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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 26 Domingo, 28.06.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 28/06/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 26 Domingo, 28.06.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 28/06/15 reflexão

E D I T O R I A L

Você também é filho de Deus!

Quando ace i t a -mos que Cristo é o nosso Senhor e Salvador, tor-

namo-nos filhos de Deus e deixamos de ser criaturas. Ou seja, coerdeiros com Je-sus. Porém, muitas vezes nos colocamos em uma posição divergente dessa realidade. Queremos que Deus, em nome do Seu filho Jesus, faça tudo. Entenda, não estou menosprezando o poder de Deus, mas, acredito e car-rego comigo o pensamento de que Deus é o “Deus do impossível, o possível nós podemos fazer”.

Precisamos dar um stop nas nossas desculpas e parar de jogar a responsabilida-de do que está difícil para Jesus e do que deu errado para satanás. O Senhor nos presenteou com inteligência e discernimento, além dis-so, deixou o Espírito Santo para que façamos escolhas sábias, mediante Sua orien-tação. Afinal, toda ação gera uma reação. Assim, toda es-colha carrega consigo uma consequência, boa ou não.

Eu creio que Deus tem uma missão específica para cada pessoa. Através da sua vida diária de intimida-

de com Cristo você acaba descobrindo qual é a sua. Entretanto, o chamado de todo cristão é o ide. Como você vai exercê-lo é sua sensibilidade cristã quem vai mostrar. Não adian-ta você orar e pedir para Deus “fazer e acontecer” se você não se colocar à disposição. Claro, como já enfatizei, Deus tem poder para isso. Digo mais, Ele não precisa de nós para atuar. Contudo, Ele nos convida a cooperar com o que Ele está fazendo no mundo. Você não está na Terra ainda por acaso.

Portanto, sinalize o Rei-no de Deus através da sua vida, por onde você passar. Deus não vai enviar Jesus novamente à Terra para ir nos lugares onde você e eu podemos estar. Na sua faculdade, ambiente de tra-balho, família, bairro, cida-de, você é o filho de Deus, enviado para proclamar as Boas Novas; você é a exten-são da caminhada de Jesus. Lembre-se: ser cristão é ser um pequeno Cristo.

Paloma Furtado,secretária de Redação de

OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Parabéns, irmão Rolando de Nassau!

Gostaria de parabenizar ao irmão Rolando de Nas-sau pelo belíssimo artigo “Cânticos Contemporâneos”, publicado na edição 23, e também parabenizar ao O Jornal Batista pela matéria publicada. Nós, como Ba-tistas, sempre tivemos hinos maravilhosos no Cantor Cris-tão, que, infelizmente, hoje não tem mais o valor mereci-do. Em muitas igrejas, o CC já está esquecido. O mesmo possui melodias e letras que nos trazem paz, mensagens e apelos em suas próprias entrelinhas.

Em nossos dias, as músicas ou gritarias estão invadindo a igreja em vez de ser o con-trário; decibéis terríveis têm penetrado em nossos templos levando, às vezes, melodias mundanas, cantores que, in-felizmente, não têm pensado no que estão escrevendo.

Dias atrás, escutei em uma rádio aqui no RJ uma en-trevista de uma cantora. O entrevistador perguntou: “Como você compõe suas músicas?”. A entrevistada respondeu: “Eu acordo, tomo café e deixo aconte-cer”. Como uma letra que

precisa alcançar corações contritos, abalados, preci-sando de uma palavra, tem que ser escrita ao acordar, e “deixo acontecer”? Nada contra ser ao acordar, mas precisa vir de Deus. As coi-sas para Deus são as me-lhores, precisam de oração,

conversa com o Espírito Santo, diálogo com Deus. Cantor evangélico não canta para dois senhores, como temos presenciado, um CD gospel e um secular.

Como isso? Letras que fa-lam: “O vento sopra, só ele sabe para onde vai. O vento sabe para onde vai sim, se estiver na vontade do Deus Altíssimo, ai sim ele vai sa-ber para onde vai”. Pessoas cantando, olhando para os lados, sem refletir sobre os cânticos. Tenho certeza de que pastores como Salomão Luiz Ginsburg, Manoel Ave-lino de Souza, entre outros autores de letras do CC e do HCC foram totalmente inspi-rados por Deus para coloca-rem no papel canções vindas do Trono de Deus. Parabéns ao irmão Rolando. Deus o abençoe sempre.

Guilherme Toledo Machado,Primeira Igreja Batista de

Bonsucesso - RJ

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

3o jornal batista – domingo, 28/06/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

“É o pastor!”, diz a menina ao atender o toque da campainha.

Nos lábios, o sorriso de ale-gria e gratidão. “Sou impor-tante”, diz à mãe; “O pastor veio me visitar”. A pequena havia sido submetida a uma intervenção cirúrgica. Como sempre, as famílias da Igre-ja sabem que o pastor não advinha e, tampouco, tem o poder de prever o futuro. Por isso, avisam-nos do que está ocorrendo. Ciente da sua chamada pastoral, o pas-tor procura fazer-se presente nos momentos importantes na vida de suas ovelhas. Dos festejos de aniversários às pequenas cirurgias, sua presença reflete o amor que tem pelas ovelhas e estas por seu guia espiritual. Este in-tercâmbio faz do ministério algo desafiador. Sempre há serviço a ser realizado, com alegria, é claro. Indepen-dente das faixas etárias, ele pastoreia todo o rebanho.

Todos têm acesso aos seus cuidados pastorais.

Isso demanda tempo e de-dicação integral à faina pas-toral. Não há hora específica para o exercício pastoral. As necessidades do rebanho não estão restritas a um horário pré estabelecido por um con-trato de trabalho. Aliás, não há contrato. Persiste o con-trato do servir. Os inciden-tes e acidentes ocorrem nos momentos mais inoportunos. Como nas grandes empresas que funcionam diuturnamen-te, o supervisor está à disposi-ção nas 24 horas do dia para atender um setor que parou de funcionar. Assim, o pastor está à disposição do rebanho a qualquer hora. Pouco im-porta o frio da madrugada, o calor escaldante do meio dia, a chuva da tarde, a brisa do amanhecer. A qualquer momento o pastor é sempre pastor. Claro, nem todos os pastores são pastores. Alguns o são aos domingos durante os cultos, apenas. Outros,

em períodos estabelecidos pela agenda semanal. “Esta semana não posso atendê-lo, minha agenda está lotada”.

As ovelhas sabem que não podem contar com a presen-ça e assistência pastoral em determinados dias da sema-na, estão ocupados em outros afazeres. Igreja e rebanho só no domingo.

Certo pastor fez uma ex-cursão internacional com um grupo de ovelhas. Ao sair da porta do templo, avisou: “Lembrem-se que a partir deste momento não sou mais pastor. Sou apenas um turis-ta. O pastor ficou no templo”. O aviso gerou tristeza nas ovelhas. Desejavam ter o pas-tor como turista a desfrutar as emoções da viagem, mas, sem deixar de ser pastor. O desgaste no relacionamento pastor-ovelha-pastor gerou profundas feridas. Difíceis de ser curadas. As ovelhas não conseguem entender que um profissional possa deixar de sê-lo em momentos predeter-

minados. Em quaisquer cir-cunstâncias, o pastor sempre é pastor. Isso é comprovado quando o pastor em férias visita uma pequena igreja do interior sem pastor efetivo. Despido da gravata, trajes bem à vontade, o pastor de-seja ouvir uma mensagem. Todos se conhecem no pe-queno santuário. Os visitan-tes são apresentados. Quem são aqueles “estranhos”? O pastor visitante se identifica. Há um murmúrio alegre a percorrer a congregação. Há um pastor entre nós. Ele vai trazer a mensagem de Deus para nós. Não há como dizer “Agora não sou pastor”. O jeito é compartilhar o recado de Deus às ovelhas do Se-nhor. Todos se alegram com a presença do pastor. Todos são edificados, inclusive o pastor em férias.

Todas as profissões são necessárias e importantes. Trazem felicidade aos que as executam. O ministério pastoral tem algo que trans-

cende as demais atividades humanas. Trabalhamos com vidas e resultados que extra-polam o presente. Adentram a eternidade para alegria daquele que nos chamou para servi-Lo e daqueles a quem servimos. Faz bem à alma encontrar alguém que nos diz: “Lembra-se de mim? Eu me converti há 40 anos em uma mensagem que o Senhor pregou em tal lugar”. Não é possível lembrar de todos os resultados do mi-nistério. Quem é abençoado não esquece. O pastor sabe que ao atender o chamado divino, o Senhor lhe impôs apenas um objetivo: “Apas-centa as minhas ovelhas”. As ovelhas são do Senhor. O chamado procede do Se-nhor. Servir com alegria é desafio diário. Tudo mais perde o significado se o ser pastor perder esta convicção de chamado. Por isso, o ser pastor nada mais é do que ser pastor a cada minuto do ministério.

É o pastor!

4 o jornal batista – domingo, 28/06/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Fazer como Cristo manda

reflexão

“E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me” (Mc 1.40)

Logo no início do Seu ministério terreno, um leproso aproximou-se de Jesus “E suplicou-

-lhe de joelhos – Se quise-res, podes purificar-me” (Mc 1.40).

Naquele tempo, leproso não tinha o direito de se aproximar de pessoas sau-dáveis. Era contra a Lei. O ter se aproximado de Jesus já revela uma pessoa dis-posta a enfrentar tudo para ter uma vida de saúde, de volta ao convívio social. Tal-vez, por isso, quando Jesus o curou e lhe deu instruções detalhadas, de acordo com a Lei, o recém-restaurado desconsiderou a orientação

do Mestre. Porque, em vez de ir mostrar-se ao sacerdo-te, ele danou a contar para todo mundo, ao ponto de Marcos comentar: “Por isso, Jesus não podia mais entrar publicamente em nenhuma cidade, mas fiava fora, em lugares solitários” (Mc 1.45).

Por que Marcos nos conta este detalhe? Não bastaria dizer que o leproso ficou limpo e parar por aí? Parece que a narrativa completa quer nos dizer mais alguma coisa. Pelo menos, o Espírito deve estar chamando nossa atenção para não negligen-ciarmos os detalhes das ins-truções de Jesus, quando Ele nos abençoa. O Senhor não faz nada por acaso. E Ele quer que obedeçamos Suas instruções, em nossa vida diária. Ainda que não en-tendamos bem Suas ordens, obedecer a Jesus será sempre a nossa melhor atitude.

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Todos nós sabemos quais são os atributos de Deus. As Escrituras também nos falam a

respeito do que Ele é. Exem-plo: Deus é amor, justiça, as-sim costumamos dizer, como tantos outros adjetivos.

No tocante ao que nos atinge - o que sabemos de Deus - isso é sempre posto de lado. Ainda me lembro de uma jovem, no ano de 1971, que frequentou a Igreja por mais de um ano, sem mostrar desejo de passar pelas águas do batismo. Certo dia, ela me perguntou se eu não estranhava o fato. Disse que confiava que Deus estava trabalhando em sua vida. Ato seguinte, perguntou-me se fu-mar era pecado. Eu disse que não sabia, e completei: “Que-ro que Jesus seja teu Senhor, e Ele te mostre o que é pecado. Terei muito menos trabalho, e me sobrará tempo para coisas mais importantes, se eu levar Cristo a ser o pastor das Suas ovelhas, e não eu”. A seguir, expliquei que Paulo nos afir-mara: “Em tudo dê graças”, então, ao acender o cigarro, agradeça a Deus por poder fumá-lo. Dias depois pediu o batismo, dizendo: “Pastor, desde aquele momento não

consegui mais fumar um cigar-ro sequer”.

O fato de sabermos o que Deus é, o que Ele pode, como Ele age, o que ele sente (esse e o mais esquecido), não nos afeta, e isso diminui o poder de vencermos o pecado. Todo saber, sem sentido prático, é um saber inútil. Uma pergun-ta: O que é mais importante: Um cristão ser frequente na igreja, ou aquele que teste-munha de Cristo, quando está entre não cristãos?

A consciência de que Deus está me vendo, em todos os momentos, quebra muitos paradigmas que temos susten-tado desde que o Evangelho chegou ao Brasil. A ideia de que Deus queria que só o povo de Israel fosse santo, anu-lou o chamado missionário de Israel. Não é o lugar que deter-mina se eu reconheço a Deus como meu Senhor. O agir de Deus sempre mostrou que Ele é um Deus missionário. O Egito foi abençoado por causa da presença de José. Raabe foi salva, a mulher samaritana, Naamã, e a cidade inteira de Nínive. Cornélio era oficial romano, todavia, era piedoso, temente a Deus e protetor dos pobres. As curas realizadas por Jesus, aos gentios, sempre foram mais impactantes. Um exemplo disso foi a experi-

ência da mulher siro fenícia. O que dizer então de Rute, a moabita?

Nós olhamos com um certo ar de superioridade sobre os não frequentadores de nossas igrejas. Será que Deus não sen-te tristeza por assim agirmos? O primeiro convertido por meu testemunho, na pequena rua sem saída onde moro, foi um viciado em drogas. Nunca imaginei que isso aconteceria.

A ideia de que o lugar é san-to, e não o Deus santo, que adoramos e servimos, ficou impregnada em nossas mentes de tal forma que, quando es-tamos no trabalho, na escola, ou praticando um esporte, nos esquecemos de que continua-mos na presença de Deus. Esse paradigma é difícil de ser que-brado, pois foi uma transferên-cia cultural do catolicismo para o protestantismo brasileiro, e foi ele que originou os pasto-res clientelísticos e midiáticos de nossos dias. Quando nós, mormente os batistas, nos liber-tarmos desse resquício cultural, em nós encalacrado através dos tempos, sairemos a campo, pois somos mais adeptos do profeta Jonas, do que Cristo, nosso Senhor, que mostrou em Seu viver entre nós, que Deus é universalista, e ama e deseja salvar a todos, e não um ser seletivo e preconceituoso.

Ester Rosa Ribeiro, presidente da UFMBATRIM, Igreja Batista do Passa Três - MG

Um dia desses, fui acompanhar uma das minhas irmãs em uma consulta

médica. Enquanto aguardava do lado de fora, iniciei um diálogo com uma pessoa que esperava para ser atendida. Em meio à conversa, ofereci--lhe um folheto evangelístico. Ela me perguntou então se eu era cristã, respondi que sim. Ela ressaltou que embora fos-se de outra religião, isso não era tão relevante, uma vez que existe um único Deus para todos. “É verdade”, disse

a ela. Mas, a triste realidade no mundo é que, mesmo que Deus possa ser reconhecido como único, nem por isso as pessoas, em sua maioria, O amam, O adoram e O servem como deveriam. Isso aconte-ce porque as pessoas não se importam com o que Ele diz, não dão atenção devida para o que a Palavra de Deus fala e, desta forma, não obedecem ao que Ele ensina. Reconhe-cer que há um só Deus não é o suficiente para agradá-Lo, é preciso segui-Lo conforme os seus ensinamentos.

A conversa continuou. Ela passou a falar de algo que gos-tava de fazer: dançar com as amigas em um salão de fes-tas. De vez em quando, tirava

tempo para ir se divertir as-sim. Mas, um dia ocorreu algo inesperado: estava a dançar, quando, de repente houve um grande tumulto. Achou que fosse alguma confusão, algo até então comum e sem novidades naquele lugar. Entretanto, ficou sabendo que se tratava de uma pessoa que acabara de morrer dançando. Não quis mais con-tinuar, pois toda empolgação que tinha havia terminado na-quele momento. Suas palavras diante daquela situação foram: “Pelo menos morreu fazendo o que gostava”.

Aquela frase me fez pensar na questão de fazer o que se gosta. Lembrei-me de Adão e Eva no Jardim do Éden. Em um certo dia, ambos fizeram

o que achavam ser bom, agra-dável e gostoso. Desde então, colhemos o fruto desta desobe-diência a Deus: a morte. Nos dias de Jesus na terra, muitos escribas, conhecedores da lei, fizeram o que gostavam: andar com vestes longas (aparência religiosa), receber saudação nas ruas, ocupar os primeiros lugares nos encontros e usar a oração como pretexto para executar suas próprias ações. Por outro lado, reportei meus pensamentos para os muitos missionários do passado que deixaram suas casas, paren-tes e famíliares para pregar o Evangelho pelo mundo afora. Esses, com toda convicção, “Morreram fazendo o que Deus gosta”.

Assim, desejo para todos os leitores que terminem seus dias fazendo não aquilo que gostam, mas, o que Deus gosta. E que aquilo que Deus gosta, esteja hoje presente, enquanto vivos, em seus co-rações. Tenho a plena certeza que as pessoas que souberem deste acontecimento, não se espantarão e, sim, glorifica-rão ao Senhor por sua vida. Isso porque, pela graça de Deus, cada qual morreu fa-zendo tudo o que o Pai dos Céus gosta. E estarão para toda eternidade com Ele, porque: “O mundo passa e tudo que nele há, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I Jo 2.16-17).

Deus surpreendente

Pelo menos morreu fazendo o que gostava

5o jornal batista – domingo, 28/06/15reflexão

do Deus vivo”. Tu és o Cris-to que deu a vida por nós, o próprio Deus que desceu à Terra para se envolver e amar a humanidade que Te nega. É este Deus que Pedro conseguia ver.

Atualmente, para a Igre-ja do Senhor, essa resposta fica clara? O mundo, ao se deparar com a Igreja, com as nossas vidas, consegue ver essa resposta? Pedro se lançou para Jesus. Mesmo pecador, ele não desistiu de Cristo e viveu intensamente até ao fim. Hoje a Igreja tem respondido a essa pergunta como? E você, tem vivido essa real verdade, que Jesus é o Cristo, o Cordeiro que des-ceu dos céus, Aquele que te libertou e lhe deu uma nova vida? Ou temos vivido como se Cristo fosse somente mais um profeta carismático que

bem, esta missão é impos-ta aos salvos. “Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obri-gação; e ai de mim se não anunciar o Evangelho” (I Co 9.16).

De onde se conclui que todos nós somos devedores ao pecador sem Cristo. Pau-

move multidões, porém, é esquecido ao anoitecer?

Se a própria Igreja for a Cristo com regras e condi-ções de serviço, buscando gratificações e recompen-sas, como esperamos que o mundo entenda quem Cristo é? Quem tem sido Jesus em sua vida?

Ele é o Filho do Deus vivo, que nos permite acesso dire-to ao Pai. Há uma maneira dessa resposta ser real e no-tável em nossas vidas. Entre-gue-se, assim como Pedro, vá sem limites a Deus, viva o prazer de servir a Cristo, filho do Deus vivo, se lance para encontrá-lo, busque-o inten-samente como se Ele fosse o ar que você respira e a única esperança que você tem. E quer saber a verdade? Sim, Ele é o ar que você respira e é a sua única esperança!

lo exemplifica: “Eu sou de-vedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como aos ignorantes” (Rm 1.14).

Portanto, quem evangeliza é sábio e coloca vidas no endereço do céu, segundo o que diz Provérbios 11.30 e Marcos 16.15b, respecti-vamente.

Thiago André da Costa, seminarista da Igreja Batista da Liberdade - RJ

Chegando Jesus à re-gião de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos:

“Quem os homens dizem que o Filho do Homem é?”. Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profe-tas”. “E vocês, quem dizem que Eu sou?”, perguntou Ele. Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.13-16).

Nessa passagem, relatada em Mateus, Jesus faz duas perguntas aos seus discípu-los. A primeira é: “Quem os homens dizem que o Filho do Homem é?”. Os discípu-los respondem com a incer-

Natanael Menezes Cruz, pastor da Primeira Igreja Batista em Jaboatão - PE

Quando falo de evangelismo os-tensivo, refiro-me ao evangelismo

específico direcionado às necessidades do homem pe-cador. Sem utopia, ou diva-gações filosóficas, abstratas e frias. Um evangelismo que motive a pessoa a se arrepen-der, confessar seus pecados e aceitar Jesus Cristo como Se-nhor e Salvador de sua vida. É verdade que para pregar o Evangelho precisamos de duas realidades essenciais: poder e sabedoria. Paulo é um exemplo; impactado pela mensagem do Evangelho, através de Jesus, no caminho de Damasco, houve rendi-ção, transformação e missão. Este Evangelho deve ser pre-gado na sua essência, na sua verdade, em sua magnitude. Evangelho, que nem sempre é agradável aos ouvidos, todavia, é excelente para o coração.

E v a n g e l h o , d o g r e g o “Evangel iom”, s igni f ica boas novas. Diante de tan-tos motivos estarrecedores, deletérios, amedrontadores, decorrentes da deseducação da fome, da miséria, violên-cia, corrupção, imoralidade, incerteza, confusão, apos-tasia; urge que preguemos o Evangelho com ostensi-vidade, como pregaram os

teza dos homens, “Alguns dizem que é João Batista, Elias, Jeremias ou um dos profetas”. Jesus realizava mi-lagres, expulsava demônios e pregava com sabedoria sobre o Reino de Deus, as pessoas o acompanhavam, iam buscar socorro, porém, não conheciam a Cristo de verdade. Infelizmente, não mudou muita coisa nos dias de hoje. As pessoas ouvem falar de Jesus, ouvem que Ele cura, liberta, contudo, não sa-bem quem Ele é de verdade.

Na época de Jesus, quando as pessoas eram questionadas a respeito de quem Ele era, buscavam uma referência hu-mana ao qual pudessem en-tender e encaixar nos moldes humanos. Até hoje as pessoas tentam colocar Cristo em uma forma humana. Alguns negam conscientemente Sua existên-

apóstolos, nos alvores do cristianismo. “E, tendo ora-do, moveu-se o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam, com ousadia, a Palavra de Deus” (At. 4.31). “E, chamando-os, disseram-lhe que absoluta-mente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: “Julgai vós se é justo diante de Deus, ouvir-nos antes do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At. 4.18-20).

Diante de tais realidades, como Batistas, servos e ser-vas de Jesus, devemos tomar algumas medidas:

Primeira: Priorizar a prega-ção do Evangelho de forma eficaz. Foi isso que Jesus fez e ensinou aos seus apóstolos. “E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mun-do, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt 24.14);

Segunda: Pregá-lo sem ver-gonha e sem medo. “Por-que não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salva-ção de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16);

Terceira: Dar importân-cia à pregação e proclamar com convicção e obediência a Deus, tudo que a pessoa precisa para a redenção de

cia dizendo que o ser humano inventou Deus e o fez de bengala. Outros negam in-conscientemente, pois levam suas vidas como bem enten-dem, indiferentes ao Criador. Uma grande maioria acredita em Deus nos momentos de dificuldades e quando preci-sam de um milagre, depois se afastam, sendo atendidos ou não. Essa relação humana com Deus é consequência da queda do homem, e só atra-vés do Espírito Santo que se tem o entendimento de quem realmente é Jesus, o nosso Salvador.

“E vocês?”. Essa é a se-gunda pergunta de Jesus, direcionada àqueles 12 que andavam com Ele, que di-vidiam a mesa e aprendiam com o Mestre. Simão Pedro responde inspirado pelos céus: “Tu és o Cristo, o Filho

sua alma. Einstein disse que o homem jamais será trans-formado ou conquistado pela ciência e tecnologia, e sim por Deus, através do Seu Evangelho;

Quarta: Todos nós deve-mos pregar o Evangelho, partindo da premissa de que todo salvo quer e deve levar a outros a salvação. Note

Evangelismo ostensivo

“E vocês?”

UFMBFUnião Feminina Missionária Batista FluminenseOrganização da Convenção Batista Fluminense

"Posso todas as coisas naqueie que me fortaiece" (F/. 4.13).

CONVOCAÇÃO

Na qualidade de presidente da União Feminina Missionária Batista Fluminense, em cumprimento ao que preceitua o Artigo 21, inciso I do seu Estatuto, convoco as representantes credenciadas pelas organizações filiadas, para a realização da 100" Assembleia Anual Ordinária, a ser realizada no dia 02 de agosto de 2015, na Primeira Igreja Batista em Leandro, localizada na Estrada Mazomba, 43 - Leandro - Itaguaí, Rio de Janeiro. O programa terá início às 08h30 com término previsto para as 17h.

Niterói, 15 de junho de 2015.

Presidente da UFMBF

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6 o jornal batista – domingo, 28/06/15 reflexão

Jeferson Rodolfo Cristiani-ni, colaborador de OJB

Desde sempre o ser humano teve difi-culdade em lidar com a escolha. Na

maioria das vezes optamos pelo caminho mais curto e rápido. Nosso pragmatis-mo tende a nos levar para o caminho que exija menos esforço. Queremos chegar logo, independentemente por onde caminharemos. Nas bifurcações da vida muitos se perdem e escolhem o ca-minho largo, mas o caminho largo e espaçoso é o cami-nho, segundo as palavras do Mestre Jesus, que leva as pessoas para a condenação. Os prudentes e obedientes a Deus caminham e percorrem pelo caminho estreito, mes-mo que este caminho seja mais doloroso e difícil aos olhos humanos. O resultado do caminho estreito, nas pa-

lavras de Jesus, é esplendoro-so, pois nos leva rumo à vida e salvação.

A religião, como produto da racionalidade humana, apri-siona o ser humano. Religião vem de “religare”; ou seja, religião, na íntegra, é religar o homem a Deus. A religião até tem a proposta de religar o homem a Deus, mas como em tudo que o ser humano coloca a mão ele deturpa, a religião se tornou uma prisão. A religião tenta manipular o Sagrado e, assim, cria regras e mais regras e polariza para o fanatismo e nunca para uma espiritualidade contemplativa, caracterizada pelo serviço ao Senhor Deus e ao próximo. A religião aprisiona o ser hu-mano, que tem a eternidade plantada em seu coração, como está escrito em Eclesias-tes 3.11.

Agostinho de Hipona, te-ólogo do século V, disse: “Quando dois presos olham

pelas grades o lado de fora, um deles olha a lama no chão e o outro olha as es-trelas”. O ser humano pode escolher para onde olhar. O pecado nos escraviza e nos coloca em uma cela escu-ra, fria e vazia da existência humana. É triste, mas o ser humano, aprisionado pelo pecado, acostumado com as limitações do encarcera-mento e dos grilhões olha para as propostas da religião como libertária, mas não as analisa. As propostas de liberdade, enunciadas e en-sinadas pela religião acaba aprisionando novamente o ser humano. A proposta sau-dável e libertária só reside nas palavras do Mestre Jesus. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Tais palavras pro-põem uma relação de vida e de preenchimento do vazio existencial que o ser huma-no possui e que a religião

tenta preencher, mas que só aumenta com suas propostas fraudulentas.

O Evangelho de Jesus Cris-to dá sentido à existência hu-mana e coloca o ser humano em uma saudável, obediente e transformadora relação com Deus. Relação essa que é caracterizada pelo agir de Deus na vida do ser huma-no pecador e escravizado. Relação de libertação. Jesus propôs vida em abundân-cia aos seus discípulos, de acordo com João 10.10. Ele mesmo fez um convite li-bertário diante da multidão: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Jesus veio com a missão de “Proclamar liberdade aos cativos” (Lc 4.8). Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). Ele propõe uma ca-minhada na verdade, pois a única libertação se dá pelo

conhecimento da verdade, e a Verdade de Deus é uma pessoa, Seu Filho. Ele mes-mo disse que a santificação, como processo libertário, se dá pelo conhecimento da Palavra, segundo João 17.17.

É triste saber e ver que o ser humano, aprisionado pelo pecado, olha pelas lacunas da grade e continua vendo a lama da religião e não o brilho das estrelas, ou me-lhor, o brilho da mais linda estrela. Jesus é a Estrela de Davi, como relata Apocalip-se 22.16, a luz do mundo. Liberte-se da religião e pare de olhar para a lama, e veja o brilho da Luz da Estrela de Davi. Jesus, como a Luz do mundo, revela nossas im-perfeições, nossas falhas, os grilhões da religião que nos aprisiona, e nos mostra o ca-minho na direção do coração do Pai. Que a luz da Estrela brilhe na sua vida e promova libertação.

Lama ou estrela?

7o jornal batista – domingo, 28/06/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Mais 11 pessoas foram batizadas na Congregação Batista em Gra-

mado - RS, onde atuam os missionários Renato e Kênia Florêncio. Neste ano, já foram batizadas um total de 14 pesso-as. Segundo os obreiros, cada uma delas tem uma história singular de um encontro trans-formador com o Senhor Jesus. Eles participaram, com outros 48 irmãos, do Seminário “Sou Nova Criatura”, promovido pela Congregação e se fortale-ceram ainda mais na convicção de que deveriam obedecer a ordem do batismo.

Joana, que faz parte do últi-mo grupo de batismo, já havia tido uma experiência com Jesus anos atrás, quando ain-da era solteira, e morava em outro estado. No período da 95ª Assembleia da Conven-ção Batista em Gramado, ela trabalhou como guia turístico de um ônibus de irmãos do

Espírito Santo, onde ouviu muito de Jesus, firmando os passos com Cristo. Ela foi bem acolhida e acompanhada pela Congregação Batista em Gra-mado, chegando ao batismo. “É muito lindo ver e ouvir o seu filho, Pedro Lucca, oran-do. Ambos foram batizados. Sua mãe, Maria, também está se reunindo na Congregação, pois alguns pastores que fi-caram hospedados em sua pousada falaram muito da Congregação para ela”, conta pastor Renato.

Outra pessoa que foi batiza-da é Joice. Ela era alvo de um relacionamento discipulador. O missionário Renato a visitou meses antes da Operação Jesus Transforma (Trans) para orar por Mateus, seu filhinho, pois os médicos não conseguiram identificar a causa de sua febre. Por meio do poder da oração a criança foi curada, para a glória de Deus. Joice começou a frequentar as celebrações, foi visitada por uma equipe da Trans, recebeu estudos bíblicos e, assim, chegou a ser batizada.

Francisco é nordestino e trabalha em um supermerca-do, perto de uma escola que funcionou como base para a Trans, realizada em janeiro de 2015 na cidade. Todos os dias, missionários voluntários da Trans falavam de Jesus para ele. Como foi muito receptivo, recebeu a Jesus e iniciou os estudos bíblicos. Logo foi ini-ciado um Pequeno Grupo Mul-tiplicador (PGM) em sua casa. Os missionários creem que em breve sua esposa também será batizada.

Emmanuel é natural do Con-go, África. Chegou em Porto Alegre - RS sem saber falar português. Logo começou a estudar e a falar português fluentemente, mudando-se para Gramado. Ele chegou a dar aulas de português para um pastor coreano, amigo do pastor Renato. O missionário Renato já desenvolvia um rela-cionamento discipulador com ele, que foi visitado também foi uma dupla de voluntários da Trans e confirmou sua decisão ao lado de Cristo.

Tiago é mais um que foi abor-dado por uma equipe da Trans. Naquele mesmo instante, pas-tor Renato chegou e foi cha-mado para falar um pouco do amor de Deus para ele. Logo, o Tiago foi para um Encontro Jovem no templo e, em segui-da, para o PGM dos jovens. Ele confessou pecados, inclusive o fumo. A Congregação pagou um tratamento para ele e, após um mês de tratamento e muita oração, ele passou a detestar o cigarro. Espontaneamente, ele tirou os alargadores das ore-lhas, recebeu a Jesus de todo o coração e foi batizado para glória de Deus.

Gustavo e Moisés são ami-gos inseparáveis. Os dois são músicos. Eles já tiveram uma passagem pela Congregação um ano atrás e, depois, se afastaram para longe de Deus. Chegaram a ter oportunidade de tocar algumas vezes no ministério de louvor da Con-gregação, e o missionário Re-nato conta que nunca deixou de orar por eles, crendo que voltariam para a comunhão

com o Pai. Deus respondeu as orações. Enviamos uma equipe da Trans para visitá--los. Vários jovens fizeram um louvor em frente às suas casas. Eles foram acolhidos no PGM dos jovens. Começaram a frequentar as madrugadas de oração, junto com o pastor Re-nato. Receberam Jesus em suas vidas e foram libertos da vida de pecado que viviam. Hoje, eles fazem parte do ministério de louvor e têm um ministério de oração diário no templo.

“O texto seria muito grande se fôssemos relatar tudo o que o Espírito Santo tem feito nessas vidas e em tantas outras que fazem parte da vida da nossa Igreja, a Família em Gramado”, afirma pastor Renato Florencio.

Cada testemunho mostra o quanto vale a pena persistir em oração e investimento pela obra missionária. Missões Na-cionais louva ao Senhor pelas vidas alcançadas e também por cada voluntário que tem ajudado na proclamação do Evangelho por meio da Trans e de outros projetos missionários.

Batismos em Gramado - RS

Jovem africano que veio ao Brasil aceitou a Cristo e experimenta nova vidaMãe e filho: gratidão

Comunhão após os batismos Alegria marcou os batismos

8 o jornal batista – domingo, 28/06/15 notícias do brasil batista

Francisco Bonato Pereira, pastor, membro do Conselho Editorial de OJB

Os Batistas de Per-nambuco realiza-ram a 42ª Assem-bleia Anual da

Convenção Batista Pernam-bucana (CBPE), no templo da Igreja Batista Areia Branca, na cidade de Petrolina - PE, no Sertão do São Francisco, entre 30 de abril e 02 de maio de 2015. Na ocasião foram recebidos relatórios, houve planejamento do tra-balho cooperativo, celebra-ção da comunhão e louvor a Deus, sob o tema “Integral-mente submissos a Cristo”, com a divisa “Libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santifica-ção e, por fim, a vida eterna” (Rm 6.22).

A Assembleia foi aberta às 19h30 do dia 30 de abril de 2015, com a mesa dire-tora, composta por: pastor Ney Silva Ladeia (presidente), pastor Francisco Dias da Sil-va Filho e diácono Lyncoln Pereira de Araujo (1º e 2º vice-presidentes), professora Daisy Santos Correa de Oli-veira, pastor Marcelo Leo-nardo Ximenes, pastor João Batista Marques (secretários), pastor João Marcos Florentino (secretário-geral), professora Iracy Araujo Leite e Damares Luna Rodrigues (CBB), pastor Baruch da Silva Bento e pas-

tor Miquéas da Paz Barreto (presidentes eméritos), pastor Valdeck Souza Oliveira (IB Areia Branca, Petrolina) e pas-tor Francisco Alves da Silva (Associação Sertaneja). Tam-bém estiveram presentes o pastor Adriano Borges (JMM), o tenente Ubirajara Almeida (PMPE) e o Conselho de Pla-nejamento e Coordenação da CBPE. Na oportunidade foi registrado o falecimento do pastor Merval de Souza Rosa, em 09 de maio de 2015, no Recife. O presidente, pastor Ney Silva Ladeia instalou a 42ª Assembleia da CBPE, com 330 mensageiros presen-tes, de 144 Igrejas, saudando os convencionais, falando da alegria de estar em Petrolina, cidade que nos acolhe com carinho. A solenidade rece-beu as bandeiras de Petrolina, de Pernambuco e do Brasil, cantando a congregação, de pé, o Hino Nacional. Foi re-citado o tema: “Integralmente submissos a Cristo” e a divisa em Romanos 6.22, assim como entoado o hino oficial “Jesus sempre te amo” (624 CC). Após, o pastor Francisco Dias orou ao Senhor pedindo Sua proteção para a Assem-bleia. O presidente nomeou as Comissões de Arrolamen-to, Jurídico-Parlamentar, de Programa e Diretorias de Câ-maras Setoriais. No momento foram recebidas novas Igre-jas, tais como: Igreja Batista Emanuel do Carpina, orga-nizada em 16/08/2014, pela

SIB Carpina; Igreja Batista em Pereira, em Moreno, organi-zada em 21/05/2011, pela IV IB Centenário no Curado I; Primeira Igreja Batista em Porto de Galinhas, Ipojuca, organizada em 28/12/2013, pela IB Capunga; Igreja Ba-tista Memorial em Pau Ama-relo, Paulista, organizada em 14/01/2012, pela IB Feitosa; Segunda Igreja Batista do Celeiro, Timbi, Camaragibe, organizada em 14/12/2013; Segunda Igreja Batista em Salgueiro, organizada em 05/01/2013, pela Primeira Igreja Batista Afogados da Ingazeira. O pastor Miquéas Barreto recebeu o título de Presidente Emérito, outorga-do na 41ª Assembleia (2014), e o diácono Lyncoln Araújo orou por sua vida, família e ministério.

Os mensageiros foram edi-ficados com as mensagens dos pastores Miqueas Bar-reto (IB Concórdia), Mar-celo Ximenes (IB Jaqueira), Francisco Dias (IB Campo Grande), Sandrino Sales (PIB Ouro Preto) e Ney Ladeia (IB Capunga), abordando o tema “Integralmente submis-sos a Cristo”. Louvaram ao Senhor com músicas “Santo, Santo, Santo”, “Vem, esta e a hora de adoração”, “Aleluia, Aleluia, Aleluia” (HCC 40) e “Calmo, sereno e tranquilo”, dirigidas pelo maestro Apo-lônio Ataíde e Gidel Santos. O Coro da PIB Petrolina - maestro Wanderson Borges -

entoou “Poderoso Santíssimo Deus” e “Renova-me”. Cami-la Azevedo entoou “Salvador Maravilhoso” e Alice Ladeia “Eis-me aqui”.

A assembleia homenageou o pastor Valdemir Luiz dos Santos e a esposa Carmita Santos pelos 65 anos de mi-nistério, apresentando a bio-grafia desses plantadores de Igrejas em slides, preparados pelo pastor Francisco Pereira e a plenária aplaudiu de pé os obreiros que inspiram as novas gerações. Pastor Ney Ladeia entregou diploma ao casal. Os missionários Djanira Alves Machado e José Cícero Bezerra receberam placas ex-pressando o reconhecimento por seus ministérios no Ser-tão. A assembleia manifestou o reconhecimento ao pastor Ney Silva Ladeia, ao comple-tar 15 anos servindo à CBPE como secretário da JEVAM (1992-1997), secretário-geral (1998-2000) e presidente (oito anos).

A Assembleia da CBPE aprovou o Relatório do Con-selho, o Balanço da CBPE e o parecer do Conselho Fiscal, elegeu o Conselho de Coor-de-nação e Planejamento e Conselho Fiscal. As Câmaras Setoriais aprovaram relatórios das instituições da CBPE, destacando Missões Estadu-ais, coordenando 118 mis-sionários em 90 municípios, Educação Cristã, Colégio Americano Batista e Assis-tência Social, coordenando

o Programa de Evangelização de crianças.

No culto missionário, o pastor Neilton Ramos lan-çou a Campanha de Missões Estaduais 2014, sob o tema “Eu me importo”, com teste-munhos da atividade missio-nária. O Coro Infantil da PIB Petrolina entoou “Porque me amou tanto assim”, regido por Deoci Cabral, seguido de momento de oração dirigido pelo pastor Jesiel Barbalho. Pastor Ivanildo Ferreira rela-tou as atividades dos projetos em Escolas e Universidades; pastor João Marcos Floren-tino apresentou os alunos do STBNB envolvidos nos projetos missionários; pastor Marcelo Ximenes trouxe a mensagem “Eu me importo”, despertando vocações para a obra missionária no estado.

A Assembleia elegeu tam-bém a nova diretoria, com-posta por: pastor Emanuel Alírio de Araújo (presidente); pastor Alberto Cristiano de Freitas (1º vice-presidente); pastor Israel Dourado Guerra Filho (2º vice-presidente); Rosemária de Assunção Pal-meira (1ª secretária); Benícia Pereira de Moraes (1ª secretá-ria); Damares Beatriz de Luna Rodrigues (3ª secretária); pastor Adriano de Oliveira Lobo (4º secretário). Pastor Ney Ladeia saudou a nova di-retoria e orou abençoando-a. A Deus sejam dadas honra, glória e louvor para sempre. Amem.

Batistas de Pernambuco realizam 42a Assembleia em Petrolina

9o jornal batista – domingo, 28/06/15notícias do brasil batista

Foi simplesmente ma-ravilhoso poder coo-perar com meus que-ridos irmãos da Igreja

Batista Constantinópolis, em Educandos, Manaus - AM. Convite feito pelo meu ami-go, pastor Adilson Santos, e sua linda equipe do ministé-rio da família.

Finalmente, Amazonas! Acompanhado da minha filha Karina, de 18 anos, tivemos um tempo maravilhoso em Manaus, onde ficamos de 26 de maio a 01 de junho. Já chegamos ministrando em escolas da comunidade. Que crianças lindas! Em todas as apresentações escolares pudemos fortemente motivá--los a aproveitar ao máximo da vida escolar, curtir e fazer boas amizades, respeitando os direitos dos amiguinhos em todos os ambientes: den-tro da sala de aula, durante

Nádja Andrade, coordenadora da MCA Xexéu - PE

“Integralmente Sub-missos a Cristo” é o tema vivencia-do por todos os

Batistas brasileiros este ano. E nós, MCA, decidimos usar esse tema como eixo norte-ador dos cultos de gratidão pelos nove anos do nosso grupo. A temática revela a nossa real intenção cada vez que vamos para uma reunião aprender mais so-bre a vontade de Deus para a vida de cada uma de nós. Buscamos ardentemente submeter nossos planos e

o recreio e, principalmente, fora da escola, onde a vida espera a prática do nosso aprendizado. Fiquei feliz em poder comunicar o amor e o cuidado de Deus de uma forma livre e descontraída, com muita música e teatro de bonecos. E ainda poder ministrar uma aula de inglês, através de músicas cantadas por Karina e os bonecos. Poder contemplar os sorrisos das crianças e os comentários ouvidos por eles, já paga todo o trabalho; e poder viver a nossa vocação ministrando de forma artística, completa tudo.

Pregamos na quarta-feira à noite, onde pude compar-tilhar das bênçãos de Deus na minha vida e da minha família, motivando a Igreja a considerar viver da sua voca-ção. Na quinta-feira pela ma-nhã tivemos a oportunidade

desejos ao senhorio de Cris-to. Aprendemos não mais fazermos a nossa vontade, mas dizer e viver “Seja feita a Tua vontade, assim na ter-ra como no céu” (Mt 6.10).

Submetemos tudo a Ele: louvor, adoração, oração, família, bens, projetos, etc. Tudo é do Mestre e por Ele somos grandemente abençoadas. Somos uma geração bem-aventurada porque perseguimos o ideal de nos tornarmos padrão de submissão a Cristo. Assim como os anjos proclamam que digno é o Cordeiro, nós estamos aprendendo a viver a essência da adora-ção, porque Deus nos criou

de testemunhar do amor de Deus no programa de Rádio FM da Igreja. E, à noite, mi-nistramos com a turma do ministério de esportes, onde o Jujitsu é o carro-chefe para a evangelização. Na sexta-feira, foi o dia em que a Igreja nos presenteou com o famoso passeio pelo rio Amazonas; com direito a presenciar a união dos rios Negro e So-limões. Foi fantástico, Deus é tremendo. Então, paramos para saborear um delicioso peixe da região e, logo após, seguimos para uma oportu-nidade única: nadar com o famoso peixe-boto.

Um momento de aventura foi quando uma canoa com dois residentes ribeirinhos se aproximou do nosso barco trazendo animais selvagens para que pudéssemos tirar fotos. Um bicho preguiça, um jacaré e uma enorme co-

para adorar e esta adoração deve ser vista nas nossas atitudes, pois definem um cristão. Permaneçamos fiéis

bra jiboia, que mais parecia uma anaconda. Não peguei em nenhum, mas minha filha sim. Eu só fotografei, não tive a mesma coragem (risos).

Sexta-feira à noite pude fazer uma apresentação es-pecial onde os pescadores tratam os peixes para a venda e distribuiem no comércio local. O pastor Adilson nos desafiou a cantar e fazer um pequeno show de bonecos; pudemos atrair muitas crian-ças. No final, tivemos cerca de nove crianças aceitando a Jesus e um total de 20, que afirmaram terem feito a ora-ção de convidar Jesus para ser o Senhor de suas vidas. Poder ver este milagre já va-leu a nossa visita a Manaus.

Ore por este ministério, para que mais crianças apare-çam e se tornem verdadeiros discípulos de Jesus. Sábado foi o congresso da família,

neste propósito e ficaremos maravilhadas com o que Deus fará em nossas vidas. Libertas da vontade da car-

onde pudemos ilustrar as pregações do pastor Alípio, grande servo de Deus. A Igre-ja está de parabéns pelo cui-dado com as famílias. Pastor Adílson, e a irmã Silvia, bem como os seus liderados, estão fazendo um tremendo traba-lho, continuando o legado do pastor Jorge Max, ex-pastor da Igreja e atual missionário da JMM em Portugal, Igreja que visitamos em março.

No domingo foram feitas ministrações para toda a Igre-ja e para o ministério infantil no culto à noite. Foi tudo maravilhoso, graças a Deus. Volto a apelar para os nossos artistas vocacionados que as-sumam o seu lugar nas mais brilhantes plataformas deste nosso Brasil lindo, dentro e fora das Igrejas. E que o nome de Jesus possa ser exal-tado, recebendo todo louvor e glória.

ne, estamos nos preparando para recebermos o maior troféu, que será a vida eter-na com Cristo no céu.

Uma aventura no Amazonas

MCA da Congregação Batista em Xexéu - PE - comemora seu 9o aniversario

10 o jornal batista – domingo, 28/06/15 notícias do brasil batista

Edemilson B. de Oliveira e Marta, missionários dos Embaixadores do Rei em Minas Gerais

“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (I Co 11.1).

Em uma geração que se destaca o abandono aos princípios morais básicos norteadores

para uma sociedade justa e coerente, os Embaixadores do Rei do estado de Minas Gerais são desafiados a faze-rem suas escolhas com um lema que vai na contramão do mundo: Sou Embaixa-dor do Rei e meu padrão é Cristo.

Buscando alcançar um pa-drão mais elevado, Cristo, os ERs mineiros são, diariamen-te, submetidos a “verdadeiras provas de fogo” nos diver-sos segmentos de sua vida, que, embora ainda jovem, têm enorme demanda de decisões o tempo todo, quer seja em casa, na escola, nas atividades escolares e extra-escolares, no lazer, no entre-tenimento nas redes sociais, entre outros, sendo levados a refletir: “Estou mostrando ao próximo que sou um re-presentante do Rei Jesus aqui na terra?”.

Buscando orientar e forta-lecer os ERs mineiros a cum-prir o propósito do Rei Jesus nesta geração, desenvolve-mos variadas atividades, quer sejam locais, por meio de cada embaixada, através do seu programa semanal, de âmbito associacional, atra-vés dos Departamento Asso-ciacional de Embaixadores do Rei - DAERs; estadual, através do Departamento Estadual de Embaixadores do Rei - DCER - ou nacional, através do Departamento Nacional de Embaixadores do Rei - DENAER, com uma proposta pedagógica adequa-

da as duas faixas etárias da Organização: juniores, de 09 a 12 anos, e adolescentes, de 13 a 17 anos. Essas propostas visam ajudar na formação do caráter, no desenvolvimento físico e espiritual através de manuais e literaturas prepara-das por profissionais cristãos comprometidos com o Reino de Deus, dinâmicas e, com isso, a organização tem o privilegio de formar homens que fazem a diferença nos diversos segmentos da so-ciedade.

Queremos destacar a seguir algumas dessas atividades:

Em março, iniciamos o Certame Missionário, quan-do, durante os próximos meses, cada embaixada de-verá desenvolver uma sé-rie de atividades de cunho missionário e evangelístico. Visite nosso site para ver a proposta na íntegra; Curso Intensivo para Conselheiro de Embaixadores do Rei, no sul do estado, realizado na Primeira Igreja Batista Pouso Alegre. Tivemos par-ticipação de 15 valorosos homens que, corajosamente, disseram “sim” ao chamado do Rei, aceitando o desafio de organizar e manter em atividade as embaixadas naquela associação; De 27 a 29 realizamos o mesmo curso no norte do estado, na Primeira Igreja Batista Janaú-ba. Dentre 5 alunos, tivemos a presença de uma mulher, a esposa do pastor Maurício de Souza Reis, que assumiu o compromisso de organizar e auxiliar uma Embaixada em sua Igreja. Seja bem--vinda, irmã Angélica!

No mês de abril realizamos o Acampamento Embaixado-res do Rei, do Sudeste de Mi-nas, que aconteceu entre os dias 03 a 05 em Juiz de Fora, na Fazenda da PIB de Juiz de Fora; de 10 a 12 realizamos a oficina para Conselheiro de Embaixadores do Rei Nor-

deste de Minas, na Primeira Igreja Batista Nanuque e de 24 a 26 foi realizado o Curso Intensivo para Conselheiro de Embaixadores do Rei na Primeira Igreja Batista Central de Minas.

Em maio, de 01 a 03 tive-mos o Acampamento de Em-baixadores do Rei do Sul de Minas, a realizar-se em Con-gonhal – Pouso Alegre, com 88 participantes. O orador oficial foi o pastor Adalberto Silva Brasil, da Primeira Igre-ja Batista Santana da Vargem, Sul Mineiro, quando 11 me-ninos receberam o Senhor Je-sus como Salvador e Senhor de suas vidas e outros 03 disseram “sim” ao chamado ministerial.

Pela Graça de Deus temos a alegria de ver o ministé-rio com Embaixadores do Rei crescer em Minas Ge-rais. Igrejas têm reavaliado a importância da Organiza-ção para alcançar juniores e adolescentes das famílias da membresia e dos arredores do templo. E o desafio de ir além continua porque a sociedade a cada dia mais pede socorro.

Devido aos altos índices de criminalidade envolven-do crianças e adolescentes há uma movimentação no Congresso Nacional para aprovação da lei de Redução da Maioridade Penal, diante disso, reafirmamos que nun-ca foi tão atual e necessário investir no ministério com Embaixadores do Rei, que continua construindo me-ninos para não remendar homens. Nosso objetivo é alcançar o maior número de meninos em situação de risco e, através deles, alcan-çar suas famílias pregando o Evangelho salvador do nosso Senhor, o Rei Jesus, provo-cando assim profunda trans-formação no cumprimento do propósito de Deus nesta geração.

Sou Embaixador do Rei e meu padrão é Cristo!

11o jornal batista – domingo, 28/06/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Já faz mais de um século que os batistas brasileiros se organizaram como instituição para levar a

mensagem do Evangelho a povos de todo o mundo. E cumprir a missão deixada por Cristo começou já no primeiro encontro, durante a 1ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em 1907, em Salvador - BA. Ali, mais precisamente no dia 27 de junho, foi organizada a Junta de Missões Estrangeiras (atual Junta de Missões Mundiais) e desde então o ide de Jesus tem sido cumprido por nossa denominação.

Hoje são mais de 1.600 missionários em 86 países em cinco continentes desen-volvendo cerca de 200 pro-jetos que levam a mensagem da esperança em Cristo.

“Desde a sua organização no Brasil, os batistas sempre tiveram a visão missionária, pensando em ganhar todo o país e o mundo. Por isso, há 108 anos foi organizada a Junta de Missões Mundiais”, diz o pastor João Marcos, diretor-executivo da JMM. “São 108 anos de bênçãos,

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Durante a Conferên-cia Missionária Glo-bal, realizada de 11 a 13 de junho na

Primeira Igreja Batista Campus Colina, em São José dos Cam-pos - SP, Missões Mundiais apresentou aos crentes brasi-leiros um pouco da situação vivida pela igreja perseguida em países completamente fe-chados ao Evangelho, como é o caso da China, Coreia do Norte e Irã. Esses três países são conhecidos por sua falta de liberdade e perseguição, velada ou oficial, a cristãos.

Os missionários convidados para a Conferência Missionária Global, promovida por Mis-sões Mundiais em conjunto com agências parceiras, são unânimes em afirmar que a igreja perseguida está resistin-do a todas as dificuldades e contribuindo para a expansão do Evangelho nesses países.

A situação na China foi apre-sentada por um missionário com anos de experiência nesse campo, onde se estima haver 100 milhões de seguidores de Cristo, apesar de toda a repres-são. Regiões montanhosas e iso-ladas, como o Tibete, e o oeste chinês, onde vive um grande número de muçulmanos, tam-

108 anos de muito trabalho, muito esforço, mas também de muita alegria por ver que Deus tem abençoado”, acres-centa.

O envio do primeiro ca-sal ao campo aconteceu em 1911, quatro anos depois da fundação da JMM. Os missio-nários João Jorge e Prelidiana de Oliveira seguiram para Portugal, onde permanece-ram até 1922.

O avanço pelas Américas começou em 1946, quando os missionários Waldomiro e Lygia Motta foram para a Bo-lívia. O ano de 1946 é con-siderado oficial, apesar de parcerias com convenções de países sul-americanos, como o Chile, existirem desde a época da criação da JMM.

“A JMM começou seu tra-balho dentro de uma visão que era alcançar os povos nos países vizinhos ao Brasil e nações de língua portu-

bém são desafios missionários na China. Desde a Revolução Comunista de 1949, é proibi-do ser missionário na China. E durante a chamada Revolução Cultural, empreendida pelo líder chinês Mao Tsé-tung entre os anos 1960 e 1970, bíblias chegaram a ser queimadas. O regime chinês é ateísta.

Na vizinha Coreia do Norte, o regime mais fechado do mun-do obstrui o direito à liberdade religiosa dos seus cidadãos. Na prática, a única religião existente no país é o culto à personalidade do líder norte--coreano e seus antecessores. E a questão da liberdade reli-giosa, no caso norte-coreano,

guesa”, explica o pastor João Marcos.

Foi seguindo essa visão que Missões Mundiais chegou à África em 1971. Moçam-bique, então uma colônia portuguesa, foi o primeiro campo no continente.

“Por uma questão de visão, o trabalho foi se espalhan-do e se estendeu à África e outros países da Europa, além da América Central”, conta o diretor executivo. “Nos últimos 30 anos, fomos para a Ásia e, hoje, estamos empenhados em alcançar essa região e o Norte da Áfri-ca, locais onde há o maior

está totalmente relacionada à violação dos direitos humanos como política de Estado do go-verno de Pyongyang, conforme ressaltou o palestrante, o qual não divulgamos o nome por questões de segurança.

Antes do comunismo, havia mais de 3.800 igrejas em toda a região onde hoje é a Coreia do Norte. Depois da implanta-ção do regime norte-coreano, igrejas foram fechadas uma a uma, pastores foram presos, torturados e mortos. Hoje, quase 70 anos depois da ins-talação do regime, a igreja perseguida resiste mesmo com ameaças e grande perigo para seus membros.

contingente de pessoas que precisam ouvir falar sobre Jesus”, explica.

Pastor João Marcos faz alu-são ao ano de 1984, quando o primeiro missionário che-gou à então colônia portu-guesa de Macau, na China. E em 2015, Missões Mundiais rompe sua última fronteira missionária continental, ao chegar a Papua Nova Guiné, na Oceania.

“Durante muitos anos, nós temos feito esse trabalho de forma bem-sucedida.

Percebemos o quanto abençoamos e fomos aben-çoados”, afirma o pastor João

“Eles arriscam suas vidas todos os dias”, disse o mis-sionário coreano, que contou relatos de pessoas presas, tor-turadas e assassinadas com requintes de crueldade por oficiais do regime apenas por-que serviam a Cristo.

No Oriente Médio, o Irã vive, segundo um missionário do próprio país, uma “colheita dourada”, pois a igreja perse-guida tem avançado naquela nação, sob um regime baseado na religião islâmica.

“O Irã é hoje o país onde o cristianismo avança com mais força em todo o mundo, apesar de todos os esforços contrários por parte do regime

Marcos. “A JMM agrega e permite que pessoas cum-pram o seu chamado. Por isso, temos que falar-lhes sobre a importância de elas participarem orando, doan-do, sendo voluntárias, usan-do suas profissões e atuando como missionárias”, ressalta.

Para o futuro, Missões Mundiais tem como metas chegar a países mais fecha-dos, apoiar a igreja persegui-da e continuar lutando por liberdade religiosa.

“Estamos trabalhando tam-bém com refugiados e no combate à escravidão huma-na. Queremos que as pessoas conheçam a Jesus Cristo, vi-vam a liberdade e sejam liber-tas de toda a servidão”, diz.

Àqueles que contribuem para o sustento da obra mis-sionária mundial, fica a pa-lavra de agradecimento do diretor executivo da JMM: “Não existe trabalho missio-nário que possa prescindir de pessoas que contribuam e orem. Quem vai é importan-te, mas quem fica, ora e con-tribui também é. Agradeço a Deus por sua vida, pedindo a Ele que continue abenço-ando você e trazendo novas pessoas, porque o campo é o mundo”.

dos aiatolás”, declarou.Por causa do fechamento da

sociedade bíblica no país logo após a Revolução Islâmica, em 1979, por muito tempo os crentes que não emigraram e permaneceram no Irã – a igre-ja perseguida – não tiveram acesso à Bíblia. Por isso, o mis-sionário viu a necessidade de investir na tradução e impres-são de exemplares das Escritu-ras e Novos Testamentos em farsi (a língua persa, falada no Irã), que têm sido distribuídos por todo esse país do Oriente Médio. Mais de 1 milhão de Novos Testamentos já foram impressos e entregues.

Para o pastor Carlito Paes, da PIB São José dos Campos - SP, que recebeu a Conferência Missionária Global, a igreja livre tem uma responsabili-dade espiritual e moral com a igreja perseguida e regimes como o norte-coreano devem ser encarados como opressão do inimigo.

“Não vemos humanamente perspectiva alguma de aquele regime cair, mas acreditamos no poder de Deus através da oração. Por muito tempo, ora-mos para que caísse a cortina de ferro da União Soviética e achávamos que seria huma-namente impossível, mas para Deus, o impossível é possível”, conclui.

O Evangelho em países fechados

JMM: 108 anos cumprindo a missão

12 o jornal batista – domingo, 28/06/15 notícias do brasil batista

Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB

Às mães: “Amo o Senhor porque Ele ouve a minha súpli-ca, porque inclina

para mim o Seu ouvido. In-vocá-lo-ei enquanto viver” (Sl 116.1-2). Aos filhos, assim diz o Senhor, nosso Deus: “Filho meu, guarda os mandamentos do seu pai, e não abandones o ensino da tua mãe. Ata--os perpetuamente ao seu coração e pendura-os no teu pescoço. Quando caminha-res, isso te guiara; quando te deitares, te guardará; e quando acordares, falará con-tigo. Porque o mandamento é uma lâmpada e a instrução é uma luz e as repreensões da disciplina são os caminhos da vida” (Sl 6.20-23). O Ministé-rio Desperta Débora é uma benção, oferecendo as mães uma grande oportunidade de orarem pelos seus filhos. Mães de joelhos, filhos de pé. Assim Deus abençoa mães e filhos, unidos pelos laços do amor de Deus.

O Ministério Desperta Dé-bora nasceu no Brasil em maio de 1995 e, este ano, completa 20 anos de glória. É um ministério muito grande, do tamanho do Brasil, que se estendeu em todo o território nacional e em mais de 47 paí-ses dos cinco continentes. São as mães em oração clamando pela Paz com Deus, pelos filhos, que, de geração em geração, são o futuro de uma nação, e assim encontrem a Salvação por Jesus Cristo. É um ministério muito signifi-

Anderson Assunção, pastor da Primeira Igreja Batista de Mustardinha - PE

Nos dias 22, 23 e 24 de maio de 2015 foi realizada na sede Primeira

Igreja Batista de Mustardi-nha, em Recife - PE, uma conferência teológica em co-memoração aos 63 anos de sua fundação, com o tema: “Integralmente Submissos a Cristo”. Por ocasião estive-ram palestrando os pastores Joelson Rocha, da Primeira Igreja Batista de Chã Grande; Aurivan Marinho, ex-presi-dente da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil e pastor da Igreja Evangélica Congregacional da Estância; e o pastor Alderi

cativo, onde participam mu-lheres cristãs evangélicas de várias denominações com o apoio das Igrejas Evangélicas que abrem as portas para as mães orarem pelos seus filhos .É uma grande satisfação para nossa denominação Batista participar deste ministério tão abençoado, e uma alegria em ver nossas irmãs Batistas como coordenadoras, unidas com as demais irmãs em Cris-to das outras denominações para, juntas, se dedicarem às mães em oração.

É admirável ver as mães de joelhos, unidas, de mãos da-das, formando uma corrente de oração em todo o mundo suplicando ao Deus eterno pela proteção dos seus filhos. Este glorioso Ministério Des-perta Débora nasceu de um grande desejo realizado por dois abençoados pastores presbiterianos, pastor Jere-mias Pereira da Silva e sua esposa Ana Maria Silva (In Memoriam) e do pastor Mar-celo Gualberto da Silva. Estes presados pastores, Jeremias e Marcelo, participaram da consulta global sobre Evange-lização mundial – GCOWE - em 1995 na Coreia do Sul em Seul, onde foram consagrados os primeiros 100 mil jovens para a obra missionária. Du-rante esta consagração foi fei-ta uma menção as mães que oraram pelos jovens para que eles fossem abençoados na sua missão de evangelização. Ao voltar ao Brasil os dois pre-zados resolveram lançar um desafio às mães brasileiras: começar um despertamento missionário no Brasil. E assim

Dantas, da Igreja Batista do Arruda e ex-presidente da OPBB-PE.

As três noites foram marca-das por mensagens belíssimas vindas da parte do Senhor, como também foram reche-adas de louvores a Deus. Na sexta-feira, dia 22, o culto foi dirigido pelas Mulheres Cris-tãs em Ação (MCA) local, que convidou grupos femininos

foi realizado o Ministério Des-perta Débora.

A Deus demos glória pelos fundadores, pastores pres-biterianos Jeremias P Silva, atualmente pastor da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte - MG, e pastor Mar-celo G da Silva, atualmente pastor da Comunidade Presbi-teriana Belo Horizonte - MG, e também ocupa o cargo de destaque como diretor Nacio-nal da Mocidade Para Cristo (MPC) no Brasil. O MPC é um grande trabalho de evangeli-zação internacional com 70 anos de glória.

Em relação ao nome es-colhido para o Ministério Desperta Débora, na Bíblia Sagrada, em Juízes, capítulo 5, encontramos o cântico de Débora e no versículo 12 lê-se: “Desperta, desperta Débora” (Jz 5.12) e, no versí-culo 7, Débora fala ao povo de Israel: “Eu, Débora, me levanto por mãe em Israel” (Jz 5.7). Débora era uma mulher Israelita que se tornou histó-rica pela sua consagração ao Deus Eterno. Era uma mulher de oração, consagrada, e mui-to admirável. Era profetisa e juíza (julgava o povo de Israel), sentada debaixo de uma Palmeira chamada Dé-bora. E assim em Israel ela foi comparada a uma Palmeira, que é linda, linear, forte, que não se deixa dominar pelos

das seguintes Igrejas: Igreja Batista Missionária Shekinah, Igreja Batista Vale do Jabo-que, Primeira Igreja Batista missionária da Mangueira, Igreja Batista Nacional em Afogados e Igreja Batista Mis-sionária em Pinheiros. O pregador foi o pastor Joelson Rocha. Já, no sábado, dia 23, o culto foi dirigido pelo presidente do corpo diaconal

ventos da natureza, pois Deus a protege. Assim era Débora, reta, forte, corajosa com sua maneira de ser vitoriosa em defesa do povo de Israel, con-siderada mãe desse povo.

É este nome tão histórico e significativo que representa o Ministério chamado Desperta Débora, pela sua consagração ao Senhor. O Desperta Débo-ra no Brasil é a nível Nacional, com atuação em várias cida-des. A coordenadora Nacional é a senhora Maria Luiza Targi-no (Nina), uma mulher muito consagrada e muito dedicada, que está sempre presente nas atividades das “Déboras” e recebe o apoio de todas as co-ordenadoras do Brasil, como também da assessora Interna-cional, senhora Hélida Paixão e do pastor Marcelo G da Sil-va, diretor Nacional do MPC, onde o Ministério Desperta Débora está ligado. No Brasil as coordenadoras já atingiram 25 mil, todas muito dedicadas; e as mães em oração que es-tão credenciadas já atingiram mais de 100 mil, somente no Brasil. O Ministério das Débo-

e seminarista Daniel Assis. Tivemos a participação da ministra de Música da Igreja local Elaine Cristina e do Irmão Edison Santos Neves, abrilhantando a noite com louvores. A mensagem bíbli-ca ficou por conta do pastor Aurivan Marinho.

No domingo à noite, dia 24, a celebração contou com a direção do pastor Anderson

ras, é um movimento muito aberto, sem discriminação de raças, religião e classes sociais, todas as mães podem participar, principalmente as mães que têm dificuldades no seu relacionamento com filhos. Outras participam para agradecer a Deus os filhos que Lhe deu para amá-los e protegê-los.

A Deus demos glória pe-los 20 anos do Ministério Desperta Débora - Mães em Oração. Uma das realizações especiais foi a parada nacio-nal com a participação das coordenadoras de Mães em Oração percorrendo as ruas e praças e em vários lugares em todo o Brasil. No final deste ano será realizado de 15 a17 de outubro, em João Pessoa – PB, o grande Congresso Nacional comemorativo pelo aniversário de 20 anos desse importante Ministério.

“Grandes coisas fez o Se-nhor por nós e por isso esta-mos alegres pelos 20 anos do Ministério Desperta Débora. E assim o povo de Deus diz, amém!

Assunção, titular da Igreja, e foi recheada de louvores entoados a Deus pelas crian-ças, pelo Grupo de Louvor Som do Céu e pelo Grupo Bons Frutos, como também por solistas da Igreja - Ângela Santos, Romildo e José Ra-mos de Brito -, que tornaram o ambiente de culto bastante receptivo para a mensagem, que foi pregada pelo pastor Alderi Dantas.

A festividade foi encerra-da com um momento de comunhão onde todos pu-deram saborear o bolo que fora confeccionado para a ocasião. Rogamos a Deus que continue abençoando a nossa amada Igreja que, por 63 anos, tem trabalhado para o engrandecimento do Reino de Deus.

As vitoriosas mães que oram pelos filhos: Ministério Desperta Débora, 20 anos de glórias

PIB de Mustardinha - PE – realiza conferência alusiva aos 63 anos da Igreja

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 28/06/15ponto de vista

(Texto autobiográfico, em homenagem a irmã Zorah Pusiol, que faleceu no dia 15/05/2015)

“Fui batizada em 14 de novem-bro de 1949, há 62 anos, pelo

pastor Antônio Soares Ferrei-ra, na Igreja Batista de Portela - RJ, contrariando a vontade da minha mãe, que achava que eu não estava preparada para o batismo.

Naquela época, os ba-tismos eram realizados no rio Paraíba do Sul. Havia chovido muito, o rio estava cheio e a água muito barren-ta. Segurado à proa de um barco, lá estava o pastor, me esperando. Quando cheguei bem perto, ele me segredou: Não deixe que eu me afogue. Não sei se ele sabia que eu nadava como peixe.

Ninguém da minha casa assistiu à sessão e, quan-do cheguei em casa com os longos cabelos molhados,

Lucia Cerqueira, filha

“Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira, que alcancemos um coração sábio” (Salmo 90.12).

É paradoxal o sentimen-to que se passa em nosso coração como família, pois sentimos

a falta da presença física do nosso pai, porém, nos alegra saber que ele está com o Pai do Céu, desfrutando as delícias prometidas a todo aquele que um dia escolheu seguir e servir a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu enten-dimento. A dor da separação e da saudade se ameniza

não me perguntaram o que acontecera, e eu nada disse.

Ainda menina, fui secretá-ria da Sociedade de Crianças e, anos depois, como não ha-via União de Adolescentes na Igreja, participava da União de Mocidade, tomando parte em teatros nas festas sociais que varavam a noite.

Alguns anos depois, o Or-fanato Pastor Antônio Soares Ferreira foi transferido de Aperibé para Três-Irmãos, onde morávamos e, com menos de 16 anos, eu já le-cionava naquela Instituição. Na ocasião, havia 19 pares de gêmeos internos e eu co-nhecia a todos.

Em 1951 minha família foi para Mesquita, mas eu permaneci lá até o mês de julho, quando fui passar as férias em casa, e papai não me deixou voltar.

T inha mu i t a von t ade de estudar e logo me ma-triculei no Colégio Silvei-ra Leite, onde fiz o Curso Ginasial. No segundo ano,

quando esse pensamento é visualizado por cada um de nós.

O pai, como o chamáva-mos, foi morar com Deus no dia 17 de março deste ano. Nascido em 08 de julho de 1927, Theodorico Coelho de Oliveira, ao longo de sua história, pautou sua vida em vivenciar o Reino de Deus. Essa é a certeza que temos em nosso coração no dia de hoje e que vai sendo so-lidificada pelas palavras de consolo e fortalecimento que ouvimos e temos ouvido por todos aqueles que direta e in-diretamente tiveram contato com ele.

O verso em destaque do Salmo 90 reflete a trajetória

fiz prova para lecionar em colégios da Prefeitura de Nova Iguaçu e fui aprovada. Antes disso, dava aula em uma escolinha da Igreja, que era pastoreada por Emanuel Fontes de Queiroz.

No final de 1957, nosso pastor arranjou para eu traba-lhar no Colégio Batista, onde comecei a cursar o Científico. Lá, fui convidada para dar

de vida do nosso pai. Pes-soalmente pude ouvir: “Seu pai era um amigo, conselhei-ro, avalista, pai, dava bons conselhos, estava sempre disposto a ajudar, emprestava

aula, o que aceitei com muita alegria, pois faria aquilo de que mais gostava. Conheci, então, muitos pastores e dei aula para muitos de seus filhos.

Tinha sido aprovada em concurso público do antigo Departamento de Correios e Telégrafos e, em meado de 1960, fui convocada para trabalhar na agência de Mes-quita, onde conheci Domin-gos Pusiol, com quem me casei em 1961. Tivemos dois filhos, Helena e Luís, ambos bem entrosados na Igreja de Cristo, que nos deram quatro netos: Éric, Élvis, Enzo e Syl-via Helena.

Depois de casada fiz o Cur-so Normal (meu grande so-nho), o quarto ano do Curso Normal, e a Faculdade de História.

Na Denominação, fui se-cretária da União Feminina Iguaçuana e segunda secre-tária da UFMB Fluminense.

Aposentei-me em 1989, podendo dedicar mais tem-

sempre que alguém preci-sava, estava sempre solícito a ajudar, dava sempre uma palavra de ânimo, pregador do Evangelho, fundador de igrejas...”. Ao longo de sua vida vejo que ele desejou e buscou alcançar um coração sábio.

Sou agradecida ao nosso Deus por ter me permitido conhecer e reconhecer em meu pai esse homem, em-penhado em honrar o nome do nosso Deus em seu viver e fazer o Reino de dEle co-nhecido por todos aqueles com quem convivia e com ele tiveram contato.

Com certeza, o legado imaterial deixado por nos-so pai a cada um de nós,

po à minha Igreja, onde fui professora do Departamen-to de Primários durante 35 anos.

Participei, então, de alguns projetos missionários: em Minas Gerais, na cidade de Campestre, e no Ceará, no Sertão do Cariri; em Cruzadas Internacionais: na República Dominicana, duas vezes em Assunção (Paraguai), em San-ta Cruz de La Sierra (Bolívia) e em Cruzadas Estaduais em Olinda e em Shangri-lá.

Participei de várias Con-venções Batistas Brasileira e Fluminense e, quando jo-vem, de Congressos da Mo-cidade Batista Brasileira.

Agradeço a Deus por me conservar com vida para tes-temunhar tantas maravilhas que Ele já operou e sou feliz porque, em toda esta cami-nhada da vida cristã, jamais me distanciei do Senhor Jesus e de sua casa”.

Mesquita, 08 de novembro 2011.

seus filhos, netos, bisnetos e demais familiares e ao seu círculo social, só faz reforçar a ideia de que ele teve por intuito honrar e engrandecer o nome do nosso Deus em seu viver.

Ao longo da sua vida rece-beu comendas, certificados e reconhecimento social por seu envolvimento e ação na sociedade a qual estava inse-rido. Por ela e nela não pas-sou despercebido. Exemplo de homem, cidadão e servo.

A Deus toda honra e glória pela vida tão preciosa do nosso pai. Que possamos continuar levando adiante o legado por ele deixado a nós. Legado de cidadania terrestre e celestial.

Zorah B. Pusiol: 65 anos de vida cristã

Theodorico Coelho de Oliveira, um homem de coração sábio

14 o jornal batista – domingo, 28/06/15 ponto de vista

Esta palavra é muito conhecida em nosso meio. Como batistas, por natureza, somos

convencionais. Uma caracte-rística marcante dos Batistas é que somos inclinados a discutir democraticamente os assuntos relevantes para o Reino de Deus. Ser con-vencional é ser maduro para laborar sobre os mais varia-dos temas da Igreja do Se-nhor Jesus. Também é viver a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Jesus orou fervorosamente pela nossa unidade em João: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (Jo 17.22-23). Deus, o Pai, tem prazer no Filho e quer que Seus filhos vivam na plena harmonia do Espírito. É maravilhoso ver-mos os irmãos unidos, traba-lhando para que o Evangelho avance poderosamente.

A convenção não é apenas sazonal, mas está a cada dia na vida dos crentes batistas. Oramos e trabalhamos para

que a Igreja cresça qualita-tiva e quantitativamente. O encontro convencional é fru-to dos encontros na Igreja. A convenção é o retrato da igreja local. Essa estabelece o tom. O seu desafio é ser relevante neste mundo, pro-clamando o Senhor Jesus Cris-to como Salvador e Senhor. Pregar e viver o Evangelho integral, ser sensível às neces-sidades dos que estão perto e dos que estão longe. A Igreja é a vitrine para o mundo. O que estamos mostrando nesta vitrine? Será que é a vida de Cristo derramada em nossas atitudes e em nossos atos pela ação do Espírito Santo?

Precisamos conhecer um pouco o significado da pa-lavra convenção. “Do latim conventione, “Ajuste, acordo ou determinação sobre um assunto, fato, etc. Convênio, pacto; aquilo que só tem valor, sentido ou realidade mediante acordo recíproco ou explica-ção prévia; tudo aquilo que é tacitamente aceito por uso ou geral consentimento, como norma de proceder, de agir, no convívio social, costume con-venção social” (Aurélio). Este é o sentido secular. O que pode-mos notar é que convenção é uma reunião de pessoas com

objetivos comuns. Elas têm um interesse comum e envidam todos os esforços para chega-rem a um denominador co-mum. Trazendo para o nosso campo chamado religioso, ela é uma oportunidade de ado-rarmos a Deus em espírito e em verdade, aprendemos com o Senhor e uns com os outros a comungarmos em amor e testemunharmos ao mundo a nossa fé em Cristo Jesus a partir da nossa unidade nEle, é uma oportunidade de rever irmãos tão amados, um tempo de troca de experiências nas várias áreas, ampliação da nos-sa visão missionária, gratidão pelos grandes feitos de Deus na história. Um tempo precio-so de renovação de votos.

Não é possível conceber a palavra convenção, dentro do espectro evangélico, voltada para disputa de cargos, para discussões sem fundamen-to, para dar ocasião à carne, para tratar de assuntos sem relevância, troca de insultos e exaltação meramente huma-na. Revelamos que estamos desunidos e voltados para cargos em vez de cargas. Te-mos um comportamento arti-ficial. Quantas vezes fazemos da convenção um desfile de vaidades. Tentamos, muitas

vezes, sutilmente, manipular situações das mais variadas para o nosso bel prazer. Se houver uma correção de rumo da convenção na perspecti-va de Cristo, entraremos em um campo de amor, graça, perdão, atenção concentra-da, serviço desinteressado, alegria, comunhão profunda, testemunho fiel, discussões em alto nível de espirituali-dade e unidade de espírito no Espírito. Convenção deve ser caracterizada pela exorta-ção de Paulo aos irmãos em Filipos: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e miseri-córdias, completai a minha alegria, de modo que pen-seis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sen-timento. Nada façais por par-tidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propria-mente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Fp 2.1-4)

Convenção é uma celebra-ção da glória de Deus em Jesus Cristo no meio do Seu

povo. É uma feliz oportuni-dade para que famílias se encontrem e tenham muita comunhão. Para mim, o sen-timento do Pentecostes deve ser o da convenção, porque ali o Espírito Santo se ma-nifestou em poder; houve unidade de espírito e pro-pósito; a alegria foi o tom da reunião; a Palavra de Deus foi pregada e as nações ali representadas receberam o testemunho do Evangelho. O precioso Espírito Santo derramou o Seu amor na vida daquelas pessoas. Este é o sentido da convenção. À luz de Pentecostes, preci-samos redefinir o seu con-ceito. A nossa referência é o ensino de Jesus. Como precisamos ser “Imitadores de Deus na condição de fi-lhos amados e andarmos em amor como Ele nos amou e a Si mesmo se entregou por nós como oferta a Deus em cheiro suave” (Ef 5.1-2). Deus é glorificado quando andamos em amor na reso-lução das diferenças. Muito amor, poucas diferenças. O amor deve ser a linguagem convencional. Não é possí-vel falar outra linguagem. Se o fizermos, seremos fadados ao fracasso.

Convenção

15o jornal batista – domingo, 28/06/15

CONVENÇÃOBATISTAFLUMINENSE

Edita! de Convocação

107' ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Eu, Pastor Vanderlei Batista Marins, no desempenho das atribuições enquanto Presidente da Convenção Batista Fluminense, nos termos dos Artigos 1 2 ,1, a; 17 §§ 2° e 4°; do Estatuto, e, Artigos 5°, I, a; 18, do Regimento Interno, dessa instituição CONVOCO aos membros das Igrejas Batistas filiadas, credenciados como mensageiros pelas suas respectivas Igrejas, a participar de Assembléia Geral Ordinária nas dependências da Igreja Batista em Leandro, situada na Estrada do Mazomba, n°43, bairro Leandro na cidade de Itaguaí, Rio de Janeiro, sendo da vontade de Deus, será realizada nos dias 30/31 de Julho e 01/02 de Agosto de 2015.

Niterói, 16 de Junho de 2015

Fraternalmente,

Presidente

ponto de vista

Nesta edição, co-m e ç a r e m o s a d i scut i r os a r -g u m e n t o s f a -

voráveis ao abortamento, também conhecidos como argumentos “filoabortistas”. Consideraremos diversos aspectos envolvidos em cada um deles. Ao todo, trataremos de seis argu-mentos. O primeiro e mais divulgado é: “A mulher tem direito ao próprio corpo, e dele pode se dispor como quiser”. O pressuposto aqui é que o feto é mera exten-

são do corpo biológico da gestante, sendo os dois uma só e mesma coisa. Assim como se corta uma unha, descartando células não mais desejáveis, é pos-sível retirar aquele aglome-rado de células em fase de segmentação que está no útero da gestante.

É possível também con-siderar que a gravidez é indesejável, seja por causa dos t ranstornos que ela possa causar na vida da gestante, também por causa de uma gravidez conside-

rada ilícita ou mesmo por discriminação que possa ocorrer com uma gestante, por exemplo, no emprego. Ou ainda que se proclame que aquela vida em desen-volvimento não será, por diversos motivos, amada por ser indesejada.

Em primeiro lugar, será preciso considerar o lado biológico da situação. A cromossômica fetal indica que aquele conjunto celu-lar em processo de segmen-tação no útero da gestante é um ser outro e diferente

dela - não sendo, portanto, ela própria. Como ela po-derá se dispor de um ser que não seja ela mesma? Além disso, haverá diferen-ça na frequência cardíaca ou mesmo das ondas ce-rebrais, quando existirem, em relação a estes fatos se comparados aos da gestan-te, indicando que aquele “aglomerado celular” é um outro ser.

Do ponto de vista do Di-reito, teria uma pessoa o direito de dar fim à própria vida? Teria o direito de dar fim a uma vida alheia? Este aspecto também é corrobo-rado pela teologia bíblica, que indica que ninguém é dono de si, mas, em primei-ra e última instância, Deus é o dono do mundo e das criaturas, de acordo com Salmos 24.1.

Além disso, por trás desse argumento está o uso do

abortamento como recurso de controle de natalidade. Se a gravidez não é de-sejada, teria sido melhor evitá-la por meio de re-cursos que impeçam a fe-cundação. O feto, que não pediu para nascer, que não tem a opção de escolher o desenvolvimento de sua vida, é a parte mais fraca e silenciosa e que corre o risco de ser descartada. É uma vida que tem uma linha do tempo pela frente, mas que terá o seu direito a isso violentamente retirado.

Esse argumento trata ape-nas das consequências de uma paternidade ou ma-ternidade irresponsável, deixando de lado as causas de uma sociedade egoísta, autocentrada, imediatista e inconsequente. A gestação de um novo ser é algo mui-to importante para ser tra-tada de modo tão simplista.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (3) - O abortamento e o direito da mulher ao próprio corpo