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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 32 Domingo, 09.08.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Parabéns pelo seu dia, papai! Procurador da República Deltan Dallagnol reuniu líderes denominacionais na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, para o lançamento do Projeto do MPF “10 Medidas contra a Corrupção”, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional uma iniciativa popular com ações anticorrupção. Leia mais nas páginas 08 e 09.

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1o jornal batista – domingo, 09/08/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 32 Domingo, 09.08.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Parabéns pelo seu dia, papai!

Procurador da República Deltan Dallagnol reuniu líderes denominacionais na capela do Seminário

Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, para o lançamento do Projeto do MPF “10 Medidas

contra a Corrupção”, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional

uma iniciativa popular com ações anticorrupção. Leia mais nas páginas 08 e 09.

2 o jornal batista – domingo, 09/08/15 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Uma revolução na comunicação Batista!

Queridos irmãos em Cristo, coparticipantes desta amada e respeitosa denominação,

É com muita alegria que lhes escrevo. Sou membro da Primeira Igreja Batista em Unaí - MG, filiada à Conven-ção Batista do Planalto Central (CBPC). Confesso que estou apaixonado pelo O Jornal Batista e pela sua escalada de qualidade. Acredito - e espero que não somente eu - esteja vendo a qualidade deste veícu-lo saltar os limites e se colocar quase dentro do nosso ideal de comunicação. Quero dar um destaque afetuoso para as edições 27 e 28, de 05/07 e 12/07/2015, respectivamente.

Na primeira publicação mencionada, não há pala-vras para mensurar o quão inspirador, apaixonador e motivador foi ler o editorial e matérias que dão, com clare-za, a certeza de que estamos ensinando e propagando o Cristo ressuscitado. Arrisco

em dizer que nenhuma ou-tra denominação no meio cristão brasileiro soube tão bem se posicionar frente ao movimento LGBT, ao próprio evento “Parada Gay”, bem como a intolerância religiosa manifestada no atentado con-tra aquela criança. Arrisco a dizer também que os Batistas empunharam uma bandeira

difícil de ser carregada, a do amor, e empunharam a ban-deira das Escrituras, razão, fonte e regra da nossa fé.

Com a segunda edição mencionada, confesso mi-nha alegria ao ver que este veículo dá-se ao trabalho de selecionar, tematizar e sistematizar a informação de forma cautelosa, verdadeira

e com o fim desejado. Ler o editoral da Paloma Furtado, o texto “Pecadores anônimos, de Walter Silva, e o irretocá-vel texto de Lourenço Rega em defesa da vida é sinônimo de muita lucidez, concretude e proximidade de Deus. A capa já arremata tudo que eu disse antes, mostrando qual é o papel da Igreja perante o mundo.

Parabéns a toda a equipe do O Jornal Batista. A revo-lução que o século XXI exige no que tange à comunicação já começou no meio Batista brasileiro. Precisamos avan-çar nas mídias sociais, na criação de canais digitais de informação, melhorar a integração entre motores sociais e o jornal impresso e cultivar nas Igrejas do interior a cultura de leitura do Jornal e de integração às notícias do órgão. Um grande abraço. Em Cristo,

Bruno de Oliveira Rocha (Bruno Cidadão),

membro da Primeira Igreja Batista em Unaí - MG

“Com amor e fé”

Essa foi a frase que cresci ouvindo por ser o slogan de campanha política do meu pai.

Ouvia não só em casa para decorar e “fazer bonito” nos comícios e na frente de ou-tros candidatos, mas também nas rodas de conversas dos adultos que divulgavam a candidatura e, até mesmo, na escola, quando os meus amigos falavam-na em tom sarcástico.

Quase seis anos se passa-ram em que eu não escuto mais essa fala, porém, ela continua ecoando em meus ouvidos e se fazendo pre-sente no meu cotidiano.

Quando, naquela época, eu poderia imaginar que uma frase “tão sutil” e que eu – confesso – detestava escutar na escola pudesse nortear hoje a minha vida de adulta? Pois é, com o tempo e a maturidade advinda de experiências nem sempre tão boas, você aprende que as palavras e as ações dos seus pais, por mais simples ou inocentes que possam pa-recer, um dia farão diferença em sua vida.

Hoje convido você, pai, refletir a respeito das suas palavras e atitudes com os seus filhos. O que eles têm visto ao olhar para você?

Será que conseguem en-xergar o caráter de Cristo através da sua vida? Quais palavras eles têm escutado da sua boca, de bênção, mal-dição ou somente o silêncio? Nunca foi preciso meu pai explicar esse slogan, nunca foi do meu interesse saber o porquê dele ter escolhido esta frase. Hoje, se eu tivesse a oportunidade, com certe-za seria uma das primeiras perguntas que eu faria para ele. Como não posso, resolvi dar a minha própria interpre-tação e agir com amor e fé em tudo o que o que faço, pois foi esse o exemplo que presenciei durante minha

infância e adolescência. E o seu filho, como vai agir em suas decisões futuras através do seu exemplo? Quando você não estiver aqui, o que o seu filho falará a seu res-peito? Seja o herói do seu filho, seja um pai presente, um pai amoroso, um pai exemplar, um pai que “com amor e fé” reflete o cuidado de Deus dentro de sua casa. Que Deus abençoe a sua vida, família e ministério. Feliz Dia dos Pais.

Com carinho,

Paloma Furtado,secretária de Redação

de OJB

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 09/08/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Todos reclamam do pobrezinho. No lar os pais exigem, criticam, tentam proibir e colo-

car ordem no quarto bagun-çado. Conferem as notas, que nunca satisfazem os alvos pa-ternos. “Poderia ser melhor”, dizem. Tentam controlar as amizades, vigiar o que ouvem e veem, mas não conseguem. Ninguém consegue controlar um adolescente. Ele sem-pre está onde existe alguma confusão, mas não aparece. Quando identificado, nin-guém consegue confrontar as suas justificativas. “Não fui eu e não sei quem fez isto”. O seu jeito de ser revela o que foi ou é o seu lar, onde cresceu vendo que é impos-sível conciliar a conduta dos adultos. No mutismo ou no muito falar, o adolescente diz ao mundo se há amor e compreensão no relacio-namento dos pais. Por isso, muitos pais ficam apavorados quando os filhos adentram a adolescência. Receiam que a

hipocrisia vivida no lar vá ser revelada. Os segredos, as apa-rências tornar-se-ão públicas. Denominam a idade como o período da “aborrecência”. Perdem a grande oportunida-de de usufruir com os filhos os melhores momentos da vida em família. A criança que recebeu amor e carinho e vê este amor na vida dos pais, jamais causará dificuldades à família.

Na Igreja não é diferente. Os líderes de adolescentes reclamam do seu comporta-mento arredio. Ele bagunça a reunião, especialmente quando descobre que o líder não fez o dever de casa, não preparou a reunião. Desco-nhece o assunto. Insiste em dar lição de como fazer e ser, mas ele não fez e não é o que aparenta ser. Os templos que tem galeria sempre tem um pelotão de plantão para controlar a turma. Quase sempre os pobres diáconos. Nos retiros e acampamentos toda a energia flui aos borbo-

tões, especialmente à noite. Os mais bagunceiros serão os melhores lideres no futuro. Dá prazer ver esses líderes atuando nas Igrejas e na Cau-sa do Senhor. Atuam com amor e profunda dedicação. Ao vê-los atuando e relem-brando o passado, agradeço a Deus o tempo investido em corrigi-los, ensiná-los e crer que haveria recompensa. Investir no adolescente da Igreja significa bons resulta-dos para o Reino de Deus. Isso exige tempo, dedicação e capacidade de crer que a Mensagem não volta vazia.

Na escola, o adolescente é o terror dos professores. Ele descobre cedo que o profes-sor não domina a matéria. Aproveita a fragilidade do mestre para questioná-lo e bagunçar a aula. Caso con-siga uma vez, conseguirá sempre. Mas, se o professor é sábio em compreendê-lo, domina o conteúdo da maté-ria, terá um aliado, que reme-morará no futuro o professor

com orgulho. São estes pro-fessores que influenciam na escolha da profissão e levam o adolescente, na maturida-de, a repetir com orgulho: “Meu ex-professor dizia”.

A adolescência é uma épo-ca áurea. Muitos sonhos. Be-los sonhos. Suspiros profun-dos. Amor platônico, não correspondido. Amam o im-possível. Sonham em mudar o mundo, sempre para melhor. O mutismo que apavora os pais faz parte de suas lucubra-ções. Enclausurado ele tenta encontrar respostas para as perguntas sem respostas. Em alguns dias ele fala o tempo todo. Em outros, nada diz e nada responde. Creio que nesses momentos de reflexão o adolescente tenta entender o mundo hipócrita dos adul-tos. Surge então a revolta.

A adolescência é a época ideal para uma experiência com Cristo. Experiência que adentra a juventude, chega à maturidade e alcança a velhi-ce com sazonados frutos. Por

isso, o adolescente há que receber da família e da Igreja especial atenção quanto a sua experiência com Cristo.

O adolescente precisa re-ceber tratamento único e especial. Erram as Igrejas, as Associações e as Con-venções que tentam unir o adolescente aos jovens em seus programas de educa-ção religiosa. Jovens não devem liderar adolescentes. Unir adolescentes e jovens na mesma programação ou mesmo grupo e sob liderança de jovens revela a preguiça mental dos que deviam pro-videnciar para o adolescen-te espaço exclusivo para o seu crescimento emocional e espiritual. Infelizmente, é o que vemos nas Igrejas, Associações e Convenções com elevado prejuízo para o adolescente. Aguardamos o dia em que o adolescente será visto e tratado como adolescente. Nada mais que um ser especial, que merece carinho e respeito.

Adolescente, o incompreendido

Ivone Boechat, colaboradora de OJB

Segundo a tradição, quem criou o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na

Babilônia, há mais de 4 mil anos. Ele teria esculpido, em argila, um cartão para seu pai. Em 1909, a norte--americana Sonora Louise Smart Dodd queria um dia especial para homenagear o pai, William Smart, um veterano da guerra civil que ficou viúvo, quando sua es-posa teve o sexto bebê e ele criou, sozinho, os seis filhos, em uma fazenda no Estado de Washington.

O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de

junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa foi esco-lhida como a flor oficial do evento. Os pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Pouco tempo depois, a comemoração já havia chegado a outras ci-dades americanas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro do-mingo de junho como Dia dos Pais.

O pai brasileiro ganhou um dia especial a partir de 1953. A iniciativa partiu do Jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado nos senti-mentos e costumes cristãos. Primeiro foi instituído o dia

16 de agosto, mas, como o domingo era mais usado para as reuniões de família, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto.

Em São Paulo, a data foi comemorada pela primeira vez em 1955, pelo Grupo das Emissoras Unidas, que reunia a “Folha de São Pau-lo”, a “TV Record”, a “Rádio Pan-americana” e a extinta “Rádio São Paulo”. O grupo organizou um grande show no antigo auditório da “TV Record” para marcar a data. Lá, foi premiado Natanael Domingos, o pai mais novo, de 16 anos; Silvio Ferrari, de 96 anos, como o pai mais velho; e Inácio da Silva Cos-ta, de 67 anos, como o cam-peão em número de filhos,

um total de 31. As gravado-ras lançaram quatro discos em homenagem aos pais. O maior sucesso foi o baião “É sempre papai”, com letra de Miguel Gustavo, interpretada por Jorge Veiga.

O Dia dos Pais foi conta-giando todo o território bra-sileiro. Hoje, o Dia dos Pais é comemorado em muitos países. As datas variam: a Inglaterra e a Argentina co-memoram a data no terceiro domingo de junho. Na Itália e em Portugal, a homenagem acontece no dia 19 de março. Na Austrália, no segundo domingo de setembro. E, na Rússia, no dia 23 de feve-reiro.

O Dia dos Pais deve ser todo dia. Se você não tem

mais o seu pai, lembre-se dele com o maior carinho, aproveite esta data especial e transforme-a no dia do per-dão, do reconhecimento, da ternura e da saudade.

Se você tem a alegria de abraçar o seu pai, faça-o com leveza e gratidão, demonstre seu amor, não economize homenagens, afinal de con-tas, o tempo revela que se porventura os pais erraram na educação, foi devido ao descompasso “evolução-edu-cação”. Lembre-se ainda que talvez o descompasso aí este-ja e esta geração está surfan-do nessa onda. Amanhã eles vão comemorar o Dia dos Pais se aprender com você. O Dia dos Pais é um dia de ação de graças!

Dia dos Pais

4 o jornal batista – domingo, 09/08/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A educação do filho

reflexão

“Então disse Manoá: Cum-pram-se as tuas palavras; mas qual será o modo de viver e o serviço do menino?” (Jz 13.12).

Quando um anjo disse a Manoá que ele teria um filho, o pai de

Sansão fez a seguinte ora-ção: “Então disse Manoá - Quando, pois, se cumprirem as tuas palavras, como e há de criar o menino e que fará ele?” (Jz 13.12).

Como educar certo um fi-lho? Manoá e sua esposa re-ceberam a promessa de que trariam uma criança ao mun-do, e que ela seria um líder importante em Israel. A rea-ção de Manoá foi profunda-mente responsável: ajuda-nos a educar este filho! Diante da súplica, o anjo do Senhor deu ao casal orientação detalhada.

Uma das maiores necessi-dades da família atual é a de pais que orem, pedindo ao Senhor sabedoria e fidelida-de na orientação bíblica dos seus filhos. Alguém dirá que, apesar da educação recebida, Sansão não se tornou o líder que poderia ter sido. Ainda que seja uma verdade, os er-ros de Sansão não podem ser usados como desculpa para não orar pelos filhos. Sansão foi usado pelo Senhor, apesar dele mesmo. O que ele fez de errado foi culpa dele: o que ele conseguiu fazer de certo foi pela intervenção misericordiosa do Senhor. Foi assim com Abraão, foi assim com Jacó, foi assim com Davi. Ninguém deve ser responsabilizado pelas esco-lhas autônomas dos próprios filhos, mas deve ser elogiado pela educação bíblica dada a eles.

Josué Ebenézer de Souza Soares, pastor da Igreja Batista do Prado em Nova Friburgo - RJ

No mundo moderno convivemos com pessoas e pensamos que as conhece-

mos. Nem sempre isto é ver-dade. A aproximação física não nos garante um estreitamento afetivo nos relacionamentos. Ao contrário, muitas vezes so-mos mais distantes em afeição daqueles que estão mais pró-ximos de nós do que de estra-nhos que conhecemos na rua. O absurdo disso é constatar que muitos filhos estão dis-tantes dos seus pais e mantêm com eles um relacionamento meramente burocrático e sen-saboroso. Quando se descobre a realidade, o filho está mu-dado, com a cabeça “virada”, envolvido em circunstâncias mundanas e na reta final de um desastre premeditado.

Adote seu filho tambémHá alguns anos tornou-se

conhecido um ditado que é muito elucidativo do que vem ocorrendo em muitas famílias: “Seja o pai do seu filho antes que um traficante o adote”. Vários pais deixaram-se tragar pela roda-viva da vida; entre-garam os filhos nas teias do mundo e perderam o controle da situação.

Circunstâncias como essas são um prato feito para a mídia, para os promotores das dro-gas, para a “internet do mal”, para o ócio maligno e para a consequente perda de uma vida. O que os pais deixam de fazer pela formação do caráter e da espiritualidade dos seus filhos, estes agentes do mal, listados acima, fazem de forma gratuita e ostensiva, em sentido contrário.

Quando se vai dar conta da situação, os filhos fazem o que os artistas fazem, vestindo--se como os estilistas imorais planejaram, imitando gestos e trejeitos que gente sem Deus inventou para difundir a carna-lidade, consumindo tudo o que o diabo inoculou em mentes prenhes de criatividade mali-ciosa para criar um “sistema--mundo” governado não por Deus, mas por uma nova era demoníaca.

A ideia da adoção é mais bonita do que se pode supor. Afinal, somos filhos adotivos de Deus, segundo Romanos 8.23. Adotar é deliberadamente es-colher alguém para ser nosso filho, para ser amado, para ser cuidado, para ser valorizado. Se você até hoje teve uma rela-ção com seu filho, do tipo: “Fiz, agora sou responsável”, mude

esta situação. Adote seu filho com o coração, pois ele pre-cisa do seu amor, de sua aten-ção, dos seus cuidados filiais. Pare para ouvir seu filho.

Nossos filhos se comuni-cam conosco de várias formas. Através da sua rebeldia, de sua ausência, de seu afastamento. Com palavras, no silêncio, no choro, zangado, sorrindo, falando alto, fugindo, escon-dendo-se. Com boas notas na escola, com notas ruins. Atra-vés da aparência, dos gestos, das atitudes. Pelo andar, pelo cheiro, pelo vestir-se. E de mui-tas outras maneiras.

Só não vê quem não quer! Você está percebendo seu fi-lho? Talvez muito do compor-tamento do seu filho diga em alto e bom som para você - e você simplesmente não quer ouvir: “Pai, mãe! Eu estou aqui! Você me percebeu?”. Talvez seu filho precise de carinho, mas sua vida está tão árida que você nem sequer tem tempo para amar.

Ou, então, o comportamento dele esteja a dizer: “Socorro, alguém pode me ajudar?”. Sim-plesmente, você tem olhado para o seu filho, achado ele meio estranho, e raciocinado: “Ah! Isso é coisa de adoles-cente. Dá e passa. É só uma fase!”. Só que para além do que seriam meros sinais de ado-lescência, podem existir tam-bém evidências de problemas, dificuldades e inadequações que precisam ser resolvidos. Seu filho clama por socorro da forma que ele sabe (direta ou indireta), mas você está muito ocupado para se preocupar com “besteirol”.

É preciso que você encontre tempo nos seus afazeres diários para dar um pouco de atenção ao seu filho. Ele precisa de você. Não existe melhor amigo para aconselhá-lo, orientá-lo e discipliná-lo do que você. É melhor que o uso da vara, como preconiza Provérbios 13.24; 19.18; 22.15; 29.15,17; seja no ambiente do lar - por-que certamente será com amor -, do que, no futuro, seu filho apanhar da vida. Aí, com cer-teza, será cruel, implacável e com muita dor.

Conheça a “tchurma” do seu filho

Uma maneira de saber que tipo de influências o filho re-cebe fora do lar é saber com quem ele está andando. A “ga-lera” do seu filho será muito influente na vida dele, posto que, nesta fase, existe uma ten-dência muito natural de imitar comportamentos. Se seu filho estiver envolvido com uma turma barra pesada, fatalmente ele, mais cedo ou mais tarde,

estará também agindo como os colegas e sujeitando-se a situações vexaminosas que trarão descontentamento para a família e, o que é pior, derrota para a sua própria vida.

Outro ditado muito conheci-do e que se torna esclarecedor desta questão é: “Diga-me com quem tu andas e dir-te-ei quem és!”. A Bíblia já adverte: “Não vos enganeis. As más com-panhias corrompem os bons costumes” (I Co 15.33). É sinto-mático que logo em seguida, o apóstolo Paulo faça a seguinte advertência: “Acordai!” (I Co 15.34). Os pais que não sabem com quem seus filhos andam estão “dormindo no ponto”, estão deixando seus filhos à própria sorte.

O Salmo 1 é um monumento de afirmação da necessidade do afastamento da impiedade e dos destinos daqueles que se envolvem (andar, deter e assentar-se) com gente ímpia, escarnecedora, pecadora: ru-ína total. Mas este Salmo é também uma declaração de vitória na vida daqueles que são justos e tementes a Deus. Saiba o que ele está lendo.

Vivemos em uma sociedade plural. O poder das comuni-cações está lançado sobre a humanidade e, nem sempre, sobre bases sólidas. Pode-se consumir o que se quiser em nível de informação; tanto pela mídia televisiva, quanto pela mídia impressa. TV, rádio, cine-ma, internet, revistas e jornais disponibilizam uma gama va-riada de informações que uma vida inteira não seria suficien-te para deglutí-la e digerí-la. Diante disso, mais do que nun-ca é preciso ser seletivo em relação ao que ler, quando ler e para que ler. Milhares de títulos de publicações são disponibi-lizados nas bancas de jornal e nas prateleiras das livrarias. Se já não bastasse a pouca quanti-dade de tempo disponível para ler, agora precisamos submeter nossas leituras ao filtro da ética cristã. Há muita porcaria sendo veiculada com capa de coisa boa. Inclusive, material religio-so, pretensamente evangélico, mas carregado de esoterismo, misticismo, teologia da prospe-ridade e outras aberrações típi-cas destes tempos modernosos.

Não deixe seu filho solto no mundo da insanidade da comu-nicação moderna. Junto com isso, acrescente-se: saiba o que ele está lendo, mas também o que está vendo (no cinema, no DVD, na televisão). Muitos pais transformaram a “telinha” em uma econômica babá eletrôni-ca, que faz o filho ficar quieto e não “encher a paciência”. Nes-ta primeira infância ingênua, muitos pais perderam o contato

com os filhos e transferiram para terceiros (gentes ou coisas) a responsabilidade que era de-les, somente deles, de gerirem o futuro de suas crianças.

Se você caiu neste “conto do vigário das comunicações”, arrependa-se e volte atrás. In-teresse-se por seu filho. Saiba o que ele está fazendo, lendo, assistindo, participando.

Exija obediência integralUma falsa psicologia moder-

na impôs durante um período da história um sistema de “não contrariedade” para a edu-cação de filhos. A psicologia contemporânea fala em “se impor limites”, “aprender a dizer não” e coisas do gênero. Muitos pais fixaram-se nestes manuais e se deram mal. Fi-lhos de “rebeldes”, hoje são “caretas”; filhos de “cafonas”, hoje são “descolados”; filhos de “liberais”, tornaram-se “con-servadores”; filhos de “crentes”, mundanizaram-se; e filhos de “pagãos”, cristianizaram-se. Vivemos em um mundo de rótulos. Talvez os rótulos sejam muito fracos - e, geralmente, o são - para dizer das coisas da fé. Mas se é para ter algum, que este seja o de “cristão”. Desde que esta alcunha foi usada pela primeira vez em Antioquia, como relata Atos 11.26, não se inventou nada melhor para retratar o seguidor de Cristo. O melhor conselho aos pais com

relação à educação de filhos é: Não abandone o “Manual de Deus”. O mundo está sempre inventando uma novidade teó-rica sobre qualquer coisa, tudo e nada, mas a Palavra de Deus subsiste para sempre, segundo o que diz Mateus 24.35.

É bom que cada pai tenha em mente algo que muitos estão perdendo: O controle do seu lar. Como disse Khalil Gibran: “Os filhos não são nossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles não são de ti, vêm de ti. Não queiras fazê-los como tu, pois a vida não anda para trás...”.

Se os filhos não nos perten-cem - os criamos para a vida -, não podemos perder de vis-ta que enquanto eles estão “debaixo do nosso teto”, em nosso lar, é de nossa respon-sabilidade zelar pelo que eles estão fazendo. Não é possível permitir que se quebre a cadeia de comando de autoridade que Deus estabeleceu para o bom funcionamento da família. Assim sendo, a desobediência tem sido uma arma satânica para infernizar os lares e tor-nar filhos que são criados nos caminhos de Deus, pedras de tropeço para o Evangelho. Como pai, exerça o seu direito à obediência de seus filhos. Isso também será importante na formação da personalidade e do caráter deles.

Pais, vocês conhecem seus filhos?

5o jornal batista – domingo, 09/08/15reflexão

dizem que estão bem com Deus, mas está faltando Je-sus em sua vida. Estar bem com Deus é estar bem com Jesus. É viver à semelhança de Jesus, e para isso fomos chamados (salvos - Roma-nos 8.29). Viver em Cristo é deixá-lo no comando das nossas ações, sentimentos e desejos. É refletir a Sua Glória em nosso viver.

A melhor indicação de um viver em Cristo é a capacida-de espiritual para vivermos em comunhão. Disse Jesus para amarmos nossos irmãos como ele nos amou e assim diremos que verdadeiramen-te somos seus seguidores e discípulos, de acordo com João 13.34-35. Esta união de vida com Jesus causa união de vida com o próximo. Fica evidente nesta união que a motivação não é esforço

O nosso “Pai maior”, que está no céu, Deus, cuida de cada um dessa forma: envol-vendo, carregando no colo, com maior cuidado. Quan-tos reclamam dEle como se não cuidasse direito do seu próprio filho, mas que, na verdade, fogem dos seus bra-ços e até levam maior tombo por isso?

Mãe é mãe; pai é pai. Cada um à sua maneira, de seu grau de atenção, carinho e amor, os dois criam e se preocupam com seu herdei-ro, e ambos orgulham-se de suas conquistas, ainda mais quando, até mesmo, ultra-passam suas próprias vitórias na vida.

Se o mundo quer sempre diminuir a pessoa, não per-

pessoal, mas um milagre de Jesus. É a mesma união milagrosa vivida por Jesus e Deus, como está escrito em João 17.21-23. O salvo se torna menos pessoal e mais cristão. Quer dizer que suas atitudes diante do seu próximo se parecem mais com Jesus do que com ele mesmo. É assim que nos assemelhamos com Jesus, vivendo a sua vida. É assim também que conhecemos o Deus Único e Criador de todo o universo e os detalhes da vida com o próximo que conhecemos. O texto de Co-lossenses 2.9, citado acima, diz que estando em Cristo, a manifestação plena de Deus, é que desfrutamos também da plenitude de Deus. Esteja bem com Jesus. Esteja bem com Deus. Esteja bem com você mesmo.

mitindo que cresça e muito menos apareça, o pai não age dessa forma. Pelo contrário, deseja as maiores bênçãos recebidas durante toda a sua vida.

Assim como o nosso Deus nos leva em seu colo acon-chegante com todo amor paterno demonstrado, o pai de carne e osso também faz assim, embora alguns não passem muito esse sentimen-to ao filho.

O cuidado é gostoso, ne-cessário e sempre presente na vida do filho, pois quando a pessoa não tiver mais “pai, nem mãe”, ainda assim re-conhecerá e lembrará o que ficou registrado em sua men-te e coração nos momentos “nos braços do papai”.

Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

Algum tempo depois do falecimento do meu pai cheguei na casa da minha

mãe e não apertei a cam-painha. Entrei pela cozinha, como todos fazem, quando a Zefinha veio do tanque e me viu. Parou de súbito, pôs a mão no coração e exclamou: “Estou vendo o pastor Fal-cão!” É certo que me pareço muito com o meu pai, aliás, sou filho dele. Estava ainda na casa quando o telefone tocou. Atendi. Do outro lado uma voz masculina ficou em dúvida se continuava a con-versa dando a impressão de que havia ligado para casa errada. Reconheci a voz do meu sobrinho Rafael e o chamei pelo nome. Ele ha-

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

No segundo do-mingo de agosto é comemorado o Dia dos Pais. Nes-

ta data os filhos compram presentes para levar aos seus pais. Que privilégio ter um pai e poder abraçá-lo, ouvir seus conselhos e seguir.

Tive o privilégio de con-viver com meu pai por 43 anos. Sempre que a situa-ção ficava ruim, eu contava com a sua palavra sábia, que confortava o meu coração. O meu pai faleceu no dia 19 de dezembro de 2013 e desta data em diante ficou a saudade, lembranças boas e maravilhosas de um tempo que não volta mais. A Bíblia ensina que devemos honrar os pais, não podemos despre-zá-los, devemos honrá-los.

O que significa honrar o pai? De que maneira pode-mos dizer que temos honra-do nossos pais? Honrar o pai é não abandoná-lo na hora que ele mais necessita. Co-nheço filhos que abandonam

via tomado um grande susto porque atendi o telefone com a voz e o jeito pareci-do com o meu pai. Agora, quando atendo o telefone na casa da minha mãe, procuro usar uma forma diferente do habitual.

Mesmo acrescentando al-gumas, as semelhanças pa-ram por aí. Mas não é o caso entre Jesus e Deus. A Bíblia diz que realmente Jesus é “a cara do Pai”: “O Filho é o resplendor da Glória de Deus e a expressão exata do Seu ser” (Hb 1.3). Se você notou, não é só a cara do Pai, é a expressão exata de todo ser de Deus. Também lemos que “Em Cristo habita cor-poralmente toda a plenitude da divindade, e, por estarem nele, receberam a plenitude” (Cl 2.9-10). Também diz que Jesus “É a imagem do Deus

seus pais em um asilo e nun-ca mais voltam para visitar e dar assistência. É muito triste ver essa situação.

Honrar o pai é acatar os seus conselhos, não apenas ouvindo, mas colocando em prática. Há uma promessa bíblica para quem honra o pai. O texto bíblico diz “Para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a face da terra”.

Se você é menor de idade e vive no mesmo teto com os seus pais, o ensino bíblico é para que os filhos obedeçam. Quando os filhos se casam, ou saem de casa para traba-lhar e já são maior de idade, a orientação é para honrar.

A quem honra, honra. Nun-ca abandone seu pai, nunca despreze quem cuidou de você a vida toda. Não esque-ça de uma grande verdade: “Tudo que o homem semear, isto também ceifará”.

O que você faz para o seu pai hoje, seu filho poderá fa-zer com você amanhã. Então, faça o bem e valorize o seu pai. Não deixe de honrá-lo sempre.

invisível” (Cl 1.15). Ainda, explicando a maneira para chegar a Deus, Jesus disse que só pode chegar a Deus se andar pelo caminho que é ele mesmo, segundo João 14.6. Os discípulos ficaram animados com a ideia e pe-diram para ver o Pai. Jesus surpreende-se e diz: “Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: Mostra-nos o Pai!” (Jo 14.9).

Existem ainda outros tex-tos bíblicos para explicar que você terá uma vida íntima com Deus através de Jesus. Diz que você co-nhecerá verdadeiramente a Deus quando conhecer Jesus. Ele é o canal de co-municação entre nós, os mortais e pecadores, e o Deus Eterno e Glorioso. Então, não é possível com-preender quando crentes

Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB

Não há a maior dúv ida da im-portância que a figura paterna re-

presenta na formação do ser humano. Muitos são criados somente pela mãe e nunca tiveram um pai de verdade que o criasse.

Ser pego no colo pelo papai é algo que faz muito bem e uma lembrança jamais esquecida. Ficar protegido pelos braços fortes, firmes, protetores. E esses “braços” podem continuar em volta por toda a vida, tanto pelo apoio constante, quanto pe-las lembranças eternas que a mente guarda.

A cara do pai

Honra o teu pai Nos braços do papai...

6 o jornal batista – domingo, 09/08/15 reflexão

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruçá – RJ

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Sl 127.3).

Ser pai é algo tão es-sencial que deveria ser ensinado nas esco-las. As igrejas também

têm uma responsabilidade neste campo, sobretudo por-que nelas, diferentemente do que acontece nas escolas, pais e filhos chegam juntos e permanecem juntos aos próximos, cantando as mes-mas canções e ouvindo as mesmas mensagens.

Neste contexto, então, dirijo-me, não ao pai, mas aos filhos como futuros pais. Inspira-me um diálogo que travei com um de nossos irmãos. Próximo de ser pai, perguntei-lhe: “Preparado para ser pai?”. “Não. Aliás, nem conversei com meu pai sobre isso, sobre ser pai”. Por isso, escrevo esta breve carta aos filhos.

1. Tenha em mente que, se tudo correr bem, você vai ser pai (seja pai biológico, nascido do seu relaciona-mento com a sua esposa, ou pai do coração, por adotar um filho que outro casal deu à luz). Por que os seus pais se tornaram pais? Pos-sivelmente porque o rela-cionamento do seu pai com a esposa se tornou maduro de tal modo que um filho passou a ser pensado e foi concebido como uma coroa para este relacionamento, como resultado, pois, da ma-turidade conjugal. Chegou um momento em que os dois entenderam que se completa-riam com um bebê em casa. Por isso, você nasceu. Ser pai é uma questão de amor.

De amor a dar. As crianças nascem porque seus pais querem dar amor. A paterni-dade humana é uma imitação da paternidade divina. Deus nos concebeu porque tinha amor para nos dar. Este amor se evidencia também no de-sejo do companheirismo. É como se seus pais, em um momento da vida dissessem um para o outro, parodiando o Criador, “Não é bom que estejamos sós; vamos fazer um filho para que seja nosso companheiro” (Gn 2.18).

Estas são razões altruístas (de “alter”, “altru”, outro). Há razões egoístas, mas não necessariamente condená-veis, como os desejos de perenização e de proteção. Os pais são pais também porque querem que se seus filhos continuem sua vida (ou famílias ou sobrenomes) e administrem seus patrimô-nios. Essas motivações, por exemplo, estavam claras no desejo de Abraão em ser pai, segundo Gênesis 15.2, e na declaração do salmista, que cantou: “Como é feliz o homem que tem a sua al-java cheia deles. Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal” (Sl 127.5).

Há ainda outras razões e elas são um bom motivo para você conversar com seu pai. “E aí, pai, por que eu vim ao mundo?”.

2. Lembre-se que você vai ser como pai, o filho que você tem sido. Você está sen-do preparado para ser pai. O jeito de ser pai do seu pai está formando em você o seu jeito de ser pai. O curso da paternidade dura à vida toda. Mesmo que o seu pai esteja morto, ele ainda lhe ensina. Reconheça que está apren-dendo a ser pai com o seu

pai, enquanto anda com ele, enquanto come com ele à mesa, enquanto o observa. Valorize o seu pai se o tem, enquanto o tem. Se ele for afetuoso, retribua. Se ele é meio durão, “quebre o cara” com o seu afeto. Elogie seu pai, beije-o, presenteie -o, honre-o. Dê flores para o seu pai. Ele tem defeitos, acon-selhe-o e procure ajudá-lo na superação do problema. Compreenda os motivos de suas ações, mesmo que não concorde com elas. Tenha paciência com ele. Não de-sista dele.

Tenho um amigo cujo pai é alcoólatra, mas ele sempre ora e visita o pai. Eles moram em cidades diferentes e um dia destes, no aniversário, seu pai o surpreendeu por ir visitá-lo. “Foi o céu”, disse--me meu amigo. “Eu tenho esperança que um dia ele se converta”.

Se for o caso, critique-o, para si mesmo, para ser dife-rente dele. Absalão criticava Davi para ser igual a Davi. Ao contrário, diga, por exemplo: “Meu pai é autoritário, mas eu não o serei”. Ou: “Meu pai não liga para mim, mas eu serei diferente com meu filho”. Em todas as circuns-tâncias ouça o seu pai, como Paulo escutava a Timóteo, seu filho espiritual, de acordo com I Timóteo 1.18. Peça a sua opinião. Ele vai amar ser consultado. Pergunte-lhe sobre o que faria diferente hoje como pai, que decisões seriam outras agora.

3. Não esqueça de que, quando for pai, haverá pa-péis na vida do seu filho que só você poderá desem-penhar. Um deles é o de homem.

Na sua formação, seu filho precisará de uma boa ima-

gem de figura masculina. Por mais dedicada que seja uma mãe, não preenche o papel de homem por lhe fal-tar competência. Um homem ausente será uma ausência que ninguém preencherá, com consequências para o resto da vida.

Desempenhe seu papel masculino. Seja forte. Seja presente. Seja firme. Seja de-cidido. Seja líder. Seja forte, mas não autoritário. Seja pre-sente, mas não invasivo. Seja firme, mas não grosso. Seja decidido, mas não ignorante. Seja líder, mas não déspota. Seja forte e abrace. Seja pre-sente e sensível. Seja firme e carinhoso. Seja decidido e ouvinte. Seja líder e servo.

Seu filho precisará de uma boa imagem de figura mas-culina. Sobretudo, ele preci-sará do seu convívio como homem. Deus fez os homens e as mulheres à sua imagem e semelhança, para que os homens formassem outros homens à imagem deles e para que as mulheres for-massem outras mulheres à imagem delas.

As mulheres têm desem-penhado muito bem o seu papel, mas o mesmo não se pode dizer dos homens, porque muitos terceirizaram suas funções para as mulhe-res. Quando você for pai, seja uma referência a ser seguida.

Uma das formas de ser esta referência é harmonizando seu tempo, para ter tempo de desfrutar a amizade do seu filho. Para que você o teve? Você disse que foi para dar amor, e não se dá amor, apenas trabalhando, traba-lhando, trabalhando para comprar coisas e pagar con-tas. Você disse que teve um filho para ter um companhei-ro, mas não desfrutará com-

panheirismo com um filho dormindo, mas acordado, em casa com você, no parque, na praia, na viagem.

Harmonize seus interesses. Todo dia ficamos sabendo de pais que “esquecem” filhos no banco de trás do carro enquanto se divertiam em alguma balada. Harmonize seus interesses com os inte-resses do seu filho. Não vá embora enquanto seu filho discute com os doutores no templo, como fizeram os pais de Jesus, fato descrito em Lu-cas 2.46. Pegue o seu álbum de sua infância. Como será o álbum da infância dos seus filhos? Onde você estará na foto? Que seja fotografando, mas que também seja empur-rando o balanço do seu filho, que seja rolando na grama com ele, que seja brincando de esconde-esconde.

4. Saiba que seu filho vai ver Deus por seu intermédio. Que Deus verão olhando para você?

Foi assim com vários pais da Bíblia, de Isaque com relação ao pai Abraão e de Jacó com o pai Isaque. Você será o guia espiritual dos seus filhos. Aprenda hoje a Bíblia para poder ensiná-la amanhã. Eles escolherão seus próprios caminhos, mas esta escolha terá muito a ver com a forma com que você lhes preparou. Não seja como Moisés, que esqueceu de circuncidar seu filho, de acordo com o texto de Êxodo 4.25, uma tarefa que era dele e somente dele. A liderança espiritual dos seus filhos será sua, e somen-te sua. Aprenda hoje histórias para contar amanhã aos seus filhos. Ore hoje pelos filhos que um dia vai ter. Afinal, “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Sl 127.3).

Paternidade: Carta aos futuros pais

7o jornal batista – domingo, 09/08/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Entre os dias 18 e 31 de julho foi realizada a Trans Sertão, com sete frentes espalha-

das pelo extremo norte da Bahia e uma base na cidade pernambucana chamada Exu, onde atuam os missionários Geiveson Gomes e Cintia Irinéa.

No estado da Bahia, a ope-ração evangelística contou com cerca de 400 voluntários de diversas cidades brasilei-ras e quatro voluntários de outros países. Elmer Garcia, Walter Moscoso e Mynor Oliva são da Guatemala e decidiram participar da Ope-ração Jesus Transforma, aqui no Brasil, após ouvirem falar sobre a Trans durante o 1º Congresso de Evangelismo e Missões para a América Cen-tral, realizado entre os dias 05 e 07 de março de 2015. No sertão, eles ficaram na base montada no município de Senhor do Bonfim. “O que me motivou a vir para o Brasil para participar da Trans é porque eu queria trabalhar

ganhando almas, e também ver como os irmãos traba-lham na Trans. Esperamos que os brasileiros também sejam motivados a participar da Trans Centro América”, disse Elmer.

Outro voluntário estran-geiro foi o pastor Esteban Gallo, de Honduras, que é responsável pela área de Evangelismo e Missões da Primeira Igreja em Teguci-galpa, e veio representando o pastor Juan Carlos Godoy. Pastor Esteban ajudará na coordenação da Trans Latino América, que acontecerá no próximo ano em seis países do continente.

“Deus abriu as portas e me fez conhecer pessoas que não pensei que fosse conhe-cer. Pastor Fernando Brandão me conheceu em Honduras e me convidou; e eu entendi que era o chamado de Deus. Isso foi confirmado pela ex-periência que tive na Trans, que foi muito grande. Leva-mos o Evangelho e encon-tramos pessoas com necessi-dades no coração, gente que chorou conosco em sua casa. Vou voltar para Honduras e

trabalhar da melhor maneira possível, sabendo que Deus fará todas as coisas. Agradeço aos irmãos Batistas do Brasil que me ajudaram, me sus-tentaram em minha viagem”, disse pastor Esteban.

Vidas foram transformadas durante a Trans Sertão. Em uma das casas da comuni-dade Boca do Riacho, uma senhora chamada Maria José e seu filho Hideraldo receberam a equipe de vo-luntários da Trans e entrega-ram a vida a Cristo, aceitan-do também participar dos estudos bíblicos para que continuem conhecendo a Palavra de Deus.

Em Paulo Afonso - BA, um senhor chamado Abadias, que é de Serra Talhada - CE foi alcançado pelo Evangelho e confessou a Cristo como seu Senhor e Salvador. Ele tem 72 anos e pediu ao grupo de voluntários uma Bíblia de presente, e com alegria seu pedido foi atendido. “Ele disse que ao retornar à cida-de dele procurará uma Igreja Batista”, conta Miguel Cal-mon, missionário de alianças estratégicas na Bahia.

As crianças também estão sendo evangelizadas. Em Macurué - BA, os pequenos Edenilton, Zedeilton e Maria compreenderam o Plano de Salvação e aceitaram a Je-sus; eles se comprometeram a compartilhar o Evange-lho com seus pais. Em outro ponto da mesma cidade, a voluntária Luciana Vieira levou Dona Maria Messias à conversão.

A voluntária Paloma, da Igreja Batista Memorial em São Fidélis - RJ, foi usada por Deus, junto com outros jo-vens de sua Igreja, para al-cançar uma senhora em Bom Jesus da Lapa. “Chegamos à casa da Francisca confiantes de que Deus estava à nossa frente porque por nossas for-ças nada podemos fazer. Ela e seus filhos nos receberam muito bem e ali conversamos e compartilhamos o amor de Deus. Francisca reconheceu Jesus como seu Salvador e aceitou receber estudos em sua casa. É lindo ver a ação do poder de Deus. Agora, nossa oração é para que Francisca se fortaleça e alcance toda a sua família”, relatou a jovem.

“Foram momentos impac-tantes, foi uma realidade que jamais tinha visto. As nossas Igrejas não têm noção do trabalho que tem sido desen-volvido aqui”, relatou irmã Diva, da Primeira Igreja Ba-tista de Campos dos Goyta-cazes - RJ.

Na Agrovila 1, de Serra do Ramalho - BA, senhor Pedro recebeu a visita dos voluntários da Trans e acei-tou a Jesus. Cinco dias de-pois, ele veio a falecer. Entretanto, os voluntários encontraram consolo em Cristo, visto que Pedro re-conheceu a Cristo como seu Salvador a tempo.

Cremos que as vidas al-cançadas permanecerão em Cristo e que as sementes plantadas nos corações darão frutos, comprovando a rele-vância desta operação evan-gelística. Louvamos a Deus por todos os voluntários do Brasil e também pelos nossos irmãos da América Latina, que fizeram parte desta tão grande obra. Com as orações e empenho do povo de Deus, veremos uma nova realidade no sertão.

“Trans Sertão” impacta vidas na Bahia e em Pernambuco

Seu Abadias com a Bíblia que ganhou Pastor Esteban Gallo pregando em um dos cultos noturnos

Senhor Pedro (na rede) recebeu a visita dos voluntários da Trans e aceitou a Jesus. Cinco dias depois ele veio a falecer

8 o jornal batista – domingo, 09/08/15 notícias do brasil batista

Paloma Furtado, jornalista, secretária de Redação de OJB

Por meio de uma ini-ciativa da Convenção Batista Brasileira, o Seminário Teológi-

co Batista do Sul do Brasil (STBSB), localizado na Tiju-ca, no Rio de Janeiro, rece-beu no dia 27 de julho de 2015 diversos pastores Batis-tas, representantes de outras Denominações evangélicas e líderes de outros Setores sociais para conhecerem as “10 medidas contra a corrup-ção”, proposta lançada pelo Ministério Público Federal (MPF) com o objetivo de pôr fim a era de corrupção vivi-da no Brasil. A iniciativa foi apresentada pelo procurador da República Deltan Dallag-nol, que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato e faz parte do povo Batista brasi-leiro como membro da Igreja Batista do Bacacheri - PR.

Com um público de apro-ximadamente 300 pessoas, Dallagnol iniciou sua fala explicando qual a função de um procurador, enfatizou a autonomia do cargo para a tomada de decisões e apre-sentou o “mapa da corrup-ção” no Brasil, o que colocou o país na 69ª posição no ranking sobre a percepção de corrupção no mundo. Deltan apresentou dados e imagens que chamaram a atenção, sob a fala: “Atualmente o valor de propina desviada no Brasil é de 200 bilhões de reais anual, o que daria para resolver os problemas do SUS, três vezes educa-

ção, cinco vezes segurança pública e retirar dez milhões de brasileiros da miséria. A corrupção não gera apenas desvios na melhoria quantita-tiva, mas qualitativa também. Precisamos conhecer melhor nosso inimigo, que, hoje, no Brasil, se chama corrupção”, declarou o procurador.

Dellagnol salientou que a corrupção é algo antigo, vem desde 1808 com a Fa-mília Real, e que a Operação Lava-Jato não vai mudar o Brasil, mas vai punir os cul-pados e reparar boa parte dos prejuízos causados aos cofres públicos. Segundo ele, “Quem rouba 8 milhões, rou-ba remédio, educação, comi-da da mesa dos brasileiros. Quem rouba milhões, mata milhões”. Deltan realçou que o povo brasileiro não pode perder a capacidade de indignação e transformação, e fez um paralelo com uma frase bastante comum no cotidiano de quem mora no Brasil: “A Igreja é brasileira e brasileiro não desiste nunca, então, não vamos desistir do nosso país!”, comentou.

Deltan também destacou que é preciso construir muros entre a corrupção e a socie-dade, fazendo uma analogia da Operação Lava-Jato com o exemplo do profeta Neemias. “Neemias viu o problema; so-freu; orou e jejuou; agiu, indo até o rei e o povo se uniu e os muros foram reconstruídos. Se a Igreja estiver orando por isso, Deus está abrindo uma janela e está mostrando as oportunidades”, enfatizou Dellagnol.

O procurador apresentou

detalhadamente as medi-das - destacadas no quadro ao lado - e comentou a res-peito das manifestações de 2013 como exemplo de que quando o povo une esforços a situação pode ser trans-formada, como no caso de Neemias e a reconstrução dos muros. Dellagnol enfa-tizou também a demora no julgamento dos casos - o que favorece a impunidade -, co-locou este como o principal obstáculo para o andamento das investigações e disse que a punição para o crime de corrupção no Brasil é “Uma piada de mau gosto”.

“Para combater a corrup-ção, precisamos combater a impunidade. O Brasil é um país que vive da impunidade dos criminosos do colarinho branco. Vários são os fatores que contribuem para que

essa impunidade aconteça. Um desses fatores é a demo-ra do julgamento dos casos penais. Se eu virar para o meu filho e disser: ‘Você cometeu uma travessura. Papai vai te punir daqui a 12 anos’, eu não só vou estragar meu filho e ele vai virar um travesso profissional, como também vou gerar um clima de impunidade na minha casa. Processos de colarinho branco no Brasil demoram

10, 15, 20 anos para chega-rem no fim. Quando chegam, em razão da própria demora, há o que chamamos de pres-crição, que é o cancelamento do caso final, relatou Deltan.

Dallagnol declarou que as medidas surgiram como forma combate a esse sistema de corrupção e impunidade que o Brasil vive atualmen-te. “A Lava Jato não muda o Brasil. Mas as dez medidas podem mudar o Brasil, se

“Precisamos conhecer melhor nosso inimigo, que, hoje, no Brasil, se chama corrupção”, disse Deltan Dellagnol

Procurador da República Deltan Dallagnol reuniu líderes denominacionais na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, para o lançamento do Projeto do MPF “10 Medidas contra a Corrupção”, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional uma iniciativa popular com ações anticorrupção.

Veja quais são as 10 medidas propostas pelo MPF1. Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes

públicos2. Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte

de informação3. Responsabilização dos partidos políticos e criminaliza-

ção do caixa 24. Aumento das penas e crime hediondo para corrupção

de altos valores5. Reforma sistêmica de prescrição penal6. Celeridade nas ações de improbidade administrativa7. Eficiência dos recursos no processo penal8. Ajustes nas nulidades penais9. Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro

desviado10. Recuperação do lucro derivado do crime

9o jornal batista – domingo, 09/08/15notícias do brasil batista

Deus quiser”, conclui o pro-curador.

Ações práticas

Foram sugeridas para agos-to e setembro ações estratégi-cas para as Igrejas brasileiras, como cultos com pregações temáticas e atividades de rua com o objetivo de apresentar à sociedade o detrimento do país devido aos crimes de corrupção. Segue abaixo a agenda proposta para as Igrejas que estão apoiando o movimento seguirem:

16 a 23 de agosto – Cultos com mensagens sobre ética, compaixão e justiça, desafian-do cada membro a coletar, no mínimo, 10 assinaturas;

29 de agosto – Ações na cidade (Flash mob) com es-quetes que representem a so-ciedade e como a corrupção paralisa a vida;

30 de agosto – Entrega, nos cultos, das assinaturas coleta-das pelos membros;

02 de setembro – A partir das 06h, colorir de verde e amarelo as proximidades da procuradoria da república. Às 09h, haverá a entrega das assinaturas coletadas ao pro-curador da república.

Para participar da Campa-nha e baixar os formulários para recolher assinaturas, basta acessar o endereço eletrônico www.combate-acorrupcao.mpf.mp.br/10--medidas

“Precisamos conhecer melhor nosso inimigo, que, hoje, no Brasil, se chama corrupção”, disse Deltan Dellagnol

Procurador da República Deltan Dallagnol reuniu líderes denominacionais na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, para o lançamento do Projeto do MPF “10 Medidas contra a Corrupção”, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional uma iniciativa popular com ações anticorrupção.

Palestra no Seminário do Sul é destaque na imprensa nacional

10 o jornal batista – domingo, 09/08/15 notícias do brasil batista

“Vo c ê a c h a a B í b l i a cha ta? En -t ã o p o d e

ser que você não consiga ‘ver’ Deus em suas páginas. Você acha Deus ‘chato’? Então pode ser porque você não consiga crer que Ele possa agir em você, apenas nos outros. Onde está a ‘Graça’ de Deus? Em Jesus. Por que? Porque Deus é amor”. ‘Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor’” (I Jo 4.8).

Fatos que comprovam o princípio de buscar e

cumprir o ensino bíblicoPai, estou enviando este

texto para mostrar que ele não existiria, em primeiro lugar, sem um relaciona-mento real e constante com Deus.

Em segundo lugar, para o texto assim tomar corpo, a pessoa que o escreve, sem querer ser presunço-so, precisa de uma base de conhecimento e dedicação a Deus, que eu tive a “ben-ção” de aprender com o senhor e com minha mãe. Esta base de conhecimento e dedicação a Deus se deu por meio da obediência a diversas atividades e pro-duziu da minha infância em diante uma série de atitudes e comportamen-tos muito responsáveis. E, muito mais importante, o interesse pelos princípios e valores eternos (bíblicos), tão raros hoje em dia.

Es ta responsabi l idade precoce favoreceu o sur-gimento de um indivíduo esforçado, dedicado e não superficial, como eram os jovens daquele tempo, e

muito mais agora. Pois, atualmente, há deficiên-cia grave na leitura (falta dela), na escrita (produção de textos: cartas, etc.) e na compreensão (treino) dos mesmos, que a tecnologia não proporciona sozinha.

Em terceiro lugar, eu tive também uma “bênção” ain-da maior: Eu aceitei a Jesus por meio da minha mãe e fui batizado pelo meu pai. Aos 09 e 10 anos, respec-tivamente. Também não posso esquecer de regis-trar as incontáveis vezes que o senhor corrigiu os meus erros de português, tão comuns na idade em que algumas habilidades de uma criança se formam e vão acompanhá-la, se ela quiser desenvolvê-las pelo resto de sua vida, como este minitexto acima que foi postado no whatsApp do grupo de jovens da mi-nha Igreja.

Por estas e outras, mas, principalmente por estas, eu gostaria de informá-lo que o senhor está retoman-do o seu posto em caráter vitalício de meu “pai he-rói”, que estava temporaria-mente indisponível desde os meus 17 anos (por moti-vo de maioridade).

Em tempo: Não podemos nos esquecer daquele que jamais poderá ser esqueci-do, pois, além de ser Pai, seu Filho Unigênito decla-rou a seu respeito: “Que a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro” (Jo 17.3a).

“Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém” (Rm 11.36).

Uma simples homenagem a um “pai herói”

11o jornal batista – domingo, 09/08/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O Programa Volun-tários Sem Fron-teiras, de Missões Mundiais, ofere-

ce a você a oportunidade de servir em campos como o Uruguai. É para este país sul--americano que em setembro seguirá uma caravana mis-sionária. Você tem poucos dias para se inscrever através do e-mail [email protected].

Os voluntários chegarão ao Uruguai no dia 05 de setembro, data marcada para a viagem. Eles compartilha-rão o amor de Deus em um orfanato e com famílias do interior do país.

Pessoas que atuam nas áre-as de estética e artes manuais, além de educadores e músi-cos são os perfis buscados para esta viagem missionária. O retorno está previsto para o dia 19 de setembro.

“O Uruguai é um país bastante frio em relação ao Evangelho, com a maioria da população formada por ateus e orgulhosa de ser assim. As igrejas são pequenas e traba-

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Batistas de várias par-tes do planeta se reuniram entre os dias 22 e 26 de ju-

lho em Durban, na África do Sul, para o 21º Congresso da Aliança Batista Mundial (BWA). A Junta de Missões Mundiais da Convenção Ba-tista Brasileira foi represen-tada pelo diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, e missionários que atuam no país-sede do Con-gresso, como Joel e Lúcia Martiniano, Roberto e Edna Carmona, Cleber Balaniuc e o pastor Hans Fuchs, co-ordenador dos missionários dos Batistas brasileiros no continente africano.

Com o tema “Jesus é a por-ta”, o Congresso da Aliança Batista Mundial reuniu per-to de 3 mil participantes, durante os cinco dias do evento. Nosso diretor exe-cutivo participou de várias reuniões, entre elas uma com a delegação de Batis-

lham constantemente para mudar essa realidade”, conta Cláudio Elivan, coordenador do Voluntários Sem Frontei-ras, de Missões Mundiais.

Outras caravanas também estão com inscrições abertas

Missões Mundiais também oferece outras chances de

tas da Angola. Pastor João Marcos também subiu ao palco principal para convi-dar os congressistas a virem ao Brasil em agosto de 2020, quando o Rio de Janeiro re-ceberá o 22º Congresso da Aliança Batista Mundial. O responsável por fazer esse convite aos congressistas em Durban foi o pastor Eli Fer-nandes, 1º vice-presidente da Convenção Batista Brasi-leira, após a exibição de um vídeo promocional.

ir ao campo e pôr em prá-tica seus dons e talentos em prol do Reino. Já temos programação até o primeiro semestre do ano que vem. Confira algumas delas. Para todas, as inscrições devem ser feitas pelo e-mail [email protected].

Iquique, no litoral norte do Chile, é uma bela cidade que

A participação brasileira foi destaque ainda na quarta noite do Congresso, quando o pastor Luiz Roberto Silva-do, da Igreja Batista Baca-cheri, em Curitiba - PR, e ex-presidente da Convenção Batista, foi o preletor. Ele to-mou posse como um dos 12 vice-presidentes da Aliança Batista Mundial.

Pastor Hans Fuchs destacou o colorido das celebrações, com a participação dos cren-tes da Nigéria com seus trajes

respira esporte, praia e músi-ca, mas precisa conhecer o poder transformador do Evan-gelho de Cristo. Para essa viagem, a saída do Brasil será por São Paulo e está prevista para o dia 8 de janeiro. Após a chegada, os voluntários passarão por um curto perí-odo de treinamento antes de começarem a compartilhar

típicos, e também dos Batistas sul-africanos, que terão um conterrâneo na Presidência da Aliança Batista Mundial, o pastor Paul Msiza, pelos próximos cinco anos.

“A banda que dirigiu o lou-vor era composta por ame-ricanos e sul-africanos, e as músicas eram em inglês ou línguas da África do Sul. A delegação sul-coreana tam-bém se fez presente com duas belas apresentações”, conta pastor Hans.

o amor de Deus. Serão duas semanas de intensas ativida-des em Iquique, e o retorno está marcado para o dia 23 de janeiro.

As áreas de atuação in-cluem esportes, artes, estéti-ca, visitas a presídios, ações com crianças, logística, entre outras.

Em setembro, uma carava-na do Tour of Hope seguirá para as Filipinas, e o Haiti recebe a caravana da espe-rança em outubro. Especi-ficamente para o Tour of Hope, os pedidos de inscri-ção devem ser direcionados para o e-mail [email protected].

Além dessas, estão previs-tas caravanas até março de 2016 para o Oriente Médio, Timor-Leste e Burkina Fasso. Não faltam oportunidades para você servir no campo com seus dons e habilidades.

Para saber como investir seus dons e talentos como voluntário, seja em cara-vanas agendadas, indivi-dualmente ou em grupos, escreva agora mesmo para [email protected]. Seja um Voluntário Sem Fronteiras!

“As mensagens eram em inglês, com tradução si-multânea para português, espanhol, russo, francês e coreano. As manhãs eram dedicadas a estudos bíbli-cos em todas essas línguas. Durante as tardes havia se-minários bem interessantes e participei de um sobre paternalismo em missão, como evangelizar homens, conflitos inter-religiosos e reconciliação”, conclui o coordenador.

Uruguai recebe Voluntários Sem Fronteiras em setembro

JMM no Congresso da Aliança Batista Mundial (BWA)

12 o jornal batista – domingo, 09/08/15 notícias do brasil batista

Sandra Natividade, membro do Conselho Editorial de OJB

Em 2010 a Aliança Ba-tista Mundial - ABM (sob a sigla inglesa BWA) realizou seu

Congresso quinquenal em Honolulu, Hawaii (USA), sob o tema: “Ouça o Espíri-to”. Muitos países marcaram presença em uma abençoa-da celebração. Após cinco anos - 2015 -, a anfitriã foi a inesquecível África do Sul, que, pela primeira vez, recebeu esse, que é o maior evento mundial dos Batistas. Para a realização no período de 22 a 26 de julho do cor-rente ano, o 21º Congresso da Aliança Batista Mundial, sob o tema: “Jesus Cristo, a porta”, teve como cenário deste evento o Centro Inter-nacional de Convenções de Durban, cidade onde o Oce-ano Índico, de forma régia e sem qualquer restrição a embeleza, recebeu mais 80 países e 2.500 inscritos, que movimentaram a acolhedo-ra cidade. Os participantes fizeram diferença, levaram a semente do Evangelho de Cristo, carreando divisas, ocupando a rede hoteleira e utilizando a indústria sem chaminés e, assim, conhe-cendo de perto a paisagem, a natureza exuberante e seus prédios em Art Decor.

Durban, essa cidade que nos recebeu de coração e braços abertos, fundada em 1836, é a terceira maior cida-de da África do Sul e tem sido o lar da maior população indiana fora da Índia. Abriga o 8º maior porto do mundo, sua população é parcialmen-te miscigenada, formada por 800 mil indianos, 800 mil brancos, 100 mil chineses e 2 milhões de negros.

A programação do Con-gresso, como sempre acon-tece, fo i i r re tocável . O presidente John Upton e o secretário-geral Neville Callam, assistidos pela di-retoria composta dos vice--presidentes passaram cinco anos trabalhando em prol do Congresso, isto em meio às inúmeras atividades que

a ABM desenvolve. Seu rol cooperativo engloba 232 associações, convenções e uniões batistas em 121 paí-ses e territórios, em um total de 40 milhões de membros nas 177 mil Igrejas Batistas locais.

Essa instituição internacio-nal trabalha incessantemente nas seis regiões geográficas que compreende: a Frater-nidade Batista Africana, Fe-deração Batista da Ásia e do Pacífico, Fraternidade Batista do Caribe, Federação Batis-ta Europeia, Fraternidade Batista Norte-Americana e a União Batista Latino-Ameri-cana. Desenvolve objetivos essenciais e estratégicos vi-sando promover a adoração, a comunhão e a unidade; nutrir o amor pela missão e a evangelização, atender às necessidades humanas através de assistência emer-gencial e o desenvolvimento comunitário sustentável; de-fender os direitos humanos e a justiça; e promover a reflexão teológica relevante. A BWA tem se destacado nas seguintes divisões: Missão, Evangelismo e Reflexão Te-ológica; Assistência Huma-nitária e Desenvolvimento Sustentável; Liberdade e Justiça; Administração e Fi-nanças; Comunicação; Pro-moção e Desenvolvimento, englobando ainda em sua estrutura organizacional os departamentos Masculino, Feminino e de Juventude.

Na abertura do Congresso, dia 22, às 19h, uma apote-ose de cores e ritmos pró-prios do país anfitrião com apresentação cultural dos Batistas rememorando a his-tória da denominação na África do Sul, mostrando no-tadamente sua emergência e o Apartheid para ser uma nação livre e independente. O secretário-geral Callam deu as boas-vindas, passou informações importantes aos congressistas, informou al-gumas saudações recebidas, a exemplo: doutor Denton Lotz, pastor Billy Graham, Conselho Mundial de Igre-jas, Igreja Católica Romana, Conselho Metodista Mun-dial, Conferência Mundial

Menonita e da Igreja Ad-ventista do 7º Dia; passan-do a palavra ao presidente John Upton, que instalou oficialmente o Congresso. O primeiro mensageiro foi o reverendo doutor Peter Chin, da Coreia do Sul, que discorreu sua mensagem sob o tema: “Jesus Cristo, a porta para a luz”, encorajando o cristão a seguir os passos de Jesus, dizendo que nós brilhamos porque Jesus está em nós.

A programação de um evento desse jaez é diver-sificada, rica em conteúdo. Com horários estratégicos, todos os dias das 9h30 às 10h acontecia o culto de adoração. Nesse horário também, no penúltimo dia, houve a celebração da Ceia do Senhor; das 10h30 às 12h, durante dois dias, foi oferecido Grupos de Estudo Bíblico em diversos idio-mas. Em português, dois facilitadores se revessaram, a moçambicana Felizarda Maria Chimunto e o pastor brasileiro Linaldo de Souza Guerra, da Primeira Igreja Batista do Pilar - PB; das 12 às 14h aconteciam as Expo-sições/artes; no primeiro dia, em horários consecutivos, das 14h às 15h30 e 16h às 17h30 - no dia posterior, de 13h30 às 15h - aconteceram os Grupos de Interesse I, II e III Adoração & Comunhão, Missão & Evangelismo, Li-berdade & Justiça, Assistên-cia & Desenvolvimento, di-recionado a pastores, Encon-tros dos Homens e Encontro dos Jovens, respectivamente. Na programação, além do Fórum, constou o encontro dos congressistas por região: África, Ásia/Pacífico, Améri-ca do Norte, América Latina, Caribe e Europa.

Seguramente, jamais serão esquecidas as mensagens durante aqueles dias. A pas-tora Dimitrina Oprenova, da Bulgária, pregou acerca do tema: “Jesus Cristo, a porta para a liberdade”; enfatizou que Deus busca, cuida, Ele não nos deixará, pois nos co-nhece pelo nome. Devemos estar seguros das nossas de-cisões, pois fomos compra-

África do Sul sedia o 21o Congresso da Aliança Batista Mundial (BWA)

13o jornal batista – domingo, 09/08/15notícias do brasil batista

dos por alto preço e Ele nos chama para sermos servos, agente de liberdade. Cristo é a porta para a verdadeira liberdade. A terceira mensa-gem do Congresso coube ao reverendo doutor Anthony Carroll, de Bahamas, sob o tema: “Jesus Cristo, a porta para a liderança”. Enten-demos que a mensagem é para todos, mas essa em es-pecial teve muito a ver com aqueles que têm a liderança das ovelhas, um verdadei-ro chamamento. Segundo o conferencista, liderança pastoral é cumprimento de mandado do Mestre. Pastor é aberto, disponível e re-ceptivo ao Espírito Santo. O foco deve estar no Senhor Jesus, o maior modelo de liderança. Foi contundente ao afirmar “Liderança tem a ver com o direito dos outros, nós não somos gerentes, mas ministros de Deus, a serviço dEle”. O reverendo doutor Donald Ndichafah, de Camarões, levou uma mensagem sob o tema: “Je-sus Cristo, a porta para o amor”. O reverendo Donald foi enfático em afirmar que Jesus é a porta, não somente uma porta, mas A Porta. Ele é a porta para o amor. Deus não impõe o Seu amor so-bre nós; para recebermos o amor de Deus devemos rejeitar as coisas ruins que nos envolvem; discorrendo sobre o batismo disse: “O batismo não salva, somos o povo do Livro, precisamos ter Jesus e levar outras pes-soas a receber a plenitude do amor de Deus”. O penúltimo conferencista do Congresso, pastor Luiz Roberto Soa-res Silvado, do Brasil, falou a respeito do tema: “Jesus Cristo, a porta para ouvir e aprender”. Pastor Silvado é didático, um diplomata da Palavra de Deus e baseou a mensagem em Atos 9.10-19, arrazoando sobre o discí-pulo Ananias e a evidência do amor de Deus para um discípulo. Destacou que pre-cisamos ser, de fato, discí-pulos multiplicadores e que uma igreja saudável ajuda as pessoas a encontrar o poten-cial que recebeu do Senhor.

Discipulado faz o discípulo crescer para a expansão do Reino. Jesus Cristo é a porta para aprender. Implore ao Senhor da seara para enviar líderes para a seara. Jesus é a porta para levantar nova geração de líderes. Durante a mensagem, pastor Silvado citou vários textos bíblicos, a exemplo de Lucas 10, Tiago 5.16, II Timóteo 2.2. A men-sagem fez interação com o público no grande pavilhão das plenárias, os vídeos so-bre pastor João Filson Soren e liderança foram marcantes. O desafio lançado naquela noite pelo pastor Silvado continua ecoando: “Estamos nós prontos para uma nova geração na BWA. Capacita-ção de novos líderes para o ministério. Multiplique no-vos líderes para a expansão do Reino de Deus”. O últi-mo preletor, reverendo dou-tor Joel Gregory, dos EUA, pregou baseado no tema: “Jesus Cristo, a porta para a vida”; mensagem se repor-tando sobre a relevância da vida que só Jesus, em Sua onipotência, dá ao homem e que o mundo e suas mazelas a tiram. O cuidado que de-vemos ter para a preservação da vida com Cristo. Deus diz que a porta está aberta, Deus não fez nada igual, se Ele fez com que a impressão digital seja única, Ele pode abrir uma porta para você. Deus pode todas as coisas.

Atividades múltiplas não faltaram ao Congresso, o destaque dos cantores e co-reógrafos africanos; o de-sempenho de tantos musi-cistas; a graça das crianças coreanas; as palavras do secretário Neville Callam so-bre estes 110 anos da BWA; a entrega do Prêmio Direitos Humanos da Aliança Batista Mundial ao ruandês doutor Corneille Gato Munyama-soko, secretário-geral das Igrejas Batistas em Ruanda, reconhecido por seu traba-lho pela paz após o geno-cídio de 1994 em Ruanda, um conciliador, pacifista e mediador; a posse da di-retoria para o quinquênio 2015-2020, quando o doutor John Upton passou o car-

go para o novo presidente, doutor Ngwedia Paul Msiza, da África do Sul, pastor da Igreja Batista Peniel-Salem, na Pretória. Com Msiza, 12 vice-presidentes foram ins-talados: Michael Okwakol, da Uganda; Ernest Adu--Gyamfi, de Gana; Tapan Chowdhury, de Bangladesh; Miyon Chung, da Austrália; Anslem Warrick, de Trinidad e Tobago; Jules Casseus, do Haiti; Dimitrina Oprenova, da Bulgária; Jan Saethre, da Noruega; Naomi Tyler-Lloyd e Jerry Carlisle, dos Estados Unidos; Jorge Quinteros, do Chile; e Luiz Roberto Soares Silvado, do Brasil. Esta é a nova diretoria para as ce-lebrações que acontecerão no Rio de Janeiro, pois, em 2020, o 22º Congresso da BWA será combinado com a Conferência Mundial da Ju-ventude Batista, sem dúvida, um mega encontro de todos os povos, raças e nações.

Na última noite o grupo representante da Convenção Batista Brasileira com os pas-tores Eli Fernandes, Fernando Brandão (JMN), João Marcos Barreto Soares (JMM), acom-panhados por representantes da Convenção Batista Nacio-nal e Convenção Batista Inde-pendente, fez, mostrando a bandeira do Brasil, o convite oficial para 2020, projetando em vídeos institucionais as belezas naturais do Rio de janeiro.

As celebrações aconteciam no salão das plenárias, mas as homenagens aconteciam também nas salas dedica-das aos Estudos Bíblicos e de Interesse e, até mesmo, em meio à multidão, como aconteceu com o pastor Fausto Aguiar de Vasconce-los, abordado pelo neto do missionário Antonio Mau-rício, de saudosa memória, entregando-lhe placa de gra-tidão dirigida aos Batistas brasileiros por enviar um missionário, à época, pela Junta de Missões Estrangei-ras, a Portugal. O neto de Antonio Mauricio que entre-gou a placa ao pastor Fausto reside em Moçambique. Ao Deus Trino toda glória, hon-ra e ações de graça sempre.

África do Sul sedia o 21o Congresso da Aliança Batista Mundial (BWA)

14 o jornal batista – domingo, 09/08/15 ponto de vista

“Descansa no Senhor e espera nEle; não te aborreças por causa daquele que pros-pera em seu caminho, por causa do que trama o mal” (Sl 37.7).

Somos muito afoitos, impacientes, ansiosos e inquietos. Apressa-dos, muitas vezes. Ao

longo da vida fomos influen-ciados por esse comporta-mento prejudicial. Recebe-mos a influência de alguns dos nossos antepassados quando viviam no imedia-tismo e no nervosismo. Mas Jesus é o nosso exemplo de descanso, paz, harmonia interior, sossego e de centro tranquilo. Ele nos ensinou a confiar, descansar e espe-rar nEle. Depois de um dia exaustivo, o Senhor Jesus descansava na popa do bar-co. Ele adormeceu e veio uma grande tempestade no Mar da Galiléia, segundo Mateus 8.23-27. Há um con-traste entre o descanso de Jesus e o apavoramento dos Seus discípulos. Cristo Jesus, divino-humano, experimen-tava um sono reparador. Os discípulos, representantes da natureza humana, estavam inquietos, inseguros e em pânico.

Descansar é confiar na fide-lidade de Deus, pois “Ainda que sejamos infiéis, Ele per-manece fiel, pois não pode negar-se a Si mesmo” (II Tm 2.13). Versando sobre a fide-lidade de Deus, Isaac Watts, diz: “Feliz o homem que con-

fia no Deus de Israel; Ele fez o céu, a terra, os mares, com sua beleza; Sua verdade per-manece segura para sempre; Ele salva o oprimido, alimen-ta o pobre, e Suas promessas não são em vão”.

Graças a ação do Pai em Cristo Jesus fomos resgatados da inquietação, insegurança, frustração, incredulidade e auto justiça de Adão, para o descanso, a segurança, reali-zação, fé e justiça de Cristo Jesus, na Sua obra perfeita por nós. Como nos ensina Nee: “É o nosso descanso em Cristo, a nossa perfeita serenidade nELe ou o nosso progresso no Espírito, que o inimigo das nossas almas procura destruir, atacando--nos pela mente ou pelo co-ração, pelo intelecto ou pelos sentimentos”. É na vitória de Cristo que somos vitoriosos e aprendemos a descansar.

A nossa segurança em Cris-to produz o descanso. O repousar do Mestre era fazer toda a vontade do Pai. Deus trabalha em profundo amor em favor de nós e confia-mos no Seu trabalho. Aqui está o nosso descanso e a nossa paciência, conforme Isaías 64.4. No sofrimento de Paulo, o Senhor Jesus lhe disse: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12.9-10). Paulo aprendeu que a graça traz quietude ao coração.

Há um hino precioso do Cantor Cristão, intitulado “Estou seguro” (314), cuja

letra, de Elisha Albright Ho-ffmann, diz:

“Que consolação tem meu coração, descansando no po-der de Deus; Ele tem prazer em me proteger; descansan-do no poder de Deus.

Sempre avante vou, bem contente estou, descansando no poder de Deus; tudo hei de vencer pelo Seu poder, descansando no poder de Deus.

Não recearei, nada teme-rei, descansando no poder de Deus; gozo, paz e amor junto a meu Senhor, descansando no poder de Deus.

Lutas sem cessar hei de atravessar, descansando no poder de Deus; não me dei-xará, mas me susterá, descan-sando no poder de Deus.

Descansando nos eternos braços do meu Deus, vou se-guro, descansando no poder de Deus”.

O segredo do descanso é olhar para Cristo Jesus, o Au-tor e Consumador da nossa fé, de acordo com Hebreus 12.1-2. Lançar sobre o Senhor todo o peso, fardo. Em Mateus, o Salvador diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Hb 11.28-30). Há uma conexão muito segu-ra entre o que Jesus disse e a convicção do rei Davi: “Lança o teu fardo sobre o Senhor, e

ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55.22).

No desemprego, na crise conjugal, nos problemas fi-nanceiros, diante da violên-cia e corrupção, da imorali-dade crescente devemos orar intensamente, testemunhar o Evangelho de Cristo, des-cansando no Seu poder e es-perando pacientemente por Sua intervenção, conforme diz o texto do Salmo 40.1-3. Ele é o Senhor da história e há de, soberanamente, fa-zer toda a Sua vontade. Ela não pode ser frustrada. Sa-bemos que “Todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, que foram chamados segundo o Seu propósito (Rm 8.28). O Senhor está no trono e entre nós pelo Seu Espírito, governando para o louvor da Sua Glória. É neste axioma que devemos descansar, pois Ele é o “Deus justo em todos os Seus caminhos e benigno em todas as Suas obras e está perto de todos os que O invo-cam e o fazem em verdade” (Sl 145.17-18).

Descansar no Senhor é confiar na Sua Palavra. O nosso contentamento está no Senhor. Ele é o nosso Pastor e nada nos faltará, segundo Salmo 23.1. Devemos nos aquietar e saber que Ele é Deus, de acordo com Salmo 46.10. O profeta Naum diz que “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia e conhece os que nEle confiam (Na 1.7). Então, descansar

é viver pela fé e alegrar-se nAquele que a Si mesmo se deu por nós, derramando o Seu precioso sangue na cruz. Nele somos mais que vence-dores, como diz a Bíblia em Romanos 8.37.

Vale lembrar ainda que descansar é trabalhar confian-do plenamente no Senhor. Sabemos que a nossa força vem dEle. A exortação de Moisés é muito preciosa: “Portanto, não digas no teu coração: A minha força e a fortaleza da minha mão adquiriram-me riquezas. Pelo contrário, tu te lembrarás do Senhor teu Deus, porque Ele é quem te dá força para adquirires riquezas, a fim de confirmar Sua aliança, que jurou a teus pais, como acontece hoje” (Dt 8.17-18). O poder do Senhor se aper-feiçoa em nossa fraqueza, debilidade. Descansar é ter a certeza de que o Senhor está no controle e Seus princípios são inegociáveis e insubsti-tuíveis.

Que o Senhor nos faça descansar e esperar nEle. Na verdade, só com o Pai é que aprendemos a entrar no repouso de Cristo Jesus, Seu Filho amado. O nosso descanso é uma vida de fé na suficiência do Senhor Jesus Cristo. Aprendemos que o nosso repouso é andar por fé, e não por vista, durante o tempo da nossa peregrina-ção. Descansar e esperar são dois verbos que precisamos aprender e viver todos os dias para a Glória de Deus Pai.

Aprendendo a descansar

Sem dúvida, a violência sexual é uma das mais marcantes na história de uma mulher, es-

pecialmente se dela resulta uma gravidez. À medida que o feto vai se desenvolvendo e a gestante nota as transforma-ções em seu corpo, tenderá a ter sentimentos negativos que lhe sugam sua alegria. À medida que o tempo passa e o feto começa a se mexer, o desespero poderá tomar conta dela a ponto de recor-dar todo aquele momento de violência que contra si fora praticado, no lugar de ter sido um momento de ca-rinho, afeto e amor.

Se aquele feto chegar a termo e houver o nasci-mento, poderá a criança

ser permanentemente es-tigmatizada como um filho de um criminoso e ser-lhe estampada a pecha de ser um eterno incorrigível, des-tinado a ser sempre um in-desejado. A família também será vítima do sofrimento desta violência, enfim, to-dos serão vítimas, com ex-ceção do criminoso.

Estes são fatos que não po-dem ser negados, vividos diariamente no mundo con-creto. Aliado a isso, temos o Código Penal Brasileiro, que em seu artigo 128, inciso II, não considera crime o abor-tamento em caso da gravidez ser resultante de estupro. Diz este Inciso: “II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimen-

to da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”.

Há quem defenda que o abortamento, neste caso, inicialmente poderia trazer um alívio a toda essa situa-ção. Mas será preciso ainda considerar alguns outros fatos não menos concretos, tais como: (1) Será que de fato a gestante ficará livre da angústia de ter um fi-lho de um criminoso? Não lhe traria o abortamento um sentimento de impotên-cia ao ver, no futuro, uma criança se desenvolvendo, considerando-se a si mesma com uma pessoa que não teve coragem de dar vida a um ser que não pediu para ser gerado, nem nascer?

Oportunizando-se assim a criação de mais um trauma para a mulher. (2) Isso nos leva a outra questão: diante de Deus, aquele feto é um ser humano? Se é um ser humano não estaríamos eli-minando uma vida?

Um dos pontos fundamen-tais da ética é buscar alter-nativas que possam trazer respostas ao maior número de aspectos de um dilema e buscar a atenuação dos as-pectos que não puderam ser atendidos.

Neste caso, a manuten-ção da gravidez precisará ser acompanhada de um cuidadoso atendimento te-rapêutico multidisciplinar à gestante e à família e, mes-mo depois do nascimento,

se aquela criança não puder ser aceita ainda sobrará a possibilidade de adoção por outra família.

Talvez você me perguntaria se seria eticamente aceitável o uso da pílula do dia seguin-te no caso de um estupro. Va-mos entender como a pílula do dia seguinte funciona. Ela não impede a fecundação--concepção, mas a nidação, isto é, a implantação do em-brião (na fase de blástula) na cavidade intrauterina. Portan-to, a pílula do dia seguinte tem caráter abortivo e não deveria ser eticamente aceita.

Dá para perceber que este assunto tem que ser conside-rado de forma ampla, pois tem diversas implicações e aspectos.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (6) - Abortamento em caso de estupro

15o jornal batista – domingo, 09/08/15ponto de vista

Amnom de Souza S. Lopes, membro da Primeira Igreja Batista em Vilar Formoso - São João de Meriti - RJ

Aos pastores que são pais,

Em nosso meio eclesiástico se tornou comum ver filhos que não gostam dos seus pais. Por mais triste que seja essa realidade, ela existe e está muito presente em nosso cotidiano. Em pleno mês que se comemora o Dia dos Pais, fico a pensar em quantos filhos sofrem por não con-fiarem totalmente em seus pais, e por não se sentirem amados pelos mesmos, e também penso em quantos pais se sentem “surrados” por terem “perdido seus filhos”. Acredito, e sei que essa dor advinda de um pastor é ain-da mais profunda. Trabalhar tanto por vidas, e ver em seu

Celson de Paula Vargas, colaborador de OJB

“Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar--te” (Dt 6. 6-7).

O texto reg i s t r a uma ordem de Deus aos pais, referente à Sua

Palavra e ensinos sobre

próprio lar alguém não que-rer trilhar o mesmo caminho é demasiadamente frustrante. Por isso, eu tento humilde-mente, através dessas poucas palavras, pedir que vocês sejam pais.

Para que fique registrado, sou filho de pastor de vida inteira, isto é, quando nasci, meu pai já exercia a função. Sou sobrinho de pastores, pri-mo de pastor, sobrinho-neto de pastores, neto de diácono. Ainda não sou pai, tão pouco pastoreio, mas conheço essa realidade. Portanto, mais uma vez, tento dizer de for-ma humilde e singela, sejam pais.

A igreja não pode ser mais importante do que sua famí-lia. Nenhuma ovelha é mais importante do que o seu filho (a), diga-se de passagem, seus filhos não querem ser pasto-reados por você. Querem ser

Sua Pessoa e Seus man-damentos, que devem ser por esses repassados às suas futuras gerações. Isso conduzirá nossas famílias ao conhecimento do Deus Único e a fé nEle como Salvador para suas almas, pela Obra de Cristo Jesus aqui na terra. Isso é respon-sabilidade dada por Deus a nós, pais . Precisamos cumprí-la, pois trata-se da mais preciosa orientação para nossas famílias, pois, por elas, levaremos a uma herança incorruptível, eter-

amados, respeitados e vistos como filhos. Não cobre que seus pequenos o chamem de pastor, mesmo diante da igreja. Você continua sendo o pai deles, na igreja ou em outro lugar qualquer. A Bíblia nos ensina que qualquer pai é sacerdote do lar, não é ne-cessário ser pastor para isso. Então, não ache que possui “vantagens” por ser líder es-piritual de uma comunidade, o que talvez seja sinônimo de trabalho redobrado. Não obrigue os seus filhos a irem à igreja, ou se envolverem em algum ministério, nós não funcionamos bem com pressões, e não ligue para o que a membresia pode pen-sar, antes, instrua a igreja a ver seus filhos como outros adolescentes, crianças ou jovens quaisquer.

Filhos de pastores não são “pastorezinhos”, na verdade,

na. “Ensina a criança no ca-minho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Pv 22.6).

Ocorre que estamos a cada dia sendo envolvidos com tantas atribuições do nosso viver pós-moderno, que não conseguimos mais tempo para cumprir essa ordem de Deus e, assim, estamos deixando de con-duzir nossas famílias à ver-dadeira fé.

Destaco, não com senti-do crítico ou reprovador,

muitos são desviados, en-tão não permita que líderes cobrem deles uma postura diferenciada. Se eles forem cristãos, terão em si con-dições de se portarem em qualquer lugar. Tenha tem-po de conversa com eles, seja no sofá, no quarto, ou na cozinha. É chato quando nosso pai tem horas para fazer gabinete com alguém que às vezes nem conhece, e não tem uma hora sequer para conversar com os de casa. Não é sempre que gos-tamos de falar sobre como foi o culto, ou o sermão de domingo, então veja filmes, desenhos e leia o jornal para ter assunto. Langston, Missão Integral, e Escatologia não são as melhores conversas. Se suas atividades eclesiás-ticas estiverem atrapalhando o seu tempo com sua família, desatole seu calendário. Às

a tecnologia, pois ela é instrumento fundamental para o mundo globalizado no qual hoje vivemos. Sem ela estaremos fora de con-texto. O que é necessário é administrarmos seriamente o seu uso, de forma que ela não nos envolva totalmen-te, furtando o tempo que precisamos para o diálogo e, até mesmo, a expressão do nosso amor por nossos familiares. Por exemplo, devemos usar racionalmen-te as redes sociais para que elas não produzam em nós

vezes é preferível um dia de domingo com a família, do que a presença na EBD. Terá um dia em que você sairá de sua igreja. Deus pode lhe mandar para outro lugar, para assumir outro ministério, ou seu tempo ali pode simples-mente acabar. Mas sua famí-lia nunca deixará de ser sua. Seus filhos continuarão sen-do herança do Senhor, então não estrague tudo por achar que está fazendo a vontade de Deus. Poderíamos ainda falar de muitas coisas, e dar muitos exemplos, mas tudo se resume em uma pequena frase: “Não faça de sua casa uma extensão da igreja, faça da igreja uma extensão do seu lar”.

Por fim, desejo que sua casa seja cada dia mais aben-çoada. Que os seus filhos ve-jam em ti o que eles querem ser no futuro. Seja Pai!

o isolamento, o individua-lismo, o fim do diálogo, o fim da transmissão da nossa fé, a degradação da nos-sa vida espiritual, a morte da afetividade familiar, a corrupção moral, a infideli-dade, e nos tornemos estra-nhos e até inimigos em um mesmo ninho. É tempo de reagirmos, de nos corrigir-mos para termos autoridade de disciplinar e ensinar nossas gerações nisso. Não deixemos que a frieza e insensibilidade tome conta de nossas famílias.

Responsabilidade de conduzir nossas famílias à verdeira fé

Sejam Pais!