darlene r. faria para um doce...

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Darlene R. Faria Para um doce Cavaleiro... Para R.L, com amor.

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Darlene R. Faria

Para um doce Cavaleiro...

Para R.L, com amor.

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Os poemas neste livro são retratos de uma alma, contam uma história tão breve quanto intensa... Real? Sem dúvida! Quem são os personagens? Uma poetisa que não acreditava no amor até encontrá-lo e um lindo rapaz... Seus nomes permanecerão no anonimato... A ele, chamarei R.L ou simplesmente “Doce Cavaleiro”... À poetisa, simplesmente “Ela”. Não há um porque verdadeiro em divulgar-lhes os nomes, já que essa história poderia ter acontecido com qualquer um... Alguns trechos do diário dela foram transcritos junto aos poemas, assim como algumas das datas em que foram escritos. Não foram feitas alterações, trata-se de uma peculiaridade no diário da moça a forma de escrever como se visse tudo e não como participante da história. Não se trata de uma narrativa comum, e sim de poemas que contam uma história de amor, desde a primeira vez em que seus olhos se cruzaram, até o dia em que completariam um ano se ainda estivessem juntos.

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“Ela não acreditava no amor; escrevia sobre ele, mas não acreditava que um dia viesse a senti-lo... Para ela, o amor era somente uma lenda... Até que um dia...”

Nas primeiras horas da manhã te conheci E no brilho do teu olhar eu vivi Um Amor que eu jamais pensei existir E meu coração nem tentou resistir Que loucura... Nem teu nome eu sabia e já te amava E a cada momento te buscava Querendo de ti me aproximar Querendo em tua alma com meu coração navegar E quando você me beijou, que doce magia Pela primeira vez meu coração disparava Meu corpo eu não sentia Pelas nuvens flutuava Quando separados fomos, que agonia Aquelas breves horas tornaram-se tristes Aquela noite foi então a mais escura e fria E, em certa parte do caminho, ao teu lar chegastes Ah, cavaleiro menino que hoje conheci Com você pela primeira vez vivi Um amor que jamais pensei existir Lindo anjo... De te reencontrar jamais vou desistir Pois sei que pra sempre vou te amar E muitas vezes juntos, desse doce dia vamos lembrar Será eterno e puro esse amor Que entre nós nasceu como uma delicada flor...

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“E de repente, a garotinha que não amava, amou... Ela já não imaginava o amor em seus poemas... pela primeira vez ela podia sentir o Amor... e sentia-se amada... afinal, ela e o seu amado Cavaleiro mal se conheceram e já trocaram seu primeiro beijo... Ela tinha aquela certeza de que encontrara sua outra metade e que sem ele jamais seria completa novamente...”

São Vicente, 08 de Setembro de 2009

Eu vejo um mundo novo, vejo a vida que passa, vejo pessoas, vejo sentimentos. Vejo a cada dia a aurora de uma nova vida, que morre na rotina; vejo paixões nascendo; pássaros cantando; vejo o Amor brincando.

O amor se esconde nunca se sabe onde, ali na esquina ou bem ao teu lado. Todos buscam o amor, o procuram em cartas, poemas, oráculos; todos sonham com ele, que se esconde, foge e aparece de repente.

A vida se repete a cada dia, se copia e se inova; ela transpira esperança, nos mostra caminhos, os melhores e os piores, os alegres e os infelizes... E nós, seres inquietos, tentamos percorrer todos, sem prestar-lhes atenção, apenas passamos... E, em algum desses caminhos, o Amor nos aparece e nós simplesmente não notamos. Cada caminho é um novo mundo e eu sigo o Amor que em um desses mundos encontrei e que hoje é meu guia em todos os meus caminhos...

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Não sei o que aconteceu comigo Só sei, anjo amigo Que quando vi teu olhar Senti meu coração Flutuar Sempre fui tão delicada E desejei ser amada A você minha alma eu entreguei No teu beijo o Amor eu encontrei

São Vicente, 12 de Outubro de 2009.

“E pela segunda vez eles se encontraram... era como num conto de fadas... o príncipe e a camponesa... Cada olhar... cada toque... tudo ficou marcado no coração dela... ele disse que a encontraria... disse que ligaria... e ela sorriu... e ela tinha certeza de que iriam se encontrar muitas e muitas vezes...”

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Carta para um Doce Cavaleiro que é minha vida...

Se eu te encontrasse agora, sem palavras estaria.

Vocábulos simples e tímidos não bastariam para

expressar tudo o que sinto e o que penso; não seriam

mais do que sinais sem nexo. Se eu te encontrasse

agora, cairia em teus braços, sedenta por teus beijos,

teus abraços, por teu carinho com gosto de paixão.

Deixar-me-ia ficar junto de ti pela eternidade de um

momento e sentiria tua respiração. Mergulharia no

brilho do teu olhar, puro, doce e cristalino; e em sua

canção me deixaria ficar. Se uma lágrima de saudade

dos meus olhos rolasse, que se haveria de fazer?

Deixaria meu pranto correr, já senti mesmo a dor

nascer, crescer e nesse momento no meu peito ela iria

morrer. Seriam tantos beijos guardados, tantos

suspiros, sensações, arrepios, que eu não saberia dizer

nada... Apenas saberia amar e amar...

Pois é, a noite chegou e eu não te encontrei. Nasceu

outro dia... E novamente a noite chegou... Nada. Espero

e espero. E, por meu corpo não poder dizer ao teu nada

sobre a saudade que sinto, nem sobre a alegria do

reencontro, limito minhas mãos a tentarem inutilmente

escrever nessas linhas o que se passa em meu

coração...

São Vicente, Novembro de 2009

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Beijá-lo não é um simples carinho... Beijá-lo é viajar para terras distantes... É desejar teus lábios amantes... É querer ser do teu coração o ninho... Vê-lo me desperta na alma alegria No meu coração, fantasia No meu corpo a paixão Na minha vida, sentimentos em erupção Há tanto tempo quero falar Que só em ti sei pensar Mas perto de ti me calo Meus olhos dizem o que eu não falo...

“E mais uma vez a vida os uniu... ela não poderia esperar

encontrá-lo ali, no seu novo trabalho... mas ele estava lá... e

mais uma vez ela desejou ter coragem de dizer que o

amava... e mais uma vez a timidez a manteve muda... e mais

uma vez ela foi a mulher mais feliz do universo quando ele

deu-lhe um selinho nos lábios à hora da despedida...”

São Vicente, Dezembro de 2009

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“Esta noite sonhei com você Com o olhar doce de quem ama Suavemente meu nome chama Esta noite sonhei com você Perfume de rosas Pele macia, carícias gostosas Esta noite sonhei com você Meu primeiro amor Meu único amor Senti na minha pele teu olhar Esta noite sonhei com você E a saudade tão grande que eu sentia, aumentou O que posso fazer? Olhando-te, meu coração te amou Esta noite sonhei com você Meu doce, terno Amor eterno Esta noite sonhei com você E em sonho, me fiz mulher em teus braços Sob muitos beijos e abraços Esta noite sonhei com você Meu doce cavaleiro, luz da minha estrada Esta noite sonhei com você E acordei sozinha... Sem você ao meu lado... Quando meu sonho será realidade? Quando ouvirei você dizer que me ama?

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Doce Cavaleiro De olhos distantes De negros cabelos Doce menino Doce amado... Quero-te, como dizer-te? Como falar o que passa neste coração? Como explicar que aquele primeiro beijo, Marcou meu ser com renovada esperança Mostrando que o Amor existe e acontece de verdade. Ah, doce menino que eu tanto amo Que em meus sonhos eu chamo... Por você, em curtos versos meu amor proclamo Sem jamais dizer com palavras esse amor Que não sai do meu olhar Tão poucas vezes, Tão breves momentos nós temos para estar juntos... Olho-te rapidamente, Seguro tua mão, peço um beijo... Suspiro... Será que você percebe o que se passa comigo? Essa tua jovem alma vagueia pelos caminhos da vida e, talvez pra você eu seja apenas uma moça faceira, buscando paixão fugaz, mas lembre-se que sou uma doce menina apaixonada, que espera paciente por um olhar, um carinho e uma chance de dizer “Eu te Amo”.

São Vicente, 15 de Abril de 2010

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“Naquela noite, quando conectou o MSN pensava na maravilha que era viver na época moderna, afinal, como não deviam sofrer os amantes de outrora, se comunicando apenas por cartas... Como era bom poder falar com ele freqüentemente pelo MSN, ficava imaginando como seria não poder teclar com ele, ter que esperar cartas ou então a próxima oportunidade de vê-lo... Mas o amor é realmente um conto de fadas, um castelo de areia que sempre desaba... Naquele dia, ele estava numa festa... E não estava sozinho... Naquele dia, ele a deixou ver pela câmera do computador e ela viu-o beijando outra garota... Naquele dia ela desejou jamais ter amado, desejou voltar a ser a garotinha que não acreditava no amor... Mas era tarde... agora ela sabia que o amor existia e machucava... Desejou não ter entrado no MSN, não vê-lo com outra, desejou que tudo tivesse continuado como era antes e que ela jamais ficasse sabendo não ser a única... Não conseguiu escrever poemas em seu diário... A tristeza em sua alma a sufocava de tal forma... Desejou simplesmente não existir... Mas sabia que isso era impossível, sabia dolorosamente de sua existência, que teria que levar até o fim, sempre marcada por essa cicatriz que tanto doeria... E mesmo machucada, ainda e eternamente o amava... 20 de abril de 2010... Uma triste noite de terça feira que para sempre ficaria marcada na memória e no coração daquela menina que simplesmente... Amava.”

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Amo-te... Não sei por quê Não por querer Amar não é saber É sentir É viver Amo você E onde estarás agora Esse frio lá fora Esse vazio aqui dentro Longe dos teus braços Teus beijos, teus abraços Mas ainda assim Amo-te com amor sem fim...

São Vicente, 22 de Abril de 2010

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Impossibilidades

Impossível existir sem você Impossível resistir ao teu olhar Impossível te ver e não te amar Impossível não te querer Impossível dizer o porquê de te amar Impossível em teus braços não me perder No teu corpo não me achar Impossível eu sei que é Impossível dizer O que as palavras não alcançam, O que os corações não esquecem O que os olhos falam E as lágrimas não calam Impossível eu sei que é Sempre foi e sempre será De meu coração tua lembrança apagar...

25 de Abril de 2010

“Sem ele, seus caminhos eram sempre descaminhos, seus

versos, sem nexo, sua vida, uma caminhada sem sentido...“

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Em cada estrada Teu olhar Em cada madrugada Teu toque Em cada caminhada Tua voz Ao luar Teu abraço Sonhos Saudades Em teu olhar Uma estrada Em teu toque A madrugada Em tua voz Uma caminhada Em teu abraço O luar Saudades Sonhos

28 de Abril de 2010

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Você... Corrente que ata meu corpo Tira-me os movimentos Corta, sangra Sem querer prender-me, prende-me a ti Macula a pureza desse amor que sinto Estraçalha meu peito Queima-me a alma Marca-me Você, que sem querer me mata Corda que me enforca Sufoca Rouba-me o ar, até o último suspiro Faz de mim uma folha seca Jogada ao sabor do vento Abandonada Sem você, sou a rua triste de outono que só apresenta beleza aos olhos sensíveis o suficiente para entender a tristeza de te amar...

São Vicente, 01 de Maio de 2010

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“E de repente, se viu frente a frente com ele novamente... Sua maior alegria e dor... E viu em seus olhos um brilho de alegria... Amigos... Tinha que se conformar em ser amiga do homem que amava... Doía... Mas melhor assim, amigos do que nada mais... Durante toda aquela noite as lágrimas lutavam para chegar aos seus olhos... E no final, naqueles instantes após o trabalho em que ficavam juntos... Apenas conversaram, naquele momento, tudo que ela queria era pedir-lhe então um último beijo, mas não se atrevia, não queria chorar perto dele... Não por vergonha, apenas para que ele não sentisse tristeza por machucar alguém que o amava. E ela se esforçava por ficar feliz apenas ao vê-lo feliz... E o que sentia era a mistura de alegria e tristeza... Alegria por ele... Tristeza por ela, tristeza pela solidão que sentia... E naquela noite ela o abraçou mais forte do que nunca, como quem quer reter-lhe o coração junto ao seu e pedir: Por favor, não me abandone...”

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Queria entender O que meu coração de mim quer fazer... Logo eu... Sempre do amor distante Trago agora no peito esse sentimento intrigante De te lembrar Vêm-me lágrimas ao olhar E de te ver, Vejo em meus lábios um sorriso nascer Se não sou sua amada Sua doce princesa Por que te amo? Por que de ti estou enamorada? Ao teu coração pra sempre presa Permite-me então sonhar? Abraça-me e me deixa pensar Que um dia como eu te amo, vais me amar Que tua luz vai devolver o brilho do meu olhar

São Vicente, 07 de maio de 2010.

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Amar

Amar é viajar em um segundo ao céu Amar é cruzar um mar de fel Amar é enfrentar no peito um furacão Amar é ter sentimentos em oposição É sorrir quando está triste Sentindo na alma aquela esperança insistente Amar é ter mil motivos para sorrir e ainda assim, chorar Chorar a saudade de um beijo com o qual resta sonhar Amar é uma trilha pedregosa É ter no coração uma rosa E da rosa sentir os espinhos Que perfuram a alma, gotejando sangue pelos caminhos Amar é viver E ao mesmo tempo, morrer Morrer para o mundo E para dentro de si viajar, ir até o fundo É sentir pela primeira vez que a solidão não tem sentido Entender o significado de um coração partido Acreditar em contos de fadas E em princesas encantadas Construir no ar castelos de nuvens Amar é chorar solitária a cada madrugada De saudade, passar a noite acordada Amar é desejar jamais ter conhecido o Amor Sentindo inegável dor Amar é inexplicável É ter no coração um sentimento inabalável Amar é... Simplesmente amar.

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O Amor é irmão da morte Quem encontra o amor, morre um pouco Fica entregue à própria sorte Sente-se ao mesmo tempo lúcido e louco Quem ama tem sempre um punhal na alma E recebe no corpo um doce veneno E se vê sangrar com tanta calma Pois esse grande mundo, pra quem ama é pequeno Quem ama anseia a liberdade E livre, quer ver-se preso ao destino de alguém Deseja percorrer o mundo da felicidade E sempre ir mais além O amor torna irreal a realidade Mistura magia, vida e poesia Faz de cada segundo saudade Mergulha o coração em fantasia.

São Vicente, 26 de Maio de 2010

“Queria... desejava... precisava estar com ele... só mergulhada em seu olhar ela conseguia ir além... além da felicidade... além da poesia... além da magia... além da fantasia... além de si mesma”

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Um dia eu não estarei mais na tua estrada Não seguirei mais tuas pegadas Seguirei só minha vida desventurada Banhando os caminhos com as lágrimas derramadas Um dia eu não estarei mais na tua estrada Livrar-me-ei das tuas amarras Não sonharei mais ser tua amada Fugirei desse amor que me prende em profundas masmorras Um dia eu não estarei mais na tua estrada Não farei mais do teu olhar claridade Nem direi que tu és minha vida Nem sentirei saudade Ah... Um dia, um dia eu não estarei mais na tua estrada Não buscarei mais poeiras do teu amor Não sentirei dor, não sentirei nada E no frio, não desejarei teu calor Um dia eu não estarei mais na tua estrada Estarei só e tu então talvez te sintas sozinho Neste dia, serei apenas uma alma apaixonada Das amarras da vida livre estarei seguindo sem você meu triste caminho...

São Vicente, 28 de Maio de 2009

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Na escura noite minha alma mergulha Lança-se no breu Busca conforto na desesperança Sente a dor que borbulha E vê da vida imagens turvas Sente-se perfurar em ponta de lança Rota traçada sem rumo, incerto caminho Em imenso mar, sou nave perdida Sempre de partida Sempre sem chegada, sem retorno, sem prumo. Lúgubre sítio meu peito se tornou Por que recusas assim quem tanto te amor Fria solidão para mim restou Desse amor que em meu coração brotou.

São Vicente, 29 de Maio de 2010

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Nas noites sem luar Saio a vagar Sonhando acordada, querendo te encontrar Torno-me ser da escuridão Uma alma repleta de solidão Nas noites de lua nova Entôo-lhe meu amor em versos, em trova E no meu coração a esperança se renova Nas noites de lua crescente Busco-te novamente Não te encontro e choro tristemente Nas noites de lua cheia Minha alma em enamorado sonho vagueia E a lembrança do teu olhar meus caminhos clareia Em noites de lua minguante Sempre só, delirante Sonho estar em teus braços, meu Cavaleiro triunfante...

São Vicente, 31 de Maio de 2005

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Meu Cavaleiro de Capa e espada Quanto tempo eu aguardei tua chegada... Na alta torre deste Castelo chamado solidão Olhava o horizonte e pensava “esse tal amor não existe não” Ah, meu doce herói de olhar sedutor Você me ensinou o que é o Amor Você que como um raio de Sol minha vida iluminou Você que meu solitário coração amou Meu príncipe misterioso Resgata-me impetuoso Corre comigo pelos campos da paixão Semeia em minha vida flores de ilusão A ti dei meu coração E só teu é o meu amor Abraça-me, embala-me, segura minha mão Deixa-me sentir teu corpo, teu calor Deixa que ao teu lado eu veja a vida cor-de-rosa Como um conto de fadas sem fim Como uma canção melodiosa Doce como o amor que há em mim Amado cavaleiro, livre tu és, pelas estradas da vida a viajar Deixa-me então aguardar-te com candura E sempre que a mim teu coração retornar Estarei no alto da torre a te esperar, com infinita ternura.

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Que teus beijos sejam açoite A ferir meus lábios rosados Que nossos dias sejam noite Nossos corpos, desertos cálidos Que nosso prazer seja tempestade Nosso amor, longa jornada Que tu sejas a fonte donde volto saciada Quando tu me amas com intensidade Que sobrevenha então a calmaria Que o ímpeto seja substituído pela ternura Que a noite torne-se aurora E sob o Sol nascente adormeçamos envoltos em magia.

São Vicente, 02 de Junho de 2010.

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Vejo-te como o resplandecente Sol do verão, e a suave brisa da primavera. Teus olhos doces e misteriosos como as folhas do outono... Sinto-me tão só, como se estivesse perdida em meio a nevascas, num frio e interminável inverno. Congela minha alma pensar que talvez eu nunca mais sinta em meus lábios o sabor de teus beijos. Sua luz penetra; machuca-me; rasga-me; sangra-me... Amo-o e nada consegue mudar isso em mim e eu queria apenas voltar a ser aquela garotinha que escrevia sobre Amor sem acreditar que existisse... Aquela garotinha que te amou antes mesmo de perguntar teu nome e que desde então só pensa em ti. Meu coração era como um botão de rosa e seu doce brilho primaveril o fez desabrochar, e, nesse momento aquela garotinha inocente que eu fui acreditou no amor. E agora, gostaria de matá-la, arrancá-la de mim, fazê-la voltar a não acreditar, a não sentir. Queria te esquecer e não consigo e, ainda que me mate aos poucos te amar, não consigo me arrepender de ter saído de casa naquela manhã em que o conheci... Amo-te.

São Vicente, 05 de Junho de 2010

“E sua vida era tão vazia que dispensava narração... era um

poema triste, uma folha jogada ao vento... um eterno

inverno...”

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Aqui dentro bate um coração Coração para o qual teu nome é canção Para o qual teu olhar é luz Coração que mesmo sem querer você conduz Coração sem ti sempre triste Coração que tu esmigalhaste Coração que te ama e te segue E que te esquecer, jamais consegue.

São Vicente, 06 de Junho de 2010.

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12 de junho

Dia dos namorados Corações entrelaçados Juras de amor Sentimentos declarados Paixão, sabor e cor Dia dos namorados é todo dia É cada sorriso e fantasia Cada leve toque, cada beijo Cada sussurrar e desejo Dia dos namorados Data dos apaixonados Sorriso dos que são amados Lágrimas dos que são esquecidos 12 de junho, dia de sentimentos opostos De amores expostos De paixões escondidas Dia de esperanças perdidas.

São Vicente, 12 de Junho de 2010... Dia dos namorados

solitário...

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Talvez um dia

Talvez um dia essa dor vá embora Talvez um dia as horas não se arrastem Talvez um dia eu te veja e não sorria chorando por dentro Talvez um dia nossas mãos estejam novamente entrelaçadas Talvez um dia a lua nos veja abraçados novamente Talvez um dia eu te diga que te amo e você entenda Talvez um dia você diga que me ama Talvez um dia amar traga conforto e não dor Talvez um dia lembranças sejam bem vindas Talvez um dia não seja mais preciso tentar esquecê-lo Talvez um dia sonhar seja realidade... Talvez um dia a vida seja alegria... Talvez um dia... Eu e você mais uma vez... Para sempre...

São Vicente, 19 de Junho de 2010.

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Eu e você

Silêncio... É tudo o que restou Silêncio e lágrimas Solidão de quem tanto caminhou E no teu olhar encontrou doce amor e paixões cálidas Depois de tudo... Muito ou pouco? Depende do ponto de vista, o que vejo e o que vês Pra você, eu e você fomos quase nada... Um delírio louco Ou uma amena distração, talvez Eu e você... Nós... Era o mundo pra mim Era a felicidade em cada manhã e despertar Eu e você... Se não era pra ser assim Por que devo ser condenada a ver a cada manhã o Sol brilhar? Eu e você... Tantas lembranças e recordações Tanta ternura e emoção Eu e você... Tempo tão doce que vivi, envolta em doces sensações Eu e você... Daria a vida por mais alguns segundos desta paixão Eu e você... Um lapso de tempo, uma quimera? Eu e você... Juntos... Quem me dera... Eu e você... Para sempre em minha vida Eu e você... Esperança atrevida

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Eu e você... Para sempre unidos Eu e você... Momentos amados Eu e você... Não é esperança... É certeza De que em algum lugar dentro de ti, nosso amor ainda é chama acesa...

São Vicente 24 de Junho de 2010

Ah, noite escura, profunda Silenciosa Tão parecida contigo estou Com minha alma obscura Dor profunda Do meu amado estou saudosa.

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Sonâmbula de Amor

Fecho os olhos para te encontrar No silêncio vazio da madrugada Não durmo, tão pouco estou acordada E o único som que escuto é meu suave respirar Assim, semi-acordada vejo-te enfim E minha pele arde, desejando tocar a tua Minha alma viaja para momentos que não vivemos antes do fim E como dói esta solidão, esta tristeza nua Preciso desesperadamente parar de te desejar Deixar de sonhar contigo, e, ao acordar Ver apenas tua foto ao meu lado Tua imagem em meu coração magoado Não devo te buscar entre os lençóis que tu jamais conheceste Nem arrepiar-me ao pensar em tua pele aveludada que pouco toquei Dei-te a chave do meu coração e em algum rincão a esqueceste Selei meu destino ao teu na primeira vez que te beijei E assim, com tanta dor e saudade é impossível não sonhar E em sonhos querer viver Pois em sonhos posso te amar E ser teu bem-querer

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Vivo sonâmbula de amor Ardente de paixão Longe de ti, meu mundo não tem cor Prefiro então sonhar essa doce ilusão.

São Vicente, 30 de Junho de 2010.

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Caminhos

Que caminhos a vida me destina? Curvas sinuosas? Longas trilhas verdejantes? Nenhuma surpresa a cada esquina... Poucas lembranças saudosas... E muitos dias entediantes... Profunda e intensa... Uma folha ao vento Será minha poesia sempre lamento? Serei sempre... Um par de pegadas na areia... Uma única taça na mesa à luz de velas, um único travesseiro sobre a cama? Corroída por essa paixão que me incendeia Aquecida por esse amor que é tênue chama Até quando apreciarei o conforto da melancolia? A Lua solitária como meu ser A noite, o frio, o triste sorriso e a fantasia O meu ser é um não-ser, inconformado em te perder O Amor é um quase invisível fio que nos uniu E brevemente se partiu Assim, a escuridão é tudo que me conforta Quando chega a noite e te vejo em mágicas miragens Sonhos, do Amor imagens Dor que me afoga; lâmina que a minha alma corta E ao mesmo tempo me seduz

E a amar-te mais e mais me conduz.

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Ao meu amor...

Um príncipe, um anjo, um menino Tu és dono do meu destino Tu és inspiração da minha poesia Da minha vida, tu és a alegria É o sonho que desejo a cada anoitecer E o despertar de cada aurora Distante de ti resta-me sofrer E mesmo assim, a esperança em meu coração aflora É a solidão que me consome A ferida que não se cura É a dor que nunca dorme Mata-me pouco a pouco, e ainda o amo com ternura É o vento frio que me acaricia a face Congelando meu pranto E ainda que tanto frio me matasse Ainda assim, tu serias meu encanto É a condenação da minha alma E a completa liberdade Aguardo-te com agonizante calma Pois tu és minha felicidade E se mesmo assim não me quiseres Sei bem o que será de mim Escreverei cantando do amor as dores E seguirei a vida aguardando o fim.

São Vicente, 02 de Julho de 2010.

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Herói doce, herói amado Sigo-te com o coração deslumbrado Sei que vences com teu olhar O coração de todas que desejar Sei que sempre terás aos teus pés princesas e fadas E que ao te ver, as ninfas quedam-se encantadas Que seja sempre assim! Que para ti, as musas cantem apaixonadas Saibas que as rosas foram criadas para enfeitar tuas jornadas E um dia, entre tantas encontrarás aquela que é tua destinada Após quebrar tantos corações... Verás nela tua verdadeira amada Ela será tua vida, tudo e mais, será o teu querer E ela saberá que o mundo só é belo enquanto você viver Tu és um herói cavaleiro, e eu apenas singela camponesa Sigo teus passos e sei que um dia amarás uma linda princesa E assim como as rosas que despedaças desatento Despedaço-me, mas sigo-te como meu único alento E embora as lágrimas embacem meu olhar Desejo que elas nunca venham tua face orvalhar Que tua vida seja repleta de glória Que conheças apenas o sabor da vitória

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E apenas te peço cavaleiro querido Que nunca te esqueças dessa camponesa de coração ferido Traga-me sempre em tua vida, coração e memória Deixa-me te acalantar, ser mais que distante lembrança em tua história

São Vicente, 07 de Julho de 2010

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Procuro esquecer-te

Procuro esquecer-te entre meus suspiros e momentos E não buscar-te em meus sonhos Tento esquecer meus sentimentos No mapa da vida, tento buscar novos caminhos Na alma, carrego naufrágios, vulcões e tempestades No olhar, lágrimas e saudades Nos lábios teus beijos, doces encantamentos Na minha vida tuas lembranças são meus acalantos Por isso, te esquecer eu não posso nem por um segundo Pois se tento, meu coração dói fundo Tua imagem, tua lembrança... Você é meu mundo E se te lembro... Se te lembro tudo se ilumina Minha alma incendeia como fósforo e gasolina Pois tu és minha inspiração... Sou tua eterna apaixonada menina...

São Vicente, 18 de Julho de 2010

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Palavras são dons que me fazem viajar Para dentro ou para fora de minha alma Em emoções navegar E às dores sobreviver com aparente calma Palavras para bailar Perdida em pensamentos, com a alma rodopiar... ...chorar Palavras vindas do âmago... Palavras para sonhar Palavras... Para um amor declarar Palavras... Para um coração implorar Palavras que eu gostaria de poder falar Palavras... Para almas sensíveis tocar Palavras e poesias... Retratos do dia-a-dia Palavras e canções... Pensamentos do passado Palavras, canções e poesia... Sem vocês, quanto se perderia? Palavras, poesias e canções... Lágrimas de um coração descompassado.

São Vicente, 20 de Julho de 2010

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Desejos Lascivos

Desejo tua alma, teu corpo, teu prazer Desejo teu querer Desejo teu amor Sem pudor Desejo teu vigor Teu ímpeto, tuas mãos, teus braços Teu corpo sobre o meu com furor Sem roupas, sem defesas, sem embaraços Desejo nossos corpos em unissonora canção Orquestra de gemidos Ofegante respiração Êxtase dos sentidos Nossos corpos encaixados Por laços de paixão atados Uma mulher e um homem Que em suas labaredas se consomem Cena ímpar em beleza Dois seres no ápice da natureza Uma cena de amor em toda sua crueza Momentos lascivos, erótica pureza.

São Vicente, 19 de Julho de 2010

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Lágrimas

Cristais líquidos Caquinhos de sentimentos partidos Sonhos multicoloridos Que repentinamente quebram-se, pelo chão espalhados Lágrimas... Não falam E à dor não calam Lágrimas são da dor expressão Lágrimas que a outras lágrimas chamarão Lágrimas, pequenas gotas de luar Cristaizinhos de sentimento Conseqüências de amar Lágrimas de lamento Lágrimas que a cada noite rolam E em sussurros, por você chamam Caquinhos de um sonho que se quebrou Multicolorido amor que em minha alma brotou Lágrimas sobre terras áridas Incendiadas por perdidas paixões cálidas Envenenadas pelo amor Que agora despedaçado, já não é multicor Coração... Terreno deserto Lágrimas jamais o reviverão Sem você por perto Não há mais amor... Nenhuma colorida ilusão...

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Olha amor, olha pro céu Olha que distante mistério O céu que nos cobre com seu véu Como quem protege seu império Seriam as estrelas princesas a nos observar? Por vãozinhos daquele veludo azul profundo E a Lua? Seria a rainha dos céus a brilhar, Inspirando canções de amor em nosso mundo? Olha amor, olha para o céu e veja Ainda que ao teu lado eu não esteja Olha e vê que as estrelas por ti se encantam E iluminadas canções pra ti cantam E assim como eu gostaria de em teus braços estar As estrelas invejam quem está agora a te tocar Querem ser lindas meninas para os teus lábios beijar Deixariam de ser princesinhas celestes pra poder te amar E a Lua, rainha dos céus, deixaria pra sempre o firmamento Para poder te tocar por um só momento Deixaria a realeza para sentir teu calor E para sempre cantaria a alegria de ter teu amor...

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Já não há mais realidade Já não há mais ilusão Já não há mais felicidade Tudo se mistura numa grande solidão Você partiu... Deixou lágrimas... Dor Deixou esse inexplicável amor Foi insensível E em meu coração, a saudade é ferida invisível Já não sinto a chuva fina em meus cabelos E meus olhos agora são vermelhos Vermelhos de tanto chorar Meu corpo é insensível a tudo, só deseja te amar Ao meu redor... Escuridão Em meu coração... Solidão Realidade, ilusão, felicidade não há mais Minha alma navega sem cais...

São Vicente, 15 de agosto de 2010.

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O que pode ser mais importante Que amar? Mesmo que amar seja viver a cada instante Essa dor que vem a alma sufocar E assim em meio ao nada Escrevo e escrevo... Para aliviar minha alma Em meio a lágrimas quase afogada E sinto que só assim essa dor um pouco se acalma Encho linhas, páginas, cadernos Com esses sentimentos tão eternos Repetidos e repassados Mas nunca esquecidos, nunca esgotados Sentimentos do passado, presente e futuro Que invadem a vida como um sonho escuro Doce pesadelo... Dia e noite Teu rosto tortura minha alma como açoite Tua lembrança... Essas linhas... Meu coração vazio... Ruínas Agora e sempre... Inesquecível Luz de minha alma... Como se fossem milhões de estrelas pequeninas Trazendo luz e solidão a esse coração sensível

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Amor Virtual

Amá-lo assim... À distância de um clique do mouse Por alguns minutos, navegando em teu Orkut, em alguma lan house Amor moderno... Distante ter e não ter Desejo teus beijos, desejo teu ser E se já não me queres... Tão doce seria guardar Uma fotografia tua no diário... Um lenço com teu perfume... Lembranças Um cachinho do teu cabelo... E no aconchego chorar Enrolada nas cobertas, como criança Mas esse amor e desamor moderno, atual Faz tão bem... Não o tenho por perto... Mas diariamente o vejo Mesmo que seja por uma tela fria... Numa conexão de desejo E choro... Não aconchegada pelas cobertas... Encoberta pelo mundo virtual Tua foto já não fica no diário, guardada Está na tela do celular Onde passo horas olhando, enfeitiçada É a única forma de teu rosto poder tocar Não tenho um lenço com teu perfume... Nem de teus cabelos um cachinho Guardado num relicário junto ao peito Esse mundo moderno, de romântico tem pouquinho A tecnologia tenta suprimir a saudade, mas não tem jeito

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Por isso, ainda te escrevo poemas Não os guardo escondidos, como as damas de outrora Escrevo no Orkut, twitter, blog, facebook, minhas singelas rimas E para vê-lo conectado, espero cada nova aurora.

São Vicente, 20 de Agosto de 2010

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Ah, esse amor prisioneiro Trancado, escondido, oculto, massacrado Esse amor que chama teu nome o dia inteiro Dentro do coração trancafiado Ah... Esse amor bandido invadiu meu coração Roubou minha vida, minha alma Por isso foi condenado à prisão E dentro de mim chora te chama e não se acalma Meus olhos são janelas Por onde esse amor prisioneiro vê a luz, o céu, a vida De meu coração as celas Há muito estão abertas... Mas esse amor não quer sair de partida E dentro de mim ele se tranca, joga a chave fora E diz que se um dia partir Eu nunca mais saberei o que é sorrir E o vazio doerá mais que a tristeza que aqui aflora E eu já não sei se o amor é do meu coração prisioneiro Ou se eu do amor sou prisioneira Só sei que a esse amor me entreguei por inteiro E mesmo que não me queiras, seguirei te amando da mesma maneira.

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Voa, voa borboleta Nas horas quentes do dia Voa sem saber Que a vida é uma roleta Que melhor é de Amor morrer Pois só assim é possível o Amor vencer Voa borboleta e diz a ele As cores que tem meu amor Pousa em sua face morena Beija sua pele de veludo Voa... Voa borboleta E traz pra mim um pouco daquele perfume Um pouco do sabor... Voa borboleta Viaja na imaginação Até um lugar onde eu possa, ao menos, tocar aquelas amadas mãos...

São Vicente, 28 de Agosto de 2010.

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Não desejo te dar prazer Não quero ser teu breve momento de lazer Quero ser teu vício, tua saciedade Quero ser-te primordial necessidade Quero estar ao teu lado, ser parte da tua pele, teu cheiro Conhecer teu corpo inteiro Desbravar esta vastidão Dando-me a ti com sofreguidão Por você eu seria tudo... Inocente, criança Devassa Simplesmente mulher, alma, entrega total Além de qualquer conceito ou ideal Tão longe me manténs... Mas a dor não me vence Não vez que sou tua e de mais ninguém? Toma meu corpo e usa-o com te convém Pois minha alma só a ti pertence E que me importa se sou teu brinquedo? Prefiro ser tua distração, a viver longe, num eterno degredo Minha alma te deseja com intensidade E meu corpo te necessita com insanidade Então, por que não por breves momentos Não nos entregamos a intensos sentimentos Realiza comigo teus lascivos tormentos E saciemos em segredo nossos corpos sedentos

São Vicente, 27 de Agosto de 2010.

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Se eu pudesse mais uma vez te beijar Se eu pudesse tua pele acariciar Se eu pudesse sonhar Se eu pudesse não chorar Se eu pudesse esquecer Se eu pudesse essa dor vencer Se eu pudesse das cinzas renascer Se eu pudesse ver nosso amor florescer Se eu pudesse não te ver partir Se eu pudesse não sentir Se eu pudesse me curar com um elixir Se eu pudesse do amor desistir Se eu pudesse uma canção compor Se eu pudesse te falar de amor Se eu pudesse não lembrar teu fulgor Se eu pudesse não desejar teu calor Mas tudo que posso é te amar E a cada dia sentir esse amor crescer Fazendo meu coração em seu ritmo balançar Tornando meu dia um triste entardecer E se eu tivesse escolha? Escolheria sentir Escolheria amá-lo, sem dúvida ou temor Ainda que significasse novamente vê-lo partir Ainda que a dor viesse novamente mergulhar minha alma em langor.

São Vicente, 06 de Setembro de 2010.

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Dizem que o primeiro amor Deixa sempre a cicatriz da dor Dizem que o amor acontece uma única vez E leva com ele toda a lucidez Dizem que é eterno Dizem que é passageiro Dizem que é sorrateiro Mas sempre sincero Do amor todos falam Mas as dores não calam Como?Quando?Onde? Essa dor irá passar? Alguém, por favor, responde! E entre tantas perguntas, respostas e vozes Só se ouve a resposta do coração Que diz que o Amor é eterna emoção Plantada na alma para sobreviver às tempestades mais vorazes E aos poucos corpo alma e coração entendem Que não há o primeiro Amor e sim um único Amor E o esquecer é impossível, as lágrimas impedem Os olhos aprendem a chorar de emoção ou dor 06/09/10

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Sombras... Restam apenas sombras Do que foi, do que poderia ter sido De um amor imagens longínquas Lembranças do que não pode ser esquecido Um ano se passou... A vida me trouxe você numa manhã fria Meu coração se apressou, o olho brilhou... Algo em mim mudou Descobri o amor, a luz, a alegria Ah... Aquele beijo docemente dado Você... Ser encantado Invadiu meu coração, meu recanto intocado Fez-se com um olhar meu amado É... Hoje faz um ano que te conheci Parece que foi ontem... Teu perfume eu ainda sinto Teu olhar eu jamais esqueci E sem você, sorrir eu tento Ah, vida cruel Trouxe-me você... Que meses depois me deixou Outro alguém para amar você achou O teu adeus me tirou o chão e o céu... Se ainda estivéssemos juntos, um ano faríamos hoje, amor Desejo felicidade em teu caminho E que nunca tenhas que caminhar sozinho E mais que tudo, quero ser sempre aquela amiga que estará ao teu lado, por onde você for!

São Vicente, 08/09/10

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Esse foi o último poema que ela escreveu nesse espaço de um ano... O que é afinal um ano? 365 dias onde tudo pode mudar e tornar a mudar? 365 dias onde uma garotinha pode descobrir o amor, pode ser feliz, sonhar e de repente ser atirada do cume da montanha onde, cantando alegre havia subido? É... Tempo mais que suficiente para amar, sorrir, chorar e saber que nunca mais será a mesma coisa... E que resta- lhe apenas seguir, contra a chuva e contra o vento, sob Sol ou luar... Apenas seguir e esperar que um dia ele retorne aos seus braços... Que um dia possam voltar a ser a Dama e seu Doce Cavaleiro... A história continua, a vida continua... A amizade e o carinho, sempre presentes... Talvez um dia essa história ganhe uma continuação? Poemas que contem como dois corações voltaram a ser um só? Quem sabe? A única coisa certa é que, em seu coração, será eterna a história de amor do Cavaleiro R.L e da Poetisa...

Nas próximas páginas, alguns poemas

escritos após 08/09/2010... A Dama e o

Cavaleiro ainda não são um casal novamente...

Mas ela continua, como sempre, escrevendo

em seu diário todos os seus sentimentos,

suspiros e lágrimas.

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Espelhos Vida, sonho, fantasia Amor, palavras, viagens Despertar, querer, desejo, agonia Canções, perfumes, imagens Palavras, textos, texturas... Tentam Riscam, rabiscam, falam Buscam descrever, transmitir Pensamentos expressar e invadir Sons, sós, mudos, estáticos Olhares tórridos, olhares melancólicos Dramáticos Melódicos Paralisia... Alucinação Amor... Coração Prazer, respiração Paixão Sem rumo, sem nexo Amor ou sexo? Dor... Solidão... Da vida, anexos Poesias são a vida em espelhos, são reflexos!

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Olhos vazios De lágrimas inundados Dias solitários sempre frios Castelos e sonhos inacabados Num horizonte distante Vicejam campos e flores Numa primavera constante Onde dois amantes vivem seus amores Mas junto à janela, Lá está ela A Julieta abandonada por seu Romeu Se perguntando onde está o amor que a história prometeu Passaram-se as horas, os anos E a cada dia, perdem-se as esperanças e os encantos Ela pergunta aos astros, lê as mãos com os ciganos E o destino não responde se ele voltará para os seus acalantos A caneta é companheira fiel Traça sobre o papel Poemas que contam tão breve história de amor E enquanto riscam leves traços, vê-se em seus olhos doce fulgor Fulgor de esperança de tê-lo novamente em seus braços De percorrer com as mãos cada um de seus traços De sentir novamente seus ósculos, seus lábios, sua voz De poder jogar-se em seus braços, suave e feroz.

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Noturna visitante Por breve instante Teus sonhos eu invadirei Em tuas miragens caminharei Noturna guardiã de teus sonhos Será que você pode me sentir? Quando parte de mim adentra teus caminhos Quando em oníricas visões desejo nunca partir? Meu corpo jaz adormecido Meu coração por ti foi esquecido Mas parte de mim consegue estar contigo Ainda que brevemente, como em nosso tempo antigo Os dias são pesadelos As noites, paraíso Adormeço sussurrando teu nome... Lembrando teu sorriso E quase posso tocar tua imagem, acariciar teus cabelos E quando ao amanhecer o Sol se levanta De minhas expedições oníricas retorno A saudade enfeita meu olhar diurno E espero que a noite venha trazer meu segredo que encanta Vivendo em meus sonhos posso te amar Embora não possa te tocar A noite vem à saudade matar Enquanto eu não posso tua boca beijar

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Quando você voltar Não precisa pedir licença, pode entrar Pois em minha alma sempre haverá um lugar Esperando pra te abrigar Não precisa trazer nada além do teu sorriso Pois você é tudo que preciso Mas se vieres triste, com lágrimas no olhar Serás bem vindo mesmo assim, e tudo farei pra te alegrar Cante apenas uma canção Abraça-me e promete nunca mais partir Não te esqueças de me beijar com paixão Pois tuas carícias desejo sentir Diga tudo ou não fale nada Deixa-me acreditar que sou tua amada Desnuda-me o corpo e a alma Pois apenas teu toque traz-me calma Eterniza esses minutos Nos teus braços, sou mais que mulher Entrego minha vida a ti nesses doces momentos Quero estar pra sempre onde você estiver.

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Se um dia porventura De meu sorriso te esquecer Lembra sempre da ternura Que te devotarei enquanto viver Se eu estiver longe do teu olhar Lembre-se que em teu coração eu sempre vou estar E ainda que não percebas minha presença Tentarei te trazer alegria e esperança Se estiveres feliz Tenta te lembrar de quem tão bem sempre te quis Mande notícias, dividas teu sorriso E leve para essa amiga um pouco do paraíso Se estiveres triste Lembre-se que para alguém tão querido Solidão não existe Divida tuas lágrimas comigo E das tempestades da vida tentarei te dar abrigo Se a distância nos separar Ainda assim estarei por perto Pois se há nesta vida algo certo É que eu existo para ao teu lado estar.

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Houve um tempo de feliz solidão Em que este coração poeta não sentia paixão Vivia no ritmo alegre de uma canção E pensava que o Amor só existia na imaginação Um dia, porém algo aconteceu Ao cruzar com certo olhar, o Amor nasceu Que doçura e alegria esse coração conheceu Foi o momento mais lindo que viveu Aquele dia marcaria seu ser Seria a aurora e o entardecer Breves momentos do mais lindo florescer Lampejos de um amor, brilho de viver Longe ou perto... Sempre presente A imagem tua... Ainda que estejas ausente Da lembrança não saí, ainda que eu tente Teu nome em meus lábios é o canto persistente E de repente o adeus, o nada Uma dolorosa punhalada A saudade, dor malvada O término de um amor, de uma vida sonhada Ficam dúvidas, lágrimas, dores Ficam lembranças, como secas flores As palavras não ditas, os suspiros de amores Quem dera a vida fosse tragédia e nós meros atores.

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Saudade Não é estar longe É lembrar que fomos um Não é distância É fria proximidade Não é a lágrima no olhar É a tristeza na alma O veneno lento A dor profunda Profana Impura e insana Saudade é não ter palavras É não ter gestos Saudade é o vazio Ou a esperança do impossível Saudade... Que tanto dói É a vontade de dizer o que não foi dito E é saber que jamais será possível Saudade é uma porta para sempre trancada Separando-nos da vida e de quem amamos É a distância que os quilômetros não medem É a inter-dimensão do impossível Saudade de quem está perto ou longe Saudade é simplesmente... Saudade Eterna companheira Da perdida humanidade

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Queria escrever uma canção Que tocasse o teu coração E te trouxesse de volta para mim Que te mostrasse o amor sem fim Uma canção lentamente sensual Um ritmo sem igual Com a doçura dos amantes Com a paixão e seus momentos vibrantes Seria a canção do por do sol Selvagem, como um perdido atol Seria a canção do amanhecer Que permite em teus braços adormecer Uma canção de amor, dois corações e um compasso A canção dos beijos e do abraço A canção da vida, da chegada, da partida A canção das lágrimas na despedida Queria fazer uma canção, sem palavras, muda Muda como a saudade que nunca muda Silenciosa como a tristeza que não muda Como o passado, como o futuro que não muda Tudo o que eu queria enfim É ter você junto a mim Ainda que somente enquanto canto a canção Que farei pra falar ao teu coração

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Em tua tenra carne morena Meu olhar ávido se deleita Perto de ti, o mundo se apequena É para vê-lo passar que a primavera se enfeita Minhas mãos percorrem teu rosto Como se a memória pudesse ser sempre preservada Nesse desesperado gesto o protesto De quem deseja sempre ser tua amada E tempestades se formam Em meu peito, em meu olhar E cada segundo transformam Num medo trovejante de um dia ao teu lado não estar Como gota de tempestade eu percorro com enlevo De teu corpo suave cada relevo E com meus lábios exploro cada trilha, despertando teu desejo Calando meus medos de te perder com um beijo Tempestade ou calmaria Em qualquer tempo ou lugar Prometa que jamais esqueceria Que estou aqui pra te amar

“Apenas um sonho... de uma poetisa que ainda

tem esperanças de poder novamente em teus

braços estar...”

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O luar ainda é o mesmo Que assistiu nosso último beijo de amor Antes de minha vida ficar a esmo Antes da existência se tornar pura dor O mar ainda bate contra os rochedos Que pouco a pouco se desfazem E as lágrimas que choro à beira-mar são segredos De sentimentos que guardados aqui dentro jazem Tanto tempo se passou... Tudo mudou E o amor ficou, permaneceu Tudo está tão diferente... Mas o amor não passou E permaneceu, ainda mais forte que o dia em que nasceu A brisa me acolhe... Seca minhas lágrimas sentidas São tantos encontros e partidas São lembranças que não se calam São dores que não se apagam A praia deserta escuta os gritos de dor Em breves sussurros que meus lábios lançam ao vento Retratos desse sentimento Momentos dessa história de amor A vida ainda é a mesma, nada mudou O tempo passou a distância nos afastou Mas o coração ao teu lado ficou E, na beira do mar, sob o luar, te esperando estou

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Quantas vezes eu cantarei em vão Teu nome, chamando por ti, lembrando Aqueles breves momentos de paixão E agora, essa solidão febril... Fico pensando, até quando? Quantas noites em claro, a te buscar Em meus delírios de saudade Quantas miragens que somem ao tocar Quantas lágrimas derramadas amiúde Quantos dias lentos, sem emoção Quantos sóis serão ainda nublados Pela visão turvada de dor e paixão Pela sensação inerte... Corpo e alma desolados Quantas vezes eu contarei estrelas Buscando nelas teu olhar Lembro tuas mãos, quando poderei novamente tê-las Sobre meu corpo, perdidas a me afagar Quanto desse mar que acaricia a areia São lágrimas de alguma sereia Que canta para me consolar Emocionada por ver-me chorar na beira do mar? Quanto tempo é a eternidade? Qual o tamanho desse deserto chamado saudade E quantos poemas eu deixarei como pegadas Marcando caminho em trilhas pelo vento apagadas?

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Olhos negros Olhar de quem traz segredos Olhar que causa tempestades Olhar que deixa saudades Lembrar aqueles olhos distantes É viajar em sonhos É imaginar um momento entre amantes É trazer à memória dias risonhos Lembrar aqueles olhos misteriosos É ter no coração a força do mar Quando bate em sítios rochosos É descobrir a força de amar Olhos negros como ébano Olhos sedutores Olhos de cavaleiro, anjo, menino ou cigano? Não se sabe... Talvez um pouco de cada... Olhos de amores Olhos... Olhares... Espelhos da alma? Olhos que trazem paixão, fúria e calma Olhos que trazem sonhos, esperança e alegria Olhos que trazem do amor a dor e a magia

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Meu coração magoado, Perguntou ao mar Por que estou em lágrimas afogado? Por que amar? E o mar respondeu cantando: O Amor é como as ondas Elas batem nas rochas, brincam na areia onde andas São lindas, mas ferem de vez em quando O mar sem ondas, não seria o mar O coração sem amor Não teria por que, não teria calor Esse é minha jovem, o motivo de Amar Meu coração, inconformado Perguntou ao céu estrelado: Por que amamos? As estrelas responderam: Sem amor, sozinhos estamos O Amor é o céu cintilante É na vida o maior tesouro e sorte É da alma um diamante E se verdadeiro for, nos acompanha até a morte Meu pobre coração partido Perguntou ao lírio florido: Ó bela flor, qual a cura para essa dor Que chamamos Amor?

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A linda flor assim disse: O amor é belo e insondável E traz muitas vezes dor inevitável Que não se aplaca ou cura, apenas vive-se Já sem esperança O coração falou a uma criança: Ah, lindo anjo que ainda pouco viveu Não siga esse caminho meu Do amor, mantenha distância segura Pois sua dor não se cura Seu brilho rapidamente se ofusca E nos lança numa eterna busca A bela criatura assim falou: Nas trilhas do amor, há muito estou Sigo seus passos, sigo seus rastros O busco nas flores, no mar e nos astros Pois do amor nós surgimos E dele não adianta fugirmos O amor está em tudo E recusar-se a vivê-lo é recusar a vida, o mundo. Inconformada, perguntei ainda: Mas não o temes? Não receias sofrer? Ao que me respondeu: Receio não viver Cada lágrima de amor colore a vida, fazendo-a linda

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O amor é arte, é aquarela A vida é branca tela Com ele, desenhamos paisagens Ainda que chovam lágrimas nessas viagens.

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Mais uma noite o céu escuro traz Mais uma noite de solidão e vazio Mas uma noite... Tanto faz Mais uma noite ou mais um dia frio Mais uma noite... Você está tatuado em meu olhar Mais uma noite... Sentindo o tempo passar Mais uma noite... A mesma canção Mais uma noite... O mesmo retrato Mais uma noite... A mesma emoção Mais uma noite... As mudas paredes do meu quarto Mais uma noite... As mesmas lágrimas Mais uma noite... Novos poemas em tristes páginas Mais uma noite... Não há como fugir Mais uma noite... Pras estrelas faço um pedido Mais uma noite... Por que você teve que partir? Mais uma noite... Onde estás agora perdido? Mais uma noite... Com a tua lembrança a me acompanhar Mais uma noite... Queria que você pudesse voltar. Mais uma noite... Meia noite enfeitiçada Mais uma noite... De repente a aurora Mais uma noite... Uma esperança acabada Mais uma noite... Novamente a alma chora Mais uma noite... Que trará novo amanhecer Mais uma noite... E outro dia pra te esperando viver.

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Sob a nascente aurora Mais uma vez ela chora Após a longa noite não dormida Recitando o nome dele como cantiga Os pés descalços na areia macia A face orvalhada por uma lágrima fria O olhar distante de quem ama E amando esquece que a vida é tênue chama Ela traz a lembrança dele no olhar Ela traz a imagem dele no coração Ela conhece o amor e a paixão E só pra ele, se faz rosa a desabrochar Ela não sabe para onde o vento a guiará Ela não sabe se de amor morrerá Mas ela sabe que sempre o amará E quase morta de amor viverá Ela não sabe onde ele está agora Mas sonha vê-lo chegar a qualquer hora E assim solitária caminha E assim caminhando sonha Ela sonha, ela espera, ela o chama E ele? Onde anda? Será que a ama? Ela não esquece o dia em que o conheceu Mas às vezes pensa que ele a esqueceu.

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Nunca antes na vida O amanhecer fora tão luminoso Nunca houvera uma paixão a ser vivida Um olhar, um beijo pecaminoso Uma trilha estreita a percorrer Uma única palavra, um único sentimento De amor viver Um último momento O coração é virgem floresta Onde o pequenino arqueiro faz festa E brincando nos fere Quando suas setas de amor ele desfere E o que a aurora diz? Se um só nome pode me fazer feliz E a luz do sol? E o calor do dia? Ah, quando se ama, tudo é poesia! A alma em ruínas O corpo que arde de desejo Lembranças de coisas pequeninas Saudades daquele beijo Parece que até o pássaro a voar Está seu nome a cantar Parece que o vento está a sussurrar Lembrando-te que eu estou a te esperar.

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O sol desponta Uma nova aurora aponta Mais uma vez o coração conta A mesma história A eterna e bela memória Eternamente chama Eternamente clama Eternamente ama O dia passa, as horas correm Os minutos morrem Os segundos escorrem Mas tudo isso meu coração ignora E de saudades chora Eternamente lembra aquele olhar Eternamente jura amar Eternamente teu nome irá cantar O luar nasce A noite desce A escuridão cresce Meu coração? Voa e voa Por aí, à toa Eternamente te buscando Eternamente sonhando Eternamente te amando.

Eternamente... R. L, Doce Cavaleiro.