região norte, já havia o periódico

da associação, que se chamava  O Norte Batista.  Sua public ação foi suspen sa,

pois o grupo queria um veículo de âmbito estadual; e o   O Batista Fluminense

preencheria esse objetivo. Chegaram a editar dois números desse jornal, saídos

sob a r edação do Pas tor Hen r ique de Que iroz Vie i ra , um dos mentores do movi-

mento. O que o grupo esquecera, porém, é que, desde 1947, circulava o jornal

O Batista Fluminense,  órgão edi tado pe los pré - seminar is ta s do Colégio Ba t is ta

F luminense , tendo s ido seu fundador o autor des ta obra . Outros r eda tores o

sucederam."

1

O plano a r t iculado previa , também, que o nome da nova convenção se r ia

Convenção Batista Fluminense, embora esse fosse o nome atr ibuído, desde 1923,

à convenção já existente desde 1907, mas que, por não ter seus estatutos publi-

cados no Diário Oficial do Estado, nem estarem eles registrados em cartório,

não t inha ga rant ida e ssa denominação. Ao sabe rem do que pre tendiam os in te -

ressados na divisão da convenção, o Pastor Manoel Avelino de Souza e o Pastor

W a ldemar Zar ro envida ram to dos os e sforços pa ra que ps e s ta tu tos da convenção

já existente fossem registrados naqueles dias, a f im de se evitarem alguns abor-

rec imentos fu turos .

O plano dos que p lane javam a d iss idênc ia inc lu ía , também, a organização

de uma Ordem dos Pastores.

  (2)

  A carta, assinada pelo Dr. Fidélis Morales

Bentancôr, convidava os obreiros do estado que na turalme nte estivessem propensos

à divisão da convenção a se f iliarem à nova entidade de pastores. '

3

'

Fe l izmente , o movimento mor reu no nascedouro , pois não encontrou a

ressonância que esperavam os seus interessados. Deste modo, voltaram os líderes

do movimento a coopera r com os t r aba lhos da Convenção Ba t is ta F luminense .

180

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O fe rmento espa lhado pe lo movimento d iv is ionis ta , porém, f icou. Porque

na então cham ada região subu rbana que , hoje , tem vá r ia s a ssoc iações , começou

a brotar , também a idéia de uma divisão. Os motivos que alegaram os interes-

sados eram os mesmos que apresentavam os do grupo divisionista que se achara

na Associação Norte — o pouco envolvimento dc alguns líderes nos trabalhos

convenc iona is , f azendo-os se sent i r despres t ig iados pe la denominação.

Usando de psicologia e bom senso, a liderança da época houve por bem,

ao invés de a l i ja r da convenção os que propunham uma sepa ração, colocá - los

como membros de nossas juntas , levando-os a uma pa r t ic ipação mais e fe t iva

nos t r aba lhos convenc iona is .

Na região suburbana, o movimento não teve muita expressão, de vez que

apenas uma meia dúzia de líderes propugnava pela criação de outra convenção.

O conhec ido l íde r da r egião , Pas tor Henr ique Mar inh o Nunes , ma ior orga -

nizador de igrejas da baixada f luminense, se opôs tenazmente à idéia da divisão

do estado em duas convenções. Em carta ao Pastor Ebenézer Soares Ferreira,

então pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense , da tada de 29 de ma io de

1967, ele declara:

"Fui inform ado pe lo nobre colega Pas tor Oswaldo Soares , que a lguns

obre i ros das Assoc iações Sul-F luminense e Suburbana es ta r iam a r t i -

culando um movimento pa ra a c r iação de uma outra convenção em

nosso estado.

"Quero manifestar-me ao colega e autorizá-lo, se necessário for , a

interpretar meu pensamento contrário a tal idéia. Só vejo nisso algum

ressent imento pessoa l manifes tado e que em nada há de benef ic ia r

o t r aba lho ba t is ta em nosso es tado" .

Depois desse movimento de tentativa de separação, c que se podia consi-

de ra r quase na t imor to , nenhum a outra tendênc ia dc d iv isão do campo f lum inense

em duas convenções fo i cons ta tada .

181

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Capítulo XIII

PERÍODO DE GRANDES CAMPANHAS E DE

DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

F U S Ã O D O S E S T A D O S D A G U A N A B A R A E R I O D E J A N E I R O

(Pe rmanecem as Convenções Car ioca e F luminense )

Tendo s ido const ru ída pe lo P res idente Gar ras tuzu Medie i , e so lenemente

inaugurada a 04 de março de 1975, a Ponte Rio-Niterói passou a unir os estados

da Guanabara e R io de Jane i ro . Denominada "es t r ada sobre a s águas" , e ssa

ponte fo i um grande passo no progresso de nossa r egião .

A partir de 15 de março de 1975, os dois estados passaram a se constituir

num só , r ecebendo a denominação de Estado do R io de Jane i ro . À, a té então ,

cidade do Rio de Janeiro, por muitos anos capital federal, e que fora, com a

criação de Brasília , transformada em cidade-estado, passou a ser a sede do recém-

-c r iado Estado do R io de Jane i ro .

Naque le mesmo dia , e scolhido pe lo P res idente da Repúbl ica , tomou posse

no ca rgo dc Governador do Estado do R io de Jane i ro , o Vice -Almirante Fa r ia

Lima .

E S T U D O S O B R E A F U S Ã O D A S C O N V E N Ç Õ E S

Entre os ba t is ta s dos dois e s tados — Guanabara e Es tado do R io , surgiu

a idéia de que, em vir tude da  fusão  havida, as Conven ções Carioca e Flum inens e

dever iam, também, se r aglu t inadas , f azendo surgi r uma única convenção que

se denominar ia Convenção Ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro .

Pa ra e s tuda r o a ssunto , fo i nomeada , em cada uma das duas convenções

envolvidas , uma comissão espec ia l . Num t raba lho conjunto , e la s ana l isa r iam

a viabilidade ou não da execução dessa fusão. Após exaustivo estudo, essas comis-

sões chegaram à conclusão de que, buscando o melhor para cada convenção,

e la s dever iam, cada uma , seguir na ro ta em que v inham marchando, dada a

diferença de psicologias de trabalho.

183

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P R O G R A M A I N T E G R A D O D E M I SS Õ E S E E V A N GE L I Z AÇ Ã O — P R O I M E

Visando a dinamizar os trabalhos das igrejas batistas no Brasil, levando-as

ao crescimento numérico e espir itual, foi cr iado pela Convenção Batista Brasi-

leira o Programa Integrado de Missões e Evangelismo — PROIME, estabelecendo

metas para serem alcançadas pelas juntas convencionais, com a f inalidade de

gerar , progressiva e harmonicamente, o crescimento denominacional. O programa

foi estendido também as convenções estaduais e às associações, no intuito de

envolvê-las no arrojado plano.

Para cada ano, a apartir de 1973, foi dada uma ênfase especial e estabe-

lecidos alvos que, na sua maioria, foram ultrapassados, alguns, porém, por motivos

vários, deixaram de ser atingidos. Um deles, que f icou muito aquém daquilo

que fora estabelecido, foi o alvo   i 1 = 500.000.  Esse objetivava o alcance do

dobro de membros nas igre ja s ba t is ta s que , naque la época , be i ravam o número

250.000.

Um dos a lvos que rapidamente foram ul t r apassados fo i o de centenas de

seminar is ta s em nossos seminár ios . Com isso , um problema logo fo i também

de tec tado: o número de vocac ionados e ra mui to grande , mas o número de igreja s

não crescia na mesma proporção. Além disso, muitos dos que buscavam os semi-

nários, ao completarem seus cursos, não se sentiam vocacionados, senão para

a tua rem nos grandes centros .

Durante o desenvolvimento do PROIME, as igre ja s se e sforça ram mui to

para atingir os alvos propostos pela convenção. As juntas não mediram esforços

para vê-los atingidos.

Apesar de suas limitações c das dif iculdades encontradas no seu desen-

volvimento , o PROIME não de ixou de t r aze r benef íc ios ao t r aba lho ba t is ta no

Brasil, mesmo diante daqueles que se mostraram céticos face a movimento de

tal jaez, lançando críticas por causa do estabelecimento de alvos numéricos.

Valeu a experiência e os resultados f icaram

S E C R E T Á R I O S - E X E C U T I V O S D A J U N C O R D

Elias Vidal

Harold Renfrow foi buscar em Elias Vidal um auxiliar digno dessa função.

Após exercer , por dez anos, com grande dedicação, as suas tarefas, para evitar

atr itos entre as diversas áreas de trabalho, o missionário deixa a função de

sec re tá r io-execut ivo da JUNCORD — Junta Coordenadora , e ace i ta o convi te

pa ra t r aba lha r como sec re tá r io da Junta de Evange l ização do es tado, depois

de re torna r de um per íodo de um ano nos Estados Unidos .

O Pr. Elias Vidal, que já vinha com a mã o na obra, como secretário-executivo

adjunto, foi, então, conduzido ao cargo de secretário-executivo da aludida enti-

dade . Era pas tor da Igre ja Ba t is ta de R io Boni to quando fo i convidado pa ra

tão elevada posição. Com vasta experiência no ministério e na liderança f lumi-

nense , fo i -se conduz in do de mo do a agrada r o povo. Foi ele quem vis lumbrou

a posibilidade de se adquirir a propriedade próxima a Rio Bonito, onde se instalou

o Acampamento Ba t is ta F luminense .

184

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Estava cheio de planos para pôr em execução, quando o Senhor o convocou

às mansões celestes, no dia 28 de junho de 1973.

Secretário-Interino

Com o falecimento do Pr. Elias Gomes Vidal, ocorrido no dia 28 dc junho

de 1973, em um acidente automobilístico, a Junta Coordenadora, através de

seu presidente, Pr . W aldemar Zarro, escolheu para desem penh ar, interin amente,

a função de executivo, o Pr. Ageu de Oliveira Pinto. Para sanar problema rela-

c ionado com as contas da Junta Coordenadora , pe las qua is e ra r e sponsáve l ,

já que exercia também a fu nção de tesoureiro da mesma, o Pr. Ageu Pinto entregou

sua casa , loca l izada à Rua Mansue to Guimarães , 440, em Por to da Madama,

São Gonça lo , como pagamento . Durante a lguns meses , r ecebeu a d i fe rença do

va lor da mesma . F icou, a ss im , sanado pa ra sempre o problema . O Pas tor Ageu

de Oliveira Pinto pôde, assim, de viseira erguida, deixar o cargo de secretário

— execut ivo da JUNCORD.

Coube à Junta Coordenadora escolher o novo secretário-executivo, já que

exercia essa função interinamente o Pr. Ageu de Oliveira Pinto.

Joaquim de Paula Rosa

Sob a presidência do Pr. Ageu Neto, a Junta Coordenadora escolheu seu

novo secretário-executivo — Pr. Joaquim dc Paula Rosa, que tomou posse nessa

fun ção no dia 17 de setembro d e 1973.

Após sua formaturâ no Seminár io Teológico Ba t is ta do Sul do Bras i l , o

Pastor Joaquim de Paula Rosa esteve por dois anos como pastor auxiliar da

Primeira Igreja Batista de Niterói, onde se fez despontar como um pastor de

grande l ide rança .

Sua ges tão na Junta Coordenadora do Estado do R io se ca rac te r izou por

modernização dos mé todos no t r aba lho do es tado, pe la apl icação de nova

dinâmica, pela expansão do Plano Cooperativo. Seus relatórios às assembléias

convenc iona is e ram apresentados de mane ira bem or ig ina l e r echeados de mui ta s

realizações.

Quando se pensava que Joaquim de Paula Rosa f ica r ia bas tante tempo

como executivo da JUNCORD, eis que ele aceita o desafio para ser o Superin-

tendente Geral da JUERP. Em 06 de novembro de 1979, é ele empossado nesse

cargo, numa fase crucial daquela junta, e , ali, tem se havido de modo brilhante.

Daniel de Oliveira Cândido

Novamente, há necessidade de substituição no cargo de secretário-executivo

e tesoureiro da JUNCORD. Reunida, a junta escolhe o Pr. Daniel de Oliveira

Cândido pa ra ocupar e sse luga r . O novo execut ivo mantém como sec re tá r io-

-adjunto o P r . Eduardo Carva lho, já que es te , na ges tão do Pr . Joaquim de

Paula Rosa , fora mui to ú t i l , apresentando-se como obre i ro ponderado e t r aba -

lhador .

185

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Tendo deixado o pastorado de uma boa igreja — a Primeira de Rio Bonito,

o Pr. Daniel de Oliveira Cândido lança-se à obra de executivo, cheio de idéias

e novos planos. Promoveu trabalhos especiais, clínicas, visitas às associações.

P rocurou, enf im , desenvolve r o t r aba lho que compe t ia à junta que d i r ig ia .

Reconhecendo que a doutr ina de mordomia c r is tã é a base do for ta lec i -

mento de um trabalho sério, escreveu o livro  Reflexões de Mordomia,  que teve

boa ace i tação, não só dentro da Convenção Ba t is ta F luminense , mas também

entre os batistas de outros estados.

Após trabalhar com muito amor na função que exercia, o Pr. Daniel de

Oliveira Cândido adoeceu. Foi acometido da doença de Parkson, que é irrever-

sível. Precisou deixar o cargo de secretário-executivo e tesoureiro da JUNCORD.

Ganhava relativamente pouco (12 salários-mínimos). Vendo que a situação f inan-

ceira do Pr. Daniel não era boa, a Junta Coordenadora fez com ele um acordo:

deu- lhe a casa em que a tua lmente mora , e que e ra propr iedade da junta , em

troca de quant ia quase s imból ica . Com esse procedimento , a JUNCORD levava

em conta que o r e fe r ido obre i ro r ecebia pequena aposentador ia , que não lhe

dava condições de adquirir uma casa para morar.

Edgard Barreto Antunes

Para subs t i tu i r o P r . Danie l de Ol ive i ra Cândido, a JUNCORD convida

o Pr. Edgard Barreto Antunes, obreiro já experiente nas lides denominacionais.

Já o seu pa i , P r . Edmundo Antunes da S i lva , fora , também, func ionár io da

JUN COR D, exe rcendo, por vá r ios anos , a função de te soure i ro da r e fe r ida junta ,

ao lado de John Riffey.

O Pr. Edgard Barreto já exerceu, por várias vezes, a presidência da

Convenção Batista Fluminense, c foi, por algumas vezes, um dos vice-presidentes

da Convenção Batista Brasileira. E, também, pastor da Primeira Igreja Batista

de Nova Iguaçu.

O campo ba t is ta f luminense mui to e spe ra do d inamismo e ta lento do Pr .

Edgard Bar re to Antunes .

A C O R D O D O I N G Á

O Colégio Batista de Niterói possuía excelente propriedade à Rua Visconde

de Morais, no. 231, no Ingá. Por volta do ano de 1976, sentindo que a situação

para a sobrevivência dos colégios particulares era impossível, principalmente

quanto ao pagamento do INPS, por pa r te das ent idades , a d i r e tor ia daque le

colégio, que pertencia à Associação Batista de Educação, resolveu estabelecer

um ACORDO com a Convenção Ba t is ta F luminense . Esse ACORDO, não só

preservaria as propriedades, mas ofereceria à CBF melhores condições para a

ins ta lação de suas juntas , da JUBERJ, da OPBERJ, da União Feminina Miss io

nár ia Ba t is ta F luminense e d '0  Escudeiro Batista.

Por e s te ACORDO, os ba t is ta s f luminenses adquir i r am, por um preço

razoável, as propriedades do Colégio Batista dc Niterói. Em contrapartida, como

exigência da diretoria do colégio, na pessoa do Pr. Samuel de Souza, a Convenção

Batista Fluminense se comprometeu a instituir o  Fundo Pastor Manoel Avelino

186

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de Souza Memorial ao Colégio Batista de Niterói,  pe rpe tuando, a ss im , a memór ia

do inolvidável fundador da entidade, em 1942.

Para celebrar o Acordo do Ingá, que teve a assessoria jurídica do Dr. Fran-

cisco Cerqueira Bastos, reuniram-se os líderes da Convenção Batista Fluminense,

no dia 20 de dezembro dc 1976, nas dependências da pro priedade recém-adquirida ,

e selaram o pacto com a solenidade que o momento exigia.

Deste modo, a Convenção Batista Fluminense foi enriquecida com um

grande patr imônio que, no passado, custara muito trabalho e sacrif ício ao casal

Manoel Avelino de Souza e ao casal Samuel de Souza, além de outras pessoas.

CENTRO BATISTA FLUMINENSE

Em 1978, durante a gestão do Pastor Joaquim de Paula Rosa como

sec re tá r io-execut ivo da Junta Coordenadora , os ba t is ta s f luminenses c r ia ram

o c h a m a d o  Centro Batista Fluminense.

Com uma área total de 3.201 m

2>

  dos quais 1.800 m

2

  são de área cons-

truída, o Centro Batista Fluminense f icou sendo a sede da Convenção Batista

Fluminense. Ali existem 21 salas, uma biblioteca, salão de reuniões, dormitórios

feminino e masculino, cozinha, refeitório, quadra de esportes coberta e taqueada.

Estão sediadas a l i a s qua t ro juntas da CBF — Junta Coordenadora

( JUNCORD) , Junta de Evange l ização ( JUNEVA) , Junta de Benef icênc ia

( JUBEN) , e Junta de Educação ( JUNED) , bem como as demais ent idades da

convenção — Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io (OP BERJ ) , Juven-

tude Batista do Estado do Rio dc Janeiro (JUBERJ), União Feminina Missionária

Ba t is ta F luminense (UFMBF ) , União M ascul ina Miss ionár ia Ba t ista F luminense

( U M M B F ) , c a r ed a ç ã o d ' 0

  Escudeiro Batista.

  Es tá sediada a l i também a Junta

de Moc idade da CBB ( JUMOC) .

Tem sido de muita utilidade o CENTRO, pois, além dc servir às entidades

nele sediadas, tem servido às igrejas e organizações estaduais para a realização

de congressos, retiros e estudos. Na área em que está localizado o Centro, existe

uma casa onde reside o secretário-auxiliar , que, hoje (1991), é o Pastor Eduardo

Azevedo de Carvalho.

R E E N C O N T R O — O B R A S S O C I A I S E E D U C A C I O N A I S

Fundada em 1975, e s ta grande obra denominada REENCONTRO —

OBRAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS , tem s ido , nesse sent ido , a menina -dos-

-o lhos de seu fundador , o Pas tor Ni lson do Amara l Fanini .

REENCONTRO tem promovido programações evangelísticas pela televisão,

através de várias cadeias de TV, chegando a atingir algumas cidades da Bolívia

e Paraguai. Promove, também, campanhas evangelísticas em estádios. De norte

a sul do país, Reencontro tem estado operando. E o Pastor Fanini, com carisma

especial, tem atraído milhares de almas aos pés de Cristo. A influência dessa

obra tem atravessado as fronteiras do nosso país, chegando até aos Estados Un idos,

onde é mantido um escritório, através do qual são feitos os contatos para a

preparação das campanhas evangelísticas realizadas pelo Pastor Fanini no exterior .

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A sede atual do Reencontro está situada à Rua Marechal Deodoro, 301,

no centro de Ni te ró i . Al i e s tá ins ta lado o ambula tór io médico-dentá r io que ,

segundo periódico publicado pelo próprio Reencontro, atendeu a mais de 100

mil pessoas, nos seus seis anos dc funcionamento. Lê-se, ainda, na referida publi-

cação:

"Além desse p lano de saúde , o REENCONTRO func iona eom a ten-

dimentos de consultas particulares e serviços de laboratório de análises

clinicas, radiologia, pequenas cirurgias, f isioterapia, endoscopia, colo-

noscopia , e le t roca rdiogra f ia , provas e rgométr icas , u l t r a ssonogra f ia ,

e le t roence fa logra f ia , acupu ntura , nebul ização, fon oaudiologia , ps ico-

logia, injeções, curativos, medidas de pressão arterial e odontologia

em geral.

"Q ua nd o a pessoa não tem condições de se torna r sóc io con tr ibuinte

ou pagar consultas ou qualquer serviço utilizado nas clínicas do Reen-

contro, ela é atendida pelo serviço social, através de uma tr iagem,

e assistida no que for necessário, de forma gratuita .

"E stã o à- disposiç ão do púb lico 11 médico s, seis dentistas, um

bioquímico- fa rmacêut ico , uma auxi l ia r de enfe rmagem, a ss is tentes

sociais e psicólogos.

Os médicos atendem às especialidades: clínica médica, pediatr ia , gine-

c o l o g i a , c i r u r g i a g e r a l , c a r d i o l o g i a , p n e u m o l o g i a , o r t o p e d i a

gas t roente rologia , neurologia , neuroc i rurgia , uro logia , r eumatologia ,

endocr inologia , of ta lmologia , ps iquia t r ia , de rmatologia , o tor r inola -

r ingologia e homeopa t ia . "

Aiém da área de saúde, o Reencontro tem atuado na área educacional:

"H á mais de dez anos , o Reencontro pres ta a ss is tênc ia à comuni dade

do Mor ro da Boa Vis ta , em Nite ró i , onde func ionava um pequeno

ambulatório médico, Hoje, a presença do Reecontro está ali marcada

pela existência do seu Centro Estudantil, inaugurado em 13 de junho

de 1990.

"Const ru ído numa á rea de 1 .200 m

2

- o Centro Estudant i l tem capa-

c i d a d e p a r a a t e n d e r m i l c r i a n ç a s , d i a r i a m e n t e , e m h o r á r i o s

escalonados. A partir de março deste ano — 1991, 400 crianças estarão

inscritas e sendo atendidas, tanto na creche, para crianças dc zero

a seis anos, como em suas outras áreas de atividades, voltadas para

crianças na faixa etária de sete a 16 anos.

"O prédio é constituído de um salão com capacidade para 200 pessoas,

onde também se reúne a Igreja Batista de Boa Vista, organizada pela

PIB de Niterói. Possui oito salas grandes para atividades diversas,

lavanderia, cozinha, refeitório, banheiros e quadra de esportes. Nesse

prédio funciona uma creche, abrigando 100 crianças em horário inte-

gral, e outras 100, em outra faixa etária , em turnos escalonados.

"C rian ças n a idade de sete aos 16 anos recebem ali orien tação para~

a t iv idades como Educação Ar t ís t ica (p in tura , desenho, música ) ;

Educação Física (esporte e lazer) . Dentro dos planos do Pastor Fanini,

e s tá a ampl iação desse a tendimento , v isando a a tender semp re a um

maior número de c r ianças .

(1)

188

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Só a eternidade poderá revelar a grandeza do empreendimento que é o

R E E N C O N T R O — O B R A S S O C I A I S E E D U C A C I O N A I S .

E N C O N T R O D E F I L H O S D E P A S T O R E S

Muitas esposas de pastores demonstraram o desejo de reunir seus f ilhos

num retiro, onde eles pudessem debater seus problemas, receber orientação para

enfrentá-los, onde pudessem colocar suas aspirações e desejos. Esse sonho foi

concretizado em 1975, com o Primeiro Encontro de Filhos de Pastores. As irmãs

Nair de Araújo Portes (hoje, viúva do Pastor Antônio M. Portes) e Creusa Rangel

de Souza foram, no princípio, as que mais se entusiasmaram com a organziação,

que surtiu grande efeito entre os jovens que nela se envolveram.

O Pr. Nilson Dimárzío escreveu para o jornal   O Escudeiro Batista,  de ju lho-

-agosto de 1976, sob o título   I Encontro de Filhos de Pastores, um aprec iado

artigo, do qual extraímos o seguinte:

"Há quem julgue que o menino, por ser f ilho de pastor , deve se

compor ta r como adul to . Eis uma in jus t iça c lamorosa , f ru to da

ignorância. Criança é criança, seja f ilho de quem quer que seja. Sua

psicologia deve ser respeitada."

O artigo do Pr. Nilson Dimárzio, que hoje é o ilustre redator d'   O Jornal

Batista,  bem expressa a preocupa ção de muito s obreiros qua nto à criação de

seus f ilhos, pois, para muito s mem bros d e igrejas eles devem ser o exemplo  porque

o pai é pastor . Essas pessoas, porém, se esquecem de que ninguém vive sem

passar por todas as faixas etárias. E os f ilhos de pastores, como pessoas que

são, não podem crescer sem viver as características de cada uma delas. Eles são

crianças, depois passam pela adolescência, pela juventude, para só então se

torna rem adul tos , a t ingindo a ma tur idade .

Os encontros que se seguiram ao primeiro foram também de muita valia

para os f ilhos de pastores que deles participaram.

DIACOPBERJ

Por sugestão do então secretário-executivo da Ordem dos Pastores Batistas

F luminenses , Pas tor João Ba t is ta Paulo Guedes , fo i c r iado o DIACOPBERJ

— organização que tem por obje t ivo congregar os d iáconos ba t is ta s f luminenses .

O início dessa organização se deu com a realização do Primeiro Retiro

Espiritual dos Diáconos do Estado do Rio de Janeiro, ocorrido nos dias 09 e

10 de novembro de 1974, ao qual comparecera m 160 particip antes. Foi orador

oficial desse encontro o Pastor Nilson do Amaral Fanini, que discorreu sobre

o tema:  Por uma liderança qualificada.  Foram preletores os Pastores Fidélis

Morales Bentancôr e Ebenézer Soares Ferreira.

Essa organização tem sido bem útil ao trabalho batista f luminense, trazendo

benefícios, não só aos diáconos, como às igrejas.

Por mui tos anos , o sec re tá r io-execut ivo do DIACOPBERJ fo i o d iácono

Percy Paulo Guedes. Hoje, exerce esse cargo o diácono Orlando Soares.

189

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SOCIEDADE DE ESPOSAS DE PASTORES BATISTAS FLUMINENSES

Por ocas ião da Assembléia da Convenção Bat i s ta Fluminense , r ea l izada

na cidade de Pádua, em julho de 1976, foi organizada a Sociedade de Esposas

de Pastores do Estado do Rio de Janeiro.

O ideal da cr iação dessa o r gan ização nasceu no cor ação das i r mãs Ju r ema

Mainhard e Maria Moreira (D. Mariquita, como era conhecida) . Tendo esse desejo,

p r ocur ar am o p r es iden te da Convenção Bat i s ta Fluminense , Pr . Ebenézer Soar es

Ferreira, e lhe explicaram o plano. Esse lhes deu f ranco apoio, estimulando-as

a in iciar em imed ia tamente o empr eend imento , ap r ovei tando aquela m esma assem-

bléia convencional. Puseram mãos à obra, então. Trataram logo de eleger a

p r imei r a d i r e to r ia , que f o i empossada na mesma assembléia .

Tem s ido de g r ande valo r par a a obr a bat i s ta f luminense , l abu tando , l ado

a lado com os pastores, essa organização, Não só congraça as esposas dos obreiros

c o m o ,

 

.ambém, auxiliam-se elas, reciprocamente, na busca de solução para os

pr ob lemas e s i tuações que lhes são comuns .

O T R A B A L H O D A J U V E N T U D E

Somente mui to tempo depo is de cr iada a Associação Bat i s ta Fluminense ,

em 1907 , é que o t r abalho com os jovens f o i o r gan izad o em nosso cam po . Com o

mot ivos par a essa delonga podemos detectar : 1 ) a f a l ta dc acomodações nas

casas de cultos, que, no pr incípio, eram bem acanhadas e l imitadas; 2) a falta

de l i teratura apropr iada para essa faixa etár ia; 3) a falta de incentivo para um

tr abalho d i r ec ionado par a a juven tude.

Em f inais do sécu lo passado , por ém, a Pr imei r a I g r e ja Bat i s ta de Campos

parecia já se preocupar com a assistência aos jovens. Tem-se notícia de que,

naquela altura, já a igreja alugara uma sala para servir de sede a uma escola

n o t u r n a .

As chamadas Uniões de Mocidade su r g i r am nas ig r e jas bat i s tas anos mais

tarde. Sabe-se que foi na assembléia convencional, realizada em São Fidélis ,

em 1912, com a presença de 55 mensageiros, que se cogitou de organização da

pr imeira União de Mocidade Batista. Já na 13a. Assembléia da Convenção Batista

Fluminense, realizada em Portela, em 1919, com 72 mensageiros, o assunto

trabalho dos jovens  f o i bem d iscu t ido e o p lenár io decid iu que a mocidad e r ea l i-

zasse seus t r abalhos na mesma ocas ião das assembléias convencionais .

O ideal, entretanto, só ir ia concretizar-se na 18a. Assembléia da Convenção

Batista Fluminense, realizada em Valença, no dia 02 de maio de 1924, com a

pr esença de 45 mensagei r os . A l i f o i o f ic ia lmen te o r gan izada a Convenção da

Mocidade Bat i s ta Fluminense . Sua p r imei r a d i r e to r ia se compunha de jovens

casados e que demons t r avam valo r no t r abalho da Causa . Todos er am pas to r es :

Pr es iden te — Pr . A lber to Por te la

Vice-presidente — Pr . Fidélis Morales Bentancôr

Secr e tár io — Pr . Adozino Neto

Secr e tár io - cor r esponden te — Pr . V i r g í l io Far ia

Tesoureiro — Pr . Joaquim Rosa

190

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Começou mui to animado o t r aba lho da Convenção da Moc idade Ba t is ta

F luminense . Logo fo i fundado o jorna l  A Juventude,  do qual era redator o Pr.

João Barreto da Silva.

O entusiasmo inicial, porém, foi arrefecendo e, em breve, o trabalho estava

paralizado vindo a se reorganizar em 1933, em reunião realizada na Primeira

Igreja Batista de Niterói. O presidente eleito foi o jovem W aldemar Z arro, en tão

pastor da Igreja Batista de São Gonçalo, a qual, aliás, pastoreou até 1974, ano

em que faleceu

Na década de 40, o trabalho da juventude começa a se desenvolver melhor.

Nele aparecem jovens como. Júlia Codcço, Jáder Malafaia, Gutenberg Faria

Guedes, I . iberalina Mônica Faria, Elpídio Mota, Isaías Santos, Samuel de Souza,

Nilton de Souza, Gedaías Norberto, Eli Francioni dc Abreu, Elias Vidal, Evaldo

Gonçalves, Euza Gomes, José Murta, Ebenézer Soares Ferreira, José Pinto, Edna

Antunes , Ne lson e W a ldi r Rocha .

É na década de 40 que é criado o periódico   O Arauto Fluminense,  cuja

primeira redatora foi a Profa. Helena dc Souza. Depois, foi seu redator , por

cerca de três anos, o Dr. Eli Francioni de Abreu. Em seguida, o então seminarista

Ebenézer Soares Ferreira assume a direção do jornal, permanecendo nessa função

por três anos.

Nessa fase, surgem nos arraiais batistas f luminenses inúmeras discussões

sobre o a ssunto  ítinerância  que, segundo se pensava, deveria ser desem penh ada

por um jovem. Para isso, é escolhido o então seminarista Samuel de Souza.

Realizou ele váriqs viagens pelo estado, procurando despertar a mocidade para

o trabalho de itinerância, no sentido de ela mesma sustentar alguém que exer-

cesse essa função.

Década de 50

E na década de 50 que o trabalho jovem entre os batistas f luminenses vai

apresentar maior desenvolvimento. O número de jovens nas igrejas batistas era

maior, e maior também era o número de jovens que haviam cursado o Segundo

Grau (Curso Científ ico, na época). Havia, ainda, jovens cuja escolaridade já

atingira o Terceiro Grau (Faculdade).

Foi nessa década que se iniciou a realização dos congressos de mocidade.

O Primeiro Congresso da Mocidade Batista Fluminense se realizou na Primeira

Igreja Batista de Petropólis, em fevereiro de 1953. Foram preletores: Dr. Robert

Bratcher, Dr. W erner Kaschel e o Prof. L auro Bretones. Foi nessa época que

surgiu a famosa  Caixinha de Perguntas.  O serm ão da última noite foi pregado

pelo seminarista Ebenézer Soares Ferreira, então aluno do Seminário do Sul,

substituindo o Dr. Manoel Avelino de Souza.

O Segundo Congresso da Moc idade Ba t is ta F luminense fo i r ea l izado em

fevereiro de 1954, na Primeira Igreja Batista de Petrópolis que, na ocasião, era

pasto reada pelo vibrante jovem W ilson Régis, recentemente f orm ado pelo Semi-

nário do Sul. Na presidência da mocidade do campo fluminense estava o jovem

Itamar Francisco dc Souza, que pastoreava a Primeira Igreja Batista de Pádua.

O Dr. Robert Bratcher prelecionou sobre   O Inferno e  a missionária Rosalee

Appleby dir igiu mensagens inspirativas. Outra preletora daquele congresso foi

191

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a missionária Mary Ruth Carney, que vir ia , logo depois, a falecer em acidente

aéreo no sertão brasileiro.

O Terceiro Congresso da Mocidade Batista Fluminense se realizou na

Primeira Igreja Batista de Friburgo, em 1956, sob a presidência do Pastor Erodice

Gonçalves, sendo orador oficial o Pastor João Soren.

Página da Mocidade n' 0 Escudeiro Batista

Em julho de 1955, em lugar da publicação de  O Arauto Fluminense,  a

moc idade passou a edi ta r a  Página da Mocidade n'0 Fscudeiro Batista.  Nesse

per íodo, a Assemblé ia da Moc idade Ba t is ta F luminense — AMBF — t inha a

seguinte diretoria:

Presidente — Pr. Erodice Gonçalves Riberto

Vice-presidente — Pr. W ilson Régis

lo. Secretário — Semin arista W alter Velasco

2a . Sec re tá r ia — Profa . Edna Antunes

Secretário-correspondente — Seminarista Ismail Rodrigues

Reda tor da  Página da Mocidade  — Dr. José Silveira Filho

Em novembro de 1956, o Pr. Arides Martins da Rocha se tornou o redator

d a  Página da Mocidade, que, mais tarde, voltaria a ser redato riada pelo Dr.

José Silveira Filho, e , em 1959, por Geraldo Trindade de Araújo, tendo como

seu auxiliar o Dr. Mário Sólon Gonçalves.

Foi esse um período de muita prosperidade no trabalho da mocidade batist a

f luminense. Cogitou-se, até , na criação de uma revista especial para os jovens

do estado. Decidiu-sc, entretanto, por dar apoio à criação da revista   Juventude

Batista,  publ icação de âmbi to nac iona l , ed i tada pe la Junta de Escolas Domi-

nicais e Mocidade da Convenção Batista Brasileira.

Para maior divulgação do trabalho da mocidade batista do estado, foi cr iado

o programa radiofônico  Antenas Celestes,  que era dir igido pelo General Mário

Bar re to F rança , poe ta evangé lico mui to conhec ido e grande amigo da moc idade .

Sucedeu-o o Dr. Ophir Pereira de Barros, diácono da Primeira Igreja Batista

em Niterói.

E nesse pe r íodo que é c r iada a COMEX — Comissão Execut iva , sendo

eleito para presidi- la o Pr. Francisco Cerqueira Bastos.

Com a aquisição das salas no Edifício Líder, à Avenida Amaral Peixoto,

em Niterói, para funcionar como sede da Convenção Batista Fluminense, a moci-

dade passa a ter para sua sede uma daquelas salas.

Além dos nomes aqui citados, destacaram-se no trabalho batista f luminense,

duran te a década de 50, os jovens: Élcio Vieira, W anderley P. Barreto, Jacyra

Malafaia, Gumercindo Saraiva, Jorge de Oliveira, Paulo Ribeiro (hoje, redator

d ' O  Jornal Batista).

Décadas de 60 e 70

Só depois do ressurgimento de um Conselho de Mocidade, eleito na Assem-

bléia da Convenção Batista Fuminense, realizada em 1967, na cidade de Pádua,

é que foi realizado o 8" Congresso da Mocidade Batista Fluminense. O conselho

192

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era liderado pelos seguintes irmãos: Pr . Elias Carvalho de Sá, Pr . Edgard Barreto

Ant unes, Dr. W ilmar Zarro, Prof. Carlos O.Varela, Seminarista Elias W ernek,

Semin arista W anderley Barreto e outros. O Pr. Elias Carvalho de Sá foi, por

mais ou menos cinco anos, presidente desse conselho.

Foi no congresso realizado na cidade de Macac, em 1969, que o conselho

sc renovou. Entre seus membros, passaram a f igurar o Prof. Ageu Celestino

e o, então futuro pastor , Daniel Lincoln de Almeida. O Prof. Ageu Celestino

foi eleito presidente do conselho e o, então sem inarista Elias W ernek se tornou

secretário-executivo, função que exercia sem qualquer rem uneração . O Dr. W ilmar

Zar ro fo i , também, pres idente do Conse lho de Moc idade .

Nesse pe r íodo, des taca ram-se , a inda , out ros i rmãos , como o Dr . Eudóxio

Azeredo, Dr. Ampliato Cabral, Prof. David Queiroz, Pr . João José Soares Filho,

Ozélio Pereira e Arilton de Oliveira. O Pr. João José Soares Filho emprestou

uma grande colaboração ao t r aba lho jovem num mom ento de c r ise . O Pr . Ar i l ton

de Oliveira conseguiu levar uma grande caravana f luminense à Bahia, para assistir

ao 10? Congresso da Mocidade Batista Brasileira. Foi uma grande proeza que,

infelizmente, trouxe sérias conseqüências f inanceiras para a Juventude Batista

Fluminense e até para a Convenção Batista Füminense. Por causa do não paga-

mento de compromissos a ssumidos com re lação à ca ravana , f ez - se uma grande

dívida que precisou ser arcada pela mocidade e pela convenção.

Nesse e no congresso anterior — o 9? Congresso da Mocidade Batista Brasi-

leira, realizados em Goiânia, em 1971 e, na Bahia, em 1974, quando a caravana

Boina Azul  a lcançou grande des taque , a moc idade ba t is ta f luminense pres tou

muita cooperação. Já despontava, em 1971, em Goiânia, o jovem Ademir Paulo

Pimentel, que é, hoje, Juiz de Direito no Rio de Janeiro.

A partir de 1975, com o Pr. Daniel Lincoln de Almeida na presidência

da juventude f luminense, e com o Pr. Silas dos Santos Vieira, na secrctaria-

-execut iva da mesma , fo i e laborada e implantad a nova es t ru tura pa ra o t r aba lho

da juventude estadual. Em 1976, na assembléia convencional realizada na cidade

de Macaé , fo i aprovada a nova es t ru tura , sendo o conse lho subs t i tu ído , então ,

pela Junta Executiva, eleita pela assembléia da juventude. Neste mesmo ano,

a Convenção Ba t is ta Füminense aprovou des t ina r 2% dc seu orçamento pa ra

o t r aba lho da JUBERJ, ent idade que antes não contava com qua lquer e spéc ie

de verba.

Em 1979, o Pr. Daniel Lincoln de Almeida deixa a presidência da junta

para assumir a sua secrctaria-executiva, substituindo assim o Pr. Silas dos Santos

Vieira, que fora convidado para exercer o cargo de Secretário-Executivo da

JUMOC. O Pr. Silas dos Santos Vieira realizou excelente trabalho junto à

secretaria-executiva da JUBERJ, sendo merecedor de destaque por seus serviços

a l i pres tados à juventude do Estado do R io .

O período de 1975 a 1981 pode ser considerado positivo, com excelentes

realizações, das quais destacamos:

1 . e s t ru turação da juventude es tadua l ;

2 . e s t ru turação das juventudes a ssoe iac iona is ;

3. encontros para líderes;

4. Festival da Primavera (com olimpíadas);

5. início do trabalho com adolescentes;

193.

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6. estruturação do trabalho com adolescentes nas associaçoes;

7. cr iação do  Jornal Jovem,

Novas Diretrizes

O jovem Pas tor Danie l Lincoln dc Almeida procurou impr imir b oa d i reção

à entidade, dando continuidade aos projetos já existentes. Sua gestão foi de

dois anos, apenas. Deixou o cargo de secretário-executivo para pastorear a Igreja

Batista de Rio Bonito.

Sucedeu-o, no cargo, o Pr. Gilson de Paiva Bifano. Este procurou dar ênfase

à realização de congressos, no afã de trazer grandes bênçãos espir ituais para

a mocidade. Assim, preparou os congressos: 12?, em 1982, em Macaé; 13?, em

1984, em Nova Friburgo; 14?, em 1986, em Nova Iguaçu; e 15?, em 1988, em

Angra dos Reis. Promoveu intercâmbio com jovens bolivianos, em 1985. O Pr.

Gilson Bifan o esteve, durante seis anos, à frente da JU BER J. Deixou esse trabalh o,

para pastorear a Igreja Batista do Grajaú, na cidade do Rio de Janeiro. No

momento em que é preparada esta obra, o Pr. Gilson é Capelão dos Colégios

Batistas Brasileiro e Shepard, no Rio de Janeiro.

Sucedeu o Pastor Gilson Bifano, no cargo de secretário-executivo da

JUBERJ, o P r . Josué Ebenéze r de Souza Soares , que empreendeu novos rumos

ao trabalho da juventude. Procurou publicar , com regularidade, o  Jornal Jovem,

realizou intercâmbios e organizou a chamada Festa da Primavera. Deixou o cargo

para t r aba lha r na JUERP e a ssumir um pas torado loca l .

No momento (1991), exerce o cargo de secretário-executivo da JUBERJ

o Pr. João Marcos Barreto Soares.

Ressaltamos aqui os nomes de jovens que se destacaram na liderança da

moc idade es tadua l , nes te pe r íodo: P r . Malvino C or rêa , M il ton Moraes , P r . Jú l io

Miguel Rangel, Pr . Josias César Porto da Silva, Pr . Dilmo P, de Castro, Sênica

da Silva, Rossine de Oliveira, W illiam R. de Sou za, Emo ilde Alves, Élcio

Sant 'Anna , He loísa He lena P into .

Alguns dos que hoje l ide ram o t r aba lho denominac iona l t ive ram grande

par t ic ipação no t r aba lho de nossa juventude , enquanto e s tavam também t re i -

nando e se desenvolvendo. Entre eles, citamos: Pr. Mauro Israel Moreira — Pastor

da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, ex-presidente da Ordem dos Pastores

Batistas do Brasil e ex-presidente da Convenção Batista Füminense; Pr . Sócrates

O. de Souza — Pastor da Igreja Batista de Vital Brasil, Niterói, c redator d'

O Escudeiro Batista ; Pr . Nilson God oy — secretário-executivo da Junt a de Bene-

ficência da Convenção Batista Füminense.

194.

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C apí tu lo X IV

a i n f l u ê n c i a d a o b r a d o s b a t i s t a s

f l u m i n e n s e s

A INFLUÊNCIA DOS BATISTAS FLUMINESES

Através dos anos, a sociedade, a educação, os costumes do povo do Estado

do R io têm recebido pos i tiva inf luênc ia dos ba t is ta s f lumineses . Alcançados pe lo

evangelho de Cristo, tendo tido conceitos, princípios e viver cotidiano transfor-

mados , e le s se têm preocupado em tes temunhar , lança r sua inf luênc ia c r is tã no

campo moral, social, educacional e espir itual nos meios em que vivem. Seria muito

bom que algum mestrando em história se abalançasse a escrever sobre essa influ-

ência em algum desses aspectos.

Ressaltamos aqui a influênci a na modific ação de costumes, na camp anh a anti-

tabagista, no viver diário. Fazendeiros afirmavam que sentiam grande diferença em

seus empregados, depois que estes se tornavam crentes. Em lugar de caminharem

para os bares a f im de bebericarem , eles iam, ago ra, aos cultos, toda s as noites, em

casa de um ou de outro amigo, ou i rm ão na fé . Tornavam-se mais responsáveis. Aos

domingo s , t r a javam-se me lhor pa ra i r aos cul tos . Há pessoas , também, q ue fazem

comentá r ios sobre jovens que , se tornan do emp regadas domést icas , têm dad o exce -

lente te s temunho, conquis tando a conf iança de todos em seus empregos .

Houve lugares que, como comentava o ilustre professor Álvaro Barcelos,

professor de por tuguês do Liceu de Human idades e do Colégio Agr ícola de Campo s,

e membro da Academia Bras i le i r a de F i lo logia , sof re ram grandes t r ansformações

depois de terem tido con tato com os crentes. Fez menç ão da Vila São Luiz, no mu ni-

c íp io de Campos, conhec ida com o a terra do trabuco,  que , agora , mostra - se mui to

modificada, depois de ter recebido grande influência dos crentes que ali vivem.

Tabuae Barro Branco, no município de São Fidélis, são outro exemplo disso.

Através do Pr. Salvador Borges, receberam grande influência evangélica. Ele viveu

naqu ela região durante 50 anos. Tabua, hoje, se cha ma Vila Pastor Salvador Borges. -

Bar ro Branco se denomina , agora , Vi la Augusto More t t i , nome de um diácono

ba t is ta .

A força da inf luênc ia dos ba t is ta s f lumineses por todo o e s tado pode se r

medida , também, pe las homenagens pres tadas a se rvos do Senhor que têm seus

nome s pe rpe tuad os em ruas , praças e e scolas . Eis a lguns de les :

195.

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Ruas:

Aperibé— Rua Evarislo Reis.

Arraial do Cabo  — Rua Profa. Jurema Mainhard Viana, Rua Luiz Joaquim Corrêa,

Rua Pedro Simas, Rua Paulo Mainhard.

Bom Jesus de Itabapoana— Rua Adelício Dias do Canto, Rua Ailton Belido Barreto,

Rua Antônio L aur indo dos Santos , Rua Bonf ino Card oso de Mel lo , Rua Dolvina

Rezende Godoy, Rua Pr. Elias Portes Filho, Rua Pr. Francisco R ibeiro da Silva, Rua

Francisco Luís Gonçalves, Rua Ismael Jaco ud de Mello, Rua Jo ão Teixeira Pim entel,

Rua Prof. Joaqu im Ribeiro, Rua Prof. Orland o Azeredo Silva, Rua Therezinha Olga

Carraro, Rua Theodorico Luiz de Souza.

Campos  — Rua Pr. Leobino da Rocha Guimarães , Rua Pr . F idé l is Mora les

Bentancôr, Rua Amorita Morales Bentancôr, Rua Pr. Gentil de Castro Faria, Rua

Pr. Rubem Coelho dos Santos, Rua Pr. Jurandir Gonçalves Rocha, Rua Achilles

Sa les , Rua João Sa lv ino Soares , Rua Antônio Azevedo (Poço Gordo) , Rua

A.B.Christie , Rua Dr. Daniel de Araújo Goes, Rua Pr. João Barreto da Silva.

Carapebus  — Rua Pr. Daniel Carvalho de Alm eida

Cardoso Moreira  — Rua Antônio Reis, Rua Joel Reis.

Casimiro de Abreu  — Rua Missioná rio Salomã o Ginsburg , Rua Pr. Luís Lauren-

tino da Silva.

Conceição de Macabu   — Rua Pr. José Carlos.

Duque de Caxias — Rua Pro f. José de Souza H erdy, Rua Mano el Avelino de Souza

(Mantiquira) , Rua Pr. Antônio Soares Ferreira (antiga Fábrica Nacional de M otores) .

Guapimirim   — Rua Maximin iano José Pacheco (d iácono) .

Imaú  — Av. Prof . José de Souza Herdy.

Italva—Rua Achilles Sales, Rua RitaFár ia, Ru aCc l. Luís Sales, Rua Portela Sales,

Rua Pr. Nilo Sales, Rua Albertina Portela Sales, Rua José Gomes Vilarinho.

Itaperuna  — Rua Dimpina Schwartz, Rua Pr. Abelar Suza no Siqueira, Rua Pr. Elias

Portes Filho, Rua Pr. Elias Vidal, Rua Diác ono M anoel Ribeiro da Silva, Rua Alfred o

Coe lho, Rua Noemi B i t tencour t .

Macaé— Rua Braulino Simões, Rua Eurico Barbo sa, Rua Jesuína Barreto Antu nes,

Rua João Batista Lessa, Rua José da Cunha Barreto, Rua Luís Pinto da Silva, Rua

Miss . Sa lomão Ginsburg , Rua Cor indiba de Carva lho.

Macuco  — Rua Prof . David Coe lho

Mangaratiba  — Rua Pr . Mateus Paulo Rodr igues Guedes (Mur i t i ) .

Maricá  — Rua Sebastião Velasco

Niterói  — Rua Pr. Man oel Avelino de Sou za, Rua D.D elfina de Jesus (Bairro de

Itaipu), Rua Pr. Silas Silveira, Rua Pr. Manoel Avelino de Souza (Pendotiba) .

Nova Iguaçu  — Rua Abdiel Duarte (Prata) , Rua Pr. José Caetan o de Oliveira (Bairro

Xavantes), Rua Pr . F ranc isco Joaquim de M endonç a (Are ia Branca ) , Rua Joaquim

Soares Neto.

Pádua  — Rua João Eugênio Bastos, Rua João Caetano de Oliveira (Ibitiporã) .

Petrópolis  — Rua Miss ionár io A.B .Chr is t ie , Rua Miss ionár io W .E. Entzminger .

Ponto de Cacimbas  — Rua Nilo Mayerhof fe r .

Resende  — Rua Pr. Elson de Souza .

Rio Bonito  — Rua Cel. José Peixoto.

Rio Dourado  — Rua Pr . Sa lomão Ginsburg .

São Fidélis  — Rua Miss ionár io Sa lomão Ginsb urg , Rua D.Mar ia Vi t ipó Raposo,

Rua Pr. João Barreto da Silva, Rua Firmina Seixas, Rua José de Souza.

196.

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São Gonçalo  — Rua Carmél ia Armond Zar ro .

São João da Barra  — Rua Marcílio Rangel (em Barcelos) .

São João deMeriti  — Rua Pr. João Barreto da Silva (Vilar dos Teles), Rua Pr. Adir

Reginaldo Gil (Bairro Sumaré), Rua Pr. Manoel Avelino de Souza (Jardim ír is) .

São Pedro da Aldeia  — Rua Pr. Osvaldo Viana da Silva (Campo Redondo), Rua

Pr . Gedor Melo (Ba ir ro Poço Fundo) , Rua Agenor Be l t r ão ( fund ador da igre ja em

S. Pedro da Aldeia) .

Teresópolis  — Rua Cassiano B. de Souza, Rua Pr. Joaquim Lessa, Rua Pr. José

Virgílio de Miranda, Rua Pr. Joaquim Carneiro (em Pião).

Praças:

Arraial do Cabo

  — Praça Antônio Valadares (ex-frade católico)

Macaé  — Praça Gê Sardenberg

Portela  — (município de I taocara) — Praça Pr. Antônio Soares Ferreira

São Gonçalo  — Praça Pr . W a ldemar Zar ro

Teresópolis  — Praça P r . Antônio More i ra Por te s

Escolas:

Campos  — Giná sio Prof. João Barreto da Silva

Casimiro de Abreu

  — Escola Municipal Pr . Luiz Lauren tino da Silva

Ernesto Machado  — Escola Estad ual Pr. João Barreto da Silva

Itaocara  (Bóia) — Escoai Municipal Pr . Antônio Soares Ferreira

Macaé  — Escola Municipal Prof? Élcia Barreto Soares

Niterói  (Caram ujo) — Ginás io Manoe l Ave l ino de Souza

Petrópolis— Escola Munic ipal Pro f? Ernes tina Francioni de Abreu

São Gonçalo  (Bairro Vermelho) — Ginás io Comercial Alberto Lessa

São Gonçalo  (Bras i lândia ) — Centro In tegrado dc Educação Públ ica P r . W a ldemar

Zar ro .

São João da Barra   (Fazendinha) — Escola Estadual Francisco Sarlo

São João de Meriti  — Escola Munic ipa l Pr . Joaqu im Rosa

Teresópolis  — Escola Municipal Beatr iz Silva

Conselho de Educação

Os rumos da educação no Estado do R io de Jane i ro foram es tudados com

a contribuiçã o de alguns servos de Deus que militavam no campo batista f luminense.

O Conseh o de Educação do ant igo Estad o do R io de Jane i ro contou, em sua

composição, com os seguintes irmãos: loão Barreto da Silva, Joadélio de Paula

Codeço, Már io Bar re to F rança , Raphae l Zambrot t i e Samue l de Souza .

O Conse lho de Edu cação no a tua l Es tad o do R io de Jane i ro , já contou com

a contribuição dos seguintes pastores: Ebenézer Soares Ferreira, José de Souza

Gama, Ni lson Dimárz io , Ni lson do Amara l Fanini .

Conselho de Cultura

Faz iam par te do Conse lho de Cul tura do ant igo Estado do R io de Jane i ro

os pastores Ebenézer Soares Ferreira e W aldemar Zarro. Estes foram nom eado s pelo

197.

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Governador Jeremias Fontes, presbiteriano de boa cepa, que soube honrar o nome

de crente em suas lides políticas,

Fez parte do Conselho de Cultura do atual Estado do Rio o Pr. Nilson do

Amaral Fanini.

Outras Influências:

Seria grande a lista se quiséssemo s citar aqui os nom es dos crentes agra ciados

com o título de cidadania conferido por Câmaras de Vereadores do estado e mesmo

pela Assembléia Legislativa.

Grande é , a inda , o número de mem bros de nossas igre jas ba t is tas do campo

fluminense que têm sido eleitos vereadores em vários municípios. Em algumas

cidades, como é o caso de Silva Jardim, houve época em que a metade dos compo-

nentes da Câmara de Vereadores era de crentes. Em Italva, cidade que foi fundada

por famílias na maioria compo stas de crentes, os batistas exercem grande in fluência.

A bandeira do município reflete essa influência do evangelho, que era ali pregado

pelas famílias Reis e Sales. A primeira C âma ra de Vereadores da cidade era com posta

de muitos crentes. O primeiro prefeito era crente. Em Cardoso Moreira pode-se

também observar a influência dos batistas.

Há município s que já tiveram no seu governo prefeitos batistas. Ca mpo s teve,

ainda que por alguns meses, como prefeito, o irmão Achilles Sales. O Pr. Raphael

Zambrot t i fo i Sec re tár io do Governo no temp o do Pre fe i to João Barce los M ar t ins ,

e o Pr. Henrique de Queiroz Vieira foi Secretário dc Administração no tempo do

Prefeito José Alves. O Dr. Zedir Morales Bentancôr foi, por duas vezes, secretário

do Prefeito José Carlos Barbosa, e o Dr. Elísio Tavares foi Secretário de Governo

no tempo do Prefeito José Alves. O Dr. Alair Monteiro foi prefeito de S. João de

Meriti.

O Pr. Ebenézer Soares Ferreira foi mem bro do C onselho de C ultura de C amp os

e presidente da Academia de Letras da mesma cidade. O Pr. Raphael Zambrotti e

as professoras Júlia Codeço e Evartgelina Guedes foram diretores do Instituto de

Educação Prof . Aldo Muylae r t .

O Prof. David Coelho foi, em certa época, prefeito de Cordeiro. A cidade de

Maricá teve, também, co mo seu prefeito um servo do Senhor: o Dr. W ilson Mendes .

Conceição dc Macabu, por duas vezes, teve como prefeito o irmão Arquimedes

Custódio .

Na política, o primeiro deputado batista foi o Pr. Silas Silveira, que deixou

marcas indeléveis com seus magistrais discursos sobre intolerância religiosa, to mad os

de conhecimentos de história , disciplina que ele conhecia como poucas pessoas.

Apareceram, depois, em épocas diferentes, Nelson Rocha e José Maria Garcia, que

exerceram o mandato de deputados federais, por algum tempo, e foram, no governo

Celso Peçanha, Secretários de Saúde

 e

 de Adm inistração, respectivamente. Surgiram

deputados estaduais, como: Joadélio Codeço, que veio a ser , também, Secretário

de Educação, por algum tempo; Ampliato Cabral, Jair Araújo, Daniel E.Figueiredo,

Josias Ávila e Gouveia Filho.

Retrata, e muit o bem, a influência de servos do Senh or na vida moral, social,

espir itual do Estado do Rio de Janeiro, a moção que transcrevemos a seguir:

198.

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Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

M O Ç Ã O

Os deputado s que es ta subscrevem co ngra tu lam-se com o d igno

e ilustre professor c pastor batista SALVADOR BORGES, residente

em Tabua, 3? Distr ito de São Fidélis, por completar , no dia dois de

setembro próximo, oitenta anos de idade. Salvador Borges é casado com

Dona Adosina Borges, reside em Tabua há mais de cinqüenta anos. É

pai dc seis f ilhos, três homens e três mulheres, todos formados.

Tendo sido um dos desbravadores da região, pois quando lá

chegou era tudo mata virgem, vem exercendo o ministério há mais de

quarenta anos . E ducou, não só a sua famíl ia , mas pra t icamente tod a

a região. Foi presidente da antiga UDN e do MDB.

Chegou à loca l idade no tempo em qu e a mor tandad e grassava ,

não só pela malária, mas também pela criminalidade, conseguin do com

trabalho, exemplo, bondade, desprendimento, f irmeza e fé em Deus,

reconduz ir bandidos , p is to le i ros e c r iminosos de toda espéc ie ao

caminho do bem, m ostrando um hor izonte c r is tão pa ra todos os mora -

dores daquela região carente de fraternidade e amor. Pela honradez,

d ignidade , f i rmeza , bon dade e desprendimento do i lus t r e homem

público é que fazemos a presente moção.

Sala das Sessões, em 29 de agosto de 1972.

(aa ) José Pe r l inge i ro de Abreu, Albe r to Tor res , Joaquim

Lavoura, Geraldo André, Josias Ávila e Darcíiio Ayres.

Escritores e Mem bros de Acad emias de Letras

Muitos servos de Deus se têm destacado por sua produção literária c poética

e têm sido conduzidos como membros de academias de letras, sejam elas de suas

cidades, do Estado do Rio, no Brasil ou fora do país. Podemos citar os nomes de:

Assis Cabral, Daniel de Oliveira Cândido, Delcyr de Souza Lima, Ebenézer Soares

Ferreira, Ivone Boechat de Oliveira, João Rodrigues, José Silva, Manoel Avelino

de Souza, Mário Barreto França, Nilson do Amaral Fanini, Nilson Dimárzio, Nilson

Nobre , Óthon Ávi la do Amara l .

Influência do Acamp amento Sít io do Sosseg o

Todos os acampam entos têm contr ibuído pa ra o c rescimento dos que a li vão

para os retiros. No Estado d o Rio há vários. O mais antigo, o de Rio Doura do, deno-

minado "S í t io do Sossego" , tem exerc ido grande inf luênc ia também em t rê s

localidades que f icam próxi mas a ele: Rio Dou rado, P rofess or Souza e Rocha Leão.

Em todas essas localidades o templo batista é maior do que o católico. O de Rio

Dourado é o melhor edif ício da vila .

O missionário Alvin Hatton, em seu livro  A C ountry Church in Brazil,  conta

algo sobre essa influência. A contribuição desse mission ário foi marcante nas igrejas

referidas.

199.

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  P R O J E T O A M O R

Entre as entidades que foram criadas para a recuperação dos viciados em

drogas, sobressai-se o

  Projeto Amor.

  Ins ta lado cm uma propr iedade próxima

à cidade de Três Rios, o Projeto Amor vem, há mais cie dez anos, trabalhando

pela libertação daqueles que foram escravizados pelo terr ível vício das drogas.

Seu diretor , o Pr. José Francisco Veloso, que estivera envolvido com drogas,

em sua juventude, fundou a instituição porque sentiu a dor daqueles que, agui-

lhoados pelos vícios, não têm forças para deles se desprender.

Ul t imamente , o  Projeto Amor  tem recebido apoio do  Reencontro  e da

Junta de Missões Nacionais. O

  maior peso da obra, porém, tem recaído sobre

os ombros do f und ador da ent idade . N ão se pode esquece r de c i ta r aqui a contr i -

buição que tem s ido dada ao P roje to Amor pe lo Dr . Ademir Paulo P imente l ,

juiz de direito, diácono da Primeira Igreja Batista de Niterói, que tem dado

grande apoio a esta obra.

O Pr. José Francisco Veloso escreveu o livro   Um Tapa nas Drogas,  que

tem sido muito procurado. É uma obra que revela as experiências do autor com

as drogas e como o Senhor o libertou e lhe deu a visão da criação do   Projeto

Amor.

PROJETO AM Al VOS

O irmão Marcc l ino Robson Almeida , agrônomo, fundou em Campo Novo,

município dc Cabo Frio, na Rodovia Amaral Peixoto, em 1987, o

  Projeto Amai-

-vos.

A propr iedade mede 54.000 m

2

. A instituiçã o é pessoa jurídica e já a briga

11 c r ianças que foram encaminhad as pe lo Ju izado de Menores .

No momento , quem es tá l ide rando o P roje to é o P r . I r an de Mede iros

Lopes.

C O L É G I O S F U N D A D O S P O R I G R E J A S E P A R T I C U L A R E S

E justo que façamos referência aqui aos colégios que foram criados por

igrejas batistas ou, particularmente, por pessoas interessadas no desenvolvimento

da obra educacional em nosso país, almejando, com isso, aliar ao preparo inte-

lectual a assistência e testemun ho cristãos. Têm pres tado essas instituições g randes

serviços aos nossos jovens e à educação no Brasil.

São as seguintes essas instituições:

1. Colégio do Instituto Batista Americano de Volta Redonda  — Com a mud ança

do missionário Mac Neally, de Campos para Volta Redonda, no começo de 1950,

surgiu a grande oportunidade de se criar um colégio na   Cidade-do-Aço,  que

começava a se desenvolver rapidamente. Organizou o missionário, primeiramente,

a Igreja Batista Central de Volta Redonda, que vir ia , logo depois, a ser a mante-

nedora do Colégio Batista a ser cr iado ali.

O colégio foi crescendo. Foi ganhando nome, ao ponto de atingir uma

matrícula superior a 3.000 alunos. Construiu ótimas instalações e não se descuidou

da pa r te e spi r i tua l dos a lunos . Coopera ram, em épocas d i fe rentes , na adminis-

BIBU0TECA PARliCULAR

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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tração da instituição os obreiros: Elson Duarte, Sebastião de Souza, José Herdy,

Penteado, Israel José Pinheiro, Arides Martins da Rocha, Francisco Cerqueira

Bastos e, atualmente, o Dr. Nilson Dimárzio.

2.   Colégio Batista de Laranjal  — Foi fundado na loca l idade dc Laranja l , muni-

cípio de São Gonçalo, há mais de 20 anos passados, o Colégio Batista de Laranjal,

que tem exercido grande influência na região. É seu fundador e diretor o Pr.

Aylpton de Jesus Gonçalves, pastor da Igreja Batista de Laranjal.

3.   Colégio Batista de Austin  — Foi fundado pe lo Pas tor Benedi to Sampa io .

O colégio recebeu, tambcm, o apoio do Pastor Oswaldo Soares dos Santos, que

o d i r ig iu durante um espaço de tempo. A ins t i tu ição tem procurado cumpr i r

a missão para que foi organizada.

4.   Colégio Rui Barbosa  — Fundado em Campos. Era de propr iedade do Professor

Gentil de Castro Faria, educador que procurou fazer do colégio, além de bom

educandár io , um ins t rumento de d isseminação do evange lho.

5.

  Colégio Cardosense

  — O Pas tor Henr ique de Que iroz Viei ra sonhou eom

um grande estabelecimento de ensino em Cardoso Moreira. Viu-o crescer ,

desenvolver-se. Deu frutos, como o Pastor Geraldo Ventura que foi seu aluno

e, hoje, é destacado líder no Estado do Mato Grosso.

6.

  Colégio Batista de Meriti

  — Pertencia à igreja e foi organizado no tempo

do Pastor Joaquim Rosa. O Pastor W alter Santos procuro u desenvolvê-lo. Passou -

-o à Convenção Batista Fluminese. Vários fatores f izeram com que não fosse

possível continuar a sua manutenção. O colégio foi vendido, alguns anos mais

tarde.

7.   Colégio Batista da Igreja Batista de Nilópolis  — E f ru to da v isão do Pas tor

Henr iqu e Mar in ho N unes , que real izou a li a obra educac iona l , por mui tos anos .

Hoje , a ins t i tu ição pe r tence aos f i lhos do seu fundador .

8.   Colégio Batista de Resende  — Foi o sonho do Pas tor Elson Duar te . Func iono u

durante a lguns anos . Com o fa lec imento do seu fundador , o colégio fo i descon-

t inuado.

9.   Universidade Grande-Rio Prof. José de Souza Herdy  — Esse é o nome que,

em março dc 1991, recebeu a entidade denominada   Associação Fluminense de

Ensino — AFE.  Implan tada em Caxias , pe lo prec laro educador , Pastor José

dc Souza Herdy, teve o seu início num pequeno colégio. Foi crescendo. Criou-se

a primeira faculdade, a segunda e, hoje, possui tantas, que se tornou em Univer-

sidade. O sonhador da obra, Pastor Herdy, foi chamado aos tabernáculos eternos"

antes de ver o f inal de seu sonho realizado. Mas os f ilhos e sua esposa o viram.

Hoje, sob a direção do Dr. Arodi Herdy, sempre aconselhado por sua ditosa

mãe, a irmã Nilza Herdy, a Universidade vai cumprindo sua missão, tendo até

construído, cm seu campus, um templo que abriga a Primeira Igreja Batista

Universitár ia do Brasil.

201.

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10.   Colégio Cruzeiro do Sul  — O Prof. Jair de Freitas criou o colégio e o viu

crescer e se tornar um dos maiores do município de Duque de Caxias.

11.  Instituto Educacional Beira-Mar  — Caxias. Diretor: Pr . Eliseu Reis.

12.   Instituto Caxiense  — Diretor: Pr. Eliseu Reis

13. Colégio Monteiro Lobato  — Esse colégio viu cerradas suas port as após vá rios

anos de contr ibuição à educação da juventude. Foi seu diretor o Pr. Ivo Dutra.

14.  Colégio Luther King  — São João de Meriti . Diretor: Prof. Ubíracy Gil.

15.  Colégio Americano  — São Joã o de Meriti . Diretor: Pr . Samuel Leite .

16.  Colégio Pan-Americano  — Caxias . Dire tora : P ro f

3

  Mariete de Freitas.

17.   Colégio Marcos Freitas  — Caxias. Diretor: Prof. Elias Pessanha.

18.   Centro Educacional Monteiro Lobato  — São Gonçalo . Diretores: Profs . Luís

Carlos Prestes Pinheiro e Loimar Zarro Pinheiro.

19.  Centro Educacional Betei  — Que imados . Dire tora : P rofa . Regina Sampa io

Jacoud.

20 .  Centro Educacional Fluminense— Caxias. Diretor: Prof , Alair Moreira Dias.

21 .  Instituto Evangélico de Vila Norma  — Diretor: Prof . Aloísio Alves da Silva.

22 .  Ginásio Fluminense  — Caxias. Funda dor : Pr . Vital R. Cabral.

23 .  Escola da Igreja Batista de Olaria  — Friburgo. Diretor: Pr . J.J.Soares Filho.

L Í D E R E S A S S O C I A C I O N A I S

Distr ibuídas em vinte e sete associações, as igrejas batistas do campo

fluminense têm tido à sua frente pastores e líderes que se têm revelado na obra

do Senhor. Seus talentos, operosidade e consagração ao trabalho nos levam a

registrar nesta página os seus nomes, dando-lhes aqui destaque, já que não os

menc ionamos noutras pa r te s des ta obra .

1 . ASS OCIA ÇÃO BATISTA BETE L

Pastores Honório de Souza (que trabalhou por mais de 50 anos nessa asso-

ciação), David Francisco de Oliveira, Daniel Lincoln de Almeida, Otaciano

L. Gomes.

2 . A S S O C I A Ç Ã O BA T IS T A C A X I E N S E

Pastores Gutenberg F. Guedes, N emésio F. Carvalho, Vital Cabral, João Batista

202.

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Paulo Guedes, Jalir Chaves, José de Souza Herdy, Elias Carvalho de Sá,

João Cor re ia Ne to .

3 . A SSOC IAÇA O BATISTA CEN TRO

Pastores Joaqu im Co elho, Ant ônio C. Varela, W alter Velasco, Nilo Coelho,

Israel José Pinheiro (que foi pastor da Primeira Igreja Batista de São Fidélis

e, também, presidente de honra da Convenção Batista Fluminese), Samuel

Leite Fonseca, W anderley Batista Marins.

4 . ASSO CIAÇ ÃO BATISTA COSTA VERDE

Pastores Paulo Baldow, Isaías Lopes Pinheiro, José Rodrigues Menezes.

5 . AS SOCIA ÇÃO BATISTA EBEN ÉZE R

Pastores Natanael O. Graciliano de Melo, Sebastião José Gomes, Geraldo

Gomes, Gérson Melo , Eduardo Bento Andrade .

6 . A S S O C I A Ç Ã O B A TI ST A E X T R E M O - N O R T E

Pastores Abelar Siqueira, Manoel Bento da Silva, Nilo Cerqueira Bastos (pai

de três outros o breiros: Jair , Josué e Juds on C erqueira Bastos) , Genecy Farizcl,

Ary Machare t , Gessy Frutuoso, He i tor Antônio da S i lva , De lphino Eugênio

Vieira.

7 . A S S O C I A Ç A O B A TI ST A G O N Ç A L E N S E

Pastores W a ldemar Zar ro ,

 

Alber to Araújo , Ageu Ol ive i ra P in to , Aylpton

de Jesus Gonçalves, W aldir Rocha, M auro Israel Moreira, Nilson Nobre de

Oliveira.

8 . AS SOCIA ÇÃO BATISTA IGUAÇUA NA

Pastores Silas Batista , Iomacl Sant'Anna, Diocezir Alberto, Edgard Barreto

Antunes, Albino Veríssimo, Jornalista Óthon Ávila do Amaral, Abdiel Duarte

(foi vereador, por duas vezes, c , por esforço seu, a associação conseguiu

adquirir sua sede).

9 . A SSOC IAÇÃ O BATISTA ITAGUA IENSE

Pastores José Maria A.Fern andes, W alvique Soares Henriques , José Meireles,

Azair Ferreira Correia, Marcionílio Alves de Souza.

10. ASSOCIAÇÃO BATISTA LESTE

Pastores Virgílio Faria, Valério Gomes, O swaldo Reis, Gaspar Carneiro, Evan-

gelistas José Martins Faial (conhecido como José Areias) , Jamil Acruche,

203.

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11. ASSOCI AÇAO BATISTA LITO RÂN EA

Pastores Paulo Mainhard , Osva ldo Viana , Ade lmo Coe lho, I r a Mede iros ,

Clério Boechat.

12. ASSO CIAÇÃ O BATISTA MAG EEN SE

Pastores José Pinto, Demerval Silva, Oséias Farias, Sebastião Gomes Sobrin ho,

José Júnior dos Santos, Estevam Mendes, Jurandir Ferreira Neto.

13. ASSO CIAÇ AO BATISTA MER ITIE NSE

Pastores Joaquim Rosa , Antônio An uda , Ageu Ne to , W a l te r Santos , José

Maria de Souza.

1 4. A S S O C I A Ç Ã O B A TI ST A N I L O P O L I T A N A

Pastores Henrique Marinho Nunes, Jorge Coelho, Sílvio Nacre, Nicanor Fèlis-

bino.

15. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NITER OIE NSE

Pastores Osmar Soares, Samuel de Souza, Isaías Moreira de Frias, Francisco

Cerqueira Bastos, Erodice Gonçalves Ribeiro, Josué Santos, Jailton Barreto

Rangel, Diácono Sir ley Nunes do Couto.

16. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NOR OES TE

Pastores Jovelino Luís Coelho, Onício José de Jesus.

17. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NORTE

Pastores Fidélis Morales Bentancôr, Henrique Queiroz Vieira, Josué Garcia,

Nilo Sales, José Ezequiel Pereira.

1 8. A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A N O R T E - C A X I E N S E

Pastores Paulo César Feijolli , Ivo Lopes Corrêa, Norival Franco, Josué da

Costa .

19. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA PARA IBAN A

Pastores I tamar E de Souza , Emanue l Fontes de Que iroz , Ede l ton Bar re to

Antunes , Mad son de Carva lho, W i l l iam de Souza , Ni lson Dimárz io , Dr .

Paulo Ribeiro.

20 . ASSOCIAÇÃO BATISTA DA PLANÍCIE

Pastores Jurandir Gonçalves Rocha, Alceir F. Pereira, Ismael José Ferreira,

204.

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Obadias F. d'Alcântara, Aurecil dos Santos, Ncry Camargo, Nilson Borcard

cia Fonseca, Camilo Caldas, Gilson Carlos dos Santos, Roberto de Oliveira.

2 1 . A S S O C I A Ç Ã O B A T I S T A P R I M B I R O C E N T E N Á R I O

Pastores Carlos Henrique de Carvalho Menezes, Paulo Vidal, Isaías Vascon-

celos Aguiar , Silvai dos Santos.

2 2 . A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A Q U E I M A D E N S E

Pastores Paulo César de Oliveira, Jorge de Oliveira Bezerra, Nivaldo Cavallari.

2 3 . A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A R I O D O U R E N S E

Pastores Josias Vieira, Isaías de Palma, José Pereira Lima, José Luís Pereira,

Hélio Souza e Silva, Dr. Rholmer Louzada.

2 4 . A S S O C I A Ç A O B A T I ST A S E R R A D O S Ó R G Ã O S

Pastores José Armando Cidaco, Ass is Cabra l , Emiron Mar t ins , Antônio

More i ra Por te s , I sa ía s Quir ino , Henr ique Antônio de Araújo .

25. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA SERRA-M AR

Pastores Edmundo Antunes da Silva, Daniel dc Carvalho de Almeida, Luís

Laurentino da Silva, Daniel Almeida de Souza, Geraldo Jeremias.

2 6 . A S S O C I A Ç A O B A T I ST A S E R R A N A

Pastores João José Soares Filho, Jair Garcia, Álvaro Lamóglia de Oliveira,

Jairo Moreira, Eli Santos Vieira, Alcione Tadeu dos Santos, Márcio Antunes

Vieira.

2 7 . A S S O C I A Ç A O B A T I S T A S U L - F L U M I N E N S E

Pastores José Ferreira da Silva, Benedito Peçanha, Oswaldo Ronis, José Silva,

F ranc isco Nicodemos Sanches , Gérson Jan uár io , A ugusto Tavares, D or icé l io

Pinheiro, Edson Pértele Vieira, Malvino Corrêa, Celso Martinez.

O B R E I R O S F L U M I N E N S E S , M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E

M I S S Õ E S M U N D I A I S

Muito tem contr ibuído pa ra o t r aba lho dc missões mundia is o campo ba t is ta

fluminense. Vários obreiros nascidos no Estado do Rio se têm apresentado à

Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, para serem por

ela enviados a campos missionários fora de nossa pátr ia .

205.

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Relacionaremos, primeiramente, aqueles obreiros que já trabalharam eom

a Junta de Missões Mundiais. São eles: Dejanira Barbosa, Lígia Lobato Mota,

Eunice Brito, Rita de Miranda Pinto, Maria Francisca Soares, Talita de Souza

Ribe i ro , Ranulfo Gomes dos Santos , Ezequias Mendonça , Ane te Manzol i l lo da

Silveira, José Carlos Gerhard de Matos, Lucy Gonçalves Guimarães, Hélcio da

Silva Lessa, Levy Barbosa da Silva, Elizabeth Barbosa da Silva, Ruth Genúneio

Barbosa, José Nite Pinheiro, Cilcéia Cunha Pinheiro, Herodias Neves Cavalcanti,

Marta Ramos do Nascimento, Jáder Malafaia, Creuza Rangel de Souza, Elizeu

Roque do Espír ito Santo, Eth Ferreira Borges da Luz e Ceila Ferreira Borges

da Luz.

Relacionamos, a seguir , os missionários f luminenses que pertencem ao

quadro a tua l de miss ionár ios da Junta de Missões Mundia is (1991) , indicando

também os pa íses onde a tuam: Almyr R ica rdo Cha f f im M ar t ins e Sue ly P imente l

Valentim Martins (Venezuela) , Alaíde Macedo de Oliveira (povos muçulmanos),

Shir ley Alves (Chile) , Carlos Alberto Pires (Chile) , Ubirajara Pereira da Silva

(Canadá), Carmem Lígia Ferreira de Andrade (Bolívia) , Silas Luís Gomes e Aldair

Ribeiro Gomes (Chile) , Dalva Santos de Oliveira (Paraguai) , Mônica Malfetana

Bonfim de Oliveira (Peru), Raquel Barcelos (Moçambique), Diné René Lóta e

Leila Delgado Lóta (Portugal) , Edna Motta Leal de Oliveira (Chile) , Raquel

Costa dos Santos (Uruguai) , Adilene Vieira Marques (Argentina) , Ester Penha

da Silva (Uruguai) , Odenir Figueiredo Júnior e Eliana Cordeiro Figueiredo (Para-

gua i) , F ranc isco Antônio de Souza (Por tuga l) , F ranc isco Nicodemos Sanches

e Olívia Drumond Sanches (África do Sul) , Paulo Moreira Filho (Leste Europeu),

Rena to Corde i ro de Souza e Jane Cr is t ina Barbosa de Souza (Por tuga l) , Díná

Portela de Oliveira Lima Aguiar (Espanha), José Sélio de Andrade e Elizabet

Mota de Andrade (Equador ) e João Luiz da S i lva Manga (Guiana) .

O B R E I R O S F L U M I N E N S E S , M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E

M I S S Õ E S N A C I O N A I S

Estes são os missionários f luminenses que estão na ativa: Dulcinéa da Silva,

Evonete Neves Brum, Ivanilde Brasil Brum, Hirtes Dias Delgado, João Mendes

Cabral, Nilton Ayres Duarte, Vilma Braga Rodrigues Duarte, Solange Maria

Gomes, Gecilda de Oliveira Santos, Mara Lúcia Brisson, Isaías Vieira Coelho,

Leoeídia Nila de Jesus, Aidete Brum da Costa, Iracema de Souza Batista , Hele-

nice S imão Guimarães , Noêmia Barbosa Marques , El ia s Pe re i ra Braga , Ada i lda

Pereira Braga, Eunice Barbosa Corrêa, Marcianita Cunha de Mendonça, Lucimar

Gomes, Sérgio Figueira, Paulo Roberto Macedo, Elisete F.Paes Macedo, lida

Nascimento dos Santos, Élcio Augusto dos Santos, Deise Costa dos Santos, Enilce

de Azeredo, Mar ia Ivone Soares Anac le to , Moisés Cas tor ino Brandão, Gênia

Nogue ira Brandão, F lorde l ice Brum, Antôn io F ranc isco Mar ins , Zi lda F ranc isco

Marins, Enicéia Carvalho Godói, Sônia Maria da Silva Carvalho, Débora Pereira,

Carlos Henrique Soares, Mário da Rosa Teixeira, Elizabeth Cunha Teixeira, Eliza-

beth Basílio Sena.

Também queremos menc ionar obre i ros f luminenses que t r aba lham na sede

da JMN : W altayr Nogu eira de Mello, Daniel Mart ins Eiras, Deusirene Santos

da Silva, Eliane de Aguiar .

206.

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BATISTAS FLUMINENSES QUE SE

S O B R E S S A Í R A M N A D E N O M I N A Ç A O

Muitos têm sido os batistas f luminenses que se têm tornado bênçãos nas

lides denominaeionais em nossa pátr ia . Muito bem têm eles representado o nosso

estado, dedicando tempo, capacidade c talentos à obra batista no Brasil.

Alguns deles já receberam do Senhor o seu galardão pela dedicação com

que f izeram a Obra do Mestre:

O   Dr. Francisco Fulgêncio Soren  nasceu em São Gonçalo. Sua influência

na denom inação fo i grande . Foi o pr ime irc rpres idcnte da Convenção Ba t is ta

Brasileira. Pastoreou a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, de 1900 a 1933.

O   Pastor Joaquim Fernandes Lessa  nasceu em São João da Barra. Foi

grande líder nacional, chegando a ocupar, por três vezes, a presidência da

Convenção Batista Brasileira.

O   Dr. Francisco de Miranda Pinto  nasceu em Campos. Ocupou por vá r ia s

vezes, a presidência da Associação Evangélica Denominada Batista do Rio de

Jane iro . Foi um dos fundadores da Junta Pa t r imonia l Ba t is ta do Sul do Bras i l .

"Nas juntas ele era f igura de escol, respeitado e acatado nas suas opiniões e

sugestões", escreveu o Pr. Manoel Avelino de Souza.

O  Prof. Moisés Silveira  nasceu em Macaé. Foi redator d'  O Jornal Batista,

foi secretário-executivo da Junta de Misões Mundiais e diretor do Colégio Batista

do Rio de Janeiro. Foi um leigo de grande influência, em sua época.

O   Pastor Emdio Warwik Kerr  nasceu em Cantagalo. Polemista de peso.

"Teve enorme influência na vida batista brasileira, graças à sua grande cultura,

haur ida pr ime iro em aulas pa r t icula res do casa l Ginsburg c depois por prodi-

g iosos e sforços autodida tas" .

  ( i )

O  Pastor Erodice Fontes de Queiroz  nasceu em São Sebastião do Alto.

Foi um dos maiores pregadores evangélicos. Cogno minei-o, certa feita , de  o Crisós-

tomo Batista.  Foi presidente da Convenç ão Batista Fluminens e nos anos de 1933

e 1936 e orador da mesma convenção, nos anos de 1928 e 1936. Foi orador da

Convenção Batista Brasileira, em 1936.

Herodias Neves Cavalcanti  nasceu em Macaé. Era grand e orad ora. Foi

missionária dos batistas brasileiros a Portugal, com o seu primeiro esposo, o

Pas tor Eduardo Gobira .

O  Pastor Waldemar Zarro  nasceu em Nat iv idade de Carangola . Foi pres i -

dente de vá r ia s juntas nac iona is e membro da d i re tor ia da Convenção Ba t is ta

Brasileira, algumas vezes. Foi, por mais de quarenta anos, o pastor da Igreja

Batista de São Gonçalo. Foi, por seis vezes, presidente da Convenção Batista

F luminense .

O  Pastor Rui Franco de Oliveira  nasceu no munic íp io de Macaé . Foi grande

líder no Estado de Minas Gerais, ocupando, por mais de dez vezes, a presidência

da Convenção Ba t is ta Mine ira . Foi membro da Junta de Educação Re l igiosa -

da Convenção Batista Brasileira.

O  Pastor João Barreto da Silva  nasceu,em Ernes to Machado. Foi d i r e tor ,

por 27 anos, do Colégio Batista Fluminense, e exerceu grande influência na

Convenção Batista Fluminense, da qual foi presidente. Fez parte de várias juntas

nac iona is .

207.

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O  Pastor Fidélis Morales Bentancôr'nasceu em Ernest o Mach ado. Exerceu

o ministério por mais de 50 anos. Foi redator   d 'O  Escudeiro Batista,  diretor

do Colégio Batista Fluminense e, por algumas vezes, membro da diretoria da

Convenção Batista Fluminense.

O   Pastor Sebastião Angélico de Souza,  que faleceu em jan eiro de 1991,

corri 98 anos de idade, foi um dos grandes obreiros do Brasil batista . Nasceu

no município de São Fidélis. A cie coube a honra de ter iniciado a irradiação

de mensagens evangélicas.

O  Pastor Antônio Charles  nasceu cm Cambuc i . Ocupou luga r de des taque

na denominação. Foi grande professor no Colégio Batista do Rio de Janeiro.

Foi presidente da Convenção Batista Fluminense, em 1926.

O  Pastor Alberto Portela  nasceu em Campos. Foi diretor do Colégio Batista

Fluminense e professor no Colégio Pedro II , no Rio de Janeiro.

O  Pastor Jáder Malafaia  nasceu em Pádua. Foi missionário na Bolívia

e Presidente da Junta do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

O  Pastor Silas Silveira  nasceu em Macaé. Era historiador. Foi o primeiro

batista a ser eleito deputado estadual.

O  Pastor José de Souza Hèrdy  nasceu em Friburgo. Cri ado r e diretor , até

a sua morte, da Associação Fluminense de Ensino (AFE), localizada em Duque

de Caxias , hoje, denomin ada Unive r s idade Grande-Rio P rofessor José de Souza

Herdy. Foi presidente da Junta de Educação da Convenção Batista Fluminense

e orador oficial da Convenção Batista Fluminense. Foi membro e presidente

da Junta de Educação Religiosa e Publicacões da Convenção Batista Brasileira

— J U E R P .

O   Prof. Ulisses Moraes  foi professor pioneiro no Colégio Batista Flumi-

nense, em Nova Friburgo, organizado em 1910. Catedrático de Português do

Liceu de Niterói, foi autor de várias obras sobre a língua portuguesa, destacando-

se, entre elas, um dicionário de português arcaico.

O   Dr. Joadélio Codeço  nasceu em Campos. Foi deputado em duas legis-

laturas. Foi Secretário de Educação, do antigo Estado do Rio de Janeiro. Foi

membro do Conse lho de Educação do es tado e d i re tor do Liceu de Ni te ró i .

Foi tesoureiro da Segunda Igreja Batista de Campos e diácono da Primeira Igreja

Batista de Niterói.

O   Prof David Coelho  nasceu em Macuco. Educador. Foi prefeito de

Corde iro . F i lho do p ione iro , pas tor Joaquim Coe lho dos Santos .

O   Pastor Henrique de Queiroz Vieira  nasceu em Cachoeiras de Macacu.

Educador. Escreveu o livro  A Bíblia na Palavra de Grandes Personalidades.  Foi

Sec re tá rio de Educação na P re fe i tura de Camp os. Foi reda tor d O  Norte Batista.

O   Pastor Gentil de Castro Faria  nasceu em Campos. Ex-padre ca tó l ico

romano. Educador . Foi ve reador em Campo s. P rofessor do Seminár io Teológico

Ba t is ta F luminense e do Liceu de Humanid ades de Cam pos. O utras informações

sobre ele estão à página 149 desta obra.

O   Pastor Alfredo Reis  nasceu em Aperibé. Foi diretor do Colégio Batista

Fluminense, de 1923 a 1924. Grande propagandista da obra de assistência social.

Chegou a criar  O Patronato, que durou poucos anos. Foi presidente da Conv enção

Batista Fluminense, de 1910 a 1912.

O  Pastor Jurandir Gonçalves Rocha  nasceu em Cambuci. Foi orador oficial

da Convenção Batista Fluminense, realizada em Nova Iguaçu, em 1977. Vice-

208.

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-diretor do Colégio Batista Fluminense e Deao do Seminário Teológico Batista

Fluminense.

A seguir , o grupo de obreiros que o Senhor tem conservado até hoje (1991),

a tuando em sua obra :

O  Pastor José dos Reis Pereira  nasceu em Piraí. É uma das mais conspícuas

figuras do Brasil batista . É o nosso grande historiador. Escreveu mais de dez

livros. Entre eles, a A História dos Batistas no Brasil.  Foi um dos vice-presidentes

da Aliança Batista Mundial. Foi, por 24 anos, Diretor   d'0 Jornal Batista.

O  Pastor Raphael Zambrotti  nasceu em Natividade dc Carang ola. Foi pastor

da Primeira Igreja Batista de Campos. Secretário-executivo da Junta de Missões

Mundiais. Foi presidente da Convenção Batista Fluminense, em 1951.

O  Pastor Irland Pereira de Azevedo  nasceu no mun icípio de São Fidélis.

Pastoreia a Primeira Igreja Batista de São Paulo, por muitos anos. Por três vezes,

foi presidente da Convenção Batista Brasileira. É presidente da União Batista

La t ino-Amer icana — UBLA.

O  Pastor Francisco Mancebo Reis  nasceu em Carapebus. Foi, por muitos

anos, diretor do Seminário Teológico Batista Mineiro. Foi orador da Convenção

Batista Fluminense, no ano de 1960. Tem pertencido a várias juntas nacionais.

O  Pastor Alcides Cunha  nasceu em São Gonçalo. Tem ocupado posições

de des taque na denominação. Foi pres idente da P r ime ira Assemblé ia de H omens

Batistas no Brasil. Foi presidente da extinta Junta de Evangelismo da Convenção

Batista Brasileira.

O  Pastor Samuel de Souza  nasceu em Niterói. Foi, por muitos anos, diretor

do Colégio Batista de Niterói. Foi secretário-executivo da Associação Nacional

dc Educandár ios Ba t is ta s — ANEB. Tem mui ta inf luênc ia na denominação.

O   Pastor Joaze Gonzaga de Paula  nasceu no município de I taperuna. Foi

secretário-executivo da Convenção Batista Carioca.

O  Dr Celso de Oliveira  nasceu em Pádua. Tem sido presidente de várias

juntas da Convenção Batista Brasileira. Tem pertencido ao Conselho dos Homens

Ba t is ta s da Al iança Ba t is ta Mundia l .

A  Dra. Alice Neves de Oliveira  nasceu em Macaé. Tem sido presidente

da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta Car ioca e da Junta do Seminár io

Teológico Batista do Sul do Brasil.

O  Dr. J

}

ércio Rangel  nasceu no munic íp io de I tape runa . Tem ocupado

posições de destaque na Convenção Batista Carioca. Foi presidente do Congresso

de Homens Batistas Brasileiros. É o assessor jurídico da JUERP.

O  Dr. Oscar Ribeiro  nasceu em Natividade de Carangola. Tem exercido

grande liderança na Convenção Batista Carioca. Foi, por mais de uma vez, o

seu orador oficial. Tem sido membro de várias juntas.

O  Dr. Achilles Silva  nasceu em Pureza. Foi presidente de várias entidades

batistas no Rio de Janeiro. Foi presidente da Junta do Seminário Teológico Batista

do Sul do Brasil. É técnico de educação em Brasília , Distr ito Federal.

O  Dr. Jacy de Oliveira  nasceu em São Fidélis. Advogado. Foi professor

de Português no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

O  Pastor Silas dos Santos Vieira nasceu em Macuco . Foi secretário-executivo

da JUB ERJ e da JUM OC . Pas tore ia a Igre ja Ba t is ta de Santo Antônio , no Estado

do Espír i to Santo .

209.

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O

  Dr. Wilmar Zarro

  nasceu em São Gonçalo. Filho do grande líder batista ,

Pastor W aldemar Zarro. Foi presidente da JUBF R.Í c , tamb ém, fez parte do

Conse lho Nac iona l da Moc idade .

A  Profa. Marlene Balthazar da Nóbrega Gomes  nasceu em Barra do Piraí.

Foi, por várias vezes, presidente da União Feminina Missionária Batista Flumi-

nense e da União Feminina Missionária Batista do Brasil. É professora no Instituto

Batista de Educação Religiosa.

O   Pastor Edgard Barreto Antunes  nasceu em Maca é. Foi, por várias vezes,

presidente da Convenção Batista Fluminense e, algumas vezes, vice-presidente

da Convenção Batista Brasileira. Foi presidente da JUERP. É o atual (1991)

secretário-executivo da Convenção Batista Fluminense.

O   Dr Paulo Ribeiro  nasceu em Sapucaia. É grande pregador. Evangelista .

Tem exercido grande influência entre a juventude batista brasileira. E o redator

d'0 Jornal Batista.

O   Prof Ampliato Cabral  nasceu em Paraíba do Sul. Foi deputado estadual

em duas legislaturas. Tem sido vice-presidente da Convenção Batista Fluminense.

Foi presidente da União Masculina Missionária Batista do Brasil.

O   Pastor Francisco Cerqueira Bastos  nasceu em Itaperuna. Tem sido

consul tor jur íd ico da Junta Coordenadora da Convenção Ba t is ta F luminense .

Foi diretor do Colégio Batista de Volta Redonda. Foi presidente da Junta Patr i-

monial Batista do Sul do Brasil.

O   Dr: Eli Francioni de Abreu  nasceu em Petró polis. H á 25 anos é o vice-

-moderador da Primeira Igreja Batista de Niterói. Foi redator do jornal da

moc idade f luminense —  O Arauto Fluminense.  Foi presidente da Jun ta de Bene-

ficência da Convenção Batista Brasileira.

O

  Pastor Ubiracy Dutra Gusmão

  nasceu cm Cam buci . Foi, por muitos

anos, secretário da Junta Patr imonial Batista do Sul do Brasil. Ocupou, também,

a sec re ta r ia da Junta de Benef icênc ia — JUBEN. É o d i re tor adminis t r a t ivo

dos Colégios Batistas Shepard e Brasileiro, no Rio de Janeiro. É membro da

Junta Administrativa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

O   Jornalista Óthon Ávila Amaral  nasceu em Valença. É o auto r de  Roteiro

Histórico dos Batistas Fluminenses  (1891-1976). Foi orad or oficial da Co nvenção

Batista Fluminense em 1978. Foi redator-secretário d 'O Jornal Batista.  Foi redator

d'O Escudeiro Batista. É  secretário-executivo da Associação Batista Iguaçuana.

A   Profa. Júlia Codeço dos Santos  nasceu em Campos. Foi professora do

Liceu de Humanidades de Campos, da Escola Técnica Federal, também em

Campos, e do Colégio Batista Fluminense. Foi, por várias vezes, presidente da

União Feminina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense e membro da Junta Adminis-

trativa do IBER.

O   Dr. Gilberto Maia  nasceu em Campos. Foi livre-docente de Latim do

Colégio Pedro II , professor na Faculdade Nacional de Direito e professor de

Língua Portuguesa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. É membro

da Academia Evangélica de Letras do Brasil. É f ilho do Pastor Antônio Maia,

um dos p ione iros do t r aba lho ba t is ta no campo f luminense .

O   Pastor Delcyr de Souza Lima  nasceu em São Fidélis. Ex-professor do

Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Diretor do Seminário Teológico

Batista de Niterói. Escreveu várias obras, Foi diretor do jornal  Brasil Batista.

O  Pastor Joélcio Rodrigues Barreto  nasceu em Campos. Foi orador da

210.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Convenção Ba t is ta  Brasileira em 1977 . Estudou, durante cinco anos, nos Estados

Unidos da América. Foi professor do Seminário Batista Fluminense. Ex-presidente

da JUERP. É o a tua l Super in tendente de Educação Re l ig iosa da JUERP.

O  Dr. José Silveira tilho  foi redator da  Página da Mocidade,  publ icada

n'0 Escudeiro Batista.  Técnico de Educação. Pocurador do Estado.

O   Dr. Jair Araújo  nasceu cm Petrópolis . Foi vereador naque la cidade. Foi,

também, deputado es tadua l . Teve grande inf luênc ia no t r aba lho da juventude

batista .

O   Dr. Nélson Rocha  nasceu em Itaperuna. Foi vereador em Niterói. Secre-

tário de Saúde do Estado do Rio, no governo Celso Peçanha. Foi deputado federal.

Foi bem in tegrado no t r aba lho da juventude .

O  Pastor Arides Martins da Rocha  foi, por várias vezes, vice-presidente

da Convenção Ba t is ta F luminense . Ocupou a pos ição de sec re tá r io adjunto da

Junta de Missões Nac iona is do Depar tamento de Evange l ismo, no tempo do

secretário-executivo, Pr . David Gomes.

O  Pastor Osmar Soares  nasceu cm Pureza. Foi presidente da Convenção

Batista Fluminense nos anos de 1959, 1960 e 1961. Foi membro de várias juntas

da Convenção Batista Brasileira.

O   Pastor Isaac da Costa Moreira  nasceu cm Silva Jardim. Foi diretor , por

mais de dez anos, do Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira. Foi membro

da Junta Administrativa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

O  Dr. José de Souza Gama  nasceu em Niterói. Pastor da Primeira Igreja

Batista de Ipanema. Foi presidente da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses,

no período de 1982 a 1983. E Defensor Público e autor de oito livros sobre

Direito. Foi  membro do  Conse lho Estadua l de Educação e de vá r ia s juntas da

Convenção Batista Brasileira. É membro do Conselho de Política Criminal do

Rio de Janeiro.

O  Pastor Iomael SantAnna  nasceu em Três Rios. Foi redato r d  O Escu-

deiro Batista  e d e Pontos Salientes.  Tem sido mem bro de várias juntas nacio nais.

O  Dr. Ademir Pimentel  nasceu em Bom Jesus. Foi mem bro da Ju nta de

Educa ção da C onvenção B a t is ta F luminense . Tem s ido orador em vá r ia s conven-

ções estaduais. É Juiz de Direito na 4a. Vara da Fazenda do Rio de Janeiro.

O  Pastor Sebastião Ferreira  nasceu em Petrópolis. É pastor da Igreja Batista

de Vila da Penha, no Rio de Janeiro. Fundador do Seminário Bíblico do Rio

de Janeiro. Ex-professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Ex-

-pres idente da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta Car ioca .

O  Pastor Higino de Souza  é grand e obreiro no Estad o de Minas G erais.

Foi presidente da Convenção Batista Mineira, tendo sido seu orador oficial por

ocas ião do Centená r io dos ba t is ta s mine i ros .

O Dr.  Joel Pereira dos Santos  é membro da Igreja Batista do Rocha, São

Gonçalo. Juiz. de Direito, exercendo a magistratura na 5a. Vara Criminal de Niterói.

O  Dr. Cláudio Macário  nasceu em Friburgo . É diáco no da Primeira Igreja

Batista da Barra da Tijuca.  É um  bem sucedido empresá r io que tem cooperado -

grandemente pa ra a expansão do Re ino de Deus , ora na const rução de templos

para igrejas pobres, ora na promoção de várias atividades evangelísticas, apoiando

os confe renc is ta s a t r avés do Depar tamento de Evange l ismo de sua empresa , a

CLAMA Constru tora . Dá supor te f inance i ro a uma promoção evange l ís t ica do

ex-missionário Perry Ellis, nos Estados unidos, e ao Pr. Fanini.

211.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 206/257

O  Pastor Josemar de Souza Pinto  nasceu em Cardoso More i ra . Há dez anos

é o Coordenador do Dep ar tamento de Publ icações Gera is da JUER P. Tem a tu ado

como escritor de vários artigos em jornais e revistas da denominação. Foi membro

da Junta de Educação da Convenção Batista Carioca. Recebeu o título de cidadão

Italvense. É jovem talentoso.

M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E R I C H M O N D Q U E C O O P E R A M

C O M A S J U N T A S E S T A D U A I S F L U M I N E N S E S

A Junta de R ichmond fo i sempre fonte de apoio pa ra o t r aba lho ba t is ta

em nossa pá t r ia . Pa r t icula rmente em nosso es tado, e sses que r idos i rmãos empres-

ta ram sempre os seus e sforços , a tuando com denodo e grande amor na obra

de evangelização e assistência às igrejas. O nome daqueles missionários norte

-amer icanos que se cons t i tu í r am pi la res no t r aba lho ba t is ta f luminense , o autor

desta obra os menciona nos capítulos que dizem respeito à atuação específ ica

de cada um. A c ies somos gra tos pe la inf luênc ia pos i t iva e grande cooperação

nos pr imórâ ios do t r aba lho do Senhor em nosso es tado.

Damos des taque agora àque les que , enviados por R ichmond como miss io-

nários ao Brasil, escolheram o Estado do Rio como seu campo de atuação e,

em tempos ma is próximos de nós , não têm p oup ado esforços no sent ido de fazer

cont inua r a obra in ic iada por aque les que os antecederam no campo miss io-

ná r io . Es tes aqui c i tados têm colabo rado m ais e spec i f icamente ao lado de nossas

juntas estaduais. São eles:

1 . Gregory Deering  (esposa: Sharon) — Trabalhou com a Associação Batista

Iguaçuana, sendo sua esposa a responsável pela música. Atualmente (1991),

t r aba lha com a Junta de Evange l ização da Convenção Ba t is ta F luminense .

2.   Clint Kimbrough  (esposa: Dolores) — Por vários anos , ocup ou a direção

do Depar tamento de Música da Junta Coordena dora da Convenção Ba t is ta F lumi-

nense, deixando-a para assumir o cargo de Superintendente de Música da JUERP.

Em 1991, retirou-se do Brasil, retornando à sua pátr ia .

3.   Nolan Pridemore  (esposa: Sheilah) — Trabalh a (1991) com a Junta de

Educação da Convenção Ba t is ta F luminense .

4.   Norvel Welch  ( e sposa : Ha t t ie ) — Durante a lguns anos , t r aba lhou com

o Depar tamento de Mordomia da Junta Coordenadora da Convenção Ba t is ta

F luminense , a lém de a tua r , também, no Depar tamento de Educação Re l ig iosa

da mesma junta .

5.   Thomas Hearon  (esposa: Bonnie) — Em 1990, iniciou o seu trabalh o

junto à JUBERJ. Quer ocupar - se da evange l ização de e s tudantes , pr inc ipa l -

mente os universitár ios.

Além des tes miss ioná r ios , que a tua ra m dire tamente junto ao nosso campo,

queremos des taca r o nome do Pas tor  Alvin Hatton  (esposa: Kate), que, mesmo

não sendo miss ionár io of ic ia l ao campo f luminense , ne le a tuou, d i r ig indo o

Acampamento Ba t is ta em Rio Dourado — Sí t io do Sossego, a lém de te r s ido

pas tor das Igre ja s de R io Dourado e P rofessor Souza .

212.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 207/257

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7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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ANO

LOCAL

N.° de Mens.

PRESIDENTE

SECRETÁRIO

ORADOR OFICIAL

1934

São Fidélis

126

Manoe l A.Souza

Virgílio Faria

J.J.Silveira

1935

Macaé

149

A.B.Christie

João B.da Silva

Or lando Alves

1936

Niterói

180

Erodice F.Queiroz

'Virgílio Faria

Erodice F.Queiroz

1937

C a m p o s

243

Manoe l A.Souza

José Basílio

W aldemar Zarro

1938

Pádua

251

Manoe l A.Souza

Fidélis Morales L.M.B ratcher

1939

Macaé

173

Manoe l A.Souza

Fidélis Morales

Antônio S.Ferreira

1940

São Gonça lo

206

Manoe l A.Souza

Alber to Araújo

Fidélis M.Bentancôr

1941

C a m p o s

253

A.B.Christie

Virgílio Faria

Elias Portes Filho

1942

Nat iv idade

256

Manoe l A.Souza Albe r to Araú jo

P lác ido M ore i ra

1943

Macaé

210

Manoe l A.Souza Albe r to Araú jo

Abelar S.Siqueira

1944

Portela

317

Manoe l A.Souza

Raphae l Zambrot t i

Elias Portes Filho

1945

Pe trópol is

325

Manoe l A.Souza

Osvaldo Ronis

Albe r to Araújo

1946

C a m p o s

153

A.B.Christie

Raphae l Zambrot t i

A.B.Christie

1947

I tape runa

315

Manoe l A.Souza

Raphae l Zambrot t i

Israel Pinheiro

1948

Niterói

292

Manoe l A.Souza Raphae l Zambrot t i

João B.da Silva

1949 C a m p o s 397 Manoe l A.Souza Raphae l Zambrot t i W a ldemar Zar ro

1950

C a m p o s

480

Manoe l A.Souza

Osmar Soares

Raphae l Zambrot t i

1951

C a m p o s

482

Raphae l Zambrot t i

Samuel de Souza

Abelar S.Siqueira

1952

C a m p o s

225

W aldemar Zar ro

Samuel de Souza

Josué Santos

1953

Niterói

355

W aldemar Zar ro I tamar F .Souza

Ageu Ne to

1954

I tape runa

332

W aldemar Zar ro

Ja i ro Mala fa ia

J.Barreto da Silva

1955

C a m p o s

338

W aldemar Zar ro

Samuel de Souza

W ilson Régis

1956

Macaé

340

W aldemar Zar ro

Elias Vidal

Fidélis Morales

1957

Pe trópol is

379

Manoe l A.Souza

Elias Vidal

Abelar S.Siqueira

1958

C a m p o s

312

Manoe l A.Souza

Elias Vidal

Raphae l Zambrot t i

1959

Niterói

555

Osm ar Soares Ebenéze r S.Ferreira

Dalson P.Teixeira

1960

Macaé

349

Osmar Soares

Elias Vidal

Francisco M.Reis

1961

C a m p o s

418

Osmar Soares

Elias Vidal Guten berg F.Guedes

1962

C a m p o s

644

João B.Silva

Gutenberg F.Guedes

Edmundo A.S i lva

ANO LOCAL N.° de Mens.

PRESIDENTE

SECRETÁRIO

ORADOR OFICIAL

1963

Nova Iguaçu

608

Ebenézer S.Ferreira

Elias Vidal

Erodice G.Ribeiro

1964

Niterói

1.201

Ebenézer S.Ferreira

Elias Vidal I tam ar F.Souza

1965

Campos 247

Ebenézer S.Ferreira

Elias Vidal

Ni lson Dimárz io

1966

Não houve

746

1967

Pádua

Ebenéz er S.Ferreira Herod ice Bastos W aldemar Zarro

1968

Niterói

749

Ebenézer S.Ferreira

Herodice Bastos

Elias Vidal

1969

Fr iburgo

1.318

Ebenézer S.Ferreira

Edgard Barreto

José de Souza Herdy

1970

Bom Jesus

518

Nilson  A .Fanini Edgard Bar re to

Nilson A.Fanini

1971

São João de Meriti

567

Nilson A.Fanini

Edgard Bar re to

Ebenézer S.Ferreira

1972

C a m p o s

1.871

Ebenézer S.Ferreira

W al te r Santos

F idé lis M .Bentancôr

1973

Caxias

757

Ebenézer S.Ferreira

Judson G.Bastos

Isaías M.de Frias

1974

Volta Redonda

1.575

Ebenézer S.Ferreira

Josué G.Cerque ira

Arides M.da Rocha

1975

I tape runa

720

Ebenézer S.Ferreira

Josué G .Cerque ira

Danie l A.de Carva lho

1976

Macaé

860

Nilson A.Fanini Josué G.Cerque ira

Harold Renf row

1977

Nova Iguaçu

910

Nilson A.Fanini

Edgard Bar re to

Jurandyr G.Rocha

1978

Nova Friburgo

1.758

Nilson A.Fanini

Diocezir Alberto

Óthon Ávi la Amara l

1979

Volta Redonda

957

Ebenézer S.Ferreira

Judson G.Bastos

Mauro Israel Moreira

1980 Caxias 973 Samuel de Souza Amplia to Cabra l Danie l O.Cândido

1981

C a m p o s

1.830

Mauro I s rae l More i ra Amplia to Cabra l

Antônio M.Por te s

1982

Niterói

1.388

Edgard B .Antunes Óthon A.Am ara l Osmar Soares

1983

Teresópolis

1.354

Edgard B .Antunes

Ó t h o n A . A m a r a l

Iomae l Sant 'Anna

1984

Caxias

1.060

Ebenézer S.Ferreira

Silas Q.Carvalho

Obadias d 'Alcânta ra

1985

Três Rios

1.924

Ebenézer S.Ferreira

Amplia to Cabra l

José S .Herdy

1986

São João de Meriti

748

Edgard B .Antunes

Ó t h o n A . A m a r a l

Silas Q.Carvalho

1987

Nova Iguaçu

1.724

Ebenézer S.Ferreira

Erly Barros Bastos

José A.S.Cidaco

1988

I tape runa

1.623

Ebenézer S.Ferreira

Erly Barros Bastos

Nelly Soares Ferreira

1989

Caxias

978

Edgard B .Antunes

Ó t h o n A . A m a r a l

Jairo Moreira

1990

Rio Bonito

1.610

Elias C.de Sá

Éber Silva

Josué E.S.Soares

1991

C a m p o s

1.088

Ebenéz er S.Ferreira Erly B.Bastos Joaq uim P.Rosa

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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RELAÇÃO DO S PASTORES DA

CONV ENÇÃO BATISTA FI EM IN ENSE

— 1991 —

A

Abel Ribeiro de Souza, Abenézer da Silva Cunha, Aberaldo da Costa Eroes,

Abraão Freire Costa, Abraham Carneiro de Campos, Aeedino Vieira, Aeir

Menezes, Aey Eugênio Gonçalves, Adair Ribeiro, Adam Bodnarask, Adão Alves

de Oliveira, Adelmo Coelho de Oliveira, Adelino Pereira da Fonseca, Ademiel

Sant 'Anna , Ademil ton de Souza , Ademir Fe rnandes , Adi lon Joaquim da S i lva ,

Adilson Joaquim da Silva, Adilson José de Oliveira, Adilson Menezes de Souza,

Aécio Pinto Duarte, Ageu de Oliveira Pinto, Ageu Neto, Ageu Ramos Bcrnar-

dino, Ailton Monteiro, Alberto Araújo, Alberto Seiro Oki, Alcebíades Siqueira,

Alceir Faria Pereira, Alcendino Marques Pereira, Alceu Campos de Menezes,

Alei Chagas Rodrigues, Alcides Conejeiro Peres, Alcides de Oliveira Souza, Alci-

dino Mo nteiro, Alcino da Silva Ferreira, Alcionc Tadeu dos Santos, A ldair A ntunes

de Souz a, Aldevino W erdan Coelho, Aleanir Ribeiro, Alex Soares da Fonseca,

Alfredo Ananias Pereira, Alfredo Neves Brun, Alicio Moreira de Almeida, Almir

Francisco Pereira, Almir W agner P.Nogueira, A loísio Barreto da Silva, Altair

Dias SantAnna, Altamiro Mariano, Altamiro Pereira, Aluísio Ayres da Silva,

Álvaro Lamóglia de Oliveira, Alverino Galdino Alves, Amaro Alves de Lima,

Amaro da Silva Vicença, Amaury José Boaventura, Amilse Pereira Baptista ,

Amós da Silva Pedro, André Alves Nogueira, Ângelo Eder Collares, Anízio César

S .de Souza , Anteno r Carva lho A . Júnior , Antônio Alves Anud a , A ntônio Alves

de Almeida , Antônio Cardoso Coe lho, Antôn io da Costa P .de Andrade , Antônio

Ferre ir a Mac ie l , Antônio Gera ldo de Mendonça , A ntônio J oão Cr ispim, Antôn io

José Vieira, Antônio Moreno Borges, Antônio Muniz da Paixão, Antônio Pereira

Gomes, Antônio Queiroz dos Santos, Antônio Siqueira Campos, Argemiro Bitten-

court, Ari Santos da Costa, Arides Martins da Rocha, Arildo Borges Xavier ,

Arlindo Pereira R.Júnior, Arnaldo Stellet, Arnou Oliveira dos Anjos, Aroldo

Sarlo, Assis Borges Xavier , Ataniel Oliveira Lima, Augustinho Silva, Augusto

Soares Guimarães, Augusto Tavares Corrêa, Auli Fiaux, Aurelino João dc Souza,

Aylpton de Jesus Gonçalves, Azair Pereira Corrêa.

B

Balbino Motta, Bartolomeu Ferreira, Benedito Moreira da Costa, Benício Ribeiro,

Benjamin Moura Marques .

C

Camilo Fe rnando Ca ldas , Cândido Gomes S ique ira , Car l indo André dos Santos ,

Carlos Alberto C.Gonçalves, Carlos Alberto da Silva, Carlos Alberto F.Cindra,

Car los Augusto M.Cya la , Car los Coe lho Franco, Car los de Amor im Car re te ro ,

Carlos dos Santos Franco, Carlos Luiz Pereira, Carlos Nascimento, Carlos Roberto

R.da Silva, Carlos Teixeira Barbosa, Cássio Peçanha de Souza, Célio Ferreira

Magalhães, Célio Rubens Pinto, Celso Fortunato S.Martinez, Celso Gonçalves

Cavalcanti, Celso Pereira da Silva, Cerino Moura da Cunha, César Lourenço,

Cláudio Nunes Pereira, Cláudio Vágner de A.Trindade, Cléber Lemos de Almeida,

216.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 210/257

Clério Boechat de Oliveira, Clint Kimbrough, Crispo Sóstenes F.de Souza, Cris-

liiio José da Fonseca.

D

Daniel Carvalho de Almeida, Daniel Clementino da Silva, Daniel de Almeida

e Souza, Daniel de Oliveira Cândido, Daniel Fonseca Vianna, Daniel Lincoln

de Alm eida, Daniel Maurício Brun, Daniel Mauro W atcher, Daniel Moreira,

Dario Francisco de Oliveira, Dario Gonçalves Braga, David Eliel Schier , David

Leopoldino de Mattos, David Pandino Filho, David Pereira de Andrade, Décio

Vcrnay da Silva, Dejalma Galdino Nogueira, Delcyr de Souza Lima, Demerval

Dias de Oliveira, Demétrio de Souza Nunes, Denival Silveira de Oliveira, Demerval

Oliveira da Silva, Diocesir Alberto, Djalma da Silveira Belleny, Domingos de

Souza Medeiros, Doriscélio de Souza Pinheiro, Durval Borges, Durvalino José

Lopes.

E

Ebenézer Soares Ferreira, Éber Silva, Edelton Barreto Antunes, Edgard Barreto

Antunes, Edinaldo Pereira, Edis Pereira de Andrade, Edison Silva do Nasci-

mento , Edmar Guimarães Pe re i ra , Edmilson Bar to lomeu, Edmundo Antunes

da Silva, Ednezer Faria, Edno dos Santos Ferreira, Edson Fernandes Távora,

Edson Honorato de Barros, Edson Palmeira Barbosa, Edson Péterle Vieira, Edson

Pinheiro Pedersane, Eduardo Alves Braga, Eduardo Azevedo de Carvalho,

Eduardo Fernandes Sarmiento, Edvaldo Batista de Souza, Edys Silva, Eimaldo

Alves Vieira, Élbio Delfi Guimarães, Élcio Augusto dos Santos, Eli Cabral, Eli

Carvalho de Sá, Eli de Oliveira Pinto, Eli Santos Vieira, Eli Souza de Matos,

Eliacyr de Almeida, E lias Carvalho de Sá, Elias de Oliveira Nogueira, Elias Valério

de Souza, Eliazib Gonçalves Rosa, Elieser Mancebo Reis, Eliseu Roque do

E.Santo, Emanoel Fontes de Queiroz, Emilton Silva, Enéas Soares Menezes,

Enock Jesus dos Santos, Érico Porto da Silva, Eril Souto dos Santos, Erli dos

Santos, Erodice Gonçalves Ribeiro, Eronides Sindra, Esdras Aguiar Leão, Esme-

raldo Veiga Sales, Estevam Mendes, Eugênio Alves dos Santos, Eugênio José

Pinheiro, Everaldo Pereira França, Ezcquias Valério de Souza, Ezequiel Pimentel

de Matos .

F

Fernando Ccsar FXrindade, Fernando dos Santos, Fernando Sérgio T.Crespo,

Filenilo Vicente Neves, Francisco A.do Nascimento, Francisco Antônio de

Amorim, Francisco Barbosa Oliveira, Francisco Batista Neto, Francisco Cerqueira

Bastos, Francisco de Oliveira, Francisco Evaldo Schumacher, Francisco Gomes

C.Filho, Francisco Gomes de Souza, Francisco José dc S.Azeredo, Francisco

Lopes Muniz, Francisco Luciano da Fonseca, Francisco Machado Rodrigues,

Francisco Quirino da C osta, Francisco Ricardo Leite , Francisco Terceiro da Cu nha .

G

Gaspar C arne i ro de Araújo , Geazy S impl íc io , Gedeão B ispo de Souza , Genânc io

Gomes Rodrigues, Genecy Damasceno Pinheiro, Genecy Jardim Farizel, Genildo

217.

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Cun ha da Silva, Genival Assunção Chaves, Genivaido das Chagas, G enoci Pacheco

de Rezende, Geny Barreto Viana, Geovani Colares Silva, Geovani Ribeiro, Geral-

dino Ferreira Bastos, Geraldo de Almeida Pires, Cieraldo Geremias, Geraldo

Gomes, Geraldo Marcelo, Gérson Mello de Oliveira, Gérson Januário, Gerson

l.opes de Menezes, Gérson Moreira, Gervásio Nogueira, Gessy Fructuoso, Getulio

Rodrigues Vargas, Gilberto Gonçalves Pereira, Gilmar O legário de M oraes, Gilson

Carlos S.Santos, Givaldo da Silva Lima, Gladistônio Vieira.

H

Hamil ton Nunes de Souza , Haroldo Rodr igues de Jesus , He i tor Antônio da

Silva, Helci Braga Marinho, Heleno Bissonho Reis, Heleno Ferreira de Amorim,

Hélio Cordeiro de Mello, Hélio de Souza e Silva, Hélio dos Santos, Hélio Jorge,

Hé l io More i ra da S i lva , Hcnos Dias dos Santos , Henr ique Antônio C .Araújo ,

Higino Dominguez Esquive i , Honora to de Almeida , Hudson de Ol ive i ra Dutra ,

Hudson Galdino da Silva, Hudson Padilha de Oliveira.

I

lomael Sant'A nna, Iracy Ferreira da Costa , Iran de Medeiros Lopes, Irênio Silveira

Chaves, Isaac da Costa Moreira, Isael Pessanha de Souza, Isaías Barcelos de

Oliveira, Isaías Coelho da Palma, Isaías da Silva Pimentel, Isaías de Souza

Gonçalves, Isaías Filho, Isaías Gomes de Castro, Isaías Gonçalves Vieira, Isaías

Lopes Pinheiro, Isaías Moreira Frias, Isaías Pereira dc Barros, Isaías Vasconcelos

Aguiar , Isaú Tavares, Ismael Franco de Oliveira, Ismael Gomes de Souza, Ismael

José Ferreira, Ismail de Oliveira Ribeiro, Ismail de Oliveira Rodrigues, Israel

da Silva Alecrim, Israel José Pinheiro, Israel Ramos de Avellar , I tamar Francisco

de Souza, I taquaracy Santos, Ivo Dutra de Matos, Ivo Lopes Corrêa, Ivo Nogueira,

Ivonilson Rocha de Oliveira, Izael de Souza Nascim ento, Izaías Querino, Izaquiel

Rosa de Moraes.

J

Jabs dos Santos Leão, Jaci Palhinha de Figueiredo, Jacy Carvalho, Jacy Paulo

de A.Rangel, Jader Oliveira Terra, Jadir Félix da Silva, Jailton Barreto Rangel,

Jair de Souza Leite , Jair Silva Costa, Jairo Araújo Motta, Jairo Luiz Pereira,

Jairo Moreira, Jaly Chaves Menezes, Jamil Gomes de Oliveira, Janary Chaves

da Silva, Jânio Cosendey Nunes, Jehu Martins de Araújo, Jeoírances Nogueira

Soares, Jerônimo Nunes Patr ício, Jessé Claudi Pinto, Jessé Vieira Peixoto, João

Alexandre dos Santos , João Antônio Amor im, João Bapt is ta Paulo Guedes ,

João Batista C.Gomes, João Batista dos Santos, João Bueno Peres, João Corrêa

da Rocha , João da Costa Sant iago, João Eduardo da S i lva , João Fe rnandes ,

João Francisco Silveira, João Francisco Soares, João José Christino, João José

Soares Filho, João Lopes Filho, João Luiz da Silva, João Marcos Pinto Carvalho,

João Mar t ins da Costa , João Migue l , João Regina ldo da Costa , João R ica rdo

Perisse Dias, João Rodrigues de Souza, João Teixeira de Lima, Joaquim da Silva

M.Neto, Joaquim dc Paula Rosa, Joaquim Gregório de Oliveira, Joás Pereira,

Jocis Godoy, Joel André dos Reis, Joel Batista de Souza, Joel de Souza Maciel,

Joel Ferreira da Silva, Joel Reinaldo da Costa, Joélcio Luiz Soares, Jonas

218.

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Mendonça Sales, Jonas Vieira Lima, Jônatas Soares, Jorge Azevedo da Silva,

Jorge Benfeito, Jorge Bertoldo da Silva, Jorge Cabral da Silva, Jorge Coelho

de Oliveira, Jorge Costa, Jorge Cruz, Jorge de Oliveira Bezerra, Jorge Evanir

da Cruz, Jorge Hélio P.de Souza, Jorge José da Silva, Jorge Lopes, Jorge Luiz

Carvalho e Silva, Jorge Luiz S.A.Oliveira, Jorge Luiz Gouveia Vieira, Jorge Pereira

de Oliveira, José Abílio Dantas, José Arcanjo da Silva, José Armando Soares

Cidaeo, José Baltazar Oliveira, José Benício da Silva, José Branth Fernandes,

José Carlos da Silva, José Carlos C.Paiva, José Celestino de Barros, José Cláudio

Reis Santos, José de Ara újo Co uto, J osé de Matto s Pad ilha, José Francisco Velos o,

José Geraldo Tavares, José Gomes do Couto, José Juvêncio da Silva, José Lopes

da Cunha, José Lopes, José Luiz Pereira, José Maria A.Fernandes, José Maria

M.Tougeiro, José Maria de Souza, José Maroni, José Martins Capetins, José

Meirelles, José Pereira da Silva, José Pereira Lino, José Pinheiro, José Polegário

S.Filho, José Porto, Josc Quintanilha Corte Real. José Regiani, José Roberto

da Silva, José Rodrigues de Azevedo, José Rodrigues de Menezes, Josélio Gomes

de Souza, Josias Vieira, Josué Campanhã, Josué Campos Macedo, Josué Cardoso

dos Reis, Josué de Araújo, Josué Ebenézer S.Soares, Josué Félix da Hora, Josué

Garcia Cerqueira, Josué Rodrigues da Costa, Josué Tavares Pereira, Jota de Souza

Paula, Jovelino Luiz Coelho, Joventino Rodrigues da Silva, Juarez de Castro,

Judson Garcia Bastos, Júlio Botelho Filho, Júlio César Miguel Rangel, Jurandyr

Ferreira Neto, Juveiino Netto Filho.

L

Laudino Marinho da Silveira, Leci Barbosa, Ledir Cindra, Lélio Barros, Licínio

laylor , Lino Evangelino da Frota, I . iodir Barreto de Aguiar , Lourenço Santos

Queirós, Luís Henrique Faria Mendel, Luiz Antônio G.de França, Luiz Antônio

R.Vieira, Luiz Benedito Netto, Luiz Carlos de Carvalho, Luiz Carlos Corrêa

Xavier , Luiz Carlos S.Araújo, Luiz Carlos de Souza, Luiz Eugênio C.dos Santos.

M

Madson Paulo de Carva lho, Mal ton Louzada , Malvino Cor rêa , Mamede Oraca í ,

Manoel Bento da Silva, Manoel da Conceição, Manoel de Almeida Campos,

Manoel de Jesus B.de Melo, Manoel de Jesus Pereira, Manoel Dias de Oliveira,

Manoel Dias Machado, Manoel Rodrigues Cabreira, Manoel Vieira de Menezes,

Marcelino Domingues Netto, Márcio Antunes Vieira, Marcionílio Alves de Souza,

Marcos Alex Peres de Araújo, Marcos Antônio do Nascimento, Marcos de Souza

Kobi, Marilton Barbosa Rocha , Mário dos Santos Couto, Mário Henrique Herdy

Leão, Mário M oraes, M arluiz Stelet da Silva, Maurício Teixeira da Silva, Ma uríüo

Gomes da Silva, Maurílio Moraes, Mauro Israel Moreira, Mauro Robson Eormag-

gini, Max Henrique dos Santos, Maximiro Mariano, Meraci Luiz Freitas, Mércio

dos Santos, Miguel Carvalho de Souza, Milton Gomes Barbosa, Milton Luiz

Ribeiro, Mispcrete Urculino da Silva, Moacir Corrêa dc França, Moacir Pereira

Cardozo, Moacvr Cunha, Moadir de Oliveira Lima, Moisés da Silva Santos,

Moisés Leal, Moisés Pereira Almada, Mood Vieira Martinho, Moysés da Silva

Cunha , Moysés Guimarães .

219.

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N

Nab o r Jo aq u im d a S i lv a , Nad i l Dias Nev es , Narg in o Marc i l a d o s San to s , Na ta -

l in o Co rrêa Grama, Na tan ae l C i rq u e i ra San to s , Na tan ie l Co rd e i ro , Na tan ie l

Fer re i ra Ve lasco , Na th an Fsp er id o n , Neemias d o s San to s Lima , Ne i l d e Ol iv e i ra

Carv a lh o , Né l so n An d ré d o s Re i s , Né l so n d a Mo t ta Re i s , Né l so n Sa lu s t i an o

d e Lima , Nemêzio Fern an d es Carv a l l io , Nemézio San to s , Nery d a S i lv a Camarg o ,

Newto n Bern ard o , Nican o r Fe l i sb in o , Nican o r Jo sé Mar in h e i ro , Ni lo d e So u za

Co elh o , Ni lo Go mes So b r in h o , Ni lo Sérg io Ro d r ig u es Br i to , Ni l so n Bab o d a

S i lv a , Ni l so n Barre to Men d o n ça , Ni l so n Bo rcard d a Fo n seca , Ni l so n C ip r i an o

Bastos,

  Nilson

  Dimárzio,

  Ni l so n d o Amara l Fan in i , Ni lso n Go mes Go d o y , N i l so n

Nobre de Oliveira, Nil ton dc Souza Melo, Nil ton Soares Bell izzi , Nivaldo Antunes

Silva, Nivaldo Aparecido Cavallari , Nogni da Silva Brant , Nolen Gene Pridemore.

O

Ob ad ias Fer re i ra D 'Alcân ta ra , Od i lo n Jo sé d e Almeid a , Oláv io Dias d o s Re i s ,

Olímpio de Carvalho Filho, Olivaldo de Souza Lucena, Oneil de Oliveira Carvalho,

On íc io Jo sé d e J esu s , On ó r io An tô n io d a S i lv a , Oscar d o s San to s , Oscar Maced o

d o s San to s , Osmar So ares , Osmar Ximen es , Oswald o C láu d io Nap o l i ão , Oswald o

Go mes , Oswald o Lu í s Go me s J aco b , Oswald o Re i s d o Am ara l , Otac ian o Lo u ren ço

Go mes , Oth ao Deb erg , Oto n y Fran c i s co d e Far i a , Ozéas Dias Go mes d a S i lv a ,

Ozéas de Alves Baptis ta, Ozéias Ramos de Farias , Ozias Duarte, Ozires da Siiva

M a r q u e s .

P

Pau l in o Fer re i ra Camp o s , Pau lo Barce lo s d a Co s ta Jú n io r , Pau lo Brag a Tav ares ,

Pau lo César d e Ol iv e i ra , Pau lo César Lima Gasp ar , Pau lo César Vie i ra , Pau lo

Cezar Pere i ra Lima , Pau lo d a Ro ch a S ias , Pau lo d e So u za Nu n es , Pau lo Ed u ard o

Gomes Vieira, Paulo Enil ton Baldovv, Paulo José de Landes, Paulo Lopes Pinheiro ,

Paulo Luiz de Oliveira, Paulo Renato P.da Silva, Paulo Sérgio Feijo l l i , Paulo

Sérgio Fonseca, Paulo Zarro de Frei tas , Pedro Alves de Frei tas , Pedro Heitor

d c Far i a , Ped ro Men d es d a S i lv a , Ped ro Oscar M.d a Co s ta , Ped ro Sa lv ad o r d e

Azev ed o , Perg en t in o S .Cab ra l , Po rp h i ro Nu n es Camp o s , P raz íd io Bern ard o .

R

Rab ereo Vie i ra Far i a , Rafae l An tu n es Vie i ra , Rap h ae l Zamb ro t t i , Ra imu n d o

Co rrêa San to s , Ra imu n d o No n a to Bru n o , Rau l Bar re to , Rau l in o Mig u e l d a S i lv a ,

Renato Braga G.da Silva, Renato da Silva Dantas , Roberlan O.Alcântara, Roberto

R .Du ar t e , Ro b er to d a S iiv a Carv a lh o , Ro b er to A.S i lv a , Ro g ér io Jo séT .d e M o ra i s ,.

Ro mes P i res d e Araú jo , Ro meu Macie l d c Azev ed o , Ro mi l to n Go mes R ib e i ro ,

Rô mu lo Ba t i s t a d e J esu s , Ro n a ld o Cab ra l Lo p es , Ro n a ld o Carn e i ro Nasc imen to ,

Ro n a ld o Go mes d e So u za , Ro n em Ro d r ig u es d o Amara l , Ru b e l in o Ig n ác io d a

Cu n h a , Ru b em An tô n io d e Mo u ra , Ru i San to s d e So u za , Ru iv a ld o No lasco ,

Ruy Alves de Carvalho.

2 20

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s

Salvador Mendes de Oliveira, Samuel de Souza, Samuel Leite Fonseca, Samuel

Lima, Saul Valle dc Souza, Saulo Luiz, Sebastião Carlos Baptista , Sebastião

Gomes Sobrinho, Sebastião José de Matos, Sebastião José de Oliveira, Sebastião

José Gomes, Sebas t ião Lopes , Sebas t ião Made ira , Sebas t ião Mar t ins da Mota ,

Sebastião Peixoto Silva, Sebastião Teixeira Santana, Sebastião Xavier Filho, Sérgio

da Fonseca, Sérgio Fernandes da Costa, Sérgio Giacomin, Sérgio Luiz Z.dos

Santos, Scverino Ferreira de Melo, Silas Batista S.Lima, Silas Batista , Silas da

Costa Moreira, Silas Ferreira, Silas Quirino de Carvalho, Silas Ribeiro de Souza,

Silas Rodrigues Verdan, Silvene Corrêa das Flores, Sílvio Martins, Sílvio Rafael

A.Macri, Sinval dos Santos, Sir lei Moreira Dutra, Sócrates Oliveira de Souza,

Stanley John Oliver, Sylas Pimentel.

T

Teodomiro Mendez De lgadi lho .

U

Ueliton Soares de Souza, Uilas Moreira da Silva.

V

Valdemiro Rosa Pereira, Valdir Genaio, Valério S.Gomes, Valter Gomes Pereira,

Vanderlei Gomes Marinho, Vanderlei Machado dc Souza, Vanderly Alves

Marinho, Vanildo Cavalcanti Andrade, Victor Vicente f igueiredo.

W

W agner Her inger , W a lci r Ney de Souza , W a lde l ino de Souza Marques , W a lde -

vino da Silva Teixeira, W aldir José da Silva, W aldir Nunes, W aldir Pinheiro,

W aldir Rocha, W alter Corrê a, W alter da Silva Vieira, Walter Ivantes, W alter

Joaq uim de Mat tos , W a l te r José Rodr igues , W a l ter Luiz Cur ty , W a l te r Santos ,

W a l te r Ve lasco, W a lvique Soares Henr iques , W eston de Azeredo Araújo , W i l l iam

de Souza , W i lson da S i lva Alma da , W i lson Gomes Dutra .

Z

Zamir Corrêa dos Anjos, Zaqueu Matias dos Santos, Zenilzo Alves de Souza,

Zilmar Ferreira Freitas, Zózimo Durval.

221.

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CENTENÁRIO DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CAMPOS

Para comemoração do centenário da Primeira Igreja Batista de Campos,

foi convo cada uma assembléia extraordinári a da Conv enção Batista Fluminen se,

que se realizou no templo daquela igreja, no dia 23 de março dc 1991. O auspi-

c ioso acontec imento fo i ce lebrado com in tensa e va r iada programação.

Às 8h30m, no Cemité r io do Ca ju , houve a v is i tação às sepul turas dos

pas tores Joaquim Fernandes Lessa , Leobino da Rocha Guimarães , João Bar re to

da Silva, Antônio Soares Ferreira, Henrique Queiroz Vieira, Fidélis Morales

Bentancôr, Ruben Coelho dos Santos, Jurandir Gonçalves Rocha, Antônio Coelho

Varella , Virgílio Faria, Gentil C. Faria, Antônio de Souza. Essa foi uma home-

nagem póstuma do campo f luminense àque les obre i ros que tanto de ram ao

traba lho ba t is ta em nosso es tado.

Às 9h30m, foi feita visitação às entidades da denominação sediadas em

Campos. Foram visitados: O Colégio Batista , ali estabelecido desde 1914, a Socie-

dade Patr im onial Batista de Campos, ali sediada desde 1918, o Seminário Teológico

Batista Fluminense, organizado naquela cidade em 1963.

Às llh30m, deu-se a organização do Lar Batista Profa. Élcia Barreto Soares,

que está sediado à Rua Tancredo Neves, 258, Guarus, Campos. É mais uma

ent idade f i lant rópica , de ca rá te r or fanológico . A reunião aconteceu no templo

da Primeira Igreja Batista de Guarus, embora estivesse planejada para a sede

da própria instituição. A chuva que caía sobre a cidade e a grande afluência

de mensageiros de várias partes do estado, porém, f izeram com que houvesse

necessidade de a inauguração ser realizada naquele templo. O programa foi dir i-

gido pelo Pr. Nilson Godoy. O Pr. Gilson Carlos de Souza Santos apresentou

relatório da entidade e o Pr. Geraldo Geremias, presidente da Junta de Bene-

f icênc ia , apresentou a mensagem. Além de cânt icos por um grupo de ór fãos ,

usou da pa lavra o P re fe i to Anthony Matheus , cuja e sposa fo i , por mui tos anos ,

a luna do Colégio Ba t is ta F luminense . A Profa . Geni lda Ter ra , como pres idente

da UFMBP, tem dado grande apoio a e s ta ent idade .

Às 14 horas, foi realizada a sessão solene, no templ o da Prim eira Igreja

Batista de Campos, de que constaram as seguintes partes:

1. A gratidão dos legatários  — Dirigiu essa parte o Pr. Éber Silva. Repre-

sentando as diversas organizações, falaram os seguintes irmãos:

a. O legado deixado às senhoras — Profa, Aildes Pereira Soares, secretária-

-execut iva da União Feminina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense — UFMBF.

b. O legado deixado aos homens — Prof. Levi Silva, secretário-executivo

da União Miss ionár ia Mascul ina Ba t is ta F luminense — UMMBF.

c. O legado deixado à mocidade — Pr. João Marcos Barreto Soares,

secretário-executivo da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro — JUBERJ.

d. O legado deixado aos pastores — Pr. João Batista Paulo Guedes, presi-

dente da Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jane i ro — OPBERJ.

2.   Mensagem:  "A Imor redoura G ra t id ão" — profe r ida pelo P r. Ebenézer

Soares Ferreira, presidente da Convenção Batista Fluminense.

3.   Painel:  — Dirigiu essa parte o Pr. Edgard Barreto Antunes. Os presi-

dentes e executivos das quatro juntas da convenção falaram e os presidentes

222.

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da 27 associaçoes representaram-nas informando o número de igrejas de que

se compõe cada uma .

A música esteve a cargo da Primeira Igreja Batista de Campos, cujo ministro

de música, João Fernandes da Silva Neto, muito se esforçou para abrilhantar

a programação. O hino oficial era de autoria da professora Glória Avelar Campos.

4.   Inauguração do museu e homenagens  — Às I7h30, foram prestadas

homenagens aos pastores que exerceram ministério na Primeira Igreja Batista

dc Campos. Foram homenageados os já f a lec idos , a lém daque les que presentes

estavam à Solenidade — Pr. Raphael Zambrotti, que pastoreou aquela igreja

por mais de dez anos e Pr. Obadias d'Alcântara, que dela é pastor desde novembro

de 1969.

Ao lado do templo, como marco histórico, foi colocada a grande pedra,

lavrada, que servia de soleira ao primeiro templo construído no Brasil. Foram

também inauguradas várias placas com frases alusivas aos pastores referidos.

O museu, inaugurado também naque la ocas ião , já tem impor tantes peças

no seu acervo. Por exemplo, dele faz parte o   cálíee único,  usado na celebração

da Ce ia do Senhor , nos pr imórdios do t r aba lho ba t is ta em Campos.

5.   Segunda sessão solene da Assembléia Extraordinária da CBF  — Às 19

horas, foi realizada a segunda sessão solene daquela assembléia. Após a aber-

tura, o presidente, Pr . Ebenézer Soares Ferreira, passou a direção dos trabalhos

ao Pr . Obadias d 'Alcânta ra , que d i r ig iu todo o r e s tante da programação.

O ponto alto da solenidade foi a mensagem proferida pelo Pr. Fausto Aguiar

de Vasconcelos, presidente da Convenção Batista Brasileira e pastor da Primeira

Igreja Batista do Rio de Janeiro. No final da programação, foi apresentada a

apoteose in t i tu lada "Preparados pa ra um novo tempo" .

223.

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C apí tu lo X V

o s e g r e d o d o c r e s c i m e n t o d o

c a m p o b a t i s t a f l u m i n e n s e

A que se deve o   vertiginoso  c resc imento do campo ba t is ta f luminense?

A resposta , nós a encontramos no l ivro  A.B.Christie, Sendo Pobre Enriqueceu

a Muitos,  de autor ia do autor des ta obra , onde , no capí tu lo XIX, se acham

as pa lavras do própr io miss ionár io Chr is t ie r e spondendo à pe rgunta "Qua l fo i

o segredo de sua obra?". Aqui transcrevemos esse capítulo:

"À diligência e ao dinamismo de Christie se deve o progresso extraordi-

ná r io que o Estado do R io ba t is ta a lcançou em poucos anos . Sempre

impressionados com esse desenvolvimento, anos após anos, os seus colegas missio-

ná r ios e os seus super iores de R ichmond inquir i r am:

— Qual é o segredo de sua obra?

— Ela não é minha obra. O segredo é que ela não é minha e o seu dono

me chamou como mordomo pa ra desenvovê- la .

Em 1951, o Dr . M.Theron R ankin , então sec re tá rio da Junta de R ichm ond,

chamou o Dr. Christie e disse-lhe:

— Estou deveras maravi lhado com o t r aba lho que o i rmão rea l izou no

Estado do R io . É o campo miss ionár io que apresenta ma is f ru tos no mundo.

Poderíamos saber qual o segredo do seu sucesso? Queríamos saber quais os

métodos que adotou. Pode esc reve r i s to pa ra que possamos aprec ia r?

— Bem, posso escrever alguma coisa, mas posso adiantar- lhe que os nossos

métodos foram s imples e não i r ão e spanta r n inguém.

Dias depois, Christie lhe endereçava a carta que segue:

'Corpus Christi, 1? de junho de 1951

Agradeço-lhe sua carta de 15 de maio. Sou-lhe grato pela sua mani-

festação de apreço ao trabalho missionário que tem sido feito no

Estad o do Rio. Apesar de termos tido parte na evangelização do Estado -

do R io , fundando igre ja s e f azendo-as compreender que deviam

sustenta r - se por s i mesmas , nós e s tamos cônsc ios , profundamente

cônsc ios de que os r e sul tados a lcançados não são de nosso p lane ja -

mento e labor lá . A Cristo devemos colocar em primeiro lugar. Ele

disse : "Sem mim nada pode is f aze r" . Devemos conside ra r também

225.

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aque les que nos antecederam n es ta obra . Entram os em seus t r aba lhos

e encontramos um campo fé r t i l .

O miss ionár io S .L.Ginsburg fo i o semeador , A.L.Dunstan doutr inou

as igrejas e D.D.Crosland começou ensinando às igrejas a dependerem

de si mesmas.

O levantamento do liberalismo (1810-1890) começou com a abertura

dos portos e veio culminar com a Independência do Brasil, com a

Abolição da Escravatura, com o estabelecimento da República Brasi-

leira e com a liberdade dos evangélicos dc realizarem sua obra

missionária. Os descendentes de alemães e suíços evangélicos que

haviam imigrado para o Brasil herdaram um espír ito evangélico

também e o número deles era bem considerável no Estado do Rio.

A na tureza do povo no Estado do R io fac i l i tou a promulgação do

evange lho. Era um povo la rgamente rur ícola , amigo, possuindo uma

mente aberta e um espír ito democrático. São fáceis de serem evan

g e l i z a d o s e t ê m - s e t o r n a d o u m e l e m e n t o i m p o r t a n t e p a r a a

evangelização das cidades bem como para o fortalecimento das hostes

ministeriais. O Estado do Rio era um campo fértil e pronto para a

sega quando nós pa ra lá fomos, em   1908.  Entramos no Estado do

Rio com um simples ideal, desprovidos de preconcebidos planos e

métodos .

Havia 11 igrejas com um total de   1400  membros quando chegamos

à  Missão Campista.  Elas eram sustentadas, na sua maioria, por fundo s

miss ionár ios e adminis t r adas por miss ionár ios . Unham os um começo,

porém o número e ra d iminuto em comparação com o campo que

tinha uma população de dois milhões de pessoas para serem evan-

gelizadas, trazidas às igrejas e estas se sentirem côn scias de qu e deviam

sustenta r o seu t r aba lho. Tínhamos uma idé ia , porém não t ínhamos

um plan o de f in i t ivo pa ra seguir. Olh ando os anos idos ve r i f ico agora

que seguíamos pr inc íp ios e de ixamos ao tem po e à s condições de te r-

minarem os mé todos .

Em sua carta V.S. diz que gostaria de obter a fonte ou o dinamismo

que produziu estes resultados das igrejas se sustentarem a si mesmas

e ao seu trabalho. Pois bem, esta sua declaração é uma declaração

também dinâmica e por i sso tenho buscado rode ios pa ra ve r se acho

a resposta.

Eu sabia que nada poderíamos realizar sem Cristo. Nós éramos da

Videira Verdadeira e também a  Lavoura de Deus  e para sermos consis-

tentes com os pr inc íp ios de mordom ia entendemo s que t ínhamos que

produzir o material necessário, recursos para a expansão e manutenção

do t r aba lho. A Mordomia é um fa to , um e te rno pr inc íp io pa ra se r

pra t icado. O r ico e o pobre igua lmente são mordomos. O r ico não

devia ser avarento, mesquinho em auxiliar o pobre e este por sua

vez não devia deitar-se e f icar à espera de que o r ico faça o que ele

pode e deve fazer .

O povo era a fonte e a verdade era a força dinâmica que produzia

igrejas que por si mesmas levavam avante o seu trabalho. O Evan-

ge lho ou o Novo Tes tamento é o encorporamento da ve rdade . Ela

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é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, bem como

a portadora de frutos para aqueles que a conhecem e a praticam.

A verdade, aceita com fé e confiança, é positiva, cr iadora de ideais

e geradora de forças que nos impelem a seguirmos um alvo. Pensa-

mentos negativos produzem somente atitudes negativas. Isto é,

pessimismo que declara que isto ou aquilo não pode ser feito. A

Verdade, porém, é positiva e criadora de pensamentos e atitudes posi-

tivas. Isto é, vitória que declara que o que pode ser feito o será.

Infelizmente a escandalosa voz do pessimismo é ouvida com mais

freqüência que a humilde voz da vitória .

Parece-me que as igrejas em qualquer terra e sob condições regulares

podem ser levadas ao sustento próprio. Não tenho sugestões concer-

nentes aos métodos que devem ser usados. N ossos m étodos  poder iam

ser um fracasso em outras terras ou sob outras condições. Todavia,

mencionarei alguns princípios que eu creio, se forem entendidos, reco-

nhecidos, ensinados e seguidos, serão guias f iéis para a edif icação

de igrejas genuinamente nco-testamentárias e para levá-las a se susten-

tarem a si mesmas:

1 . O princípio da autonomia  — Uma igre ja autôn oma não reconhece

autor idade humana fora de s i mesma nem de qua lquer organização

dentro de seu seio. Tem-se dito que um missionário não gostou de

trabalhar com igrejas que se mantinham a si mesmas. Sim, ele dizia

que uma vez que o auxílio f inanceiro cessou, ele perdeu o controle

que tinha sobre elas. Talvez muitas igrejas sintam que cias só chegam

à comple ta autonomia quando e la s são capazes de se sus tenta rem.

2.   O princípio da democracia  — Em relação a Deus uma igreja é

uma teoc rac ia , porém, em re lação à sua comunidade é uma demo-

cracia. Sua lei é a vontade de Deus. Sua responsabilidade é cumprir

com suas obr igações pa ra com Deus , pa ra cons igo mesma e pa ra

com o mundo. A igreja deve ser uma democracia em ação na qual

os membros conheçam e de fendam seus d i re i tos , empreguem seus

var iados dons pa ra o bem de tudo e cumpram suas obr igações f inan-

ceiras de acordo com suas prosperidades. Uma igreja dessa natureza

es tá no caminho do sus tento própr io .

3.  O princípio da mordomia  — Este é um eterno princípio, nã o uma

teor ia . É um fa to pa ra se r pra t icado. Nos a lbores do t r aba lho da

Missão Campista  o dízimo foi ensin ado com o obediência à Lei e isso

causou confusão e ce r ta d i f iculdade . Com es te e r ro cor r ig ido, logo

achamo s que o d íz imo, como um a expressão voluntá r ia e como prova

de mordomia e ra o ma is r ápido caminho pa ra a t ingi rmos ao sus tento

própr io .

4.   O princípio da cooperação  — Cooperação não é de uma lado só .

As igre ja s cooperam com o miss ionár io e o miss ionár io coopera com-

as igrejas e asim ambos são trabalhadores com Deus. Foi nesta base

que nós nos organizamos. A Convenção Estadua l e legia uma Junta

Executiva, a qual, por seu turno, elegia um dos seus pastores como

secretário-correspondente e o missionário como secretário-tesoureiro.

Unhamos duas fontes : uma da Fore ign Miss ion Board e outra das

227.

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igrejas. Nós reuníamos os nossos fund os e distr ibuíam os on de houvesse

mais necess idade . Es te p lano v ingou sa t is fa tor iamente . À proporção

que as contr ibuições das igre ja s aumentavam as apropr iações da

Foreign Mission Board decresciam. E igrejas se tornavam financei-

ramente independentes .

Tenho dado muitas voltas como se tivesse em torno de círculos, mistu-

rando métodos com pr inc íp ios , amar rando-me a mim mesmo com

nó e estou de volta onde comecei. Eu não achei uma resposta defi-

nitiva quanto ao que se refere à fonte ou ao dínamo que produziu

resul tados das a t iv idades do t r aba lho miss ionár io e dos nac iona is

do Estado do R io . Pa rece -me que mui tos f a tores concor re ram para

gerá-los. De uma coisa eu tenho certeza: O trabalho do Estado do

Rio fez muito mais por mim do que eu por ele.

Como o trabalho cresceu, eu tive que crescer com ele. De outro modo

eu teria sido deixado fora do movimento, do progresso, ao longo

da estrada ou teria desaparecido antes do meu tempo.

Agraceço- lhe pe la bomba que lançou sobre mim.

Ela quase me acordou. . .

Sinceramente seu,

A.B.Christie".

Por esta carta o leitor deverá ter verif icado o espír ito de humildade de

Christie , a sua elevada noção do que é uma igreja de Cristo e o seu   humor.

Qual o segredo da obra de Christie? Ele o disse: CRISTO

228.

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e p í l o g o

"Ainda há muita terra para se possuir ." Foi este o  slogan  com que a Junta

de Missões Nac iona is desenvolveu uma campanha , no tempo em que o grande

missionário L.M.Bratcher era seu secretário-executivo.

Olhand o, hoje , pa ra o campo ba t is ta f luminense , r ecordando a sua h is tór ia

centenária, revivendo os fatos que nela estão encerrados, reconhecemos que,

a despeito do progresso alcançado pelas igrejas batistas em nosso estado, há

ainda muito o que ser feito para que se possa ver cumprida a missão que o

Senhor nos ent regou. Conf iamos que es ta ge ração es te ja prepa rada pa ra lega r

aos porvindores um incomensuráve l pa t r im ônio m ora l , in te lec tua l, soc ia l e e spi-

r i tua l , a f im de que , quando for comemorado o segundo centená r io da obra

batista neste estado, saiba-se que a bandeira içada, pelos servos de Deus no

passado, anunc iando o evange lho, nunca fo i enrolada , mas e rguida em todas

as cidades, vilas, vilarejos e fazendas do nosso querido torrão natal.

A   História dos Batistas Fluminenses, aqui acabada de ser na r rada , mostra -

-se resultante em progresso, desenvolvimento, crescimento. Reconhecia essa verdade

o Dr. Everett Gill Jr . , quando, em 1955, sendo o secretário da Junta de Rich-

mond, escreveu:

"Todos os miss ionár ios r econhecem que um a das ma is notáve is h is tó-

r ias das missões modernas tem sido escrita no Estado do Rio de

J a n e i r o " .

( l )

Diversos fatores influíram nessa história:

\ .FUNDAMENTOS  — Foram princípios, não regras. Porq ue princípios

são eternos; regras são passageiras. O crescimento do trabalho batista em nosso

estado deveu-se aos fundamentos que, pelos implantadores da obra, foram postos

— fundamentos b íb l icos , or todoxos , doutr iná r ios . Esc revendo à Junta de R ich-

mond, A.R.Crabtree declarava, em 1922:

"O Estado do R io , cuja capi ta l é Ni te ró i , é r econhec ido como um

dos ma is bem organizados campos miss ionár ios do pa ís . Es te campo

tem s ido sempre abençoado com uma l ide rança sábia e consagrada .

Os p ione iros lança ram os  fundamentos  e seus sucessores têm sido

suf ic ientemente in te l igentes cons t ru indo sobre e sses fund ament os ." '

2

'

229.

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2.DISCIPLINA ECLESIÁSTICA  — Outro fa tor que tem contr ibuído pa ra

o crescimento do trabalho batista em solo f luminense é a   disciplina eclesiástica.

O Dr. Lester Bell, em seu livro  W hat Way in Brazil?,  a f i rma que :

". . . a disciplina eclesiástica é responsável pela pureza da membresia

entre as igrejas batistas brasileiras e isso ajuda a explicar o sucesso

de seus e sforços ." '

3

'

>  3. LIBERALIDADE  — Reconhecemos, também, que outro f a tor que mui to

tem contr ibuído pa ra o desenvolvimento da obra no campo f luminense tem s ido

a  liberalidade  com que os c rentes têm contr ibuído pa ra a Causa . F .M.Edwards

a f i rma :

"Duvido que ha ja igre ja , na Amér ica , que demonstre ma is l ibe ra -

l idade , e spec ia lmente em comparação com a s i tuação f inance i ra de

seus membros ." '

4

'

A. COLÉGIO BATISTA FLUMINENSE  — Elemen to de grande contr ibuição

na h is tór ia progressis ta do campo ba t is ta f luminense fo i , sem dúvida , o   Colégio

Batista Fluminense.  Por ele têm pass ado centena s e mais centenas de alunos

que ali se sentiram despertados para serem evangelistas, professores, pastores,

missionários, esposas de pastores. Ele é, realmente, "uma colméia de grandes

obre i ros e pas tores" , como a f i rmou o então d 'O   Jornal Batista,  Dr. José dos

Reis Pereira.

5.AMOR SACRIFICIAL  — Finalme nte, fator prepo ndera nte no cresci-

mento da obra do Senhor em plagas f luminenses tem s ido o   amor, o grande

amor, o amor sacrificial  demonstrado pelos crentes em fazer discípulos do Senhor

Jesus. Em seu REPORT à Richmond, o missionário A.B.Christie , em 1910, decla-

rava:

"A Igreja Batista do Sana, que tem pouco mais de um ano de orga-

nizada [foi organizada em 28 de setembro de 1908, com 60 membros] ,

foi a que apresentou maior crescimento. Batizaram-se mais de cem

pessoas durante o ano e uma de suas congregações foi organizada

em igre ja com mais de cem membros ." '

5

'

Realmente, os obreiros, quer missionários, quer nacionais, estavam imbu-

ídos de grande amor à Causa , d ispos tos aos ma iores sac r i f íc ios . Joaquim

Fernandes Lessa narra que uma senhora doente viajava a pé, muitas léguas, para

ir à igreja e ser doutrin ada. Crentes saíam, com sol ou chuv a, às vezes mal alimen-

tados , ma l dormidos , mas d ispos tos a e spa lha r o maravi lhoso evange lho que

os salvou, enfrentando, algumas vezes, até perseguições. É o mesmo l^essa quem

nar ra :

"Numa nota n '0 ESCUDEIRO BATISTA, de abr i l , o pas tor Joaquim

Coelho diz que, em 1911, viajou 885 léguas, realizou 292 conferên-

cias, visitou 969 famílias e realizou 76 batismos. Obreiros desta

qua l idade são os que têm dado ve rdade iro impulso ao campo. . . " '

6

'

Li, algures, que, após sua ascenção aos céus, Jesus foi procurado pelo

arcanjo Gabriel, travando-se entre eles o seguinte diálogo:

— Senhor, tu morreste na cruz para salvar os homens. Conseguiste que

muitos cressem em ti?

230.

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— Consegui alguns poueos seguidores na Galiléia.

— E qua l é o teu p lano pa ra ganhar o mundo?

— Confiei àqueles que me seguiram a missão de pregar a todos a minha

mensagem.

— Suponhamos que, lá pelo Século XX, aqueles que te aceitaram como

Salvador estejam tão ocupados com suas tantas atividades, que deixem de propagar

a tua mensagem sa lvadora . . .

— Já disse, Gabriel, que não tenho outro plano senão este, confiado aos

que me seguirem.

— Mas, suponhamos, tornou o anjo Gabr ie l , que e le s de ixem de cumpr i r

a missão que tu lhes confiaste. . .

— Gabriel, respon deu Jesus, eu só tenh o este plano Se eles falhare m,

então , o meu plano fa lha rá

Esse diálogo deve lembrar aos crentes o desafio divino. Cristo confiou à

sua igreja a missão de levar ao mundo a sua mensagem salvadora. Nós, os crentes,

devemos ter em conta que Cristo depende da nossa cooperação para a salvação

dos perdid os. Urge, pois, que cad a crente se conscientize dessa realidade, vivendo,

te s temunhando, pregando a sua exper iênc ia pessoa l com Cr is to Jesus .

E, agora, por remate, o nosso apelo em oração:

I rmãos ba t is ta s f luminenses ,

curvemo-nos d iante d o santo a l ta r d iv ino e a l i co loquem os o incenso pe r fu-

mado de nossa s ince ra gra t idão, a obla ta dc nosso amor . Consagremo-nos ma is

a inda ao Senhor P rotes temos- lhe o nosso amor , a nossa f é , o nosso louvor

Que nossos olhos estejam abertos para verem as almas perdidas. Que nossos

pés e s te jam preparados pa ra buscá - la s , como os pés formosos dos que anunc iam

a paz e a salvação. Que nossas mãos estejam estendidas em gratidão, cheias

de amor para abençoar os carentes, os órfãos, as viúvas, os marginalizados.

Que nossos ouvidos estejam abertos para ouvir o clamor do necessitado, do

perdido no pecado e pa ra ouvir a s ordens do nosso Mestre . Que nosso coração

transborde de alegria e paz; e que nunca se apague nele a chama que se acendeu

na p i ra santa da comunhão com o Senhor .

Ó Senhor, a ti rendemos mil graças. Ó Senhor, agradecemos-te pelos santos

se rvos teus que a judaram na const rução desse monumento espi r i tua l que é o

coração do povo batista brasileiro.

Aqui depositamos, de joelhos, a teus pés, a nossa imorredoura gratidão.

A M É M .

231.

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n o t a s e c i t a ç õ e s

Introdução

( 1 ) M o u r ã o , D . H . E .  O Primeiro Decênio d a Diocese de Campos;  1924-1934.

Niterói, Escolas Profissionais Salesianas, 1934, p. 12.

(2) Idem, p . 13 .

Capí tu lo I —   P R I M Ó R D I O S D O E V A N G E L H O N O B R A S I L

Uma Grande Porta É Aberta

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.   Subsídios Para a História dos Batistas do Campo

Fluminense.  Obr a inédita , p. 16.

( 2 ) H a r r i n s o n , H . B .  Os Bagbys do Brasil.  R io de Jane i ro , Junta de Educação

Religiosa e Publicações da CBB, 1987, p.47.

( 3 ) M a u r e r J r ., T h . H .  Cristianismo.  Io. trime stre, 1962, p. 4.

Capítulo II — PERÍODOS DE ASSENTAMENTO DA OBRA BATISTA

(1891-1892)

Início do Trabalho Batista

(1) Silvestre, H.  Aspectos Antopográficos do Rio Paraíba do Sul.  Jorna l do

Comércio, 23 de março de 1934  apud  Lamego, A.B .  O homem e o brejo.

2a. ed. Rio de Janeiro, Ed. Lidador, 1974, p. 192.

(2 ) S ique ira, W . Momento Cultural.  Campos, Depar tam ento de Cul tura da Pre fei -

tura, 1970, no. 2.

Um Grande Apelo

(1) Lessa, J. F. e Christie , A.B.  op. cit.,  p. 16

Organização da Igreja Batista em Campos

(1) Transcrevemos, do primeiro livro de atas da Primeira Igreja Batista do Rio

de Janeiro, a ata de número 132, que foi lavrada à página 50 do livro mencio-

nado, onde se lê sobre a transferência ou carta demissória concedida aos

i rmãos c i tados aba ixo pa ra se organiza rem em igre ja , em Campos.

"N o dia 24 de fevereiro de 1891, às oito e meia horas, da n oite , estan do

reunida a igreja, o irmão moderador, depois de ler uma parte das

Escrituras Sagradas, cantar-se um hino e fazer-se oração, d eclara aberta

a sessão . Não havendo candida tos ao ba t ismo passou-se à le i tura

das atas das duas sessões anteriores, as quais foram aprovadas. O

233.

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i rmão mod erador pa r t ic ipa à igre ja que os i rmãos Dom ingos Joaquim

de Oliveira, Anna Francisca de Oliveira, Anna de Oliveira, João

Bernardino Manhães , Cor ina Mar ia Manhães , Roza l ina Manhães ,

Antônio Assenço, Júlia de Oliveira Santiago e Amélia Reis, residentes

na cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, pedem suas

cartas demissórias desta igreja. Unanimimente lhes concedeu suas

cartas . . .

Sec re tá r io : João Antônio de Ávi la" .

(2) Lessa, J.F'. e Christie, A.B.

  op.cit.,

  p. 17.

Capítulo III — PERÍODO DE GRANDE ATIVIDADE EVANGELÍSTICA

(1893-1900)

Pastorado de Salomão Ginsburg

Conversão de Joaquim Fernandes Lessa

(1) Ginsburg,- S.L.  Um Judeu Errante no Brasil.  Rio de Janeiro, Casa Publi-

cadora Batista , 1932. Trad: Manoel Avelino de Souza.

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit . ,

  p. 20-21.

Jornal As Boas-N ovas

(1) No pr ime iro número de "As Boas-Novas" , que ve io a lume no d ia 15 de

março de 1894, o redator coloca o ideal do mesmo: "A modesta publicação

que hoje, pela primeira vez, damos à luz, deseja ser o que seu nome indica

— um mensageiro de boas-novas, neste vale de lágrimas e tr istezas. Dese-

jamos, unidos em coro angélico, proclamar a todos os brasileiros: Glória

a Deus nas a l turas , paz na te r ra , boa vontade pa ra com os homens" .

Na t ipogra f ia onde impr imia o jorna l "As Boas-Novas" , Sa lomão Ginsburg

publ icou, em 1898, a sé t ima edição do "Cantor Cr is tão" , com 210 hinos .

Nesta tipografia Salomão publicava ainda folhetos evangélicos e de polê-

mica, alguns de sua autoria e outros de autoria de A.F. Campos.

(2)Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 23.

(3) Pereira, J.R.  História dos Batistas no Brasil.  Rio de Janeiro, Junta de Educação

Religiosa e Publicações da CBB, 1982, p. 37.

(4) Crabtree , A.R .  História dos Batistas do Brasil.  Rio de Janeiro, Casa Publi-

cadora Batista, 1936. Vol. I, p. 113-114.

Primeira Escola Diária

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 29.

Escola Noturna

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 27.

Escola Industrial

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.   opxi t . ,  p. 66.

( 2 ) M e s q u i t a , A . N .  História dos Batistas do Brasil; 1907-1935. Rio de Janeiro,

Casa Publicadora Batista , 1940. Vol. II , p. 106.

"Em janeiro de 1920, depois das férias, encontrava-se o casal Terry em

Corrente para dar andamento ao plano, e em janeiro de 1922 era aberto

o Instituto Batista Industr ial, que tão relevantes serviços tem prestado à deno-

minação."

Perseguições em São Fidélis

(1) Ginsburg , S .L.  op.cit.,  p. 101-111.

234.

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Perseguições em Macaé

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 45.

(2) Idem, p. 45-46.

(3) Idem, p. 46.

Oposição do Clero

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit . ,  p. 29-30.

Lançamento da Pedra Fundamental do Primeiro Templo Batista do Brasil

(1) "Em 24 dc junho de 1883, com a presença do Imperador, Campos é a primeira

cidade da América do sul a inaugurar a luz elétr ica".

Lamego, A.R .  O Homem e o Brejo.  2a. ed. Rio de Janeiro, Editora Lidador,

1974, p. 192.

(2)A Gazela do Povo.  Cam pos , 22 de abril de 1897.

(3) Feydit, J.  Subsídios Para a História dos Campos dos Goytaeazes.  Rio de

Janeiro, Esquilo, 1979, p. 471-472.

O Clero Católico Romano Reage Contra a Construção do Templo Batista

( 1 ) Monitor Campista,  22 de dezem bro de 1897.

( 2 ) G i n s b u r g , S . L ,  op.cit„  p. 100-101.

Inauguração do Primeiro Templo Contruído no Brasil

( 1 ) Segundo Distrito.  Cam pos , 22 de abril de 1898.

(2)"Sa tanás mudou provisor iamente o seu campo de ação de Macaé pa ra

Campo s. Em 1898 mesmo, os ba t is ta s começaram a r eceber ca r tas anônim as

te r r ive lmente ameaçadoras , f ru to puramente je suí tico . E não demorou mui to

a reação, pois em dezembro desse mesmo ano os jesuítas f izeram passar

uma proc issão em f rente ao templo evangé l ico e pa rando o apedre ja ram.

Este procedimento dos ca tó l icos ext remados mereceu jus ta s r ec r iminações

do sensa to povo campis ta e da imprensa loca l . Como meio de se jus t i f ica r

os je suí ta s começaram a propa la r que o apedre jamento e ra o r e sul tado dos

evangélicos pretenderem atacar a igreja de Santa Efigênia que f ica situada

per to da Igre ja Ba t is ta . Como desment indo a uma tão grande a le ivos ia o

templo evangélico começou a se encher de ouvintes novos e atentos e almas

a se converterem". Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 40-41.

Os Bravos Colportores

(1) As Boas-Novas,  1898.

(2 ) "Du rante quase t r ê s séculos depois que os europeus descobr i r am o novo

mundo, a B íbl ia e ra quase desconhec ida na Amér ica La t ina . A dis t r ibuição

de Bíblias havia sido proibida nas colônias por decreto do Papa e do Rei.

A Igre ja Ca tól ica Romana se propunha a mante r a Amér ica La t ina l ivre

d o  veneno  da Reform a , e a Inquis ição apoiava es te propósi to" . Read, R .W . ,

M o n t e r r os , W . M . e J o h n s o n , H . A .  Avance Evangélico en la América Latina.

2a. ed.  s/l,  Ermans Company, 1971, p. 17.

(3) Glass, F.C.  Through the Heart of Brazil.  London, The South Amer ican Evan-

gelical Mission, 1906,  apud  R e a d , W . R .  et allii Avance Evangélico en la

América Latina.  El Paso, Casa Bautista de Publicacion es, 1971, p. 18.

Capítulo IV — PERTURBAÇÕES INTERNAS

A Questão A.F. Campos

(1) Souza , H.  Cyclo Áureo;  His tór ia do 'P r ime iro Centená r io de Campos, s / l ,

Artes Gráficas da Escola de Aprendizes e Artíf ices, 1935, p. 205.

235.

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( 2 ) Moni tor Campis ta .  Cam pos , 20 de janei ro de 1903.

( 3 ) B r a t c h e r , L . M .  Francisco Fulgêncio Soren; Intérprete de Cristo em muitas

terras. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações da CBB,

1985, p. 55.

( 4 ) Monitor Campista . Cam pos , 07 de dezemb ro de 1903.

(5 ) Mudando-se de Cam pos, fo i o ex-pas tor A.F .Campos pa ra São Paulo e c riou

o Mixórdia Protestante  com que comba tia os crentes. Escreveu tamb ém livros

contra os mesmos e abr iu uma lo ja onde vendia imagens e sant inhos . . .

( 6 ) S o u z a , H o r á c i o .

  op.cit.,

  p. 208.

Horác io de Souza comenta o episódio ocor r ido na Igre ja Ba tis ta de Campo s

quando da dissidência e interpreta eom um sentimento nativista . Chega até a

enxertar a expressão O SEU PROTECTORADO ao texto escrito pelo secretário

Antônio Maia e publ icado em Moni tor Campis ta . Ele a ss im se expressa :

"Os missionários estrangeiros desenvolveram tal sagacidade e empre-

ga ram métodos tão a s tuc iosos que , dois meses após , conseguiram

abafar maneirosamente aqueles gritos de nativismo, pelo que se depre-

ende da Dec la ração publ icada em 7 de dezembro. . . "

Horácio de Souza era um espír ito muito intolerante. Sempre atacava os crentes

pe los jorna is . Joaquim F . Lessa r eba t ia todos os seus a taques usando como t í tu lo

de seus artigos  Os Batistas Acusados.

Capítulo V — MISSÃO NO RIO

Organização da Primeira Igreja Batista de Niterói

( 1 )  Azevedo, I .B.  et allii  Coluna e Firmeza da Verdade; História da Primeira

Igreja Batista do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Primeira Igreja Batista

do Rio de Janeiro, 1988, Vol. I, p. 32.

(2) Crabtree , A.R .

  op.cit.,

  p. 169.

A Igreja É Dissolvida

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 356.

Segunda Organização da Igreja

(1) Azevedo, I .B.  et allii op. cit.,  p. 47.

( 2 ) I d e m , i b i d e m

( 3 ) M e i n ,  D. et allii  O que Deus Tem Feito.  Rio de Janeiro, Junta de Educação

Religiosa e Publicações da CBB, 1982, p. 33.

Igreja Metodista e Seu Pastor Tornam-se Batistas

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 25-26

Capítulo VI — PERÍODO DE REAJUSTAMENTO, SOLIDIFICAÇÃO DO

T R A B A L H O E D E G R A N D E S P E R S E G U I Ç Õ E S

Ordenação de Dois Grandes Obreiros

(1) Ferreira, E.S.  A.B. C hristie, Sendo Pob re Enriqueceu a Muitos.  2a. ed. Rio

de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1959, p. 52.

Perseguições em Niterói

(1) O Pr. Florentino Rodrigues da Silva foi perseguido em Macaé, São Fidélis,

em Niterói e outros lugares. Conta Tarsier que ele foi perseguido também

236.

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em Cesário Alvin, município de Silva Jardim. Diz ele: "Ainda no mesmo

mês do m esmo ano (era fevereiro de 1904), o Pr. Florentino Ferreira da Silva,

estava a servir em Cesário Alvin, foi acometido p or mais de oitocentas pessoas.

Foram esbordoados vá r ios c rentes , ent re outros o oc togenár io Joaquim de

Mendonça. Os evangélicos tiveram que retirar-se com prejuízos avultados".

Tarsier, P. História das Perseguições Religiosas no Brasil.  São Paulo, Cultura

Moderna, 1936, Tomo I , p. 204-205.

Perseguições em Campos

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 89-90.

Também Bagby fo i pe r seguido em Campos no luga r denominado Gur i r i .

O ataque ao missionário era chefiado pelo Sr. José Rodrigues. Isso ocorreu

em 1890.

Perseguições em Aperibé

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  op.cit.,  p. 93.

Manoel Nunes Saraiva, um mártir do evangelho

(1) Crabtree, A.R.  História dos Batistas do Brasil.  Rio de Janeiro, Casa Publi-

cadora Batista , 1937, p. 293.

(2) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 77.

(3) Segundo informação do irmão Alcides de Oliveira Quintanilha, os perse-

guidores e s t ive ram também na casa do i rmão Albe r to Santa rém onde

quebra ram tudo.

(4) Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 89.

(5) Idem, p. 95.

(6) Idem, ibidem.

(7) Houve em nosso estado muitos crentes que perderam até seus haveres por

causa das perseguições:

"Um nome que nes te e sboço h is tór ico não deve f ica r no o lv ido é

o de Alfredo Ramos, de Macaé, pois ele não foi só o principal elemento

no levantamento do t r aba lho de Jesus naque la c idade , como também

um dos que se mostraram mais pacientes e mais abnegados a favor

do evange lho. Um dos fu ndado res da igre ja em Macaé , e con sagrado

diácono, viu a sua primeira esposa falecer sem lhe poder dar o rela-

tivo conforto, pois havia perdido todos os seus haveres com as

perseguições. Finalmente veio a falecer naquela cidade às três e meia

da manhã do dia 26 de maio de 1907, dando o mais edif icante teste-

munho da sua fé em Jesus" .

Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit . ,

  p. 94.

(8) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 89.

(9) Crabtree, A.R.

  op.cit . ,

  p. 296.

Organização da Associação Batista Fluminense

(1)  O Jornal Batista,  24 de janei ro de 1907.

Organização do Hospital Batista

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  opxi t . ,  p. 252-253.

(2) Souza , M.A.  O Escudeiro Batista,  15 de jun ho de 1946.

Campanha de Combate ao Fumo

(1) Souza, A.S.  Da Aurora ao Pôr-do-Sol.  Rio de Janeiro, Edição do Autor,

1973, p. 20.

237.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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(2) João Caetano de Oliveira, pai do Dr. Celso de Oliviera, foi um grande cons-

t ru tor de templos . O de Aper ibé , cons t ru ído por e le há mui ta s décadas é

um dos mais belos para aquela época. Em discurso pronunciado em 18 de

julho de 1946, fazendo um retrospecto histórico da Igreja Batista de Pádua,

que pode-se dizer nasceu na casa de seu pai, no lugar denominado Vargem

da Mot ta, no interio r de Pádu a, ele destaca o seguinte: ' 'A primeira iniciativa

que tomamos foi exterminar o vício do fumo, vício este muito natural entre

os crentes daquela época. Talvez seja isso irr isório para nós atualmente, mas

igreja alguma havia tomado tal iniciativa. Muitas lutas tivemos para irmos

adiante com es ta campanh a e , (pa rece ment i r a ), fom os ameaçados de pe rde r

a fraternidade com outras igrejas. Cabe, portanto, a esta igreja a honra de

ser a eliminadora deste f lagelo em nossas igrejas com a ajuda de Deus, isto

em 1907".

Foram, r ea lmente , os ba t is ta s os que pr ime iro começaram a campanha ant i -

tabagis ta . O médico , Dr. Joaqui m N .Paranag uá , e sc reveu um opúsculo sobre

os malefícios do fumo que teve larga divulgação. Mais tarde surgiram outros

grupos de fendendo a campanha ant i tabagis ta . No Ceará houve um senhor

que e ra um grande comba tente contra o fum o. Ele c r iou a soc iedade chamad a

Barreira Contra os Vícios,  cuja sigla BACOVI era muito conh ecida no nordeste.

Escreveu até um livro com o título  Barreira Contra os Vícios.  Atacava mui to

o uso do fumo.

(3)   Lessa,  J.F. e Christie,  A.B. op. cit.,  p.  86

(4) Ferreira, E.S.  Educação M oral e Cívica.  4a. ed. Rio de Janeiro, Junta de

Educação Religiosa e Publicações da CBB, 1974, p. 160.

Usados por Deus Tais Como Eram

(1) O Pr. José da Silva Lóta era homem de pouca s letras, mas realizou, no entanto,

com amor e dedicação, o trabalho do Senhor. Em 1915, ele já se encontrava

no Sana, município de Macaé, como evangelista e , nessa condição, trabalhou

nessa igreja e em outra, até 18 de junho de 1927, quando foi ordenado ao

Minis té r io Sagrado. Pas toreou pr ime iram ente a Igre ja de Taquarussus , depois

a P r ime ira de Cachoe iras de Macacu, Banane iras , Cor rentezas , Imbaú e , por

fim, a 2?. de Cachoeiras de Macacu. Desejamos ressaltar , aqui, o fato de

um filho ter se tornado pastor (Marcílio Kepler Lóta) e de outros descen-

dentes terem vindo a se destacar na obra do Senhor. Três netos são pastores:

Diné R . Lóta (miss ionár io a Por tuga l) , Hudson Ga ldino da S i lva , Rubem

Clêniton Lóta. O neto Urgel Russi Lóta é Ministro de Música da Igreja Batista

da Penha, São Paulo. A neta Marilene Teli Frederico da Silva é casada com

o Pr. Juraci Rodrigues da Silva, e a neta Meacir Carolina Frederico Coelho

é casada com o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, que é o Diretor da Facul-

dade Teológica Batista de Brasília .

C a p ít u lo V I I — P E R Í O D O D E O R G A N I Z A Ç Ã O D E V Á R I A S E N T I D A D E S

E C O O P E R A Ç Ã O

Perseguições em Friburgo

(1) O Friburguense,  20 de agosto de 1908.

(2) Ixssa, J.E e Christie , A.B.

  op.cit . ,

  p. 104-107.

238.

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A Missão Campista Abre Trabalho em Minas Gerais

(1) "Mesmo na sua morte, quiseram negar ao missionário Daniel Franklin Cros-

land a sepultura, pois o cemitério onde deveria ser enterrado era controlado

pela Igreja Católica Apostólica Romana e o vigário se opunha ao sepulta-

mento. Foi preciso que sua digna esposa e leal companheira interferisse e

depois de longo diálogo com o vigário conseguiu sua anuência para o sepul-

tame nto, sem aquelas enco men das e outra s exigências religiosas. Na época

era o único túmulo que não tinha a cruz de madeira ou de outro material

qualquer, mas simplesmente um a lápide eom o seguinte trecho bíblico: (II T im.

4:7) "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". Bastos Júnior,

J.C.  Lineamentos da História dos Batistas no Estado de Goiás.  Anápol is ,

ed. do autor, 1988, p. 75,

(2) Assis, Ader A.  Pioneirismo e Neopioneirismo.  Be lo Hor izonte , Convenção

Batista Mineira, 1989, p. 24-25.

Junta Estadual

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  op.cit.,  p. 206.

Os Batistas Fluminenses e Seus Jornais

(1)  O Escudeiro Batista,  1? de janei ro de 1904.

(2) Houve, por duas vezes, proposta na assembléia convencional, para mudança

do nome de  O Escudeiro Batista  pa ra  O Batista Fluminense.  Na Convenção

realizada em Petrópolis, em 1945, a assembléia aprovou a mudança, mas

os líderes, depois, sentiram que não se devia mudar o nome e não levaram

a efeito o que fora votado e deram explicações em outra assembléia conven-

cional.

O Trabalho Feminino

(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 44-45.

(2) Em 1925 foi organizada a primeira Sociedade de Moças, em Cacimbas, por

D. Anita Soares, esposa do Pr. Antônio Soares Ferreira.  O Escudeiro Batista,

22 de junho de 1941, p. 5.

A Obra Educacional dos Batistas Fluminenses

(1) "Três qua r ta s pa r te s da população da ma ior ia dos pa íses da Amér ica La t ina

eram analfabetos em 1900. As escolas evangélicas haviam servido como instru-

mentos para eliminar o preconceito contra os evangélicos, os quais defendiam

a causa da liberdade religiosa. . . . estas escolas foram exemplo de métodos

de educação mais modernos e excelentes e , freqüentemente, foram usados

como m ode los pa ra novos programas públ icos de educação" . Read, R .W .

M o n t e r r o s, W . M . e J o h n s o n , H . A .  Avance Evangélico en la América Latina.

2a. ed. Erdmans Company, 1971, p. 19.

(2) O Movimento pró  escola-anexa  se estendeu por grand e parte do Brasil. Xavier

Assum pção dec la rou que o miss ionár io "A.B . D e te r t inha a mania da e scola -

anexa . . . " Ele fo i miss ioná r io no Estado do R io de Jane i ro e do Pa raná .

Assumpção, Xavie r .  Pequena História dos Batistas no Paraná.  Cur i t iba ,

Editora Lítero-Técnica, 1976, p. 195.

(3) Lessa, J.F. e Christie , A.B.   op.cit.,  p. 116-117.

(4) Idem, p. 131-133.

(5 )  O Jornal Batista,  15 de setemb ro de 1955.

(6) Idem, 26 de julho de 1970.

239.

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(7) Ferreira, E.S.  A.B. Christie, Sendo Pobre Enriqueceu a Muitos.  2a. ed. Rio

de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1959, p. 138-139.

(8 )  O Escudeiro Batista,  setembro de 1961.

Integração de Igrejas Dissidentes

(1) Lessa, J.E e Christie , A.B.  op.cit . ,  p. 156-157.

Sociedade Patrimonial Batista

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.

  op.cit . ,

  p. 168.

(2) Idem, p. 165.

(3) Mesqui ta , A.N.

  op.cit.

  p. 316.

D. Anna Christie, o Trabalho com as Senhoras e com o Colégio Batista Fluminense

(1) Ferreira, E.S.  op.cit.,  p. 154-155.

Campanha Para Reorganização do Trabalho

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  op.cit., p. 176.

A s s i s t i u à P e r s e g u i ç ã o a o M i s s i o n á r i o S a l o m ã o G i n s b u r g

(1) Oscar, João.  Apontamentos para a História de São João da Barra.  Teresó-

polis, Mihigráfica Ed., 1976, p. 61-62.

(2) Ginsburg , Sa lomão,  op.cit.,  p. 167.

Capítulo VIII — PERÍODO DE PROGRESSO FINANCEIRO, NO PRICÍPIO,

E D E D E P R E S S Ã O F I N A N C E I R A , N O F I N A L , C O M O

REFLEXO DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)

A Coragem dos Bravos Missionários

(1)  O Escudeiro Batista,  agosto de 1914.

(2) Ferreira, E.S.

  op.cit.,

  p. 80.

Construção de Templos Maiores na Década de 20

(1) Nas décadas de 50 e 60 as igrejas sentiram que precisavam construir templos

bem maiores . Foi a Segunda Igre ja de Campos a pr ime ira a cons t ru i r um

grande templo que fo i inaugurado com a rea l ização da Convenção Ba t is ta

Brasileira, em janeiro de 1951. Depois vieram as construções dos templos

da P r ime ira de Ni te ró i , P r ime ira de São Gonça lo , P r ime ira de Campos,

Pr ime ira de Ni lópol is , P r ime ira de Alcânta ra , P r ime ira de Caxias , P r ime ira

de São João de Mer i t i e P r ime ira de I tape runa . Hoje , embora se jam espa -

çosos, nenhum deles é suficiente para as reuniões de nossas assembléias

convencionais.

Escola de Verão

(1) Escola de Verão  — panf le to . R io de Jane i ro , Casa Publ icadora Ba t is ta ,

1928, p. 4.

Organização das Associações

(1) Em 1991 havia 27 associações. São elas: Associação Batista Betei, Associação

Batista Caxiense, Associação Batista Centro, Associação Batista Costa Verde,

Assoc iação Ba t is ta Ebenéze r , Assoc iação Ba t is ta Extremo-Nor te , Assoc iação

Ba t is ta Gonça lense , Assoc iação Ba t is ta Iguaçuana , Assoc iação Ba t is ta

I tagua iense , Assoc iação Ba t is ta Les te , Assoc iação Ba t is ta Li torânea , Asso-

ciação Batista Mageense, Associação Batista Meritiense, Associação Batista

Ni lopol i tana , Assoc iação Ba t is ta Ni te ro iense , Assoc iação Ba t is ta Noroes te ,

Assoc iação Ba t is ta Nor te , Assoc iação Ba t is ta Nor te -Caxiense , Assoc iação

240.

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Batista Paraibana, Associação Batista da Planície, Associação Batista do

Pr ime iro Centená r io , Assoc iação Ba t is ta Que imadense , Assoc iação Ba t is ta

Riodourense, Associação Batista Serrana, Associação Batista Serra dos Órgãos,

Associação Batista Serra-Mar, Associação Batista Sul-Fluminense.

Primeiros Problemas Associacionais

(1)  Lessa, J.F. e Christie , A.B.  op.cit.,  p. 239.

Igreja Batista de Pião É Desfraternizad a por Alguns Ano s e Retorna em 1923

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  op.cit.,  p. 83.

(2) Idem, p. 84.

(3) Idem, p. 136.

Caixa de Beneficência dos Obreiros

(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.  op.cit.,  p. 238.

Depressão, Endividamento e Desânimo

(1) Furtado, J.

  Formação Econômica do Brasil

. 4a. ed. Rio de Janeiro, Fundo

de Cultura, 1969, p. 210.

Capítulo IX — INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓPRIA E REAVIVAMENTO

(1930-1941)

Curso de Extensão

(1) Ajudaram, também, nesse curso, os pastores José Joaquim da Silveira, Virgílio

Faria, Antônio Soares Ferreira, Antônio Coelho Varela e outros.

A Zona Neutra

(1)  O Escudeiro Batista,  julho de 1939.

(2) Idem, janeiro de 1949.

Miss Blanche Simpson e a Educação Religiosa e Teológica

(1) Matheus, R.F.  Mão Para Toda Obra.  Rio de Janeiro, publicação do IBER,

1971, p. 9.

Jubileu de Ouro da Primeira Igreja Batista de Campos

(1) Em seu relatório sobre os cinqüenta anos da Primeira Igreja de Campos,

o P r . Leobino da Rocha Guimarães dec la rou: "Foi uma noi te chuvosa do

dia 23 de março de 1891, num sobrado velho que ainda existe à Rua dos

Andradas, 88 (antiga Praça do Rocio) que se organizou a primeira igreja

ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro . . . Aque les dez membros e ma is qua t ro

batizados na tarde do dia anterior à organização, constituíram a célula na

formação do t r aba lho ba t is ta , que v imos nos pr ime iros anos mul t ip l ica r - se

e tomar vul to" .

(2) Crabtree comenta que quase todos os membros da igreja exerciam o dom

da prédica . Informa também que uma das me lhores e scolas dominica is do

Brasil era a da Igreja de Campos. Crabtree, A.R.   História dos Batistas no

Brasil.  Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1937,  p.  174.

Ação do Integralismo no Seio das Igrejas

(1) Houaiss, A.

  et allii

  Enciclopédia Mirador Internacional.  São Paulo, Edições

Melhoramentos, 1976. Verbete Integralismo.

(2) Idem, ibidem.

(3) Tal foi a confusão que o movimento integralista causou na igreja que foram

241.

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excluídos vários membros da liderança. O Pr. Antônio Soares Ferreira assumiu

o pastorado da igreja na época da crise.

(4 )  O Jornal Batista,  7 de março dc 1935, p. 3.

(5 )  O Puritano,  10 de maio de 1935. Era o órgão oficial dos presb iterianos.

Servia às igrejas do sul, pois navia no norte outro periódico. Ambos deixaram

de existir para que fosse criado   O Brasil Presbiteriano.

(6) O Jornal Batista , 23 de maio de 1935, p. 9.

(7) Houaiss, A.  op.cit . ,  in loco.

Conversão do Ex-padre Gentil de Castro Faria

(1) O padre Antônio Ribeiro do Rosário escreve sobre seu relacionamento com

o ex-padre Gentil Faria, de quem foi aluno de Filosofia no Seminário Dioce-

sano de Campos:

"Naq ue le tempo, ta is a t itudes e ram absolutamente r eprovadas . O "T u

es sace rdos inae te rnu m" va l ia tanto pa ra o ca rá te r sace rdota l , como

para o exercício do sacerdócio. A terr ível resolução do Padre Gentil

aba lou toda a Campos. Afas tado de seus compromissos de padre ,

o professor Gentil continuou a freqüentar as igrejas. Que coisa

es t ranha Com o te r ia e le podid o conc i l ia r a sua nova s i tuação com

as práticas religiosas? O coração do homem é sempre um abismo

insondáve l . . . Em breve , sent indo-se desam bientado dentro da igre ja,

ante os olhos espantados de umas mulheres devotas, não foi mais

a nenhuma m issa . Ah Essas a lmas simples que se hor ror iza ram com

a presença do ex-padre na igreja, se tivessem refletido, poderiam ter

visto no mistério de sua oração talvez um raio de esperança. Não

se deve apagar a mecha que a inda fumega . Quando c r iança , Gent i l

andara f r eqüentando um templo ba t is ta . Depois , guiado pe la mão

benfaze ja de Padre Aqui le s , en t rou pa ra o Seminár io . Com o passa r

do tempo, tom ou-se de ave r são a qua lquer e spéc ie de protes tant ismo.

Lembro-me que certo dia, antes de meu ingresso no Seminário, eu

lhe dissera que sabia um hino protestante. Logo ele me preveniu: "Não

cante ". Pois bem, desligado da igreja, bateu às portas de um templo

batista , entrou e permaneceu lá até morrer . Que mistério insondável

o coração huma no A amizade profu nda que dedique i ao Pe. Gent i l ,

meu padrinho de ordenação sacerdotal, por certo que se abalou. Houve

reservas de parte a parte, mas, no fund o, os antigos sentimentos perma-

neceram. Quando estive, faz alguns anos, doente, em casa de minhas

i rmãs , o P rof . Gent i l me te le fonou, dese jando faze r -me uma vis i ta .

Compreendi que ele receava não ser bem recebido. A visita foi feita .

Minhas irmãs o receberam cordialmente e lhe ofereceram um chá.

Ao sair , deixou-me de presente um livro que eu muito desejava:

Compêndio de Filosofia  de Tiag o Sinibal di, obra preciosa, hoj e rarís-

sima.

Quando se dispôs a construir uma nova sede para o Instituto Rui

Barbosa , pude se r - lhe ú t i l , modif icando, a t r avés da Câmara Muni-

cipal, o Plano de Urbanização da Cidade, que previa a abertura de

uma rua , dentro do te r reno des t inado ao prédio . Nos seus ú l t imos

anos de vida, fez-me várias visitas, no Instituto Santa Terezinha. As

242.

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irmãs (hoje ex-irmãs) cantaram cânticos religiosos, ouvidos por ele

com praze r" .

Rosário, Pe. Antônio Ribeiro  Reflexões e Lembranças de um Padre:

suas lutas e fracassos. Campos, Damadá, 1985, pp. 240-241.

C a p ít u lo X — F I R M A N D O A S E S T A C A S N A B E N E F I C Ê N C I A E E M

O U T R A S O R G A N I Z A Ç Õ E S

Período de Transição Missionária

(1) Tanto o ofício referido e a carta da Missão se encontram em poder do autor

desta obra.

A Obra de Beneficência

(1) Aqui transcrevemos a carta-convite e a resposta positiva da irmã Alice Reis:

" Igre ja Ba t is ta em Pe trópol is

Av. Paulo Barbosa, 95

Pastor: E. Fontes de Queiroz

Petrópolis — E. do Rio

Petrópolis, 3 de março de 1945

Prezada irmã D. Alice:

Saudações cristãs.

Primeiramente desejo-vos saber feliz ao lado do vosso esposo.

Cumpre-me o dever dc secretário da Junta Executiva da Convenção Batista

Fluminense, de levar ao vosso conhecimento, que fostes escolhida pela referida

Junta pa ra d i re tora do Or fa na to Ba t is ta em Aper ibé , coadju vada pe lo P r . Alf redo

Reis como propagandista. Inicialmente recebereis o salário de CR$ 300,00, tendo

ambos o direito de casa e pensão.

A organização e ins ta lação do or fana to se da rão o quanto antes poss íve l .

Aguardo seja positiva a vossa resposta e espero vossa comunicação nesse sentido

para nosso governo.

Vosso no Bem Amado,

Emanoel Fontes de Queiroz

1? Secretário".

São Gonçalo, 5 dc março de 1945

"Prezado i rmão Emanoe l :

Saudações f r a te rna is .

Recebi a vossa carta de 3 do corrente e f iquei confundida com a resolução da

Junta convidando-me pa ra d i re tora do or fana to a ins ta la r - se em Aper ibé . Es tou

mui to velha, com m ais de 60 anos de idade, e comple tame nte vazia das quali- -

dades necessárias para dir igir uma instituição como deve ser o Orfanato Batista

Fluminense. Entretanto, se acham que posso fazer alguma cousa, aceito em caráter

provisório até que outra pessoa me possa substituir .

De sua irmã em Cristo,

Alice".

243.

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(2) A carta informando que a Junta Executiva da CBE desistia da criação do

orfanato por não estar , naturalmente, em condições, foi assinada pelo Pr,

Edmundo Antunes da S i lva .

(3) Ao encampar o orfanato a junta recebeu um grande patr imônio, pois o mesmo

estava instalado numa propriedade de seis alqueires, com três casas e outras

benfe i tor ia s . I sso a judou na compra da propr iedade de R io Douro pa ra onde

foi transferido o "Lar Batista Pr. Antônio Soares Ferreira" no dia 12 de

junho de 1962. Óthon A. do Amaral escreveu:

"Do re la tór io sobre o "Lar Ba t is ta P r . Antônio Soares Fe r re i r a" ,

do diretor , Pr . Isaac da Costa Moreira, a agradável notícia da aqui-

sição de duas propriedades em Niterói, com 136.536 m2, no valor

de Cr$ 2.304.023,00, restando pagar dessa dívida, na época, Cr$

1.094.116,00. Da outra propriedade a instituição recebeu doação dos

irmãos J ohn L.R iffey e Laurindo Nolasco, no valor de Cr$ 129.661,00".

Amara l , O. A.  Roteiro Histórico dos Batistas F luminenses  (1891-1976).

Niterói, Serviços de Gráfica Editora, 1977,   p.  53.

Af i rma a inda o jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l que "no re la tór io do d i re tor

da instituição, Isaac da Costa Moreira, das 83 crianças internadas 41 já perten-

ciam à Igreja Batista de Três Irmãos e 18 aguardavam batismo".

(Idem, p. 57). Um dos grandes benefícios que a instituição trouxe à Vila dos

Três Irmãos foi a organização da igreja batista ali.

C a p í t u l o X I — P E R Í O D O D E R E E S T R U T U R A Ç Ã O

Assembléia Extraordinária da CBF

(1) Anais da CBF — 1964

(2 )  O Escudeiro Batista —  1965

(3) Anais da CBB — 1965

(4) Idem

(5 )  O Escudeiro Batista —   1965

Sustada a Representação de Três Igrejas na Assembléia Convencional

(1) Anais da CBF — 1958

C a pí tu l o X I I — P E R Í O D O D E E X P A N S Ã O E V A N G E L Í S T I C A E

M I S S I O N Á R I A

Seminário Teológico Batista Fluminense

(1)  O Escudeiro Batista,  abril de 1963, p. 1, 5.

Tentativas de Divisão da Convenção

(1) Os Estatutos da Convenção foram logo registrados a f im de garantir o nome.

Saiu no  Diário Oficial  no dia 30 de maio de 1959.

(2) O Pr. Abelar Suzano de Siqueira escreveu uma carta datada de 11 de abril

de 1959 convocando os obreiros para uma reunião no dia  21  de abril de 1959,

no templo da 2? Igreja Batista de Cardoso Moreira. No f inal da carta ele

declarava:

"A reunião será realizada no dia 21  do corrente, no templo da 2

a

  Igreja Batista

de Cardoso More i ra , à s 9 horas da manhã .

244.

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Peço a sua resposta aceitando ou rejeitando este convite. É nosso desejo orga-

nizar uma instituição idealista e útil a todos nós. Insisto na sua valiosa

colaboração, pois s in to profundamente a necess idade des ta organização.

Certo da boa vontade do prezado irmão c colega, subscrevo-me fraternal-

mente, em Cristo Jesus, Abelar Suzano de Siqueira".

(3) A carta do Pr. Fidélis Morales Bentacôr:

"Campos, 22 de abril de 1959.

Prezado colega pastor:

Saudações Fraternais em Cristo.

É com praze r que lhe comunico que fo i organizada ontem, no templo da

2? Igreja Batista de Cardoso Moreira, a ORDEM DOS PASTORES BATISTAS

DO ESTADO DO RIO.

Foi eleita uma diretoria provisória que f icou assim constituída: Presidente:

Pr. Abelar Siqueira; vice-presidente: Pr . Salvador Borges; 1

0

  Secretário: Pr .

Ja i ro Mala fa ia ;  2?   secretário: Pr . Gentil de Castro Faria; Secretário-

-corresp onde nte: Pr . Fidélis Morales Bent ancôr e Tesoureiro: Pr. He nriqu e

de Queiroz Vieira. Para discutir e aprovar com as retif icações que se f izerem

necessárias o projeto dos Estatutos, foi convocada uma assembléia geral para

o dia 2 de maio próximo, às 13 horas, em uma das salas da Escola Técnica

de Comércio Jairo Malafaia, à Rua Gavião Peixoto, n

ü

  13, em Niterói. Enc a-

recendo a presença do nobre colega, peço-lhe, caso não lhe seja possível

comparecer, escrever urgentemente apresentando as suas sugestões e adesão.

Abraços do amigo e colega sempre às ordens,

Fidélis Morales Bentancôr — Se. Corresp.

Av. Pelinca, 257 — Campos".

C a p í t u l o X I I I — P E R Í O D O D E G R A N D E S C A M P A N H A S E D E D E S E N -

V O L V I M E N T O D A S O R G A N I Z A Ç Õ E S

Reencontro — Obras Sociais e Educacionais

(1) REENCONTRO — periódico, janeiro de 1991, p. 3.

Capítulo XIX - A INFLUÊNCIA DA OBRA DOS BATISTAS FLUMINENSE S

Batistas Fluminenses que se Sobressaíram na Denominação

(1) Pereira, J.R.  História dos Batistas no Brasil,  op.cit.,  p.73

EPÍLOGO

(1) Gill Jr., Everett,  Pilgrimage to Brazil.  Nashville , Convention Press, 1954, p. 61

(2) Crabtree, A.R.  Foreign Mission Board Report,  periódico, 1923, p. 46.

(3) Bell, L.  What Way in Brazil?  Nashville, Convention Press, 1965, p. 112.

(4) Edwards, F.M.  Foreign Mission Board Report,  periódico, 1922, p. 238.

(5) Christie , A.B.  Foreign Mission Board Report,  peri ódic o, 1910, p. 125.

(6) Lessa, J.F. e Christie , A.B.

  op.cit.,

  p. 128-129.

245.

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Teológico Batista Fluminense, 1984, n° 2.

Jornais

O JORNAL BATISTA. Órgão of ic ia l da Convenção Ba t is ta Bras i le i r a .

O ESCUDEIRO BATISTA. Órgão da Convenção Ba t is ta F luminense .

O NORTE BATISTA. Órgão da Assoc iação Ba t is ta Nor te -F luminense .

O BATISTA DA PLANÍCIE. Órgão da Assoc iação Ba t is ta da P laníc ie ( r egião

de Campos) .

BOAS-NOVAS. Órgão da Missão Campis ta .

O ARAUTO FLUMINENSE. Órgão da Moc idade Ba t is ta F luminense .

JORNAL JOVEM. Órgão da Juventude Ba t is ta F luminense .

O REPÓRTER. Órgão da região pa ra ibana .

MONITOR CAMPISTA. Pe r tence aos Diá r ios Assoc iados .

249.

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JUVENTUDE, Órgão da moc idade Ba t is ta F luminense na década de 20

O Fr iburguense . Jorna l de Nova Fr iburgo

O Lynce — Jornal de Macaé. Feneceu

Miscelânea

Anais da Convenção Ba t is ta F luminense ( todos os anos)

Anais da Convenção Batista Brasileira (1965)

Foreign Mission Board Reports

Notes for an autobiography (A.B.Christie , 20 páginas)

Cartas particulares de A.B.Christie

Prospec to do Ins t i tu to Ba t is ta F luminense

Cartas do Pr. Alberto Portela

Cartas do Pr. João Barreto da Silva

Re la tór io do C inqüentená r io da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos (Leobino

da Rocha Guimarães)

Atas da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos

Atas da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

Atas da Igre ja Ba t is ta de Ernes to Machado

Atas da Junta Regiona l Centro-F luminense

Atas da Assoc iação Ba t is ta Nor te -F luminense

His tór ia da Assoc iação Les te -F luminense

Atas da Sociedade Patr imonial Batista

Brazilian Snaphots — vol. II , march 1933.

O B R A S D E A U T O R I A D O D R . E B E N É Z E R S O A R E S F E R R E I R A

1. The Place of Beneficence in the New Testament ( tese)

2. A.B. Christie , Sendo Pobre, Enriqueceu a Muitos (2? ed.)

3. Dificuldades Bíblicas — Vol. I (2.

a

  ed.)

4. Dificuldades Bíblicas — Vol. II

5 . Angeolología

6. Citações de Poetas Gregos na Literatura Paulina

7. Vidas Devotadas à Causa

8. Billy Graham, um Vaso Escolhido

9. Educação Moral e Cívica (4

a

  ed.)

10. Vade-Mecum do Obreiro e da Igreja

11. Manual do Obreiro e da Igreja (6? edição)

A serem publicados:

1. Dificuldades Bíblicas — Vol III

2. A Bíblia e a Antropologia

3. Antologia de Poetas Evangélicos

4. O Valor das Boas Leituras

5 . In t rodução à P rofec ia Mess iânica

6. Cem Minibiogra f ia s

250.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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í n d i c e o n o m á s t i c o

Abreu, Eli Francioni de 105, 191, 210

Abreu, Eunuco Santana de 62,

Abreu, José Larrúbia de 35

Abreu, José Perlingeiro de 199

Abreu, Raul Alves de 63

Adan, Joseph 41

Alberto, Diocezir 162

Albuquerque, Antônio Teixeira de 41

Alcântara, Elly Bess d' 108

Alcânta ra , Obadias d ' 222; 223

Allen, Edith 136

Allen, W .E. 136

Almeida, Daniel Carvalho de 35, 160

Almeida, Daniel Lincoln 193, 194, 202

Almeida , Marce l ino Robson 200

Alves, J.J. 41, 62, 80

Alves, João 62

Alves, João Tibúrcio 62

Alves, Orlando 35, 114

Amara l , José Nunes do 89

Amaral, Othon Ávila do 34, 105, 199, 210

A m o r i m , J o ã o A n t ô n i o 1 5 6

Anderman, Car los 40

Anderso n, Axe l F rede r ico 35

Andrade, David Pereira de 90

Andrade, Militão Pereira de 90

Andrade , Pedro de 73

André , Gera ldo 199

Antunes, Benedito Pereira 91

Antunes, Edgard Barreto 162, 178, 186, 193, 210, 222

Antunes, Edna 191,192

Antunes, Jesuína 109

Apostólico, Cristiano 104

Appleby, Rosalee 164, 191

Ara ium, Hans 40

Araújo, Alberto 35, 113, 151, 157

Araújo , Benedi to Gera ldo de 35

Araú jo , Ene te F ranc isco de 35, 90

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Araújo , Ernes to G. 35

Araújo, Geraldo Trindade de 192

Araújo, Jair 198, 211

Araújo, Stela Borges 108, 160

Armindo, Antônio 112

Assenço, Rosa 107

Assunção, Antônio 48

Assunção, Rosa Lima Manhães 48

Avelar, Isabel 107, 125

Ávila, Josias 198, 199

Ayres, Darcílio 199

Azevedo, Eudóxio 158, 193

Azevedo, Ir land Pereira de 208

Azevedo, Israel Bello de 78

Bagby, Anna Luther 41, 50

Bagby, W .B. 34, 41, 42, 45, 46, 47 , 48, 68, 71, 74, 77, 78, 79, 80, 146

Baker, J.A. 41

Bancrof t 37

Barbosa, Achilles 35, 86, 164

Barbosa, Antônio Teixeira 86, 91

Barbosa , De janira 86

Barbosa, George 106

Barbosa , Noêmia 109

Barbosa, Pedro Sebastião 62, 81, 137

Barbosa, Rui 42

Barcelos, Álvaro 195

Barcelos, Isaías 166, 168, 169

Barreto, Antônio Teixeira 35, 97

Barreto, Florentina 107, 115, 125, 160

Barreto, Joélcio Rodrigues 121, 166, 210

Barreto, Nicodemos 158

Barreto, Panfílio Teixeira 63

Barreto, Vicente 91

Barreto, W anderley P. 192, 193

Barros, Leonor 107

Barros, Ophir Pereira de 158, 192

Bastos, Erly B. 108

Bastos, Francisco Cerqueira 162, 187, 192, 201, 210

Bastos, Ideal de Souza 62

Bastos, Judson Garcia 163

Bastos, Nilo Cerqueira 35, 160

Batista, Davi Ferreira 166

Batista , João 41

Batista, Silas 35, 160

Batista , T.W. 41

Beale, Joseph 46

Bell, Lester 230

Belota, Antônio Loureiro 35, 168

252.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Bentancôr, Antônio Morales 35, 139

Bentancôr, Fidélis Morales 35, 97, 105, 112, 113, 120, 136, 139, 152, 155, 157,

160, 161, 162, 168, 171, 179, 180, 189, 190, 208

Bentancôr, Zedir Morales 198

Bernardes Júnior, Antônio 35, 113

Bernardes, Adrião 138

Bifano, Gilson Antônio de Paiva 106, 194

Bitat, José 85

Bittencourt, João Batista 157

Bit tencour t , Manoe l 36

Blackford , A.F , 39

Boca iúva , Quint ino 42

Boechat, Carlos 86

Boechat, Clério 35, 86, 123, 168

Boechat, Emiliano 35, 86

Boech at, Pearl-W hite 109

Boecher 39

Borborema , Sócra tes 41

Borges, Adosina 109, 125

Borges, Francisco 41

Borges, Salvador 35, 160, 171, 195, 199

Borwen, T.J. 40

Botelho, Benedito Borges 35, 171

Braga, Dario 163

Branco, Dário da Silva 62

Branco, Francisco 122

Bratcher, Artie 102, 125

Bratcher, L.M. 104, 113, 118, 131, 132, 229

Bratcher, Robert 191

Bretones, Lauro 170, 191

Brito, Manuel de 35, 122, 136

Bryant , Thurman 164

Butler , Guilherme 40

Caboc lo F i lho , Manoe l 129

Cabral, Ampliato 158, 193, 198, 210

Cabral, Assis 35, 90, 105, 137, 158, 199

Cabral, Vital 113, 202

Calvino, João 37

Camargo, Galeno, Tenente 61

Camargo, Neri 166

Campos, Antônio Ferreira 52, 60, 70, 71, 72, 74, 75, 80, 83, 84, 86, 104

Cana da , W .H. 110

Cândido, Daniel de Oliveira 185, 186, 199

Cardoso Ne to , Ze fe r ino 35

Carey, W illiam 38

Carneiro, Fidélis 62

Carne i ro , Manoe l Joaquim 35

Carney, Mary Ruth 192

253.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Carvalho, Corindiba de 62, 97, 122

Carvalho, Cosete Pevidor de 108

Carvalho, Duque Policarpo de 35

Carvalho, Eduardo A. 185, 187

Carva lho, Hon esto de Almeida 62

Carvalho, Nemésio Fernandes de 36, 160, 202

Carvalho, Silas Quirino 175

Casseti, Muryllo 164

Cavalcanti, Clodovil Fortes 79

Cavalcânti, Herodias Neves 207

Cavalcanti, Vanildo 105

Celestino, Ageu 193

Cerqueira, Carmen Lúcia de Aguiar 108

Cerqueira, José Garcia 105

César, Benjamim Lenz de Araújo 121, 175

Chagas, Samuel 166, 170

Charles II 37

Charles, Antônio 35, 104, 112, 121, 136, 208

Christie, A.B. 33, 34, 83, 89, 90, 96, 104, 106, 110, 111, 112, 114, 116, Í18, 122,

125, 132, 133, 134, 136, 138, 139, 142, 143, 146, 152, 225, 228, 230, 245

Christie, Ana 108, 125, 126

Cla rk , John 37

Codeço, Joadélio de Paula 121, 198. 208

Coelho Filho, Isaltino Gomes 238

Coelho, Adclmo 35

Coelho, David 154, 198, 208

Coelho, Joaquina Alves 107

Coelho, Jovelino Luiz 36

Coelho, Meacir Carolina Frederico 238

Coelho, Nilo de Souza 36, 203

Cooper, Kennedy 158

Corrêa, Acelino 62

Corrêa, José Rodrigues 62

Corrêa, Malvino 194

Costa, Antônio Dias da 103

Costa, Augusto F. 143

Costa, Isabel Trigueira de 77

Costa, Otávio Dionízio da 35

Costa, Tomaz 41,78

Couto, Saliel 165

Cowsert, J.J. 34, 143, 152

Crabtree, A.R. 77, 88, 90, 229

Crane 38

Cr ispim, Antônio João 35

Crosland, D.F. 34, 87, 89, 91, 100, 103, 104, 110, 226, 234

Crosland, Maude 34

Cruz, Azevedo 46, 65, 66

Cunha, Alcides 158, 208

254.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Cunha , Alexandr ino 62

Cunha , Dja lma 35

Cunha , Manoe l Couto da 63

Cunha , Sebas t ião Ignác io da 69

Curvelo, Jaime Soares 62

Custódio , Arquimedes 198

Daniel, C.D. 4Í , 47

Darcoso Filho, Ccsar38

Degiovanni, Pedro 41

Deering, Gregory 35, 212

Delgado, Alfredo Dias 62

Deter, A. B. 34, 74, 84, 99, 100, 101, 137, 239

Dias, Alair Moreira 202

Dimárzio, Nilson 104, 162, 189, 199, 201

Diniz, Otávio 86

Dória, Alípio 104

Downing, J.L, 34, 41, 48

Drumond, Fe rnando 130

Drumond, José Alves 35

Duarte, Abdiel 105, 158

Duarte, Elson 201

Duclere, Coriolano Costa 148

Dunstan, Alberto Lafayette 34, 52, 73, 74, 94, 122, 226

Durva l , Zóz imo 36

Dutra, Ivo 202

Edwards, F.M. 230

Entzm inger, W .E. 34, 41, 69, 74, 78, 79, 83

Everett, Mina 41

Eyer, Laura 107

Eyer, Leonel 35, 91, 93, 94, 95, 100, 110, 122, 138, 153

Eyken, Norma Lee Van 108

Fanini, Nilson do Amaral 79, 162, 166, 174, 178, 179, 187, 189

Faria, Cely Manhães 149

Faria, Daniel S. 36

Faria, Gentil de Castro 149, 168, 201, 208

Faria, Virgílio 35, 125, 136, 139, 141, 159, 190

Farias, Otávio 63

Fayal, José Martins Gomes 62

Feitoza, Jógli 105

Feitoza, Leopoldo Alves 63

Felipe, Imperador 37

Fernandes, Antônio Ribeiro 35, 122

Ferreira Neto, Bernardo 62

Ferreira, Antônio 160

Ferreira, Antônio Soares 35, 90, 113, 139, 140, 147, 149, 154, 155, 156, 160

Ferreira, Domingos José 62

Ferreira, Ebenézer Soares 104, 105, 117, 120, 121, 125, 127, 154, 156, 162, 165,

166, 167, 169, 170, 174, 175, 181, 189, 190, 191, 222, 223

255.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 246/257

Ferreira, Florentino 35, 62

Ferreira, Francisco Alves 62

Ferreira, Ismael José 178

Ferreira, Nely Soares 175

Ferreira, Sebastião 211

Fèuerha rmel , Car los 39

Fèydit, Júlio 66

Figueiredo, Avelino 35

Figueiredo, Daniel E. 198

Firmo, Benedito 62

Firmo, Luiz Ovídio 63, 91

Fonseca, Antônio Vieira da 79, 80

Fonseca, Denir Luz 108

Fonseca, Samuel Leite 160, 203

Fontes, Jeremias 198

França, Mário Barreto 160, 192, 199

Fre i ta s , Antônio Manoe l de 77

Freitas, Emília Cândida de 77

Freitas, Jair de 202

Freitas, Joüfo 62

Freitas, Marilene de 202

Freitas, Sara Ester de 77

Freitas, Sebastião 63

Frias, Isaías Moreira de 90

Gama, José de Souza 162, 211

Garcia, Gilberto 105

Garcia, Jair 157

Garcia, José Maria 198

Gartner, Herman 35, 52, 74, 83, 84

Geremias, Geraldo 222

Gil, Ubiracy 202

Gill Júnior, Everett 229

Ginsburg , Emma41, 50 , 52 , 107

Ginsburg, Salomão Luiz 34, 41, 50, 51, 52, 53, 55, 58, 60, 61, 66, 67, 68, 69, 72,

78, 80, 127, 226

Godoy, Esther 108

Godoy, Nilson 156, 194

Góis , Anuar Aragão de 156

Gomes, Alf redo 129

Gomes, David 164, 211

Gomes, Delfina 129

Gomes, Marlene Baltazar da Nóbrega 108, 210

Gomes, Osias 150

Gomes, Oswaldo 165

Gomes, Valério 62, 138

Gonçalves, Almir dos Santos 130

Gonçalves, Arsênio 35

Gonçalves, Aylpton de Jesus 160, 178, 201

256.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 247/257

Gonçalves, Carlos 94

Gonçalves, Dodanin 114

Gonçalves, Evaldo 191

Gonçalves, Ismail 35

Gonçalves, José Luís 157

Gonçalves, Mário Sólon 192

Góspeler , Cícero 69, 135

Graham, Billy 179

Grassini, Rogério 153

Graudin , Pedro 40

Green, J.P. 84

Guedes, Evangelina 113, 157, 198

Guedes, Gutenberg Faria 35, 114, 165, 191, 202

Guedes, João Batista Paulo 156, 162, 163, 168, 189, 202, 222

Guedes, Percy Paulo 189

Guimarães, Isa Avelar 107

Guimarães, Leobino da Rocha 35, 94, 95, 139, 146

Guimarães , Manoe l 52

Gusmão, Ubiracy Dutra 210

Harris, Floyd 158

Hatton, Alvin 35, 199, 212

Hawthorne, A.T. 40, 41

Hearon, Thomas 35, 212

Helwys, Tomaz 37

Henri que, W alvique Soares 36, 114, 143

Herdy, Aroldi 201

Herdy, losé de Souza 159, 168, 201, 203, 208

Herdy, Nilza 201

Hespanhol, José 171

Holliman, Ezekiel 37

Hübmaier , Baltazar 37

Ignácio, Frei 59

Inke, Jacob 40

Inke, João 40

Inke, Ricardo J. 39, 40

Irving, B.C. 41

Jackson, Ernest A. 34 126 136

Jacoud, Regina Sampa io 202

Johnson, Sallie 41

Joyce, T.C. 34

Judson, Adoniran 37

Kalley, Robert Ried 39

Karklin, Ana 154

Kasch el, W erner 162, 164, 191

Kennedy, J.L. 38

Kerr , Emílio W . 62, 207

Kidder, Daniel 381

Kimbrough, Clint 35, 212

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Kingsolving, Lucian Lee 39

Klavin, Alexandre 39, 40

Kopp, João Hugo 59

Kraul, Carlos 40

Laet, Carlos de 102

Landin, Pedro 68

Lanes, Gersoni 149

Langston, A.B. 136

Lavoura, Joaquim 199

Leal, A. Gomes 137

Leal, José Quintanilha Costa 90

Leandro, Ana 77

Leão, Laurindo P. 91

Leekning, André 40

le imann, F rede r ico 39, 40

le imann, Gui lhe rme 40

Leite, Ozimar Machado 90

Leite, Samuel 202

Lessa, Alberto Vaz 35, 70, 94, 104, 139

Lessa, Arístides 94

Lessa, Elizabeth 107

Lessa, Joaquim Fernandes 33, 35, 46, 48, 49, 50, 51, 52, 59, 61, 62., 64, 69, 75,

78, 80, 81, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 93, 100, 101, 104, 110, 111, 114,

137, 138, 139, 179, 207, 230

Lessa, Juvenil 113

Lima, Delcyr de Souza 164, 169, 178, 199, 210

Lima, Faria 183

Lima, Jacintho 74

Lima, João Teixeira de 36, 113, 137

Lingerfelt, J.E. 114, 116

Lins, Melo 41

Lopes, Durvalino José 35

Lopes, Iran de Medeiros 200

Lopes, João Batista 68

Lopes, Rubens 164, 169, 173

Lóta, Diné René 238

Lóta, José da Silva 35, 90, 97, 238

Lóta, Marcelino Kepler 238

Lóta, Rubem CIêniton 238

Lóta, Urgel Russi 238

Loureiro, Dionísio 62, 113

Ludolf , Pamphilio 91

Lustosa, Celina V. 127, 129

Luz, Eth Ferreira Borges da 154

Luz, Jonas Borges da 154

Mae Neally, W .B. 35, 152, 154, 159, 200

Maeário, Cláudio 211

Machado, Emerenc iano Nunes 62 , 103

258.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Machado, João D. 137

Macharet, Ary 160

Maddox, O.P. 34, 106

Madeira, Pedro 104

Maga lhães , A lf redo 78

Magro, Augusto 103

Maia, Antônio Rodrigues 35, 91, 93, 94, 103

Maia, Gilberto 210

Maia, Jetro 165

Mainhard , Paulo 158

Malafaia, Jacira 192

Malafaia, Jáder 35, 191, 208

Malaquias , Paulo 40

Manhães, Benedito 114

Manhães , Cor ina Mar ia 48 , 58

Manhães , Euf ráz ia Mar ia 48

Manhães , João Berna rdino 48, 74

Manhães , Tibúrc io 94

Manzolilo, Ângelo 144

Mariano, Joaquim Evangelista Pereira 35, 81, 139

Marques , Antônio 41

Mar tin, T.T. 41

Martins, Isaque 35, 159

Martins, Kléber 35, 87, 90, 91, 99, 100, 110, 153

Mar t ins , W a ldemira 108

Matheus , Anthony 222

Mathews, Ruth 108

Matschula t , Augusto 39

Matschula t , F rede r ico 40

Matta, Daniel 165

Maurer Júnior, T.H. 42, 233

Médici, Garrastazu 183

Mein, David 78, 164

Mein, John 33, 104, 112, 126

Mello, A.Rodrigues 74

Mello, Cristino Rodrigues de 72

Melo, A.R. 62

Melo, Alfeu 35

Melo , Antôn io de Souza 60, 75

Melo, Juvenil F. 35, 105

Melo, Plácido de 101

Mendes , W i lson 198

Mendonça , Ba lbina 107

Mendonça, Carlos de 35, 73, 91, 92

Mend onça , F ranc isco J . 35

Menegatti, Élcio 178

Menezes, Augusto de 91

Menezes, Jalv Chaves de 178, 203

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Menezes, João 91

Menezes, Manoel de 91

Mesquita, Antônio Neves de 124

Miranda , Mosenhor 101

Monteiro, Alair 198

Monte i ro , Benjamim 36

Monteiro, M.L. 137

Moraes, Milton 194

Morais, J. Ulisses de 33, 121, 208

Morais, Vicente 62

Moreira, Benedito 35

Moreira, Francisco 35

Moreira, Galdino 148

Moreira, Isaac da Costa 36, 90, 155, 156, 158, 159, 211

Moreira, Jessé 90

Moreira, Maria Fernandes 109, 155, 190

Moreira, Mauro Israel 194

Moreira, Plácido 35

Moreira, Silas da Costa 90

Moreira, Vitorino 113

Morgan, F. 34, 144

Mor is , James Wa tson 39

Mota, Elpídio 191

Mota, Gabriel 35

Motta , Joaquim Mar t ins da 91

Mueller , Frederico 39, 62

Muirhead, H.H. 141

Murta, José Fernandes 159,  171 191

Mussolini, Benito 140,146

Nascimento, João Daniel do 105

Nasc imento , José Abraão do 103

Nascimento, José Rego do 64, 165

Nascimento, Manoel de Deus 105

Nasc imento , Tibur t ino do 35

Neighbour, R.E. 41

Nelson, J.H. 38

Neto, Adozino 19

Neto, Ageu 35, 113, 114, 159, 171, 185

Nettenberg, João 39

Newman, Junius E . 28

Nigro, José 33, 35, 74, 86, 88, 124, 125

Nitzke, Germano 39

Nobre, Nilson 199

Nogue ira , Almiro Campos 62

Nogue ira , Antônio G. 91

Nogueira, Leôncio G. 91

Nolasco, Laurindo 160, 244

Noron ha , Jú l io Césa r de 95

260.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Nunes, Francisco 85

Nunes, Henrique Marinho 35, 152, 157, 158, 178, 181, 201

Oliveira, Alberto Mendes de 62

Oliveira, Alice Neves de 208

Oliveira, Alvina Gomes de 107

Oliveira, Ana Francisca de 48

Oliveira, Arilton 193

Oliveira, Carlos Rodrigues de 62

Oliveira, Ca rolino de 62,

Oliveira, Celso de 96, 208

Oliveira, Dário dc 90

Oliveira, David Francisco de 90, 158, 202

Oliveira, Domingos de 41, 45, 46, 47, 48, 62

Oliveira, Francisco Antunes 62

Oliveira, Ivone Boechat 199

Oliveira, Jacy dc 209

Oliveira, João Caetano de 91, 238

Oliveira, Manoel Bernardes 160, 161

Oliveira, Roberto 178

Oliveira, Rui Franco de 114, 207

Otoni , Honór io Benedi to 80

Paes,  Francisco  Barbosa  85

Paranaguá , J .N. 238

Patrício, Dioceles 158

Paula, João Francisco de 62

Paula, Joaze Gonzaga de 208

Paulo, Lino de 63

Peçanha, Benedito 35, 143

Peçanha, Celso 116, 198, 211

Peçanha, Nilo 110, 111

Peixoto, João C.P. 91

Penido, Ernes to Nogue ira 62

Pereira, Aildes Soares 104

Pereira, Alceir Faria 121, 125

Pereira, Flauzina 48

Pereira, J.E. Mariano 106

Pereira, José dos Reis 109, 164, 169, 208, 230

Pereira, Julião Guedes 72

Pereira, Marcelino Lima 157

Pereira, Otávio Florêncio 63

Pere i ra , W a l ter Gomes 90

Perez, Ellen Márcia 106

Pessanha, Elias 202

Pimentel Júnior, José 158

Pimentel, Ademir P. 193, 200, 211

Pimentel, Belardim de Amorim 166, 170

Pinheiro, Alzira 81

Pinheiro, Francisco 81

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Pinheiro, Inácio José 160

Pinheiro, Israel José 36, 154, 201, 203

Pinheiro, Joaquim Alves 35, 103

Pinheiro, Loimar Zarro 202

Pinheiro, Luís Carlos Prestes 202

Pinheiro, Odília 81

Pintcher, A. 40

Pinto, Adiei Pereira 154

Pinto, Ageu de Oliveira 160, 166, 170, 185

Pinto, Cantando Ferreira 62, 143

Pinto, Clemente Teixeira 62

Pinto, Elza Lessa 109

Pinto, Francisco de Miranda 207

Pinto, Josemar da Silva 212

Pinto, Maria Rute 48

Pitrowsky, Elisa 39

Pitrowsky, Gustavo 39

Pitrowsky, Ricardo 39, 40

Pitts, F.E. 38

Plaute, Francis 38

Plínio, o Moço 36

Policarpo, Joaquim Melo 62

Portela, Alberto 35, 113, 114, 118, 190, 208

Por te la , Antônio Carva lho 48, 94

Portela, Tàlita 118, 125

Porter , Paulo 34

Porter, Samuel J. 34, 41, 78

Portes Filho, Elias 35, 134, 139, 142, 143

Portes, Antônio Moreira 35, 158, 162, 165

Portes, Laura 142

Portes, Nair Araújo 108, 189

Por tuga l , Antônio Fe rnandes 62

Pridemore, Nolan 35, 212

Prucolli, Alzira 108

Purens, Esther Ferreira 155

Purim, Reynaldo 162, 164

Puthuf f , E .A. 41

Queiroz, Aristóteles 35

Queiroz, Emanuel Fontes de 36, 113, 129

Queiroz, Erodice Fontes de 35, 97, 105, 112, 113, 114, 136, 169, 207

Queiroz, Euza Gomes 129, 191

Queiroz, Evódio 35, 112, 171

Queiroz, Solita Retto 109

Qui l len , E .H. 40

Quintanilha, Alcides de Oliveira 89

Ramos, Rosa 77

Rangel, Júlio Miguel 194

Rangel, Pércio 208

262.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Rankin , M.Therson 225

Rans on, W illiam Taylor 38

Régis, W ilson 161, 191, 192

Rcike, Ricardo 39

Reis, Alfredo 53, 86, 91, 92, 96, 103,'110, 113, 118, 139, 153, 154, 156, 208

Reis, Alice 53, 103, 107, 125, 153

Reis, Álvaro 72, 102

Reis, Amélia Lima 48

Reis, Eliseu 202

Reis, Evaristo 86

Reis, Francisco Mancebo 208

Reis, Rodolpiana Ludolfò 107

Renfrow, Harold 35, 103, 162, 165, 174, 179, 180

Renfrow, Nona 109, 180

Resende, Antônio da Costa 122

Retto, Ernestina Rezende 107

Rezende, Altina 107

Ribeiro, Domingos (Minga) 61

Ribeiro, Erodice Gonçalves 149, 160, 165, 192

Ribeiro, Oscar 208

Ribeiro, Paulo 162, 192, 210

Ribeiro, Romildo Gomes 105

Rice, Luther 37

Rice, Maggie 41

Riffey, Esther Prudence 108

Riffey, John 34, 108, 141, 160, 162, 173, 179

Rocha, Arides Martins da 105, 162, 192, 201, 211

Rocha , Ari th Barre to 109

Rocha, João Corrêa da 178

Rocha, Jurandir G. 35, 208

Rocha, Nelson 198, 211

Roch a, W aldir 191

Rodrigues, Ismail de Oliveira 160, 192

Rodrigues, João 199

Rodrigues, José 80

Roger, J.W. 38

Roig, Camilo 69

Ronis, Oswaldo 36

Rosa, Alice 107, 125

Rosa, André 129

Rosa, Eliasar 87, 153

Rosa, Eliézer 87

Rosa, Fidélis de Oliveira 165

Rosa, Francisco 36, 114, 160

Rosa, Joaquim 35, 86, 87, 91, 105, 110, 136, 139, 153, 190, 201

Rosa, Joaquim de Paula 32, 162, 185, 187

Rosa, Otávio Felipe 36

Rosário, Antônio Ribeiro, Pe. 150, 242

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Roth, Carlos 39, 40

Sá, Antônio Maria Correia de, Pe. 67

Sá, Elias Carvalho de 162, 193, 203

Sá, José de 166

Sá, Linéa Dias Mendes de 108

Sales, Achilles 196

Sales, Julieta 109, 160

Sales, Lira 107

Salgado, Plínio 147

Salit, Pedro 40

Salles, Nilo 35, 112, 145

Sampaio, Benedito 35, 160, 168, 201

Sant'Anna, Élcio 194

Sant'Anna, Iomael 104, 211

Sant 'Anna , Juvent ino 158

Santiago, Júlia de Oliveira 48

Santos , Dom ingos F ranc isco 91

Santos , For tuna to dos 62

Santos, Gilson Carlos dc Souza 222

Santos, Isaías 191

Santos, Joaquim Coelho dos 35, 91, 92, 97, 110, 139, 203, 230

Santos, Joel Pereira dos 211

Santos, Júlia Codeço dos 108, 191, 198, 210

Santos, Maria Helena Leão 109

Santos , Moisés Henr ique dos 159

Santos, Oswaldo Soares dos 155, 160, 181, 201

Santos , Rubem Coe lho dos 160

Santos, Trascy R. dos 169

Santos, W alter 160, 201

Santos, Zeny 108

Saraiva, Gumercindo 192

Saraiva, Manuel Nunes 87, 88, 90

Sardenberg , Deodoro 86

Sardenberg, Gê 113, 159

Sardenberg , Sue tônio 86

Sattler 37

Schally, Harald 164

Schneider, F.J.C. 39

Schumann, Car los 158

Sias, Maria Francisca 121

Sias, Paulo 36, 121

Silva Filho, João Mauro de 62

Silva Neto, João Fernandes da 222

Silva, Achilles 209

Silva, Adélia Darcília Marins da 109

Silva, Aloísio Alves 202

Silva, Antônio 88

Silva, Antônio Américo da 91

264.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Silva, Antônio Zeferino e 113

Silva, Bento de Souza e 69

Silva, Cândido Ignácio da 62, 69, 90, 122, 131, 132

Silva, Clemir Fernandes da 106

Silva, Demerval 160

Silva, Éber 222

Silva, Edmundo Antunes da 36, 105, 160, 171, 186

Silva, Florentino Rodrigues da 35, 60, 61, 62, 69, 74, 85, 106

Silva, Francisco Ribeiro da 35

S i lva , Hudson Ga ldino 238

Silva, Jabniel 168

Silva, João Barreto da 35, 97, 113, 115, 116, 117, 119, 12.0, 125, 147, 149, 160,

161, 171, 174, 191, 207

Silva, José 155, 199

Silva, José Arruda 94

Silva, José Ferreira da 35, 160

Silva, José Galdino da 35

Silva, Josias César Porto da 194

Silva, Juraci R. da 238

Silva, Levi 158, 222

Silva, Luís Laurentino 35, 160

Silva, Manoel Antônio da 35, 62

Silva, Manoel Bento da 36, 138, 160, 171

Silva, Manoel de Souza e 80

Silva, Marilene Frederico da 238

Silva, Miguel Galdino da 63

Silva, Pedro Gomes de 96, 103

Silva, Suledil Bernardino da 178

Silva, W altir Pereira da 160, 165, 168

Silvado, Luiz Roberto 106

Silveira Filho, José 174, 192, 211

Silveira, I ldefonso 62

Silveira, José Joaquim 35, 105, 134, 135, 136, 139, 143, 154, 159, 179

Silveira, Moisés 157, 207

Silveira, Silas 35, 114, 208

Simonton, A.G. 39

Simpson, Blanche 108, 144, 159

Siqueira, Abelar Suzano de 35, 97, 113, 159, 168, 180, 244

Smyth, John 37

Soares Filho, João José 166, 193

Soares, Aildes Pereira 222

Soares, Anita 239

Soares, Élcia Barreto 115

Soares, João Marcos Barreto 194, 222

Soares, Josué Ebenézer de Souza 106, 194

Soares, Orlando 189

Soares, Osmar 36, 160, 165, 211

Sobral, Nélio W ilson Lopes 106

265.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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Soper, E.H. 34, 41, 45, 48

Soren, Francisco Fulgêncio 35, 41, 73, 74, 83, 84, 95, 207

Soren, João Filson 146, 164, 173, 192

Souza Filho, José 91

Souza, Antídio de 35, 147

Souza, Antônio José de 35

Souza, Apolinário 105

Souza, Belmiro Basílio de 62

Souza, Cássio Peçanha de 35

Souza, Creuza Rangel de 189

Souza, Desidério Francisco de 122

Souza, Domingos José de 91

Souza, Dorcas Pinheiro de 109

Souza, Evade 107, 125, 152

Souza, Francisca de 107

Souza, Gérson de 147

Souza, Helena 105, 191

Souza, Higino de 211

Souza, Honório de 35, 90, 112, 202

Souza, Horácio de 72, 75, 116, 117

Souza, Itamar Francisco de 36, 105, 160, 168, 191

Souza, Joaquim Francisco de 62

Souza, José Basílio de 36, 113

Souza, José de 59

Souza, Luís dc 48

Souza, Manoel Avelino de 35, 78, 79, 95, 97, 106, 112, 113, 123, 134, 139, 151,

152, 160, 162, 170, 171, 180, 187, 191, 199

Souza, Maria Amália Carvalho de 108, 152

Souza, Samuel de 120, 152, 159, 186, 187, 191, 208

Souza, Sebastião Angélico de 96, 112, 201, 208

Souza, Sebastião Faria de 35, 106

Souza, Silvino Ferreira de 63

Souza, Sócrates O. de 104, 194

Souza, Ubaldino Faria de 139

Spaulding, R.J. 38

Stover, T.B. 136, 143, 152

Tarbou x, J.W . 38

Tavares, Elísio 198

Tavares, Lucind a 108

Taylor, Catarina 41

Taylor, J.J. 34, 41, 80, 83

Taylor, Z.C. 41, 49, 51

Teixeira, Dalson Pinto 160

Teixeira, Eugênia 107

Teixeira, Teodoro Rodrigues 41, 148

Telford 39

Terra, Genilda 222

Tertuliano 90

266.

7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses

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