ano cxiv r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira … · ara que envie ceifeiros...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 15 Domingo, 12.04.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Page 1: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · ara que envie ceifeiros para sua seara” (Mt 9.37-38). Tendo feito tudo isso, en - fim, Jesus chama os 12

1o jornal batista – domingo, 12/04/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 15 Domingo, 12.04.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Page 2: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · ara que envie ceifeiros para sua seara” (Mt 9.37-38). Tendo feito tudo isso, en - fim, Jesus chama os 12

2 o jornal batista – domingo, 12/04/15 reflexão

E D I T O R I A L

EBD - Uma escola para todos

A Constituição Fe-deral, no Título II, que trata dos di-reitos e garantias

fundamentais, em seu artigo 6o, declara que “São direi-tos sociais a educação (…) na forma desta Constitui-ção”. Entretanto, a realidade nos aponta muitos cidadãos brasileiros fora de nossas instituições de ensino. Na zona rural, muitas crianças e adolescentes vão para a la-voura muito cedo para ajudar a família. Na zona urbana, especialmente nos grandes centros, vemos cidadãos que deveriam estar em uma es-cola, mas estão em sinais de trânsito vendendo balas e outras quinquilharias para ajudar no orçamento da fa-mília; sem contar aqueles que, desde cedo, filiam-se ao tráfico. O direito à educação existe, mas ainda há muito por fazer para que seja uma realidade absoluta em nossa Pátria. A educação é para todos. Será mesmo?

O direito à educação não está apenas estampado na nos-sa Constituição. Antes mesmo dela existir, a Bíblia já reforça a necessidade do ensino. Desde o início da história da salvação

encontramos esta preocupa-ção, a começar dentro dos lares, conforme Deuteronômio 6, não como opção para as fa-mílias, mas como mandamen-to. Mais tarde, foram criadas escolas para o estudo da Torá, além das escolas de profetas. Essa preocupação perpassou o Antigo Testamento e, em Ne-emias 8, encontramos o povo sedento pela Palavra de Deus. Naquela memorável manhã todos se reuniram para ouvir os ensinos da Palavra. Nos tempos do Novo Testamento, a igreja, mesmo sem templo, se reunia nas casas para o es-tudo da Palavra.

Os Batistas brasileiros marcaram e têm marcado a história pelo seu fervor e importância que têm dado à Escola Bíblica Dominical - EBD. A Convenção Batista Brasileira considera que a EBD é uma escola para todos, sem distinção e todos têm direito de estudar a Palavra de Deus. É uma escola para todos, porque:

Desde que nasce, a criança já pode participar de uma classe específica e até enve-lhecer ainda terá uma classe exclusiva passando por todos os períodos de sua vida, tais

como: quando tiver de 0 a 2 anos, a sua classe será Brincando; de 3 e 4 anos, a classe Crescendo; de 5 e 6 anos, a classe Caminhando; de 7 e 8 anos, a classe Apren-dendo; de 9 a 12, a classe de juniores (Vivendo); de 13 a 18 anos, a classe de ado-lescentes (Diálogo e Ação); de 19 a 36 anos, a classe de jovens (Atitude); de 36 até 60 anos, a classe de adultos (Compromisso); depois de 60 anos, a classe da Terceira idade (Realização).

Além dessa divisão etária, que possibilita a participação de todos, cada classe e cada idade tem a sua literatura específica, preparada dentro de suas características e ca-pacidade de aprendizagem, com linguagem apropriada, atividades adequadas à ida-de, diagramação, ilustrações, em um processo editorial que valoriza o que tem em mãos.

Quanto ao conteúdo, em-bora seja essencialmente bí-blico e deve ser porque é escola que tem a Palavra de Deus como livro texto, cada faixa etária tem o seu currí-culo apropriado à sua capaci-dade de aprendizagem. Para as crianças de 0 a 8 anos, a

Bíblia é estudada a partir de conceitos como: mundo na-tural (meio ambiente), Deus, Jesus, próximo, indivíduo, igreja, família, Bíblia. Para os juniores (pré-adolescentes), o currículo é de quatro anos com assuntos bíblicos diver-sificados; os adolescentes estudam um currículo de seis anos correspondente ao tem-po que passam nessa faixa etária; os jovens e adultos têm um currículo de oito anos em que têm oportunidade de estudar toda a Bíblia e, nesse tempo curricular, tais temas não se repetem. Assim, quem perde um trimestre de estudo bíblico na EBD só depois de oito anos terá oportunidade de estudar de forma analítica, sistemática e em grupo.

A EBD é uma escola para todos porque todos podem participar dela, sem exceção: os membros de nossas igrejas, os frequentadores não bati-zados, os vizinhos crentes e não-crentes. É missão nossa, deixada por Jesus, arrebanhar novos alunos para lhes ensinar “A obedecer a todas as coisas que vos ordenei” (Mt 28.20).

Solange Cardoso de Abreu d’Almeida

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 12/04/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

O assunto Missões envolve os salvos como desafio o tempo todo. O

Evangelho nos torna missio-nários por natureza, desafio, vocação e origem. A con-versão a Cristo leva o novo convertido a desejar compar-tilhar sua nova experiência com outros. Há uma novida-de a ser contada. Todos pre-cisam saber o que aconteceu comigo. “Eu era cego e agora vejo”. Até mesmo os que não passaram por experiências traumáticas no processo da conversão são levados pelo Espírito Santo a compartilhar a transformação ocorrida na vida. Sempre há o que dizer sobre o que Cristo realizou em nossas vidas.

Edson Alves, colaborador de OJB

Quando Jesus ini-ciou sua Missão, sua pregação foi “Arrependei-vos,

pois está próximo o Reino de Deus” (Mt 4.17). Após jejuar por 40 dias e 40 noi-tes no deserto sendo tentado pelo diabo, volta a Galileia ao saber da morte de João, o batista. Com esta mensa-gem ele sai a convocar seus seguidores, dizendo: “Vinde após mim, e eu vos farei

Mas, a compreensão do verdadeiro significado de Missões nem sempre é ensi-nado à igreja. Faz-se a propa-ganda visando o levantar de uma boa oferta; nada errado. As necessidades dos campos são apresentadas, sempre apelando para a pobreza do povo, miséria local e as carências dos campos, onde o missionário está inserido. Fala-se do missionário como um abnegado, sofredor, que abriu mão do conforto para cumprir a missão. Os que já visitaram campos e passaram a conhecer de perto os mis-sionários e seus trabalhos, sabem que nem sempre o quadro apresentado para su-gestionar a oferta condiz com a verdade.

pescadores de homens” (Mt 4.19).

A narrativa segue e obser-va-se que os primeiros se-guidores de Jesus eram pes-soas ocupadas com os seus afazeres diários, pescando, consertando redes, etc. Ao ouvir que o Reino de Deus estava próximo, eles aten-deram imediatamente ao chamado. Percebe-se que quando os seus primeiros discípulos são chamados, eles não entram em ação. Antes , e les veem Jesus curar enfermos, proferir o sermão da montanha, curar

Há missionários dedicadís-simos ao trabalho. Homens e mulheres que Deus cha-mou e que realizam a obra com profundo amor à causa. Mas há os que levam a vida e a missão como qualquer membro de igreja comum, na flauta. Com salário garantido, aproveitam para descansar da faina que não executam e conhecer novos lugares. Contentam-se com o sorriso de um estranho.

Como igreja, devemos ofertar com amor. Mas, é preciso mudar o foco. Mis-sionário não é apenas aquele que vai a um campo distan-te. Todos os salvos somos missionários por natureza, origem, chamada e obriga-ção. A nossa cidade é cam-

um leproso, curar o servo de um centurião, curar a sogra de Pedro, ensinar que para segui-lo, tem que se abrir mão daquilo que não é essencial, acalmar uma tempestade, expulsar dois demônios, curar um paralítico, chamar mais um discípulo (Mateus), realizar outras curas e dizer que “A seara é realmente grande, mas os ceifeiros são pou-cos. Rogai ao Senhor da se-ara que envie ceifeiros para sua seara” (Mt 9.37-38).

Tendo feito tudo isso, en-fim, Jesus chama os 12 dis-

po missionário. Milhares de pessoas que aqui vivem precisam ouvir de Cristo. O bairro em que a igreja está inserida é campo missioná-rio. Os nossos locais de tra-balho, de estudo e de lazer são campos missionários. O mais importante deles, se é que há campo mais im-portante, é a nossa família. Não podemos deixar que os nossos filhos alimentem as chamas do inferno. O côn-juge sem Cristo é um desafio missionário. A família com todos os seus membros, no momento, se constitui no mais desafiador campo de Missões. Não há significado em tentar convencer o últi-mo pecador da terra com a mensagem de Cristo, se não

cípulos para a sua Missão. Houve um tempo para o preparo de cada um. Jesus deu exemplos de que Deus é com aquele que se coloca a Sua disposição. Ele mes-mo se preparou com um longo jejum. Mostrou aos discípulos que o trabalho é grande e que poucos são os que pretendem realizar Sua obra. Ensinou-os a interce-der a Deus para que mande mais gente.

E você , tem a tendido ao chamado do Senhor? O que falta? Os discípu-los eram pessoas simples.

estamos investindo nos nos-sos queridos. Perder um fi-lho significa falhar em todos os esforços missionários. Al-guns pastores e missionários perderam os filhos enquanto tentavam ganhar o mundo.

Ao ex-endemoninhado de Gadara, que desejou ser missionário em locais dis-tantes, Jesus “Não permi-tiu, mas disse-lhe: Vai para a tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti” (Mc 5.19). Caso alguém de sua família ainda não foi alcançado por Cristo, ali está o seu campo missionário, branco para a ceifa. Que tal uma campanha para salvar os nossos familiares?

Jesus não foi à sinagoga chamar os letrados, os dou-tores da Lei e os escribas. Pelo contrário, justamente estes receberam as mais duras críticas de Jesus. O Mestre caminhou com os seus discípulos ensinando tudo o que era necessário; houve preparo. E você, o que está esperando? Se o Mestre te chama, então prepare-se. “Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por minha causa, achá--la-á” (Mt 10.39). Deus te abençoe.

Prepare-se! O Senhor te chama

Somos todos missionários

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4 o jornal batista – domingo, 12/04/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Fazer o que o Senhor manda

reflexão

“E por que me chamais, Se-nhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lc 6.46).

Logo após a escolha dos 12 apóstolos, Je-sus iniciou uma série de pregações sobre

o seu Evangelho. Um des-tes ensinos, registrados por Lucas, constitui uma dura palavra de alerta: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que Eu digo?” (Lc 6.46).

Ser coerente é uma das mais importantes virtudes cristãs. Foi por isso que Jesus enfatizou: “Toda árvore é re-conhecida pelos seus frutos” (Lc 6.44). Um dos conceitos de justiça, no Reino de Deus, é a vida que põe em prática as doutrinas que diz acredi-

tar. Neste contexto, Jesus foi direto e firme com os Seus discípulos - Se vocês não vivem aquilo que Eu mando vocês fazerem, parem de me chamar de “Senhor”. Servo que não obedece o seu se-nhor não pode ser conside-rado servo.

Viver os mandamentos de Jesus é algo tão importante que Ele chegou a dizer: quan-do vocês vivem o Evangelho, as pessoas observam as suas boas obras e glorificam ao vosso Pai. Obedecer, então, vai junto com o louvor do nosso Senhor. Antes de ir ao templo e cantar nos domin-gos, Jesus Cristo quer que, durante a semana, vivamos testemunhando a Sua men-sagem. E testemunhar, diz o Senhor, é obedecer.

Antonio Pirola, colaborador de OJB

“Pisar em ovos” é uma expres-são popular que, em geral,

significa agir cautelosamen-te, mas também pode ter o sentido de ser dominado por um medo exagerado. Alguns, com receio de en-frentar certos assuntos dire-tamente, são quase sempre superficiais. Ficam fazendo rodeios nos seus discur-sos e, às vezes, manifes-tam apoio àquilo que não concordam com receio de retaliações. Esse tem sido um comportamento quase padrão na atualidade dian-te do massacre da mídia intimidadora, que investe

pesado contra a família e os valores da religião cristã.

Entretanto, nós, servos do Senhor Jesus, não podemos temer ou agir como se esti-véssemos “pisando em ovos”. A Bíblia diz que o crente deve ter posições claras. Em Tiago lemos que “O homem de coração dobre é incons-tante em todos os seus cami-nhos” (Tg 1.8). Disse também o Senhor Jesus: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa dis-to é de procedência maligna” (Mt 5.37).

Ser “luz do mundo” e “sal da terra” é o que Deus espera de nós. Deixar de falar do Evangelho do Reino para não se expor é uma atitude de covardia. A Verdade precisa ser dita, pois só ela dará liber-

dade aos cativos, como está escrito em João 8.32 e Isaías 61.1. Que se “quebrem os ovos” se isso for inevitável, mas que a proclamação do Evangelho não seja inter-rompida. O apóstolo Paulo recomenda: “Que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, re-preendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (II Tm 4.2).

E, por fim, nunca nos es-queçamos de uma coisa: a promessa feita a Josué se estende a todos nós. Disse o Senhor: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Js 1.7-9). Seja forte e que Deus te abençoe.

Thiago André da Costa, seminarista da Igreja Batista da Liberdade - RJ

Qu a n t a s v e z e s você já bateu o dedo mín imo em um canto da

parede, ou no pé de uma mesa? Sem duvida é do-lorido, sempre segue com um grito de dor e um pen-samento: “Como eu não vi isso?”; “Não acredito que fiz isso comigo mesmo”.

Mas, por que muitas ve-zes esquecemos do nos-so dedinho? Ele faz parte do nosso corpo, porém, na maioria das vezes, só lem-bramos do mesmo quando está doendo. Ele é o que

fica na extremidade do nos-so corpo, quase um anexo. Andamos com tanta pressa no dia a dia, olhamos onde queremos chegar, que não levamos em conta se nosso corpo consegue passar pelo caminho que escolhemos. Corremos sem olhar para trás e para a última parte do corpo, o dedinho. Coloca-mos no piloto automático e imaginamos que todos os membros vão conseguir acompanhar os comandos. Contudo, às vezes aparece o pé da mesa que o olho não viu, a parede que calcula-mos errado e a topada vem; em seguida, a dor. O corpo se prostra, os olhos, às ve-zes, lacrimejam e, então,

lembramos e exclamamos: “Ai, meu dedinho!”.

“Ora, assim como o cor-po é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo” (I Co 12.12). A Palavra nos chama a atenção, mostrando que somos um só corpo em Cris-to, e me pergunto se temos dado a atenção devida aos nossos “dedinhos”. Temos sonhos para a nossa igreja, temos alvos a seguir. Muitas vezes até corremos, mas estamos realmente pres-tando atenção em todo o nosso corpo? Em alguns momentos uma parede não

calculada pode aparecer ou não veremos uma pedra no meio do caminho, então, virá a dor da pancada.

Todos fazemos parte de um só corpo. O “dedinho” não quer dizer, necessaria-mente, o membro mais fraco ou o mais humilde e, mesmo assim, se for, foi Deus que o escolheu e devemos cuidar. Nem todos temos o mesmo ritmo. Às vezes, a semana de felicidade e vitória de uma parte do corpo foi na mesma semana da maior tragédia da vida de outra pessoa; um chega sorrindo e outro em lágrimas, um vence e outro está lutando. Como um corpo, estamos atentos ao próximo? E quando a

topada vem e a pedra bate, temos cuidado com amor e eficiência? Cuide do corpo da sua igreja, olhe nos olhos do seu irmão, seja zeloso com o próximo. Por vezes, a resposta “Tudo bem” não passa de uma formalidade. Cuidemos uns dos outros, pois em algum momento da vida também precisaremos de cuidado, pois #somosto-dosdedinho. “Quando um membro sofre, todos os ou-tros sofrem com ele; quan-do um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo” (I Co 12.26-27).

“Pisando em ovos”

Meu dedinho

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5o jornal batista – domingo, 12/04/15reflexão

Quanto à novela, não é uma questão de boicote, é uma questão de vida cristã. O sucesso de tramas deste nível mostra o que os te-lespectadores guardam no coração. Jesus disse que “A boca fala daquilo que o co-ração está cheio” (Mt 12.34). Contextualizando o texto, podemos dizer que o contro-le da TV clica no programa que fala do que está cheio o seu coração. Para aqueles que são guiados pelo Espírito e não pelas obras da carne, a seleção dos programas é natural. Você verá progra-mas que divertem, instruem, informam, edificam, isto é, a referida novela não se en-quadra em nenhuma dessas categorias. Paulo é enfático: “A noite já passou e o dia de sua volta está perto (...) Peçam que o Senhor Jesus

pelo de ribeiro de águas, ali-mentado pela Lei do Senhor, pelos preceitos do Senhor; quem assim o fizer, distin-guirá o errado do certo. “Os ímpios (aqueles que não se-guem a Lei do Senhor), são como a palha que o vento leva”. Viver o errado como se fosse o certo é perda de tem-po, é frustração, é ser consu-mido pelas perplexidades da vida, é deixar que a vida seja levada pelo vento, é permitir que a própria força esteja aci-ma da força do Senhor Deus.

Cristo os ajude a viver como devem e não façam planos para deleitar-se no mal” (Rm 13.12-14 - A Bíblia Viva). Na restauração de Israel, o pro-feta Ezequiel diz que o povo “Sentirá nojo” de si mesmo quando se lembrar das coisas praticadas na Babilônia (Ez 20.43). Há muitos crentes enamorados com coisas das quais deveriam sentir nojo. Se o seu coração é guiado pelo Espírito, naturalmente você se agradará das coisas relacionadas ao Reino de Deus e não terá nenhum prazer naquilo que o mundo oferece. Não adianta boico-tar a novela se o seu coração continua cheio das coisas que ela mostra. “Purifique o seu coração” (Tg 4.8), ou en-tão, “Viva pelo Espírito e, de modo nenhum, satisfará os desejos da carne” (Gl 5.16).

Viver como se o errado fosse o certo é jogar a vida aos padrões e valores incer-tos, elaborados conforme a nossa finita sabedoria; é viver desprezando os padrões e va-lores certos elaborados con-forme a infinita sabedoria do Senhor Deus; valores sociais, morais e culturais adequados a nossa existência. Buscar na Lei do Senhor Deus valores e padrões de conduta fará com que você distinga o que é certo e o que é errado; assim serás feliz.

Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

Está ao alcance de qua lque r pes soa , adulto ou criança, mais uma novela da

emissora de TV mais popular do Brasil, com reconheci-mento inclusive no exterior. A história é baseada na am-bição de três personagens interpretadas pelas atrizes Camila Pitanta, Glória Pires e Adriana Esteves. Mais uma vez, a emissora vai misturar na mesma história quase to-dos os pecados conhecidos - prostituição, homossexua-lismo, mentira, inveja, adul-tério, feitiçaria, dissenções e, ainda, o que é a sua especia-lidade - a desvalorização da família. O Brasil foi surpre-endido no primeiro capítulo com um beijo entre duas

Abelardo Nogueira, pastor da Igreja Batista Campo Belo - SP

Hoje em dia consi-deramos os nos-sos atos errados como certos, mas

será que esse comportamen-to é novo? Essa prática é nova? Não é nova não. Ao olharmos para a nossa histó-ria, percebemos que sempre optamos pelo errado, apesar de sabermos disso.

atrizes, acima de qualquer suspeita (Fernanda Monte-negro e Nathália Timberg), que chocou os que assistiram e os que souberam da cena. Logo, surgiu nas redes so-ciais um movimento pedindo o boicote da novela. O de-putado federal João Campos, líder da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, emitiu nota de re-púdio e enfatizou o boicote. O senador Magno Malta e o pastor Silas Malafaia também se mostraram indignados com a imoralidade da nove-la. Gilberto Braga disse, em entrevista, que estas atitudes são discriminatórias e de intolerância.

Na novela, o nome Babilô-nia vem da comunidade que leva este nome, situada na zona sul do Rio de Janeiro, no bairro do Leme, onde a

O divórcio, a união con-jugal formalizada após al-guns anos de convivência matrimonial, a relativiza-ção de padrões e valores morais, sociais e culturais, a inversão de papéis na formação da família; cria-mos condutas e valores por força de circunstâncias que nos contentem, que venham ao encontro das nossas necessidades, isto é: viver como se o certo fosse errado e o errado fosse o certo.

personagem de Camila Pi-tanga foi viver com a família depois da morte do pai. O site “famaviponline” informa que também “Faz referência à babilônia metafórica, co-nhecida por muitos por ser relativa aos maus costumes”. Babilônia é uma cidade real com origem nos princípios da civilização. Os profetas Isaías e Jeremias falam da destrui-ção da cidade por causa do pecado e idolatria, como descrito em Isaías 14.23 e Jeremias 50.26. No livro de Apocalipse, no capítulo 14, versículo 8, Babilônia é usa-da para indicar a queda da cidade de Roma. A descrição que João faz da cidade no capítulo 18 mostra um retrato de muito pecado. Creio que é exatamente isso que a novela pretende mostrar aos seus telespectadores.

O Salmo 1 nos adverte: “Feliz é aquele que se satis-faz com a lei do Senhor e faz dela o conselho a ser segui-do”. Quem busca na Lei do Senhor valores e padrões de conduta será feliz. “Aquele que se satisfaz com a Lei do Senhor é como árvore plan-tada junto a ribeiros de águas que dá fruto no tempo certo, e prosperará”. Sua família, seus empreendimentos, seus pensamentos, suas atitudes, tudo em sua vida será feito como se fosse alimentando

O certo está errado

e o errado está certo

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6 o jornal batista – domingo, 12/04/15 reflexão

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Fui perguntado se eu conseguiria explicar o porquê de tanta corrupção. Penso que

há várias versões para isso e quase todas elas ressaltam os aspectos históricos. No início do século passado, o economista britânico John Maynard Keynes, citando Lenin, falou sobre o poder da corrupção do dinheiro. “Por um processo contínuo de inflação, governos podem confiscar, sem serem obser-vados, uma parte importante da riqueza dos seus cida-dãos”. Esse processo está em pleno andamento no Brasil de hoje. Já o Estadista da In-dependência, José Bonifácio de Andrade e Silva, alertou: “A maior corrupção se acha onde a maior pobreza está ao lado da maior riqueza”.

Me “debrucei” na pergunta proposta e fui pesquisar; des-vendar esse mistério. Buscar a melhor resposta.

Percebi que nós estamos preocupados com a Petro-bras, mas se observarmos com maior esmero, há um dito popular em jogo: “O buraco realmente é mais em-baixo”. Está explícito que os ricos do país não são apenas aqueles que têm dinheiro, são os que têm o poder nas mãos, isto é, os políticos. Veja que somente a Ope-ração Lava Jato, através das empreiteiras, doou aos par-tidos e aos candidatos nas últimas eleições cerca de R$ 500 milhões. E o que foi efe-tivamente desviado depois? Qual seria o montante? Qual a explicação para essa louca ganância?

Entre alguns aspectos do passado está a nossa descen-dência dos Bandeirantes. Eles queriam - e nós também que-remos - ficar ricos. O tama-nho do Brasil expressa isso. Os emboabas, as bandeiras saíram do Sudeste e foram entrando no território, espan-tando os espanhóis e matan-do os índios. Talvez essa não

seja a versão oficial, aquela que estudamos “ipsis litteris” nos livros escolares, mas não há argumentos razoáveis que possam desmenti-la. Estamos buscando riquezas até hoje, é o que explica o conferencista Ariovaldo Ramos. O negócio dos bandeirantes era ganhar dinheiro. Não tinha nada a ver com preservar a língua ou a honra da coroa portuguesa. Eles faziam tudo isso com uma única preocupação: “Vai ter dinheiro? Vamos fazer!”. Eles farejavam diamante. Quem leu o Livro ou assistiu ao filme “Xica da Silva”, sabe dessa história.

Outro aspecto importan-te: a religião no Brasil é uma religião de poder. De acordo com Ariovaldo, “Os ameríndios nos ensinaram a negociar com as entidades da floresta; os africanos nos ensinaram a negociar com os orixás e exus e os por-tugueses nos ensinaram a negociar com os santos. Ne-gociar. Um povo que cresce assim vai construir que tipo

de sociedade? Nós vamos construir a sociedade que eu compro. Então, o poder é pego para ser vendido”. O fato é que ninguém que gaste R$ 90 milhões para ser presidente quer receber apenas R$ 20 mil ou R$ 30 mil de salário. O sistema foi feito para isso, de acordo com o conferencista Ario-valdo, que indaga: “Quer dizer que eu sendo governa-dor vou assinar uma emen-da de R$ 4 bilhões e ganhar só R$ 20 mil?”. A corrupção está no bojo da cultura bra-sileira. Toda a estrutura é propícia à corrupção, basta ver o tanto de artigos que a Constituição tem. É quase impossível fazer qualquer coisa no país seguindo as leis. Concorda?

Por conta disso, no Bra-sil, nem os meios religiosos escapam. Citando a Bíblia, Ariovaldo - que também é pastor -, diz que “Nós temos uma igreja que ao invés de converter Zaqueu, se conver-teu a Zaqueu”. Ele argumen-

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

“Pois Deus não nos deu espí-rito de covardia, mas de po-der, de amor e de equilíbrio” (II Tm 1.7).

Um jovem, nos pri-meiros dias do cristianismo, foi colocado como

líder de uma comunidade. Depois de algumas dificul-dades, seu mentor resolveu encorajá-lo. Ele usa três pa-lavras para encorajamento do discípulo. A primeira, poder vindo de Deus. Por mais fe-rozes que fossem os impera-dores romanos, os primeiros cristãos venceram. O poder vindo de Deus é imbatível.

A segunda palavra é espíri-to de amor. A palavra amor,

ta que “Basta ver como os ricos são tratados dentro das igrejas. Quem dá os maiores dízimos, manda nos outros. Nós criticamos isso, mas chamamos o irmão abonado de ‘Seo doutor’. Nós damos para ele os melhores lugares. O seu voto na assembleia da igreja é mais poderoso do que o de qualquer outro. Que nome nós damos para isso? O nome que o dicioná-rio dá pra isso é corrupção. É a mesma coisa. O nome disso é corrupção da fé, cor-rupção do cristianismo, cor-rupção da Palavra de Deus, corrupção da Mensagem de Jesus. Nós vivemos dizendo que os mais abençoados são os que tem mais. O nome disso é corrupção. Isso não é a Igreja de um sujeito que nasceu em uma manjedoura. Isso não é a Igreja de alguém que entrou em Jerusalém montado em um burrinho. Isso é corrupção. Nós to-dos estamos corrompidos. Nós estamos enganando quem?!”.

neste sentido, é a palavra usa-da para o amor que Deus tem pelas suas criaturas. Deus é como o sol. O sol não der-rama seu calor só para os terráqueos bonzinhos. Ele não escolhe, pois o calor é sua própria natureza. Assim é Deus, Ele nos ama, por ser amor, não por merecermos ser amados.

A terceira é equilíbrio. Nada de ficar divulgando que é mais poderoso do que os demais cristãos. Essa sín-drome tem tornado certos líderes ridículos. Também não posso sair dizendo que Deus me ama porque tenho méritos que outros não têm. Essa vanglória é prova que entendi errado o poder e o amor de Deus. Saiba, nin-guém merece o que Deus dá. Ele dá, porque Deus é amor.

Será que somos todos

corruptos?

Presentes celestiais

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7o jornal batista – domingo, 12/04/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

De acordo com o relato dos missio-nários Marcelo e Elaine Okasawa-

ra, no estado de Roraima existe uma aldeia com uma população de 308 indígenas Wapixana, localizada a 100 Km de Boa Vista. Lá, os jo-vens aprendem e se formam no ensino médio, mas não conseguem ir além disso e muito menos realizarem os seus sonhos. O único ca-minho para eles é ir para a roça da família, sem qual-quer outra expectativa. Há

três anos, um belo trabalho foi iniciado e essa realidade já mudou bastante. Com o estudo da Palavra de Deus, muitas vidas foram salvas e trouxe a esperança de volta para o povo.

Recentemente, uma equi-pe, formada por 14 membros da Igreja Batista Memorial em Alphaville - SP, teve a iniciativa de montar um la-boratório de informática para a aldeia de Alto Arraia, lo-calizada no município de Manoá-Pium, Serra da Lua - RR. Fizeram isso em uma semana, com muito trabalho, desprendimento de conforto e alegria. Dezoito computa-

dores novos, aparelhos de ar-condicionado e outras tecnologias necessárias para a instalação da sala na aldeia foram doados.

Essa ação fez com que o futuro de muitos jovens da aldeia fosse completamente di-ferente. O Instituto Federal de Roraima foi até o laboratório e elegeu a comunidade indígena como polo de ensino para dois cursos, que trarão benefícios para a população ao redor. O próximo passo é a vinda da Universidade Virtual.

Hoje, a aldeia Alto Arraia continua a mesma, porém, com pessoas que terão as his-tórias de vidas mudadas por

Deus, pelas mãos de irmãos que tiveram a coragem de dizer a Deus: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Interceda pelo trabalho

missionário realizado em Roraima, a fim de que Deus continue levantando parcei-ros e capacitando os missio-nários que lá atuam.

Redação de Missões Nacionais

O Lar Batista David Gomes, em Bar-reiras - BA, com-pletou 49 anos

com uma celebração que reuniu missionários, parcei-ros, representantes de empre-sas cooperadoras, crianças e adolescentes do Lar, e ex-a-colhidos. A gerente executiva de Ação Social de Missões Nacionais, Anair Bragança,

Igreja de São Paulo doa laboratório de informática para aldeia indígena

participou da festa e deixou uma palavra para todos. Na ocasião, também houve ce-lebração pelo aniversário de 15 anos de uma menina acolhida pelo Lar.

A unidade trabalha no sus-tento e acolhimento de crian-ças e adolescentes de 2 a 18 anos. São crianças cujas famí-lias não tiveram condições de criar e que estão legalmente sobre os nossos cuidados.

Com muita dedicação e esforço, o Lar investe na so-

cialização e na educação das crianças por meio de ativida-des de responsabilidade so-cial, domésticas, acompanha-mento escolar, jogos, artes, música, palestras educativas, vídeos, biblioteca, recreação, passeios e atividades extras. Além disso, o Lar educa as crianças com base cristã, por meio de leitura da Bíblia, cânticos, participação da vida da igreja e incentivo a uma vida de comunhão com Deus.

Redação de Missões Nacionais

Hélio, que já tra-balhou em vários lugares do mundo, como Europa e Es-

tados Unidos, além do Brasil, é um cozinheiro talentoso que agora serve a Deus na cozinha da Cristolândia de Salvador - BA. Especialista em comida francesa, Hélio quase

perdeu a vida para o crack, mas para a glória de Deus foi liberto do vício e tem se dedicado à Obra do Senhor.

Assim como ele, muitas pessoas têm sido resgatadas das ruas e hoje estão recu-peradas vivendo tudo novo com Cristo. Cada conquista é resultado das orações e inves-timento de pessoas que acre-ditam nas ações de Missões Nacionais e que abraçaram

Lar Batista David Gomes completa 49 anos

Celebração reuniu missionários, parceiros e também ex-acolhidos pelo Lar

o Projeto Cristolândia. Con-tinue sonhando e realizando a obra conosco.

Para apoiar o Pro je to Cristolândia, escreva para [email protected] ou faça contato com a Central de Atendi-mento: Do Rio de Janeiro - (21) 2107-1818 / Outras ca-pitais e regiões metropolita-nas - 4007-1075 / Demais lo-calidades - 0800-707-1818.

Chefe de cozinha na Cristolândia Salvador

Hélio tem usado seus talentos para servir ao Senhor

Membros da Igreja com os missionários e indígenas

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11o jornal batista – domingo, 12/04/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Após 40 anos de isolamento sob o regime comunista, a Albânia emergiu

como uma das nações mais pobres da Europa. Hoje, os albaneses são resistentes ao cristianismo e não acham que precisam mudar de vida, pois ela está melhor do que nos tempos de comunismo.

Os albaneses estão socio-economicamente estáveis, são extremamente educados e receptivos ao estrangeiro. A grande maioria dos albaneses ouve a Palavra de Deus mais por educação. Eles têm pou-co interesse na salvação.

É para esse país do Leste Europeu de tamanho apro-ximado ao do estado de Ala-goas, com 28.748 km² e de

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Levar esperança aos moradores de regi-ões at ingidas por c a t á s t r o f e s . E s s a

tem sido a missão do Tour of Hope , a caravana da esperança, que já tem sua próx ima parada de f in i -da: Filipinas. De 09 a 25 de setembro, uma equipe de voluntários estará no país asiático, que ainda so f re as consequências do supertufão Haiyan. O devastador fenômeno da natureza causou mais de 6 mil mortes.

As inscr ições já es tão abertas para esta caravana. Se você deseja desenvol-ver atividades nas áreas de saúde, esportes, estética, capelania, evangelismo, ação social, entre outras, embarque nessa viagem. São apenas 25 vagas. Os interessados devem escre-ver para [email protected].

Viagens missionárias têm sido enriquecedoras, tan-to para quem é alvo das ações desenvolvidas por nossos voluntários, quanto para quem decide investir seus dons, tempo e talentos para mostrar, por meio de ações, o verdadeiro amor de Cristo.

Há esperança; nas Fili-

maioria islâmica, que uma caravana de voluntários de Missões Mundiais seguirá em julho deste ano.

As inscrições estão abertas e são para pessoas com dis-ponibilidade em sinalizar o Reino de Deus na Albânia

pinas e em outros lugares do mundo. Povos intei -ros esperam por cuidado médico, educação, ensino

entre os dias 21 de julho e 05 de agosto. Uma ótima oportunidade para quem de-seja ter novas experiências e ajudar outras pessoas.

Os voluntários apoiarão ações dos nossos missioná-rios no país. O pastor Hen-

teológico, lazer, dignidade; esperam por Cristo.

Você pode levar es sa re spos ta ao mundo em

rique Davanso e sua esposa, a missionária Henriqueta Pechoto, estão na capital Tirana. Segundo eles, a in-fraestrutura local é precária, sem água encanada e esgoto, e a energia elétrica é cara e racionada. Não existe sequer

caos. Seja voz de Deus às nações através do Tour of Hope ou de outros proje-tos da JMM. Para conhecer

uma praça pública ou área de lazer, e as escolas não comportam o número de alunos que precisam estudar. O país sofre também com o fechamento das igrejas e o esfriamento da fé dos poucos que foram alcançados pelo Evangelho. Na Albânia e Macedônia, existem dezenas de cidades sem igrejas evan-gélicas.

Os voluntários atuarão nas áreas de saúde, esporte, bele-za, recreação infantil, ensino teológico, pregação (pasto-res) e artesanato.

Para informações sobre esta ou outras caravanas, o inte-ressado deve escrever para [email protected] ou ligar para nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).

um pouco mais de nossas ações pelo mundo, acesse www.missoesmundia is .com.br.

Inscrições abertas para viagem às Filipinas

Chamados para a Albânia

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12 o jornal batista – domingo, 12/04/15 notícias do brasil batista

Em janeiro de 1998, a união masculina mis-sionária da Primeira Igreja Batista em Par-

que São Vicente - Belford Roxo - RJ decidiu realizar um trabalho realmente missio-nário. Um grupo de irmãos liderados pelo seminarista Rogério Mendes Silva e pelo vice-presidente, o diácono Nilton Barbosa, resolveu en-trar em contato com o novo convertido, irmão Inácio, mo-rador no bairro Chácara Santo Antônio - que é próximo ao bairro Parque São Vicente - para estabelecer em sua casa um ponto de pregação. Ele, de bom grado, aceitou. E logo no início do segundo ou ter-ceiro trabalho - era realizado aos domingos às 15h - um vizinho chamado João Sepúl-veda, casado com Benedita - que depois também passaram a participar dos cultos - ofere-ceu o terreno ao lado da casa do irmão Inácio, para que a Igreja adquirisse e se fizesse um trabalho, um ponto de pregação, uma congregação e, até mesmo uma igreja. O pastor Silas Ferreira, pastor da Primeira Igreja Batista em Parque São Vicente, de pron-to, aceitou e, assim, iniciou o trabalho.

Em assembleia extraordi-nária realizada no dia 15 de fevereiro de 1998, a Primeira

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - Anápolis - GO

“Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada” (Pv 30.31).

O dia 21 de março foi especial para as mulheres que participaram da

programação realizada pela Igreja Batista Israel, em Aná-polis – GO, em comemo-ração ao Dia Internacional da Mulher. A programação foi realizada em sua Con-gregação no bairro Jardim América, no município de Ouro Verde de Goiás, e con-tou com o oferecimento de vários serviços e tratamentos de beleza às mulheres con-vidadas e visitantes. Escovas de cabelo, manicure, so-brancelhas fizeram parte dos serviços de beleza realizados gratuitamente às mulheres da comunidade rio-verdense em Goiás.

O projeto foi idealizado pela diretora de evangelismo, irmã Paula Montalvão, que, juntamente com um grupo de

Igreja Batista em Parque São Vicente comprou o terreno e deu início aos trabalhos de evangelização. Era um terreno acidentado e todos os domingos os homens da Igreja iam para lá acertar o local; cortar o barro para ter um espaço melhor. E, dentro de três messes, foi feita uma cobertura com troncos de eucaliptos e telhas que foram doadas, e o trabalho teve seu iniciou sempre aos domingos às 15h. Em nova assembleia, aos 26 de julho de 1998, a Primeira Igreja Batista decide que as atividades no ponto de pregação fossem realiza-das aos domingos pela ma-nhã às 09h e à noite às 18h. As classes que trabalhavam no ponto de pregação eram as seguintes: 1º domingo - Heróis da Fé; 2º domingo -

irmãs voluntárias da Igreja, contribuiu com o trabalho, além, é claro, de alguns ho-mens. A ideia agradou em cheio aos participantes, tanto as contempladas que recebe-ram o tratamento de beleza e seus familiares, quanto aos voluntários e cooperadores que puderam desfrutar da grande benção de cultivar o altruísmo, que é buscar o bem-estar do outro. Este é um conceito que não tem sido muito enfatizado na socieda-de pós-moderna.

O trabalho atuou em duas frentes: ação social, através dos serviços e tratamentos de beleza com as mulheres, e atividades evangelísticas

Noemi Campelo; 3º domingo - Eni Louzada; 4º domingo - Lírios do Vale; e as classes tinham a responsabilidade de trocar ideias para melhor trabalhar. Em dois anos o tra-balho foi tocado desta forma.

Em fevereiro de 2000, o seminarista Liviston Sam-paio Guerra passou a integrar o grupo de irmãos que ali trabalhava e o seminarista Rogério Mendes da Silva retornou à PIB em Parque São Vicente para conclusão dos seus estudos. Reunida em assembleia, a PIB de São Vicente decidiu que fosse criada uma diretoria para o ponto de pregação e que, a partir de 1º de maio, seria uma congregação Batista. Essa diretoria ficará a cargo do presidente, pastor Silas Ferreira, e do diácono Rogé-

nas ruas do bairro através da distribuição de Evangelhos de João e folhetos evangelísti-cos. Mais de 50 lares recebe-ram uma porção da Palavra de Deus através do evange-lismo pessoal com a apresen-tação do Plano de Salvação em Jesus Cristo, e expressivo grupo de mulheres trabalhou e se divertiu fazendo o trata-mento de beleza. Resgatou--se um pouco da ação dos cristãos do primeiro século e os ensinamentos deixados pelo Mestre.

O modelo de Igreja deixa-do no Novo Testamento é integral, não é somente parte. Por isso, precisamos regatar a Missão Integral da Igreja

rio Mendes da Silva. Assim foi e no dia 1º de maio de 2000, a Igreja se organizou como congregação. E esse trabalho está situado na rua Brasilina nº.919, no bairro Chácara Santo Antônio.

Em 21 de setembro de 2002, Liviston Sampayo Guerra e Rogério Mendes da Silva foram ordenados ao ministério pastoral. O pastor Liviston ficou nesse trabalho por dois anos e, nesse tempo, o seu trabalho muito prospe-rou, com o seu desempenho como líder nessa organização.

Sendo convidado a pasto-rear a Igreja Batista de Vila Entre Rios, o pastor Liviston procurou o pastor Rogério para entregar o trabalho, e para que desse prossegui-mento. O pastor Rogério reassumiu o trabalho e um ano e seis meses após - 15 de janeiro de 2005 - estava sendo organizada a PIB em Chácara Santo Antônio.

Um grupo de irmãos, de se-nhoras e jovens ajudados pela PIB em Parque São Vicente, muito se dedicaram e, 43 des-ses irmãos se destacaram no apoio à nova Igreja, tornando--se seus membros fundadores. Encerrada a assembleia para o exame e organização da novel Igreja, a Primeira Igreja Batista em Chácara Santo Antônio realizou sua primei-

hoje no Brasil e no mundo. Entendo que a evangelização está umbilicalmente ligada à ação social. Jesus falava do Reino e curava, conversa-

ra assembleia sob a direção do diácono Adir Moreira, presidente em exercício, e decidiram em voto unânime convidar o pastor Rogério Mendes da Silva para ser o seu pastor e presidente, o que assumindo a direção da assembleia o pastor Rogério expressou à Igreja e a Deus palavras de gratidão e, assim, se encerrou a primeira assem-bleia com uma palavra de oração e impetrando a benção apostólica.

Em 2007, a Igreja enten-deu que estava com o seu espaço interno pequeno para abrigar no horário de culto ou programações especiais todas aquelas pessoas que têm convidado através das atividades evangelísticas e, então, deu início a campanha para construção do novo templo, que ficou pronto um ano e quatro meses após, com capacidade para 200 pessoas sentadas. A Igreja tem visto que ainda não tem esse total de membros, mas, que em alguns domingos se tem feito necessário a colo-cação de outras cadeiras no interior do templo. No ano de 2015, em janeiro, celebra-mos uma década de serviço ao Reino de Deus, buscando constantemente a unidade da Igreja, sem a qual nenhuma consegue caminhar.

va e levantava a autoestima das pessoas. Ele é o modelo desse binômio. Ele curava o corpo e alma. Parabéns a todas as mulheres!

PIB em Chácara Santo Antônio - RJ - celebra 10 anos

Mulher, você é especial

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13o jornal batista – domingo, 12/04/15ponto de vista

Larissa Lacerda, presidente da Jubaquita

No dia 07 de março, a Juventude Batista Mesquitense - Juba-quita - comemorou

o seu 15º aniversário. Em uma noite inesquecível de celebra-ção com cerca de 150 jovens, glorificamos ao nosso Deus através da música, dança e arte, agradecidos pelo trabalho de juventude na cidade de Mesquita - RJ. Foi um dia para se guardar na história e na me-mória, são 15 anos do trabalho em que jovens e adolescentes têm se dedicado a fazer.

Recebemos para ministrar a Palavra de Deus neste dia o pastor Fábio Borges, da Pri-meira Igreja Batista em Rio das Pedras – RJ. Com base no livro de Timóteo, fomos encoraja-dos a fazer com dedicação e zelo o trabalho que Deus nos

João Batista Januário dos Santos, pastor da Primeira Igreja Batista em Venturosa - PE

Foi realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro e 01 de março de 2015, a celebração do cin-

quentenário da Primeira Igre-ja Batista em Venturosa - PE. Como parte do ensejo das comemorações, foi realizado um culto de gratidão a Deus pelas vidas dos obreiros e membros organizadores. Houve também descerra-mento de placa alusiva aos 50 anos da Igreja organizada.

Registramos com alegria a presença da liderança da As-sociação das Igrejas Batistas do Extremo Agreste, presi-dente: pastor Paulo Eudes Le-onel da Silva e vice-presiden-te: pastor Luís Henrique dos Santos; os representantes dos poderes executivo, (prefeito do município) e do Legisla-tivo (presidente da Câmara Municipal); pastores Israel Dourado Guerra e sua famí-lia, Armando Albuquerque Pacheco Júnior e Cristalino Wanderley.

Várias Igrejas Batistas da região estiveram presentes no evento, dentre elas, a Primei-ra Igreja Batista de Caetés, IEB em JK Arcoverde, Primei-ra Igreja Batista de Paudalho, Primeira Igreja Batista de Garanhuns, Segunda Igreja de Garanhuns e Igreja Batista Nova Visão. Somos gratos a Deus pela participação e co-

desafiou neste tempo: con-duzir jovens no caminho das Sagradas Escrituras, de forma simples e tocante, exortando e amando, assim como o após-tolo Paulo fez com Timóteo.

Na celebração tivemos uma mostra de arte durante toda a noite. Com o tema “Siga-me”, a artista plástica Suzana Diks, membro da Igreja Batista Be-tel de Mesquita nos apresen-

laboração de todos, inclusive do Quarteto e Banda casti-lho, cantoras gospel Izabel Chalegre, Eliana Salvador e o ministério de louvor da PIB de Paudalho.

Não temos nenhuma dú-vida de que ao longo da his-tória da Igreja Neotestamen-tária, em cada momento da caminhada o Senhor sempre levantou servos de acordo com as necessidades do seu povo e época. Hoje, a Igreja é orientada pelo pastor João Batista Januário dos Santos e sua esposa, professora Simo-ne Santos.

Deus conduziu o pastor I s rael Dourado Guerra , obreiro pioneiro e efetivo da Igreja Batista Central de Arcoverde para organizar a Primeira Igreja Batista em Venturosa, com 23 irmãos em 28 de fevereiro de 1965, os quais oportunamente pe-diram suas cartas de trans-ferência da Igreja mãe, para novel Igreja. Na ocasião, o pastor Israel Dourado Guer-ra apresentou sucintamente o histórico do início do tra-

tou em forma de exposição suas obras, mostrando que tem sinalizado o Reino atra-vés da sua vocação: a arte.

Muitos são os desafios para o trabalho com juventude em nossa geração. A integração tem sido um dos objetivos com a juventude aqui na nossa associação. Enquanto houver um jovem e/ou um adolescente dentro de uma

balho Batista na cidade de Venturosa e também desta-cou suas batalhas e vitórias.

Segundo a ata de organi-zação da Igreja, o culto con-tou com a participação do quarteto da Igreja Batista em Paulo Afonso - BA, o qual cantou um dos seus hinos, enquanto os pastores e diáco-nos presentes se organizaram em concílio para examinar a futura Igreja, o qual ficou as-sim constituído: presidente - Israel Dourado Guerra; secre-tário - Cristalino Wanderley; examinador - Silas da Silva Melo; leitura do pacto das Igrejas Batistas - Amaro Alves de Lima; entrega da Bíblia - o missionário norte-americano, doutor David Miller e orador oficial do culto - Alcides Bar-bosa de Araújo.

Após aprovação da Con-gregação em novel, a Igreja ficou assim composta: Amaro Alves de Lima (pastor presi-dente), Josefa Maria Valério, Alice Valério da Silva, Antô-nio Tenório, Aristides Valério da Silva, Ivonete Valério da Silva, Estevão Valério, Jus-

Igreja Batista em Mesquita, a Jubaquita existirá; tudo que temos sonhado, planejado e feito tem sido para integrar as juventudes das igrejas locais.

Queremos que o ano de 2015 seja um ano diferente como um todo, não por metas quantitativas de programações cheias, mas por um novo sen-tido na perpetuação desta ati-vidade, com uma agenda que

tiniano, Gercino, Antunes de Oliveira, Benedito Alves Bezerra, Maria Carmelita da Silva, Celene Tenório da Sil-va, Maria do Carmo Oliveira, José Zacarias de Almeida, Se-verina Henrique de Almeida, Valdeci Almeida da Silva, Cí-cero Jorge dos Santos, Ida An-tunes de Oliveira, José Alves de Souza, Abílio Lourenço de Sousa, Jaime Feliciano dos Santos e Severino Zacarias de Almeida.

Assim nascia mais uma Igre-ja Batista no extremo agreste do estado de Pernambuco. Na oportunidade, a Igreja solicitou sua filiação à Con-venção Batista Evangelizado-ra, a qual passou a cooperar com o plano cooperativo e as campanhas missionárias, e permanece até hoje coope-rando com a denominação Batista de Pernambuco e,

seja a agenda de Deus para nós, na medida que Ele quiser. “Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dEle” (Fp 2.13).

Quem desejar ficar por dentro das programações da Jubaquita, é só acessar a nossa página no Facebook, ou enviar um e-mail para [email protected].

consequentemente, com a Convenção Batista Brasileira.

A Igreja Batista local tem boas recordações dos seus obreiros; destacamos alguns: Israel Dourado Guerra, Ama-ro Alves de Lima, Cristalino Wanderley, Modesto Ribeiro da Costa, Armando Pache-co de Albuquerque Júnior e Davi Lourenço da Silva. Louvamos ao nosso Deus pela dedicação e pelo legado histórico deixado por estes e pelos demais servos.

Com certeza, a obra que teve início pelos membros organizadores continua, pois os membros atuais têm agido com zelo, amor, dedicação e fervor missiológico. “Portan-to meus amados irmãos, sede firmes e constantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.58).

Primeira Igreja Batista em Venturosa - PE celebra cinquentenário

Juventude Batista Mesquitense - Jubaquita - comemora o seu 15o aniversário

Fotos: Izabele Gomes

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14 o jornal batista – domingo, 12/04/15 ponto de vista

“Eu me deito, durmo e acor-do, pois o Senhor me sus-tenta” (Sl 3.5).

Senhor Majes toso, louvado seja sempre o Teu nome! Tu nos guardas quando nos

deitamos, dormimos e le-vantamos. Cada dia Tu nos ensinas a viver na Tua de-pendência. Como é mara-vilhoso sabermos que Tu és o Deus Provedor e Protetor; Sustentador e Encorajador; Libertador e Consolador. Cada dia nos concedes for-ças para trabalharmos com dignidade. Cada dia nos dás o pão, a subsistência em Cristo Jesus. Dependermos de Ti é o remédio contra a ansiedade.

Agradecemos-Te, Senhor, por Tua fidelidade ainda que sejamos infiéis. Tu não podes negar-Te a Ti mes-mo. Tu és Fiel a Ti mesmo. Basta-Te a Ti mesmo. O nosso coração descansa em Ti como aquela criança que repousa nos braços de Sua mãe. Confiamos em Ti como aquele filho que se joga para que o seu pai o segure. Na verdade, a nossa segurança está em Ti. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Tu nos fazes repousar se-guros em Teu amor incom-parável e insubstituível. Em Ti há segurança plena. Em Ti há perdão. Tu és amor, como diz I João 4.8.Tu nos fazes cantar o Teu amor, a Tua justiça e a Tua mi-sericórdia a cada dia. O nosso prazer está em Ti. A Tua graça é melhor do que a vida. Nada e ninguém nos poderá separar do Teu amor que está em Cristo Je-sus, nosso Senhor, segundo Romanos 8.38-39. Tu és a razão maior do sossego de nossa alma. Tu nos assistes com a Tua graça. Ela nos basta. Quando confessa-mos, Tu nos perdoas, com base no sacrifício perfeito do Teu Filho Jesus por nós.

Somos felizes porque te-mos o Senhor como o nosso Criador e o nosso Pai. So-mos do Senhor por direito de criação e por direito de redenção. Tudo por causa de Cristo Jesus, da Sua obra

na cruz e da ressurreição. É muito bom rendermos gra-ças ao Teu nome por quem Tu és, Deus Bendito eter-namente. Tu és o arrimo da

nossa sorte, o quinhão da nossa alma. Tu és Aquele que tem a capacidade plena de recrear nossas entranhas. O nosso coração se enche

de louvor por causa de Ti mesmo. Andar contigo por fé é honra, privilégio, res-ponsabil idade e prazer. Sejas Tu engrandecido em

tudo o que foi criado e não--criado. Glória ao Teu san-tíssimo nome. Acordados ou dormindo, recebas o nosso louvor.

Orando nos Salmos (3)

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15o jornal batista – domingo, 12/04/15ponto de vista

Tem havido muitos comentários e pre-ocupações com res-peito às últimas te-

lenovelas que a Rede Globo tem transmitido, especial-mente no horário das 21h. A atual – Babilônia – tem diversos lances que desafiam diversos valores éticos que acreditamos serem sadios para a vida, relacionamentos e família, a partir da visão cristã. Esta preocupação já tenho nutrido há vários anos de modo a dar aos meus alunos de ética a tarefa de assistir a alguns capítulos da telenovela das 21h da Rede Globo (que em geral não são reprisados no quadro “Vale a pena ver de novo”, em horá-rio mais cedo), com um ro-teiro de avaliação em mãos. Os relatórios que eles têm feito são surpreendentes, pois, em geral, as pessoas assistem a um programa de TV, filme ou mesmo telejor-nal, como se estivessem no “ponto morto” sem fazer a devida análise e avaliação do que estão assistindo.

Outro ponto a ser consi-derado é o efeito que este tipo de programação tem na modelagem dos valores éticos na mente de uma pes-soa se não estiver preparada para analisar o enredo e os fatos que vão surgindo à medida que o roteiro vai se desenvolvendo. Cada vez fica mais intensa a ruptura de fronteiras éticas e morais, não apenas pelas novelas da Rede Globo, mas promo-vida pelos diversos meios massivos de comunicação. Em novelas passadas, por exemplo, falava-se em ho-moafetividade como algo possível, depois veio um bei-jo entre dois homoafetivos, depois cerimônia de união homoafetiva. Depois da no-vela “Em família” houve mui-tos lances de como educar um filho e tratar a aceitação em família do assunto da

união homoafetiva. E até foi engraçado, pois falava-se em homoafetividade, mas na cerimônia da telenovela falou-se que eles eram ho-mem e mulher, portanto a matriz binária continua. Já escrevi aqui nesta Coluna um artigo demonstrando que a homoafetividade não tem fundamento científico, nem base neuro-bio-genética. (querendo uma cópia é só me escrever), mas é fruto da validação subjetiva individu-al da Pós-Modernidade. Na telenovela “Império” houve uma união meio homoafe-tiva, mas que coube um ter-ceiro na convivência. Tam-bém um filho que se revolta com o pai gay e que depois de um trauma acaba flexi-bilizando a aceitação. Na telenovela “Babilônia” temos outros acréscimos, como duas senhoras de idade que se descobrem gays. Além de tudo isso tem ainda a adição de violência, ciúme, inveja, traição, mentiras, etc. Aliás, a publicidade desta última telenovela focalizou o tempo todo sentimentos perversos e agressivos.

Imagine, dia após dia, se-mana após semana, o que ocorrerá com a estrutura de valores éticos de uma pessoa que se submete a assistir a uma novela, sem qual-quer referencial de análise. Democracia significa que todos têm o direito de livre consciência e de decisão, que as pessoas têm o direito de avaliar o que ouvem e assistem.

Estamos vivendo sob uma ditadura ética imposta pela televisão (mas também pela ideologia instalada pelo atual governo) que nos quer deter-minar como educar nossos filhos, como deve ser o nosso sentimento em relação ao nosso casamento e no trato das pessoas em situações de conflitos, invadindo nossos lares, nossas consciências.

Lourenço Stelio Rega©

Procure analisar os programas tendo em mãos os seguintes itens:

1. Qual o exemplo de caráter foi expresso pelo programa? Os exemplos de vida no programa poderão ser imitados, à luz da visão cristã de vida?

2. Que tipo de relacionamento social foi visto? Como as pessoas são tratadas?

3. Que sonho ou fantasia o programa gerou no telespectador? (Lembre-se que o aspecto bem forte da comunicação humana é essencialmente lúdico, portanto, baseado em fantasia, sonhos, imagens, que são as-pectos não-verbais da linguagem ou comu-nicação humana).

4. Qual a velocidade dos acontecimentos? O telespectador tem o necessário tempo para analisá-los a partir de referenciais éticos cristãos?

5. Que ideais de vida o programa apre-sentou? O programa apenas retratou a vida como é ou apresentou ideais mais elevados de vida a serem alcançados?

6. Que tipo de reação à vida foi transmiti-do? Exemplos:

Ideais SignificadosIntencional vale a intenção

Imediatista vale o hoje e o agoraPragmática vale o que é útil, se dá lucroPrudencial vale a consequênciaEgoística eu, eu, eeeuuu, somente euuuuuu...Idealista vale a pena ter ideais como norteadores da vida

Eu sei que muita ênfase tem sido dada à Psicanálise, mas, queiramos ou não, há alguns princípios da Psicologia Comporta-mentalista que ainda não conseguiram ser superados, como o de que um estímulo repetido constantemente acaba se tor-nando em hábito. Cenas repetidas diaria-mente, com toda a dinâmica, cor, música de fundo, que demonstrem infidelidade, mágoa, ira, vingança, etc., podem fragi-lizar concepção de vida a respeito destes sentimentos que cada um de nós tem, fazendo profunda “lavagem cerebral” em nossos valores morais e éticos.

Não precisamos nos afastar radicalmen-te dos programas de TV, mas ter uma atitude analítica e profética. Aliás, tenho percebido que, como igreja em geral, temos perdido essencialmente essas pri-mordiais funções. Por que não discutir com nossos filhos cada filme, cada pro-grama de TV, com este roteiro em umas das mãos e com a Bíblia em outra? A ética bíblica é de diálogo, a ética destes pro-gramas é de ditadura impositiva que não permite o diálogo.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA Babilônia:

a telenovela como instrumento

de aprendizagem moral e ética

Querido pastor, enquanto você poderá imaginar que os ensinos de seus dois sermões dominicais de meia hora cada estejam trabalhando com a construção de sólida estrutura ética e moral em suas ovelhas, será que durante os seis dias da semana, os cerca de 40 minutos diários de imagens dinâmicas, coloridas, com enredo envolvente criando expectativa para o dia seguin-te, germinando fidelização emocional no telespectador e ainda com musiquinha de fundo, não poderiam atuar de modo mais envolvente?

Penso que se utilizarmos um roteiro de avaliação como o que sugiro a seguir, poderemos ampliar a nossa ação em dar às pessoas uma ferramenta de análise e rea-ção a toda essa “invasão” da nossa mente.

Uma das perguntas que podemos sempre fazer é: por que isto que estou assistindo foi escolhido para ser assim? Por que as notícias deste telejornal focalizaram estes acontecimentos e não ou-tros? Quais foram os critérios seletivos para estas escolhas? O mesmo ocorre com uma

telenovela. O que está por trás do roteiro, das cenas que surgem a cada segundo de modo envolvente e brilhante diante de nossos olhos? O que o autor da telenovela e a própria rede de televisão es-tão querendo ensinar? Qual a ideologia que está por trás de tudo isso?

O roteiro que dou aos meus alunos é muito sim-ples, veja abaixo e experi-mente utilizar nesta próxima semana e escreva para mim através do e-mail [email protected] os resultados que você obteve.

Para uma leitura analítica da TV

Page 16: Ano CXIV R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira … · ara que envie ceifeiros para sua seara” (Mt 9.37-38). Tendo feito tudo isso, en - fim, Jesus chama os 12

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