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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 24 Domingo, 15.06.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 15/06/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 24 Domingo, 15.06.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 15/06/14 reflexão

E D I T O R I A L

Era uma manhã de primavera com o céu azul e o sol brilhan-do como uma grande

bola de ouro. Não muito distante da praia estavam dois barcos, réplicas de ve-leiros do século XVII. Eles foram construídos para uma filmagem que estava sendo feita naquela praia. O vento começou a ficar mais forte, enchendo as velas e dando muito trabalho à tripulação. Embora o vento estives-se muito forte os veleiros permaneciam no seu curso sem adernar. Qual era o segredo? Abaixo do nível da água existia uma grande e pesada quilha – uma parte da embarcação que não se

podia ver. A quilha é es-sencial para manter o barco estável, equilibrado mesmo durante uma tempestade. O que é que nos mantém firmes e estáveis quando tormentas assolam as nossas vidas? O que impede que adernemos quando o stress e a tensão nos atingem? O que nos permite continuar navegando no curso certo quando as crises aparecem? A “quilha da fé” no nosso Deus que é soberano, Se-nhor da história! É a nossa relação pessoal e invisível com Cristo que manterá o nosso equilíbrio.

“Enquanto estavam atra-vessando o Mar da Galiléia

… um vento muito forte começou a soprar sobre o lago, e o barco estava ficando cheio de água, e com grande perigo para todos. Aí os discípulos che-garam perto de Jesus … dizendo:

- Mestre, Mestre! Nós vamos morrer!

Jesus se levantou e deu uma ordem ao vento e à tempestade. Eles pararam e tudo ficou calmo. Então disse aos discípulos:

- Onde está a fé que vo-cês tem?” (Lucas 8.23,24 e 25.a).

Jesus ordenou que as ondas do Mar da Galiléia se acal-massem e elas se acalmaram.

Ele controla as tormentas que assolam a sua vida e que ameaçam afundá-lo ou desviá-lo do curso certo. A nossa fé em Cristo é a “qui-lha da nossa alma” que pode impedir-nos de naufragar nas ondas da vida.

Você tem uma “quilha da fé” que não pode ser vista mas que faz diferença nas tor-mentas da vida diária? O que acontece com você quando o mar da vida fica agitado? Somente com fé em Cristo você poderá manter-se firme no meio do turbulento mar de mudanças da vida.

Pr. Luiz Roberto SilvadoPresidente da Convenção

Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 15/06/14reflexão

Ronie Dias,Membro da PIB em Nova América - ES

O relato da pesca maravi lhosa é um dos mais bo-nitos e instrutivos

acerca dos ensinamentos de Jesus a seus discípulos a res-peito da maneira de executar a obra que ele nos confiou. Trata-se de algo tão impor-tante que acontece em dois momentos diferentes, uma no início (Lc 5) e outra no final do ministério terreno de Jesus (Jo 21), sendo que am-bos os episódios acontecem no Mar da Galileia!

A questão da pesca como um símbolo do trabalho es-sencial da igreja de resgatar as almas perdidas no e pelo pecado é ponto pacífico em todo meio evangélico (caso raro!). Porém, como pontos pacíficos são mais exceções que regra em nosso meio, surge um impasse acerca da pesca maravilhosa. Quão “maravilhosa” deve ser essa pesca? Há grupos que pri-vilegiam a “quantidade”, outros grupos privilegiam a “qualidade”. Com quem está a razão?

Independentemente do que possam opinar os colegas teólogos acerca das questões eclesiológicas, de formas de governo, modelos e de estra-tégia de crescimento, prefiro a simplicidade e direção do texto bíblico. Para responder a pergunta: pescamos de varinha ou de arrastão? O importante é a quantidade ou a qualidade? Analisemos o texto bíblico:

1 – Em Lucas 5.4 Jesus dá uma ordem clara a Pedro: “Faze-te ao mar alto, lançai as vossa redes para pescar”. Esse é um imperativo que ainda vale para nós. Deve-mos nos fazer ao “mar alto”, ou seja, ao mundo para lan-

çar as nossas redes e pescar. Aqui está implícito o concei-to de igreja como corpo em movimento. A pesca não se dá na orla do mar, na nossa zona de conforto, não se dá na tranquilidade das quatro paredes dos nossos templos.

2 – Em Lucas 5.5 Pedro, pescador “experimentado”, depois de ter “trabalhado toda a noite” poderia ter en-contrado os mais diversos argumentos para contrapor à ordem de Jesus e não segui--la. Afinal, o que entenderia um simples “carpinteiro” sobre “pesca”? No entan-to, Pedro assume a postura correta e declara: “Sobre tua palavra, lançarei a rede”. E assim foi feito.

Esse versículo ensina que por mais experimentado que o “pescador” possa ser, e que, independentemente da quantidade de tempo e esforço que ele tenha gasto tentando pescar de acordo com suas técnicas, é preciso obedecer à ordem e realizar a tarefa na hora e no local certos, sob a autoridade e o comando daquele que tem o controle da situação: o Senhor Jesus Cristo. Por seus executores não agirem como Pedro, vemos tantos mode-los, estratégias e programas literalmente “naufragando” e a pesca não se realizando.

3 – Em Lucas 5.6-7 vemos a consequência da obediência de Pedro, a despeito de toda sua experiência: “Colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes as redes. E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique”.

Ao lançar as redes sob a direção certa (o imperativo de Jesus), no local e na hora certas, o resultado não po-

deria ser outro: uma pesca abundante! Maravilhosa! E assim foi, e assim deve ser! Pois acima de qualquer coisa, uma pesca abundante dá tes-temunho da Palavra de Deus e de sua glória manifesta em Jesus Cristo.

Aos inimigos da “quantida-de”, digo: amados, entendam que pesca abundante implica numa multidão do tamanho que possa ser cuidada. Quan-do Pedro não deu conta, chamou os companheiros para que o ajudassem. Aqui a Palavra nos ensina o valor do conceito de cooperação em amor (tão em desuso entre nós), que deve reger as ações no Reino de Deus. A quan-tidade não necessariamente tem que implicar em falta de qualidade.

Não vemos isso ao longo do Novo Testamento. Ao contrário, vemos quantidade com qualidade e uma luta constante para manter os padrões de qualidade bíbli-cos. Por isso, pesque sem medo. Não se esconda atrás do chavão “somos poucos mas temos qualidade”. Nem tampouco, por outro lado, podemos cair na armadi-lha soberba de pensar “que se já somos muitos, somos melhores pescadores que os outros”.

O Senhor nos ordena, usan-do uma outra ilustração, a “levantarmos os nossos olhos para as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35) e ainda que “a seara é gran-de, mas poucos os ceifeiros” (Mt 9.37). O fato é que o mundo é grande e poucos são os “ceifeiros”, os “pes-cadores”. Todo o evento da pesca maravilhosa culmina com o chamado de Jesus, que declara em Lucas 5.10b: “Não temas, de agora em diante serás pescador de ho-mens”, ao que os discípulos responderam “levando os

barcos para terra, deixando tudo e o seguindo” (Lc 5.11).

Será que estamos condi-cionando a “pesca maravi-lhosa” às nossas próprias vontades? Será que esta-mos lançando redes onde o Mestre está mandando ou, ao contrário, onde nós que-remos? Será que estamos enfrentando o mar alto para chegar ao lugar de lançar redes ou estamos acomo-dados nas orlas do Mar da Galileia? Será que estamos nos escondendo da pes-ca maravilhosa? Será que queremos ser “pescadores maravilhosos” em vez de simples pescadores que re-alizam a pesca maravilhosa?

Jesus nos urge a pescar. Somos “pescadores de ho-mens”. Jesus nos anima e nos tranquiliza dizendo que não há razão para medo. Então que pesquemos, do jeito que ele nos ensina e ordena, dei-xando de lado nossas experi-

ências, convicções, modelos e estratégias.

Quanto à multidão, não há razão para temor: a minha multidão pode ser de uma pessoa só, a sua de milha-res. Afinal, Paulo nos ensina quando diz aos irmãos de Corinto: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o cres-cimento” (I Co 3.6).

A questão é: você tem buscando realizar a pesca maravilhosa a que você foi convocado? Qual foi a úl-tima vez que você falou de Jesus para alguém? Saiba que a minha multidão de uma pessoa, somada às multidões de dezenas, de centenas, de milhares, certamente será uma multidão de milhões, tornando-se, enfim, uma pes-ca maravilhosa não de vari-nha, mas de arrastão! Mais ação, mais unção, mais pro-clamação, mais missão – e os resultados virão, pelo poder e graça de Deus.

4 o jornal batista – domingo, 15/06/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Como Águias Voarão

reflexão

“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as for-ças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaías 40.31).

Falando em nome do Senhor, Isaías argu-menta sobre a impor-tância de depender-

mos do Senhor. Segundo o rumo natural das coisas, diz ele, “até os jovens se can-sam”. Entretanto, “os que es-peram no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão” (Is 40.31).

A Bíblia quer que não se-jamos fantasiosos nas nossas convicções. Por exemplo: é natural ficar cansado, quando gastamos nossa energia. É natural ficar exausto, quando não damos tempo ao repou-so. Não importa nosso nível

de saúde contra o próprio corpo e a própria alma, quan-do se envolvem “de corpo e alma”, sem descanso, no tra-balho profissional. E, mesmo, no Reino.

Ao focalizar este tema, Isa-ías enfatiza a importância de recuperar nossa energia. Re-cuperar, não de qualquer jei-to. Ou, segundo palpites hu-manos. O caminho é: “os que confiam no Senhor”. Levar a sério o Senhor, em nossa vida diária, é a fonte bíblica da re-novação de nossas energias. E é, também, o indicador do nível do progresso cristão. Confiar no Senhor, dentro do grande contexto bíblico do que significa “confiar”, não somente renova forças. Esperar no Senhor aumenta a fibra de nossa musculatura física e espiritual. E, por isso, nos permite ir mais longe, subindo “com asas como águias”.

Francisco Mancebo Reis

Contrastando com o monólogo ou soli-lóquio, o diálogo é colóquio, conver-

sação, e bate de frente com a postura de um ditador, chefe supremo, soberano exclusivista e arrogante. Na família patriarcal, o marido era senhor, professor, sacer-dote, juiz, dono da verdade. Via de regra, falava e não ouvia. Dava ordens sem ad-mitir questionamento. Como é hoje?

Nas diversas esferas da atu-ação humana sugere-se o diálogo. Orçamento partici-pativo pressupõe a opinião do povo. Greves forçam en-tendimentos das partes inte-ressadas. Invasores de terras querem atenção para suas

Cleverson Pereira do VallePr. da PIB em Artur Nogueira - SP

A Bíblia registra a his-tória de Daniel e seus amigos no li-vro que leva o seu

nome. Eles viveram em uma época em que a sua nação Israel foi levada cativa pelo Império Babilônico.

No primeiro capítulo de Daniel lemos as exigências do rei para trazer jovens da linhagem real para servir no palácio. Eles deveriam ser: jo-vens em quem não houvesse defeito algum, de bela apa-rência, dotados de sabedo-ria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.

reivindicações. Bandidos fazem reféns e esperam por quem dialogue com eles (e como são malvados!).

Professores que se neguem a ouvir alunos perdem espa-ço na sala de aula. Pastores desatentos às ovelhas sofri-das, carentes de um tempi-nho para expor problemas e buscar soluções, longe estão do verdadeiro pastoreio. E na família? Vamos refletir um pouco sobre algumas impli-cações do diálogo?

1. Transparência. Quer di-zer: diafaneidade, limpidez, clareza. Diáfano se opõe a obscuro, escondido, invi-sível. Convém expor senti-mentos, insatisfações, erros, medos, sonhos – tudo com franqueza e sinceridade.

2. Abertura. Dos vários sentidos dessa palavrinha,

O objetivo do rei era ba-bilonizar estes jovens. Eles receberam novos nomes, já que os nomes Daniel, Misa-el, Azarias e Ananias faziam referência ao Deus de Israel, o Deus criador dos céus e da terra. Os novos nomes faziam referência aos deuses pagãos.

Esses jovens agora estavam em um país diferente, língua diferente, cultura diferente e longe do culto monoteísta. O rei pediu para dar uma alimentação com as iguarias do palácio, ou seja, a comida que ele próprio comia, para esses jovens.

Daniel e seus companhei-ros tomaram uma decisão firme. O versículo 8 diz: “Da-niel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do

interessa aqui a ideia de aces-sibilidade, flexibilidade. Já é badalada a expressão: “Estou aberto ao novo”. Resta ava-liar se isso vai além da cor-tesia contida na linguagem bonita e cativante. O novo deve referir-se ao que o outro pensa e diz, a inovações, não significando pronta adesão, mas disposição para lidar com o diferente, de cabeça e coração receptivos e com uma visão crítica, discipli-nada.

3. Aprendizagem. Sendo um ser educável, o homem recebe informações e for-mação. Não apenas trans-mite o saber. Inserido num processo de troca cultural, torna-se mestre e discípulo. A abertura posta em práti-ca propicia aprendizagem constante. Afinal, possuímos

rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao che-fe dos eunucos que lhe con-cedesse não se contaminar”.

Porque Daniel não quis comer as iguarias do rei? A comida real era sacrificada aos deuses pagãos (ídolos) e participar desta refeição seria ofender o coração de Deus. Daniel foi firme, não se submeteu às imposições do sistema.

Algumas lições podemos aprender com este episódio:

1. A exemplo de Daniel, somos desafiados pelo siste-ma mundano todos os dias.

2. É preciso ser firme para não nos curvarmos às tenta-ções diárias.

Portanto, ouse ser firme. Não faça o que todo mundo está fazendo, mas faça aquilo que é da vontade de Deus.

muitos pais e mães – jornais, revistas, televisão, internet, etc. E as pessoas com quem convivemos? Quantas lições têm a oferecer!

4. Crescimento. Só exis-te aprendizagem quando crescemos. Como andam os nossos relacionamentos na rua, dentro de um ônibus, no trabalho, na escola, na igreja, na família, na vizinhança? A qualidade do diálogo (não só a intensidade) também determina conquistas sau-dáveis e o fortalecimento da comunhão.

Num pequeno folheto, li a respeito de um filho pergun-tando ao pai:

_ Pai, posso ir à casa de meu colega?

_ Não, respondeu o pai.Pouco depois, o filho repe-

tiu a pergunta, e a resposta foi

a mesma. Na terceira tentati-va, o filho perguntou:

_ Pai, por que não posso ir à casa de meu colega? (cobra-va uma explicação).

_ Eu sou seu pai, você é meu filho, e já disse que não, concluiu o pai autoritário.

Inutilmente aquele estudan-te tentou o diálogo com seu pai. Lamentável, não acha?

Quantas frustrações e res-sentimentos, inclusive rompi-mento de relações, a família evitaria, se cultivasse mais a sensibilidade e a prática do diálogo!

Para refletir: “Um relacio-namento no qual uma pessoa fala o tempo todo e a outra escuta o tempo todo é um relacionamento de terapeuta paciente, não uma amizade” (Roger Horchow, em A Arte de fazer amigos).

5o jornal batista – domingo, 15/06/14reflexão

Era o culto da vigília em uma igreja batista. No momento da ce-lebração da Ceia do

Senhor, aconteceu um fato inesperado que deu início a uma completa mudança no ambiente do culto e na vida da igreja. Ao celebrar o cá-lice, com toda a humildade, com profunda espiritualidade, quando muitos irmãos sen-tiam a real presença de Jesus, o jovem pastor ergueu o seu cálice à altura dos olhos e dis-se: “Vamos dar oportunidade para que se você tem uma amizade sincera com alguém com quem tem trabalhado lado a lado na vida cristã, saia agora do seu lugar e troque o seu cálice com esse irmão como demonstração de amor por causa do sangue de Jesus; mas se há alguma pessoa que cometeu uma falha contra alguém ou tem mágoa no coração contra algum irmão ou irmã, você também pode sair do seu lugar e trocar o seu cálice com o dessa pes-soa como sinal de perdão e reconciliação no poder do sangue de Jesus”.

Uma jovem senhora saiu do seu lugar e se dirigiu ao pas-tor. Ela e seu marido tinham tido uma discussão muito se-vera com o pastor dois meses antes no gabinete pastoral. Na discussão, sem revidar, sem perder a serenidade, o pastor foi humilhado e ouviu palavras depreciativas quanto à sua pessoa como pastor. Toda a igreja sabia do acon-tecido e por isso houve uma grande emoção quando ela, chorando, abraçou o pastor e pediu-lhe para trocar o seu cálice com ela como demons-tração de perdão e sincera reconciliação.

Foi um gesto de grandeza e dignidade a que todos os cristãos deveriam dar lugar. Emocionado, o pastor aceitou a troca, retribuiu o abraço e a irmã voltou para o seu lugar. Em seguida, o pastor deixou a mesa da Ceia com o cálice à mão e se dirigiu ao esposo daquela irmã. Disse-lhe que desejava a sua amizade, am-bos se abraçaram comovidos, selando o pacto de reconci-liação simbolizado no cálice memorial do sangue purifi-cador de Jesus. Não houve quem não se comovesse e os mais sensíveis choravam, alguns copiosamente.

Em seguida, vários irmãos saíram dos seus lugares, atra-vessaram todo o santuário e

aconteceu uma grande mani-festação da presença e da gra-ça de Jesus. Feridas antigas foram cicatrizadas, mágoas foram confessadas e perdo-adas numa demonstração viva da eficácia do sangue cujo símbolo os participantes sustentavam nos seus cáli-ces. O pastor respirou fundo, suspirou aquele suspirar de gratidão a Deus e ordenou, citando as palavras de Jesus: “Bebei dele todos”.

Bebei dele todos, ali na-quela celebração, significava, que todos deveriam compar-tilhar daquele momento de perdão, paz e reconciliação no sangue de Jesus. Nenhum membro da igreja deveria ficar fora de uma bênção tão maravilhosa. Nos domingos seguintes, o ambiente espiri-tual na igreja mudou. Passou a haver mais estreita comu-nhão, mais fraterno amor, mais alegria, mais fervor es-piritual, menos espírito de crítica, menos murmuração.

Estes fatos aconteceram em uma igreja como todas as igrejas, onde sempre há fra-quezas, malquerenças, falta de perdão e necessidade de reconciliação. De todos esses males, o sangue precioso de Jesus é eficaz para nos pu-rificar e essa deve ser nossa disposição, esse deve ser nos-so anseio sempre que, como igreja, nós nos reunimos para celebrar o cálice memorial do sangue de Jesus, que nos purifica, precisa nos purificar de todo o pecado para que a igreja seja o pão divino, o di-vino corpo de Cristo na Terra.

Em tempo: a simples troca de cálices não produzirá os mesmos efeitos, será mera formalidade social, se não houver o mover do Espírito nos corações, a partir do co-ração do ministro que preside a celebração. Não será a tro-ca de cálices, mas a mudança de atitude que vai produzir o avivamento que aconteceu naquela igreja. Troca de or-gulho por humildade, troca de frieza espiritual pelo sin-cero fervor, troca da ira pela paz e da mágoa pelo perdão. A troca de cálices, de pão, ou de bíblias para uma leitura, pode se gesto banal, sem proveito, novidade apenas, se não for algo que venha do Espírito de Deus e nos torne dignos dessa celebração. É desse sangue bendito e pu-rificador que Jesus diz, ao instituir a Ceia do Senhor: “Bebei dele todos”.

Pr. Carlos Alberto Pereira – PIB Em Três Marias – MG

“Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumi-dos” (Ml 3.6).

Um dos atributos divinos é a imu-tabilidade! Ape-sar de os homens

mudarem de opinião, de crença, de modo de vida, Deus não muda seu amor pela humanidade. Em He-breus 13.8 lemos: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. O imutável amor de Deus pe-los homens fica caracteri-zado e fundamentado de maneira clara quando Jesus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça; mas te-nha a vida eterna” (Jo 3.16).

O que queremos expres-sar quando afirmamos tais

realidades? Queremos di-zer que Deus tem fixado os olhos em você para que tenha uma vida de qualida-de espiritual, física e eterna. O profeta Jeremias, sendo boca de Deus, isto é, sendo instrumento pelo seu Espíri-to, transmite-nos o seguinte: “Porque eu bem sei os pen-samentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais” (Jr 29.11).

Para que você tenha a realidade de Deus em sua vida, você deve entregar seu coração a ele! O sábio Sa-lomão, sendo também boca de Deus, assevera: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos” (Pv 23.26). Prezado leitor, entregue sua vida, seu coração ao Senhor Jesus e sua vida não será mais a mesma! Experimente fazer tal decisão!

Deus, em sua infinita mi-sericórdia, ainda lhe diz:

“Vinde, então, e arguí-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Is 1.18). Deus não mudou! Ele ainda continua resgatando todo aquele que verdadeiramente quer uma mudança de vida, vida esta espiritual, física, emocional e eterna!

Hoje é o dia! Não poster-gue tal decisão! Jesus nos afiança, dizendo: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu pai que está nos céus” (Mt 10.32). Confesse-o como seu Salvador e Senhor! Tal confissão você a faz com a sua boca conforme nos exorta o apóstolo Paulo em Romanos 10.9-10. Deus o abençoe!

6 o jornal batista – domingo, 15/06/14 reflexão

Isaltino Gomes Coelho Filho (In memoriam)(publicado originalmente na revista “Você”)

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e es-paçoso o caminho que con-duz à perdição, e são muitos os que entram por ela; pois a porta é estreita, e o caminho que conduz à vida, apertado, e são poucos os que a encon-tram” (Mt 7.13-14).

Os hebreus caracterizavam a vida como sendo uma ca-minhada. Para eles, viver era caminhar neste mundo. Aliás, o nome “hebreu” tem a ideia de “caminhante”. O primeiro homem chamado de “hebreu” foi Abraão Gênesis 14.13, porque era peregrino, um caminhante.

O Salmo 1 trata disso: viver é escolher um caminho, sendo que, apesar de parecer serem vários, há apenas dois: um com Deus e outro sem ele. Es-tes dois caminhos têm caracte-rísticas diferentes e as pessoas que andam por eles terminam em destinos diferentes. Os caminhos são escolhidos pela visão espiritual das pessoas. Os caminhos escolhidos aca-bam formatando o caminhante dentro de um estilo de vida. Ou seja: os caminhos são es-

colhidos pelos caminhantes como uma opção de vida e isso lhes confere certos traços de caráter. Viver é escolher um caminho por onde andar. E este caminho escolhido, seja o com Deus ou o sem Deus, deixará marcas em nossa vida e nos levará a destinos diferen-tes. O caminho define nosso destino final, mas, antes disso, define nosso caráter.

Jesus usou esta figura de ca-minho em seu ensino, quando a aplicou a si, dizendo que ele era “o caminho” (Jo 14.6). E também aplicou a si figura de porta (Jo 10.9). Isto significa que segui-lo é fazer a escolha correta de vida. É como se ele dissesse: “Querem viver bem? Eu sou a escolha correta que vocês devem fazer!”.

No texto citado, ele usa as duas figuras em conjun-to, porta e caminho. Portas guardam semelhança com caminhos. São lugares por onde as pessoas passam. E são opções que as pessoas fazem. Há um caminho espaçoso e uma porta larga, diz ele. Serão as melhores escolhas? Para muita gente, quantidade é sinal de verdade. É assim que tantos dão crédito às pesqui-sas de opinião para tomarem decisões. Se há muita gente fazendo algo, esposando uma ideia, ou apoiando um movi-

mento, então isso é o certo. Da mesma maneira, se há pouca gente, então é o errado.

Um pastor luterano contou que quando foi empossa-do no primeiro pastorado de uma igreja, aos 23 anos, havia apenas cinco pessoas no culto. Todas idosas, sen-do que uma dormiu todo o tempo do culto. Do lado de fora, Hitler fazia uma passeata arrastando atrás de si 100.000 jovens alemães encantados com seu discurso político. Ele se perguntou: “Será que vale a pena o que estou fazendo?”. Aquele jovem se tornou um dos maiores pastores da Ale-manha, sua igreja veio a ser uma das maiores do país, e Hitler arruinou a nação. Guar-de isto: maioria não é sinal de verdade. Pressão de um grupo não torna algo lícito ou corre-to. Uma multidão a favor do aborto, do homossexualismo, ou de outras atitudes que a Bíblia rejeita não lhes tira o caráter de errado.

Não é verdade que “a voz do povo é a voz de Deus”. Se fosse assim, os linchamentos seriam moralmente corretos, e a lei seria desnecessária. A verdadeira voz de Deus está na Bíblia, que é a Palavra de Deus. A voz de uma multidão não é a verdade. A multi-dão gritava freneticamente

em Jerusalém: “Crucifica-o! Crucifica-o!”. E estava errada.

Caminhos largos e espaço-sos e portas largas e espaçosas podem ser mais cômodos, mais agradáveis, mas podem conduzir à ruína. Caminhos apertados e portas estreitas po-dem ser desconfortáveis, mas podem ser a opção correta. O ensino de Jesus nunca conta-rá com mais seguidores que o caminho do erro. Porque Jesus oferece mais, mas faz exigências morais. As pessoas querem o mais, mas não que-rem freios. Querem um Jesus que as abençoe e as conduza mesmo com elas vivendo em pecado. Esse Jesus só existe na imaginação delas. O Jesus real, revelado no Novo Testamento, é o Salvador, é aquele que pode abençoar grandemente uma vida, mas não deve ser confundido com um Papai Noel bonachão. É o Senhor, que nos chama a viver a vida de acordo com o seu caminho, e não de acordo com os nos-sos caminhos.

Quando você for pressio-nado a imitar os colegas e a abandonar seus padrões cristãos para não ser chamado de nerd, fundamentalista, ou seja, lá o que for, lembre-se de que o caminho da multi-dão nem sempre é o caminho de Jesus, que é o caminho

certo. A porta larga, por onde entra todo mundo, e do jeito que quer, não é o caminho da vida, mas da morte. Não se encante com tantas “bandei-ras” que você vai encontrar em sua vida, sob a alegação de serem bandeiras justas, democráticas ou libertárias. Muitas dessas bandeiras são, na realidade, mortalhas.

O caminho da verdade e da retidão, o caminho de Jesus, é estreito porque pede aban-dono do pecado. As pessoas querem seguir o outro cami-nho e preferem a outra porta porque não querem deixar seus pecados. Não as siga. Vá pelo caminho estreito. Entre pela porta estreita. O caminho e a porta da minoria que quer Jesus e não aceita ser formata-da pelo mundo.

Lembre-se bem disso: para seguir a Jesus é preciso ter coragem. Coragem de dizer não à voz da maioria, e co-ragem de querer a porta que parece insignificante. Seguir a Jesus não é para fracos, tipo “maria vai com as outras”. É não ceder ao pecado que a mídia mostra como normal, chamando quem não concor-da com ela de “fanático”.

Por isso, siga pelo caminho estreito. E entre pela porta estreita. Você terá um bom caráter. E um futuro de glória.

7o jornal batista – domingo, 15/06/14missões nacionais

Em dezembro de 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) designou a data de 26 de junho

como o Dia Internacional Con-tra Uso e Tráfico de Drogas. No Brasil, o dia 26 de junho é marcado pelo Dia Nacional de Combate às Drogas, tendo comemorações estendidas por mais de uma semana, tal a im-portância que o tema suscita em toda a sociedade. Essas comemorações são ainda mais importantes para organizações que trabalham diretamente nes-te combate, uma vez que estas comemorações reforçam e rea-firmam a importância desde tra-balho, bem como o crescimento e a continuidade do mesmo. Por este motivo, esta data é muito importante para a equipe do projeto Cristolândia.

Missões Nacionais preparou uma semana cheia de atividades para comemorar Dia Nacio-nal de Combate às Drogas e o aniversário de 5 anos da Cris-tolândia. A programação oficial acontecerá de 22 a 28 de Junho,

nas sete cidades onde já temos trabalho com a Cristolândia: Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Brasília.

No Brasil, 6 milhões de pesso-as já usaram crack ou cocaína. Isso faz com que o nosso pais represente 20% do consumo mundial destas drogas. Não po-demos ver estatísticas tão assus-tadoras e não reagirmos a elas. A Cristolândia é uma iniciativa exemplar, dos batistas brasilei-ros, no combate nacional às dro-gas. Em 2013, o projeto realizou cerca de 67 mil atendimentos à dependentes químicos. Nestes atendimentos, os dependentes receberam sessões de higiene e cortes de cabelo, roupas novas e alimentação. Além disso, alguns dependentes, com ferimentos leves, receberam primeiros so-corros e aqueles que apresen-tavam ferimentos graves foram encaminhados ao hospital.

Nestes atendimentos, a Cris-tolândia convida os dependentes a ingressarem no seu programa terapêutico de recuperação, ca-

pacitação e profissionalização, para que as pessoas se libertem do vício e possam ser reintegra-das à sociedade. Também em 2013, batemos o recorde de mais de 2 mil pessoas internadas em nossos centros de recuperação. Hoje são 33 unidades de aten-dimento espalhadas pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Salvador.

DADOS DA VIDA REAL

Confira dados de pesquisa com dependentes realizada pelo Ministério da Justiça e da Saúde (MJS), entre 2011 e 2013, e Le-vantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), de 2012:

P NÃO SEJA CURIOSO

45% dos dependentes experi-mentaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos

58,3% dos dependentes dis-seram que sentiram vontade ou curiosidade de sentir o efeito da droga e por isso experimentaram

P BUSQUE TRATAMENTO PSICOLÓGICO OU ESPI-RITUAL

29,2% mencionaram que ini-ciaram a utilização do crack depois de perdas afetivas, pro-blemas familiares ou violência sexual.

P SAIBA SELECIONAR SEUS AMIGOS

A pressão de amigos foi citada por 26,7% dependentes de Cra-ck como motivo para início da utilização.

ELES QUEREM SAIR DESSA

A pesquisa realizada pelo MJS mostra que 78,9% dos entrevis-tados manifestaram o desejo de tratar-se, embora apenas uma minoria acesse os centros de atendimento para dependentes químicos.

Com a sua ajuda poderemos fazer muito mais. Confira a pro-gramação na imagem abaixo:

Participe da Semana de Combate às Drogas

8 o jornal batista – domingo, 15/06/14 notícias do brasil batista

Grande parte da população do mundo se concentra nas ci-dades. A vida do homem tem se constituído cada vez mais

urbana, pois pessoas estão na busca de melhores condições de estudo e trabalho.

As cidades são esses locais de encontro, marcadas por serem pontos de aglomera-ções onde podemos encontrar uma diver-sidade de indivíduos, cada um em busca de seus interesses, sejam pessoais ou coletivos. É desse encontro que surgem grupos de gente, pessoas que identificam--se umas com as outras formando diversas tribos através dos interesses e aspirações que tem para si ou para a cidade.

Existem também grupos indiferentes a tudo que acontece ao seu redor, e tam-bém uma grande parcela de pessoas sem oportunidades e menos privilegiadas, são formadas não por seus sonhos, busca ou ideais, mas pelas inúmeras situações difíceis da vida, como os que são: exclu-ídos, injustiçados, desabrigados, gente que sofre diversos tipos de violência, os que não têm voz perante a sociedade. É neste cenário que a igreja está infiltra-da, não como meros expectadores, mas como o corpo de Cristo que se move e está inserida na rotina da cidade e pode intervir de maneira profética, iluminan-do a cidade.

Sentimos que a vocação de Deus, nesta hora, nos convoca como Juventude Ba-tista Brasileira a uma vivência missional comprometida, sabendo que o contexto de toda nossa missão é a cidade e o mundo no qual vivemos. Jesus anunciou e viveu o Reino de Deus e desafiou-nos a fazer o mesmo. Nesse reino, Deus está

9o jornal batista – domingo, 15/06/14notícias do brasil batista

no centro e dá sentido para a vida toda e a vida de todos.

Iluminar a cidade tem a ver com gente que faz o amor de Jesus acontecer na vida do outro. Acreditamos que ações simples trazem benefícios à vida das pessoas e que não podemos menosprezar o impac-to de pequenas atitudes.

Ao invés de só falar do Reino de Deus vamos fazer ele acontecer, essa é a nossa proposta de vida para a juventude batista.

É pelo amor que seremos conhecidos. Chegou a hora de colocarmos as nossas ideias em movimento, mudar comporta-mentos e praticar a bondade como nunca antes.

O mês da juventude está chegando e preparamos um material exclusivo para você desenvolver com a galera da sua igre-ja através do site cidadeiluminada.com

Acompanhe todas as sugestões de ações em #30Dias para você e a galera da sua igreja realizarem no mês da juventu-de. Qual mês? O mês que for interessante pra você juntar o pessoal e fazer coisas incríveis pela sociedade.

Preparamos também uma super série de devocionais pra que você possa refle-tir e se inspirar para essa jornada.

A gente quer muito ver o que Deus tá fazendo através da galera! Nos deixe por dentro das novidades. Sempre que iluminarem por aí, fazendo coisas le-gais, contem pra gente. Use a hashtag #iluminaracidade através das redes so-ciais.

Gilciane AbreuDiretora Executiva da JBB

10 o jornal batista – domingo, 15/06/14 notícias do brasil batista

Pr. Paulo Eduardo,Presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo

Assim que fui eleito presidente da Con-venção Batista do Estado de São Pau-

lo, tomou conta da minha mente a compreensão de que precisaríamos fazer da próxima assembleia, uma as-sembleia muito especial. Em 2014, estamos completando 110 anos de convenção esta-dual, e isso por si só já seria um motivo mais do que sufi-ciente para que algo especial aconteça entre os batistas de São Paulo neste ano.

Mas confesso que, além disso, como presidente, te-nho me encontrado com muitos pastores que tem ma-nifestado desejo profundo de experimentar um ministério arrojado, ousado, fortalecido em suas igrejas, e pela graça de Deus, muitos destes pas-tores tem conseguido imple-mentar este perfil ministerial onde o Senhor da obra os tem colocado. Entendi en-tão que a nossa Convenção precisa refletir esta visão de muitos dos nossos líderes.

Foi assim que surgiu a pro-posta de termos no próximo encontro anual dos batistas de São Paulo, um grande conferencista internacional. Após um tempo de oração e reflexão sobre diversos possíveis nomes, chegamos ao nome do pastor Billy Kim.

Billy Kim fundou e pasto-reou por mais de 40 anos a Igreja Batista Central de Swon, Coréia do Sul, presidiu a Aliança Batista Mundial no período de 2000 a 2005, e atualmente dirige a maior rede de rádio do planeta, voltada para a evangelização do mundo asiático, a Far East Broadcasting Co. , cuja sede fica em Seul. Ele tem se notabilizado como um grande avivalista, que com um fervor incontido, tem incentivado a encorajado a igreja do Senhor Jesus a viver uma espiritualidade intensa e fortalecida, e a lançar-se numa ação evangelizadora de grande impacto ente as nações.

Depois de trocar alguns e-mails com ele, obtivemos

a sua confirmação final acei-tando o nosso convite para estar em nossa próxima as-sembleia anual, que acon-tecerá de 16 a 19 de julho, na cidade de Jundiaí, cidade que já é considerada como grande São Paulo.

Mas confesso que este não é o único motivo pelo qual escrevi este artigo. Logo de-pois de ter aceitado ao nosso convite, o pastor Billy Kim me convidou para visitar a Coréia do Sul e pregar em sua igreja e em diversas ou-tras igrejas e lugares, antes da sua vinda ao Brasil. Esta viagem aconteceu entre os dias 10 e 15 de abril. Na ver-dade, estou escrevendo este texto durante um trecho do meu retorno, um longo voo de quase 15 horas entre Seul e Dallas (EUA).

Reconheço que estou im-pressionado com o que vi. Com muito cuidado para não ser adolescente em meu entusiasmo, não tenho outra coisa a dizer: estou impres-sionado com o que vi e vivi entre os evangélicos naquele país. Na tentativa de descre-ver um pouco desta preciosa experiência que Deus me concedeu, mencionarei a se-guir algumas das minhas im-pressões do que testemunhei.

Em primeiro lugar, é inevi-tável que eu cite a liderança do pastor Billy Kim. Ele é um notável líder batista, com grande influencia no mun-do evangélico, assim como em altas esferas políticas, governamental e econômico de sua nação, e de diversas partes do mundo. Para que se tenha uma ideia da força da sua liderança, o pastor conhece pessoalmente o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon, e periodica-mente vai à Nova York para ter um tempo de oração e meditação bíblica com este que é uma das figuras mais estratégicas na diplomacia internacional. Ainda em seu círculo de amigos pessoais, ainda estão George Bush, ex-presidente dos Estados Unidos, e Billy Graham, que dispensa qualquer apresen-tação. No entanto, é muito, mas muito significativo o quanto o pastor Billy Kim se conserva simples, extre-mamente dependente de

Deus, íntegro e cheio de unção. Nestes cinco dias que convivi de perto com ele, isso ficou nítido em minha percepção: o lidar com altos escalões da economia, da política e da diplomacia do mundo atual não lhe custou à simplicidade e a inteireza de coração, e muito menos a mais absoluta sujeição ao Senhor Deus.

Em segundo lugar, mencio-no o que vi nas igrejas onde estive. Preguei em três cultos do dia 12 (domingo) na Igreja Batista Central de Swon. Fo-ram três celebrações com a casa lotada, com os dois mil assentos ocupados, nos quais pude ver um povo apaixona-do pela Palavra, tomado por um fervor coletivo contagian-te, disciplinado no cultivo da espiritualidade, comprometi-do com a igreja, e submisso à liderança pastoral. Já há dez anos que o pastor Billy Kim não é mais o pastor da sua igreja. Quando terminou o seu mandato como presiden-te da Aliança Batista Mundial em 2005, ele entregou o mi-nistério pastoral titular para que um novo líder assumis-se, e também para que ele pudesse se dedicar à obra de evangelização mundial mais plenamente. Há quase dez anos, a Central de Swon tem sido conduzida pelo pastor Joseph Ko, um líder também muito forte, de coração sen-sível, e pelo que vi, tem sido grandemente usado por Deus e bem sucedido, não apenas para a manutenção do que foi construído antes dele, mas também para que a igreja continue a sua caminhada arrojada, assumindo novos e grandes desafios.

Neste mesmo domingo, à noite preguei em uma igreja presbiteriana da cidade de Seul, a Eupyeong First Pres-byterian Church, uma grande igreja, que inaugurou recen-temente o seu novo prédio e o novo templo, também com capacidade para cerca de duas mil pessoas. Percebi as mesmas características, ou seja, uma igreja cujas priori-dades absolutas na dinâmica eclesiástica são a oração, a meditação bíblica, a vida pessoal com Deus.

Nas minhas conversas e andanças com os crentes da

Coréia, notei o quanto faz parte da cultura evangélica daquele país o entendimen-to de que vida pessoal com Deus, o ardor espiritual, a profundidade no conheci-mento bíblico e a integrida-de no viver precedem, ou precisam preceder, todo e qualquer engajamento ecle-siástico e denominacional. Em outras palavras, não dá para servir a Deus sem andar bem perto de Deus. É muito difícil trabalhar para Jesus e compartilhar seu amor com outros, sem experimentar intensamente a sua presen-ça na própria vida. Esse é um conceito muito forte e generalizado entre aqueles irmãos.

Sim, é verdade que uma rápida análise do compor-tamento das sociedades hu-manas nos ajuda a entender um pouco da espiritualida-de intensa vivida por gran-de parte dos nossos irmãos na Coréia. Sabidamente, o oriental é inclinado à medi-tação e à disciplina compor-tamental. Mas será que nós, ocidentais, excessivamente pragmáticos, muito preocu-pados com a funcionalidade das coisas, não precisamos assimilar pelo menos um pouco deste traço mais re-flexivo e devocional típico dos cristãos do outro lado do mundo? Olhando para o ministério do Senhor Jesus, vendo-o se retirar costumei-ramente para o Getsemane a fim de orar, acordando nas madrugadas para cultivar a sua comunhão com Deus, a quem ele chamava de Pai, exaltando o exemplo de Ma-ria, que escolhera quedar-se aos seus pés, e repreenden-do Marta por estar agitada nos muitos afazeres domés-ticos, concluo que este é um traço daqueles irmãos que seria bastante enriquecedor à nossa vida pessoal, às nos-sas igrejas e à nossa querida denominação batista.

Em terceiro e último lugar, menciono o fato de o pastor Billy Kim ser um homem muito bem relacionando com outras lideranças evan-gélicas, sem que isso com-prometa a sua solidez dou-trinária e o seu vínculo com a obra batista em seu país e no mundo. Foi muito bom

ver a sua igreja fervorosa e solidamente edificada sobre os alicerces doutrinários nos quais nós cremos. Foi muito bom vê-lo tendo encontros com outros grandes líderes, sem que isso o conduza para outras tendências que ame-acem as suas convicções doutrinárias. Na segunda feira, dia 14, ele me levou para almoçar com a dire-toria da Convenção Batita Coreana. Neste mesmo dia, à tarde, numa conversa em seu escritório, ele me per-guntou: Paulo, você gostaria de conhecer pessoalmente o pastor Paul Young Cho (fundador da mega IGREJA DO EVANGELHO PLENO, e autor do Best seller Quarta Dimensão)? O que eu ia di-zer? É claro que sim! Ele en-tão tomou o seu telefone, e após 5 minutos de conversa numa ligação, ele me disse: amanhã, às seis e meia da manhã, nós oraremos juntos e tomaremos o café, eu, o pastor Paul e você. Não me sinto acanhado em dizer que aquele foi um momento muito especial para mim. Conversar por cerca de uma hora e meia com o pastor Billy Kim, juntamente com o homem que apresentou ao mundo evangélico a propos-ta de a igreja se organizar em pequenos grupos familiares, foi muito especial. Senti-me extremamente honrado.

Certamente tenho muito mais coisas a dizer, mas con-cluo aqui este texto, afirmado que estou convicto de que a vinda do pastor Billy Kim à próxima assembleia da Convenção Batista do Estado de São Paulo será um acon-tecimento muito especial. Entendo que Deus está nos concedendo esta valorosa oportunidade de ouvir de perto este grande homem. Como presidente da CBESP, convido os batistas brasilei-ros para estarem conosco na-queles dias. Será um grande prazer para o povo paulista receber os batistas de muitos outros estados. Os que não puderem vir, acompanhem as suas pregações ao vivo no site da nossa convenção. Ele falará em todas as noites. Não tenho dúvidas, naqueles dias, seremos grandemente abençoados!

O Pastor Billy Kim estará em São Paulo

11o jornal batista – domingo, 15/06/14missões mundiais

Rosângela Teck – Missionária da JMM no Huambo, Angola

Acredito que muitos missionários, pelo menos uma vez em seus ministérios,

perguntaram-se: “Como vim parar aqui neste país?”. Isso me ocorreu várias vezes em momentos difíceis ou expe-rimentando um momento de choque cultural.

Depois de 22 anos em An-gola, ainda tenho aprendido sobre a cultura deste povo. São detalhes que, por falta de intimidade, eu não tinha experimentado antes.

Se você quer conhecer a cultura de um povo, precisa viver com eles os momentos mais importantes de suas vi-das: nascimento, casamento e morte. São nesses eventos que estão presentes os rituais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Apesar de ter uma economia consi-derada f rág i l , o Amapá começa a

despertar para Missões. Um promotor voluntário des-se estado da região norte do Brasil escreveu ao nosso missionário mobilizador na região, Luiz Carvalho, para falar de sua alegria ao saber que sua igreja alcançou um alvo histórico para a oferta do Dia Especial de Missões Mundiais. O objetivo dele agora é mostrar às igrejas do Amapá que Missões trans-culturais não se faz apenas durante o período de cam-panha, no primeiro semestre de cada ano, mas durante o ano inteiro.

No Amapá, o Produto In-terno Bruto (PIB) – que é a soma de todas as riquezas produzidas no estado – al-cançou R$ 8,9 bilhões em 2011. Esses são os dados mais recentes, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Secretaria de Estado do Planejamento no dia 17 de dezembro de 2013. O núme-ro está bem abaixo do estado de São Paulo, cujo último PIB registrado foi de mais de R$ 475 bilhões, o maior do país. Mas isso não foi impedimen-to para a Congregação Batista Redenção, em Macapá, atin-gir uma oferta histórica para

e nos quais é demonstrada claramente sua filosofia de vida. Nesses últimos meses, pude observar mais de perto algumas tradições do povo. Pela primeira vez, meu es-poso, Pr. Sabino Teck, e eu aceitamos ser padrinhos de um casamento e participa-mos de algumas reuniões familiares como a chamada “continuação” – literalmente a continuação da festa de casamento no dia seguinte às núpcias. Nesta ocasião, par-ticipam somente os noivos, os familiares e os padrinhos.

Uma semana depois, es-távamos no funeral de uma pessoa da mesma família. Um ritual diferente é que, de-pois do enterro, todos voltam à casa da pessoa que morreu para fazerem uma refeição juntos e se consolarem após a perda. Só depois disso é que se dispersam paulatinamente.

o Dia Especial, segundo o promotor Euler Viana.

“A campanha ‘Entre em Campo com Cristo, pelas Na-ções’ foi uma bênção! Nossa igreja se mobilizou de uma for-ma incrível e, graças a Deus, conseguimos atingir um alvo histórico para a honra e glória do Senhor”, comemora Euler.

Ele garante que o próximo passo é fazer a igreja enten-der que Missões se faz o ano inteiro. Para isso, ele tem fei-to propostas para que a igreja adote projetos missionários. Ele também tem levado ou-tros irmãos da congregação

Assim, rindo com os que se alegram e chorando com que sofrem, é que podemos fazer parte da vida deles. Isso os toca profundamente e abre seus corações para o evangelho.

Depois de momentos como esses, temos visto pessoas se entregando a Cristo e dizen-do: “Também quero fazer parte da sua igreja”.

Apesar de nossa imperfei-ção, temos procurado amar não somente em palavras, mas em atitudes, porque a voz de Deus se ouve atra-vés da demonstração diá-ria de seu amor. E quando eu tento responder a mim mesma como vim parar em Angola, o Espírito de Deus me consola e me traz à me-mória que Ele que trouxe aqui para fazer ouvir sua voz, tanto a ouvintes quan-to a surdos, cegos e que

a adotarem projetos de forma individual.

Para o mobilizador Luiz Carvalho, o testemunho desta congregação é impressionan-te, com uma visão arrojada de investimento e serviço à obra missionária do nosso Senhor Jesus.

“Espero que esta notícia possa ecoar como testemu-nho de engajamento, empe-nho e vitória no desenvol-vimento de uma campanha para o sustento dos campos missionários”, diz Luiz.

O mobilizador ressalta que a oferta alcançada por esta

enxergam, pobres e ricos, vivendo o que eles vivem, sofrendo o que eles sofrem,

congregação em 2014 che-gou ao patamar referencial de 5% de toda a oferta do Dia Especial enviada pelas igrejas do estado do Amapá à JMM em 2013. Para ele, este o início do despertar das igrejas amapaenses à obra de evangelização transcultural.

“Deve prevalecer a existên-cia da igreja fiel ao sustento dos campos do Senhor. É pela fidelidade aos desígnios de Deus que a igreja marcha sustentando, avançando e prosperando os desejos do nosso Deus para o mundo”, comenta o mobilizador.

gozando do que lhes dá ale-gria. Enfim, demonstrando seu infinito amor.

Marcia Carrilho, mobiliza-dora em Mato Grosso do Sul, também comemorou mais esta vitória para a expansão do Reino de Deus.

“Que o Senhor continue dando forças e estratégias para que muito mais conti-nue sendo feito. Que esse testemunho sirva de encora-jamento para prosseguirmos ao alvo e que outros mais ve-nham para a glória de Deus”, disse Marcia.

O coordenador nacional de mobilização e eventos da JMM, Pr. Fernando Leiros, diz que é maravilhoso ver este tipo de envolvimento. Ele espera que continuar ven-do a mão poderosa de Deus agindo nas igrejas batistas de todo o Brasil.

Vale lembrar que as igrejas que ainda não mandaram a oferta do Dia Especial para a Junta de Missões Mundiais têm até o dia 30 de setembro para enviá-la, participando assim deste grande empenho para levar a Palavra de Deus aos povos não alcançados.

Veja as formas para sua igreja enviar a oferta do Dia Especial: através do boleto bancário ou depósito (Banco Bradesco, agência 1125-8, conta corrente 59000-2). Caso não tenha recebido os bole-tos, escreva para [email protected] ou ligue para a Cen-tral de Atendimento: 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).

Gestos que falam

Igreja alcança alvo histórico de oferta do Dia Especial

12 o jornal batista – domingo, 15/06/14 notícias do brasil batista

13o jornal batista – domingo, 15/06/14notícias do brasil batista

14 o jornal batista – domingo, 15/06/14 ponto de vista

Ycléa Cervino

A Casa da Amizade do Seminário de Educação Cristã, no Recife, comple-

ta no mês de maio 60 anos, anunciando “quão grande é nosso Deus”, pois desde 1954 continua perseguindo os mesmos propósitos ini-ciais de treinamento e servi-ço. Muitos obreiros de vários seminários, universidades e igrejas têm sido treinados e capacitados na área de evangelismo, serviço social, enfermagem, psicologia, pe-dagogia e assim por diante.

Da mesma forma, milhares de pessoas foram ganhas para Cristo, discipuladas e encaminhadas às igrejas do Recife, de Pernambuco, do Brasil, e quiçá do mundo. Incontáveis pessoas foram tiradas da miséria, dos ví-cios, da marginalidade, da ignorância, da doença física e espiritual através das ativida-des e dos obreiros cheios de compaixão desta abençoada

Casa. Podemos mencionar alguns exemplos:

Pastor Maurício Avelino era alcoólatra inveterado, aceitou o evangelho através do testemunho da missioná-ria Edith Vaughn, que foi a fundadora da Casa da Ami-zade. Ele foi transformado por Jesus Cristo, discipulado, encaminhado à igreja, depois ao Seminário Teológico. For-mado, foi enviado ao sertão da Bahia onde fez um grande ministério.

José Vicente Paixão, meni-no pobre que vivia na vizi-nhança, foi atingido pelas ati-vidades da Casa da Amizade, toda a família se converteu, ele estudou no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, hoje é pastor na cidade de Bezerros, interior do estado de PE.

A família Aragão veio do in-terior de Pernambuco, onde o pai era vendedor de galinhas. Foram morar em uma favela na vizinhança do prédio da CA, ouviram o evangelho, foram ajudados materialmen-

te nos estudos, na saúde e de uma maneira abrangente foram transformados pelo poder do evangelho. Hoje mantêm um comércio próprio florescente, todos têm curso superior e glorificam a Deus com suas vidas.

Severina Lima, residente em favela no bairro de Santo Amaro, foi convidada a par-ticipar do programa da CA, com seus filhos. Através dos estudos bíblicos se conver-teu, ganhou toda a família e os vizinhos para Cristo. Na sua rua se formou uma igreja que hoje é forte e ativa. Dos nove filhos, um é pastor, outro diácono, outro evan-gelista, uma é pastora, todos ativos glorificando a este tão grande Deus.

Centenas de outros estu-dantes de teologia, de minis-tério social cristão, educação religiosa e música passaram, como estagiários, pela CA ou foram alcançados pelo evan-gelho e hoje servem a Deus nos diversos campos. Centros sociais semelhantes foram

organizados por alunos trei-nados no SEC e no STBNB desenvolvendo estágio na abençoada Casa.

Este ano (2014) estagiários de Serviço Social da Univer-sidade do Paraná (UNOPAR), de Psicologia, da FACHO, de Jornalismo, da UNINASSAU, de Ministério Social e de Educação do Seminário de Educação Cristã estão sendo abençoados com um treina-mento especial nas devidas áreas; desenvolvendo o pro-grama do PEPE com crianças de 3 a 6 anos, atividades com adolescentes e com mães.

As professoras Ábia Salda-nha e Irani Nery, responsá-veis pela direção da Casa, embora enfrentando proble-mas de várias ordens, têm vencido porque “grande é Jeová”, e este trabalho é dele. No futuro veremos os frutos de hoje, da mesma maneira, como hoje vemos os frutos de ontem, espalhados por todo o mundo, testemunhan-do deste Deus tão grande em quem nós cremos.

Orem por este trabalho, pelos alunos, pelos obreiros, e pela comunidade onde a Casa está inserida e servindo.

A Casa da Amizade do SEC completa 60 Anos

Pastor Merval Rosa Othon Ávila Amaral,Historiador da Convenção Batista Brasileira)

Esse artigo faz parte do Li-vro Efemérides Batistas – que em breve teremos seu lança-mento.

Como Historiador deixo aqui minha pequena home-nagem e um Até Breve!

Na s c i m e n t o d o Pastor Merval de Souza Rosa em 03 de agosto de

1926, em Altos, no PI. Fi-lho de Francisco de Souza Rosa e Jesuína Maria do Espírito Santo. Ainda jovem encontrou o Senhor Jesus Cristo e sentiu a chamada para o Ministério da Pala-vra. Veio para a cidade de Recife, PE, em 1948, com 22 anos de idade, para estu-dar no Seminário Teológico

Batista do Norte do Brasil. Bacharelou-se em Teologia e pouco tempo depois já era Professor na instituição que o preparou. Pastor, es-critor, psicólogo clínico, tradutor (inglês e espanhol), professor universitário, ad-ministrador, conferencista, intérprete. Preparou-se para servir à Causa do Evange-lho, à Denominação Batista e Evangélica, à Família e a Comunidade. Casado com Anita Calland Souza Rosa, com quem viveu mais de 50 anos, falecida em 07 de maio de 2006, foi agraciado por fi-lhos que também se tornaram notável como os pais: Aneci, médica; Miriam, professora; Esdras, médico, Ester e Rute. Seu preparo acadêmico é impressionante: Seminário Teológico do Norte, 1954; Bacharel em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia

da Universidade Federal de Pernambuco, 1958; licencia-do em Letras Clássicas ainda pela UFPE, em 1961; Bacha-rel em Divindades pelo Semi-nário de Louisville, em 1964; Mestre em Teologia ainda pelo Seminário de Louisville, em 1965; Bacharel em Psico-logia pela Universidade de Louisville, em 1968; Doutor em Psicologia Educacional pela Universidade Estadual do Kansas, em 1978. Na área pastoral o Pastor Merval de Souza Rosa pastoreou as seguintes igrejas: Tejipió, Recife; Jaboatão dos Guarara-pes; São Brás, Casa Amarela em Pernambuco; Primeira de João Pessoa, na Paraíba; New Hope Baptist Church em Louisville, Kentucky, nos Estados Unidos. Escre-veu alguns livros editados pela Junta de Educação Reli-giosa e Publicações, JUERP:

“Psicologia da Religião”, cuja primeira edição foi em 1971; “Problemas da Família Moderna”, 1979; “Antropologia Filosófica, Perspectiva Cristã”, 1996. Pela AFE, Associação Flu-minense de Educação, “O Ministro Evangélico, sua Identidade e Integridade”, 1982; Pelas Vozes, “Psi-cologia Evolutiva”, quatro volumes (Problemática do Desenvolvimento, 1983; Psi-cologia da Infância, 1984; Psicologia da Adolescência, 1984 e Psicologia da Idade Adulta, 1984) e “Introdução à Psicologia”, 1995. Talvez ainda inédito o livro “Funda-mentos Biológicos do Com-portamento Humano”. Foi Reitor do Seminário Teológi-co Batista do Norte de 2004 até 2008 e professor desde 1954; foi professor titular de Psicologia da Universi-

dade Federal Rural de Per-nambuco, 1970-1996. Foi Professor e Diretor de outras instituições, Presidente da Assembleia da Convenção Batista de Pernambuco, em 1973, que unificou as duas Convenções, Pernambucana e Evangelizadora. O Pastor Merval Rosa descansou no Senhor no dia 09 de maio de 2014 com 87 anos de idade.

15o jornal batista – domingo, 15/06/14ponto de vista

Paulo Francis. Jr ,vice-presidente da PIB de Presidente Venceslau - SP

Se quiséssemos resumir a antítese profunda entre o divórcio e o bem estar coletivo,

diríamos que o divórcio é filho do egoísmo; e o egoís-mo, a negação da vida social. Todos os argumentos em prol da caducidade do vínculo cifram-se na preocupação de assegurar a felicidade dos cônjuges. Ao bem estar do próprio eu, impaciente de sacrifícios e constrangimen-tos, imolam-se os direitos da prole, e com eles, todas as exigências do bem comum.

Ora, a vida social não se mantém senão a preço de abnegações contínuas. A solidariedade, que é como a alma desta vida, alimenta--se das renúncias individuais exigidas para a felicidade de todos. Todas as vezes que a sociedade padece, uma diag-nose justa revelará no egoís-mo a causa primeira de seus sofrimentos. O divórcio é, pois, eminentemente antisso-cial. O que foi explicado data da primeira metade do século

XX e são palavras do religioso Leonel Franca. O que chama a atenção neste contexto é o egoísmo dos jovens casais. Seria esse o grande problema das separações?

Divergências à parte, o fato é que eu não sabia, até recen-temente, que poderíamos dar uma festa para comemorar o fim de uma união que foi abençoada pelo Senhor Deus e que tinha como mote “até que a morte os separe.” E o “para sempre” também pode--se resumir a algumas horas, dias, meses ou apenas alguns anos. Não posso me desvin-cular das novas convenções humanas e da realidade. Contudo, salvo outro pensa-mento, vejo desta forma: que isso se transformou, além de pecado, numa tremenda he-resia. É como se não somente pudéssemos desafiar Deus. É, infelizmente, uma maneira de debochar das coisas do Altíssimo. Será que temos condições de fazer isto?

Durante um sermão, há poucos dias, ouvi uma ad-vertência interessante base-ada num livro que depois se transformou em filme: Um amor para recordar. É a his-tória de uma menina, filha de

um pastor, que se apaixona por um rapaz problemático do mundo. Numa das cenas, a garota está na varanda de sua casa conversando com o pai e este diz para ela, acon-selhando sobre a relação: “Você pode não se importar com o que eu digo, mas você se preocupa com a opinião de Deus?” Ela responde as-sim: “Eu acho que Deus quer que eu seja feliz!”. Mais uma vez voltamos ao egoísmo que tanto tem destruído ca-samentos.

O “eu feliz” tem feito pes-soas buscarem um novo amor que muitas vezes é bem parecido com o ante-rior. Quando a régua para medir a nossa vida e a nos-sa felicidade é essa, quase sempre nos damos com os burros n’água. A nossa de-finição de felicidade é base-ada pelo mundo sem Deus. Centralizada no “eu”!

Assim, desafiamos a bon-dade, a justiça de quem nos criou, na medida em que fazemos uma comemoração para o início da desunião. A noiva com um vestido em preto e branco, ressaltando o conflito entre o positivo e o negativo, devolve as alianças

quase que dizendo assim: “Vá usar isso aqui com outra ou jogue fora!” O bolo já vem repartido ao meio. De um lado, uma bonequinha vestida de noiva com uma faca na mão. Do outro, um bonequinho de terno, sem a cabeça. Outras vezes, os dois bonequinhos estão de arma em punho, geralmente com duas carabinas apontando um para o outro...

Onde isso é engraçado?! Com tanta violência hoje, não é nada risível. A bem da verdade, o que os noivos de-veriam fazer mesmo é devol-ver os presentes que recebe-ram por abusar da confiança e do tempo dos convidados. Chorar diante de Deus pelos erros que cometeram!

Na prática, a separação é massacrante não somente para o casal. Para os filhos é um tormento! Compreendo como uma espécie de derrota pessoal e da sociedade. A experiência que vivi, tendo dentro da família um casal que “se largou”, foi extrema-mente traumatizante. Pais, avós, irmãos, tios, cunhados e amigos, todos sem exce-ção, ficaram profundamente chocados. As circunstâncias

do rompimento foram ter-ríveis! Ninguém conseguiu entender.

A mais pura verdade: a situ-ação financeira nem sempre dá suporte e vigor à união. Dentro do nosso grupo fami-liar era o par melhor estabe-lecido materialmente, com casa, veículos, terrenos, bens e profissões definidas. Isso sem contar os passeios, as viagens glamourosas para o litoral em pousadas e chalés que costumeiramente faziam. Sempre documentadas em fo-tografias esbanjando felicida-de. Porém, tudo era aparên-cia! Puro egoísmo camuflado de alguém ou de ambos na relação. Uma pena!

Qualquer um que dá uma salva de palmas, comemore e festeje separações conjugais é insano. Recordemos o que Deus disse em Lucas 12.20 “Louco, esta noite te pedi-rão tua alma”. O casamento foi instituído pelo Criador e dele ninguém deve zombar. Jesus poderia ter vindo ao mundo em outras condições e circunstâncias - até de uma mãe solteira! -, mas, para nos ensinar, nasceu dentro de uma família. Família! Taí a sua inabalável importância.

Em 2007 a Conven-ção das Igrejas Batis-tas Unidas do Ceará, através de sua Coor-

denadoria de Ação Social, iniciou o Espaço Voar, um programa que busca oferecer as crianças ESPAÇO físico, emocional, de tempo e es-piritual para que as crianças possam crescer e VOAR. O Espaço Voar é um programa socioeducativo para crianças de 7 a 11 anos, desenvolvido pelas igrejas e tem por obje-tivo proporcionar à criança um ambiente que promova a cidadania e a igualdade social, estimulando amor por valores morais, espirituais e sociais, através de atividades socioeducativas complemen-tares. Não somente isto, mas

oportuniza que as crianças, seus pais e parentes venham a conhecer Jesus Cristo e mo-biliza os membros da igreja local para o serviço cristão à comunidade.

O Espaço Voar funcio-na nas dependências das igrejas, durante a semana, no contra turno do perío-do escolar. Neste programa crianças recebem apoio ao aprendizado escolar de ma-neira lúdica. As atividades desenvolvidas pelas crianças são orientadas por aposti-las escritas pela equipe do Espaço Voar, que oferecem atividades de linguagem, matemática, cidadania, saú-de, artes e espiritualidade. Todas as atividades tem um cunho lúdico, e são desen-

volvidas ao redor dos temas das apostilas, que são: Mi-nha Identidade; Meu Am-biente; Olimpíadas; Copa do Mundo; Coisas que Voam; Cuidando da Criação; Fa-mília, um projeto de Deus; Martin Luther King e Natal. No dia a dia do Espaço Voar as crianças desenvolvem diferentes habilidades, des-cobrem novos horizontes, fortalecem amizades, e rece-bem apoio do corpo de Cris-to, os membros da igreja, em seu crescimento.

Uma das motivações para fazer este trabalho encontra--se nas palavras do apóstolo Paulo. Escrevendo sobre a salvação pela graça em Efésios 2:8-9, o apóstolo nos adverte no versículo

10: “Fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, previamente preparadas por Deus para que andássemos nelas.” Este trabalho é uma das maneiras que temos, como igreja, de fazer boas obras, em obediência às escritu-ras. As crianças têm nos ensinado que vale a pena investir neste trabalho, pois elas têm desenvolvido em sua vida escolar, em seu conceito de cidadania, têm aprendido sobre o amor de Jesus e assim têm tido suas vidas transformadas.

Nos sete anos de sua exis-tência, o Espaço Voar já abençoou muitas crianças, e auxiliado às igrejas a fazerem uma ponte com a comuni-

dade onde estão inseridas, abençoando as crianças. Des-de 2010, e Espaço Voar cru-zou as fronteiras do Ceará e, através do Departamento de Ação Social da CBB, agora tem sido desenvolvido por igrejas de seis estados brasi-leiros – Ceará, Pernambuco, Pará, Maranhão, Rio de Janei-ro e São Paulo.

Se você deseja conhecer mais sobre o Espaço Voar, ou mesmo participar de um treinamento, acesse a página: batistas/acaosocial e clique no link “Recursos infantis”, ou ainda entre em contato com DAS – CBB pelo e-mail: [email protected]

(Haverá um treinamento no Rio de Janeiro de 25 a 27 de junho de 2014).

O que é o Espaço VoarDepartamento de Ação Social da CBB