edicao 206 diagramacao - arquidiocesedegoiania.org.br domingo do tempo pascal, conhe-cido como...

8
págs. 4 e 5 Paróquia Cristo Rei do Garavelo promove formação para leigos Solenidade tem planejamento no dia 4 de maio Transparência na Igreja é tema de entrevista com diretor da Ecclesia pág. 6 pág. 2 pág. 7 T COMUNICAÇÃO CORPUS CHRISTI ANO DO LAICATO Capa: Ana Paula Mota semanal Edição 206ª - 29 de abril de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 1 24/04/2018 20:10:56

Upload: truongthien

Post on 03-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

págs. 4 e 5

Paróquia Cristo Reido Garavelo promoveformação para leigos

Solenidade templanejamento no

dia 4 de maio

Transparência na Igrejaé tema de entrevista

com diretor da Ecclesiapág. 6pág. 2 pág. 7

T COMUNICAÇÃOCORPUS CHRISTI ANO DO LAICATO

Capa

: Ana

Pau

la M

ota

semanalEdição 206ª - 29 de abril de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 1 24/04/2018 20:10:56

Corpus Christi

Agradeço a todos de nossa Arquidiocese que eleva-ram a Deus orações pe-los bispos brasileiros, por

ocasião da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada neste mês, em Aparecida (SP), quando vivemos verdadeiros momentos de comu-nhão eclesial, de frutíferos estudos, troca de conhecimentos e de rica pro-dução conjunta.

Como principais geradores da convergência de ideias, ti-vemos a grande missão e responsabilidade do episcopado na vida da nossa Igreja, o amor ao Povo de Deus e o empenho pelo seu pastoreio. Acreditamos que todas as produções e decisões desse encontro, que agora irão compor as diretrizes da Igreja no Brasil, foram inspiradas pelo Espírito Santo, e tudo transcorreu sob a bênção apostólica do papa Francisco, que nos foi enviada.

A atualização das diretrizes para a Formação de Pres-bíteros foi o tema central da Assembleia, reafi rmada como necessária, ante as novas demandas e os desafi os enfrenta-dos pelos padres em sua missão evangelizadora. O mundo vive em permanente processo de mudança, e exige respostas pastorais condizentes com as novas realidades mundiais e nacionais.

Fez parte do trabalho dos bispos a adaptação dessas dire-trizes ao documento que orienta a formação dos presbíteros em todo o mundo – a Ratio fundamentalis institutionis sacer-dotalis, “O dom da vocação presbiteral” –, publicado pela Congregação para o Clero em 2016, mas também levando em consideração o magistério recente da Igreja, sobretudo o magistério do papa Francisco.

No texto aprovado pelo episcopado brasileiro, buscou--se contemplar a realidade do Brasil, marcado por grandes distâncias e enormes diferenças, mas deverá ser ainda mais adequado ao contexto de cada Igreja particular. Após a apro-vação da Santa Sé, o documento será publicado pela Edições CNBB e oferecido às dioceses, que também poderão conside-rar a realidade em que atuam, no planejamento para a for-mação continuada de seus presbíteros.

Queridos irmãos e irmãs da Igreja de Goiânia – da capital e dos municípios que a compõem –, continuem rezando por nós, bispos, assim como pelos padres e diáconos que aten-dem suas paróquias e comunidades. Contamos, também, com o engajamento fraterno dos leigos e leigas nas diversas pastorais arquidiocesanas, pois são grandes a obra e a res-ponsabilidade que temos na construção do Reino de Deus. Unidos podemos ir mais longe, com mais clareza e maior profundidade em nossos propósitos.

Como pedimos durante toda a assembleia geral dos bis-pos, no Santuário Nacional de Aparecida, continuamos su-plicando pela intercessão de Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa auxiliadora, para que sejam alimentados em nós os dons do amor e do discernimento, ao trilharmos o caminho traçado por Nosso Senhor Jesus Cristo. Que Ele seja sempre louvado!

“Unidos podemos ir mais longe, com mais clareza e maior profundidade em nossos propósitos”

Abril de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialDIFERENTES REALIDADESSERÃO CONSIDERADAS NAFORMAÇÃO DOS PADRES

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de Oliveira e Jane GrecoDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiárias: Isabella Garcia e Claudia Cunha(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

A Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou sua 56ª Assembleia Geral, nos dias 11 a 20 de abril. Foi um tempo de viver mais intensamente a fraternidade episcopal e pedir ao Espí-rito Santo que continue conduzindo a sua Igreja pelos caminhos do Senhor. Em pauta, um tema fundamental: a formação dos novos padres brasileiros, desde o despertar vocacional até a vida cotidiana no exercício do ministério. Apesar de terem sido dias de muito estudo, foco, discussões e orações, o documento foi concluído e deverá ter

aprovação fi nal em breve, pela Santa Sé (págs. 4 e 5). Leia também nesta edição a cobertura do Retiro dos diá- conos permanentes, que aconteceu nos dias 19 a 22. A nova exortação do papa sobre a santidade no mundo atual inspirou as refl exões desse en-contro (pág. 3). Apresentamos tam-bém neste número uma entrevista sobre transparência na Igreja, que me-rece ser lida com muita atenção (pág. 6). Aproveite o nosso conteúdo.

Boa leitura!

No dia 4 de maio (sexta-feira), às 10h, será realizada, no Auditório da Cúria Me-tropolitana, uma reunião para o planejamento da montagem coletiva dos tapetes da Solenidade de Corpus Christi, na Arquidiocese de Goiânia. Mais uma vez quere-mos fazer bonito, portanto, este comunicado-convite se estende aos representan-tes dos grupos, pastorais e movimentos das paróquias.

Informações no Secretariado para a Ação Evangelizadora: (62) 3223-0758

ProgramaEncontro Semanal

Assista pela PUC TV, todo sábado, às 8h30(Reprise aos domingos, 17h15, edição reduzida)

Marca da PUC TV

Canais: 24.1 HD / 22 Net / 324 SKY, Vivo e Claro HDTV

Marca da Arquidiocese

Muitos membros, um só corpo

Programa

ENCONTRO SEMANAL

Assista pela PUC TV,todo sábado, às 8h30

Canais: 24.1 HD / 22 Net324 SKY, Vivo e Claro HDTV

Reprise aos domingos, às 17h15

Foto

: @la

doal

to

Comunicado do Secretariadopara a Ação Evangelizadora

sobre a montagem dos tapetes

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 2 24/04/2018 20:11:01

Abril de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Diáconos permanentes re� etemsobre Exortação do papa à santidade

De 19 a 22 de abril, os diáco-nos permanentes da nossa Arquidiocese se reuniram em retiro anual, no Centro

de Pastoral Dom Fernando (CPDF), assessorados pelo padre Cristiano Fa-ria dos Santos, juiz do Tribunal Ecle-siástico e administrador paroquial da Paróquia São Miguel Arcanjo, no Se-tor Pedro Ludovico, em Goiânia. Os diáconos foram convocados a partici-par desse encontro, em função de sua própria formação espiritual. Neste ano, o tema em estudo foi a Exorta-ção Apostólica do papa Francisco, Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual.

Segundo o padre Cristiano, os diáconos são chamados à santida-de pela vocação de servir a Deus na pessoa do próximo. “Os diáconos são chamados a viver a santidade no mundo, colocando a sua vida e a sua vocação a serviço e à disposição de Deus na pessoa dos irmãos. No retiro espiritual deste ano, a nova

Manhã de Emaús: pastorear nos ambientes onde vivemos

de Deus para escutar sua Palavra e pedir que ele renove as nossas for-ças para seguirmos fi rmes em nossa missão de servir. É também um mo-mento de convivência com nossos irmãos e de partilharmos as alegrias e difi culdades que vivenciamos em nosso ministério”, enfatizou.

No domingo (22), as esposas dos diáconos participaram de um mo-mento com eles. Na ocasião, o padre

assessor do retiro colocou alguns pontos para que, juntos, eles pudes-sem refl etir sobre o discernimento necessário ao chamado de cada um no modo de viver a santidade. Ao fi nal do retiro, foi celebrada a Santa Missa, na capela do Seminário Santa Cruz, presidida pelo bispo auxiliar Dom Levi Bonatt o e concelebrada por padre Cristiano, com a presença das famílias dos diáconos.

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

No último domingo (22), acon-teceu mais uma Manhã de Emaús no Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney. A refl exão foi conduzida pelo seminarista Marcus Moreira de Sousa, sobre o capítu-lo 34 do livro do profeta Ezequiel. Houve ainda a citação de alguns sal-mos, que ajudaram os participantes a entender a espiritualidade do 4º Domingo do Tempo Pascal, conhe-cido como Domingo do Bom Pastor.

“Quando Jesus diz ‘Eu sou o bom pastor’, ele chama para si a res-ponsabilidade. Ele é o verdadeiro pastor que guarda o seu povo com justiça, com cuidado e com zelo. Je-sus cumpre a promessa e as ovelhas têm nele a referência. Por isso, de-

vemos sempre rezar e ter em mente o Salmo 23: ‘O Senhor é meu pas-tor e nada me faltará’”, comentou o seminarista. Marcus ainda pediu a todos os presentes, principalmente aos jovens, que refl etissem sobre sua vocação, seja ela sacerdotal ou matrimonial, a fi m de deixar que Deus toque em seus corações e de aceitar o chamado dele a cada um.

Após o intervalo, aconteceu o momento de adoração. Em seguida, houve a celebração da Santa Missa, presidida pelo reitor do seminário, padre Dilmo Franco de Campos. Em sua homilia, ele pediu para que rezássemos sempre pelas vocações e para que Jesus, o Bom Pastor, con-tinue chamando homens capazes de dar a vida pelas ovelhas que o

Senhor lhes confi ar. “Jesus cuida de suas ovelhas como um pai ou uma mãe cuidam de seus fi lhos. Somos cuidados e amados por ele. Jesus fala: ‘aquilo que eu vos fi z, façais agora uns aos outros’. Nós também somos chamados a ser pastores, a dar a vida por nossas ovelhas. As atividades do pastoreio estão em nosso dia a dia e se dividem nas responsabilidades de cada um, no ambiente onde estamos e do qual cuidamos”, disse o reitor. Esse mo-mento de espiritualidade contou com a presença de uma turma de Crisma da Paróquia São João Batis-ta, da Vila Galvão.

A próxima Manhã de Emaús acon-tece no dia 27 de maio. Organize sua caravana e participe. E lembre--se de que, como estamos vivendo o Ano Jubilar dos Seminários, você pode lucrar as Indulgências Plená-rias, participando da Santa Missa em alguma capela dos três seminá-rios, se confessando e rezando se-gundo as intenções do Santo Padre, o papa Francisco.

MARCOS PAULO MOTAAcadêmico de Jornalismo/PUC Goiás

CLAUDIA CUNHAAcadêmica de Jornalismo/PUC Goiás

Exortação Apostólica do papa auxi-liou os diáconos a refl etir e meditar sobre sua própria vocação, dentro do dinamismo do chamado à santi-dade”, disse o padre.

O diácono Carlos Vieira de Brito, que é o presidente da Comissão Ar-quidiocesana dos Diáconos (CAD), falou sobre a importância do retiro. “Realizar o nosso retiro anual per-mite nos colocarmos na presença

Evento aconteceu no4º Domingo do Tempo Pascal,Domingo do Bom Pastor

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 3 24/04/2018 20:11:11

Abril de 2018 Arquid iocese de Go iânia

CAPA

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concluiu, no dia 20 de abril, sua 56ª

Assembleia Geral, que aconteceu durante dez dias, em Aparecida (SP). Neste ano, o encontro teve como tema central “Diretrizes para a formação dos presbíteros”, além de outros temas prioritários, como o texto sobre novas comu-nidades, Estatutos da CNBB, Pen-sando o Brasil: Estado laico, Ano do Laicato, Sínodo da Pan-Ama-zônia, Sínodo dos Bispos dedicado à juventude em Roma, com esco-lha dos bispos delegados brasilei-ros, e indicações para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que serão renovadas em 2019.

Nesta Assembleia fi cou evidente a unidade dos bispos e esse foi um aspecto que o presidente da Confe-rência, Cardeal Dom Sergio da Ro-cha, enfatizou no início e no fi m do

encontro. “Necessitamos caminhar unidos para enfrentar os desafi os. No mundo marcado por tantas di-visões de confl itos, o testemunho de comunhão se torna ainda mais necessário”, disse ele na missa de abertura da Assembleia. Na missa de encerramento, Dom Sergio de-clarou que “os bispos saem desta Assembleia e desta Eucaristia revi-gorados na fé, fortalecidos na uni-dade e dispostos a caminhar com redobrado empenho ao encontro dos pobres que esperam pela Boa--Nova de Jesus Cristo, dos afl itos que necessitam ser consolados, dos cegos que anseiam pela recuperação da vista e das vítimas de violência que buscam a justiça e a paz”.

O bispo de Uruaçu e presiden-te do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Sil-veira, em entrevista, também deu destaque à unidade dos bispos nessa Assembleia. “Ao contrário do que muitos imaginavam que seria

esta Assembleia, tudo ocorreu com tranquilidade e espírito de unida-de. A CNBB tem sofrido muitos ataques nos últimos tempos, mas as perseguições à Igreja sempre existiram, e mesmo assim ela con-tinua animada a prosseguir”, afi r-mou. Dom Messias também disse que muitos comentários vindos de fora da Igreja são feitos por pes-soas que não conhecem a essência da fraternidade e o signifi cado da caminhada pastoral. “Os bispos – sucessores dos apóstolos – se orga-nizam em conferências, em todos os países, a pedido do Concílio Vaticano II, e a nossa fraternidade sacramental infelizmente não é en-tendida por todos, por isso muitos fazem críticas”.

Ainda sobre a dimensão da uni-dade dos bispos, Dom Messias dis-se que é importante que as pessoas vivam o Evangelho, para que pos-sam entender o sentido comu-nitário da Igreja. “É impor-

tante viver o amor de Cristo. Muitos se colocam como juízes, que atiram pedras; às vezes falta aquela expe-riência bonita, profunda, de Cristo em suas vidas. Isso nos ajuda e mo-tiva a evangelizar, a continuar a fa-lar a partir de Cristo sobre fé, espe-rança e amor. Saímos daqui felizes e cheios de esperança”, concluiu.

FÚLVIO COSTA

Bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB

Dom Messias, presidente do RegionalCentro-Oeste da CNBB

A Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate foi o conteúdo de fun-do das refl exões acompanhadas pelos bispos durante o retiro, que foi conduzido por Dom José Luiz Azcona, bispo emérito da Prelazia do Marajó (PA). Para o bispo de Duque de Caxias (RJ), Dom Tar-císio Nascentes dos Santos, os bis-pos foram “brindados” pelas exce-

lentes pregações de Dom Azcona: “ele ajudou muito a nós, bispos, fazermos uma refl exão muito in-tensa e nos colocarmos sempre na escuta do que o Espírito Santo de-seja que realizemos”.

Dom Evaristo Spengler, atu-al bispo de Marajó, recordou o exemplo do seu predecessor e também falou da importância

do retiro: “Dom Azco-na tem um grande reconhecimento não somente dos paro-quianos, mas de todo o povo que vive nas cidades que compõem a Prelazia do Marajó, e até mesmo das cidades vizinhas”.

4

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 4 24/04/2018 20:11:18

CAPA

Abril de 2018Arquid iocese de Go iânia

CAPA

Um dos documentos mais espe-rados da 56ª Assembleia Geral da CNBB foi a mensagem sobre as elei-ções deste ano de 2018, divulgada, na tarde do dia 19, pela presidência da Conferência. Nela, os bispos re-conhecem que, “ao abdicarem da ética e da busca DO bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador”. A mensagem foi apresentada por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil. Ele atendeu a imprensa, numa entrevista coletiva. Na companhia dele estavam o Car-

deal Dom Sergio da Rocha e o ar-cebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler.

Intitulada “Eleições 2018: com-promisso e esperança”, a mensa-gem da 56ª Assembleia Geral da CNBB ao povo brasileiro tem 11 breves parágrafos.

No último dia da Assembleia Ge-ral, a CNBB divulgou que as “Dire-trizes para a formação dos presbíte-ros” foram aprovadas e deverão ser enviadas agora para aprovação fi nal da Santa Sé. Após esse processo, o documento da coleção azul será di-vulgado e publicado para orientar

a formação dos novos padres no Brasil. Ainda no último dia, Dom Murilo Krieger leu as mensagens da Conferência ao povo de Deus. O docu-mento registra a comunhão do episcopado brasileiro com o papa Francisco e des-taca a necessidade de pro-mover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé, em tempo de politização e polarizações nas redes sociais. A mensagem retoma a natureza e a missão da entidade na socie-dade brasileira.

Dom Washington Cruz

Logo após a Assembleia dos Bis-pos, o arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, recebeu o Encontro Semanal para falar sobre suas impressões relati-vas ao evento. Com relação ao tema central, sobre a formação inicial e permanente dos presbíteros, ele afi rmou que era necessária a atuali-zação do documento, uma vez que se passaram 20 anos desde que ele não recebia mais acréscimos. “Es-tamos em novas realidades, diante de novos desafi os, e era mais que necessário uma atualização. O meu parecer é de que a atualização fi cou muito boa”, afi rmou.

O documento, segundo o arce-bispo, trata da vocação sacerdotal desde o seu desabrochar, da for-mação no seminário e da formação permanente do Clero. “A formação do sacerdote não termina no semi-nário ou no dia da ordenação sacer-dotal. Esse processo é contínuo e se faz necessário durante toda a vida, pois os desafi os se fazem sempre novos”, explicou.

Dom Washington comparou a vida do sacerdote com várias pro-fi ssões. Fazendo as devidas ressal-

vas, ele disse que os profi ssionais que lidam com o povo precisam sempre estar em atualização, uma vez que os novos desafi os deman-dam novas respostas.

Já sobre a unidade do episco-pado nesta 56ª AG, ele comentou que, diferente do que se pensava, que esta seria uma Assembleia tensa, pelo contrário, foi um evento que sobressaiu como um dos mais fraternos nos úl-timos anos. “Foi uma grande alegria ver os bispos unidos. De certa forma, pensávamos que haveria desconforto por todos os acontecimentos dos últimos tempos, mas esta foi uma Assembleia fraterna, muito alegre e os bispos en-frentaram os problemas com muita serenidade e, a meu ver, deram respostas acertadas aos questionamentos que alguns lei-gos lhes fi zeram”.

Além de Dom Washington Cruz, os bispos auxiliares de Goi-ânia, Dom Levi Bonatt o e Dom Moacir Silva Arantes, também par-ticiparam da Assembleia Geral da CNBB.

Dom Messias, presidente do RegionalCentro-Oeste da CNBB

Dom Washington Cruz, Dom Levi Bonatto eDom Moacir Silva Arantes na Assembleia Geral

Presidente da CNBB durante a coletiva de imprensaque apresentou a Mensagem ao povo brasileiro

sobre a colegialidade do episcopado no país

5

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 5 24/04/2018 20:11:25

que saiba que, se existe um quantitati-vo de uma campanha, ele tem o direito de saber de que forma esses recursos serão aplicados. Enfi m, recursos e des-pesas precisam ser mostrados para que as pessoas valorizem as campanhas, as instituições e, em poder do conheci-mento, os números em causa sejam va-lorizados. O trabalho é progressivo.

A Igreja precisa ter claro que a não transparência pode desencadear uma crise?

Sim. Essa abordagem faz parte da comunicação institucional. Trata-se de um assunto que é de interesse do públi-co. As campanhas são um bom exem-plo. Se eu faço uma campanha e quero contar com a participação de muitas pessoas, é meu dever informá-las sobre os resultados. Se não existe essa infor-mação, pode-se gerar uma crise porque a dúvida fi ca no ar sobre a destinação dos recursos e, a partir da dúvida, pode surgir a crise que pode levar até a extin-guir a campanha. Mostrar os resultados e a destinação do dinheiro só fortalece a campanha do próximo ano.

Como os assessores de comunica-ção podem ajudar nesse processo?

A transparência depende muito dos assessores de comunicação, pois eles atuam junto aos assessorados e junto aos jornalistas e ao público. É papel de-les fazer essa ponte entre as partes, em-bora não seja fácil. Eles precisam fazer valer seus conhecimentos e profi ssiona-lismo para demonstrar ao assessorado que a melhor atitude a se tomar diante do problema da transparência é comu-nicar no tempo certo, com os jornalistas e com os órgãos de comunicação social, com a mídia e com os públicos. Se o as-sessor de comunicação sabe que há um problema, ele tem que tomar uma pos-tura muito antes de virar uma crise e informar sobre ele antes de a imprensa descobrir e o transformar em uma crise maior. O objetivo dessa atitude é mos-trar ao assessorado que há benefícios quando se faz dessa forma.

Abril de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 COMUNICAÇÃO

A transparênciaprecisa ser cultivada na Igreja

A frase acima é do jornalis-ta Paulo Rocha, diretor da Agência Ecclesia de Por-tugal. Ele esteve no Brasil,

no mês de março, assessorando o IX Encontro de Jornalistas da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), evento que aconteceu em Brasília e reuniu profi ssionais de

Como os assessores de comunicação podem propor à Igreja uma postura transparente?

Vemos no Brasil muitas suspeitas re-lacionadas ao dinheiro público e à falta de transparência. Nesse âmbito, o tra-balho das assessorias de comunicação é muito importante nos dias de hoje, pois tudo passa pelos meios de comunicação. Os padres precisam entender isso. O tra-balho que eu faço, ao longo de muitos anos na Agência Ecclesia, me mostrou que, cada vez que proponho algo novo, e mostro que essa coisa pode ser positi-va, ganho confi ança do meu assessorado.

Não é pedir licença a eles para fazer, mas dizer que vai fazer e depois mostrar os re-sultados positivos. Felizmente, eu nunca tive resultados negativos atuando dessa forma. Vejo que os bispos e os padres têm difi culdades em dar passos nesse senti-do, em se aventurar, mas se eles avaliam um passo já dado, eles vão ver que esse passo já é positivo, e então, se assim for, o assessor pode ter a ousadia de propor no-vos pequenos passos e consequentemen-te aumentar a confi ança do assessorado em seu trabalho.

Em algumas situações, há di� culda-de de publicação de conteúdo sobre temas que envolvem o departamen-to jurídico. Como podemos lidar com situações nessa linha?

Parece que mais do que escanca-rar as portas e abrir todos os dossiês é necessário fazer isso por fazes. Pre-cisamos perceber que existem matérias que necessitam ser publicadas, que é pior esconder, pois essa atitude não leva a lugar nenhum. É preciso infor-mar sobre assuntos acerca do dinheiro e da moral, e tantos outros. Compreen-do a argumentação da assessoria jurí-dica sobre o que pode e o que não pode falar. É evidente que determinados temas podem ser usados contra quem fala, mas é importante também haver o equilíbrio. Para resolver é necessário estudar junto com a assessoria jurídica o que se pode dizer aos meios de comu-nicação para, de alguma forma, acabar com os boatos sobre um assunto, sem comprometer mais a pessoa, pois o problema pode só aumentar e, se não há nenhum pronunciamento a respei-to, pode fazer com que a coisa não pare de crescer e a opinião pública seja for-mada mesmo assim. Mesmo que não seja possível dizer números e nomes, é preciso afi rmar que a Diocese ou a pa-róquia já está estudando o assunto e, se necessário, dar mais informações. Essa é a melhor resposta inicialmente.

Há exemplos de transparência na Igreja que poderíamos nos espe-lhar?

Vale a pena olhar a transparência que o Vaticano tem ensinado sobre os dossiês, sejam assuntos econômicos ou relacionados à moral e à ética. A San-ta Sé tem nos ensinado como agir e o papa Francisco deu passos signifi ca-tivos nessa matéria da transparência. No âmbito econômico, ele entregou os dossiês para pessoas competentes nes-sa área, chamou profi ssionais fi nancei-ros e bancários para que tratassem a questão com as normas da sociedade civil. Assuntos como pedofi lia tam-bém têm sido tratados sem problemas, assumindo a culpa quando há culpa, pedindo desculpas e afi rmando que foi colocado todo o empenho para se resolverem os casos.

todo o país, que atuam nas dioce-ses e regionais da Conferência dos Bispos. Entrevistado pelo Encontro Semanal, Paulo disse que o primei-ro compromisso do cristão é com a verdade e, diante disso, é importan-te ser transparente para ser verda-deiro. O assessor também explicou que, independentemente de qual-

ENTREVISTA

Como você analisa a forma como a Igreja trata a questão da transpa-rência hoje?A partir de uma frase do padre Fede-rico Lombardi, que foi diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé durante mui-tos anos. Em um congresso, ele disse certa vez que, em questão de moral e gestão administrativa, a Igreja tem que ser completamente transparente, não pode esconder nada e deve responder sempre. Mesmo assim, ainda podem suscitar dúvidas da parte do público. Os responsáveis pela Igreja Católica não podem fazer o jogo do esconde-escon-de, ou empurra-empurra. Não podemos esconder os assuntos e as matérias pre-cisam falar sobre eles, mesmo que seja para dizer: “sobre isso não podemos falar agora por este ou aquele motivo”. Não pode haver o não diálogo. Se no momento não se pode responder, pre-cisamos dizer que o assunto está sendo estudado, está em segredo de justiça, ou está sendo avaliado pelas partes compe-tentes e quando tiver notícias a respeito será publicado. A transparência, que é uma atitude proativa, precisa ser culti-vada na Igreja.

Por que é importante a Igreja ser transparente quanto a aplicação de recursos de campanhas diversas, e como fazer isso?

É importante porque o primeiro compromisso da Igreja é com a verda-de, e todos os cristãos – seguidores de Cristo – devem comunicar a verdade. Daí, é preciso ser transparente para ser verdadeiro. Em segundo lugar, é funda-mental manter a transparência porque isso só benefi cia a própria instituição. É algo que não compromete. Mas como fazê-lo? Penso que não seja interessante fazer de uma vez só. É fundamental nes-se processo educar os responsáveis para as vantagens que a transparência traz. Depois, educar também o público, para

quer situação, a Igreja Católica não deve tratar os assuntos em jogo de “empurra-empurra”. “Precisamos adotar atitude proativa de respon-der ou buscar meios para fazê-lo”, salientou. Ele orientou ainda como apresentar resultados de campanhas promovidas pelas comunidades, pa-róquias e por toda a Igreja.

Vale a pena olhar atransparência que o

Vaticano tem ensinadosobre os dossiês,sejam assuntoseconômicos ou

relacionados à morale à ética.

Paulo Rocha, diretor da Agência Ecclesia

Foto

: Ass

esso

ria d

e Co

mun

icaç

ão d

a CN

BB N

acio

nal

FÚLVIO COSTA

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 6 24/04/2018 20:11:28

Em sintonia com o Ano do Laicato,paroquianos recebem formação na Paróquia Cristo Rei

Abril de 2018Arquid iocese de Go iânia

7ANO DO LAICATO

os leigos e as leigas engajados em pastorais nas comunidades da paró-quia. Os módulos envolvem temas bastante pertinentes, tais como: Co-municação/Oratória – profa. Beatriz Lopes, e Bíblia – padre Jonisoncley Santos (ministrados em 2017); Cris-tologia – mons. Daniel Lagni, e Ma-riologia – Diácono Vagner da Costa

Para responder concretamen-te à proposta do Ano do Lai-cato, que estamos vivencian-do e tem por tema “Cristãos

leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”, e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14), o padre Jonisoncley San-tos, administrador paroquial da Pa-róquia Cristo Rei, no Setor Garavelo Res. Park, em Aparecida de Goiânia, vem propondo cursos diversos para a contínua formação dos leigos.

Neste semestre, iniciou-se na pa-róquia um curso gratuito preparató-rio para o ENEM, com a realização do trabalho voluntário de professo-res e a participação assídua de 108 jovens, que se preparam para in-gressar na universidade.

Em paralelo a essa formação aca-dêmico-social, a Paróquia Cristo Rei oferece, ainda, módulos de formação pastoral com disciplinas teológicas e duração de três meses cada, para

Foto

: Ric

hard

son

Um

belin

o

(abril-junho/2018); História da Igreja – prof. Paulo Yoke, e História da Es-piritualidade – irmã Delma Mesquita (previstos para o próximo semestre).

De acordo com a irmã Delma Mesquita, que coordena e articula os dois projetos mencionados, colabo-rando com o padre Jonisoncley, a di-namicidade e abertura da paróquia para essas dimensões colabora efeti-vamente para que os leigos e leigas aprofundem a sua identidade, a sua vocação, a espiritualidade e missão, e testemunhem Jesus Cristo e seu Reino nos mais variados espaços da sociedade goianiense.

Segundo a assessora, profa. Bea-

triz Lopes, que ministrou o Curso de Comunicação no semestre passado, os alunos, de variadas faixas-etárias, sentem na formação segurança para o bom desempenho de suas ações pastorais, além do momento de con-vivência fraterna que estreita os laços entre eles e toda a paróquia. “Foi um trabalho bem gratifi cante, haja vista o progresso dos cursandos”, disse ela.

Padre Jonisoncley se disse satis-feito e realizado por estar compro-metido com duas das principais di-mensões pastorais da Igreja: a social, com o preparatório para o ENEM, e a dimensão teológica, com os módu-los de formação pastoral.

“A Paróquia Cristo Rei oferece, ainda, módulosde formação pastoral com disciplinas teológicase duração de três meses cada”

Estimular a presença e a atuaçãodos cristãos leigos e leigas,“verdadeiros sujeitos eclesiais”(DAp, n. 497a), como “sal, luz efermento” na Igreja e naSociedade

Professora Nádia dá aula deBiologia para grupo

de cursistas

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 7 24/04/2018 20:11:37

“Permanecei no meuamor” (cf. Jo 15,9-17)

THIAGO MARTINS BORGES (DIÁCONO)Seminário São João Maria Vianney

Abril de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

O sexto Domingo da Páscoa é ca-racterístico de uma Igreja que acolhe homens e mulheres e propõe-lhes um caminho de

amor fundamentado nos mandamentos deixados pelo Pai (cf. Jo 15,10). Guardar e ser fi el a esses mandamentos signifi ca encontrar o modo de ser o amigo fi el de Jesus que disse: “Vós sois meus amigos, se fi zerdes o que eu vos mando” (cf. v. 14). É essa amizade o remédio para curar as feridas do pecado.

Quem se abre ao amor de Deus, esten-de-se à expansão da Boa Notícia do Evan-gelho. Todos os povos têm o direito de fazer a experiência desse amor em Cristo que acolhe e ama sem limites. Quem ama, a exemplo do Ressuscitado, alimenta uma constante busca de querer beber da fonte da salvação.

ESPAÇO CULTURAL

Há ainda uma forte divisão e uma não vivência da fraternidade cristã. Assim, vale uma proposta de conversão para que a humanidade possa entender o manda-mento do amor: “que vos ameis uns aos outros” (cf. v. 17). Esse amor vai além de uma simples norma, pois Deus ama o seu povo e mostra-lhe o melhor caminho para o bem.

Que o Cristo Ressuscitado nos ajude a buscar viver a dinâmica do amor que destrói as estruturas fechadas, fazendo-as abrir-se para uma vida nova que nasce do amor do Criador.

Textos para oração: Jo 15,9-17 (página 1332 – Bíblia das Edições CNBB)

1º) Ambiente de oração: sinta-se livre e bastante à vonta-de diante do Ressuscitado. Não deixe que o externo faça você perder o espírito de silêncio. Para isso invoque o auxílio do Espírito Santo;2º) Leitura atenta da Palavra: leia o texto repetidas vezes para ouvir a voz de Deus e assim poder compreendê-la;3º) Meditação livre: reze e tente entender a mensagem que o texto lhe apresenta. Destaque palavras, frases e as repita para poder alimentar-se espiritualmente delas;4º) Oração espontânea: faça desse encontro um verda-deiro diálogo com Deus e peça forças que vêm da Pala-vra. Seja verdadeiro e saiba agradecer a Deus pelas gra-ças que lhes são derramadas;5º) Contemplação: tente fazer uma experiência do amor de Deus em sua vida. Tendo feito esse movimento ora-cional, busque anotar o que chamou sua atenção;6º) Ação: o encontro com a Palavra exige uma realidade concreta. Busque pensar em uma ação em favor da vida e no seu desenvolvimento na família e na sociedade.

4º Domingo da Páscoa, Ano B – Liturgia da Palavra: At 10,25-26.34-35.44-48; Sl 97(98),1-4(R/. cf. 2b); 1Jo 4, 7-10; Jo 15,9-17.

Sugestão de leituraO presente livreto é um texto de estudo (coleção verde) da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que foi apresentado na 56ª Assembleia Geral da CNBB, encerrada no dia 20 de abril. “Orien-tações pastorais para as mídias católicas: Imprensa, rádio, TV e novas mídias”, é o documento número 111 da Conferência Episcopal bra-sileira, que tem o objetivo de provocar uma re� exão entre os pro� s-sionais da comunicação e da mídia de inspiração católica, de forma que eles possam dar testemunho de compromisso, de comunhão e de unidade como Igreja. Outro propósito do documento é ajudar os meios de comunicação da Igreja e seus agentes a atuarem em unida-de, de modo que possam formar “um corpo evangelizador”.

Onde encontrar:Livrarias Católicas ou no site https://www.edicoescnbb.com.br

EDICAO 206 DIAGRAMACAO.indd 8 24/04/2018 20:11:40