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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 12 Domingo, 23.03.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 No último sábado, dia 8, foi realizada a forma- tura dos alunos da primeira fase do Centro de Formação Cristã em Alcântara, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes voluntários, membros de diversas igrejas e líderes que acompanharam os formandos em sua trajetória (pág. 07). Leia na página 11 o depoimento de Anand Jones, Orientador Estratégico-Pastoral da JMM e Missionário no Sul da Ásia. Conta como o esporte é uma poderosa ferramenta que Deus colocou nos pés e nas mãos do Brasil. E por isso tem sido usado como estratégia para chegar à classe média alta no Sul da Ásia com o desafio de alcançar 250 milhões de pessoas. Alunos da 1 a fase do CFC Alcântara se formam no Rio de Janeiro Entre em Campo com Cristo, pelas Nações O Jantar Missionário, evento anual da Associação Batista Sertaneja, foi o momento escolhido para a solenidade de formatura da primeira turma de Especialistas em Missiologia do Instituto Betel do Brasil, Curso de Extensão do Seminário de Educação Cristã (SEC), no sertão de Pernambuco. Um momento importante foi a assinatura do convênio entre o SEC e o Instituto Betel do Brasil para a promoção de cursos livres de caráter eclesiástico em nível de Mestrado (pág. 08). Jantar missionário e formatura em Petrolina, PE

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1o jornal batista – domingo, 23/03/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 12 Domingo, 23.03.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

No último sábado, dia 8, foi realizada a forma-tura dos alunos da primeira fase do Centro de Formação Cristã em Alcântara, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes voluntários, membros de diversas igrejas e líderes que acompanharam os formandos em sua trajetória (pág. 07).

Leia na página 11 o depoimento de Anand Jones, Orientador Estratégico-Pastoral da JMM e Missionário no Sul da Ásia. Conta como o esporte é uma poderosa ferramenta que Deus colocou nos pés e nas mãos do Brasil. E por isso tem sido usado como estratégia para chegar à classe média alta no Sul da Ásia com o desafio de alcançar 250 milhões de pessoas.

Alunos da 1a fase do CFC Alcântara se formam no

Rio de Janeiro

Entre em Campo com Cristo, pelas Nações

O Jantar Missionário, evento anual da Associação Batista Sertaneja, foi o momento escolhido para a solenidade de formatura da primeira turma de Especialistas em Missiologia do Instituto Betel do Brasil, Curso de Extensão do Seminário de

Educação Cristã (SEC), no sertão de Pernambuco. Um momento importante foi a assinatura do convênio entre o SEC e o Instituto Betel do Brasil para a promoção de cursos livres de caráter eclesiástico em nível de Mestrado (pág. 08).

Jantar missionário e formatura em Petrolina, PE

2 o jornal batista – domingo, 23/03/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Parabéns pela edição!

• As edições do dia da esposa de pastor e do dia da mulher no Jornal Batista estão maravilhosas! Que bom poder ler as homena-gens às esposas de pastores. Se, quando eu pesquisava para meu livro nas páginas antigas e amareladas de O Jornal Batista, encontrasse essas informações da época, com certeza o livro seria enriquecido.

Quando não contamos a história de nossas mulheres, ou quando não oferecemos espaço para que desenvol-vam seus dons e talentos, o reino de Deus perde de uma maneira que só a eternidade poderá aquilatar.

Profª. Ms Rute Salviano Almeida

Bacharel e mestre em Teologia, pós-graduada em

História do Cristianismo, escritora da editora Hagnos

Alguns crentes acre-ditam que a família cristã deve ter um padrão de compor-

tamento, acabam criando regras de aparência. Não falar palavrão, orar antes de comer, orar antes de dormir, ler a Bíblia antes de dormir, só comer com toda a famí-lia na mesa, e tantos outros rituais. Se você pensa que família crente é a que não briga e segue apenas essas posturas, cuidado! A questão de uma família cristã não está em seguir tais ritos, todas

essas ações acontecem de forma natural quando o agir é direcionado por Deus.

Não se engane! Família briga, e muito, o tempo todo. Mas o diferencial vem depois de suas discussões, o amor e carinho inundam. Suas de-savenças só existem porque cada integrante da família tem uma personalidade dife-rente do outro. Não existem mágoas, o amor supera tudo. E nenhuma palavra é cravada como uma faca.

Uma família cristã tem pra-zer em ler a palavra de Deus,

bem como segui-la. É uma fa-mília que se dedica em servir a Deus, bem como fazer mis-sões a cada oportunidade, em servir seus irmãos em Cristo, e transformá-los em pessoas da sua família. Uma família cristã busca a Cristo juntos, e de for-ma separada. Cada integrante entende sua responsabilidade diante de Deus.

Orar antes de comer, não ter o hábito de falar palavrão, respeitar cada pessoa da fa-mília e suas limitações, orar antes de dormir, e outros, não são rituais, mas sim consequ-

ência de uma vida entregue a Deus. Uma família que se en-trega a Deus vê a importância de cada integrante, e por isso deseja estar unida. E por isso deseja que o jantar seja em comunhão com todos.

É pelo desejo de cultivar a família dada por Deus que a postura de todo cristão em sua família deve ser a busca constante pela vontade de Deus. “Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Lu-cas 12.31).

(AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 23/03/14reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Quantas pessoas integram a sua família? Não sei precisar ou nu-

merar. Dos que fazem parte da faina do dia a dia, consi-go contar algumas dezenas. Mas, há familiares que não conheço e nunca os vi. Pri-mos distantes. Residem em outras plagas. Costumes di-ferentes. Cultura específica. Experiências religiosas an-tagônicas ao que creio. Um verdadeiro campo missioná-rio. Há parentes que eram achegados, mas, o tempo e as circunstâncias se encar-regaram de afastá-los. Bom seria se pudéssemos conhe-cer e conviver com todos. Ficaríamos admirados com a miscigenação. São parentes que se uniram a outras raças. Absorveram o viver de uma nova cultura. Falam outro idioma. Continuam família, sem o vínculo desejável da verdadeira família. Tal ver-dade cunhou o dito popular: “Quem tem telhado de vidro, não joga pedras no telhado do vizinho”. Um dos meus avós, português, dizia: “toda família tem um ladrão de ca-valos”. Hoje, tempos moder-nos, ele mudaria a afirmação

para: “Toda família que se preza, tem um drogado ou um gay”. Não há como esca-par. Todos temos os nossos calcanhares de Aquiles.

Isto sem contar as filosofias dos avós espanhol, mouro, alemão, suíço, indígena e africano. Até chegar a Adão a miscelânea apresentará melo-dias várias. Difícil, às vezes, no meu caso particular, saber em determinados momentos qual o sangue corre mais for-te nas veias. Especialmente nos momentos de conflitos.

Todos esses fatores influen-ciam a formação de cada individuo. Em alguns mo-mentos não conseguimos determinar qual sangue ou qual fator hereditário flui em nossas veias. A mistura de cada parte forma a complexi-dade do individuo. Algo que deveria contar e ser levado a sério no momento do ca-samento.

A pergunta a ser feita, que não se faz, seria: “A pessoa pretendida tem uma história de família?” Que influência essa história desconhecida, exercerá no casamento? A paixão, o romantismo, a ida-de cegam e nada se questio-na, para tristeza de alguns.

Quando os pais escolhiam as pessoas com quem casar os filhos, os conflitos fami-liares eram menores. Bus-cavam-se sempre alguém já aclimatado à história familiar. O tempo levou os jovens a fazer suas próprias escolhas, com quem se casar. Aos pais sobrou apenas a dor do im-previsível. Sabem que não é a pessoa ideal para o filho e a história da família. Pais cris-tãos redobraram as orações, nem sempre respondidas. Deus respeita o livre arbítrio de cada individuo; inclusive dos nossos filhos. O recurso é se preparar para o pior. O maldito divórcio numa famí-lia que nunca ouviu tal pala-vra. A criação dos netos pelos avós. Lágrimas são derrama-das, e muitas. Razão simples: almejamos para nossos filhos a felicidade, o melhor.

Vem à lembrança a experi-ência dos pais de Sansão. O fim do grande guerreiro teria sido diferente, caso tivesse atendido aos conselhos dos pais. Não atendeu! Estava cego pela paixão momen-tânea. Paixão que o deixou com os olhos furados.

A dificuldade aumenta quando os netos começam

a escolher os futuros inte-grantes da família. A expe-riência de vida dos avós é longa e rica em detalhes. A vida lhes ensinou a prever os perigos, os detalhes, as emboscadas e as subtilezas do inimigo.

Os netos “são os filhos com açúcar” que Deus nos concede ao cumprir a reali-dade do Salmo 127. Ao ver os namorados dos netos, os corações dos avós estreme-cem. Aquele jovem simpáti-co vem de uma família iras-cível. Aquele outro de uma família com muitas histórias de divórcios. Desequilíbrios, os mais variados, integram as histórias das famílias. O somatório de tudo isso é pre-visível. Todas as investidas de modernização da família foram vencidas pelos avós. Oração, culto doméstico, testemunho, integração na Igreja, fidelidade à EBD e a convicção de que os fi-lhos são dádivas divinas (Gn 33.5). Agora tudo isso cons-truído ao longo dos anos parece desabar. Os futuros agregados, suas origens, as patologias de suas famílias, os valores que lhes foram inculcados, a aceitação de

novos modelos de famílias. Tudo conspira contra o so-nho de uma família perfeita.

Os avós sofrem mais do que os pais de seus netos. Aos filhos ocorreram acon-selhamentos. Aos netos só resta a convicção de que Deus continua respondendo as orações de seus filhos. É difícil orar suplicando ao Senhor que os namoros dos netos não redundem em ca-samento. Que Deus tenha misericórdia da família. Os avós almejam ver os netos dando continuidade a uma família feliz. Com pessoas que não venham a quebrar a unidade e os vínculos da família temente ao Senhor.

Anima-nos a experiência de Jacó ao abençoar os netos. “Seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais, Abraão e Isaque...” (Gn 48.16). Em suma, que o vín-culo da fidelidade familiar não seja quebrado com a chegada dos agregados. Deus ouviu a petição do vovô Jacó. Continua hoje ouvindo as orações dos avós que supli-cam que as famílias de seus netos sejam abençoadas e abençoadoras.www.pastorjuliosanches.org

4 o jornal batista – domingo, 23/03/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A ansiedade do sustento

reflexão

Jesus viveu uma vida des-pojada de bens materiais. E Ele quis passar esses va-lores aos Seus discípulos,

quando disse: “Não busquem ansiosamente o que comer ou beber; não se preocupem com isso” (Lucas 12.29).

O Mestre nunca recomen-da a ociosidade. Para Ele, trabalhar sempre foi uma ne-cessidade. Ele mesmo disse: “Meu Pai trabalha até agora e Eu trabalho também”. A ênfase de Jesus reside na mo-tivação de quem trabalha: se o cristão trabalha porque tem medo de ficar sem dinheiro para prover o suficiente, é aí que Cristo interfere. Um cristão, por menos rico que seja, tem que assimilar a se-guinte verdade: o sustento e o amparo dependem sempre do Senhor. Ficar ansioso pela vida é o resultado de confiar nos próprios esforços para ga-rantir o básico da existência. Trabalhar é bom. Trabalhar ansioso não é bom.

Para Jesus, a razão é sim-ples. O Pai Celeste, que man-tém todas as coisas no univer-so, conhece muito cada um de nós, Seus filhos. Sabedor dos nossos medos de não ter o suficiente, Jesus chegou até a pequenos detalhes, ao ensi-nar sobre a providência divi-na. Disse, por exemplo, que o Senhor contabiliza cada fio de cabelo que cai de nossa cabeça! E aí, finalmente, fez uma grande afirmação: “o Pai sabe que vocês precisam dessas coisas. O Pai sabe sobre nossas contas médicas. O Pai sabe sobre o aumento do preço das escolas. O Pai sabe sobre o custo da nossa moradia. Somos nós que não sabemos que Ele sabe. Jesus, por isso, insiste em que descansemos nas promessas divinas de que Ele cuidará de nós. Realmente, não é obri-gatório ter ansiedade pelo nosso sustento. Vale a pena conversar com o Senhor, sobre isso.

Manoel de Jesus TheColaborador de OJB

Wa l d e m i r o Tymchak vi -sitou a antiga URSS, no tem-

po da perseguição. Assis-tiu os cultos na única igreja permitida pelo comunismo imperante na época. Era uma igreja para “inglês ver”, para dizer ao resto do mundo, que no comunismo, a fé religiosa era livre. Era esquema de propaganda. Voltou embeve-cido, e, nos tempos em que éramos pastores de igrejas próximas, tínhamos uma sau-dosa comunhão.

Tempos depois, terminada a perseguição, um irmão russo, foi visitar Moscou. Borbulhavam os primeiros movimentos de fé evangé-lica. Estava sedento para conversar com os outrora perseguidos. Saiu frustrado. A arrogância estava gruda-da na pele deles. Só faltava uma placa no peito; fui um dos perseguidos. Em todas as épocas de perseguição, os perseguidos enfrentaram três épocas: antes (a escolha a ser feita), durante (o sofrimento por causa da fidelidade a Cristo), e após a perseguição, como administrar a glória de ter sido perseguido.

O peso da glória é perigo-so. Os pastores, e os mem-bros de grandes igrejas, cor-rem o risco de não saberem suportar esse peso. Por outro lado, os pastores e membros de pequenas igrejas, correm o risco de sofrerem complexo de inferioridade. No interreg-no das nossas Convenções, temos várias tribos circulan-do. Temos a tribo do sapo que virou príncipe, do prín-cipe que virou sapo, do sapo que não consegue deixar de ser sapo, e o príncipe que não é capaz de administrar sua majestade.

Na maioria das igrejas ve-mos ambientes formatados para sustentação de grupos, e de continuidade. Temos igreja do Pastor Tal, do Vô, do Tio, ou seja, o peso da liderança está numa família, ou então, em grupos que se entrelaçam, formando um só. Numa das igrejas que pastoreei, três meses depois da posse, o presidente do

corpo diaconal marcou um lanche em minha casa. Antes de sair me adiantou: “Pastor! Se o senhor estiver bem com este grupo, estará bem com a igreja”. Um ano depois o diácono iniciava um movi-mento para me tirar o pasto-rado. A igreja defendeu-me a ponto de me comover. Seis meses depois, foi preso pela polícia federal, e foi notícia no maior jornal da região. Perguntaram-me: “O senhor sabia dos problemas pessoais do diácono?” “Sabia, mas não faria a diferença”. Confio em Deus, não no que eu sei a respeito da vida dos outros. Por que não experimentar esse sistema?

Agora temos a circulação dos graduados em defenso-res da doutrina. Um colega, cuja igreja é completamente desatrelada da denominação batista, disse-me: “Agora os batistas estão divididos entre os que aceitam pastoras e os que não aceitam”. Percebi uma certa glória em ver a denominação em perigo. Uma igreja batista pode até aceitar pessoas que discordo que se aceite, e o problema é dela, não da Convenção. Se o que uma igreja fizer dividir a Convenção, um dos princí-pios básicos dos batistas é, também, só para inglês ver. Como nos tornamos mem-bros de uma igreja local? Não pode dividir pois existe autonomia das igrejas. Não é uma adesão por escolha? Não é uma adesão livre? Se acho que a igreja a qual sou membro, está saindo dos princípios batistas, peço carta de transferência, e, ponto fi-nal! Como a Convenção acei-ta uma igreja como filiada? Não é por voto? Ela não tem documentação examinada, doutrina examinada? A Con-venção é livre para aceitar ou rejeitar.

Há um grande perigo de criticarmos nosso próximo, pois, por detrás da crítica, está o orgulho por nos jul-garmos donos da verdade, únicos certos, e colocarmos uma auréola em torno de nossos frontes. Esse perigo também corremos quando nos julgamos os defensores da disciplina cristã. Quando ficamos avaliando quem é salvo e quem não é salvo.

Cristo já nos antecipa que isso será função dos anjos (separar trigo do joio), a nós cabe comunicar como ser sal-vo, não julgar quem é salvo.

O peso da glória tem afe-tado os envolvidos com se-minários não reconhecidos. Como isso custa caro, em termos financeiros, tempo, estudo, tocam a trombeta da fidelidade ao princípio da separação igreja X estado. Afirmam os defensores do não reconhecimento oficial, de que o governo interfere nas matérias a serem colo-cadas no currículo. Por que levantar uma questão, que não é verdadeira? Se o estado não interfere, de que lado es-tão? Do lado da verdade? Fui submetido a exame por uma comissão de aprovação para registro de uma de nossas entidades teológicas e per-guntei sobre isso. A resposta foi: “não, não interferimos. O que nos apresentaram como grade, não sofrerá nenhuma alteração”, foi a resposta. Agora pergunto: Se, algum dia houver interferência, o que fazer? Simplesmente pedir anulação do registro! Por que ninguém se lembra disso? O motivo da crítica é outro, e deixaremos o juízo da motivação com Deus.

Poderíamos desfilar um rosário (perdão pelo termo), de posturas em que o peso da glória traz lastro de orgulho, pois, qualquer posição que tomarmos sempre o inimigo mete a colher para que haja vaidade em nosso coração, pela posição tomada. Na prática da oração, pregação, louvor, até na santificação, o peso da glória está por perto, e, as coisas mais santas po-dem tornar-se pecaminosa.

Para finalizar, confesso minha própria dificulda-de nesse quesito. A cada sobressalto dos costumes pós modernos, que afetam a tranquilidade de meus ir-mãos, minha mente é as-saltada pela ansiedade de decisão, de que lado ficar, aí me vem o consolo. O mandamento do amor. É o único que não se incorpora ao perigo do peso da glória. Carlos Valadares conta que o governo cubano resolveu fuzilar um prisioneiro para quebrar a moral dos encar-

cerados. Escolheram um pas-tor da Assembleia de Deus (Oh Glória! Dirão os irmãos da Assembleia!). Antes de morrer pediu para orar. Ajo-elhou-se e em voz bem alta orou pedindo que Deus per-doasse seus fuziladores. A moral dos prisioneiros subiu tanto com o testemunho que

eles nunca mais repetiram a estratégia. Ah! Que saída gloriosa o Senhor Jesus nos deu a todos. Paulo fala a Ti-móteo que nos últimos dias o amor de muitos esfriará. Que o Senhor me mantenha o amor aquecido, e também aos mais de um milhão de batistas brasileiros.

5o jornal batista – domingo, 23/03/14reflexão

A b o i a d a c a i x a d’água quebrou e a água ficou jorran-do dia e noite pelo

ladrão, caindo no telhado e vazando pela tubulação de esgoto da casa. Durante várias semanas, aquela água escorreu pelo ladrão, até que algum vizinho telefonou para a Companhia de águas e fez a denúncia. Os agentes da empresa compareceram, fe-charam o registro na rua sem que o morador percebesse e o notificaram por escrito, dando-lhe o prazo de 24 horas para que fosse feito o concerto. No mesmo dia, o morador subiu, ele mesmo ao telhado e concertou a boia. Água é vida. Precisa-mos dela para viver. Desper-dício de água é desperdício de vida, mas um bom per-centual de água potável que sai da estação de tratamento é jogado pelo ladrão, vaza por tubos quebrados na rua e pelo mau uso, sem falar dos hábitos da população, que raramente sabe utilizar o precioso líquido.

Deixam a torneira aberta enquanto escovam os dentes ou enquanto ensaboam as louças na pia, tomam banhos demorados deixando a água descer do chuveiro o tempo todo, deixam a água escorrer pela mangueira enquanto passam o xampu na lataria do carro, enchem a lavadora de roupas todos os dias, deixam a torneira aberta enquanto ensaboam o cachorro. Tudo isso eu já fiz, menos ensabo-ar cachorro porque nunca tive animal algum em minha casa. Nos condomínios, o desperdício é maior porque, no final do mês, a conta será dividida por todos os condô-minos e cada morador pensa que outros é que pagarão a água que ele desperdiça. Esse é um desperdício que causa dano aos moradores e a toda a população. Economizar água é um sinal de consciên-cia cidadã. Algumas pessoas raciocinam assim: De nada adianta eu economizar água se os outros não o fazem, o que é uma atitude egoísta, indigna de um cristão.

Deus, porém, não desper-diça a sua graça. A graça do céu jamais vaza pelo ladrão.

Na multiplicação dos pães, depois que todos tinham comido a fartar, Jesus or-denou aos seus apóstolos: “Recolham os pedaços que sobejaram para que nada se perca” (João 6.12). Os dons e talentos que o Espírito deu a você estão sendo usados para a glória de Deus ou estão vazando pelo ladrão da indi-ferença e da ociosidade espi-ritual? Todos os dons provêm da graça de Deus. É dano para o Reino desperdiçá--los. O seu tempo está sendo usado para oração e estudo da Bíblia ou está vazando pelo ladrão da conformação com o mundo? Os seus atos de adoração estão glorifican-do a Deus em Espírito e co-municando a mensagem do evangelho para salvar vidas ou estão vazando pelo ladrão da vaidade, do exibicionismo e da gratificação da carne? Deus não desperdiça a sua graça. Ou ela é usada por nós para abençoar nossa pró-pria vida e a vida de outros, ou o registro das bênçãos é fechado sem que disso nos demos conta. Se a graça está vazando pelo ladrão em sua vida, concerte a sua boia pelo arrependimento e volte a ser um canal da graça de Deus para abençoar os pe-cadores. Água é vida. Não pode ser desperdiçada. A graça de Deus é vida para a nossa alma. Desperdiçá-la é um grande dano para nós e para o Reino.

Hoje em dia, muita prega-ção é desperdício de tempo e de energia, vaza pelo ladrão da inconsistência bíblica, da falta de amor e da falta de unção. Muitas orações vazam pelo ladrão da formalidade, da intelectualidade sem emo-ção, da superficialidade que não representa humildade e sinceridade diante de Deus. Muito evangelismo é des-perdício de poder espiritual, pois fica somente na esfera do relacionamento social e do diletantismo, sem alcançar a alma dos evangelizados. Não permitamos que a graça de Deus seja desperdiçada pela nossa falta de preparação es-piritual, de santidade de vida e de sincero amor pelos peca-dores porque, de fato, Deus não desperdiça a sua graça.

Pr. Paulo de Oliveira JuniorIgreja Batista Memorial de Americana, SP

Salmos 14.2, 3, 7 e 11.7 (mensagem):

“Do céu, o Eterno põe a cabeça para

fora. E olha em redor. Pro-cura alguém que não seja tolo – um único homem que deposite sua esperan-ça em Deus; uma única mulher disposta a seguir a Deus. Mas Ele volta de mãos vazias: não encontrou ninguém. Desorientadas, sem ter quem as pastoreie, as ovelhas se revezam no papel de pastor. Noventa e nove delas seguem sua companheira. Existe alguém aqui que possa (nos) sal-var? Sim, Deus está aqui: o Eterno transforma a vida. Jacó, restaurado, cantará de alegria; Israel, restaurado, cantará e exultará.

O negocio de Deus é con-sertar as coisas: seu prazer é endireitar linhas tortas – É nos endireitar. E, uma vez em pé, poderemos olhar para Ele – olho no olho”.

Em nosso dia a dia ficamos frenéticos “correndo atrás do prejuízo”, como diz o adá-gio popular. E, nessa saga, ficamos empenhados em resolver o urgente em detri-mento do que é realmente importante. O resultado é que acabamos ensimesmados e não cumprimos o propósito para o qual fomos criados: Viver para a honra e glória de Deus.

Mas Deus é perseverante. Ele está do céu a procura de alguém: seja homem ou mu-lher, jovem ou adolescente, criança ou idoso... qualquer um, que ao invés de ficar

cuidando de resolver sua própria vida, descanse e fique tranquilo, depositando sua esperança unicamente na pessoa e senhorio de Deus.

Atualmente há um dito po-pular, estampado nas placas de caminhões e para-brisas de carros que nos lembra: “Deus deu uma vida para cada um, para que cada um possa cuidar da sua”. Infe-lizmente, quando ficamos envoltos com nossa própria vida somos fadados ao fra-casso. E não somente nós, mas também os que nos cer-cam. Daí, a observação do salmista: ficamos desorienta-dos e seguimos pessoas tão desorientadas quanto nós mesmos.

Consequência: a instalação do caos e do desespero. Fa-mílias desestruturadas, vícios que matam e definham a pes-soa e a sociedade, sentimento de inutilidade, decepção... E, tome síndromes. Síndromes para todos os tipos.

No meio desse “inferno”, a garganta aperta, o coração acelera e, quando estamos a explodir gritamos: Será que existe alguém que pos-sa nos salvar? A resposta, graças a Deus é um estron-doso e escandaloso SIM. Sim, exis te um alguém. Esse alguém é o próprio Deus. Ele é “Espírito Pes-soal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo”.

Ele é o único que pode:1. Transformar nossas vidas

Não importa como esteja-mos. Não importa o quanto eu ou você tenhamos pe-cado e desagradado a esse Deus, Ele pode reverter a situação.

2. Converter nosso choro em alegria

O pecado deixa Deus triste. E, Deus triste nos deixa em nossos delitos e pecados. As consequências, para nós e para o próximo, são desastro-sas. O que nos leva ao choro e ao desespero.

3. Consertar as coisasUm abismo chama outro

abismo. Somente Deus, é o único capaz de consertar aquilo que arrasa nossas vi-das. Em todos os aspectos: fí-sico, moral, social e espiritual.

4. Nos endireitarDizem que “pau que nasce

torno, morre torto”. Mas, Deus pode fazer o impossí-vel acontecer. Afinal, essa é sua especialidade. Ele, e somente Ele, pode fazer com que sejamos direitos, pois é especialista em endireitar gente que “não presta”.

5. Restaurar nossa dignidadeTodos nós fomos criados

à imagem e semelhança de Deus. Mas, o pecado nos corrompeu e denegriu. Por isso, não há remédio. Em lugar de sermos o que fomos criados para ser, seres espe-ciais e de posição elevada, somos seres desorientados, corruptos e corruptores. Per-demos nosso valor e nossa dignidade. E por isso somos declaradamente, inimigos de Deus. Somente Deus, através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz é que pode restaurar nossa sorte, nos fazer nova-mente amigos de Deus e nos habilitar a nos apresentarmos diante Dele, olho no olho.

Não se desespere. Não se entregue. Tão somente creia. Existe sim um Deus, e Ele quer cuidar de ti!

6 o jornal batista – domingo, 23/03/14 notícias do brasil batista

Priscila SlobodticovComunicação PIBA

“Eu v o s e n v i o a t r iun fa r na luta...”. Ao som do hino 545 do

Hinário para o Culto Cristão (HCC), os cultos do dia 9 de fevereiro foram celebrados com dois envios missionários pela Primeira Igreja Batista de Atibaia (PIBA). No período da manhã, o casal Roberto e Augusta Forte já tiveram a oportunidade de servir a pri-meira ceia para os membros da congregação em Itapeva (MG), local em que servirão a Deus enviados pela PIBA. Para o momento da noite, foi

a vez do casal Éder e Rosana Gonçalves, enviados para pastorear a Igreja Ágape em Osaka, no Japão.

A visão missionária da PIBA é baseada nas Escrituras, com o propósito de alcançar os confins da terra, seja por meio de Juntas Missionárias, ou mesmo pelo envio da própria Igreja. Com diver-sos projetos missionários, a PIBA tem ultrapassado as fronteiras para proclamar o evangelho de salvação. Ao todo, atualmente, são cinco congregações da igreja, e já há estudos para a sexta.

O Pastor Antônio Mendes, pastor titular da PIBA, diz a respeito do envolvimento

da Igreja com o campo mis-sionário: “Todos os nossos campos missionários, Alago-as, Piauí, Cuba, Sul de Mi-nas, Morro da Mangueira-RJ, Rio Grande do Sul, recebem equipes da Igreja nas muitas viagens missionárias que a PIBA realiza por ano”.

O trabalho direcionado para o Sul de Minas, é fruto do investimento inicial da Igreja Batista em Monte Ver-de, que compartilhou sobre a possibilidade da PIBA dar continuidade ao que vinha sendo realizado no local. Assim, a PIBA adotou este projeto como mais uma de suas congregações. O culto de inauguração foi realizado

no dia 22 de fevereiro, com a expressiva presença dos membros da PIBA, cerca de 200 pessoas.

O envio do casal Éder e Rosana para o Japão foi car-regado de uma história mais intensa. Há 18 anos Takahiro Nagaoka, atualmente mem-bro da PIBA, morou no Japão e através de reuniões entre os cristãos locais que falavam português, iniciou o que hoje é conhecida como Igreja Ágape, em Osaka. Desde o final do ano de 2013, o casal já acompanhava a realidade desta comunidade através de conversas pela internet. Após o culto da noite, viajaram na mesma semana, chegando no

dia 15 de fevereiro no Japão.Os desafios são grandes e a

obra não pode parar. O Pas-tor Antônio Mendes finaliza compartilhando um pouco sobre o investimento da igre-ja no ambiente missionário: “A PIBA tem sido, ao longo dos anos, uma Igreja missio-nária e com o objetivo de investir 60% de suas entradas financeiras em missões. Hoje já estamos na casa dos 40%. Há também um importante despertamento de vocacio-nados para missões dentro da própria Igreja, o que torna mais fácil o envio de irmãos conhecidos, cujas vidas de-monstram para a Igreja sua vocação missionária”.

Primeira Igreja Batista de Atibaia aos confins da terra

7o jornal batista – domingo, 23/03/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Com o objetivo de mostrar que Jesus ama e valoriza, a Missão Batista Cris-

tolândia promoveu um dia de atendimentos específicos para as mulheres que vivem nas ruas, aproveitando a co-memoração do Dia da Mu-lher. Voluntárias de várias igrejas ajudaram na progra-mação que ofereceu servi-ços como corte de cabelo, manicure, maquiagem, além do banho, café da manhã, almoço e lanche.

É o segundo ano que a programação é realizada. Segundo a missionária em formação, Wilma Gonçal-ves, é importante fazer com que as mulheres se sintam especiais e amadas porque elas chegam à Cristolândia sem identidade e sem amor. “Elas necessitam se ver como importantes para Deus”, dis-se. E foi este o foco da men-sagem compartilhada pela gerente regional de missões para o Rio de Janeiro, Maria Helena Santos, durante o culto. “Falei sobre os planos de Deus para suas vidas, que elas têm a possibilidade de serem princesas do Senhor, e que Deus fez cada uma delas para serem felizes por toda a eternidade”, explicou Maria

Redação de Missões Nacionais

No último sábado, dia 8, foi reali-zada a formatu-ra dos alunos da

primeira fase do Centro de Formação Cristã em Alcân-tara, no Rio de Janeiro. Esti-veram presentes voluntários, membros de diversas igrejas e líderes que acompanharam os formandos em sua trajetó-ria. Pr. Dejalmir da Cunha, da Igreja Batista Central em Bonsucesso; Pr. Sebastião da Mata, da PIB em Alcântara; Pr. José Barreto, da PIB do Rocha; entre outros, também compareceram.

A cerimônia foi conduzida pelos próprios alunos, que foram orientados pelos coor-denadores do CFC Alcântara, Raphael e Joice Scotelaro. As homenagens dos alunos aos colegas formandos emocio-naram a todos. O orador da

Helena Santos, missionária de alianças estratégicas.

“Elas precisam crer que Deus tem o melhor para elas. Apresentamos não só a Pala-vra, mas também o cuidado. Este evento é importante de-vido à carência delas. Fomos usados por Deus para mostrar carinho e amor, coisas que muitas não experimentam há anos e outras nunca tiveram”, defendeu a voluntária Diana Galdino, da Primeira Igreja Batista em Santa Isabel. Ela tem ajudado na missão desde o começo, de várias formas (corte de cabelo, cozinha, evangelismo). “Deus nos usa, basta que nos coloquemos à sua disposição”, declara.

A missionária Regina Ciri-no, que é médica, também participou da programação especial do Dia da Mulher e compartilha da mesma opi-nião que Diana. “Aqui na

turma, Walmir, fez um dis-curso comovente destacando a dedicação de seus pais e líderes em seu processo de recuperação, e louvando a Deus pela vitória de estar ali.

Out ro momento emo-cionante foi quando o for-

Cristolândia, nós fazemos o que for preciso. Quando precisaram de alguém na co-zinha, eu fui ajudar. Sempre pergunto o que estão preci-sando. Temos que vir com esse espírito de ajudar no que for preciso”, conta Regina, que tem sido voluntária na Cristolândia e prestou aten-dimento médico durante o Dia da Mulher. Ela também destacou a relevância de va-lorizar as mulheres como um todo, no aspecto emocional e físico, incluindo saúde.

O amor pelas almas e o desejo de servir a Deus tem impulsionado esta obra. O apoio dos parceiros e volun-tários tem ajudado vidas a terem um encontro com Cris-to, percebendo o quanto são especiais. “O Dia da Mulher não foi minha primeira vez como voluntária. Já vim em outros eventos e ajudo sem-

mando Flávio deixou uma palavra de incentivo aos alunos mais novos e recém--chegados ao CFC. Em seu discurso, ele também des-tacou a importância da per-severança e da constância mesmo nos momentos mais

pre que posso. Como já fui profissional da unha, dediquei esse momento para a obra do Senhor, ajudando as vidas que estão aqui. Qualquer pessoa que vier ajudar na Cristolândia sairá abençoado também. O que nos motiva é o amor. Convido as pessoas

difíceis para alcançar e con-servar as bênçãos de Deus em suas vidas.

O formando Ademir ho-menageou os discipuladores que, com perseverança, es-tiveram ao lado dos alunos ajudando-os a compreender a

que ainda não conhecem para virem dedicar horas do dia para abençoar este mi-nistério”, disse Jenifer Soares, da Primeira Igreja Batista em Itauna, que também ajudou a traduzir o culto para a lingua-gem dos sinais em LIBRAS para uma das convidadas.

Palavra de Deus. O paraninfo da turma foi o Pr. Sebastião da Mata, que destacou o pri-vilégio de estar junto aos alunos caminhando e apren-dendo com eles.

A cerimônia foi encerrada com uma oração de gratidão e com um cântico de louvor a Deus. Com a colaboração da Primeira Igreja Batista de Marambaia, houve também uma festa para todos, promo-vendo assim um momento de confraternização.

Interceda por este projeto, a fim de que vidas conti-nuem sendo alcançadas tornando-se firmes nos ca-minhos do Senhor. Ajude para que mais vidas sejam transformadas. Faça contato por meio do [email protected] ou pelos telefones 4007-1075 (capitais e regiões metropolitanas) / 0800-707-1818 (outras regiões) / (21) 2107-1838.

Cristolândia Rio de Janeiro promove dia de homenagem às mulheres

Massagem foi um dos cuidados especiais

Voluntárias ajudaram de várias formas durante a programação

Mulheres reunidas durante o culto

Alunos da 1a fase do CFC Alcântara se formam no Rio de Janeiro

Alunos celebram mais uma conquista na nova trajetória

8 o jornal batista – domingo, 23/03/14 notícias do brasil batista

9o jornal batista – domingo, 23/03/14notícias do brasil batista

Nós & Nossos Filhos

10 o jornal batista – domingo, 23/03/14 notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralMembro do Conselho Editorial de OJB

No dia 29 de no-vembro passado, no templo da Se-gunda Igreja Batis-

ta de Nova Friburgo, RJ (Pas-tor Nilson Gomes Godoy), foi realizado o culto gratula-tório que a família Bastos e a Primeira Igreja Batista de Nova Friburgo prestaram a Deus pelos cinquenta anos de ministério pastoral do Pastor Judson Garcia Bastos. Foi uma solenidade em que a comunidade, os amigos de longe e de perto, as ins-tituições locais e estaduais, estiveram presentes.

Quem é Judson Garcia Bastos?

Nasceu em 30 de abril de 1934 em Lage de Muriaé, RJ. Filho do Pastor Nilo Cerqueira Bastos e de Antônia Garcia Bastos. Seu pai foi “torre” d’O Jornal Batista na edição de 8 de junho de 1969 em home-nagem ao “Dia do Pastor”, co-memorado naquela data. Além do Pastor Judson, o Pastor Nilo foi pai do Pastor Jair Garcia de Cerqueira e de Josué Garcia de Cerqueira, já falecido.

Batizado pelo próprio pai, aos doze anos, idade que tinha Jesus quando dialogou com os doutores da lei no templo, durante os três dias que lá permaneceu. Seu ba-tismo foi em cumprimento à decisão da Igreja Batista em Santa Rosa, Itaperuna, RJ. Sua infância e mocidade foram marcadas por muitas lutas e dificuldades, mas no seu co-ração já acalentava o desejo de ser pregador do Evange-lho. Sua família transferiu-se para a cidade de Itaperuna, onde pôde estudar e, assim, em 1960, confirmada sua chamada para o ministério, in-gressou no Seminário Teoló-gico Batista Betel, instituição fundada pelo Pastor José de Miranda Pinto, na cidade do Rio de Janeiro, para facilitar jovens e adultos carentes que precisavam trabalhar durante o dia para estudar à noite.

A Consagração ao Pastorado

O concílio que examinou e consagrou ao santo ministé-rio da Palavra de Deus acon-teceu no dia 30 de novembro de 1963, no templo da Igreja Batista de João Pinto a con-vite da Igreja Batista Nova Betânia. Presidiu o concílio o Pastor Herodice de Carva-lho Bastos em solenidade a qual compareceram 32 pas-tores. Foram examinadores

os pastores Walvique Soares Henriques, João Batista Paulo Guedes, Waldomiro Mota e outros. Pregou o sermão oca-sional o Pastor Jabneel Silva.

Ao longo de cinco décadas o Pastor Judson pastoreou oficialmente as seguintes igrejas: Nova Betânea (4 anos e meio); Vilar Formoso (9 anos); Parque Araruama (8 anos); Primeira de Macaé (9 anos); Primeira de Coelho da Rocha; Central de Cachoeira de Macacu (10 anos); Pri-meira de Nova Friburgo (12 anos), sua atual igreja.

Pastoreou interinamente as seguintes igrejas: Primeira de Barra Mansa; Segunda de Barra Mansa; Terceira de Co-elho da Rocha; Primeira de Quissamã; Memorial de Nova Iguaçu; Teles de Menezes; Glicério e Castalia. Participou como Presidente da organi-zação das seguintes igrejas: Segunda de Barra Mansa; Terceira de Coelho da Rocha; Primeira de Quissamã e Igre-ja Batista de Castalia, todas no Estado do Rio de Janeiro. Entre tantos vocacionados ele encaminhou e consagrou ao ministério batista os pastores Elias Werneck e Eliseu Wer-neck. Encaminhou 16 semina-ristas, 5 iberistas (antigo IBER), promoveu a consagração de cerca de 60 diáconos. Bati-zou, em números redondos, 1.150 batismos.

Atividades na DenominaçãoTem sido convidado para

realizar conferências evange-lísticas em igrejas diversas e até mesmo fora do Brasil. Tem participado como Pastor dos Acampamentos de Diáconos da Convenção Fluminense; das organizações femininas, preletor de Congressos e de Projeto Missionário em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Seus pastorados são marcados pelo comprometimento fiel de suas igrejas com a Deno-minação.

Foi eleito, pela primeira vez, para a Diretoria da Con-venção Batista Fluminense em 1970, como 4º Secretá-rio. Daí em diante sempre eleito para a Diretoria, ocu-pando cargos diferentes. Foi membro das antigas Juntas da Convenção: Coordenadora, Educação, Beneficência e Evangelização. Durante 12 anos foi Diretor Executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Estado do Rio de Janeiro.

Na Convenção Batista Bra-sileira foi membro da Junta Patrimonial e da Associação Evangélica Denominada Ba-tista do Rio de Janeiro, a mais antiga instituição batis-ta no Brasil.

Foi Presidente de três asso-ciações: Meritiense, Macaen-se e Serrana. Recebeu títulos honoríficos dos seguintes municípios: Macaé, São João de Meriti e Cachoeira de Ma-cacu. Organizou e presidiu a Junta Executiva da Associa-ção Batista Sul Fluminense.

A esposa Erly Barros BastosErly e Judson casaram-se em

20 de maio de 1961. Casaram--se de tal forma que até os compromissos eclesiásticos e denominacionais se identifica-ram de tal forma que ora ele, ora ela, ora ambos estavam em algum lugar cuidando dos compromissos pertinentes à causa do Reino de Deus. A fa-mília, a Igreja, a Associação, a Convenção eram compromis-sos partilhados por eles. Erly foi inúmeras vezes membro da Diretoria da União Femi-nina Missionária Batista Flu-minense, ocupando os mais variados cargos, alternando a presidência, vice-presidência e secretaria. E foi também lí-der de organizações da União

Feminina. Na Convenção Ba-tista Fluminense foi membro da Diretoria também diversas vezes: 3ª secretária, Volta Re-donda, 1979; 3ª secretária, Caxias,1980; 1ª secretária, São João de Meriti, 1986; 4ª secretária, Caxias, 1989; 1ª se-cretária, São Fidélis, 1994; 1ª secretária, São Fidélis, 2010.

O filho MaurícioMaurício, é casado com Pa-

trícia da Silva Araújo Bastos, pais de Beatriz, o mimo dos pais e dos avós. Ele é natural de Itaperuna onde nasceu em 9 de junho de 1965. Formado em Administração de Empre-sas com Pós-Graduação em Controladoria e Finanças. Diá-cono atuando na Igreja Batista do Conforto em Volta Redon-da. Três vezes Presidente da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro. Membro do Conselho Geral da Con-venção e do Conselho Fiscal. Membro da Junta de Educação da Convenção Fluminense e atualmente Controller da Convenção Batista Brasileira.

O Jubileu de Ouro Ministerial

O culto gratulatório foi um acontecimento batis-ta e evangélico naquela cidade serrana. Estiveram presentes muitos pastores entre os quais o Pastor Amil-ton Vargas, atual Secretário Executivo da Convenção Batista Fluminense; o Pastor Josué Ebenézer, da Acade-mia Evangélica de Letras do Brasil, AELB, e Presidente da Associação Batista Serra-na; o Pastor Jônatas Farizel, Executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, seção Fluminense; o Pas-tor Nilson Gomes Godoy, ex-Diretor Executivo da Convenção e ex-Executivo da Junta de Beneficência e atual Pastor da 2ª Igreja Batista de Nova Friburgo. Esteve também presente o Deputado Federal Arolde de Oliveira, grande amigo da família Cerqueira Bastos, batista que tem sido reeleito sucessivamente há algumas eleições legislativas.

Pastor Judson Garcia Bastos comemora Jubileu de Ouro pastoral

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPARA A 85ª ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA UNIÃO FEMININA

MISSIONÁRIA BATISTA CARIOCA – UFMBC

Na qualidade de presidente da União Feminina Missionária Batista Carioca – UFMBC em cumprimento ao Artigo 6º do Estatuto da União Feminina Missionária Batista Carioca, convoco as mensageiras das Organizações Femininas das Igrejas Batistas deste Município para a realização da 85ª Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 12 de abril, sábado, a partir das 08h30m, na PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO RIO DE JANEIRO, situada à Rua Frei Caneca, 525, Estácio - RJ, para eleição da Diretoria 2014/2015, bem como analisar e deliberar sobre assuntos gerais de interesse da União.

Rio de Janeiro, 11 de março de 2014.

Roseli Martins Xavier PintoPresidente - União Feminina Missionária Batista Carioca

11o jornal batista – domingo, 23/03/14missões mundiais

Entre em Campo com Cristo, pelas Nações

Anand JonesOrientador Estratégico-Pastoral da JMM e Missionário no Sul da Ásia

O título deste arti-go é o tema de Missões Mun-diais para mobi-

lizar as igrejas no Brasil este ano. No nosso caso espe-cífico, é “Entre em Campo com Cristo pelas nações na Ásia”.

“Todas as nações virão à tua presença e te adorarão”, diz a divisa em Apocalipse 15.4, e sabemos que isso se tornará realidade pelo envio de profissionais e obreiros que compartilharão o evan-gelho de Cristo além da oração. Não será pelo exér-cito de anjos ou soldados armados. No Apocalipse e nesta aclamação, Deus age pela política do Cordeiro.

Estamos dedicando esfor-ços e estratégias para che-garmos ainda mais à classe média alta no Sul da Ásia com o desafio de alcançar

Eliana MouraRedação de Missões Mundiais

Pensando em servir à nossa geração em parceria com as de-mais organizações

da Convenção Batista Bra-sileira, o SIM, Todos Somos Vocacionados, congresso sobre vocação que está em sua segunda edição, a ser realizada entre os dias 1 e 3 de maio, na PIB do Rio de Janeiro, vem mais uma vez à frente, lançando tendências. Desta vez, a novidade são os LABS, Laboratórios de Vocação.

Chegando como uma ne-cessidade percebida pela equipe do SIM em relação ao nosso tempo, este tra-balho tem relevância pela sua singularidade e perso-nalidade colaborativa. De fato, nossas habilidades e interesses por leitura, Teo-logia, Missiologia e Vocação e pesquisa são respostas às oportunidades de ação mis-sionária em nossa geração. Também é preciso pensar a Missão.

Os Laboratórios de Vo-cação são uma oportunida-

250 milhões de pessoas e também outros povos não alcançados, com seus 45 milhões de cidadãos, e onde impera a sharia (lei islâmica).

Temos também o desafio de alcançar os tay, nung, budistas, malaios e promo-ver a paz entre dois grupos rivais no Sri Lanka. Um dos meios para chegar até esses povos, em um futuro ime-

de inovadora no cenário de eventos cristãos brasileiros. A equipe do SIM não quer trabalhar sozinha ao pensar sobre vocação, mas quer construir de forma coletiva. Por isso, os LABS são grupos de estudo sobre vocação, que começam em ambiente virtu-al e continuam no presencial, durante os dias do congresso SIM. Para participar de um LAB durante o evento é pre-ciso ter se envolvido com os LABS virtuais.

Mentoreados por textos de Analzira Nascimento, David Bosch, dentre outros, os pe-quenos grupos conversarão sobre temas como História da Vocação, Missio Dei e Reino de Deus para fomentar uma Teologia da Vocação, que dará origem a um documen-to, registro destes estudos e pesquisas de quem não quer ficar de fora deste movimento de Deus no mundo.

Como faço para entrar em um LAB?

Para começar a ser parte de um LAB é muito simples. Todos podem se envolver. Basta seguir as orientações que estão no menu “LABS” do site www.vocacao4D.

diato, é através do esporte.O esporte é uma poderosa

ferramenta que Deus colo-cou nos pés e nas mãos do Brasil. Com ele, podemos levar a povos não alcança-dos uma nova realidade de vida e uma outra Copa do Mundo: a vida eterna e os valores do evangelho. Que preciosidade e responsabi-lidade!

com.br ou acompanhar o facebook.com/S IMTSV, além da fanpage de Mis-sões Mundiais (facebook.com/MissoesMundiais). O primeiro passo é ler o texto “Para entender a vocação: uma história da Missão”, disponível nas páginas ci-tadas, e enviar as respostas

Mas onde estão os obrei-ros e profissionais do espor-te? O grito continua como em Mateus 9.37-38. Preci-samos de pelo menos 10 treinadores de futebol para adentrarmos nos campos da Ásia onde ainda há um número significativo daque-les que ainda não tiveram contato com as boas novas de Cristo. É justo deixá-los

das tarefas que estão no final do artigo para [email protected]. Após o primeiro envio das res-postas, será enviado um convite oficial para o in-gresso em um LAB, sendo o participante direcionado a um dos líderes que orien-tarão os fóruns virtuais.

sem essa possibilidade em pleno século 21?

Os apelos são muitos, a demanda é grande, e os obreiros e profissionais são poucos. O esporte é eficaz porque produz visibilidade nos meios de comunicação, estimula a socialização, transmite valores e fala uma linguagem que adolescen-tes e jovens entendem. É uma ferramenta ímpar para colocar esses valores e tam-bém a cosmovisão bíblica e singularidade da pessoa de Cristo.

Sim, entremos em cam-po pelas nações na Ásia: o esporte é um dos meios. Interceda por 10 ou mais treinadores de futebol que, juntamente com a capoeira, serão instrumentos do Reino entre os não alcançados em países asiáticos. Missões muda vidas, transforma co-munidades e povoa os céus com jovens e adultos, aman-tes do esporte, que ouvirão de uma outra corrida, a da vida eterna.

E depois?A cada semana, dois tipos

principais de conteúdo serão publicados: um texto com tarefas e um vídeo de apoio. Fique conectado e não perca nenhuma publicação. Faça parte de um LAB e esteja no SIM 2014. Saiba mais em www.vocacao4D.com.br

Esporte é uma ótima ferramenta para levar o evangelho a países fechados na Ásia

O SIM e os LABS: a experiência de fazer história

12 o jornal batista – domingo, 23/03/14

Ministério de Comunicação da PIB de São João de Meriti, RJ

A Primeira Igreja Ba-tista de São João de Meriti, RJ, dirigida há quatro anos pelo

pastor Claudio José Farias de Souza, comemorou este ano seus 89 anos de organização. O evento realizou-se nos dias 22 e 23 de fevereiro, com muita alegria, louvor e grati-dão ao Senhor.

Os dias de celebração acon-teceram sempre com a Igreja repleta de membros e de con-vidados, onde, pela graça de Deus, viram a manifestação de Sua glória, tanto através dos louvores e da palavra, quanto através do excelente desempenho dos seus volun-tários. Estes, com exemplar dedicação, conduziram os participantes a uma organiza-da utilização das dependên-cias da Igreja durante toda a programação e transmissão dos cultos.

Já no primeiro dia de cele-bração (22/02), a Igreja foi le-vada a uma profunda reflexão sobre o seu posicionamento e dedicação em favor do Reino, a partir da mensagem intitu-lada “Um lugar na Igreja de Cristo”. Através da pregação baseada no evangelho de

João, capítulo 12, dos ver-sos 1 ao 8, o orador, pastor Carlos Elias (PIB de Campo Grande/RJ), enfatizou que a Igreja do Senhor precisa fazer a diferença perante a socie-dade. Os ouvintes puderam experimentar um grande que-brantamento, durante o de-senvolvimento da mensagem, que dialogou, também, com o livro de Jeremias 19. Os participantes foram agracia-dos, ainda, pelas excelentes mensagens bíblicas e musicais do grupo “Logos”, que muito abençoou a programação.

A mensagem bíblica da ma-nhã do dia 23 ficou sob a responsabilidade do Pastor Walter Jr. (Igreja Batista Rio da Prata, Bangu/RJ), que pautou sua reflexão no livro de La-mentações 5. Ele comparou o retrato da sociedade hodierna ao da sociedade em que vivia o profeta Jeremias. Desafiou a igreja a perceber como a atual sociedade é vazia, levando-a

também refletir que cada cris-tão precisa sair de sua zona de conforto e ser um profeta que leve o evangelho a cada criatura. Naquela manhã, a PIB de São João contou com a participação do “Coro Reuni-do”, desta mesma Igreja, que muito edificou os presentes com sua mensagem musical.

À noite, o evento teve como orador o pastor Levi Mello (PIB de São Gonçalo/RJ). Ba-seado no livro de Jeremias 9.23 e 24, o pregador de-mostrou o quanto a socieda-de pós-moderna zomba de Deus. Enfatizou também que somente a glória de Deus, manifesta na verdadeira vida cristã, pode alcançar, perdo-ar e restaurar o pecador em Jesus. O Pr. Levi defendeu, ainda, que a igreja precisa buscar a santidade para ser, de fato, luz do mundo e sal da terra. O culto também foi marcado pela participação do grupo musical “Trazendo a

Arca”, que alegrou o coração da Igreja com suas empolgan-tes canções.

A dimensão da festividade não poderia ser menor. Isso porque a PIB de São João de Meriti, organizada em 18 de janeiro de 1925, tem muito a comemorar – e muita história a contar. Filiada à Convenção Batista Brasileira, notabiliza--se pelos longos períodos ministeriais, dos quais parti-ciparam apenas cinco líderes. O primeiro foi o missionário norte-americano Salomão Luiz Ginsburg (1925), que em seguida continuou sua missão por outros lugares; o segundo, Ernest Jackson (1926), recebeu o legado do missionário Ginsburg, mas veio a falecer em um nau-frágio, quando viajava em férias para os Estados Unidos; o terceiro, Pr. Joaquim Rosa (1928 a 1957); o quarto, Pr. Walter Santos (1957 a 1988) e o quinto, Pr. José Maria de

Souza (1988 a 2008), que atualmente preside a PIB da Barra da Tijuca. Destaca-se também a participação do Pr. Eli da Silva Laeber que, durante a última transição pastoral (dezembro de 2008 a fevereiro de 2010), con-duziu, como primeiro vice--presidente, o processo de transição, até que, no dia 27 de fevereiro de 2010, o atual pastor, Claudio José Farias de Souza, tomasse posse.

Na atual gestão, a Igreja continua mantendo sua firme-za doutrinária, sua fidelidade na propagação do evangelho e, com os seus cerca de 1500 membros, tem sustentado vin-te e sete missionários. Além disso, o patrimônio da Igreja vem recebendo especial aten-ção, através de um projeto de modernização: focada nas comemorações dos seus 90 anos, a Igreja está em plena campanha para a nova fa-chada, que pretende ser em-blemática para nossa cidade, mas, sobretudo, para honra e glória de Deus.

A programação deste mês de fevereiro, portanto, reflete apenas um pouco da vitoriosa história que envolve a PIB de São João de Meriti e a desafia a continuar sendo sal, luz, exemplo e impacto cristão para sua comunidade.

notícias do brasil batista

PIB de São João de Meriti, RJ, celebra 89 anos de bênçãos

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 23/03/14

Eliana Bess d’Alcantara, filha

Acaba de completar um ano que Deus chamou à Sua Pre-sença o Pastor Oba-

dias Ferreira d’Alcantara. Um ano de saudade daquele que foi, sem dúvida, pastor de almas, esposo amoroso, pai compreensivo, avô querido... enfim, um humilde servo de Deus, como todo servo de-veria ser. Mas sua humildade não substituía a sua firmeza de caráter e segurança nas convicções. Não era um pas-tor que mudava ao sabor das tendências do momento.

Obadias nasceu em 01 de abril de 1927, em Recife, PE, sendo o quarto filho do Prof. Antonio Ferreira d’Alcantara e de Rubenita Cavalcante d’Alcantara.

Quando ainda adolescen-te, mudou-se com a família para Lajedo, PE. Aí se deu a sua conversão, no primeiro domingo de julho de 1943. Um mês depois, no primeiro domingo de agosto de 1943, aos 16 anos, foi batizado na Igreja Batista de Lajedo.

Inquieto com aquilo que Deus já colocava em seu coração, e desejando pros-seguir nos estudos, saiu de casa, regressando sozinho para o Recife. Matriculou-se no Colégio Batista do Recife para fazer o ginásio, já se

sentindo vocacionado para o Ministério.

Seu primeiro sermão foi pregado no dia 01 de março de 1945, na pequena Igreja Batista do Arruda, Recife, em circunstância curiosa: foi participar do culto, mas, estando ausente o pastor, foi intimado pelos irmãos a pregar. Como não estivesse preparado, nervoso abriu a Bíblia aleatoriamente. O texto era Gênesis 14.18-24, quando Abraão deu o dízi-mo a Melquisedeque, rei de Salém. Seu primeiro sermão foi, então, sobre o dízimo. Naquela manhã de domingo, decidiu que nunca mais sairia de casa sem uma mensagem preparada, e desde então não parou mais de pregar.

Concluído o ginásio, foi para o Rio de Janeiro, a con-vite do seu irmão, o Maestro Levino Alcantara, que já es-tava morando no Rio. Aliás, ao saber da morte do irmão, Levino Alcantara, me escre-veu: “Lembro-me agora de um quadro belíssimo lá no sertão de Pernambuco, numa tarde quando o sol já estava em repouso, Obadias, sério disse: ‘Vou para o seminário, quero ser pastor’. E foi”.

Matriculou-se no Seminário do Sul em 1952, concluindo o curso básico de teologia em 1954. Foi imediatamen-te consagrado ao Ministério (10-01-1955) para pastorear

a Igreja Batista de São João, em Porto Alegre (RS), hoje chamada Igreja Batista Passo d’Areia. Nessa Igreja, minis-trou a Palavra de Deus por 4 anos (1955-1959). Durante esse pastorado, a 19 de maio de 1956, casou com Elly Bess, gaúcha descendente da pri-meira família batista alemã, a família Feuerharmel. Obadias conheceu Elly em Santa Maria (RS), em janeiro de 1953, quando lá foi realizar trabalho de férias como seminarista. Em Porto Alegre, Deus deu ao casal a primeira filha, Eliana.

Dali, a família recebeu o convite para pastorear a Pri-meira Igreja Batista de Mante-na, MG. Nos sete anos desse pastorado (1959-1966), nas-ceram os dois outros filhos do casal: Agnes e Werner. A boa visão da PIB de Man-tena investiu em seu pastor: permitiu que ele retornasse ao Seminário do Sul para graduar-se agora bacharel em teologia, turma 1963. Ficou aquele ano no Rio, enquanto a família permaneceu ampa-rada em Mantena. Durante esse pastorado, foi diretor do colégio Instituto do Povo, criado pela Igreja e mais tar-de transferido para o municí-pio, sendo ainda hoje a maior escola de ensino médio do município de Mantena, com cerca de 2000 alunos.

O pastorado seguinte foi na Igreja Batista em Praia

do Suá, Vitória, ES, durante 4 anos (1966-1969). Deus estava preparando o Pastor Obadias para o seu mais longo e último ministério na terra.

Em 30 de novembro de 1969, assumiu o pastora-do da PIB de Campos dos Goytacazes (RJ), recebendo o cajado das mãos do Pastor Rafael Zambrotti. Foram 41 anos dedicados à Causa de Cristo em Campos, pregan-do, visitando, ensinando no Seminário Teológico Batista Fluminense, construindo, dirigindo programa de rádio, fazendo conferências, impac-tando vidas, enfim, fazendo “a obra de um evangelista” (II Tm 4.5).

Aos 83 anos de idade, en-cerrou ali o seu ministério, a 02 de janeiro de 2010, com-pletando um ciclo de 41 anos de desafios e vitórias. Grata, a Igreja imediatamente o ele-geu pastor emérito. Em todos os ministérios sempre contou com o auxílio competente de sua esposa, D. Elly Bess d’Alcantara. Tanto é assim que a PIB de Campos deu ao enorme edifício de Educação Religiosa o nome dela.

Amante dos livros, o Pastor Obadias concluiu, a 28 de dezembro de 1972 o curso de Licenciatura em Filosofia. Em Campos, recebeu o título de Cidadão Campista em 06 de agosto de 1974. Foi di-

plomado com o título de Em-baixador da Paz, pela ONU, em 26 de setembro de 2008. Pertenceu à Junta de Rádio e Televisão da Convenção Batista Brasileira e também à Junta de Beneficência. Em Vitória, foi presidente da Junta do Colégio Americano Batista.

Deus o chamou no dia 20 de fevereiro de 2013. No dia seguinte, no culto de louvor a Deus por sua vida, o grande templo da PIB de Campos estava lotado. Centenas de irmãos e 77 pastores emo-cionados louvavam a Deus pela vida preciosa que viveu e o belo testemunho que deixou o Pastor Obadias F. d’Alcantara. A convite da família, pregou o Pr. João Soares da Fonseca.

Além dos filhos, o Senhor lhe deu cinco netos: Elly e Sissy (filhas de Eliana); Ada Sofia (filha de Agnes); Pedro e Tomás (filhos de Werner).

Na mesma mensagem que enviou, o irmão, Levino Al-cantara, comentou: “Não existe uma palavra que re-presente verdadeiramente a saudade, o vácuo deixado, pois mesmo longe eu sabia o que ele fazia. Descansa na morada eterna do Senhor. A vocês que ficam não cho-rem, alegrem-se no Senhor” (Levino Alcantara faleceu de câncer no dia 20 de janeiro de 2014).

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Obadias Ferreira d’Alcantara(1927-2013)

Foto: IB de Tocos, Campos dos Goytacazes, RJ

14 o jornal batista – domingo, 23/03/14 ponto de vista

Não. Religiosos, sim. A nova natu-reza é de celebra-ção (Gl 5.22; Fil

4.4). Jesus era uma Pessoa bem humorada. O Seu rosto era formoso porque o Seu coração era alegre. Quando o profeta Isaías diz que Ele “não tinha formosura e nem beleza” (53.2, 3), pois era de uma fealdade absoluta, ele está se referindo ao Se-nhor quando estava na cruz, quando se fez pecado por nós (II Co 5.21). O Mestre sempre foi coerente com a Revelação. Aliás, Ele era a Palavra encarnada (João 1.14). A Palavra geradora da nova natureza – a natureza divina (I João 3.9). A nature-za do cântico, da gratidão,

da ternura e da festa. A na-tureza do nascido de novo, que tem um sorriso aberto, cuja alegria está acima das circunstâncias.

É inadmissível um crente genuíno, convertido, rege-nerado, ser uma pessoa an-tipática, intratável. Tendo a natureza recebida do alto, o cristão é uma pessoa sim-pática, empática e solidária! Que faz festa! O nosso Deus é assim. O pai da parábola do filho pródigo representa o nosso Pai, o Deus que faz festa quando um pecador se arrepende. É impressionante o número de religiosos mal humorados, melancólicos, macambúzios, antipáticos e ruins de relacionamento, inclusive líderes e até obrei-

ros que estão no ministério pastoral. Homens formais e muitas vezes inacessíveis ao povo de um modo geral. São acometidos de uma cardio-patia que só o transplante dá jeito. É a troca do coração de pedra pelo coração de carne (Ez 36.26).

O crente, porém, tem a natureza de simpatia conta-giante. Pode ficar triste, mas isto não afeta seus relacio-namentos. Ele cresce com o sofrimento. Aprende com Cristo a se alegrar nas aflições (João 16.33). É muito bom lidar com cristãos, com cren-tes genuínos, mas tratar com religiosos mal humorados é insuportável. Como o Mestre sofreu nas mãos dos religio-sos de carteirinha, legalistas,

implacáveis, que lutavam para o fracasso da mensa-gem do Reino de Deus, da obra de Cristo na cruz e na ressurreição!

Vivemos dias tumultuados quando nossas igrejas estão apinhadas de pessoas sem simpatia, sem sensibilidade, críticas, ácidas. Gente ruim de coração. Infelizmente temos muitos legalistas de plantão. Como vamos ganhar pessoas para Cristo tendo pessoas que dão mal testemu-nho com o seu rosto pesado, amargurado, enrugado de tanta amargura, ressentimen-to e situações mal resolvidas? Muitas preferem ficar assim. Não querem submeter-se a Cristo. Não desejam receber, pela fé, a Sua natureza.

Graças a Deus que a na-tureza do novo homem em Cristo Jesus é a natureza do acolhimento, do perdão e da festa (At 2.42-47; 4.32-37). A Igreja deve revelar a nova na-tureza de Cristo Jesus! Uma Igreja de gente tratável, sim-pática, harmônica, vivendo a sintonia fina de Cristo, nosso Senhor e Salvador! Que está pronta a se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram.

Definitivamente, o religio-so é antipático. O crente ou o cristão é simpático. O primei-ro desprega o evangelho e o segundo, prega o evangelho de Jesus.

Não existe crente antipáti-co! O que existe é o religioso antipático. Pense nisso!

15o jornal batista – domingo, 23/03/14ponto de vista

Ontem uma ex-alu-na me solicitou em minha pági-na no Facebook

dicas sobre como evangeli-zar uma amiga dela que não estava preocupada com a eternidade. Por coincidência tenho conversado com mui-tos jovens sobre como falar de Jesus e da salvação para o mundo de hoje.

Em geral os planos da sal-vação que temos utilizado acabam sendo muito con-ceituais ou dando ênfase parcial à grande obra de Jesus para nos salvar, focali-zando o aspecto jurídico da salvação (morte vicária de Jesus em nosso lugar) e esca-tológico (para nos dar a vida eterna na Nova Jerusalém). Ou, como as 4 Leis Espiri-tuais, que começa falando do amor de Deus, mostra nosso estado pecaminoso e o caminho para termos uma vida bem organizada pela aceitação de Jesus como nosso salvador. Mas, quando aceitamos a Jesus, na realida-de, a nossa vida pode se tor-nar turbulenta considerando os confrontos por causa dos princípios de vida que come-çam a ser alterados em nossa história. Nossos relaciona-mentos poderão entrar em choque quando passamos a utilizar os padrões bíblicos de vida. Então, o desenho que demonstra que tudo fica “bonitinho” na vida, na realidade pode não ser bem assim.

Muitas vezes apresen-tamos um plano da salva-ção mais diretivo ainda, ao desafiarmos o ouvinte se ele deseja ficar livre das chamas eternas do inferno e ganhar a tranquilidade do céu. Tenho conversado com muitos jovens se eles se sentiriam atraídos por mensagem desse naipe e a resposta acaba sendo geral-mente negativa.

Claro que não devemos mudar a essência da men-sagem, só porque o público

não se sente atraído. Aliás, o chamado de Jesus (Lucas 9.23: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mes-mo, a cada dia tome a sua cruz e siga-me!) não é bem acolhido pela Pós-Moderni-dade que focaliza exatamen-te o inverso, cada um tem o direito de viver a sua vida como bem entender.

Então, se tomarmos alguns princípios que já apresentei em artigos anteriores, de que Deus nos criou para a sua glória e isso seria repre-sentado por quatro compo-nentes essenciais – viver em harmonia e comunhão com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada – e que a queda em Adão representou rebeldia contra esse ideal, tornando--se a redenção, a recupera-ção deste estado de rebeldia, então poderemos pensar que a nossa razão de viver reside nestes quatro componentes. Com o pecado invadindo a história humana, deixamos de lado a nossa razão origi-nal de vida vivendo para nós mesmos e chegamos ao caos que chegamos.

Isso nos leva a rever o cen-tro e o cerne do que seja a salvação, que diante desta visão sobre a finalidade da criação, significaria muito mais do que termos sido perdoados os pecados, mui-to mais do que ter a garantia de um dia estarmos na eter-nidade com Deus. Ser salvo representa reconquistar a razão de nossa vida, razão para qual fomos criados, como o supremo propósito de Deus para nossa vida.

Estou pensando aqui no fil-me Matrix quando Anderson ficou diante de Morpheus e teve de escolher viver na irrealidade em que estava (tomando a pílula azul) ou abandonar essa “realidade irreal” ou aparente em que vivia (tomando a pílula ver-melha), isto é, negando a sua aparente liberdade para conquistar a verdadeira li-

berdade. É uma interessante ilustração que pode nos aju-dar no que estou tentando desafiar você.

O céu nos está garantido, Jesus um dia virá, mas preci-samos tornar a salvação real desde já, demonstrando às pessoas que com ela estão conquistando sentido para sua vida desde já. Afinal Jesus nos ensina que somos sal da terra e luz do mundo (Mateus 5) e não sal da Nova Jerusalém e luz das ruas de ouro nos céus.

Que tal começarmos a pensar em reconstruir um plano da salvação demons-trando às pessoas que acei-tar a Jesus é encontrar o sentido da vida desde já, é viver a “realidade real” para qual fomos criados e que nossa condição peca-dora nos afasta disso, sendo trazidos de volta para este estado pela ação redentora de Jesus e pelo nosso es-tado de arrependimento? Mostrar às pessoas, desde o início, que elas serão con-

sideradas por Deus como novas criaturas (II Coríntios 5.17) tendo diante de si novos ideais e princípios de vida?

Penso que assim pode-ríamos deixar de lado al-guns artifícios teológicos como aquele que busca mostrar que primeiro acei-tamos Jesus como salva-dor, depois como Senhor. Parece-me que este é um evangelho da graça barata, precisamos do evangelho integral.

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