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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 33 Domingo, 17.08.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Page 1: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · a Carta aos Hebreus. Quando penso em perseve-rança, penso nos adolescen-tes e jovens, pois justamente essa é uma das

1o jornal batista – domingo, 17/08/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 33 Domingo, 17.08.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 17/08/14 reflexão

E D I T O R I A L

Compartilhamos com você o nosso amor pelos jovens

É c o m u m q u e f ique a cargo das n o v a s g e r a ç õ e s introduzirem novos

modelos de comportamento na sociedade. (Chamamos de geração o grupo de pes-soas nascidas em determi-nada época, que traz um mesmo modelo de compor-tamento e tendências e que reproduzem este comporta-mento na sociedade. Nasci-da dentro de um contexto histórico tem características singulares, fruto da influên-cia do processo histórico em que estão). Pensando em juventude, o Brasil che-gou a um momento inédito em sua história: o momen-to em que se firma como importante ator mundial, o país encontra sua primeira geração de jovens globais, nascidos em um mundo hiperconectado. Seu estilo de vida acaba impactando os mais velhos e os mais jovens: enquanto os mais jovens aspiram ser como eles, os mais velhos se ins-piram, ou entram em crise

com os seus valores e com-portamentos.

Praticamente todos os as-pectos referentes à maneira como vivemos, pensamos e nos relacionamos uns com os outros estão se transfor-mando em ritmo acelerado. Positivo ou negativo, senti-mos o impacto da globali-zação, da revolução digital e da alteração no equilíbrio do poder econômico e po-lítico da nossa nação. Os jovens de hoje têm acesso aos mais diversos tipos de mídias, estão antenados ao que acontece no mundo, curtem bandas que nem

foram lançadas no mercado fonográfico. A juventude está discutindo sustentabili-dade, mercado de trabalho, empoderamento social, con-juntura política e nós preci-samos responder a essas de-mandas à luz das Escrituras. Precisamos programar nossa agenda com tempo, formar um currículo que equilibre temas relevantes, excelentes na estética, na música, nas mídias e na profundidade nos estudos, tendo sempre as Escrituras como essência de tudo que fazemos e o contexto onde estamos in-seridos como subsídio.

E neste terceiro domingo de agosto, onde celebra-mos o Dia do Jovem Batista, compartilhamos com você o nosso amor pelos jovens, o carinho e compromisso com os propósitos de Deus para essa geração. Somos jovens que representam diferentes esforços de obediência a Jesus Cristo e que sentem a necessidade de se relacio-nar, crescer na comunhão e servir a Deus em nosso chão – Brasil - e a partir des-se. Trabalhamos para que a JBB represente exatamente este propósito e se torne a expressão dos valores do Reino de Deus em tudo que fazemos. Nosso mestre é Jesus, nosso objetivo é ser igual a Ele. Jesus anunciou e viveu o Reino de Deus e desafiou-nos a fazer o mes-mo. Nesse reino, Deus está no centro e dá sentido para a vida toda, e para a vida de todos os jovens. Deus ama a juventude e a gente acredita na rapaziada!

Gilciane Abreu,diretora executiva da JBB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 17/08/14reflexão

Sylvio Macri, pastor da Igreja Batista Central de Oswaldo Cruz - RJ

A palavra “perseveran-ça” vem do latim e descreve a qualida-de de alguém que

é muito disciplinado; que é capaz de persistir em seus propósitos, planos e objeti-vos. É a palavra que foi usa-da, na maioria das traduções em português, em Hebreus 10.36 – Tendes necessidade de perseverança – e que não só expressa bem o significado do vocábulo original grego, como é a ideia central de toda a Carta aos Hebreus.

Quando penso em perseve-rança, penso nos adolescen-tes e jovens, pois justamente essa é uma das grandes cri-ses deles: a incapacidade de perseverar, de “permanecer

Carlos Alberto Pereira, pastor da Primeira Igreja Batista em Três Marias - MG

“Porque para mim o viver é cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1.21).

Paulo, o Apóstolo dos gentios, dirige-se à Igreja de Filipo ex-pondo a sua gratidão

aos irmãos pela generosidade de o apoiarem na transmis-são do Evangelho de Jesus

focado”, como se diz moder-namente. Por sua natureza transicional, a adolescência/juventude coloca o indiví-duo na própria encruzilhada da vida. É justamente nessa fase que a moderna cultura ocidental encarregou-o de decidir que religião ter, que profissão exercer, com quem casar, com que pessoas se relacionar, onde morar, que padrão de comportamento seguir, etc.; é um peso quase insuportável.

O adolescente/jovem fica muitas vezes perdido diante de tantas escolhas, e sente--se incapaz de “manter o foco”. Ainda mais porque normalmente não está pronto para tomar tais decisões, e frequentemente não recebe a ajuda que necessita. Na verdade, vê muitas direções possíveis, e isso o confunde. Além disso, a mentalidade

Cristo, exortando-os a per-manecerem firmes na fé em Cristo Jesus. Paulo enfrentou muita perseguição quando se tornou um cristão autên-tico. Sua confissão de fé e prática do Evangelho não era um arrazoado de doutrinas e cerimonialismos de uma religiosidade fria e vazia, mas era a própria Pessoa de Jesus sendo refletida em seu dia-a-dia pelo seu falar, agir, e pela prática dos ensinos do Mestre.

pós-moderna piorou essa situação propondo que tudo é relativo (o que é bom para você, pode não ser bom para mim) e que o indivíduo é o centro de tudo (o importante é que seja bom para mim, danem-se os outros).

Todo adolescente/jovem precisa desesperadamente sentir-se seguro, manter-se convicto de estar na direção certa, apesar de todas as dú-vidas ou de todas as “provas” em contrário. Por isso, se ele é crente em Jesus, não pode perder de vista que “fiel é aquele que fez a promessa” – Hebreus 10.23 – e que “ne-cessita de perseverança para alcançar a promessa”. Ele não deve ser contado entre “os que recuam”, mas entre os “justos que vivem pela fé”. Para fazer a vontade de Deus, para agradá-lo, é pre-ciso avançar pela fé, vendo

Convic to , Pau lo ousa dizer, em outra oportuni-dade e em outra carta, aos Tessalonicenses: “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em pa-lavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza; como bem sabeis quais fomos ent re vós , por amor de vós” (I Ts 1.5).

Paulo, com sua prega-ção, testemunho, e vida, se coloca como imitador de

o invisível e esperando o im-possível, pois a fé é a garantia do que se espera e a prova do que não se vê. (veja Hebreus 10.36-39 e 11.1).

O autor da Carta aos He-breus poderia ter pulado diretamente daqui para o capítulo 12, mas quis usar uma poderosa ilustração de perseverança, e por essa ra-zão listou, no capítulo 11, a grande galeria de heróis da fé, de homens e mulhe-res que são exemplos de persistência, naquele que é considerado um dos maiores capítulos da Bíblia.

Assim, no início do capítulo 12, ele imagina um cenário grandioso, uma competição de atletismo em um estádio grego em que os espectado-res são os inúmeros heróis descritos no capítulo 11, que ele chama de “nuvem de tes-temunhas”, sendo ele próprio

Jesus e nos motiva para que também sejamos. Paulo nos diz: “Sede meus imita-dores, como também eu de Cristo”.

Do exposto acima, convi-do a você a ser um imitador de Jesus. Mas, para ser um imitador de Jesus, você tem, em primeiro lugar, que con-fessá-lo como seu Senhor e Salvador, reconhecendo que Jesus derramou o Seu sangue para que você e eu tivéssemos acesso irrestrito

e os leitores, os atletas que disputam uma prova de corri-da. Nesse momento, a corrida ainda não chegou ao fim, por isso eles precisam “manter o foco”, “fixando os olhos em Jesus, Autor e Consumador da sua fé”, descartando tudo aquilo que os impeça de cor-rer com liberdade, vencendo as tentações que os desviam do objetivo.

Querido adolescente/jo-vem: mantenha-se firme em Jesus, aquele que gerou a fé em você (o Autor) e que irá torná-la completa (o Con-sumador), e, em todas as escolhas você terá a certeza de sua presença maravilhosa, bem como a garantia de rece-ber dele sabedoria suficiente para tomar as decisões cor-retas, pois a corrida da vida ainda está no início. Há mui-ta pista pela frente; é preciso manter o foco em Jesus.

a Deus. Não postergue sua decisão.

Hoje é o tempo, hoje é o dia. Permita que Jesus seja refletido em sua vida, em seu caminhar diário. Você não será mais a mesma pes-soa. Convide-o para que entre em seu coração. Jesus mesmo nos diz: “Eis que estou à porta, e bato: E se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20).

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Mocidade não se despreza

reflexão

“Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza” ( I Timóteo 4.12).

Timóteo era um pastor ainda jovem. Paulo valoriza a juventude dele, dando diretri-

zes capazes de transformar a inexperiência de Timóteo em um ministério eficiente: “Não deixe que ninguém o despreze por você ser jo-vem. Mas, para os que cre-em, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza” (I Tm 4.12).

A psicologia do desenvolvi-mento ignora os preconceitos sociais através dos quais en-caramos as diferentes faixas etárias: crianças têm que ser imaturas; adolescentes sempre serão rebeldes; ve-lhice é sinônimo de coisa ultrapassada; e jovens não merecem confiança por se-

rem aventureiros... Daí a estranheza da declaração de Paulo: “Timóteo, não caia na armadilha dos preconceitos sociais. Se você levar a sério sua vocação e sua Bíblia, ninguém vai ter motivos para desprezá-lo, só porque você ainda é jovem!”.

Quando o Senhor nos sal-va e nos vocaciona para viver em comunhão com Ele, nunca nos é exigida uma certidão de idade. O que nos é exigida é autenti-cidade diária, quanto à nossa dependência de Deus. Este é o segredo de “ser um exem-plo”. Quem depende do Cristo, na entrega que é o ter fé, na comunhão que brota do amor, na pureza que re-sulta do reconhecimento dos próprios erros, naturalmente se torna exemplo no “falar e na maneira de agir”. Mo-cidade não é um bem para ser desprezado, mas para ser investido na sabedoria amorável do Senhor.

Josué Ebenézer de Souza Soares, pastor da Igreja Batista do Prado em Nova Friburgo-RJ

Vi v e m o s t e m p o s difíceis para a fa-mília cristã e, con-sequentemente ,

para a juventude. Nossas famílias precisam estar for-talecidas para também po-derem amparar seus jovens e lhes oferecer condições para o enfrentamento das adversidades e se tornarem vencedores.

A família cristã também vence os problemas do mun-do moderno, com um pa-drão de relacionamento, seja conjugal (marido e mulher), filial (pais e filhos), fraternal (irmãos em Cristo) e vivencial (vizinhança e colegas diver-sos) vivendo-o em moldes superiores aos demonstrados

por aqueles que não têm o temor de Deus (Mateus 5.20).

Como conseguir isso? Atra-vés da experiência de fé e dependência de Deus. Para tanto, precisa-se cultivar dia-riamente o sadio hábito da comunhão na Palavra no lar. Ler a Bíblia e orar todos os dias com as crianças e todos da casa, é atitude que imprime valores e molda o caráter de uma forma que só podemos aquilatar quando nos tornamos adultos.

O relacionamento de um casal crente deve acontecer na base do amor, da espiri-tualidade, da compreensão, do diálogo, do carinho, do respeito mútuo e da aceita-ção da humanidade de um e de outro. Quando um casal procura ajustar-se, enten-dendo-se e fortalecendo-se mutuamente, fica mais fácil enfrentar as lutas da vida.

Da mesma forma, o relacio-namento com os filhos há de ser respeitoso, ordeiro, amoroso, altruísta e pleno de espiritualidade. A harmonia do lar precisa ser sentida em cada instante, desde os momentos mais difíceis até aqueles em que se desfrute de abundância.

Os membros da família cristã devem, também, pro-curar manterem-se firmes na busca de dar testemunho vivo da presença de Cristo em suas vidas. A boa convi-vência com os outros, o re-lacionamento amistoso com vizinhança, respeitando-se as regras do bom viver; tudo isto contribuirá para a conquista de um mundo melhor.

Que Deus nos abençoe a vivenciarmos a vida cristã de uma forma sadia e darmos bom testemunho do poder do Evangelho em nós.

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5o jornal batista – domingo, 17/08/14reflexão

Sexta: Simulação. Pen-sava eu que esse fosse um recurso unicamen-te dos jogadores bra-

sileiros, mas na Copa pude perceber que europeus, até fleumáticos ingleses, gostam de simular contusões em fal-tas leves para impressionar os juízes. Atiram-se ao chão, saem rolando fazendo caretas como se tivessem sido grave-mente machucados, mas o juiz estava atento, mandou seguir o jogo e o jogador “machucado” se levanta ra-pidinho para sair correndo. Em nossas igrejas também aparecem os simuladores. Choram, fazem caretas, tudo simulação. Simular uma pie-dade inexistente, a meu ver, é o mais grave pecado porque inibe a prática da verdadeira piedade. Acontece!

Sétima: Outra coisa que eu pensava inexistir em ou-tras culturas, mas vi acon-tecer muito com jogadores de várias seleções, é o fato de atletas quererem dar or-dens aos juízes. O jogador chuta a grama ou a própria perna, cai de graça, sem que ninguém lhe toque, e fica fazendo sinal para que o juiz dê cartão amarelo para o adversário. Isso me lembra aqueles crentes que querem dar ordens a Deus, dizen-do a quem e porque Deus deve dar cartão amarelo e até vermelho. Deus, porém, é o mais competente e atento Juiz e sabe a quem e quando deve punir, não precisando da nossa ajuda.

Oitava: Firulas são aplau-didas pelas torcidas, mas raramente resultam em gol porque enquanto o jogador dá uma caneta, chapéu, ba-lãozinho, drible da vaca, a defesa adversária tem tempo de se armar. Os alemães não fizeram firula alguma. Fize-ram gols! Em nossas igrejas, temos também gente que faz muita firula, mas sem resul-tado real. Narram experiên-cias maravilhosas, mas não trazem alma alguma a Jesus. Tocam, cantam e dançam com vigor, mas almas salvas que é bom, nada. Dão pal-pites e fiscalizam tudo sobre as finanças da igreja, mas os seus nomes estão em branco no quadro de contribuin-tes. Pregadores, que contam muitas vantagens nos seus “testemunhos”, mas se for

apurado, não houve vidas transformadas pelo poder de Jesus.

Nona: A organização da Copa foi muito aplaudida. Nenhuma seleção deixou de comparecer no horário agen-dado por conta de problemas com aviões ou aeroportos. Os estádios, embora alguns por terminar, deram conta do recado. As seleções es-palhadas por hotéis de todo o Brasil viajavam para 16 capitais acompanhadas das torcidas para disputar os seus jogos. Lembro-me de que em 1948, para visitar o campo missionário do Tocantins, o Dr. Bratcher viajou de navio até Belém, onde pegou outro barco para chegar à Tocantí-nia. As viagens duravam três, quatro meses. Hoje, qualquer ponto do território continental do Brasil pode ser alcançado em horas de voo. Precisamos aproveitar as facilidades de locomoção e de comunicação para alcançar todo o povo do Brasil com a mensagem do evangelho. Deus Pai, Deus o Filho e Deus Espírito Santo são nossa torcida, seguidos de uma “grande nuvem de testemunhas”.

Décima: Terminada a Copa, o jogador alemão Mesut Özil teve um gesto único de no-breza: Doou o seu prêmio de 300.000 euros, cerca de 900.000 reais, através de uma organização séria chamada Big Shoe (Grande chuteira), para financiar cirurgias de 23 crianças pobres do Brasil, como reconhecimento pela acolhida amiga que a seleção alemã teve em Santa Cruz Cabrália, onde se hospedou a 20 quilômetros de Porto Seguro, na Bahia, onde vivem os índios pataxós, cuja aldeia foi ricamente ajudada pelos germânicos. O Brasil inteiro ficou emocionado ao ver os jogadores alemães, nas co-memorações da sua vitória, colocarem a famosa taça de ouro no gramado e fazerem em torno dela uma dança dos pataxós. Batistas amados, precisamos nos apaixonar pelos índios brasileiros que ainda restam e ganhá-los para Jesus antes que todos eles sejam ganhos para as drogas, o alcoolismo e a prostituição. Vamos dar maior apoio finan-ceiro à nossa Junta de Missões Nacionais, a grande campeã nessa batalha.

Vanderlei Faria, pastor auxiliar da Segunda Igreja Batista de Barra Mansa - RJ

“Ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer--se, mas os ímpios são arras-tados pela calamidade” (Pv 24.15 - NVI).

Penso que nunca os brasileiros foram tão envergonhados e humilhados em seu

orgulho patriótico como no dia 08/07/2014. Ninguém conseguiu sequer balbuciar algumas palavras daquela canção tão frequentemente entoada em todos os estádios brasileiros por onde joga a nossa Seleção de Futebol: “Eu sou brasileiro com muito orgulho, como muito amor”.

Imagino que ainda levará muito tempo até que se resga-te o tão famoso orgulho brasi-leiro, no que diz respeito ao futebol. Contudo, acho que como cristãos não devemos usar esse momento sombrio de tristeza e vergonha para simplesmente tripudiarmos contra quem quer que seja. Muito menos contra os joga-dores que estiveram presentes naquele dia fatídico.

Quero aproveitar esta opor-tunidade para desafiar o povo de Deus, especialmente os pais e líderes religiosos e to-dos quantos de alguma for-ma exercem influência nesta sociedade em que vivemos, para uma reflexão séria so-bre o momento em que está passando o povo brasileiro de um modo geral. Assim, creio que o desafio abrange a todos nós, porque, de um modo ou de outro, todos nós a cada dia estamos sendo in-fluenciados e influenciando alguém. Portanto, gostaria de sugerir a todos que usemos esse tema (A derrota do Orgu-lho Brasileiro, ou algo similar) para refletirmos com seriedade e coragem sobre a insensatez do orgulho em todas as áreas de nossas vidas.

Com a roupagem ou des-culpa de se despertar a au-toestima, o que prevalece é a valorização do orgulho e arrogância em todos os segui-mentos da sociedade. Não só no esporte, principalmente no futebol, onde prevalece a arrogância e prepotência do tão conhecido jargão “o país do futebol”; mas também na política, na indústria, nas igrejas, etc. A todo o momen-to o que se ouve e se vê é sobre “Orgulho Gay, orgulho masculino, orgulho feminino,

orgulho batista, metodista, católico”; enfim, não há li-mites para as propagandas e exaltação de algum tipo de orgulho.

Justamente quando deveria prevalecer o temor a Deus e, consequentemente, a nossa humildade diante de nossa fragilidade e incapacidade para suprir a nossa insignifi-cância e insuficiência diante dos gigantescos desafios da sobrevivência humana, é exa-tamente quando mais se ouve tais palavras conclamando o despertamento de tantos outros para seguirem os mes-mos objetivos e desatinos.

A Bíblia, porém, nos diz que: “O temor do Senhor ensina a sabedoria, e a humil-dade antecede a honra” (Pv 15.33). E ainda: “O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da que-da. Melhor é ter espírito hu-milde entre os oprimidos do que partilhar despojos com os orgulhosos” (Pv 16.18-19).

Como disse no início, mi-nha sugestão é que reserve-mos um tempo para reflexão neste momento (seja em um culto público ou missa, em alguma reunião familiar, cé-lula, ou encontro de amigos). E deixo como sugestão a seguinte pergunta: Quais as principais lições que pode-mos extrair desse vexame nacional?

Que haja tempo suficiente para reflexão sincera e não para discussões, revoltas e agressividade contra quem quer que seja. Esse momento pode ser muito útil e positivo para crescermos em matu-ridade moral, sentimental e espiritual. Portanto, esse momento é de uma profun-da reflexão sobre “Por que Deus permitiu ou determinou tamanha dor, tristeza e vergo-nha para o nosso povo já tão sofrido e carente?!”

Assim, antes de tudo, preci-samos partir do princípio de que não se trata de obra do acaso, falta de sorte, azar e nem mesmo fatalidade. Inevi-tavelmente precisamos admi-tir que isso fizesse parte dos santos propósitos de Deus para o despertamento do povo brasileiro. É claro que dói muito, contudo, resta-nos pensar, refletir e buscar em Deus as respostas: “Por que para que?”

Finalmente, permita-me apenas acrescentar a minha principal lição. Pessoalmen-te, sinto-me profundamente envergonhado pelos concei-tos de sucesso que, incons-

cientemente ou não, tenho passado para os meus filhos e netos. Quantas vezes eu lhes tenho passado a sugestão ou impressão de que eles serão mais amados e admirados por mim mesmo e pelas demais pessoas ao redor deles se eles exercerem algum tipo de profissão ou atividade espor-tiva que lhes proporcionem o sucesso e a fama de determi-nados craques de futebol?

Temo que eu tenha contri-buído com essa patética atitu-de para, pelo menos, dois sen-timentos nocivos e negativos à formação da personalidade dos meus queridos filhos e ne-tos: Por um lado, a frustração e o sentimento de fracasso por não conseguirem alcançar aqueles alvos e objetivos pro-jetados por mim para a vida deles. Que tremendo peso de responsabilidade lançado sobre quem não sonhou nem pediu para si mesmo tais ob-jetivos de vida! Na verdade, essa é a atitude inconsciente de transferência de nossas frustrações para os nossos descendentes na expectativa, consciente ou não, de que eles realizem e concretizem nossos sonhos não alcançados pessoalmente.

Por outro lado, ao estimular excessivamente meus filhos e netos que sejam atletas de alto nível, desconsiderando suas habilidades e preferên-cias individuais e, principal-mente, desconsiderando a vontade soberana de Deus para cada um deles, sem querer ou imaginar, estamos exercendo e defendendo um tipo de ateísmo prático. Isso porque não estamos ensi-nando nossos queridos des-cendentes sobre a vocação divina para cada um de nós.

Reflita comigo, não seria esse um bom motivo para questionarmos a comunica-ção e influência que estamos exercendo sobre aqueles a quem mais amamos? Que tal reavaliarmos alguns con-ceitos esquecidos ou menos enfatizados nos últimos tem-pos em nosso país, tais como seriedade em nosso relacio-namento com Deus e com os mortais, respeito ao próximo (ou ao adversário), trabalho duro e honesto visando o alvo proposto, etc. Minha sincera e candente oração é que esta reflexão atinja até os mais altos escalões de nossa sociedade, para a glória de Deus e para a nossa edifica-ção espiritual. Que o Senhor, portanto, nos ajude e nos abençoe nesse sentido.

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vida em famíliaGilson Bifano

6 o jornal batista – domingo, 17/08/14 reflexão

Fiquei chocado com a notícia do menino de 11 anos que teve o braço arrancado por

um tigre no Zoológico de Cascavel, no Paraná. Vi as imagens feitas por um dos visitantes que, na hora, docu-mentou a cena de horror.

Não quero, através deste artigo, lançar mais dor e culpa sobre o pai do menino, Marco Carmo Rocha, mas não pode-mos desprezar a oportunidade que a triste circunstância nos oferece para fazer algumas reflexões. Creio que houve no episódio uma sucessão de erros; isso sempre acontece. É a Lei de Murphy, que em sua essência diz que “se existe uma remota chance de algu-ma coisa dar errado, ela dará”.

A primeira coisa que já po-demos ver nas cenas da tra-gédia é, em minha opinião, a inadequada proteção dos vi-sitantes ao visitar o Zoo. Não sou especialista em segurança pública, mas pergunto se não houve falha nesse sentido. Não deveria haver um grau maior de dificuldade para que os visitantes se aproximassem perigosamente de animais selvagens? Não deveria, tal-vez, haver um fosso entre o parapeito e a grade? Mas a coisa pública em nosso país é assim. Não tem fiscalização, manutenção. Por isso temos tragédia como essa, de Santa Maria, e tantas outras.

Como disse, não quero lan-çar mais um fardo sobre esse pai. Não tenho como imagi-nar sua dor pelo resto da vida. Todas as vezes que ele vir seu filho sem o braço vai lembrar daquela tarde do dia 30 de julho de 2014.

Em entrevista ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, disse algumas coisas que me chamaram a atenção e servem para nos alertar, especialmen-te aos pais que têm filhos pequenos. Marco Rocha disse que não viu o menino pular a cerca de proteção da jaula do leão e que quando viu o filho brincando com o felino achou tranquilo. Tudo bem que o leão talvez estivesse tranquilo, mas o filho já tinha quebrado uma regra e deveria ser repreendido severamente pelo pai, pois tinha ultrapas-sado os limites.

Mas o que me chamou ainda mais a atenção foram as pala-vras do pai que aqui transcrevo

literalmente. Disse ele: “Eu falei para ele que não entrasse mais. Eu falo com ele sempre de uma maneira muito calma, quando ele saiu eu falei para que ele não entrasse. Por vá-rias vezes ele entrou e eu falei para ele não entrar”.

Desculpe-me, mas tem hora, que como pais não po-demos falar calmamente com nossos filhos, especialmente quando correm risco de vida. Seria o mesmo que falar com um filho, ao perceber que o mesmo esteja com um litro de gasolina e uma caixa de fós-foros e dizer: “filho querido, amor da minha vida, eu creio que seria perigoso haver uma combinação de gasolina e um fósforo aceso. Eu aconselho gentilmente deixar essas coi-sas nos seus devidos lugares”.

Mas o erro não parou ai, (lembra da Lei de Murphy?) por várias vezes o menino en-trou e saiu da zona de perigo. Não seria a hora, de falar duro e dar umas boas palmadas? Mas agora tem a lei da palma-da e os pais não podem fazer isso, não é? Não é mesmo Xuxa Meneghel? Não é mes-mo presidente Dilma Rousse-ff? A primeira foi a musa da lei e a outra a responsável por sancionar. Isso sem falar nos parlamentares, muitos evan-gélicos, que fizeram acordo para a lei ser aprovada.

Outra reflexão: Onde está a autoridade desse pai que, ao falar por várias vezes, o filho não atendeu. Pais com auto-ridade na vida de um filho basta falar, no máximo, duas vezes e o filho atende. Quan-do isso não acontece, vemos crianças desobedientes.

Sobre o momento em que o filho estava perto da grade do tigre, disse: “ele estava em-polgado e com um pouco de teimosia”. Empolgado? Com um pouco de teimosia? Uma combinação de descuido da administração do zoo, falta de fiscalização por parte dos órgãos públicos, falta de au-toridade do pai e severidade diante do perigo. Mais “um pouco de teimosia” deu no que deu. A receita perfeita para a tragédia.

Ficam aqui algumas lições para nossa reflexão da tragé-dia do Zoológico de Cascavel. Uma tristeza para toda a famí-lia, que me parece ser de pais separados, que já é outro fator complicador.

Oswaldo Luiz Gomes Jacob,colaborador de OJB

“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Pa-lavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno” (I Jo 2.14c).

Essa a f i rmação do apóstolo João é ver-dadeira. Certamente havia jovens em Éfe-

so, onde o velho apóstolo tinha trabalhado como líder da Igreja. Era uma moçada forte no Senhor, que estava comprometida com a Sua Palavra. João mesmo decla-ra a razão porque os jovens eram fortes: “a Palavra de Deus permanece em vós”. Pelo fato da Palavra de Deus permanecer neles, havia vi-tória contra o maligno. Não podemos vencê-lo na força da carne, mas o vencemos como Jesus o venceu, no poder da Palavra de Deus (Mt 4.1-11).

Sabemos que todos nós temos três inimigos ferrenhos e mortais: o mundo, a carne e o diabo. Só os vencemos no poder do Senhor. O apóstolo Paulo nos ordena: “Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso querer” (Gl 5.16-17).

Os jovens devem buscar no Senhor e nas Escrituras, a fonte de poder espiritual. Quando se está em Cristo, tudo se faz novo (II Co 5.17). A Bíblia é alimento para a alma, direção para o coração e a revelação para a mente, para a razão. Sabemos que a Palavra de Deus é viva e efi-caz e tem poder para mudar vidas a partir da divisão da alma e espírito. Ela discerne pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12).

Os jovens devem estar for-tes no Senhor para enfrentar e vencer a pornografia, a prostituição, os jogos vio-lentos, as baladas, as más companhias, as lutas da car-ne, os vícios, a ética relativa, a imoralidade, os jogos de

azar e tantos outros apelos da carne. Jovens, o mundo tem um enorme supermercado de coisas destrutíveis com uma variedade imensa. João diz que “o mundo jaz (está) no maligno” (I Jo 5.19).

O jovem Daniel é um exemplo a ser seguido, pois o texto diz: “Resolveu Daniel firmemente não se contami-nar com as iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então pediu ao chefe dos eunucos que lhe permi-tisse não se contaminar” (Dn 1.8). Todos nós sabemos o resultado maravilhoso da sua decisão. O jovem Daniel desagradou os homens, mas honrou o seu Senhor. Deve-mos viver para o Senhor e para o seu inteiro agrado!

O Senhor Jesus chama os jovens para segui-lo e servi-lo neste mundo para fazerem toda a diferença. Então disse Jesus aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto quem quiser sal-var a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la-á. Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória

de seu Pai, com os seus an-jos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mt 16.24-27).

Jovens, saibam que a sua luta “não é contra sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). A luta demanda preparo es-piritual na Palavra de Deus e na oração. Nas Escrituras, ele fala às entranhas e, na oração, nós falamos com ele. Assim como precisamos de alimento físico saudável para ficarmos em pé e trabalhar-mos, agindo dinamicamente, é verdade também que preci-samos de alimento espiritual para nos sustentar espiritual-mente e para vivermos uma vida espiritual saudável, agra-dável ao Senhor.

Jesus é suficiente para su-prir todas as nossas neces-sidades. Ele é toda a nossa suficiência. Nele está todo o nosso contentamento. Paulo ensina que “nele estão escon-didos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3). Então jovens, não se es-queçam: a sua força não está no seu vigor físico e mental, mas no Senhor, naquele que tem todo o poder nos céus e na terra!

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Pr. Décio e esposa, Janeide Pimentel Pr. Eliu e esposa, Helenildes Rodrigues

Organizadores e participantes do treinamento

Coordenadores Estaduais da Cristolândia se reúnem durante

treinamento

Participantes de várias cidades baianas compareceram ao evento

Pr. Fabrício com o livro que faz parte do material de divulgação da visão de IM

7o jornal batista – domingo, 17/08/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

No 3° Encont ro de Coordenado-res Estaduais da Cristolândia, que

aconteceu no Acampamento da Primeira Igreja Batista em Niterói (RJ), os líderes foram direcionados para avançar ainda mais nas atuações do projeto, que tem como ob-jetivo a recuperação de pes-soas aprisionadas pelo vício das drogas.

Conduzida pela Gerência Executiva de Ação Social da Junta de Missões Nacionais (JMN), esta capacitação teve o objetivo de fortalecer a equipe por meio de orien-tações e inovações para o grupo. “Está sendo um tempo muito bom. Um momento de crescimento, alinhamento de opiniões e retomadas de questões relevantes para o crescimento da Cristolân-dia”, garantiu o pastor Eliu Rodrigues, coordenador da Cristolândia em Recife.

Dando atenção às necessi-dades emocionais, a organiza-ção do evento direcionou os

Redação de Missões Nacionais

Com a visão de resga-tar os princípios do cristianismo, vários congressos têm sido

realizados em diversas cida-des brasileiras sobre a visão de Igreja Multiplicadora (IM), e implantação de Peque-nos Grupos Multiplicadores (PGMs). Com o apoio da As-sociação Batista de Salvador (ABS) e da Convenção Batista Baiana (CBBA), foi realizado um congresso sobre essa te-mática na Igreja Batista dos Mares, em Salvador,BA.

Cerca de 250 pessoas par-ticiparam do congresso. Pas-tores e líderes de diversas igrejas da capital baiana, e demais cidades do interior do estado, estiveram nos três dias de programação. Segun-do o missionário de Alian-ças Estratégicas de Missões Nacionais, pastor Marcos Azevedo, alguns viajaram mais de 150 quilômetros para participar. Entre os pre-

primeiros momentos da pro-gramação para cuidados com coordenadores, que incluiu a participação de psicólogos,

sentes estavam os pastores Erivaldo Barros, secretário executivo da CBBA; Milton Rocha, presidente da ABS; e Riedson Filho, presidente da Ordem dos Pastores Batistas da Bahia.

Pastor Fabrício Freitas, ge-rente executivo de Evange-lismo de Missões Nacionais, foi o palestrante oficial do evento, ministrando sobre a visão de Multiplicação e apli-cação dos Pequenos Grupos Multiplicadores.

Para o pastor Matheus Guerra, da Igreja Batista da Pituba, o congresso foi uma

proporcionando orientações alusivas aos casais. “Estamos sendo cuidados aqui nesse período. Tenho certeza de

experiência ímpar, que trou-xe despertamento para a im-portância do evangelismo por meio de relacionamentos. “Poder resgatar os princípios e valores neotestamentários que ensinam sobre a vivência da igreja no templo e de casa em casa é importante para a eclesiologia batista”, afirmou.

Segundo Fábio Vasco, pas-tor de Juventude, Missões e Evangelismo da IB dos Mares, o congresso representou um divisor de águas para as igre-jas de Salvador. Ele aponta a proposta de IM como uma quebra de paradigmas, uma vez que “vivemos em uma sociedade individualista, consumista e imediatista”. Ele também afirmou que é tempo de resgatar a vida em comunidade, abrindo nossos lares para serem locais de adoração, fazendo referência aos PGMs, que representam uma excelente ferramenta para o desenvolvimento de relacionamentos discipulado-res. “O evangelismo discipu-lador desafia o compartilhar

que Deus tem nos abençoado e nos preparado para cuidar daqueles que precisam de nós”, afirmou o pastor Décio

de vida, a quebra do modelo individualista, resgata o pas-toreio mútuo, as pessoas são responsáveis umas pelas ou-tras e as dificuldades maiores são direcionadas para o pas-tor. A igreja deve lutar contra a liquidez dos relacionamen-tos e direcioná-los para a solidez, o compartilhar de princípios e vida”, concluiu.

Envolva sua igreja em ati-vidades que possibilitem um convívio discipulador e, as-sim, veja a obra se multiplicar por meio de cristãos compro-missados com o verdadeiro

Amorim, coordenador da Cristolândia em Salvador.

Construído a partir de ideias dos próprios coorde-nadores, o Projeto de Pre-venção de Drogas também foi apresentado junto com a nova estrutura do curso de formação para os Radicais. Além da assessoria jurídica dada aos líderes, o treina-mento contou com a pre-sença de representantes de outros setores de Missões Nacionais, que também apre-sentaram propostas.

Para os coordenadores, a capacitação tem atingido um nível bastante satisfatório, es-timulando o crescimento do grupo para atuarem em suas unidades, comprometidos para que mais vidas sejam salvas das cracolândias e o nome do Senhor Jesus seja glorificado.

“Agradecemos o esforço de Missões Nacionais e ce-lebramos com toda a equipe da Gerência Executiva de Ação Social porque este um é tempo que prevê grandes avanços para o ministério da Cristolândia no Brasil”, disse o pastor Eliu Rodrigues.

evangelho, seguindo o exem-plo deixado por Cristo e pelos cristãos da igreja primitiva, que avançava porque seus membros tinham comunhão e um relacionamento sincero com Deus e seus irmãos.

De 21 a 24 de outubro será realizado o Congresso Multiplique, na Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, PR. Visite o canal de inscri-ção de eventos no site de Missões Nacionais (www.missoesnacionais.org.br) para ter mais informações e fazer sua inscrição.

Congresso sobre IM e PGM é realizado em Salvador, BA

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8 o jornal batista – domingo, 17/08/14 notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 17/08/14 notícias do brasil batista

Thiago Lima e Ester Tostes,PIB em Cabo Frio - RJ

A Primeira Igreja Batis-ta em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, reali-

zou nos dias 1, 2 e 3 de agosto o acampamento de juventude com o tema: “De volta para o Futuro, o Mistério da Cruz”. O evento é organizado pelo Ministério de Jovens e Adoles-centes denominado “Interação Jovem”, que é liderado pelo Pr. Thiago Lima.

A proposta para 2014 foi a conscientização dos jovens ao pensar que o futuro de suas vidas depende diretamente do nível de apego aos ensina-mentos bíblicos do passado. A preocupação veio a partir do relacionamento da juventude com pessoas que não conhe-cem a Cristo, que buscam vencer na vida sem as bases dos ensinamentos de Jesus relatadas nos Evangelhos.

João Luiz da Silva, pastor da Segunda Igreja Batista em Mesquita - RJ

Quando lembro da minha juventu-de fico pensando em quantas coi-

sas pude me alegrar, sorrir e sentir prazer. Quantas coisas fiz sem pensar (ato normal na juventude). Hoje quando penso na época em que eu era jovem fico imaginando como ela seria se eu tivesse a experiência e a maturidade que tenho hoje (acho que todos usam essa frase), pen-so que muitas coisas seriam

O acampamento recebeu como convidado especial o Ministério JV na Estrada, que durante os dias do evento ministrou as mensagens, gin-cana e atividades recreativas. A ministração dos louvores ficou por conta do Sem. Ju-dson Vasconcelos e a Banda Libertos.

Agradecemos a Deus por todas as mensagens e ativi-dades ali realizadas para a comunhão em amor e glori-ficação do nome do Senhor em nossas vidas. Congra-tulamo-nos pela confiança concedida pelos pais e pela liderança da Primeira Igreja Batista em Cabo Frio que, di-retamente ou indiretamente, auxiliaram o ministério de jovens na realização deste acampamento. Esperamos em Deus que almas tenham sido impactadas e ensinadas durante esses dias. Em Agos-to de 2015 estaremos juntos novamente. Orem por nós.

diferentes, pois as decisões seriam tomadas de forma mais consciente.

“Lembra-te do teu Cria-dor nos dias da tua moci-dade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: não tenho neles con-tentamento ou prazer” (Eclesiastes 12.1). Esse versículo chama a nossa atenção para uma realida-de que atingirá a cada um de nós, isto é, a idade vai chegar quer queiramos ou não.

Quando observo a ju-ventude de nossas igrejas

e vejo a alegria e a força que eles têm, observo que é uma parte do exérci-to do Senhor que possui muita força, que pode quase tudo quando se diz respeito ao dinamismo, força e garra. Porém, tam-bém observo um grupo que não sabe a força que possui se forem fiéis e obedientes ao Senhor; levam a vida de maneira a agradar a si mesmo. Fe-lizmente, temos aqueles que se destacam no meio da multidão. Na juventu-de, já demonstram serem servos fiéis ao Senhor.

Louvo a Deus por ter a oportunidade de con-templar essa realidade na Segunda Igreja Batista em Mesquita, Igreja na qual tenho o prazer de pastorear, entendendo que vale a pena obedecer e servir com sinceridade a esse Deus maravilhoso que cuida de nós a todo instante.

Que ro ag radece r a Deus, por observar não só em nossa Igreja, mas nas igrejas de um modo geral, jovens que bus-cam, realmente, servir a Deus com dedicação

e obediência. A minha súplica ao Senhor é para que esses possam influen-ciar, cada vez mais, aos demais que estão ao seu redor, a servirem também a Deus com fidelidade e obediência.

Querida Juventude Ba-tista, quero parabenizá--los e espero que vocês continuem servindo a Deus de forma que O agrade. E lembre -se , quando colocamos Deus em primeiro lugar, Ele nos concede tudo o que precisamos. Que Deus vos abençoe.

PIB em Cabo Frio, RJ, realiza 2a edição do “Acampamento Interação Jovem”

Uma juventude que serve ao Senhor

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11o jornal batista – domingo, 17/08/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Mais uma vez, o envolvimento de uma igreja com a obra missioná-

ria ajudou a testemunhar o amor de Cristo a crianças que vivem em situação de risco social. Uma oferta feita pela Igreja Batista do Bacacheri,

José Calixto Patrício – Missionário da JMM em Portugal

Talvez uma coisa um pouco difícil para os irmãos brasileiros entenderem seja a

realidade de tão poucos re-sultados na obra da evange-lização na Europa. Quando um missionário consegue batizar uma pessoa aqui, talvez esse resultado possa ser comparado a outro mis-sionário que batiza 10 ou 20 pessoas no Brasil, por exemplo. Posso falar isso de cátedra porque já preguei na Venezuela e hoje estou em Portugal.

Diante dessa realidade, os missionários que trabalham no contexto do Velho Con-tinente precisam aprender a não baixar a cabeça para os poucos resultados, pois o campo é realmente difícil. Recentemente, participei de um culto na Igreja Evangélica Batista de Viana do Castelo. Depois de cinco anos de es-pera, aquela igreja recebeu um casal de missionários da JMM, Pr. Jorge Max e Dali-mar. O pregador convidado para aquela ocasião era um pastor romeno com um por-tuguês impecável.

em Curitiba, PR, possibilitou a adequação de duas unida-des do PEPE (programa socio-educativo) em comunidades indígenas no Paraguai.

O valor doado permitiu a construção de duas salas de aula, compra de livros e ou-tros materiais didáticos para três comunidades, além de mesas e cadeiras. Mais de 40 crianças foram beneficiadas.

Na mensagem, o pregador disse que uma jovem de sua igreja tentava convencer a mãe a se desfazer de todas as imagens que ocupavam os cômodos da casa. A mãe, indignada, perguntou à filha: “Por que devo me desfazer dessas imagens?”. A filha respondeu: “Porque a Bíblia condena todo tipo de idola-tria”. A mãe então disse: “Se a Bíblia condena as pessoas por terem imagens, então não quero saber mais nada da Bíblia.”.

Por outro lado, a Palavra de Deus nos anima a seguir semeando a boa semente da salvação. Tanto que o Senhor permitiu que eu to-masse conhecimento de duas experiências que muito aben-çoaram meu coração. Na primeira, acontecida alguns meses atrás, minha espo-sa, a missionária Suely, e eu fomos recepcionar al-guns obreiros da nossa JMM no aeroporto da cidade do Porto. Como eles estavam chegando bem cedo, nós os convidamos para o café da manhã. Quando me afastei por um momento da mesa onde estávamos, deparei--me com um senhor mais ou menos da minha idade. Co-mecei a conversar com ele,

Segundo a coordenadora do PEPE para a América La-tina, missionária Lidia Klava da Silva, foram inauguradas em maio unidades do PEPE nas comunidades Yatayty del Norte e Ava Guarani.

“São comunidades indíge-nas que vivem em situação de extrema pobreza. Por lá são precárias as condições de infraestrutura, alimentação e

que se chamava José, e fiquei sabendo que era de Angola e que há meses procurava trabalho. Convidei-o para vir até nossa mesa e participar do café da manhã conosco. Depois de alguma conversa, dei-lhe uma pequena oferta para ajudá-lo nas suas neces-sidades.

No Natal do ano passado, fiz contato com o Pr. Ludgero Coelho, da Igreja Evangélica Batista de Vila Nova de Gaia, pois tínhamos preparado uma cesta de Natal para a família do senhor José. Desde então eu não tinha mais no-tícias dele, mas na recepção para o missionário Jorge Max, encontrei o Pr. Ludgero que prontamente me perguntou: “Pr. Calixto, não vai me per-guntar sobre o senhor José?”. Foi então que fiquei sabendo que desde o ano passado o senhor José participa assi-duamente dos trabalhos da igreja. Aleluia!

A segunda experiência tam-bém aconteceu alguns meses atrás, quando fui à cidade de Viana do Castelo para conversar com os irmãos daquela igreja sobre a vinda de um casal de missionários da JMM. No café, conheci uma senhora, Filomena, e logo fiquei sabendo que ela

outras necessidades básicas”, disse Lidia.

A missionária espera em Deus o apoio de outros ir-mãos em Cristo para que mais três unidades do PEPE sejam inauguradas no próxi-mo ano. Elas ainda precisam de estrutura básica para fun-cionamento.

Atualmente o PEPE está presente em 23 países, le-

congregava em uma igreja que ficava longe de casa. Convidei-a para conhecer a Igreja Batista de Viana do Castelo, que fica próximo ao café. Que surpresa e alegria quando, recentemente, no culto de apresentação do Pr. Jorge Max e família, lá en-contrei a irmã Filomena, que

vando educação básica e a mensagem do Evangelho de Cristo a mais de 10 mil crianças e suas famílias. São as orações e ofertas dos cris-tãos brasileiros que permi-tem o avanço do programa pelo mundo. Muitas crianças carentes ainda precisam ser alcançadas. Você pode par-ticipar desta missão. Saiba como: [email protected].

já é membro da Igreja e uma fiel congregante desde então. Glória a Deus!

Os frutos são poucos, mas de vez em quando nossos corações são surpreendidos por resultados inesperados. Continue orando por nós, pois suas orações abençoam muito nossa vida e ministério.

Oferta de igreja permite levar o PEPE a comunidades

indígenas no Paraguai

Um campo difícil

Jose Calixto e Suely Patricio são missionários da JMM em Portugal

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12 o jornal batista – domingo, 17/08/14 notícias do brasil batista

Sandra Natividade, jornalista e membro do Conselho Editorial de OJB

Os batis tas bra-sileiros sempre são reconhecidos pela, Aliança Ba-

tista Mundial (Baptist World Aliance), uma comunidade cristã organizada na cidade de Londres em 1905, tendo como objetivo principal a unidade de todos os seus membros, regendo a evan-gelização, e prestando assis-tência a pessoas necessitadas defendendo os seus direitos. É constituída por mais de 200 convenções e uniões, com 42 milhões de fiéis. As dire-torias dessa comunidade são eleitas em suas reuniões do Conselho Geral, a mais re-cente ocorreu no período de 6 a 12 de julho passado na cidade de Izmir, na Turquia, elegendo naquela oportuni-dade o presidente Paul Msiza de nacionalidade sul africana

e seus doze vice-presidentes, entre eles um brasileiro o pastor Luiz Roberto Soares Silvado, atual presidente da Convenção Batista Brasileira. A diretoria eleita em Izmir deverá liderar a instituição de 2015-2020, tomando posse no 21º Congresso Mundial Batista em Durban, Johannes-burgo. de 22 a 26 de julho de 2015.

Assim como o faz a cada cinco anos em todos os

congressos da ABM (sigla em inglês BWA), a repre-sentação dos batistas bra-sileiros saindo de vários estados do país é certa. A ida de brasileiros à África do Sul celebrando o tema “Jesus Christ, The Door”, “Jesus Cristo, A Porta”, se traduz em uma única afir-mação, nós estamos dis-postos sim a evangelizar o mundo juntamente com irmãos de todos os conti-

nentes - além desse fato que reputamos de suma importância - prestigiare-mos a posse do brasileiro pastor Roberto Silvado e, fazendo marketing para que os irmãos convencionais em Durban possam vir ao Brasil hospedeiro do 22º Congresso Mundial Batista, aliás, será o segundo que o país terá o privilégio de se-diar. O anterior aconteceu em 1960 na cidade do Rio de Janeiro, tendo como lo-cal o estádio Maracanã. Na época, a BWA estava sob a presidência de um brasilei-ro, o saudoso pastor João Filson Soren, que honrou o mandato e o trabalho de brasileiros na instituição internacional.

Outros compatriotas pres-taram seu trabalho eficiente no organismo, a exemplo do também saudoso pastor Nilson do Amaral Fanini, na presidência, e atualmen-te o pastor Fausto Aguiar de

Vasconcelos, diretor, todos servos do Deus altíssimo, comprometidos com o Rei-no de Cristo.

Naturalmente o próximo congresso será mais uma vez na cidade maravilhosa, mas temos muito tempo até o conclave mundial em Dur-ban para a oficialização. O congresso anterior, 2010 rea-lizado na cidade de Honolu-lu, Havaí, a BWA trabalhou o tema “Hear the Spirit”, “Ouça o Espírito”, e o nosso país estava lá junto a tantos irmãos de outros países. Que na 21ª edição do congresso os batistas brasileiros pos-sam estar em Johannesburgo celebrando a Cristo a partir das ministrações do evento, prosseguindo no progra-ma proposto, visitando, aju-dando o campo missionário hospedeiro, visando sempre reduzir carências nas áreas menos evangelizadas, fato observado nos congressos anteriores.

Novo Brasileiro na BWA

Juventude Batista do Fonseca, RJ, participa do Congresso “+ Adoração”

Thiago BekerIgreja Batista do Fonseca - RJ

É d i f í c i l e x p r e s s a r em pa l av ra s uma i m e n s i d ã o d e s e n t i m e n t o s q u e

apenas o Espír i to Santo de Deus pode nos fazer partilhar. Essa foi a sensação que a Juventude Batista do Fonseca, em Niterói, pode experimentar na prática neste período tão aconchegante e abençoado do congresso jovem “+ AdorAÇÃO”.

Não há nada como, após uma semana tão corrida e cheia de desafios, reunir aquela galera cheia de ener-gia em plena sexta-feira para adorar a Deus louvando e compartilhando todo o me-lhor que está na alegria vinda do Senhor. Sentimentos de comunhão, adoração e es-perança são traduzidos em música e palavra de Deus no clima mais perfeito da plena amizade!

E o que vocês dizem de sentir na prática o cum-primento da promessa de Deus e seu amor sendo extravasado através de vo-zes? Quão difícil é expli-car o calor que o coral da Cr is tolândia nos faz

sentir, e o abrigo nas asas de Deus que estes nobres Servos do Reino nos fazem experimentar. Sentir cada pelo de nosso corpo se ar-repiar com testemunhos e louvor é a mais pura prova da presença de Deus e a

certeza de que não importa de onde você veio ou de onde você é, mas o para onde ele é capaz de levar você e o que ele é capaz de fazer em sua vida. Um exemplo do impacto cau-sado por esse momento?

Que tal o simples fato do preletor, pastor Elthon Sá, abdicar de sua palavra já planejada para através de um sentimento puramente espontâneo e mudar toda a trajetória daquele dia? Mu-dança de planejamento? Chamo isso de chamado de Deus.

Sem igual, é também ex-perimentar o carinho dos diáconos através da honra de servir a Ceia em seu maior esplendor e signifi-cado no coração de cada jovem. Quão grande foi o prazer de partilhar desse momento, não somente sendo servido, mas servin-do o pão e o vinho. Graças sejam dadas a Deus por esse momento puro e de representação tão grande para a humanidade, neste ato que, inigualavelmente, reproduz o amor de um Deus que é o mesmo on-tem, hoje, e amanhã em nossas vidas.

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13o jornal batista – domingo, 17/08/14notícias do brasil batista

Linaldo de Souza Guerra, professor do STBNB

O Seminário Teo-lógico Batista do Norte do Brasil realizou no dia

dois de agosto uma capa-citação destinada aos pro-fessores da casa, que acon-teceu nas dependências do Hotel Onda Mar, na Praia de Boa Viagem, em Pernam-buco. Além da verificação das ações desenvolvidas para início das atividades do segundo semestre, im-portantes informações sobre as vitórias obtidas desde o início do ano puderam ser compartilhadas, bem como,

desafios para os próximos meses.

Em clima de descontra-ção, comunhão, mas, com foco no aprimoramento acadêmico, a capacitação deixa uma importante cer-

teza. O Seminário está no caminho certo, buscando a excelência acadêmica, priorizando a reflexão, a fé e o serviço. Além disso, diversos investimentos em infraestrutura estão sendo

feitos em prol da qualifica-ção dos seminaristas, como por exemplo, no últ imo semestre foram feitos re-paros nas salas de aulas do Departamento de Música, e foram também realizadas

novas aquisições de instru-mentos musicais necessá-rios para a realização das atividades de docência e uso dos discentes em sua preparação para ministério da música.

Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil realiza capacitação

dos docentes

Pepe Brasil já atinge 165 unidades e atende mais de três mil crianças

Geima Galgane - Coordenadora do PEPE no Estado do Rio de Janeiro

O PEPE - Programa de Apoio ao De-senvolvimento da Criança em Famí-

lia na Comunidade - nasceu a partir do sonho do casal de missionários ingleses, Pr. Stu-art e Georgina Christine, que desejavam beneficiar crianças que viviam em situação de risco social em Jardim Olinda, na periferia de São Paulo. Em Agosto de 1992, em parceria com a ABIAH (Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem), eles puderam ver esse sonho se concreti-zar quando Deus lhes deu a oportunidade de inaugurar uma sala com 12 crianças, assistindo-as em suas neces-sidades educacionais, sociais, emocionais e espirituais.

Aquele pequeno projeto se transformou em um pro-grama muito bem elaborado e, atualmente está sendo de-senvolvido não somente no Brasil, mas em vários países. A Junta de Missões de Mun-diais e a Junta de Missões Nacionais, em parceria com a ABIAH, são as organizações missionárias que têm nos apoiado no processo divul-gação e promoção.

O PEPE Brasil é um pro-grama missionário desen-

volvido pela igreja local que assiste crianças de 4 a 6 anos de idade, tendo como objetivo vivenciar o amor de Jesus Cristo para esses pequeninos e suas famílias e, assim, impactar as comu-nidades do nosso país com o Evangelho, dando-lhes uma nova perspectiva de vida, levando esperança aos seus corações.

Uma característica desse programa é que a igreja local se torna a protagonista da ação missionária. Através de seus voluntários, ela lança as sementes na comunida-de e ela mesma colhe os frutos quando essas crian-ças e familiares percebem a

transformação causada pelas demonstrações concretas do amor de Cristo.

No Brasil há 165 unidades do programa e 3.878 crianças sendo assistidas diariamen-te. Há duas coordenadoras nacionais: Rute Oliveira, que coordenada o Norte e o Nordeste do país, e Bianca Diacov, que coordena o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste. Contamos também com 34 coordenadores estaduais e 368 missionários facilitadores (educadores nas unidades).

Ainda há muito que fazer, os campos estão brancos para a ceifa e Jesus conta com cada um de nós. Entendemos que nossa missão como igre-

ja é fazer missões, é vivenciar os ensinamentos do Mestre, atendendo, assim, a socie-dade. Há muitas crianças neste momento vivendo em situação de risco e abandono. Como igreja, devemos ir ao encontro delas e trazê-las a Jesus.

As crianças precisam estar no topo da nossa lista de prioridades. Temos o privi-légio de ajudá-las em seu desenvolvimento integral. Nunca devemos deixar de instruí-las, nunca devemos menosprezá-las ou subes-timá-las, nunca devemos pensar que as mesmas não aprendem ou que é irrele-vante ensiná-las, pois elas

aprendem mui to e es te aprendizado é genuíno. Se não ensinarmos O caminho e A verdade, outros cami-nhos aparecerão para ser inculcados.

A criança vive no hoje. Ela precisa de cada um de nós no hoje. Ela tem que ser protago-nista do hoje. O amanhã será consequência daquilo que fizermos hoje na vida dela. A criança, como pessoa/in-divíduo/nosso próximo/ima-gem e semelhança de Deus, tem sede da verdade e há somente uma Fonte da Água da Vida que pode saciar esta sede: Jesus!

Cumpramos o IDE, sendo agentes, despenseiros, bons administradores da graça de Deus exercendo o dom que o mesmo nos deu para servir ao nosso próximo. Cumpra-mos esse chamado em obe-diência ao Senhor.

Por fim, deixo meus reca-dinhos anotados aqui: Pais, não deixem de educar os seus filhos no caminho do Senhor. Igrejas, invistam nas crianças, acreditem nelas crianças, pois Deus lhes deu o privilégio de ajudar/coope-rar/participar do seu desen-volvimento integral.

Jesus chamou as crian-ças para perto de si e disse: “Deixem que as crianças venham a mim e não pro-íbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças”(Lc18.16).

Mais informações: [email protected]

PEPE Nova Geração- Igreja Batista Farol em Saquarema - RJ

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14 o jornal batista – domingo, 17/08/14 ponto de vista

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruça - RJ

João, em uma de suas epístolas, chama os jo-vens de “fortes”.

Fortes, os jovens? Já que é a Bíblia que o diz, sou obri-gado a concordar, embora os ache tão vulneráveis e veja que são os mais atacados.

João estava impressionado com a coragem dos jovens, coragem para ouvir a novida-

Eduardo Mano, músico

Às vezes passamos por momentos não muito agradáveis em nossas vidas.

Momentos que nos fazem questionar tudo aquilo que é importante para nós: nossos motivos, nosso chamado, nossa fé. Horas se tornam dias e depois semanas, e tudo o que você tem dentro de si é uma grande inquieta-ção e um vazio que parece que não vai embora.

Eu achei que já tinha passa-do por esse momento. Vejo claramente, hoje, que aquilo que passei quatro anos atrás não tem comparação ao que enfrento hoje. De qualquer forma, escrevo, pois sei que há outros que passam pelo mesmo que eu, variando, imagino, alguns “sintomas”. Maior ou menor desânimo, maior ou menor irritabilida-de, maior ou menor falta de

de do evangelho. João tinha testemunhado, ao longo de sua vida, a força dos jovens.

De fato, quando olhamos pessoas empunhando ban-deiras de transformação, são os jovens quem as empu-nham. Quando precisamos de emissários para missões de valor, são os jovens quem se arriscam.

Não por acaso as ideolo-gias querem consumir os jovens, os produtos querem comprar os jovens, as drogas querem entorpecer os jovens.

fé… e se, como no meu caso, tais momentos chegam a afe-tar a saúde, aí já passou da hora de procurar ajuda mais qualificada.

Gostaria de escrever alguns pontos que têm me ajudado no que tenho passado, e es-pero que sejam de ajuda para quem lê o que escrevo, como sei que minhas músicas têm servido de ajuda para tantas pessoas.

- Talvez haja um culpado pelo quê você está passando no momento - No meu caso, em parte há / havia, e já foi iniciado um processo de per-dão e reparação. Se esse for o seu caso, é possível que você precise iniciar algumas conversas, ou colocar isso diante de Deus. Caso você saiba que tem culpa no “mo-mento ruim” de alguém, por favor, não tarde em ir até a pessoa e pedir perdão e fa-zer o que for necessário para auxiliar no processo de cura.

A força dos jovens está na força de resistir aos convites do consumo, sejam quais forem.

A força dos jovens está na força de resistir à sedução da desesperança, tão fascinante quando as oportunidades (de realização do ideal por meio do trabalho) escasseiam.

A força dos jovens está na força de resistir, a não se impacientarem com os mais velhos, esses que, às vezes, acham que sabem tudo por-que viveram mais.

A palavra de Deus nos diz que ao confessarmos nossos pecados uns aos outros nós somos curados (Tiago 5.16). Creiamos nisso.

- Você não está sozinho. Apoie-se em seus amigos - A maior tentação nesses momentos em que nos sen-timos a escória do mundo, é a de acharmos que estamos sozinhos e que ninguém nos entende. Bem, isso é men-tira. Dependendo do nível de decepção que tenhamos sofrido, nossa vontade é de abandonar o convívio com todos os seres viventes e vi-rarmos ermitões (no meu caso, a barba eu já tenho), mas essa é uma atitude extre-mamente danosa. Estar com pessoas que nos amam (pais, amigos, parentes…) ajuda no processo de cura. A Bíblia nos ensina em Probérbios 17.17 que “Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão”.

A força dos jovens está na força de resistir à moda, seja de que tipo for mesmo que desenhada para eles, como se eles fossem modelos para todos. Os jovens são fortes porque são os que mais po-dem fazer.

Que os jovens continuem indisponíveis para si mes-mos e disponíveis para Deus. Que os jovens con-tinuem prontos para ouvir, mesmo que as mensagens soem longas. Que os jovens continuem atentos às suas

- Se for necessário, bus-que ajuda médica - Por favor, deixe toda baboseira triunfalista de lado e en-tenda que Deus pode e, de fato, atua através de médi-cos e doutores ao redor do mundo. Foi ele quem deu a eles conhecimento, e foi ele quem deu capacidade ao homem para desenvol-ver remédios que restituem equilíbrio ao corpo. Deus age dessa forma, pois pode agi r ass im. E le também pode agir de forma miracu-losa, claro, mas confie na sabedoria que Ele concede aos homens. Eu precisei buscar ajuda médica e fui beneficiado (e ainda preci-sarei de alguma ajuda).

- Embora às vezes pareça, Deus não nos abandona - Acho que essa é a frase mais difícil que já escrevi. Nas últimas semanas tenho questionado muito. A Deus, ao meu chamado, minha fé.

fraquezas, para que não con-fiem demais em si mesmos e tropecem.

Que os jovens continuem achando que deles, como das crianças e dos adolescentes, é o Reino dos Céus, mesmo que muitos (até bem inten-cionados como os discípulos de Jesus) tentem impedir que se aproximem ou fiquem per-to de Deus.

Vivendo assim, os jovens se-rão, como escreve João, fortes. Todos nós precisamos de vocês.

Passamos um tempo com um pastor amigo nosso aqui na cidade, e uma das coisas que ouvi foi: Deus aguenta meus questionamentos. Ele é Deus, e eu não sou (algo que me soa extremamente familiar, não é mesmo?). Deus já aguentou muita coisa do homem, inclusive o pecado, e pode aguentar meus questionamentos. Eu é que não aguento viver sem Ele. Outra coisa que ouvi é que este é um tempo em que vou colocar (novamen-te) todas as minhas músicas em prática. É verdade. A cada dia, uma delas fala algo comigo.

Há coisas que acontecem em nossa vida sem esperar-mos. Mas quando nem tudo vai bem, é imprescindível lembrarmos que há verda-des maiores que nós. Velhas verdades. Verdades eternas.

Que Deus nos ajude a cada passo do caminho.

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15o jornal batista – domingo, 17/08/14ponto de vista

Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de OJB

Sou Batista desde abril de 1949, quando fui imerso, submerso e emerso nas e das

águas azuis e doces do ma-jestoso Rio Tapajós, na ci-dade de Santarém, no Pará, por mãos pastorais de Sós-tenes Pereira e Barros. Essa época me traz saudades no coração ao lembrar-me de minha pequena Igreja, dos meus colegas de ado-lescência e, em particular, de meus hinos do Cantor Cristão, que eu cantava com singular entusiasmo e que alcançaram minha idade adulta. Por esses hinos me apaixonei e os trouxe no

Rodrigo Goulart,pastor de Jovens da Primeira Igreja Batista de Piedade - RJ

De tempos em tem-pos surge uma nova geração de jovens, que com

suas ações, ideias e pensa-mentos provocam profundas mudanças na sociedade. No entanto, historicamente, as nossas igrejas sempre tiveram uma grande dificuldade de acompanhar essas mudanças e por isso acabam chegando atrasadas nesse processo. Esse atraso as tem impedido de extrair coisas boas oriundas dessas evoluções sociais que produziriam uma melhora sig-nificativa no contexto de vida cristã da nossa juventude.

Não é possível resguardar a nossa juventude de maneira a não ser alcançada por essas progressões, mas é possível tentar compreendê-las e re-ter delas o que nelas há de bom. Pensando nisso é que eu externo aqui um extrato bem resumido do que está acontecendo no contexto

coração para a mocidade e, mesmo agora, para a matu-ridade cristã.

Digo, de coração, que os hinos do Cantor Cristão me enchem a vida de alegria e deles estou agora com sau-dades, quando são esqueci-dos, praticamente, dos cultos dominicais de que participo. Tenho em minha casa e, par-ticularmente em meu quarto de dormir, toda a coleção de CD’s da autoria de Noé Ramos Pinheiro, membro da Igreja Batista do Méier- RJ, a que também pertenço, todos contendo hinos do Cantor Cristão, por Noé, tocados magistralmente.

A música desses hinos tocados por Noé me enche de gozo a alma e de lágrimas de saudades meu coração,

dos jovens brasileiros, com a intenção de despertar em você um interesse maior em entender o que se passa na cabeça dos nossos jovens.

A juventude da década de 60 era caracterizada pelo en-gajamento político sacrificial, ou seja, promovia o abando-no de questões individuais para se entregar inteiramente a uma causa. Nos dias de hoje os desejos individuais são compartilhados em rede promovendo uma conecti-vidade rápida entre jovens que partilham dos mesmos anseios e por causa disso aca-bam gerando um movimento em prol dessas vontades co-muns. Chamamos esse fenô-meno de “hiperconexão”, que é o principal causador de uma crença em uma ca-pacidade de realizar, pro-movida por um novo tipo de pensamento coletivo, onde o jovem percebe que o fato de ele poder pensar no outro não exclui sua capacidade de pensar em si mesmo. Esse novo tipo de pensamento coletivo é responsável por

quando revivo os tempos em que, na Igreja, enchia a minha alma dessas melodias, que se vão hoje escasseando nos cultos de nossas Igrejas.

A versatilidade de Noé Ramos Pinheiro convida à meditação e louvor, quan-do o ouvimos ao dedilhar piano ou órgão, e a trazer--nos n’alma a saudade dos tempos em que a música dos velhos hinos invadia a alma dominicalmente em nossas igrejas batistas. Hoje ficamos só na saudade de um passado que teima em não nos retornar.

Confesso que sou um saudosista de nossos velhos hinos. O pastor Ebenézer Gomes Cavalcanti, no lon-gínquo maio de 1958, já proclamava esse saudosismo,

promover “microrrevoluções cotidianas” que influenciam, de maneira positiva, a rotina de suas comunidades.

Diferente das décadas an-teriores, onde o sonho dos jovens passou de utópico (1970) a algo possível, porém individualista, consumista e focado somente na satisfação pessoal (1980 e 1990), hoje o jovem está muito mais volta-do para a coletividade. Com isso, estamos presenciando o nascimento de uma nova geração de jovens, chamados de “jovens-pontes”, que são os responsáveis por catalisar ideias que geram ações dire-tas que vão de encontro aos problemas que eles mesmos percebem no cotidiano da so-ciedade, tanto a “Lato sensu” quanto a “Stricto sensu”.

“Ao agir como um “cata-lisador de ideias”, esse “jo-vem-ponte” influencia mais pessoas e até instituições, possibilitando um diálogo entre mundos aparentemente paralelos.” (Fonte: http://ffw.com.br/noticias/cultura-pop/wgsn-o-comportamento-da-

que hoje nos martiriza. Lem-brava ele que “a razão é que nossos velhos hinos registram uma história de experiências que jamais se repetirão. Essas velhas canções nasceram de inspirações em plena luta pioneira. Esses hinos são um patrimônio inalienável. Assim como a Marselhesa da Reforma, o hino imortal de Lutero, ‘Castelo Forte’, núme-ro 323 do Cantor Cristão, que traz as marcas de procelas e glórias. Nossos hinos do Cantor Cristão nos falam de cristãos, verdadeiros heróis da nossa fé”.

Quando os suprimimos de nossos atuais cultos domini-cais, lembremos que “esta-mos pisando em terra santa. Respeitemos nossos altares. Conservemos esse reposi-

-nova-geracao-de-jovens bra-sileiros/).

Podemos ver no perfil des-sa nova geração alguns traços do que era feito pelo próprio Jesus, pois já no seu tempo ele fazia o trabalho de um “jovem-ponte”, ou seja, es-tabelecia um diálogo entre mundos paralelos com a fi-nalidade de influenciá-los a criar uma sociedade melhor.

Com essa nova realidade se formando, temos a oportuni-dade de adaptarmos o traba-lho com juventude de nossas igrejas com o objetivo de ab-sorver essa geração que está saindo de um pensamento es-tritamente individualista para uma nova forma de pensar coletivamente. Mas para isso acontecer, precisamos ouvir com mais atenção a maneira como a nossa juventude está enxergando o mundo, mas para isso é necessário que o jovem tenha espaço para expressar suas ideias, pen-samentos e visão. O mundo está descobrindo isso e usan-do essa nova configuração da juventude em seu benefício

tório de fé e de esperança. Devemos inovar com a nova hinódia, mas nunca remover os marcos gloriosos de nossa história batista”, conclui o Pastor Dr. Ebenézer Gomes Cavalcanti.

Adquiri, há algumas se-manas, sem questionar, dois CD’s novos gravados por Noé Ramos Pinheiro, com hinos de o Cantor Cristão, que me encheram de alegria ao ouvi-los em casa. Ao ouvir os dois novos CD’s meu coração bateu forte e meus olhos se encheram de lágrimas de saudades dos tempos em que, dominical-mente, eu entoava hinos, que agora se estão perdendo no tempo.

Saudades do meu Cantor Cristão, como bom batista.

e nós estamos simplesmente vendo tudo isso passar.

Permita-me o uso de uma ilustração: Existia um homem que tinha uma loja de revela-ção de fotos há muitos anos. Com o avanço tecnológico, as câmeras digitais dominaram rapidamente o mercado, mas esse homem simplesmen-te ignorou essas mudanças tentando preservar o objeto do seu negócio. Quando ele percebeu que isso não seria possível, ele tentou se adaptar a nova realidade e começou a vender em sua loja, câmeras digitais. Porém, quando isso aconteceu o uso de câmeras nos celulares já estava am-plamente difundido e aí o seu negócio fechou, pois já era muito tarde para se adaptar a nova realidade do mercado.

Aprendemos com isso, que é um grande erro tentar evitar as mudanças quando elas são inevitáveis. Sendo assim, a saída é compreender essas evoluções e reter delas o que há de bom.

Sejam abençoados pela prática da Palavra.

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