edição 51 domingo, 16.12.2012 r$ 3,20 Órgão oficial da ... · uma raça chinesa, tem cinco anos...

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 51 Domingo, 16.12.2012 R$ 3,20 O Segredo do Jardim: Songbook da Memorial Sintonizada com o tema da CBB para 2013, “Valorizando a nova geração”, o Ministério Crescer, da Igreja Memorial Batista de Brasília, usa como umas das grandes estratégias para alcançar e ensinar os pequeninos a realização anual de um musical infantil com envolvimento criativo de crianças, juniores, adolescentes, jovens, adultos e até gente da terceira idade (pág. 13). Uma liderança para uma Nova Geração A Juventude Batista Brasileira, no seu compromisso de auxiliar a liderança no desenvolvimento de um ministério eficaz e contextualizado, idealizou a Con- ferência de Pastores e Líderes de Juventude chamada “Paixão Pela Juventude”. Em sua segunda edição, neste ano de 2012, o PPJ avançou em qualidade e números, alcançando cada vez mais líderes de todas as regiões e estados brasileiros (págs. 08 e 09).

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Page 1: Edição 51 Domingo, 16.12.2012 R$ 3,20 Órgão Oficial da ... · uma raça chinesa, tem cinco anos de vida. A experiência nos ensi - ... na esfera batista. Será que não é manifestação

1o jornal batista – domingo, 16/12/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 51 Domingo, 16.12.2012R$ 3,20

O Segredo do Jardim: Songbook da MemorialSintonizada com o tema da

CBB para 2013, “Valorizando a nova geração”, o Ministério Crescer, da Igreja Memorial Batista de Brasília, usa como umas das grandes estratégias para alcançar e ensinar os pequeninos a realização anual de um musical infantil com envolvimento criativo de crianças, juniores, adolescentes, jovens, adultos e até gente da terceira idade (pág. 13).

Uma liderança para uma Nova Geração

A Juventude Batista Brasileira, no seu compromisso de auxiliar a liderança no desenvolvimento de um ministério eficaz e contextualizado, idealizou a Con-ferência de Pastores e Líderes de Juventude chamada

“Paixão Pela Juventude”. Em sua segunda edição, neste ano de 2012, o PPJ avançou em qualidade e números, alcançando cada vez mais líderes de todas as regiões e estados brasileiros (págs. 08 e 09).

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2 o jornal batista – domingo, 16/12/12 reflexão

E D I T O R I A L

ter a certeza da vitória e de quão bom será usufruir seus benefícios.

Também não deixe de refle-tir nas questões sociais, estas em todos os sentidos. Pense no que você tem contribuído para outros, mas também reveja o seu tratamento com outros. Pense se está dando atenção devida aos outros, reflita se tem sido educado com o próximo, não apenas com aqueles que fazem par-te do seu cotidiano, ou que são amigos de seu convívio. Para você pode até parecer ‘coisa pequena’, mas um “bom dia”, “como você vai?”, “olá!”, faz toda a diferença na vida do outro. Querer ser

este ano e precisará ser ano que vem no convívio com outras pessoas. E por fim, construa sonhos pessoais.

Não foi à toa que os so-nhos pessoais foram cita-dos no final. Não que eles sejam menos importantes, mas precisam ser construídos realmente no final, como forma de se libertar do ego-ísmo. Sonhar com um bom trabalho, com bens, com estudos, diplomas, tudo isso é necessário e muito justo para todos. Nunca deixe de sonhar em construir algo, em conquistar vitórias. Mas que todas estejam de acordo com a vontade de Deus, porque sonhar os planos do Pai é

Dezembro é o mês da correria, o mês das lojas cheias, para as crianças

o mês das férias, o mês da contagem regressiva, o mês das luzes piscantes, o mês dos presentes, do abraço, do sorriso, …, dezembro real-mente é o mês dos sonhos. É o momento de refazer al-guns sonhos e traças outros, criando assim os objetivos futuros. Mas não se esqueça que dentre estas metas tenha também questões espirituais, sonhe em servir mais, em buscar mais a Deus, em ver os milagres de Deus. Sonhe também com as questões sociais, reveja o que você foi

educado também faz parte da reflexão social, e é louvável que esta característica esteja dentro dos objetivos futuros. Imaginem alguém que sonha em ser mais cordial com sua equipe de funcionários?

Mas não deixe de traçar metas espirituais. Depois de uma sincera autoavaliação sonhe em ser um filho de Deus mais próximo do Pai. Crie metas de leituras bíbli-cas, mas também de serviço à casa do Senhor, de conquis-tas espirituais, de compromis-sos com o Pai. Sonhe com o seu crescimento espiritual.

Esse é o momento de refle-tir, construir sonhos e con-quistar. (AP)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 39836130Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 16/12/12reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Esperança Viva

O apóstolo Pedro escreve aos cris-tãos perseguidos e dispersos por

várias províncias. Ele começa compartilhando com eles a experiência da “esperança viva”, baseada no poder do Senhor: “Conforme a Sua grande misericórdia, Ele nos regenerou para uma esperan-ça viva, por meio da ressur-reição de Jesus Cristo dentre os mortos...” (I Pedro 1.3).

Tanto para Pedro. Como para Paulo, a garantia da fé dos cristãos se encontra no fato histórico da ressur-reição de Jesus. Escrevendo aos Coríntios, Paulo afirma com muita franqueza: se Cristo não ressuscitou dos mortos, nossa religião é ilusória, como todas as ou-tras. E ele relata o testemu-nho de todos aqueles que conheceram Jesus até Sua morte e testemunharam Sua ressurreição. Todos os após-tolos concordam em que o fundamento do cristianismo

é a ressurreição, Sua vitória sobre a morte.

Não foi fácil para os pri-meiros cristãos aceitar a res-surreição de Jesus. Na reali-dade, alguns até rejeitaram todas as evidências. Todos os que aceitaram Jesus como o Cristo fizeram-no pela fé. Da mesma maneira como acontece conosco, em nossos dias. Por isso, disse o Mestre: “Bem aventurados os que não viram e creram.” Nossa esperança é viva, porque nos-sa confiança se assenta em um Deus vivo. Quando ora-mos, nós nos comunicamos com o Jesus Cristo de hoje, de agora. Quando ficamos desanimados, nós buscamos a ajuda de um Ser que está ao nosso lado, convivendo conosco. Nós levamos a sério o que Ele prometeu: “Estarei convosco todos os dias”. Nossa esperança é viva ape-sar dos nossos problemas no mundo: ela é viva por causa do Jesus ressuscitado, que venceu o mundo.

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

Nosso pequenino cão, pertencente a uma raça chinesa, tem cinco anos de

vida. A experiência nos ensi-nou que a fêmea, da mesma raça, é muito mais dócil. En-tão resolvemos adquirir uma fêmea. Resultado: o cãozi-nho ficou tão enciumado que sua alegria desapareceu. Está sendo coberto de atenções especiais, visando o retorno da alegria.

Esse episódio nos levou de volta para um artigo pu-blicado na revista Psique, a respeito dos conflitos conju-gais, onde lemos que o hu-mano tem sua personalidade formatada por duas heran-ças: a natural e a cultural. O mesmo episódio nos levou mais adiante. Levou-nos a analisar o que acontece nas igrejas também. Assim como nosso animalzinho de esti-mação mostra estar magoado com ameaça de perda de carinho e espaço, o mesmo acontece no seio das igre-jas. Normalmente os mem-bros das igrejas se sentem ameaçados quando surge uma pessoa nova na igreja, e percebe que ela tem grande capacidade. Aí começam os comentários. É melhor esperarmos algum tempo

para ver se é de confiança, se dá bom testemunho, se isso e se aquilo. Nem pensa que o próprio comentário também é um mau testemu-nho do seu emissor. Outros começam a exigir atenção especial. Está sentindo que pode perder visibilidade. Além do surgimento amea-çador, há também a disputa por conquista de cargos e in-fluência. Mágoas, cobrança de oportunidades públicas nas celebrações, acusam que outros são preteridos e ele não.

Podemos também alongar ao ambiente geral do seio da denominação batista. Como ouço comentários críticos a isso e aquilo que acontece na esfera batista. Será que não é manifestação de nos-sa parte animal? Numa das nossas convenções alguém comentou comigo: Acho seus artigos muito longos. Pensei comigo: Ou não lê meus artigos, ou não lê O Jornal Batista, pois meus arti-gos quase sempre são curtos. Como damos opinião sem nos informarmos a respeito! Fica claro que é parte da herança natural. Nosso ex--presidente Fernando Henri-que Cardoso opinou a favor da liberação da maconha, pois é inofensiva, afirmou. E agora que sabemos que emburrece tremendamente

o dependente? Tudo isso é a manifestação da parte ani-mal. Será que reconhecemos que isso é vindo por influên-cia do que somos em sentido natural? E o que falarmos das heranças culturais? Das queixas provindas do com-plexo de inferioridade, dos comentários de pais, irmãos, parentes, amigos e vizinhos, que nos inculcam valores advindos de seus problemas pessoais? Essas influências meu cãozinho não tem, mas os humanos as têm.

Estou certo que alguns leitores já estão pensando o seguinte: Será que o au-tor nunca apresentou esses sintomas? Com certeza já experimentei! E qual o trata-mento? Minha experiência é recorrer a Filipenses 4.8. Há uma lista de pensamentos e ações, submetidos à palavra tudo. Essa palavra tudo dá uma extensão vastíssima às nossas ações. Sou responsá-vel pelos meus pensamentos, sentimentos, emoções, tudo deve ser avaliado para que perceba de onde está vindo. E querem saber de uma coisa até chocante? Quase tudo vem de nossa herança natural e achamos tudo tão natural! Mas, o que é natural não é espiritual. Agradeço a Deus que criou o Toby, e depois ao Toby, que me deu uma tremenda lição.

Sem. André Pires

“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pe-cados” (Efésios 2.1).

Esta palavra se encai-xa na vida daqueles que desejam uma nova chance diante

de Deus para recuperarem a felicidade perdida, o texto diz claramente que Deus fará um milagre na vida da pessoa. Encontramos muitas pessoas frustradas em nosso caminho, e sempre procura-mos aconselhar de maneira que a pessoa entenda que há uma forma apenas para a vida dar certo para ela, ou seja, a interferência de Deus.

O coração do homem é muito comprometido com a vaidade, e com a sua própria sobrevivência e satisfação, por isso fica difícil aceitar a palavra de Deus como re-

gra de fé e vida social. Nos espanta ver tanto sofrimen-to nos hospitais, presídios, asilos, creches, sanatórios, orfanatos, nas ruas e lares, mas tudo isto é consequência do pecado. Se não houvesse pecado, não haveria fé em mortos, homens, animais, objetos e demônios. Não haveria prostituição, assassi-natos, traições, pedofilia, ho-mossexualismo, lesbianismo, covardias, vícios, roubos, bebedeiras, etc. O homem é vítima de suas ações, e por isso, nesta mistura, vemos uma sociedade confusa, e que para se divertir associa estes pecados citados para sentirem as sensações que as atraem pela curiosidade e rebeldia.

Deus estabeleceu regras para a natureza, relaciona-mento sexual, fé, compor-tamentos e para o universo, dentre outros, vemos que a

transgressão destas regras é que trazem consequências danosas a nós mesmos. Mes-mo que cometamos o peca-do achando que ninguém está vendo, nos enganamos, como podemos conferir na Palavra de Deus que seremos julgados por tudo o que fize-mos por meio do corpo, pois ele a todos vê de maneira integral.

Ele nos vivificou, estan-do nós mortos, esta a mais pura verdade e necessidade do homem. Pensando estar vivo, mas estando morto para Deus, muitos continuam bus-cando uma vida de grande prazer, mas se esquecem que na hora da dor é a Deus que se procura. Se você deseja vi-ver de verdade, é necessário crer nas promessas de Deus, pois ele deseja te dar uma nova chance. Se afaste do pecado, peça a Deus forças para uma nova caminhada,

acredite que Ele fará em você um grande milagre, mesmo

que você esteja morto em ofensas e pecados.

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4 o jornal batista – domingo, 16/12/12 reflexão

Samuel Rodrigues de SouzaGerontólogo para Sociedade Brasileira de Geriatria e GerontologiaMinistro da 3ª e 4ª Idade da Igreja Batista Carioca, Méier, RJ

Está na moda a alegria de viver bem. De vi-ver bem e largamente. A ciência tem feito

grandes progressos, amplian-do o nosso tempo no mundo, pondo ao nosso alcance no-vos recursos para uma exis-tência mais saudável. A vida ganhou em qualidade, pror-rogando a juventude, sem com isso perder os benefícios da longevidade bem vinda, que nos encontra com a ca-beça boa e os cinco sentidos bem conservados (tato, audi-ção, visão, paladar, olfato).

As pessoas não só estão vivendo mais, mas também envelhecendo de maneira mais sadia. Em estudo reali-zado há sete anos nos Estados Unidos, 90% das pessoas de 65 a 74 anos afirmaram não padecer de nenhuma incapa-cidade, e 40% dos de mais de 85 anos foram considera-das completamente funcio-nais. Na verdade, as doenças degenerativas do cérebro (Al-zheimer, Parkinson e outras), embora apareçam com maior frequência nos idosos, estão diminuindo sua incidência nestes, ano por ano da idade, em relação à que se observa-va cinco ou dez anos atrás; e essa incidência não aumenta depois dos 85.

É bem provável que isto se deva à melhor qualidade de vida comparativa dos idosos de hoje quando comparados com os de poucos anos atrás. É comum, nos dias de hoje, ver pessoas de mais de 65 ou 75 anos praticando exer-cícios físicos, se submetendo a exames médicos periódicos e cuidando de sua dieta de maneira bastante rigorosa. Nada disso era comum pou-cos anos atrás.

A “eterna juventude” é um ideal fortemente presente em nossos tempos, buscado como um valor único e pre-

cioso: deveríamos ser e pa-recer sempre jovens! Assim, muitos de nós experimenta-mos grande ansiedade e mui-tas vezes obsessão por uma imagem sempre jovem, que não envelhece. Com isso, nos escapa a oportunidade de encontrar um sentido na velhice e um novo senso de sabedoria para os novos tempos. O reconhecimento da pessoa idosa faz com que olhemos de forma positiva também para o nosso próprio envelhecimento.

O Conselho Federal de Medicina Brasileiro proibiu a medicina conhecida como antienvelhecimento, com terapias hormonais contra o envelhecimento, por fal-ta de evidências científicas que comprovem os métodos benéficos desse tipo de tra-tamento.

Tendo em vista que pro-liferam no Brasil propostas de tratamentos que visam prevenir, retardar, modular ou reverter o processo de envelhecimento, bem como prevenir doenças crônicas e promover o envelhecimento saudável através de reposição hormonal, suplementação vitamínica e/ou uso de antio-xidantes. A Sociedade Brasi-leira de Geriatria e Geronto-logia também se posicionou contrário a esse procedimen-to de fazer com que as pes-soas permaneçam jovens perpetuamente, sem jamais envelhecer, e designou um grupo de especialistas para realizar revisão da literatura com o objetivo de avaliar a eficácia e a segurança do uso dessas substâncias com os fins acima citados.

Infelizmente encontramos em nossos dias muitas crian-ças envelhecidas e muitos idosos infantilizados, fúteis, preocupando-se mais com sua aparência exterior, em debater e mostrar conheci-mentos bíblicos, sem terem cuidado com sua vida de-vocional e de testemunho cristão, vivendo hipocrisias e legalismos, sem crescimento e conhecimento da Palavra do nosso Deus.

A criança tem como carac-terística normal a inocência, já o idoso deve ter acumulado experiências em toda a sua história de vida, que possam lhe proporcionar sabedoria e bem estar subjetivo. Deus tem nos dado a longevidade, e nos abençoado com a salvação em Cristo Jesus, com a sua Santa Palavra ao nosso dispor con-tinuamente, igrejas que tanto bem espiritual nos proporcio-nam, apartamentos e casas confortáveis, lindas famílias, viagens, excelente alimentação e conforto, planos de saúde, transpores excelentes, mas nós, o que estamos oferecendo ao Senhor? A Bíblia adverte: “A quem muito foi dado, muito mais será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Luc. 12.48b).

Aqui apresentamos dez conselhos práticos para se viver bem a velhice, (adap-tação de “Compreenden-do Melhor Como Viver a Terceira Idade, na Opinião da Terceira Idade”, do Dr. Conceil Corrêa da Silva) ao invés de se fugir dela, de uma forma neurótica e errônea, pois ela é uma realidade e uma bênção, que nem todos conseguem alcançar.

1º - Não se aposente da vida para se tornar a praga da família. A vida é atividade, e

o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo. Não despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas.

2º - Seja independente e preserve a sua liberdade mes-mo que seja dentro de um quartinho. Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés para evitar atritos com noras, gen-ros, netos e outros parentes.

3º - Mantenha o governo da sua própria bolsa. Ajude os seus filhos financeiramente, na medida das suas posses; reserve uma parte para emer-gências e lembre-se que um filho ambicioso pode ser mais temível que um inimigo.

4º - Cultive a arte da amiza-de como se fosse uma planta rara, cercando os familiares de cuidados, como se fossem flores. Se a sua memória es-tiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas e compartilhe com eles a alegria de estar presente.

5º - Cuide da sua aparência e seja o mais atraente possí-vel. Não seja um daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa que revelam o cardápio da semana. Nunca despreze o uso de água e sabão.

6º - Seja cordial com os seus vizinhos. Evite implicar--se com o latido do cachor-ro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada ou o volume do rádio. Um bom vizinho é sempre um te-souro, especialmente se os parentes morarem distantes.

7º - Cuidado com o nariz e não se intrometa na vida dos filhos adultos. Eles são seres com cérebro, coração, vontade e contam com mui-tos anos para cometerem os seus próprios erros.

8º - Fuja do vício mais co-mum da velhice, que é a “presunção”. A longa vida pode não lhe ter trazido sabe-doria. Há muitos que chegam ao fim da jornada tão igno-rantes como no início dela. Deixe que a “humildade”seja a sua marca mais forte.

9º - Os cabelos brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e inconvenien-te. Lembre-se que toda paci-ência tem limite e que não há nada mais desagradável do que alguém desejar a sua morte.

10º - Não seja repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco vezes. Quem olha só para o pas-sado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro.

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5o jornal batista – domingo, 16/12/12reflexão

Pr. Wilson FrançaMissionário Emérito da 4ª IB em Rio das Ostras, RJ

Os dois versos que transcrevo perten-cem a história do Bom Samaritano

contada por Jesus. “Casual-mente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote que, vendo-o, passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar e, vendo--o passou de largo” (Lucas 10.31,32).

Há que nos chamar atenção que na história Jesus coloca o sacerdote e o levita no mesmo patamar, pois ambos estavam

Nilson DimarzioPastor e colaborador de OJB

As possibi l idades humanas são limi-tadas. Mas, qual-quer desejo nosso,

estando de acordo com a vontade de Deus, pode ser concretizado.

O famoso pastor e escritor Norman Vincent Peale conta que, certa vez, uma fórmula para vitórias espirituais lhe foi sugerida por um velho amigo, que ele considerava muito sábio. Esse amigo e fazendeiro era um homem de negócios bem sucedido, que distribuiu a maior parte do dinheiro ganho com pessoas necessitadas.

Peale estava iniciando o seu ministério pastoral aos vinte anos de idade, mas de maneira tímida, dominado por complexo de inferiorida-de. Certo dia, estando em vi-sita ao fazendeiro, e notando este a sua timidez e fraque-za nas pregações, disse-lhe: “Você está pregando o evan-gelho, que é tão poderoso, de maneira inadequada. Vou lhe dar uma fórmula de três pon-tos que poderá mudar a sua vida e o seu ministério. Pense intensamente. Ore intensa-mente. Creia intensamente”. Afirma Peale numa de suas obras que aquela fórmula, ao ser praticada, tornou o seu ministério muito mais expres-sivo e abençoador. Vamos, pois analisá-la:

1. Pense intensamente. Ora, o pensamento é de fun-

adidos na responsabilidade de socorrer o homem ferido, sem comprometer suas posições religiosas, moravam em Jericó e que fora destes deveres não eram obrigados a socorrer alguém e que o fato os obri-gavam a deixar o local com receio de que os agressores ainda estivessem por perto. Os seres humanos são por demais egoístas, não importa se religioso ou não. Os sacer-dotes são descendentes de Aarão e os levitas da tribo de Levi. Esta dimensão sacerdote e levita constitui um dos mais sérios problemas da religião no velho testamento. Os levi-tas depois de ultrajados com

damental importância em nossas vidas, pois, tudo o que fazemos resulta do que pen-samos. O homem é aquilo que ele pensa constantemen-te, diria Ralph Emerson.

Você nunca chegará mais alto que os seus pensamen-tos. O que você será daqui a dez anos depende do que você está pensando e pla-nejando agora. E, se os seus pensamentos são nobres e elevados, objetivando a gló-ria de Deus e o bem estar dos semelhantes, saiba pensar intensamente, com profundi-dade e com esperança.

Um pastor, em conversa com um colega de ministério, referia-se ao templo que dese-java construir para a sua igre-ja. E com muito entusiasmo e vibração dizia: “Eu quero des-crever o templo que eu espero um dia construir, o templo dos meus sonhos”. E passou a mencionar em detalhes, a nave, a galeria, a plataforma com o local do coro, a capaci-dade que teria o auditório, as salas para educação religiosa, o espaço para as crianças, adolescentes e jovens, o esta-cionamento, e com tal entu-siasmo que o colega não teve dúvidas em lhe dizer: “Meu amigo, esse templo já existe; ele já foi construído em sua mente, em seu pensamento”. Dez anos depois, o templo foi inaugurado, com aquela sun-tuosidade e beleza imaginada pelo pastor.

O que estamos pensando para a causa de Deus? O que desejamos fazer para melhor desempenho em nosso mi-

a idolatria de Aarão, no que concerne ao bezerro de ouro, foram descartados enquan-to os levitas leais queriam continuar ao serviço a Jeová. Porém não podiam chegar ao posto de sacerdotes.

A responsabilidade dos le-vitas estava limitada a serem ministros no tabernáculo e daí para ocupar a posição de sacerdote era mesmo impos-sível. Mas cometeram uma omissão perigosa e imper-doável. A solidariedade hu-mana, socorrer uma pessoa ferida mortalmente era dever tanto do sacerdote como do levita. Estava em Belém do Pará e ao sair da casa do meu

nistério? O que desejamos de melhor para a igreja a que pertencemos? Estamos com-partilhando com os irmãos, para que eles também se empolguem e nos ajudem a realizar nossos sonhos? Se sa-bemos pensar intensamente e não superficialmente naquilo que pode abençoar outras vidas, não façamos disso um segredo, mas compartilhe-mos com aqueles que amam a causa de Deus.

2. Ore intensamente. A Palavra de Deus nos convida a orar intensamente. “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes” (Jr. 33.3). Clamar é rogar com in-sistência, implorar as graças de que necessitamos para o cumprimento da missão. O problema de muitas pessoas é que oram por mero hábito ou porque alguém lhes pediu que orassem, porém, sem entusiasmo, sem acreditar na própria oração. Daí porque nunca recebem resultados positivos de suas orações.

Durante a Segunda Guer-ra Mundial, aconteceu em Shenkin, na China, a invasão japonesa. A esposa de um missionário americano es-tava só, com duas crianças pequenas, vez que o marido estava internado em hospital numa cidade distante. Com a aproximação dos soldados japoneses, a população co-meçou a sair da cidade; e ir-mãos da igreja aconselharam a missionária a sair também, mas a sua atitude foi corajosa

hospedeiro vi um casal que apressadamente caminha-vam. Foi quando o homem caiu com um ataque epilé-tico e a esposa tomou uma lista e o dinheiro e correndo dizia: “Não posso esperar, pois estou com as apostas do jogo do bicho e tenho que entregá-la antes do resultado sair”. Uma omissão imper-doável, pois o pobre homem teria que ser socorrido por outras pessoas.

O outro lado da história de Jesus revela que há alguém que ultrapassa as barreiras criadas pelos homens e vai até o limite máximo para tra-zer de volta a solidariedade

e decidida, permanecendo na cidade, apesar do perigo iminente. A oração foi o seu consolo e o segredo da vitó-ria. Orando fervorosamente a Deus, algo maravilhoso aconteceu: o exército inimi-go que havia se aproximado da cidade, afastou-se, sem maiores perigos para aquela serva de Deus, seus filhinhos e os demais que com ela per-maneceram.

Apresa a orar, mas orar intensa e fervorosamente, mesmo ante os perigos da existência, pois, “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom. 8.31).

3. Creia intensamente. Ao pai do menino endemoni-nhado, Jesus declarou: “Tudo é possível ao que crê” (Mar. 9.23). Crer não é apenas acreditar que Deus tem po-der, mas confiar no seu po-der, no seu amor e no seu cuidado paternal. E entregar a nossa vida aos seus cuida-dos, proteção e direção. O escritor aos Hebreus preco-niza: “Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galar-doador dos que o buscam” (Heb. 11.6). A esterilidade espiritual de muitas pessoas se deve ao fato de que ainda não aprenderam a confiar no Senhor de todo o coração, por isso que suas orações são frias e superficiais, denotan-do falta de intimidade com o Senhor. Se queremos cumprir a nossa missão, quer sejamos

ao convívio da sociedade. O samaritano era o último a prestar qualquer socorro ao homem ferido (Judeu) prostra-do na estrada do sofrimento. Mas foi este homem que na história de Jesus prestou so-corro, usou de benevolência ao moribundo.

Que lição podemos tirar desta comovente história? Que a solidariedade é cega no sentido de quem ou para quem dividimos nossa aten-ção, nosso amor, nosso socor-ro ou ajudando com nossas vidas, nossos recursos finan-ceiros para proporcionar uma qualidade de vida melhor ao nosso próximo.

pastores, diáconos, profes-sores de EBD ou ocupemos outras posições de liderança, precisamos reavaliar a nossa vida devocional no que tange à oração.

Um casal consultou o pastor sobre a sua vida financeira, di-zendo: “Nós temos problemas financeiros o tempo todo. O senhor sempre prega sobre a generosidade de Deus, mas nós estamos cada vez mais pobres, por que será? Ore por nós, pastor”. “Sim, eu orarei por vocês, desde que façam o seguinte: Contem os grãos de areia da praia e as águas do oceano, e calculem quan-tos peixes lá existem. Olhem também para as folhas das árvores e para a exuberante colheita nas searas de todo o mundo. Considerem como Deus é poderoso e amoroso em prodigalizar todas as coi-sas necessárias à nossa sobre-vivência. Feito isso, deixem toda a ansiedade que exista em seus corações, passem a crer mais intensamente na providência divina, e co-loquem Deus em primeiro lugar em suas vidas, e verão como o que Jesus diz em Mateus 6.33 se tornará uma realidade em suas vidas”. A partir daquele momento, o casal passou a considerar a grandiosidade do poder de Deus, a experimentar novas vitórias, uma vez que come-çaram a crer mais intensa-mente no Senhor.

Que tal, leitor amado, ado-tar em sua vida pessoal, a fór-mula para vitórias espirituais?

Deus o abençoe!

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6 o jornal batista – domingo, 16/12/12 notícias do brasil batista

Mark GreenwoodDiretor do Departamento de Ação Social da CBB

Está chegando o novo ano letivo. Já decidiu o que vai estudar? Você tem chamado

pastoral e quer incluir um viés social no seu ministé-rio? Ou você é Assistente Social com interesse em vincular o seu trabalho à sua fé e prática cristã? Então temos boas notícias: o De-partamento de Ação Social da CBB entrou em contato com as faculdades e semi-nários batistas pelo Brasil através da ABIBET (Associa-ção Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico – www.abibet.org.br ), e descobrimos vários cursos que unem as tuas grandes paixões no teu serviço ao Senhor – a ação social e o ministério cristão.

O SEC (Seminário de Edu-cação Cristão) em Recife, PE, uma das mais antigas e respeitadas casas de pre-paro para missionários e educadores cristãos, conti-nua sua tradição centenária oferecendo o Curso Superior

em Educação Religiosa com Habilitação em Ministério Social Cristão, e o Mestrado STRICTO SENSU em Minis-tério Social Cristão. Durante décadas esta instituição tem produzido pensadores e téc-nicos na área social de refe-rência na denominação ba-tista, e tem hospedado uma gama de cursos suplementa-res minstrados por grandes ONGs Cristãs internacionais como a Tearfund do Reino Unido. Matrículas ocorrem em janeiro e julho. Mais in-formações: (81) 3423.3396, www.sec.org.br .

A Faculdade Batista de Minas Gerais oferece em seu Curso Bacharel em Teologia (reconhecido pelo MEC) uma disciplina denominada Ação Social, como informa o professor e coordenador do Curso de Teologia, Hélio Alves de Oliveira. A disci-plina procura desenvolver um estudo dos fundamentos bíblicos para a ação social e o serviço social na comu-nidade, priorizando a igreja neo-testamentária como uma instituição política, cultural e portanto, comprometida com a tarefa de transformar

o ser humano nas suas múl-tiplas dimensões. Ao final do curso espera-se que o aluno seja capaz de conhecer os princípios de Ação Social e empregá-los em sua prática ministerial, como também, produzir textos e artigos so-bre a relação entre Ação e Assistência Social e montar estratégias para desenvol-ver projetos sociais junto à comunidade. Contato: (31) 3429.7261, www.faculda-debatista.com.br .

O Seminário Teológico Batista (SETE) de Belford Roxo, RJ, insti tuição de formação teológica e mi-nisterial, oferece no curso de teologia as disciplinas “Teologia da Missão Inte-gral” e “A questão social no Brasil” como disciplinas de diálogo teológico. A Pra. Silvia Nogueira, Diretora Pedagógica, ainda infor-ma, que o SETE também é parceiro da Faculdade Unida de Vitória para o ofe-recimento da pós-graduação lato sensu em “Gestão do 3º setor” presencial. O Curso tem duração de um ano, e uma carga horária de 396 horas. Informações: (21)

2762.7397, [email protected], www.seminarioteologico.com .

Na Faculdade Batista Pio-neira em Ijuí todos os alunos do curso de Bacharel fazem a disciplina de “Evangelis-mo e Ação Social”, afirma Claiton Kuntz, Coordenador acadêmico. Além disso, os alunos são incentivados a se envolverem nos projetos sociais que a Convenção Batista Pioneira ministra na região, como o Lar de Crianças, Núcleo Social, Lar de Idosos, Clínica SOS Vida (recuperação de de-pendentes químicos), CAIS (trabalho com surdos), entre outros. Para saber mais: (55) 3332.2205, www.batistapio-neira.edu.br .

Já na Faculdade Teológica Batista do Paraná os alunos de Bacharel em Teologia cursam Cidadania e Inclusão Social, no 2º Ano, 3º Semes-tre, e Responsabilidade So-cial e Ambiental no 4º Ano, 8º Semestre. Entre os cursos de Pós Graduação online desta instituição encontram--se Gestão de Projetos So-ciais no Terceiro Setor, e Teologia Prática e Social.

Veja: (41) 3024.8142, www.ftbp.com.br .

Existem muitos outros cur-sos. Estas são as informações das instituições que respon-deram à nossa pesquisa, mas pode ser que no seu Semi-nário local também tenha cursos que contemplam a Ação Social dentro do prepa-ro para o ministério cristão.

E se você não mora perto de um Seminário? Se não quer largar as tuas atividades atuais para estudar longe de casa? Bom, tem uma notí-cia boa para você também: O Projeto Timóteo oferece online um curso comple-to de preparo de liderença para a igreja local, e entre os módulos consta um enti-tulado “Como implantar um Programa de Ação Social na Sua Igreja” – acesse o site para ver este e os outros módulos no www.projeto--timoteo.org .

Fechamos ecoando o de-sejo de Paulo, escrevendo a Tito 3.14: “...quanto aos nossos, que aprendam tam-bém a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessita-dos, para não se tornarem infrutíferos”.

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed

/geograficaeditora

A Bíblia Sagrada R.A.N.O. segue a já tradicional tradução João Ferreira de Almeida, Edição Revisada e Atualizada de acordo com os melhores textos do Hebraico e Grego e agora também de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa.

Dê mais que umpresente,

dê mais luz aosseus caminhos

Departamento de Ação Social da CBB

Ação Social nos Seminários

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7o jornal batista – domingo, 16/12/12missões nacionais

Marize Gomes GarciaRedação da JMN

Na última semana de novembro, 43 líderes de Missões Nacionais – en-

tre gerentes, coordenadores e representantes regionais, gerentes executivos e opera-cionais da sede se reuniram no Instituto Metodista de Formação Missionária, em Teresópolis, RJ, para momen-tos de comunhão, celebração a Deus pelas vitórias do últi-mo exercício e alinhamento de visão para 2013, que vem cheio de desafios. Nos dois últimos dias do encontro, 15 funcionários da sede também se juntaram ao grupo.

Na abertura da reunião, pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, registrou sua gratidão a to-dos os integrantes da família Missões Nacionais por tudo o que Deus permitiu que fosse realizado. Apresentou tam-bém alguns desafios e trouxe uma palavra de ânimo e en-corajamento. Um momento especial na primeira noite foi o de gratidão a Deus por Mis-sões Nacionais ter encerrado o exercício passado com su-perávit, reflexo das bênçãos do Senhor da Seara sobre a obra missionária nacional.

No decorrer do encontro, os gerentes executivos deram uma palavra a respeito do trabalho realizado por suas gerências, reconhecendo, por unanimidade, que todos – equipe da sede e missionários do campo – fazem parte do trabalho realizado por cada gerência. Foi um tempo de refrigério e também de alinha-mento de visão para o futuro.

Numa das manhãs, o grupo se reuniu em meio à natureza para um tempo de devocio-nal, oração e compartilha-mento do significado deste momento da obra missionária no Brasil para missionários mais novos e mais antigos. O primeiro a falar - Pr. Sandro Fernandes Pereira, coorde-nador regional em São José do Rio Preto, SP – afirmou estar em meio de um sonho. “Cresci com o sonho de ser missionário. Nunca tive so-nho de ser outra coisa, cresci ouvindo sobre missões, falan-do de missões e Deus está me dando o privilégio de estar aqui com vocês hoje. Estou muito motivado porque sei que este é o lugar que Deus tem para mim desde o dia em que fui concebido”.

Enquanto ouvia esta pala-vra, lembrava de muitos casos que ouvimos de pessoas que não aceitam que seus filhos sejam missionários. Arrisco dizer que, nos dias de hoje, seja a última profissão na lista daquelas sonhadas por pais para seus filhos, dentro de nossas igrejas. Isso, con-siderando que entre na lista. Pr. Sandro cresceu ouvindo e falando de missões. Houve um tempo em que a igreja de Cristo vivia intensamente missões e este amor era pas-sado de geração a geração. Também veio à minha mente a fala da missionária aposen-tada Raimunda Lima Gomes de Barros sobre um tempo em que percorriam os sertões de nosso país no lombo de ani-mais, a pé, pelas matas, cru-zavam rios a nado para levar o evangelho às pessoas. “Já vai longe aquele tempo, e o evangelho prosperou naque-

les dias, quando não tínhamos os meios de comunicação que temos hoje. Agora não temos razão para dizer que o Brasil deve ficar onde está. Temos tudo para avançar; temos mí-dia, os jovens e a palavra de Deus”. Em outra ocasião, Rai-munda também comparou a disposição do passado com a atitude atual para se fazer mis-sões: “agora as pessoas com um coração duro, assinam um cheque frio”.

Outro a falar foi o Pr. Rena-to Gomes Ouverney – geren-te operacional de projetos da Gerência Executiva de Mis-sões. Diferente do Pr. Sandro, só conheceu Jesus com 30 anos de idade, nunca havia sonhado ser missionário, mas agora reconhece que só tem meia vida para dedicar ao Se-nhor e sonha em ver a Pátria salva, reconhecendo entre os desafios o deixar nossos

sonhos e desejos de lado para viver os planos de Deus. A missionária Carla Andréa Fernandes, atualmente em transição de Laranjal do Jari para assumir a coordenação regional de missões em São Paulo, ao lado do esposo – Pr. Alexandre Barbosa Fer-nandes, afirmou que há cinco anos, quando respondeu ao apelo para a obra missioná-ria, seu coração ardia em viver pregando o evangelho. “Quero viver pregando Jesus, falar do amor de Deus, gastar tudo o que tenho e sou, a mi-nha vida para o Senhor. Isso continua ardendo dentro de mim”. Neste momento tam-bém compartilhou o drama de famílias que estão há anos na igreja, que influenciaram pessoas, mas que não sabem compartilhar do plano de salvação, com medo de bater em uma porta. “Vamos con-

quistar a Pátria sim, juntos, cada crente se posicionando diante do Senhor”.

Estas falas nos fazem refletir sobre o que temos vivido e ensinado à nova geração. Se não priorizamos os planos de Deus para nossas vidas, se não vivemos missões, se não falamos sobre o tema, se con-tinuamos vivendo de forma individualista, priorizando apenas nossos próprios inte-resses, que diferença faremos nesta geração? E que nova ge-ração será formada por nós? Na melhor das hipóteses, terá apenas a metade ou menos da vida para oferecer a Deus. Missões Nacionais crê que é possível e sonha conquistar a Pátria nesta geração, mas é preciso rever nossas prio-ridades, como membros do corpo de Cristo, e estejamos dispostos a pagar o preço de viver para a glória de Deus.

Tempo de alinhar a visão para continuar avançando

Momento de intercessão pela Pátria

Equipe unida no propósito de viver para glória de Deus

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8 o jornal batista – domingo, 16/12/12 notícias do brasil batista

Rafael CurtyCoordenador Área de Liderança JBB

A Juventude Batis-ta Brasileira, no seu compromisso de auxiliar a lide-

rança no desenvolvimento de um ministério eficaz e contextualizado, idealizou a Conferência de Pasto-res e Líderes de Juventu-de chamada “Paixão Pela Juventude”. A proposta é regional e bienal com o objetivo de incentivar a co-munhão, compartilhamento de ideias, debates, inspira-ção e estímulo entre líderes

Uma liderança para uma Nova Geração

de juventude no Brasi l . Em sua segunda edição, neste ano de 2012, o PPJ avançou em qualidade e números, alcançando cada vez mais líderes de todas as regiões e estados brasi-leiros, que se empenharam em se deslocar de suas re-alidades para serem im-pactados pela Conferência. Ver em cada rosto o desejo de viver a centralidade de Cristo é fundamental para a JBB continuar investindo em programações regionais de qualidade e cultura que movimentam jovens com-prometidos com o Reino.

Na atual edição a temá-

tica foi a “Geração Jovem” e o entendimento da JBB é que os jovens sempre serão os catalisadores das g randes mudanças . Em qualquer época ou socie-dade transformam ideias e modificam comportamen-tos. O Brasil está em um momento singular de sua história. Não é mais o país do futuro, já é o país do presente e junto com esse novo país existe uma Nova Geração. Pensando nisso, a JBB convoca a liderança para pensar sobre PAIXÃO, MOVIMENTO, MUDAN-ÇA, HISTÓRIA e DESAFIO. Esses são os pilares que

deram a estrutura de con-teúdo e programa sobre o que é essa Paixão Pela Juventude.

A paixão vem do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situ-ação difícil. Perde parcial-mente a sua individualidade em favor do outro. A paixão pode ultrapassar barreiras sociais, diferenças de for-mação, idades e gêneros. E a Paixão Pela Juventude é para o líder que sofre as do-res do ministério em favor daqueles que fazem parte desta Nova Geração.

Em cada região, foram desenvolvidos pilares que acredi tamos ser o ideal para que a l iderança de juventude no Brasil venha seguir:

PAIXÃO (EMOÇÃO) – Inspirar/Tocar (Sentir)Cremos que a l ideran-

ça jovem para este tempo deve ser inspirada por Deus de forma que a paixão pelo ministério jovem ajude a suportar as circunstâncias adversas em favor da sua juventude.

MOVIMENTO (AÇÃO) – Convocar/Realizar (Agir)Cremos que a convoca-

ção para realizar esta obra com a juventude parte do

Espírito Santo que capacita a liderança para uma ação efetiva de acordo com a multiforme graça de Deus.

MUDANÇA (REAÇÃO) – Chamar/Transformar (Reagir)

Cremos que para trans-formar vidas o ministério com juventude deve gerar na juventude a convicção para uma reação firme e contundente aos prazeres deste mundo.

HISTÓRIA (GERAÇÃO) – Impactar/Marcar

(Escrever)Cremos que cada líder de

juventude deve impactar a sua geração deixando mar-cas profundas na história de sua própria vida e na história de vida das pessoas alcança-das pelo seu ministério.

DESAFIO (POSIÇÃO) – Desafiar/Consagrar (Crer)

Em cada canto do Brasil encontramos pessoas apai-xonadas pela nova geração, culturas encantadoras e realidades expressivas e di-ferentes. São contextos de juventude que o Brasil pre-cisa olhar com olhos espe-cíficos, e como Juventude Batista Brasileira, cremos que este caminho está sen-do guiado por Deus para

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9o jornal batista – domingo, 16/12/12notícias do brasil batista

é fator determinante para o movimento do Espírito Santo na juventude batista brasileira. Este mover espi-ritual sempre gerou e con-tinuará gerando mudanças transformadoras na reali-dade do nosso país, no que tange as potencialidades desta geração, que pode marcar a história mundial. O desafio a toda juventude, a você que está lendo esta reportagem é colocar Cristo como centro do seu minis-tério. Comece fazendo isto na sua vida. Que Deus te abençoe e até 2014.

“Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se fir-

Uma liderança para uma Nova Geração

mes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Coríntios 15.58).

PPJ Sudeste 30/08 a 02/09 – Sumaré/

SPPPJ Centro-Oeste

28 a 30/09 – Campo Grande/MS

PPJ Nordeste 05 a 07/12 – São Luis/MA

PPJ Norte 09 a 11/11 - Manaus/AM

PPJ Sul 23 a 25/11 – Biguaçú/SC

nós. Todas as edições desta temporada foram edifican-tes e confirmadoras neste sentido, pois as caracterís-ticas encontradas nas lide-ranças e seus ministérios evidenciam a multicultura que o nosso país tem. Esta-mos apaixonados por isso!

As ministrações do louvor e palavra geraram um mo-vimento nos corações de quem participou. De Norte a Sul, Tallita Barros, coor-denadora de Adoração da JBB, conduziu os louvores de forma graciosa e de-terminada, Deus presente em cada nota e melodia. A sabedoria em escolher um repertório específico para cada região, manten-do porém a essência da Conferência, foi vista com exatidão. Tallita também falou sobre “paixão”, abrin-do sempre a Conferência demonstrando seu amor por Deus e a juventude brasileira. Conduzindo os momentos devocionais , Alexandre Robles, pastor da Comunidade Batista de Sorocaba, nos levou a en-tender a centralidade de Jesus, através da primeira e segunda cartas de Paulo a seu seguidor Timóteo. Fo-ram verdadeiras porções do céu para corações sedentos por padrões bíblicos de

liderança. Após as devocio-nais, Rainerson Israel, pas-tor de jovens da IB Central da Barra, nas regiões Sudes-te, Centro-Oeste e Norte, e Michel Piragine, pastor de jovens da PIB de Curitiba, nas regiões Nordeste e Sul, trataram dos outros 4 pila-res com cuidado e carinho. Um verdadeiro movimen-to de renovo espiritual na caminhada da l iderança jovem deste Brasil!

As juventudes estaduais estiveram em sua maioria apoiando a Conferência, através do envio de seus presidentes, executivos e colaboradores. Membros do nosso conselho que abraçaram a ideia incenti-varam outros líderes de seu conhecimento e abrilhan-tando o Multiplex, parte da nossa programação, mos-trando aos participantes tudo o que tem sido reali-zado em cada estado.

A programação foi uma mistura de ferramentas, tendo participação efetiva dos conferencistas. Os pe-quenos grupos realizados eram como um alívio soma-do a um renovo para cada líder que compreendia que os desafios e dificuldades encontradas no seu minis-tério eram encontrados em outras comunidades, unin-

do lideranças em oração e ação. As rodas de conversa, com temáticas diversas, levaram os participantes a reflexão sobre missão, juventude e sociedade, saú-de, adolescentes, arte e adoração, expressões midi-áticas e oração no ministé-rio local. O tempo de uma hora foi estendido, pois o povo brasileiro gosta muito de uma boa conversa.

Os ministérios com ju-ventude de cada estado par-ticipante, de cada liderança com certeza não será mais o mesmo depois desta tem-porada do PPJ. A paixão en-contrada na liderança atual

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11o jornal batista – domingo, 16/12/12missões mundiais

Eliana MouraRedação de Missões Mundiais

“Parabéns”. Essa é uma palavra que se repetiu muito na noite

do último dia 29 de novem-bro, na Igreja Batista Itacuruçá, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro/RJ, durante o Culto de Gratidão pela vida dos 25 missionários que passaram o segundo semestre em treina-mento, no Centro de Capaci-tação da JMM, localizado no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, também no Rio. Com certeza, “Parabéns” expressa, para eles e para a JMM, muito mais do que a conclusão de uma etapa.

Após serem recebidos ao som da canção que tradu-zia os corações da turma, “Sonda-me, quebranta-me, transforma-me, enche-me e usa-me”, os formandos vive-ram momentos de memórias, experimentando a gratidão pela história que estão cons-truindo, e contando com pa-lavras de encorajamento e amizade dos que participaram deste processo. A turma rece-beu homenagens de amigos conquistados durante o pe-ríodo de treinamento, como a turma 9 do Radical África, e homenageou a pessoas im-portantes que fizeram deste

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Os sete jovens da sétima turma do projeto Radical África – Voluntá-

rios Sem Fronteiras retorna-ram ao Brasil após dois anos no campo. Eles participaram de um culto de gratidão a Deus pelo retorno e perí-odo junto aos africanos. A solenidade aconteceu no templo da 4ª Igreja Batista do Rio de Janeiro, no dia 27 de novembro, e contou com a presença de familiares, amigos, membros das igrejas dos Radicais e colaborado-res da JMM.

tempo um recorte especial na vida de um vocaciona-do. “Nosso sentimento é de alegria por mais uma etapa concluída, mas é também um sentimento de responsabili-dade, porque sabemos que a próxima etapa é a ida ao cam-po missionário, onde vamos falar do Evangelho de Jesus”, disse a missionária Lucimar Maria de Souza.

O culto transmitiu uma atmosfera de confiança em Deus, alegria por participar da missão, compromisso e agradecimento, mas isso não foi demonstrado apenas por “gente grande”. Os FMs (filhos de missionários) foram parti-cipação marcante. Cantando com bandeiras de diversos países do mundo, as crianças emocionaram aos seus pais e a todos os convidados. Eles também estão em missão.

Os formandos receberam a

O culto começou com os Radicais Ayrthon Breder, Cristina Silveira, Keli Cristi-na, Paula Cristine, Valdirene Gonçalves, Vinícios Salum e Weider Alves cantando uma música em ritmo africano. Logo eles apresentaram seus testemunhos sobre as experi-ências vividas no campo.

Representando a equipe do Níger, Weider contou como era testemunhar o Evange-lho de Cristo na aldeia onde atuou ao lado de Cristina e Paula.

“Pela graça de Deus pu-demos trabalhar para servir e anunciar as boas novas do Evangelho. Através de projetos ou em simples rela-

presença do Diretor Executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos Barreto Soares, recém chegado de uma viagem ao Haiti. Ele prestigiou os missio-nários, parabenizando-os e ex-pressando a eles o seu desejo de que todos vivam aquilo que têm aprendido ao longo da vida e, também, durante o pe-ríodo de treinamento. “Vocês serão sempre alvo das nossas orações”, afirmou. Estavam presentes também Pr. Lauro Mandira, Gerente de Missões, e Pr. Renato, Coordenador de Missões Mundiais para a Ásia. “É uma alegria incontida. Deus está fazendo uma obra extraor-dinária a partir do nosso Brasil, e o coração da gente fica mui-to grato por poder participar e ver, tão de perto, tudo isso que Deus está realizando”, concluiu Pr. Renato.

O preletor da noite, Pr. Heinrich Friesen, coorde-

cionamentos, tudo impactou nossas vidas”, disse Weider.

Em nome da equipe da Gui-né, Ayrthon falou sobre o tem-po que passou compartilhan-do a mensagem da salvação na aldeia onde atuou ao lado de Keli, Vinícios e Valdirene.

“Trabalhamos principal-mente nas áreas da saúde e da educação. Os projetos são, em si, ações humanitá-rias, de ajuda, mas abriram muitas portas para nós fa-larmos do Evangelho e de-monstrar o amor de Deus”, afirmou Ayrthon. “Tivemos o privilégio também de ver duas dessas pessoas se con-verterem e serem batizadas”, completou.

nador do Curso de Missões Transculturais JMM, demons-trou grande carinho pelos missionários. Em declaração à Redação JMM, o pastor des-tacou: “Eles são nossa famí-lia. Estamos muito próximos e, agora, o momento é de despedida”. Durante seu tem-po no púlpito da IB Itacuruçá, em palavra aos formandos, o coordenador lembrou fortes verdades do ministério: “So-mos pequenos para a tarefa que está diante de nós; deve-mos ter cuidado a fim de ter uma vida íntima com Deus, andando junto a ele. Não devemos fazer a obra do Se-nhor sem o Senhor”. O pastor ainda compartilhou com os missionários a necessidade

Representando a JMM, o gerente de Missões, Pr. Lauro Mandira, agradeceu ao Senhor pelas vidas dos sete jovens e também a eles, “pelo trabalho que prestaram diante de Deus”.

“Nós estamos aqui para dar uma palavra de gratidão em nome da JMM pela vida e o trabalho de vocês, pois o que vocês fizeram em nome dos batistas brasileiros e em nome de Missões Mundiais, também fizeram em nome de Jesus”, declarou.

O coordenador dos Voluntá-rios Sem Fronteiras, Pr. Fabia-no Pereira, também agradeceu a Deus e especialmente aos familiares, “pela confiança que

de saber que obediência im-plica movimento e de que, necessariamente, o foco do ministério missionário deve ser o Senhor Deus.

Após a entrega dos certifi-cados, recebidos das mãos de professores, coordenadores e gerentes de Missões Mundiais e de, em oração, serem con-sagrados à obra de evangeli-zação mundial, os formandos receberam os cumprimentos dos convidados. Entre sorrisos e fortes abraços, despediram--se desta noite em que, mais uma vez, tiveram a certeza de serem participantes da missão de Deus, vivendo, agora entre outras nações, o que até então vivam em terras brasileiras: o amor do Pai.

tiveram na JMM”. “Estamos felizes por vocês”, disse o Pr. Fabiano aos Radicais. “Mais uma vez nos emocionamos ao vermos lugares onde esti-veram”, acrescentou.

O culto também contou com a presença dos missioná-rios Pr. Josué e Kely Pacheco, supervisores do Radical África no Níger, e Andréa Chrysósto-mo, líder da etapa de prepara-ção no Senegal, além da nona turma do projeto.

Ao final, os Voluntários Sem Fronteiras receberam certificados e uma medalha pela conclusão desta etapa do projeto. Agora, eles se-guem para promoção nas igrejas.

Novos missionários prontos para os campos

“Somos pequenos para a tarefa que está diante de nós”, Pr Friesen

Vinícios, Cristina, Keli, Valdirene, Paula, Ayrthon e Weider participaram de culto de gratidão a Deus na 4ª IB Rio de Janeiro

Turmas Radical África 7 e 9 oram juntas no final do culto

Turma Radical África 7 recebeu certificados ao final do culto

Missão cumprida

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12 o jornal batista – domingo, 16/12/12 notícias do brasil batista

Divino J. SantosPastor e colaborador de OJB

Numa Assembleia inspirativa, e com uma participação express iva das

igrejas e congregações do oeste Goiano e Vale do Ara-guaia; foi realizado nos dias 10 e 11 de novembro na cidade de Piranhas, GO, a

Alexandre JuliãoCoordenador Nacional do GAM da UMHBB

No dia 15 de no-vembro, durante todo o dia o Gru-po de Ação Mis-

sionária (GAM) da UMHBB realizou um trabalho de apoio na Cristolândia da JMN no Rio de Janeiro com a pre-sença de 27 gamistas de di-versas igrejas das convenções batista fluminense e carioca. A ação dos jovens batistas que estavam evangelizando chamou a atenção de quem passava no local, que parabe-

primeira Assembleia anual de fato e de direito da As-sociação do Oeste Goiano e Vale do Araguaia (Assiba-va). Dirigida pelo seu atual presidente, pastor Dionísio de Sousa Pereira Filho. Não podemos deixar de ressaltar o excelente trabalho prestado pelo pastor Aleones José da Cruz. O qual foi presidente da mesma, por vários anos.

nizavam os voluntários pelo excelente trabalho, onde há usuários de crack, moradores de rua e muita prostituição.

Foi feito um trabalho de abordagem onde percorre-mos as ruas do centro, em especial o Campo de Santana e Central do Brasil, onde há concentração de usuários de crack.

Em uma das abordagens que fizemos a um rapaz, ele nos disse “que não iria, mas que não desistíssemos dele”, onde depois de insistência de um novo convite e nova recusa fizemos uma oração pela sua vida.

Se a Associação existe hoje de fato e de direito; é porque esse homem de Deus tra-balhou para isso, ele nunca desistiu de carregar o piano.

Na ocasião da Assembleia, o secretário executivo da Convenção Batista Goiana, agora gestor de campo pas-tor Samuel Martins, falou da importância das Associações trabalharem em conjunto

Nesse dia houve um tra-balho com aqueles que se disponibilizaram a irem ao projeto, começando com um café da manhã, corte de cabelo, banho, troca de roupa, houve um culto de louvor ao nosso Deus, onde o pregador foi o gamista Antônio Valério, havendo assim várias decisões. Após foi servido para todos um delicioso almoço, onde um dos moradores de rua após almoçar, entrega o prato e agradece, dizendo ser o “melhor dia de sua vida”, comovendo assim os jovens.

com a Convenção. Com men-sagens inspirativas, o pastor Marcos Paulo B. Pereira falou aos pastores presentes. Que, se queremos estar unidos em amor com Deus e com os irmãos, precisamos primeiro: Cuidar de nós mesmos (I Tim. 4.16); segundo: Cuidar de nossa família (I Tim. 3.4-5); terceiro: Cuidar do rebanho (I Tim. 5.1-2).

Se você deseja ajudar esse Projeto Cristolândia da JMN, para atender a demanda de todos que estão alojados no local, pode colaborar com alimentos, beliches e colchões. O projeto presta assistência a essas pessoas dependentes, onde recebem diariamente refeições, além de usufruírem de espaço para banho, lavanderia e ainda recebem doações de roupas e calçados, tudo isso sem con-tar com o mais importante, que é o alimento espiritual, onde eles contam também com cultos diários, onde aprendem sobre o Reino de

Todos que ali estavam, compreenderam o salmista que disse: “Quão Bom, e quão suave é, que os irmãos vivam em união”.

(Diretoria: Presidente: Pr. Dionísio De Souza P. Filho. Vice presidente: Pr. Divino J. Santos. Secretário executivo: Valdivino Ferreira R. Ribeiro. 1º Tesoureiro: Marco Aurélio Saldanha).

Deus e como Jesus Cristo pode libertá-los.

Lembrando que esse proje-to necessita de irmãos volun-tários que ajudem participan-do principalmente durante a semana. Ore por este grupo de missionários da Junta de Missões Nacionais, pela vida do pastor Diego e sua equipe que estão fazendo a diferença na vida de muitos usuários desta devastado-ra droga chamada “crack”, trazendo a estes uma nova esperança de transformação de vida através do Nome que está acima de todos os nomes, o Nome de Jesus.

Assibava, de fato e de direito

GAM da UMHBB realiza trabalho de apoio na Cristolândia do RJ

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Josué SalgadoPastor da IMB de Brasília

Sintonizada com o tema da CBB para 2013, “Valorizando a nova geração”, o

Ministério Crescer, da Igreja Memorial Batista de Brasília, uma adaptação do modelo de ministério com crian-ças chamado “Promiseland”

(Willow Creek, EUA) ou “Geração Futuro” (Brasil), usa como umas das grandes estratégias para alcançar e ensinar os pequeninos a realização anual de um musical infantil com envol-vimento criativo de crianças, juniores, adolescentes, jo-vens, adultos e até gente da terceira idade. Todas essas apresentações são escritas

e produzidas pela “prata da casa”. As músicas, textos e outras criações são originá-rias de membros da Família Memorial!

O Segredo do Jardim é um desses musicais infantis que, agora dá título ao nosso pri-meiro livro de histórias para ler e ouvir, ou vice-versa: o Songbook. Nele estão conti-das as letras das músicas, os

diálogos dos personagens, as partituras musicais e um ca-pítulo especial “Como fazer um musical infantil”. Acom-panha o Songbook um CD com o áudio das músicas. O Songbook é um excelente presente para crianças, uma ponte de evangelização dos pequeninos e seus familiares além de oferecer material inédito e bem brasileiro para

as igrejas que desejam reali-zar musicais para crianças.

Pedidos deste livro à Igreja Memorial Batista SGAS Av W5 Quadra 905 Módulos E/F – CEP – 70.390-050 – Fone (61) 3244-8806 – Brasília – DF. Site: www.imbb.org.br . E-mail: [email protected] . Coordenadora do Mi-nistério Crescer: Dcz. Elena Salles da Silva Pinto.

O Segredo do Jardim: Songbook da Memorial

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14 o jornal batista – domingo, 16/12/12 ponto de vista

Levei o livro de Diogo Mainardi, “A queda”, em uma viagem de dois dias pelo interior

do Amapá. Pensei que ele me ocuparia nos momentos vagos. Mas li-o em duas ho-ras, porque é atraente e fácil de ler. O tema é o nasci-mento de seu filho, Tito, que por um erro da dottoressa F, médica que estava com pressa de sair do seu traba-lho, pois era sábado, nasceu com paralisia cerebral. O menino não fala, não tem gestos coordenados nem anda normalmente. Mainar-di narra os 424 passos que ele conseguiu dar, uma vez, sem cair. O livro se estrutura ao redor desses 424 passos, cada um deles comentado com elementos da cultura de Veneza, onde Tito nasceu.

O livro comove, descon-certa, e é uma aula de cul-tura, um passeio da Veneza renascentista, via hospitais e médicos norteamericanos, até Ipanema, onde moraram alguns anos, antes do re-gresso a Veneza. Neste tour cultural passa-se por Ezra Pound, Auschwitz, Dante, Abott e Costello, U2, Proust, Freud, Humpty Dumpty, Rembrandt, Pietro Lombar-do, Giacomo Leopardi, pin-tores, escultores, Shakes-peare e muitos mais. E nos passos, um pouco mais de Tito. Comoveu-me uma fra-se de Mainardi. Ele andava com o filho por Veneza, e este pisava em falso, indo a cair. Diz ele: “Quando isso ocorria, eu era tomado por um sentimento de felicidade. Impedir uma queda de Tito em Veneza dava um sentido

à minha vida” (p. 114). Ele passou a viver em função do filho deficiente e se sen-tia feliz em ser-lhe útil. Sua missão cósmica e existencial era cuidar do filho. Este era o sentido de sua vida!

Comparei-o ao programa de extermínio nazista dos doentes e inválidos que foi estimulado por Alfred Ho-che, que calculou no livrete “O aniquilamento da vida inútil de ser vivida” o custo de um “idiota” para a Ale-manha. Era o bastante para manter uma família de cinco pessoas. Os inúteis eram um estorvo ao III Reich. Até 1 de setembro de 1941 foram mortos 70.273 inválidos, na Alemanha, o que permitiu uma economia de quase 250.000 reichsmarks (moeda da época) diários. O relató-rio diz até quantos quilos de batatas e quantos ovos foram economizados com esses inúteis. Hitler aplicou a teo-ria de Hoche na eliminação de todos os não produtivos, parasitas da Alemanha. O alvo era uma nação eugêni-ca. Como alguns pretendem hoje, com a ideia de euta-násia indiscriminada, que é mais econômica e emocio-nalmente menos desgastante que cuidar de deficientes, doentes e terminais.

Também pensei: “Como ele conseguiu escrever um livro assim?”. E por que só vim conhecer um livro des-ses agora? Se o tivesse lido há quarenta anos, aprenderia muito do seu estilo literário. Como ele estruturou a obra desta maneira? Além da aula de cultura, uma aula de es-trutura literária. Como se

aprende vendo quem sabe fazer!

Voltemos a Tito e à realiza-ção de seu pai em viver em função dele. O nascimento de um retardado (o termo é de Mainardi) nos choca e desgosta. O rabino Kushner teve um filho que nasceu com progéria, envelheci-mento precoce. O menino morreu com 14 anos, apa-rentando ter 80. No livro em que tratou do assunto, mesclando-o com a vida de Jó (o título em português é “Por que coisas ruins acon-tecem com pessoas boas?”), Kushner comentou que as pessoas se indagam “Por que Deus permitiu isso?” ou “Como Deus deixa que isso aconteça?”. Diz ele que são perguntas incorretas. A certa é: “Que tipo de sociedade devemos ser para que pes-soas assim se sintam bem, protegidas e cuidadas?”. Não é questionar o porquê do problema, mas criar con-dições para minimizá-lo. Não é transferir a culpa para Deus, mas assumir a respon-sabilidade do problema.

Queremos um mundo de felicidade, como se o univer-so existisse para nos tornar felizes, e Deus fosse nosso servo, a quem damos ordens e cuja função é nos alegrar e dar coisas boas. Agimos como crianças mimadas e mal educadas que não que-rem ser obstadas. Não sei se foi o título de um livro ou um comentário de capa que vi, nestes termos: O universo conspira para que você seja feliz. Como uma pessoa pode ser tão fútil? Como há gente que compra livros assim?

O mundo nos é host i l (Gên. 3.17-19). O bom mun-do de Deus (Gên. 1.31) foi pervertido pelo pecado, pela nossa Queda. A criação está corrompida e geme debai-xo do poder do mal (Rom. 8.19-22). Mesmo sem usar a Bíblia, qualquer pessoa de bom senso sabe que o uni-verso não liga a mínima para nós. É uma infantilidade a busca de felicidade, o desejo de que tudo colabore para nosso bem-estar, e que há milhares de anjos aguardan-do uma ordem nossa para nos servir. É preciso parar de ser criança em busca de pra-zer e pensar que Deus nos pôs neste mundo com uma missão muito mais ampla que a busca de gratificação e de lazer.

O verdadeiro sentido da vida não nos é externo ou alheio a nós. É dado por nós. O sentido de minha vida, como indivíduo, tem sido, há cinquenta anos, desde minha conversão na adolescência, servir a Jesus. Rejubilo-me em servi-Lo, e me assusto quando penso que um dia poderá vir a de-bilidade física e não poderei servir meu Senhor. Sou feliz por ser servo, por ser pastor, por trabalhar para Ele. Não troco isso por nada. Mesmo nas “rebordosas” da vida tem sido jubiloso servi-Lo.

Mainardi não me soa evan-gélico. Kushner é judeu. Mas eles entenderam o que mui-tos dos nossos não entende-ram. Quando nossa vida en-contra uma causa a qual ser-vir, pessoas a quem amar e a se dedicar, ela é riquíssima. Lembremo-nos de Jesus: “A

minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou...” (João 4.34). E de Paulo: “Nem por um momento considero a minha vida como valioso tesouro para mim mesmo, contanto que possa completar a mis-são e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus” (At. 20.24). A vida é se dar.

Um cristão de verdade não espera conspiração do universo para ser feliz. Nem presume ter milhares de an-jos sob seu comando. Quer ser útil, quer ajudar, quer fazer alguma coisa. Enfada--me a futilidade espiritual de tantos hoje! Se guardassem sua futilidade consigo, eu as privaria de minha rabugice. Mas compõem “canções” (é assim que se chama agora), escrevem artigos e livros falando sobre como Deus prometeu nos fazer felizes neste mundo e como deve-mos exigir nosso direito à felicidade. Amor, dedicação, serviço, engajamento, uma causa que seja raison d’être, nada disso é falado.

O livro de Mainardi se cha-ma “A queda”. Mas é uma queda para cima. Da dor de um filho que será deficiente até à morte, à descoberta de que esta é sua missão, cuidar dele. Como Kushner: a ques-tão não é filosofar ou teologar, queixando-se, mas perguntar--se: “Onde eu me encaixo nesta história para melhorar a situação?”. Porque é assim que age um cristão: “Senhor, não tenho queixas nem quero choramingar. O que eu faço para ser útil?”.

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15o jornal batista – domingo, 16/12/12ponto de vista

Walmir VieiraDiretor do Colégio Batista Shepard - RioDiretor do CLIC – Centro de Liderança Criativa

Na Escola Municipal Tassis da Silveira, em Realengo, um ex-aluno atirou

e matou 12 adolescentes e feriu outros. No Colégio São Bento, um aluno caiu do prédio de aulas, vindo a falecer. Estes e outros casos colocaram o Brasil entre os países do mundo que têm sofrido problemas semelhan-tes. Existe a forte evidência, em cada um deles, de serem consequências da prática de bullying. Apesar de sempre existirem, os casos recentes, que cresceram em gravidade, têm, se não alarmado, pelo menos gerado muita preocu-pação entre os educadores, os pais e as autoridades go-vernamentais.

CaracterizaçãoA palavra bullying (angli-

cismo) é utilizada para des-crever atos de acossamento, de intimidação, de violência física ou psicológica, atos intencionais e repetidos, pra-ticados por um indivíduo – bully (do inglês valentão) – ou grupo de indivíduos, causando dor física ou emo-cional às suas vítimas, pois executados dentro de uma relação desigual de poder.

P a r a s e c a r a c t e r i z a r bullying, o comportamento precisa atender a três cri-térios: a) comportamento agressivo e negativo; b) comportamento executado

repetidamente; c) compor-tamento que ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Uma brincadeira exagerada ou uma “zoação” de colegas, feita uma vez e sem inten-ção maldosa mais profunda de magoar ou denegrir a pessoa, não pode ser carac-terizada de bullying.

Mais recentemente, a in-ternet tem sido usada para a prática de bullying, com o objetivo de difamar, dene-grir, insultar, constranger e humilhar pessoas. É o cyber-bullying. No caso da escola, as maiores vítimas dessa for-ma de bullying têm sido os professores.

Bullying na escolaO bullying acontece no

espaço do trabalho, no am-biente militar, na vizinhança, nos diversos grupos sociais e, como tem sido mais comum e visível, no ambiente esco-lar, seja entre alunos mais velhos da educação superior ou, como ocorre com mais frequência, entre alunos da Educação Básica (Infantil, Fundamental e Médio).

O bullying na escola ou as-sédio escolar pode ser direto, praticado mais comumente por agressores (bullies) mas-culinos; pode também ser in-direto, chamado de agressão social, e mais praticado por bullies do sexo feminino ou por crianças pequenas, que forçam a vítima ao isolamen-to social. Esse isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que incluem: espalhar co-

mentários maldosos, isolar a vítima do grupo, intimidar pessoas que se associam a ela, ridicularizá-la em alguma diferença.

Os agressoresOs que praticam bullying

geralmente são movidos por preconceitos, atitudes dis-criminatórias, ressentimento ou por inveja. O objetivo é humilhar, intimidar ou agre-dir a pessoa – ou um grupo minoritário – incapaz de se defender da agressão.

Os agressores (os bulidores) possuem personalidade auto-ritária, combinada com forte necessidade de controlar ou dominar o outro. Estudos mostram que eles costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas. Além disso, os autores de bullying apresen-tam comportamento autodes-trutivo, como o consumo de álcool e de drogas, e o fato de correrem riscos desneces-sários. Em casos frequentes, eles também foram vítimas de violência, maus-tratos, vulnerabilidade genética, falência escolar e de experi-ências traumáticas.

Os que praticam bullying em grupo costumam exer-cer papeis diferenciados nas ações. Há os que só incenti-vam, os que praticam, os que são constrangidos a praticar, sob pena de também sofre-rem a hostilidade ou serem alijados, há os que assistem passivamente e há os que não concordam, mas não têm coragem de se opor.

Infelizmente, há casos de bullying praticados até por

professores despreparados, que usam sua autoridade (poder) para humilhar, in-timidar, ameaçar, negar di-reitos e constranger alunos, incapazes de atender suas demandas. Felizmente, estes casos são identificados e as escolas, principalmente as particulares, tomam provi-dências com maior rapidez para resolver a situação.

As vítimasO público alvo preferido

dos bullyings são as pessoas mais tímidas, quietas, aparen-temente frágeis, com defici-ência em habilidades sociais e que possuam alguma ca-racterística que as diferencia das demais.

Os que sofrem bullying podem desenvolver a l -guns s intomas f í s icos e emocionais,como transtornos estomacais, dor de cabeça, náuseas e insônias. Geral-mente têm certa resistência em ir para escola e ficam ansiosos quando o horário da escola se aproxima. Tendem ao isolamento, o rendimento escolar baixa e têm reações mais nervosas nas relações familiares.

Os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas, pos-síveis de serem observados em alunos alvos de bullying: dores e marcas de ferimen-tos, isolamento social, atos deliberados de autoagressão, pois em casos extremos pode haver tentativa de suicídio, como último recurso para escapar do tormento.

Pesquisas diversas, feitas com os estudantes, mostram que em média 18% deles já

sofreram ou sofrem bullying e que 35% já presenciaram ações continuadas de agres-são física ou moral contra e entre seus colegas. Nas es-colas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage e ainda evita falar sobre a agressão sofrida.

Bullying gera bullying. Em várias situações, vítimas de bullying, restabelecido o equilíbrio de força ou adqui-rindo força superior em rela-ção aos bullidores, passam a ser, agora, as agressoras, movidas por vingança e res-sentimento.

É preciso muito cuidado para não banalizar o tema. Hoje, em função da notorie-dade que o bullying tem tido e das vantagens financeiras que as famílias de vítimas de bullying têm obtido na justiça, muitas brincadeiras ou “zoações” naturais entre crianças e adolescentes, fa-cilmente superadas, têm sido inadequadamente interpreta-das como bullying, quando não são. Para ser bullying, o comportamento precisa ser repetidas vezes agressivo e com intenção de humilhar e ferir, física ou emocional-mente, a pessoa, praticado por pessoa ou grupo com for-ça desigual, de maneira que a vítima não pode se defender.

Na próxima edição discor-rerei sobre como preparar nossos filhos para lidarem com o bullying e não se-rem vítimas dele e, também, como as escolas podem pre-venir e tratar eventual ato de bullying.

Bullying: caracterização, causas

e consequências

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