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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 37 Domingo, 14.09.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Page 1: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · coisas?” (Rm 8.32). ... José dos Reis Pereira (1964 a 1988); ... dos anos. A tentação primeira que nos vem à mente

1o jornal batista – domingo, 14/09/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 37 Domingo, 14.09.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista ... · coisas?” (Rm 8.32). ... José dos Reis Pereira (1964 a 1988); ... dos anos. A tentação primeira que nos vem à mente

2 o jornal batista – domingo, 14/09/14 reflexão

E D I T O R I A L

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros--quentes. Não ti-

nha rádio e, por deficiência visual, não podia ler jornais, mas, em compensação, ven-dia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada anunciando a mer-cadoria, e ficou por ali gritan-do quando alguém passava: “Olha o cachorro-quente especial!”. E as pessoas com-pravam.

Assim, ele aumentou os pedidos de pão e salsichas, e acabou construindo uma boa mercearia. Então, mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá--lo a tocar o negócio, e algu-ma coisa aconteceu. O filho veio e disse: “Papai, o senhor não tem ouvido o rádio? Não tem lido jornais? Há uma

crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssi-ma!”. Diante disso, o pai pen-sou: “Meu filho estudou na universidade, ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo”. E então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convenci-do: “Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!”.

Com qual dos persona-gens dessa história você se identifica mais? Com o filho, que influenciado pela mídia, conversas e constatações pessoais se deixou levar por uma atitude pessimista com relação às oportunidades que temos nesta vida. Quem escolhe esse caminho passa-

rá o resto da vida vendo as dificuldades e não as possi-bilidades. Ou você se iden-tifica com o pai, que mesmo sem a “segurança” de ser uma pessoa bem informada, acreditou que fazendo o seu melhor e aproveitando as oportunidades seria possível progredir nesta vida?

A Bíblia nos ensina a viver a vida vendo as dificuldades transformadas em desafios. Com a ajuda do nosso Pai Celeste podemos enfrentar qualquer situação saben-do que “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). Porque o nosso Deus garante a sua presença cons-tante em nossas vidas. “Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Js 1.9).

Quando ondas de desâni-mo vierem em sua direção, lembre-se da prova maior do amor e do cuidado de Deus: “Mas Deus prova o seu próprio amor para co-nosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará gra-ciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).

É possível não ser tragado pelo pessimismo da crise. Busque a Deus e responda com confiança: “Crise? Que crise? Deus está comigo”. “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13).

Luiz Roberto Silvado, presidente da Convenção

Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 14/09/14reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A vingança afeta o indivíduo na sua totalidade. Perde--se o controle emo-

cional, espiritual, a saúde e a alegria de viver. O desejo de vingar-se de alguém que nos prejudicou gera mal-estar contínuo na vida daqueles que almejam praticá-la. A pessoa não consegue se livrar daquele que lhe prejudicou. Quanto maior o desejo de vingar-se, maior proximidade com o ofensor. Tal fantasma, a lembrança do mal que lhe foi imposto, assusta e corrói todas as fibras da alma. A Bíblia relata com pormeno-res a vingança que Absalão alimentou contra seu meio irmão Amnon. Durante dois anos Absalão alimentou o desejo de vingar-se do ultraje que Amnon praticou contra Tamar. Conseguiu matar o irmão e, alimentado pelo ódio, tentou matar o próprio pai. Teve um fim trágico im-pulsionado pela vingança.

Carlos Alberto Pereira, pastor da PIB em Três Marias – MG

“Mas Jesus lhes disse: dai--lhes vós de comer. E os dis-cípulos disseram: não temos senão cinco pães e dois pei-xes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo” (Lc 9.13).

A multidão agrupou-se em torno de Jesus para ouvir a sua Pa-lavra. Eram mensa-

gens, ensinos e exortações acerca do Reino de Deus e suas implicações práticas na vida dos homens. Concomi-tantemente às palavras, Jesus atendia as necessidades físi-cas, emocionais e espirituais

A Bíblia recomenda-nos a não ceder lugar à vingança. Jesus recomendou amar os inimigos e orar por eles (Mt 5.44). Tarefa não muito fácil para nós pecadores. Paulo recomenda retribuir o mal que recebemos com orações a favor daqueles que nos pre-judicam - Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar a ira, porque está escrito: “Minha é a vingança, eu recompensarei, diz Se-nhor” (Rm 12.19). Em lugar de vingar-se o apóstolo reco-menda retribuir o mal com boas ações, como diz Roma-nos 12.20. A retribuição ao mal recebido com amor gera na alma do ofensor “brasas de fogo” sobre sua consciência. É a melhor vingança que pode ser aplicada na vida daqueles que nos prejudicam. Vale dizer: a pessoa que nos ofen-deu ou prejudicou passa a vivenciar drama de consciên-cia; sofre pelo mal praticado. Orar pelo inimigo é o me-

daquela multidão. O con-texto do nosso texto âncora, Lucas 9.10-17, nos informa que a ação e operosidade das palavras e curas por parte de Jesus àquela multidão se es-tenderam por todo o dia e o lugar onde estavam era ermo.

Os discípulos, perceben-do a realidade da situação, apressam o Mestre para que despedisse a multidão e a mesma seguisse o seu cami-nho. Jesus, no entanto, lhes interpela, dizendo: “Dai-lhes vós de comer”. É indubitável que Jesus sabia o que fazer e como fazer, pois tem sempre o controle de todas as coisas. Jesus, no entanto, estimulou os discípulos para que inte-ragissem na situação social daquela multidão, para que

lhor remédio que temos para devolver-lhe o mal intentado contra nós. Enquanto oramos pelos inimigos desfrutamos a verdadeira paz e alegria que vem do Senhor.

Tais verdades nos remetem a Jó e seus amigos acusadores. Durante muito tempo, sem compaixão, acusaram Jó de haver pecado contra Deus. É a velha história de ver pecado em todos os que sofrem e jul-gar segundo o padrão da falta de misericórdia. Eles insistiram na acusação. Em nenhum mo-mento revelaram misericórdia ao amigo sofredor. “Você pe-cou. Você pecou”. Já ouvi essa frase maldita inúmeras vezes ao longo do ministério. O acusador crê possuir poderes espirituais maiores do que a misericórdia divina e sente-se no direito de acusar.

Jó possuía todos os motivos válidos para vingar-se dos “amigos”. Mas Deus o orien-tou a não exercer vingança. Ao contrário, mandou que

não ficassem indiferentes às necessidades das pessoas.

A primeira lição que vemos aqui é que Jesus se preocupa com cada um de nós, na in-tegridade do nosso ser. Meu prezado leitor, Deus, na pes-soa de seu Filho Jesus, não está interessado tão somente com a sua alma na eternida-de, mas se preocupa com a mesma no momento presente, pois quer garantir-lhe uma qualidade de vida espiritual e física. Ele mesmo nos diz: “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo 10.10).

A segunda lição que pode-mos extrair do texto é que Jesus não nos estimula a que tenhamos uma vida contem-plativa voltada para nós mes-

Jó orasse pelos amigos (Jó 42.7-10). Aos amigos, Deus ordenou oferecer sacrifícios pelos pecados cometidos e pela errônea concepção que tinham de Deus, do signifi-cado do pecado e do próprio Jó. Ao orar pelos amigos ino-portunos, Jó foi restabelecido ao seu estado de saúde e prosperidade.

Todos temos inimigos. A maioria gratuita. São pesso-as desequilibradas que não conseguem compreender as bênçãos que recebemos. Tais pessoas atravessam o nosso caminho, nos prejudicam e tentam destruir a nossa repu-tação e o patrimônio espiri-tual que edificamos ao longo dos anos. A tentação primeira que nos vem à mente é exer-cer vingança. Temos trunfos que guardamos sobre a pes-soa. Sabemos das suas hi-pocrisias, dos seus pecados e do seu mal caráter. Mas, refeitos dos males recebidos, o Espírito Santo nos conduz

mos, mas que procuremos ações concretas para o bem do nosso próximo e para o meio social em que vivemos. Não podemos ficar indiferen-tes às necessidades sociais e ao sofrimento alheio. Os discípulos “vestiram a camisa do social” e apresentaram as suas propostas para a solução do problema. Jesus mostrou--lhes a solução. Ele operou o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, mas os discípulos fizeram parte da administração divina.

Hoje, Jesus quer interagir em sua vida. No entanto, é necessário que você conver-se com ele, apresente suas necessidades emocionais, físicas e espirituais. Afirmo, sem medo de errar, pelas pró-

a praticar a Palavra de Deus. Descobrimos que a melhor vingança a ser exercida é orar pelos malfeitores. Mais cedo do que pensamos, os ofenso-res entram em crises e alguns até vêm solicitar perdão.

A oração exerce poder curador em nossa alma. Sen-timos compaixão pela mise-rabilidade do ofensor. Perdo-amos, mesmo quando não há arrependimento verdadeiro ou pedido de perdão. A paz de Deus, que excede todo o entendimento humano, passa a dominar o nosso ser.

Ore por seu inimigo, ci-tando seu nome ao Senhor, e o desejo de vingança não o perturbará. Não importa a intensidade do mal recebi-do. Não importa o prejuízo que ele lhe causou. O poder da oração suplanta todas as mazelas do pecado. Ore até conseguir ver seu inimigo como pessoa carente da gra-ça de Cristo. A vingança de Jó funciona.

prias palavras de Jesus, que a primária necessidade de todo o homem é a espiritual. Isso fica patenteado quando afirma: “Mas buscai primei-ro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Aproxime-se de Jesus, convide-o para que entre em seu coração, em seu vi-ver. Ele quer comungar com você. Ele quer conceder-lhe a vida eterna e a salvação da sua alma. Isso não é uma qui-mera futurística, mas é para hoje. Ele nos incita, dizendo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20). Deus lhe abençoe. Amém.

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4 o jornal batista – domingo, 14/09/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Coração não dividido

reflexão

“E lhes darei um só cora-ção, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19).

Ezequiel foi a voz pro-fética do Senhor, em pleno cativeiro ba-bilônico. Em vez de

ficar olhando para o passa-do negativo do seu povo, o profeta descreve promessas divinas de um futuro espiri-tualmente produtivo: “Darei a eles um coração não dividi-do e porei um novo espírito dentro deles. Retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19).

Sempre cercado por povos de cultura idólatra e polite-ísta, o povo hebreu experi-mentou uma história religiosa claudicante. Quando a eco-nomia dos vizinhos ficava em alta, o marketing dos seus sacerdotes predominava, atraindo adoradores judeus e israelitas. Quando a imo-ralidade da idolatria ficava intolerável, o Senhor inter-vinha através da disciplina

dos castigos e das derrotas. A causa dessa inconstância, de acordo com Jeová, era o coração dividido do povo. Era uma lealdade dependente das circunstâncias, em vez de um compromisso interior consciente e amadurecido.

Séculos depois, Jesus reto-ma o mesmo tema do com-promisso. Muito claramente, como sempre foi sua abor-dagem, o Mestre declarou: “Não podeis servir a dois senhores, pois odiareis a um e amareis a outro, ou vos de-dicareis a um e desprezareis o outro” (Mt 6.24a). Hoje, como no passado, aquele que cultiva um “coração di-vidido” descamba para uma vida espiritual de má quali-dade. Cristão dividido entre Cristo e o mundo termina sendo infeliz e insatisfeito em ambos os lados. Nem fica bom cristão, nem fica bom mundano. Se, entretanto, as-sumirmos com fé a atitude de servos de Cristo, Ele nos dará um coração não dividido. Receber “um novo espírito” sempre resulta em uma vida diária feliz e eficientemente espiritual.

Márcio Chagas, pastor da Igreja Batista Lírios de Sião - BA

Certo dia cheguei em casa cansado. Mas antes de dormir fui vencido pelo vício

(da televisão), sentei e com o controle na mão come-cei a passear pelos canais da TV, e embora não fosse minha praia, parei na trans-missão do Festival de Verão de Salvador (ano 2004) para ver uma banda de pop rock (sucesso nacional na época) que tocava – LS Jack. A mú-sica que seria cantada atraiu minha atenção pelo título – Sem Radar – e as palavras introdutórias do vocalista. Um jovem ovacionado pela multidão, embalado pelos sons da fama, lidava com a falta de Deus. E sentindo essa falta ele decidiu compor e expressar isso por meio de sua canção. A primeira estro-fe da música versa: “É só me recompor / Mas eu não sei quem sou / Me falta um pe-daço teu / Preciso me achar / Mas em qualquer lugar estou / Rodando sem direção eu vou...”.

Musica não é somente um instrumento que comunica subjetividade, é também uma ferramenta que estabelece cosmovisão. Por isso as que possuem essa característica, são dignas de serem ouvidas com atenção. “Eu nem sem quem sou”, já se tornou um coro cantado pelo coral dos personagens despersonali-

zados, “vitimados” e prota-gonistas da crescente supre-macia tecnológica, ventre de origem do homem massifica-do. Quem é o homem? Por que sente falta de Deus? A primeira questão (e por con-sequência a segunda) vem se afirmando ao longo do tempo como uma questão digna de cuidadosa atenção. Há mui-tas ciências que se ocupam do estudo do homem. Mas cada uma delas considera a vida humana apenas de um ponto de vista ou aspecto particular. Por essa razão temos antropologias que se dizem e se contradizem, não obstante tenham o mesmo objeto de estudo.

Como é que o homem pode dizer quem ele é sem mentir ou estar equivocado acerca de si mesmo? Somente por meio de uma inteligência humilhada o homem pode ser honesto quanto à compre-ensão de si. Entenda-se por inteligência humilhada o exa-to ponto de equilíbrio entre o fideísmo e o racionalismo. Onde o entendimento não se constrói apenas em um salto de fé, muito menos na camisa de força do racionalismo, mas na razão que se curva ante a revelação (Bíblia) e, a partir dela, tem uma compreensão real, segura e suficiente. Sem a revelação, somos acentua-damente “ignorantes” de nós mesmo.

Se eu entendi bem a letra, ela tem razão, pois viver no mundo sem Deus é andar sem direção, ser morcego

sem radar, sentir o mundo amargo, é viver sem ar em um mundo de oxigênio. É ser residência da angustia, se sentir esquecido pelo olhar supremo, vê a luz do sol se apagar, enfim, é ser presa fá-cil de um niilismo que parece real. Mas não dá para mudar essa realidade escrevendo a própria lei; tentando aliviar, não chorar; se esforçando para apagar memórias que enlouquecem, afinal, essa é uma das melhores maneiras de sabotar a realidade e exis-tir sem viver.

Deus nunca foi embora, ele sempre esteve aqui. Ele é, por certo, o único que pode atribuir sentido à nossa exis-tência. Deus não é apenas sentença, ele é a essência da liberdade, a única liberdade que faz a vida ser MAIÚS-CULA. Liberdade que nos faz continuar querendo (as consequências) amanhã as escolhas de hoje. Deus não entorpece - não é aquele que nos colocou para dormir e quando acordamos perce-bemos que ele foi embora e nos deixou sozinhos e sem esperança, ele é Emanuel, Deus conosco. Ele é a razão que nos dá lucidez para en-frentarmos o cotidiano com humildade (e grandeza) e nos concede garra para encarar-mos os dados (contra)ditos da existência sem rota de fuga, sedativos e/ou subterfúgios.

A pergunta do ser humano por Deus e por si mesmo está intrinsecamente ligada à sua origem e sede de sentido, e

por mais que lhe digam que a sua vida não é nada mais do que ele consegue ver, apenas um produto do acaso, um acidente biológico, há uma suspeita que persiste em lhe fazer pensar sob formidável possibilidade de admitir que há muito mais para se ouvir e ver, do que apenas a realida-de aparente tem a dizer. Que por trás da existência existe uma razão superior e que por mais que a vida pareça travar em contradanças ela está embalada pela soberana maestria teleológica (origem e propósito), como diz o salmista, “Graças te dou, visto que por modo assom-brosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; Os meus ossos não te foram encober-tos, quando no oculto fui for-mado e entretecido como nas profundezas da terra.Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus

dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma de-les!” (Sl 139.14-16).

O homem sente a falta de Deus porque foi concebido conforme à sua imagem, foi criado nele, dele, por ele e para ele como lemos em Romanos 11.36. Todos os nossos movimentos (se em conformidade com a sua vontade já é outra questão) acontecem em Deus quer queiramos ou não, tenha-mos ou não consciência dis-so, aceitemos ou não essa fato, foi isso que Paulo disse, “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: pois dele também somos geração” (At 17.28). Agostinho tinha toda razão quando disse: “Meu coração inquieto não descan-sará enquanto não repousar em ti”.

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5o jornal batista – domingo, 14/09/14reflexão

Flor, Flordelídia Jú-lia, tinha apenas seis anos de idade, mas já estava alfabetizada,

lia fluentemente, não sole-trando como é comum aos que estão se iniciando no universo das letras. E ela gos-tava de ler a Bíblia, imitando sua mãe, que todos os dias separava um tempo para as suas leituras da Palavra de Deus. Era uma criança dócil, amorosa, muito precoce para as realidades da alma. Estava sempre fazendo perguntas para sua mãe para entender o que ia lendo na Bíblia. Certa vez, Júlio, seu pai, chegou à sala e se deparou com a filha em prantos. Assustou-se: “O que foi? Está sentindo alguma dor? Por que você está cho-rando assim?”. Flor enxugou os olhos e ficou em silêncio. O pai insistia: “Filha, diz pro papai por que você está chorando”. Silêncio. Foi per-guntar para a esposa: “O que houve com a Flor? Por que ela está chorando?”. Lídia enxugou as mãos, apagou o fogo do fogão e foi até a sala junto com o marido. Ele não era crente, na ver-dade achava que os crentes eram pessoas ignorantes e supersticiosas. Lídia e Júlio nunca discutiam sobre reli-gião, cada um respeitava a posição do outro. Em tudo o mais se entendiam bem e eram amigos.

Lídia passou a mão sobre os cabelos loiros encaraco-lados da filha e perguntou: “O que houve? Por que o choro? Você sempre conta tudo para a mamãe. Por que está chorando?”. Flor olhou para a mãe, olhou para o pai e, ainda soluçando, pegou a Bíblia que estava aberta so-bre a mesa e apontou com o dedinho para o versículo 16 do último capítulo de Mar-cos. A mãe leu o versículo em voz alta: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será conde-nado”. Antes que Lídia ou Júlio fizessem qualquer outra pergunta, a menina declarou: “Estou triste porque o meu

papai não crê em Jesus; ele será condenado”.

A primeira reação de Júlio foi de raiva. Tomou a Bíblia das mãos da esposa, jogou-a sobre a mesa e disse: “É isso que você está ensinando à nossa filha? Você está colo-cando a Flor contra mim”. Lídia ficou pálida e respon-deu: “Eu nunca disse nada parecido com isso para ela. Ela achou sozinha esse ver-sículo”. Em seguida, com muita ternura, Flor envolveu seu pai em um suave abraço e falou, ainda com os olhos transbordando lágrimas: “Eu amo tanto o meu pai; quero muito que você creia em Je-sus e seja salvo”. Júlio ficou em silêncio.

A noite chegou e todos fo-ram dormir. Lídia ficou se re-volvendo na cama sem poder pegar no sono. A pergunta que não calava em sua mente era: “Como a Flor pode sentir tanta tristeza porque seu pai não crê em Jesus?”. Sem que ela pudesse evitá-las, lágri-mas fora de hora brotaram de seus olhos. Percebendo que Júlio não estava na cama e que a luz da sala estava acesa, Lídia foi até a porta e viu Júlio sentado à mesa com o rosto apoiado nas mãos, lendo a Bíblia. Aproximou--se. O texto que ele tinha diante dos olhos era Marcos 16. “Veja o que está escrito aqui”, disse ele apontando para o versículo 14 e lendo-o em seguida: “Mais tarde Jesus apareceu aos onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dure-za de coração, porque não acreditaram nos que o ti-nham visto depois de ressur-reto”. Disse apenas: “Acho que eu também preciso crer em Jesus como você e a Flor creem”. Naquele momento, em diálogo com a esposa, Júlio abriu seu coração para a fé em Jesus. No dia se-guinte, ao abraçar sua filha, disse-lhe: “Flor querida, não precisa chorar mais. O pa-pai não vai ser condenado. Agora ele também tem fé em Jesus”.

Pedro Paulo da Paixão, diácono da Igreja Batista Central em Realengo – RJ

A Palavra de Deus nos adverte que os últimos dias seriam tempos trabalhosos,

ou seja, dias difíceis, e tudo indica que este tempo já che-gou, basta analisar o que está ocorrendo em nossos dias, tanto em nosso país como em todo o mundo. Em II Ti-móteo 3.1-5 lemos o seguin-te: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presun-çosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afe-to natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstina-dos, orgulhosos, mais amigo dos deleites do que amigos

Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira - SP

Dia 7 de setembro foi comemorado a Independência do Brasil, evento

ocorrido em 1822. O futuro Imperador do Brasil Dom Pedro I proclama a indepen-dência. O Brasil, que era co-lônia de Portugal, torna-se in-dependente, e começa a dar passos largos para se tornar a nação que hoje é. Somos

de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a efi-cácia dela. Destes afasta-te”.

Pelos fatos narrados acima, podemos ver claramente o que está ocorrendo, bastando tão somente acompanhar os noticiários através da impren-sa escrita e falada. O pecado aumenta assustadoramente a cada dia, destruindo vidas tanto de homens, mulheres, jovens e crianças. A triste verdade é que nos dias atuais ninguém se sente seguro nem mesmo dentro da sua própria casa. Então vem a grande pergunta: “Há solução para esse grande problema? A res-posta é sim. A solução desses problemas, por se tratarem de uma crise moral e espiri-tual, não está no governo e nem nos políticos que serão eleitos na próxima Eleição, mas sim, no Evangelho de Jesus Cristo, que é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). E

gratos pela atitude de Dom Pedro I que, corajosamente, fez a sua parte.

No campo espiritual pre-cisamos de independência também. A Bíblia diz que so-mos escravos do pecado; nas-cemos em pecado. O salmista diz que em pecado a sua mãe o concebeu. O pecado afasta o homem de Deus, “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Rm 6.23).

Se queremos ter vida eter-na, se desejamos viver eter-namente, é necessário rom-

nós, como crentes no Senhor Jesus, e que já fomos salvos do pecado e das garras de satanás, precisamos pregar este Evangelho anunciando que a solução de todos os problemas que afetam o ser humano está na pessoa de Je-sus Cristo. Precisamos pregar um Evangelho puro, levando os homens ao arrependimen-to dos seus pecados e uma fé genuína no Senhor Jesus, recebendo-o como Senhor e Salvador de suas vidas.

E foi para isso que fomos salvos, e uma vez salvos, convocados para esta subli-me missão, conforme lemos na Bíblia: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anun-cieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9). Que Deus nos ajude a sermos obedientes ao ide de Jesus.

permos com o pecado. A decisão de abrir mão do pe-cado e abraçar o Evangelho de Cristo é fundamental. Não podemos viver dependentes do pecado, é necessário viver por Cristo e para Cristo. Ser dependente de Jesus.

Quando tomamos essa de-cisão, passamos a ter vida plena, vida completa, e vi-vemos na dependência de Deus. Viva uma vida nova, uma vida que vale a pena ser vivida. E que Deus te abençoe pela escolha que você fez.

O presidente da Junta de Educação Religiosa e Publicações convoca os membros do Conselho Diretor para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 14 de outubro às 10 horas na Capela do Seminário Teológico do Sul do Brasil.

Rio de Janeiro, 06 de setembro 2014.

Luis Antonio Rodriges Vieirapresidente

Convocação

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6 o jornal batista – domingo, 14/09/14 reflexão

Carlos Henrique Falcão, pastor da Igreja Batista da Liberdade - RJ

No calor da como-ção pública que tomou o Brasi l logo após o aci-

dente de avião no dia 13 de agosto, que tirou a vida de Eduardo Campos, candidato a presidente do Brasil, ouvi uma pessoa dizer: “O cara que ia salvar o Brasil mor-reu!”. É claro que tirando as preferências políticas, a frase representa o sonho do brasi-leiro que acreditou na frase: “O Brasil não pode parar”. Esse é o sonho de alguém que desejava ver um Brasil mais justo, onde o doente possa ser tratado dignamente em hospitais públicos, onde os filhos possam chegar à 4ª sé-rie do ensino básico sabendo ler, escrever e interpretar o que leu, onde os pais dessas

Edison Queiroz, pastor da Primeira Igreja Batista Santo André – SP

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo des-cer sobre vocês, e serão mi-nhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (At 1.8).

A “Grande Comis-são” foi o último e mais enfático man-damento do Senhor

Jesus. Nele encontramos qua-tro ênfases da visão de Deus para sua Igreja:

O poder propulsor da vi-são – A obra não é nossa, mas do Senhor, e Ele mesmo capacita seus colaboradores. Daí a necessidade de sermos cheios do Espírito Santo. Paulo disse: “Minha men-sagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demons-tração do poder do Espírito” (I Co 2.4). Se quisermos fa-zer discípulos, precisamos ser revestidos de um poder

crianças possam trabalhar para tirar o sustento da sua família. Este possível salva-dor morreu e resta a alguns brasileiros o sonho de um ideal espalhado aos quatro cantos deste país. Da mesma forma, como vimos morrer outros que pregaram sonhos, como o pastor Martin Luther King Jr., quando emocionou o mundo ao iniciar o discurso com as palavras: “Eu tenho um sonho”. O pastor sonhava com a América sem precon-ceitos. Muitas pessoas que sonharam, influenciaram a so-ciedade e mudaram a história. Outros sonhos morreram com os seus sonhadores.

Temos a tendência de con-fiar em pessoas que possam nos representar nos sonhos e serem o nosso salvador. Os discípulos de Jesus também passaram por este problema. Desejavam profundamente, como todo judeu de sua épo-

sobrenatural, e este poder está à disposição, desde que rendamos totalmente nossas vidas a Deus.

Cada cristão cumprindo a visão – O nível de relaciona-mento com Jesus indicará a efetividade do testemunho; se diário e constante, se re-almente Cristo é Senhor de nossas vidas, com certeza nosso testemunho será real.

A amplitude da Visão – Claro que devemos ter uma visão, mas a pergunta é: a minha visão é a mesma que a de Deus ou é apenas parte dela? Meia obediência não é obediência. Atos 1.8 detalha a visão mundial:

(a) Jerusalém – Devemos ter uma forte visão urbana. Qual é a Jerusalém?

(b) Judéia – É importan-te pesquisar a situação do Evangelho no seu estado. Ainda existem cidades não alcançadas?

(c) Samaria – Muitos peca-dos estão corroendo a nossa nação. Entretanto, o maior deles é o cometido pelas igre-jas na falta de evangelização.

ca, que Jesus os salvassem dos romanos. Era tão forte a ideia, que foram surpreendidos com sua morte e reacenderam suas esperanças com a sua ressur-reição. No evento particular que preparou para seus discí-pulos verem a ascensão, ainda perguntavam: “É agora que Jesus vai arestaurar o reino a Israel?”. Ainda hoje, muitas vezes, limitamos o poder de Jesus somente a libertações pessoais e transitórias. É ago-ra que Jesus vai me livrar do câncer, da falta de água, da fome, etc., e não desfrutamos de Jesus exaltado, à direita de Deus, intercedendo por nós e concedendo vida aos que creem nele.

Para isso, Jesus, o Salva-dor, precisou morrer. Jesus chamou os discípulos e disse que convinha ao Pai que ele morresse para ser o Salvador. Logo em seguida, Pedro ten-tou tirar a ideia da mente de

(d) Confins da terra – Cris-to morreu na cruz para salvar a humanidade. Precisamos alcançar o mundo todo.

O tempo da visão – O tex-to indica ação simultânea. A igreja deve desenvolver estratégias que alcancem ao mesmo tempo a cidade, o estado, a nação e o mundo.

Chega de “animamento”. Precisamos de um avivamen-to espiritual que transforme nossas igrejas e nos traga de volta às bases doutrinárias da Palavra de Deus; que nos leve a experimentar o que é descrito em Gálatas 2.20 – Não mais eu, mas Cristo. Não mais minha vontade, mas a vontade dele; não mais os meus planos, mas os planos dele.

Como resultado, vidas se-rão salvas, igrejas serão plan-tadas e o nome de Cristo será glorificado desde nossas ci-dades até os confins da terra.

Fonte: Extraído do Livro 100 Dias Que Impactarão o Brasil (Publicado pala JMN em 2012)

Jesus dizendo que isso nunca aconteceria (Mt 16.22). É di-fícil pensar que o Salvador precisa morrer. Paulo disse que esta mensagem é “um escândalo para os judeus e loucura para os gregos, mas para os que creem é o poder e a sabedoria de Deus” (I Co 1.23-24). O Salvador precisou morrer porque o salário do pecado é a morte, destinado a todo pecador. Com a sua morte derrotou aquele que tem o poder da morte e, con-sequentemente, derrotou a própria morte, como diz He-breus 2.14-15. Sendo assim, crer em Jesus é morrer para o mundo e seu dominador, para podermos ser entregues somente a Jesus e viver com Ele, e a morte não terá mais domínio sobre a nossa vida, como acontece com Jesus em Romanos 6.8-11.

A mensagem da cruz conti-nua sendo uma loucura por-

que aquele que ouve precisa aceitar sua condição de pe-cador distante de Deus e que Jesus é o único caminho para uma vida eterna na presença de Deus. A mensagem da cruz é uma loucura porque percebo que não posso fazer nada para a minha salvação. Nas questões sociais posso resolver uma série de proble-mas com a ajuda de outras pessoas e com muito esforço. Posso manter aceso o sonho das pessoas que pregaram atitudes que mudam a vida das pessoas. Mas para ir para o céu, para ter Jesus como Salvador, ninguém poderá acrescentar nada ao que já foi feito na cruz. Jesus venceu a morte com o poder de Deus ressuscitando e concedendo a vida eterna a todo o que crê nele. O Salvador morreu, ressuscitou e concede vida. Creia nele e tenha a vida eterna.

Edital de Convocação da 47ª Assembleia da

Associação Batista BetelA Associação Batista Betel, com sede na cidade de Ita-

boraí - RJ, através de sua Diretoria Executiva, devidamen-te representada por seu presidente pastor Lucino Teixeira de Oliveira, CONVOCA, através do presente edital, todos os irmãos das Igrejas Batistas pertencentes à Associação Batista Betel para 47ª Assembleia, que será realizada na Primeira Igreja Batista em Itambi, Rua Djalma Lemos, 459 – Itambi – Itaboraí - RJ, nos dias 27 a 29 de novembro de 2014, com a seguinte ordem do dia:

1ª Sessão – 27/11/2014 – 19h às 21h30h - Instalação de Assembleia, aprovação de Programas, nomeações de Comissões de Indicação e Comissão de Aprovação de Atas, Representação Denominal;

2ª Sessão – 28/11/2014 – 19h às 21h30h - Relatórios da Comissão de Atas, Relatório da Comissão de Indicação, Representação Denominacional;

3ª Sessão – 29/11/2014 – 08h às 13h - Relatório da Comissão de Atas, Relatório do Conselho Administrativo, Relatório do Conselho Fiscal, Relatório das Comissões de Renovação do Conselho, Tempo, Local e Orador; Nomeação da Comissão da Quarta Reforma do Estatuto da Associação Batista Betel, Representação Denominal, Palavra do Amar e Servir, Relatório UFMBB, UHMBB, Eleições Presidente, Relatório ADBERJ e JUBABE, Eleições Vice-Presidentes, Eleições Secretaria e Matérias Pendentes;

14h - Reunião das Organizações;4ª Sessão – 29/11/2014 – 19h às 21h30 - Noite Mis-

sionária – Amar e Servir, Relatório da Comissão de Atas, Posse da Nova Diretoria.

A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convo-cação, com a presença da maioria dos associados e, em segunda convocação, meia hora depois, e em terceira, após sem quorum especial (art.10, § único, do Estatuto).

Itaboraí, 19 de Agosto de 2014.

Pastor Luciano Teixeira de Oliveira(Presidente ABB)

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7o jornal batista – domingo, 14/09/14missões nacionais

Conversões marcam o trabalho

missionário na Tribo Macuxi - RR

Batismos no interior de Sergipe

Ação social fortalece trabalho

missionário na Paraíba

Evangelização no Vale do

Amanhecer - DF

Pessoas foram assistidas por profissionais da saúde e também ouviram a Palavra

Evangelização com irmãos da IB em Ceilândia - DF

Redação de Missões Nacionais

Fazendo menção ao texto “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15), os missio-nários Wanderlei e Solange

Pina, que atuam na tribo Macuxi, em Boa Vista - RR, relatam o testemu-nho de uma família alcançada pelo Evangelho. O primeiro integrante da família a ser alcançado foi Jonaldo Macuxi, que passou a orar pela con-versão da sua casa.

“Ele nunca desistiu e, agora, pode contemplar com alegria a conver-são da sua família. Os deuses dos seus ante-passados não traziam paz, havia brigas, be-bedeiras e prostituição. ‘Era uma vida vazia’, dizia Jonaldo Macuxi. Hoje, ele pode ver e testemunhar que Jesus transforma e dá nova vida. Jonaldo Macuxi e sua família foram alcan-çados pela graça salva-dora de Cristo Jesus”, relatam os obreiros.

Redação de Missões Nacionais

“É b a s t a n t e gratificante o lha rmos para trás e

vermos nos dias atuais os resultados de todo um trabalho desenvolvido com muita responsabi-lidade e compromisso com o Reino do Céu”, declara o missionário Manoel Brás, analisando o avanço do trabalho em Brejo Grande - SE. Recentemente, mais quatro pessoas foram batizadas. E o obreiro espera alcançar a marca de 15 pessoas batizadas até o fim do ano. Antes, apenas um grupo de cinco a dez pessoas participava dos cultos, mas atualmente a frequência varia entre 35 e 40 pessoas.

O Evangelho tem alcançado os corações. Quando o Projeto foi iniciado, as pessoas se escondiam para não receber os missionários em casa, mas agora elas pedem visitas. “São pessoas marcadas pela

Redação de Missões Nacionais

“O chama-do e a o b r a missio-

nária deixam marcas que ecoam pela eternida-de”, afirma o missionário Márcio Fernandes, que atua em Campina Gran-de - PB junto com sua esposa, Rose Fernandes, e filhos. Crendo que o Evangelho transformará mais vidas na cidade, eles têm com-partilhado a Palavra e promovido ações que evidenciam a graça e o amor de Cristo.

E, com o coração grato ao Senhor, eles compartilham o que ele tem feito neste campo missionário. Recente-mente, por meio de uma ação social, 120 pessoas foram assistidas na área da saúde. Na ocasião, muitos tam-bém foram evangelizados e alguns receberam a Cristo.

Os obreiros têm acompanhado as pessoas alcançadas, e pedem

Redação de Missões Nacionais

Segundo os missionários pastor Valdeir e Morgana Contaifer, os moradores da região do Vale do Amanhecer, no Distrito Federal,

viveram dias conturbados em função da violência. “O somatório das drogas, desestruturação familiar, incorporação de espíritos, crença no fatalismo cár-mico e acesso às armas bélicas não traz um bom resultado, pelo contrário, permite que a insegurança campeie e que a resposta violenta seja a tônica do comportamento cotidiano”, afirmam os obreiros.

E certos de que a igreja não deve se isolar, mas ir até as vidas que pre-cisam de Cristo, eles têm promovido ações evangelísticas. “A resposta que estamos oferecendo é a evangeliza-

Jonaldo e sua família agora seguem a Cristo

Pastor Manoel pretende realizar mais batismos até o fim do ano

Ele tem testemunhado ao seu povo que Jesus é a única esperan-ça e que a Salvação está em Jesus Cristo, pois muitos macuxis da Serra da Lua ainda adoram deuses que seus antepassados ensinaram na sua cultura.

“Ainda há muito que fazer, e vamos continuar avançando, pois Jesus quer transformar muitas vidas e famílias naquela região”, afirmam pastor Wanderlei e Solange.

Interceda por esta obra, e também pelos demais projetos missionários realizados entre os indígenas.

idolatria, fortemente influenciadas pelo catolicismo do frei Damião e padre Cícero. Para a glória do Senhor, a influência do Evangelho vem crescendo a cada dia”, relata o missionário.

Interceda pela obra missionária realizada no interior de Sergipe, a fim de que mais vidas sejam alcança-das e transformadas por Cristo. Ore também pelo missionário Manoel Brás e sua família, para que conti-nuem sendo fortalecidos e capaci-tados pelo Senhor.

orações para que a Palavra conti-nue fortalecendo-as. Eles também têm promovido atividades espor-tivas para adolescentes e, assim, novas portas estão se abrindo para que o Evangelho seja com-partilhado.

“Deus nos tem dado a graça de po-der realizar algo para ele. Nossos Pe-quenos Grupos Multiplicadores têm avançado no testemunho de Cristo e abraçado aqueles que respondem à fé”, afirmam os missionários. Inter-ceda por esse ministério.

ção”, contam. Valdeir e Morgana sabem que a oração e a Palavra de Deus produzem resultados.

Com o apoio de membros da Igre-ja Batista em Ceilândia, também do Distrito Federal, os missionários formaram um grupo que foi até as ruas mais conflituosas e distribuíram literatura cristã. A Palavra de Deus foi pregada e alguns irmãos também testemunharam sobre a ação de Cris-to na vida deles. “Oramos com as pessoas. Foi uma bênção. Deus tem nos guardado e nos prosperado no Evangelho”, relatam os missionários.

Apoie esse ministério por meio de suas orações, a fim de que a Palavra continue libertando e transformando vidas na região do Vale do Amanhe-cer – que ainda é conhecido como uma grande comunidade mística.

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8 o jornal batista – domingo, 14/09/14 notícias do brasil batista

Passos para multiplicaçãoRedação de Missões Nacionais

Para que o Brasil seja alcançado para Cris-to, precisamos do aumento do número de cristãos relevantes, que compartilhem o amor de Cristo com as pessoas. Dentro

da visão de multiplicação, baseada no livro de Atos, existem cinco princípios que contribuem para o crescimento de uma igreja saudável: ora-ção; evangelização discipuladora; plantação de igreja; formação de líderes; compaixão e graça.

Esses cinco princípios contribuem, acima de tudo, para a multiplicação, para a expansão do Evangelho. Já há alguns anos, temos apresentado a importância da plantação de igrejas. Um exem-plo disso foi o lançamento do manual Semeando Igrejas Multiplicadoras, que apresenta a grande importância da plantação de igrejas. O conceito de plantação evoluiu, e o foco hoje é a multipli-cação, abrangendo a plantação, mas apontando outras ações tão importantes quanto ela.

“Não estamos falando de acabar com uma es-trutura e abandonar o que temos e fazemos, mas sim de resgatar os valores de multiplicação, no qual cada discípulo é chamado para multiplicar, fazendo um novo discípulo”, explica o pastor Fa-brício Freitas, gerente executivo de Evangelismo.

Multiplicar o número de discípulos e igrejas, orar sem cessar, formar e capacitar novos líderes e ser relevante para a comunidade agindo com compaixão são prioridades no cumprimento da missão da igreja local que precisam estar no

planejamento dos líderes da Igreja do Senhor Jesus. Obviamente isso tudo dá muito trabalho, mas como diz o apóstolo Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre atuantes na obra do Senhor, sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil” (I Co 15.58).

A Visão de Igreja Multiplicadora não é um modelo de igreja, mas uma visão de multiplica-ção intencional, baseada em cinco princípios da igreja no Novo Testamento e que busca fazer o maior número de discípulos até a volta do Se-nhor Jesus, servindo tanto para igrejas estabele-cidas quanto para o início de um novo trabalho.

Precisamos resgatar esses princípios. Hoje, Deus nos chama para uma multiplicação de discípulos, de ações que o glorifiquem. Esta-mos defendendo uma visão de multiplicação intencional, baseada em cinco princípios que ajudarão as igrejas no cumprimento da Gran-de Comissão, seguindo o exemplo da Igreja Neotestamentária, que agia fazendo discípu-los, orando de maneira abundante, formando líderes, plantando intencionalmente novas igrejas, e sendo relevante por meio de ações de compaixão. É assim que queremos que seja sua vida e igreja. Junte-se a nós na conquista da Pátria para Cristo!

Tenha acesso a todo o material da Campanha de Missões Nacionais, também disponível para download em www.campanhamultiplique.com

Fernando Brandão, pastor

Investir em Missões é um privilégio. Dedicar a vida e os recursos finan-ceiros à Obra do Senhor

é um testemunho vivo de fi-delidade à expansão do Rei-no de Deus aqui na terra. O interesse pela obra missio-nária é um reflexo claro do grau de comprometimento de cada crente com a Gran-de Comissão. Há milhões de pessoas que dependem daqueles que obedecem à determinação do Senhor Jesus para proclamar o Evan-gelho da Salvação. São vidas preciosas que precisam ser tocadas com a Palavra do Senhor. Elas estão em todos os lugares, todos os dias, disponíveis para ser alcança-

das por meio de um relacio-namento discipulador.

O Brasil está pronto para a colheita. Basta nos dedi-carmos mais à oração sem cessar, à evangelização discipuladora, à plantação de igrejas, à formação de líderes, e agirmos com com-paixão e graça para multi-plicar o número de discí-pulos exponencialmente. Mas para isso, é preciso que cada pastor invista mais em missões, pois temos inúme-ras oportunidades em todo o Brasil para iniciar novos projetos missionários, e isso depende da participação efetiva de toda a liderança em motivar a sua respectiva igreja. Precisamos de mais investimentos para iniciar-mos novos projetos e alcan-

çarmos mais pessoas com a Palavra de Deus.

Sonhamos ampliar o nú-mero de projetos missio-nários com os ribeirinhos na Amazônia, enviar mais obreiros para a zona rural do sertão nordestino, mais mis-sionários para trabalhar entre os povos indígenas, iniciar novas plantações de igrejas em áreas estratégicas, abrir novas Cristolândias, alcançar mais presídios com equipes missionárias, evangelizar mais pessoas de outros paí-ses que estão vivendo aqui no Brasil, ampliar o trabalho de evangelização de surdos, enviar mais missionários para o sul do Brasil, etc.

São tantos os sonhos, mas isso depende do envolvi-mento de cada igreja na

campanha anual de Missões Nacionais. Por isso, rogamos a Deus que os pastores e suas igrejas levantem uma grande oferta de amor e compaixão este ano para que muitas vi-das sejam abençoadas com a Salvação em Cristo Jesus. O esforço valerá a pena, pois os recursos serão investidos na implementação de novos projetos que, com certeza, abençoarão muitas vidas e o nome do Senhor Jesus será glorificado.

A chama missionária não pode se apagar! Não pode-mos recuar. Precisamos conti-nuar avançando na conquista da Pátria para Cristo. Isso requer, naturalmente, o en-volvimento de toda a nossa liderança.

Estimado pastor, contamos com a sua motivação em

mais esta campanha para atingirmos o alvo de 17 milhões de reais. Graças a Deus temos avançado, mas ainda há muita terra para se conquistar, como dizia o saudoso missionário Lewis M. Bratcher.

Aos promotores de missões

Aproveito o momento para lhe agradecer, meu querido promotor de missões, por-que sua dedicação e com-prometimento com a causa do Mestre tem proporciona-do que a Obra avance em nosso país. Conto contigo em mais esta campanha de Missões Nacionais para le-vantarmos uma oferta maior do que a do ano passado e atingirmos o alvo global de 17 milhões.

Pastor, você é fundamental!

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9o jornal batista – domingo, 14/09/14notícias do brasil batista

Passos para multiplicação

Tenha acesso a todo o material da Campanha de Missões Nacionais, também disponível para download em www.campanhamultiplique.com

Todos nós queremos um Brasil transformado pelo poder do Evangelho, livre das injustiças, dos

problemas sociais e usufruindo da verdadeira liberdade que só há em Cristo. Como povo de Deus, precisamos agir em favor do nosso povo.

Visando mobilizar o povo batista a orar pela nossa nação, reunindo pastores e líderes para esta causa, a Convenção Batista Brasileira lançará a Semana de Clamor pelo Brasil, de 28 de se-tembro a 5 de outubro de 2014.

Nosso alvo é atingir 6 mil igre-jas e congregações, formando um total de 100 mil interces-sores em todo o país. Envolva--se nesta campanha, faça parte desta mobilização!

É por meio da oração que levantaremos um clamor para proporcionarmos uma mudança espiritual ao povo brasileiro.

Veja a programação da Semana de Clamor pelo Brasil

28/09 (domingo) – Lançamento com 12 horas de jejum e oração

Cada igreja organizará um reló-gio de oração durante 12 horas, começando às 9h e terminando às 21h do dia 28 de setembro. Cada membro da igreja se com-prometerá a orar pelo Brasil em um ou mais intervalos de 10 mi-nutos, formando uma corrente de 12 horas ininterruptas de oração. Cada membro estabelecerá o seu próprio tempo e modo de jejum. Essa ação vai abrir a Semana de Clamor pela Nação.

29/09 a 04/10 – Semana de Ora-ção – Pequenos Grupos

De segunda-feira (30/09) a sábado (04/10), as igrejas devem se reunir para orar em seis opor-tunidades durante a semana, seja no templo ou nas casas. A igreja pode agendar reuniões específicas para essa finalidade ou aproveitar os programas que já acontecem regularmente durante a semana, como culto de oração, encontros de Peque-nos Grupos Multiplicadores, reuniões de ministérios e de-partamentos. Essas reuniões de oração também podem ser rea-lizadas pelas próprias famílias, no culto de oração doméstico, em pequenos grupos de até 15 pessoas.

02/10 (quinta-feira) – Líderes em Oração

Queremos incentivar os pastores e líderes das cidades a se reunirem no dia 2 de outubro, para orar em favor da nossa Pátria. Nosso desejo é que em cada região do Brasil tenhamos pastores e líderes reunidos, clamando pela transfor-mação do Brasil e pela unidade do Povo de Deus.

03/10 (sexta-feira) – Vigília de Oração pelo Brasil

05/10 (domingo) – Culto de En-cerramento – Clamor pelo Brasil

No dia 5 de outubro as igrejas usarão a temática do Clamor pelo Brasil em suas celebrações, encerrando, assim, a Campanha.

Minuto de Oração – Todos os dias

Disponibilizaremos no site www.missoesnacionais.com.br motivos de oração pelo nosso Brasil.

Participe da Semana de Clamor pelo Brasil

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Francisco Bonato Pereira, pastor e membro do Conselho Editorial de OJB

Os b a t i s t a s d e Pernambuco se reuniram na 41ª Assembleia Anu-

al da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), na Ca-pela David Mein do STBNB, em Recife - PE, no período de 3 a 5 de abril de 2014, para receber os relatórios das atividades realizadas no ano convencional, deliberar sobre o planejamento do trabalho cooperativo e para momentos de comunhão e de louvor a Deus, sob o tema “Família, o ideal de Deus para o ser humano”, tendo como divisa “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15b). A As-sembleia, numerada como 41ª (contada da fusão das antecessoras) de fato é a 114ª contada desde a or-ganização da União Batista Leão do Norte (1900), se-gundo histórico aprovado em Assembleia (2011).

A sessão de abertura foi iniciada às 19h30m do dia 3 de abril, com a mesa forma-da pela Diretoria da CBPE - pastor Ney Silva Ladeia (pre-sidente), pastor Francisco Dias da Silva Filho e diácono Lyncoln Pereira de Araújo (1º e 2º vice-presidentes), profª. Daisy Santos Correa de Oliveira, pastor Neil-ton Ferreira Ramos, pastor Marcelo Leonardo Ximenes, pastor João Batista Marques (1º a 4º secretários), pastor João Marcos Florentino (se-cretário geral), profª. Iracy Araújo Leite (representante da CBB), pastor Baruch Sil-va Bento, pastor Zaqueu Moreira de Oliveira, pastor Israel Dourado Guerra, pas-tor José Almeida Guima-rães (presidentes eméritos) e registrada as ausências do pastor Merval de Souza Rosa e do pastor Ernane Jor-ge de Araújo, presidentes eméritos, face a problemas de saúde. Presentes o pastor Israel Belo de Azevedo (IB Itacuruçá, orador oficial),

pastor Paulo Roberto Dantas (PIB Caruaru, orador oficial), pastor Fernando Brandão (diretor executivo da JMN), pastor João Marcos Barreto (diretor executivo JMM), pas-tor Adilson Santos (orador, coordenador da JMM), pas-tor Adriano Borges (JMM), pastor Mauricio Manuel (JMN) e pastor Alderi Dan-tas (OPB-PE). O presidente declarou instalada a 40ª Assembleia da CBPE, com a presença 768 mensageiros de 221 igrejas, e, após as palavras de boas-vindas do pastor Neilton Ramos, orou ao Deus Altíssimo, rogando ao Senhor a sua orientação para os trabalhos, tendo o plenário entoado o hino oficial: “Ele é Meu e Teu Se-nhor” (hino 202 HCC).

A Assembleia, no primeiro momento deliberativo, no-meou as comissões de apoio e as diretorias da Câmaras Setoriais e, recebeu as no-vas Igrejas: IB Comunidade da Graça, em Caruaru - PE, organizada em 11 de janeiro de 2004, pela IB do Alto Jose Bonifácio, no Recife - PE, com 63 membros; IB Cen-tral em Gravatá, em Gravatá - PE, organizada em 21 de dezembro de 2013, pela IB em Águas Compridas, Olin-da - PE, com 55 membros; IB da Jaqueira, no Recife - PE, organizada em 5 de outubro de 2013, pela IB Capun-ga, em Recife - PE com 62 membros; IB Filadelfia, em Tabatinga, Igarassu - PE, or-ganizada em 28 de julho de 2012, pela IB Vila Cohab Rio Doce, Olinda - PE, com 28 membros; IEB em Sucupira, em Jaboatão dos Guararapes - PE, organizada em 12 de novembro de 2011, pela IEB Curado IV, em Recife - PE, com 62; PIB em Caetés, no município de Caetés - PE, organizada em 18 de junho de 2010, pela IB em Cajuei-ro, em Recife - PE, com 16 membros; PIB em Celeiro, Camaragibe - PE, organizada em 3 de julho de 2010, pela IB Apipucos, em Recife - PE, com 33 membros; PIB no Loteamento Conceição, em

Paulista - PE, organizada em 2 de maio de 2012, pela PIB em Paulista - PE, com 35 membros; PIB em Sitio Fragoso, em Paulista - PE, organizada em 8 de junho de 2013, pela IEB em Rio Doce, em Olinda - PE, com 32 membros; PIB em Ta-batinga, Camaragibe - PE, organizada em 1 de maio de 2010, pela PIB Areias, em Recife - PE, com 33 mem-bros; PIB em Umari, locali-zada no município de Bom Jardim - PE, organizada em 9 de novembro de 2013, pela PIB Carpina - PE, com 17 membros. Registrado a comemoração do centenário da Igreja Batista em São Vi-cente Ferrer, organizada em 22 de outubro de 1914, pela IB Sirigi, pastoreada por Eloy Correa da Oliveira.

Os mensageiros e visitan-tes da assembleia da CBPE ouvimos as mensagens bí-blicas dos oradores – pastor Israel Belo de Azevedo, IB Itacuruçá, orador oficial (dia 3 à noite e dia 4 pela ma-nhã); pastor Jades da Cunha Junior, IB Imperial (dia 4, à noite); pastor Paulo Roberto Dantas, PIB Caruaru, orador oficial (dia 5, pela manhã); pastor Ney Silva Ladeia, IB Capunga, presidente CBPE (dia 5, pela manhã); e pastor Adilson Santos, coordena-dor da JMM, orador (dia 5, noite de missões). Saímos da Assembleia estimulados e desafiados para a Obra do Senhor.

A Assembleia homena-geou os presidentes emé-ritos da Convenção Batista de Pernambuco, entregan-do uma placa gravada em metal, registrando a gra-tidão dos batistas de Per-nambuco pela dedicação aos pastores David Mein ( in memor iam) , Merva l de Sousa Rosa, Baruch da Silva Bento, Ernane Jorge de Araujo, Israel Dourado Guerra, Jose Almeida Gui-marães e Zaqueu Moreira de Oliveira. A Assembleia outorgou o título de pre-sidente emérito ao pastor Miqueas da Paz Barreto.

Os mensageiros da As-sembleia foram edificados com as brilhantes mensagens dos oradores oficiais, pastor Israel Belo de Azevedo (IB Itacuruçá - RJ) e do pastor Paulo Roberto Dantas (PIB Caruaru - PE), abordando o tema “Família, o ideal de Deus para o ser humano”, do presidente, pastor Ney Ladeia, do pastor Adilson Santos (Junta de Missões Mundiais - RJ), na noite de Missões e do pastor Jades da Cunha Junior (IB Rua Im-perial, Recife - PE), na noite da Juventude. As sessões da Assembleia foram inspiradas por cânticos do Coro da IEB Casa Amarela, regido pelo maestro Jorge Arruda, do Coro Sinfônico, regido por Geronimo Brito e do Grupo Raízes, e músicas especiais entoadas por grupos e pelo Coro da Cristolândia Recife.

A Assembleia da CBPE aprovou o relatório do con-selho geral e o balanço fi-nanceiro da CBPE, aprovan-do o parecer do Conselho Fiscal. As Câmaras Setoriais de Educação, de Apoio as Igrejas e Missões, receberam e aprovaram relatórios das instituições vinculadas à CBPE, destacando-se a Área de Missões Estaduais (AME), orientando o serviço de 120 missionários estaduais em 90 municípios, da Coorde-nação de Desenvolvimento de Educação Cristã do Colé-gio Americano Batista (CAB) e da Associação Batista de Assistência Social (Abas), coordenando o Programa PEPE, de evangelização de crianças.

O culto missionário trouxe testemunho de dois obrei-ros e informação do traba-lho missionário estadual em mais de 130 cidades e distritos, envolvendo 120 missionários. O presidente da Cevam pastor Rinaldo Dias de Oliveira e o coorde-nador pastor Eliezer Moreira, lançaram a Campanha de Missões Estaduais 2013, sob o tema – “A hora chegou! É tempo de colher”. O culto, pregação do pastor Adilson

Santos e oração ao Senhor da seara pelo despertar de vocações.

O Congresso da Juventude Batista de Pernambuco foi realizado no dia 4 de abril, no templo da IB Emanuel em Boa Viagem e encerrado a noite da Capela David Mein do STBNB, com celebração do da “Juventude que se importa”, com apresentação de músicas e testemunhos e pregação do pastor Jades da Cunha Junior (IB Imperial, Recife).

Os batistas de Pernam-buco, no momento em que nos reunimos nesta Assem-bleia, celebramos o 114º aniversário de organização da União Batista Leão do Norte, a gênese da Con-venção Batista de Pernam-buco, no templo da PIB Recife, em 31 de dezembro de 1900, sob direção do missionário Salomão Gins-burg, com sete igrejas, mu-dando o nome (1914) para Convenção Batista Regio-nal, ao incorporar igrejas de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Sucedi-da pela Convenção Batista Pernambucana (1923-1973) e pela Convenção Batista Evangelizadora de Pernam-buco (1940-1973), fundidas (1973) como Convenção Batis ta de Pernambuco. Hoje os batistas de Per-nambuco implantaram uma igreja ou uma missão em cada município e no distri-to de Fernando de Noronha e caminham para atingir os distritos e povoados desta terra do Leão do Norte com a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo.

A Assembleia transcorreu em ambiente de harmonia, com as discussões respei-tando as opiniões divergen-tes. Os mensageiros tiveram oportunidade de ouvir os relatórios dos trabalhos coo-perativos, de ser desafiados para novas tarefas e des-frutaram de momentos de fraterna amizade cristã.

Ao Senhor sejam dadas honra, glória e louvor para sempre. Amém.

Batistas de Pernambuco realizam 114a Assembleia anual

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11o jornal batista – domingo, 14/09/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Há um ano, os mis-sionários Marcos e L ív ia Ramos iniciaram as ati-

vidades do Programa de Ajuda, Reabilitação e Espe-rança (Pare) em Medellín, na Colômbia. Os sonhos eram ousados, mas a rea-lidade ainda muito tímida. O Programa começou com apenas algumas cadeiras e um pequeno grupo de jovens, homens e mulheres que lutavam para sair das drogas e da prostituição. Hoje, ao completar um ano, o Pare tem muitas bênçãos para compartilhar. São vidas que encontraram o verda-deiro caminho.

“Com muita oração e je-jum, muitas outras pessoas foram chegando. São pessoas com os mais diversos tipos de problemas: álcool, fim de relacionamentos, etc.”, conta o pastor Marcos Ramos.

Deus agiu através do disci-pulado feito pelos missioná-rios e do apoio de voluntários que investiram seus dons, talentos e tempo por amor a essas pessoas que andavam sem direção, sem esperança.

Rodrigo Zuliani, pastor, missionário da JMM na Itália

Foi em 2007, durante uma Semana Teoló-gica promovida pelo Seminário Batista do

Nordeste Paulista, que en-tendi meu chamado para plantar igrejas na Itália. O palestrante convidado foi o pastor Fabiano Nicodemo, missionário da JMM na Itália há 15 anos. Ele falou sobre a triste realidade espiritual da Itália e ministrou no texto de Mateus 9.35-38. A partir daquele momento, passei a orar com minha família sobre a possibilidade de também sermos missionários na Itália. Eu pastoreei a Primeira Igreja Batista em Santa Rita do Pas-sa Quatro - SP durante sete anos. Nos apresentamos a Missões Mundiais em 2012, passamos pelo treinamento no ano passado e, este ano, seguimos para a Itália.

“São vidas que tomaram um novo caminho com Deus, olharam para aquele que estava mudando suas vidas: Jesus”, declara Lívia.

Marcos conta que no come-ço o Programa tinha apenas 10 pessoas em suas reuniões, todas jovens. Eles tinham tempo para a Palavra, brin-cadeiras e comunhão durante as refeições.

Três meses depois, com o apoio da oitava turma do programa Radical Latino--Americano e de voluntários, as pessoas recebidas pelo Programa se animaram em receber o Evangelho, alimen-tação e terapia.

“Por dia, nós atendíamos 60 pessoas no turno da tarde e noite. Os resultados foram

Reconhecida mundial-mente como meta turística, cultural e gastronômica, hoje a Itália conta com 60 milhões de habitantes e tem uma expectativa de vida de 79 anos para os ho-mens e de 84 anos para as mulheres. No entanto, essa população não tem a expec-tativa de uma vida eterna ao lado de Jesus Cristo. Mesmo sendo uma nação extrema-mente religiosa, não possui, na sua maioria, um rela-cionamento com Deus por meio do Salvador. Muitos desconhecem a realidade espiritual na qual vive o povo italiano. Veja alguns dados sobre o país:

• 60 milhões de habitan-tes, mas apenas 0,5% de evangélicos;

• 35.000 municípios, mas apenas 1.500 possuem algum ajuntamento de servos de Deus;

• 01 pastor para cada 380.000 habitantes;

maravilhosos. Vidas foram tocadas pelo Espírito Santo, abandonaram as drogas, a prostituição, e a cada dia o Senhor agrega mais pessoas”, diz Marcos.

Em outubro de 2013, ven-do a necessidade de ajudar mais pessoas, o casal missio-nário incluiu no Programa a oferta de café da manhã, com direito a banho e culto. De início, 20 pessoas passaram a ir ao café, logo depois este número subiu para 70 só pela manhã.

Segundo o pastor Marcos, atualmente o Programa aten-de 160 pessoas por dia. Elas recebem alimentação, te-rapia, banho, acompanha-mento psicológico e médico e, claro, a Palavra de Deus.

• 45 pessoas é a média do número dos membros de uma igreja local.

Diante dessa realidade, a igreja local pode se utilizar da prática esportiva para es-treitar a distância entre ela e a comunidade onde está inseri-da. O esporte é, comprovada-mente, uma excepcional fer-ramenta na proclamação do Evangelho, possuindo uma linguagem universal relevan-te para qualquer cultura. O esporte é uma demonstração poderosa do que Deus tem usado para a evangelização mundial.

Com ações como clínicas e escola de futebol, discipu-lado para atletas, torneios e cursos sobre como implantar ministérios esportivos é que pretendemos plantar igrejas batistas autossustentáveis, di-rigidas pelo Evangelho, além de outras ações mais especí-ficas, entre elas a criação de um ministério para alcançar muçulmanos.

Ele viu a glória de Deus mu-dando pessoas e trazendo felicidade onde não havia motivos.

“O Pare não para porque Deus deseja que todos sejam salvos. Deus nos permite caminhar para a segunda fase do Programa, a fase da internação. Tínhamos cinco pessoas prontas para serem internadas, mas não tínha-mos um lugar para recebê--las. Felizmente, Deus nos deu uma casa pronta para a fase da internação. Ela fica próximo a outra unidade.”, conta.

Hoje o Pare já tem 15 in-ternos. Eles recebem o es-sencial para o processo de transformação e reabilitação completa.

Para que possamos desen-volver tudo o que Deus tem colocado diante de mim e da minha esposa - a missionária Elaine -, e dos meus filhos

“Podemos ver essa mudan-ça de vida claramente na vida de todos os nossos internos”, diz Lívia.

A visão do casal missioná-rio para os próximos meses é estruturar as duas fases já iniciadas e avançar para outra cidade em parceria com a convenção batista local.

“Atualmente temos a bên-ção de ter alugado, junto com a Convenção Batista Colombiana, uma fazenda em outra cidade para in-ternar os homens. Lá eles poderão fazer trabalhos na área ocupacional, espiritual e social. E, ao mesmo tem-po, as meninas que estão abandonando a prostitui-ção estarão na casa atual, avançando na reabilitação”, conta Marcos.

Neste primeiro ano do Pro-grama, um dos testemunhos que mais marcaram o pastor foi o de um ex-travesti que, ao conhecer mais sobre Jesus em um dos cultos no Pare, decidiu largar as drogas e a prostituição. Ele até fez cirur-gia para a retirada de silicone e hoje está sendo capacitado para ser um pastor.

“Louvo a Deus porque es-ses milagres só quem faz é o Senhor.”, diz Marcos.

(Emanuel e Ester), conto com a sua parceria. Entre em con-tato com Missões Mundiais e saiba como nos apoiar. Escre-va para: [email protected].

Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança completa um ano na

Colômbia

Esporte: uma estratégia para alcançar vidas na Itália

Pastor Rodrigo Zuliani

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12 o jornal batista – domingo, 14/09/14 notícias do brasil batista

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 14/09/14ponto de vista

Adevaldo Alves Nunes, pastor da Igreja Batista Central em Lagoinha - RJ

Iraci Figueiredo Santa-na, filha de João M. Fi-gueiredo e Benedita M. Figueiredo, brasileira,

natural do estado do Rio de Janeiro, da cidade de Cam-pos, nasceu em 05/06/1935. Constituiu família e teve três filhos, 12 netos e 10 bisne-tos. Tomou sua decisão ao lado de Jesus, foi batizada; frequentou durante muitos anos a Igreja Batista Primeiro de Janeiro, onde se dedicou ao trabalho, zelosa pela fa-

Adevaldo Alves Nunes, pastor da Igreja Batista Central em Lagoinha - RJ

Ana Paula Ignácio dos Santos foi uma bem-aventurada (bem feliz), pois

teve o privilégio de ter ao seu lado pessoas que a ama-vam desde que nasceu. Mui-tos passaram e marcaram a sua vida e, com certeza, foram marcadas por ela tam-bém. Natural do estado do Rio de Janeiro, nasceu em 14 de fevereiro de 1978. Seus pais Paulo César Ig-nácio dos Santos e Ivone Ignácio dos Santos sempre a trataram com muito cari-nho e amor. Durante a vida,

mília; fiel ao Senhor em sua jornada cristã.

Gostava de cantar e fre-quentar os trabalhos da sua Igreja. Em oito de julho de 2014 aprovou ao Senhor re-cebê-la. Ficará a saudade e as lembranças, mas a certeza de que a mesma se encontra nos braços do Senhor, desfrutan-do das delícias celestiais. A fa-mília, aos amigos e aos irmãos desejamos que Deus console o coração de cada um e que possamos fazer coro com o apóstolo Paulo: “Onde está ó morte a sua vitória?”. A irmã Iraci é mais que vencedora em Cristo Jesus.

com exemplo de dedicação, a mãe Ivone ensinou Ana Paula a amar a Deus sobre todas as coisas.

Aos 10 anos de idade, ain-da menina, tomou a sua de-

cisão ao lado de Jesuse foi batizada na Primeira Igreja Batista de Cordovil - RJ pelo pastor Jonas, onde serviu ao Senhor durante a juventude, indo posteriormente para

a Igreja Batista Primeiro de Janeiro, onde se dedicava ao ministério da música. Uma das músicas que marcaram essa época foi: “Vou estar lá, quando me chamar”.

Casou-se com Reginaldo dos Santos Pereira. Dessa união nasceu uma linda me-nina, Ana Julia, herança do Senhor, que veio para alegrar a família. Aprovou ao Senhor convocar Ana Paula, como ela mesma disse: “Jesus está me chamando!”. No final da sua vida aqui, ainda no hos-pital, ela gostava de cantar: “Espírito Santo vela por mim. Conte para Deus tudo aquilo que eu preciso, diante das minhas fraquezas, não sei se vou conseguir, Espírito Santo vem olhar por mim”. Com essa oração nos des-pedimos da Ana Paula com a certeza de que o Senhor está cuidando dela por toda a eternidade.

Saudades e lembranças da irmã Iraci Figueiredo Santana

Histórico de Ana Paula Ignácio dos Santos

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14 o jornal batista – domingo, 14/09/14 ponto de vista

Há mui ta gen te em nossas igre-jas com um grau enorme de difi-

culdade na área de relacio-namento. Seja por causa da timidez, seja em função de traumas do passado, com uma porção de preconceitos e atitudes egoístas; com um temperamento explosivo, pavio curto, sem o míni-mo de paciência, gente que critica negativamente, que possui uma postura ácida; pessoas com uma insatis-fação crônica, gente que murmura, pragueja, que age com falsidade, dissimulação, relacionando-se hipocrita-mente. Todas essas tendên-cias e práticas pertencem à natureza de Adão, que herdamos em nossa consti-tuição humana, pecaminosa e perversa. Jeremias trouxe da parte de Deus o seguinte diagnóstico do nosso cora-ção ou da nossa natureza: “O coração é enganoso e incurável, mais que todas as coisas; quem pode conhecê--lo? Eu, o Senhor, examino a mente e provo o coração, para retribuir a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” (Jr 17.9-10).

Moisés Selva Santiago, pastor da Igreja Batista Olaria, Porto Velho - RO

Impetuoso, o príncipe Dom Pedro declarou a separação da colônia bra-sileira de Portugal. É claro

que ele não estava sozinho. E não me refiro à sua guar-da pessoal, insuficiente para pleitear qualquer batalha. Refiro-me às políticas nem tão secretas nutridas pela Ma-çonaria e por outros patriotas que desejavam se separar do colonizador. Era melhor ter um português reinando um Brasil livre, do que o outro luso dominando um Brasil co-lonizado naquele século XIX.

A transição de pai para filho foi mais tranquila do que o esperado. Trocou-se o vermelho luso pelo amarelo brasileiro, permanecendo

Tiago, inspirado pelo Espí-rito Santo, nos dá uma exorta-ção preciosa: “Meus amados irmãos, tende certeza disto: todo homem deve estar pron-to para ouvir, ser tardio para falar e tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1.19-20). A confrontação do apóstolo aqui é muito eficaz. Funciona mesmo. Ele coloca muito bem aqui os três traços vitais de um relacionamento saudável: amor, humildade e mansidão. Então, o amor tem disposição para ouvir o próximo; a humildade sabe esperar o momento para falar e a mansidão não reage ne-gativamente. Jesus era assim. Em todo o seu riquíssimo ministério Ele teve atitudes e atos marcados pelo amor, pela humildade e pela mansi-dão. Deixou muito claro que o seu amor era incomparável (Jo 15.13-14) e que devemos aprender dele que é manso e humilde de coração (Mt 11.29).

O amor, dizem as Escri-turas, “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (I Co 13.4-8). O amor supera preconceitos, diferenças, temperamentos, egoísmo, timidez e quaisquer outros

o verde nas cores oficiais da recém-criada Nação. O funcionalismo público, as Forças Armadas e a classe política logo se adequaram à novidade. Estava criado o Império do Brasil. E o povo?

A Inglaterra ficou fascinada com a nova nação. Aqui ha-via uma terra imensa inunda-da de matéria prima e habita-da por um povo dependente dos produtos de fora. Estava formada a lógica capitalista: “Eu compro de ti os recursos a preço de banana, os trans-formo em produtos, e depois te vendo a preço de ouro”. Então o povo planta e minera mais. Extrai sempre mais da natureza. Eles levam nossas riquezase depois, nos ven-dem caro o que não deixam que fabriquemos.

Caiu a dominação inglesa. A napoleônica e a nazista.

sentimentos que não estão em Cristo Jesus. O amor supera todas as barreiras e fossos estabelecidos pelo homem. O amor perdoa, abençoa, encoraja, compre-ende, aceita e coopera. No amor não há extratos, níveis sociais e econômicos. A lin-guagem do amor é a da acei-tação, do perdão e da festa. O amor ouve, espera e des-cansa naquele que tudo pode (Fp 4.13). No amor não há medo. A linguagem do amor é a da coragem, franqueza, legitimidade e coerência. No verdadeiro amor não há máscaras. O amor olha nos olhos e diz a verdade pura e simples.

A humildade, por sua vez, significa que reconheço a minha pequenez, minhas li-mitações e que sou pó. Como dizia o padre Antonio Vieira, somos pó em pé. Fomos al-cançados pela graça. Perdo-ados por um pecado que não podíamos cobrir e resgatar. Jesus nos libertou a todos pelo seu sangue derramado na cruz. O seu poder se aper-feiçoa em nossa fraqueza, na debilidade.

A humildade é o oposto da arrogância. Devemos re-conhecer sempre as nossas

Passaram-se as grandes guer-ras. Ciclo natural dos impé-rios. Os “irmãos do Norte” surgem no palco das nações como o novo colonizador mundial. Maior exército, co-mércio e tecnologia. Maior dominação jamais vista em tempo algum. E o povo?

O povo continua explo-rando a natureza. Cassiterita, ouro, diamante, ferro, alumí-nio - para as multinacionais. Florestas queimadas se trans-formando em pastos para o mundo comer carne, produ-tos chineses dez vezes mais baratos, programa aeroespa-cial brasileiro incendiado. hidrelétricas faltando água, portos enferrujando a expor-tação, aeroportos superlota-dos, rodovias perigosamente esburacadas, Forças Armadas esquecidas, educação anal-fabeta, saúde na UTI, fábri-

mazelas. Jesus foi humilde de coração: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e hu-milde de coração; e encontra-reis descanso para as vossas almas” (Mt 11.29). Por isso, a humildade sabe ouvir, espe-rar e descansar. Na humilda-de considero o outro superior a mim mesmo. A humildade é uma grande benção de Deus nos relacionamentos. Essa foi a orientação sábia de Paulo aos irmãos em Filipos (Fp 2.5-8). A humildade é a linguagem da igualdade. Todos nos encontramos no mesmo nível – o da cruz.

A mansidão é o terceiro tra-ço vital nos relacionamentos. Ser manso é submeter todos os meus direitos ao Senhor. Depositar a minha pretensa reputação aos seus pés. Jesus sempre foi manso. A mansi-dão é uma atitude da pessoa regenerada, salva pela graça de Deus em Cristo Jesus. Ela nos aponta para a não-reação negativa, para o caminhar a segunda milha, para o sofrer em silêncio e abençoar os que nos perseguem. Signi-fica vivermos em paz com os outros (Rm 12.18). En-tão, a mansidão aprende a ouvir, esperar e descansar.

cas obsoletas, universidade “pagou passou”, transporte público ineficiente, igrejas bestializando multidões, ban-didos desafiando a Justiça, funcionalismo público vicia-do em partidarismo, crianças viciadas na internet, jovens viciados em drogas, políticos viciados em corrupção. Um Brasil do século XXI gerido pela incompetência e me-diocridade que só interessa a quem detém o dinheiro e o poder. E o povo?

Quem ousa falar que há algo de podre, tem o desti-no de Tiradentes. Porém, a vexatória situação está bem escancarada. Estão acabando com a soberania da Pátria. Tornou-se ridículo ter ci-vismo. Tem-se vergonha da honestidade. Iludiram-nos com um bem-estar social dado por bolsas, e não como

Estevão, diante do sofrimen-to, foi manso. Ele possuía o caráter de Cristo, o caráter do Cordeiro que foi para o matadouro mudo, sem abrir a sua boca. O profeta Isaías fala claramente acerca dessa verdade: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).

Que esses traços vitais es-tejam em nós e nos nossos relacionamentos. Que o Se-nhor Jesus Cristo domine completamente as nossas relações a partir do nosso coração. Que a sua paz seja o árbitro em nossos corações e sejamos agradecidos (Cl 3.15). Louvemos a Deus, dig-nifiquemos o seu grandioso nome, pelos nossos irmãos. Não respondamos ao agra-vo. Reconheçamos as nossas profundas limitações, falhas e os nossos defeitos. Então, sejamos prontos para ouvir; tardios para falar e tardios para se irar. A justiça de Deus vai agir na vida daqueles que vivem o amor, a humildade e a mansidão à semelhança de Jesus, nosso Salvador e Senhor.

resultado do trabalho justo, competente e honesto. Subs-tituíram as letras da bandeira por desordem e anarquia. E nem a mídia 24 horas no ar consegue noticiar tanta corrupção.

Não desejo um novo prín-cipe salvador da pátria. Em uma democracia, é o povo que pode salvar a si mesmo, de forma legal e ordeira. De-pois desse 7 de setembro, virão as eleições. O voto é obrigatório, mas ninguém é obrigado a votar em quem não merece ser votado. A escolha é nossa. Se não em-preendermos um esforço para melhorar nossa vida, continuaremos sonhando com mais “7 de setembros” meramente ilusórios. E outra vez cantaremos - sem viver-mos - que “já raiou a liberda-de no horizonte do Brasil”.

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15o jornal batista – domingo, 14/09/14ponto de vista

Mais uma vez es-tamos assistin-do o “filme” de novas eleições.

Os donos do poder no Brasil acionam a lógica política eleitoreira para manter seus feudos e principados. A po-pulação não consegue enten-der ou faz de conta que não entende. A memória do povo continua sendo apagada por promessas e vantagens que raramente são cumpridas por muitos candidatos.

Vivemos um regime patri-monialista, em que o país é propriedade de algumas pessoas e não de todos. Um sistema paternalista em que candidatos conseguem votos usando como moeda de troca cestas básicas ou promessas assemelhadas. A ilusão publi-citária faz com que palavras “mágicas” e sedutoras indu-zam os eleitores a achar que algum “salva pátria” final-mente surgiu. O candidato será bom ou não, dependen-do do publicitário que tem, e não de um consistente plano de trabalho. Assim, está sen-do destruída a ordem social brasileira, sabotando-se as bases do país e fortalecendo a estrutura que mantém de pé os privilégios que alguns “príncipes” têm sobre o resto da população.

Se quem paga a conta é quem manda, então quem pagará a conta do candidato é que vai mandar e transformar o político em seu cabresto na hora de votar um projeto ou de exercer a administração do país. Essa lógica mantém o privilégio dos poderosos acima da lei. As elites do país demonstram seguir a lógica do domínio do poder privado sobre a coisa pública.

Há ainda a máxima “irmão sempre vota em irmão”. Mas isso só deve valer quando o programa do “irmão can-didato” é sadio para o bem da sociedade, se sua vida é coerente com os princí-pios do Evangelho e se tem competência para exercer o eventual mandato.

Votar é coisa séria. Se for para o governo executivo de um estado ou mesmo o do país, o assunto se torna mais delicado ainda, pois será necessário levar em conta a experiência do candidato em governar, uma vez que pode haver candidato que é apenas rótulo e vasilhame, sem conteúdo e experiência de governo ou mesmo can-didato “fabricado” por algum “político mágico” que vive de manuseio semântico para seduzir e ludibriar o leitor emprestando indevidamente

o seu nome e pretensa histó-ria (ou seria “estória”), mas que no fundo deseja mesmo é que seu partido seja domi-nador naquela região para poder “abrir” espaço para mandar e ganhar mais.

Tome cuidado também com discursos de distribui-ção de renda e “conquistas” semelhantes, pois, do que adianta ampliar a distribuição de renda e ampliar assusta-doramente a divida interna do país. Em economia não se faz milagre. Um antigo economista disse que quando manipulamos as estatísticas, um dia elas nos denunciam. A previsão é que nosso país entre em uma grave crise financeira econômica nos próximos semestres especial-mente por conta da dívida in-terna e dos “passes mágicos” de cumprimento de metas sociais. No fundo, novamen-te a classe média vai pagar a conta e a classe menos favorecida, que pensa estar sendo beneficiada, deverá sofrer mais ainda, pois um levantamento das condições do país não se faz apenas com distribuição de renda sem a formação de caráter, sem a educação.

É necessário também levar em conta a vida pessoal do candidato, seu exemplo de

caráter, sua história de vida. É um candidato com quem se possa dialogar ou é explosi-vo, fazendo “barraco” diante de provocações ou situações de crise?

Além disso, como o can-didato se alinha aos ideais cristãos? Este se torna funda-mental ponto de atenção para nós cristãos, pois o poder executivo poderá, com mais vigor e rapidez, pisotear e massacrar nossos ideais bí-blicos de ética e vida. Por exemplo, qual a posição do candidato do poder execu-tivo (prefeito, governador, presidente) em relação às questões fundamentais sobre a vida, sobre o abortamento, sobre os relacionamentos fa-miliares, sobre o conceito de liberdade/direitos fundamen-tais da vida, sobre a forma da união matrimonial, sobre identidade de gênero?

Será necessário também considerar os planos de go-verno do candidato quanto às questões sociais. O can-didato vai apenas ser um distribuidor de dinheiro e assistencialista? Ou vai, além disso, promover o amadure-cimento das populações mais carentes com mais e melhor educação? Com capacitação profissional? Se não vamos manter no país uma popula-

ção de “excluídos acomoda-dos” que ficam com as mãos estendidas sempre esperando alguma esmola, tipo bolsa--família, do governo, sem se preocupar em crescer e contribuir para a construção de um país sólido e com pers-pectivas de futuro.

Como o candidato pensa em trabalhar com a educa-ção? Vamos continuar man-tendo o ensino médio para preparar o aluno para o Enem ou para prepará-lo para a vida? Vamos manter os cur-sos de graduação para pre-parar o aluno para o Enade ou prepará-lo para ser sujeito histórico, um profissional competente?

Como vai lidar com a re-forma tributária? Como vai lidar com a corrupção? O candidato já demonstrou ter um estilo de estadista, empreendedor, vai de fato ser o dirigente ou vai ser “co-mandado” por outros? Como foi a construção de vida po-lítica, de sua experiência de governo?

Esses seriam alguns princí-pios que poderíamos sugerir para a escolha de candida-tos para o poder executivo, mas também para o poder legislativo. Cabe a cada um escolher ser ou não inocente útil nesse jogo.

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