ano cxv r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista ... · amor implica em denunciar ... dele...

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Em clima olímpico, Igreja Batista Monte Alegre em Realengo – RJ reúne mais de 100 crianças em Escola Bíblica de Férias (página 09) Reflexão Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Leia o primeiro texto da Coluna “Contando a nossa história” Página 06 Missões Mundiais leva esperança no Setembro Amarelo Página 11 Veja como foi o I Encontro de ER e MR na Bahia Página 10 Comunidade Batista Copaleme – RJ comemora conquista da nova sede Página 12 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 39 Domingo, 25.09.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Page 1: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · amor implica em denunciar ... dele era me atingir por eu ser cristão. Talvez me visse como ... que não sou perfeito,

Em clima olímpico, Igreja Batista Monte Alegre em Realengo – RJ reúne mais de 100 crianças em Escola Bíblica de Férias (página 09)

o jornal batista – domingo, 25/09/16

Reflexão

Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Leia o primeiro texto da Coluna “Contando a

nossa história”Página 06

Missões Mundiais leva esperança

no Setembro Amarelo

Página 11

Veja como foi o I Encontro de ER e MR

na BahiaPágina 10

Comunidade Batista Copaleme – RJ

comemora conquista da nova sede

Página 12

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 39Domingo, 25.09.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · amor implica em denunciar ... dele era me atingir por eu ser cristão. Talvez me visse como ... que não sou perfeito,

2 o jornal batista – domingo, 25/09/16 reflexão

E D I T O R I A L

Não vos conformeis“E não vos conformeis com este mundo, mas transfor-mai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfei-ta vontade de Deus.” (Rm 12.2)

O texto bíblico de autoria do após-tolo Paulo nos leva a refletir so-

bre nossa responsabilidade diante de tantos desafios que temos hoje. Leva-nos a pe-sar nossa responsabilidade como discípulos de Jesus, mas também como cidadãos responsáveis pelos valores cívicos e éticos da sociedade em que estamos inseridos

como sal e luz. A não con-formação da qual o apóstolo nos fala está relacionada com a não semelhança, com a forma diferenciada de agir, a não forma de imitar, mas também a não aceitação passiva dos desmandos que os ímpios querem impor a todos. Se queremos a cada dia continuar a experimentar a perfeita vontade de Deus, se queremos estar a cada dia no centro desta vontade, é nosso dever não nos calar-mos, não aceitarmos que os ímpios continuem a desafiar e a desmerecer os valores ditados por Deus.

Como discípulos de Jesus, temos que resistir a carne, sentir piedade e amor pelos

que estão perdidos, mas este amor implica em denunciar os erros, não nos conformar-mos com os desmandos, não aceitarmos que os governan-tes das nossas cidades, dos nossos estados e da Pátria entreguem as chaves de seus governos a alguém que não foi escolhido, não foi eleito para esta tarefa. Como sal e luz do mundo, precisamos dizer a estas autoridades que não os autorizamos a usar nossos recursos financeiros, arrecadados através do fis-co, para financiar, premiar e fomentar a carnalidade. Recursos estes que deveriam ser usados para melhorar a qualidade de vida de todos nós, que deveriam ser usa-

dos para evitar as enchen-tes, para socorrer as vítimas das calamidades, tanto das secas como das enchentes. Estes recursos deveriam ser usados para suprir a fome daqueles que perecem sem pão.

Precisamos cobrar daque-les que elegemos para as Câmaras Municipais, para as Assembleias Legislativas e para a Câmara Federal que produzam leis que im-peçam o uso dos recursos que saem de nossos bolsos para fomentar o pecado, a maldade e a morte. Não nos conformamos e, por isso, denunciamos. Rogo-vos, pois, irmãos que não vos conformeis a isso.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 25/09/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

No dia 05 de outu-bro de 1988, ao promulgar a Cons-tituição cidadã,

o então deputado Ulisses Guimarães, presidente da Constituinte, pronunciou um inflamado discurso exaltando o feito. Todos os problemas que martirizavam o Brasil e o povo brasileiro seriam so-lucionados a partir daquela data. O nobre parlamentar não sobreviveu para ver o desfecho do dia 31 de agosto de 2016.

Hoje, a constituição, emen-dada e remendada, clama por nova Constituinte. Os proble-mas continuam os mesmos com agravantes variados. Inclusive, com o aumento geométrico da corrupção.

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ

“Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mt 7.1)

Há uma grande con-fusão sobre julgar ou não ju lgar . Algumas pessoas

pegam o primeiro versículo de Mateus 7 e sempre di-zem, quando falamos alguma coisa: “Pare de me julgar!” ou “Julgar é pecado!”. Na verdade, elas não devem conhecer Mateus 7.6: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despeda-cem”, pois se conhecessem, não falariam tal besteira. Esse texto demonstra que, às ve-zes, precisamos julgar. Será que o chefe não pode criti-car um funcionário que está agindo mal no trabalho? Isso é julgar. Será que não posso chegar perto de uma pessoa que está vivendo no erro e falar com ela que isso pode

Flagelo que deixa na miséria os menos favorecidos na ca-mada social.

Todas as vezes que um novo grupo assume o poder persiste na mentalidade po-pular que, a partir dessa data, tudo vai melhorar. Assim, a história segue o seu curso com esperança e desespero. Esperança em dias melhores e angústia porque nada de novo acontece debaixo do sol (Eclesiastes 1.9 e 3.15).

O palco é o mesmo, com personagens diferentes. O drama apresentado já foi visto muitas vezes. Os especta-dores se sucedem na plateia sem conseguir entender o que é apresentado. Mais trágico ainda, sem aprender a lição que a vida transmite a cada

trazer consequências ruins para sua vida? Isso também é julgar, e claro que não é disso que Jesus está falando.

Ao ler esse texto, precisa-mos entender que Jesus está dizendo que “O cristão não deve ter um espírito acusa-dor, que o leva a julgar e a condenar as pessoas” (O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Editora Central Gospel). Aliás, é bom lembrar que o acusador é o diabo e cristãos verdadeiros não querem se parecer com ele, certo? Espero que tenha concordado, mas é triste ver como as pessoas julgam e condenam as outras com a maior tranquilidade. As “pes-soas metralhadoras”, julgam, atiram para todos os lados, e com isso condenam e destro-em vidas com suas palavras equivocadas de julgamento.

Uma coisa é certa: os seres humanos erram muito ao julgar. Sim, como erramos. Olhamos para uma pessoa e dizemos: “Como ela é meti-da!”. Como podemos saber disso antes de conviver com essa pessoa? Deus nos deu

dia. Na essência, o homem é o mesmo. Pode se trocar um Samuel por um Saul. Um Saul por um Davi, que pode ser substituído por um Salomão - o homem mais sábio do seu tempo. Mas ao fechar e rea-brir as cortinas sempre haverá um Roboão desastrado que coloca tudo a perder. Assim funciona a humanidade.

Uma nova constituição não liberta a mácula do pecado existente no caráter humano. Um novo governo não signi-fica que milagres ocorrerão. Até mesmo salvos depositam confiança e esperança em sistemas políticos e homens sem o temor de Deus. Tais homens jamais conseguirão buscar sabedoria em Deus para suas decisões. Os resul-

esse poder? Se você tem, eu não tenho, sinto muito. Olhamos para a roupa de alguém e logo pensamos que sabemos se ela é rica ou não. Quanta falta de ma-turidade! Há pobres que se vestem com roupas caras e há ricos que se vestem com roupas baratas, você sabia? Olhamos para alguém sério e pensamos: “Essa pessoa é confiável, íntegra, madura”. Muitas vezes isso é apenas um disfarce, uma “máscara” para esconder uma vida de podridão, enquanto o riso-nho e brincalhão não é bem--visto por muitos, mas, mui-tas vezes, é o exemplo que deveria ser seguido. Guarde isso: não dá para julgar a quem não se conhece.

Que tal olhar para você antes de julgar ao outro? “E por que reparas tu no arguei-ro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mt 7.3). Os que gostam de julgar, normalmente não atentam para os próprios erros, que podem ser enormes, mas veem, de longe, o erro dos

tados sempre serão negativos e desastrosos.

Bom é ter esperança, es-creveu Jeremias, ao lamentar a derrocada do seu povo (Lamentações 3.26). Espe-rança que se firma em Deus e se submete ao seu querer (Lamentações 3.22-23). O Senhor sempre deseja o me-lhor para suas criaturas e seus filhos. Mas deixa aos homens a decisão de aceitar ou não as Suas orientações. Não podemos gerar esperança sem a convicção de que as decisões que tomamos a cada dia estão dentro vontade de Deus. Ao votar, escolher um candidato, uma agremiação política, precisamos estar convictos de que esta é a vontade de Deus para a nossa

outros, mesmo que sejam pequeninos. Antes de sair por aí dando sua sentença sobre as pessoas, que tal avaliar sua própria vida? Tem um rapaz que amava me dizer o seguinte: “Você é pecador!”. Ele parou com isso porque eu sempre dizia: “Conte-me uma novidade, pois isso eu já sei!”. Também o lembrava que todos são pecadores, até ele.

Além da frase, a intenção dele era me atingir por eu ser cristão. Talvez me visse como alguém que se considerava melhor por ser cristão, mas não sou mesmo. Disse a ele que é por isso que preciso de Jesus e já faz algum tempo que ele não toca mais nesse assunto. Aproveitando, quero dizer o seguinte: Sou pecador! Não vou escrever minha lista de pecados aqui, mas sei mui-to bem o quanto sou carente da Graça de Deus tanto quan-to todos os homens, inclusive você. Ainda quero dizer que não estou arrumando descul-pas para meus pecados, sei que eles existem, que não sou perfeito, mas sou um pecador

decisão. Criticar não funcio-na. Tampouco remove do nosso agir a responsabilidade de decidir coerentemente.

Falar mal do governo que saiu ou do que assume não resolve o problema do pecado do nosso povo. O caminho é outro. Crer no poder transfor-mador do Evangelho e anunciá--lo como esperança que não se frustra e não gera frustração.

O homem transformado por Jesus viverá o padrão ofe-recido por Jesus. Não permita que sua esperança lhe cause frustração. Viva o verdadeiro Evangelho de Jesus e dias me-lhores virão. Jamais deposite sua esperança em homens ou sistemas de governo. Todos são falhos, pois lhes falta a sabedoria que vem de Deus.

arrependido e que vivo para Cristo.

Não seja hipócrita! O termo foi usado por Jesus e está no versículo 5: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mt 7:5). Antes de julgar os que estão à sua volta, olhar o cisco do olho deles, tire a viga do seu olho. Quando toma-mos conta da vida dos outros, esquecemo-nos de tomar con-ta da nossa vida. Não se dirija a alguém como se fosse supe-rior, porque você não é supe-rior. Depois de um autoexame espiritual, de uma limpeza, de olhar para dentro de si, de um arrependimento profundo, você estará pronto para tirar o cisco de outra pessoa. Mas que isso seja feito com a intenção de ajudar. “Quando tivermos de corrigir alguém, devemos agir como um bom médico, cujo objetivo é curar o pacien-te, não atacá-lo como a um inimigo” (O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Editora Central Gospel). Tenho tentado fazer assim. Faça isso também. Deus nos abençoe.

“Não julgueis!”

Esperança frustrada

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4 o jornal batista – domingo, 25/09/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Eu conheço as suas obras

“Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciên-cia, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.” (Ap 2.2)

O Senhor Jesus tem uma mensagem bem definida para os Seus discípu-

los: “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança” (Ap 2.12).

Foram sete as cartas que Jesus escreveu às Igrejas da província da Ásia, durante a sangrenta perseguição do imperador Domiciano. O conteúdo de todas as cartas é o de apoio, elogio e abso-luta confiança. Os cristãos, no final do Primeiro Século, pagavam um alto preço, por causa de sua fidelidade a Jesus Cristo. As palavras do Cris-to ressuscitado revelam aos discípulos que as promessas

divinas têm mais poder do que as injustiças humanas. Os discípulos de Jesus nunca se curvariam diante do senhorio político dos imperadores. Só Jesus Cristo é o Senhor, não importando o preço exigi-do por esta convicção e este comportamento.

Ser cristão sempre será uma batalha de identidade e de tes-temunho. Ser cristão sempre será a corajosa confirmação da realidade do poder divino, em meio às seculares manifestações da iniquidade. Em meio ao ódio e à crueldade da corrupção hu-mana, Cristo nos fortalece com Suas promessas e Sua presença. Ao ouvir o tema repetido do “Eu conheço as suas obras”, nossa batalha diuturna.

Pela implantação da justiça do Reino de Deus deve, sem-pre e sempre, ser redobrada. Ser cristão é não entregar os pontos. Aquele que conhe-ce nossas obras já venceu o mundo!

Genevaldo Bertune, pastor da Igreja Batista da Família em Higienópolis - SP

“Dentro da cidade foi derra-mado o sangue dos justos, por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes.” (Lm 4.13 - KJA)

Alguns versículos da Palavra de Deus são um convite a uma grande e profunda

reflexão, especialmente em um mês como setembro – Mês da Pátria -; pois, da ma-neira como se apresentam, e no contexto em que estão inseridos, não podem ser ignorados.

Este é um deles! Jeremias chora e lamenta por toda tragédia que se abateu sobre Jerusalém e Judá. A cidade foi invadida, seus muros des-truídos, seus palácios incen-diados, o Templo do Senhor saqueado, e o povo levado cativo para a Babilônia. Na visão do profeta, a culpa era dos sacerdotes e dos profetas do Senhor que não cumpri-ram fielmente seus ministé-rios para com o povo.

Se lermos o livro do profeta, encontraremos o confronto contínuo do verdadeiro pro-feta de Deus contra os falsos profetas, homens que esta-vam se opondo contra a ver-dadeira mensagem que Deus enviou ao povo, substituindo--a por mensagens de confor-to e consolo, do tipo: “Não haverá invasão!”; “Temos o Templo por segurança!”; “Deus não nos abandonará!”; “Esta terra foi dada aos nossos pais por herança!”; esquecen-do as inúmeras advertências do Senhor de que todas estas bênçãos estavam atreladas à fidelidade do povo à aliança. Lideranças sacerdotais que abdicaram de suas funções de verdadeiros intercessores juntos a Deus pelo povo, ministrando-lhes a verdadeira Palavra do Senhor. Encon-traremos até aqueles que já haviam passado para o lado do inimigo.

Amados, neste momento tão delicado da vida da nos-sa Nação, será que não nos cabe fazer a mesma reflexão: Até que ponto o Brasil não está como está porque nós, povo de Deus, não cum-primos o nosso chamado

como em II Crônicas 7.14: “E se esse meu povo, que se chama pelo meu Nome, se humilhar, orar e buscar a minha face, e se afastar dos seus maus caminhos, do céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e seus erros e curarei a sua terra” (KJA); e Ezequiel 22.30: “Busquei entre eles um ser humano que ajudasse a erguer uma muralha em torno da cidade, alguém que cooperasse comigo para evi-tar que o muro todo ruísse, que se prontificasse a ficar na brecha, diante de mim em favor desta terra, para que Eu não viesse a destruí-la; con-tudo, não encontrei uma só pessoa!” (KJA).

Essa intervenção divina, a partir da participação fiel dos servos do Senhor, já acontece-ra inúmeras vezes na história do povo de Deus. Uma das mais lindas e notáveis foi du-rante o reinado de Ezequias que, também, após um perío-do de caos, resolve buscar ao Senhor, e assim Deus respon-deu: “O rei Ezequias e todo o povo regozijavam-se com o que Deus havia feito por toda a nação, e tudo em tão pouco tempo” (II Cr 29.36 - KJA).

Até que ponto a culpa não é nossa?

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Juvenal Mariano de Oliveira Netto, membro da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ

O grande imperador francês Napoleão Bonaparte disse a célebre frase so-

bre o grande dilema de ter que tomar decisões: “Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir”. Por mais que nos es-quivemos, existem inúmeras ocasiões em que somos obri-gados a decidir sobre algo e, até mesmo, quando optamos por não fazê-lo, isso também não deixa de ser uma decisão. Seria uma utopia acreditar que

Genivaldo A. da Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Avaré-SP

“Mas eu não me deixarei do-minar por nenhuma delas.” (I Co 6.12b)

É assim mesmo! Fui sur-preendido ao ouvir essa frase do secretário de Segurança pública

do Estado do Rio de Janeiro. Há dias que o secretário tem dado declarações sobre a si-tuação da segurança pública do Rio. A coisa não está nada boa. Segundo declarações, ele diz que não confia nos velhos delegados para ocupar as delegacias que serão im-plantadas nas comunidades, e além do que, não existem recursos concretos para via-bilizar qualquer projeto. Em entrevista à “Rádio Globo”, ao ser questionado, o secre-tário confessou que pensa em largar o cargo. O nível de es-tresse e cansaço é percebido em sua voz e, talvez por isso, sem disfarçar, sem mais força para lutar, ele se rende e diz “É assim mesmo”.

sempre acertaremos nas reso-luções a serem tomadas. O grande problema não é errar, mas errar naquelas situações cruciais para o nosso êxito e felicidade, tais como: Com quem casar? Que profissão seguir? Em que Igreja con-gregar? Onde morar? Em que ou quem acreditar? E muitas outras que influenciam maci-çamente sobre o nosso futuro.

Quem ainda não passou por tal experiência? Aquele frio na barriga; medo de errar e sofrer as consequências. Às vezes adiamos, tentamos empurrar com a barriga, mas, não tem jeito, chega o mo-mento em que somos colo-cados contra a parede e pre-

Quando alguém se confor-ma com o estado de misera-bilidade daquilo que está à sua volta, ele está desistindo, está perdendo a força, já não quer mais estar na frente da luta, torna-se passivo, já não briga mais, se rende; não cria mais, copia; não acre-dita mais, se conforma. Essa pessoa vê suas esperanças es-correndo pelos seus dedos, e já não consegue mais ver um futuro diferente daquele que ela mesmo idealizou.

O que seria do nosso mun-do se os homens que acredi-taram que um dia as coisas poderiam ser diferentes, dis-sessem: “É assim mesmo”. Os negros ainda seriam es-cravos porque é assim mes-mo; ainda haveria escolas para negros e outras para brancos nos EUA, porque as coisas são assim mesmo; estaríamos sob o governo da Coroa Portuguesa, porque as coisas são assim mesmo; as mulheres estariam em suas casas cozinhando, lavando e apanhando – em muitos ca-sos – e não teríamos nenhu-ma política de proteção para

cisamos decidir. Uma pessoa cristã procura compreender qual a vontade de Deus para a sua vida, pois acredita que Ele sabe o que é melhor para aqueles que o amam e que a sua visão é infinitamente maior. Quem na hora decisi-va e depois de muito suplicar a Deus por uma direção não indagou: “Por que é tão difí-cil compreender e entender a Sua vontade, Deus?”; “Por que o Senhor não me dá um aviso, não fala comigo atra-vés de sonhos, não manda um anjo vir a mim como fez algumas vezes no passado?”. A resposta para tudo isso não é tão simples; pode ser que Deus não haja assim

elas, se pensássemos que as coisas são assim mesmo. Desistir não é a solução, ou não cantaremos mais o hino que retrata nossa luta: “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil”. Os grilhões que nos aprisionavam forjaram homens livres e corajosos, que não temem a própria morte.

O relato acima, referente ao tema em epígrafe, fez eu refletir sobre a fragilidade hu-mana. Não somos tão fortes assim; lá no fundo existe um ser que é frágil, alguém que também tem medo. Chega uma hora que essa pessoa não encontra mais força nela mesma; não consegue força nas pessoas que estão ao seu redor. Ela precisa de algo que vá além e que a alimente, que a reabasteça de energia e força para continuar com seus propósitos, seus ideais. E o nome disso é fé. O homem precisa acreditar em algo que seja mais forte do que ele mesmo para poder continuar. Precisa entender o propósito de tudo, para então dizer que vale a pena.

conosco pelo fato de saber que há a possibilidade de lhe desobedecermos, mesmo diante dos sinais mais con-tundentes. Tente imaginar como alguém se atreveria a se aproximar dEle novamente após lhe ter desobedecido? O relacionamento entre criatura e Criador estaria seriamente comprometido para sempre.

Bom, se não consigo com-preender nitidamente o dire-cionar do Senhor para a mi-nha vida, então, o que fazer? Quais critérios devo adotar? Quais parâmetros empregarei para seguir na direção certa?

O livro de Provérbios traz uma afirmativa do grande sábio chamado Salomão, que

No Cristianismo, o após-tolo Paulo é um exemplo de homem que nunca fugiu da luta, nunca perdeu a es-perança, mesmo em meio a perigos extremos de perder tudo o que tinha conquista-do. Aos Coríntios, ele escre-ve: “Antes como ministros de Deus, tornando-nos re-comendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angús-tias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingi-do, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita, à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia, ou por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sen-do bem conhecidos; como morrendo e eis que vive-mos; como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo

pode indicar o que devemos fazer nestas horas: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” (Pv 16.3); (Salmos 37.5).

Consequentemente, Deus não vai mandar um anjo des-cer do céu a todo o momen-to para lhe informar qual a direção a ser seguida. O que você deve fazer é se subme-ter totalmente a Ele, entregar o leme do seu barco. Se as-sim o fizer, Ele se encarregará de conduzi-lo; Isso não signi-fica que este seja o caminho mais fácil, entretanto, sem a menor sombra de dúvidas, será o melhor e lhe conduzi-rá sempre em triunfo.

e possuindo tudo” (II Co 6. 4-10). A luta do apóstolo Paulo não tinha data para terminar. É ele quem diz para que a Igreja que está em Roma não se conforme com o mundo (Romanos 12.2).

Não podemos desistir, não podemos nos conformar e achar que é assim mesmo. As pessoas que não querem mais lutar, normalmente se rendem ao conformismo, já não têm mais força, e dizem: “É assim mesmo”. Não con-seguem mais ver ao seu lado pessoas que também estão lutando e que acreditam que as coisas podem mudar, são pessoas assim que não de-sistem nunca, que apoiam os que acreditam, os que se entregam por uma causa justa e que vão até o fim, pois, para elas, não importa o preço que pagarão. Sabem que lutar é a única coisa que precisa ser feita, pois não há outro jeito, é assim mesmo. Lute para que haja mais segu-rança, saúde, habitação; lute, e não desista até que o último homem ouça que Jesus é a salvação, e é assim mesmo.

A grande complexidade de ter que decidir

É assim mesmo

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6 o jornal batista – domingo, 25/09/16 reflexão

Os Batistas, como g rupo c r i s t ão identificado, sur-gem na Inglater-

ra no início do Século XVII (1609), onde se expandem. Pouco mais de 20 anos de-pois emigram para a Nova Inglaterra e fundam as pri-meiras Igrejas (1638) em Rhode Island e se expandirão por todo território das Treze Colônias, que mais tarde se tornará os Estados Unidos da América. No Século XIX or-ganizam uma entidade mis-sionária (1814) que enviará missionários a muitos países, inclusive ao Brasil.

Os Batistas do Brasil come-moraram no dia 10 de se-tembro, o 145º aniversário de organização da Primeira Igreja Batista em solo brasilei-ro, ocorrida a 10 de setembro de 1871. Os Batistas do Brasil, reunidos na 89ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), na cidade de Brasília - DF, em 20 de janeiro de 2009, reconheceram a orga-nização da Igreja Batista de Santa Barbara - SP, em 10 de

setembro de 1871, como mar-co inicial do trabalho Batista no Brasil. Esse marco inicial gerou a segunda agência de proclamação do Evangelho: a Igreja Batista da Estação, a 2 de novembro de 1879. A CBB, na mesma Assembleia, reco-nheceu a importância da Pri-meira Igreja Batista da Bahia, organizada a 15 de outubro de 1882, com cinco membros, com cartas de transferência da Igreja Batista de Santa Bárbara (4) e da Igreja Batista Estação, reconhecendo que a inserção do trabalho Batista no Brasil ocorreu pelas vias de imigra-ção (1871) e de missão (1882).

A Igreja Batista Santa Bár-bara foi organizada por imi-grantes, membros de Igrejas norte-americanas, que pedi-ram suas cartas de transferên-cia com essa finalidade, para atender à necessidade de se congregarem como Corpo de Cristo. Estes Batistas emigra-ram, visando reconstruir suas vidas, fugindo dos efeitos da derrota na Guerra de Seces-são (1861-1865), quando os Estados Confederados (su-

listas) foram vencidos pelas tropas da União (nortistas). A Igreja Batista Santa Barbara era formada por famílias de fazendeiros americanos e se reuniam em um templo - Me-morial Chapel, onde também se reuniam, em horários dis-tintos, Congregações Meto-dista e Presbiteriana, com os respectivos pastores. A Igreja, em janeiro de 1873, possuía 23 membros, um pas-tor Batista e dois pregadores. A segunda Igreja Batista na região foi fundada na Estação, recebendo a Igreja o nome de Station Baptist Church (Igreja

Batista da Estação). A IB de Santa Bárbara foi uma ativa agência do Reino de Deus, participando da organização da Convenção Batista de São Paulo (1904) e se reunindo re-gularmente até 1910, quando encerrou suas atividades, em face da imigração dos mem-bros para outras localidades e pelo retorno de alguns à Pátria (OLIVEIRA, Betty Antunes de. “CENTELHA EM RESTOLHO SECO: Uma Contribuição para a História dos Primórdios do Trabalho Batista no Brasil”. Edição da Autora. Rio de Ja-neiro. 1985, 470 p).

A relevância da organiza-ção da IB de Santa Bárbara para a história da origem do trabalho Batista no Brasil, decorre do fato dela haver saído o clamor aos Batistas americanos, durante 20 anos, pelo envio de missionários para evangelizar o Brasil, e de ali haver sido batizado o primeiro Batista brasilei-ro, consagrando o primeiro pastor, Antonio Teixeira de Albuquerque. O primeiro missionário nomeado pela Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos foi Elias Hotton Quilin, pastor da IB de Santa Bárbara.

A IB de Santa Barbara aco-lheu os primeiros missionários, Anna Luther e William Buck Bagby (1881) e Catarina e Zacarias Clay Taylor (1882), hospedando-os e apoiando-os, enquanto aprendiam a língua nacional com o pastor Antonio Teixeira de Albuquerque e aclimatavam no país.

Os missionários, orientados pelo Espírito Santo, resolve-ram iniciar a evangelização do Brasil, voltando os olhos para a Cidade de Salvador (Bahia), para onde foram acompanhados do pastor An-tonio Teixeira de Albuquer-que, e organizaram, a 15 de outubro de 1882, a primeira Igreja Batista da Bahia. E, da Bahia, saíram os que foram proclamar as Boas Novas do Evangelho na cidade do Rio de Janeiro, onde foi organi-zada a PIB do Rio de Janeiro (1884), na cidade de Maceió - AL, onde foi organizada a PIB Maceió (1885) e na cidade do Recife - PE, onde foi organiza-da a PIB Recife (1886).

A IB Santa Bárbara (marco inicial) gerou a PIB Bahia (marco secundário), a qual gerou as cerca de 7.000 Igre-jas de Cristo, chamadas Batis-ta, espalhadas pelo Brasil. Na próxima coluna - Contando a Nossa História -, aborda-remos o desenvolvimento do trabalho Batista no Brasil, falando da PIB Bahia (1882), da PIB Rio de Janeiro (1884), da PIB Maceió (1885) e, na subsequente, falaremos da organização da PIB Reci-fe (1886) e do trabalho de evangelização no Estado de Pernambuco.

Ao Senhor toda honra e glória e louvor sejam dados hoje e para sempre. Amém.

Santa Bárbara - SP: marco inicial do

Cristianismo Batista no Brasil

Pr. Francisco

Bonato Pereira,

historiador,

da Comissão

de Historia da

CBPE e do IAHGP

- Instituto

Arqueológico

Histórico e

Geográfico

Pernambucano

Contando

a Nossa

História

Capela Memorial de Santa Bárbara

Aurecino Coelho da Silva, pastor vice-presidente da Igreja Batista do Jardim Carioca – Realengo - RJ

Na verdade todo ideal de missõesÉ alcançar incrédulos coraçõesDeus promete à humanidade futuraUma salvação eterna e segura

Deus em Jesus, ordenou a pregaçãoEm Jerusalém como em toda a regiãoPartiu do Pai essa linda ideia.Para mostrar em Sião e em toda Judeia.,

Missões deve existir aqui, lá e acolá.Deste do Rio indo até ao Amapá.Tanto locai, nacional como estrangeiraDeve atingir à humanidade inteira

Missões nasceu no coração de DeusNo afã de resgatar os filhos Seus.Se você e eu já fomos alcançados.Devemos falar aos desesperançados..

Missões é tarefa de todos, sem exceçãoDeus quer que todos alcancem a salvaçãoTrata-se duma grande e brava peleja.Mas é o sacrossanto papel da Igreja.

Missões, tarefa da Igreja!

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7o jornal batista – domingo, 25/09/16missões nacionais

Junta de Richmond

No dia 11 de setembro, os missionários da Junta de Richmond se encontraram na Primeira Igreja Batista de Arlington, Texas, nos EUA, para recordar o período em que dedicaram suas vidas ao serviço na obra missionária no Brasil. Um total de 104 pessoas, entre missionários e familiares, participaram do evento. “Sempre é uma ocasião de muita alegria e gratidão a Deus e ao povo brasileiro pelo privilégio que tivemos de investir as nossas vidas no Brasil. Levantamos uma oferta e, assim que possível, encaminhare-mos para as duas Juntas Missionárias brasileiras”, conta Margaret Johnson, que foi missionário no Rio de Janeiro.

Dia de diversão

Os meninos que fazem aulas de futebol no Projeto Novos Sonhos tiveram um dia inesque-cível. Eles passaram o sábado, 10 de setembro,

em um sítio, em São Roque - SP e se diverti-ram muito. Ao todo, 31 meninos estiveram no passeio. Todos sentiram a presença de Deus naquele lugar, por meio da programação e de tudo que foi realizado com muito amor. Os irmãos voluntários da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR, que visitavam o projeto, nos apoiaram com suporte dentro e fora da quadra. Vamos avançar com o Projeto Novos Sonhos multiplicando o amor de Deus entre as crianças. Cuidar das crianças em situação de vulnerabi-lidade social é um compromisso de Missões Nacionais. Desenvolvemos vários projetos para atender, evangelizar e discipular esta geração. Por isso, as crianças fazem parte de uma das ênfases da Campanha 2016. Assista ao vídeo sobre esta temática em nosso canal no Youtube: www.youtube.com/missoesnacionais

Reinauguração das novas instalações

da Casa Rosa

Mulheres livres das drogas e reinseridas na sociedade são o nosso objetivo e, no dia 10 de setembro, a inauguração das novas instalações da Cristolândia Casa Rosa, do Distrito Federal encheram nosso coração de alegria e fé. Logo de manhã, houve um culto em ação de graças

na Igreja Batista da Vitória no Riacho Fundo I, preparando os convidados para a caminhada em direção às novas instalações do projeto. O pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, esteve no evento falando sobre os desafios missionários no Brasil. Conheça mais sobre a ênfase Drogas: O Desafio da Reinserção na Sociedade (Cristolândia). Assista ao vídeo sobre esta temática em nosso canal no Youtube: www.youtube.com/missoesnacionais

Dia de festa

O Dia de Missões Nacionais foi comemorado na sede da JMN no dia 14 de setembro, em um culto especial em ação de Graças ao Senhor pelo trabalho realizado no Brasil por meio de nossos missionários. A cantora Martha Keila, autora do hino oficial da Campanha de Mo-bilização 2016, ministrou o louvor durante a celebração. Os missionários Ana Maciel, que atua na cidade de Mauriti, interior do Ceará, e Geiveson Gomes, que trabalha em Exu, em Pernambuco, falaram sobre os desafios no campo e sobre o projeto Sertão do qual fazem parte. O Sertão do Brasil é uma das ênfases da campanha deste ano. Conheça mais sobre o trabalho dos Batistas brasileiros nesta região do país. Acesse ao nosso site: www.missoes-nacionais.org.br

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Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO

“Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.” (Sl 126.3)

Pela graça e miseri-córdia de Deus, no dia 10 de setembro foi comemorado mais

um ano de existência da Con-gregação Batista Betel no bair-ro Vívian Parque, em Anápo-lis - GO. Há 24 anos, no dia 08 de setembro de 1992, era aberta mais uma casa de ora-ção em Anápolis, organizada pela Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO (PIBA).

No dia do lançamento da Pedra Fundamental, estavam presentes vários irmãos, que, ainda hoje, permanecem en-tre nós: pastor Geraldo Ven-tura da Silva, José Joaquim de Santana, Maria Marques Viana (Missionária Marquita – Aposentada JMN), Enesi Mar-tins Medeiros, Moacyr Lopes da Silva, dentre outros. São 24 anos de lutas e vitórias! Hoje, a Congregação, na liderança do Evangelista José Joaquim de Santana, segue em passos firmes rumo à sua organi-zação como Igreja. A cada ano, o número de membros

Dilma Suely Nascimento Barbosa, Educadora da Igreja Batista Monte Alegre

Desde 2009 reali-zamos a Escola Bíblica de Férias (EBF) em nossa

Igreja; cada uma com sua característica anual. Nes-te ano de 2016, quando o Brasil recebeu a Olimpíada e Paralimpíada, planejamos nossa EBF com o tema “Me-dalhistas de Jesus”, e divisa em Filipenses 3.14. Reali-zamos a EBF nos dias 05, 06 e 07 de agosto, quando recebemos cerca de 139 crianças ao longo dos três

cresce, uma firme liderança se desponta e traz grandes expectativas para o avanço da obra do Senhor no local.

O culto de louvor e gratidão a Deus pela celebração do seu 24º aniversário contou com a presença de cerca de 120 pessoas de várias Igrejas que se fizeram representar através de caravanas e do envio de irmãos ao templo da referida Congregação, onde ocorreu a festividade. O seminarista Marcos Rodrigues dirigiu o culto e contou com a partici-pação musical da cantora Su-éllen Guimarães dos Santos, e o preletor, na ocasião, foi Élio

dias. Dessas, 51 fizeram sua decisão por Cristo.

Nossa EBF, no estilo olím-pico, teve o sua mascote re-presentado pelo Leãozinho Jubinha, nome sugerido e escolhido pelas crianças no

Carlos de Assis Morais, pastor da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO.

Todos os presentes foram ricamente edificados pelo am-biente espiritual reinante no culto de gratidão a Deus. A mensagem bíblica trazida pelo pastor Élio Morais foi baseada no texto do Salmo 131, que falou poderosamente aos cora-ções de todos os ouvintes sob o tema: “Uma Igreja que está pensando no céu”, escolhido pelo pregador, que expôs três atitudes que identificam os crentes que pensam no céu.

A primeira atitude apre-sentada para falar sobre uma

primeiro dia da EBF. Expli-camos o motivo do nosso mascote ser um leãozinho, conforme Gênesis 49.8 e Apocalipse 5.5b, e também falamos sobre o leão men-cionado na Bíblia mais de

Igreja que está pensando no céu e não na terra foi a hu-mildade; a segunda atitude que marca uma Igreja que está pensando no céu é não cobiçar coisas grandiosas de-mais; e por último, descansar no Senhor.

O pastor encerrou a refle-xão bíblica citando o texto de Mateus 6.33: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coi-sas vos serão acrescentadas”. E cantou o corinho:

(...)Se o teu coração parar de bater agora,Se você for embora pra

130 vezes e sobre o que o leão simboliza e etc.

O lema da nossa EBF foi: “Amor - Alegria - Amizade”. Todas as crianças receberam medalhas de “ouro”, e tam-bém todos os que trabalha-

onde você vai?Você sabe, então me conta.Céu ou inferno, podes crerHá dois caminhos pra você.Hoje Cristo te estende a mãoPra te dar a salvaçãoE tirar da tua cabeça essa dúvida cruelAh que bom!

Glória a Deus, que nos salvou para Si e nos elegeu para fazermos parte de Sua obra divina. Que o Senhor continue abençoando o seu povo e que venha o Seu Rei-no e seja feita a Sua vontade na terra. Amém!

ram na realização da EBF. Agradecemos a Deus que nos abençoou em tudo e a todos que colaboraram, tanto da nossa Igreja, como de outras Igrejas e amigos. A Deus toda honra, glória e louvor!

Congregação Batista Betel - GO completa 24 anos de lutas e vitórias

Igreja Batista Monte Alegre em Realengo – RJ realiza EBF com tema olímpico

Irmãos fazem oração de gratidão a Deus com a Missionária Maria Marques

Início da construção da congregação Batista Betel no Vívian Parque, ano de 1992

Classe Caminhando com Jesus - 4 a 6 anos Classe Correndo com Jesus - 10 a 12 anos Classe Saltando com Jesus - 7 a 9 anos

Irmãos da congregação e visitantes louvando a Deus no culto de gratidão.

Pastor Geraldo Ventura, pastor Élio Morais e o seminarista Marcos Rodrigues da direita para esquerda

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10 o jornal batista – domingo, 25/09/16 notícias do brasil batista

Meg Matos, gerente de Educação Cristã da Convenção Batista Baiana

A União Masculina de Homens da Associa-ção Grapiunense e a União Feminina

Missionária Batista Grapiu-nense realizaram o I Encontro Grapiunense de Embaixa-dores e Mensageiras do Rei (EGEM), no período de 05 a 06 de agosto de 2016, nas dependências da Igreja Batista Memorial em Ilhéus – BA.

O Encontro foi surpreen-dente; 20 Igrejas se fizeram representadas, com o total de 352 participantes, entre 148 Embaixadores, 143 Mensagei-ras do Rei e 61 líderes, entre Conselheiros de ER e Orien-tadoras de MR, além de uma equipe de apoio de 17 pessoas.

Edemilson B. de Oliveira, coordenador Estadual dos ER / Marta P. B. de Oliveira, missionários dos ER da CBM

“Dar tudo o que puder para o sustento de Missões, e, pelo meu trabalho: Ajudar a estabe-lecer o Reino de Deus na terra.” (Parágrafos 5 e 6 do Compro-misso da Organização ER)

Para transformar, o Em-baixador do Rei preci-sa estar comprometido com o propósito de

estabelecer na terra o Reino de Deus, revestindo-se do poder de Deus, para que, com auto-ridade, possa anunciar as Boas Novas do Evangelho transfor-mador, ao começar em sua casa, até os confins do mundo.

Não se trata de apregoar somente com palavras e ou distribuição de literatura pro-pagadora do Evangelho, trata--se de andar e viver com Je-sus, praticando seus ensinos. Trata-se de decidir diariamente escolher o caminho que quase nunca é o mais curto ou o mais fácil, mas o caminho certo para suas decisões em todos os âmbitos de sua jovem e

A abordagem inspirativa foi “Adolescentes transforma-dos pelo poder do Reino de Deus”, e teve como oradores o pastor Abraão Barbosa e Magnoneide Matos da Silva – Meg, gerente de Educação Crista da CBBA e coorde-nadora Estadual de MR da Bahia. O trabalho teve como fruto 23 decisões ao lado de

tão desafiadora vida, pois irá na contramão da sociedade, que não mede esforços para desvirtuar o propósito para o qual Deus os criou.

Os ER seguem sua cami-nhada “Esforçando-se para ter uma vida digna de um Embaixador do Rei; guardan-do os lábios da mentira; da impureza e de tomar o nome de Deus em vão; conservando o corpo limpo e pronto para o serviço; estudando a vida de grandes Embaixadores do Rei na Palavra de Deus e nos livros missionários; dando tudo o que puder para o sus-tento de Missões e, pelo seu trabalho: ajudar a estabelecer o Reino de Deus na terra”. “Não se conformando a este mundo, mas sendo transfor-mados e transformando, ex-

Jesus, de meninos e meninas, entre 08 a 17 anos. Isso sina-liza a importância de inves-tirmos cada vez mais nessas vidas preciosas. O mundo se apresenta cada vez mais atra-tivo, com ofertas especiais para essa geração Z.

Geração que facilmente acessa a muitas informações por meio da Internet, pois já

perimentando e realizando a boa, perfeita e daí, a então agradável vontade de Deus. Cumprindo o Ide (Mateus 28.19 e 20), anunciando a salvação, discipulando”. Quer orando, contribuindo, com-partilhando e indo. O Serviço Real e a Pregação do Evange-lho são dois dos desafios des-sa meninada que não dorme em serviço e já faz diferença em sua geração.

Para que isso seja possível, o DCER Mineiro tem desenvolvi-do ações efetivas ao realizar o Curso Intensivo para Conselhei-ros de Embaixadores do Rei (CI-CER) para membros de Igrejas Batistas da CBM, maiores de 18 anos, com chamado ministerial para trabalhar com meninos da faixa etária de 09 a 17 anos; acampamentos, congressos e

nasceu na era da tecnologia, está acostumada à complexi-dade e agilidade desse mun-do virtual, por esse motivo seu senso crítico é aguçado. São imediatistas e mudam rapidamente de opinião, por ter acesso a um grande volu-me de dados que se tornam obsoletos em pouco tempo. Precisamos ter estratégias adequadas para alcançá-los e ajudá-los a permanecer trilhando nos caminhos do Senhor.

A programação se estendeu a outras áreas da vida dos pré adolescentes e adolescentes; foi realizada gincana bíblica, incluindo conhecimentos gerais da Bíblia; curiosidades bíblicas; esgrima bíblico; montagem bíblica e versí-culos memorizados com as respectivas referências. Fo-

encontros. Já na área esportiva, temos as miniolimpíadas. Essas ações objetivam proporcionar desenvolvimento integral aos ER, ajudando na formação do caráter, no desenvolvimento físico, social, moral e especial-mente espiritual.

A Organização dispõe de um currículo didático compos-to de 07 manuais devidamente preparados por profissionais cristãos comprometidos com o Reino de Deus e, por isso, a ER tem formado homens de bem que têm feito diferença em vá-rios segmentos da sociedade. A Organização Embaixado-res do Rei adquiriu, ao longo do tempo, através de uma trajetória bem direcionada, experiência, desenvolvendo suas atividades com segurança e efetividade, atendendo as

ram desafiados a apresentar uma mensagem evangélica, através de um representante de cada grupo. Além disso, vivenciaram momentos com-petitivos na área esportiva.

Quero parabenizar a to-dos os líderes envolvidos da UMHAG, UFMBG, equipe de apoio e da diretoria da Associação, que se fez repre-sentada através do secretário Executivo, pastor Madson Almeida Ataíde.

Que o foco nessa faixa etá-ria possa se tornar prioridade em nossas Igrejas, permitin-do que outras vidas sejam alcançadas pela divulgação da mensagem de salvação e esses Embaixadores e Men-sageiras do Rei continuem firmes nessa caminhada cris-tã. A Deus toda honra e toda glória!

diversas necessidades desta faixa etária, porque o júnior e o adolescente têm necessi-dade de fazer parte efetiva de um grupo com a mesma faixa etária para socialização, troca de experiência e participação mútua. Porque esses juniores e adolescentes foram “Trans-formados para transformar pelo poder que vem de Deus Transformados para frutificar Boa Nova que agrada a Deus”. (Trecho do hino oficial da campanha de missões estadu-ais de 2016 da CBM).

Para que possamos prosse-guir transformando, necessi-tamos do apoio do caro leitor, orando, contribuindo, com-partilhando, indo, pois “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).

Associação Grapiunense promove o I Encontro de ER e MR

ER transformados para transformar; conheça as ações da Organização em MG

Encontro reuniu mais de 350 participantes

Foto oficial acampamento regional em Timoteo - Vale do Aço - MG Foto oficial Acampamento regional em Montes Claros - MG

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11o jornal batista – domingo, 25/09/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Há quase três anos na Colômbia, o casal William e Carla Freitas de-

monstra sua alegria cada vez que novos batismos aconte-cem na Igreja Batista de Cas-tilla, na cidade de Medellín. No último mês, três pessoas desceram às águas em cum-primento ao mandamento de Jesus.

“Os três irmãos em Cristo batizados são exemplos do que Deus pode fazer na vida de alguém. E para nós é uma vitória cada vida que diz pu-blicamente que segue a Cris-to”, destaca o pastor William.

Um dos batizados é o jo-vem Duvan Suarez, 21 anos. Ele frequenta a Igreja em Medellín desde a infância, porém, nunca tinha se com-prometido verdadeiramente com Deus. Este ano, tomou a decisão de se batizar e seguir a Cristo.

“Porém havia um proble-ma: ele tinha vício em dro-gas”, conta William. “Enten-demos que ele não teria que abandonar primeiro as drogas para se comprometer com

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Há três anos, o mês de setembro ga-nhou tons de ama-relo para marcar

a Campanha Internacional de Combate ao Suicídio e Valorização da Vida. O mo-vimento “Setembro Amarelo” acontece no mundo todo. Missões Mundiais trabalha na frente de prevenção a este mal em todos os seus cerca de 90 campos, pois acreditamos que levando o Evangelho de Cristo, levamos vida, e vida em abundância.

No entanto, é no Uruguai que esta missão de atenção àqueles que tentam tirar a própria vida é mais específica. O assunto é uma questão do-lorosa para o país de apenas 3,3 milhões de habitantes que geralmente figura no topo dos índices de desenvolvimento humano da América Latina. Mas além de ser uma Nação

Deus depois, mas sim que, enquanto ele se aproximasse de Deus, o próprio Espírito Santo faria a obra”, lembra o missionário.

Assim, Duvan começou a ser aconselhado e discipula-do a tal ponto de o jovem se sentir tão bem acolhido em seu problema que passou a conhecer Deus com mais afinco, abandonando de vez o vício.

“No dia do batismo, a fa-mília dele, que não é crente e nunca tinha ido à Igreja, se emocionou com o que acon-teceu ali”, diz William.

Outra jovem batizada foi

próspera, o Uruguai também figura na lista dos países com o maior número de pessoas que não creem em Deus.

A questão do suicídio ga-nhou força depois que o governo uruguaio divulgou dados que mostram que o país tem uma taxa de 16,6 suicídios por 100 mil habi-

Andrea Butirica, 30 anos. Ela chegou à Igreja em Medellín através do Colégio Batista. Mercedes, professora do filho de Andrea, a evangelizou e ganhou para Cristo.

“Ela passou a frequentar nossa Igreja e não perdia nenhuma programação, sem-pre dizendo que tudo o que a Igreja realizava fazia bem para ela, até que tomou a decisão de se batizar. Hoje é membro de nossa Congrega-ção”, relata William.

A mais jovem batizada é Lina Marcela, 19 anos. Ela vai à Igreja desde o ano passado e sempre está acompanhada

tantes. Por lá, nossos missio-nários Daniel e Clélia Duarte procuram levar esperança principalmente nestes dias em que faz muito frio, e as pessoas costumam ficar mais depressivas.

“Os dias de inverno cos-tumam alterar o comporta-mento das pessoas, e aqui

de duas amigas, uma delas membro da Igreja.

“Lina aceitou a Jesus e nos declarou sua vontade de ser batizada. E, recentemente, a outra jovem que sempre a acompanha nos cultos tam-bém nos procurou para dizer que sentia em seu coração o desejo de seguir a Cristo”, ressalta o missionário.

Da Colômbia, campo sul--americano onde há muitos desafios, o casal William e Carla Freitas finaliza pedindo oração pelo ministério, pela Igreja em Medellín e também por seu processo de sucessão pastoral.

no Uruguai não é diferente. Infelizmente, nessa época do ano, aumenta o número de pessoas em estado depressi-vo, provocando o suicídio. Temos tido oportunidades de levar a esperança de Jesus através do projeto de pre-venção ao suicídio”, conta o pastor Daniel Duarte.

A missionária Clélia presta atendimento por telefone na linha chamada “Último Recur-so”, uma espécie de “socorro” a quem pensa em cometer suicídio. Ela teve a oportu-nidade de realizar palestras sobre prevenção ao suicídio em três eventos no país: na cerimônia de encerramento do Curso de Capelania do Hospital Evangélico; no curso de aconselhamento da Rádio Trans Mundial e na Comunida-de Bíblica Universitária.

“Em todos esses encontros, vimos a surpresa dos irmãos frente ao número elevadíssi-mo de suicídios e a falta de conhecimento e preparo para

“ M u i t o o b r i g a d o p o r você não se esquecer de que o mundo precisa de Cristo e por continuar in-vestindo seus recursos e orações na obra missioná-ria”, conclui.

Deseja saber mais sobre o ministério deste casal ou sobre outros campos de Missões Mundiais? Aces-se www.missoesmundiais.com.br/relacionamento, es-colha a opção “Canal de Re-lacionamento”, em seguida selecione “Cartas Missioná-rias”. Depois, é só clicar na inicial do seu missionário, selecionar o nome dele e escolher o mês referente à carta que deseja ler, copiar e/ou compartilhar.

Em breve, cada adotante de Missões Mundiais tam-bém receberá a carta missio-nária diretamente no e-mail informado no momento de seu cadastro. Por isso é im-portante que mantenha seu cadastro atualizado. Ligue para nossa Central de Aten-dimento: 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (de-mais localidades) ou escre-va para [email protected].

evitar tantas mortes. Eles fica-ram surpresos ao saber que, segundo os estudos sobre o tema, os que pensam em se matar não querem morrer, mas apenas deixar de viver como vivem. Eles necessitam de esperança e sabemos que em Cristo temos esperança de vida”, comenta Clélia.

Ela cita uma palavra de Je-sus descrita no versículo João 10.10: “Eu vim para que te-nham vida, e vida em abun-dância”. Esse é o desafio que ela tem deixado nesses en-contros. Ore e contribua para que Deus continue usando nossos missionários para levar esperança a tantos necessita-dos. Quando você ora, oferta, visita um campo missionário como voluntário e mobiliza outras pessoas a fazer parte desta missão, você também é um missionário, portador da Palavra de Deus ao mundo. Acesse www.missoesmun-diais.com.br/relacionamento e faça parte.

Batismos na Colômbia

Esperança contra o suicídio

Clélia Kerne Duarte concentra seu ministério em levar esperança àqueles que pensam em cometer suicídio

Jovem colombiano Duvan teve a vida restaurada pelo poder do Espírito Santo

William Freitas, à direita, com jovens batizados na Colômbia

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12 o jornal batista – domingo, 25/09/16 notícias do brasil batista

Macéias Nunes, pastor, colaborador de OJB

A Comunidade Batis-ta Copaleme – RJ é uma das Igrejas do campo carioca que

enfrentam o desafio de viver e pregar a legítima fé bíblica na Zona Sul do Rio. Sendo certo que em todo e qualquer lugar a Igreja tem a responsabilida-de de dar ao mundo a razão da esperança cristã - o que sempre implica em combates de natureza variada -, na refe-rida área, ela se reveste de ca-racterísticas específicas. Uma delas é o que se pode chamar de nomadismo estratégico, através do qual a aquisição de terrenos ou imóveis cede a prioridade à ocupação de espaços que favoreçam a pre-sença embrionária da Igreja e o início de seu trabalho como luz do mundo e sal da terra.

Muitas denominações agem dessa forma na Zona Sul. A

Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, diácono e secretário da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ

A Bíblia fala em Efé-sios 4.11: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e

outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”.

Nascido na cidade de Man-tena, em Minas Gerais, o pastor Valtair Afonso Miran-da, hoje aos 44 anos, pas-sou pelo Concílio com 16 pastores presentes, sendo aprovado e realizado o Cul-to de Consagração no dia 17 de agosto de 1996, na Igreja Batista do Bom Retiro, na cidade de Ipatinga - MG, sob a presidência do pastor Juracy Carlos Bahia, sendo consagrado ao ministério da Palavra. Logo assumiu o mi-nistério da Congregação que seis meses depois se tornou a Igreja Batista Bela Vista, “Igreja-filha” da Igreja Batista do Bom Retiro.

Deus o abençoou com mui-tos dons, além do ministério

Comunidade Copaleme, ain-da com o nome de Missão Ba-tista em Copacabana, ocupou inicialmente a residência (Rua Barata Ribeiro, junto ao metrô da Arcoverde) do pastor Remy Damasceno e sua esposa Sil-véria, casal que tomou a ini-ciativa da plantação da Igreja, com o apoio institucional da Igreja Batista do Leme. Na se-quência, mudou-se para loja alugada na Avenida Prado Jú-nior, 150, no coração da área boêmia de Copacabana. Após a saída do pastor Remy, que assumiu o ministério da Igreja

pastoral: do magistério, sen-do quase duas décadas pro-fessor do Seminário do Sul; da literatura, escrevendo 12 livros - boa parte sobre Apo-calipse - e em destaque para o “O caminho do Cordeiro”, pela Editora Paulus; foi re-dator da revista Atitude, da Convenção Batista Brasileira; acadêmico, sendo bacharel e mestre em teologia pelo STBSB, mestre e doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista do Estado de São Paulo, gradua-do em História pela Universo e doutorando em História pela UFRJ; e, ainda, deba-tedor e conferencista, tendo difundido a Palavra de Deus em diversas partes do Brasil e pela rádio.

Praticamente todo o perío-do de 20 anos de ministério pastoral, que ora completa, o pastor Valtair Miranda tem um “contato ministerial” com a IB Neves, em São Gonçalo, RJ. Ainda seminarista, che-gou à IB Neves em 1995, au-xiliando o ministério a con-vite do pastor Silvino Netto, pastor auxiliar no exercício

Batista Central de Niterói, a Missão decidiu organizar-se em Igreja, o que foi efetivado em 27/09/2014, sob a chan-cela da Comunidade Batista do Rio (CBRio) e apoio da Convenção Batista Carioca.

Sob a liderança dos pas-tores Pedro Litwinckzuk e Jandira Cortes, a agora de-signada Comunidade Batista Copaleme precisava de um espaço físico maior, con-quistado através da mudança para a Rua Carvalho de Men-donça, 12 C, próximo aos dois endereços anteriores,

do ministério, para colaborar com a Igreja que passava por um processo de sucessão pastoral, tendo em vista a debilitada saúde do então pastor Alberto Araújo.

No ano seguinte, em 1996, quando o pastor Luiz Roberto dos Santos assumiu o ministé-rio de Neves, o pastor Valtair retornou para Minas Gerais. Dois anos depois, em 1998, o pastor Valtair aceitou o convi-te do pastor Luiz para ser pas-tor auxiliar de seu ministério em Neves e aqui permaneceu como membro desde então. E também o convite do STBSB para fazer parte de seu corpo docente. E já faz mais de 18 anos dessa história.

Em 2007, com a saída do ministério do pastor Luiz, o

em imóvel também alugado e reformado pela Igreja. Em 27 de agosto deste ano, foi realizado o culto de inaugu-ração do novo templo, com a presença de 87 participantes, pregando, na oportunida-de, o pastor Pedrão, titular da CBRio, sob o tema “A Igreja com que sonhamos”, com base em Atos 2.42-47. Apresentou-se a Orquestra Som + Eu, ligado ao trabalho social realizado no Morro da Providência pelo casal Val Martins e Moana.

Várias Igrejas Batistas e ou-

pastor Valtair foi escolhido para ser “pastor de cultos”, ministrando mensagens nes-se período, enquanto a Co-missão de Sucessão Pastoral conduzia o processo que re-sultou, após uma eleição his-tórica, em sua própria escolha para o ministério pastoral.

No dia 25 de outubro de 2008 tomou posse, com a presença de oito pastores, sendo o pastor Neemias Lima, da Igreja do Braga, em Cabo Frio, o pregador da noite, e a oração de posse do pastor Silvino Netto, pastor que o convidou pela primeira vez a colaborar com a Igreja, ainda seminarista.

Assim, está prestes a come-morar oito anos de ministério titular na IB Neves, como

tras denominações se fizeram representar, em um ambiente de grande alegria e ânimo renovado. Daqui para a fren-te, o trabalho com crianças e adolescentes poderá ser ampliado, assim como a con-solidação dos demais minis-térios da Igreja, que desde o seu primeiro passo tem sido abençoada com expressivas vitórias em sua peregrinação pela terra que mana leite e mel, na qual o Senhor vem transformando o duro deserto espiritual que é a Zona Sul da Cidade Maravilhosa.

observado, com extrema li-gação da IB Neves e o pastor Valtair e sua esposa Elizete, desde a época em que veio do Seminário do Sul, até os dias de hoje, tendo a Igreja também acompanhado o nas-cimento de seus filhos Rafael e Caroline.

Agradecemos ao Senhor por essa data tão especial, no Culto de Gratidão realizado no dia 07 de agosto, com par-ticipação do Coro Interação, sob a regência do seminarista de Música do STBSB, Gabriel Santoro, e com mensagem inspirativa do pastor Clade-mir Faria, da Primeira Igreja Batista do Paraíso, em São Gonçalo, com oração de consagração no final pelo pastor Valtair e sua família e com delicioso bolo oferecido pela Igreja, no salão de festas.

Gratos estamos ao nosso Deus, que o escolheu como diz Jeremias 3.15: “E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apas-centem com ciência e com inteligência”. Deus abençoe seu “Jubileu de Porcelana”: 20 anos de ministério!

Igreja Copaleme - RJ está em nova casa

Pastor Valtair Miranda: 20 anos de ministério pastoral

Nova dependência da Comunidade Batista Copaleme Programação também foi realizada na parte externa do templo

Oração pela família feita pelo pastor Clademir Faria

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 25/09/16notícias do brasil batista

Dora Lina Almenara Cardoso, filha

Em 18 de janeiro de 1933, no distrito de São João do Paraíso, Cambuci - RJ, chegou

ao lar de Rozalina Almenara Coelho e Rozendo Alme-nara Moreno, uma graciosa menina que recebeu o nome de Dilce. De família católica tradicional, tendo inclusive uma tia freira e um tio padre, todos batizados na Igreja Católica.

Sua mãe aos 28 anos ficou viúva, na época, com os fi-lhos pequeninos - quatro meninas e um menino -, mu-dou-se para Valão do Cedro, localidade pertencente ao segundo distrito de Itaperu-na – RJ, onde recebeu todo o apoio dos irmãos da Igreja Batista do Valão do Cedro, pastoreada pelo amado e sau-doso pastor Benedito Araújo.

Dona Rozalina converteu--se ao Senhor Jesus e, desde então, orientou os filhos nos caminhos do Senhor, a quem muito honrou durante toda a sua vida.

Miriam Figueira Herdy, filha primogênita

Vendo a mamãe já desfalecida, com os olhos fechados, com todos nós ali

presentes, eu pensei que ela poderia recitar o Salmo 23, assim:

“Senhor, que fostes o meu pastor em todos os dias da minha vida e nada me dei-xaste faltar; que me guiou sempre em pastos fartos e mansas e tranquilas águas esteve comigo até hoje. Que pelo Teu amor sempre fizes-

Dilce, em 11 de dezem-bro de 1944, com 11 anos de idade, foi batizada pelo pastor Benedito Araújo, e daí começou a envolver-se nas mais diversas atividades da Igreja. Trazia dentro de si um grande ardor missionário, chorava ao contar histórias missionárias e seu desejo de ter estudado para tal.

Declamadora que foi no seu tempo de juventude, sempre gostava de falar para os filhos a poesia do saudoso Mario Barreto França “Na tábua de Craonópolis”, a his-tória de Noêmia e Zacarias Campelo evangelizando no meio dos povos indígenas.

Aos 18 anos casou-se com Elizeu Velasco Cardoso, com cerimônia realizada pelo pastor Nilo Cerqueira Bastos. Desse casamento vieram 9 filhos, 19 netos, 5 bisnetos, 5 noras e 3 genros.

No ano de 1963 mudou-se para Itaperuna, e de 01/10/63 à 08/09/2015 foi membro da Primeira Igreja Batista de Itaperuna, Igreja que muito amou, e na qual criou, edu-cou e casou seus filhos.

te a minha alma refrigerada me conduzindo em Justiça, ainda que eu andasse por vales sombrios da vida (até esse da morte), Tu sempre estivestes comigo, não tendo necessidade de temer mal algum pois via sempre a Tua vara e o Teu cajado em mi-nha defesa.

Mesa preparada para mim na presença até de possíveis inimigos, Tu preparaste, ten-do ungido sempre a minha cabeça com o Teu óleo e constante cálice transbordan-te. Por isso, tenho a certeza que a Tua bondade e mise-

Foi também por cinco anos (1985/2000) membro da Igreja Batista da Esplana-da, em Governador Valada-res - MG, onde com grande alegria viu seu esposo con-verter-se, batizar e dedicar sua vida a Jesus Cristo.

Aprendeu a dirigir aos 60 anos e levava as irmãzinhas da MCA para visitas as en-fermas e aniversariantes do mês. Em sua residência havia um culto mensal e no final sempre servia um gostoso lanche por ela pre-parado.

ricórdia me seguiram todos os meus dias de vida. Agora tenho certeza que habitarei na Tua casa eternamente. Amém!”.

Foi assim que vi pela últi-ma vez aqui na terra, o rosto da minha querida mãe, que tudo fez por mim. Criou-me, educou-me, aconselhou-me e sempre buscou ao Senhor por mim. Amou-me. Louvado seja o Senhor!

E foi assim também que vi meu pai pela última vez, e acredito que foi assim que todos os presentes ao culto de despedida o viram.

Foi ativa na denominação por mais de 70 anos, secretá-ria da Igreja Batista do Valão do Cedro, professora da Esco-la Bíblica Dominical na PIBI, exerceu cargos na União Feminina local e regional; e, com zelo, participava das atividades de Ação Social e Evangelismo nas Igrejas onde congregou.

Participou de várias Con-venções do estado do Rio de Janeiro, Convenção Batista Brasileira e congressos da 3ª Idade: em Águas de Lindóia, Calda Novas e Bento Gon-çalves. Mulher de poucas palavras, mas hospitaleira e acolhedora. Em sua casa recebia jovens em intercâm-bios, seminaristas, líderes e pastores com amabilidade, discrição e muito carinho.

Foi abençoada e abençoa-dora, firme nas promessas de Jesus. Leitora assídua de O Jornal Batista, recebia-o toda semana e compartilhava com os filhos e netos os artigos e histórias interessantes. Leu a Bíblia toda por de mais de dez vezes; como era bom vê--la sempre lendo livros inspi-

radores, sendo que o último ficará para sempre em nossas memórias - “Uma vida sem limites” - de Nick Viyicic.

Dizimista fiel, amava mis-sões em todos os sentidos: contribuindo para vários projetos e confeccionando vestidos e camisas infantis que encaminhava a diversas instituições assistenciais do meio evangélico e quaisquer outras que soubesse da ne-cessidade.

Em 08 de setembro de 2015, às 09h20, aprouve ao Senhor Deus levar sua serva para seus braços. Deixou uma lacuna, um legado, um vazio no coração da família sanguínea, espiritual e ami-gos, mas a memória de uma líder nata, capaz, inesquecí-vel, sonhadora é inspiração para todos nós que ficamos saudosos.

“O Senhor no-la deu, o Senhor no-la tomou, louvado seja o nome do Senhor.” (Jó 1.21). Ela dizia sempre: “Sa-bedoria é uma virtude que somente o Senhor dá gracio-samente, nem toda pessoa inteligente é sábia”.

A felicidade de termos o Senhor como o nosso pastor

Dilce: uma vida preciosa

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14 o jornal batista – domingo, 25/09/16 ponto de vista

A falta de compreen-são dessa diferença é que tem definido a postura da maio-

ria do povo brasileiro, uma postura confusa e de esco-lhas equivocadas e maléficas no contexto político brasilei-ro. Os eleitores tendenciosos e os candidatos interesseiros que são eleitos é que formam a politicagem que presen-ciamos nesta crise pela qual passa o Brasil. Examinaremos a grande diferença entre a política e a politicagem.

A palavra política vem da língua grega e significa “O governo da cidade”. Ela tem a ver com “Boas maneiras, urbanidade, cavalheirismo, polidez, gentileza, civilidade, benevolência, humildade, acolhimento...”.1 É o compro-misso com a governabilidade e com a gestão eficiente, efi-caz, apaixonada e zelosa da cidade. O político autêntico, por vocação e não por vaca-ção, é uma pessoa compro-metida com a excelência em governar uma cidade ou le-gislar com justiça. O político é alguém que está engajado na construção de um projeto de Estado e não simplesmen-te de um movimento de go-verno que visa perpetuar-se no poder pelo poder. Ele está interessado no bem da Na-ção, bem como contribuir de 1 AZEVEDO, Francisco Ferreira dos Santos. Dicionário Analógico da Língua Portuguesa. Rio de Ja-neiro: Lexicon, 2010, p. 200.

forma decisiva para o fortale-cimento das instituições do Estado brasileiro. O político é um servo do povo e para o povo. O seu poder emana do povo para servir o povo com equidade, compromis-so, amor, empatia, simpatia, respeito e competência. Ele não tem interesses próprios, mas trabalha fielmente para os interesses dos seus elei-tores sempre obedecendo a Constituição. Tudo que é possível fazer para facilitar a vida dos cidadãos é do âm-bito do político vocacionado para o cargo eletivo ou indi-cado para um cargo público com base na meritocracia. O político não procura cargos, mas cargas. É uma pessoa comprometida com o traba-lho de melhorar a qualidade de vida da população. Ele busca se aprofundar em sua função delegada pelo voto. O político vocacionado é uma pessoa estudiosa, aplicada, disciplinada e determinada nas suas atribuições definidas em lei. Ele veste a camisa do serviço abnegado para bene-ficiar o cidadão que paga os impostos. O homem público é trabalhador e responsável. Tem consciência da enverga-dura da missão que recebeu dos eleitores.

A palavra politicagem é uma deformação da política e quer dizer: “Corporati-vismo, espírito de classe, fisiologismo, rabo preso; filosofia sectária, mercantil;

mercantilismo, partidarismo, comprometimento, unilatera-lidade, política de campaná-rio, politiquice, venalidade, chicana, nepotismo, favori-tismo, parcialidade, suspei-ção, sutileza, astúcia, artima-nha, desvario, extravagância, desatino, facciosismo, má fé, fanatismo, corrupção, subor-no e tráfico de influência”.2 Esses significados traduzem muito bem a maioria que está na gestão pública ou em cargos eletivos. Poderia se dizer o contrário, mas não seria real ou verdadeiro. A politicagem anda solta como um vírus em todo o corpo do Estado brasileiro. As instituições estão cheias de gente politiqueira. Essa gente está preocupada em levar os cargos na maciota. O politiqueiro, o que pratica a politicagem, está interes-sado em favorecer a si, sua família e seus apadrinhados. Ele não está preocupado com a meritocracia, mas com os seus interesses meramente pessoais. Quando se fala em político, a lembrança é de egoísmo, egolatria, incompe-tência, maldade, fisiologismo e alto interesse em benefício próprio. Geralmente o politi-queiro é reacionário. Ele não tem princípios, mas principa-do. Não tem personalidade, pois o partido é que manda. O politiqueiro não tem coe-rência. É triste sustentar poli-tiqueiro. Ele custa muito caro 2 Ibidem, p. 431.

aos cidadãos, que pagam pesados impostos. Partidos e politiqueiros são ineficientes, perdulários, irresponsáveis com o dinheiro público. Ga-nham muito para nada faze-rem. São como camarões, que vivem nas costas do Brasil. É muito triste e pesado lidar com politiqueiro. Ele sé aparece de quatro em quatro anos. Muitos políticos se ele-gem pela compra de votos. No exercício dos cargos, geralmente não há prestação de contas.

Os que praticam a politi-cagem gostam de visitar os pastores e as Igrejas; fazem média. Parecem amigos, mas não são. Os politiqueiros utilizam todos os meios para impressionarem os incautos. Poucos brasileiros são massa crítica. Infelizmente, a maio-ria não sabe votar, não sabe exercer a cidadania respon-sável. Os politiqueiros se ele-gem por causa dos cidadãos irresponsáveis e imaturos, que não pensam e que não têm discernimento. No am-biente da politicagem muitos se candidatam para elegerem os mais conhecidos e, assim, conseguirem uma boquinha com os que foram eleitos. É a politicagem do apadri-nhamento da troca. Uma das cenas mais dantescas é o programa eleitoral nos meios de comunicação de massa. É sofrível ver. Na verdade, causa asco, nojo. Podemos perceber claramente que

na politicagem a pessoa se candidata a um emprego e não a uma vocação, a uma missão ou a um compromis-so inadiável e inalienável com o povo. Os salários e os benefícios são atraentes. Na politicagem, se possível, emprega-se todos os familia-res e agregados.

Nesse tempo tão tumultu-ado, quando passamos por uma crise profunda, preci-samos dizer não, definitiva-mente não, à politicagem. Precisamos de políticos de caráter. É necessário dizer sim à política séria, compro-metida com a verdade, com a integridade, com a gover-nabilidade e com o bem--estar do povo. A política está a serviço da justiça social, distribuição de renda, saú-de de qualidade, segurança eficaz e eficiente, educação de excelência e uma consci-ência profunda de igualdade e fraternidade. O Brasil não avançará enquanto houver politicagem, isto é, nepo-tismo, corrupção e os ou-tros desmandos. Precisamos eliminar no voto os maus políticos, os que praticam a politicagem. Os partidos são cabides de emprego e não formadores de cidadania e desenvolvimento sustentável. Que Deus nos livre dos poli-tiqueiros e nos dê políticos que amem o Brasil, mas, aci-ma de tudo, amem a Deus, nosso Criador e Redentor, Senhor da História.

Diferença entre a política e politicagem

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15o jornal batista – domingo, 25/09/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Até o momento vi-mos diversas face-tas da Igreja como comunidade focali-

zando o desenvolvimento, o amadurecimento, a qualida-de e saúde de vida dos seus membros. Uma Igreja saudá-vel tem vida para mostrar ao mundo, pois cada membro tem encontrado sua razão em viver, razão coligada à sua harmonia e comunhão com (1) Deus, pelo desenvol-vimento relacional profundo com Ele por meio de vida piedosa e ligada aos valores e ensinos de Sua palavra, que provocaram renovação de sua mente; (2) Consigo mesmo, tendo autoimagem equilibrada (Amando-se a si mesmo de forma sadia, sem sentimento de superioridade ou inferioridade) com objeti-vos claros na vida; (3) Com o seu próximo, tendo aprendi-do a desenvolver relaciona-mentos edificantes e sadios; e (4) Com a natureza criada desenvolvendo cuidado e atenção, não apenas ambien-tal, mas tratando a natureza com dignidade.

Tenho demonstrado que foi para isso que Deus nos criou e que na Teologia clássica chamamos de “Viver para a Glória de Deus”. Como já expliquei em artigos anterio-res, estas conclusões deduzi do estudo dos dois grandes mandamentos que Jesus men-cionou em Marcos 12.28ss, que nos mostram três níveis de relacionamentos e, por dedução, o nível do nosso relacionamento com a natu-reza criada. Itens que foram

objeto de ruptura quando da queda de Adão (Gênesis 3) e, que com a salvação (recupe-ração), somos reconduzidos para o plano original de Deus com a criação do mundo, an-tes deste estado de rebeldia e ruptura como próprio Deus.

Já discutimos que a Grande Comissão (Mateus 28.19-20) não está focalizada no verbo ir (que não está no imperativo), mas no imperativo de fazer discípulos, desenvolver vidas transformadas a partir de nossa transformação. É fazer o que Paulo nos ensinou em I Corín-tios 11.1: “Sejam meus imita-dores como eu sou de Cristo”. Nós já estamos indo ao viver-mos nossa vida cotidiana e nesse percurso o imperativo é fazer discípulos, seguidores de Cristo, como nós assim tam-bém devemos segui-lO. Disci-pular, muito mais do que dar estudos doutrinários (envolve também isso), ter momentos de comunhão e comparti-lhamento (também envolve isso), é transferir o que somos para a outra pessoa, é como que uma transfusão de vidas, conforme já explicamos em artigo anterior.

Assim, a Igreja será comu-nidade missionária ao pro-mover o desafio de estimular o discipulado que também envolve evangelizar, isto é, levar pessoas a se arrepen-derem de sua condição de rebeldia contra Deus, contra seu plano criativo, de seu estado intrínseco de natureza pecaminosa e decaída, acei-tando a morte redentora de Jesus e sua ressurreição – dois fatos monumentais e recupe-

radores da história. Esse evan-gelizar não é apenas a obra realizada no âmbito pessoal, mas também além-fronteiras da própria comunidade local, alcançando outras localida-des e até os confins do mun-do (Atos 1.8). Para isso, temos diversas alternativas no Novo Testamento:• Cada crente como teste-

munha viva do Evangelho (Atos 1.8): não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido (I João 1.3); “Eu era cego e agora vejo” (Jo 9.25) – indicando cada crente demonstran-do vida exemplar e tendo razão em viver de modo a transmitir o agradável perfume atrativo do viver em comunhão com Deus (Atos 4.20), pois somos luz para este mundo (Filipenses 2.15; Mateus 5) que aguar-da a manifestação (atuação positiva, moralmente sau-dável e atrativa) dos filhos de Deus (Romanos 8.19). Tudo isso independente-mente do dom de serviço que a pessoa venha a ter;

• Pessoas com o dom de evangelizar (Efésios 4.12) que são apaixonadas em levar alguém a Cristo onde estiverem. O grande foco delas é ver pessoas se ren-dendo aos pés do Mestre e entregando a Ele suas vidas. Em geral, pensa-mos nos evangelistas como pessoas que agem mais localmente, mas poderá ser diferente, pois Deus é quem comanda Seu Reino;

• Pessoas com o dom do apostolado (Efésios 4.12

– que hoje chamamos de missionário – do latim “missio”, que é sinônimo da palavra grega “apósto-los”). No Novo Testamen-to são pessoas que Deus dota com a capacidade e atributos necessários para que possam se envolver na divulgação do Evangelho e “implantação” de Igrejas em diversos locais. Hoje, em geral, dividimos o tra-balho desta natureza em missões locais, estaduais, nacionais e mundiais. São pessoas apaixonadas e se moverem constantemente nesse empreendimento. A atuação nossa como tes-

temunhas de Cristo é algo natural, que envolve nosso investimento pessoal, mas a obra evangelizante, seja feita por evangelistas, seja por missionários, necessita de suporte maior, daí termos o saudável hábito de desen-volver a obra cooperativa envolvendo diversas comuni-dades ou Igrejas no levanta-mento de recursos materiais e financeiros, mas também, levantando diversos profissio-nais em áreas de atendimento social, da área de saúde em geral, etc., que, neste caso, atuarão também como diáco-nos (dom do serviço).

No livro de Atos (17.6), o alcance do Evangelho e a mu-dança que provocava na vida dos alcançados era tal que sua influência provocava reações por onde passavam. O mundo precisa ser alcançado pelo Evangelho, pela recuperação de vida, para que cada pessoa alcançada possa ter razão em

viver e ser nova criatura (II Coríntios 5.17) sendo levada a reconstruir a sua vida a partir do propósito divino com a criação, conforme já expli-camos no início deste artigo.

Infelizmente, por muito tempo, isso foi confundido pela equivocada interpreta-ção da Grande Comissão, como o ir, de modo que se alguma pessoa não pudesse ir, então deveria pagar a con-ta dando oferta missionária e, assim, nem precisava se preocupar em ser testemunha do Evangelho, pois já sentia que tinha feito a sua parte.

Temos diante de nós hoje um desafio muito maior com o sustento da obra de evan-gelização e missionária, pois, mesmo atuando como tes-temunhas do Evangelho por meio de nossa vida transfor-mada, temos que considerar o investimento na sua divul-gação por todo mundo, de modo que, unindo recursos, possamos ampliar cada vez mais o acesso à conquista de razão e sentido de vida pelas pessoas que estão vivendo uma falsa liberdade, de modo a criar comunidades comuni-dades e Igrejas por toda parte.

A sua Igreja será uma co-munidade missionária se puder enviar missionários, desenvolver obra evangeli-zante, mas muito mais, se desenvolver também a capta-ção de recursos para atender ao trabalho missionário em suas diversas modalidades (estadual, nacional e mun-dial). Que tal priorizar esses desafios no planejamento financeiro da sua Igreja?

Estudos sobre a Igreja (12) -

A Igreja como comunidade missionária

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