r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira ... · ... tanto no antigo como no novo...

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 43 Domingo, 23.10.2016 R$ 3,20 Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Convenção Batista de Pernambuco promove curso para líderes de Ministério com surdos Página 09 Inscrições para o Radical 2017 estão abertas Página 11 Dia do agente penitenciário é lembrado pela Segunda Igreja Batista de Campo Grande – MS Página 10 Templo Batista em Pajuçara – CE é erguido em apenas 25 dias Página 12 Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE celebra 103 anos Entre os dias 15 e 19 de setembro, a Primeira Igreja Batista de Aracaju – SE realizou uma série de conferências para comemorar os seus 103 anos. O evento contou com a participação de corais, quarteto, grupo de louvor e cantores da Igreja. Página 08

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Page 1: R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira ... · ... tanto no antigo como no Novo Testamento, ... mavera é a esta-ção das flores. No Brasil temos ... com Cristo

o jornal batista – domingo, 23/10/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 43Domingo, 23.10.2016R$ 3,20

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Convenção Batista de Pernambuco promove curso para líderes de

Ministério com surdosPágina 09

Inscrições para o Radical 2017

estão abertasPágina 11

Dia do agente penitenciário é lembrado pela Segunda Igreja Batista de Campo

Grande – MSPágina 10

Templo Batista em Pajuçara – CE é erguido

em apenas 25 diasPágina 12

Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE celebra 103 anos Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE

celebra 103 anosEntre os dias 15 e 19 de setembro, a Primeira

Igreja Batista de Aracaju – SE realizou uma série de

conferências para comemorar os seus 103 anos. O evento contou com a participação

de corais, quarteto, grupo de louvor e cantores da Igreja.

Página 08

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2 o jornal batista – domingo, 23/10/16 reflexão

E D I T O R I A L

Programas cooperativos Dentro das celebra-

ções do mês de outubro, mês da denominação, o

quarto domingo é o Dia do Plano Cooperativo. Muitas vezes este programa é visto apenas como uma medida de sustento financeiro, quan-do, na realidade, o sustento financeiro é a consequência do comprometimento com os valores bíblicos adotados pelos discípulos de Jesus, cha-mados Batista. Continuo, neste editorial, no propósito de fazer conhecida a filosofia da Con-venção Batista Brasileira, que sob a cooperação diz:

“A experiência da Igreja pri-mitiva é marcada pela “coo-peração” - que ensina não só a resolver problemas, mas, sobretudo, realizar tarefas im-portantes para a expansão do Reino de Deus. Recordem-se: a) o envio de missionários pela Igreja de Antioquia; b) a “cole-ta” para as Igrejas da Judéia, por causa da fome; c) o sustento de Paulo e de seus companheiros; d) o encontro em Trôade; e) o relatório de Paulo à Igreja de Antioquia, após a primeira viagem missionária.

Nesta exemplificação, com base na experiência da Igreja

Cristã nos primórdios, vale ressaltar outro aspecto da co-operação, isto é, o cuidado e ajuda a Igrejas, demonstrados em atitudes, tais como: a Igreja de Jerusalém enviando Barna-bé para acompanhar os fatos que ocorriam em Antioquia da Síria, com o surgimento da primeira Igreja cristã gentílica; a decisão de Paulo de voltar às igrejas organizadas em sua pri-meira viagem missionária para ver como estavam, fortalecê-las e constituir-lhes lideranças; o cuidado de Paulo para com todas as Igrejas.

A Igreja como família, Povo de Deus, Corpo de Cristo, as-sembleia dos salvos - aponta para a cooperação, para a asso-ciação e para a união de forças e propósitos, tendo em vista objetivos comuns. O princípio da cooperação fraterna e so-lidária está fundamentado na Bíblia - tanto no antigo como no Novo Testamento, a qual afirma ter Deus propósitos de-finidos para o mundo e para o universo, que busca alcançar, através da participação dos homens em geral e de seus servos, em particular.

A cooperação no Reino de Deus é a forma de operação que dignifica e exalta os ho-

mens. Paulo afirma que somos cooperadores com Deus. Esta coparticipação eleva a coope-ração ao ponto mais alto da dignidade, pois dá ao homem o privilégio de trabalhar com o seu Criador e Senhor. A cooperação é a essência do sistema Batista. Trabalhar junto tem sido o segredo da obra realizada. Tem sido o ponto para onde convergem as au-tonomias e independências, reforçando a interdependência e o compartilhar dos mesmos objetivos. A cooperação é obra de iguais, de companheiros, de livres; porque é resultado da soma de vontades que li-vremente decidem pela união de forças para a realização de propósitos comuns. A Con-venção, como órgão que dá expressão à obra cooperativa dos Batistas, busca sempre ca-minhos para fortalecer a visão sinótica de Igrejas e crentes, o que possibilita o desenvolvi-mento das atenções e esforços na direção assinalada como o ponto de interesse comum. A cooperação a ser buscada a ser dada tende para a obten-ção de resultados cada vez mais expressivos, permitindo o cumprimento dos propósitos e das tarefas indicadas, com a

maior eficiência possível. A cooperação a ser dada deve ser alegre, entusiástica e soli-dária. A Convenção, em seu propósito de promover a co-operação, entende que, além da cooperação resultante dos vínculos que mantém com Igrejas, entidades e órgãos, há outra cooperação igualmente desejada: a das entidades ou órgãos com os quais as Igrejas se associam, como é o caso das Convenções e Associações de Igrejas Batistas e outros cujos objetivos se somam aos propósitos da Convenção.

A Convenção representa, de forma adequada nos dias atu-ais, a solução dos Batistas para a realização de suas aspirações comunitárias e o tratamento das questões de seu interesse, se-gundo a mesma linha de ensi-namentos e exemplos bíblicos, buscando, assim, manter-se fiel ao propósito de Deus de salvar o mundo e de adquirir para si um povo peculiar.”

Batistas brasileiros, lembre-mos sempre que a cooperação é a essência dos valores e prin-cípios Batista!

Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 23/10/16reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Diz-se que a pri-mavera é a esta-ção das f lores. No Brasil temos

flores em abundância o ano inteiro. A natureza pródiga nos presenteia com toda espécie de flores, do outono ao inverno. As estações se sucedem e não conseguimos diferenciá-las. O calor do verão interfere no inverno. Este, por sua vez, nos brinda com o frio em pleno janeiro. O tempo enlouqueceu, di-zem alguns mais revoltados. A revolta aumenta quando

o governo resolve intervir na natureza com o horário de verão. “Gera economia”, afirmam os estrategistas que adoram mudar o curso natu-ral do tempo. Todos se sub-metem; as reclamações não são levadas em consideração e assim acordamos maus hu-morados durante boa parte da primavera e verão. Não deveria ser assim, mas al-guém inventou o horário de verão e o impôs ao resto dos mortais que vive nesta parte do planeta.

Apenas os pássaros, acli-

matados à loucura das gran-des cidades, conseguem distinguir inverno da pri-mavera. Fazem seus ninhos, onde pacientemente aguar-dam o agir da incubadeira da mãe natureza e alimen-tam seus filhotes. Alguns, se transformam em vítimas de gatos assassinos que não respeitam os limites da boa vizinhança. Destroem pelo simples instinto e prazer de matar. Seus donos deveriam ser condenados pelos cri-mes cometidos pelos seus felinos.

Para compensar, a prima-vera nos oferece o pipilar dos pássaros que saudam o amanhecer com alegria e não dormem sem antes agradecer com o seu cantar. As flores ganham novos matizes e nos remetem a Jesus a contem-plar os lírios do campo. O Mestre parou para admirar a beleza das flores. Encanta-se com a simplicidade dos pas-sarinhos; todos tranquilos a aguardar cada dia o sustento que vem dos tesouros do Pai. O homem tem mais valor, é capaz de raciocinar, de tirar

conclusões sábias das lições que a natureza oferece. Con-tudo, não aprendeu ainda a confiar plenamente em Deus. Se o Pai sustenta os pássaros, veste as flores, coloca música no ar primaveril, pode tam-bém fazer do viver humano algo abençoador. Por não crer nesta verdade, a criatura humana vive ansiosa, preo-cupada com o amanhã, não desfruta o banquete do hoje.

Não viva ansioso. Olhe ao redor, veja, toque e ouça a canção do amor que não falha, o amor de Jesus.

Primavera, música e flores

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4 o jornal batista – domingo, 23/10/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Por que a vida eterna é gratuita

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratui-to de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Se-nhor.” (Rm 6.23)

Nós, humanos, vi-vemos em um ter-ritório espiritual limitado pela di-

mensão do tempo. Em outras palavras, mais no estilo do apóstolo Paulo: Somos prisio-neiros do tempo. Esta depen-dência nos escraviza. E nos leva a perguntar se existirá, porventura, uma opção que nos liberte do tempo e nos introduza no campo trans-cendente, incompreensível, da eternidade. A resposta nos é revelada pelo mesmo Pau-lo: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Rm 6.23).

Por razões que não enten-demos, o Criador do universo estabeleceu um projeto que

tem como objetivo nos intro-jetar a Sua natureza de imor-talidade. Seu projeto foi o de nos atingir em nosso território chamado “mundo”, através da invasão do Filho Único que, sendo Deus como o Pai e o Espírito, veio com o poder de nos “adotar como filhos”.

O evangelista João, ao tra-tar do mesmo tema, revela o modo divino de operacionali-zar nossa adoção como filhos. “A Palavra estava no mundo e, por meio dela, Deus fez o mundo, mas o mundo não A conheceu...Porém, alguns creram nEle e O receberam: a estes Ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.10-12). Em resumo: nin-guém pode comprar a vida eterna – isto é, a vida eterna nos é dada pelo Pai como um presente, gratuitamente. Quando a aceitamos, porém, assinamos um contrato defi-nitivo, indestrutível. Como afirmou Paulo: “Nada pode nos separar do amor de Cris-to” (Rm 8.38-39).

Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista Jardim Mauá - Manaus - AM

São exatamente estes que vivemos. Tem-pos particularmente difíceis, algumas ve-

zes escabrosos. Tempos de grandes avanços científicos, tecnológicos, mas também de retrocesso espiritual, de falta de esperança. Tempos de indiferença, secularismo e escuridão. Tempos em que os valores morais agonizam e muitos são arrastados na avalanche da corrupção e da desonestidade contumaz.

Mas o Amor de Deus para este tempo é o mesmo que se demonstrou outrora, que rebrilhou na cruz e que con-tinua apelando ao coração do homem. Agora, com maior amplitude, com um sentido maior de urgência.

A Palavra de Deus magis-tralmente nos adverte: “Por-que diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (II Co 6.2).

O dia de hoje é o mais oportuno para que o homem tenha um encontro com Deus

e possa experimentar o Seu amor.

Bem d i s s e Ben j amim Franklin que um hoje vale mais do que duas manhãs. Quem não vem a Cristo hoje, pode perder toda a oportunidade de vir a Cristo. A oportunida-de não é para o dia seguinte, sobretudo, quando se trata do destino eterno da alma.

“Um jovem campesino que havia estudado na Universi-dade de Moscou, achava-se em casa, quando sua mãe fora mordida por um cão raivoso. O jovem, que co-nhecia a eficácia da vacina antirrábica, recém descober-ta, tomou um trenó e correu por três dias à cidade mais próxima, para conseguir o precioso remédio. Conse-guiu obtê-lo por um preço elevado e, sem conceder-se descanso, empreendeu o ca-minho de volta, para chegar a tempo de aplicar o remédio e salvar a vida de sua amada genitora, evitando-lhe graves sofrimentos.

Porém, a rude campesina, não crendo no que lhe dizia acerca dos efeitos terríveis do que parecia ser uma insigni-ficante ferida que “já estava curada”, recusou-se a receber a porção e, em meio a uma

discussão sobre o assunto, conseguiu apoderar-se da frágil ampola que continha o líquido salvador e, arrojando--a ao chão, a pisoteou.

Quando sobrevieram os inevitáveis ataques da hi-drofobia, a infeliz mulher se desesperava, reconhecendo que, por sua ignorância e necedade, transformara em algo inútil o sacrifício do seu filho, condenando-se a uma morte horrível”.

O pecado é, sem dúvida, uma enfermidade tremen-da. O remédio que pode curá-lo está no sacrifício de Jesus Cristo e que agora é oferecido a todos. É agora também que deve ser aceito e tomado, para surtir os efei-tos que transpõem o tempo e alcançam a eternidade. Esta é, portanto, a hora oferecida aos homens, para cruzar a ponte redentora com Cristo e serem eternamente salvos. “Por isso, se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.” (Hb 3.7-8).

Como embaixadores do Altíssimo, nós vos exortamos a que “Em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus”. E, mais uma vez, afirmamos: “Amanhã pode ser muito tarde”, o dia aceitável é hoje.

Zeli Bertassoni Rende, membro da Igreja Batista Serrana -Teresópolis - RJ

Quero ser fiel ao teu sofrimentoQue foi por mim, grande pecador.Fiel aos teus mandamentos,Muito fiel a Ti, meu Senhor.

Quero ouvir a Tua voz sem igual:Bem está, servo bom e fiel,Sobre o pouco foste justo e lealEu te darei o gozo aqui do céu.

Tempos oportunos

da salvação

Quero ser fiel

Quero ser fiel, muito fiel,À Tua graça, ao Teu amor,Às Tuas bênçãos caídas do céuMuito fiel a Ti, meu Senhor.

Quero ser fiel aos Teus ensinamentos,À Tua Palavra que é vida e luz,Fiel em todos os momentos,Muito fiel a Ti, meu Jesus.

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5o jornal batista – domingo, 23/10/16reflexão

Rendervan Miranda, bacharel em Teologia e ministro de Louvor; membro da Igreja Batista Pelinca - Campos dos Goytacazes - RJ

Cheguei em casa e, outra vez, fui sur-p r eend id o c om a notícia de mais

uma jovem que foi desliga-da do rol de membros de uma de nossas Igrejas. Por mais que esse tipo de notícia esteja se tornando comum, cada vez que acontece, o coração se entristece e vem à tona a pergunta: O que está acontecendo para termos um número tão grande de desli-gamentos em nosso meio?

Muitas são as notícias de Igrejas que crescem, mul-tiplicam seus membros, vi-bram com vidas que rendem diante de um apelo em nome de Jesus, mas, em contra-

Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

Não lembro exa-tamente o que aconteceu. Mas, um dos dedos da

mão direita apareceu com uma pequena bolha próxi-mo à unha. Um dia, a bolha cresceu e logo começou a incomodar. Como sou destro e era na mão direita, tudo in-comodava. Certa vez, estava no ônibus e, para evitar uma queda, apertei a bolha, e aí sim, ela cresceu e começou a doer o tempo todo. A so-lução foi evitar usar a mão direita. Quando percebi, já pegava as coisas com a mão esquerda. Resolvi, então, furar a bolha que já atrapa-lhava até cumprimentar as pessoas. Doeu. A Glaucieide disse: “Procura um médico!” Pensei: “Ele vai furar isso aqui e vai doer”. Decidi adiar

partida, é imenso o número daqueles que abandonam o aprisco, muitas vezes, ainda nos primeiros cinco anos, ou menos, e voltaram ao mundo de onde saíram. E a pergunta se repete: O que está acon-tecendo?

Não quero parecer sim-plista, mas a resposta para essa pergunta pode estar em uma questão muito fácil de ser entendida. A questão é que muitos filhos nascem, mas, sem pais espirituais, tornam-se órfãos, não re-cebem o devido cuidado e alimentação (coisas que não podem vir somente dos púl-pitos, nos cultos semanais da Igreja) e, consequentemente, morrem ainda novos. E o pior é que, na maioria das vezes, morrem debaixo de uma ava-lanche de pedradas daqueles que poderiam se candidatar para serem ou se tornarem

o tratamento. Fiquei feliz quando, após lavar uma boa quantidade de louça, perce-bi que a bolha havia furado sozinha (?).

Fiquei pensando se eu dou o mesmo tratamento a todas as feridas. Existem aquelas que estão dentro do coração. Creio que estas são mais difí-ceis de cuidar. Elas doem. E como doem! Não deixamos ninguém chegar perto, não procuramos médico, não aceitamos conselhos. Escon-demos o coração e, muitas vezes, nos excluímos do con-vívio social. Uma palavra despretensiosa machuca. Um olhar distraído é mau interpretado. Um sorriso se transforma em orgulho. A fadiga por excesso de traba-lho é visto como indiferença. Não tem jeito, tudo dói e pa-rece que todos estão sabendo da ferida que guardamos no coração. Para proteção, nos

seus pais espirituais e, assim, se evitaria tal fracasso.

Mas o que fazer? Creio que seja hora da Igreja de Cristo entender que ganhar uma alma não é somente fazer um apelo para as pessoas, transmiti-las uma série de estudos bíblicos e recebê--las pelo batismo. Normal-mente, quando essas etapas são cumpridas, nos sentimos como se a missão estivesse cumprida. Mas isso é pouco, muito pouco.

Para que essa realidade mude, precisamos resgatar o conceito e o sentimento de paternidade espiritual. E isso, no mais amplo sentido. Trazer de volta a proteção e o cuidado de Barnabé com o novo convertido Paulo de Tarso. O ensino e a disciplina amorosa desse mesmo Paulo com o seu “filho na fé” Timó-teo. E claro, no topo de uma

tornamos agressivos ou sim-plesmente sumimos de tudo e de todos.

Quando Davi foi machuca-do pela ofensa de um amigo íntimo desejou profunda-mente “sumir do mapa”. Che-gou a dizer: “Quem dera eu tivesse asas como a pomba; voaria até encontrar repou-so! Sim, eu fugiria para bem longe, e no deserto eu teria o meu abrigo” (Sl 55.6). Em outra ocasião, o coração feri-do causou feridas que se tor-naram insuportáveis até para os amigos mais próximos. O seu coração foi tomado por culpa e aumentou a sua dor (Sl 38.1-11).

O que fazer? Como buscar a cura para uma dor tão in-cômoda? Não existe uma re-ceita de bolo com ingredien-tes definidos e resultados previstos. E como já desejei que fosse assim! Davi indica os primeiros passos: “En-

lista imensa de exemplos como esses, trazer de volta a paciência, o amor e o ensino que vinha por palavras e por testemunho pessoal de Jesus Cristo, diante de seus 12 discípulos.

Por outro lado, aqueles que atendem ao apelo para se tornarem seguidores de Jesus Cristo precisam entender que se tornaram como crianças, nasceram de novo e, a partir daquele momento, precisam ser orientados, acompanha-dos, alimentados e fortale-cidos pelos que assumirão a condição de pais espirituais em suas novas vidas.

Tudo se tornaria mais fácil se a salvação fosse heredi-tária e passasse de pai para filho, não é verdade? Mas, a realidade não é essa. A necessidade de pais espi-rituais, que cativem filhos espirituais, nasce justamen-

tregue suas preocupações ao Senhor, e ele o susterá; jamais permitirá que o jus-to venha a cair” (Sl 55.22- NVI). É como se ele dissesse: “Reconheça a sua ferida e vá ao médico tratá-la. Abra o seu coração para Ele e diga o quanto dói, o quanto incomoda, o quanto limita a sua vida e decida deixar Deus cuidar daquilo que causa dor no seu coração. Se você vai a um médico e diz que sente uma dor, ele quer saber onde é, quando dói, se é de dia ou de noite e, se possível, como aconteceu. Acontece da mesma forma com o seu coração. É preciso dizer para Deus onde dói e quando dói. Neste mo-mento, quero lhe dizer algo simples, mas importante: “Se não cuidar da sua ferida, as pessoas continuarão machu-cando você”. Vai mudar de ambiente e sentir a mesma

te do fato de muitos da-queles que aceitam a Jesus não terem em suas casas a orientação necessária para amadurecerem em Cristo. E a Igreja não pode renunciar ou se abster dessa responsa-bilidade.

Enquanto houver carência de pais espirituais em nossas Igrejas, os filhos espiritu-ais não sobreviverão. Pelo contrário, morrerão sempre cedo, irão embora.

Que Deus nos desperte para essa realidade. E que, como consequência, possa-mos estancar esse crescente número de caídos, desligados e excluídos. É hora de fazer mais e atacar menos, cuidar mais e criticar menos, doar mais e pedir menos. Esse é o verdadeiro sentido do dis-cipulado ensinado por Jesus Cristo. Se não for assim, eles irão embora.

dor. Vai tentar esconder a ferida, mas alguém irá tocá--la, mesmo sem saber que o seu coração está ferido.

Davi tinha na oração um instrumento de cura para as suas dores (Salmo 34.4). Paulo nos orienta da mes-ma forma com a intenção de diminuir a ansiedade do coração (Fp 4.6). Mas podemos obter ajuda com pessoas capacitadas para nos orientar. Podemos en-contrar pessoas dispostas a andar conosco.

Se a ferida é causada pelo pecado, busque o perdão de Deus (Salmo 130.4). Se o seu coração está magoado, per-doe (II Coríntios 2.10). Mas, de qualquer maneira, procu-re tratar a sua ferida. Você viverá melhor. Com certeza evitará outras enfermidades. Salomão avisou: “O coração bem disposto é remédio efi-ciente” (Pv 17.22- NVI).

Eles estão indo embora...

Minha ferida

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6 o jornal batista – domingo, 23/10/16 reflexão

Os membros da Igre-ja Batista em Santa Bárbara (1871), na Província de São

Paulo, clamaram aos patrícios nos Estados Unidos para en-viarem obreiros para pregar o Evangelho de Cristo neste país continental. O clamor foi atendido com a chegada do casal Anna Luther e William Buck Bagby (1881) e Kate e Zacarias Clay Taylor (1882), os quais ali aprenderam a língua portuguesa com o pastor Antô-nio Teixeira de Albuquerque.

Viajando pela Província de Minas Gerais em uma noite, os missionários Bagby e Taylor se ajoelharam e oraram ao Senhor da Seara, diante do mapa do Império do Brasil, pedindo Sua orientação sobre o lugar onde deveriam iniciar Sua Missão. Não desejaram “pregar onde o Evangelho de Cristo não fosse conhecido, para não edificar sobre alicer-ce alheio” (HARRISON, Helen Bagby, “Os Bagby no Brasil”, Rio de Janeiro, JUERP, p. 33, 1987). Escolheram a cidade de Salvador - BA para iniciar a semeadura do Evangelho; local para onde se deslocaram, em junho de 1882, os casais Anna Luther e William Ba-gby e Kate e Zacarias Taylor, acompanhados de Teixeira de Albuquerque e sua família.

Alugaram um edifício antigo,

que servira de prisão religiosa (ALJUBE), situado na parte alta da cidade de Salvador, o qual foi reformado para servir-lhes de residência e de um local para os cultos, acomodando no salão principal 200 pesso-as. Iniciaram a divulgação do Evangelho debaixo de perse-guição e agressões.

Estabelecidos no local, os missionários resolveram orga-nizar a Primeira Igreja Batista da Bahia, hoje denominada Primeira Igreja Batista do Bra-sil, no município de Salvador, Província da Bahia, em 15 de outubro de 1882, no lugar denominado Canela, e tinha como membros os missioná-rios norte-americanos Zachary Clay Taylor, Catharina Taylor, William Buck Bagby, Anna Luther Bagby e o brasileiro Antônio Teixeira de Albuquer-que, os quatro primeiros com carta de transferência da Igreja Batista Santa Barbara e o último da Igreja Batista Estação. A ata do evento, lavrada por Teixei-ra, descreve o acontecimento histórico: “Ata de organização da Primeira Igreja Batista da Bahia. No dia 15 de outubro de 1882 da Era cristã, estan-do nesta cidade da Bahia, no lugar denominado Canela, às 10:00 horas de manhã, os abaixo assinados, membros da Igreja Batista de Santa Bárba-ra, na província de São Pau-

lo, tendo-se retirado daquela província para esta, uniram à igreja batista, fazendo a sua instalação legalmente. São os seguintes: Sr. Antônio Teixeira de Albuquerque, Sr. Zachary Clay Taylor, Da. Catharina Taylor, Sr. William Buck Ba-gby, Da. Ann Luther Bagby. (…) Depois de instalada a igreja, com os cinco membros supra mencionados, adotamos una-nimemente a Confissão de fé, chama-se “The New Hamp-shire”, confisssão de fé como praticada geralmente pelas igrejas batistas missionárias. Adotamos o seguinte pacto: o Sr. Bagby foi eleito por unani-midade de votos – moderador – o Sr. Antônio Teixeira de Al-buquerque – idem – secretário. O nome foi intitulado: 1ª Igreja Batista na Bahia. Por unanimi-dade de votos foi designado o 2º domingo de cada mês para Ceia do Senhor, depois da pre-gação às 11:00 horas da ma-nhã. Foi designado que haveria reunião da igreja para oração e negócios da igreja. Encerrada a sessão, tem em seguida: o culto, pregação do evangelho e celebração da Ceia do Se-nhor. Eu secretário a escrevi e assino-me. Antônio Teixeira de Albuquerque. Bahia, 10 de maio de 1883” (REILY, Duncan A. “História Documental do Protestantismo no Brasil”. São Paulo: ASTE, 2003).

Organizada a base do traba-lho na Bahia, inclusive com penetração no interior do es-tado, os missionários volveram os olhos para outros pontos da Pátria brasileira. Dois grandes centros lhes chamaram a aten-ção: o Rio de Janeiro, sede do Governo Imperial, com sua grande massa populacional, e Pernambuco, que, com sua capital Recife, sempre foi um grande centro comercial e cul-tural por excelência. E a partir dessa base estabelecida na Bahia, o trabalho dos Batistas, na divulgação do cristianismo evangélico, se expande para o Rio de Janeiro, para Alagoas e para Pernambuco. Na PIB da Bahia foi consagrado aquele que seria o primeiro pastor da Igreja Batista do Cordeiro - Antonio Marques da Silva: “(...) Foram ali [no Casarão do ALJUBE] consagrados os missionários nacionais. O primeiro deles, um verda-deiro apóstolo e mártir, João Gualberto Batista, que hoje descansa na mansão dos jus-tos, consagrado ao ministério em 1883, e o velho Antonio Marques, que ainda está entre nós. (...)” (BARRETO, Archimi-nia. “Os primeiros Batistas na Bahia”. OJB, 23 de Junho de 1921, p.9).

Consolidada Igreja em Sal-vador, o casal Bagby entendeu ser tempo de expandir a obra,

e então Anna Luther e William Bagby, acompanhados da ama das crianças, Mary O´Rourke, mudaram-se para o Distrito Federal.

O trabalho missionário Ba-tista na Bahia se desenvolveu, inicialmente, em Salvador e nas cidades próximas, mas, paulatinamente se expandiu, inclusive seguindo o Rio São Francisco, atingindo a cidade de Juazeiro, no sertão da Bahia e o povoado de Petrolina, no sertão de Pernambuco, onde, em 1897, foram ali batizados os primeiros Batistas, por Zaca-rias Taylor e organizada a Igre-ja Batista de Petrolina (1905) (OJB, de 30.11.1905, p.7).

Antônio Teixeira de Albu-querque, ao desejar levar a mensagem do Evangelho de Cristo à família e aos amigos de Rio Largo e de Maceió, partiu para a província de Alagoas (1885). Enviou, antes, textos de sua autoria, a respeito da sua concepção do Evangelho e as razões porque deixara o sacer-dócio católico romano – “Três razões porque deixei a Igreja de Roma”, os quais causaram grande impressão naqueles que os leram. O missionário Zacarias Taylor e o pastor An-tônio Teixeira de Albuquerque organizaram, a 17 de maio de 1885, a Igreja Batista de Ma-ceió, com dez membros, ob-jeto de uma próxima Coluna.

PIB da Bahia (1882): a expansão

do cristianismo Batista no Brasil

Pr. Francisco

Bonato Pereira,

historiador,

da Comissão

de Historia da

CBPE e do IAHGP

- Instituto

Arqueológico

Histórico e

Geográfico

Pernambucano

Contando

a Nossa

História

PIB Bahia 1920William Buck BagbyAnne Luther Bagby Zacarias Taylor Katharin Stevens Crawford Taylor

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7o jornal batista – domingo, 23/10/16missões nacionais

As crianças e adoles-centes acolhidos pelo Lar Batista Da-vid Gomes partici-

param do Projeto “O dia da profissão”, que apresenta para estudantes o dia a dia das diversas áreas profis-sionais, em duas universi-dades na Bahia. A primeira foi no dia 27 de setembro, na Universidade Federal do Oeste da Bahia. Os acolhi-dos visitaram o Museu do Cerrado, criado em 2009, com o intuito de mostrar à população a fauna do Cer-rado. Conheceram também a biblioteca e visitaram a exposição “Guarda Suíça”, criada em 1503. Para fina-lizar o passeio, as crianças conheceram o laboratório de química, onde foram rece-bidos pelos alunos do curso que realizaram alguns expe-rimentos com a participação dos pequenos.

Já no dia 07 de outubro, a visita foi à 14° Mostra de Curso da Faculdade São Francisco de Barreiras, um evento direcionado para

estudantes, com o intuito de informar acerca dos cur-sos de graduação que são oferecidos pela faculdade. “Sabendo da importância de ajudar nossas crianças e adolescentes a pensarem no futuro de forma positiva, temos o intuito, com este Projeto, mostrar a impor-tância do estudo na vida deles e ajudá-los a escolher uma profissão, para que, ao atingirem a sua maioridade, sejam inseridos no mercado de trabalho, onde possam

lutar por sua autonomia e independência”, ressalta a diretora do Lar, Fernanda Toyonaga. O cuidado com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social é uma das ênfases da nossa Campanha 2016. Você já fez o seu alvo pessoal? Invista em Missões e leve a Palavra de Deus a crianças acolhidas por nossos proje-tos. Entre em nosso site ou vi-site nossas redes sociais para outras informações. www.missoesnacionais.org.br

O livro “Zequinha e seu novo jei-to de viver” foi lançado no dia

12 de outubro, no Multi-plique 2016. Através de uma linguagem simples e de forma lúdica, este livro ensina às crianças conceitos profundos que envolvem o princípio da evangeliza-ção discipuladora. A Visão de Igreja Multiplicadora é transmitida de forma suave através de uma divertida história infantil.

A narrativa gira em torno de Zequinha, um menino que tinha seu nome no “car-tão alvo” de oração de um amigo. Um dia, ele ouviu de Jesus através deste amigo que convivia com ele diaria-mente. Descobriu no PGMI um lugar de acolhimento e muito aprendizado. Seu jei-to de viver mudou, porque agora Jesus vive em seu co-ração. Zequinha descobriu como é bom ter amigos de verdade e o quanto a vida das pessoas muda quando agimos com intencionali-dade.

Com texto de Jaqueline da Hora Santos, Missionária de Evangelização Discipulado-ra de Crianças - e ilustrações

em aquarela de Hudson Silva, o livro é uma extraor-dinária ferramenta para as crianças aprenderem desde cedo a viver por princípios.

Missões Nacionais coloca à disposição esta bela his-tória de transformação para abençoar as crianças do Bra-sil. Adquira um exemplar no site de nossa livraria: www.livrariamissoesnacionais.org.br.

Crianças e adolescentes do Lar Batista David Gomes

participam do Projeto “O dia da profissão”

Adolescentes observam uma aula de medicina

Lançamento de Missões Nacionais

para crianças

Jaqueline da Hora ao lado de Zequinha, personagem de seu livro

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8 o jornal batista – domingo, 23/10/16 notícias do brasil batista

Sandra Natividade, colaboradora de OJB

A certeza da necessi-dade de trabalhar mais é o sentimen-to que envolve a

membresia da centenária Primeira Igreja Batista de Ara-caju – PIBA, e por extensão, a denominação Batista em solo sergipano. A longevida-de não limita esses 103 anos de pleno exercício para um descanso, mas impulsiona, abre novos rumos, impreg-nando-os de boas estratégias para o labor dos Batistas des-te estado. Nos primórdios, essa Igreja, hoje centenária, mesmo com a precariedade de transporte, levou compro-

Carlos Alberto dos Santos, pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ, pastor interino da Igreja Batista do Bosque - RJ

Nos dias 16, 17, 18, 24 e 25 de setem-bro, a Segunda Igreja Batista em

Pilar - RJ celebrou 33 anos, com o tema “É tempo de Re-construir”, com base no texto bíblico em Ageu 2.9. Não te-mos palavras para expressar o quanto essas duas semanas de aniversário da nossa Igreja foram abençoadas.

A primeira semana já nos deu a dimensão do que estava por vir. Deus realmente rasgou os céus sobre aquele lugar e

missadamente o Evangelho de Cristo a um raio de ação surpreendente. O contexto da saga dos pioneiros, no iní-cio do século XX, é contado pela história dos Batistas em Sergipe com propriedade a exemplo de períodos não muito confortáveis - desde ameaças no campo da liber-dade religiosa, mesmo neste país considerado laico, quan-do se presenciou visível e acintosamente a intolerância e, como se isso não bastasse, o aparecimento das discor-dâncias internas com o Mo-vimento Radical; veracidade de um período nebuloso, que não desmotivou a caminha-da vitoriosa da pregação do Evangelho da Graça.

derramou muito de Sua glória. A programação contou com um palco, barracas padroni-zadas, parque de diversão,

O desconforto por previ-dência divina passou, a ca-minhada longeva continuou tão célere quanto antes. No momento atual, mais do que nunca, a Igreja precisa mar-char, avançar e invadir as trevas com a gloriosa luz do Salvador Jesus. O trajeto foi longo, contudo, no decorrer dos anos, a PIB de Aracaju organizou 30 agências do Evangelho de Cristo, entre capital e interior do estado; tem como titular o pastor Paulo Sérgio dos Santos. A Igreja procura manter em funcionamento, por entender ser de importância funda-mental, as organizações mis-sionárias: MCA, Amigos de Missões, Mensageiras do Rei,

muito louvor com os cantores Willian Nascimento e Ronal-do Santos. Toda estrutura ali montada, toda a grandeza e

Embaixadores do Rei e JCA. Atualmente, a Igreja conta com o Serviço de Assistên-cia Social Missionária Zênia Birzniek – AMIZEB na sede; três Congregações, duas no interior do estado: Japoatã e Nossa Senhora do Socorro; a outra Congregação está na capital, estrategicamente no bairro 17 de março, consi-derado zona de expansão de Aracaju.

Há dois projetos classifica-dos como de evangelização e social - estes para atender comunidades reconhecida-mente carentes - localizados nos povoados - Manaim e Aldeia, município de São Cristóvão - SE. O ministério pastoral se amplia, o pastor

beleza do evento só nos prova que a Graça do Senhor sobre nossas vidas é o suficiente para que possamos realizar coisas inimagináveis.

A segunda semana foi a culminância do que já era real em nosso meio: a presen-ça de Deus. Era visível o mo-ver de Deus naquele lugar. Linda participação da Igreja Batista Betel de Pilar - RJ. As ministrações e mensagens dos pastores Efraim e Pedro foram como flechas em nos-sos corações; saímos cheios. Finalizamos essa grande festa cantando parabéns e ser-vindo um delicioso bolo de aniversário.

É incrível a forma que Deus trabalha. Ele realmente nos sur-

Paulo Sérgio conta com ou-tros líderes para auxiliá-lo: Jabes Nogueira Filho, Elias Lima e Flávio Amorim, o primeiro na Congregação do município de Socorro, os demais são responsáveis pelo ministério de Família e Juventude, respectivamente. Nas comemorações desses 103 anos de existência, hou-ve, no período de 15 a 19 de setembro de 2016, a realiza-ção de Série de Conferências com a participação de corais, quarteto, grupo de louvor e cantores da Igreja. Os prega-dores desses dias foram: Elias Lima, Flávio Amorim, Willia-ms Prata, Jabes Nogueira Filho, Marta Nogueira Lima e Marivaldo Queiroz.

preende com Suas ações, Seu plano é perfeito, Sua maneira a mais linda. Quando temos um Deus tão maravilhoso nos mostrando o que e como de-vemos fazer, para quê agir pela nossa força, pelo nosso braço? Para que realizar nossos pla-nos e projetos segundo a nossa vontade? Por que não aliarmos nossa vontade a vontade de Deus? Tenho certeza que se tivéssemos confiado em nossa força, este aniversário jamais teria sido tão maravilhoso. “Os que confiam no Senhor serão como os montes de Sião que não se abalam, mas per-manecem para sempre.” (Sl 125.1).

É tempo de reconstruir! Pa-rabéns, família SIB em Pilar!

Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE celebra 103 anos

Segunda Igreja Batista em Pilar – RJ comemora 33 anos de existência

Série de Conferências Aniversário da Igreja foi repleto de participações musicais

Irmãos da Segunda Igreja Batista em Pilar - RJ

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9o jornal batista – domingo, 23/10/16notícias do brasil batista

Acom CBPE

A Convenção Batis-ta de Pernambuco (CBPE), através da Adec - Área de De-

senvolvimento de Educação Cristã, em parceria com a AME – Área de Missões Es-taduais, está promovendo o Curso de Capacitação para Líderes do Ministério com Surdos. A capacitação iniciou no mês de julho e segue até o dia 12 de novembro, no SEC - Seminário de Educação Cristã.

O objetivo é fortalecer e ampliar o evangelismo dis-cipulador em Libras e assim atender a demanda das Igre-jas Batistas no campo per-

Matheus Ramos, Jornalista da CBEES

Jovens Batistas se reuniram dos dias 16 a 18 de setem-bro, em Jacupemba, distrito de Aracruz - ES, com um

único objetivo: levar o amor aos que ainda não conhecem.

Com a convicção de que a alegria de Jesus Cristo é a força dos que O servem, a JUBALESTE, em parceria com as Organizações MR e ER, reuniu cerca de 70 jovens e adolescentes no Projeto Mis-sionário “Let’s Go”.

Em conversa, Letícia Rosa, uma das organizadoras do Projeto, destacou: “O Let’s Go é ampliar o Reino de Deus cumprindo o Ide de Cristo”.

O Projeto começou na sex-ta-feira, à noite, com um mo-mento de oração, onde todos os voluntários se colocaram

nambucano, o que possibilita aos participantes do curso, o conhecimento apropria-do para o desenvolvimento/apoio nas atividades e traba-lhos referentes ao Ministério com Surdos em suas Igrejas locais, bem como, a difusão do Evangelho aos surdos do nosso estado, iniciado pri-meiramente na Região Me-tropolitana do Recife (RMR).

O curso tem nível básico e procura despertar liderança para a prática de ações peda-gógicas inclusivas. Nele estão contidos elementos teóricos e práticos para a comunicação em Libras, além de reflexões sobre a sua importância.

Ao todo, 42 alunos, de 24 Igrejas e 12 Associações da

de joelhos, em demonstração do reconhecimento da sobe-rania e vontade de Deus.

Logo após, iniciaram os treinamentos, com orien-tações de como seriam as ações do dia seguinte.

No sábado pela manhã foi o momento de colocar tudo em prática. Com muita alegria, disposição e certeza de que estavam no centro da vontade do Senhor, todos os 70 voluntários “invadi-ram” as ruas de Jacupemba e

CBPE estão participando. As Igrejas são: Igreja Apostólica Batista Peniel, Igreja Batista Alto José Bonifácio, Igreja Assembleia de Deus/Recife, Igreja Batista em Buenos Ai-res, Igreja Batista Central do Jordão, Igreja Batista Córre-go do Jenipapo, Igreja Batista do Centenário em Muribeca, Igreja Batista Centenário do Jordão, Igreja Batista em Dois Irmãos, Igreja Batis-ta em Gaibu, Igreja Batista Emanuel em Pau Amarelo, Igreja Batista Memorial em Jardim Paulista Baixo, Igreja Batista Memorial do Recife, Igreja Batista Rocha Eterna, IEB em Casa Amarela, Pri-meira Igreja Batista em Água Fria, Primeira Igreja Batista

anunciaram o Amor de Jesus através de canções, encena-ções teatrais e pantomimas, e realização de flash mob ao som da música “Desperta”.

No período da tarde foi rea-lizado especial com as crian-ças da comunidade, que, de forma lúdica, ouviram sobre a mensagem de salvação, atra-vés do Kids Game, uma estra-tégia de evangelismo que une brincadeiras e ensinamentos da vida cristã. Enquanto isso, uma outra equipe fez abor-

do Cabo, Primeira Igreja Batista do Coração de Rio Doce, Primeira Igreja Batista do Recife, Primeira Igreja Ba-tista em Jaboatão, Primeira Igreja Batista em Nazaré da Mata, Primeira Igreja Batista em Jardim das palmeiras, Segunda Igreja Batista do Ibura, Congregação Batista Nova Boa Vista em Nazaré da Mata.

Os participantes são líderes de Ministério com Surdos, pastores, educadores religio-sos, missionários e interessa-dos, recomendados por sua Igreja local.

Entre os temas trabalhados estão: “A Liderança de Jesus - o líder com o coração de servo”; “Definição, concei-

dagens nas casas, oferecendo oração e compartilhando das maravilhas de Jesus.

Para finalizar o dia, acon-teceu no campo society do bairro, um grande culto de louvor e adoração a Deus, com momentos impactantes de ministração, tanto para os moradores do bairro, quanto para os voluntários.

“Minha experiência no “Let’s Go” foi muito boa, única. Tive a oportunidade de evangelizar várias pessoas, inclusive meus

tuação, leis, mitos e curiosi-dades da Língua Brasileiras de Sinais”; “Noções básicas e vocabulário da LIBRA”; “Construção do Planejamen-to Estratégico para o Ministé-rio com surdos”, entre outros.

Para a missionária da AME, especialista em Libras, Wel-lenice Lima, é importante que a Igreja seja “ambiente acessível e não excludente” e é preciso vencer “A questão da barreira comunicacional que encontramos diante de uma pessoa surda”. Rosilene Anduras, da Igreja Batista em Buenos Aires, Zona da Mata Norte de Pernambuco, reforça que o curso é impor-tante para “Levar a Palavra de Deus aos surdos”.

amigos”, destacou Júnia Ris-pieri, Mensageira do Rei da Igreja Batista Memorial.

O encerramento do Pro-jeto aconteceu no domingo pela manhã, em um culto de agradecimento por tudo que Deus fez durante o “Let’s Go”, e, após a ministração, vários jovens se puseram de joelhos e assumiram o com-promisso diante da Igreja do Senhor, de colocar em práti-ca no dia a dia tudo aquilo que aprenderam no Projeto.

Juventude Capixaba se reúne para anunciar o Amor em Jacupemba - ES

Pernambuco promove Curso para Líderes de Ministério com Surdos

Fotos: Acom CBPE

Os alunos aprendem Libras focados na realidade da Igreja local

Líderes de várias Igrejas estão participando da capacitação

Curso envolve parte teórica e interações práticas com surdos

Flash Mob foi uma das atividades realizadasMomento de louvor Parceria com ER e MR deu certo

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10 o jornal batista – domingo, 23/10/16 notícias do brasil batista

Ninah Pinheiro, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista em Jardim Marilea - Rio das Ostras - RJ

No domingo, dia 11 de setembro, durante o culto da manhã, a Primei-

ra Igreja Batista em Jardim Marilea - Rio das Ostras - RJ deu início a Campanha Na-cional de Mobilização 2016. A abertura da Campanha foi um grande momento de lou-vor e adoração a Deus, mar-cada pelo clamor por nossa Nação e amor ao próximo.

Com o tema “É tempo de avançar multiplicando o Amor de Deus!”, a Campanha esse ano tem como base o livro de Neemias. O objetivo é encora-jar a Igreja a mudar a realidade espiritual, socioeconômica e política do nosso país, através da oração e proclamação do Evangelho, multiplicando o Amor de Deus.

Um dos momentos mais impactantes da abertura foi a encenação do Grupo de Teatro da Igreja Metodista da cidade, que mostrou a importância de amarmos ao próximo, independente de como a pessoa esteja. Com pessoas disfarçadas no meio

Comunicação Social da Convenção Batista Sul Mato-Grossense

Na área social da Segunda Igreja Batista de Campo Grande - MS, o

Ministério Salva Vidas, que é dirigido pela missionária Isa-bel Candida Vieira, realizou um culto de ação de graças a Deus pelo Dia do Agente Penitenciário, que é comemo-rado no dia 25 de setembro.

A missionária Isabel agrade-ceu aos presentes e apresentou os membros do Ministério Sal-va Vidas. Disse que o trabalho é espinhoso, mas, para eles, é um ministério que Deus e os capacitou e fazem com alegria. Pastor Daniel Sanches, pastor

da Igreja, cada personagem representava uma pessoa do nosso cotidiano e a dificul-dade que elas encontravam em receber esse amor. Após a representação teatral, o Ministério de Louvor, junto com o Grupo de Coreografia, apresentou a música oficial da Campanha 2016.

O promotor de Missões da PIB Marilea, Douglas Couti-nho, apresentou os objetivos

da Igreja Batista Popular, que também é um dos membros do ministério, também fez uma saudação aos presentes. O louvor foi dirigido pelo ministério de louvor da Igreja Batista Popular.

Em seguida, a missioná-ria apresentou os servidores presentes e agradeceu pela

da Campanha 2016, os pro-jetos missionários apoiados pela Igreja e um balanço do investimento em missões durante o ano de 2015. O alvo da Igreja este ano é de R$ 30 mil e serão arrecada-dos através de ofertas e das doações que já acontecem pelo PAM.

Este ano, a Igreja realizará uma viagem missionária para o município de Oratórios,

acolhida deles ao ministério nos dias de visitação. Levan-tados, eles se apresentaram, informaram seus nomes e cargos desempenhados; um deles pediu a palavra e disse que estavam sendo homena-geados e recebendo agrade-cimentos, mas falou também que eles é que agradeciam

em Minas Gerais, como ação da Campanha de Missões Nacionais. De acordo com o pastor Fábio M. Martins, a PIB Marilea trabalha para ter um projeto missionário adotado em cada estado da Federação. “Já temos um projeto adotado em cada continente e vamos trabalhar o nosso alvo de ter um pro-jeto adotado em cada estado brasileiro.”, disse.

pela presença do ministério nos presídios. Disse que os servidores trabalham pelo seu sustento na ajuda aos detentos, mas os membros do ministério deixam seu trabalho, seu ganha pão, para ajudar aqueles detentos que tanto precisam.

A ministração da Palavra

A PIB Marilea tem o coração missionário, e assim como está na divisa da Campanha 2016, “Levantemo-nos e edi-fiquemos! E fortaleceram as mãos para a boa obra. ” (Ne 2.18), a Igreja tem se levantan-do em clamor, tem apoiado e está trabalhando para enviar missionários e assim edificar cada dia mais a Obra do Se-nhor. Louvado seja a Deus pelo campo missionário!

foi feita pela pastora Elzelice de Miguel, membro do mi-nistério Salva Vidas e pastora em uma extensão da Igreja Batista Memorial de Cam-po Grande, no bairro Nova Lima, em Campo Grande.

O evento terminou com louvor e, posteriormente, foi servido um grande coquetel.

Clamor pelo amor ao próximo marca a abertura da Campanha de Missões Nacionais na PIB Marilea - RJ

Fotos: Paula Portes

Ministério Salva Vidas homenageia agentes penitenciários em culto de ações de graças

Membros do Ministério Salva Vidas e servidores penitenciários do MS

Culto foi relizado na Segunda Igreja Batista de Campo Grande-MS

Participação do Ministério de Louvor junto ao grupo de coreografia Objetivo da Igreja é adotar um projeto missionário por estado

Cerimônia de abertura Abertura foi um grande momento de louvor e adoração a Deus

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11o jornal batista – domingo, 23/10/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Após a passagem do furacão Matthew pelo Haiti no iní-cio de outubro, que

deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados, Missões Mundiais voltou suas atenções à necessidade de levar ajuda humanitá-ria a comunidades afetadas por esta tragédia. Através do Projeto Ajude Agora – Haiti, pessoas de qualquer parte do mundo podem levar espe-rança e ajuda emergencial às regiões mais afetadas, como a cidade de Les Cayes, no sul do país, onde uma unidade do PEPE (programa socioe-ducativo) foi destelhada e está sem previsão de retorno às aulas.

Todos os nossos missio-nários em solo haitiano es-tão em segurança, conforme informado por canais ofi-ciais da JMM, e os primeiros obreiros a levarem ajuda humanitária, principalmente alimentos, à região de Les Cayes foram André e Verôni-ca Bahia (brasileiros) e Jean-

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Deseja sinalizar o Reino de Deus com seus dons, tempo e talentos

por um período determinado e de um jeito todo especial? Estão abertas as inscrições para as turmas do programa Radical em 2017: África e Luso-Africano. Fique atento, o prazo para inscrições para as turmas que iniciarão o treinamento no ano que vem termina no dia 16 de novem-bro através do e-mail [email protected].

Se você deseja viver esta experiência transcultural, cumprindo o chamado de Deus, converse com seu pastor e familiares e tome uma decisão. Agora, se você conhece algum jovem com potencial para fazer parte do programa Radical, incentive--o a seguir em frente.

-Daniel Registre (haitiano).Les Cayes sofre com o de-

sabastecimento por causa da queda de pontes que dão acesso à cidade. Também não há água potável dispo-nível, pois muitos dos poços artesianos foram danificados. Raras são as casas e barracos que resistiram ao furacão.

O missionário haitiano Je-an-Daniel Registre e a espo-sa, a brasileira Esther, atuam em Les Cayes e, por orienta-ção da Gerência de Missões da JMM, seguiram para a ca-pital do Haiti, Porto Príncipe, no fim de semana anterior à passagem do furacão Mat-thew. Depois da tormenta, receberam a notícia de que a casa deles teve o telhado levado pelos fortes ventos do furacão. A Igreja local, a escola e a casa do pastor também foram destelhadas.

Também em Les Cayes, as famílias das 23 crianças da unidade do PEPE, que vivem em casas de palha e madeira, estão em abrigos provisórios, pois os barracos foram des-truídos.

Ore pelas autoridades do Haiti, por sabedoria e bom

O atual formato do progra-ma é direcionado para moças e rapazes solteiros, com ida-de entre 18 e 30 anos e mem-bros há, pelo menos, dois anos, de uma Igreja Batista. São jovens com perfis que

uso dos recursos no atendi-mento às pessoas afetadas pelo furacão, bem como cla-me por nossos missionários: os brasileiros André e Verô-nica Bahia (suas filhas, Jés-

compreendem o caráter de sua formação e habilidades dentro das áreas de saúde, educação, esportes, cultura, entre outras. No campo, o missionário Radical apoia nossos projetos, de acordo

sica e Sara), Maria da Penha Pelanda, Rosimeri Francisco, Eliel e Haydée Gonçalves, e os missionários da terra Re-ginald Pyrhus e Jean-Daniel Registre e a esposa, Esther.

com o seu perfil, e é supervi-sionado diretamente por um missionário efetivo.

Antes de ir para o campo, os selecionados passam por um treinamento no Brasil, e aqueles que forem comissio-nados são enviados por um período mínimo de um ano e no máximo quatro anos. No caso do Radical África, a duração total do projeto é de dois anos, enquanto que o Luso-Africano, a duração é de um ano.

O programa Radical possui cinco projetos: África, Ásia, Haiti, Latino-Americano e Luso-Africano. Todos exi-gem o ensino médio como escolaridade mínima, com exceção do Radical Ásia, cujo candidato deve ter o ensino superior completo, e o Latino-Americano, que exige pelo menos o ensino superior em andamento.

“Uma compreensão pro-funda da sua experiência

Essa é a situação de momen-to no Haiti, aonde o Projeto Ajude Agora quer levar espe-rança a quem perdeu pessoas queridas, a quem perdeu suas casas, a quem está sem ter o que comer ou beber, a quem perdeu tudo. Com suas ora-ções e ofertas, você pode se juntar a nossos missionários nessa empreitada.

Escreva agora para [email protected] ou ligue para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 08h às 19h (horário de Brasília) e adote o Projeto Ajude Agora – Haiti.

Embarque para o HaitiEstão abertas as inscrições

para a caravana de voluntá-rios que seguirá em novem-bro ao Haiti. Estamos em busca, principalmente, de vo-luntários nas áreas de saúde, construção civil e educação.

Se você é vocacionado e sente o desejo de levar es-perança ao Haiti doando seu tempo, dons e talentos, escreva para [email protected].

e daquilo em que efetiva-mente ele, como cristão missionário, pode atuar e influenciar o mundo. Os resultados são que muitos vencem complexos, com-preendem melhor a Bíblia como ferramenta de Deus e sustento para a alma”, afirma Fernando dos San-tos, atual coordenador do programa Radical. “Caso a evangelização não seja bem explorada na região onde atuarem, os jovens do Radi-cal descobrem também for-mas de discipulados, evan-gelismo e acompanhamento pessoal e o maior deles: relacionamentos”, acres-centa Fernando, que é um ex-Radical África, da sexta turma, servindo no Níger.

Aqueles que não têm perfil para ser um Radical podem fazer parte desta missão aju-dando a identificar vocacio-nados e levantando ofertas e orações para o programa.

Ajude Agora – Haiti

Inscrições abertas para o Radical 2017

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12 o jornal batista – domingo, 23/10/16 notícias do brasil batista

Nonato Almeida, assessor de Comunicação e vice-presidente da Primeira Igreja Batista em Pajuçara – CE

Sim, com ce r t eza , “GRANDES coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos

alegres” (Sl 126. 3). Escrito em caixa alta, o termo “gran-des” expressa as maravilhas de Deus por nós e, especial-mente, na vida da Primeira Igreja Batista em Pajuçara, no distrito de Maracanaú-CE. No dia 01 de setembro foi aberta mais uma agência do Rei-no de Deus na região, cujo templo foi erguido graças ao empenho junto à Conven-ção Batista Cearense (CBC) e a valiosa participação dos nossos irmãos americanos da CMU (Christian Missions Unlimited/Missão Cristã Sem Limites). Em apenas 25 dias, o templo foi levantado e inaugurado com um grande Culto em Ação de Graças, que marcou o início da nova Igreja, na comunidade de Boa Esperança.

Essa é a realização de um sonho plantado há seis anos. Em 2010, com apenas cinco anos de plena atividade – e diante da necessidade de ex-

Andréa Dias, líder das Mensageiras do Rei da Associação Batista do Salvador

O 28º Congresso das Mensageiras do Rei de Salva-dor ocorreu no

dia 01 de outubro de 2016, no Sítio Mundo Verde, em Jauá, litoral norte da Bahia. Tivemos 463 pessoas pre-sentes, que representaram 32 Igrejas.

A nossa preletora oficial foi a missionária da Conven-ção Batista Baiana, Claudia Soares, que atua no campo de Serra do Ramalho-BA, na

pandir o Reino de Deus –, a PIB em Pajuçara debruçou-se no maior desafio de sua traje-tória, até então: a aquisição de um terreno para a construção de uma nova Igreja, que al-cançasse, ainda mais, a comu-nidade local. Deus foi muito generoso conosco, ao nos mostrar um espaço de 2,212 mil metros quadrados de área. Contudo, outro desafio, muito maior, surgiu: a construção desse novo templo.

Construção e semeaduraGraças à intercessão dos

que não desistiram de er-guer, nesse espaço, mais uma agência de restauração de vidas, Deus cumpriu Sua promessa lançada, e de forma surpreendente neste ano de 2016. Os trabalhos começa-ram no dia 08 de agosto, com

tribo Pankaru. Ela contou o seu testemunho e chamado para missões, quando Men-sageira do Rei, e sobre seu campo de atuação. Várias meninas foram vocaciona-das naquela ocasião. Foi ho-menageada a líder de Ami-gos de Missões de Salvador, a irmã Lúcia Macedo, pelo seu empenho, dedicação e fibra nessa Organização.

Na área social, arreca-damos material de higie-ne, no total de 2.517 itens, 128.536 notas fiscais e 94 mechas de 20 cm de cabe-lo, para doar ao hospital de câncer Aristides Maltez, na capital baiana. À tarde, rea-

a limpeza do terreno, sendo a primeira coluna erguida já no dia 11, marcando a chegada de um novo tempo.

Nos dias seguintes, alicerces, piso e demais colunas foram edificados, ficando à espera da comitiva de 25 integrantes da CMU, que chegou em 28 de agosto. Entre os dias 29 e 01 de setembro, no canteiro de obras, os irmãos americanos se encarregaram de levantar as paredes e cobrir todo o santuário. E, não apenas isso, mas enquanto a construção ca-minhava para sua conclusão, uma parte deles saiu às ruas, evangelizando e promovendo atividades recreativas com as crianças da comunidade, en-cantando a muitos.

Além de investir financei-ramente para a expansão do Reino, os nossos irmãos

lizamos oficinas de culiná-ria, beleza, esportes, canto e artes, envolvendo todas as meninas presentes, além de lazer e descontração.

Recebemos a presença da irmã Dilma e do irmão Elson Verçosa, dois con-selheiros idealizadores do Congresso há 28 anos. Que-ro agradecer a Deus por ter ocorrido tudo bem e agradecer por existir esta or-ganização entre nós, a qual foi canal na minha vida para ter um encontro com Jesus aos meus 10 anos. Concluo dizendo: Uma vez Mensa-geira, sempre Mensageira do Rei Jesus!

americanos da CMU, em apenas quatro dias, foram capazes de servir, conquis-tar a comunidade com seu carisma, amar as crianças do local e promover o Amor de Deus. Assim, a noite de 01 de setembro foi de grande festa, com a presença massiva da comunidade, PIB em Pajuça-ra, CMU e CBC. Um culto, além de histórico, inédito, já que o momento de louvor foi bilíngue – com louvores entoados em português e inglês, de forma simultânea –, além da reflexão bíblica do presidente da PIB em Pajuça-ra, pastor Messias Almeida.

Ação SolidáriaDando seguimento ao novo

trabalho, no primeiro sába-do seguinte ao da inaugu-ração, dia 03 de setembro,

uma grande Ação Solidária foi realizada pelo Instituto Mãos do Bem, que trouxe para a comunidade de Boa Esperança um dia inteiro de atividades como manicure, teste de glicemia, aferição de pressão arterial, entre outros. Para as crianças, escultura de balão, pula-pula, palhaços, brincadeiras, pintura facial e arte no papel. A programação também foi concluída com um grande culto de louvor e adoração ao Rei Jesus.

Igreja Batista Boa Esperan-ça; um novo tempo; um novo templo. Um lugar de Espe-rança e vida; é a família de Deus crescendo! Que o nosso Soberano Deus abençoe esse novo tempo que já começou! Nosso endereço: Rua Edgard Augusto Teixeira, 1565 - Paju-çara - Maracanaú-CE.

Ação conjunta impulsiona o Reino de Deus com a nova Igreja Batista Boa Esperança-CE

Congresso das Mensageiras do Rei de Salvador - BA reúne mais de 450 pessoas

Templo Construído Comitiva CMU

Parte do grupo de 463 pessoas presentes no evento

Momento cívico das Mensageiras do Rei

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 23/10/16notícias do brasil batista

Silvia Regina Prado de Souza Dias, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ

“Louvai ao Senhor. Quão bom é cantar louvores ao nosso Deus, quão agradável e decoroso é o louvor.” (Sl 147.1)

Ao meu querido e inesquecível pai Newton, as nossas saudades. O can-

tor Newton de Souza nas-ceu na cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro, em 05/11/1920, e faleceu em 29/07/2016. Enquanto viveu, nos seus 95 anos foi muito de-dicado a Deus, a Jesus Cristo e a Igreja Evangélica Batista, e assim: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo

Iracy de Araújo Leite, esposa

Em Vitória da Conquista - BA, nasceu um menino que desde então estava selecionado por Deus

para uma missão muito espe-cial: ser pastor.

Não foi fácil entender esse chamado, pois achava que cuidar do rebanho de Deus aqui na terra era algo da mais alta responsabilidade. Exigia ser como Cristo, cuidar como Cristo dos pequeninos, dos humildes, enfim, dos que ne-cessitavam de salvação, de conforto, de carinho.

Foi nesta luta que resolveu refugiar-se na fazenda do avô, para ficar por uma semana em oração até que, em uma noite, ele acordou ouvindo um coro angelical entoando a melodia: “Achei um grande amigo”. Foi o necessário para submeter-se à vontade de Deus e prosseguir abraçando seu ministério. Deus o colocou em Areias (2ª, Recife) por 30 anos. Deus o conduziu para ajudar na Primeira Igreja de Camaragibe - PE; Deus o levou para a Igreja de San Martin tam-bém em Recife, por cinco anos.

a sombra do onipotente des-cansará” (Sl 91.1).

Newton era filho primogê-nito dos inesquecíveis pastor Manoel Avelino de Souza e da professora Eva de Souza, e irmão do pastor Samuel de Souza, doutor Aguinaldo (falecidos) e do doutor Silvio, professora Helena e professo-ra Nicéa. Era casado com a inesquecível professora Elza Prado de Souza, e foram feli-zes por 60 anos, e desta união nasceram suas filhas, profes-sora Silvia Regina, doutora Gisele, doutora Eveline, e seu filho Carlos Henrique (faleci-do), e também foi agraciado com três netos, cinco netas, e cinco bisnetos e bisnetas.

Newton participou por mui-tos anos do ministério do seu pai, pastor Avelino de Souza, e ajudou em várias constru-

Em seu primeiro ministério, viveu ricas experiências com Deus através da construção de um novo e suntuoso tem-plo para abrigar os que Deus acrescentava ao Seu rebanho. Um lindo coro foi organizado para louvor e glória do nome de Jesus Cristo. Foi durante o primeiro ministério que cons-tituiu sua querida família. Três filhos, Lícia, Elda e Paulo, to-dos profissionais liberais que têm dedicado suas vidas ao trabalho do Mestre. Uma filha é esposa de pastor e os outros, têm usado parte do seu tempo para o trabalho missionário vo-luntário, inclusive no exterior, seguindo sempre os princípios divinos que lhes foram inculca-dos, sobretudo na família.

Nosso querido pastor Sídny, soube conduzir-se com sabe-doria e muita dedicação como esposo fiel, como pai amoroso, como pastor, sendo amado até hoje pelas ovelhas que o Senhor colocou em suas mãos para abençoar, cuidando-as de todas com carinho.

A nossa profunda gratidão a tantos irmãos e irmãs queri-dos, aos amados pastores, às

ções de Igreja Batista em Nite-rói, entre elas, Igreja Batista de Icaraí, e o templo da Primeira Igreja Batista de Niterói, em que seu pai foi pastor por 45 anos, onde eu, Silvia Regina (neta do pastor Avelino), e meu esposo, Jadson Gabriel Coelho Dias, temos o privi-légio de sermos membros, e nos dedicarmos com todo amor nas atividades da Igreja. Newton também participou

diversas instituições e Igrejas Batistas que têm chegado perto de nós com palavras amorosas e de tanto carinho, as quais têm ajudado nossa família a atravessar este momento difícil de separação e de saudade.

Com certeza, o seu viver deixa para nós um legado que espelha as palavras de Paulo a Timóteo: “Sê o exemplo dos fiéis na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza”. Você, filho, é este homem.

Esta é uma homenagem pós-tuma, humilde, para você, com eterna saudade de seus filhos e de sua mui querida esposa, Iracy de Araújo Leite.

do ministério do seu irmão, pastor Samuel de Souza, na construção da Igreja Batista do Ingá (fundadores), e que tem atualmente como titular, o pastor Edimar Guimarães.

Newton ainda jovem fez vários cursos de música evan-gélica, Sacras e Clássicas e se tornou um cantor muito consagrado, com sua linda voz de barítono, prestigiando os cultos das Igrejas Evangéli-cas, especialmente as Igrejas Batistas. Era também pianista, regente de coro, diácono e professor da EBD (Escola Bíblica Dominical) na Igreja Batista do Ingá, onde perma-neceu até os seus últimos anos de vida. No seu viver, era economista e corretor de seguros, trabalhou como revisor da Imprensa Nacio-nal (Nos Diários Oficiais da

Tributo e gratidão

Paulo de Araújo Leite, filho

Se doce é o título pastorMais doce é o nome SidnyQue ao se tornar um só, pastor SidnyNos traz alegria como um mel constante

É de um privilégio profundoDe um orgulho impressionanteSer filho de um pastor, e esse ser SidnyÉ Graça de Deus, atingindo o homemSua simplicidade é seu sucessoSem histeria, sem barulho, sem outdoorCom sua inteligência emocio-nal e ternura constanteSe fez presente como esposo, pai, sogro e avô

Seu legado é de puro esplendorSendo reconhecido na terra por seus paresNos leva uma vontade de imi-tação, se assim se podeEm seus passos os caminhos buscados serão

Como descrever este pastor

União) e no Exército Brasi-leiro serviu e fez o curso no CPOR (Curso Preparatório de Oficiais da Reserva). Meu pai, enquanto viveu, foi um homem íntegro e trabalha-dor, e um exemplo de ho-mem cristão fiel a Deus. Era filho amado de seus pais, es-poso amável, pai protetor, e amava seus netos e bisnetos.

A Deus demos glórias pela vida do meu pai e pela sua fidelidade ao Deus Eterno. Agradeço, de coração, em nome de nossa família, a to-dos - pastores, irmãos em Cristo e bons amigos - que tão bondosamente compa-receram ao último adeus no sepultamento do meu pai, o cantor Newton de Souza.

“Bem-aventurado os puros de coração porque eles verão a Deus.” (Mt 5.8).

Sidny em palavrasElas são pobres para representarPois sua história vividaDe muito devemos guardar

Deus dos autos céusAgradecemos por termos este privilégioOs céus contemplam a vitória terra aplaude seu pastorNós filhos seremos sem dúvidaOs mais bem-aventurados na vidaE um dia face a face com nosso DeusAgradecermos por tão preciosa dádiva

Sua vida não se encerará jamaisPois é como árvore plantada junto a corrente de águasQue de forma atemporalDará frutos na estação apro-priada

O pastor Sídny Viana Lei-te, esposo da professora Iracy Leite, gerente pedagógica do Colégio Americano Batista, faleceu no dia 17 de junho de 2016, era membro da Igreja Batista Capunga, pastoreou a Igreja Batista de Areias e a Igre-ja Batista San Martin.

Cantor Batista Newton de Souza05/11/1920 - 29/07/2016

Pastor Sídny Viana Leite dormiu no Senhor

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14 o jornal batista – domingo, 23/10/16 ponto de vista

Generos idade é a capacidade in-trínseca de doar, ofertar, ajudar,

investir, socorrer nos mo-mentos difíceis da vida. A pessoa generosa tem prazer em servir com o seu trabalho e seus recursos financeiros. O samaritano foi generoso com aquele judeu caído na estrada de Jerusalém a Jericó, vítima de salteado-res, enquanto o levita e o sacerdote, ambos judeus, religiosos, haviam deixado o homem caído, sem socorro (Lucas 10.25-37). Barnabé agiu com generosidade ao doar o dinheiro do seu ter-reno vendido, colocando-o aos pés dos apóstolos (Atos 4.36-37). As Igrejas da Ma-

Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Consolai-vos uns aos ou-tros com essas palavras.” (I Ts 4.18)

Palavras que conso-lam são as que abor-dam com sincerida-de e amor, a reali-

dade de um fato, apontando para uma esperança que ainda haja para o descon-solado. Vivemos hoje em um mundo de pessoas, em grande número, desconso-

cedônia foram pródigas em ajudar as Igrejas coirmãs na Judéia, durante a terrível seca que assolava a região (II Coríntios 8 e 9).

A generosidade é fruto de um coração desapegado das coisas materiais. De um coração liberto da volúpia do ter, da escravidão dos bens terrenos. Ela é fruto de um coração quebrantado e contrito, desprovido de ganância e sovinice. Cora-ção cujo centro é o Senhor Jesus Cristo. O centurião de Cafarnaum (Mateus 8.5-13; Lucas 7.1-10); e o centu-rião Cornélio (Atos 10.1-2), foram homens muito generosos e admirados por suas respectivas comunida-des. Jesus curou o servo do

ladas por razões de ordens de: injustiças sociais, imora-lidades, misérias, violências, falta de perspectivas políti-cas confiáveis, impunidades, violência contra inermes ou indefesos. São realidades crescentes no mundo, e no-tadamente em nosso país.

Como cristãos, não deve-mos engrossar o cartel de críticos que já atuam e até mesmo enriquecem nessa prática, mas sim, agirmos como embaixadores do Se-nhor dos exércitos, o Deus todo poderoso a quem ser-

centurião de Cafarnaum e salvou Cornélio. As pessoas generosas são abençoadas por Deus.

Ser generoso ou generosa significa oferecer o coração antes da ação. Antes de aju-dar alguém, o coração já está predisposto à graça de dar, uma característica da pes-soa regenerada, nascida de novo. Geralmente, a pessoa que age com generosidade é desprendida dos bens desta terra. O dinheiro não é o seu senhor, mas servo. A gene-rosidade geralmente é exer-cida com alegria ou conten-tamento. O cristão generoso (aqui é uma redundância) tem prazer em servir e o faz com o Amor de Cristo. A sua prioridade é crescer no ser e

vimos neste mundo. Para tanto, utilizo-me de um dos textos da Palavra do Senhor, perfeitamente aplicável para essa triste realidade. “Bus-cai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

A Palavra é um desafio a todos que creem em Deus, seguido de uma promessa Sua, não só de consolação, mas também de solução, que será infal ivelmente cumprida, à proporção que cumprirmos nossa parte.

não no ter. A sua satisfação é partilhar o coração e o pão; a hospitalidade no espaço que o Pai lhe deu; e o consolo de uma vida no Espírito.

A alma generosa não o é por interesse em reconheci-mento, em barganhar com Deus, em levar vantagem para a prosperidade financei-ra, mas por natureza, e esta do Cordeiro de Deus. Ele é o nosso modelo de genero-sidade. Todo o conjunto da Sua obra revela claramen-te a disposição interior em dar-se em amor. Há muitos chamados ‘filantropos’ por interesse projecional e não para beneficiar as pessoas. Dão do que sobram e não como fruto de seu sacrifício amoroso. Aquele que está

Buscar o Reino de Deus em prioridade é agir pela orientação do próprio Deus para isso. Essa orientação pode ser assim sintetizada: reconhecer que nossa natu-reza original pode nos levar a também sermos atores das impiedades acima citadas, decidirmos contrariar essas tendências, sepultá-las, para então dar lugar a uma ou-tra natureza que o Senhor tem para nós, ou seja, seus atributos próprios: amor, misericórdia, justiça. Um novo homem formado em

em Cristo deseja que a sua generosidade seja para a exaltação do Salvador.

Devemos todos os dias exercer a generosidade de Cristo em nossos relacio-namentos; em nossas ora-ções intercessoras; em nosso voluntariado; na visita aos enfermos e encarcerados; em investimento nos missio-nários; em doar cestas bási-cas; em ensinar as crianças carentes; visitar as casas de recuperação de dependentes químicos; em atender comu-nidades carentes, em alto fator de risco; e em visitar os asilos. O nosso grande desa-fio é vivermos diariamente a generosidade de Cristo Je-sus, Senhor e Salvador nosso para a Glória de Deus Pai!

Cristo Jesus, um legítimo cidadão dos céus, vivendo nesse mundo.

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatu-ra: as coisas antigas já pas-saram; eis que se fizeram novas” (II Co 5.17). São, sim, palavras que consolam, porque podem estar atuan-do para retirar do mundo pessoas maléficas, e inserir benéficas. Se isso é o que você deseja que o Senhor acrescente à sua vida, bus-que o Seu Reino em primei-ro lugar.

Palavras que consolam:

Generosidade

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15o jornal batista – domingo, 23/10/16ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

No artigo anterior demonstramos o papel da Igreja como comunida-

de profética e ficamos de am-pliar esta visão destacando, pelo menos, três ações que devem ser operacionalizadas pela Igreja.

Pregação do EvangelhoO mundo está sem Deus,

tendo como seu governante a Satanás; e as estruturas so-ciais, políticas e econômicas da sociedade estão em pri-meira causa nas suas mãos (Efésios 2.1-3; João 14.30; 16.11). Por isso é que o mun-do é o que é. Falamos tanto que o mundo precisa melho-rar, mas nos esquecemos que para isso ocorrer é necessário que ocorram mudanças no coração das pessoas e isso só terá início quando pregarmos o Evangelho e as levarmos à conversão em Cristo Jesus. A pessoa arrependida e liberta do seu pecado dará livre acesso à atuação de Jesus Cristo em sua vida, e a conse-quência terá uma vida trans-formada e transformadora (discipuladora, exemplo de vida). Não vamos nos delon-gar aqui, pois já escrevemos um artigo sobre a Igreja como comunidade missionária.

Responsabilidade pelos pobres e necessitados

Não há como negar que devemos ter cuidado especial pelos nossos irmãos neces-sitados. “Façamos o bem a todos, principalmente aos domésticos da fé” (Gálatas 6.10). Mas poderemos nos esquecer que o não crente também merece a nossa aten-ção. “Façamos o bem a to-dos”, diz o texto. A primazia está na assistência aos irmãos na fé, mas o texto não exclui a ajuda aos pobres e neces-sitados do mundo. Devemos amar o nosso próximo, este é o segundo e grande man-

damento. A Bíblia nunca fala que esse amor ao próximo deve ser só para os irmãos na fé, portanto, um amor inclusi-vo e não exclusivo. É verdade que não somos salvos pelas boas obras, mas é verdade também que somos salvos para as boas obras (Efésios 2.8-10).

Muitas vezes queremos ne-gar a nossa responsabilidade pelos pobres e necessitados do mundo afirmando que o que eles precisam mesmo é serem salvos e prepara-dos para a Nova Jerusalém, quando Jesus vier no futuro. Sendo assim, tenderemos a achar que essas duas tarefas - evangelização e assistência social - sejam incompatíveis.

Ainda que a evangelização possa ter prioridade, não é possível excluir a necessida-de em operacionalizarmos ações que promovam a assis-tência social, aliás, a incen-tiva, pois como poderemos pregar que o Evangelho nos liberta do pecado fazendo--nos amar o nosso próximo (Tiago 2.1-13) e, ao mesmo tempo, negligenciarmos o sofrimento alheio?

Sendo assim, a assistência social é, em primeiro lugar, consequência da evangeli-zação. Ou seja, a evangeli-zação é um meio pelo qual Deus produz nas pessoas o novo nascimento. E esta nova vida se manifesta no serviço prestado aos outros. E, em segundo lugar, a assis-tência social pode ser uma ponte para a evangelização. Ela pode destruir barreiras, preconceitos, desconfianças, abrir portas fechadas e ga-nhar a atenção do povo para o Evangelho. O próprio Jesus algumas vezes realizou obras de misericórdia antes de pro-clamar as Boas Novas do Reino. (Adaptado de Evange-lização e Responsabilidade Social, texto de Lausanne I, p. 20-21).

Por outro lado, é necessário deixar claro que o Evangelho não tem uma opção prefe-rencial pelos pobres, mas pelo pecador, uma vez que o Evangelho não faz acep-ção de pessoas, pelo mesmo fato de que sem Cristo todos somos pecadores, ricos ou pobres.

Dizer que Deus é pelos pobres, que nós precisamos optar por eles é uma coisa. Outra, é proclamar que o pobre é salvo por ser pobre. Ora, se o pobre é salvo por ser pobre, para que tentar tirar-lhe a pobreza e fazê-lo perder a salvação? (Teologia da Libertação, Vida Nova, Richard Sturz, p.159).

Participação na vidaJá vimos que ser cristão não

significa isolar-se da vida. Por outro lado, participar ativa-mente da vida não significa se isolar da vida eclesiástica. Em um outro estudo já afir-mamos que, como cristãos, formamos uma sociedade--de-impacto perante a deste mundo, e que nossa força motriz é o amor e a fideli-dade aos ideais divinos para nossa vida (heteronomia). Não podemos continuar vi-vendo duas vidas – uma no domingo e outra totalmente diferente durante a semana. Isso é como que uma atitude esquizofrênica. “Dominguei-ro nunca queira ser...”, dizia a antiga canção dos anos 60.

Como Embaixadores de Cristo (II Coríntios 5.20-6.3) representamos o Reino de Deus aqui no mundo e de-vemos viver de tal modo que não o envergonhemos sendo pedra de tropeço, seja a cren-tes, seja a não crentes.

Se vivemos neste mundo e dele colhemos nosso susten-to pelo nosso trabalho, como cristãos devemos participar nas diversas esferas, influen-ciando com vida contagiante e autenticamente cristã. No-

vamente voltamos à figura - somos o sal da terra e a luz do mundo. Paulo afirma que tudo fazia para ver se alcan-çasse alguns, ainda que ele mesmo cuidasse de não estar sem lei em sua vida, estando debaixo da lei de Cristo (I Coríntios 9.19-27).

A título de exemplo, men-cionamos a influência que poderemos ter em nossa vida profissional, citando Forrel (Ética da Decisão, Editora Sinodal, p.179). “Não pode ser negado que as pessoas precisam trabalhar para so-breviver. O trabalho é mais do que um mal necessário; ele dá significado e propósito a vidas que de outra forma seriam completamente fú-teis. Mas o trabalho não é um mero meio de adquirir propriedades...; antes, ele é uma oportunidade de servir a Deus. O conceito cristão de chamado (vocação-profissão) significa que pela fé todo cristão pode e deve encarar seu trabalho diário como uma oportunidade de servir a Deus... Não existe domínio de trabalho em que Deus não é o Senhor. É impossível di-zer, como cristão: ‘negócios são negócios’, ou ‘política é política’, como se existissem áreas da vida que pudessem funcionar conforme suas pró-prias regras e independentes da vontade de Deus...Tem de haver uma diferença na maneira de um cristão fazer o seu trabalho. Isso não sig-nifica que se espera dele que interrompa as suas atividades de soldador, por exemplo, a cada meia hora para dirigir um sermonete a seus colegas. Significa, no entanto, que ele será o melhor soldador pos-sível para a sua capacidade, porque ele estará soldando para a glória de Deus e verá em seu trabalho diário uma oportunidade de glorificar a Deus e a servir seus seme-lhantes”.

A participação do cristão e da Igreja na vida vai exigir seu envolvimento no bem--estar da sociedade; na defe-sa da justiça (retidão), da ho-nestidade, da justa distribui-ção de bens e direitos, nas oportunidades de trabalho; na luta contra a corrupção e injustiça praticada pelos governantes em relação in-cestuosa com empresários. O que envolverá a forma-ção ativa de discípulos que possam exercer influência em posições de liderança na sociedade, no governo, na área empresarial, etc. Assim, além da assistência social, temos aqui o que podemos chamar de ação social da Igreja e dos crentes, que envolve atuação concreta para mudanças estruturais da sociedade a partir da cosmo-visão cristã.

Há um pensamento de origem desconhecida, que diz: “Ore como se tudo de-pendesse de Deus; trabalhe como se tudo dependesse de você”. E vale aqui lembrar o desafio que Francisco de Assis nos deixou:

“Senhor,...Faça-me um instrumento de Sua paz ...Onde houver ódio, que eu semeie a paz;Onde houver injuria, perdão;Onde houver dúvida, fé;Onde houver desespero, es-perança;Onde houver trevas, luz;Onde houver tristeza, ale-gria...”

Que tal levar os mem-bros da sua Igreja a encarar o mundo com sabedoria, aceitando o desafio de viver nele a vida de modo cristão? Ser cristão é viver Cristo no mundo, é ser a encarnação de Cristo no cotidiano, na sociedade, sendo sal e luz, não óleo, muito menos es-ponja.

Estudos sobre a Igreja (13) - A Igreja como comunidade

profética - (parte 2)

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