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Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Operação Jesus Transforma Sertão alcança milhares de sertanejos com o Evangelho Página 07 Instituto de Inverno da Jubalp desperta jovens para vocação missionária Página 10 PIB no Cruzeiro Novo - DF comemora 30 anos de organização Página 10 Embaixadores da PIB Muriaé - MG celebram promoção de posto Página 12 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 33 Domingo, 13.08.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Paternidade: momento de refletir a imagem de Deus Segundo domingo de agosto: Dia dos Pais

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o jornal batista – domingo, 13/08/17

Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Operação Jesus Transforma Sertão alcança milhares de sertanejos com

o EvangelhoPágina 07

Instituto de Inverno da Jubalp desperta

jovens para vocação missionária

Página 10

PIB no Cruzeiro Novo - DF comemora 30 anos de

organizaçãoPágina 10

Embaixadores da PIB Muriaé - MG celebram

promoção de postoPágina 12

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 33Domingo, 13.08.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Paternidade: momento de refletir a imagem de Deus

Segundo domingo de agosto: Dia dos Pais

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2 o jornal batista – domingo, 13/08/17 refl exão

E D I T O R I A L

Oportunidade para ser melhor

Na maioria das ve-zes, quando al-guém escreve so-bre Dia dos Pais

ou Dia das Mães, a palavra é direcionada aos filhos, ins-truindo para sempre amarem, ouvirem e respeitarem seus pais. Tudo isso está correto, a Palavra nos ensina assim. Mas hoje, em especial, o recado é para você, pai! Será que você tem desempenhado esse pa-pel da maneira correta?

Constantemente, o homem acha que sua contribuição se limita a trazer o alimento do filho, dar o que vestir, brin-quedos, ou fazer a vontade dele, mesmo não concordan-

do, só para a criança dar um tempo de alívio. Mas não é bem assim. O pai deve dar suporte em todos os mo-mentos, seja na hora de dar banho, comida, levá-lo até a escola, ajudar no dever de casa. Essas atitudes, por mais simples que sejam, ajudam a fortalecer o vínculo entre pais e filhos.

Na adolescência, a situ-ação fica um pouco mais complicada. Se você não foi presente durante a infância do seu filho, para conseguir essa aproximação nessa fase da vida dele é mais difícil. É bem capaz dele jogar tudo isso contra você. Passar por

esse tipo de situação não deve ser bom, não é mesmo?

Na Bíblia temos ótimos exemplos de pai, como Jai-ro, que mesmo com a filha já morta, não desistiu e foi até o Mestre, que a ressusci-tou. Que você também não desista do seu filho, mesmo que ele esteja mergulhado em uma situação que, aos nossos olhos, seja irreversí-vel. Outro pai que serve de lição para todos os outros, é o pai do filho pródigo, pará-bola contada por Jesus. Ele representa o próprio Deus, que mesmo com todos os erros do filho, ainda o ama com verdade, de todo o

coração e sempre estará de braços abertos para recebê--lo. Que belo exemplo!

Você pode começar agora mesmo. Abrace, beije seu filho. Aproveite cada mo-mento que tiver para amá-lo. Ensine a ele (ou a eles) que Jesus é o único e melhor caminho. Leia a Bíblia, faça devocionais, entoem canções que exaltem ao Pai Celestial. Que a cada amanhecer, a vontade de ser melhor seja renovada em sua vida, pai! Tenha o nosso Deus como espelho e, com certeza, você será bem-sucedido nessa preciosa missão. Feliz Dia dos Pais!

O JORNAL BATISTAÓrgão ofi cial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profi ssional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios e assinaturas:[email protected]ções:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.batistas.com

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 13/08/17refl exão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

O adolescente não sabe sequer ser jovem ou voltar a ser criança. Dúvi-

da cruel na mente dele, pois ouve dizer que já é respon-sável por seus atos e, logo a seguir, a contestação de que ainda não possui maturidade para tomar decisões. Tem liberdade, mas não total. Há limites que precisam ser respeitados, caso não queira perder os privilégios con-quistados. O adolescente não consegue ter autoenten-dimento.

Compreender os pais ran-zinzas, nem pensar! São ul-trapassados. Deseja se livrar dos pais, dos professores, da Igreja e de qualquer coisa que signifique impedir o exercício pleno da liberdade que crê possuir. Às vezes, quer mor-rer, só para castigar aqueles que tentam oferecer-lhe o

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Jesus é o nosso maior exemplo. Como Salva-dor e Senhor, Ele nos inspira em tudo. A Bí-

blia pouco registra Sua in-fância e juventude, mas temos o relato de Jesus, nosso Mestre, com apenas 12 anos, dialogando com os doutores. A família de Jesus, Maria e José foram até Jerusalém para a Festa da Páscoa, cumprindo todos os ritos judaicos da época (Lu-cas 2.41). Jesus foi instruído na Lei de Moisés. Como

melhor. Quer mudar o mun-do, gerar um lugar de plena felicidade, onde só exista amor; sem livros, sem horá-rios pré-fixados, sem provas, sem necessidade de arrumar a bagunça e a desorganização do quarto. Afinal, por que arrumar a cama se vai usá-la ao anoitecer? Perda de tempo, de mãe intransigente.

O adolescente gosta de conversar amenidades com os amigos da mesma idade, mas sem compromisso em manter fidelidade no futuro. Crê que o universo inteiro está errado. Deseja consertá--lo, mas não sabe por onde começar. Talvez mudando os pais. Sonha em deixar o lar e viver sozinho em um lugar utópico, onde as coisas não exijam compromisso. Onde seja possível passar a noite acordado e depois dormir até acordar.

uma criança aprendeu a Torá e suas interpretações. Maria e José levaram o ado-lescente Jesus com 12 anos, “Segundo o costume da fes-ta” (Lc 2.42). O povo subia a Jerusalém em romaria, ou seja, várias famílias iam cantando rumo ao Templo, e depois voltavam juntas. A comunhão das famílias era uma das marcas desse tran-sito até Jerusalém. Seus pais pensaram que Jesus estava junto ao povo que voltava de Jerusalém, e depois de um dia sentiram falta dEle. Eles passaram a procurá-Lo entre os parentes e conhe-

O humor adolescente é va-riável como as fases da lua ou as ondas do mar. Há dias em que parece lua cheia. Alegre, feliz, sorridente, bem--humorado, com desejo de correr pelos jardins apanhan-do flores inexistentes. Todo cuidado é pouco com o hu-mor adolescente. Por ser va-riável, pode mudar antes do meio dia. Com facilidade, sai da lua cheia para a minguan-te. Parece que falta algo. O sorriso desaparece e o choro inexplicável ocupa as ações e os relacionamentos. Em ou-tros momentos, se apresenta como lua nova, esbanja ale-gria e esperança. O mundo é igual ao céu estrelado, repleto de estrelas, com futuro pro-missor. Na fase da crescente, tudo pode acontecer. Sonha com o maravilhoso mundo novo, que existe em seu cé-rebro em ebulição.

cidos, e não encontraram, assim precisaram voltar a Jerusalém (Lucas 2.44-45).

Após três dias, seus pais O acharam. O adolescen-te estava “Assentado em meio aos doutores, ouvindo e interrogando-os” (Lc 2.46). Jesus aprendia e questionava o que ouvia, revelando Sua inteligência e busca pela verdade de Deus. Um ado-lescente de 12 anos conver-sando com doutores. Um garoto conversando em alto nível sobre as verdades de Deus. Dá para imaginá-lo questionando as errôneas interpretações da Lei e fa-

Alegria e tristeza misturam--se, deixando pais e líderes em polvorosa. Ficam sem saber como podem ajudá-lo. Ao tentar o diálogo recebem como resposta o mutismo, arma secreta capaz de alcan-çar outros continentes. Arma que o protege nas fugas pre-meditadas. Tudo isso e muitos mais faz do adolescente um ser maravilhoso e desafiador. Seu jeito de ser desafia-nos a entender e até mesmo adi-vinhar o que desejam. Às vezes, os pais precisam ser adivinhos, procurando nos detalhes as respostas dese-jadas. Quando salvo verda-deiro, o adolescente leva a vida cristã a sério. Assume responsabilidades e as cum-pre com dedicação. O difícil é lidar ou ajudar aqueles ado-lescentes que vivem no limite da dúvida ou da certeza. Há ocasiões em que se mostram

zendo severas críticas, como fez durante Seu ministério em relaç ão aos fariseus e escribas? Um adolescente debatendo conhecimento, aprendendo e questionando. Sua presença em meio aos doutores e suas colocações fazia com que os presentes ficassem admirados com a inteligência do adolescente Jesus e com as suas claras e profundas respostas (Lucas 2.47).

Seus pais, ao verem Jesus, ficaram maravilhados por vê--Lo naquele contexto. Maria exclamou: “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu

convictos da experiência as-sumida com Cristo, mas, em outras ocasiões, levados pela dúvida somada aos exem-plos de pais, líderes e demais salvos, terminam por aban-donar a Igreja e o lar. Este é o momento crucial na vida dos pais e da Igreja na tenta-tiva de atendê-los. Oferecer o melhor, envolvendo-os com amor e compreensão, para que Cristo se torne real na vi-vência prática do adolescente.

Evitar para que se desviem, eis o grande desafio. Ame seu filho (a) adolescente. Reserve tempo para ouvir suas histórias, experiências, sonhos e desventuras. Deixe que ele (a) deite novamente em seu colo. Ore por ele (a) e com ele (a). Ganhar o ado-lescente para Cristo significa salvar uma alma do inferno e livrar uma vida das lágrimas futuras.

pai e eu, aflitos, estamos à tua procura”, e Jesus res-pondeu assim: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa do meu Pai?” (Lucas 2.48-49). A resposta de Je-sus é contundente. Nossos adolescentes precisam ter essa consciência, aprender com Jesus, a buscar as coi-sas de Deus, nosso Pai. Que nossos adolescentes cres-çam aprendendo, ouvindo e dialogando. Que sigam os passos de Jesus e cresçam em “Sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52).

Adolescentes seguindo

os passos de Jesus

Adolescente e as fases da lua

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4 o jornal batista – domingo, 13/08/17 refl exão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Abre meus olhos, para que eu veja“E orou Eliseu, e disse: Se-

nhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o mon-te estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (II Rs 6.17).

O rei da Síria re-solveu atacar Is-rael. Por causa da oração do profeta

Eliseu, todas as investidas foram neutralizadas pelo Se-nhor. Irado, o rei inimigo mandou toda a sua tropa, para aniquilar de vez os israe-litas. O empregado de Eliseu, ao ver o poder adversário, ficou apavorado. Foi aí que o profeta resolveu orar pelo reforço da fé daquele jovem. “Então, orou assim: ó Senhor Deus, abre os olhos do meu empregado e deixa que ele veja! Deus respondeu à ora-ção dele. Aí o empregado de Eliseu olhou para cima e viu que ao redor de Eliseu o mor-ro estava coberto de cavalos e carros de fogo” (I Rs 6.17).

Afinal de contas, o que é a realidade? As investidas do

maligno, que nos dão medo e nos fazem sofrer, ou o poder do Senhor, que nós temos o direito de invocar, mediante nossa oração? A narrativa bí-blica nos revela que as tribu-lações nos trazem sofrimento real. E nos mostra, também, que o poder salvador do nos-so Pai sempre está à nossa disposição, desde que reco-nheçamos Sua misericórdia e aceitemos Seu senhorio.

Nossas orações são inade-quadas e, por isso, temos a tentação de não continuar clamando. Paulo, sabendo disso, nos ensinou: “Nós não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor” (Rm 8.26). Os olhos da nossa fé nem sempre enxergam aquilo que Deus quer que vejamos. Por isso, a solução é orar como Eliseu. Abre, Senhor, os nossos olhos. Capacita-nos para enxergar a solução que Tu já providenciaste. Abre meus olhos, Senhor, para que eu veja e Te glorifique, no meio das Tuas soluções!.

Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ, colaborador de OJB

Ao contrário do que muitos acham por ser um “machão”, ser pai não é ape-

nas colocar um filho no mun-

do; isso é algo muito fácil. O difícil é criar o filho, dar ins-trução e cumprir essa nobre missão na vida: ser pai.

E quem acha que não im-porta as suas atitudes, e segue a famosa frase “Faça o que eu digo, e não o que eu faço”, não sabe o enorme poder de sua imagem para o filho.

Uma frase das mais podero-

sas e que vale a pena pensar é que “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”. De nada adianta falar na teoria se, na prática, o que se prega não é seguido nem por quem falou.

Por muitas vezes podemos ver um filho repetir gestos e ações do pai que, ao ser ob-servado por alguém de fora,

D’Israel (Israel Pinto da Silva), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB

Ama teu pai em todos momentosNão te esqueça - Ele é teu PaiAproveita teu tempo para dizer-lhe:“Jesus te ama e eu também”Mata o desejo do teu coraçãoSe erraste com ele, lhe peça perdãoE diga pra ele - “És o meu paiQuem me gerouA mim colocou no mundo!”.Fale com ele, não o abandoneFoi ele quem deu pra ti o seu nomeNão decepcione teu pai, meu irmãoGrite bem alto, diga: “Papai!”Não seja com ele indiferentePorque eu bem sei que és um cristãoUm crente em JesusQue não andas nas trevas espirituaisPorque encontraste na terra sua luz!Aceitastes a Cristo como teu Senhor e teu salvador.Muitos gostariam de ter um paiE não têmNão o conhecem, não sabem onde estãoNão podem guardá-lo no seu coraçãoDa forma que podes assim fazer...Não ter o desvelo que tem por ti!Deixe de lado tuas desavençasElimine o ruim que dele tu pensasE parta correndo para abraçá-loPara beijá-lo; dizer que o ama!Agora és um filho de Deus; nova criaturaBeija seu rosto acariciando calidamenteSaia depressa de cima do muro da inconse-quênciaEntre na frequência dos filhos da luz!Cumpra o papel de um bom cristãoJesus é amor, perdão, parceria

Quer ver no teu rosto somente alegriaPor poder abraçar seu pai neste diaDe grandes folguedos; comemorações.

Jogue-se nos braços de quem te anseia De quem te acorda; te faz o café.

De quem sai na chuva por ti procurandoQuem vai conferir se estás estudandoDe quem muitas vezes está vigiandoQuerendo saber o que estás fazendo!Ame teu pai; ele é teu amigoEle te ama do fundo do seu coraçãoNão quer te ver no mundo em perigoOra por ti; suplica a Deus:“Cuida do meu filho; suplico, meu Deus!Livra meu filho de todo mal Faça que ele vença na vida, SenhorQue seja um homem espiritualTema a Ti; O respeite; obedeçaQue ele cresça na Tua searaQue seja para Ti uma vara com frutosAquela figueira cheia de valorFazendo a sua vontade com sabedoriaCheio de alegria; satisfação!Que não abandone o Teu bom caminhoQue pegue a Bíblia pra ser estudadaNão venha na sua velhice dizer:‘Na vida não tenho contentamento!’”Respeite teu pai; peça-lhe conselhosNão fique irritado, se mete os bedelhosNa sua mochila pra ver o que nela levasEle te ama e quer a tua felicidadeFique satisfeito se ele disserO que está escrito em JosuéCapítulo 24, versículo 5b:Eu e minha casa serviremos ao Senhor!Agradeça a Deus por tê-lo ao teu ladoVai ficar feliz se for abraçado e ouvir de ti:“Jesus te ama!”

No Dia do Pai, dê-lhe um abraço, um ósculo e lhe diga: “Jesus te ama!”

logo identifica os dois por essa semelhança.

Se antigamente o filho ti-nha que seguir o pai até na profissão, hoje em dia o que mais importante é o caráter e o jeito de conduzir a vida. O maior orgulho de um pai deve ser o de ver no seu filho uma “versão melhorada sua” e não uma piorada, pois se

isso ocorrer, algo em sua missão falhou.

Assim como podemos se-guir o melhor dos exemplos, o do Pai dos pais, o nosso Deus, que os pais deste mun-do possam deixar um legado de trilhas a serem seguidas por seus filhos, como conse-lhos gravados em suas me-mórias para todo o sempre.

Pai: o exemplo que convence

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Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista Jardim Mauá - Manaus - AM

Eu já não tenho o meu pai no mundo,Pois Deus o tomou para o seio eterno.Mas o sorriso franco, o vigor fraternoPovoam ainda meu cismar profundo.

Foi um homem gentil, honesto e consistente;Pelo Senhor brandiu todo o desveloE para os filhos todos foi modeloDe pai extremoso e verdadeiro crente.

Você, talvez, esteja muito tristeE com a saudade que no peito insiste,Porque também perdeu seu pai um dia

Saiba, por certo, Deus o reclamouPara vibrar as cordas do louvorNo musical supremo da alegria!

José Manuel Monteiro Júnior, pastor, colaborador de OJB

“Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei” (Hb 11.23).

Sem sombra de dú-vida, Moisés foi um dos líderes mais im-portantes do Antigo

Testamento. O evangelista Lucas afirma que Moisés teve uma excelente educação: “E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e

era poderoso em palavras e obras” (At 7.22).

Moisés foi um homem pie-doso. Sua vida espiritual era consistente. Ele conhecia Deus de forma íntima. “Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12.7-8).

Ele foi o homem escolhi-do por Deus para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. Guiou o povo pelo deserto até a terra prome-tida. Recebeu e transmitiu

as leis de Deus (Decálogo). Enfim, foi um líder ímpar e um grande homem. Podemos destacar três coisas acerca deste homem.

Em primeiro lugar, um grande homem é conhecido pelo preço que está disposto a pagar (Hebreus 11.24-25). Como filho adotivo da prin-cesa Egípcia, Moisés poderia ter levado uma vida tranqui-la no palácio. Ele escolheu ser maltratado, em vez de permanecer no conforto e na segurança do palácio. E por estar à frente do povo de Deus, pagou um preço elevado. Liderar não é fácil. Qual é o preço pago pelo líder? O líder é aquele que

convive com as críticas. Uma vez que se posiciona em uma determinada situação, cer-tamente contrairá interesses particulares e, consequen-temente, será alvo de duras críticas. O líder é aquele que toma decisões impopulares. Liderar é ter coragem de to-mar decisões, escolher os melhores e descartar opções inadequadas.

Em segundo lugar, um grande homem é conhecido por sua empatia (Hebreus 11.25). Moisés identificou-se com o povo aflito de Deus. Empatia significa esvaziar-se do seu eu e colocar-se, lite-ralmente, no lugar de outra pessoa. Moisés não foi indi-

ferente à dor de seu povo. Diante da indiferença do nos-so mundo, somos exortados a exercitar a empatia.

Por último, um grande homem é conhecido por cultivar valores corretos. O pecado sempre cobra um preço terrível. O grande expoente da liderança John Maxwell, afirma: a) - O pe-cado sempre o levará para mais longe do que você gostaria de ir. b) - O pecado sempre o retém por mais tempo que você gostaria. c) - O pecado sempre cus-ta mais do que você está disposto a pagar. Por esses motivos, considero Moisés um grande homem.

Um grande homem

Saudoso pai

Antônio Mendes, pastor da Primeira Igreja Batista em Atibaia - SP

“Pai, meu desejo é que aqueles que me deste este-jam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha gló-ria” (Jo 17.24).

O desejo de Jesus é estar bem perto de nós e isso che-ga a ser incom-

preensível. Que vantagem Ele tem ao ficar perto de pes-soas que não gostam tanto de estar onde Ele está? Nenhu-ma, mas seu impressionante amor pelos seus filhos é o que O faz misericordioso, nos amando como somos.

Ele quer que vejamos a Sua glória. Dentro do contexto do texto bíblico, esta gló-ria é percebida por meio da

obediência. Jesus quer que vivamos perto dEle, onde Ele estiver, e O glorifiquemos pela obediência. Isso me lem-bra o título de um clássico evangélico: “Em seus passos, o que faria Jesus?”.

Existem alguns princípios que parecem estar esqueci-dos em nossos dias:

• Amizades inconvenien-tes: “Não faças amiza-de com uma pessoa bri-guenta, nem andes com o homem que logo se enfurece; para que não aprendas seus costumes e te deixes cair em alguma armadilha” (Pv 22.24-25).

• Namoro misto e socieda-de com incrédulos: “Não vos coloqueis em jugo desigual com os incrédu-los; pois que sociedade

tem a justiça com a in-justiça? Que comunhão há entre luz e trevas?” (II Co 6.14).

• Vestimenta indecente: “Do mesmo modo, quero que as mulheres se vistam com decência, modéstia e discrição, não com tran-ças, nem com ouro ou pé-rolas, nem com vestidos caríssimos” (I Tm 2.9).

Estes são princípios que, quando quebrados, entriste-cem e nos distanciam de Jesus. Ele nunca estará conosco se vivermos nessa prática. Estes princípios não glorificam a Deus. Não nos esqueçamos: “Alguns de vós éreis assim. Mas fostes lavados, santifica-dos e justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espíri-to do nosso Deus.” (I Co 6.11).

Mais perto quero estar

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6 o jornal batista – domingo, 13/08/17 reflexão

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Dentre muitos ou-tros, destacaram-- s e d o i s . U m , pelo bom exem-

plo, e o outro, pelo mau exemplo. Em Sua infinita misericórdia, Deus manteve ambos em Seus planos.

O capítulo 38 de Gênesis lembra muitos episódios atuais. Lembra-nos de jovens afastando-se das Igreja, onde nasceram de família genui-namente cristã ou foram convertidos na pré-adoles-cência.

Judá passava por um mo-mento crítico. Assistiu e par-ticipou da injustiça feita ao seu irmão caçula, José. Esta-ria meio depressivo por cau-sa do acontecimento? Estaria decepcionado consigo mes-mo e com os irmãos? Bem, não sabemos a causa, mas sabemos que fez uma grande bobagem. Saiu dentre os pri-vilegiados pela aliança feita aos descendentes de Abraão, e foi juntar-se aos cananeus. Como é comum essa decisão nos dias de hoje!

Judá intentou aplicar os princípios vigentes entre os patriarcas, no ambiente em

que fora viver. É o mesmo erro cometido por alguns crentes. Quem faz isso só cria inimizades. Seu primo-gênito ofendia a Deus e foi punido com a morte. Or-denou ao irmão mais novo gerar descendência com a viúva em lugar de seu irmão falecido e foi punido. Ficou esperto, arranjou uma des-culpa, e temeu a morte do caçula. A viúva percebeu, armou-lhe uma cilada e ele caiu em incesto com a pró-pria nora. Já que o “salário do pecado é a morte”, isso se cumpriu com as trapalhadas de Judá.

O interessante é que, no capítulo seguinte, José, tido como morto (pois sabiam como eram tratados os es-cravos naqueles dias e entre aqueles povos) estava vivo, bem vivo. José, seu irmão caçula, agia de forma con-trária. Em vez de buscar o adultério, rejeitava-o. José foi um símbolo de Cristo, o Deus tido como morto, que está vivo, e, com Sua morte e ressurreição salvou e con-tinua salvando milhões.

José também salvou sua fa-mília e milhares de egípcios.

A trapalhada de Judá só não terminou pior porque

Deus é misericordioso e nada O impede de alcan-çar Seus propósitos. Judá, achando-se justo, ao aplicar sua justiça descobre que a nora gentílica era mais justa do que ele, pois, na hora de executar sua sentença, vendo a prova de sua culpa, afirma: “Mais justa é ela do que eu”.

Nos dois capítulos, tão contraditórios, são exemplos vivo de que o Evangelho está inserido no livro de Gênesis, bem como em todo o Antigo Testamento. A escolha é de cada um de nós. Qual dos dois imitar?

Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

1) - Seja sincero“A resposta sincera é como

beijo nos lábios” (Pv 24.26).• Salomão diz que a sin-

ceridade é gostosa para

a vida.• Seja transparente.• Não iluda.• Seja quem você é, não

uma pessoa “fake”.

2) - Seja amigo“O amigo ama em todos

os momentos; é um irmão na adversidade” (Pv 17.17).

• Salomão diz que a ami-zade é uma demonstra-ção de amor.

• Amigos são anjos.• Você tem o melhor ami-

go: Deus.

3) - Seja humilde“Bem-aventurados os hu-

mildes, pois eles receberão a terra por herança” (Mt 5.5).

• Mateus ensina que a humildade gera recom-pensa.

• Uma pessoa humilde se-

gue o princípio de Jesus.• A humildade é conta-

giante.

Conclusão:“Seja uma pessoa que to-

dos fazem questão de ter ao lado!”.

Como ser querido pelas pessoas

Eram dois irmãos

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7o jornal batista – domingo, 13/08/17missões nacionais

O povo sertanejo foi impactado pelo poder do Evan-gelho durante os

últimos 15 dias do mês de julho. Entre os dias 14 e 31, mais de 200 irmãos de todo o Brasil foram voluntários em cinco bases no sertão nordestino: Marcolândia - PI, Barreiras - BA, Juazeiro - BA, Petrolina - PE e Exú - PE. O pastor Fernando Brandão visitou algumas das comu-nidades que receberam os voluntários e viu de perto os resultados da evangelização dos sertanejos. Leia abaixo os resultados de cada base.

Juazeiro e PetrolinaNas bases de Juazeiro -

BA e Petrolina - PE, coorde-

nadas pelo missionário Ra-fael Lucchiari, foram cerca de 85 voluntários atuando em quatro comunidades de Pernambuco e três da Bahia.

Uma caravana da Igreja Batista da Orla de Vila Ve-lha - ES participou com 80 voluntários. A Igreja também levou para o sertão mais de duas toneladas de alimentos, cinco mil pares de calçados novos e centenas de peças de roupas ajudaram na cons-trução de templo e de uma casa missionária.

ExuEm Pernambuco, as ações

tiveram como base a cidade de Exu, sob coordenação do missionário Geivesson.

O trabalho dos voluntários juntamente aos Radicais al-cançou diversas comunida-des no redor e consolidou o trabalho que tem sido feito na região através de Peque-nos Grupos Multiplicadores e Relacionamentos Disci-puladores. Durante o Culto da Vitória foram celebrados batismos, o aniversário da Igreja e o casamento de um casal de idosos com mais de 70 anos.

Bom Jesus da LapaEm Bom Jesus da Lapa -

BA, onde atua o missionário Ralison Endrigo, 155 volun-tários vindos dos estados de São Paulo, Tocantins e Bahia participaram das ações, que incluíram abor-

dagens evangelísticas, ações sociais e de compaixão e graça. Durante os dias de operação foram feitos pro-cedimentos odontológicos, atendimentos médicos, dis-tribuídas 840 cestas básicas e milhares de peças de rou-pas e sapatos.

O Culto da Vitória foi uma noite de festa pelas 125 pes-soas que entregaram a vida a Cristo durante a operação. A celebração, que contou com a presença de 580 pessoas, foi marcada com o batismo de 32 novos irmãos alcança-dos através do trabalho feito nas comunidades.

MarcolândiaEm Marcolândia - PI, cam-

po do missionário Alexandre

Ataíde, 50 pessoas de cinco estados diferentes participa-ram das atividades de evan-gelização em cinco localida-des. Na região, 270 pessoas ouviram o Evangelho por meio dos voluntários e, des-ses, 51 aceitaram a Cristo como Salvador.

Os voluntários fizeram duas edições da “Tarde Feliz”, com brincadeiras, evangelização, louvor e lan-che, recebendo 306 crianças nas duas tardes. Ao todo, 103 crianças ouviram sobre Cristo individualmente e 28 aceitaram Jesus.

Os resultados foram de 402 folhetos distribuídos, 20 pessoas integradas aos PGMs e 155 estudos bíblicos realizados.

Operação Jesus Transforma Sertão alcança milhares de sertanejos com o Evangelho

Batismos em Bom Jesus da Lapa - BAPastor Fernando Brandão em Juazeiro - BAVoluntários em Marcolândia - PI

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8 o jornal batista – domingo, 13/08/17 notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 13/08/17 notícias do brasil batista

Saulo Pimentel Wulhynek, primeiro-secretário da Primeira Igreja Batista no Cruzeiro Novo - DF

“Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam” (Lc 11.28).

Este ano, a Primeira Igre-ja Batista no Cruzei-ro Novo - DF (PIBCN) completou 30 anos de

organização. Tempo de farta colheita proporcionada pela Graça de Deus! Localizada na XI Região Administrativa do Distrito Federal, situa-se em uma área de residências funcionais de militares, tendo, por isso, uma constante ro-tatividade da membresia. Ao longo deste tempo, cerca de 1300 pessoas já passaram pela Igreja, que, atualmente, possui 380 irmãos no rol de membros da sede.

Tudo começou com um ponto de pregação em um apartamento alugado na Octo-gonal. A novel capital federal tinha, à época, apenas 27 anos de idade. Sendo uma cidade formada por pessoas dos mais variados rincões do país e com uma cultura carregada de sim-bologias místicas, desde cedo muito careceu da pregação do

Camila Garcêz, jornalista, membro da Igreja Batista no Jaraguá - SP

A Primeira Igreja Ba-tista de São Vicente, no litoral Sul de São Paulo, recebeu este

ano o Instituto de Inverno, de 24 a 29 de julho. Promovido pela Juventude Batista do Lito-ral Paulista (Jubalp), o evento conta com mais de 50 anos de tradição e reuniu cerca de 300 jovens por dia, com destaque para a sexta-feira, dia 28/07, que chegou a 500 pessoas com a apresentação da Cia de Artes Nissi.

Com o tema “Permanecen-do na Fé, Permanecendo na Missão”, o Instituto de Inverno

Evangelho. O trabalho cresceu e frutificou até que no dia 26 de abril de 1987, a Igreja foi organizada com 28 membros, sob a liderança do pastor Alfon Kruklis. Desde então, a Igre-ja teve apenas três pastores: pastor Belmiro Monroe, de novembro de 1987 até agosto de 1989; pastor Admir Gregó-rio dos Santos; e pastor João Roberto Raymundo, desde fevereiro de 1995 até hoje.

Como sempre demonstrou preocupação em seguir fiel-mente os princípios bíblicos deixados pelo Mestre, razão que motivou o tema do ani-versário, teve o cuidado de enviar 16 irmãos ao seminário para preparação teológica, dos quais dez foram ordenados pastores Batistas e dois em outras denominações. Ainda como parte do cumprimento desses princípios, a Igreja man-

alcançou a expectativa dos organizadores, resgatando a co-munhão entre as Igrejas regio-nais, além de promover muita oração e estudo da Bíblia.

Durante os seis dias de evento, a juventude foi con-vidada a refletir sobre a mis-são vocacional, seja no seu cotidiano ou no campo mis-sionário. “Todas as atividades

tém trabalhos sociais de distri-buição de cestas básicas, apoio psicológico à sociedade, apoio aos trabalhos da Cristolândia e da Casa Rosa, dentre outros.

Com o coração ardente por missões, a Igreja tem buscado cumprir a comissão deixada pelo Mestre e registrada em Mateus 28.19-20, em todas as dimensões descritas em Atos 1.8b: “Tanto em Jerusa-lém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Isso trouxe como con-sequência natural, a expansão do trabalho. Assim, organizou três Igrejas: Igreja Batista Asa Sul, Primeira Igreja Batista de Ipaporanga-CE e Segunda Igreja Batista na Estrutural - DF e mantém três Congregações: em Arinos - MG, Recanto das Emas - DF e na DF-140, além do apoio à Congregação em Campos Lindos - DF.

tinham como objetivo levar os jovens a continuarem firmes na fé”, contou o presidente da Jubalp, Diego Turato.

As mensagens foram trans-mitidas pelos preletores pas-tor Michel (PIB de Bertioga), pastor Adilson (Convenção Estadual), pastor Alípio (JMM), pastor Sidney (IB Marapé) e pastor Sérgio Luizetto. Os

Além de apoiar e ter apoiado vários missionários pelo PAM, seus membros, pessoalmente, decidiram cumprir o Ide. Des-sa forma, pelo menos 15 mem-bros estiveram, nos últimos tempos, em 45 países, de qua-tro dos seis continentes, atra-vés de programas como Tour of Hope, Conexão, Radical e Voluntários Sem Fronteiras, além de apoios humanitários a regiões afetadas por catástrofes naturais. Também no território nacional, pelo menos cinco cidades foram alcançadas atra-vés do projeto Pés no Arado.

Foi diante de todas essas vitó-rias que o aniversário da Igreja foi comemorado nos dias 28, 29 e 30 de abril, com grande alegria, através de uma confe-rência evangelística, com direi-to a festa, bolo e inauguração de uma placa comemorativa. Os mensageiros foram os pas-

louvores que tocaram os co-rações foram entoados pelos grupos da PIB de Cubatão, IB Parque das Bandeiras, Comu-nidade Batista da Paz, G2:20 e Coral SIGA PIBIG. Há 10 anos pregando o Evangelho através da arte, a Cia Jeová Nissi abrilhantou a sexta-feira.

Antes das celebrações, os participantes também tiveram

tores Manoel Neto, Orlando Palhares e Evaldo Palhares. Três irmãos de sangue, enviados ao seminário e ordenados através da Igreja. Os dois primeiros são membros fundadores e o tercei-ro se converteu quando a Igreja tinha seis meses de organizada, acompanhando quase toda a sua trajetória.

Os fatos aqui apresentados são, para a Igreja, motivos de extrema alegria. “Grandes coi-sas fez o Senhor por nós, pe-las quais estamos alegres” (Sl 126.3). Foram lutas travadas no campo espiritual, como em toda Igreja, e ações realizadas, mesmo diante de problemas orçamentários e com falta de recursos humanos. Contudo, a luta não é nossa, “Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar--vos” (Dt 20.4).

a oportunidade de aprender sobre sonoplastia, ação so-cial, capelania, fotografia, filmagem, entre outros temas que contribuirão no auxílio à Igreja local.

Mais de 40 Igrejas se en-volveram, representando as cidades litorâneas de São Vi-cente, Praia Grande, Cubatão, Santos, Bertioga e Guarujá.

Instituto de Inverno da Jubalp desperta jovens para vocação missionária

Primeira Igreja Batista no Cruzeiro Novo - DF celebra 30 anos firmada na Palavra

Da esquerda para a direita: Manoel Neto, Orlando Palhares e Evaldo Palhares (irmãos, conferencistas do evento e membros fundadores da Igreja), Jorge Luiz Gonçalves (pastor de jovens) e João Roberto Raymundo (pastor titular) Momento durante a pregação da Palavra de Deus

Evento teve bom público durante todos os dias Programação reaproximou as Igrejas regionais

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11o jornal batista – domingo, 13/08/17missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais*

Angola é o campo af r icano onde a missionária Anal-zira Nascimento,

atualmente coordenando o Com.Vocação, serviu duran-te 17 anos de uma época em que o país viveu uma vio-lenta guerra civil. Huambo, onde hoje está a missionária Rosângela Teck e é desen-volvido um ministério com surdos, recebeu Analzira e voluntários para uma ação que mobilizou crentes locais e permitiu maior integração dos surdos à Igreja e à socie-dade.

Foi o projeto Moda em Angola, que surgiu a partir de

Marzuq e Sarah Marques – Missionários de Missões Mundiais no Oriente Médio

Alegre-se conosco pelas respostas de oração alcançadas, especialmente no

último mês, quando muitas pessoas no Oriente Médio foram resgatadas das mãos de terroristas do Estado Is-lâmico. Algumas voltaram para suas famílias, enquanto outras foram encaminhadas a campos de refugiados. Ape-sar de sabermos que ainda há desaparecidos, louvamos a Deus pelas vidas libertas.

Em nossa visita a essa re-gião, conhecemos e tivemos o privilégio de almoçar na casa de um comandante mi-litar, um homem de humil-dade e gentileza notáveis, reconhecido por seus atos heroicos e que arriscou a própria vida em defesa de seu povo quando da invasão

conversas entre a missionária Rosângela Teck e a Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo - SP, sobre a in-clusão, envolvendo pessoas com problemas de audição na cidade do Huambo, com a proposta principal de profis-sionalização/capacitação de surdos atendidos pelo projeto Pamosi, desenvolvido na Igreja Batista do Calvário, na cidade angolana.

Analzira viajou a Angola com um grupo de quatro pes-soas para essa ação e também outras, como saúde e apoio ao trabalho já desenvolvido por Missões Mundiais. Nes-ta equipe estava a estilista Neuzete Papp, a Neu, que se prontificou a ir, a fim de ministrar cursos de design,

do Estado Islâmico, em 2014.Conversando na casa dele,

o comandante pediu oração, confessando que gostaria que seu filho fosse como um de nossos irmãos ali presentes, um bravo líder cristão local. Assim, pedimos a Deus que atenda ao pedido do coman-dante, alcançando o coração do filho, mas também esten-dendo a salvação para toda a família.

De fato, o nosso Deus é o Senhor dos exércitos, e cremos que o comandante re-conheceu a autoridade divina sobre a vida do nosso irmão. Que o nosso Deus nos ensi-ne e ajude a combater com coragem o bom combate, com todas as armas que ele colocou a nossa disposição (Efésios 6.14-18), para a gló-ria do Seu Santo Nome.

Por outro lado, as mulheres que foram feitas escravas sexuais e aquelas que en-gravidaram dos extremistas

molde e costura. Nos me-ses anteriores à viagem, que aconteceu de 22 de junho a 05 de julho, ela realizou um intenso trabalho de pesquisa, planejando e preparando uma coleção com mais de 40 peças confeccionadas cuidadosamente em tecidos africanos. Em Angola, Neu ministrou a 22 alunos, dos quais a metade era de defi-cientes auditivos; ninguém faltou uma aula sequer.

Os alunos compartilharam também suas histórias de vida; mas muito mais do que expor as dificuldades que enfrentam, demonstraram imensa vontade de aprender e de realizar. Eles falaram de seus sonhos e perspectivas de futuro. Havia entre os alunos

não têm sido bem-vindas de volta ao seu povo. O índice de suicídio, especialmente entre mulheres, jovens e ado-lescentes é alto. Precisamos clamar a Deus por socorro. De fato, um advogado da ONU para sobreviventes de violência sexual instou todos os iraquianos a aceitarem de volta as mulheres que sofreram nas mãos do Estado Islâmico e evitar a sua estig-matização, bem como prestar

pessoas cursando a faculdade ou mesmo já formadas, mas que buscavam ali uma am-pliação dos seus horizontes.

O encerramento do curso foi marcado por um desfile aberto para a comunidade, realizado na Igreja Batista do Calvário. O evento despertou a curiosidade do público, que compareceu em peso. Uma rede de televisão tam-bém cobriu o desfile.

Ao fim do projeto, a lide-rança recebeu tecidos, ma-terial para confecção e duas máquinas de costura para que os alunos, em regime de cooperação, levem adiante o empreendimento. As peças confeccionadas para o des-file também foram doadas à Igreja para servirem de peça-

apoio aos sobreviventes e seus filhos.

Há poucos dias, o governo iraquiano anunciou a com-pleta libertação da cidade de Mossul. A batalha contra o Estado Islâmico começou em 2016 e somente agora a libertação foi alcançada, depois de muitas mortes e destruição.

Conhecidos nossos que escaparam de Mossul dizem que o mais difícil é mudar a

-piloto.Paralelamente, a voluntária

e médica Michelly Breitas realizava atendimentos nas dependências da Igreja. A prioridade foi o atendimento às crianças, mas adultos tam-bém foram consultados.

O sucesso dessa emprei-tada pode ser resumido por uma frase dita por uma das pessoas da equipe de TV: “Um evento como esse não é para acontecer nas depen-dências de uma Igreja no Hu-ambo… É para toda Angola”.

A semente plantada pelo projeto Moda em Angola agora está sob os cuidados de Missões Mundiais.

*com informações de Re-nato Alt, voluntário Com.Vocação

mentalidade das pessoas que habitam aquela região. Eles mesmos acreditam que essa mudança é fundamental para que o terrorismo acabe.

Como Igreja do Senhor, nós conhecemos a resposta para esta situação. Sabemos que somente o Espírito Santo, através da Palavra, pode mu-dar a mente humana e con-vencê-la dos seus pecados, assim como fez e continua a fazer em nós. A Palavra preci-sa ser compartilhada. Agora, será um árduo trabalho de restauração, reedificação, não somente daquela região, mas, especialmente, dos co-rações das pessoas afetadas pela batalha. São multidões traumatizadas pelos horrores vividos, precisando de cura e de novas perspectivas de vida. Sabemos que o bálsamo para estas feridas profundas somente o Senhor Jesus pos-sui. Ele é a ressurreição e a vida (João 11.25).

Oriente Médio: resposta de intercessão

Moda em Angola

Igreja destruída pelo Estado Islâmico no Oriente Médio

Desfile mobilizou Igreja Batista do Calvário, na cidade angolana do Huambo

Também houve atendimento médico a crianças

Oficina de moda teve participação de alunos surdos

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12 o jornal batista – domingo, 13/08/17 notícias do brasil batista

Filomeno Meira Guimarães, pastor da Primeira Igreja Batista em Maetinga - BA

“Os que semeiam em lá-grimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e choran-do, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126.5-6).

Para marcar os 35 anos de organização da Primeira Igreja Batista em Maetin-

ga - BA, e os 15 anos de ministério do pastor Juvanil Batista à frente da mesma, foi realizada uma série de conferências entre os dias 21, 22 e 23 de julho, do corrente ano, com a presen-ça de inúmeras lideranças evangélicas e irmãos de Igre-jas locais e circunvizinhas.

Foram dias renovo e cele-bração a Deus pelas bênçãos recebidas durante esses anos de lutas e vitórias. Foi uma celebração alegre e dinâmi-ca com inspirativas musicais e louvores do coral da União de Homens e União de Mu-lheres da Igreja local, tendo como orador oficial o pastor Ângelo Mario, da Primeira Igreja Batista de Brumado - BA, que levou aos presentes profundas reflexões da Pala-vra de Deus.

Jamilla Carvalho

No dia 09 de julho de 2017, a Primei-ra Igreja Batista de Muriaé - MG, pas-

toreada pelo pastor Áquila Serra Cabral, teve o privilégio de cultuar ao Senhor pela manhã com a promoção de posto da Embaixada Diácono Osvaldo de Barros Abreu.

Desde 2000, o conselheiro tem trabalhado com meninos de 08 a 17 anos, tendo for-

Também marcou presen-ça o pastor Abrão Sampaio Costa, secretário-executivo da Associação Batista do Sudoeste da Bahia (ABASB), que, em nome da Institui-ção, parabenizou o pastor e a Igreja pelos serviços

mado uma antiga embaixada (Embaixada Willian Alvin Hatton) e em 2012 esse novo tempo foi iniciado.

A celebração foi conduzida pelo conselheiro Jaime Martins e pelos próprios embaixadores; o louvor foi ministrado pela pri-meira geração de embaixadores da Igreja e a mensagem foi trazi-da pelo seminarista Mateus Lo-pes, do Rio de Janeiro. Ao todo, foram entregues 19 certificados. Graças damos a Deus por essa organização e por essas vidas!

prestados ao Reino de Deus ali naquela cidade.

A PIB de Maetinga foi fru-to do esforço missionário da Primeira Igreja Batista de Brumado e da Segunda Igreja Batista de Vitória da Conquista - BA, com menção

honrosa do saudoso pastor Valdomiro de Oliveira. De lá para cá, muitos pastores a conduziram através de seus ministérios, e há 15 anos tem sido pastoreada pelo simpático casal pastor Juvanil Batista e irmã Elza,

que iniciou sua jornada mi-nisterial à frente da mesma, quando ainda era seminaris-ta. A Igreja tem crescido e é uma referência na cidade que, por sinal, pastor e Igreja são muito queridos pela so-ciedade Maetinguense.

Primeira Igreja Batista em Maetinga – BA tem dupla celebração

Embaixadores da PIB Muriaé - MG celebram promoção de posto

Crianças da PIB Muriaé - MG Preletor foi o seminarista Mateus Lopes (centro)

Coral da União Feminina Missionária

Coral da União de Homens

Templo da PIB em Maetinga - BA estava lotado

Congregação louvou a Deus pela vida do pastor e da Igreja

Fotos: PIB Muriaé

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 13/08/17notícias do brasil batista

Márcia Flores Barbosa Moura da Silva, filha

Walter Barbosa Gomes, filho m a i s v e l h o de Jerônimo

Ferreira Barbosa e Aide Go-mes Paes, nasceu em 18 de março de 1937, em Baús, região de Paranaíba - MS. Quando ainda bebê, muito doente, à beira da morte, sua mãe, temente a Deus, fez uma oração de entre-ga do seu filho ao Senhor para ser sacerdote, caso ele vivesse. Ele foi criado na fazenda até os 12 anos de idade, quando foi para Três Lagoas - MS iniciar os estudos. Ali ele teve um en-contro com Jesus como seu Salvador e Senhor. Aos 18 anos mudou-se para Cam-po Grande - MS para fazer o Ensino Médio. Teve dez irmãos e sempre foi um es-teio a toda a família.

Tornou-se membro ativo da Primeira Igreja Batista, empenhando-se com a ju-ventude e com a obra evan-gelizadora, tanto que saiu com alguns membros da Pri-meira e outros da Segunda Igreja Batista que uniram-se para formar a Quarta Igreja Batista de Campo Gran-de - MS, sendo membro fundador desta em 11 de fevereiro de 1956. Neste mesmo ano conheceu a jo-vem Maria Magdalena, que estava de passagem pela ci-dade, oriunda de Rio Verde - MS. Ao fixar-se na cidade, no ano seguinte iniciaram o namoro, que durou nove anos, até terminarem seus estudos: ela, no Instituto Bíblico em Curitiba, em 1964; e ele, no Seminário Teológico Batista do Sul do

Brasil, no Rio de Janeiro, em 1965. Casaram-se em 08 de janeiro de 1966 e tiveram duas filhas: a primogênita , Márcia Flores Barbosa – 1967, e a segunda, Marluce Flores Barbosa - 1969.

Ainda no início de 1966 foi empossado pastor da

Quarta Igreja Batista em Campo Grande - MS, onde serviu por 30 anos, até julho de 1996. Seu ministério foi marcado pelo compromisso com Deus e Sua Palavra. Sempre muito cuidadoso no preparo de seus sermões, foi um pastor amigo e visitador,

sempre muito presente nas vidas de suas ovelhas. Amou a obra missionária, refletida no apoio aos missionários, sempre recebendo-os em sua casa e levando a Igreja a envolver-se nas campa-nhas missionárias, levan-tando ofertas desafiadoras, a

orar por missões e também no fazer missões. Nestes 30 anos a Igreja organizou seis novas Igrejas: cinco em Campo Grande (Igreja Batis-ta em Vila Célia, Filadélfia, Vila Margarida, Imperial, e Nova Lima) e uma em uma cidade próxima: Ribas do Rio Pardo.

Foi também um homem denominacional. Foi presi-dente da Associação e da Convenção Batista Estadual algumas vezes. Serviu por um tempo como secretário--executivo da Convenção Estadual, serviu também como membro da Junta de Educação do Seminário Teo-lógico Batista do Sul do Bra-sil e dedicou-se ao Ensino Teológico no Seminário Ba-tista do Oeste do Brasil por muitos anos. Levou a Igreja a ser fiel na contribuição denominacional (seja finan-ceira ou com seu potencial humano) independente das circunstâncias.

Seu legado foi muito gran-de a toda a família, Igreja e todos que conviveram com ele: marido fiel e compa-nheiro, pai presente, zeloso e amoroso, um avô dedica-do e cuidadoso. Homem humilde, temente a Deus, de muita sabedoria, que primava pela obediência e fidelidade. Íntegro em seu viver: sua vida refletia sua pregação. Em seus últimos anos enfrentando um Pa-rkinson degenerativo conti-nuou deixando seu legado de temor, confiança, gra-tidão e submissão a Deus. Louvado seja o Senhor por fazer e permitir à sua família e Igreja conviver com um servo fiel que combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé.

Histórico do pastor Walter Barbosa Gomes

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14 o jornal batista – domingo, 13/08/17 ponto de vista

“Pois, quem jamais conhe-ceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (I Co 2.16).

Paulo está se referindo à natureza que rece-bemos de Cristo por ocasião do novo nas-

cimento (II Coríntios 5.17). Temos, agora, o pensar de Cristo. Tudo o que é verda-deiro, puro, justo, amável, de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe é da mente de Cristo (Filipen-ses 4.8). Todo o pensamento do cristão deve ser moldado pelo ensino de Cristo. A obra dEle em nós tem as Suas marcas indeléveis. Elas não podem ser apagadas, pois, uma vez salvos, o somos para sempre (João 5.24; 10.28). Temos a segurança da sal-vação, pois o Salvador a ga-rantiu em Sua obra na cruz e

na ressurreição. Temos a Sua mente porque fomos inclu-ídos na Sua morte e fomos juntamente ressuscitados com Ele em novidade de vida (Romanos 6.1-11).

Pensarmos como Cristo é refletirmos no Pai, fazermos a Sua vontade, andando sempre pela estrada da obediência. É empreendermos a caminhada da reverência. É vivermos cada dia a diaconia do amor, emprestarmos dons e talentos para abençoarmos as pessoas. Ele quer que toquemos as pes-soas e oremos por elas. Deve-mos sempre agir com o amor, a mansidão e a humildade do Mestre. Ajamos sempre com a generosidade de Cristo, ajudando as pessoas, andan-do por toda a parte fazendo o bem (Atos 10.38). Ouça-mos o próximo com atenção amorosa, sejamos prudentes no falar, semeemos a Paz de Cristo que excede todo o

entendimento (Filipenses 4.7), trabalhemos arduamente para a expansão do Reino de Deus em toda a Terra. Celebremos ao Senhor com júbilo e nos apresentemos a Ele com cân-ticos (Salmos 100).

O fato de possuirmos a mente de Cristo significa procedermos com sabedoria. Sabermos o momento certo de abordarmos as pessoas. Aproveitarmos muito bem cada oportunidade porquan-to os dias são maus (Efésios 5.16). Emana de Cristo, o nosso Salvador e Senhor, a capacidade para consolar os tristes, cuidar dos enfer-mos, tratar dos encarcerados, dedicar tempo aos idosos, albergar os maltrapilhos, pro-curando sempre testemunhar o Evangelho da cruz. Somos chamados para encorajarmos os desanimados, passarmos o bálsamo nas feridas dos que sofrem as machucaduras

da vida. É mister que pro-curemos sempre ouvir com atenção àqueles que sofrem, lutarmos pela justiça social, contra a corrupção, pela efi-ciência e transparência dos governantes, tratarmos mui-to bem do meio ambiente porque, sem Cristo, nada do que foi feito se fez (João 1.3). Ele é o nosso modelo de gestão ambiental. Toda a nossa abordagem e cuidado do meio ambiente passa pela cosmovisão cristã. Há uma ética cristã em nossa relação com o ecossistema que tem a sua base no amor a Deus e ao próximo.

Pensarmos como Cristo é andarmos como Ele andou (I João 2.6). É amarmos os inimigos, bendizermos os que nos maldizem, abenço-armos os que nos perseguem, fazermos o bem aos que nos fazem o mal, orar pelos que nos rejeitam (Mateus 5.43-

48). É tornar-se parecido com Cristo Jesus, ao levantarmos os abatidos, ministrando o descanso e o alívio aos que estão cansados e oprimidos (Mateus 11.28-30). Ele quer que profiramos uma palavra de esperança aos desespe-rados, pois Jesus Cristo é a nossa única esperança.

O discípulo deve ser como o seu Mestre. O servo deve obedecer e trabalhar para o seu Senhor. Jesus sempre pensou e agiu em favor de nós. Devemos sempre pensar e agir para beneficiarmos os outros. O Mestre quer que construamos relacionamen-tos frutíferos, abençoadores. Nós temos a mente de Cristo para fazermos sempre o bem às pessoas. Mente simples, saudável, equilibrada, que opera a vontade de Deus na expansão do Seu Reino em toda a terra, tendo em vista a glória do Seu nome!

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15o jornal batista – domingo, 13/08/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Depois de viver por mais de 40 anos no meio eclesi-ástico e denomi-

nacional assisti inúmeras discussões e até embates acalorados em plenário de assembleias e, até mesmo, em seus corredores. Em ca-sos assim, depois de passado o momento da tensão foi possível observar que muitas discussões foram baseadas em opiniões e não em fatos.

Mas, afinal, há diferença entre estes dois temas? Sim, e bastante. Enquanto falamos em “fatos” mencionamos o “fato em si”, a “realidade dos fatos”, como se costuma di-zer, isto é, a situação concre-ta que existe ou existiu, in-dependentemente de como poderemos interpretá-la, de nossa opinião, etc. Um fato pode ser um acontecimento, por exemplo, ou mesmo uma situação concreta. Então a opinião, a interpretação tem origem na pessoa, o fato está ligado à realidade em si, àquilo que é concreto, inde-pendente do sujeito, como dizemos em Filosofia.

Temos o direito de ter opi-niões? De interpretar um fato em si? Sem dúvida, é natural que haja interpretação. Neste sentido, cada um de nós pos-sui o que podemos chamar de “repertório” de informa-ções, disposições a respeito de um tema ou acontecimen-to concreto. Estas premissas incluem nossa formação, nossa cultura, filosofia de vida, visão de mundo, expe-riência pessoal, e, pode até mesmo, incluir preconceitos contra uma situação ou pes-soa. Mas incluem também nossa tipologia psicológica. Uma pessoa com persona-lidade focada no aspecto relacional, por exemplo, ten-derá a ver um Jesus amigo, que socorre as pessoas. Por

outro lado, uma pessoa com personalidade focada em uma visão crítica poderá ver um Jesus contestador. Isto é o que chamamos em Exe-gese de condicionamentos psicológicos da interpreta-ção. Só por isso já é possível perceber que interpretações e opiniões são provisórias, precárias. Os fatos precisam ser colocados à luz para que possamos comparar nossas opiniões ou interpretações com eles.

Um exemplo que muito tive de trabalhar nesse ter-ritório foi buscar explicar as implicações envolvidas na oficialização do ensi-no teológico no Brasil que trouxe e ainda traz inquie-tações a diversos líderes. Lembro-me que uma vez algumas pessoas acusaram uma instituição teológica de que havia se tornado dema-siadamente acadêmica de-pois do reconhecimento do MEC e até havia mudado seu currículo. Tomei o cuidado de perguntar a estes líderes se conheciam o currículo daquela instituição antes do reconhecimento e até mesmo o atual. A resposta foi negativa. A pergunta se-guinte que pude fazer foi: “Esta conclusão que vocês chegaram se baseou então em que fato?”. A conversa quase parou nesse momen-to, pois eram opiniões sem o conhecimento da realidade. Entendi que precisavam de esclarecimento e, então, foi uma oportunidade para de-monstrar que aquela institui-ção, depois da oficialização, conseguiu até resolver uma situação que se delongava na escola há muito tempo, entre outras resolvidas, que foi a ênfase na formação ministerial, tendo ainda a in-clusão de centenas de horas de estágios práticos para que

o aluno pudesse se formar. Então, o fato foi que a matriz curricular tornou-se aperfei-çoada com a equalização entre a formação acadêmica, ministerial e de vida. Exata-mente o oposto da opinião que eu havia ouvido.

Recentemente, o Conselho Geral da Convenção paulista até publicou um documento de cerca de oito páginas no livro do mensageiro onde perguntas como estas foram respondidas de forma di-dática. Como percebi, por exemplo, que nessa área de educação teológica ofi-cializada muitas opiniões eram formadas sem o devido conhecimento de fatos con-cretos, então o documento se inicia com uma série de “testes” prévios para que a pessoa possa responder an-tes de modelar a sua própria opinião ou interpretação, tais como: • Você já leu e conhece toda

a legislação educacional sobre a oficialização do ensino teológico no Brasil? Os Pareceres/Resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as No-tas Técnicas do MEC? As Diretrizes Curriculares Na-cionais para os cursos de Bacharelado em Teologia recentemente aprovadas pelo MEC?

• Com respeito a institui-ções que estão com difi-culdades e até em estado grave de funcionamen-to, que possuem cursos oficializados, você tem conhecimento das cau-sas reais das dificuldades? No caso dos seminários nacionais, por exemplo, você já teve acesso aos relatórios do Conselho Fis-cal da Convenção Batista Brasileira para conhecer a situação das gestões destes seminários, que foram, por

exemplo, apresentados na Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Be-lém, PA, em 2017?

• Com respeito às questões curriculares e doutrinárias que alguma instituição possa possuir, você já ava-liou a sua matriz curricular e as ementas das discipli-nas? Já tomou conheci-mento de fatos internos da instituição com relação às decisões internas que constroem as matrizes cur-riculares, por exemplo? Quem ou qual colegiado da instituição escolheu o modelo doutrinário que está sendo adotado? Como é a seleção dos docentes (professores)? Quais cri-térios são adotados para a sua escolha? Na matriz curricular do curso estão presentes disciplinas que indicam a confessionali-dade da instituição? Qual a carga de disciplinas da área ministerial, da área bíblica, da área teológi-ca, por exemplo? Quem decido o conteúdo das disciplinas? O professor ou a instituição por meio de sua orientação denomina-cional? Tudo isso não é de-cisão da legislação, como você verá mais adiante, mas da instituição.

• Você já visitou uma insti-tuição oficializada e abriu um diálogo sobre suas preocupações com a di-reção e coordenação pe-dagógica da instituição? Procurou ouvir como este tema é tratado na prática educacional e gestão da escola?

• Você já teve a oportunida-de consultar e ler com de-talhes o Regimento Interno ou Escolar da Instituição? Para poder ver como a gestão educacional e dou-trinária são tratadas? Quais

critérios de ingresso dos candidatos?E isso tudo ainda sem con-

tar que diversas exigências não são oriundas da legisla-ção educacional em si mes-ma, mas da Constituição e de legislações paralelas, tal como a exigência de isono-mia no ingresso de alunos conforme o que determina o Artigo 5º, Incisos VIII, XLI, Art.. 3º Inciso IV, da própria Carta Magna do País. Exigên-cias estas que não se aplicam apenas a instituições oficiali-zadas, mas a qualquer esco-la, mesmo não oficializada.

Delonguei-me um pouco, mas foi para dar um exem-plo mais claro que podemos formar a opinião ou interpre-tação que quisermos, sobre qualquer assunto, tema ou acontecimento, mas deve-mos ter a coragem de sermos confrontados com os fatos. Embora o exemplo tenha sido no campo da educação teológica, em que trabalho por mais de 40 anos, essa tensão entre opiniões e fa-tos ocorre em outras áreas e, até mesmo na pessoal e relacional.

Creio que muita dissenção e desgastes poderiam ser evitados se aprendêssemos antes a perguntar, a ver no terreno da concretização dos acontecimentos o que de fato ocorreu ou está ocor-rendo. Perguntar não ofende, especialmente se for com palavra branda (Provérbios 15.1), agradável e temperada (Colossenses 4.6). Quantas vezes pessoas já foram fe-ridas, relacionamentos fo-ram interrompidos, decisões prejudiciais foram tomadas simplesmente porque não se fez essa diferença entre opinião e fatos, enfatizando julgamentos (Lucas 6.37) em vez de diálogo. Que tal alimentarmos esta prática?

Diferenças entre fatos e opiniões

“Por mais que você mostre, prove e argumente, não faz diferença. As pessoas

só enxergam o que querem enxergar!”

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