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Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Projeto Amazônia: Veja como foi a formatura da 11 a turma dos Radicais Amazônia (Página 07) Batistas pernambucanos se reúnem na 43 a Assembleia anual (Página 10) Congresso da Família encerra programação de maio na PIB Tabuleiro - AL; confira! (Página 09) Por um novo Haiti sempre: ore por este povo e invista nesta Nação (Página 11) ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 24 Domingo, 12.06.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Segundo domingo de junho: Dia do Pastor Batista

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o jornal batista – domingo, 12/06/16

Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais

Projeto Amazônia: Veja como foi a formatura da 11a turma dos Radicais Amazônia (Página 07)

Batistas pernambucanos se reúnem na 43a

Assembleia anual (Página 10)

Congresso da Família encerra programação de maio na PIB Tabuleiro - AL; confira! (Página 09)

Por um novo Haiti sempre: ore por este povo e invista nesta Nação (Página 11)

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 24 Domingo, 12.06.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Segundo domingo de junho: Dia do Pastor Batista

2 o jornal batista – domingo, 12/06/16 reflexão

E D I T O R I A L

Origem do Dia do Pastor

Neste domingo, dia 12 de junho, cele-bramos o Dia do Pastor, uma data

que faz parte do calendário denominacional, mas que, todavia, também tem sido celebrada por outras denomi-nações evangélicas no Brasil. Contudo, esta é uma data e celebração criada pelos Ba-tistas brasileiros.

E mesmo sendo uma data já consagrada, quando as Igrejas normalmente realizam um culto de gratidão e, de alguma forma, prestam homenagem ao pastor, poucos hoje em dia conhecem a origem deste dia. Assim, decidimos nesta edi-ção, além de contar um pouco da origem, ao mesmo tempo homenagear ao pastor Batis-ta brasileiro, que foi o autor desta ideia. Assim, o Editorial desta edição é a reedição na íntegra do artigo escrito pelo pastor Otávio Felipe Rosa, e publicado na edição de O Jor-nal Batista de 14 de junho de 1981, nas celebrações do Dia do Pastor naquele ano.

“Quem teria instituído o Dia do Pastor? Em 05 de maio de 1955 foi publicado, em O Jornal Batista, um artigo falando sobre o Dia do Pastor. O pedido que se fazia era de uma oferta especial para a Caixa de Socorros para ajudar os pastores aposentados com pequena aposentadoria e ou-tros que nem aposentaria ti-nham, na Junta de Beneficên-cia. Constando a ineficácia do trabalho, sugeriram que se mudasse o nome “Dia da Jun-ta de Beneficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava em torno dos chama-dos para a obra do Ministério da Palavra de Deus. Como o mês de maio era dedicado às mães, sugeriram que se trans-

ferisse o Dia do Pastor para o 2º domingo de Junho e este, então, seria o mês do Pastor. A ideia foi aceita e, desde en-tão, começaram a promover o Dia do Pastor no 2º domingo de Junho com os seguintes objetivos: Levantar uma ofer-ta generosa para a Caixa de Socorros a fim de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os pastores aposentados de parcos recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada Igreja Batista, homenageando o pastor local e os pastores que haviam pastoreado a mesma Igreja; e proporcionar, atra-vés de tais comemorações, o despertamento de jovens chamados por Jesus para a obra do Ministério. Temos em nosso poder um recorte de O Jornal Batista de 08 de junho de 1975 com uma nota de autoria de JRP, que assim informa: ‘Quem teria instituído este dia? Parece que a ideia não surgiu nos Estados Unidos, onde os pastores sempre tiveram muita influ-ência. Pelo menos não temos lido nos jornais evangélicos norte-americanos qualquer coisa a respeito de um dia especial consagrado aos pas-tores. Assim, cremos que a ideia é brasileira e que surgiu entre os Batistas. Indo um pouco mais longe, julgamos que a iniciativa foi da nossa Junta de Beneficência. Nesse caso, então, a ideia é brasilei-ra e Batista. Vamos fazer uma pesquisa e depois daremos o resultado aos nossos leitores’.

Tivemos o privilegio de tra-balhar na Junta de Benefi-cência da Convenção Batista Brasileira de 03 de março de 1952 a 31 de agosto de 1974; o cargo que ocupávamos era de promoção e propaganda. Naquela época, a Junta tinha

um dia especial chamado “Dia da Junta de Beneficência”, comemorado do no 2º do-mingo de maio, sendo esse o “Dia das mães”; sugerimos ao então secretário executivo da Junta, doutor Antonio Neves de Mesquita, que transferisse o dia da Junta para o 3º domin-go de maio. Nessa ocasião, escrevemos um artigo para O Jornal Batista, publicado em 05 de maio de 1955, 8ª página, falando sobre o Dia do Pastor. Estando à frente do departamento da Promo-ção e Propaganda da Junta, sentimos que “Dia da Junta de Beneficência” não era um bom nome, porque naquele tempo a Junta tinha a fama de ser rica e o pedido que se fazia era uma oferta especial para a caixa de socorro para ajudar os pastores aposentados com pequena aposentadoria e ou-tros que nem aposentadoria tinham. Constatando a ineficá-cia do trabalho, sugerimos ao doutor Mesquita que mudasse o nome “Dia da Junta de Bene-ficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava em torno dos vocacionados para a obra do ministério da Palavra de Deus. Como o mês de maio era dedicado às mães, sugeri-mos que transferíssemos o Dia do Pastor para o 2º domingo de junho e, este, então, seria o mês do Pastor. O doutor Mesquita sentiu que a ideia era muito boa e aceitou- a integralmente; desde então, começamos a promover o Dia do Pastor no 2º domingo de junho, com os seguintes objetivos: Levantar uma ofer-ta generosa para a Caixa de Socorro a fim de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os pastores aposentados de parcos recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada Igre-

ja Batista, homenageando o pastor local e os pastores que haviam pastoreado a mesma Igreja; e proporcionar, atra-vés de tais comemorações, o despertamento de jovens vocacionados por Jesus para a obra do Ministério. Diante deste fato, que é um marco histórico na denominação Batista Brasileira, afirmamos com humildade que o Dia do Pastor originou-se de uma sugestão do signatário destas linhas. Esperamos e fazemos votos ao Senhor da Seara que este dia seja cada vez mais vitorioso em todas as Igrejas Batistas do Brasil e, quiçá, do mundo, para o crescimento da gloriosa obra do ministério da Palavra de Deus.

Hoje muitas outras denomi-nações estão também come-morando o Dia do Pastor, o que aumenta a nossa alegria cada vez mais em saber e sentir que a obra de Deus prospera mais e mais em todo o univer-so. Na esperança que o Dia do Pastor seja comemorado em todas as Igrejas da nossa querida Pátria, a fim muitos ou-tros obreiros se levantem para atender a vocação de Deus para a obra do ministério, con-tinuamos no firme propósito de servir a nosso Mestre à frente da querida Igreja Evangélica Batista em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.”

Talvez a melhor data para celebrar o Dia do Pastor no Brasil fosse o dia 20 de junho, data em que foi consagrado o primeiro Pastor Batista brasi-leiro, Antônio T. de Albuquer-que - 20 de junho de 1980. Enquanto isso, vamos agra-decer a Deus e celebrar neste domingo o Dia do Pastor.

Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

3o jornal batista – domingo, 12/06/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Os filisteus estavam em guerra con-tra Israel, como podemos ler em

I Samuel capítulos 4 a 7. Travada a batalha, Israel foi vencido. Perdido o primeiro combate, Israel tentou desco-brir a razão da derrota. Em lu-gar de se desfazer dos ídolos estranhos que os afastava de Deus, o povo cedeu lugar ao misticismo. Mandou buscar a Arca de Deus, convicto de que com a simples presença da Arca entre os soldados, o inimigo seria vencido. Ledo engano! Quando a Arca che-gou ao acampamento ocorreu um momento de efusiva ale-gria e júbilo. Diz o escritor sacro, que a terra estremeceu (I Samuel 4.5). O alarido do júbilo e louvores chegou ao

arraial dos filisteus. Apavora-dos com a história de Israel e a presença da Arca no campo de batalha, os filisteus toma-ram uma decisão inusitada: “Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porven-tura não venhais a servir aos hebreus como eles serviram a vós, sede, pois homens, e pelejai” (I Sm 4.9).

Sob o chamado à respon-sabilidade e ao brio, nova batalha é travada. A Arca é tomada e Israel sofre uma nova derrota. A simples pre-sença da Arca não foi sufi-ciente para oferecer ânimo ao povo de Deus. Os soldados confiaram na Arca em lugar de confiar no Deus da Arca. A vitória ocorrerá após a in-terferência do jovem Samuel ao convidar e levar o povo ao

verdadeiro arrependimento (I Samuel 7). O texto é rico em lições práticas e aplicáveis aos dias atuais. A vitória está à disposição de qualquer pessoa, seja ela salva ou não. Filisteu ou hebreu. Quan-do os brios são desafiados, qualquer soldado medroso se transforma em excelente guerreiro. O verdadeiro ho-mem é despertado de sua letargia e se transforma em homem, capaz de lutar por uma causa. Disposto a dar a vida para salvar a própria vida. Não há meio termo, não há gênero, não há co-vardia que se esconda sob o estupro coletivo, mas sim, a presença do homem íntegro que luta por um ideal nobre. O conceito do que seja ser homem hoje não suporta o

confronto com a espada do inimigo. Poucos têm uma causa nobre para defender. Deixam-se macular pela ação mística do inimigo, que sem alvos definidos é abatido.

Israel perdeu a batalha por depositar sua confiança em objetos e não no Deus que está acima dos objetos do culto. Ao deixar-se corrom-per pelos ídolos vizinhos, o povo fraquejou, perdeu a masculinidade e a capacida-de de ser forte; de ser homem no sentido exato da palavra. Para confiar em objetos, mes-mo sendo sacros, não se exi-gia compromisso com a luta. Não era preciso ser homem. Para confiar plenamente em Deus era exigida coragem, fidelidade total e disposição em oferecer a vida por uma

causa. Isso exige integrida-de de caráter. Ser homem verdadeiro, sem titubear na trincheira ao confrontar o ini-migo. Disposição em morrer por Cristo e Sua causa.

A sociedade e a Igreja so-frem a carência de verdadei-ros homens. Homens que não transigem. Íntegros no agir diário. Livres da mística dos objetos sacros. Homens que não se dão a ação entre ami-gos, com a desculpa de que a vontade de Deus foi consul-tada e entendida, mas, que ao final, tem como resultado a derrota da causa de Cristo. Que Deus nos dê homens verdadeiros neste momento tão sombrio vivido pela socie-dade e a Igreja. Homens que tenham como lema de vida o Salmo 15.

Homem

4 o jornal batista – domingo, 12/06/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Pregação que revoluciona

“E, apresentando-os aos ma-gistrados, disseram: Estes ho-mens, sendo judeus, perturba-ram a nossa cidade” (At 16.20).

Os primeiros cris-t ã o s e r a m d e nacional idade j u d a i c a . P a r a

muitos deles, o cristianismo parecia ser apenas mais uma seita do judaísmo. É preci-so ler o texto do livro dos Atos dos Apóstolos tendo em mente este dado importante da história do movimento cristão. “Levando-os (Pau-lo e Silas) aos magistrados, disseram: Estes homens são judeus e estão perturbando a nossa cidade, propagando costumes que a nós, roma-nos, não é permitido aceitar, nem praticar” (At 16.20). O anúncio sobre a Mensa-gem do Cristo ressuscita-do revolucionou todas as cidades onde foi pregado. Mais ainda, a profunda mu-

dança no caráter e no com-portamento dos que aceita-vam aquele Cristo sempre incomodava os religiosos, cujas tradições só causa-vam superstições e medo. Os profissionais das religi-ões humanas sempre odia-ram o poder libertador da Mensagem de Jesus Cristo. Cristãos que não provocam mudanças ao seu redor, de-vem, urgentemente, ques-tionar a qualidade do seu testemunho. Cristãos que fazem conchavos com os poderosos de plantão e se beneficiam da exploração dos humildes e dos pobres têm que admitir que a sua religião não passa de um arremedo do ensino de Cris-to. Cristãos que não remam contra a maré das injustiças humanas reforçam o Evan-gelho dos anticristos. Viver em obediência a Cristo é a melhor receita para a revo-lução do Reino de Deus.

Jeferson R. Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Foi no Calvário onde Deus p rovou Seu amor por nós, como lemos na Bíblia em

Romanos 5.8. No Calvário, Jesus cumpriu a Sua missão de salvar e buscar a humani-dade perdida. Jesus mostrou, através de Sua fidelidade ao Pai, o quanto somos amados por Deus. O Senhor Cria-dor em Cristo Jesus, na Cruz do Calvário, estava nos ado-tando, nos aproximando a Ele, nos atraindo com amor Eterno. A cruz mais linda do Calvário foi a de Jesus. A cruz física de madeira era apenas mais uma cruz, apenas duas madeiras, mas para o Senhor Jesus, aquela cruz foi o ápice do Amor do Senhor e que, depois da cruz, ressurgiu com a vitória sobre a morte.

Na cruz, Deus nos amou de maneira intensa e profunda.

Intensa, porque Jesus cumpriu cabalmente Seu ministério. Profunda, porque Sua morte nos deu vida em abundân-cia. Do alto daquela cruz, Jesus bradou palavras lindas, pérolas de grande valor para a fé cristã. Foi daquela cruz, que através da linda oração de Jesus - “Pai, perdoa-lhes por que não sabe o que fa-zem” -, a profundidade e di-mensão do Amor de Deus foi demonstrada por nós. Um amor intenso, arrebatador e incomparável. A cruz foi o púlpito em que Jesus proferiu lições maravilhosas. Algumas lições foram verbais nos seus últimos momentos. Mas, al-gumas lições foram com ati-tudes. Até o silêncio de Jesus foi uma pregação de amor. Na cruz Jesus colocou em prática todo o Seu discurso maravilhoso sobre amor. “A cruz foi o púlpito onde Deus pregou o amor” - Agostinho.

Na cruz, Jesus pregou, com Sua atitude, sobre o perdão

e sobre a vingança. Pregou sobre a fidelidade aos propó-sitos Eternos de Deus. Pregou que Deus nos amou primei-ro. Pregou com suas ações que a Sua prioridade era a implementação do Reino de Deus. Pregou que dependia exclusivamente de Deus. A cruz foi o púlpito usado pelo Filho de Deus para anunciar ao mundo o amor do Seu Pai. Jesus pregou através da cruz e sua mensagem ainda ecoa nos quatro cantos da terra, convocando pecado-res a se unirem aos anjos em louvor e adoração para todo sempre. A pregação de Jesus na cruz é cativante e envolvente. É uma pregação que não para, é uma voz que não silencia, pelo contrário, só aumenta. A maravilhosa mensagem pregada na cruz por Jesus é que Deus nos ama e quer que sejamos Seus filhos. Amemos a mensagem da cruz!

A cruz como púlpito

5o jornal batista – domingo, 12/06/16reflexão

Alonso S. Gonçalves, pastor na Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP

A relação de Paulo com a Igreja em Co-rinto foi tensa em alguns momentos.

O apóstolo sofria constante-mente “ataques” por parte da comunidade que tinha prefe-rências por outros líderes e deixava isso bem claro. Em II Coríntios, Paulo enfrenta uma crise ministerial com a Igreja, e podemos dimensionar isso em alguns trechos da Carta.

As acusações que faziam ao apóstolo afetavam a sua vida e ministério. Em relação à sua vida, “diziam” que o apóstolo andava com pessoas “mun-danas” (II Coríntios 10.2) e o acusavam de não ser de Cristo (II Coríntios 10.7). Quanto ao seu ministério, a sua pregação era questionada e ele passa a ser considerado um “mau” pregador (II Coríntios 11.6). A comparação com Apolo era inevitável e pessoas da co-munidade faziam questão de acentuar as diferenças entre os dois. Ainda no capítulo 11

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

O pregador de uma Ig re ja , a lguns anos atrás, tinha um alcance limi-

tado. Hoje, o alcance está diversificado. Temos diver-sas formas de comunicação; jornais e revistas já não são mais necessários. A internet, que possibilita a transmissão do culto a quem estiver inte-ressado, aumentou o alcance tanto dos ouvintes como dos pregadores.

O alcance pode ser quan-titativo, como pode ser em qualidade. Um pregador de TV tem seu público igualado. Se ele for divulgador da Teo-logia da Prosperidade, terá que adequar sua mensagem àqueles que estão interessa-dos em um Deus distribuidor

(versículo 16), Paulo é tratado como um louco (a frona einai), ou seja, alguém insano.

As críticas são sintetizadas por Paulo (II Coríntios 10.10): “Pois dizem: As cartas dele são duras e fortes, mas sua presença pessoal é fraca, e sua pregação não impõe respeito. Quanto à sua pregação, quan-do olhamos o texto (grego), o correto seria desprezível (exouqenhmenoz).

Não é por acaso que II Co-ríntios é considerada uma Carta chorosa (II Coríntios 2.4). Quando o apóstolo fala sobre sua condição pastoral, prefere usar o exemplo do barro (4.1-7). Diante de todas as críticas, Paulo se vê como alguém que precisa legitimar o seu ministério e enfrentar os seus acusadores. Isso ele faz e reconhece, como alguém fora de si (capítulo 12), mas percebe que não vale muito a pena. Há pessoas que ig-noram argumentos quando eles não corroboram o que pensam.

Paulo está lidando com pes-soas que não o reconhecem como um “vaso de barro”. Ele

de bens, riquezas e facili-dades. Tais pregadores não são obrigados a alcançar os que conhecem as Escrituras. Escolhem um texto que se enquadra em uma analogia, e pronto.

Um pregador que fala a um público que está interessado em “revelação”, nem precisa abrir a Bíblia. Se a abre, é só para pretexto. Os ouvintes saem empolgados com suas “revelações”. Entre o que ele falou, e o que estava no texto que ele leu, não faz sentido nenhum. Esse é o público que gosta de ser manipula-do. A maioria hoje gosta de ser manipulado, mesmo nas Igrejas chamadas tradicio-nais. Esse tipo de pregador provoca muita emoção, mas ninguém vai conferir suas “revelações”, aguardam an-siosamente as emoções das

está trabalhando com pessoas que apostam na autossufici-ência do apóstolo. Para esses acusadores, o apóstolo não poderia demonstrar fraqueza e Paulo faz questão de men-cionar a sua fraqueza (12.5).

É indubitável o amor de Paulo pela Igreja. Mas, esse amor não estava alicerçado nas estruturas que alguns da comunidade queriam ver em evidência na vida de Paulo. O amor que Paulo expressa pela Igreja dava-se na comunhão de ideais e, principalmente, na proposta do Evangelho. Ele quer se mostrar com humani-dade à comunidade e, para isso, recorre ao tema do vaso, que é feito de barro.

O chamado para o ministé-rio, de acordo com Paulo, se dá porque Deus o convoca baseado na Sua misericórdia. Nesse sentido, não se trata de méritos ou diplomas, mas de entender o chamado e atender aos critérios de Cristo. Há uma responsabilidade para tratar o Evangelho, mesmo correndo um sério risco de não ser ouvi-do, de não ser atendido. Paulo era consciente disso.

“revelações” das próximas mensagens.

Há pregadores que fazem uso de instrumentos da arte. Minha esposa exclamou ad-mirada de como o povo de Israel começou a adorar um manto, como se ele fosse um deus. Perguntei: “Depois de milhares de anos de tal prá-tica, de poderes mágicos em objetos e roupas, você se ad-mira do que vemos na TV?”.

Vamos à análise da fé evan-gélica de hoje. Não estamos, pelas estatísticas, entre 40 a 60 milhões de evangélicos? Se o Evangelho transforma vidas, tornando-as espirituais e éticas, por que o Brasil não mudou? Pelo contrário, pa-rece que piorou, em vez de melhorar. E quantos políticos denominados evangélicos estão envolvidos?

Nos anos 70, em virtude

Mas se o vaso é de barro, há pessoas que gostam de esmagar potes

Há pessoas que se apegam às estruturas e tornam a vida de seus pastores difíceis, não acompanhando o pastor na condução da Igreja por dife-rentes razões, algumas delas Paulo enfrentou em Corinto, como preferir a companhia de pessoas que ainda estão “fora” da comunidade ou até mesmo recusar a instrução pastoral por meio da prega-ção bíblica.

Pastor é feito de barroUma pesquisa realizada

pelo pastor Lourenço Stélio Rega (Diretor da Faculdade Teológica Batista de São Pau-lo) alguns anos atrás (Não há intenção aqui de atualizar os dados), trouxe números pre-ocupantes sobre o Ministério Pastoral. Destacamos alguns aspectos dessa pesquisa:

• 16% o treinamento rece-bido no seminário pouco tem servido no ministério;

• 8% se pudessem deixa-ria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência;

• 13% acreditam que o

das mudanças de costumes, denominadas de nova mo-ralidade, pós-modernidade, mundo líquido, com relacio-namentos e valores perdendo a consistência, instituições como casamento, família e as Igrejas começaram a investir no resgate de tais instituições ou valores. Não bastaria ape-nas o alcance da pregação?

Finalizando, passemos a tratar do que queremos cha-mar de alcance. Pensemos no que Cristo pretendeu no seu ministério terreno, antes de ser crucificado. Ele pre-tendeu transmitir ensinos que causassem mudança nas pes-soas. Os milagres realizados de formas diferentes. Qual a razão? Cristo pretendia trans-mitir um ensino, não apenas cura. Ele falou a pecadores, a pobres, ricos, religiosos, autoridades civis, homens,

exercício do pastorado em-pobrece a vida familiar;

• 78% não estão satisfeitos com a autodisciplina no uso do tempo;

• 77% não estão contentes e satisfeitos com o tempo que investem na vida devocional;

• 51% têm de 1 a 5 amigos de verdade (49% não têm?);

• 9% não têm nenhum ami-go de verdade;

• 38% não têm desenvol-vido uma perspectiva de vida para daqui a cinco anos;

• 30% se sentem mais in-feriorizados hoje do que no passado. Se pudessem voltar atrás mudariam muita coisa na vida e ministério;

• 10% afirmam que a Igreja já foi responsável por desastres na família do pastor;

• 88% têm facilidade em perdoar os que ofendem

Esses dados revelam que pas-tores não são feitos de ferro ou de aço, mas de barro. O vaso de barro quebra, racha, mas se reconstrói, se refaz nas mãos de Deus (à exemplo do profeta Jeremias). O barro demonstra a fragilidade do pastor e evoca compreensão das ovelhas para com o seu pastor.

mulheres, jovens e idosos. Qual foi o resultado? Sua mensagem alcançou a todos. A mudança causada na vida de 12 homens (Lembremos: Paulo substituiu a Judas), foi suficiente para chegar até nossos dias. O alcance sig-nifica que não é o número o importante, mas o resultado. O pregador precisa apresen-tar uma mensagem que todos entendam, e cause mudança e transformação em todos. É isso que está faltando, apesar dos recursos de comunica-ção, que nenhuma geração passada teve a possibilidade de ter ao seu dispor. Vidas transformadas transformam, e isso é que perdemos de vista hoje, em nossas pregações. Alcance é mensagem que transforma. Se não houve transformação não houve alcance.

Pastores: vasos de barro

Alcance

6 o jornal batista – domingo, 12/06/16 reflexão

Eimaldo Vieira, pastor Emérito da Igreja Batista Nova Jerusalém – Cabo Frio - RJ

Quem não gostaria de ser um pastor tipo José? Desde a adolescência aquele me-nino revelava qualidades desconhecidas das pessoas comuns. Quais seriam aque-las virtudes que faziam de José do Egito uma pessoa tão fora de série?

Menino ingênuo - Talvez apresentasse na meninice um único defeito, se é que podemos chamar de defeito aquela sua pura ingenuida-de, quando contava para os irmãos seus extravagantes sonhos. Na verdade, não eram quaisquer sonhos. Eram verdadeiras revelações do que havia de suceder com o menino, sua família e seu povo muitos anos mais tarde.

Pastores tipo José

Bênção apostólicaCirene Furtado Serpa, membro da Igreja Batista Boa Esperança – Parnaíba - PI

Quando mãos santas se er-guem,Abençoando a Igreja,Os céus dos céus se estre-mecemE anjos dizem: “Assim seja”.

Divina bênção impetrada, Em nome do Deus Trindade:De Cristo, a graça outorgada, Cheia de paz e bondade.

O amor do Pai ofertadoUnge a congregação.Todo crente é consolado,Pelo Espírito de unção.

E o povo da aliançaImbuído da missão:Leva ao mundo esperança, Em singela submissão.

Bom filho - Recebendo ta-refa muito desconfortável, a de tomar conta dos irmãos mais velhos, obedecia ao pai sem murmurar. A própria tú-nica multicolor oferecida pelo pai, embora bastante ques-tionada do ponto de vista da psicologia moderna, indicava tratar-se de um filho muito especial. Quando elevado ao cargo de governador do Egito, tudo fez para levar o pai para onde se encontrava, garan-tindo a melhor qualidade de vida àquele que o considera-va morto há muitos anos.

Homem espiritual - Seu temor a Deus e sua espiritu-alidade ficam evidentes. Pri-meiro, no caso de resistência diante do assédio da mulher de Potifar, especialmente se tratando de um jovem, soltei-ro, sem família e desertado. Qualquer aventura pareceria melhor que seu viver solitário. Segundo, porque não fez da

prisão e dos açoites motivo de revolta, negligência nos de-veres e outras atitudes nega-tivas, como tentativa de fuga ou suicídio. Pelo contrário, fazia tudo prosperar em suas mãos. Terceiro, porque só um caráter altamente espiri-tual poderia explicar o perdão concedido aos irmãos que o venderam como escravo, ao ocupar agora a posição de governador, com a chance de vingar-se de todos. Sua espiri-tualidade foi maior que tudo.

Consciência messiânica - Muito mais que por razões de cidadania ou patriotismo, seu último pedido - que seus ossos fossem levados com o povo de Israel -, fala muito bem da certeza de que seu povo um dia sairia do Egito para a terra prometida ao bisavô Abraão para receber Jesus Cristo, o mais honrado descendente. Essa consciên-cia era tão importante para

Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara Campinas - SP

Inúmeros personagens bíblicos são referenciais para as nossas vidas. Ne-les encontramos precio-

sas lições de fé, obediência, devoção e amor a Deus. A Bíblia é tão maravilhosa que nela podemos aprender até mesmo com os erros dessas pessoas. Ela não os oculta.

São centenas de persona-gens. Homens e mulheres que têm muito a nos ensinar. Contudo, apenas um foi con-siderado pelo próprio Deus “O homem segundo o Meu coração” (I Samuel 13.14; Atos 13.22). Esse foi Davi. A grandeza desse homem me encanta. Sua intimidade com o Senhor me fascina. Seu nome é um dos mais impor-tantes da história de Israel e do cristianismo.

Quando Bartimeu, o cego, chama a Jesus de “Filho de Davi” (Marcos 10.47), é a pri-

meira vez que aparece essa expressão no Evangelho de Marcos. É um título messiâni-co. Jesus era descendente de Davi, o que ocuparia o trono. Bartimeu, o cego e mendigo, no limite de sua miséria hu-mana e espiritual, foi usado por Deus para trazer para o Evangelho de Marcos o cumprimento de Ezequiel 37.24-25. Deus realmente usa pessoas que não imagina-mos. Pensemos nisso.

Mas a grandeza de Davi não para por aqui. Depois do nome de Jesus, o primeiro nome que aparece no Novo Testamento é o de Davi (Ma-teus 1.1). O último nome a aparecer nas páginas do Novo Testamento, antes do nome de Jesus, é Davi (Apo-calipse 22.16). O Novo Tes-tamento se inicia e se encerra falando de Davi. Depois de Jesus Cristo, o nome de ho-mem mais citado na Bíblia é Davi. E desde que ele surge na Bíblia, boa parte da Escri-tura passa a orbitar ao redor

dele. Pois é dele que viria o Messias.

Além da relevância histó-rica e teológica, há também a importância da devoção de Davi. Ele era um homem que amava a Deus. Quan-do lemos os muitos Salmos que foram escritos por ele constatamos sua intimidade e submissão diante do Senhor, e um coração aberto ao arre-pendimento, quando havia algo errado em sua vida. Ele usava palavras que realmente expressavam seus mais pro-fundos sentimentos. Era um homem que amava a Deus. E essa mesma sensibilidade ain-da toca os nossos corações. Quem nunca foi abençoado lendo algum Salmo de Davi? Quem nunca foi tocado pela beleza dessas palavras?

“O Senhor é meu pastor e nada me faltará.” (Salmo 23.1); “Esperei com paciên-cia no Senhor, e Ele se incli-nou para mim, e ouviu o meu clamor.” (Salmo 40.1); “Ale-grei-me quando me disseram:

os patriarcas de então, como é a volta de Jesus Cristo para os pastores e ovelhas de hoje.

Por tudo isso e muito mais, podemos dizer que José foi um verdadeiro tipo de pastor, um autêntico exemplo de caráter e nobreza de espírito, um mo-delo de liderança, um homem quase perfeito, não fosse por uma fraqueza, que muito tem a nos ensinar: Esqueceu-se de preparar sucessores junto ao trono de Faraó. E por essa lacuna, sua fama e seu nome mergulharam no esquecimen-to, ao ponto que houve um rei que não conheceu a José. Isso fez uma enorme diferença, pois, se o tivesse conhecido, a história que temos seria to-talmente outra. Isso não sig-nifica o ingresso de pastores na política partidária. Mas, Façamos sucessores espirituais de tal nível, que, por eles, não sejamos esquecidos das futuras côrtes e gerações.

Vamos à Casa do Senhor.” (Salmo 122.1); “Senhor, Tu me sondaste, e me conhe-ces.” (Salmo 139.1); “Eu te amo, ó Senhor, força minha.” (Salmo 18.1).

Essas são apenas algumas palavras escritas por Davi. Aproveito para desafiar você a ler o livro de Salmos com o coração aberto, meditando em cada verso. Sem dúvi-da alguma será uma leitura muito proveitosa. Pois são palavras que tocam os nos-sos corações; trazem-nos edificação. Levantam-nos em um momento de tristeza. Acalmam a nossa alma em um momento de angústia. Orientam-nos em um mo-mento de indecisão.

Assim era Davi, um homem com suas falhas e pecados, gente como a gente. Assim era Davi, uma pessoa de Deus, assim como nós. Davi era, acima de tudo, um ho-mem que amava a Deus. Um grande exemplo a todos os homens Batistas.

Um homem que amava a Deus

7o jornal batista – domingo, 12/06/16missões nacionais

No dia 21 de maio aconteceu a for-matura da 11ª tur-ma dos Radicais

Amazônia. Foram 14 jovens que concluíram o curso de três meses, no Centro Forma-ção Missionária da Amazônia, e agora estão preparados para levar a palavra de salvação às comunidades Ribeirinhas da-quele estado. O culto de gra-tidão foi realizado na Igreja Batista Ebenézer, em Manaus - AM. Ore para que Deus dê força e sabedoria a esses jo-vens para levarem a palavra de salvação aos moradores que vivem às margens dos rios amazonenses. Abaixo, o testemunho do radical Ednar-do Neves, sobre sua experiên-cia no treinamento.

“Hoje é o grande dia! De-pois de três meses de um treinamento intensivo, mo-mentos que marcaram minha vida, Deus me reconstruiu.

Doeu, porque quando Deus chama ele transforma por completo! Caráter, pensamen-tos, vontade. Muitas lágrimas, alegria, amizades, renúncias, saudade, crescimento es-piritual, mas sempre Deus mostrou que era necessário aprender, para poder falar do Seu amor com excelên-cia. Hoje, tenho convicção do meu chamado. Deus me chamou para levar seu amor aos Ribeirinhos da Amazônia!

Por Amor a Deus, eu en-treguei minha vida por essa missão! Sou grato a Deus por tudo que eu passei, por cada lágrima! Sou grato aos meus pais por acreditarem no meu chamado. Agrade-ço aos meus líderes, que nunca desistiram da minha vida, meu pastor António Carlos Ramos Portela, porque acreditou em minha vida. Irmã Eliuze Bezerra Correa com seus conselhos. Irmã

Ediney Silva com toda sua compaixão e graça. Ao pastor Donaldo Melo Santos junto com sua esposa Marinalva por serem exemplos de líderes e me mostrarem o que é ser uma grande missionário.

Ao Emerson Felipe, que sempre estava junto mostran-do o caminho certo. Natalino Filho com sua sabedoria da palavra, mostrando o que Deus tinha para fazer, à irmã Rosivalda Lima, por toda de-dicação. E aos coordenadores pastor Renato Ouverney e Alexandre Fernandes, de Mis-sões Nacionais, por sempre levar o melhor para nós, e a todos os que passaram em minha vida nessa jornada. Obrigado. No meio da flores-ta Amazônica...entre árvores, rios, cidades, vilas, lendas e contos... existe um povo... que precisa de Jesus. Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação!”

Bacacheri - PR a bordo do “O Missionário”

Caravana no Barco “O Missionário”

Dentista voluntário cuida de criança Ribeirinha

Projeto Amazônia: “Ser radical é falar do Amor de Deus na Simplicidade de Jesus”

Participantes da 11ª Turma de Radicais Amazônia

Uma caravana da Igreja Batista de Bacacher i , em Cur i t iba – PR,

embarcou no último dia 13 de maio para uma viagem missionária no barco “O Mis-sionário”, que atende às co-munidades Ribeirinhas na Amazônia. Foram 31 mem-bros da Igreja, entre médicos, dentistas, profissionais de saúde e outros voluntários desejosos de levar as Boas Novas para esta população. O

pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da Igreja, também estava a bordo. O grupo foi à cinco comunidades da cidade de Maracapurú – AM, e uma de Manaus, capital do estado, que ficam às margens dos Rios Negro e Solimões.

Interceda pela obra realiza-da entre os ribeirinhos. Mobi-lize sua Igreja para visitar um campo missionário. Envie um e-mail para: [email protected].

8 o jornal batista – domingo, 12/06/16 notícias do brasil batista

Elaine Freitas Alves Nolding, assistente Social do Lar Batista do Ancião -RJ

“Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anci-ãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv 19.32)

Grandes são os desafios que o idoso tem a enfrentar neste período de pós-mo-dernidade, apesar dos avan-ços na garantia de direitos e defesas dos idosos com a Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso. As políticas pú-blicas ainda são ineficientes para proporcionar aos idosos brasileiros uma vida com

dignidade e respeito. Outra dificuldade atual sofrida é o empobrecimento nas rela-ções sociais, onde o mundo está acelerado, a comuni-cação baseada nas redes e mídias sociais, levando o idoso a permanecer ainda mais à margem, caso ele não se inclua e se adéque a esse novo formato.

Esses são os desafios em um contexto geral, mas há os desafios da individualidade de cada idoso, tais como: A doença que retira a au-tonomia, o sentimento de inutilidade, a solidão, e ou-tros. A expectativa de vida tem aumentado, porém, as

Os idosos precisam

dos cuidados dos Batistas

brasileiros

“Por amor...não me calarei, por amor... não descansarei enquanto a Sua justiça não resplandecer como a alvora-da e a Sua salvação como as chamas de uma tocha acesa.” (Is 62.1).

Jesus transformaHá dois anos, a liderança do

ministério infantojuvenil (DE-PIN) da Primeira Igreja Batista do Rocha, em São Gonçalo – RJ, tem buscado oportuni-dades para realizar atividades evangelísticas com foco em crianças e suas famílias, nas comunidades ao entorno da PIB do Rocha, mas inúmeras adversidades surgiram em um cenário nada favorável.

Contudo, no ano de 2015,

surgiram as oportunidades que tanto esperávamos; en-fim, o tempo do Senhor ha-via chegado, e que veio a se fortalecer com a resposta da Junta de Missões Nacionais (JMN) da Convenção Batista Brasileira, favorável a reali-zação da Trans Crianças São Gonçalo – RJ, tendo a PIB do Rocha como sede deste pro-jeto. Porém, a confirmação só se deu em janeiro de 2016. Desde então, realizamos ati-vidades evangelísticas nestas comunidades.

A Igreja não pode mais per-manecer apática diante da realidade que à cerca. Cremos que somente Jesus Cristo tem o poder para transformar e mudar o rumo da história

Participe da Trans crianças São Gonçalo - RJ

doenças também. Isso reflete em todo o contexto social e econômico, deixando mui-tas famílias sem saber como lidar com o envelhecimento do seu idoso, aumentando a sua inserção nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI´s), antigamente chamadas de asilo.

O Lar Batista do Ancião da Junta de Ação Social Carioca não tem fins lucrativos e para realizar seu atendimento inte-gral ao idoso necessita de um quadro funcional composto por médico geriatra, enfer-meira, cuidadores, assistente social, nutricionista, psicólo-go, terapeuta ocupacional,

técnicos de enfermagem, cozinheiros, profissional para limpeza, lavanderia, manu-tenção, porteiro e motorista (E não temos todos esses pro-fissionais), e mais despesas de consumo, ambiente físico totalmente adaptado, pisos antiderrapantes, e descarte apropriado do lixo. Essa es-trutura está prevista na reso-lução da diretoria colegiada (RDC) 283/05 da ANVISA, que normatiza esse serviço a idosos, onde estamos passí-veis de fiscalização.

Diante dessa estrutura fun-cional complexa e onero-sa, como socorrer um idoso independente de sua con-

dição econômica, com es-cassos recursos e também com baixa cooperação das Igrejas? É um grande desafio de fé e cooperação. Nós, Batistas, precisamos visionar essa necessidade aos nossos idosos. Precisamos decidir se queremos realmente os Batistas prestando um serviço cristão de qualidade a quem Deus pede para honrarmos, independentemente de qual-quer contribuição financeira. Acreditamos, como servos do Senhor Jesus, que devemos socorrer aos que necessitam de auxílio. Por isso, Igreja do Senhor, despertemos para essa necessidade e realidade.

de vida destas crianças e de suas famílias. Mas, para isso, a Igreja precisar cumprir sua missão, e isso implica fé, tem-po, doação, envolvimento, e crescimento espiritual.

Nos ajude e participe desta ação missionária urbana, que durante oito dias impactará oito comunidades de São Gonçalo. As inscrições já es-tão abertas para a Trans Crian-ças São Gonçalo – RJ, que acontecerá de 02 a 09 de Outubro/2016. Acesse o site www.missoesnacionais.com.br e inscreva-se. O valor do investimento é de R$ 60,00, que será revertido em kit do voluntário e material evange-lístico. O voluntário não terá custo com alimentação.

9o jornal batista – domingo, 12/06/16notícias do brasil batista

Joseane S. Oliveira, jornalista

Considerado o Mês da Fa-mília, maio foi um período de intensa movimentação na Primeira Igreja Batista no Tabuleiro – Maceió - AL. Desde o primeiro dia, várias atividades alusivas à família foram desenvolvidas com o objetivo de fortalecer e edi-ficar ainda mais essa impor-tante instituição, planejada e criada por Deus.

Pensando nisso, nada me-lhor do que investir no seu fortalecimento com inicia-tivas como a realização do Casamento Coletivo, dia 14; evento para casais, dia 21, in-titulado “Família Edificada”; e no Congresso da Família. Este último aconteceu entre os dias 27 e 29, fechando a programação com chave de ouro.

Iomael Sant´Anna, pastor

Othon Ávila Amaral é um nome bem conhecido entre os Batistas do Brasil. Muita gente ainda não o encontrou pessoalmente, mas já leu seus livros e artigos, viu e ouviu seu nome em diversas oca-siões. Jornalista cristão, que vai fundo à busca da história e dos feitos evangélicos, mas, principalmente, dos marcos Batistas brasileiros. Como diz o doutor Ebenézer: “Othon é pesquisador beneditino”. Aliás, dos resultado de suas pesquisas, ele escreveu e pu-blicou “Marcos Pioneiros dos Batistas”, e “Roteiro Histórico dos Batistas Fluminenses”. Sua organizada biblioteca de quase quatro mil livros e seus arquivos bem ordenados têm respondido às inquirições de vários estudantes na elabora-ção de trabalhos acadêmicos.

Othon nasceu em 17 de maio de 1936, em Valença, cidade do interior do Rio de Janeiro. Seus primeiros estu-dos aconteceram sob direção de frades franciscanos. Dedi-

De acordo com o pastor Anderson Nunes, líder espi-ritual há nove anos na PIB Tabuleiro, toda essa progra-mação visa edificar e obser-var o que a Palavra de Deus recomenda para as famílias. Anderson ressalta que em tempos de crise, principal-mente de relacionamentos, não há crise maior do que aquela que se instala na famí-lia. “A família foi o primeiro projeto de Deus, bem como o primeiro alvo do ataque do inimigo, porque ela é a base do indivíduo. Fundamental para promover o ajuste e bem-estar do ser humano”, disse.

A nona edição do Congres-so da Família terminou dia 29, com um culto celebrati-vo. Foram três dias de refle-xão do tema “Família, projeto de Deus”. Dois pastores se revezaram na explanação

cado à leitura e com pendores para a escrita, iniciou uma carreira de jornalista em sua cidade natal. Passou depois para O Jornal Batista, onde serviu durante muitos anos como secretário. E, hoje, mes-mo aposentado, participa do Conselho Editorial desse Ór-gão Oficial da denominação. Foi redator de “O Escudeiro Batista”, dos fluminenses, e continua pesquisando e es-crevendo, inclusive para um grande projeto ainda inédito entre nós.

Othon converteu-se na Campanha Nacional de Evan-gelização de 1965 - “Cristo, a Única Esperança” -, sendo batizado em 03 de julho de 1966, na Igreja Batista de Valença, pelo pastor Ma-noel Bittencourt. Em 1970, transferiu-se para Nova Igua-çu, onde se casou com Jane, filha do pastor João Teixeira de Lima, tornando-se mem-bro ativo e um dos líderes da Igreja Batista Betel de Mes-quita. Do casamento vieram os filhos André Luiz (Pastor e gerente Financeiro de Mis-

do assunto, fundamentados no trecho bíblico que diz: “Criou Deus homem e mu-lher à sua imagem e os aben-çoou. E viu que tudo ficou muito bom” (Gn 1.27a, 28a e 31a).

Na abertura do evento, o pastor convidado foi Roberto Amorim, da Igreja Batista do Farol; sábado e domingo, a reflexão foi com o pastor Flávio Germano, de Pernam-buco. Para criar um clima de adoração e exaltação ao nome do Senhor, várias atra-ções musicais foram convi-dadas como a Orquestra de Música do Corpo de Bom-beiros de Alagoas, O grupo “Até sermos um”, o cantor Valdério Nascimento e a par-ticipação especial do Coral PIB Tabuleiro.

Após o culto matinal, no domingo, foram realizadas cinco oficinas temáticas,

sões Mundiais da CBB), Mar-cus César (Músico, produtor Fonográfico e professor) e Alice Cristina (Professora). Fazem a alegria dos avós co-rujas (Othon e Jane) os netos André Gabriel, Júlia, Ana Letícia, Pedro, Ana Gabriele, Emanuelle e Esther.

Convidados ao Culto de Ações de Graças pelo octo-gésimo aniversário de Othon, na noite de 17 de maio, se reuniram familiares, mem-bros da Igreja Batista Betel de Mesquita, de outras Igre-jas, pastores, amigos e vizi-nhos, em um culto espiritual e agradável, que se deu com louvores, leituras da Palavra, orações, e pregação pelo pastor André Luiz Teixeira Ávila Amaral, filho de Othon e Jane. O pregador baseou a mensagem no Salmo 1.3 e, de forma bem-humorada, comparou a vida humana a uma árvore plantada que cresce, dá flores, frutos, som-bra, etc. Othon é uma árvore frondosa que o Senhor plan-tou para abençoar pessoas, Igrejas, instituições, a deno-

abordando assuntos de inte-resse geral como: “Educação sexual na família dentro dos padrões de Deus”, por Aline Gameleira; “Vida saudável na terceira idade”, por Di-leide Amaral; “Como vencer

minação como um todo e o Reino de Deus. Acima de tudo, ele é um homem de Deus que honra a Cristo, e empenha seus esforços na causa do Evangelho. Othon foi secretário nas Convenções Brasileira e Fluminense. Foi orador oficial na Assembleia da Estadual (realizada em Nova Friburgo), presidente da Associação Iguaçuana por oito vezes e executivo du-rante vários anos, fundador e presidente da Associação Mesquitense. Aqui, em nossa cidade, ajudou na criação da Academia de Letras e Artes de Mesquita, sendo seu pre-sidente em dois mandatos.

Ao final do culto, foram exibidos vídeos com teste-

em tempos de crise”, por Clodoaldo Nascimento; “A juventude e seus desafios”, por Samuel Azevedo; e a Oficina Kids, conduzida por Juliana Pimentel. Todas gra-tuitas e abertas ao público.

munhos e saudações emo-cionantes do filho Cesar, da filha Alice e dos netos. Eles vivem no Paraná e em Santa Catarina, e não puderam ir para o culto. De longe, emocionaram pais e avôs, os familiares, e a todos nós, naquele encontro abençoado e abençoador. Tocou-nos bastante a palavra de Alice Cristina no vídeo, quando disse que seu pai sempre foi um evangelista, ao levar a mensagem de salvação a várias pessoas, de diversas maneiras, na pregação, nas conversas, na distribuição de literatura cristã, etc.

Saímos todos daquele culto realmente gratos pela vida de nosso irmão, discípulo de Jesus, Othon Avila Amaral.

Congresso da Família encerra programação de maio na PIB Tabuleiro - AL

Foto: Izabele Gomes

Um nome bem conhecido entre os Batistas: Othon Ávila Amaral

10 o jornal batista – domingo, 12/06/16 notícias do brasil batista

Acom CPE

A 43ª Assemble ia Anual da Conven-ção Batista de Per-nambuco aconteceu

nos dias 12, 13 e 14 de maio de 2016, na Igreja Batista da Capunga, bairro da Boa Vista, no Recife - PE. O tema deste ano acompanhou a visão da Convenção Batista Brasileira: “Transformados pelo Poder do Reino de Deus” e a divisa “Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Co 4.20).

O evento atende a uma determinação do Estatuto e Regimento Interno da Organi-zação e objetiva dar transpa-rência e legitimidade demo-crática às decisões e ritos da denominação religiosa.

Nos três dias de realização foram feitas apreciações e aprovações de relatórios e orçamentos anuais da Con-venção e suas organizações, eleições dos seus membros, além de decisões sobre o andamento das atividades da denominação no estado, balanços financeiros e admi-nistrativos.

O evento também foi uma grande oportunidade de con-graçamento entre Igrejas, pas-tores e irmãos, que, juntos, de forma democrática e à luz da Palavra de Deus, tomaram decisões importantes para a denominação Batista do estado.

“É um momento singular na vida dos Batistas, significati-vo, pelos aspectos espirituais, mas também pelos aspectos de responsabilidade social,

de transparência perante a denominação e perante a sociedade”, reforça o pas-tor Sócrates Oliveira Souza, diretor Executivo da CBB – Convenção Batista Brasileira.

Quem se fez presente foi amplamente abençoado pe-las reflexões e mensagens. O orador oficial foi o pas-tor Izaias Querino, diretor Geral da Convenção Batista Paranaense. O orador subs-tituto foi o pastor Gileade Florêncio de Souza Júnior, pastor auxiliar da Igreja Ba-tista Concórdia, no Recife-PE. O presidente da CBPE, pastor Emanoel Alírio de Araújo também trouxe uma reflexão aos mensageiros. “Existe um espírito de cooperação muito forte entre as Igrejas, então, o pacto cooperativo entre os Batistas é que nos traz a reuniões como estas”, e assim planejar “como sermos um povo coeso e afinar os nossos princípios doutrinários”, diz pastor Izaias Querino.

Momentos de louvor e adoração também marcaram

a Assembleia AnualNa ocasião, novas Igrejas

foram recebidas pela CBPE. São elas: Igreja Batista da Vitória; Igreja Batista Getsê-mani, em Igarassu; Primeira Igreja Batista em Curcurana; Primeira Igreja Batista em Vila dos Palmares e a Segunda Igreja Batista em Paudalho.

Para o secretário Geral da CBPE, pastor João Marcos Florentino, “Quando a Igreja participa, vem se envolver, ela tem a consciência de que nós estamos em um grande pacto para cooperarmos com

o avanço do Reino de Deus”.Nas Assembleias, as mais

de 480 Igrejas enviam mensa-geiros para as representarem e, assim, todos pensarem no futuro da denominação. “É o momento que definimos os caminhos da nossa Conven-ção. Evidentemente, que pau-tados nas Sagradas Escrituras. A participação das Igrejas nas nossas Assembleias é relevan-te, importante e estratégica, pelo fato de que, o que é decidido aqui é influenciado para todas as demais Igre-jas”, finaliza o presidente da CBPE, pastor Emanuel Alírio de Araújo.

Campanha de Missões Estaduais 2016

Dentro da programação da Assembleia Anual, houve a Noite de Missões, coorde-nada pela Área de Missões Estaduais – AME. Na ocasião, foi feita a abertura oficial da Campanha de Missões Esta-duais 2016. O tema é: “Eu me importo: Anúncio Cristo ao Agreste. A Convenção Batista de Pernambuco convocou os missionários para juntos desa-fiarem os Batistas pernambu-canos a se envolverem com a obra missionária. A divisa está em Lucas 8.39b: “Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito”. O alvo financeiro é de R$520 mil e o dia da oferta especial será 31 de julho de 2016. O preletor oficial da noite foi o pastor Hélio Morais, da Igreja Batista San Martin.

Ao todo, 137 missionários são mantidos pelas Igrejas conveniadas. A Campanha

tem como objetivos a cons-cientização do povo de Deus para fazer novos discípulos, a consolidação dos projetos missionários existentes no es-tado, ampliação de recursos financeiros para o sustento dos campos, a capacitação continuada, a melhoria dos locais de culto e templos e o fornecimento de materiais de evangelização e ensino.

Para tanto, o trabalho tem sido realizado por região. A Metropolitana e a Zona da Mata já foram os alvos prin-cipais. Este ano, a ênfase será no Agreste pernambucano. O foco está na plantação e no fortalecimento de Igrejas, como também da visão de Igreja Multiplicadora.

“Eu quero acreditar que cada Batista pernambucano vai, através dessa Campanha, renovar seu compromisso de, não somente orar e ir, mas também de ofertar (...) e assim participar da manutenção e da mobilização do trabalho missionário no nosso estado”, reforça o Coordenador da Área de Missões Estaduais da CBPE, pastor Neilton Ramos.

Sobre o agresteO Agreste é formado por

71 municípios, em uma área de aproximadamente 24.400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão. Representa 24,7% do território pernam-bucano e conta com uma população de cerca de 1,8 milhão de habitantes.

A região possui ampla tra-dição religiosa oriunda do catolicismo. Um detalhe é o surgimento de outros grupos religiosos, como a mesquita

islâmica que está construída em Belo Jardim.

Fora isso, a população agrestina sofre com o alco-olismo, forte dependência financeira dos órgãos públi-cos, os jovens têm bastan-te dificuldades para entrar no mercado de trabalho e o isolamento de boa parte da população que vive nas áreas rurais.

Nova diretoria da Juventude Batista de

Pernambuco Já no dia 14, encerramento

da Assembleia Anual, a Ju-ventude Batista de Pernambu-co realizou uma celebração especial. O pregador da noite foi o pastor. Daniel Oliveira, do Projeto ARCA (Ação de Rua e Cultura Alternativa), que falou sobre a importância de a juventude ir além e levar o Reino a todas as camadas da sociedade.

Na ocasião, houve a posse da nova diretoria da Jubape, que tem como presidente o irmão Douglas Travassos, da Primeira Igreja Batista em Brasília Teimosa, no Recife - PE. A eleição aconteceu no dia 11 de maio, no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, e contou com a presença de um bom público jovem.

“Serviremos a juventude de Pernambuco com empe-nho, dedicação, fé e muito trabalho. Guiados unicamen-te pelo Espírito da verdade, dedicaremos cada ação da Jubape a Glória de Jesus Cris-to, a salvação dos perdidos e a edificação dos jovens”, finaliza Douglas Travassos.

Batistas pernambucanos se reúnem em Assembleia anual

11o jornal batista – domingo, 12/06/16missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

An t e s m e s m o d e um forte terremo-to deixar cerca de 200 mil mortos e

milhares de órfãos no Haiti em 2010, Missões Mundiais já voltava suas atenções para esta, que é a Nação mais pobre das Américas. Atual-mente, 60% da população haitiana vive abaixo da linha de pobreza, ou seja, com pouco mais de dois dólares por dia. É neste contexto que desenvolvemos o Projeto “Por Um Novo Haiti”, através de dois casais missionários e duas missionárias, todos bra-sileiros, além de obreiros da terra e voluntários.

Nossas ações por lá têm le-vado educação, discipulado, educação, saúde e muitos outros benefícios aos hai-tianos. E o mais importante, tem aproximado esta nação, tradicionalmente ligada ao vodu, da graça de Deus. E o trabalho continua avançando. Recentemente, firmamos uma parceira com o Centro de As-sistência de Desenvolvimento

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O risco de exploração e maus-tratos a crianças e ado-lescentes é uma triste realidade que há tempos faz parte de sociedades ao redor do mun-do. Ciente disso e baseada em estudos e nos impactos que a violência causa nas pessoas, Missões Mundiais vem apli-cando desde o ano passado sua Política de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA). É um documento no qual a organiza-ção declara seu compromisso com a proteção ao público infanto-juvenil e orienta sua força de trabalho (Missionários, mobilizadores, colaboradores da sede, entre outros) sobre condutas recomendadas para a prevenção de situações de violência nos âmbitos institu-cional e da missão.

A missionária Terezinha Can-

Integral (Cadi), com o obje-tivo de fortalecer a atuação missionária nas áreas de aju-da humanitária e desenvol-vimento. Para isso, estamos elaborando um Programa Integrado de Evangelismo, a fim de aumentar a eficácia e os resultados do trabalho dos missionários naquele país.

O programa contemplará uma série de ações na área social, incluindo a implanta-ção de casas-lares para aten-dimento a crianças órfãs ou em situação de risco, ações de desenvolvimento comuni-tário, formação de lideranças e apoio ao estabelecimento e à qualificação de escolas de educação infantil. Todas essas iniciativas serão empreendi-das em parceria com Igrejas locais.

O coordenador do progra-ma Voluntários Sem Frontei-ras, Claudio Elivan, lembra que a agência missionária da Convenção Batista Brasileira para os povos estrangeiros tem o compromisso constan-te pela excelência da ação missionária no mundo. Isso é que nos faz aprimorar nossas ações no Haiti, buscando par-

dieiro, coordenadora do PEPE, é uma das redatoras da PPCA e diz que o documento “Vem fortalecer a visão que a JMM tem com relação ao ministério com crianças e adolescentes”.

“Alguns aspectos com rela-ção a normas e procedimentos

cerias como esta com o Cadi.Desde o terremoto de 2010,

Missões Mundiais já enviou pelo menos duas caravanas voluntárias ao Haiti por ano. A maioria dos voluntários envolvidos era das áreas de saúde e construção civil.

“O Senhor tem direciona-do o trabalho de Missões Mundiais aos lugares mais necessitados do mundo, seja para os povos não alcançados e não contatados, seja para os bolsões de pobreza da huma-nidade. Trabalhar no Haiti de maneira que possamos fazer mais através da otimização dos recursos financeiros é um dos objetivos desta ação. Te-mos a convicção de que Deus

são novos, porém, representa a formalização de muitas ações que já realizamos”, destaca Terezinha, que durante dois anos com Doris Nieto (Coor-denadora de Recursos Huma-nos) e o pastor Ruy Oliveira Jr. (Coordenador da JMM para

está atuando naquela Nação, e por meio do compromisso das Igrejas Batistas do Brasil com a obra, poderemos ver o Reino de Deus sendo ma-nifesto no sorriso de cada criança e na alegria renovada de cada família”, diz o pastor Alexandre Peixoto, gerente de Missões da JMM.

Segundo Maurício Cunha, diretor Executivo do Cadi, a situação do Haiti traz à tona a responsabilidade da Igreja, seu compromisso humanitá-rio e papel como agência de transformação integral.

“Com quase metade da sua população participando de Igrejas evangélicas, a Nação permanece estacionada em

a América) contribuiu para a elaboração da PPCA. “Mais do que um compromisso, a justificativa desse documento é bíblica”, ressalta.

O PEPE, programa socioedu-cativo promovido por Missões Mundiais em 25 países na América Latina, África e Ásia, já possui sua política própria de proteção à criança desde 2007, o que veio a inspirar Missões Mundiais a adotar atitude semelhante.

“Queremos ser excelência na maneira de servir a Deus nos campos. Será que estamos atendendo aos padrões de pro-teção da criança e do adoles-cente? Para construir a PPCA, pesquisamos vários materiais, observamos experiências de outras organizações interna-cionais até que, olhando para nosso contexto, chegamos ao documento final”, lembra a missionária.

um sistema opressor e per-petuador da miséria, alimen-tando as injustiças históricas impetradas contra o povo haitiano e a ‘indústria’ da ajuda humanitária”, comenta Maurício Cunha.

“É urgente o empreendi-mento de iniciativas que fo-mentem a emancipação das comunidades, rompendo com paradigmas assistencia-listas de ajuda e o perfil ‘co-lonizador’ da evangelização. Não é possível, como Igreja brasileira, receptora da diás-pora e do desespero haitiano, ignorar a grave situação do país”, enfatiza o diretor do Cadi.

Terezinha diz também que princípios bíblicos nortearam a redação da PPCA, simples-mente “Tudo o que Jesus já fazia nos tempos do Novo Testamento. E vários princípios já existem desde o Antigo Tes-tamento”.

“Só que para nossa socie-dade, parece algo novo, mas estamos ressignificando, dando novos nomes. O desafio agora é agirmos com esperança de que é possível transformar as realidades com a graça de Jesus desenvolvendo nossos ministé-rios com excelência, a fim de que se reduzam e minimizem os casos de violência contra a criança e o adolescente”, concluiu.

Você pode conferir a íntegra da Política de Proteção à Crian-ça e ao Adolescente da JMM, acessando: www.missoesmun-diais.com.br/download.

Por um novo Haiti sempre

Compromisso com a proteção à criança

12 o jornal batista – domingo, 12/06/16 notícias do brasil batista

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 12/06/16notícias do brasil batista

Ater Mattos, membro da Primeira Igreja Batista do Bairro ideal – Realengo – RJ, neto

Neste mês em que comemoramos o Dia do pastor e do Homem Ba-

tista, gostaria de fazer uma homenagem póstuma a uma pessoa muito especial que se enquadra nestas duas datas significativas: Pastor Nemé-sio Fernandes de Carvalho, meu avô. Nascido em 19 de junho de 1910, cidadão Caxiense, congressista; figura ímpar no cenário Batista nos anos de 1950, 60, 70 e 80.

Rolando de Nassau, colunista de OJB

Depois de uma lon-ga enfermidade, faleceu, no dia 24 de maio, em Bo-

one, North Carolina, USA, Clint Kimbrough.

Ele graduou-se na Stetson University e no Southwestern Theological Seminary (For-th Worth, Texas, USA). Foi missionário-músico da Junta de Missões Internacionais da Convenção Batista do Sul dos

Durante todo este tempo inú-meras foram as experiências vistas e vividas sobre este líder espiritual a serviço do Rei Jesus.

O conheci dirigindo uma Rural Willis, onde, por vezes, ao final do culto nos deixava na Igreja e ia levar alguns irmãos, algumas de suas ove-lhas em casa, para depois nos buscar. Hoje, vejo isso como prova de amor incondicional.

Ainda sobre suas ovelhas, as conhecia pelo nome, bem como, seus familiares e suas realidades.

Uma pessoa de coração e alma muito grande e pura. Com sua esposa, vó Zéfa,

Estados Unidos da América, sediada em Richmond, Virgi-nia, USA, chegando ao Brasil em 1967, acompanhado de sua esposa, Dolores Ann Hancock Kimbrough.

Dirigiu o departamento de música da Convenção Batista Fluminense, em Niterói; le-cionou hinologia no Seminá-rio Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro; e regência no Instituto Batista de Educação Religiosa (IBER).

Na Junta de Educação Reli-giosa e Publicações (JUERP)

este casal fez da adoção sua marca. Com isso, familiares, filhos e netos se multiplica-vam, inclusive, minha mãe. Sem distinção, orgulhava-se, à sua maneira, de todos e tinha-os com o mesmo amor. Em vida, sua casa era cons-tante em visitas e alegrias.

da Convenção Batista Brasi-leira, no Rio de Janeiro, foi redator da revista de música “Louvor” e superintendente de música, até 1990 (Ver: Rolando de Nassau, Nassau – Dicionário de Música Evan-gélica. Rio de Janeiro: 1994).

Em 1984, movidos pelo idealismo e apreço por Jo-hann Sebastian Bach, para comemorar o terceiro cen-tenário do seu nascimento, escrevemos o texto “Bach: Vida e Obra Sacra”. Subme-temos o manuscrito a Clint.

Políticos, pastores, discípu-los, amigos e ovelhas eram figuras comuns todos os dias.

Muitos foram os momentos e experiências. Uma delas, já em avançada idade, mas sem se cansar de pregar o Evange-lho. Encontrei meu avô pre-gando, ele sorriu para mim, e abriu a Bíblia em Gênesis 1.1. E de um único versículo fora um verdadeiro passeio pela Palavra. E, suas últimas pala-vras, naquele culto que servira para mim até hoje, foram: “Já está ficando tarde, vou fechar a minha Bíblia, porque do contrário, Deus não vai parar de falar ao meu coração”.

Quando Deus o chamou,

em 08 de Julho 1994, em seu culto fúnebre na Primeira Igreja Batista de Duque de Caxias - a mesma que pasto-rou por quase 40 anos-, nun-ca a vi tão cheia e tão grata. Autoridades e gente humilde agradecendo ao Criador e fazendo homenagens póstu-mas, a um ser que dedicou sua vida inteirinha a pregação do Evangelho e ao resgate de almas aos pés de Cristo.

De legado vitorioso, que fez a diferença nesta terra, agradecemos a Deus pela vida desse que, por muito, foi um instrumento, um pastor e homem Batista, em uma justa homenagem.

Clint Kimbrough (1932-2016)

Nemésio Fernandes de Carvalho: Um pastor e homem Batista

Recebemos uma carta desse obreiro, na qual ele opinou, entre outras, com as seguin-tes palavras:

“No momento, a JUERP não está em condições finan-ceiras para publicação deste livro. Sinto-me triste por não ser possível publicá-lo”. (Ver: Rolando de Nassau, Memó-rias. Brasília: 2011).

Em 1985, o barítono John Thomas Blizzard e sua espo-sa, a cantora Leigh Kimbrou-gh Blizzard, filha de Clint, realizaram vários concertos

de canto em várias cidades do Brasil (Ver: O Jornal Ba-tista, 11 agosto 1985).

Clint era um exímio pianis-ta e entusiasmado professor que, por meio de clínicas de música, contribuiu para o desenvolvimento técnico da execução nas Igrejas Batistas do Brasil.

Um culto de louvor a Deus em gratidão pela vida de Clint foi realizado no domingo, dia 05 de junho, na Igreja Batista “Laurel Springs”, em Deep Gap, North Carolina, USA.

14 o jornal batista – domingo, 12/06/16 ponto de vista

“Bem-aventurados os mise-ricordiosos, pois alcançarão misericórdia.” (Mateus 5.7)

Somos filhos de um Deus cujas misericór-dias não têm fim e no-vas são a cada manhã,

conforme a Bíblia diz em Lamentações 3.22. A mise-ricórdia é um atributo moral de Deus. Todas as misericór-dias do Pai estão em Cristo Jesus, o suficiente Salvador. Misericórdia significa que o coração de Deus está voltado para a nossa miséria. Só vive-mos por Sua graça e por Sua misericórdia. Os salmistas declaram a misericórdia de Deus como uma experiência profunda em suas vidas.

Rogério Araújo (Rofa), jornalista, colaborador de OJB

Um famoso adágio popular diz que “O amor é cego”. Este deve se re-

ferir à condição em que a pessoa age emocionalmente pelo coração e parece deixar a razão de lado. Por isso, refere-se ao “amor cego”.

O amor verdadeiro é capaz de deixar qualquer um de cabeça para baixo, agindo como nunca agiu e desco-nhecendo a si mesmo. Mas, nem por isso passa a ser cego como se nada enxergasse e vivesse no escuro da ignorân-cia, não pensando.

O ditado pode ser, ainda, ampliado: “O amor é cego, surdo e mudo”. Agora com-plicou tudo! Onde estão os sentidos mais elementares da pessoa no que se refere ao amor? Será que a mudança é tão profunda assim?

O amor é cego de modo obscuro quando deixa de ver tudo que o outro faz de erra-do, por exemplo. Ou, como dizem, também quando um está com o outro ignorando

São bem-aventurados, mais que felizes, felicíssimos, os misericordiosos. Por que ra-zão? Pois alcançarão mise-ricórdia. À medida que agi-mos com misericórdia, nós a semeamos e, certamente, a colheremos em nossa experi-ência cristã. Os misericordio-sos têm prazer em agir assim. Em um mundo tão frio, insen-sível, alienado, desfocado dos valores primordiais da vida, a misericórdia é uma grande benção da parte de Deus. O samaritano da parábola con-tada por Jesus viu um homem caído e, movido de íntima compaixão, o socorreu e tra-tou dele (Lucas 10.25-37).

Os misericordiosos têm a sensibilidade do Deus mise-

sua aparência. Quantas vezes olhamos para um casal e fala-mos: “Não sei o que ele/ela viu nele/nela!” Mas, existem belezas que ultrapassam as físicas. Se o amor for cego e ignorar certas atitudes em beneficio do relacionamento pode até ser muito bom!

O amor é surdo e inaudível quando não ouve o que é fa-lado pela anestesia do “estar apaixonado” e leva a uma relação a dois sem profundi-dade. Tapar os ouvidos como se não quisesse escutar não é a melhor solução e não ajuda em nada. Se o amor é surdo e faz com que palavras entrem e saiam para melhor viver, é uma grande virtude.

O amor é mudo e nada fala quando apenas um pode ex-pressar sua opinião como um monólogo, que muito difere de uma relação saudável. E como existem casais que um fala demais e o outro fica muito quieto, o que acaba um dia dando problemas. Se o amor é mudo e consegue segurar certas palavras que é muito melhor que não se-jam ditas, será uma grande dádiva.

ricordioso. Têm prazer em servir em nome de Jesus. Todas as suas atitudes e ações estão na direção de levantar o caído, passar o balsamo no ferido, encorajar o de-sencorajado, levar esperança aos desesperados, pregar o Evangelho aos perdidos, ali-mentar os famintos, visitar os presos e os doentes; vestir o nu; agasalhar o que está com frio, hospedar o maltrapilho e levar a dignidade do Evan-gelho de Cristo aos indignos.

Muito felizes são os que agem com misericórdia. O seu prazer está em abençoar os carentes, ouvir os aflitos e levar amor aos rejeitados pela sociedade espartana. O Senhor quer a nossa misericórdia mais

O que mais importa é que o amor faça bem à vida. E quando duas pessoas se re-lacionam por intermédio do amor e não apenas de ma-neira carnal, físico, que ele

do que o sacrifício. O apóstolo Tiago em sua epístola ensina que “A misericórdia triunfa sobre o juízo” (2.14). Foi assim que Jesus agiu com a mulher adúltera (João 8.1-11). Os mi-sericordiosos sabem ouvir, falar e atuar no momento opor-tuno. Eles têm uma altíssima sensibilidade. O seu coração é prazeroso em repartir, em doar motivados pelo amor de Cristo. John Stott diz que “Ser manso é reconhecer diante dos outros que nós somos peca-dores; ser misericordioso é ter compaixão pelos outros, pois eles também são pecadores”.

O Senhor Jesus sempre agiu com misericórdia. Ele amou as prostitutas, os publicanos e os párias da sociedade. Curou

possa ser, sim, cego, surdo e mudo, desde que obtenha resultados com as atitudes.

Porque, como disse Leor-nardo Da Vinci, e que con-firma toda essa avaliação: “As

leprosos, cegos, aleijados; libertou os endemoninhados; ressuscitou mortos; perdoou a mulher adúltera flagrada em adultério. Ensinou aos Seus discípulos a agirem sempre com o coração misericordio-so e compassivo. Ele andava por toda a parte fazendo o bem e curando todos os opri-midos pelo Diabo, porque Deus era com Ele (At 10.38). Ordenou aos Seus discípulos ontem e nos ordena hoje, a ajudarmos os outros nas suas múltiplas necessidades (Mateus 10.5-8). O Senhor é o nosso modelo de mise-ricórdia. Ajamos fortemente como filhos do Deus miseri-cordioso.

mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”.

Feliz Dia dos namorados! E que todos os dias seja “Dia de Amar”!

Série: o caráter do cristão – As bem-aventuranças (V)

O amor é cego, surdo e mudo?!

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRACNPJ 39.056.627/0001-08

Missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”

AVISO IMPORTANTEPrezados irmãos Mensageiros

Informamos que os mensageiros da Assembleia Extraordinária da Convenção Batista Brasileira a realizar-se no dia 09 de julho de 2016, no templo da Igreja Batista de Maripe – Vitoria – ES, devem apresentar carta de recomendação de suas Igrejas como definido no Regimento interno da Convenção nos seguintes termos:

Art. 6º – A Assembleia Geral, poder supremo da Convenção, é constituída dos mensageiros credenciados pelas Igrejas filiadas, mediante o preenchimento de for-mulário próprio fornecido pelo Conselho Geral.

§ 2º – O mensageiro só poderá ser credenciado pela Igreja da qual é membro, se maior de 16 (dezesseis) anos, obedecidas as disposições preconizadas pelo Código Civil Brasileiro.

§ 3º – Cada Igreja filiada poderá enviar 5 (cinco) mensageiros por sua condição de ser Igreja e 1 (um) correspondente a cada grupo de 50 (cinquenta) membros ou fração.

Não haverá taxa de inscrição. Os mensageiros deverão se inscrever no local apresen-tado, com a carta de recomendação devidamente assinada pelo presidente da Igreja.

Rio de Janeiro, 06 de junho de 2016

A Diretoria

15o jornal batista – domingo, 12/06/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Muitas são as alter-nativas de ativi-dade utilizadas no desenvolvi-

mento do trabalho da Igreja: Cultos nos lares, Escola Bí-blica Dominical, cultos ao ar livre, cruzadas evangelísticas, operação do tipo “Traga o seu vizinho, colega de escola ou do trabalho”, etc., e podem ser até eficazes. Outras levam o crente a alterar o seu papel de testemunha para ser como que um “conviteiro” de ami-gos a assistirem ao pregador “especialista” em plano de salvação.

Na linha do tempo fomos construindo Igrejas orientadas por estruturas, eventos e pro-gramas, que acabam se tor-nando fim em si mesmas. “ser Igreja” foi sendo substituído por “ir à igreja”, que, em mui-tos casos, se tornou “ponto de encontro” de final de semana com muita agitação, mas que nem sempre representa real celebração aos pés do Mestre. Muito movimento, mas nem sempre deslocamento em

influência diante deste mun-do caótico em que vivemos. Não há dúvida de que temos realizado boa mobilização missionária e evangelística, e isso é altamente positivo, mas é necessário muito mais do que isso. Que influência efetiva temos concretizado no mundo? Temos cumprido a missão profética como luz e sal?

Onde estão os “modelos de Igreja” tão em voga entre me-ados da década de 90 e a dé-cada passada? Quantas Igrejas foram divididas por conta da tentativa da implantação da-quelas estratégicas? Quantos pastores e líderes acabaram sentindo-se desanimados por causa daquelas tentativas in-frutíferas, em diversos casos? Sempre imaginei que, para alguns líderes, os modelos de Igreja pareciam mais “tábuas de salvação” para mobilizar uma Igreja acomodada e fazê--la “decolar”.

Mas, afinal, o Novo Tes-tamento fala sobre alguma estratégia específica que a

Igreja deva adotar? Como já demonstramos em artigos anteriores desta Coluna, esta estratégia é o discipulado.

Infelizmente, tem se torna-do comum no meio evangé-lico a introdução do discipu-lado como mais uma opção para o trabalho da Igreja. Há quem pense que sejam encontros para estudos bíbli-cos e/ou oração, ou mesmo encontros para testemunhos de fortalecimento mútuo e amadurecimento de crentes. Afinal, o que é discipulado, qual a sua importância do discipulado?

O que é discipulado?Em primeiro lugar, o dis-

cipulado não é mais uma opção de trabalho na Igreja. É a estratégia que Jesus or-denou que adotemos. Pode-mos aprender isso em Ma-teus 28.19, o texto magno da Grande Comissão, cuja tradução em nossas Bíblias precisa ser explicada, pois nem sempre o tradutor tem condições de transpor para o

Estudos sobre a Igreja – (6)

Discipulado – A estratégia de ação e vida da Igreja! (Parte I)

nosso idioma toda profundi-dade do texto grego original do Novo Testamento.

Lamentavelmente, a Gran-de Comissão, por muito tempo, ficou centralizada na equivocada interpretação de que o imperativo estava no verbo ir, que no original não é imperativo, de modo que ficou centralizada na ênfase missionária e evangelística. Assim, quem não se sentia “vocacionado” a ir, pelo me-nos deveria contribuir e, as-sim, o tema ficava resolvido.

Uma tentativa de tradução poderia ser assim: Tendo ido (Particípio aoristo no grego e não imperativo), façam discí-pulos (Imperativo no grego) de todos os povos. Assim, o imperativo não está no verbo ir, mas em fazer discípulos. Isso significa dizer que, como cristãos, ao vivermos no co-tidiano, sendo modelos de vida como novas criaturas (II Coríntios 5.15-17), temos o desafio de testemunharmos do Evangelho em nosso am-biente (Atos 1.8), levando

pessoas a Cristo e delas fa-zermos discípulos. A Grande Comissão é exatamente isso - fazer discípulos -, pois o ir já representa a vida que esta-mos vivendo.

O interessante é que para participarmos em estruturas, programas, eventos, etc., não nos é requerido necessaria-mente que sejamos modelo de vida, basta ir e fazer o trabalho, cumprir calendário, envolver pessoas, etc. Para discipular é fundamental ser exemplo de vida, ter matu-ridade emocional, espiritual, saber lidar com as dificul-dades da vida, ter equilíbrio no falar, no relacionamento. Então, parece-me que subs-tituímos a transformação de vidas, pela ação pelo ativismo de final de semana.

Desta forma, podemos per-ceber que discipulado não en-volve apenas a evangelização e a ministração do ensino aos crentes após a sua conversão, envolve também a transforma-ção de vidas que serão trans-formadoras de outras vidas.