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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 50 Domingo, 14.12.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 14/12/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 50 Domingo, 14.12.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · não se trata de, simplesmen-te, mais um livro. Trata-se da Palavra de Deus. ... olhares abatidos; jeito triste. Na

2 o jornal batista – domingo, 14/12/14 reflexão

E D I T O R I A L

Hoje celebramos, com muita ale-gria, o Dia da Bí-blia. Creio ser esta

uma ótima oportunidade para refletirmos sobre o seu papel no nosso crescimento cristão.

Deus usou, aproximada-mente, 40 homens para re-gistrar a sua Palavra. Pedro afirmou que “nenhuma pro-fecia da Escritura é de parti-cular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem al-gum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe 1.20-21).

O verbo inspirar, na língua grega, tem a ideia de “falar ao pé do ouvido”, “sussurrar”. Compreendemos assim que o Espírito Santo estava falando ao pé do ouvido daqueles que estavam registrando as Palavras de Deus. Por isso, não se trata de, simplesmen-te, mais um livro. Trata-se da Palavra de Deus.

Palavra que nos santifica: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”

(Jo 15.3). Palavra que nos corrige e aperfeiçoa: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Es-critura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamen-te habilitado para toda boa obra” (II Tm 3.14-17).

Palavra que deve ser aco-lhida: “Portanto, despojando--vos de toda impureza e acú-mulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21).

Palavra que deve ser prati-cada: “Tornai-vos, pois, pra-ticantes da palavra e não so-mente ouvintes, enganando--vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla,

num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liber-dade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1.22-25).

Palavra que deve estar no nosso coração e nas nossas casas: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar--te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas” (Dt 6.6-9).

Palavra que nos protege do pecado: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

É nesta Palavra que deve-mos meditar: “Tão-somente sê forte e mui corajoso para

teres o cuidado de fazer se-gundo toda a lei que meu ser-vo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer se-gundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem--sucedido” (Js 1.7-8).

É nesta Palavra que deve-mos permanecer: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha pa-lavra, sois verdadeiramente meus discípulos” (Jo 8.31). “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).

Que o Senhor nos ajude a seguir esses princípios em relação à sua bendita Palavra.

Marcos Gaudard Correa,pastor da Primeira Igreja

Batista Madureira - RJ

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 14/12/14reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Assim traduz a Bíblia na Linguagem de Hoje o verso 17 de Lucas 24, sobre o

semblante dos dois discí-pulos a caminho de Emaús: “Eles pararam, com um jeito triste”; “Com o rosto som-brio”, diz a Bíblia de Jerusa-lém. Estavam tristes e con-versavam sobre coisas tristes. Normal o comportamento dos dois. Quem está triste não consegue manter con-versação alegre. A tristeza “Faz o rosto ficar abatido” (Pv 7.3). Pessoas tristes têm o semblante transtornado. Os dois a caminho de Emaús não conseguiam esconder a tristeza ao pensar que Jesus

Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

Eu considero Mateus um homem muito co-rajoso, não por atos de heroísmo, mas por suas

decisões. Alguém disse certa vez: “Toda decisão que você toma não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. As suas escolhas revelam o seu cará-ter”. A história de Mateus se encontra no seu evangelho, no capítulo 9, versos 1 a 9.

Mateus teve coragem de tomar a decisão por Cris-to - Essa decisão teve dois aspectos muito importantes: primeiro, ele se desapegou da coletoria, que simboliza as coisas que nos iludem e pro-porcionam uma falsa estabili-dade. Mateus seguiu a Jesus e assumiu a sua condição de discípulo. Apegou-se a Cristo, e eu não tenho dúvidas de que Deus tenha se apegado a ele. Deus não faz acepção de pessoas, mas eu creio que Deus se apega àqueles que lhe são fiéis, amorosos e dedi-cados. Foi assim com Enoque, ele andou com Deus e Deus o tomou para si.

Mateus teve coragem de dar testemunho da sua nova vida - Primeiro ele tornou pú-blica sua decisão, promoven-do uma reunião em sua casa. Poderíamos dizer que ele promoveu um estudo bíblico evangelístico, tendo como facilitador o próprio Jesus. Outro detalhe importante é

havia morrido e continuava morto. Com Cristo morto não há como não ser triste.

Olhe os semblantes das pessoas nas ruas, nos sho-ppings, nos consultórios mé-dicos, até mesmo nos cultos nas Igrejas. Cenho carregado, testas enrugadas, sorrisos sem expressão, olhares abatidos; jeito triste.

Na caminhada diária pas-samos por muitos obstácu-los, encruzilhadas das mais variadas. Curvas perigosas, que assombram o viajante. É normal quando isso ocorre encontrarmos alguém que passa a caminhar ao nosso lado, contando histórias tris-tes. Você já verificou que na

que Mateus não se intimidou com as críticas dos fariseus, que questionaram a presen-ça de um Mestre ao lado de pecadores. Se lhe fosse possível, naquele momento, parafrasear o apóstolo Paulo, ele teria dito: “Eu sei que fui publicano e pecador, mas eu fui lavado e santificado em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (I Co 6.11).

E, finalmente, Mateus teve a coragem de participar do

ocorrência de uma tragédia sempre aparece alguém para relatar uma tragédia maior? A sua dor não é comparável à dor do desconhecido que sofreu aquele desastre. É o jeito amargo que as pessoas encontram para tentar con-solar, animar e dizer que seu sofrimento não tem significa-do, se comparado com a dor de outros. Há sempre outros sofrendo mais.

Sou apaixonado por Jesus. O Mestre se aproximou dos dois caminhantes e não rela-tou uma tragédia maior. Jesus abriu a Bíblia e começou a ci-tar os textos que traziam espe-rança, alegria e estímulo para prosseguir. À proporção que

ministério de Cristo - Duas coisas eu quero falar sobre os que querem seguir o exemplo desse apóstolo admirável. Primeiro, não devem se mis-turar com os murmuradores, representados no texto pelos fariseus. Eles ficaram insatis-feitos com a decisão de Jesus em pregar aos pecadores, e com a decisão de Mateus em investir o seu dinheiro e a sua casa em uma reunião daquela natureza. Em segundo lugar, os que querem se comprome-

caminhavam, os corações dos dois discípulos foram incen-diados pela alegria, que só a salvação consegue promover. Ficaram tão empolgados, que suplicaram: “Fique conosco” (Lc 24.29). Aquele desco-nhecido, Jesus, era especial. Conseguia transformar tristeza em alegria e dar um novo significado à vida.

Quem tem Jesus como salvador e companheiro de jornada desconhece a tris-teza. Ele prometeu que es-taria conosco para sempre, não importa a dimensão do problema, mesmo se não houver solução aos olhos humanos, mesmo sem es-perança de melhores dias.

ter com o ministério de Cristo precisam saber que Jesus não veio para divertir bodes e nem bajular religiosos. Ele não é um animador de auditório e não se agrada de devoções vazias. Sua missão é ajun-tar os que andam dispersos. Disse Jesus: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor“ (Jo 10.16). A Igreja de hoje sabe

Quando permitimos que Je-sus caminhe conosco, tudo muda.

Hoje não temos a presença física de Jesus ao nosso lado. Temos, porém, a presença do Espírito Santo a oferecer-nos direção. Ele é o Consolador, o Intercessor que, com ge-midos inexprimíveis, coloca no altar divino as nossas pe-tições. Habita nos corações daqueles que um dia creram em Jesus como Salvador. O Espírito Santo conhece todo o nosso ser, nada escapa ao seu agir. É fonte inesgotável da verdadeira alegria. Nesta sociedade triste e sem es-perança, o salvo tem ajuda necessária para ser alegre.

cantar lindas canções, fazer o povo rir e festejar, mas precisa se comprometer mais com o ministério de Cristo. Preci-samos retornar aos estudos bíblicos, aos cultos nos lares, recriar o ministério de evange-lismo, treinar líderes, formar pregadores, buscar o desper-tamento de vocacionados e orar pela abertura de novas frentes missionárias. Não se esqueçam, a missão da Igreja é buscar e salvar os que estão perdidos.

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Uma oração não atendida

reflexão

“Tendo, pois, Maria che-gado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11.32).

Não foi por falta de aviso ou de pedido: mesmo sabendo da serie-

dade da doença de Lázaro, Jesus deixou seu amigo mor-rer. Daí o desapontamento de Maria: “Maria prostrou-se aos seus pés e disse-lhe: Se-nhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11.32).

Existe um tipo de pregação que se admite uma resposta às orações dos crentes: como o Senhor é Pai, “não é pa-drasto”, a responsabilidade dele é responder os nossos pedidos, segundo as nossas expectativas. Assim, no de-semprego, a única resposta admissível é o Senhor arran-

jar um emprego. No caso de doença, “nunca fará sentido um Senhor que não provi-dencie a cura”.

Jesus não aceitaria esse tipo de pregação. No episódio do seu grande amigo Lázaro, por exemplo, suas irmãs oraram pedindo a cura de sua do-ença grave. Obviamente, o Mestre deixou que ele mor-resse, contrariando o desejo e as orações das duas irmãs. Marta e Maria, ao orarem, pe-diram uma grande bênção ao Senhor. Cristo, porém, não queria ser limitado a apenas dar uma grande bênção.

O que Ele planejou, diante das orações fervorosas de duas cristãs consagradas, foi dar uma resposta extra-ordinariamente grande. Elas pediram cura, ele deu res-surreição. Nós temos que escolher: queremos respostas humanas ou queremos as respostas sobrenaturais, que só o Senhor pode dar?

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

A mais sublime das virtudes cristãs é a humildade. Ela comparece em to-

dos os livros da Bíblia. A pas-sagem mais eloquente que a recomenda é o Sermão do Monte, onde estão as bem- aventuranças.

A maioria dos crentes ouve dezenas de recomendações em cada sermão, mas, o como realizar tais recomen-dações nunca é mencionado. Vamos refletir com os leitores se o que vamos colocar faz sentido.

Todos nós colocamos ob-jetivos de viver e praticar aquilo que o Espírito nos revela faltar-nos. Através de uma leitura bíblica, através de uma conversa, através de uma falta que cometemos com alguém, descobrimos que estamos falhando em obedecer a Palavra neste ou naquele ponto. Como fazer para não repetir a falha?

O que significa pobreza de espírito? Pobre é aquele que

tem falta de coisas fundamen-tais para sua sobrevivência. Não só de coisas fundamen-tais, mas também coisas prove-doras de conforto, segurança, boas emoções, e tantas outras mencionáveis. Se tem falta, só as terá se forem providas pela bondade de alguém.

O cristão verdadeiro aproxi-ma-se de Deus de mãos vazias. Sabendo que é pecador, sabe que o que oferecer a Deus, para ser aceito, irá manchado pelo seu pecado. A falta de pobreza de espírito é uma das situações mais enganosas com que enfrentamos. Ouvi-mos um apelo, um desafio, prometemos a nós mesmos obedecer, mas, no momento que obedecemos, já vamos apresentar a Deus, julgando--nos, doravante, dignos de sermos aceitos por Deus. Que engano. Nosso coração é tão enganoso que pecamos até nas coisas espirituais. Saímos da escravidão do pecado para cairmos em outra escravidão, como diz Paulo aos Gálatas e aos Colossenses.

A educação tem como meta nos ensinar a alca-

çar um objetivo, a cumprir etapas, a abrir caminhos, a conhecer nossos erros, fa-lhas; isso é educação. Então cabe a pergunta: falta-nos o quê? Falta-nos saber do que precisamos e de como chegar a isso. Mas, temos por tradição, saber apenas do que precisamos, pois as mensagens que ouvimos são sempre exortativas, não educativas.

Agora, vamos a uma pos-sível solução. Toda vez que vamos a Deus na nossa po-breza, estamos descendo, submissos, dependentes, va-zios de poder próprio. Agora, estamos perto da experiência do apóstolo Paulo. Ele afir-ma: “Quando estou fraco, aí é que estou forte”. Também afirma: “A minha fortaleza se manifesta na fraqueza” (II Co 12.10b). Essa sensação de po-breza prossegue, é constante, pois ela é fundamental para o nosso progresso espiritual. Aí está a prova da premissa inicial: para subir, tem que descer. Assim seja nossa ex-periência, para a glória de Deus. Amém e amém.

Amurabe Farel Bernardes de Andrade, membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ

“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de mui-tos dias o acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra” ( Ec 11.1-2)

Em um determinado dia, logo pela manhã, fui incomodado por esses dois versículos

do capítulo 11 do livro de Eclesiastes. Solicitei então a dois pastores amigos meus, sem lhes explicar as motiva-ções, ajuda para entender o que Deus estava querendo ensinar-me a partir desse texto. Algumas observações me ajudaram e faço questão de anotar por me parecerem relevantes:

1. Em um comentário bí-blico encontramos a possível relação do texto com o fato

de que, àquela época, o rei Salomão comercializava o trigo produzido e o meio de transporte era naval. O trigo, como todos sabemos, é matéria prima para produção de pão.

2. O pão, na linguagem bíblica, extrapola o sentido literal do alimento básico, traduzindo genericamente a noção de alimento em senti-do amplo.

3. As águas também rece-bem um sentido de fonte de vida.

4. Repartir com sete, e ainda com oito, no hebrai-co, mais do que o número propriamente, representa a pluralidade da ação. Rapi-damente me veio à mente uma oportunidade em que estive à beira de um lago jogando pedaços de pão para os peixes ali criados. Enquanto esperava que os peixes, pequenos e ariscos, se arriscassem ao subir à

superfície para abocanhar um pequenino pedaço, uma migalha desse pão, pude observar que logo após to-car a água, o naco de pão se inchava, absorvendo a água e começava a se des-manchar. Como pode então um pão que se desmancha ao contato com a água ser achado depois de dias?

Entretanto, se considero o pão, de uma forma genérica, como “alimento”, entendo que esse alimento pode ser encontrado depois de vários dias, na forma do próprio pei-xe que nos serve de alimento.

Contudo, embora faça mais sentido, prefiro pensar que, mesmo que fosse a farinha transportada em barcos que, ao contato com a água se dis-solve, não podendo mais ser aproveitada, a ação de Deus é suficiente para preservar a sua qualidade e possibilitar que ainda possamos dividir com outros.

Veja que interessante. Para fazer pão ou mesmo uma massa qualquer, é necessá-rio adicionar água à farinha. Outros ingredientes serão acrescentados, dependendo do tipo de massa ou mesmo do tipo de pão que se pre-tenda. Mas, a proporção de água para uma quantidade de farinha é precisa. Se for adicionada pouca água, te-remos uma “farofa”, que não vira massa de jeito nenhum. Se for adicionada água em excesso, teremos um caldo, chegando mesmo a dissipar toda a farinha e também não teremos a desejada massa. Lançar o pão sobre as águas sempre nos dará a sensação de um volume grande de água para um pequeno pão ou mesmo para uma quanti-dade pequena de farinha.

Percebi então que o recado de meu Deus não estava na figura que me veio à mente, mas sim na questão da obedi-

ência e fé. Entendi que aquele pedaço de pão que, muitas vezes é jogado no lixo porque estamos satisfeitos, pode ali-mentar muitos peixinhos que Deus cria, e proporcionar-lhes o necessário crescimento. Entendi ainda que o alimento que tenho foi possibilitado por Deus e que eu não sou o “fim da linha”. A ação de Deus em minha vida deve me mover a dividir, e que a consequência dessa partilha é uma multiplicação pela operação milagrosa de Deus. O meu pouco é muito nas mãos de Deus.

Diante dessas conclusões, percebo que em algum mo-mento de minha caminhada perdi essa noção da graça e reconheço como oportuno esse lembrete. Constrangido, peço perdão. E, agradecido, peço forças para trilhar então esse caminho e depositar cada vez mais a minha con-fiança em Deus.

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Monólogo de Lu-cas: Eu mesmo e s c r e v i e s t a linda história.

Pesquisei muito, entrevistei muitas pessoas, consultei as profecias antigas e tudo o que escrevi foi visto por mi-lhares de testemunhas. No tempo do grande Herodes, rei da Judéia, o imperador Cezar Augusto decretou que fosse feito um recense-amento em todas as nações. Cada pessoa deveria ir à própria cidade onde nascera e apresentar-se diante das autoridades. Então, José, um carpinteiro de Nazaré, cidade da Galiléia, teve que subir pelas montanhas e ir até a cidade de Belém para apresentar-se, juntamente com Maria, sua esposa, que estava para ganhar o seu primeiro filho. Assim que eles chegaram a Belém, foram batendo de porta em porta procurando abrigo, mas todas as hospedarias estavam lotadas. Depois de muita procura, José en-controu uma cocheira nos fundos de uma estalagem, onde foi permitido que ele e Maria passassem a noite. Obviamente, no dia seguin-te, poderiam procurar uma hospedaria. Ali naquela estrebaria de Belém, Maria deu à luz ao seu filho. Não havia nem mesmo um berci-

nho para colocar o menino e, por isso, ela teve que dei-tar o seu filho sobre o feno em uma manjedoura. Foi assim que começou a his-tória, a mais linda história, que jamais foi imaginada, a história do amor de Deus pela humanidade.

Através de muitos testemu-nhos, eu acompanhei toda a vida de Jesus. Muitas pessoas me contaram que viram Jesus fazer milagres e curas maravi-lhosas, sinais de que ele era realmente o Filho de Deus, até que ele foi preso, conde-nado e morreu crucificado em Jerusalém. Quando todos pensavam que ele tinha sido derrotado pela morte, Jesus ressuscitou e ficou andando junto com os seus discípulos por 40 dias, até que um belo dia, ele se despediu deles e voltou para a sua glória no céu, subindo à vista de todos eles. Muitas histórias foram contadas a respeito de Jesus, mas o seu nascimento em Belém foi a que mais me fascinou. Querem saber por quê? Ouçam o que diz a mulher do estalajadeiro. Monó logo a s egu i r no próximo número. (Do livro “A Família de Adoradores” - UFMBB).

Veja entrevista no YouTu-be, clicando UVE | POÇO D’AGUA | Pastor João Fal-cão Sobrinho

Francisco Mancebo Reis, colaborador de OJB

Merecem destaque dois verbos de uso constante na religiosida-

de: falar e ouvir. Aos fingi-dos fariseus, Jesus contesta: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mc 7.6). Contra eles, o Mestre adverte a multidão e os discípulos: “Não procedais de conformi-dade com suas obras, pois di-zem e não fazem” (Mt 23.3). Qual a instrução de Tiago? “Sede cumpridores da Pala-vra, e não somente ouvintes” (Tg 1.22) . São graves estas suas declarações: “A fé, se não tiver obras, é morta” (Tg 2.17); “a fé sem as obras é inútil” (Tg 2.20). A bem--aventurança para quem lê a Palavra inclui ouvir e guardar seus ensinos, como está es-crito em Apocalipse 1.3.

Vínculo inevitável - À luz das Escrituras, é impossível desfazer esse laço.Vamos a exemplos bíblicos:

O arrependimento (dou-trina) anunciado por João Batista não se dissociava dos “frutos dignos de arrependi-mento” (vida), como registra Mateus 3.1-8. O batismo

ensinado por Paulo, no sim-bolismo de morte e ressur-reição (doutrina), pressupõe novidade no proceder (vida), como se lê em Romanos 6.4. A ceia do Senhor nos coloca em comunhão com o Calvá-rio (doutrina), e inclui uma ética na celebração (vida), segundo consta em I Corín-tios 11.23-16 e 17-22.

O que faz a diferença de Saulo para Paulo? A diferença entre farisaísmo e cristianis-mo. Mudando o vínculo, mudou o comportamento. Um dos efeitos das missões em Éfeso foi a queima de livros sobre magia negra e bruxarias, descrita em Atos 19.19. Perdeu-se o víncu-lo com a doutrina anterior. Pode-se inserir neste contex-to Romanos 6.18, a respeito dos que recebem a graça. João carrega na ênfase sobre a vida em Cristo, opondo-se ao pecado, como se pode ler em João 3.16, 36 e João 5.24. Isso é doutrina que leva Pau-lo a dizer: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21).

Coerência desejável - Re-tomando o exemplo de Pau-lo, edificante é a leitura do que ele escreveu sobre a repercussão social de seu encontro com Jesus: “Eu não

era conhecido de vista das Igrejas de Cristo na Judeia. Somente tinham ouvido di-zer: Aquele que antes nos perseguia, agora anuncia a fé que outrora procurava destruir. E glorificavam a Deus a meu respeito” (Gl 1.23-24). A esse novo discí-pulo não faltava autoridade para arguir os judeus pelo mau testemunho perante os gentios: “Tu, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, fur-tas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulte-ras? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?” (Rm 2.21-23). Logo depois, o de-sastroso tropeço: “O nome de Deus é blasfemado por vossa causa” (Rm 2.24). Hu-mildemente, reconheçamos que não poucas críticas aos evangélicos que se funda-mentam em deslizes vergo-nhosos e inegáveis.

Notável e oportuno é o in-centivo ao obreiro Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (I Tm 4.16). Sem os cuidados pessoais para um viver santo, de que vale ao pastor ou a qualquer crente pregar a doutrina da santificação?

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6 o jornal batista – domingo, 14/12/14 reflexão

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

A realidade da morte assusta muita gente. As pessoas vivem como se nunca fos-

sem morrer. Muitos nem que-rem ouvir sobre este assunto. Não param para pensar na realidade da morte. Queren-do acreditar na existência da morte ou não, o fato é que ela vem, e a morte não man-da recado.

Dinelcir de Souza Lima, colaborador de OJB

Quem teria sido o décimo segundo apóstolo de fato, Matias ou Paulo?

Há os que defendem e ensi-nam que Matias foi o discípulo que ocupou o lugar de Judas. Baseiam-se no texto de Atos 1.15-26, e ficam a estabelecer raciocínios para não descar-tar o apostolado de Paulo. Um dos argumentos é o de que Paulo teria sido apóstolo somente para os gentios. No entanto, a crença que Matias seria o décimo segundo após-tolo gera muitas dificuldades quanto às realidades do apos-tolado e, até mesmo, quan-to aos aspectos teológicos e doutrinários. Enumero abaixo alguns questionamentos:

1. A escolha de Matias foi uma iniciativa de Pedro (v. 15-20) - Apesar de citar as Escrituras a respeito da ne-cessidade de outro tomar o bispado de Judas, tomou

A morte ceifa as vidas das pessoas de diversas formas: através de doen-ças, acidente, assassinato, suicídio, enfim; ela é uma realidade. A morte não es-colhe idade, se você visitar os túmulos nos cemitérios de todo o mundo, verá que tem crianças recém-nasci-das, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Ficamos tristes com a parti-da dos nossos entes queridos, amigos, conhecidos. Sempre

para si a prerrogativa de fazer daquele tempo o momen-to da escolha. É necessário lembrarmo-nos que os após-tolos eram de Jesus Cristo e que foi ele próprio quem os escolheu, como está descrito em Marcos 3.14.

2. Os critérios de esco-lha foram estabelecidos por Pedro (v. 21-22) - Ninguém sabe quais critérios o Senhor Jesus estabeleceu para, den-tre seus discípulos, escolher doze homens e ele próprio os chamar de apóstolos. Além disso, Pedro estabeleceu a necessidade de uma pessoa ser escolhida com a finalida-de de ser, juntamente com os outros apóstolos, testemunha da ressurreição de Jesus. Mas, quando escolheu os doze, o Senhor os nomeou para “es-tar com ele e os mandasse a pregar; e para que tivessem o poder de curar as enfermida-des e expulsar os demônios”. Um apóstolo de Jesus não era apenas uma testemunha da ressurreição dele.

que a notícia chega levamos um susto, ficamos em estado de choque. A pergunta que vem à mente é: sério? Fulano de tal morreu? A morte é uma realidade e, por isso, precisamos estar preparados para enfrentá-la.

A Bíblia diz: “E, como aos homens está ordena-do morrerem uma só vez, vindo depois disso o juí-zo” (Hb 9.27). A morte é o cessar da respiração aqui na terra, mas não é o fim

3. O meio de receber a resposta da oração dirigi-da ao Senhor foi escolhido pelos discípulos (v. 24-26) - Lucas não registra quem tomou a iniciativa de lançar sortes, mas certamente não foi o Senhor Jesus. A inicia-tiva de Pedro era precipitada e a iniciativa para receber a resposta também o foi. Esta-va fora do padrão de oração ensinada pelo Mestre: “Seja feita a tua vontade e não a nossa”.

4. Crer que a iniciativa de Pedro foi acertada corrobo-ra com a crença da Igreja Católica de que ele foi o primaz entre os apóstolos e que tomou o lugar de Cristo na terra - Ou seja, corrobora com a crença de que a Igreja de Cristo teve um papa e que outros, através dos tempos, seriam seus sucessores como representantes diretos de Cristo no mundo.

5. Crer que Matias teria sido o décimo segundo após-

total. Há uma realidade após a morte. A Bíblia fala de eternidade. Quando se trata de eternidade só há duas opções: passar a eter-nidade no céu com Cristo, ou passar a eternidade no inferno sem Cristo.

O texto de Hebreus men-cionado acima fala do juízo. O juízo será para aqueles que rejeitaram o sacrifício de Cristo. Esses serão con-denados para sempre. Então, prepara-te para encontrares

tolo cria dificuldades em se compreender o texto de Apocalipse, quando diz “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam so-bre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). O texto limita o número de apóstolos a doze. Coloca-os como fundamen-tos da muralha da cidade celestial. Qual o nome que sobraria, o de Paulo ou o de Matias? Um deles está de fora.

6. Crer que Matias teria sido o décimo segundo após-tolo desmerece todos os en-sinamentos de Paulo como sendo de um apóstolo de Cristo - O Novo Testamento está repleto de palavras do apóstolo Paulo que nos ex-plicam o Evangelho de Jesus Cristo. As Igrejas de Cristo durante séculos se firmaram em seus ensinamentos. A Te-ologia Moderna tenta de todas as maneiras tirar o mérito dos ensinamentos dele como sen-do inspirados por Deus. Hoje

com o teu Deus, não esqueça que a morte é uma realidade. Nunca esqueça que a morte não escolhe idade, então, viva intensamente e faça a vontade de Deus, esteja pronto para enfrentar este fato.

Se a morte é uma realidade, a ressurreição também é para os que aceitarem a Cristo, pois esses serão ressuscitados no último dia. Nunca es-queça a advertência bíblica: a morte é real, então, não ignore.

já se fala na Teologia Paulina como se fosse algo diferente e conflitante com os ensina-mentos de Cristo. Crer que ele não foi o décimo segundo apóstolo de Cristo é colaborar com os adeptos da Teologia Liberal, cuja principal crença é a de que a Bíblia não é a Palavra de Deus.

Finalizando, eu creio que Paulo foi o apóstolo de Cris-to. Sua chamada foi realizada pelo próprio Senhor Jesus, como diz Atos 9.1-18. Ele próprio testifica isso em suas cartas, como, por exemplo, em Romanos, onde lemos: “Paulo, servo de Jesus Cris-to, chamado para apóstolo, separado para o Evangelho de Deus” (Rm 1.1). Ele não foi somente apóstolo aos gentios. Sempre pregou o Evangelho aos judeus, apesar de sempre ser perseguido por eles. Escreveu cartas a crentes judeus e gentios porque cria que há um só povo de Deus, os crentes em Jesus Cristo, o Filho de Deus.

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7o jornal batista – domingo, 14/12/14missões nacionais

Valdir - pastor - e Ana Maria Soares - Gerência Nacional para Evangelização dos Povos Indígenas

“Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso, estamos alegres” (Sl 126.3).

Nos dias 16 a 23 de novembro de 2014, foi realiza-da a Trans Crian-

ça Indígena com a etnia Ti-kuna, na aldeia Umariaçu I, nas proximidades do muni-cípio de Tabatinga – AM, às margens do Rio Solimões. Foi uma experiência ma-ravilhosa realizada com as crianças indígenas nesses dias. O nosso onipotente Deus foi anunciado àquele povo. Louvado seja o seu nome.

A equipe para a realização do Projeto Missionário foi composta por 23 voluntá-

Redação de Missões Nacionais

O documentá r io “Uma Esperança – Um caminho de superação das

drogas” ganhou o prêmio de melhor documentário do Festival Nacional de Cinema Cristão (FNCC).

“Ganhar mais um prêmio com o documentário “Uma Esperança” é uma honra para mim, por mostrar por in-termédio deste trabalho o enorme alcance do Projeto Cristolândia sobre a vida de tantas pessoas”, afirma o cineasta J.R. Bonavita.

O evento realizado pela Agência Cultural Brasil ,

rios do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Ron-dônia. A base de todo o tra-balho foi situada na cidade de Tabatinga, onde temos o casal de missionários An-tônio Claudomiro e Marcia no Projeto de Plantação de Igrejas na cidade e em comunidades ribeirinhas. Grande parte da equipe ficou hospedada na casa do casal e nas dependências da Igreja plantada por nossos missionários. Amor, carinho e desprendimento foram a marca que o casal de mis-sionários deixou no coração de toda a nossa equipe.

A coordenação da Trans Indígena na comunidade Uamariaçu I ficou sob a responsabilidade da missio-nária Jaqueline Santos, pas-tor Valdir Soares da Silva, missionária Ana Maria Pe-reira da Silva e dos irmãos Claudio Márcio e Rosemeire Rodrigues. Os voluntários

sob a direção da produtora cultural Verônica Brendler, distribuiu 16 prêmios nas

foram treinados pela mis-sionária Jaqueline, na parte da manhã do dia 16 de no-vembro, no templo da Igreja Batista Multiplicadora, e o culto de comissionamento foi realizado no templo da comunidade indígena Tiku-na Umariaçu I.

A alegria, a música e hos-pitalidade foram as marcas que os nossos irmãos indí-genas deixaram em nosso coração. Uma frase proferida pelas crianças, que marcou a equipe que chegava a cada dia, foi: “Eles chegaram, eles chegaram”. Elas iam em bus-ca dos voluntários da Trans e caminhavam com eles até o local das reuniões. Fomos imensamente abençoados por aquele amado povo indí-gena Tikuna. Que saudade.

Os voluntários da Trans trabalharam nos períodos da manhã e tarde. A cada dia crescia o número de crian-ças. Era sempre uma alegria ao nosso coração olhar para aqueles rostinhos nas ativi-dades que eram realizadas.

A relevância social foi exercida neste Projeto pela equipe de saúde, composta de uma dentista, um pro-tético, duas enfermeiras e uma instrumentista. O aten-dimento odontológico foi realizado pelo casal Adriana e José Medeiros, enquanto a sua equipe aferia a pressão arterial e media a taxa de glicose dos adultos. Foram

seguintes categorias: me-lhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz,

distribuídos 600 kits de hi-giene para as crianças e famílias indígenas.

Adultos e jovens estiveram presentes em todas as nossas atividades. Com isso, foi pos-sível apresentar o Plano de Salvação a todos. Crianças, jovens e adultos indígenas tikunas foram impactados ao ouvirem o Evangelho de Jesus Cristo, ou seja, o som do Evangelho ecoou no Alto Solimões. Ore pelo povo indígena Tikuna.

O treinamento de líderes indígenas alcançou nove lí-deres para trabalhar com as crianças indígenas. Esta foi também uma das estratégias realizadas nesta Trans por intermédio da missionária Jaqueline. Líderes que traba-lham com os povos Tikuna foram abençoados neste treinamento.

Neste período, viajamos com parte da equipe à aldeia Tikuna em Porto Espiritual e Atalaia do Norte e ao Centro

melhor roteiro, melhor fo-tografia, melhor direção de arte, melhor figurino, melhor maquiagem, melhor monta-gem/edição, melhor música e melhor trilha sonora, e ainda premiações para me-lhor curta-metragem, melhor média-metragem, melhor documentário e melhor ani-mação.

Ainda segundo Bonavita, que foi representado na pre-miação pela esposa, Ana Ca-rolina, a proposta visual do documentário é nova e, com isso, chama a atenção para outros aspectos que não só a visão institucional do Proje-to, mas também a visão dos indivíduos que o constroem no dia a dia.

de Apoio e Treinamento de jovens indígenas do Vale do Javari, sob a coordenação dos missionários Marcos Mayoruna e Joseane.

Tivemos 360 crianças al-cançadas com o Evangelho de Jesus Cristo, 164 aten-dimentos odontológicos e 63 crianças declararam que aceitavam Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

No culto da vitória tive-mos testemunhos marcan-tes dos nossos voluntários da Trans e da liderança da Igreja indígena. Muitos cho-raram por ter passado por experiências maravilhosas durante todo o Projeto Mis-sionário.

A equipe voltou motivada em orar, apoiar e mobilizar outros voluntários para a próxima Trans Criança In-dígena, que acontecerá nos dias 11 a 18 de outubro de 2015 em Chapecó - SC, com o povo Kaingang. A Deus toda a honra e glória.

Uma EsperançaO documentário “Uma

Esperança” mostra a reali-dade das cracolândias e a atuação dos missionários, radicais e voluntários de Missões Nacionais no Pro-jeto Cristolândia. No mês em que foi lançado, rece-beu o prêmio de 3º lugar (Bronze Crown Award) , na categoria Melhor Filme Internacional, do festival promovido pela Internatio-nal Christian Visual Media (ICVM), em Atlanta, Estados Unidos.

Você pode assistir e apre-sentar o documentário em alta resolução em sua igreja. Basta acessar e baixar no site www.cristolandia.org.

Trans Criança Indígena é realizada com o povo Tikuna

Equipe de missionários e voluntários

Voluntários e crianças indígenas

“Uma Esperança”: Festival premia documentário que mostra o

trabalho da Cristolândia no Brasil

Momento de entrega do prêmio, recebido pela esposa de J. R. Bonavita – que o representou no evento

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Visão Cristocêntrica do ensino (III)

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9o jornal batista – domingo, 14/12/14notícias do brasil batista

CURSOS COM PRAZOS DE INSCRIÇÃO

Curso Livre de Mestrado em Missiologia e Educação Cristã (Stricto Sensu) Maio de 2015 (Módulo 22/06 - 03/07)

Pós-Graduação em Educação Cristã (Lato Sensu)Dezembro de 2014 (Módulo 26/01 – 06/02)

Pós-Graduação em Formação Missionária (Lato Sensu) Janeiro de 2015 (inicio das aulas: 27/02/2015)

Curso de Graduação em Missões e Educação Cristã Janeiro de 2015 (inicio das aulas: 27/02/2015)

Curso de Capacitação Missionária Janeiro de 2015 (inicio das aulas: 27/02/2015)

Formação de Líderes para o Ensino de Missões - CFLEMAgosto de 2015 (aulas apenas no 2º semestre)

Curso de Missões por Extensão - CMEInscrição imediata

OS CURSOS A SEREM OFERECIDOS EM 2015 PELO SEMINáRIO DE EDUCAÇÃO CRIStÃ

Educação Religiosa com Habilitação em Missiologia e Ministério Social Cristão;

Pós Graduação: Mestrado em Educação Religiosa, Missiologia e Ministério Social Cristão

Especialização em Missiologia

Cursos Médios: Formação em Missiologia e Seminário Aberto à terceira Idade

Liderança Relevante

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Liane Nepomuceno, pastora da Primeira Igreja Batista de João Pessoa - PB

“Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te le-vantarás na tua herança, no fim dos dias” (Dn 2.13)

No domingo, dia 31 de outubro de 2014, foi celebra-do o culto de ação

de graças pelos 60 anos de ministério pastoral do pastor José Britto Barros no templo da Primeira Igreja Batista de João Pessoa - PB.

O pastor José Britto Bar-ros, viúvo da irmã Altami-ra Pimentel Britto Barros, com quem gerou um casal de filhos, Suely Pimentel Britto Barros e Libório e Ja-diel Pimentel Britto Barros, formou-se em bacharel em teologia pelo Seminário Teo-lógico Batista do Norte, em Recife - Pe em 1953. Foi ordenado para o ministério com a imposição de mãos da Primeira Igreja Batista em Fortaleza - CE em 31 de outubro de 1954, onde deu inicio a sua jornada ministe-rial profícua. Esteve à frente de Igrejas onde exerceu os pastorados na Igreja Batista em Manaus - AM, Igreja Ba-

Paulo César Abreu, relator Comissão de Comunicação

A Igreja Batista Me-morial de Olinda (IBMOL), localiza-da no bairro dos

Bultrins, em Olinda - PE, com 58 anos de existên-cia, tem vivido um trabalho constante de evangelização no estado de Pernambuco tendo mais de 14 viagens missionárias a municípios espalhados por todo o es-tado ao longo dos anos. No mês de novembro, no dia 15/11, foi realizada uma viagem missionária até a

tista de Corrente- PI, Primei-ra Igreja Batista de Teresina - SE, Primeira Igreja Batista de Campina Grande - PB, Primeira Igreja Batista de Castelo Branco – PB e na Primeira Igreja Batista de João Pessoa – PB, onde por dez anos cooperou junto ao ministério infantil e foi tam-bém missionário da JMN.

Lecionou homilética, his-tória do cristianismo, teo-logia da evangelização e educação cristã em vários se-minários da Paraíba, como: ITEBES, CBTM e FAENOR. O pastor Britto Barros é conhecido por sua paixão pela literatura, editou du-rante sua vida muitos livros e livretos. Entre os mais de 20 publicados, destacamos “Memória do Nazareno”, livro de poesias sobre a vida e ministério de Jesus, “Favos de Mel”, meditações diárias para o ano inteiro, volumes de 1 a 10, em um total de 3.652 meditações baseadas em textos bíblicos: Reminis-cências Pastorais; Mãe Doce Mãe, Imortal; Natal- Estrela de Amor e Sermões em Des-taque.

Nessa Jornada evangelística realizou trabalhos de prega-ção que geram elogios e opi-niões positivas como críticas

cidade de Itambé, que fica localizada na divisa do es-

a um pregador diferente, que leva o auditório a rir e chorar em suas pregações.

O pastor Britto, quando jovem idealista, inquerido sobre a sua permanência em viver no sertão quando lhe foi oferecida a oportunidade de outros rumos, explicou: “Tenho prazer em viver no sertão a serviço de Deus en-tre sertanejos tão abandona-dos pelas autoridades e até por obreiros que não dispu-nham a ir para tais lugares”. Disse o jovem pastor: “Bens e posições não me empolgam, ideias me escravizam”. E esta foi a motivação de toda a sua vida nesses 60 anos de traba-lho ministerial.

Algumas homenagens e títulos recebidos pelo pastor Britto em reconhecimento a sua vida dedicada ao Reino de Deus: A Igreja Batista de Barreiras – BA lhe conferiu o diploma de apóstolo das crianças. A Missão Vida, em 2013, incluiu sua foto, livros e alguns objetos de uso pessoal na Galeria dos Heróis da Fé. Em 2006, foi eleito membro da Academia Sambentuense de Letras. A Igreja Evangéli-ca de João Pessoa em 2012 deu-lhe uma placa agrade-cendo seus trabalhos com as crianças. A Igreja Cidade Viva

tado de Pernambuco com a Paraíba.

em 2014, sob a liderança do pastor Sérgio Queiroz, deu ao seu auditório multifuncional o nome de pastor Britto Barros em homenagem ao homem que tem a sua vida dedicada à educação cristã de crianças, à formação de discípulos, à criação de material teológico para crianças e ao amor ao próximo. E, ainda este ano, a Primeira Igreja Batista de João Pessoa, nas comemorações do seu centenário realizado no dia 19 de janeiro, sob a liderança do pastor Estevam

Com aproximadamente cerca de 170 pessoas, lide-radas pelo pastor presiden-te Eminadabe Gaião Dias e sua comissão de Missões e evangelismo, a IBMOL foi recebida pela Primeira Igreja Batista de Itambé na pessoa do pastor Gerson Rangel. No evento foram atendidas mais de 300 pes-soas, dentre elas crianças, nos mais variados servi-ços disponibilizados para a comunidade local. Foram eles: aplicação de f lúor em crianças, projeto Kids Games, cortes de cabelo e escova, testes de glicemia

Fernandes de Oliveira, con-feriu-lhe o título de pastor emérito.

Atualmente aposentado, desde 1982, pastor Britto, com os seus 84 anos, con-grega na PIB de João Pessoa e continua realizando con-ferências evangelísticas por todo o Brasil com a Cruzada Evangelística Algo Maravi-lhoso. Louvamos a Deus pela vida frutífera do estimado pastor José Britto. Segue abai-xo a poesia sobre os seus 60 anos de ministério:

e aferição de pressão, fisio-terapia, fonoaudiologia, as-sistência jurídica, além de outras ações como sopão, bazar, etc.

Ao final do dia foram con-tabilizadas 16 conversões para honra e glória do nome do nosso Deus. Segundo o coordenador de Missões da IBMOL, irmão Edvaldo Gaião Dias, Itambé - PE não será mais a mesma, pois recebeu a porção dobrada do Espírito Santo no dia em que as duas Igrejas se uniram em um belo trabalho para o engrandecimento do Reino de Deus.

Celebração dos 60 anos de ministério do pastor José Britto

Igreja Batista Memorial de Olinda - PE realiza viagem missionária

Meu segredo de vencerJosé Britto Barros

Perguntam - me como chegar eu pudeSessenta anos de labor sagrado,eu sei em mim não há qualquer virtudeQue fizesse de mim um ser dotado.

Deus assim quis em sua excelsitudeDeste vaso de barro desordenadoObreiro sem graça e plenitude,com seu manto cobrir-me e ser chamado.

Problemas tive de perder a contaFavor de pai é que a vitória apontaComo o segredo de alcançar e vencer

Ah! Foi demais! Tantos anos pregando,milhares de almas a Jesus levando,venci, mas foi por divinal poder!

Foto: Érica Marques | Suzy Alves

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11o jornal batista – domingo, 14/12/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Apesar de ainda não ter missionários brasileiros em um dos países mais

fechados ao Evangelho no Oriente Médio, Missões Mundiais tem participado da capacitação de obreiros de lá que saem do país para receber treinamento e depois retornam para liderar igrejas subterrâneas. Além disso, a JMM assumiu o compromis-so de enviar, nos próximos anos, 300 mil Bíblias em far-si, idioma falado nesse país, o qual não citamos o nome

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Uma nova etapa co-meça para os dez vocacionados co-missionados aos

campos de Missões Mundiais no dia 30 de novembro du-rante culto realizado na Igre-ja Batista do Méier - RJ. Após quatro meses de treinamento no Centro de Capacitação Missionária da JMM, também no Rio, esses novos missioná-rios aguardam o momento de seguir aos campos e cumprir o chamado, anunciando a voz de Deus. A maioria es-tará em países fechados ao Evangelho. A estratégia será o desenvolvimento de pro-jetos que, através da ajuda humanitária, testemunharão o amor de Cristo.

A cerimônia contou com a presença de diversos lí-deres da JMM, entre eles o diretor-executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, que fez questão de deixar uma mensagem aos novos missionários:

“Nós, da JMM, estamos muito felizes porque esses missionários seguirão para lugares necessitados, onde há poucas igrejas, poucos cristãos. Estão indo para os lugares mais difíceis que nós conseguimos colocá-los. Eles são realmente meus heróis porque aceitaram o desafio vindo de Deus. Quero que saibam que Deus continuará cuidando deles e nós con-tinuaremos ajudando-os”, declarou.

por questões de segurança. Todos esses recursos vêm das ofertas entregues no Dia Es-pecial de Missões Mundiais. Uma vitória a ser comemora-da neste Dia da Bíblia.

Segundo o pastor Jessé, coordenador do trabalho miss ionár io da JMM no Oriente Médio e Norte da África, Deus tem realizado uma obra extraordinária entre esse povo. Hoje fala-se em cerca de mais de um milhão de convertidos ao Evangelho do Senhor Jesus nesse país.

Em setembro, durante o culto de entrega da nova versão da Bíblia em farsi, que demorou 18 anos para ficar

Nossos missionários estão certos de que durante todo o tempo em que permanecerão nos campos estarão acompa-nhados por milhares de ou-tros missionários brasileiros, cuja vocação é orar, mobili-zar e ofertar. Eles aguardam ainda o apoio daqueles que poderão estar com eles di-retamente nos campos por um período determinado: os voluntários.

Esses bravos homens e mu-lheres seguirão para campos diferentes, mas o pensamento é o mesmo: muito ainda estar por vir. E o momento de cada um usar a sua vocação está apenas começando.

“Quando a gente olha para trás e vê os quatro meses de treinamento, pensa de

pronta, houve muita como-ção. Pessoas caiam ajoelha-das e aos prantos, louvando a Deus pela oportunidade de conhecerem a sua Palavra.

De acordo com líderes da JMM que estiveram presentes à cerimônia, a linguagem desta Bíblia é clara e atual, mas a tradução segue os prin-cípios de fidelidade e beleza literária.

Eles contam que, em maio de 1994, um dos maiores biblistas desse país do Orien-te Médio aceitou o desafio de iniciar a tradução atua-lizada. Um mês depois, ele foi sequestrado e morto. O trabalho parou, mas Deus

imediato que foi só isso. Mas quando olhamos muito mais para trás, vemos que se trata de um sonho de muitos anos atrás, algo que parecia impossível. Hoje foi o pri-meiro dia de entender que o campo missionário está muito perto. Os sonhos de Deus também estão perto de serem cumpridos na minha vida e na vida de cada um desses vocacionados. Acre-ditamos que ainda teremos um longo caminhar, com muito mais frutos, muito mais bênçãos de Deus e desafios. Uma adrenalina boa deste trabalho que es-colhemos. Estou realmente feliz por este novo tempo”, disse a vocacionada Jorgeli-na Burgos.

levantou outras pessoas e, em 1996, iniciaram a tradu-ção. O Novo Testamento foi entregue em 2003. A viúva e a filha do pioneiro deste trabalho receberam o pri-meiro exemplar como uma forma de reconhecimento e homenagem.

Futura potência cristãEsse país se tornou uma

república islâmica no final dos anos 1970, quando tinha uma população cristã inferior a cinco mil pessoas, entre as quais apenas 500 eram evangélicas.

Em 1990, a Sociedade Bí-blica local foi fechada.

O pastor Luiz Carlos dos Santos, outro comissionado, reconhece a importância da liderança e da igreja no reconhecimento, preparo e apoio aos vocacionados. Alegre com a presença de familiares e líderes ao culto, ele desabafou:

“Foi durante a minha ado-lescência que recebi o cha-mado de Deus. O dia de hoje é uma confirmação de todas as coisas que o Senhor fez ao longo desses anos. Eu sempre tenho pra mim duas coisas: vocação e profissão. Profissão é o que eu faço, mas vocação é aquilo que eu sou diante de Deus. O Senhor não somente chama, Ele confirma esse chamado através da igreja e da lideran-

Nesta viagem, nossos líde-res puderam ver centenas de ex-muçulmanos convertidos ao Evangelho de Cristo. Vá-rios vivem fora do país, pois foram expulsos por pregar a Palavra de Deus e correm risco de serem assassinados.

Segundo um dos princi-pais líderes do trabalho com esse povo no mundo, Patrick Johnstone, a Igreja de lá é a que mais cresce em todo o planeta apesar da dura e vio-lenta repressão; um avanço de cerca de 95% nos últimos anos. A estimativa mais con-servadora fala em 300 mil convertidos. A mais otimista fala em um milhão.

ça. Você que ainda está pen-sando na vocação, no futuro, no que Deus tem pra você, eu digo uma coisa: pense em vocação como aquilo que você é diante de Deus. Pro-cure sua liderança. À medida que você vai trabalhando, se envolvendo e recebendo orientação de seus mentores, você vai entendendo quem você é diante de Deus. Des-cobrindo isso, é apenas um salto pra você mergulhar de cabeça na sua vocação. Pro-cure descobrir quem você é diante de Deus”.

O culto de comissionamen-to foi uma noite simbólica. Uma noite que representou para esses vocacionados o fim de uma longa espera e que poderá representar a salvação de muitas vidas. Afinal, para isso eles foram chamados: ser voz de Deus às nações.

É importante que você par-ticipe do envio desses missio-nários aos campos, a fim de que eles cheguem o quanto antes àqueles povos que ca-minham a passos largos em direção à condenação. Seja orando, ofertando ou mobi-lizando, seja um parceiro na ação missionária. Ajude nos-sos vocacionados a darem o próximo passo, que é seguir aos campos. Para assumir este compromisso, escreva para: [email protected] e diga que deseja participar do envio de um vocacionado ao campo. Se preferir, ligue para: 2122-1901 (de cidades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades).

Vocação para ser voz de Deus

Novos missionários louvam ao Senhor durante culto de comissionamento

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14 o jornal batista – domingo, 14/12/14 ponto de vista

Eusvaldo G. dos Santos, colaborador de OJB

É prováve l que em uma igreja batista com cem membros no seu rol, já tenha

passado por ela 250% que hoje estão fora da igreja ou em outros grupos. No pen-samento de muitos líderes, isso é normal. Diante dos ensinos e recomendações de Jesus, isso se chama ne-gligência.

Quando pensamos desta forma, é porque não ava-liamos o tamanho da perda para o Reino de Deus. Ao ver o templo cheio, ficamos alegres, não choramos as vi-das preciosas que hoje estão ouvindo outras vozes, que não a de Jesus. Mas por que há o dobro lá fora?

Temos assistido e lido nos meios de comu-nicação o esquema de corrupção jamais

visto no Brasil encontrado na Petrobras, a maior empresa brasileira e uma das mais respeitadas do mundo, até então. São bilhões de reais roubados dos cofres da Esta-tal por empreiteiras, lobistas, políticos e funcionários do alto escalão da empresa in-dicados pelo partido do go-verno e aliados. A corrupção no Brasil está virando uma cultura, um modo de vida nefasto, asqueroso, contami-nando muitas pessoas. Não há mais fronteiras éticas. Os homens eleitos pelo povo para formularem leis são, com raras exceções, ladrões que assaltam os cofres públi-cos dos impostos e de em-presas estatais ganhos com o sacrifício do povo brasileiro.

Fazendo uma leitura ma-dura de toda esta situação caótica, de toda esta imora-lidade instalada no governo, nas estatais e nos poderes legislativo e judiciário, vejo claramente que a Palavra de Deus está perfeitamente cor-reta. Encontramos em Salmos 58, um diagnóstico do cora-ção humano: “Ó poderosos, por acaso falais com justiça? Ó filhos dos homens, julgais

O hospital de Deus tem mais obstetra do que pedia-tra, não é fácil gerar um filho espiritual, mais difícil ainda, é acompanhar o seu cres-cimento, até que ele seja idôneo. Creio que a maioria dos cristãos estão optando pelo mais fácil e menos tra-balhoso. Há alguns anos pre-guei uma mensagem e um dos tópicos era “A religião da indiferença”, mediante o crescimento espantoso de igrejas que não tem história, compromisso, fidelidade, e disciplina das doutrinas do Novo Testamento.

Encontrei um amigo e per-guntei, como vai a sua fé? Prontamente me respondeu: “Estou procurando uma igreja para me batizar”. Quando in-terrogamos uma pessoa que já pertenceu a uma Igreja Batista

com retidão? Não, pelo con-trário, tramai maldades no coração; fazeis pesar a vio-lência das vossas mãos sobre a terra. Os ímpios (os que praticam a injustiça) se des-viam desde o ventre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras. Têm vene-no semelhante ao veneno da serpente; são como a ví-bora surda, que tapa os seus ouvidos, de modo que não ouve a voz dos encantado-res, nem mesmo o perito em encantamento” (Sl 58.1-5). Essa percepção do Senhor revela o nosso contexto, a nossa realidade com precisão absoluta.

Olhando para o profeta Jeremias, ele mostra também de modo claro como é o coração humano: “Enganoso e incurável, mais que todas as coisas” (Jr 17.9). Não é o que temos visto por aí? O Senhor nunca se engana. O homem tem um coração perverso, mau e engano-so desde o ventre materno. Davi, em sua confissão, disse verdadeiramente: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). O Senhor Jesus condenando a exterioridade da religião judaica, da tra-dição dos anciãos, disse: “Porque do coração é que

tradicional e levamos o seu nome para o líder, notamos que este têm pouco interesse em sua recuperação. Visitava um membro com problemas, e perguntei: o pastor da igreja veio visitá-lo? Ele respondeu: “Uma vez, e poucos minutos”.

O pastor Sínfronio Jardim Neto, no seu livro “A re-conquista”, da editora Vida, 2001, mostra que em um encontro para resgatar os des-viados da fé, foram enviados 1.860 cartas a várias igrejas de diversas denominações, 150 ligações telefônicas para pastores, 20 fax para igrejas, 80 e-mails para igrejas e ins-tituições. Eis algumas respos-tas: “A igreja está em festa, não quero que vocês atrapa-lhem”; “Não podemos perder tempo com desviados”; “Não quero que ninguém perca

saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imo-ralidade sexual, furtos, fal-sos testemunhos e calúnias” (Mt 15.19). Segundo Jesus, estas são as características da natureza humana não regenerada. Paulo testemu-nha esta verdade dizendo que as pessoas sem Cristo estão mortas em seus delitos e pecados, como diz Efésios 2.1-3. Toda a Bíblia revela a enfermidade mortal do ho-mem e a cura ou o milagre que Deus providenciou por meio do sacrifício suficiente de Cristo Jesus na cruz, no seu sangue derramado por nós, trazendo vida e esta em abundância, como se lê em João 10.10. Que bom sabermos que Deus, o nosso Pai, esquadrinha, perscruta, examina o nosso coração, como está escrito em Jere-mias 17.10.

O escândalo chamado de “Petrolão”, que tomou pro-porções internacionais en-vergonhando o Brasil, tem a sua origem na perversidade, na cardiopatia congênita do homem. Na sua ganância, no seu apego doentio às coisas materiais, o homem torna-se um monstro capaz de fazer coisas horripilantes. Sabemos que tanto o pobre como o rico; o inculto como o culto, todos,

a programação”; “Esses são casos perdidos, perdemos um, ganhamos dez”.

Escrevi um artigo - Divina Sentença - que fala da urgên-cia da propagação do Reino de Deus. Chamo atenção que é importante que a igre-ja tenha doutores e mestres, mostro que o templo é ne-cessário, mas a suntuosidade é pecado.

Respeitamos a nossa lide-rança, temos o cuidado para não generalizar. Nem todos são negligentes, alguns estão comprometidos com a verda-de, são verdadeiros pediatras e não tem jeito para obste-tras. Somos, na realidade, um grande exercito, levantamos grandes contribuições para evangelizar o mundo.

Participava de um encontro de promotores, e fiz uma

estão debaixo da ditadura im-placável do pecado, da deso-bediência, da rebelião contra Deus. O coração perverso foi herdado de Adão, mas o novo coração foi providenciado por Deus, o Autor da nossa salva-ção. Como diz Paulo, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo e nos deu o ministério da reconciliação” (II Co 5.18-20). A solução para um Brasil novo, que trata a corrupção como tal, que pune exemplarmente os corruptos e corruptores, independente de condição social, cultural e financeira, é a troca do co-ração, o novo nascimento, a mudança radical de vida como assegura o profeta Ezequiel: “Também vos darei um cora-ção novo e porei um espírito novo dentro de vós, tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Também porei o meu Espíri-to dentro de vós e farei que andeis nos meus estatutos; e obedecereis aos meus man-damentos e os praticareis” (Ez 36.26-27).

Como crentes em Cristo Jesus, oremos pelo Brasil e preguemos o Evangelho genuíno, sem aditivos. Levan-temos a bandeira da justiça em todos os níveis, da inte-gridade, do trabalho sério, do zelo, da probidade, da

colocação à missionária palestrante: quantos estão aqui que estiveram o último encontro e hoje trouxeram o fruto do seu trabalho de promotor? Ela pensou um ins-tante, e disse: boa pergunta, farei na próxima palestra.

Hitler, um líder considera-do o maior carrasco para os judeus, tinha uma equipe de enfermeiros para cuidar dos soldados feridos. Em nossas igrejas não temos enfermei-ros, mas temos poucos pedia-tras e muitos obstetras. Quais as ferramentas que estamos usando, a Bíblia, o coração ou a língua? Tiago diz que um pequeno fogo incendeia um bosque.

(Livros consultados: “São Paulo será destruída” - 1964, Enéis Tognini; “A reconquista Sinfroni”, Jardim Neto)

educação de qualidade, da saúde pública com gestão qualitativa, da meritocracia no serviço público, da não--violência, da distribuição de renda, da oportunidade para todos, da preservação da família e do combate sem tréguas à imoralidade, às drogas, ao crime organiza-do, à corrupção em todos os níveis. Se necessário for, vamos para as ruas, lutar por um Brasil gigante com suas instituições fortes, fundamen-tos de uma nação pujante e democrática. Como nos ensina Paulo: “Antes de tudo, exorto que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os ho-mens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade. Isso é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da ver-dade” (I Tm 2.1-4). Onde há um coração transformado por Cristo não há roubalheira, mas trabalho sério, honesto e que produz ganhos sociais, distribuição de renda e pro-gresso para todos. Constru-amos um Brasil novo para a glória de Deus, nosso Pai.

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15o jornal batista – domingo, 14/12/14ponto de vista

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

No Peru, o Sendero Luminoso - grupo de terroristas que atuou a partir da

década de 60, espalhou mui-tas mortes e muita miséria nas pequenas comunidades daquele país. Esse grupo ti-nha uma estratégia de ma-tar todo o tipo de liderança que houvesse, e colocar no lugar as pessoas que eles queriam. Assim, distribuía o terror. O Sendero Luminoso, que frequentou a mídia in-ternacional durante quatro décadas, foi desbaratado e se dissolveu em definitivo no início deste século. Mas, conta à história, que uma vez os militantes do Sendero Luminoso entraram em uma comunidade evangélica, em uma pequena cidade perua-na. Os guerrilheiros cercaram a igreja. O grupo entrou no templo e botou metralhado-ras na cabeça do reverendo e dos crentes. E falou o seguin-

te: “Nós viemos implementar uma nova ordem aqui no Peru e aqueles que negarem a Cristo e quiserem seguir o nosso grupo, o Sendero Luminoso, podem sair e nós vamos ficar aqui porque ain-da temos algumas coisas a fazer”.

Dentro da igreja, muita gente começou a sair, indo embora. Depois que a maio-ria saiu, ficou um grupo pe-queno, que não negou a Cris-to. As portas foram trancadas quando se ouviu uma rajada de metralhadora pelo lado de fora. O pipocar de tiros. Todos que tinham negado a Cristo e tinham saído foram sumariamente executados. O líder do grupo disse: “Essa nova ordem não aceita covar-des. Os que saíram da igreja são os covardes com os quais nós não queremos lidar”. E pouparam a vida daqueles que ficaram dentro.

Ouvi essa narrativa em um sermão outro dia. Mas, como está a Igreja moderna? Ela tem falado mesmo do Mestre,

das verdades do Criador? Ou se acovardou? Como está sendo pregado o Evangelho bíblico hoje? Por que tantas contradições, inclusive por parte dos seus líderes? Por que tão liberal? O Evangelho bíblico começa no quê? O homem está perdido, morto em delitos e pecados. Será que é isso que os sermões, as pregações modernas têm conscientizado? Pense.

Será que estamos alteran-do a verdade para se aco-modar ao nosso mundo em vez de enfrentar os homens? De modo geral, será que as igrejas estão falando do Evangelho que orienta sobre o arrependimento, confissão de falhas, impiedade, se hu-milharem perante os céus; fome e sede de Justiça? Será que o Evangelho está esclare-cendo sobre a severidade de Deus como está na carta aos Romanos? Será que as igrejas têm falado sobre o senhorio de Cristo, sobre o caminho estreito, sobre ovelhas sen-do levadas para o meio de

lobos? Será que tem pregado sobre o castigo dos ímpios, daqueles que negligenciam a sua mensagem?

Quais os principais assun-tos das pregações modernas? Felicidade, bênçãos mate-riais, conforto, riqueza, pro-gresso, comércio, ambição, status. Será que os pastores, ministros das igrejas atuais precisam de ousadia para falar sobre estas coisas? Será que falando sobre felicidade algum cristão poderia ser morto? Ser apedrejado? Quei-mado vivo em fogueiras? Será que os mártires do Evangelho bíblico morreram porque estavam explanando sobre felicidade? Será que Estevão morreu porque falava de vi-tórias pessoais? Por que João Batista foi degolado? Ele ins-truía sobre a importância da riqueza de Herodes? Ou João Batista, pautado nas Leis Di-vinas, alertava e condenava o adultério de Herodes com a mulher do próprio irmão?

Será que o apóstolo Paulo foi decapitado porque falava

sobre riquezas? Será que o apóstolo Pedro foi cru-cificado porque divulgava amenidades naquela época? Ou ele confrontava os erros dos homens? Por que o rei Manassés mandou serrar ao meio, dentro de um tronco de árvore, o profeta Isaías? Quase todos os apóstolos e profetas morreram esfolados vivos, queimados, torturados. A maioria foi literalmente executada por seus inimigos, inclusive grande liderança da época. Qual líder da igre-ja tem inimigos na política corrupta de hoje? Que tipo de Evangelho você tem ou-vido? O que faz cócegas nos ouvidos? A pergunta é: o Evangelho Bíblico mudou? O Criador eu sei que não. É preciso mais, bem mais. Bem mais empenho na divulgação do Evangelho, mais esforço em obedecer a Jesus, mais coragem para enfrentar os pecados. O tempo urge. Ler esta mensagem e só franzir as sobrancelhas não resolve absolutamente nada.

Em 2000 e 2011 fiz um levantamento de dados entre pastores batistas brasileiros em

que um dos itens indicava a quantidade de amigos que cada pastor respondente ti-nha. Em 2011, 13% responde-ram que não tinham nenhum amigo de verdade, contra 9% em 2000. Em 2011, 61% res-ponderam que tinham de 1 a 5 amigos de verdade, contra 51% em 2000.

O que é ser amigo? Há di-ferença entre amigo e colega ou companheiro? Não tenho dúvida de que a cada época as definições se alteram, mas podemos, pelo menos, traçar um rascunho de ideias sobre o tema.

Há quem faça diferença entre níveis ou tipos de ami-zade. Uma vez ouvi de um

líder denominacional que há diferença entre amigo e “amigo funcional”. Enquanto que ao amigo podemos con-fiar tudo sobre nossa vida, o “amigo funcional” é alguém que frequenta as mesmas reuniões que frequentamos, participa conosco de grupos de trabalho, enfim, atua fun-cional e institucionalmente nos mesmos ambientes que atuamos. Podemos falar so-bre o trabalho com o amigo funcional, mas só isso. Vida pessoal é somente com os amigos de verdade.

Já ouvi também que com-panheiro significa comer o mesmo pão. Isto é, partilhar dos mesmos desafios, dile-mas e vitórias, estar junto para o que der e vier.

Outro dia uma pessoa ami-ga me deu outra ilustração

sobre amizade que entendi ser a melhor que eu ouvi até o momento. Há níveis de re-lacionamento em uma escala de 1 a 5. No nível 1 temos um relacionamento de con-tato casual e momentâneo. No nível 2 há algum con-senso e confiança e começa uma amizade. No nível 3 há maior consenso e confiança e a amizade é bem maior em que podemos trocar mais ex-pectativas. No nível 4 temos uma amizade profunda, onde as pessoas compartilham não apenas expectativas, mas sua vida pessoal inter-na e o nível de confiança é elevado. No nível 5 temos o relacionamento matrimonial com o mais profundo grau de amizade, companheirismo e intimidade. Achei muito interessante.

Estudando a narrativa da criação temos a convivência como um dos arquétipos fun-dantes da vida humana. Em todos os seis dias da criação tudo o que fora criado foi tido como bom por Deus, mas ele mesmo declarou que não era bom que a humanidade esti-vesse só, composta somente por um tipo de gênero, era necessária companhia, parti-lhamento, colaboratividade, relacionamento, convivên-cia. Nascemos para isso e, como ingrediente mobili-zador, Deus atribuiu ao ser humano o amor, a paciência, a afetividade e, como resulta-do, existe a operacionalidade do perdão, da humildade e da consideração.

Com a queda no pecado, estas características foram substituídas pelo egoísmo, in-

dividualismo, ódio, vingança, maldade, frieza afetiva, vin-gança, nos afastando da con-vivência madura e sadia. Por isso mesmo que a salvação não é meramente a conquista do céu. Ser salvo significa ser reposicionado por Deus de novo na ordem das coisas criadas e reaprender, pela renovação da mente e do espírito, a rechear a vida com estes atributos que nos foram dados de presente na criação.

Meu desejo é que cada um de nós possa reavaliar a vida e saber quem são, de fato, nossos amigos, e de quem so-mos, de fato, amigos. Quem necessita ser reconquistado e investirmos tempo nisso de-pendendo a ação do Espírito Santo produzindo em nós o seu fruto, descrito em Gálatas 5.22-23. Amém.

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