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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 31 Domingo, 03.08.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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1o jornal batista – domingo, 03/08/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 31 Domingo, 03.08.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

2 o jornal batista – domingo, 03/08/14 reflexão

E D I T O R I A L

Graça para o ho-m e m é f a v o r imerecido disso temos plena cer-

teza, o amor que Jesus nutre pela humanidade extrapola as raias de nossa limitada imaginação e pretensa in-teligência. Com a certeza de vivermos sob a égide da graça, construímos sonhos e realizamos as ações que o bom e eterno Deus nos permite. Num mundo com-petitivo onde o mercado midiático impera com novas tecnologias somente a graça que emana do Pai, permite que nós batistas brasileiros tenhamos o privilégio de manter este, o seu e nos-so OJB que herculeamente sobrevive há 113 anos. A história indica e enaltece-mos a ideia ainda no século XIX, daqueles que podemos nominar como pioneiros da comunicação na denomi-nação batista, missionários William Buck Baby seguido por outros não menos em-preendedores Zacharias Clay Taylor e o bom judeu erran-

te no Brasil, o inesquecível Salomão Luiz Ginsburg eles ensejaram a criação e manu-tenção dos jornais O Cristão Brasileiro, O Eco da Verdade (título inicial) e As Boas No-vas, contemplando apenas Rio e Bahia, respectivamen-te. No início do século XX, 1901 o descortino que é a qualidade de quem vê de longe, impulsionou o mis-sionário W. E. Entzminger a organizar O Jornal Batista.

Entzminger, entretanto não trabalhou sozinho a graça pairou sobre ele, os organiza-dores dos três jornais iniciais seus ajudadores de primeira hora, abriram mão daqueles em favor da unicidade, um jornal que contemplasse e cir-culasse nas regiões deste pais continental. A Convenção Batista Brasileira que sempre teve visão de águia abraçou a causa, posteriormente em 1909 reconheceu o jornal como órgão de comunicação oficial da Convenção Batista Brasileira. Temos n’O Jornal Batista o formato da denomi-nação, cumprindo fielmente

a proposta de sua criação, semanário confessional, dou-trinário, inspirativo e noticio-so, um parceiro à disposição dos campos. É, portanto, este jornal compromisso dos batistas brasileiros, sua manu-tenção é compromisso meu e seu, recuar não é verbo nosso, avançar sim, este é verbo que conjugamos bem, avançar é palavra proferida por crente em Cristo, batistas coerentes. A palavra avançar é pronunciado com júbilo, notadamente nos grandes eventos da denominação, nas parcerias vitoriosas das juntas missionárias JMN e JMM, lideradas pelos pas-tores Fernando Brandão e João Marcos, este é tempo de empenho com compro-missos assumidos e projetos estratégicos em andamento, é tempo de avançar.

Se é tempo de avançar que podemos fazer por uma instituição centenária, são 113 anos de existência, pa-trimônio nosso, portanto qual presente ela merece? Certa-mente, a indagação faz jus à

resposta imediata – ação – o que estamos fazendo? Apro-priado seria que a liderança que lê, valoriza, reconhece os méritos e a importância do jornal, originasse uma campanha de assinaturas em prol de OJB com a membre-sia de sua igreja; Um fato que poderia acontecer anual-mente - no terceiro domingo de julho – o calendário das igrejas desse ênfase ao ani-versário do noticioso oficial da denominação fazendo no momento de culto, menção da data e um chamamento em favor de novos assinan-tes para o jornal. Quanto ao exemplar enviado semanal-mente as igrejas, a sugestão é, seja colocado em lugar estratégico proporcionando aos membros, acesso as in-formações, se a estratégia já é adotada, a liderança está de parabéns. São sugestões que reputamos como cabíveis e próprias à ocasião.

Sandra Natividade,membro do Conselho

Editorial

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 03/08/14reflexão

(Dedicado à leitora Lourdes Lemos Almeida, de Brasília, DF)

“Estai sempre preparados para responder com mansi-dão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 3.15).

Os cânticos (cori-nhos) são os ve-ículos preferidos pelos seus auto-

res para declarações român-ticas sobre o relacionamen-to com Deus e Seu Filho. Podem sentir-se premiados quando as congregações fi-cam inebriadas pelas me-lodias doces e agradáveis, confortadoras e extasiantes; algumas experimentam tran-ses espirituais.

Consultamos nossa coleção de cânticos e verificamos que são monotemáticos: amor e louvor a Jesus.

Os hinógrafos usam os hi-nos para lições práticas acer-ca da observância das doutri-nas da fé cristã. Cremos que ficariam tristes se alguém fos-se induzido a prestar maior atenção à música do que às palavras que se expressam por meio dela. Os cultuantes leem as estrofes e os estri-bilhos como fontes de vida, expressões de sabedoria.

Como escreveu a hinóloga Henriqueta Rosa Fernandes Braga, “A Bíblia e o Hinário são... a única literatura, fonte de ensino, de que muitos crentes dispõem”. O leigo, que talvez não tenha condi-

Levir Perea Merlo, pastor da PIB em Belo Jardim – PE

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mo-cidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho pra-zer neles” (Eclesiastes 12.1).

No mês dedicado à juventude, refletire-mos um pouco so-bre essa importante

fase da vida. Biologicamente tem prazo de validade, assim nos diz a palavra – “antes que

ções de examinar a teologia dos hinos, pelo menos pode avaliar o conteúdo doutriná-rio de suas letras.

Muitas doutrinas nós apren-demos ouvindo e cantando hinos.

A hinódia é uma forma de expressão da fé e conduta cristã.

O hinário denominacional é uma coletânea de hinos que indica o estágio em que se en-contra nossa Denominação na percepção de suas doutrinas. Uma denominação é forte e coesa na medida em que seus filiados mantêm suas doutri-nas por meio de seus hinos.

A fé e a comunhão das Igrejas batistas devem estar baseadas na Bíblia e, tanto quanto possível, em seus hinários oficiais.

Nossos hinários devem “iluminar” nossas doutrinas.

Selecionamos alguns temas doutrinários, inclusive difíceis e controvertidos, que são ex-plicados por meio de hinos.

Segunda VindaRecentemente, na pare-

de atrás do púlpito, vimos, em letras douradas, a frase: “Breve Jesus Voltará”. De imediato, a palavra “breve” nos adverte, de maneira lacô-nica, que a Segunda Vinda de Jesus ocorrerá rapidamente, acontecerá durante pouco tempo, daqui a pouco.

Os crentes da Igreja primi-tiva, nos primórdios da Era Cristã, esperavam a Segunda Vinda a qualquer momento: “Porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do

venham os maus dias”. Psico espiritual independe (veja Sal-mos 92.14 e Isaías 40.31). Ser jovem pode também significar estado de espírito. Alguns jo-vens podem viver em estado de velhice, alguns idosos de jovialidade.

Mas o que queremos de-senvolver é o tema proposto: “Testemunhando” o gerúndio dá ideia de ação continua. Somos chamados para teste-munhar sempre do grande e perfeito amor do Senhor.

Numa panorâmica bíblica vemos exemplos positivos

Senhor virá como vem o la-drão de noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e se-gurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo ne-nhum escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda” (I Ts 5.2-4). Alguns contemporâ-neos, passados dois milênios, acham que foram decep-cionados, mas esquecem das palavras dos profetas e apóstolos, nos Salmos 90.4 e em II Pedro 3.2-4 e 8-9, que enfatizaram a longanimidade divina.

Pouco tempo depois, a congregação, apoiando-se num hino traduzido pelo hinógrafo e teólogo Werner Kaschel, expôs melhor o en-sino sobre a Segunda Vinda. O letreiro dourado talvez es-tivesse expressando a opinião de algum crente, desavisado a respeito da existência de um texto evangélico, que diz: “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai” (Mt 24. 36-39).

Deus, para o nosso próprio bem, nada disse ao Seu Filho.

Ou crente ignorante em relação a um hino; este escla-rece o tema: “Entre nós, neste mundo, não sabe ninguém em qual dia e em qual hora Ele vem”, e, no estribilho, reforça o ensino: “...o Senhor voltará; seu aviso do céu des-cerá” (HCC-155).

Nos mais de 100 cânticos (corinhos), usados em muitas

e negativos de testemunhar. Sansão o jovem juiz chama-do para ser o guia do seu povo Israel, numa época em que não havia rei, passou para a história sendo exem-plo negativo de serviço ao Senhor em muitos pontos; Jonas, o profeta chamado para pregar ao povo pagão de Nínive, ficou conhecido como “aquele que tentou fugir do Senhor” também não foi um bom exemplo de testemunho.

Josué, o jovem servo de Moisés, tornou-se um bem

igrejas evangélicas, só encon-tramos três que se referem à Segunda Vinda.

RetidãoDurante muitos séculos,

o homem, vil pecador, tem alegado seu propósito de retidão, mas procura não confessar seu pecado. Seria tão bom se o pecador ouvisse a experiência do hinógrafo Antônio José Millan: “Retidão em mim não há; por graça salvo sou” (CC-390).

FéA fé, ou a simulação da fé,

que era antigamente a regra, tornou-se exceção entre os homens. O ateísmo tradicio-nal era uma revolta; hoje é uma opção, ou uma atitude de indiferença, ou uma ex-pressão cultural, ou uma len-ta e progressiva desatenção às coisas do espírito.

Entre os religiosos, a fé ba-lança entre as múltiplas cren-ças e os variegados credos. Eles precisam imitar o hinó-grafo Francisco Caetano Bor-ges da Silva, que declarou: “A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor” (CC-366).

PazAgostinho de Hipona es-

creveu que “nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Deus”. A poetisa Andrônica Almeida Borges Alcântara (“Vidas no Altar”, pp. 243 e 244, Fortaleza: Ex-pressão, 2012) afirma: “não trouxeram a paz ao Universo, nem ao coração do Homem”.

sucedido general porque era temente ao Senhor, dan-do um exemplo notável de testemunho positivo; e não poderíamos deixar de falar de Paulo, o jovem fariseu que em circunstancias tão adver-sas testemunhou do Senhor de maneira que ainda hoje inspira a muitos na perseve-rança e na fé.

Quando anal isamos o texto de Eclesiastes 12, e o transportamos para o nosso século, deparamos com o grande desafio dessa gera-ção jovem, no entanto tinha

Mesmo em tempo de paz, o homem de hoje sente-se como se estivesse no meio de uma guerra urbana. Ainda é recomendável a palavra sensata do Salmista: “Muita paz têm os que amam a lei de Deus” (Sl 119.165).

O hinógrafo Ricardo Pitro-wsky imaginou “sombras es-curas” e “viver de lutas, cheio de amargor”, que os mais for-tes enfrentam, mas trazem decepções e tristezas. Como solução, sugeriu que não de-sanimassem, não perdessem a esperança, mas cantassem um hino: “Se teu coração estiver em paz, verás que um arco-íris cada nuvem traz” (CC-347).

Vida eternaHá os que visitam os tem-

plos sob a condição de outor-gar a Deus pequena parcela de seu tempo ou de seus bens; com esse pequeno esforço do-minical pensa garantir para si um seguro de salvação eterna; o problema é abrir o caminho para o céu...

O hinógrafo William Edwin Entzminger para esse proble-ma apontou a solução: “Foi Jesus que abriu o caminho pra o céu, nenhum outro vou achar. Nunca irei entrar na mansão de luz, se não for através da cruz. Para o céu por Jesus irei. Grande é meu prazer de certeza ter: para o céu pela cruz irei” (CC-306).

Todas essas são algumas das muitas expressões de sa-bedoria que encontramos nos hinários denominacionais (“Cantor Cristão” e “Hinário para o Culto Cristão”).

razão Salomão ao declarar que não podemos jamais esquecer do nosso Criador, e lembrar-se do Criador sig-nifica viver e testemunhar do seu plano perfeito para toda a humanidade, sua morte e ressurreição para que pudés-semos ter vida! E foi por isso que Ele deixou a eternidade e habitou entre nós! Somos testemunhas quando hon-ramos o seu nome, quando o glorificamos, quando nos submetemos à sua soberana vontade, pois é esse o seu ideal também para os jovens.

MÚSICARolando de nassau

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Frutos navelhice

reflexão

O problema de ser i do so s empre existiu. Por isso, a Bíblia tem uma

mensagem para os idosos: os que cultivam a comunhão com o Senhor, “na velhice ainda darão frutos; serão vi-çosos e florescentes” (Salmos 92.14).

Envelhecer não é nada fá-cil. Depender dos outros. Fraquejar no caminhar. Catar as memórias e vê-las fugindo. Não se sentir mais útil. Mes-mo sabendo das estatísticas, que dizem que o mundo está

tendo mais idosos do que jovens esses números não consolam muito no dia a dia.

Por que será que comun-gar com o Senhor nos ajuda na velhice? Porque a Bíblia nos relembra que há um tempo para todas as coisas – inclusive para a velhice. O Senhor tem uma abordagem para os adolescentes e uma abordagem para os idosos. Em todas as idades, o Senhor sabe que portas abrir para nos ajudar.

O negócio é manter planta-da no Senhor a árvore de nos-sa vida. São frutos na certa.

Julio Oliveira Sanches, pastor e colaborador de OJB

O Brasil Batista co-memora no pri-meiro domingo de agosto o Dia

do Adolescente. O objetivo é despertar pais, professores, igrejas a olhar com carinho, compreensão e amor esta idade especial. A adolescên-cia se constitui em desafio para o próprio adolescente e para aqueles que com ele laboram. Por ser irrequieto e questionador, há os que evitam confrontá-lo. Alguns líderes fogem do adolescen-te. Sentem medo em não co-seguir compreende-lo. Medo de suas perguntas.

A adolescência é a idade dos sonhos. De astronauta a jogador de futebol, todo ado-lescente deseja grandes con-quistas. Conseguir algo que o faça imortal. Há o sonho de ser lembrado por gran-des feitos. Inserir seu nome na história da humanidade, como alguém que descobriu ou inventou algo nunca antes pensado por outros. Surge dos sonhos a capacidade de criticar tudo e a todos. Há um por que jamais respon-dido pelos pais e mestres. Não basta uma explicação simplória. Cada fato requer comprovação que convença.

Na adolescência surge a paixonite aguda. O adoles-cente é mestre de carteirinha do amor platônico. Ama o impossível e sente-se triste por não ser correspondido. Hoje com a internet, muitos adolescentes têm sido vítimas do amor virtual. Das salas de bate papo. Das tentações pornográficas, que exploram de modo maligno, a explosão hormonal, característica da idade. Quando pais, mestres, pastores e lideres não con-seguem gerar ambiente de confiabilidade, o adolescente procura o primeiro “amigo” que cruza o seu caminho para desabafar suas decep-ções. São muitos os que se entregam às drogas assassi-nas. Em cassa os pais não re-servam tempo para o diálogo. Na escola e na igreja, os lide-res estão sempre ocupados. Resta o traficante, que tem tempo de sobra, sentar-se no meio fio e conversar.

Aos pais e à igreja, mais tarde, resta chorar. Tentar recuperar o irrecuperável. São os investimentos que são feitos nas cracolândias tentando transformá-las em Cristolândias. Tudo seria di-ferente se no tempo certo os pais dialogassem com os filhos. “Meu pai não conver-sa comigo”, disse-me uma adolescente há poucos dias. Claro que essa adolescente é candidata a um péssimo casamento.

A adolescência é a idade da fé e da descrença. A maioria dos salvos comprometidos com o Evangelho tomou a decisão por Cristo na adoles-cência. Ocorreu a decisão de se preparar para servir. Ir aos campos de Missões. Escolher a profissão que dê oportuni-dade ao servir. Mas, também é a idade da descrença. Por ver a hipocrisia do mundo adulto, o adolescente deixa de crer nos pais. A análise entre a aparência e a reali-dade, leva o adolescente a desprezar a hipocrisia dos adultos. Em alguns casos, a descrença, gera conflitos homéricos entre pais e filhos. Há uma decepção profunda. Aquele pai tão honesto e aquela mãe tão certinha, não conseguem mais esconder seus erros. Ao descobrir as

falhas dos pais, o adolescente passa a questioná-los e agre-di-los. Tornando-se rebel-de. Na igreja, o adolescente descobre e vê hipocrisia no comportamento dos mais ve-lhos. Pregam mensagens não vividas. O amor transmitido pela grei, não suporta o crivo do confronto com a verdade. É a idade em que muitos adolescentes, abandonam a igreja em busca de emoções e experiências, que na visão adolescente, sejam reais.

O maior crime que se pode cometer contra o adolescen-te, é promover discórdia e divisão, no corpo de Cristo. Ele não consegue entender tal agir. Alguns voltam mais tarde, trazendo as cicatrizes e os sofrimentos impostos pelo pecado. A realidade seria outra, caso a família e a igreja, tivesse investido em preservá-los do mal. Seria diferente, se a hipocrisia, não se constituísse em marca registrada do agir adulto.

Numa sociedade confusa, desequilibrada, sem padrões confiáveis, sob o império da violência, mentira e imorali-dade, o adolescente carece de especial atenção dos pais e da igreja. O dialogo e ami-zade sincera, vai impedi-lo de buscar emoções fora do lar ou da igreja. Os pais pre-

cisam reservar tempo para ouvir os filhos. Dialogar e saber de suas carências. Sa-ber respeitar a visão que o adolescente tem da vida. Tratá-lo com repeito. Não adianta deixar para os filhos, bens materiais, conquistados às duras lutas, se para obtê--los, os pais decidiram pela perda dos filhos.

A Igreja pode realizar mui-to em prol da adolescência. Jamais forçá-lo a ser jovem antes do tempo. Acampa-mentos com temas específi-cos, coros só de adolescen-

tes, que atendam a transição da idade. Erram aqueles que, tentam agrupar o adolescente com o jovem. Por comodida-de, muitas igrejas assim pro-cedem. Isto significa roubar do adolescente o encanto que a idade gera. Trate seu adolescente como adoles-cente, jamais como júnior ou jovem.

Aos adolescentes… para-béns pelo seu dia e pela be-leza que a vida proporciona. É bom ser adolescente. Pena que o período dure tão pou-co. Portanto aproveite.

5o jornal batista – domingo, 03/08/14reflexão

Embora a copa de 2014 já seja uma página virada e todos já es-tejam pensando em

Moscou no ano de 2018, ainda, é tempo de tirarmos algumas lições do grande evento que foi a copa recém--terminada:

Primeira: As seleções que trouxeram grandes estrelas do futebol não ganharam a copa. Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar, Ronney, Ca-silhas e outras estrelas não brilharam. A seleção ven-cedora não tinha estrelas, mas tinha equipe, time e conjunto.

As igrejas que baseiam suas estratégias no estrelismo de líderes e não na participação do povo, têm um tempo li-mitado de vitórias, especial-mente nas Igrejas batistas, que adotam o sistema demo-crático congregacional de governo. A força do trabalho batista não são as estrelas do ministério, mas os leigos anô-nimos que dão o sangue e a vida pela obra do Senhor. À medida que vamos descartan-do os leigos, cai a média do nosso crescimento. Podemos entender a metáfora? Pode-mos mudar?

Segunda: Um país não ga-nha a copa por construir gran-des e belos estádios, mas por investir na formação de bons jogadores e bons técnicos, na construção de muitos cam-pos espalhados pelo país, como fez a Alemanha nos últimos quinze anos. Os nos-sos meninos, futuros craques, aprendem a jogar em terre-nos baldios, no asfalto das ruas, sem campos apropriados para um bom treinamento. Nada contra os mega templos, bonitos e funcionais, mas o progresso do Reino está na multiplicação de igrejas nos lares, como nos tempos da Igreja dos apóstolos. Está faltando em muitas grandes Igrejas batistas, a visão do pastor Belardim Amorim Pi-mentel, que tinha como ideal e alegria, espalhar igrejas com seus templos, casas pastorais e edifícios de Educação Reli-giosa e assim fez de Campo Grande, um grande campo missionário, enquanto foi pas-tor da Primeira Igreja daquele distrito.

Terceira: Tudo o que acon-tece em relação aos jogos

fora do quadrilátero gramado deve ser alvo de atenção e cuidados. Fiquei impressio-nado com a mobilidade das seleções e dos torcedores que cruzaram o Brasil: de Manaus a Porto Alegre e de Salvador a Cuiabá, sem qualquer pro-blema, como muitos temiam que viesse a acontecer. Se as Igrejas Batistas querem a vitória do Reino, não podem ficar confinadas aos seus tem-plos, mas devem olhar para o seu entorno sociocultural, e investir na mobilidade dos seus membros, através de missões nacionais, de obras sociais, influência política e transformação cultural pela vida e proclamação do Evan-gelho de Jesus.

Quarta: Que vergonha o escândalo da venda ilegal de ingressos! Foi a mancha da copa. Falta de ética de estrangeiros e brasileiros. O Evangelho impõe um com-promisso ético. Impõe sim, queridos. Não podemos ad-mitir falta de ética por parte de crentes, pastores e até de igrejas que fazem “gatos” nas instalações elétricas e hidráu-licas, nas suas casas e até em templos, nem profissionais liberais que não podem se limitar à observância da ética profissional, mas precisam praticar a ética de Jesus.

Quinta: O descontrole emocional não pode, de maneira alguma, dominar as nossas atividades dentro e fora da igreja. Nada de morder, seja física, seja mo-ralmente, qualquer irmão ou qualquer pessoa, que pense de maneira diferente de nós. Um dos aspectos do fruto do Espírito em nós é o domínio próprio.

Nota: Não assisti a nenhum jogo do Brasil. Não posso! No último jogo que assisti, no momento em que o To-ninho Cerezo, deu o passe ao jogador italiano que fez o gol, desclassificando o Brasil (onde foi mesmo?), fui medir minha pressão, estava 22 por 12. O Hino Nacional e a Bandeira do Brasil mexem muito com as minhas emo-ções. Prefiro me emocionar com a leitura da Bíblia e com o cântico dos hinos, que não fazem subir minha pressão arterial, o que já é outra me-táfora: Emoções não são des-cartáveis!

Eliezer Victor Ramos, pastor dos jovens da Primeira Igreja Batista da Penha – SP

Adolescência é uma fase de transição. Transição da infân-cia para a vida adul-

ta. Por isso, ela é repleta de escolhas, dúvidas, questiona-mentos, incertezas, alegrias e tristezas. É na adolescência que valores são definidos e o caráter moldado. Nessa fase tão intensa, o papel dos pais é fundamental. Nada exerce maior influência na vida de alguém do que o seu lar e a que são expostos nele. Neste mês de Agosto celebramos o Dia do Adolescente e o Dia dos Pais. Quero nesta refle-xão, falar sobre a importância do papel do pai com seu filho adolescente.

Podemos lembrar a fa-mília de Jesus e de seus pais, José e Maria. Ouvi-mos muito sobre o papel de Maria na vida de Jesus e pouco sobre o de José. No entanto, o último episódio que encontramos José é a ida da família ao Templo de Jerusalém, com Jesus aos 12 anos de idade. Através das características culturais judaicas, podemos ter al-gumas ideias da influência que José exerceu sobre Je-sus pelo menos até o início da sua adolescência.

O filho primogênito tinha um significado muito im-portante na cultura de Israel. O pai era o responsável por educá-lo, alfabetizá-lo, ensi-nar a sua profissão e ensinar as Escrituras. Foi de José essa tarefa com Jesus.

Vemos uma grande identi-ficação em alguns textos do Evangelho entre Jesus e José, o que nos dá a ideia de que José viveu e acompanhou boa parte da vida de Jesus. Quando Jesus ensinava em Nazaré, cidade onde cresceu, pessoas admiradas com seus ensinamentos diziam: “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55).

José foi fundamental pra tornar possível a vocação de Jesus. Jesus só foi chamado da descendência de Davi, da raiz de Jessé, o leão da tribo de Judá, porque José era da tribo de Judá e da descendên-cia direta do Rei Davi.

Pais se quiserem abençoar seus filhos, precisam ter as mesmas atitudes de José. Acompanhar seus filhos. Ca-minhar junto. Chamar pra si a responsabilidade de ler e ensinar a Palavra de Deus para cada um deles. Ensinar sobre os propósitos que Deus para vida dos seus filhos. Não terceirize a educação cristã dos seus filhos.

Portanto, seja um pai que inspire seus filhos. Seja um pai que crie filhos para o Senhor. Inspire a um relacio-namento sólido com Cristo. Adolescente precisa do re-ferencial masculino de lide-rança. Precisa de pais que os ensinem a importância do papel da igreja. Esses ensina-mentos começam em casa. Começam com o exemplo. Ore por seus filhos. Ore com seus filhos.

Sobre o que estamos construindo nossas vidas?Você deve se lembrar do

conto dos “Três porquinhos”.Cada porquinho construiu

uma casinha para si mesmo para se proteger dos ataques do Lobo Mau. O primeiro porquinho construiu sua casa de palha. O segundo cons-truiu sua casa de madeira. O terceiro construiu sua casa de tijolos. Quando o Lobo Mau chegou, ele “bufou e soprou” e as casas que foram constru-ídas com palha e madeira ca-íram, mas ele não conseguiu derrubar a casa de tijolos.

Sobre o que estamos cons-truindo nossa casa? Sobre o que estamos construindo nossa vida?

Gosto de um filme, cujo título é Tempo de Recomeçar. Seu título em inglês é mais sugestivo: House As a Life. A história concentra-se num

homem que está ansioso para reparar seu relacionamento com sua ex-esposa e filho adolescente depois que ele é diagnosticado com câncer terminal. Ao mesmo tempo, George (doente terminal) decide derrubar e recons-truir sua casa, na intenção de deixá-la como herança para seu filho. Enquanto refaz sua casa, George percebe diver-sas coisas que gostaria de poder “refazer” em sua vida.

A comparação do ato de derrubar a velha casa e cons-truir uma nova com a sua vida é inevitável. Tudo o que George queria era poder voltar atrás e apagar anos de escolhas destrutivas. Salvar seu casamento, não perder sua esposa que ainda tanto ama e não perder seu filho. Mas agora sua vida está com os dias contados e o tempo está se esgotando.

Vai chegar o dia em que iremos parar analisar nossas escolhas e as consequências delas. Esse dia pode ser tar-de demais para recomeçar. Pessoas já terão sido feridas e machucadas, oportunidades perdidas e uma vida toda desperdiçada.

Jovem, sobre o que você está construindo sua vida? Salmo 127 diz: “Se o Senhor não for o construtor da casa, será inútil trabalhar na cons-trução”. Você tem deixado que Deus seja o construtor da sua vida? Jesus tem sido o seu alicerce e rocha firme? Quando você olha para sua vida, você está satisfeito com o que vê?

Somos jovens apenas uma vez. A juventude passa e muitos se lamentam por te-rem vivido tão distantes de Cristo. Sua casa é assombra-da por um passado de peca-dos e lembranças amargas.

Construa sua vida sobre a rocha que é Jesus Cristo, “Antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: ‘não tenho satisfação neles” (Ecl. 12.1).

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 03/08/14 reflexão

Nem sempre o s melhores presen-tes vêm em belos embrulhos ou são

de muito valor monetário. Um dia desses, em uma das arrumações de gavetas, en-contrei um envelope com meu nome e dentro estava uma linda poesia dedicada a mim, de autoria da querida irmã, já falecida, Cláudia de Castro França, esposa do Pr. Wilson França. Irmã Cláudia era um doce de pessoa. Foi

missionária por muitos anos, com seu esposo, no interior do Brasil.

Compartilho com meus lei-tores essa pérola, que se ficar guardada num fundo de gaveta vai deixar de abençoar a mui-tos e deixaria de contribuir, também, para o acervo da poesia evangélica brasileira.

Enquanto escrevo esta in-trodução estou em São Paulo vivendo o que ela colocou em uma frase “viaja pelas cidades...”.

Doronézio Pedro de Andrade, pastor da Primeira Igreja Batista de Guarapari - ES

Deus, Senhor da vida, ao criar o ho-mem segundo Sua imagem e seme-

lhança, planejou cada fase da existência, desejoso de que não houvesse massificação ou anulação delas.

A beleza da vida se encon-tra exatamente no fato das pessoas saberem desfrutar dos momentos e situações, com coragem, sem se omitir diante das críticas e adversidades.

Deus, Senhor da vida, ao criar o homem segundo Sua imagem e semelhança, pla-nejou cada fase da existência, desejoso de que não houvesse massificação ou anulação delas.

A beleza da vida se encon-tra exatamente no fato das pessoas saberem desfrutar dos momentos e situações, com coragem, sem se omitir diante das críticas e adversidades.

Tem-se tornado muito co-mum, mas também, errada-mente, chamar os adolescen-

tes, que são bênçãos de Deus, de aborrecentes, como se eles não possuíssem grandes qualidades e um potencial exuberante. Precisamos, não só valorizar, como também permitir que os mesmos ocu-pem o seu espaço no mundo.

Devemos nos constituir em facilitadores, a fim de que eles tenham em nós bons amigos, que compreendam suas inquietações, sonhos e propósitos. Eles são simples-mente encantadores, fruto de toda uma inquietação de vida.

Eles possuem um idioma especial, usando termos que parece mais de outro planeta, porém, criativo. Só andam em tribos, nunca sós, pois descobriram a alegria da con-vivência.

Eles nos dão uma grande lição, posto abominar a soli-dão. Sabem viver com outros, sem almejar puxar o tapete.

São capazes de rir das man-cadas, sem se preocupar em explicar ou justificar tudo que fazem.

Diferente como alguns pen-sam, são profundamente res-ponsáveis, fazendo as coisas com esmero.

Certamente que o nosso

mundo não teria o mesmo sentido e colorido sem a pre-sença destes amados e diver-tidos adolescentes.

Eles precisam da nossa con-fiança. Não podemos duvidar de sua capacidade de escolha.

Nesta fase da vida, os nossos adolescentes devem receber de nós o voto de confiança, posto que durante muitos anos falamos, disciplinamos, conver-samos e os preparamos para a vida, e isto em todas as áreas.

Portanto, acreditemos neles, constituindo-nos nos seus maiores incentivadores, es-tando sempre ao seu lado, para que quando, necessitem de nós, expressemos amor e compreensão.

Tudo que é benção de Deus faz bem, edifica e nos enche de prazer.

Louvamos ao Senhor por estas vidas valiosíssimas, que exalam o bom perfume de Cristo Jesus.

Adolescentes, obrigado por existirem, adoçando o nosso mundo, pondo um sorriso nos nossos lábios tensos e nas nossas faces carregadas de preocupações.

Vocês são simplesmente DEZ.

Adolescente, benção divina

Pastor ConsagradoCláudia de Castro França

Jovem Pastor consagradoGuia ovelhas de Jesus,Que fora crucificado,Numa grande e triste cruz.

Viaja pelas cidades,Leva a palavra divina,Que só declara o bem que ela ensina.

A pessoa convertida,Possuidora de amorAo endireitar a vida,Segue depois o Senhor.

Quem aceita os mandamentosDe sabedoria e amorTerá mil conhecimentosLivrar-se-á de temor.

Uma pessoa infeliz,Desanimada, sofrendo,Seguindo o que a Bíblia diz,Fica ditosa aprendendo.

No céu, constante alegria,Cantam anjos, homenagem.Neste alegre e feliz diaPelo efeito da mensagem.

Abençoado seráQuem ensinar salvação.Galardão receberáPor sua consagração.

7o jornal batista – domingo, 03/08/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

No mesmo ano em que os batistas brasileiros come-moram 40 anos

de Trans, Missões Nacio-nais teve a oportunidade de realizar a 1ª operação Jesus Transforma tendo como público-alvo o povo cigano.

A 1ª IB em Itaim Paulista, São Paulo (SP), sob a lide-rança do pastor Arídio Pinto Barreto, serviu como base para a realização da Trans Crianças Ciganas; lá foi reali-zado o culto de comissiona-mento. Um grupo formado por 34 voluntários evan-gelizou, durante oito dias, em acampamentos ciganos localizados em São Paulo e região Metropolitana, como Guarulhos, Itaquaquecetu-ba e Suzano. Os missioná-rios pastor Gilmar e Jádima Barbosa, que trabalham na evangelização da etnia ciga-na, participaram e foram os responsáveis pela realização da operação. E outros obrei-ros, como a missionária de alianças estratégicas Ruth Cruz e o gerente de etnias, pastor Marcos Stier Calixto, também participaram.

Segundo o pastor Gilmar, a realização desta Trans teve sua relevância em função de vá-rios aspectos, principalmente porque durante muitos anos os ciganos foram esquecidos até mesmo pela igreja. “Mas Deus tem mudado esta histó-ria. Hoje, muitas igrejas, por meio do trabalho realizado por missionários da JMN, têm enxergado que os ciganos pre-cisam de Jesus”, diz. A Trans impactou as pessoas evange-lizadas e todos os envolvidos.

“Foi uma oportunidade ím-par para envolver as crianças e mostrar nosso carinho e atenção por elas, bem como compartilhar o caminho da salvação e como elas são importantes para Deus”, declarou Ruth Cruz. Ain-da de acordo com ela, esta operação evangelística foi também uma grande opor-tunidade para que outras pessoas conhecessem os ci-ganos, quebrando barreiras e paradigmas e, assim, se interessando por mais um projeto missionário.

O evangelho foi comparti-lhado com as crianças duran-te o culto infantil e por meio de diversas atividades como Kid’s Games, pintura de ros-to, entre outras. As crianças

receberam os voluntários com muita alegria. “Elas es-tavam nos esperando”, conta Ruth. A missionária destacou como momento emocionan-te a atitude de uma menina de 10 anos de idade que acompanhou sua mãe, que foi voluntária da Trans, e ao sentar-se perto de uma criança cigana começou a evangelizá-la. “Me chamou

a atenção sua simpatia e a maneira como conversava com a menina cigana, expli-cando o plano de salvação”, relatou Ruth.

O pastor Gilmar Barbosa afirma que a Trans Crian-ças Ciganas foi marcada por momentos especiais, desde o convívio com voluntários, envolvimento das igrejas e recepção dos ciganos até o

fechamento com o culto da vitória. “Pelos acampamentos que passamos a maioria das crianças aceitaram Jesus. Nós realizamos trabalhos com 74 crianças ciganas nestes dias, e muitas delas fizeram a oração de confissão, deixando Je-sus entrar no coração. Foram momentos intensos, mas com um encerramento grandioso proporcionado pelo Senhor”,

declarou. No culto da vitória, além dos voluntários, muitos ciganos e seus filhos estive-ram presentes.

A voluntária July Pereira, da IB Central em Itaim Paulista, reconhece que o povo ciga-no está no coração de Deus. Após ter participado da Trans, e estado em contato com a cultura, ela afirma que eles es-tão em seu coração também. Segundo ela, muitos deles estão abertos ao evangelho e sedentos do amor de Deus. Muitos ciganos enfrentam problemas causados por bebi-das, outras drogas e cigarro, e acreditam que só Deus pode-rá libertá-los de tudo o que os tem aprisionado.

“Participar dessa Trans foi um privilégio. A cada pas-so dado pela nossa equipe, senti e presenciei o cuidado do nosso Deus, que esteve à frente a nos guiar. Poder testemunhar da manifestação do nosso Deus aos ciganos foi algo único, que só me fez ter a certeza de que o meu Deus não me chamou para ficar ‘esquentando os bancos da igreja’ nos domingos”, diz July. Como voluntária, ela passou de tenda em ten-da intercedendo pela saúde e pelas famílias, ouvindo suas histórias e dando um abraço amigo. July também trabalhou na evangelização de crianças por meio de mú-sicas, histórias bíblicas, en-cenações e outras atividades como Kid’s Games.

Com o fim da Trans, o casal Gilmar e Jádima fica responsá-vel pela caminhada discipular das crianças e adultos alcan-çados. Eles contam que já existe uma igreja cigana, plan-tada em um dos acampamen-tos: a Primeira Tenda Batista Nômade de São Paulo. Com o crescente número de vidas al-cançadas, torna-se necessário o envio de mais obreiros para este campo. Interceda por esta causa, e também para que as pessoas continuem firmadas em Cristo.

Louvamos ao Senhor por-que a Palavra foi pregada para as crianças e também para seus pais. Como em todo projeto missionário, o Senhor usou todos quantos se colocaram à disposição dele. Coloque-se você também a serviço de Jesus, e participe de um de nossos projetos missionários. Acesse www.missoesnacionais.org.br para conhecer nossos projetos e saber como fazer parte do avanço missionário no Brasil. Oração em um dos acampamentos visitados

Menina de 10 anos, filha de voluntária da Trans, evangeliza criança cigana

Momento de oração com algumas mães do acampamento cigano

Pintura de rostoDurante o culto infantil

Voluntários no culto de comissionamento, realizado na 1ª IB do Itaim Paulista

Trans Crianças é realizada em acampamentos ciganos de

cidades paulistas

8 o jornal batista – domingo, 03/08/14 notícias do brasil batista

Deus, nós, os Adoles e o mundo de hojeMatheus Machado, seminarista, Equipe JBB

As épocas e gerações são todas iguais? Essa pergunta pode parecer óbvia e fá-

cil de ser respondida, mas na prática, ela vai além... Quer ver? Vou lhe fazer uma ou-tra pergunta: Se cada época e geração é diferente, por-que continuamos a fazer as mesmas coisas do passado e querer obter os mesmos re-sultados? Vou explicar o que quero dizer: queremos alcan-çar uma geração diferente fazendo as mesmas coisas que eram feitas no passado. Nosso Deus é o mesmo, sua Palavra é a mesma, mas o mundo em que vivemos já não é o mesmo e, conse-quentemente, as pessoas não são as mesmas. É possível encontrar líderes e pastores de juventude que andam frustrados com seu ministé-rio, reclamando que a galera não aparece, não chega jun-to, está desinteressada com o trabalho da igreja. Tenho me questionado sobre isso, e neste dia do Adolescente Batista, fizemos um panora-ma daquilo que está acon-tecendo no mundo de hoje com um olhar no perfil do adolescente brasileiro. Esta é uma tentativa de olharmos para os nossos adolescentes com o pensamento de que uma nova geração precisa de uma nova perspectiva e uma nova estratégia que serão dadas pelo Eterno Deus – o mesmo ontem, hoje e sempre - em sua Palavra, que perma-nece a mesma. Como a Gil costuma dizer, “sua fonte é inesgotável”. No livro de Jeremias, ele nos conta que quando a gente clama por Ele, ele nos responde e nos apresenta coisas grandes e firmes que nós não conhe-cemos. Que tal buscarmos de sua fonte e olharmos o mundo ao redor da gente, e assim, sonharmos e vivermos os sonhos de Deus para esta geração?

Vivemos num país jovem. O Brasil tinha um total de quase 80 milhões de crianças, adolescentes e jovens até 24 anos em 2009 (cerca de 42% do total da população). Embora a população brasileira esteja envelhecendo, o Brasil ainda deve ser considerado um país essencialmente jovem.

Em 2012, o Brasil registrou 341.600 divórcios concedidos em primeira instância e sem recursos ou por escrituras extrajudiciais. 87,1% dos divórcios concedidos no Brasil tiveram a responsabilidade pelos filhos delegada às mulheres contra 6% que tiveram a guarda compartilhada. “A guarda compartilhada ainda é uma situação pouco observada no país, porém crescente”, diz o IBGE.

Nos EUA, 78% dos adoles entre 12 e 17 anos possuem celulares, e 47% deles, tem smartphones. Ainda não há pesquisas no Brasil que divulguem esse número entre os adolescentes brasileiros, porém sabemos que a galera está hiperconectada.

Falando de hiperconectividade, eles fazem parte da primeira geração globalizada do mundo. Online 24h por dia, esses adolescen-tes estão nas redes sociais, conectados ao mundo através de smartphones – celulares inteligentes com milhares de aplicativos.

Sobre o uso de smartphones: 96% das pessoas usam eles dentro de suas casas, reduzindo o diálogo, enquanto utilizam eles em 86% das vezes para a comunicação, 59% das vezes em redes sociais.

Uma pesquisa sobre a sexualidade dos jovens do Brasil, revelou que 2 em cada 3 adolescentes no Brasil, tiveram sua primeira relação sexual antes dos 16 anos, em números, isso significa 25,3 milhões de pessoas.

No mundo em que essa ge-ração vive, existem mais de 15 países - inclusive o Brasil - que aceitam a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Mais de 1000 uniões como estas já foram legalizadas aqui em nosso país.

9o jornal batista – domingo, 03/08/14

Cresceu o uso de drogas ilícitas por adolescentes de 2009 para 2012, sobretudo entre as meninas. É o que mostra pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), em 2012, chegou a 9,9% a proporção de adolescentes que vivem nas capitais que já experimentaram drogas ilícitas, o que equivale a pouco mais de 312 mil jovens. Em 2009 quando foi feita a primeira pesquisa desse tipo, o porcentual foi de 8,7%.

Solidão e bullying - Embora a pesquisa não tenha investigado as razões que levaram os ado-lescentes ao uso de bebidas alcoólicas, drogas e os efeitos causados, 16,5% dos jovens entre-vistados disseram terem se sentido sozinhos nos 12 meses que antecederam a pesquisa. O sentimento de solidão é muito maior entre as meninas (21,7%) que entre os meninos (10,7%). As meninas também são mais suscetíveis à in-sônia em decorrência de preocupações: 12,85% delas disseram já ter perdido o sono, enquanto entre os meninos são apenas 6,3%.

Um quinto (20,8%) dos adolescentes pratica bullying, também revela a pesquisa do IBGE. De outro lado, 35,4% disseram ter sofrido agres-são, humilhação e hostilidade por parte dos colegas sendo que 7,2% disseram que a prática é frequente e 28,2% afirmaram que acontece raramente ou às vezes. Pela primeira vez os adolescentes foram questionados se participam de ataques aos colegas, por isso não há compa-ração com 2009.

Maior do que a proporção de adolescentes que sofrem bullying sempre ou quase sempre, no entanto, é a de jovens que são agredidos por adultos da própria família. Pouco mais de 10% dos entrevistados disseram terem sido agredidos nos 30 dias anteriores à pesquisa. As meninas são mais vulneráveis (11,5% delas sofreram agressões) que os meninos (9,6%)

No caso das drogas lícitas, nada menos que sete em cada dez ado-lescentes já experimen-taram alguma bebida alcoólica.

notícias do brasil batista

Deus, nós, os Adoles e o mundo de hoje

Em relação aos exercícios físicos, apenas três em cada dez ado-lescentes são considerados ativos (fazem 300 minutos ou mais de exercício por semana, o que equivale a uma hora de atividade física, cinco dias por semana). Quase oito (78%) em cada dez adolescentes veem televisão, durante, pelo menos duas horas por dia, tempo considerado excessivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Embora o trabalho de crianças e adolescentes até 13 anos não seja permitido pela lei brasileira, 8,6% dos alunos do 9º ano no país trabalham, mostram os da-dos do IBGE.

O desafio é grande, mas ainda maior é o Deus que nos confiou o desafio de cui-dar dessa geração. Ele nos dá as estratégias, Ele envia pes-soas, Ele nos dá criatividade, Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. Filipen-ses 2.13 nos adverte: “pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o rea-lizar, de acordo com a boa vontade dele”. Sua vontade é boa, perfeita e agradável, e neste tempo ele nos sustenta-rá e cuidará dessa molecada, como tem feito de geração em geração. Contudo, não podemos nos omitir. Como pastores, líderes e pais, pre-cisamos investir de maneira sábia e profética sobre eles. Cremos nos planos e propósi-tos de Deus sobre a juventu-de brasileira, e por isso a JBB existe. Nosso maior objetivo é favorecer o adolescente a viver uma experiência com Deus e contribuir em seu pro-cesso de crescimento e ama-durecimento para vida. Que Deus cuide de nossas mentes e corações neste tempo.

Como falar dos Adoles e não falar do Teen Brasil? O Teen Brasil é um Congresso que reúne adolescentes de 12 a 18 anos. É uma mistura que reúne, criatividade, ami-zade, muita adrenalina, brin-cadeiras divertidas, esporte, mensagens contextualizadas, celebrações, arte e 100% de relacionamento com Deus. Estamos trabalhando para que a temporada 2015 seja ainda melhor que a 2014 que já aconteceu em Janeiro em São Paulo e que acon-tecerá em Novembro em Recife. Queremos que esses adolescentes sejam conta-giados pela mente de Cristo, permitindo que suas vidas sejam elevadas, e assim, possam caminhar cada vez mais alto em todos os aspec-tos de suas vidas. Aguarde, vem muita novidade por aí!

A todos os adoles do Brasil, parabéns pelo dia de vocês!

10 o jornal batista – domingo, 03/08/14 notícias do brasil batista

Gilmar Pereira de Souza, diácono da PIB Niterói

No mês de março de 1964, depois de abençoado pas-torado na Primeira

Igreja Batista de Vitória - ES, toma posse na PIB Niterói o pastor Nilson Fanini.

Para comemorar o Jubileu de Ouro da família Fanini em Niterói (março de 1964 - março de 2014), o Diaconato da Primeira Igreja Batista de Niterói (PIBN), promoveu um Culto em Ação de Graças ao Senhor, que ocorreu no domingo 30/3/2014, durante o culto da manhã, no templo da Igreja onde o pastor Fanini pastoreou por 41 anos.

Glória a Deus nas maiores alturas, porque a Igreja pode relembrar de tão grandes bên-çãos e realizações ocorridas no período e da instrumen-talidade que Deus operou na vida do casal Fanini no seio da PIB Niterói.

A irmã Helga Kepler Fanini, fiel companheira e grande co-laboradora, durante 53 anos de feliz vida matrimonial, hoje diaconisa ativa e mem-bro da Igreja Batista Memorial de Niterói. Convidada pelo Diaconato, foi homenageada por sua efetiva contribuição e sua dedicação exemplar, du-rante 50 anos ininterruptos ao trabalho Batista em Niterói, no Brasil e no mundo.

O presidente do Diaconato da PIBN, irmão Epitácio Cor-deiro, convidou a irmã Helga Kepler Fanini para assomar à plataforma do púlpito, dirigin-do-lhe palavras de reconheci-mento, pela grande folha de serviços prestados pelo casal Fanini na cidade de Niterói, no Estado, no Brasil e no mun-do, pontuando que a Igreja e o Diaconato, não poderiam de modo algum, deixar de registrar essa importante data, tantos foram os resultados con-cretos que até hoje dão frutos para a Obra do Senhor.

Após receber um abraço do casal pastor José Laurin-do Filho e sua esposa Loyde Laurindo, do presidente do Diaconato irmão Epitácio Cordeiro, a irmã Helga Fanini dirigiu uma linda e emocio-nante palavra à Igreja, reve-lando que viveu em Niterói os melhores momentos de sua vida, destacando que foi nessa cidade que criou e educou seus filhos, cidade onde nasceu a filha caçula – Margareth.

Do feliz matrimônio, o ca-sal Fanini teve três filhos:

Otto Nilson Fanini com seu filho Gabriel Nilson Fanini, casado com Kenelma Alvara-do Fanini;

Roberto Kepler Fanini, casa-do com Elâine Furlan Fanini com dois filhos: Erick Furlan Fanini e noiva Libby Christian e Ingrid Fanini Kibler, casada com Julien Kibler;

Margareth Fanini Aviles, casada com Jeronimo Bolivar Aviles e filha Nataly Fanini Aviles.

A irmã Helga destacou que todos os filhos e netos perma-necem firmes nas promessas e cooperam com suas Igrejas, tendo sido batizados pelo pai e avô.

Na ocasião, foram destaca-das as principais realizações da PIB Niterói no ministério do pastor Fanini à frente dessa Igreja:

20/03/1964 - Pos se do pastor Nilson Fanini na Pri-meira Igreja Batista de Niterói

01/08/1964 - Aquisição da casa pastoral na Rua Pro-fessor Rúbens Braga, Fátima, Niterói

01/09/1964 - Aquisição do Edifício de Educação Reli-giosa, hoje com 5 pavimentos

29/01/1969 - 51ª Conven-ção Batista Brasileira na Pri-meira Igreja Batista de Niterói

26/05/1974 - A Primeira Igreja Batista de Niterói re-cebe a visita do pastor Billy Graham

01/10/1975 - Criação do Reencontro Obras Sociais e Educacionais

05/10/1975 - Programa Reencontro TV - Canal 2 -

Primeiro Programa Evangélico de TV no Brasil

21/03/1976 - Criação do Estúdio de Rádio e Gravação “Otto Kepler” - 5º andar do Edifício de Educação Religiosa

08/02/1981 - Aquisição de área destinada ao Acam-pamento da Igreja, hoje em pleno funcionamento, com 600.000 m2

01/08/1982 - Cruzada no Maracanã “Deus Salve a Fa-mília” - 150 mil pessoas, pela primeira vez, com a presença do Presidente João Batista Figueiredo

31/05/1982 - Cul to em Ação de Graças pelas Bodas de Prata do casal Fanini

14/03/1984 - Fundação do Seminário Teológico Batis-ta de Niterói (hoje com mais de 600

pastores e líderes entregues à denominação)

11/06/1990 - C r u z a d a Evangelística Adrian Rogers

02/12/1990 - Aquisição de apartamento pastoral - Ica-raí - Niterói – RJ

01/03/1991 - Criação do Chá Evangelístico - 115 reali-zados

01/01/1992 - Criação do “Bosque da Gratidão”, na Palestina, em Israel, com a plantação de 100 árvores, parte das comemorações do Centenário da PIBN

12/01/1992 - Lançamento do selo comemorativo do Cen-tenário da PIBN, pela Empresa Brasileira de Correios, com es-tampa do templo da Primeira Igreja Batista de Niterói

18/07/1992 - Publicação do Livro “História da PIB Nite-rói” - autores: Clodowil Fortes

Cavalcanti e Eli Francioni de Abreu

18/07/1992 - Lançamen-to da Bíblia do Centenário (estes itens, no ano de 1992, integram os 100 eventos que marcaram as comemorações do Centenário)

05/08/1995 - Pastor Nil-son Fanini toma posse na Presidência da Aliança Batista Mundial - Buenos Aires – Ar-gentina

06/05/1996 - Construção da Quadra Polivalente da PIBN

05/08/1997 - Criação do Grupo de Embelezamento e Conservação de Interiores e Exteriores da PIBN

29/05/1998 - Criação da Jornada de Oração (mensal)

31/12/2000 - O pa s to r Nilson Fanini encerra seu quinquênio na Presidência da Aliança Batista Mundial, apresentando expressivos resultados no Evangelismo Mundial.

IGREJAS FILHAS: A PIB Ni-terói organizou as seguintes Igrejas durante o ministério do pastor Fanini: Igreja Batista de São Francisco, em 21/06/1969; PIB Itaipu, em 22/03/1975; Igreja Batista do Barreto, em 28/06/1975; PIB Central Nu-clear em Angra dos Reis, em 04/03/1983; Igreja Batista Betel de Friburgo, em 16/09/1989; Igreja Batista Nova Esperança, em Caxias, em 23/03/1989; Igreja Batista Nova Jerusalém, Santa Rosa, em 07/10/1989; Igreja Batista Ilha da Concei-ção, em 18/11/1989; Igreja Batista Betel de Paraíba do Sul, em 02/12/1989; Igreja Batista Boa Vista, em 31/03/1990 e

ainda as Igrejas: Central de Saquarema, Jaconé, Memorial de Teresópolis, Nova Canaã (Inoã) e Segunda Igreja Batista em Beira Mar (Caxias).

Após o pastorado na PIB Niterói, Deus ainda concedeu 5 anos de pastoreio na Igreja Batista Memorial em Niterói, onde o pastor Nilson Fanini, concretizou o seu desejo de “ficar em pé no púlpito até o último dia da minha vida”.

Conforme consta no prefá-cio do Livro “Deus Salve a Família”, de autoria do pastor Nilson Fanini, agora relança-do, o Dr. Denton Lotz assim se expressou:

“Como secretário geral da Aliança Batista Mundial, tive a alegria de trabalhar com Nilson Fanini, enquanto ser-via como presidente; Nilson Fanini tinha um amor especial pela família. Seu romance foi uma experiência diária que a todos encorajava. Pastor Billy Graham dizia que seu dom recebido de Deus era fazer apelo, chamando homens e mulheres para aceitarem a Jesus Cristo. Através dos anos encontrei homens que tinham esse dom. Nilson Fanini tinha esse dom especial de convi-dar pessoas a virem a Cristo. Seu apelo era sempre persu-asivo e dirigido pelo Espírito Santo de Deus. Precisamos de evangelistas assim nos dias de hoje! Com alegria recomen-do este livro maravilhoso a todos os amigos de perto e de longe”.

Denton Lotz – secretário ge-ral Emérito da Aliança Batista Mundial”.

MENSAGEM DO PR. JOSÉ LAURINDO: No culto co-memorativo, o pastor Lau-rindo apresentou mensagem gratulatória, fundamentado em Gênesis 12.1-3: “Família - Ideal de Deus para o Ser Humano”, destacando qua-tro bem-aventuranças: (bem--aventurança da presença do Senhor; bem-aventurança do perdão - que restaura relacio-namentos; bem-aventurança dos pais que vivem com in-tegridade - o maior legado; e, bem-aventurança do lar - como extensão da igreja). Louvamos a Deus por vidas tão abençoadas e abençoado-ras, que deixam uma folha de serviços, que só a eternidade poderá revelar, quer seja em função das 16 Igrejas organi-zadas, de tantas vidas salvas, também no trabalho social que a PIBN desenvolveu.

Primeira Igreja Batista de Niterói realiza Culto de Gratidão a Deus 50 Anos da Família Fanini em Niterói, com

relançamento do Livro “DEUS Salve a Família”

11o jornal batista – domingo, 03/08/14missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O Congresso “SIM, Todos Somos Vo-cacionados” terá uma nova edição

este ano. Depois do Rio de Janeiro, a cidade de Salvador receberá o SIM nos dias 19 e 20 de setembro. Parceria entre as Juntas de Missões Mundiais e Nacionais, a or-ganização do evento espera receber 1.000 participantes na Igreja Batista Sião, na ca-pital baiana. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas exclusivamente pela internet.

Nos dois dias de SIM, os congressistas terão a opor-tunidade de discutir o senti-do bíblico de vocação, com palestrantes Neil Barreto, Valdice Decoté, Fernando Macedo Brandão (executivo da JMN) e João Marcos Barre-

Jacqueline Matos – Missionária da JMM em Moçambique

Vou começar com a oração de uma criança e a decla-ração das mães de

nossos alunos do PEPE (pro-grama socioeducativo), que demonstram o quanto Deus tem nos abençoado aqui em Moçambique.

“Deus, quero dizer “obri-gado”! Eu te amo muito. Obrigado por minha família. Abençoa o Vando (um dos nossos meninos que perdeu a mãe). Nós amamos você! Em nome de Jesus, amém”.

“Tia Jacqueline, nós, as mães das crianças, queremos agradecer pelo que vocês têm feito por elas. Hoje elas já oram, dão beijinhos, já pedem desculpas”. (palavra de uma mãe).

Quando cheguei a este lugar, eu tinha muitas coisas na minha cabeça que gosta-ria de realizar. Confesso que trabalhar com crianças não estava em meus planos, mas para a glória de Deus, isso estava nos planos Dele e hoje sou grata pela revolução que Ele tem feito em nossa comunidade e também na minha vida.

O texto de Jeremias 29.11 tem sido minha meditação nesse tempo. Saber que Ele mesmo projeta planos a nos-so respeito pode parecer lou-

to Soares (executivo da JMM). Os momentos de inspiração musical ficarão a cargo da Banda Alumiar. O SIM deseja criar uma atmosfera, que co-nectará os participantes com o que Deus está fazendo no mundo, e que querem fazer mais através com seus dons, tempo e talentos.

Inscrições vão até 15 de setembro apenas

pela internetPara saber mais informa-

ções sobre esta edição do SIM e fazer sua inscrição, acesse www.vocacao4d.com.br.

Garantindo sua vaga até o dia 15 de agosto, o inves-timento será de apenas R$ 70,00. Após esta data, caso ainda haja vagas, o valor será de R$ 90. É importante ressaltar que você só garante sua vaga através do site ofi-cial do SIM. Não será pos-

sível se inscrever nos dias e local do evento. Dúvidas podem ser enviadas para [email protected].

Se você não conseguiu par-ticipar das outras edições do SIM, esta é sua chance. To-dos, juntos, somos parceiros

na missão de Deus. Descubra você também o seu papel dentro do propósito do Se-nhor para o mundo. Participe!

cura, mas é real e a melhor coisa que tenho experimen-tado. Você faz parte desses planos, pois quando ora ou contribui, participa ativamen-te dos planos Dele para este lugar. Por isso, louvo sempre a Deus por sua vida.

Quando comemoramos o dia da criança africana e o dia das mães, em junho, foi lindo ver 150 crianças cantando e orando com entusiasmo. Convidamos as mães para serem homenageadas, e foi surpreendente, ver crianças aprendendo a abraçar e a dizer que ama sua mãe.

Agora, estaremos nos fi-xando em uma aldeia, para apoiar mais de perto o tra-balho de uma congregação. Ore por Ndonga e Chinhaca-nine, que serão as duas loca-lidades onde iremos trabalhar até dezembro.

Seguimos também com a legalização do Projeto Con-solo. Ore para que os docu-mentos sejam aprovados em nível de província, dando--nos assim, mais abertura para trabalhar em outras lo-calidades. Louve a Deus pela equipe deste projeto. São jovens que têm se colocado à disposição do Senhor para servi-lo nesse tempo.

Agradeça também a Deus pelas 150 crianças que estão sob nossa responsabilidade, para que a semente da Pala-vra seja fixada nesses peque-nos corações a cada dia.

SIM, Todos Somos Vocacionados chega a Salvador

Os planos de Deus para Moçambique

Jovem atende família através do Projeto Consolo, em Moçambique

Mãe é homenageada por alunos do PEPE

12 o jornal batista – domingo, 03/08/14 notícias do brasil batista

Tem novidade por aí! A JBB está promovendo o 29+: Um final de semana inesquecível, num lugar sensacional,

com um Deus criativo e pessoas incríveis. Esse é o 29+: um Congresso para jovens a partir de 29 anos dispostos a curtir “O Mais Feliz da Vida”. Esse encontro promete mexer com a gente

e levar a uma profunda experiência com Deus. Faça já sua inscrição!

13o jornal batista – domingo, 03/08/14notícias do brasil batista

14 o jornal batista – domingo, 03/08/14 ponto de vista

Dilma Suely Nascimento Barbosa – Min.de Educação da Igreja e esposa do atual pastor

Foi organizada em 30/06/1984, pela PIB em Inhaúma, sendo seu primeiro pastor

Edson Domingues, atual-mente, desde 27/01/2008, pastor Laerte Sertório Barbo-sa está a frente da Igreja.

Realizamos três dias de festividades 27, 28 e 29 de junho, com preletores, co-rais, cantores e equipes de louvor, que nos ajudaram a celebrar ao Deus Vivo, em ocasião de muita gratidão e júbilo da Igreja.

Igreja Batista Monte Alegre - RJComemorando 30 anos de organizaçãoUma Igreja Viva que Cultua o Deus Vivo

Pr. Laerte S. Barbosa

Apresentação dos Coros Adonai, que completou 2 anos no dia 08/07/14, acompanhado do Coro de Flautas Perfeito Louvor, ambos da Igreja Batista Monte Alegre

Aunir Carneiro, pastor e José Carlos, missionário local

A Igreja Batista Me-morial de Macaé, q u e t e m c o m o pastor presidente

Aunir Pereira Carneiro, vo-luntariou no dia 17 de maio de 2014 alguns irmãos para abençoar vidas na Cristolân-dia - RJ, na Central do Brasil, onde foram realizados traba-lhos sociais como: corte de cabelo, banho nos morado-res de rua ou dependentes químicos, assistência na dis-tribuição de alimentos, entre outros. E o mais importante, quando foi esplanada a Pala-vra de Deus através de mui-to louvor, neste dia, houve quebrantamento de coração e almas foram convertidas ao Senhor Jesus. Segue a lis-

ta dos voluntários da Igreja Batista Memorial de Macaé: Carlos Baptista, Catharina Coelho, Flávio Rodrigues, Francini Farah, Gilçara do Carmo, José Carlos da Silva, Lucy de Mattos, Marianna Rangel, Marieta Belinda, Pa-trícia Moura, Priscila Justen, Renan Paganotti e Thalys Neves.

A Igreja Batista Memorial de Macaé demostra com este ato o carinho e amor pelas almas perdidas!

A Deus toda honra e glória!

Irmãos abençoando vidas na CristolândiaIgreja Batista Memorial de Macaé – RJ

...PORQUE FAZEMOS PARTE DO CORPO DE CRISTO.SOMOS PÉROLAS DE CRISTO...

E sabemos que a ostra ferida por algo indesejável é que produz a pérola, e Jesus também foi ferido pelas nossas trans-gressões (Isaías 53. 4-5) e nos gerou de novo e, através do seu precioso sangue derramado na cruz, somos sarados (1 Pedro 2.24) e nos tornamos boas pérolas (Mateus 13.45). Vamos continuar a escrever a história da Igreja Batista Monte Alegre até que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo volte “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Ef.5.27).

Nosso tema: Somos pérolas de Cristo

Divisa: Mateus 13.45 - “O Reino dos Céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas”.

Baseados neste tema e di-visa, ouvimos mensagens e louvores a Deus, que trou-xeram muita edificação para a Igreja e para todos os que estiveram presentes. Den-

tro do templo da Igreja está escrito, acima do púlpito: “A glória de Deus inunda este lugar”. E realmente a glória do Senhor encheu o templo, conforme Ezequiel 43.5 - “E levantou o Espírito, e me levou ao átrio interior;

e eis que a glória do Senhor encheu o templo”.

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos cha-mou à sua eterna glória (..) a Ele seja a glória e o poderio, para todo o sempre. Amém” (I Pe 5.10a-11).

15o jornal batista – domingo, 03/08/14ponto de vista

Mark Greenwood, pastor

Existe na Igreja de Deus uma tendência de se-parar a vida humana entre a esfera espiri-

tual e a esfera social. Porém, a Filosofia de Responsabili-dade Social da Convenção Batista Brasileira declara o seguinte:

“2 – DOS FUNDAMEN-TOS DA FILOSOFIA DA RESPONSABILIDADE SO-CIAL:

2.1 – A Ação Social dos batistas brasileiros expres-sa e busca cumprir os pro-pósitos do reino de Deus na sociedade com o objeti-vo de propiciar condições para a plena realização da pessoa humana em relação a si mesma, ao próximo, à natureza e a Deus.

Constituem-se funda-mentos da Responsabili-dade Social dos batistas brasileiros:

(...)d) A compreensão de que a Ação Social dos batistas é individual, no sentido da responsabilida-de do crente como pessoa, e comunitária, no sentido da responsabilidade da igreja e, em decorrência, da própria Convenção”.

Então, quando falamos so-bre a responsabilidade social da igreja, a primeira coisa que precisamos fazer é esta-belecer que exista, sim, um vínculo entre os lados social e espiritual da vida.

Para tal, é útil recorrermos a algumas passagens bíblicas que são simbólicas nesta re-lação íntima que realmente existe entre a vida da pessoa como ser espiritual e a vida da pessoa como ser social.

Responsabilidade social individual

Na passagem de I Timóteo 5.1-10, Paulo declara que se

alguém deixar de exercer a sua responsabilidade social cuidando das viúvas da sua comunidade, então tem ne-gado a fé, e é pior do que o descrente.

Estas palavras já são for-tes, mas ainda mais quando consideramos que o mes-mo autor considera que a salvação vem pela fé, e é um dom gratuito de Deus. O que esquecemos é que ele ainda explica que esta salvação deve, depois, se evidenciar através de boas obras – pois somos feitura de Deus, criados em Cris-to Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou que andássemos nelas (Efésios 2.10).

Uma observação interes-sante é que há responsa-bilidade social pelo lado de quem recebe também, pois as viúvas assistidas, na passagem lida, deviam ser pessoas que haviam teste-munhado bem através de boas obras.

Outra passagem que vin-cula fortemente uma res-ponsabilidade social do crente para com a sua res-ponsabilidade diante de Deus é Tiago 5.1-6. A falta de integridade no pagamen-to do empregado é recla-mada a Deus, que escuta a reivindicação – citação de Deuteronômio 24.15.

Estas duas passagens mos-tram o lado negativo da questão, porém há outros textos que demonstram uma conexão bastante positiva entre a responsabilidade so-cial e a vida espiritual: por exemplo, temos o encontro de Zaqueu com Jesus, onde a salvação que Jesus efe-tua na vida deste cobrador de impostos é evidenciada pela doação substancial aos pobres da comunidade, e ainda mais pela restituição da justiça, com a devolução de quatro vezes os ganhos

desonestos (Lucas 19.1-10).E, muitas vezes perdida

e despercebida, há uma importantíssima recomen-dação, dos líderes da igreja em Jerusalém para Paulo, quando tomaram a decisão revolucionaria de sancionar a missão aos não judeus em Gálatas 2.9-10 - o Evan-gelismo deve sempre ser exercido de uma maneira socialmente responsável. Ideia reforçada por passa-gens como Tiago 2 e I João 3.16-18.

Responsabilidade social comunitária / da igrejaTendo estabelecido a im-

portância da responsabi-lidade social para a vida espiritual do indivíduo, re-flitamos um pouco agora sobre passagens que indi-cam a importância do povo de Deus, como um todo, agir com responsabilidade social.

Em Atos 4.34-37 e Atos 6.1-7 temos a narrativa da prática da Igreja Primitiva.

Outro texto interessante é Malaquias 3. O mais curio-so para nós seria talvez a condenação dos líderes do povo de Deus. Costumei-ramente iniciamos a nossa leitura e reflexão sobre a importância dos dízimos no versículo 6, 7, ou 8, de-pendendo da divisão na tra-dução que usamos. Porém, não nos damos conta do versículo 5.

Inicialmente podemor perguntar o que este versí-culo tem a ver com o roubar a Deus (v. 8), e com deter os dízimos da casa de Deus (v. 10).

A frase central que pre-cisamos entender está em Malaquias 3.10: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja man-timento na minha casa.” Precisamos perguntar: Para que se precisa de manti-

mento na casa do Senhor? Em Deuteronômio 26.12 encontramos uma resposta: “De três em três anos junte a décima parte das colhei-tas daquele ano e dê aos levitas, aos estrangeiros, aos órfãos e às viúvas que mo-ram na sua cidade, para que tenham toda a comida que precisarem” (NTLH). Isso porque estas pessoas não possuíam terras, e também não podiam exercer ne-nhuma atividade produtiva naquela sociedade agríco-la, vindo a passar fome se não fosse redistribuída uma porção da safra através dos dízimos.

Interessante, também, é que o verbo em hebraico usado para “roubar” neste versículo, aparece apenas uma vez mais em todo o Antigo Testamento, em Pro-vérbios 22.22-23, quando é relacionado a furtar o que é direito do pobre, e à defesa da causa dos pobres por parte de Deus.

Assim então, afirmamos um vínculo direto entre o exercício da responsabi-lidade social do povo de Deus e um relacionamento saudável deste povo com o seu Deus.

Responsabilidade individual e

comunitária hojeResta-nos a pergunta –

como exercer esta respon-sabilidade social no Brasil do século 21?

Para responder podemos fazer uma série de pergun-tas para examinarmos a nós mesmos:

Pagamos o jornaleiro em dia?

Pagamos salários dignos a funcionários de projetos e igrejas?

Cumprimos os direitos sociais dos empregados / pastores (INSS, previdência, etc)?

Cuidamos das necessida-des das pessoas não ampara-das pela sociedade, como as viúvas na época de Paulo?

A igreja tem algum siste-ma de auxílio social para quem necessita?

Cumprimos os nossos de-veres para com os gover-nantes?

Temos lutado egoistica-mente nas prefeituras para obtermos terrenos para a construção de templos en-quanto negligenciamos as pessoas sem-teto ou em barracos em nossas cidades?

Os nossos investimentos são éticos?

Participamos em conse-lhos municipais, estaduais e nacionais, ou movimentos sociais do nosso bairro?

Nas eleições – usamos de um voto ético e consciente?

Algumas destas questões são diretamente ligadas a situações bíblicas, outras necessitam que apliquemos princípios bíblicos indire-tamente, por causa de tal questão não entrar nas pági-nas da Bíblia, mas no cerne de cada posicionamento deve haver o zelo pela ética do Reino de Deus na vida espiritual e social do crente e da igreja.

A última palavra deixo com Pedro, discípulo de Jesus, pastor da Primeira Igreja em Jerusalém. Ecoan-do as palavras do próprio Jesus, Pedro escreve em I Pedro 2.11-17 que para ele a responsabilidade social da igreja devia ser exercida com respeito para com as autoridades, mesmo aquelas que perseguiam a igreja, como o governo Romano. Também, esta responsa-bilidade não somente de-monstra respeito a Deus - ela é capaz de trazer os incrédulos para glorificarem a Deus. Que é por final a meta principal de todo em-preendimento da Igreja.