ano cxiv r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista ... · o preparo dos obreiros, respeitando...

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 46 Domingo, 16.11.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Foto Izabela Silveira

Upload: trandien

Post on 03-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1o jornal batista – domingo, 16/11/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 46 Domingo, 16.11.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Foto

Izab

ela

Silv

eira

2 o jornal batista – domingo, 16/11/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

O Jornal dos Batistas

• Amados irmãos, sou leitor e colaborador de O Jornal Batista há muitos anos. Tenho tido o privilé-gio de poder escrever e ver editados diversos artigos meus ao longo de quase 30 anos. O primeiro artigo foi autorizado pelo pastor Reis Pereira, quando diretor des-te Jornal.

Por algum motivo, não consigo ficar sem ler o Jornal dos Batistas (permitam-me denominá-lo assim). É um veículo de grande valor para nós. Faz-nos sentir próximos uns dos outros, nos anima a cooperarmos e a continuar-

mos cooperando, faz-nos “passear” e tirar grandes pro-veitos de pensadores dife-rentes de nós, porém, com a

mesma essência, a da mente do Senhor Jesus Cristo.

Ultimamente tenho me alegrado muito com o nosso

Jornal. Talvez, porque, com algumas dificuldades por causa da saúde, eu não con-siga mais frequentar tantas igrejas e reuniões quanto frequentava antes, e o Jornal tem trazido a presença de irmãos queridos até o meu coração.

Deus abençoe a equipe que trabalha para que O Jor-nal Batista seja uma realidade semanal em tantos lares e Igrejas Batistas. Tenham cer-teza de que vocês tornam re-alidade algo que é de grande valor para nós leitores.

Dinelcir de Souza Lima, pastor da Igreja Batista

Memorial de Bangu - RJ

As Igrejas Batistas que compõem a Convenção Batis-ta Brasileira (CBB)

celebram neste domingo o Dia da Educação Teo -lógica. Nós, os Batistas, temos nos notabi l izado pela constante busca de um excelente preparo de líderes, tanto espiritual, como teologicamente. Nes-ta direção, há cotidiana-mente um trabalho voltado para que todos os vocacio-nados possam ter acesso a este preparo espiritual e teo-lógico. Esta afirmativa pode ser comprovada quando ob-servarmos o surgimento das primeiras casas de preparo teológico da denominação, que já ultrapassam mais de um século de organização. De lá para cá, das duas pri-meiras, dezenas de outras foram organizadas de forma tal que todos possam ter acesso ao Programa de For-mação Teológica.

Como Convenção , a s igrejas sempre estiveram envolvidas através da ela-boração de uma filosofia em que se define o concei-to, as normas e as diretrizes da Educação Teológica, como podemos ver a se-guir . A educação teoló -gica e ministerial visa à formação especial izada de pessoas vocacionadas para dedicarem suas vidas à Obra do Senhor na igreja, na denominação e no mun-

do. Deve ser cristocêntrica, bibliocêntrica e oferecer aos vocacionados a oportu-nidade de aperfeiçoamento de suas atitudes, habilida-des e ações, inspiradas no exemplo de Jesus Cristo.

A Convenção assume o papel de estabelecer as normas e diretrizes das ins-tituições teológicas a ela vinculadas, zelando pela excelência da qualidade de ensino e do seu resultado. Estas diretrizes estabele-cidas na Filosofia de Edu-cação Teológica da Con-venção dizem respeito a estabelecer como objetivo do Programa de Educação Teológica e Ministerial, a visão acadêmica de estí-mulo à pesquisa e apro -fundamento intelectual; participação na vida deno-minacional; interesse práti-co; e fidelidade à Bíblia, às doutrinas e princípios dos batistas. Assim como pro-mover e estimular o ensino teológico, tendo em vista o preparo dos obreiros, respeitando a diversida -de de dons e vocações. E, diante dessa diversidade, oferecer gratificação para pastores, evangelistas, mú-sicos, educadores religio-sos, docentes e habilitações para ministérios de áreas diversas, a fim de atender às necessidades das igrejas, da obra missionária e das instituições denominacio-nais.

Por reconhecer a impor-tância da Educação Teoló-gica e Ministerial e a ne-cessidade de seu desen -volvimento, a Convenção busca estimular e apoiar o surgimento de projetos, pro-gramas e a constituição de fundos que visem à forma-ção de docentes, mestres e doutores capazes de atender à variada demanda do ma-gistério teológico, ministé-rios especiais e produção de literatura no campo teoló-gico e ministerial. Busca-se também incentivar pastores e igrejas a serem cuidado-sos na recomendação de candidatos aos seminários; a se envolverem em pro-gramas de apoio, sustento, educação e treinamento de vocacionados; a cultivarem o compartilhamento do dis-cipulado, visando à forma-ção de um ministério forte e dedicado ao trabalho cris-tão. Estimula, dessa forma, as instituições teológicas, os pastores e as igrejas a se desenvolverem e realiza-rem programas de estágios, visando à formação prática do estudante, a partir de experiências concretas nos diversos ministérios das igrejas e dos pastores. A Bíblia ensina existirem mi-nistérios variados.

A Convenção, em con-sequência, tem como res-ponsabilidade desenvolver programas que confrontem pessoas com a chamada

de Deus e as eduquem, treinem e reciclem para que se dediquem a esses ministérios, incentivando as igrejas ao seu aprovei-tamento, reconhecendo o valor do ministério pastoral e outros para sua edificação e crescimento; a sustenta-rem dignamente os seus ministérios, a valorizarem o ideal de um ministério de dedicação integral, a man-terem bom relacionamento com seus pastores, preser-varem a ética do ministério pastoral e outros ministé-rios; motivar as igrejas para que participem do sustento dos vocacionados, de sua educação, preparação e seu treinamento prático, reconhecer que a vocação é dada por Deus para o cum-primento do seu propósito eterno na história, em face das necessidades do mun-do. Reconhecer também o ministério de crente, tam-bém chamado para servir na obra cristã, e, por essa razão, incentivar e apoiar programas de ensino, de discipulado e treinamento para sua capacitação em todas as áreas do serviço cristão.

Celebremos, pois, com alegria e gratidão, ao Deus que chama vocacionados para o seu serviço e, prin-cipalmente, roguemos ao Senhor que novos vocacio-nados sejam despertados. (SOS)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Dia de Educação Teológica

3o jornal batista – domingo, 16/11/14reflexão

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que

está assim tão perturbada dentro de mim?”. Por duas vezes o rei Davi faz essa pergunta no Salmo 42. Fico surpreso de como é antiga essa pergunta e, ao mesmo tempo, tão atual.

O existencialismo é uma fi-losofia que tenta resolver essa adversidade. Todas as tenta-tivas humanas para resolver a crise da alma terminam em fracasso, e mais, torna pior a dificuldade. Davi tem a resposta, mas os homens não a desejam, pois, pecado-res como somos, preferimos satisfazer o nosso orgulho e ostentarmos a nossa indepen-dência de Deus. Davi respon-

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, membro da Igreja Batista Ebenézer de Americana – SP

Um determinado pastor estava cer-to de que conhe-cia Deus, pois já

havia pregado em muitos lugares, havia alcançado sta-tus como conferencista, era considerado um ministro de sucesso. Estava envolvido em obras de alcance mun-dial, havia participado de fundação de grandes igrejas, era considerado um grande homem de Deus.

Certo dia, fora convidado por um colega para pregar em sua pequena Igreja. Como fazia tudo pensando que era o que deveria fazer, como de costume, foi buscar um texto apropriado para pregar atendendo ao colega.

Sentiu logo pela manhã uma sensação que nunca ha-via sentido, um sentimento vazio invadiu seu coração, um sentimento de que o Se-nhor estava esvaziando o seu coração da presunção de que ele conhecia Deus. Aque-le convite foi uma surpresa. Ele sentiu que lhe faltava a presença de Deus e que ele, até então, tinha feito de tudo sem sentir a presença de uma intimidade com o Pai.

Ele sentiu que Deus estava se aproximando dele queren-do manifestar sua presença, sentiu que o povo está em uma apostasia, sentiu que

deu à sua alma: “Ponha a sua esperança em Deus”.

Nos meados do século XIX, um dinamarquês, filho de pastor luterano, chegou à conclusão de que o que falta ao homem é uma expe-riência existencial. Sugere que todos saiam em busca dessa experiência, fazen-do uso da liberdade para solucionarem a angústia que habita na alma humana desde o seu nascimento. Ele chamou isso de “um salto no escuro”. A única coisa que os homens entenderam do que ele falou é que exis-te um desespero que precisa ser solucionado. Lutero foi um dos que colocou para fora tal angustia.

Ao ouvirmos frases como: “Todos têm o direito de ser feliz”, “todo homem é livre para escolher o que quer ser”, “o importante é ter uma

sua Igreja e aquela que falaria precisava sentir a presença de Deus em sua manifestação tal qual o mundo iria ver e se sentir constrangido e buscaria entender o que estava aconte-cendo, como no dia de Pen-tecostes, no inicio da Igreja.

Sentiu que ele estava se-dento de Deus e que o povo estava com fome e sede de Deus. Ao abrir a sua Bíblia, na qual conhecia quase todos os textos, se deparou com II Crônicas 7.14. Leu uma vez, outra vez, e pediu a Deus que o fizesse perante o seu trono, então começou a sua oração dizendo que ele sabia tudo a respeito de Deus, mas ainda não havia sentido Deus face a face. Sentiu que lhe faltava a intimidade com o Pai, sentiu que Deus estava se manifestando para ele, em-bora ele soubesse que o véu da separação estava rasgado, pois fora rasgado quando Jesus morreu na cruz. Sentiu que Deus o queria na sala do trono após o véu, no lugar santo. Nesse momento, um fogo invadiu sua alma como na sarça que ardia e não se consumia diante de Moisés.

Meus amados pastores, cri, por isso estou falando, como diz Salmos 116.10. Deus está querendo manifestar-se de uma forma diferente hoje em nossas igrejas. Ele quer inti-midade com os membros da igreja mas, primeiro, ele tem que incendiar o pastor.

Nossa liderança fala muito e diz pouco. Nossa liderança

experiência”, você está fa-lando como um existencia-lista. O dinamarquês, pai desse princípio filosófico, teve muitos seguidores e, cada um deles, reinterpretou sua filosofia.

Como o cérebro, as emo-ções e os nossos sentimentos também precisam do corpo para vivenciarem uma ex-periência. Partamos de um princípio irreversível: todo homem nasce livre, mas ja-mais estará livre das conse-quências das suas escolhas.

As consequências do exis-tencialismo atingiram todas as esferas da sociedade. Nos primeiros anos do século XX, os evangélicos foram afeta-dos pelo existencialismo. Os costumes, a moral, a ética, as artes, a cultura, a música, a literatura, a doutrina, tudo ficou a serviço do existencia-lismo. Como nos interessa

sabe tudo e mais um pouco de Deus, mas ainda não pas-saram o véu. Embora esteja rasgado há muito tempo, não os encontramos na sala do trono encarando o Pai face a face, e chamando-o de Aba Pai.

Corações cheios de traba-lhos da igreja e para a igreja, que já não é mais aquela que Jesus disse em Mateus: “Edi-ficarei a minha igreja” (Mt 16.18).

Samuel chamou a atenção de Saul. Deus quer obediên-cia e não sacrifício, creio que em pleno século XXI, Deus não mudou, Hebreus nos diz que ele não muda, ele é o mesmo, ontem, hoje e eterna-mente. Tiago 1.17 diz que ele não tem sombra de variação.

Conhecer significa saber os seus hábitos. Basta um olhar e já sabemos o que está que-rendo dizer. Quando Jesus olhou para Pedro e o galo cantou, ele saiu de onde es-tava e chorou amargamente. Nós precisamos ver o olhar do Pai e saber o que ele está dizendo e sair de onde esta-mos e chorar, amargamente, em oração. Em uma oração de arrependimento, uma busca sem precedentes, ansiosa para passar o véu. Uma oração que vai chegar aos ouvidos do Pai, oração de confissão, intercessão, que vai trazer vidas e vidas avivadas; oração que vai mostrar ao mundo a manifestação da presença de Deus. Oração intima a vida toda.

mais a influência nos evangé-licos ou protestantes, vamos abordá-la.

Registrou-se uma busca de “experiência com Deus” através das emoções. Isso trouxe mudança na doutri-na, na forma de culto e na conduta do cristão deno-minado evangélico. Ficou difícil a comunhão entre os membros do corpo de Cristo, pois cada um é livre para escolher a sua verdade (como se isso fosse possível). A verdade deixou de ser absoluta para ser flexível. Doutrina, moral, conduta, forma de culto, tudo é fle-xível. Diríamos: tudo hoje é meia verdade, não verdade. Se contrário a verdade é a não verdade, e a não verda-de é mentira, vivemos um mundo onde predomina a mentira (os políticos brasi-leiros são a maior prova do

Nossas igrejas têm conhe-cimento dos fatos de Deus tal como o povo de Israel; está faltando intimidade. Conhe-cemos teologia que podemos ganhar qualquer concurso, mas a intimidade com Deus ganha almas. Jó disse: “Eu o conhecia de ouvir falar mas, agora, os meus olhos te veem” (Jó 42.5). No Livro de Salmos, o salmista disse: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando me apresentarei e entrarei ante a tua face?” (Sl 42.2).

“Se o meu povo” - observe o pronome possessivo “meu” - se humilhar e buscar a mi-nha face e se converter dos seus caminhos, então - essa adversativa significa que ele não está ouvindo nossas ora-ções - eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados - plural - e sararei a sua terra” (II Cr 7.14). O povo que se chama pelo nome de Jesus está doente espiritualmente. O nosso povo brasileiro está faminto e com sede de Deus, aguardando a manifestação dos filhos de Deus, como descreve Romanos 8.19.

Deus quer se manifestar à sua Igreja de uma forma que as pessoas sintam que ali seus problemas serão resolvidos. Para isso, ele está querendo que a Igreja adentre à sala do trono o lugar santíssimo, onde os membros possam vê-lo face a face.

Antigamente, tínhamos uma canção que dizia, “Pode o mundo ver Cristo em você?”.

que estamos arrazoando). A televisão, o cinema, tudo ficou a serviço das emoções; e como bebida, droga, sexo, música, e tudo mais provo-ca emoções (a experiência emocional sempre precisa ser maior do que a emoção anterior), acabou-se o limite racional ou preservador do bom senso, e isso é o que vemos nos cultos chamados evangélicos, normalmente os que são apresentados na TV.

Agora, uma pergunta e uma resposta: você já en-controu alguém que consiga descrever sua experiência existencial? A resposta da crise existencial foi dada e explicada por Davi: “Ponha a sua esperança em Deus. Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. O que o mundo espera é ver isso em nós, de tal modo, que nem seja preciso explicar.

Mas, como na vida moderna tudo cai da moda, o inimigo mostra o homem religioso, dizimista, ofertante, frequen-tador de todas as reuniões, mas não está vendo a pessoa de Cristo vivendo. Paulo dis-se: Cristo vive em mim.

Você conhece Deus? Anda com Deus? Fala com Deus face a face? O Espírito Santo disse isso a Paulo. Você, pas-tor, já ouviu a vós do Espirito Santo falando com você antes de você falar aos seus filhos, aos crentes da igreja que você é responsável? Em sua oração, você tem intimidade de cha-mar Deus de Aba Pai?

Quando lemos Gênesis 5.24, vemos que Enoque an-dou com Deus. A intimidade era tanta, que Deus o arreba-tou para não ver a morte. Deus quer arrebatar a Igreja, não para levá-la, mas, para mani-festar o seu poder, a sua pre-sença. Ele quer que andemos com ele para que ele possa an-dar em nós, como diz Mateus: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

O Jornal “A Folha”, do dia 31 de outubro, caderno “Mun-do”, pág. A-18, traz uma notí-cia dos pastores dos Estados Unidos da América do Sul que, para mim, é uma ver-dadeira aberração. Será que Deus está querendo isso? Será que isso significa a vontade do Pai? Será isso significa andar com Deus, será a manifestação de intimidade com Deus? E, você, conhece Deus?

4 o jornal batista – domingo, 16/11/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Sua voz, nosso coração

reflexão

“Determina outra vez um certo dia, hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: hoje, se ou-virdes a sua voz, não endu-reçais os vossos corações” (Hb 4.7).

Após relembrar o his-tórico de “dureza” de coração do povo israelita, o autor da

Carta aos Hebreus recomen-da: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vos-sos corações” (Hb 4.7).

A Bíblia é o registro das constantes iniciativas do Se-nhor no seu processo de ensi-nar aos seres humanos como viver em comunhão com ele. E a razão é simples. Logo no princípio, Gênesis relata o projeto divino de criar as pessoas “À sua imagem e se-melhança”. O significado da-quela declaração é simples: a melhor maneira de uma cria-ção funcionar bem é seguir as instruções do seu criador. Só que o Senhor não quis criar bonecos do tipo marionete. Por ser “à sua semelhança”, os humanos devem obede-

cer ao Criador de maneira voluntária e, até, alegre. Não “endurecer o coração” seria equivalente a “obedecer com sensibilidade, com prontidão e com alegria”.

Por que é tão difícil não endurecer o coração? Uma das dificuldades é a de dis-tinguir a voz divina, quando vivemos na barulheira de um mundo com mil atrativos e mensagens. A coisa fica mais séria, porém, na medida em que vamos deixando para mais tarde nossa resposta positiva aos apelos da voz do Senhor. Quanto mais adia-mos, menor vai ficando nossa sensibilidade às instruções recebidas.

Diminuir a sensibilidade espiritual é o mesmo que endurecer o coração. Daí o início do ensino: “hoje”. Responder na data de hoje é eliminar as desculpas do tipo “quando sobrar algum tem-po”, ou “quando as coisas ficarem mais tranquilas”. Ser sensível à vontade do Senhor é evitar respostas atrasadas. “Hoje, quando ouvirdes, res-pondei afirmativamente”.

Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

Esta é a pergunta que estamos respondendo juntos durante o III Congresso da MCA.

Neste caso, o coração se re-fere ao ser interior e não ao órgão que bombeia o sangue no corpo. É aquela parte, lá de dentro, onde sentimos coisas que ainda não temos consciência. É lá onde ama-mos, odiamos, ficamos amar-gurados, alegres e sentimos todos os outros sentimen-tos que dão colorido à vida. Acontece que “colocar o coração em” indica a direção que você está tomando com a sua vida. Também é lá, no coração, que está a pessoa que realmente você é.

Por isso, quando Deus mandou Samuel ungir o novo rei de Israel na casa de Jessé, disse para não considerar a aparência porque ele, o Deus eterno, vê o coração, como está escrito em I Sa-muel 16.7. Usando esse cri-tério, Deus escolheu Davi, o “homem segundo o seu cora-ção, porque fará tudo o que for da vontade de Deus” (At 13.22). Além da sinceridade transparente que saía do co-ração, Davi orava para que todo o seu ser pertencesse ao Senhor. Reconhecia os seus pecados e os confessava a Deus com o coração contrito

e clamava pelo perdão, como relata Salmos 32.5; 51.17. E, se por acaso, houvesse algo que, de tão escondido, não fosse possível colocar diante de Deus para ser perdoado, Davi abria o seu coração e pedia para ser sondado por Deus para ver se algo não estava de acordo com a sua vontade, como diz Salmos 139.23-24. Esse coração ínte-gro e obediente foi o desejo de Davi, intensificado com oração. Davi orava: “Dá-me um coração inteiramente fiel para que eu tema o teu nome. De todo o meu cora-ção te louvarei, Senhor, meu Deus; glorificarei o teu nome para sempre” (Sl 86.11-12). Davi cometeu muitos erros, mas manteve sempre em seu coração o desejo de obe-decer a Deus. Não deixou de pecar, mas também não deixou de clamar por perdão.

Gosto de observar a histó-ria de Davi e perceber que ele era um homem comum com o coração disposto a fazer a vontade de Deus. Fico feliz em pensar que o Deus que foi misericordioso com Davi também será comigo. Este mesmo Deus também terá misericórdia de você que agora lê estas linhas. Não pense que você é melhor do que Davi, o pastor Carlos, ou qualquer outro crente que conheça. Por isso, Jesus ensinou aos discípulos que

iniciavam a vida cristã que o coração está voltado para o seu verdadeiro tesouro, como diz Mateus 6.21. En-tão, deseje profundamente os tesouros celestiais porque já estamos escondidos com Cristo em Deus, de acordo com Colossenses 3.3.

Não faz mais sentido dese-jarmos aquilo que não vem de Deus. Não faz mais sentido nos orientarmos por conceitos que não sejam ditados por Deus. Mas podemos desejar coisas que não venham de Deus, podemos ter no cora-ção sentimentos que desagra-dam a Deus. Podemos agir e falar de forma a mostrar do que o nosso coração está cheio. Segundo Jesus, o que está no seu coração indica o que você realmente é. Não é possível tirar do coração um fruto que não existe nele, como a Bíblia fala em Mateus 12.33-35. Por isso, o convite para a reflexão: “Onde está o teu coração?”. Esse é um momento pessoal com Deus, porque somente você e ele conhecem o seu coração. Diante de Deus somos julga-dos com base nas intensões mais profundas do coração e também prestaremos contas delas a Deus, como fala He-breus 4.12-13. Use um tempo significativo da sua vida para abrir o seu coração e apresen-tá-lo a Deus. É só o que falta, pois ele já sabe de tudo.

Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

Toninho era um me-nino complexado em relação às rou-pas . Embora sua

mãe afirmasse que sua ga-veta estava cheia de roupas, Toninho tinha suas queixas. O fato é que ele possuía dois calções prediletos; um era mais predileto que o outro, classificados como o calção número 1 (azul escu-ro) e calção número 2 (azul claro, meio desbotado). O outro que ele tinha na ga-veta parecia um “calção de pijama” e não lhe caia

muito bem; esse não con-tava. Ele, porém, conseguia usar os calções, no máxi-mo, dois dias da semana, nos outros “penava”, afinal, eles tinham que ser lavados. Geralmente eram mandados para a “lavadeira” e Toninho ficava muito ansioso quan-do ela atrasava. Algumas vezes, mesmo contrariando a sua mãe, ele ia buscar os seus calções pessoalmente. “Cadê o meu calção?”, dizia rispidamente.

Conversando com amigos sobre casos da infância, pro-meti que um dia escreveria sobre o “Calção de Toni-nho”. Eu estava brincando,

mas como gosto de escrever, resolvi arriscar-me, afinal, o assunto é mais sério do que parece. A história dos calções rendeu ao Toninho muitas “palmadas”, mas é fato inegável que o “trauma” marcou a sua vida. A “cura”, segundo ele, só veio quando ganhou o calção número 3 (também azul escuro). Foi quando descobriu que Deus se importava com os deta-lhes da sua vida e que, dessa forma, não precisaria se pre-ocupar tanto. Depois disso, Toninho não sofreu mais com a história dos calções.

Hoje, com 50 anos, To-ninho praticamente só usa

calção na hora de dormir. Ironicamente, ele usa um “calção de pijama”. Mas isso não importa mais, já que o que ele mais gosta de fazer é dar testemunho dos cuidados especiais que recebeu de Deus desde a sua infância. Um dos tex-tos que ele mais aprecia é o descrito em Mateus: “E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva

do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquie-tos, dizendo: com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.29-34).

Ah, só para não esquecer, Toninho sou eu.

5o jornal batista – domingo, 16/11/14reflexão

Francisco era um eletri-cista de autos, crente fiel com sua esposa e filhos na Igreja do

Centenário em Itaquera - SP. Certo dia, sabendo que Fran-cisco estava passando por dificuldades, o pastor Carlos Henrique foi visitá-lo. Fran-cisco estava desempregado, devendo várias prestações do apartamento e acabava de receber uma carta do banco dando um curto prazo para que ele pusesse os pagamen-tos em dia, caso contrário, o apartamento seria levado a leilão. O pastor abriu a sua Bíblia ao acaso para procurar um texto apropriado para consolar e dar esperança à família e caiu bem na página de I Tessalonicenses. O pas-tor leu: “Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus para convosco” (I Ts 5.18). Em seguida, o pastor disse: “Se a Bíblia manda dar graças, vamos dar graças pelo que os irmãos estão passando”. E oraram, dando graças a Deus. Todos os man-timentos estavam zerados, mas deram graças. Havia só uma colher de pó de café e uma colher de açúcar, mas deram graças. O pastor per-guntou: “O irmão já tentou renegociar a sua dívida com o banco?”. Ante a resposta negativa, acrescentou: “Então o irmão, assim que der, vai ao banco, procura o gerente da sua conta e pede para re-negociar a dívida. Quanto ao mais, vamos dar graças”. A esposa do Francisco foi à co-zinha, raspou o pó do pote e fez um cafezinho meio ralo. Adoçou com a última colher de açúcar e trouxe um pacote com os últimos biscoitos. To-maram café, o pastor comeu alguns biscoitos, orou e foi embora.

Logo que o pastor saiu, a campainha tocou. Era um casal da Igreja que trazia uma farta bolsa de compras, inclusive café, açúcar e vá-rios pacotes de biscoitos. Foi uma festa. No dia seguinte, Francisco recebeu a visita de um senhor conhecido, que lhe disse: “Francisco, eu tenho um terreno com um galpão, está abandonado, o mato crescendo em volta e eu estou com medo de que me invadam a propriedade. Eu vim aqui para lhe pedir

que ocupe aquele terreno para mim”. Naquele mesmo dia, Francisco improvisou uma placa, que pregou na fachada do galpão: “Eletricis-ta de autos”. Mal colocou a placa e apareceu o primeiro serviço. Foi o primeiro di-nheiro que ele viu em meses de pindaíba. Os fregueses foram aparecendo porque Francisco era ótimo profis-sional. Então ele comprou as ferramentas necessárias e o negócio prosperou. Francisco foi ao banco, falou com o ge-rente e, na hora, a dívida foi renegociada em condições bem favoráveis para ele.

“Em tudo dai graças” sig-nifica que Deus está atento às necessidades dos seus filhos. “Os filhos dos leões sofrem fome, mas o que con-fiam no Senhor de nada têm falta” significa também que Deus sempre vai à nossa frente. Quando José chegou ao Egito, Deus já estava lá providenciando tudo o que era necessário para que ele chegasse ao ponto a que chegou para ser o salvador do seu clã. Quando Moisés chegou ao Sinai, a sarça já estava ardendo para que Deus pudesse lhe revelar sua eternidade, sua soberania, seu amor e propósito. Quan-do Jesus chegou a Jerusalém, a sua cruz já estava pronta. Quando o pastor Carlos orou com a família de Francisco, uma completa bolsa de com-pras já estava a caminho. Paulo diz “Em tudo daí gra-ças” e não “Por tudo”. Não podemos dar graças a Deus pelos nossos pecados, mas podemos dar graças pelo perdão da graça que Deus nos dará. Pela lágrima que vertemos e pela que não brotou dos nossos olhos, pela pressão no coração e pelo alívio que nos foi dado, pela noite não dormida, pela oração não respondida, “e a esperança que falhou”, pelo pote de açúcar vazio, pela blusa que rasgou, pela pessoa querida que partiu, pela traição sofrida, pela doença ainda não curada, pela amizade conquistada e também pela rompida, Paulo é taxativo: “Em tudo daí gra-ças porque esta é a vontade de Deus”. Não precisamos entender porque dar graças. Só precisamos obedecer.

Paulo Francis Jr., vice-presidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau – SP

Talvez 15 ou 20 minu-tos; ninguém sabe ao certo quanto tempo durou. A manhã ha-

via sido de grande movimen-to, o que antevia uma tarde agitada, não fossem os impre-vistos que surgem e nos dei-xam sem ação. Não era meio dia quando a notícia chegou; o semblante de todos havia mudado. Parte deles optou em se isolar, procurar seu cantinho próprio para refle-xão. Alguns estavam com os olhos marejados. Os mais emotivos se abraçavam ao fundo, além do balcão e das prateleiras. Tentavam se con-ter; a notícia era impactante. Na verdade, uma desgraça e trazia em cada um, uma reação única. A informação era pesada demais; dura de acreditar. Inaceitável! De repente, dois funcionários, murmurando entre si, len-tamente iniciaram o fecha-mento das grandes portas de vidro naquela imponente loja de comércio em Presidente Venceslau - SP. Uma a uma foi cerrada pacientemente, em um ritmo diferente de outros dias. Nem era sábado e nem véspera de feriado. Era um dia de trabalho que terminava apenas na meta-de do período habitual. Em cada uma destas gigantescas vitrines que deslizavam late-ralmente para a abertura e fe-chamento do local, um dimi-nuto cartaz escrito às pressas em pincel atômico foi colado ligeiramente inclinado com fita adesiva. Um manuscrito tremido e disforme. Cada letra de um tamanho deduzia o nervosismo de quem teve a responsabilidade pela frase: “Fechado por luto”.

Quando nos deparamos com esse tipo de mensagem ficamos imobilizados. As despedidas mexem com cada um de nós à sua maneira. Na verdade, a morte repen-tina de alguém ou de algum conhecido, aquela que não nos fornece período prévio de alguma doença, nos traz extrema dor. Na essência não nos dá nem o prazer - ou desprazer - de uma despedi-da. Não há tempo para isso. Tenho um conhecido, que de certa maneira, filosofa sobre a questão. Segundo ele, ninguém se despede de ninguém, apenas dá ao desti-

no a decisão de um possível reencontro mais adiante. Isso é o que chamo “romantismo doloroso”. Infelizmente, real e profundo.

A partida de alguém sem-pre causa algum choque. Recordo-me de alegres des-pedidas de profissionais do esporte. Dentre eles, o des-taque certamente envolve o maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé. Disse “adeus” à Seleção Brasileira, ao Santos e ao time dos Cos-mos, de Nova York, etc. Nes-tas ocasiões, sempre esperá-vamos boas “partidas” do rei. Entre as despedidas menos alegres no mundo esportivo está a de Airton Senna. As corridas de Fórmula 1 nunca mais tiveram a mesma emo-ção. Esclareço que ninguém é insubstituível, mas algumas pessoas fazem falta por onde passam porque têm estrela própria, lutam pelos ideais de forma firme e honesta. Você é assim?

Segundo um grande ami-go que testemunhou o fato, o saudoso cantor Altemar Dutra fez um show para um pequeno público no antigo e já fechado Cine Bandei-rantes, aqui em Presidente Venceslau, nos idos dos anos “60”. Dono de voz potente e marcante teria externado em uma canção ao final do espetáculo a sua decepção e certa melancolia pelo pe-queno número de assisten-tes. Encerrou a interpretação de seu sucesso “E voltarei”, acrescentando um advérbio na última frase: “e não vol-tarei”. Os mais atentos na plateia não esquecem esta passagem.

Já no cinema, dizer “adeus” normalmente envolve os apaixonados e seus amores impossíveis. No período de fevereiro de 2002 até de-zembro de 2007, assisti um pouco mais de 700 filmes, a maioria retratando a vida cotidiana e comum das pes-soas no Brasil, Estados Uni-dos, Europa, Ásia e Oriente Médio. Foram estes filmes e seus detalhes que me desen-volveram o entendimento e conhecimento sobre os cos-tumes e a vida das pessoas ao redor do mundo. Contudo, o cinema americano continua insuperável. Em “Longe do Paraíso”, que retrata o dia a dia de uma família america-na “perfeita” dos anos “50”, uma dona de casa “perfeita” se despede do seu “admira-dor” negro em uma estação

de trem, acenando com um lenço. Quem não assistiu a trama, logo condena esta personagem. Tudo isso acon-tece depois que o esposo problemático - envolto em uma profunda crise - é fla-grado por ela beijando outro homem na boca no próprio escritório onde trabalhava. Pense nesta cena e na época que ocorreu, há mais de 60 anos. Um tremendo choque.

Na TV, as despedidas estão na tela a cada meia hora, pelo menos, em algum canal. Ao vivo, costumam gerar confusão nos apresentadores. Foi assim quando em pleno Jornal Nacional, William Bonner resolveu acabar o informativo antes do final. Pediu desculpas e seguiu adiante. Na vida real, nin-guém gosta de dizer adeus aos parentes. Em qualquer circunstância quase sempre as partidas de filhos, mães, pais e avós geram lágrimas. Não vou me aprofundar neste caminho. Que cada um pros-siga sozinho sobre este item da reflexão.

Recordo-me da queda do avião da Air France recente-mente com brasileiros que iam para Paris. Ela externou os piores comentários que se pode ouvir. A desumanida-de, a medíocre avaliação de que “os que se foram eram ricos e quanto aos mendi-gos que morrem todos os dias pelas ruas?”, transforma quem pensa assim no mais infeliz dos humanos. Vá para o lugar dos familiares que perderam parentes no acidente.

Rico ou pobre, nunca se esqueça que há uma eterni-dade nos aguardando. Você está se preparando para ela? O que meditamos até agora não está fora das Escrituras. A Bíblia nos lembra isso, por exemplo, na errante partida do filho pródigo para terras longínquas e na despedida do povo de Israel com desti-no à Terra Prometida. Parti-cularmente detenho-me em outra passagem. Indo para Jerusalém para cumprir a sua missão, ao filho do Criador são oferecidos seguidores. No entanto, em Lucas 9, um deles propõe e condiciona segui-lo desde que lhe seja dado tempo “para se despe-dir primeiro dos que estão no lar”. Isso vale para os nossos dias: se trata de gente que põe a mão no arado e olha para trás. Você não é um deles, é?.

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 16/11/14 reflexão

Uma grande guerra está sendo travada nos nossos dias. Não me refiro a

uma guerra entre nações, mas uma guerra contra a instituição do casamento e da família.

Doutor James Dobson, em seu livro “O casamento de-baixo de ataque – Porque de-vemos ganhar esta batalha”, lembra que as forças nazistas entraram sorrateiramente, no inicio da 2ª Grande Guerra, sem sofrerem nenhuma resis-tência dos principais países europeus. Só depois, quando a guerra tinha se instalado definitivamente, é que a In-glaterra e França, dois países mais importantes da Europa se posicionaram.

Todos nós conhecemos as mazelas que os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) impuseram sobre todo o mundo, até que as forças aliadas venceram a Grande Guerra, em 1945.

O mesmo está acontecendo hoje. Os movimentos que defendem o casamento en-tre pessoas do mesmo sexo e o aborto estão crescendo. Só para se ter uma ideia, hoje, no Congresso Nacional, existem mais de 800 projetos de lei que ferem os princípios do casamento segundo a vi-são judaico-cristã.

As novelas, todos os dias, vol tam suas armas para destruir os valores cristãos da família, consagrados há milhares de anos. Não há uma novela em que não te-nha um personagem homo ou bissexual. Isso, além de veicular mensagem valo-rizando a violência, a vin-gança e o adultério. Já ti-vemos novelas em que um homem terminou com três mulheres e todas felizes da vida com aquela situação. Os projetos educacionais, em sua maioria, tentam co-

locar na mente dos alunos, na maioria deles crianças e adolescentes, conceitos contrários à Palavra de Deus.

Os profissionais, nos mais diversos campos, também co-laboram para destruir a visão cristã da sexualidade. Recen-temente, uma mãe ao indagar ao médico obstetra sobre o sexo dos seus filhinhos que iriam nascer, este respondeu: “Não se preocupe com isto. Na idade certa ele vai esco-lher o que desejar ser”.

Deus, o Criador do casa-mento e da família, deseja que igrejas, denominações, organizações pró-famílias se engajem nesta batalha. Mas, de nada adiantará se as fa-mílias (pais, mães, avós) não realizarem sua grande tarefa de educarem as milhares de crianças que nascem todos os dias nos lares cristãos com os princípios imutáveis da ética cristã do casamento, da famí-lia e do direito à vida.

A família, juntamente com a Igreja de Cristo, são as mais importantes trincheiras da batalha que se trava em nos-sos dias. Essa guerra é de todos aqueles que creem que Deus é o criador da família. É daqueles que acreditam que a família é o esteio moral de uma nação. Pais e mães cristãos, levantem-se e lutem, livrando os filhos e netos de se tornarem reféns de concei-tos e ideologias contrárias à Palavra de Deus.

As palavras de Neemias são atuais também para os nossos dias, quando con-clamou seus liderados a lu-tarem por suas famílias. O texto diz: “E olhei, e levan-tei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restan-te do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e ter-rível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14).

Raul Marques, pastor da Primeira Igreja Batista de Várzea Nova – PB

Quando criança eu tinha muitos medos. Medo das muitas águas; do

escuro intenso; das portas fe-chadas com trancas; do “lobi-somem”; do “velho do saco”; da “bruxa malvada”; enfim. Na medida em que fui cres-cendo, outros medos foram sendo acrescentados: medo de matemática; medo das confusões e das multidões; medo de ser chamado ao quadro negro, etc. A maioria deles foi superada pela razão e pela maturidade; outros, no entanto, ainda não.

O medo é um sentimento profundamente complexo como a nossa própria exis-tência. Ele é bom, enquanto sinal de alerta; e mal, quando se torna patológico. Ao longo da nossa vida, outros medos vão se associando à caminha-da e vão nos mostrando mais nítidas certas obscuridades.Eles nos ajudam na nossa proteção pessoal, ao mesmo tempo em que podem prote-ger as outras pessoas de nós mesmos.

O medo não pode ser considerado um ato de co-vardia quando servir de motivação para o exíl io contra as forças da impieda-de. Ele pode, perfeitamen-te, se constituir no canal mais legítimo a nos levar aos “getsêmanis” em busca de paz.

Eu tenho medo do “ho-mem”. Não é sem motivo que a Bíblia prevê: “Mal-dito o homem que con -fia no homem, que faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor” (Jr 17. 5). Eu tenho medo dos “falsos irmãos”, de quem o apóstolo Paulo faz menção em II Corin-tios 11.26. O apóstolo teve tanto receio deste aspecto que, angustiado, foi além: “Agora vos escrevo para que não vos associeis com qualquer pessoa que, afir-mando-se irmão, for imoral ou ganancioso, idólatra ou caluniador, embriagado ou estelionatário. Com pessoas assim não deveis, sequer, sentar-se para uma refei-ção” (I Co 5.11).

Tenho medo do que Jesus profetizou sobre esses fatos difíceis: “Naquele tempo

muitos ficarão escandaliza-dos, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de mui-tos esfriará” (Mt 24.10-12).

Tenho medo de que as de-cepções resultem em apatia ou, ainda pior, em antipatia às atividades do exercício da fraternidade legítima, sobre-tudo, quando ouço a voz do Mestre a ressoar: “Quando, porém, vier o Filho do ho-mem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8b).

Tenho encontrado tan-ta gente ferida, enganada, desiludida e frágil com as deformadas relações cris-tãs, que me falta o fôlego. Conheço líderes abandona-dos, do mesmo modo como conheço ovelhas nanicas e desnutridas clamando por amor e acolhimento. Te-nho medo do tempo em que vivo. Por isso, Senhor, tenha misericórdia de todos nós. Tenho saudades dos medos de quando criança. Já não sinto aquele medo ingênuo do escuro da noite; tenho medo, muito medo das densas trevas da mente e coração humano.

A AECBB, com sede na cidade do Rio de Janeiro - RJ, na rua José Higino, 416, prédio 30, sl 104, Tijuca – Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20.510 - 412, através da sua diretoria Executiva, devidamente representada por sua presidente Tânia Oliveira de Araújo, CONVOCA, através do presente edital, todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária, que será realizada no Espaço Cultural da FAURGS - Rua São Pedro, 663, Centro – Gramado – RS, dia 04 de fevereiro de 2015; horário: 8h30 às 21h30, com a seguinte ordem do dia: inspirativa, eleição e posse da nova diretoria; eleição e posse dos coordenadores Regionais; encerramento.

Rio de janeiro, 01 de novembro de 2014

Tânia Oliveira de AraújoPresidente

EDITAL DECONVOCAÇÃO

7o jornal batista – domingo, 16/11/14missões nacionais

Clima de alegria e gratidão por cada vida batizada

Missionário Rafael e uma das jovens pouco antes do batismo

Gabriel e Davi destacaram-se em esportes como futebol e jiu-jítsu

Vidas batizadas em Gurupi - TO

Igreja doa produtos de

higiene e limpeza para maternidade

de Parelhas - RN

Batismos na Igreja Batista em Libras de

Vila Isabel - RJ

Celebração impactou familiares das pessoas batizadas

Esforço do grupo tem ajudado a mostrar a relevância social da Igreja

Projeto Novos Sonhos torna-se celeiro de talentos

Redação de Missões Nacionais

O Evangelho tem sido multiplica-do em Gurupi - TO, onde atuam

os missionários Nilton e Vilma Duarte. As pessoas têm sido impactadas pelo amor de Cristo, e compre-endido o Plano de Salvação. Como resultado, mais seis pessoas foram batizadas porque compreenderam

que é tempo de assumir um compromisso ao lado de Cristo.

“Foi um dia muito espe-cial. Foi muito bom ter a presença dos parentes das pessoas que foram batiza-das. Houve choro de ale-gria”, relata o pastor Nilton.

O companheiro de uma irmã da Igreja que nunca tinha assistido a um batismo e que não queria se casar para que ela pudesse se ba-tizar, agora já pensa em se

casar oficialmente para ver sua esposa batizada.

Ainda de acordo com o missionário, este homem tam-bém tem participado das reu-niões dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs), que são realizados em sua casa. “Cremos que em um tempo não muito distante, ele virá a se converter”, afirma.

Interceda para que mais vidas sejam firmadas em Cristo por meio da realiza-ção dos PGMs.

Redação de Missões Nacionais

A proposta da visão de Multiplicação vê a s a çõe s de compaixão e graça

como mais uma estratégia de compartilhar o amor e o Plano de Salvação de Cristo. A Igreja Batista em Parelhas - RN, liderada pelo missio-nário Adão Ribeiro, doou produtos de limpeza e higie-ne para uma maternidade da cidade.

Esta foi a segunda vez que a Igreja ajudou por meio do envio de produtos. “Somos a primeira igreja evangéli-ca a se tornar parceira de uma instituição mantida pela comunidade em Parelhas. Como batistas, queremos ser uma Igreja relevante nesta ci-dade”, afirma o pastor Adão.

Interceda por esse minis-tério, a fim de que continue sendo instrumento de Deus para proclamação do Evan-gelho, servindo sempre de auxílio aos necessitados.

Redação de Missões Nacionais

Foram realizados os primeiros batismos da Igreja Batista em Libras de Vila Isabel

- RJ. Membros da Igreja Ba-tista da Zona Norte (IBZN) participaram do culto. Li-derada pelo pastor Fabiano Fialho, esta é a Igreja mãe desse ministério em Libras.

Quatro jovens foram ba-tizadas. O missionário Ra-fael Wagner realizou dois batismos. Estas celebrações também marcaram o 8º ani-versário da IBZN.

Segundo a missionária Marília Moraes, coorde -nadora do Ministério com Surdos de Missões Nacio-nais, na ocasião, a Igreja em Libras foi presenteada com um kit para ceia do Senhor.

Missões Nacionais agra-dece o apoio da IBZN, bem como de cada Igreja que tem apoiado os projetos missionários.

Redação de Missões Nacionais

Não é só no balé que o P r o j e t o Novos Sonhos, da Missão Batista

Cristolândia - SP, tem seus talentos. Em outros esportes, como futebol, ou nas artes marciais, estamos sendo bem representados. Ilustrando a frase anterior, temos os exemplos dos jovens Gabriel e Davi, que têm desenvolvi-do seus talentos e acumulado conquistas em seus esportes.

As últimas notícias sobre Gabriel são as melhores pos-síveis e louvamos a Deus pela vida dele. Aluno da equipe de futebol do Pro-jeto Novos Sonhos há dois anos, sob responsabilida-de da missionária Chirlene Sandrele, Gabriel Kaique foi contratado pelo Palmeiras, famoso clube de futebol de São Paulo.

E, além do salário, que ajudará muito no sustento da família, o menino terá a oportunidade de estudar na Mackenzie, uma das

faculdades de mais renome do estado de São Paulo. Sem a bolsa de estudos, ele não teria condições de pagar.

Davi, que pratica jiu-jitsu no Projeto da Cristolândia, também tem se destacado no universo das artes mar-ciais. Na última competição que ocorreu no Ginásio João Aranha, em Paulínia - SP, o adolescente foi campeão do ADCC e compartilhou sua alegria com um de seus pro-fessores, o missionário Lael Rodrigues.

Esses são apenas dois das centenas de jovens que, gra-ças ao trabalho realizado no Projeto Novos Sonhos, têm a oportunidade de desenvol-

verem o dom com que Deus os presenteou, mudando o rumo da vida deles e con-quistando, assim, um futuro melhor.

8 o jornal batista – domingo, 16/11/14 notícias do brasil batista

Liane Nepomuceno, pastora Primeira Igreja Batista de João Pessoa - PB

Co m p r e e n d e n d o a importância da conscientização so-bre o cuidado pre-

ventivo do exame de mama para toda mulher, o ministé-rio feminino da Primeira Igre-ja Batista de João Pessoa – PB, sob liderança da pastora Liane Nepomuceno, abraçou a causa junto à sociedade, mobilizando as mulheres

da Igreja. O objetivo era im-pactar não só o universo da membresia, mas sair para além das quatro paredes do templo, demonstrando que nós, cristãos, temos que nos preocupar com a vida, que é tão preciosa; presente do Criador.

Foi em um cenário maravi-lhoso - o calçadão da Praia de Tambaú - no sábado, dia 18 de outubro, que as “Mu-lheres de Honra” fizeram um trabalho de panfletagem com informativo do autoe-

xame e, anexo, um convite para as mulheres participa-rem de uma palestra especial com uma mastologista no “Culto Rosa”. As pessoas eram atraídas pelo louvor e ministração do grupo de expressão corporal “Corpo e Luz” e pela alegria conta-giante da graça de Deus no sorriso de cada mulher do ministério.

No domingo, em todos os cultos da Igreja em seu templo central e no “Espaço Gospel”, os irmãos eram re-

cepcionados pelas mulheres, que distribuíram um laço rosa, símbolo da campanha.

A programação foi con-cluída com o “Culto Rosa” na segunda feira, dia 27 de outubro, quando a Igreja foi decorada de maneira espe-cial para o evento. Todos os que estiveram presentes foram enriquecidos e desper-tados pela excelente palestra da doutora Taciane Ramalho. Com muita sensibilidade, o pastor Estevam Fernandes postou em seu Facebook o

seguinte texto sobre o tema:“Pequenas atitudes podem

mudar grandes destinos. Toda mulher que se ama, se cuida. Antes que qualquer pessoa toque seu corpo, faça isso você primeiro. Ame-se. Cuide-se. Previna-se. Prote-ja-se. Mas também proteja a sua alma. Não deixe que as feridas abertas se tornem um câncer incurável. No corpo, um toque pode salvar; na alma, o perdão é a melhor forma de proteção. Seja livre, seja feliz!”.

Outubro Rosa: a vida por um toque

9o jornal batista – domingo, 16/11/14notícias do brasil batista

Alexandre Julião, coordenador do DENAGAM

A União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB), que tem a responsa-

bilidade de trabalhar com os homens da nossa denomina-ção, apoiará durante este mês a Campanha Novembro Azul, com o intuito de chamar a atenção para os exames pre-ventivos do câncer de prósta-ta. O movimento ainda quer alertar para a importância do exame de toque, que ainda sofre resistência pelos pa-cientes.

O câncer de próstata é a ne-oplasia maligna mais comum entre os homens. Tem núme-ros superiores ao câncer de mama, o de maior incidência feminino. A detecção precoce é fundamental para seu trata-mento, visto que, nessa fase, 90% são curáveis. Em sua fase inicial não há sintomas, por isso, a ida anual ao urologista é essencial para o acompa-nhamento da glândula.

Desde 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia inicia uma nova recomendação, baseada nos trabalhos cientí-ficos publicados nos últimos anos. O exame de toque retal deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e, aos 45 anos, para homens com casos na família e negros.

A Sociedade Brasileira de Urologia ainda estima que 69 mil novos casos do câncer se-rão diagnosticados no Brasil em 2014.

Depoimentos“Anualmente fazia todos

os exames de próstata: U.S., PSA e, quando requerido o famigerado e temido “exame de toque prostático”. Apos um exame de PSA, verifiquei que o mesmo estava muito elevado (27,0), mesmo sem ir ao médico tive a certeza que estava com câncer, que mais tarde foi confirmado pelos médicos. Não entrei em de-sespero, pois tinha confiança em um Deus que tudo pode. Iniciei o tratamento, con-fiante de que o milagre de Deus já havia sido feito em minha vida. Fiz todos os pro-cedimentos que o Urologista prescreveu e fui encaminha-do ao Oncologista para ini-ciar o tratamento, com uma série de radioterapia. Não foi necessário fazer cirurgia, mas o tratamento foi muito intenso e incômodo. Por um período de 25 dias, e as mes-

mas quatro aplicações diárias de radioterapia, por mais 10 dias. Já se passaram cinco meses que todo o tratamen-to foi suspenso por ordem médica, devendo retornar para novos exames somen-te na segunda quinzena de janeiro de 2015. Com tudo isso, neste meu testemunho, só quero encorajar você, que ainda está resistente em não fazer o exame de prós-tata, que abaixo de Deus, se não fosse os meus cuidados em fazer periodicamente os exames necessários, talvez seria muito tarde para que o tratamento ocorresse com o sucesso que foi”, afirma Nata-nael Gomes, conselheiro de Embaixadores do Rei.

“Aos 45 anos comecei a fa-zer o exame de prevenção ao câncer de próstata. E, aos 65 descobri que tinha o câncer e logo fiz a operação. Hoje, aos meus 73 anos, estou completa-mente recuperado e aconselho a todos os homens a fazerem o exame, pois o quanto antes descobrir, mais são as chances de cura”, diz Zé Carlos, mora-dor da Tijuca – RJ.

“Eu estou junto com o No-vembro Azul, jogando por terra todo preconceito para ter uma vida melhor e mais longa”, declara Weslley Pru-dente, de Volta Redonda – RJ.

“Eu faço todo ano sem pre-conceito nenhum”, admite Amauri Rocha, de Paranaguá – PR.

“Tenho 44 anos e já fiz o meu no início do ano. En-corajo aos irmãos e todos os homens que façam, pois é muito importante”, destaca Gilson Freire, do Ceará – CE.

“Fiz o exame e foi em ques-tões de segundos, indolor e seguro. Fazendo esse exame só temos a ganhar”, afirma José Furtado, presidente dos Homens Batistas da UniBai-xada – RJ.

É devido a esses e outros exemplos que enfatizamos a importância dessa Campanha para Homens Batistas do Bra-sil. Diante disso, pensamos que os homens precisam desconstruir estes paradig-mas e começarem entender que a prevenção ainda é o maior aliado da saúde, bem como detectar qualquer ado-ecimento precocemente trará mais chances de cura ou tratamentos menos invasi-vos. Precisam compreender que estilo de vida determina a qualidade de vida e, com isso, muitas doenças podem ser evitadas.

UMHBB apoia Campanha Novembro Azul

10 o jornal batista – domingo, 16/11/14 notícias do brasil batista

Abel Albino de Arruda, presidente da UMHBB

“Mu i t a s s ã o , S e -nhor meu Deus, as

maravilhas que tens opera-do para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se po-dem contar” (Sl 40.5).

A UMHBB tem em seus projetos a execução anual do Mutirão Nacional Missioná-rio (Munami), que acontece sempre no período de 1 a 12 de outubro. Neste ano, o Mu-nami foi realizado na cidade de Cacaulândia – RO, muni-cípio com aproximadamente 10.000 habitantes entre a zona urbana e rural.

Rondônia é um dos estados brasileiros onde há um dos

Rogério Alencar, ministério Homens de Coragem, da Igreja Batista de Rancho Novo - RJ

A Igreja Batista de Rancho Novo, em Nova Iguaçu - RJ realizou no perío-

do de 18 a 20 de setembro de 2014 o 1º Congresso “Homens de Coragem”. Quem participou do evento experimentou o derramar do Espírito de Deus de um modo totalmente especial. O Ministério de Louvor Homens de Coragem apre-sentou a canção “Coragem para ser feliz”, que retrata a importância das respon-

maiores índices de presença Batista, no entanto, a cidade de Cacaulândia, que já pos-sui trabalho Batista, mantido pela Igreja mãe, a Primeira Igreja Batista de Ouro Preto - RO, precisava de ajuda. Dessa maneira, a UMHBB foi acionada e aceitou o desafio.

Foram deslocados para Ca-caulândia representantes das seguintes Convenções Esta-duais: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Fede-ral, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro (carioca e fluminense), Espírito Santo, Pernambuco, Acre, Amapá, Maranhão e a Convenção hospedeira, Rondônia.

Com a presença de 250 “munamistas”, entre evan-gelistas, pastores e os bravos construtores, a pequena ci-dade de Cacaulândia foi im-pactada pelo Evangelho. No local foi desenvolvido o tra-

sabilidades do homem; o cantor Sérgio Lopes arre-batou todos aos céus com canções que marcaram o seu ministério. O pastor Eber Silva, da Segunda Igreja Ba-tista de Campos - RJ fez uma reflexão contemporânea e de despertamento. Trouxe--nos uma palavra sobre o governo de Deus em nos-sas vidas, alertando sobre a importância de mantermos Deus como soberano na ca-minhada cristã, pois quando decidimos assumir por conta própria os riscos de nossas escolhas, os resultados tor-nam-se desastrosos. Assim foi com o povo de Israel quando decidiu ter um rei,

balho de evangelismo de im-pacto. Não houve um lugar sequer que não tenha sido visitado, o que resultou em 40 vidas que se entregaram a Cristo, foram solicitados 45 estudos bíblicos, 40 visitas permanentes - que consistem em assistência espiritual e oração - e dez batismos.

Como tem sido feito nos Mutirões anteriores, as nos-sas irmãs também presta-ram sua ajuda, com curso de corte costura e pintura, onde foram entregues cer-tificados de participação às mulheres que frequentaram as aulas. O Departamento Nacional dos Embaixadores do Rei também participou ativamente, onde se fez pre-sente o nosso coordenador, o irmão Cristiano Medeiros. Na ocasião, foram desen-volvidos trabalhos com os Embaixadores do Rei local

assim foi com Adão e Eva quando decidiam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, e assim tem acontecido em nossas vidas quando decidimos assumir o controle.

Deus tem a capacidade de agir de um modo diferente em nosso meio, despertan-do àqueles que, devido as dificuldades da caminhada, pensavam até em desistir. No primeiro dia de Con-gresso observamos Deus agir assim na vida de mui-tos homens. Sabemos o quanto ele agiu, tem agido e agirá em nossas igrejas, para que nossa sociedade brasileira seja constituída

e foram também desenvol-vidos os trabalhos de Kids Games, que contou com a participação de mais de 250 crianças e adolescen-tes. Contamos também com vários conjuntos musicais, dentre eles o Conjunto Mis-sionário do Espírito Santo, Conjunto Coral do Munami, Conjunto Coral Sublime, Quarteto Master e várias outras participações.

Os nossos irmãos constru-tores executaram a obra onde foi edificado um templo em formato retangular (8 x 20), 160 m², em tempo recorde. Os trabalhos preliminares foram realizados pelos ir-mãos de Rondônia, em pe-ríodos alternados e mutirões pequenos, que consistiu na preparação do terreno - que era irregular - e a fundação. O templo foi totalmente fi-nalizado, quando foi forrado

de homens valorosos, que tenham coragem de assu-mir suas responsabilidades sem se preocuparem com o que dirão. Precisamos de homens que não se escon-dam, que confrontem o mal, que declarem e assumam a sua fé, que valorizem o seu compromisso firmado em seu pacto matrimonial. So-mente assim construiremos lares comprometidos com o Senhor, que defendem a sua fé e transmitem-na à próxima geração.

Sejamos perseverantes com a nossa fé. Desafio você a continuar confiando em nosso Deus, pois somente nele encontraremos esperan-

com PVC, portas e janelas de alumínio e vidros Blindex.

O “Culto da Vitória” acon-teceu no domingo, dia 12 de outubro, com a participação de várias igrejas da circunvi-nhança e um público de mais de 400 pessoas. O templo não suportou o fluxo, ficando mais de 60% das pessoas do lado de fora.

É conveniente destacar que o Munami é Mutirão de Evan-gelismo. A construção de templos não é o fim, mas, sim, um meio para que a UMHBB possa ajudar as igre-jas com dificuldades na área de construção e edificação de templos. No ano de 2015 o Munami será realizado em Foz do Iguaçu – PR.

Amados, continuemos na batalha, onde o nosso lema é sempre avançar e nunca retroceder; tudo para honra e glória do nosso Deus.

ça de dias melhores, porque a sua Palavra nos garante isso quando nos fala: “Sem mim nada podeis fazer”. Sejamos fortes, corajosos, homens de coragem. Prossi-gamos perseverantes na jor-nada que nos está proposta pelo nosso Senhor.

O alerta desse Congresso é para que homens assumam suas responsabilidades como sacerdotes do lar, sem que-rer assumir o lugar de Deus em suas vidas, pois enten-demos que somente assim seremos prósperos em nossa caminhada cristã. Que Deus continue abençoando esse ministério que tem desperta-do homens pelo Brasil afora.

Congresso “Homens de Coragem” - O governo de Deus

UMHBB realiza Mutirão Nacional Missionário em Cacaulândia – RO

11o jornal batista – domingo, 16/11/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Um culto de gra-tidão a Deus re-alizado no dia 4 de novembro na

capela do Seminário Teoló-gico Batista do Sul do Brasil - RJ marcou o encerramento da nona turma do Projeto Radical Latino-Americano. Os 26 jovens de 11 naciona-lidades, que se dividiram em seis equipes e serviram em quatro países, compartilha-ram um pouco da emoção do que viveram no campo missionário.

O culto foi aberto com uma palavra de Fernando Santos, supervisor do Progra-ma Radical e ex-integrante da sexta turma do Radical África.

“Estamos felizes também porque a colheita que eles estão trazendo produzirá fru-tos para a eternidade. Olhar para vocês e ver a missão cumprida é um testemunho do poder da graça de Deus atuando nas suas vidas”, declarou.

O pastor Girlan Silva, co-ordenador do Centro de Ca-pacitação Missionária da JMM, falou aos jovens Radi-cais que já os vê não como o futuro, mas como o presente da obra missionária.

O Paraguai recebeu duas equipes do Radical Latino--Americano. A primeira era composta pela colombiana Keissy Juliany Giraldo Giral-do, a equatoriana Gabriela Teresa Suasti Argudo, a ar-gentina Maria Amor Perez, o boliviano Josue Marcos Qui-no Davila e a brasileira Lícia Emanuela Gomes Pinto.

Representando o gru -po, Gabriela contou que a equipe atuou na cidade paraguaia de Luque, onde conduziu várias atividades com crianças e adolescentes, entre elas o Pepe (programa socioeducativo) e discipu-lado.

“Em cada Pepe trabalha-mos com as famílias que tivemos a oportunidade de conhecer. E graças a Deus, quatro adolescentes pude-ram se batizar e agora estão na igreja”, contou.

A segunda equipe que se-guiu para o Paraguai era for-mada pelo equatoriano Josue Andres Leon Alarcon, o hon-durenho Andres Ezequiel Torres Lanza, a portuguesa Dina Marques Santana e a brasileira Uêine de Carvalho Faria. O campo de atuação foi a cidade de Encarnación,

próximo à fronteira com a Argentina.

“Trabalhamos manhã, tar-de e noite em hospitais e prisões de cerca de cinco comunidades. Trabalhamos muito e agradeço a Deus pela oportunidade de parti-cipar desse Projeto e de todo o trabalho e experiência que tivemos”, contou Dina.

O trabalho na prisão ren-deu pelo menos um fruto, segundo o jovem Andrés.

“Duas semanas antes de voltar encontramos um ra-paz que tinha saído da pri-são e nos contou como Deus transformou a sua vida e que agora está na igreja. Agradeço a Deus pela vida dele”, contou o jovem de Honduras.

A Colômbia também rece-beu duas equipes do Radical Latino-Americano. Na pri-meira, a argentina Carmen Maritza Chafloque Cornejo, o boliviano Harold Josue Lara Terrazas, a equatoriana Maria Jose Valdiviezo Con-treras e a brasileira Jaqueli-ne Galhardo. Eles atuaram na cidade de Medellín, em dois bairros, Castilla e Can-delaria, duas localidades conhecidas por serem bem violentas.

Eles ajudaram na implanta-ção de uma unidade do Pepe em Candelaria, assim como na plantação de uma igreja naquele bairro de Medellín.

“Também ajudamos no “Projeto Calçada”, que tra-balha com crianças e ado-

lescentes em situação de risco. Essa é uma grande ferramenta para falar de Je-sus. Trabalhamos também na Igreja Batista de Castilla com a célula dos jovens, lideran-do e atuando com todos eles na parte de discipulado”, contou Jaqueline.

A outra equipe enviada à Colômbia também teve Medellín como campo de atuação. O argentino Hector Martín Navarro, o paraguaio Marcos Antonio Acuña Va-lenzuela, a chilena Paula Inés Riquelme Sáez e a pe-ruana Mercedes Maria Car-denas Cardenas auxiliaram o Programa de Ajuda, Rea-bilitação e Esperança (Pare).

“O Pare é um centro de reabilitação que tem como objetivo trabalhar com as pessoas que moram na rua e também com dependen-tes químicos, alcoólatras, travestis e prostitutas. É um trabalho muito duro porque são pessoas que estão muito fechadas não apenas para o Evangelho, mas também no sentido de se comunicar com outras pessoas, porque estão acostumadas com a discriminação”, contou Mer-cedes.

“Trabalhamos também com os internos do Pare e também um objetivo: plantar uma igreja. Graças a Deus deixamos por lá um ministé-rio de louvor. Deus nos usou para isso. Não apenas mar-camos as vidas deles, mas eles marcaram a nossa. Esse

é o caminho. É um trabalho muito lento”, acrescentou Mercedes.

Os outros dois países a re-ceberem equipes do Radical Latino-Americano foram o Panamá e o Uruguai.

No Panamá, o Radical equatoriano Esteban Josue Gonzales Soriano, a bolivia-na America Lorena Zuñiga Montero, a peruana Wendy Estrella Farfan Valverde e a brasileira Rutheany entraram em campo em duas cidades panamenhas: a capital, Ci-dade do Panamá, e também Colón.

“Conseguimos unir duas igrejas que haviam se se-parado no passado. Nós chegamos, trabalhamos e mudamos isso sem saber de nada. Foi muito bom para nós poder fazer isso. Foi um impacto e, graças a Deus, pudemos ver os frutos”, con-tou América, que destacou a falta de obreiros em tempo integral como uma das prin-cipais carências no Panamá.

No Uruguai, a equipe for-mada pelos equatorianos Jerry Paul Mayorga Muñoz, Edgar Baraja Palomo e Sara Marisol Mero Marcillo, a panamenha Zurisadais Quin-tero Peñaloza e a brasileira Thais Junger de Souza foi para Montevidéu, a capital.

Os jovens falaram sobre a dificuldade de evangelizar nesse campo, onde ao sim-ples fato de mencionar Jesus, as pessoas se assustavam ou se afastavam, segundo Jerry,

que representou a equipe.“Por isso, um pouco do

trabalho que fizemos por lá foi por meio de relaciona-mentos. Entramos em vários cursos, oficinas, na casa de cultura de Montevidéu. Isso era necessário para po-der entrar em contato com as pessoas. A ideia era se relacionar com as pessoas e testemunhar através des-ses relacionamentos”, disse Jerry.

Ao final do culto, os Radi-cais receberam a tradicional medalha de conclusão do Projeto para marcar o tem-po no campo missionário. Depois, o coordenador do CIM (Cuidado Integral Mis-sionário), pastor Renato Reis, fez uma oração de gratidão por toda a turma que voltou do campo.

“Nossa gratidão é muito grande a Deus, não se traduz em palavras. Louvamos a Deus por suas vidas, porque vocês se dispuseram. E esses meses de dedicação total deixaram marcas nas suas vidas e de todos aqueles que vocês tocaram, mas também na nossa vida aqui na JMM. Cada vez mais eu me con-venço que o Programa Radi-cal tem um lugar especial no Reino de Deus e em nossa JMM também”, declarou o pastor Renato.

Se você deseja ser fazer par-te de uma das próximas turmas do Programa Radical, escreva para: [email protected].

Culto marca retorno de turma do Radical Latino-Americano

Nona turma doProjeto Radical Latino-Americano serviu em quatro países

12 o jornal batista – domingo, 16/11/14 notícias do brasil batista

13o jornal batista – domingo, 16/11/14notícias do brasil batista

14 o jornal batista – domingo, 16/11/14 notícias do brasil batista

Tenho tido o privilégio de encontrar grandes artistas do Senhor em nossas igrejas, das

mais variadas áreas artísticas. E, com alegria, apresento-lhes o pastor Rogério Bellan, um dos pioneiros no ministério de teatro de bonecos.

Como surgiu o trabalho com bonecos na sua família?

Na década de 40, o então jovem Oscar Bellan teve contato com alguns mis-sionários americanos que utilizavam bonecos como meio de evangelizar crian-ças. Dessa inspiração, ele construiu vários bonecos, se destacando o Cazuza, com quem evangelizou e encantou crianças por todo o Brasil até 1987, quando foi continuar sua alegria no céu. Esse era o meu pai, com quem aprendi a ser bone-queiro ventríloquo.

Como se desenvolveu esse trabalho em sua vida?

Eu comecei a carreira cedo, quando meu pai - por volta de 1963 - foi o preletor de um acampamento de “Em-baixadores do Rei” no Sítio do Sossego, em Casemiro de Abreu – RJ.

Ele iria contracenar com meu irmão Oscar Bellan Ju-nior, seis anos mais velho que eu e que, simplesmente, desapareceu na hora da apre-sentação e lá fui eu, subindo

Lilia Barros, jornalista da CBEES

O Conselho Geral da CBEES ele -geu o seu novo d i re to r - ge ra l .

O nome indicado fo i o do pastor Diego Bravim, com 80% de aprovação. O pastor Diego atuou in-terinamente à frente dos

em um caixote por trás do teatrinho, manipular um de seus bonecos preferidos, o “Macaco Simão”. Embora eu tenha me desequilibrado e caído sobre o teatro, que, por sua vez, caiu sobre ele, nunca mais parei.

Em 1978 formamos um “grupo missionário” na Igreja Batista do Tauá - RJ, liderado pelo diácono Otávio Cabral. Queríamos rodar por todo o Brasil apresentando o Evan-gelho de Jesus. Traçamos um roteiro que cortaria o Brasil do Rio de Janeiro até o Rio Ama-zonas, pelo Brasil Central.

No dia da nossa saída meu pai me chamou, com uma cai-xa, de mais ou menos um me-tro nas mãos, e disse: “Abra, você vai se tornar um ventrílo-quo”. Quando abri, lá dentro havia uma boneca, feita por ele, esculpida e mecanizada com movimentos de cabeça, olhos, boca e até fazia caretas, a boneca Krica. Nessa viagem de 30 dias, com dezenas de apresentações, eu me tornei ventríloquo.

Como você vê a influência dessa arte no meio evangé-lico?

É uma forma de comunica-ção extremamente eficaz, seja para adultos ou crianças. No entanto, não posso considerá--la muito difundida e valoriza-da no meio evangélico, prin-cipalmente na modalidade da ventriloquia.

batistas capixabas desde o dia 27 de abril de 2012, período em que reduziu gastos, enxugou quadro de funcionários para dar mais equilíbrio às contas da Convenção, aproximou-se das associações e igrejas, investiu na evangelização com ação social (Missão Integral), além da plantação e revitalização de igrejas. Foram reabertos os campos missionários em Mucurici e Laranja da Terra, aberto em Tabuazeiro, concluída a re-vitalização e emancipação da Igreja Batista em Irupi e, agora, recentemente, or-ganizada a Segunda Igreja Batista de Cariacica.

Tenho experimentado vol-tar em igrejas onde estive há mais de 30 anos, constatando que pessoas, agora adultas, lembram com detalhes das pregações feitas com os bo-necos. Esqueceram de mim, mas não das mensagens e dos bonecos. Já foram mais de 1400 apresentações nesses 36 anos, muitas histórias e, glória a Deus, muitas conversões.

Como compatibilizar a fun-ção de pastor e artista?

Ser pastor, entre muitas ati-vidades, também é comunicar a Palavra de Deus todo o tempo. O apóstolo Paulo já frisava a importância de co-municar, de se fazer ouvido, de se transformar para ser entendido e de ser entendido para transformar.

Ser bonequeiro comunica, alegra, evangeliza e realiza a Missão. Tive um brilhante professor que disse uma frase inesquecível: “A Missão é da igreja, mas a agenda é da co-munidade”. (Longuinni Neto).

Compartilhe uma experi-ência importante nesse mi-nistério da pregação com bonecos:

Certa vez nosso grupo mis-sionário esteve na cidade de Araguaina. Chegamos até a praça da matriz, tiramos os equipamentos da Kombi, montamos o som e pregamos o Evangelho. Ninguém foi nos ouvir. Ao longe, um homem

“É um privilégio servir ao meu Deus na minha deno-minação neste momento tão especial de uma convenção com 126 anos de história. O relacionamento e a transpa-rência tem norteado nosso trabalho. Com o pastor Do-ronézio Andrade na presidên-cia, somos motivados a culti-var uma vida de santidade. Queremos fortalecer as áreas de educação, comunicação e todas as nossas organizações executivas e auxiliares, bem como o nosso seminário teo-lógico. Caminhando sempre juntos faremos um plane-jamento estratégico com a Ordem de Pastores focando o trabalho missionário, pois en-

com um guarda-chuva pendu-rado no braço, nos olhava. Ele se aproximou e perguntou: “É verdade que vocês vieram lá do Rio de Janeiro só falar desse Jesus?” Respondemos e o convidamos para o culto à noite, que seria em um audi-tório na cidade. No culto, já com algumas dezenas de pes-soas, lá estava o tal homem. Contamos a história do filho pródigo com um velho proje-tor de slides e apresentamos a boneca Krica de ventríloquo.

Aquele homem estava in-quieto, esfregava as mãos nervoso e quando convida-mos a levantar as mãos os que queriam receber Jesus em seu coração; ele foi o primeiro. Logo em seguida, fui aconse-lhá-lo e ele, em tom grave me disse: “Rogério, eu quero lhe dizer uma coisa, eu sou um assassino. Meu nome é Nego Daniel, e eu sou pago pelos grandes fazendeiros para ma-tar os pequenos sitiantes que

tendemos que, juntos, vamos escrever uma nova história em campo capixaba”, diz o novo diretor.

Diego Bravim é nascido em Vitória, formou-se em Teologia pelo CETEBES e cursa atualmente Psicologia. Em relação ao seu histórico, foi presidente da Juventude Batista Cariaciquense; pre-sidente da Associação de Igrejas Batistas de Cariacica e Viana; vice-presidente da Juventude Batista Capixaba (JUBAC); coordenador Es-tadual do Grupo de Apoio Missionário (GAM); dire-tor- executivo da JUBAC; capelão do Colégio Ame-ricano e Faculdade Batista;

fazem com eles divisas. Eu tenho 74 anos e nunca ouvi falar desse Jesus. Eu vi muitos homens chorar nas minhas mãos e eu estou com nojo delas. Será que tem jeito pra mim?”. Li com ele João 3.16, ele confessou seus pecados e aceitou a Jesus.

Naquela noite seguimos viagem. Onze anos depois, um dos meus companheiros de viagem foi fazer um traba-lho no interior de Minas Ge-rais e ao voltar me procurou: “Rogério, você nem imagina quem eu encontrei em uma igrejinha evangélica, o Nego Daniel! Agora ele é professor de crianças na escola domi-nical”.

Em 2014, meu pai, o pro-fessor Bellan, faria 100 anos. Obrigado pai, por me ensinar essa arte tão bonita e rara da ventriloquia. Obrigado Pai do céu, por usá-la para o cresci-mento do Reino e para a sua glória.

secretário da Subseção de Pastores de Vitória; tercei-ro secretário da Ordem de Pastores do ES; secretário da CBEES; vice-presidente da Juventude Batista Brasileira; membro do Conselho da CBB; presidente da Juventu-de Batista Brasileira; pastor auxiliar da PIB em Bento Ferreira e pastor de Jovens e adolescentes da PIB em Cachoeiro.

Conselho Batista do Espírito Santo elege diretor-geral

Pastor Rogério Bellan - Há 50 anos pregando com teatro de bonecos

OBITUÁRIO

15o jornal batista – domingo, 16/11/14ponto de vista

Helvécio Vaz Andrade Santos

A Família Vaz Andra-de comunica o fa-lecimento da que-rida Daria Gláucia,

ocorrido em 07 de outubro de 2014, no Rio de Janeiro. O culto de gratidão foi realizado na Igreja Batista Itacuruçá - RJ, sob direção do pastor Israel Belo de Azevedo. Estiveram presentes inúmeros irmãos em Cristo, familiares, pasto-res e colegas seus da Acade-mia Evangélica de Letras do Brasil (AELB). A seguir, uma transcrição da breve biografia de autoria do diácono Almir Gonçalves Júnior, publicada no boletim do culto realizado na ocasião.

Daria Gláucia, “a baiana mais carioca possível”

De Nova Itarana, interior da Bahia, desde a infância se afeiçoou aos livros e à leitura. Família grande, na casa da vovó, sempre lia e se deli-ciava, especialmente com as poesias. Foi estudar no grande Colégio Taylor Egídio, onde aos pés de Carlos Dubois e sua esposa Stela Câmara Dubois, se empolgou ainda mais com a literatura. Ga-

nhou concursos de poesias e, com isso, em pouco tempo, já na juventude, veio para o Rio de Janeiro chamada para trabalhar no “O Jornal Batista” como secretária do redator, pastor Almir dos San-tos Gonçalves, na então Casa Publicadora Batista. Daí em diante, a trajetória de escritora e poetisa se firmou.

Estudou no Seminário Betel, ao tempo ainda do pastor José de Miranda Pinto. Con-viveu com várias expressões da literatura evangélica, foi aprovada por exame para cargo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde exer-ceu a função de revisora por muitos anos. Formou-se em curso superior de Pedagogia e Literatura.

Em todo esse tempo se aproximou e fixou raízes na Igreja Batista Itacuruçá. Foi muito amiga do pastor Hélcio Lessa e de sua esposa Odete, e do pastor Israel Belo de Azevedo e sua esposa Rita. Além disso, foi insepa-rável companheira de nossa “Tuca”, a Aracy Carneiro e companheira do mano Hel-vecio Andrade em nossas atividades. De Itacuruçá não se afastou nunca até que há

três domingo nos vimos mais uma vez nos bancos da Igreja.

Em 2004, graças aos seus trabalhos, deu entrada aos portais da Academia Evangé-lica de Letras, na cadeira de um grande inspirador dela, o também itacurucense, profes-sor José Luciano Lopes. Um dos últimos livros que nos brindou, “Uma boneca para Salete”, uma reflexão sobre a infância abandonada, traz-nos um poema de grande atuali-dade em suas poucas linhas: “Há um menino na rua, há um menino na estrada, há um menino na praia, há um menino na pelada. E foi por esses meninos que escrevi estes versos”. Um novo livro estava já em fase de digitação. Sairá quando Deus quiser.

Dentre os preitos de gra-tidão em memória de Daria Gláucia citamos os que ocor-reram nos dias 12 e 22 de outubro: o primeiro na Igreja da Candelária, por ocasião do concerto do Coral Excelsior, com um momento de silêncio e ainda uma homenagem na sessão Solene da Academia Evangélica de Letras do Brasil, presidida pelo reverendo Gui-lhermino Cunha, no templo da Igreja “Cristo Vive”.

Uma palmeira tombou

Valdeci Pose, pastor

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Conforme a sua grande mi-sericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pe 1.3).

Assim foi a partida da irmã Argentina da Silva para os braços do Pai. Faz um mês, mas não dá para esquecer o falecimento da irmã Argenti-na. Saudades.

Argentina fazia parte da membresia da Igreja Batis-ta do Jardim Rotsem, em Duque de Caxias – RJ, pas-toreada pelo pastor Ecleir. Serva f iel , dedicada em suas atividades com a sua denominação. Uma mulher de oração em todos os mo-mentos, sempre com um sorriso nos lábios e pronta para atender a qualquer

que lhe solicitasse ajuda.Temos certeza de que esta saudade que temos em nos-sos corações até hoje, so-mente o Espirito Santo de Deus pode amenizar, pois esquecer, nunca.

Saudade dos seus filhos, filhas, genros, netos, netas, bisnetos e bisnetas. Como faço para expressar o mais puro sentimento por uma pessoa, a qual sempre fez parte da nossa vida e agora foi chamada por Deus para o descanso eterno? Duro, mas é a grande verdade.O que vem a ser tristeza? O obje-tivo da tristeza é fazer você lembrar, é alertar que algo foi perdido, que algo aconteceu, pois foi justamente isso que ocorreu.

Minha esposa perdeu a sua mãe, amiga, companheira, conselheira, e uma grande admiradora da filha que ti-nha. Sofro neste momento com a partida da minha so-gra, pois sinto as mesmas

dores da esposa e dos netos. Quando você sentir tristeza, não as coloque de lado, pois a maioria de nós não aceita esse estado melancólico que nos envia para o banco das tristezas e perdas.

Como agradeço a Deus pela vida da minha sogra. Como cresci, como aprendi com o tempo que aqui con-viveu conosco esta bela serva do Deus vivo.

Não posso esquecer da elegância como se vestia, gostava sempre de estar bem--arrumada e nunca deixava os seus compromissos com Deus por último. E eu sempre instigando-a para ver suas respostas de experiência de vida. Querida sogra, já sinto a sua falta. Olha, pode ter a certeza que nunca vou ficar sem camisa no varandão da comunhão.

Preciosa é a morte dos jus-tos (santos) à vista do Senhor para irem ao encontro de Je-sus. Saudades do seu genro.

Saudades