r$ 3,20 Órgão oficial da convenção batista brasileira ... · conheça a jovem stella alves,...

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Missões Nacionais Coluna Arte e Cultura Notícias do Brasil Batista Coluna Observatório Batista Alunos da Cristolândia Rio participam da reforma do Seminário do Sul Página 07 Conheça a jovem Stella Alves, orgulho para os Batistas, orgulho para o Brasil! Página 10 “O Evangelho chega à terra das Alagoas”; saiba mais sobre esse livro Página 08 A Coluna desta edição publica o texto: “Igrejas cheias de pessoas vazias?!” Página 15 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 30 Domingo, 23.07.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 ANEB investe em unificação para fortalecer os Colégios Batistas O Colégio Batista do Recife - PE sediou, nos dias 07 e 08 de julho, o Encontro Anual dos Diretores, realizado pela Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB). O evento contou com a participação de mais de dez escolas, com um grupo de gestores de diferentes locais do Brasil. A programação ofereceu, gratuitamente, palestras, debates e momentos de muita interação entre os gestores. Página 09

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Page 1: R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira ... · Conheça a jovem Stella Alves, orgulho para os Batistas, orgulho para o Brasil! Página 10 “O Evangelho chega à

o jornal batista – domingo, 23/07/17

Missões Nacionais

Coluna Arte e Cultura

Notícias do Brasil Batista

Coluna Observatório Batista

Alunos da Cristolândia Rio participam da reforma do

Seminário do SulPágina 07

Conheça a jovem Stella Alves, orgulho

para os Batistas, orgulho para o Brasil!

Página 10

“O Evangelho chega à terra das Alagoas”; saiba

mais sobre esse livroPágina 08

A Coluna desta edição publica o texto: “Igrejas

cheias de pessoas vazias?!”

Página 15

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 30Domingo, 23.07.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

ANEB investe em unificação para fortalecer os Colégios Batistas

O Colégio Batista do Recife - PE sediou, nos dias 07 e 08 de julho, o Encontro Anual dos Diretores, realizado pela Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB). O evento contou com a participação de mais de dez escolas, com um grupo de gestores de diferentes locais do Brasil. A programação ofereceu, gratuitamente, palestras, debates e momentos de muita interação entre os gestores.

Página 09

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2 o jornal batista – domingo, 23/07/17 refl exão

E D I T O R I A L

O desafio de ser melhor a cada dia

“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem, feito à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

A cada dia, mais e mais, as organiza-ções estão sob pres-são para apresenta-

rem mais qualidade naquilo a que se propõem, ou seja, vivemos um tempo em que o mundo é caracterizado por uma intensa competiti-vidade. Cada vez mais, as instituições são desafiadas pelos mais rigorosos padrões de qualidade para produtos e serviços. É sempre bom lembrar que as organiza-ções são feitas de pessoas e para atender pessoas, ainda que tenha uma marca, um registro, sempre haverá pes-soas “fazendo acontecer”. Isso significa que para uma instituição ser excelente de-pende de pessoas que fazem acontecer esta exigência de excelência. Essa atitude é

consequência do momento comportamental das orga-nizações e são frutos dos programas de qualidade total e de excelência iniciados nos anos 50 e que ganharam forte impulso nos últimos anos do final do século passado.

Quando analisamos este momento, à Luz da Palavra de Deus, observamos que, há muito tempo, o apóstolo Paulo já falava da necessi-dade de ser melhor a cada dia. É interessante que quan-do lançaram as bases destes programas, o apóstolo Paulo há muito já havia escrito o texto de Efésios, que é o mais completo e objetivo resumo dos programas de excelência em todos os seus aspectos. A expressão introdutória do versículo 13 de Efésios 4, diz: “Até que todos…” e efetiva a necessidade de uma constân-cia no propósito de alcançar o mais elevado padrão de excelência, ou seja, buscar uma profunda interação, que se traduza pela unidade dos princípios bíblicos, dos valo-

res espirituais e morais. Se formos capazes de en-

tender o imperativo de que “todos” precisam ser alcança-dos, preparados, atualizados, e manter essa constância, então, estaremos na busca da excelência, que não é algo que se instala automa-ticamente, que se estabeleça ou que se imponha de cima para baixo, mas um processo contínuo de aperfeiçoamen-to, de construção gradativa, conquistada com o tempo.

O aperfeiçoamento contí-nuo é outra responsabilidade que o texto define através da expressão “pleno conheci-mento”, que não se limita a, simplesmente, alcançar a todos, mas também em con-quistar, dia a dia, uma com-preensão plena, que possa ser traduzida em eficiência. Ainda que, no primeiro ins-tante, a tarefa que realiza-mos possa parecer completa, sempre haverá a necessidade de evolução. “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu

serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).

O comprometimento com os resultados é outro aspec-to fundamental na busca por excelência. Ainda faz--se necessário um profundo comprometimento com os resultados, “Até que todos cheguemos”.

Reconhecer o valor e im-portância do resultado a ser alcançado permite a visu-alização de oportunidades diversificadas de crescimento e desperta o interesse em am-pliar os horizontes. Quando alcançarmos um profundo comprometimento com os resultados estaremos na ca-minhada da busca da exce-lência. As potencialidades desenvolvidas, sistemática e harmoniosamente, refletem em crescimento e em desen-volvimento pleno na dire-ção ao alvo estabelecido, “A perfeita medida da estatura da plenitude de Cristo”, em busca da excelência.

SOS

O JORNAL BATISTAÓrgão ofi cial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profi ssional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios e assinaturas:[email protected]ções:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.batistas.com

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 23/07/17refl exão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Vivemos em uma so-ciedade triste, que habita em um uni-verso maravilhoso.

Há um contraste entre a natureza que nos acolhe e os semblantes tristes das pessoas. Até mesmo os pro-gramas humorísticos, que tentam transmitir alegria, são tristes. Os palhaços são tristes, as piadas que con-tam são tristes, as crianças são tristes e desconhecem a alegria de serem crianças. As famílias, oprimidas pela necessidade de sobrevivên-cia, esqueceram a alegria da comunhão. O estar juntos à mesa e os saraus cederam lugar ao individualismo. As pessoas se alimentam em silêncio com os olhos grudados nos celulares e

Silvio Alexandre de Paula, bacharel em Teologia, membro da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, tam-bém vosso pai celestial vos perdoará a vós” (Mt 6.14).

O poder do perdão é ilimitado. Como servos de Jesus somos desafiados

por Ele a perdoar aqueles que erram conosco e nos magoam. Pode parecer simples, mas todo aquele que já lutou con-

fisionomias tristes. Até mes-mo a “solidão do velho”, diz o poeta, é triste. Devia ser alegre pela bênção da longevidade.

A mídia só transmite no-tícias tristes; são pessoas fugindo das guerras assassi-nas, crianças abandonadas; gente, sem nome, sucum-bindo no mar em buscar da liberdade. É o quadro triste de todos os dias. O medo do terrorismo gera tristeza. Não há alegria em alguém que sente prazer em ceifar vidas inocentes e desconhe-cidas. Caso houvesse alegria no coração do terrorista, do homicida, do traficante, do dependente químico, que dorme na calçada fria, as reações seriam diferen-tes. Onde há alegria não há

tra a dor e a angustia sabe que é preciso uma força excessiva para perdoar, de coração; para deixar de lado a dor e liberar o perdão a quem nos ofendeu. Do mesmo modo, o perdão pode libertar da escravidão e da culpa aquele que nos ofendeu, e até mudar o rumo da sua história. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). O perdão envolve atitudes e ações. Se você foi alguém que acabou de ser afrontado por algo, tente responder com atos de benignidade. Se for o caso, diga a essa pessoa que gostaria de restaurar seu rela-

choro, luto, sofrimento. A tristeza é fruto do pecado, da ausência de Deus no coração humano.

A Bíblia traz mensagens de alegria ao coração triste. Seus convites são permeados de alegria verdadeira: a ale-gria da salvação. “Com ale-gria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12.3). Fontes inesgotáveis que eliminam a tristeza gerada pelo pecado. Ao anunciar aos pastores o nascimento de Jesus, os anjos cantaram: “Eis que vos trago novas de grande ale-gria, nasceu o Salvador!” (Lc 2.10). Alegria que perdura no coração de todos aqueles que foram abençoados com a graça da salvação.

A cada momento que um pecador se arrepende, Jesus

cionamento com ela. Estenda a mão , você descobrirá que atos corretos levam a senti-mentos adequados.

Jesus nos dá uma surpre-endente advertência sobre o perdão. Se recusarmos perdo-ar ao próximo, Deus também se recusará a nos perdoar. Quando não perdoarmos aos outros, negamos nossa condição de pecadores que precisam do perdão de Deus. “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericor-diosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32). Essa é a lei do per-

diz: “Há alegria diante dos Anjos de Deus” (Lc 15.10). Os céus vivem em contínua alegria, pois são muitos os que, convencidos pelo Es-pírito Santo, se rendem a Jesus a cada dia. Uma das partes do saboroso fruto do Espírito Santo é a alegria, que está no céu e no cora-ção do novo salvo. Alegria do próprio Espírito a colher o resultado de Sua ação no coração triste.

Fomos criados para viver-mos alegres. Toda natureza ao nosso redor é um perene convite à alegria. O cantar dos pássaros ao amanhe-cer revela-nos a alegria da natureza ao realizar o seu culto doméstico matinal. É a alegria da comunhão cristã, o sermos um em Cristo. A

dão que Cristo nos ensinou. Ela também pode ser vista na oração do Senhor: “Perdoa--nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Deus tem nos perdoado, não porque perdoamos ao próxi-mo, mas, principalmente, por causa da Sua imensa miseri-córdia. Entretanto, quando começamos a entendê-la, de-sejamos ser como o Senhor.

É fácil pedir perdão a Deus, mas é difícil concedê-lo aos outros. Sempre que pedimos que Deus perdoe os nossos pecados, devemos perguntar a nós mesmos: “Será que eu

alegria gerada pela amizade dos que nos suportam e nos amam.

Há razões sobejas em Pro-vérbios 17.22, “O coração alegre serve de bom remé-dio”. “O coração alegre dá beleza ao rosto” (Pv 15.13). “Por isso, o coração alegre tem um banquete conti-nuo” (Pv 15.15). A alegria oferece o melhor salão de beleza aos seus usuários. Sem preço e hora marcada é possível usufruir o seu produto e ser feliz. “Jogue a tristeza fora” e passe a usar os produtos da verdadeira alegria. Alegre-se em Cristo. Sua vida deve ser a cada momento uma inesgotável fonte de alegria. Pois, a ale-gria do Senhor é a nossa força.

tenho perdoado aqueles que me tem magoado?”. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao al-tar e ai te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te pri-meiro com teu irmão, e depois vem, e apresente a tua oferta” (Mt 5.23-24).

Nós fomos chamados para perdoar os outros como Cris-to nos perdoou, “Suportando--vos uns aos outros e perdo-ando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vos também” (Cl.3.13).

A alegria do Senhor é a nossa força diária

O poder do perdão

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4 o jornal batista – domingo, 23/07/17 refl exão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Cidadão romano ou cidadão do Reino?

“De sorte que somos em-baixadores da parte de Cris-to, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20).

Somos cidadãos do mundo ou cidadãos do Reino? Nossa sub-missão jurídica é às au-

toridades do mundo ou, em última análise, ao Cristo, que veio estabelecer na Terra o Reino do Seu Pai? O Senhor encarregou um cidadão ro-mano, nascido em Tarso, da tarefa nada fácil de nos revelar Sua vontade, relativa à nossa “dupla” cidadania. “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermé-dio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20).

Começamos como cida-dãos deste mundo, como uma das implicações jurídicas do

nosso nascimento físico. Por causa disso, o próprio Jesus, quando indagado, afirmou, claramente: “Daí a César o que é de César e daí a Deus o que pertence a Deus” (Mt 22.21). Em outras palavras, cada discípulo de Cristo, por causa da sua natureza huma-na, é biblicamente ordenado a obedecer às leis e às autori-dades do seu país de origem.

Nosso problema de cida-dania adquire urgência e im-portância quando as autori-dades humanas procuram ser maiores do que a autoridade divina: o poder e a soberania de Deus devem ser obedeci-dos como absolutos, “Assim na Terra, como acontece nos céus”. O preço não importa. Porque aceitamos o senhorio inquestionável do Rei dos reis, nosso preço a pagar pode ser perseguição, injustiça, ou martírio, mas nossa vitória final já foi conquistada pelo Senhor Jesus Cristo (I Corín-tios 15.57).

Rubin Slobodticov, pastor da Primeira Igreja Batista em Lençóis Paulista - SP

Ser compassivo equi-vale a ter compaixão pelo próximo. Com-passiva é a pessoa que

se compadece, que demons-tra compaixão, que até toma parte dos sofrimentos de pes-soas anônimas.

Toda pessoa que se com-padece, se condói e se afeta sentimentalmente pelos in-fortúnios do alheio é com-passivo, tem compaixão. É possível que muitas pessoas compartilhem dos sofrimen-tos alheios a ponto de prati-car obras que os minimizem.Organizações sociais exer-cem esse ofício. Entretanto, as melhores obras de compai-xão devem ser operadas pela pessoa humana, tal como o exemplo de Jesus, mesmo que possuísse sua “escola apostólica”.

Ao desembarcar do mar com seus discípulos, Jesus viu uma multidão e sentiu pena deles, isto é, compade-ceu-se dela porque as pessoas andavam como ovelhas sem pastor. Jesus foi compassivo (Marcos 6.34), e passou a instruir seus seguidores a ma-tar a fome daquela gente. A multidão esperava que Jesus tivesse uma saída plausível para o sofrimento dela.

Jesus teve um comporta-mento emotivo positivo im-portante, porque enquanto via a multidão, Ele tentava compreendê-la sem despre-zá-la. E, uma vez diagnos-ticada a maior necessidade primária, pôs-se a orientar seus seguidores a dar-lhes de comer - essa era a necessida-de primária.

Ser compassivo ou ter com-paixão independe da empatia porque essa nem sempre com-bina com aquela. Compadeci-do, Jesus fez brotar o desejo de

praticar ações que aliviassem o sofrimento da multidão.

A compaixão tem como marca ações que buscam ajudar as pessoas pelas quais nos compadecemos. A Igreja de Jesus reúne condições para ver multidões famintas de inúmeras necessidades, e independente de participa-ção direta ou indireta com a organização religiosa, como dignas de compaixão.

A sociedade está rechea-da de crianças sem família, adolescentes, jovens, adul-tos e famílias desregradas pelo avanço das permissivi-dades nocivas propagadas pela imprensa em muitos os escalões.

Que possamos nos compa-decer, a ponto de querer, na prática, ajudar pessoas caren-tes, independente do credo, em cumprimento desta lição em família, a compaixão, o compadecimento. E, para tanto, que Deus nos ajude.

D’Israel (Israel P. Silva), membro da Quarta Igreja Batista do RJ, colaborador de OJB

Quando abro com ansiedadeA correspondência do meu dia a diaO meu rosto brilha de felicidadeQuando a alegria enche o meu peitoE se vai embora minha nostalgiaAh! Se nos faltasse O Jornal BatistaA nossa conquista: a nossa vitóriaDesvaneceria a felicidadePorque não estaria em todos lugaresNas nossas Igrejas; e em nossos laresNão alcançaria mais rapidamenteOs corações carentes e necessitadosDo Amor de Cristo; Sua salvaçãoSe estancaria nas águas do rioDo evangelismo do Senhor JesusE não iluminaria como poderiaSe impediria de ficar trazendoOs seus matizes espirituaisNão combateria bem contra SatanásNão liquidaria o seu poderio; e não nos traria O seu bom caminho e a sua paz!

IITerceiro domingo de julho do nosso calendárioComemoramos sua existência; sua atuaçãoQue com muita garra e com persistênciaMuita consciência; responsabilidadeMostramos ao mundo que felicidadeSó terá aquele que confessar todos seus pecados a CristoE logo, depressa, rogar o Seu perdãoFeliz é a nação cujo Deus é o SenhorMostrando ao mundo que nosso Deus existeQue nos mandou o Seu filho para nos mostrarQue fora de Cristo não há salvação!Que é seu archote e seu mensageiroUma chama viva pelo dia inteiroDo evangelismo: da salvação da almaDo homem perdido, que está caídoTão esmorecido já na sua féE que O Jornal Batista é grande celeiro de missionáriosQue seguem a Cristo com dedicaçãoNa sua missão na face da terraDe levar a ele a libertaçãoMostrando pra ele a porta do céuE como viver uma vida felizOnde Cristo é seu guia e protetor!

A virtude chamada compaixão

O Jornal Batista, celeiro de missionários!

O amigo incondicional

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5o jornal batista – domingo, 23/07/17reflexão

Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

Este é o meu Deus, inclusivo, acolhedor, parceiro, bondoso, misericordioso. Um

Deus pai, salvador, perdo-ador, protetor, que nos dá a segunda chance. Um Deus que é excelente, perfeito. Deus que é meu amigo e cuida da minha vida como um pastor cuida das suas ovelhas. Deus me guia como piloto automático guia um avião em segurança.

Deus é um ser alegre e de profundo amor. Em Deus encontramos aquilo que pre-cisamos; nEle há esperança! As portas que estão fecha-das, Ele pode abri-las. O nome de Deus é conhecido,

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“O homem que tem mui-tos amigos sai perdendo; mais há amigo mais chegado que um irmão” (Pv 18.24).

O texto nos fa la que nas muitas amizades que p o d e m o s t e r

neste mundo há reais pos-sibilidades delas nos traze-rem decepções e até perdas. Fala-nos também de um tipo de amigo em que a ami-

admirado, louvado por todo aquele que nEle crê.

O nosso Deus faz pro-messas que se cumprem. O nosso Deus é sensível em nossos corações. O nos-so Deus é um general que venceu batalhas e continua vencendo, afim de torna o seu povo vitorioso. No livro dos Juízes, vemos 12 juízes de Deus que lutaram contra os sírios, moabitas, filisteus, cananeus, midianitas e amo-nitas, e foram vitoriosos, pois Deus estava com eles.

Deus abraça você, mesmo impuro, e te justifica. Deus te usa, capacita, revela, en-coraja. Dá ânimo, carrega no colo, dá responsabilidades, concede bênçãos. Deus é infalível! Muitas vezes, não compreendemos o Seu agir,

zade excede a intimidade de um irmão. Esse amigo, obviamente, não pertence ao mundo humano, ele é inteiramente espiritual, é Je-sus, o amigo incondicional, ou seja, o amigo que não estabelece condições para ser amigo. Vejamos o que caracteriza a amizade de Je-sus por todos, sem exceção, sem condições:

1) - Sua amizade se fun-damenta no Amor de Deus: O Amor de Deus por nós se manifesta de forma univer-

os Seus planos, mas não fi-camos incrédulos por causa disso. Sabemos que Ele é ma-ravilhoso e Sua graça é o viés da nossa caminhada na Terra.

O nosso Deus Amigo, também é Criador. Onde as coisas estão cinzentas, Ele colore. Ele acalma as ondas, como cantamos. Cessa a tem-pestade, como louvamos. O nosso Deus pode ser achado, basta que O busquemos. E mesmo se não O buscarmos, Ele vem ao nosso encontro, pois nos ama.

Deus amigo, que acredi-ta em nós, que não olha o nosso passado, que não nos castiga. Seu olhar é de misericórdia. Diante de uma batalha, é natural “temer-mos”. Mas, com Ele, pode-mos derrubar os gigantes

sal, independentemente de merecermos ou não. Mesmo em nossos constantes peca-dos, Ele nos ama, apesar de abominar nossas atitudes iní-quas. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morri-do por nós, sendo nós anda pecadores” (Rm 5.8). Nisso está a amizade de Jesus.

2) - Sua amizade está sob um Propósito de Deus: O Senhor tem um propósito definido e inalterável de sal-var o homem da condenação

que se levantam. Foi o que fez Davi: em nome do “Se-nhor dos Exércitos”, ganhou uma guerra.

Podemos descansar no Po-der de Deus, descansar nos eternos braços do Senhor. Irmos em paz, confiantes de que do céu virá a nossa provisão. Que consolação, tem o meu e o seu coração? Descansando no Poder de Deus somos animados!

Quem anda com Deus tem tudo para ter intimidade com Ele: confessar os pecados e obter o perdão, falar dos erros e achar sabedoria, ilu-minação, coerência, sentido. Quem anda com Deus vive e morre com Ele. O apóstolo Paulo disse que “Quer viva-mos ou morramos, nós so-mos do Senhor!” (Rm 14.8).

que o pecado imputou sobre sua alma. Jesus é o amigo que deu a Sua vida para que esse propósito fosse cumprido. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos” (Jo 15.13).

3) - Sua amizade é des-provida de interesses pes-soais: Pela nossa natureza pecadora, é natural que em nossas amizades seculares quase sempre tenha, de al-gum modo, um sentido de

Paulo instruiu o povo de Roma que a nossa vida foi dada por Deus para viver-mos como Seus discípulos, Seus seguidores.

Deus amigo, que não nos empresta, mas nos dá. Deus amigo, que faz os milagres quando são da Sua vontade. O nosso Deus é “Castelo Forte”, como disse Martinho Lutero. Ele é Onipotente, Onipresente e Onisciente. Ele é Refúgio, socorro bem presente na tribulação, como escreveu o salmista.

“O nosso Deus é amigo, é o dono da chuva, do sol e do ar. É o Senhor da alegria, da dor, do chorar. Ele é o dono dos montes, do céu e do mar. É Senhor das crianças, das preces, dos hinos, Ele é meu e também teu Senhor!”.

interesse pessoal. Na ami-zade de Jesus, não há, de nenhuma maneira, esse sen-tido. Ele não exige nada de nós por ser nosso amigo. Ele quer somente que aceitemos Sua amizade, para então cumprir Sua missão de nos salvar. “Tal como o filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Inde-pendentemente de qualquer merecimento pessoal, Ele é teu amigo, e quer te salvar. Creia nisso, permita-O.

O amigo incondicional

Deus amigo

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6 o jornal batista – domingo, 23/07/17 reflexão

Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB

Deus, em Sua infini-ta bondade, criou aqui na Terra al-guém que não é

nosso familiar, mas pode ser até mais chegado que eles: os amigos.

Dia 20 de julho é o Dia da Amizade. Uma data que podemos parar e pensar em

quem são os nossos amigos nesta vida. Confúcio disse, certa vez, que: “Para conhe-cermos os amigos é neces-sário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade, e, na desgraça, a qualidade”.

Existem diversos tipos de amigos no mundo, mas po-demos destacar aqui dois que englobam, de forma geral, alguns deles:

- “Amigo vampiro”, que é aquele que suga sua amiza-de de tal forma que apenas quer tudo para ele: que o ouça, que dê conselhos, que o abrace e que o console, mas na hora de fazer o mes-mo por você, não faz. Suga o “sangue de sua amizade” até o fim, sem doar-se para você também como amigo.

- “Amigo formiga”, é aque-le que está sempre ativo e

se importando com você. E, assim com as formigas fazem, carregam no colo seu amigo, se necessário for, ao notar que está cansado da vida. Anima e não deixa nada para trás, mostrando-se um verdadeiro amigo, para todas as horas.

E então? Quais dos dois é melhor e um verdadeiro amigo? Quem suga tudo de você, egoísta, que não se im-

porta com o que te acontece ou quem está sempre ativo e percebendo o quanto neces-sita dele em certas ocasiões?

Como diz uma frase do poeta Mário Quintana: “Há dois espécies de chatos: os chatos, propriamente ditos, e os amigos, que são os nossos chatos prediletos”.

Seja amigo e tenha amigos. Faz muito bem, em ambos os casos!

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VESTIBULAR2º SEMESTRE 2017

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Amigo vampiro ou amigo formiga?

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7o jornal batista – domingo, 23/07/17missões nacionais

Os alunos da Cris-tolândia do Rio de Janeiro estão pa r t i c i pando ,

como voluntários, das obras de reforma do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB). A reforma, que começou no dia 10 de julho de 2017, deve durar até a metade de agosto, e tem o objetivo de melhorar a infraestrutura dos prédios para os alunos e colaborado-res. Igrejas e parceiros estão investindo recursos para via-bilizar a revitalização.

Durante uma visita técnica ao assumir a gestão do Se-minário, o pastor Fernando Brandão, que agora é tam-bém diretor do Seminário, junto a sua equipe, notaram a precariedade da infraestru-tura dos prédios e decidiram

se comprometer em mudar a situação das dependências do Seminário do Sul.

As obras acontecem no Prédio 18, onde funciona a administração e grande parte das aulas, e no Prédio 28, onde estão as dependên-cias vinculadas ao Curso de Música. A reforma pretende melhorar pontos considera-dos críticos: como o sistema elétrico, o encanamento e o telhado, além de instalar um sistema de refrigeração e pintar as paredes dos prédios.

Um grupo de alunos da Cristolândia Rio está reali-zando a pintura de paredes e auxiliando a equipe técnica em outros serviços. O pastor Fernando Brandão comen-tou, com alegria, a participa-ção dos alunos e afirmou que eles serão recompensados.

“É lindo ver homens que antes estavam escravizados pelas drogas e à margem da sociedade sendo úteis e tra-balhando felizes para aben-çoar outras pessoas. Quero honrar essas vidas, fazendo com que eles tenham um espaço na galeria de home-nageados. Meu desejo é ver eles estudando no Seminário do Sul!”, disse o pastor Fer-nando.

Para esta obra de fé, o Se-minário convida Igrejas e irmãos para serem um “Par-ceiro da Colina”, orando, sendo um voluntário ou con-tribuindo financeiramente com doações por depósito ou transferência bancária para a conta do Seminário do Sul: Banco Bradesco, Agên-cia 1434, C/C: 888-5, CNPJ: 33.909.037/0001-96. Os

doadores terão seus nomes mencionados em uma galeria de homenageados.

Para marcar este novo tempo do Seminário do Sul e trazer orgulho aos alunos desta Instituição histórica, foi lançada a Campanha #SouSemináriodoSul, que promove um resgate da memória do Seminário e

mostra o desejo de avançar ainda mais na formação com excelência de líderes cristãos. Além da recupera-ção do patrimônio, as obras de revitalização vão ajudar também em todos os outros objetivos: recuperação da credibilidade, equilíbrio financeiro e entrada/fideli-zação de alunos.

Alunos da Cristolândia Rio participam da reforma do Seminário do Sul

Nos 110 anos do Seminário precisamos de 110 Igrejas/doadores, sendo:

4 doando $10.000 = R$ 40.0005 doando $8.000 = R$ 40.0006 doando $5.000 = R$ 35.000

15 doando $3.000 = R$ 45.00030 doando $2.000 = R$ 60.00050 doando $1.000 = R$ 50.000

Total R$265.000 necessários para estas reformas e obras de revitalização. Participe!

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8 o jornal batista – domingo, 23/07/17 notícias do brasil batista

Marcos Monte, membro da Igreja Batista Betel, em Maceió - AL

A chuva que caía in-sistentemente na noite de 06 de ju-lho na capital ala-

goana não ofuscou o bri-lhantismo do lançamento do livro “O Evangelho chega à terra das Alagoas”, escrito pela professora Jovesi de Almeida Costa. O templo da Primeira Igreja Evangéli-ca Batista de Maceió (PIEB) recebeu um expressivo nú-mero de pessoas que foram prestigiar o acontecimento. Membros, convidados e in-teressados em conhecer a história da primeira igreja evangélica organizada em Alagoas marcaram presença na programação. O evento foi dirigido pela professora Elenilza Calheiros, tendo o pastor Tércio Ribeiro de Souza, titular da Igreja, como pregador da noite. Em uma bela reflexão, lembrou a tra-jetória da comunidade e des-tacou o amor da membresia e de seus dirigentes, durante a existência da Igreja.

O livroO compêndio de 408 pá-

ginas descreve, minuciosa-

Davi Nogueira, pastor, diretor Administrativo da Associação das Igrejas Batistas da Ilha do Governador-RJ

No dia 15 de Julho de 2017, os Batis-tas da Ilha do Go-vernador - RJ se

reuniram em Assembleia. Foi um momento muito especial, quando tratamos de assuntos administrativos e celebramos um lindo culto em louvor ao nosso Deus. O grupo “Lor-ds”, composto por senhores Batistas, nos brindaram com lindas canções. Foi uma festa espiritual!

mente, em quatro partes, o início, desenvolvimento e os dias atuais da comunidade. A primeira parte leva o leitor a conhecer da pré-reforma ao Evangelho no Brasil, as tentativas da evangelização na Colônia e no Império e a chegada dos primeiros Batis-tas em Santa Bárbara d’Oeste - SP.

Como o Evangelho chegou em Alagoas, através dos Ba-tistas, é enfatizado na segun-da parte. Destaca-se também o alagoano Antônio Teixeira de Albuquerque, ex-padre que, convertido, após per-correr o sudeste, volta à sua

Na oportunidade, tam-bém foi eleita e empossada a nova diretoria. O diretor Executivo da Convenção Batista Carioca (CBC) esteve presente. Com amor, fé, sa-

terra, para organizar a PIEB de Maceió.

A trajetória da comunidade com seus pastores, a expan-são da denominação com as Igrejas organizadas e o atual trabalho evangelístico são destacados na terceira par-te, enquanto a quarta seção enfatiza as organizações de-nominacionais e a educação religiosa.

Fac símiles e fotos ilustram as últimas páginas do livro, destacando os estatutos que a Igreja possuiu, publica-dos em 1906 e 1944, o hino do centenário de autoria de Emmanuel Mendonça Pinto

bedoria e humildade, vamos trabalhar para o crescimento do Evangelho em nossa loca-lidade, para o fortalecimento do trabalho Batista, e assis-tência aos carentes.

e as imagens daqueles que decisivamente contribuíram para o desenvolvimento da Instituição.

A autoraJovesi de Almeida Costa

nasceu em um lar cristão, na cidade de Atalaia, inte-rior de Alagoas. Seus pais, João Vicente de Almeida e Maria Araújo de Almeida, foram crentes consagrados que enfrentaram toda sorte de perseguição por amor ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo, mas que, com seus testemunhos, firmaram-se na Rocha e viram seus descen-

Os Batistas da Ilha estão com a visão de ganharem a Ilha do Governador para Jesus, não só através de evangelismo, mas também de treinamento de lideran-

dentes prosseguirem, levando a Preciosa Semente adiante. É membro da Primeira Igreja Evangélica Batista de Maceió há mais de 40 anos, onde atua como professora da Escola Bíblica Dominical (EBD) e na organização Mulher Cristã em Missão (MCM).

Jovesi é graduada em Ge-ografia pela Universidade Federal de Alagoas, onde foi professora por 25 anos na disciplina Especializa-ção em Análise Ambiental. É mestra em Geociências pela Universidade Federal da Bahia e especializada em Geografia pela Universidade de Brasília. Em seu currículo também consta Interpretação de Imagens de Satélite pela Universidade do Estado de São Paulo. Lecionou Geo--história no Centro Universi-tário CESMAC, em Maceió.

A autora, por quase cinco anos de pesquisa, debruçou--se sobre atas da Igreja e li-vros de histórias evangélicos, coletando informações e en-trevistando diversas pessoas que vivenciaram a comuni-dade. Um esforço premiado com a publicação deste livro. Os interessados em adquirir um exemplar, devem ligar para (82) 9-9983-5447 ou 3221-0370.

ça e ação social. A Ilha do Governador é um bairro que vai completar 450 anos e hoje temos 16 Igrejas Batis tas no local. Orem por nós!

“O Evangelho chega à terra das Alagoas”: livro é lançado na Primeira Igreja Evangélica Batista de Maceió (PIEB)

Associação dos Batistas da Ilha do Governador - RJ realiza Assembleia e elege nova diretoria

Capa do livro Da esquerda para a direita: professora Jovesi Almeida, pastor Tércio Ribeiro e professora Elenilza Calheiros

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9o jornal batista – domingo, 23/07/17notícias do brasil batista

Yone Dantas

O Colégio Batista do Recife - PE se-diou, nos dias 07 e 08 de julho, o

Encontro Anual dos Diretores, realizado pela Associação Nacional das Escolas Batistas (ANEB). O evento contou com a participação de mais de dez escolas, com um grupo de gestores de diferentes locais do Brasil.

A programação ofereceu, gratuitamente, palestras, deba-tes e momentos de muita inte-ração entre os gestores. Para o Pastor Gilson Batista, que é diretor do Colégio Batista de Guarulhos, em São Paulo, e que participou pela primeira vez do encontro, o evento é uma oportunidade ímpar para discutir as dificuldades e for-talecer as metas traçadas para as Instituições Confessionais de Ensino.

“Foi muito bom participar de um evento no qual se dis-cute os mesmos problemas. As palestras foram excelentes, e os debates esclarecedores. Me sinto mais preparado para enfrentar problemas futuros, situações que ainda não vi-venciamos lá na Escola. O for-talecimento do lado espiritual

Jefter Rodrigues, ministro de eventos da Primeira Igreja Batista em Delmiro Gouveia - AL

Nos dias 15 e 16 de julho aconteceu a segunda edição do Congresso de Lou-

vor Sementes da Adoração. O

da instituição foi magnífico”, destaca Gilson.

ProgramaçãoA programação contou com

temas como: “Gestão Escolar no Século XXI”, que discutiu sobre os novos rumos da Edu-cação no Brasil e destacou a evolução da neurociência no processo de aprendizagem. O palestrante, professor Valseni Braga, que é presidente da ANEB, abordou com bastante propriedade os novos modelos de gestão e a necessidade das Escolas se unirem para se for-talecerem cada vez mais.

O tema “Metanoia: Educa-ção para além da sala de aula”, proferido pelo pastor Rubens Cordeiro, destacou o papel do professor nos processos de aprendizagem e da sensibili-dade do educador para com

evento foi realizado na sede da Primeira Igreja Batista em Del-miro Gouveia - AL, e contou com a participação dos minis-tros de música Wilton Petrus (Maceió - AL) e Bianca Quinta-nilha (São Gonçalo - RJ). O ora-dor oficial das duas noites foi o ministro Zeca Quintanilha, da cidade de São Gonçalo - RJ.

o educando. Já a professora Adriana Dutra trabalhou o tema “Desafios da Inclusão”, que abordou de maneira obje-tiva a nova legislação e como as escolas podem se preparar para atender aos requisitos dos órgãos fiscalizadores de educação.

Com o tema “Novo Ensino Médio”, o professor e doutor Gézio Duarte falou acerca dos impactos sobre as escolas e como se adequar ao novo modelo de ensino no País. Durante o ciclo de palestras, houve debates abertos para que os participantes pudessem fazer suas análises e consi-derações sobre os assuntos abordados. A participação ativa dos gestores trouxe uma rica contribuição aos tópicos expostos, e todos puderam in-teragir sobre suas dificuldades.

O tema escolhido para a se-gunda edição foi “Resgatan-do a essência da adoração” e nos trouxe à memória os reais princípios da adoração. O orador ressaltou que “De-vemos voltar à essência, mas sendo movidos pela Voz de Deus”. Os louvores ali ento-ados levaram as pessoas pre-

Novos desafiosCom mais de cinco décadas

trabalhando em prol da Edu-cação Cristã de qualidade, a ANEB esboça novas estratégias para unificar os Colégios Batis-tas espalhados por todo o Bra-sil. De acordo com o diretor Executivo da ANEB, professor Mário Castelani, a instituição tem muito a oferecer aos cole-gas diretores.

“Estamos buscando fortalecer os colégios e a própria ANEB; esperamos que os diretores possam perceber isso e ve-nham se juntar a nós. São mo-mentos importantes com troca de experiências, com pessoas altamente capacitadas. Discutir os novos rumos da educação cristã adequando ao momento atual é sempre oportuno e gra-tificante”, avalia Castelani.

Segundo o presidente da

sentes a um quebrantamento.Na organização da progra-

mação estiveram o pastor Sandro Nogueira Lemos, o ministro de eventos, Jefter Rodrigues, e vários irmãos das comissões que contribuíram de forma direta e indireta para a realização deste evento. Dias que ficarão marcados na

ANEB, Valseni Braga, a Asso-ciação pretende se aproximar mais das Escolas, melhorando a comunicação entre as insti-tuições. “Queremos fomentar fóruns de discussão, a fim de fortalecer as Escolas Batistas do Brasil. Entendemos que o gran-de problema está na gestão, por isso, vamos apoiar as escolas Batistas brasileiras por meio de capacitação e palestras, através de congressos, consultorias e vi-sitas técnicas”, ressalta Valseni.

O próximo Encontro de Di-retores já foi marcado, acon-tecerá nos dias 06 e 07 de julho de 2018, no Colégio Ba-tista em Brasília - DF. Se você deseja que sua Escola faça parte da ANEB, basta clicar neste link http://aneb.com.br/associe-sua-escola/, preencher, enviar o formulário e aguardar o contato da Associação.

história da cidade de Delmiro Gouveia - AL, onde vidas foram transformadas pela Pa-lavra e, ao final, 26 pessoas foram ganhas para Cristo, rendendo-se aos Seus pés e reconhecendo-O como Único e suficiente Salvador. Ao nos-so Deus, toda honra, glória e louvor para sempre, Amém!

ANEB investe em unificação para fortalecer os Colégios Batistas

Primeira Igreja Batista em Delmiro Gouveia - AL sedia Congresso de Louvor Sementes da Adoração

Fotos: Yone Dantas

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10 o jornal batista – domingo, 23/07/17 notícias do brasil batista

Stella é uma jovem apaixonada pelo Rei-no de Deus e em aju-dar as pessoas, em

primeiro lugar!

RM - Fale mais sobre você.Stella - Nascida em Santa

Bárbara d’Oeste, fui educada em escola pública toda vida e agora faço faculdade de Ar-quitetura e Urbanismo; estou no quarto ano na Universida-de Metodista de Piracicaba (UNIMEP), no campus em Santa Bárbara d’Oeste. Sou cristã de berço e meus pais sempre me instruíram no caminho do Senhor. Sou membro da Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara d’Oeste - SP.

RM - Como foi o seu início no esporte?

Stella - Eu amo a arte e tudo o que ela me propor-ciona. Tenho talento e dom

para desenhar e pintar, des-de sempre (risos). Já quanto ao esporte, desde sempre fui muito travessa e sempre hiperativa, mas não tenho talento no esporte, contudo, sempre fui muito esforçada e dedicada para aprender, e acabei me apaixonando pelo ping-pong, ou melhor di-zendo, tênis de mesa (risos). Minha paixão pelo esporte é desde sempre, como disse. Comecei a treinar aos 12 anos e parei aos 16 anos para estudar, mas acabei voltan-do em 2016, com 20 anos, para brincar, mas sempre fui muito competitiva e não con-segui levar só na brincadeira, então tracei objetivos que me fizessem ganhar algo além de saúde no tênis de mesa.

RM - Qual é o seu objetivo do momento?

Stella - Meu principal ob-jetivo é ganhar o Paulista

e conseguir uma bolsa de estudos jogando tênis de mesa, em qualquer ligar do mundo. Além disso, quero poder ensinar o que sei para outros, nem tanto o esporte, mas sobre disciplina, com-promisso e, principalmente, sobre o Amor de Deus.

RM - Você já esteve em algum campo missionário?

Stella - Tive três experiên-cias missionárias no Haiti. Em 2014 ajudei na área de esportes na comunidade Cris-to Rei, em Porto Príncipe, por cinco dias. Depois, nessa mesma viagem, fomos para Les Cayes, área mais afasta-da da Capital, e eu ajudei, na mesma área, em outra comunidade.

Em 2015 voltei para ajudar em Bon Repôs. Auxiliei a área de construção e refor-ma no orfanato Manco Tree; fiz uma cozinha. Fui com

o Conexão e pela Junta de Missões Mundiais, mas nessa reforma só eu estava.

E em 2016 voltei para con-tinuar ajudando, construin-do e reformando o orfanato Manco Tree. Nessa viagem fui eu e mais duas amigas, Luana Paulichen e Ana Paula Vedoato. Arrecadamos R$ 52 mil durante um ano. Levamos 10 mil dólares para ajudar o orfanato, e o restante usamos para o nosso sustento; fica-mos 12 dias no Haiti.

RM - Qual o segredo do seu sucesso?

Stella - Ah, posso dizer que é Deus quem honra o trabalho quando feito com amor, dedicação, foco e, principalmente, quando a gente O honra em nosso dia a dia, nos mínimos detalhes. Se Deus colocou algo em suas mãos para fazer, faça da melhor maneira possível, in-

clusive, estude, nunca deixe de estudar!

A Stella é um bom exem-plo de jovens talentosos que temos em nosso Brasil. Pre-cisamos orar por ela, para que Deus a abençoe grande-mente em sua carreira espor-tiva. Não vou ficar surpreso se ela chegar logo à Seleção Brasileira, talento ela tem de sobra! Jovens como a Stella mostram o Amor de Deus em qualquer momento e em qualquer lugar. Oremos todos para que os nossos artistas e atletas tenham mais oportunidades para brilhar e promover o Reino de Deus através dos seus dons e ta-lentos. Aguardo pela sua estória!

Escreva para:Arte e Cultura CBB.Roberto Maranhã[email protected]

Stella Alves, orgulho dos Batistas, orgulho do Brasil!

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11o jornal batista – domingo, 23/07/17missões mundiais

Au Sam Mun – Missionário da JMM na Ásia

Conto a história de uma jovem que, devido ao precon-ceito em seu país,

era considerada fora dos padrões de beleza física. Ela tinha muitos problemas devido às questões sociais daquele sistema de governo; era completamente sozinha. Uma menina muito estudio-sa que saiu da plantação de arroz e veio estudar na cidade grande. Levava uma vida muito triste, até que dentro de um de seus livros ela encontrou uma citação do livro de Provérbios.

A jovem ficou encantada com o que leu e decidiu ir atrás daquele livro ainda desconhecido, que tinha aquela citação. Após ter ido a várias bibliotecas, ela en-controu uma Bíblia velha, largada em um depósito de

Coordenação regional JMM para a Ásia

Este ano , M i s sõe s Mundiais apoiou a realização da série de conferências Coreia

do Norte: Urgente, sobre as agruras vividas pela Igreja sofredora neste, que é o país mais fechado do mundo, e os desafios de evange-lização para o cenário de uma eventual reunificação na Península Coreana. Os eventos, realizados no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e João Pessoa, foram uma realização da Foster Mission, Cornerstone Minis-tries, Korea Reconciliation Initiative & Network (KRIN). Eles contaram com a parti-cipação de três irmãos em Cristo norte-coreanos.

Nós cremos em um imi-nente colapso do sistema coreano e oramos para que isso aconteça. Estamos nos preparando para a abertura

uma biblioteca. Ao começar a ler o livro de Provérbios, ficou maravilhada e não que-ria mais parar até que leu toda a Bíblia. Foi então que decidiu se converter a Cristo.

Quando conheci esta jo-vem, ela já tinha três anos de conversão. Ela havia perdido a mãe, estava muito fragiliza-da e sem apoio pastoral. Eu e minha esposa, a missionária Aì Si Taì, começamos a disci-pulá-la, ensinando-lhe a Bíblia todos os dias, orando, amadu-recendo espiritualmente.

Ela tinha o desejo de voltar a sua vila, no interior. Mas aqui na Ásia, todos os lugares são muito populosos. Só esta vila tem 150 mil pessoas. Certo dia, após muito orar, finalmente essa jovem con-seguiu realizar seu sonho, retornando à vila com uma munição: a Palavra de Deus.

Foi uma longa viagem. Dias de trem, ônibus e uma grande caminhada a pé. E

sob as estratégias da KRIN.Em uma dessas conferên-

cias, uma refugiada fez o seguinte relato ao final da visita ao Brasil: “Eu nunca fui abraçada por minha mãe enquanto eu estava na Co-reia. Nunca a ouvi falar ‘Eu te amo’. Não que eu não tenha tido mãe, mas por causa do ambiente opres-sor, as mães não podiam mencionar a palavra ‘amor’. Enquanto estava no Brasil, compartilhei meu testemu-nho de como Deus me per-mitiu sair da Coreia e como tudo isso foi difícil. Mais de mil pessoas me aplaudiram em pé para me fortalecer e encorajar. Foi realmente um momento confortante de Deus para minha vida. Depois, as pessoas vinham e me abraçavam uma por uma. Alguns esperaram em uma longa fila por mais de 40 minutos para segurar minhas mãos e me abraçar. Enquanto me abraçavam,

quando a moça começou a subir para a vila, a primeira pessoa que ela encontrou é um senhor tocando um instrumento típico da região. Na mesma hora, ela pregou para aquele senhor, e ele se convertou. Repleta de ale-gria e cheia do Espírito Santo de Deus, ela continuou sua jornada.

Chegando à vila, ela se

minhas lágrimas fluíam, e eu me sentia amada. Nunca recebi tanto amor de estra-nhos durante toda minha vida”.

O governo norte-coreano exerce controle rigoroso sobre a população, e as pes-soas locais estão entregando umas as outras para ganhar a confiança das autoridades locais. Muitos estão debaixo

encontrou com um grupo de jovens que conheceu em sua adolescência. Em pou-cas horas de conversa, estes também se converteram. Finalmente em sua casa, ela começou a falar de Cristo aos seus familiares, nenhum acreditava em Deus. Ela pre-gou para o seu pai, que era um adorador dos ancestrais, um adorador dos mortos. E

de muita opressão e, por isso, têm muito medo de serem entregues às autori-dades. Precisamos orar para que eles sejam protegidos e esse medo acabe. Eles já têm muitas dificuldades para obter comida e mantimentos para suas necessidades bá-sicas diárias. Por favor, ore para que ninguém seja preso por nada na Coreia do Nor-

o pai também se converteu. Assim tem sido a caminhada desta jovem, falando de Cris-to junto ao seu povo, com-partilhando o que aprendeu lendo a Bíblia e em nossos encontros de discipulado.

Outras pessoas como esta jovem também têm ouvido de Cristo em várias partes do mundo através dos nos-sos missionários. Tudo isso porque você, aqui no Brasil, ora, oferta e mobiliza para que nós possamos seguir até eles com a Palavra de Deus.

A Igreja sofredora preci-sa das nossas orações. Este sonho que eles têm de falar de Jesus a todas as pessoas não pode morrer. Nós temos a liberdade de anunciar o Evangelho. Precisamos tam-bém sustentar a Igreja sofre-dora com nossas orações e ofertas. Se você deseja se envolver mais com a Igreja sofredora, saiba como aces-sando www.nun.org.br.

te. Ore para que eles tenham a oportunidade de ouvir a mensagem do Evangelho.

A Coreia do Norte é o país mais fechado e restri-to ao Evangelho na atua-lidade. Então, Deus deu a Cornerstone Ministries uma boa estratégia de espalhar a Palavra pela nação asiática. Eles aproveitam o vento do fim de abril a julho, que começa a soprar em direção ao território norte-coreano, para enviar balões de ar com parte da Bíblia impres-sa neles.

Oramos para que a Pa-lavra chegue rapidamente e com segurança aos mo-radores e irmãos da Igreja sofredora na Coreia do Nor-te, para que encham o país com a Palavra. Oramos para que o Senhor dirija o clima e a direção do vento e que o Espírito Santo mova os co-rações dos norte-coreanos, levando-lhes entendimento sobre o Reino de Deus.

Evangelho avança em meio à perseguição

Joelhos dobrados pela Coreia do Norte

Ore pela Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, inclusive ao Evangelho

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12 o jornal batista – domingo, 23/07/17

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13o jornal batista – domingo, 23/07/17ponto de vista

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

O Jornal Batista do dia 11/06/2017 trouxe, na pri-meira página, a

transferência de mais um he-rói, um querido pastor, ami-go e irmão em Cristo. Logo após a minha conversão, tive o privilegio de conhe-cer o pastor Araújo, como o chamávamos intimamente quando nos encontrávamos nas convenções e nos acam-pamentos de missões. Por ocasião de seu tempo como secretário de missões, eu o convidei para um trabalho evangelístico em America-na, onde houve mais de 50 decisões. Quero guardar na lembrança sua postura como pastor, pregador, amigo e como irmão, responsabili-dade que foi colocada sobre seus ombros, e que ele rece-beu e desenvolveu com amor a Jesus Cristo, o seu Senhor.

Rendemos, no segundo domingo de junho, home-nagens à aqueles que, como pastor Araújo, desprenderam--se das coisas materiais para o espiritual, como fizeram os demais que conheço e os tenho em estima.

Quero expressar o meu pensamento, entre pastor e Igreja, e também entre pastor e membros, de forma geral. Será que todas as homena-gens que se faz ao pastor, como elogios, é real de am-bas as partes? Ou será que muitos estão “tapando o sol com peneira”?

No domingo, os elogios, as homenagens e, na segunda--feira, não será o pastor o “cardápio do almoço”? E o almoço do pastor, não será aqueles irmãos que deposi-taram no gazofilácio o seu gordo cheque, acompanhado de elogios, para garantir o apoio do pastor, em relação ao comportamento da sua vivência?

O pastor cuida da noiva. Ele terá que entregá-la sem mácula, rusgas, de forma san-ta, gloriosa e irrepreensível, como uma esposa ataviada para o seu marido. Porém, aqueles que se dão à prosti-tuição e adultérios, Deus o julgará (Apocalipse 21.2-9; Efésios 5.27).

Essa responsabilidade deve ser dos dois lados. Nestes 53 anos de vida cristã já presen-ciei muita coisa por onde passei como membro, como presidente de organização, presidente de Igreja, evan-gelista e servo. Já presenciei discussões em Assembleias e retiro de pastores. Conheço uma Igreja que no dia do ani-versario da esposa do pastor enviou uma caixa cheia de baratas.

Jesus enviou os seus discí-pulos e servos como ovelhas no meio de lobos. Você já viu uma matilha de lobos devorar uma presa, indefesa como uma ovelha? Quando um cão está apanhando e chega mais um, a briga se generaliza, e não se sabe quem apanha ou bate. Você já viu isso em uma congre-gação quando o assunto é o

pastor? Quando ele assume o pastorado, via de regra, é oferecido à esposa um vaso de flores. Com o passar do tempo, as flores tornam--se espinhos, a obediência, como fala Hebreus 13.17, passa a ser com golpes de artes marciais e ofensas ver-bais, pelo fato de que não houve o velar das almas. Ao perguntar a um pastor sobre uma sua ovelha, a resposta foi com raiva e ironia moral. Por isso eu, como bom mi-neiro, fico com um pé atrás, para suportar os golpes, que possa vir da Igreja ou do pastor.

Certa vez, na cidade de Chicago, a população man-dou erigir uma estátua, que representasse o espírito da cidade. A obra de arte levou três anos de planejamento e construção. Foi contratado o escultor mais famoso da atualidade: Pablo Picasso. A natureza da obra foi segredo. Uma multidão compareceu à praça no dia da apresen-tação. Ao retirar o pano que cobria, surgiu uma esquelé-tica armação metálica, que ninguém conseguia deci-frar o que representava. Um dos presentes, disse: parece com uma vaca mostrando a língua para a cidade irre-verentemente. (Tópicos do Momento, nº 11, página 36, doutor Henry Bast, 1974, Editora Vida).

Não seria mais ou menos isso que está acontecendo com a Igreja de Jesus Cristo? Não estamos conseguindo decifrar o que representa a

Igreja, pois temos uma es-trutura que mais se parece com Babel, nada se parece com àquela idealizada pelo Divino Mestre. Observe as placas: Lágrima de Cristo, Pedra Dura, Divina Glória, quando são questionados, eles dizem: “Placa não sal-va”, é uma grande verdade.Membros que vivem do jeito que acham que está certo, pastores que se intitulam donos daquele rebanho e, outros, que se parecem com um ex que não sabe de nada. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Quando Pedro é chamado atenção pela última vez, ele dá uma resposta bastante litúrgica: “Senhor, Tu sabes de todas as coisas, sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apas-centa as minhas ovelhas” (Jo 21.17).

João 15.16, diz: “Não escolhestes vós a mim, mas eu escolhi a vós, e vos no-meei, para que vades e deis fruto que permaneça”. No-meados para apascentar o rebanho, quando chamou, disse: “Segue-me”. Não é para ir na frente, mas tem aqueles que gostam de aparecer! Contudo, com as mudanças dos assentos da língua, Jesus disse que nos amássemos uns aos outros. Retirando o assento, muitos interpretam, literalmente, que nós nos amassemos uns aos outros.

O primeiro dom que o Evangelho nos apresenta, com a justificação, é a paz com Deus, por meio de Jesus

Cristo, nosso Senhor (Roma-nos 5.1).

Após terminar a explana-ção sobre a fé, ele mostra que Deus atende a neces-sidade do ser humano. Por essa razão, o Evangelho é o Poder de Deus para salva-ção de todo aquele que nEle crê. Apresenta três aspectos: 1) - temos a paz com Deus, embora estando com inimi-zade para com Ele; 2) - Nos gloriamos na esperança, que é Cristo em vós, esperança da glória; 3) - Temos uma espe-rança que não nos confunde e que não nos decepciona.

O simples mencionar esses dons, nos traz o que Isaías nos diz: “Buscai-o enquanto se pode achar, enquanto está perto” (Is 55.16). “Porque o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas é paz, Justiça, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). “De ma-neira que seja Deus verdadei-ro e todo homem mentiroso, como está escrito, para que sejas justificado em suas pa-lavras e venças quando fores julgado” (Rm 3.4).

Quando estava nas fileiras do Exército, e um soldado errava o passo, o capitão Ribeiro gritava para aquele que estava atrás: “Chute o tornozelo dele”, e isso era um prazer. Deus não tem prazer em ver um líder ensi-nando errado, e vai cobrar. Davi disse: “Dura coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O escritor de Hebreus diz que “Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29).

Tombou mais um herói

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14 o jornal batista – domingo, 23/07/17 ponto de vista

Já dizia o poeta: “Ami-gos são como as estre-las: mesmo que estejam distantes, brilham em

nossos corações”. Como é importante ter amigos! São pessoas especiais que nos dizem não o que queremos ouvir, mas o que precisamos ouvir. Outro poeta dizia: “Amigo, palavra fácil de pro-nunciar, mas muito difícil de se encontrar”. Realmente, há uma dificuldade imensa em fazer e ter amigos. As pessoas buscam ‘amizades que as beneficiem, que são descartáveis’. Há uma espe-cialidade em usar pessoas para se beneficiarem. A so-ciedade é egoísta, interes-seira e espartana; só pensa em si, busca seus interesses

Joaquim Júnior, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF

Considerando como “Música Batista” aquela presente nos hinários oficiais

Batistas, Cantor Cristão e HCC, e aquela que esteja de acordo com o que cremos, é urgente a necessidade de resgate da “Música Batista” nas Igrejas Batistas e, para isso, sugerimos o resgate da Hinódia Batista, da Música Coral e dos valores Batistas de culto.

Resgate da música coralPara além dos benefícios

fisiológicos para a saúde do

e amputa, alija os que não lhes apetece, não servem aos seus interesses.

É muito difícil fazer ami-gos porque vivemos em uma sociedade adâmica, voltada para o ter, para o consumismo e para o ‘deus do entretenimento’ ou do prazer em si. São muitos os obstáculos para se construir amizades autênticas. Há muitos comprometimentos não essenciais que se tornam grandes obstáculos para se granjear amigos. Não temos mais ‘tempo’. Estamos mui-tos ocupados com tantos afazeres que conversar, rir e chorar com pessoas não são prioridades. As amizades estão se tornando cada vez mais superficiais, despidas

corpo e da mente, o canto coral propicia nas Igrejas uma maior comunhão no ajuntamento dos coristas e incentiva o trabalho comu-nitário. Além disso, aprimora a adoração a Deus com um louvor de maior riqueza musical, explorando técni-cas consolidadas pela his-tória, como as que surgiram na Idade Média (por ex., o contraponto) e no período Barroco (com a consolidação da harmonia), que exaltam a grandeza e a majestade de Deus e contribuem para a propagação de Sua men-sagem.

Diversas são as referências de corais na Bíblia (I Crôni-cas 15.16-22; Lucas 2.13-

de sinceridade e da autenti-cidade de Jesus.

Há esperança para se fazer amizades sinceras, leais. Jesus é o nosso modelo de amigo a toda a prova. Ele declarou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos amigos. Vós sereis meus amigos se fi-zerdes o que eu vos mando” (João 15.13-14). Seguindo e servindo a Cristo, nesta caminhada, podemos en-contrar amigos da verdade e de verdade. Há amigos mais chegados que irmãos. Eles são raridades e preciosida-des em nossa peregrinação neste mundo.

Os amigos são conhecidos quando passamos por crises das mais variadas, angús-

14; Apocalipse 4,5,7,11.16-18,14.1-3, dentre outras). Mas o Canto Coral, que era um marca Batista, tem se perdido. A valorização da música gospel tem prioriza-do o individualismo e as es-trelas gospel (dentro até das equipes de louvor), em vez de valorizar a expressão da coletividade em um louvor com o foco em Deus.

Sugestões de incentivo à formação de corais nas Igrejas:• Distribuição de materiais

e partituras que possibi-litem o resgate da música coral;

• Promoção de treinamento e cursos de reciclagem para regentes, pianistas e

tias e até depressão. Nos momentos mais difíceis da vida, os amigos se aproxi-mam para serem suportes para nos ajudarem a vencer. Os amigos comem o pão seco conosco. Estão com a gente nas tempestades da vida. Eles se arriscam por nós como fizeram Aquila e Priscila, um casal especial na vida do apóstolo Paulo. O testemunho do apóstolo é o seguinte: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as Igrejas dos gentios” (Rm 16.3-4). Te-mos também o caso conhe-cido de Jônatas e Davi, que

especialistas em técnica vocal;

• Promoção de Encontros ou Cultos com participa-ção dos Coros Batistas já existentes nas Igrejas;

• Formação de coros no âmbito das Convenções Estaduais e das Associa-ções, a fim de promover uma maior união entre as Igrejas e de ajudar as Igrejas menores que tem dificuldade na área coral;

• Incentivo a que Minis-tros de Música (ou estu-dantes da área) apoiem Igrejas menores em seus cultos e na realização de oficinas e treinamentos básicos da comunidade local.

eram muito amigos. Quando Jônatas morreu, seu filho Me-fibosete foi adotado por Davi e, em seu palácio, foi tratado como filho.

Sejamos amigos de ver-dade, que estão prontos a socorrerem nos momentos mais difíceis da vida. Apren-damos a ser amigos como Jesus, o nosso modelo de amigo a toda prova. Oremos e caminhemos com os nos-sos amigos. Sejamos sempre amorosos e sinceros. Que não tenhamos nada a escon-der. Que haja plena con-fiança nos nossos relaciona-mentos amistosos. Sejamos servidores dos amigos, sim, amigos do peito, crucifica-dos, mortos e ressurretos com Cristo.

Testemunho que um dos grandes momentos musicais experimentados no âmbito da Convenção Batista do Planalto Central aconteceu na Cruzada Sammy Tippit (há mais de 10 anos), quando formamos um grande coro, com aproximadamente 500 vozes, que se apresentou no Ginásio Nilson Nelson. Cada Igreja ensaiou o repertório definido. Depois tivemos en-saios reunindo as Igrejas no contexto de cada Associação. Por fim, tivemos um ensaio geral, com todas as Igrejas e a marcante apresentação do Grande Coro.

Na última parte deste arti-go, refletiremos sobre valores Batistas de culto.

Amigos de verdade

Música Batista para Igrejas Batistas - (Parte II)

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15o jornal batista – domingo, 23/07/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Tem se tornado mais frequente as obser-vações de líderes que tem descoberto

que há Igrejas cheias de pes-soas vazias. Isso nos causa um certo impacto, pois leva em conta que a vivência cristã não estaria cimentada no sadio Evangelho.

Ao viajar pelo país, tam-bém tenho notado a mesma situação em diversos lugares. Claro que aqui utilizo o ter-mo “Igreja” para me referir ao espaço que conhecemos como templo, mas podemos também nos referir a Igreja como instituição em si (claro que Jesus não morreu pelo espaço e pelos objetos que estão neste espaço). Mas tenho também observado que, embora muitas Igrejas estejam cheias, inúmeras pessoas ali parecem conti-nuar vazias de sentido no viver. Em vez de entregarem não só a alma para Jesus, ainda não lhe entregaram tudo o que têm, negando-se

a si mesmas, conforme Lucas 9.23.

Antes, estão buscando um Deus de avental, pronto a servi-las com todas as be-nesses celestiais e, principal-mente, materiais. São pesso-as que não estão dispostas a buscar o arrependimento, o perdão, o abandono de uma vida egoísta e consumista dos bens e riquezas, que foram mal nos negócios, no emprego, que não souberam planejar sua vida e recursos e agora estão na pior. Então, buscam o “Deus-panaceia”, o “Deus-resolve-tudo”, tipo um “Deus-consertador”, uma espécie de “clínico ge-ral” e garçom.

Muitos líderes e Igrejas são oportunistas, pois o mundo, estando cheio de pessoas com esse perfil, fornece os clientes poten-ciais para rechear o caixa da Igreja e seus bolsos. Por meio da pregação de um Evangelho antropocêntrico, despido da verdade bíbli-

ca, transformam Deus em mercadoria de bom preço. Estão dispostos a pôr Deus para trabalhar por eles a um custo inicialmente baixo, mas, se feito um balanço, o custo será proibitivo, não apenas financeiro, mas tam-bém quanto ao que de mais importante existe na vida - a perda de seu significado.

Recebi um e-mail de uma pessoa que frequentava uma Igreja assim e estava desi-ludida, pois já havia gas-to tudo o que tinha e nada conseguiu de solução para sua vida. Caiu no conto do “vigário”, desculpem-me, no conto do “pastor”!

Mas também é possível notar que há muitas Igrejas cheias, com muitas ativi-dades e ocupações, mas as pessoas ali permanecem vazias. Trabalham tanto para a Obra de Deus que se es-quecem do Deus da obra. O Cristianismo foi reduzido a mero entretenimento e atividades eclesiásticas do-

minicais ao ponto de que o dia do descanso tenha sido transformado em dia do cansaço. Em vez de celebra-ção e adoração, o domingo virou dia de agitação, e o Deus da obra foi trocado pela própria obra. Em vez de ser produtora de trabalho na Igreja e Reino de Deus, a vida foi trocada pelo ativis-mo, deixando de dar sentido para a pessoa. Enfim, a reali-dade é que as pessoas estão vazias não porque estejam desempregadas, com saldo devedor, com enfermidades, com a perda de um ente querido. Estão vazias por-que o espaço vazio dentro de suas vidas é do tamanho exato de Deus. O vazio é a perda de sentido na vida, de objetivo em viver, e se tornou uma rotina sem ra-zão. O sentimento que pos-suem na sexta-feira, às 20h, é de euforia, trocado por angústia e depressão com a musiquinha do Fantástico no domingo à mesma hora,

como alguém me disse outro dia. Isso não é vida!

Jesus disse “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10). Não é porque você entregou a sua vida a Jesus, trabalha na Igreja, é dizimista, que conquistou a imunidade a vírus, bactérias, morte, per-da de emprego, etc. Como nova criatura, você vive, não mais você, mas Cristo vive em você (Gálatas 2.20), ele é quem vai dar significado à sua vida. A visão de mundo agora é outra, os bens são meros acessórios, muitos deles dispensáveis. Você vai buscar um estilo simples de viver, por isso é possível dizer: “Em tudo dai graças” (I Ts 5.18). Uma vida grata é uma vida cheia de sentido, que vai produzir envolvi-mento no trabalho de Deus e em Seu reino, mas não o inverso. Deus considera pessoas cheias de vida, não de bens, títulos, cargos ou ativismo. A escolha é sua.

COMUNICADO SOBRE MUDANÇA DO NOME DA IGREJA Informamos que a partir de 28 de maio deste ano a Igreja Batista do Cajuru, passou a se chamar SEGUNDA IGREJA BATISTA DE CURITIBA. O endereço e os telefones permanecem os mesmos: Rua José Rissato, Nº 93, Capão da Imbuia, Curitiba/PR. CEP 82800-250, telefones: 41-3267.2937 e 41-99835.4994. O e-mail mudou para [email protected], bem como o site para www.sibcuritiba.org.br.

No amor de Cristo.Valdo Fonseca de OliveiraPastor presidente IGREJA BATISTA

SEGUNDA

DE CURITIBA

Igrejas cheias de pessoas vazias?!

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