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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 17 Domingo, 22.04.2012 R$ 3,20 Uma nova igreja na Barra da Tijuca, região no- bre do Rio de Janeiro, é mais do que bem-vinda. Quem se habilita, no entanto, a participar de um grupo fundador mostra disposição para encarar grandes desafios. A IB Marapendi gosta de se dizer constituída por amigos. Como em qualquer grupo humano, havia diferenças entre os apóstolos. Isso não os impediu de realizarem a grande obra que empreenderam. Vá até as páginas 8 e 9 e conheça um pouco sobre a Igreja Batista Marapendi e veja uma entrevista com o pastor Sergio Gonçalves Dusilek, integrante do colegiado da igreja. No dia da Escola Dominical o pastor Francisco Bonato faz os leitores de O Jornal Batista voltarem no tempo para conhecer quem criou a Escola Bíblica Dominical e como esta escola se espalhou por diversos país. “A escola dominical chegou ao Brasil como as primeiras missões protestantes. A primeira foi organizada pelo casal Robert e Sarah Kalley, em Petrópolis (RJ), a 19 de agosto de 1855. Sarah Kalley era grande entusiasta do movimento na Inglaterra”, conta Bonato na página 14. Dia 22 de abril é comemorado o Descobrimento do Brasil, veja nas páginas 2 e 5 a relação desta data com a Palavra de Deus. Na coluna Caminhos da mulher de Deus, a autora Zenilda Cintra declara: “é a sede que temos, como batistas, de descobrir o Brasil, não o histórico, mas o atual, com todas as suas características e a sua necessidade de salvação. Queremos conhecer os grupos sociais, as etnias e os povos não alcançados, mas não por curiosidade e, sim, para ver raiar entre eles a luz de Cristo”. Emma Ginsburg e a EBD Descobrindo o Brasil Igreja Batista Marapendi: Nasce nova igreja na Barra da Tijuca

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Page 1: Edição 17 Domingo, 22.04.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da … · 2014-05-30 · opinião de uma pessoa que gosta mais dos hinos do can- ... Site: ... Na grade curricular dos cursos

1o jornal batista – domingo, 22/04/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 17 Domingo, 22.04.2012R$ 3,20

Uma nova igreja na Barra da Tijuca, região no-bre do Rio de Janeiro, é mais do que bem-vinda. Quem se habilita, no entanto, a participar de um grupo fundador mostra disposição para encarar grandes desafios. A IB Marapendi gosta de se dizer constituída por amigos. Como em qualquer grupo

humano, havia diferenças entre os apóstolos. Isso não os impediu de realizarem a grande obra que empreenderam. Vá até as páginas 8 e 9 e conheça um pouco sobre a Igreja Batista Marapendi e veja uma entrevista com o pastor Sergio Gonçalves Dusilek, integrante do colegiado da igreja.

No dia da Escola Dominical o pastor Francisco Bonato faz os leitores de O Jornal Batista voltarem no tempo para conhecer quem criou a Escola Bíblica Dominical e como esta escola se espalhou por diversos país. “A escola dominical chegou ao Brasil como as primeiras missões protestantes. A primeira foi organizada pelo casal Robert e Sarah Kalley, em Petrópolis (RJ), a 19 de agosto de 1855. Sarah Kalley era grande entusiasta do movimento na Inglaterra”, conta Bonato na página 14.

Dia 22 de abril é comemorado o Descobrimento do Brasil, veja nas páginas 2 e 5 a relação desta data com a Palavra de Deus. Na coluna Caminhos da mulher de Deus, a autora Zenilda Cintra declara: “é a sede que temos, como batistas, de descobrir o Brasil, não o histórico, mas o atual, com todas as suas características e a sua necessidade de salvação. Queremos conhecer os grupos sociais, as etnias e os povos não alcançados, mas não por curiosidade e, sim, para ver raiar entre eles a luz de Cristo”.

Emma Ginsburg e a EBD

Descobrindo o Brasil

Igreja Batista Marapendi: Nasce nova igreja na Barra da Tijuca

Page 2: Edição 17 Domingo, 22.04.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da … · 2014-05-30 · opinião de uma pessoa que gosta mais dos hinos do can- ... Site: ... Na grade curricular dos cursos

2 o jornal batista – domingo, 22/04/12 reflexão

E D I T O R I A L

Jesus é o maior exemplo de como deve ser o homem, mas são poucos os que se esforçam para se parecer com o Salvador.

No dia 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares Ca-bral chegou a terra hoje co-nhecida como Brasil. Um país de grande diversidade ecológica é descoberto. Era um tempo de luta por territó-rios, luta por novas terras, por tanto, marcado por conquis-tas. Assim também poderia ser a Escola Bíblica Domi-nical, um lugar onde todos deveriam lutar por descobrir as verdades vindas do Senhor e que deveriam ter sede de conquistar os ensinamentos

só se consegue estudando a Bíblia.

Joaquim José da Silva Xa-vier, o Tiradentes, era um homem que gritava por uma causa, que lutava pelos seus ideais. Assumiu a responsabi-lidade sobre a Inconfidência e foi contra a realeza, mor-rendo enforcado, como um mártir. A história mostra pes-soas que fizeram a diferença na sociedade, entretanto, o que se vê hoje, são pessoas que tem história, mas não querem ter o trabalho de fazer a diferença. A Bíblia é um livro, também histórico, que ensina, através da vida de Jesus, a ser uma pessoa que doa a vida pela Verdade.

Dia 21 de abri l , dia de Tiradentes e dia 22 de abril, dia da Escola Bí-

blica Dominical e da des-coberta do Brasil. Três co-memorações e apenas uma reflexão: que diferença esses três marcos fazem na vida de um cristão? A resposta vai além de apenas uma consci-ência histórica ou a lembran-ça da importância do estudo bíblico. A questão principal é que só se pode construir a história da vida, quando se entende dois pontos: o que aconteceu no passado; e que para chegar no futuro com integridade, é necessário sa-ber como chegar. E tudo isso

bíblicos. Afinal de contas, a verdadeira integridade se descobre na leitura da Bíblia.

O que deveria ser, ainda se choca com o que é real, mas exceções ainda existem. O que deveria existir nesta história toda, eram pesso-as que doassem a sua vida, como uma missão integral, para viver a Palavra de Deus. Dessa forma, descobrindo a cada dia como viver, como ser íntegro, como ser igual a Jesus. Infelizmente, não é todo cristão que deseja e busca esse tipo de vida. Mas, por fim, o segredo para viver “o que deveria” é simples, valorizar a Escola Bíblica Dominical.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Cante em casa

• A matéria “Bilhete de So-rocaba - Cante em casa - Julio Oliveira Sanches”, é apenas a opinião de uma pessoa que gosta mais dos hinos do can-tor cristão do que dos outros tipos de cânticos. É claro que existem pessoas que se con-verteram e se convertem com “cânticos modernos”, assim como se convertem também com “hinos do cantor cris-tão”, assim como através da

Palavra pregada. As músicas, hinos ou cânticos, cantados na igreja, nada mais são do que a própria Palavra de for-ma cantada. Creio que o tipo de igreja descrita em seu “desabafo” são casos isola-dos no meio batista. Amo os “cânticos modernos”, assim como muitos hinos do cantor cristão que vão se perpetuar no meu coração.

Dayse BessaManaus-AM

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

ABRIL - MÊS DA EBD

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3o jornal batista – domingo, 22/04/12reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Ouvi a pergunta de um pastor missio-nário, após a men-sagem proferida

pelo pastor Sócrates Oliveira, na última Assembleia conven-cional. A pergunta revelava preocupação de quem ama a causa batista e tem dado a vida para edificar a Igreja do Senhor em solo brasileiro. Ha-via sinceridade no inquiridor. Não era comentário banal, tão comum após ouvirmos alguns mensageiros e suas mensagens esfuziantes, mas sem conteú-do de vida e caráter. Quando o mensageiro não é íntegro, a mensagem deixa dúvidas. Não há como separar a men-sagem do mensageiro. A Bíblia confirma esta verdade. Alguns mensageiros pagaram com a vida a veracidade da men-sagem transmitida. Outros, porem, não foram levados a sério.

Pastor Sócrates pregou o que vive. Sua mensagem, sob ins-piração e direção do Espírito Santo, brotou de um coração comprometido e preocupado com a Denominação Batis-ta. Não se revelou ufanista, mas expressou com maestria verdades, que só poderiam ser expostas por ele ou por alguém comprometido com a Denominação e seus rumos.

Com a autoridade que lhe é peculiar foi o mensageiro de Deus naquele momento.

Tendo como texto básico 1 Coríntios 3.9, apresentou sucinto diagnóstico histórico do caminho percorrido pelos batistas nestes 130 anos de história. Citou fatos impor-tantíssimos que marcaram a jornada do povo batista em terras brasileiras. Pinçou dados importantes que ainda hoje servem como pilares que sus-tentam a Denominação. Nos prognósticos para o presente e futuro apresentou, com bri-lhantismo, o que nos aguarda como povo de Deus.

Creio que a pergunta do amigo missionário trazia no seu bojo a preocupação com o presente sem a possibilida-de de futuro. Acostumado a visitar as igrejas, ver, ouvir e assistir algumas aberrações doutrinárias e eclesiológicas, a cada domingo, encontrou dificuldades em crer na totali-dade da mensagem. Admitiu a impossibilidade dos prognósti-cos. Não o condeno por isso. Até concordo que o quadro real se apresenta sombrio em muitas áreas, estimulando a descrença generalizada.

Respondi-lhe que cria de co-ração no que acabara de ouvir. Como estávamos saindo do

auditório, não pude explicar--lhe com mais clareza a razão da minha fé e porque creio na mensagem ouvida. Sintetizo a razão da minha crença:

Creio porque a mensagem integra a experiência de um homem de Deus, que não tem medido esforços para levar a Denominação a crer no seu potencial. Conhece o povo batista. Sabe dos seus muitos defeitos e deslizes. Trabalha com afinco para mudar pontos históricos que ainda nos ator-mentam e nos fazem sofrer. Creio que a mensagem veio de Deus para o seu povo, me-diante as experiências vividas. O Senhor tem falado com persistência ao seu povo em vários momentos, mas a rebel-dia em ouvir persiste.

Creio porque vejo no prega-dor uma coluna de equilíbrio neste momento. Equilíbrio emocional, doutrinário, espi-ritual e familiar. Homem de uma só mulher com filhas integradas na causa. Media-dor íntegro, servo abnegado, que sabe ouvir e dialogar com sapiência com os que não concordam com seu jeito de ser e trabalhar.

Creio porque os prognósti-cos são mensuráveis, a curto, médio e longo prazo. Não são alvos ufanistas e mirabolantes

que alguns programas, que não deram certo, foram impos-tos à Denominação no passa-do. Programas elaborados por quem possui o coração de pastor e leva em consideração o clamor das ovelhas, jamais a promoção pessoal, há que dar certo.

Creio por ver no cenário ba-tista acentuada tendência para o eufórico, apelos emocio-nais, resultados imediatistas, sem zelar pelo conteúdo, e, o pregador tem demostrado ao longo dos anos não integrar cultos emocionais, apelos descabidos, teatralização da mensagem para levar o povo à emoção momentânea. Não precisamos de animadores de auditórios, mas de líderes equilibrados, com os pés no chão, firmados nas verdades bíblicas.

Creio por ver nos prognós-ticos apresentados refutação ao barulho ensurdecedor. Os prognósticos dizem da neces-sidade que todo e qualquer dirigente de culto, de música, tenha conhecimento elemen-tar de teologia e das doutrinas rudimentares dos batistas. Há heresias em demasia em nome do louvor. A verdade bíblica não pode ser posterga-da a um momento de euforia coletiva. Aliás, uma pergunta:

Na grade curricular dos cursos de Música existe a matéria Teologia bíblica? Quem pre-side não pode menosprezar esta verdade rudimentar de liderança.

Creio porque a mensagem aponta para a necessidade de se unir caráter e integrida-de ao dom da oratória. Este sem aquelas é discursos sem nexo. Não há como supor-tar por mais tempo oradores cujas vidas não condizem com a mensagem que trans-mitem. A liderança precisa tratar com seriedade aos que comparecem às Assembleias e isto passa pela seleção dos oradores, suas vidas familia-res. Integridade em todos os aspectos da vida e compro-misso com a Denominação e também com os que estão de fora. Não dá mais para ouvir alguém pregando uma “bela” mensagem e alguém do lado dizer baixinho: “ele deixou dívidas na igreja, multa de carro para pagar. Saiu fugido do Estado tal e abandonou a esposa”.

Creio querido missionário, porque antes de qualquer coi-sa, creio que Deus continua di-rigindo o seu povo e a história que este povo está escrevendo. O pregador faz parte desta história. Sim, creio!

O irmão crê no que ouviu?

Mãe Ella te acompanhou cadaminuto da sua vida!

Ella merece um presente ÚNICO, que a acompanhará por toda a vida!

NOVACAPA

Ella ensina: Sara precisou de muita fé para deixar sua casa,

seguir seu marido e acreditar nas promessas de Deus mesmo parecendo impossível aos seus olhos.

Os exemplos de fé, submissão e companheirismo deixados por Sara

devem ser imitados por quem quer servir ao Senhor com fidelidade!

Sua história encontra-se em: Gênesis 12 a 23

Ella ensina: Ana poderia ter lançado

sua tristeza sobre si mesma, tornando-se amarga, mas, em vez disso,

derramou sua alma diante de Deus e aguardou sua resposta.

Além de chorar no lugar certo, Ana fez um voto e o cumpriu.

Ela sabia o que Deus podia fazer com um coração disposto!

Sua história encontra-se em: 1Samuel 1e 2

Prometer devolver o presente ao Senhor é diferente de barganhar com Deus. Ou será que é possível

“enganar” Aquele que é onisciente? Deus conhece o seu coração e sabe quando a promessa é de gratidão e quando o intento do

coração é mal, é uma simples troca. Deus atendeu ao pedido do coração sincero de Ana, que

deu à luz Samuel. Depois que ele desmamou, com o consentimento de seu marido,

ela apresentou Samuel no templo. Época, a voz profética estava calada, e não

havia muitos sinais e maravilhas. Mas, após cumprir seu voto, seu filho Samuel

foi um dos maiores profetas da história de Israel e por suas mãos foram ungidos Saul e Davi,

reis da nação de Israel.

Meditação : passo a passo!

Dê preferência a um trecho de, no máximo, dez versículos, para facilitar o entendimento.

Leia quantas vezes precisar para compreender o que o texto diz.

Antes de tudo, peça a direção Dele para a meditação!

Procure no texto o versículo mais importante, a essência do trecho,

aquela parte em que o Senhor está usando para falar

diretamente ao seu coração. Anote-o

para não esquecer!

De capa a capa, a Bíblia é recheada de qualidades de Deus. São características Divinas que, como filhas, devemos observar

e nas quais precisamos espelhar. Em um texto, Ele age com justiça,

em outro, com muito amor; em outro com misericórdia, e assim por diante.

Encontre-as e destaque-as; assim, ficará mais fácil praticá-las

em seu cotidiano!

Nesse texto, especificamente, o que Ele está falando

para a sua vida? Em qual promessa você pode repousar

e descansar, na certeza de que Ele

está no comando?

1

2

3

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5

Escolha um texto

Oração inicial

Encontre o versículo-chave

Desenvolva ocaráter de Deus Descubra as

promessas de Deus

128 encartescoloridos

com estudosaplicados à mulher

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4 o jornal batista – domingo, 22/04/12

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Finalmente, tribulações

reflexão

uando nossos púlpitos contem-porâneos descre-vem a vida “pela

fé no Filho de Deus” a coisa parece atraente e glamorosa. Mais ainda, o marketing atual da postura de “ter fé” é um excelente negócio. “Orar com fé”, na pregação televisi-va, é assinar com o Altíssimo um contrato extremamente vantajoso para os “fiéis”.

Aparentemente, a “galeria da fé”, descrita pelo autor da Carta aos Hebreus, foi “apa-gada” da Bíblia da “prosperi-dade”. Só que o modo cora-joso e coerente dos “heróis da fé”, no alerta de Hebreus é bem outro: “Uns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição su-perior” (Hebreus 11.35). Que aconteceria, hoje, se esta re-alidade humanamente brutal

da vida cristã fosse anunciada em nossos templos luxuosos com poltronas acolchoadas, ar condicionados e com “lou-vorzões” cantilena em altos decibéis?

Cristãos que teimam em ser fiéis a Cristo Jesus nos países islâmicos da África, do Oriente Médio e da Ásia, são testemunhas contempo-râneas do alerta do Mestre: “o mundo vos odeia”, por-que “o mundo Me odeia”. Por isso, “no mundo, tereis tribulações”. Baseados em qual contexto bíblico temos o direito de reclamar contra o Senhor, diante dos nossos templos incendiados, nossas mulheres estupradas e nossas propriedades confiscadas? A pergunta de Josué permanece atual. Diante da sangrenta promessa das tribulações, a qual Senhor queremos, de fato, servir?

Pastor Luciano MalheirosColaborador de OJBwww.lucianomalheiros.org

Recentemente em uma de nossas igrejas no Estado do Espírito Santo foi preparada

uma festa de confraternização e de agradecimento de um de nossos eventos para ado-lescentes. Dentro do progra-ma, cada adolescente pode expressar a gratidão a Deus, a cada líder por ter dedicado tantas horas à vivência do Evangelho, companhia e re-sultados durante aqueles dias.

Várias expressões me cha-maram a atenção, uma em especial: “Luciano, você mu-dou a minha vida”. Gostaria de deixar bem claro que sou uma pessoa bem resolvida com as glórias das conquis-tas e a quem elas devem ser dadas, a questão aqui é: Por que dezenas de adolescentes agradeceram a minha pessoa pelas mudanças ocorridas em tão pouco tempo?

Então entendi que a marca

maior na vida daqueles lide-rados foi porque encontra-ram alguém que se importa com eles, que apesar de terem Jesus como o transfor-mador de suas vidas encon-traram em alguém próximo e físico uma pessoa que pu-desse estar tapando alguns buracos de suas vidas. Do que realmente estou falan-do? Simples, quantas pesso-as perguntam ao seu filho: Como foi o seu dia? Enquan-to você fica mudo por contas e diante das contas a pagar da casa? Quantas pessoas perguntam a sua filha: De quem você está gostando? Enquanto você chega em casa apressado para ir para internet, para a TV ou sim-plesmente ir dormir?

Aprendi algo nestes pri-meiros anos de paternida-de: Se eu não perguntar as coisas para o meu filho, al-guém vai perguntar. Se eu não responder às questões de minha filha, alguém irá responder. É benção quando quem responde é um líder,

um educador ou pastor, mas o grande problema é quando o usuário de crack responde ou quando a menina que vende o corpo pergunta ou quando um pedófilo dá aten-ção.

Onde estamos errando? Escrevi recentemente no meu Facebook a seguinte frase: “Vá estudar para ser alguém na vida”. Muitos pais insistem em dizer isso para os filhos, quando na verda-de para construir “alguém” não bastam só os livros para a construção de uma obra maravilhosa. Para construir “alguém” precisamos ser pais que dão exemplo, li-mites, que expressam amor público ao cônjuge, que ensinam sobre Deus e que tenham a vida organizada, e então nesta organização de ideias, encontraremos o erro e o transformaremos em acerto para a Glória de Deus, salvação de nossa fa-mília e educação de nossos filhos.

Seja Forte e Escolha Agir.

Q

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5o jornal batista – domingo, 22/04/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Ela entrou no gabinete pastoral de mansinho, parecia deslizar em vez de andar. Cumpri-

mentou o obreiro, que per-maneceu em pé, sentou-se na cadeira em frente à mesa do pastor, cruzou as pernas e ficou em silêncio. Havia maldade na sua maneira de olhar por cima e de esguelha. Era uma mulher muito bonita, atraente, casada e mãe de um casal de pré-adolescentes, naquele momento vestida de maneira provocante e usando um perfume que logo encheu o ambiente. Não demonstrou qualquer sentimento quando o pastor lhe perguntou pelo marido. Foi direta ao assunto: “Pastor, eu estou apaixonada por outro homem. Sei que é uma paixão impossível devido à função que ele ocupa, mas não consigo esquecê-lo um mi-nuto sequer. Se eu disser quem é, você vai cair sentado”. O pastor, obviamente, percebeu no ato o que estava no coração da mulher. Conhecia bem a pessoa que estava à sua frente e sabia de antecedentes na vida dela que punham em risco o resultado daquela entrevista. Por acaso, lembrou-se da mu-lher de Potifar.

O homem de Deus per-cebeu que o zelador estava na sala ao lado, levantou-se, abriu a porta, pediu que ele entrasse e que ocupasse uma cadeira. Voltando-se para a mulher, disse: “Pode falar, minha irmã; este irmão é um homem discreto, nada do que ele ouvir aqui vai ser comentado lá fora”. Dizendo “Deixa prá lá, deixa prá lá”, a mulher se levantou e foi sain-do. Antes de ela sair, porém, o pastor lhe disse: “Minha irmã, eu e o irmão zelador vamos orar para que Deus tenha misericórdia da irmã, do seu marido e dos seus filhos, que impeça que a irmã venha a cair nas garras de Sa-tanás para que o seu lar não seja destruído”. Alguém que passou por aquela mulher no portão da igreja disse que ela estava transtornada, com os olhos tão esbugalhados que pareciam prestes a saltar das órbitas. Dois ou três meses depois, chegou o pedido de transferência daquela mulher e do seu esposo para outra igreja. Nunca se soube o que foi que ela disse ao marido.

Muitos pastores têm sido assediados por mulheres ca-rentes, chantageados como um jovem pastor amigo meu a quem uma adolescente da igreja agarrou para beijá-lo e como ele a rechaçasse com vigor, ela o ameaçou e cum-priu a ameaça de difamá-lo, tornando inviável a conti-nuação do seu ministério naquela igreja. Sempre há pessoas dispostas a acreditar na mentira mais do que na virtude. É preciso, porém, que se diga que também tem havido pastores imitadores de Hofni e Finéias, os filhos de Eli que se “deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da revelação”. Parece que o povo das igrejas hoje perdeu a capacidade de se escandalizar com os escândalos do ministério. Já aconteceu de algumas igrejas votarem que o pastor con-tinue no pastorado mesmo depois de ele ter comprova-damente cometido adultério. Os pecados de Ofni e Finéias trouxeram apostasia, maldi-ção, vergonha e derrota para Israel. Não será diferente em nossos dias. É só esperar para ver. De Deus não se zomba impunemente.

No caso relatado acima, aliás verídico, aquela mulher se queixou para os vizinhos: “O pastor da batista não é de nada”. Esse comentário bateu nos ouvidos de um di-ácono também vizinho da tal mulher, líder respeitado na igreja. No domingo seguinte, chamado para orar, esse diá-cono agradeceu a Deus pelo pastor que a igreja tinha, “um homem de Deus, que não cede às artimanhas do Inimi-go”. A partir desse episódio, ou devido aos comentários do zelador, que certamente não guardou segredo, ou por causa dos comentários do diácono, o pastor sentiu uma mudança radical no respeito da igreja para com sua pessoa, seus projetos e mensagens. Até então, a igre-ja estivera um tanto dividida em relação ao seu líder, mas a partir desse incidente, ela se uniu ao pastor e vários óbi-ces ao avanço da obra foram afastados. Pela integridade do pastor, Deus transformou o que poderia ser uma tragé-dia em bênção para a igreja e para o ministério.

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani Cintrapastora e jornalista, Taguatinga, DF.

O auditório esta-va com as luzes apagadas. Alguns jovens passavam

com panos pretos tornando tudo ainda mais escuro, lem-brando a nós, seres urbanos cercado de luzes, o que é a escuridão. Depois, alguém pediu que todos acendes-sem as pequenas lanternas recebidas no início da noite missionária, em Foz do Igua-çu, PR, para exemplificar a importância do testemunho de cada um. Foi algo impac-tante ver aquelas luzes que, no conjunto, iluminaram todo o ambiente.

A figura das trevas, da escu-ridão, em uma linguagem bí-blica, nos remete às pessoas e povos sem Jesus. Naquela

noite, enfatizaram-se teste-munhos de missionários, no Brasil e fora dele, relatando como a Luz tem raiado em diversos lugares e grupos marginalizados. O grande coral da Cristolândia, de ex--dependentes químicos, emo-cionou a todos cantando, re-petidamente, “somos livres”.

Quando o Brasil foi desco-berto, em 22 de abril de 1500, o que significou se tornar co-lônia de Portugal, fomos impe-didos como país, por mais de três séculos, de que a luz do evangelho fosse propagada. Hoje o cenário é bem diferen-te, pois temos caminhos, todas as condições e muita liberdade para falar de Jesus.

Acho maravilhoso, uma obra do Espírito Santo, é a sede que temos, como batis-tas, de descobrir o Brasil, não o histórico, mas o atual, com todas as suas características

e a sua necessidade de salva-ção. Queremos conhecer os grupos sociais, as etnias e os povos não alcançados, mas não por curiosidade e, sim, para ver raiar entre eles a luz de Cristo.

Hoje começam os 100 dias em que Missões Nacionais propõe às igrejas batistas para que oremos pelo país. Significativo, também, por ser esta a data comemorati-va do descobrimento. Que nestes dias, nossos olhos sejam desvendados para des-cobrirmos pessoas com seus corações preparados para receber a luz de Cristo, não somente ao nosso redor, mas também na área de influên-cia das nossas igrejas, e por todo o Brasil, e nossa ação decidida e corajosa faça com que elas sejam transportadas do império das trevas para Reino de Cristo Jesus.

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6 o jornal batista – domingo, 22/04/12 notícias do brasil batista

Melissa LimaCoord. de Comunicação da IB da Fé

A Igreja Batista da Fé, no último dia 9 de março, completou 39 anos de orga-

nização em grande estilo, celebrando 12 batismos. A comemoração começou na quinta-feira com a ministra-ção do missionário Thiago Barros Queiroz, da Junta de Missões Nacionais. Na sex-ta-feira tivemos a presença do pastor Paulo Sérgio dos Santos, da PIB de Aracaju, ambos pregaram com muita propriedade sobre integri-dade. No sábado e domingo o orador foi o pastor José Brito Barros, que pregou sobre fidelidade, resultando em 14 decisões para Cristo Jesus. O pastor Brito Barros é conhecido em todo o Bra-sil Batista, pois passou por várias igrejas do norte e nor-deste, tais como: PIB em Ma-naus, PIB de São Luiz, PIB de Campina Grande, PIB de Terezina e outras. O pastor Brito é escritor, sendo autor de diversos livros, onde des-tacamos uma de suas obras, “Memórias do Nazareno”. Também é autor de crônicas e meditações, onde o seu diário de meditações “Favos de mel” já está em sua 8ª edição. Lembramos também que ele exerce o ministério com crianças denominado “Cruzada Algo Maravilho-so”, onde falou para mais de 700 Crianças em Piram-bú, Japaratuba e Muribeca. Além disso é professor no Seminário da PIB em João Pessoa. Foi este homem, com 81 anos, que muito nos alegrou, edificando-nos com mensagens do Senhor.

Nestes 39 anos, a IB da Fé acumulou muitas histórias,

mas a mais linda de todas, é o encontro da missioná-ria Zênia Birzniek com o povo de Japaratuba. Pois sendo chamada por Deus para servi-lo através da Junta de Missões Nacionais, ela foi enviada para trabalhar nesta cidade, onde no dia 22 de maio de 1964 ela celebrou o primeiro culto com crianças. Ela era a única evangélica e as pessoas de Japaratuba instruídas pelos padres e freiras odiavam os cristãos. Mas a partir daí ela sendo usada por Deus, conquista o coração daquele povo, começando então uma linda história de amor. Hoje Zênia está com 95 anos e mora ao lado do templo, sendo visitada quase todos os dias por pessoas de diversas igre-jas. Irmã Zênia Birzniek é o nosso maior patrimônio e orgulho dos Batistas Letos do Brasil. Ao todo ela abriu e construiu 10 igrejas na região do vale Japaratuba para honra e glória do nosso Deus.

Uma Igreja verdadeiramente missionária

A nossa igreja tem a cada dia se envolvido na obra missioná-ria, anunciando a palavra de Deus nos povoados, cidades circunvizinhas e até mesmo em outras regiões, como é o caso de Macambira. Ao todo são sete congregações e um ponto de pregação. Participa-mos de todas as campanhas missionárias: Missões Mun-diais, Nacionais, Estaduais e Locais, visto que entende-mos que o Reino precisa ser pregado por todas as partes do mundo. Por isso, embora estejamos em construção, não paramos de fazer Missões. O nosso maior desafio hoje é en-trar na cidade de São Francisco numa parceria com a IB em Muribeca. Hoje a nossa Igreja conta com 363 membros, se constituindo a segunda maior igreja do estado.

Uma Igreja fazendo Ação Social

A Igreja tem cumprido sua missão de evangelizar e aju-

dar as pessoas das classes me-nos favorecidas, oferecendo: cursos profissionalizantes, distribuição de remédios, realização de exames e as-sistência com cestas básicas e recuperação de dependen-tes químicos em pequena escala. Em sua estrutura foi construído um laboratório de informática, e mais três salas para o polo do Seminário Teológico Batista Sergipano, com cursos de Teologia, Edu-cação Religiosa e Música, já funcionando.

Construindo para a glória de Deus

Estamos construindo o Complexo Batista da Fé, onde não há só o templo, mas oito salas, refeitório, co-zinha, estacionamento para 16 carros, duas casas, quadra esportiva, parque infantil e academia de fisioterapia. Um grande desafio que tem nos surpreendido a cada dia, mas Deus tem nos honrado de for-ma tremenda, pois já investi-mos mais de 460.000 reais,

e quando perguntaram ao pastor Marivaldo Queiroz de onde veio tanto dinheiro, ele respondeu: “Deus mandou, a obra é d’Ele, é preciso apenas fazer a nossa parte e confiar no Senhor”. Sal 37.3-5.

Gratidão na lutaAgradecemos a Deus pri-

meiramente que nos tem suprido em tudo, aos irmãos da família da Fé que não têm medido esforços na realiza-ção dos nossos projetos; à Junta de Missões Nacionais por ter enviado a missionária Zênia; ao nosso pastor por sua dedicação nestes 15 anos de ministério; à Convenção Batista Sergipana que tem sido nossa maior parceira na obra missionária no vale do Japaratuba (1Tess. 1.2,3).

Se você deseja abençoar o nosso ministério de ação so-cial, é só depositar nesta con-ta: Banco do Brasil – Agên-cia 2206-3 - Conta Corrente 1301-3 Igreja Batista da Fé - Japaratuba – Sergipe.

Igreja Batista da Fé celebra seus 39 anos contando as bençãos do Senhor

Igreja Batista da Fé em celebração

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7o jornal batista – domingo, 22/04/12missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Visando oferecer um tratamento de quali-dade em nossas co-munidades terapêu-

ticas, temos realizado obras de ampliação e reparo nos imóveis que recebem vidas destruídas pelas drogas. Há dois anos, quando teve início a Comunidade Terapêuti-ca Élcia Barreto Soares, em Campos dos Goytacazes (RJ), a capacidade de atendimento era de apenas 12 residentes. Agora, com a reforma finali-zada, a quantidade de vagas aumentou para um total de 24, sendo que destas 21 já estão preenchidas.

Foram construídos mais dois banheiros coletivos e os quartos foram ampliados, pas-sando por reformas no piso, forro e ganhando armários fabricados pelo voluntário Peter Dresen, da PIB da Barra da Tijuca (RJ). Peter já tinha ajudado nas obras dos Lares Batistas David Gomes e F.F. Soren, sempre mostrando amor pelo trabalho voluntário uma vez que não cobra nada pelo tempo que dedica. “Sinto gratidão pela confiança da Junta de Missões Nacionais, que me dá oportunidade para participar destes projetos ma-ravilhosos. Creio que preciso usar o talento que Deus me deu para ajudar, da melhor forma, aqueles que estão pre-cisando. Na realização dos projetos, tive experiências de muita alegria em ver pessoas felizes, o que me deixa an-sioso para participar de uma nova obra”, disse.

Contando com a disposição do irmão Peter, a gerente de ação social de Missões Na-cionais, Alice Cirino, já fez o convite para que ele ajude na construção de móveis para a CT Águas de Meribá, que

Reforma na CT Élcia Barreto Soares termina e mais vidas poderão

ser restauradas

Pr. Nilton Antônio de SouzaGerente Executivo de Evangelismo e Discipulado

Para aumentar nosso impacto duran-te estes 100 dias, daremos dicas de como aproveitar ao máximo todas as oportunidades que esta campa-

nha nos dá. Queremos também incenti-vá-lo a cooperar com ideias aplicáveis a este período de oração e evangelização.

Suas sugestões poderão ser enviadas para o e-mail [email protected].

Nesta semana, de acordo com o livro 100 Dias que Impactarão o Brasil, teremos duas oportunidades de atividades externas: Evan-gelização de Crianças e Paz na Cidade. Nossa sugestão é que cada crente, no dia 25 de abril, fale de Jesus a uma criança, visite orfanatos ou, quem sabe, o setor pediátrico de um hos-pital. Também, no dia 27, seria a primeira

oportunidade para visitar o prefeito da cidade ou alguma autoridade (quartel, delegacia, centro de saúde, fórum, etc) e pedir para ter um momento de oração pela cidade. Neste caso, seria interessante um agendamento em grupo, evitando marcações de várias pessoas em diferentes horários.

Que o Senhor nos abençoe e que realmente estes 100 dias tragam um grande impacto para o nosso país. SEJA LUZ!

SUGESTÕES PARA OS 100 DIAS QUE IMPACTARÃO O BRASIL

Todas as instalações receberam reparo CT ganhou novos banheiros

Aula de informática capacitará residentes Os novos quartos oferecem mais conforto

recentemente também foi am-pliada e reestruturada. Impres-sionada pela dedicação que ele demonstrou na CTEBS, Alice relatou após a medição e elaboração do projeto, que Peter levou apenas 20 dias para voltar à CTEBS com tudo pronto para instalação. “As residentes estavam tão felizes por receber novos armários que ajudaram a descarregar o caminhão. Ele compartilhou comigo que ficou impressio-nado com o que viu na CT: um trabalho lindo, pessoas felizes e muito amor entre todas”.

A ajuda de outros voluntá-rios possibilitou que mais ser-viços, como pintura do prédio e jardinagem, fossem feitos na CTEBS. Também foi montado um laboratório de informá-

tica, com 10 computadores, graças a um parceiro, que é membro da IB Koinonia e co-ordenador na Fundação Pró--IFF (antigo CEFET de Cam-pos/RJ), do Instituto Federal de Educação Ciência e Tec-nologia. O objetivo das aulas, em parceria com o Pró-IFF, é preparar as residentes para o mercado de trabalho. Diante de tantas bênçãos recebidas, a missionária Rosângela Maria das Dores, declarou: “Quero agradecer aos Batistas que acreditaram, apoiaram e in-vestiram. A todos que contri-buíram para que as obras fos-sem concluídas. Foram muitas pessoas que nos ajudaram com um saco de cimento ou uma doação. Nessa jornada, muitas foram as dificuldades, pois sabemos que travamos

uma batalha espiritual. Mas a vitória já foi determinada por Cristo”. Ela agora ora para que mais obreiras sejam enviadas para esse ministério, já que a demanda tem crescido as-sustadoramente. “Tenho sido abençoada com a missionária Roseane Pereira, mas precisa-mos de mais missionárias para lutar conosco”, completou.

Atualmente, Missões Na-cionais conta com cinco co-munidades terapêuticas que oferecem assistência para dependentes químicos. Em Minas Gerais, são duas CTs, Reviver I e II, que atendem apenas homens. As demais são femininas e estão em estados como Rio Grande do Sul (CT Vale da Benção), Rio de Janei-ro (CT Élcia Barreto Soares) e Goiás (CT Águas de Meribá).

O consumo de drogas tem aumentado e a busca por um tratamento se torna cada vez mais necessária. A procura por vagas é grande e temos investido para que a verdade que liberta continue sendo apresentada para mais vidas que foram aprisionadas pelo vício. Além da ajuda espiri-tual, o lado social também é trabalhado de modo que haja reinserção à família, mercado de trabalho e sociedade. Mui-tos parceiros têm nos ajudado a levar a mensagem de Cristo para pessoas necessitadas de esperança e transformação de vida. Como cristãos, esse é o nosso chamado. Que se-jamos luz por meio de nossas ações e intercessões em prol da conquista da Pátria para o Senhor Jesus.

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8 o jornal batista – domingo, 22/04/12 notícias do brasil batista

Utahy SantosColaborador de OJB

Para começar, uma ob-viedade: a cidade do Rio de Janeiro cresce em direção à Barra

da Tijuca, Recreio e às Var-gens. Circule pelas ruas desta região e constate que a cada quilômetro surgem novos empreendimentos imobiliá-rios. Alma Elisabeth Oates, missionária de saudosa me-mória, que tem sua história encravada aqui, membro que foi, por muitos anos, da Pri-meira Igreja Batista da Barra, costumava dizer que aqui há espaço para muitas igrejas. Esta parte da cidade é uma amplidão. Terrenos caríssi-mos, mas ainda abundantes.

Uma nova igreja na região é mais do que bem-vinda. Quem se habilita, no entan-to, a participar de um grupo fundador mostra disposição e estofo para encarar grandes desafios. Já mencionei, mas vale repetir: os terrenos por aqui são supervalorizados e disputadíssimos. De qual-quer forma, a Igreja Batista Marapendi é constituída por destemidos, tementes só a Deus, sem titubeios diante dos percalços.

Na tarde de 17 de março, um sábado, a IB Marapendi submeteu-se a concílio para apurar se estava em condições de seguir a trajetória de uma igreja batista independente, autossustentável. Foi aprova-da com distinção, submetida a extensa sabatina pelo pastor Antonino Melo Santos, eleito examinador do Concílio por um grupo de cerca de 25 pastores presentes. O pastor Antonino examinou a igreja com rigor e amor.

Antes deste momento, o pastor Paulo Eduardo Sieplin, titular da IB Parque Curicica,

organizadora mãe da IB Ma-rapendi, iniciou a cerimônia lendo o Salmo 90.1-2; 12-17. A seguir, convidou o pastor Renato Zambrotti para orar pela nova igreja que se for-maria naquele local. O pastor Zambrotti ressaltou em sua oração que a IB Marapendi “não era para nossa vangló-ria, mas para honra do Se-

Qual a relevância da igreja local em nossos dias?

Da Igreja, como expres-sado no Novo Testamento, toda. Como vemos por aí, relevância quase nenhuma. Mas acho que por isso Deus continua insistindo em gerar novas igrejas. Na novidade há um recomeço, uma proxi-midade a mais com o ideário primeiro.

Uma Igreja que busca aco-lher os aflitos, prover as pes-soas com relacionamentos significativos, restaurar a es-perança diante dos dilemas da vida ou mesmo renovar a importância da própria igreja na vida dos que foram flage-lados da fé, ser um espaço de abertura da Palavra, sarar os enfermos (e não precisa de “toalhinha” com suor) sempre será importante para a socie-dade. A relevância não está na nomenclatura “Igreja”; aliás, nome relevante só o de Jesus (Atos 4.12). Relevância está na essência do ser igreja. E, sem dúvida alguma, a “alma” da igreja é o cuidado. O co-

nhor”. E enfatizou: “É o Santo Espírito de Deus que inunda o coração daqueles que aqui congregam”.

IGREJA DE AMIGOSA IB Marapendi gosta de se

dizer constituída por amigos. Amigos prontos e abertos a novas amizades. Amigos que se ajudam, suportam,

ração pode ser missionário, mas a alma é o modo gracio-so pelo qual o Espírito usa aqueles que lhe pertencem na restauração dos que foram machucados pela vida.

A cidade cresce para esta região do Rio onde está lo-calizada a IB Marapendi. De que forma a igreja pretende se inserir neste “crescimen-to”?

Em termos de igreja, segun-do Paulo em 1Coríntios, quem dá o crescimento é Deus. Al-guns empobrecem essa ação divina mensurando-a tão-so-mente pelas entradas e rol de membros. Mas crescimento é muito mais do que isso. Rei-no de Deus cresce para fora (parábola do grão de mostar-da), contudo, o Reino precisa crescer também para dentro (parábola do fermento).

Nosso maior desafio con-tinua sendo o “ser”. Acre-ditamos que a grande for-ma de inserção não são as estratégias (conquanto as valorizemos), mas sim a vida

toleram, amam. Amigos que estão sempre prontos a ouvir e não temem falar quando é necessário. O círculo íntimo de Jesus Cristo era constitu-ído por amigos. Como em qualquer grupo humano, ha-via diferenças entre os após-tolos. Isso não os impediu de realizarem a grande obra que empreenderam.

dos crentes. Cremos que uma igreja não deva viver de eventos, mas sim propagar e celebrar O evento – o novo nascimento.

Como tudo em nossa igreja está em processo de constru-ção, em breve iniciaremos um processo de reflexão en-tre a nossa liderança para percebermos a direção que o Espírito vai nos dar.

Há igrejas marcadamente missionárias, outras traba-lham mais com ação social etc. A IB Marapendi nasce com uma vocação especí-fica?

Nossa vocação é manter a visão do Reino de Deus e viver os Seus valores. Por isso somos uma igreja voltada para fora, para os desafios, para os apelos deste mundo. Fomos, ainda como congre-gação, apoiar por vários fi-nais de semana os flagelados da região serrana do Rio no ano passado. Hoje somos de-safiados a manter o sustento missionário de duas congre-

No seguimento do concí-lio, o irmão Cláudio Fully, presidente da Associação Sul de Igrejas Batistas, à frente do plenário, agradeceu: “Pela graça de Deus estamos inau-gurando mais uma igreja em nossa Associação”.

Vinte e duas igrejas esta-vam representadas no concí-lio. Os mensageiros presen-

gações: uma no norte do Pa-raná (Cafelândia, em parceria com a PIB de Matelândia-PR) e outra no Terreirão, que é uma comunidade carente do Recreio, onde também apoia-mos as iniciativas voltadas para os desfavorecidos. E nós nem “começamos”...

Em suma, não somos uma igreja de segmento, ou mes-mo “tribal”. Nossa “ambição” é ser o que Deus quer que sejamos.

Quais os maiores desafios que serão enfrentados por essa igreja?

a) Pregar o evangelho para uma classe abastada cuja vida não confere espaço para Deus; b) Manter a chama pelos desafios que estão ao nosso redor – num contex-to de privatização da vida, olhar para fora é um desafio constante; c) Manter a inte-gridade moral e doutrinária, num tempo em que há uma tolerância cínica com o erro e com o desvio; d) Promover encontros significativos que

Igreja Batista Marapendi: Nasce nova igreja na Barra da Tijuca

Uma igreja de amigosEntrevista com o pastor Sergio Gonçalves Dusilek, integrante do colegiado da IB Marapendi

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9o jornal batista – domingo, 22/04/12notícias do brasil batista

tes eram 25 e a igreja lotava o amplo salão do Centro de Convenções do O2 Corpo-rate. A IB de Marapendi é a 484ª organizada na cidade do Rio de Janeiro.

O EXAMEO pastor Antonino, da IB

de Gardênia Azul, propôs a organização do concílio de

gerem comunhão numa re-gião com tantas alternativas de lazer; e) Restaurar o cres-cente número dos flagelados da fé, gente descrente em tudo que leva o nome de religião institucionalizada; f) Manter o conteúdo da Graça e do Amor de Deus na expo-sição bíblica; g) Intensificar o discipulado; h) Futuramente, encontro de um local próprio para sediar suas atividades; i) Desenvolver um estilo li-túrgico que permita o louvor consciente, racional, mas que permita a expressão das emoções. Que elas sejam legítimas e não induzidas; j) Desenvolver a cultura do colegiado na mentalidade da igreja como um todo.

As igrejas de hoje não dão muita importância à doutri-na. Ser uma igreja batista, portanto, ligada à denomi-nação, é vantajoso ou atra-palha?

Penso nisso em duas fren-tes: por mais espantados que fiquemos, o nome “batista”

formação da igreja. Proposta aceita e apoiada, passou-se à eleição da diretoria do con-cílio. Foram eleitos: Pastor Paulo Eduardo Sieplin, Jupira Vieira, pastor Antonino Melo Santos, pastor Aécio Pinto Duarte, Nancy Gonçalves Dusilek, pastor Clemir Fer-nandes e pastor Dario Fran-cisco de Oliveira.

possui credibilidade e respei-to na sociedade constituída. Creio até que o respeito de fora é maior do que o de den-tro. Nesse sentido o nome ajuda. Mas nós, a liderança da igreja, somos batistas. Está no nosso modo de pen-sar. Nesse sentido, por uma questão de convicção, não havia outra alternativa para nós. Não dá para deixarmos de ser aquilo que somos.

Fale-nos sobre os planos da igreja, suas expectativas.

Estamos num delicioso e desafiador projeto de cons-trução. Em vez de importar-mos, estamos construindo tudo. Desde o formato de comissões como a de finan-ças à atuação de ministérios como o de mulheres; desde o trabalho com juventude até o modus operandi dos grupos pequenos, passando pelo conselho missionário.

Nossos encontros já se transformaram em local de Palavra, Paz e Ânimo. Que-remos, agora, ser uma igreja

Eleito examinador do con-cílio, o pastor Antonino Melo Santos encaminhou à igreja perguntas práticas. Leu tre-chos da Declaração Doutri-nária da CBB e dos Princípios Batistas. A igreja, reverente-mente, ouviu e concordou com o que foi exposto.

Perguntou sobre os propó-sitos da igreja. Um a um estes

de amigos. Amigos de Deus, amigos mais chegados que um irmão. Estamos tentando implantar um colegiado com presidência rotativa entre os pastores do ministério da igreja ou algum irmão por eles indicado. Temos planos de novas séries de mensa-gens para a vida da igreja. No final de 2011 e início de 2012, falamos sobre os “La-drões da Felicidade”. Foi um tempo de grande crescimento espiritual para a igreja.

A IB de Marapendi terá um ministério colegiado. Na prática, como funciona essa modalidade de ministério e quais as vantagens desta forma de conduzir a igreja?

Tenho a honra de ser lade-ado por gente do quilate dos pastores Ronald Souza, Eber-son Cordeiro Alberto e Renato Cerqueira Zambrotti. Com gente assim fica fácil trabalhar junto. Essa modalidade de organização pastoral propicia um fortalecimento da figura pastoral sem que haja um for-

propósitos foram surgindo pelos lábios da congrega-ção: Adoração, Comunhão, Proclamação, Serviço Social e Ensino.

Lembrou que a igreja rela-ciona-se com a denominação pela cooperação e não pela subordinação. Exaltou a fir-meza doutrinária e o caráter do pastor Sérgio Gonçalves

talecimento de um ou outro pastor. Essa diluição da figura pastoral ajuda na condução do rebanho, pois as pessoas procuram se aconselhar, para ficarmos num exemplo, com aquele pastor com que mais se identifica e não com aquele que paira como uma figura mítica sobre o rebanho. Isso implica rodízio de púlpito, de direção, de celebrações (batis-mo e ceia) e, como falamos, de presidência.

Creio que esse estilo que buscamos mitiga o apego ao poder, ao passo que fortalece os laços/traços horizontais. Em termos de estrutura or-ganizacional, saímos de um modelo piramidal para um de rede.

A IB de Marapendi nasce comprometida com a reden-ção da Criação, envolvida que está com o compromisso com a Ecologia. Queremos pensar na fé cristã não só como nosso sustento, esteio, mas também como ponto de partida para ações que pro-movam a sustentabilidade.

Dusilek, um dos integrantes do colegiado que liderará a igreja, a quem conhece des-de criança.

Depois de um momento musical, o pastor Paulo Edu-ardo Sieplin, para gáudio dos presentes, informou que a igreja foi aprovada no concí-lio. “Vocês, a partir de agora, não serão mais chamados Missão, Congregação, mas, sim, Igreja: Igreja de Jesus Cristo”.

O SERMÃO OFICIALO pastor Dario Francisco

de Oliveira, da PIB de Brasi-lândia, São Gonçalo, foi res-ponsável pelo notável sermão oficial. “Em tempos marcados por pessoas que se dizem ‘desigrejadas’ é bom partici-par do nascimento de uma igreja”. “Há crentes que se dizem crentes, sem ser igre-ja”. “Estou feliz porque amo a igreja e afirmo que vocês têm a oportunidade de começar uma igreja sem desvio”.

“O pastor e escritor Bill Hybels diz que ‘a igreja é a esperança do mundo e seu futuro está nas mãos de seus líderes’”. “Lembrem-se: Jesus morreu pela igreja; há sabedo-ria de Deus na igreja; a igreja é propriedade de Deus; a igreja nasceu para vencer”. O pastor Dario ressaltou, ainda, que Atos 11 narra o nasci-mento de uma igreja e que é fundamental que se mantenha o entusiasmo em meio à luta.

CONFRATERNIZAÇÃOEncerrado o concílio, a

igreja viveu momentos de festa e confraternização. Salgadinhos, refrigerantes e papo animado foram gene-rosamente consumidos nos corredores. A liderança e a igreja estavam felizes, certas de que um caminho alvissa-reiro iniciava-se.

Igreja Batista Marapendi: Nasce nova igreja na Barra da Tijuca

Uma igreja de amigosEntrevista com o pastor Sergio Gonçalves Dusilek, integrante do colegiado da IB Marapendi

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10 o jornal batista – domingo, 22/04/12 notícias do brasil batista

Pastor Jorge França

O Colégio Bat is -ta Daniel de La Touche é, indis-cu t i ve lmen te ,

uma escola que nasceu para fazer história. Há 55 anos, seus ensinamentos levam o aprendiz a novas descobertas pautadas no Ide de Cristo, sem detrimento da formação de conhecimento universal. Assim, quebrando paradigmas e derrubando conceitos mile-nares por ser uma instituição evangélica, sua imensa con-tribuição à área da saúde e ao bem-estar do ser humano o faz reconhecido pela socie-dade ludovicense.

O Colégio fica localizado na Av. São Marçal 214B – Bairro João Paulo, São Luís/MA e foi fundado em 11 de fevereiro de 1957, pela Mis-são Batista Equatorial, através de seus missionários James Daniel Luper e Júlia Luper. O Colégio recebeu o nome do fundador da cidade de São Luís, o francês Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere. A Missão Batis-ta Equatorial do Brasil era a entidade mantenedora do Colégio Batista “Daniel de La Touche” até 1984. Após essa data e por livre iniciativa, a entidade mantenedora passou a ser a Convenção Batista Ma-ranhense.

O Colégio Batista Daniel de La Touche – instituição religiosa por natureza e sem fins econômicos – promo-ve a divulgação da fé cristã, seguindo os ensinamentos

neotestamentários, conforme a doutrina do nosso Senhor Jesus Cristo. Visa à formação integral do aluno, preocu-pando-se em oferecer, além de um ensino de qualidade com profissionais especiali-zados, um ambiente seguro e agradável. Criou em 2003 a Unidade Renascença (assim reconhecida) que oferece hoje da Educação Infantil ao Ensino Médio. Seu quadro de docentes constitui-se de profissionais competentes, devidamente habilitados para o exercício de suas funções e selecionados com base em currículos e experiências pe-dagógicas comprovadas. Da mesma forma e com bastante competência e responsabili-dade temos a equipe técnico-

-administrativa, que prima pelo bom funcionamento do Colégio.

Missionários norte-america-nos foram diretores deste Co-légio até o ano de 1964. En-tretanto, em 1961, o professor Raimundo Soares Figueiredo assumiu a direção; em 1987, o pastor Uirassu Tupinambá Mendes Câmara; em 1990, a professora Jovelina Maria dos Reis; e 2000, a professora Cássia Virgínia Guimarães Cavalcanti. Estiveram, como diretores interinos, o professor Emílio Feitosa Mariz e o pas-tor Ivo Nogueira. Em 2011, assumiu a Direção Geral a professora Ioneide Ferreira de Sousa Barbosa.

Crianças, jovens e adultos, que têm e tiveram a oportu-

moração e homenagens dos 75 anos da CBM; Estrutura-ção do trabalho denomina-cional; Crescimento da obra missionária no Maranhão. Projetos em execução: Cria-ção da Faculdade Batista e Planejamento Estratégico da CBM.

Diante do momento na Convenção Batista Mara-nhense, o pastor Jorge França declarou: “Caracterizo esse período numa frase ‘Conquis-

nidade de receber a educa-ção dada no e pelo Colégio Batista, nutrem uma paixão indescritível por esta escola. Isto é fruto de muito trabalho, adoração e oração, baseado nos ensinamentos de Jesus, preconizados a partir dos primeiros missionários e fun-dadores desta Instituição.

55 anos de comprovada tradição no ensino de boa qualidade, comemorados no último dia 11 de fevereiro, não é algo que se construa da noite para o dia. Trata-se, sim, de um comprometimento na-tural, uma espécie de herança dos professores, diretores e pastores que fazem do Colé-gio Batista uma casa de bons princípios, que influenciam gerações e as qualificam para

tando o Impossível’, pois foi com muito esforço e luta que a CBM conseguiu conquistar tudo aquilo que planejou e até o que não almejava alcan-çar Deus honrou. Agradeço a Deus, a minha família (Maria Domingas, Newdimar Sil-va (in memorian), Arinalda, Elioenai, Ainoã, Jefferson e Marcos) que unida me deu a força, incentivo e entusias-mo. A equipe que Deus co-locou na minha vida são eles:

a vida. Temos inúmeros rela-tos de ex-alunos e de funcio-nários do Colégio Batista Da-niel de La Touche, que nesse seu tempo de existência tem aprovado milhares de alunos nas universidades públicas e privadas do Maranhão e em outras diversas do país, que nos deixam orgulhosos por fazer parte desta Escola de sucesso.

Para comemorar esta data tão expressiva, no último dia 28 de fevereiro foi realizado o culto em Ação de Graças pela passagem do aniversário do Colégio nas dependências da Primeira Igreja Batista de São Luís. Na oportunidade foram entregues placas alusi-vas à data a alunos, ex-alunos, pastores, funcionários e ex--funcionários da Instituição, que, sem sombra de dúvidas, fazem parte da história do Colégio Batista Daniel de La Touche.

os pastores Ednivaldo Leite, Joel Ramos e Nauber Braga (IB Cinquentenário), Ciri-lo, Neliana, Renilde, Dalva, Valéria, Neilson, Serginho, Gorete, Ariane e Zélia. Ao pastor Sócrates Oliveira, Ro-sane, Márcia e Sandra (CBB), Mário Ikeda; e a todos os batistas maranhenses que depositaram a sua confiança no meu ministério e oraram pela concretização da vitória desse desafio na minha vida”.

Colégio Batista Daniel de La Touche:Mais de meio século formando

cidadãos comprometidos com a vida

O pastor Jorge França encerra seu ministério à frente da

Convenção Batista MaranhenseO pastor Jorge Fran-

ça, depois de 6 anos , encer ra seu ministério à

frente da Convenção Batis-ta Maranhense (CBM). Seu ministério foi marcado por: Hospedagem da 88ª Assem-bléia da CBB em 2008; Rea-lização da TRANS Maranhão que resultou no alcance de todos os municípios com a presença batista; Criação do Radical Maranhão; Come-Pr. Jorge França

Colégio Batista Daniel de La Touche

Profa Ioneide Barbosa

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11o jornal batista – domingo, 22/04/12missões mundiais

A situação sofreu um revés no norte do Mali, região controlada por rebeldes tuaregues des-de o início do mês, quando anunciaram um cessar-fogo. Os insurgentes, que professam a

fé islâmica, saquearam e depredaram o instituto bíblico e a igreja batista da cidade de Gao, segundo o relato de um missionário da terra.

“Dói muito no coração ver um trabalho de tantos anos ser destruído em poucas horas pelo inimigo. Orem por nós e ajudem-nos”, disse a missionária Veralucia Rocha, que foi orientada pela Embaixada brasileira em Bamaco a deixar o Mali. Hoje, Veralucia está no Senegal e disse que os irmãos do norte seguiram para a capital para fugirem da perseguição.

Por outro lado, a missionária Gabriele Santos já se encontra no Rio de Janeiro, desde o dia 3 de abril.

Igreja batista é saqueada no Mali

Alcançando vidas em Moçambique:Música, Informatização e Medicina a serviço do Ide de JesusAilton de FariaRedação de Missões Mundiais

Para alcançar ainda mais os povos mo-ç a m b i c a n o s , e m agosto de 2010, Mis-

sões Mundiais nomeou mais um casal missionário àquele campo. Trata-se do pastor Daniel Soler e sua esposa, Gisele Soler, que estão na Cidade da Beira. Eles ajudam nos trabalhos da Igreja Batista do Dondo, na Segunda Igreja Batista da Beira e em uma congregação da mesma no bairro das Palmeiras.

Daniel é professor de Mú-sica e leciona em dois ins-titutos bíblicos, o Instituto Teológico Batista da Beira e o Instituto Bíblico de Sofala, ambos na Cidade da Beira. Ele dá aulas para cerca de 100 alunos nos dois insti-tutos. A irmã Gisele, que é médica, atende na Clínica no Dondo e dá aulas em uma universidade.

Naqueles dois institutos eles começaram algo ino-vador: informatizaram a se-cretaria, a biblioteca, a par-te financeira, e agora estão na fase de treinamento dos alunos. “Esse sistema faz toda a gestão do curso, des-de alunos até as despesas das instituições, e vai ajudar muito os trabalhos desses se-minários”, explicou o pastor Daniel Soler.

Este mês, o missionário co-meçou a dar aulas de Música (violão, teclado e bateria) a 18 alunos de uma escola cristã. Eles oram sempre an-tes de começar as aulas, e em momentos oportunos, o mis-sionário fala sobre assuntos bíblicos. “Por meio das aulas de Música, estamos discipu-lando jovens não crentes. Usamos a Música como es-tratégia para alcançar jovens muçulmanos; alguns já estão até participando de reuniões bíblicas”, testemunhou o pastor Daniel.

Ainda este mês, o casal missionário fez uma viagem a Nampula, a terceira maior cidade do país, com cerca de 80% da população mu-çulmana. Daniel instalou um sistema de rede no Seminário de Nampula que vai ajudar na organização da instituição e na manutenção de compu-tadores. “Também tivemos a oportunidade de conhecer outros missionários de Mis-sões Mundiais, conversar sobre diferentes assuntos e ministrar à vida deles. Foi um tempo muito bom para compartilhar ideias, preocu-

pações e orarmos juntos”, confessou o pastor Daniel.

Além disso, eles ajuda-ram nos trabalhos do PEPE (programa socioeducativo promovido por Missões Mundiais) com atendimen-to médico e nutricional às crianças da escola e aos pais. Com essa oportunidade, os

missionários aproveitaram para evangelizar e comparti-lhar sobre Jesus. “Através das consultas, avaliação médica e nutricional daquelas crian-ças, tivemos a oportunidade de compartilhar do gran-de amor de Cristo aos seus pais”, concluiu a missionária Gisele.

Missionária Gisele com crianças moçambicanas

Moçambicanos

Missionária Gisele oferece atendimento médico e nutricional a crianças moçambicanas

Missionária Gisele com uma criança do PEPE em Nampula

Pr. Daniel dando aulas de violão

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13o jornal batista – domingo, 22/04/12notícias do brasil batista

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14 o jornal batista – domingo, 22/04/12 notícias do brasil batista

Francisco Bonato PereiraColaborador de OJB

A moderna institui-ção cristã conhe-cida como “escola bíblica dominical”

teve como seu idealizador o jornalista inglês Robert Raikes (1735-1811). Natural de Gloucester, em 1757, aos 22 anos, sucedeu o pai como editor do Gloucester Journal, periódico voltado para a reforma das prisões. Na época estava ocorrendo na Inglaterra um extraordiná-rio avivamento cristão, com forte ênfase social. Inspirado por outras pessoas, Raikes iniciou uma escola na sua paróquia (1780). Ele ensina-va crianças pobres de 6 a 14 anos a ler e escrever e dava--lhes instrução bíblica.

A ideia de Raikes rapi-damente se espalhou pelo país. Cinco anos mais tarde (1785), foi organizada em Londres uma sociedade vol-tada para a criação de Escolas Dominicais. Um ano depois, cerca de 200.000 crianças estavam sendo ensinadas em toda a Inglaterra. No princí-pio os professores eram pa-gos, mas depois passaram a ser voluntários. Da Inglaterra a instituição foi para o País de Gales, Escócia, Irlanda e Estados Unidos.

A Escola Bíblica Dominical foi uma instituição adotada por todas as denominações protestantes e herdeiras da Reforma, inclusive pelos ba-

tistas na Europa e na América do Norte e do Brasil. Entre os batistas eram realizados periodicamente Congressos (Convenções) Internacionais. Neves Mesquita, na História dos Batistas em Pernambuco, faz referência a uma Conven-ção de Escolas Dominicais, a ser realizada em Zurich, Suiça (1915), a que iria com-parecer o nosso missionário Harold H. Muirhead.

A escola dominical chegou ao Brasil como as primeiras missões protestantes. A pri-meira foi organizada pelo casal Robert e Sarah Kalley, em Petrópolis (RJ), a 19 de agosto de 1855. Sarah Kal-ley era grande entusiasta do movimento na Inglaterra. A primeira escola dominical presbiteriana foi iniciada pelo Rev. Ashbel Green Si-monton, em maio de 1861, no Rio de Janeiro. Reunia-se nos domingos à tarde, na rua Nova do Ouvidor. Um even-to comum em muitas igrejas presbiterianas brasileiras nas primeiras décadas do século XX era o “Dia do rumo à es-cola dominical”, quando se faziam esforços para trazer convidados à EBD.

Os batistas do Brasil tem na missionária Emma Morton a pioneira da EBD: escritora dos primeiros textos, pro-fessora, pedagoga cristã, era uma entusiasta da Escola Dominical e nas igrejas onde ela e o esposo serviram a EBD era uma das primei-ras instituições organizadas.

Ao chegar ao Brasil e após aprender a língua, Emma re-cebeu como uma das primei-ras tarefas (1893), escrever as lições da Escola Dominical, que eram publicadas em um boletim editado pelo missio-nário William Bagby (PEREI-RA, Maria Marques. EMMA MORTON GINSBURG, OJB, out 2008): “Emma passou por momentos de desânimos quando, embora sentindo que Deus a chamara para uma missão no Brasil, se sentia pouco útil. Esse era um sentimento que afligia muitos jovens missionários em início de ministério. Ela enfrentou o problema buscando modos de tornar-se útil, passando escrever textos para ensino aos convertidos. Emma foi uma das primeiras redatoras das lições da Escola Bíblica Dominical.

Emma Morton tornou-se uma dedicada professora da Escola Dominical, exercen-do seu ministério na IB de Niterói (RJ), onde auxilia-va o missionário Ginsburg (1893), que mais tarde se tornou seu esposo: “Salo-mão Ginsburg trabalhava (...)na IB de Niterói e nesse período cortejou a jovem Emma Morton. Casados os Ginsburg foram residir em Niterói (RJ), seu campo de trabalho, onde ele cuidava do rebanho e evangelizava a cidade, enquanto ela se dedicava ao ensino de clas-ses de estudos, inclusive na Escola Bíblica Dominical”

(PEREIRA, Maria Marques. EMMA MORTON GINS-BURG, OJB, out 2008). Depois de Niterói, Emma Ginsburg ensinou na EBD em Campos, São Fidélis e outras igrejas, fruto do trabalho do casal no Rio de Janeiro.

A Escola Bíblica Dominical entre os Batistas em Pernam-buco foi instituída na PIB de Recife, no pastorado do missionário William Edwin Entzminger (1892-1900), onde ele e a esposa Maggie Griffit, doutrinavam os con-vertidos, ensinando a Bíblia Sagrada, que foi ampliada e dinamizada com a chegada do casal Emma e Salomão Ginsburg (1900-1909).

A IB do Cordeiro (a se-gunda igreja batista no Re-cife), organizada em 15 de novembro de 1905, pelo casal Ginsburg, no pastorado Manoel Corinto Paz (1906-1907) a organizou a Escola Bíblica Dominical, com duas classes de adultos e uma de crianças (Ata 09.04.1907) e elegendo seu Superinten-dente. Assim, todas as Igrejas plantadas por Ginsburg tem sua EBD.

A IB da Torre (a quarta igre-ja batista do Recife), organi-zada a 25 de dezembro de 1908, pelo pioneiro Salo-mão Ginsburg, organizou sua EBD ainda nos primórdios. O Jornal Batista (25.12.1912) registra a reorganização da sua Escola Bíblica Dominical: “Em agosto foi reorganizada

a Escola Dominical da Igreja Batista da Torre, tendo dado bons resultados doutrinários em virtude das magníficas lições oferecidas pela Casa Editora (Batista), do Rio de Janeiro”. A Casa Editora era a Casa Publicadora Batista, da Convenção Batista Brasileira, com sede no Rio de Janeiro (RJ), que depois mudou o nome para JUERP e forne-ceu literatura para as Igrejas Batistas até 2012 (está em processo de liquidação e será substituída pela Editora Convicção), que continuará alimentando as EBDs com a boa literatura.

A EBD, desde o início, tem sido uma instituição presente nas igrejas batistas de Per-nambuco, inclusive naquelas plantadas em pleno Sertão, como Arcoverde (1926), Ca-brobó (1935) e Serra Talhada (1937) até as quatrocentas igrejas batistas do Estado.

Hoje todas as igrejas batis-tas do Estado e do Brasil tem na EBD seu instrumento de instrução e doutrinamento dos membros e congregados, atingindo mais de 60% do universo de membros e con-gregados.

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ABRIL - MÊS DA EBD

Emma Ginsburg e a EBD

Emma Morton Ginsburg

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15o jornal batista – domingo, 22/04/12ponto de vista

O exercício da solidariedade – Mateus 6.1-4.

esus sabiamente nos en-sina como devemos dar esmolas ou ajudarmos as pessoas pobres, necessi-

tadas. Nesta prática, discri-ção. Não tenho necessidade de ser visto dando dinheiro ou entregando um donativo a alguém. Jesus nos ensina que dar esmolas é um exercício pessoal e discreto. A glória é do Pai e a retribuição lhe per-tence. Num mundo em que as pessoas querem aparecer ao ajudar os outros, Jesus nos ensina que fazê-lo é algo do coração, sincero e solidário. Num tempo de ‘marketing pessoal e institucional’, de-

vemos reiterar o nosso com-promisso com o Senhor em servir às pessoas com amor e de forma desinteressada.

Não precisamos tocar t rombeta , anunciar aos quatro cantos que estamos ajudando alguém como fa-zem alguns apresentadores de TV. Ganham muito di-nheiro ‘ajudando’ pessoas. Penso que se deve ajudar os mais pobres, mas não com o objetivo de ganhar dinheiro, de se promover. Na verdade, estas práticas são normais neste mundo. Os que são de Cristo aju-dam por amor a Ele e ao próximo. Há contentamen-to no coração do cristão em ajudar os que mais pre-

cisam. Isso é justiça social e evangelho integral. Uma das características do Reino de Deus é amar o próximo como a nós mesmos.

A minha mão direita não deve saber o que a esquerda faz (Mat 6.3). A esmola ou ajuda deve ser dada em se-creto, de forma velada para que só o Pai seja glorificado e reconheça ou galardoe conforme a Sua vontade. Aqui há a implicação da ética do Reino de Deus. Ajudar visando promoção pessoal é da religião, mas fazê-lo de forma sincera e discreta, e para a glória de Deus é do evangelho de Cristo. A nossa satisfação não está nos louros humanos, mas na avaliação

de Deus, o nosso Pai. Jesus mesmo não gostava de alarde nas coisas que Ele realizava. Ele o fazia para abençoar as pessoas e glorificar o Pai. Estes devem ser os nossos objetivos.

Então, dar esmolas de acordo com o padrão do Reino de Deus não é para qualquer um, mas para os que amam o Senhor de todo o coração e ao próximo como a si mesmos. Um ato despido de qualquer vanta-gem pessoal, qualquer pro-moção pessoal. É uma atitu-de do coração centrado em Cristo, o Senhor. Dou esmo-las não para ser ovacionado, aplaudido pela multidão, reconhecido por irmãos e

amigos, mas porque Deus determinou na Sua vonta-de soberana e devo fazer como Ele prescreve na Sua Palavra. Sabemos que a es-mola é paliativa, mas tratar a pessoa, prover um traba-lho e orientar para a vida são permanentes. Esta foi a atitude de Pedro e João em relação ao paralítico da porta do templo (Atos 3). Eles não deram esmola, mas a cura da parte de Cris-to. Eles disseram: Levanta, toma o teu leito e anda. So-mos chamados pelo Senhor para pregarmos o evangelho que levanta, fortalece e faz andar. A esmola precisa ser acompanhada do evangelho que salva a todo o que crê.

É possível ouvir de muitos colegas pas-tores, líderes e membros da igreja em geral falando em educação religiosa na igreja, mas na realidade estariam se

referindo apenas à Escola Bíblica Dominical (EBD), como se a educação numa igreja só envolvesse a EBD. O ensino é apresentado pelo apóstolo Paulo como um dom de serviço, fazendo, então, parte do processo de vida e desenvolvimento da igreja local. A EBD é uma estrutura e estratégia até que recente na história da igreja cristã. Aliás, é possível ouvir pessoas defendendo a sua extinção entendendo que é uma estrutura e estratégia obsoleta. Por outro lado, há também muita gente que entende ser ela a única expressão educacional da igreja.

O processo educacional se instrumentaliza por intermédio de diversas formas na vida prá-tica da igreja. A educação como uma área do conhecimento e experiência humana se baseia em pressupostos não apenas filosóficos, mas também políticos, psicológicos, sociológicos e, muito mais do que isso, em pressupostos bíblicos e teológicos. Nesse rumo, torna-se necessária a discussão, por exemplo, sobre qual a centralidade da educação que adotamos em nossas igrejas – o aluno, o conteúdo, ou o professor? A educação que você tem em sua igreja é orientada por conteúdos ou objetivos educacionais? Ela tem como objetivo apenas o mundo atual do aluno ou deve instrumentalizá--lo para o futuro? O que é, afinal, educação? É apenas transmissão de conhecimentos? É cons-trução de conhecimento? É um instrumento

de dominação, domesticação ou reprodução? Afinal a educação do ponto de vista cristão é diferente da educação secular?

Estas e outras questões já demonstram que a abrangência da educação vai além das classes da EBD. A educação numa igreja, entre suas muitas tarefas, tem como objetivo oferecer capacitação e recapacitação à liderança, a pregadores chamados “leigos”, a professores, a evangelistas, etc. A igreja, portanto, deve ser um amplo centro contínuo de capacitação para que seus membros possam ser instrumentaliza-dos ou capacitados no exercício de seus dons e talentos.

Se a EBD necessita de professores, é a área de educação que deve prover a sua capacita-ção. Da mesa forma, se um grupo de jovens vai iniciar um trabalho num hospital, é a edu-cação que vai prover a capacitação para esse trabalho. Um grupo de irmãos quer ampliar seu conhecimento sobre a Palavra de Deus, é a educação que também vai fornecer os meios para isso, estudar o currículo, preparar a forma do conteúdo, etc.

Educar não é somente INFORMAR, mas também FORMAR e TRANSFORMAR. Isto é, as pessoas necessitam conhecer a Palavra de Deus, então é preciso informar. Mas as pessoas também necessitam ter seu caráter e vida for-mados à luz do evangelho, então a educação precisa formar essa vida e caráter. Além disso, as pessoas necessitam ter seu caráter e ações modificados pelo Evangelho, aí a educação cumpre o seu papel de transformar o indivíduo.

Quando isso não ocorre surge a deformação. Veja a ilustração a seguir para notar a ação mais ampla da educação na visão cristã:

Enquanto na pregação o grande objetivo é convencer os ouvintes de que devem seguir a Deus ouvindo a sua Palavra, na educação um dos grandes objetivos é esclarecer aos ouvintes o que significa a Palavra de Deus. Um trabalho é corretivo, outro é instrutivo, é profilático. Os dois se completam. Um convence, outro expli-ca. Um leva ao caminho de Deus, outro mostra como é o caminho de Deus.

Como a Bíblia é o livro texto da educação na igreja, temos o desafio de transformá-la em nos-so livro não apenas de cabeceira, mas também de constante estudo e aprendizagem. Aproveite o serviço educacional que a igreja lhe oferece por intermédio da área educacional, em suas estratégias e programas, para se aprofundar mais na Palavra de Deus, pois educação é mais do que a EBD.

Este também é um dos fundamentos do Plano Diretor de Educação Religiosa (PDER) para as igrejas batistas do Brasil.

OBSERVATóRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Educação Religiosa é mais do que EBD?

ABRIL - MÊS DA EBD

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anR FES.pdf 1 12/04/12 11:09

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