página sindical do diário de são paulo - 27 de novembro de 2014 - força sindical

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youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br pessoais”, afirma. Assembleias nas Fábricas O Sindicato continuará nesta semana a realizar assembleias diárias nas portas das fábricas para intensificar a mobili- zação e a pressão da categoria sobre os grupos patronais, que, até agora, não fizeram nenhuma proposta de valoriza- ção dos salários. O que estamos vendo com esta ação, iniciada na quinta-feira passada, é a disposição de luta dos tra- balhadores e o entendimento de que so- mente desta forma vamos avançar nas nossas conquistas. Além do aumento salarial, a categoria reivindica, ainda, a valorização dos pisos salariais, estabilidade do delegado sindi- cal, fim das terceirizações e licença-ma- ternidade de 180 dias, entre outros itens de igual importância. Os cerca de 750 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo, representados por 54 Sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos, entraram, nesta se- mana, na reta final da Campanha Salarial 2014. Caso os patrões não façam uma proposta digna de reajuste salarial, com aumento real de salário, até o dia 31 de outubro, a categoria poderá deflagrar greve. Em São Paulo, a assembleia de avaliação da Campanha Salarial será realizada na próxima sexta-feira, dia 31, às 18 horas, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, rua Galvão Bueno, 782, Liberdade. “Vamos fazer um balanço das negocia- ções em andamento e decidir como será a greve caso os patrões não ofereçam aumento real”, afirma Miguel Torres, pre- sidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical. Para o dirigente, “com aumento real os trabalhadores ganham mais poder de compra e fazem girar a roda da econo- mia, pois consomem mais, o comércio vende mais e as fábricas produzem mais em função deste desenvolvimento cole- tivo. Com mais dinheiro no bolso os tra- balhadores têm mais autoestima, pois conseguem garantir o sustento familiar e podem tocar em frente seus projetos Na Texima, em São Paulo, trabalhadores intensificam a luta por aumento real Foto: Jaélcio Santana Gidalvo (de boné): “Se não chegarmos a um acordo vamos parar as empresas” Foto: Arquivo Stig O Sindicato dos Gráficos de São Paulo não conseguiu, ainda, chegar a um acordo com os patrões sobre a Convenção Coletiva deste ano. A data-base dos trabalhadores de jor- nais e revistas é 1º de outubro, e da indústria gráfica 1º de novembro. “Os patrões não querem discutir aumen- to real, que para nós fundamental”, declara Nilson do Carmo, tesoureiro- geral da entidade. Gidalvo Silva, presidente do Sindica- to, diz que a pauta foi elaborada jun- Categoria tem assembleia decisiva da Campanha Salarial 750 mil metalúrgicos no Estado podem deflagrar greve caso não haja acordo GRÁFICOS METALÚRGICOS Categoria vai enfrentar a intransigência patronal Trabalho Publieditorial Nas próximas quarta (28) e quin- ta-feiras (29), a equipe econômi- ca do governo estará reunida para decidir – e em seguida anunciar – a taxa básica de juros (Selic), a penúltima do ano em curso. Apesar de os prognósticos dos especialistas apontarem para a manutenção da taxa Selic em 11% ao ano nesta e na última reunião do Copom, nos dias 2 e 3 de de- zembro – e um novo aumento de 0,25% já em janeiro de 2015 –, entendemos ser este o momento ideal para uma redução drástica nos juros por parte do governo, que atenderia, assim, aos anseios do setor produtivo e da classe tra- balhadora, e demonstraria sen- sibilidade para reverter o quadro que se apresenta. Manter a taxa de juros em pata- mares elevados e proibitivos, mui- to mais do que um conservadoris- mo puro e simples, que provoca a queda do desempenho industrial e do consumo, é caminhar na contramão da implantação de um projeto desenvolvimentista para nosso País, com contrapartidas positivas para os trabalhadores e para a sociedade em geral. Que o governo, nos meses restan- tes de 2014 e nos próximos quatro anos, olhe com mais atenção e carinho para aqueles que, verda- deiramente, constroem a Nação. Manter os juros altos como estão não vai contribuir para que essa construção seja acelerada. Pelo contrário: vai estimular apenas o desemprego, a queda na produ- ção e no consumo, o aumento do índice inflacionário, a desindus- trialização e as desigualdades econômicas e sociais. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Temos de reduzir os juros para alavancar o Brasil OPINIÃO to com Sindicatos gráficos de todo o Estado e com os trabalhadores. “Neste ano seremos implacáveis: não chegando a um acordo com os pa- trões buscaremos a Superintendên- cia Regional do Trabalho e Emprego, e, continuando sem acordo, vamos parar as empresas. Não aceitaremos argumentos ou teses regressivas dos empresários, que como sempre choram miséria e querem protelar as negociações alegando indefinição no cenário político”, afirma.

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Destaques: Metalúrgicos: 'Categoria tem assembleia decisiva da Campanha Salarial'; Opinião Miguel Torres: 'Temos de reduzir os juros para alavancar o Brasil'; Gráficos: 'Categoria vai enfrentar a intransigência patronal'

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 27 de novembro de 2014 - Força Sindical

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pessoais”, afi rma.Assembleias nas FábricasO Sindicato continuará nesta semana a realizar assembleias diárias nas portas das fábricas para intensifi car a mobili-zação e a pressão da categoria sobre os grupos patronais, que, até agora, não fi zeram nenhuma proposta de valoriza-ção dos salários. O que estamos vendo com esta ação, iniciada na quinta-feira passada, é a disposição de luta dos tra-balhadores e o entendimento de que so-mente desta forma vamos avançar nas nossas conquistas.Além do aumento salarial, a categoria reivindica, ainda, a valorização dos pisos salariais, estabilidade do delegado sindi-cal, fi m das terceirizações e licença-ma-ternidade de 180 dias, entre outros itens de igual importância.

Os cerca de 750 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo, representados

por 54 Sindicatos fi liados à Federação dos Metalúrgicos, entraram, nesta se-mana, na reta fi nal da Campanha Salarial 2014. Caso os patrões não façam uma proposta digna de reajuste salarial, com aumento real de salário, até o dia 31 de outubro, a categoria poderá defl agrar greve. Em São Paulo, a assembleia de avaliação da Campanha Salarial será realizada na

próxima sexta-feira, dia 31, às 18 horas, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, rua Galvão Bueno, 782, Liberdade.“Vamos fazer um balanço das negocia-ções em andamento e decidir como será a greve caso os patrões não ofereçam aumento real”, afi rma Miguel Torres, pre-sidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical.Para o dirigente, “com aumento real os trabalhadores ganham mais poder de compra e fazem girar a roda da econo-mia, pois consomem mais, o comércio vende mais e as fábricas produzem mais em função deste desenvolvimento cole-tivo. Com mais dinheiro no bolso os tra-balhadores têm mais autoestima, pois conseguem garantir o sustento familiar e podem tocar em frente seus projetos

Na Texima, em São Paulo, trabalhadores intensifi cam a luta por aumento real

Foto: Jaélcio Santana

Gidalvo (de boné): “Se não chegarmos a um acordo vamos parar as empresas”

Foto: Arquivo StigO Sindicato dos Gráficos de São Paulo não conseguiu, ainda, chegar a um acordo com os patrões sobre a Convenção Coletiva deste ano. A data-base dos trabalhadores de jor-nais e revistas é 1º de outubro, e da indústria gráfica 1º de novembro. “Os patrões não querem discutir aumen-to real, que para nós fundamental”, declara Nilson do Carmo, tesoureiro-geral da entidade.Gidalvo Silva, presidente do Sindica-to, diz que a pauta foi elaborada jun-

Categoria tem assembleia decisiva da Campanha Salarial750 mil metalúrgicos no Estado podem deflagrar greve caso não haja acordo

GRÁFICOS

METALÚRGICOS

Categoria vai enfrentar a intransigência patronal

TrabalhoPublieditorial

Nas próximas quarta (28) e quin-ta-feiras (29), a equipe econômi-ca do governo estará reunida para decidir – e em seguida anunciar – a taxa básica de juros (Selic), a penúltima do ano em curso.Apesar de os prognósticos dos especialistas apontarem para a manutenção da taxa Selic em 11% ao ano nesta e na última reunião do Copom, nos dias 2 e 3 de de-zembro – e um novo aumento de 0,25% já em janeiro de 2015 –, entendemos ser este o momento ideal para uma redução drástica nos juros por parte do governo, que atenderia, assim, aos anseios do setor produtivo e da classe tra-balhadora, e demonstraria sen-sibilidade para reverter o quadro que se apresenta.Manter a taxa de juros em pata-mares elevados e proibitivos, mui-to mais do que um conservadoris-mo puro e simples, que provoca a queda do desempenho industrial e do consumo, é caminhar na contramão da implantação de um projeto desenvolvimentista para nosso País, com contrapartidas positivas para os trabalhadores e para a sociedade em geral.Que o governo, nos meses restan-tes de 2014 e nos próximos quatro anos, olhe com mais atenção e carinho para aqueles que, verda-deiramente, constroem a Nação. Manter os juros altos como estão não vai contribuir para que essa construção seja acelerada. Pelo contrário: vai estimular apenas o desemprego, a queda na produ-ção e no consumo, o aumento do índice infl acionário, a desindus-trialização e as desigualdades econômicas e sociais.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Temos de reduzir os juros para alavancar o Brasil

OPINIÃO

Nas próximas quarta (28) e quin-ta-feiras (29), a equipe econômi-ca do governo estará reunida para decidir – e em seguida anunciar – a taxa básica de juros (Selic), a penúltima do ano em curso.Apesar de os prognósticos dos especialistas apontarem para a manutenção da taxa Selic em 11% ao ano nesta e na última reunião do Copom, nos dias 2 e 3 de de-zembro – e um novo aumento de 0,25% já em janeiro de 2015 –, entendemos ser este o momento ideal para uma redução drástica nos juros por parte do governo, que atenderia, assim, aos anseios do setor produtivo e da classe tra-balhadora, e demonstraria sen-sibilidade para reverter o quadro que se apresenta.Manter a taxa de juros em pata-mares elevados e proibitivos, mui-to mais do que um conservadoris-mo puro e simples, que provoca a queda do desempenho industrial e do consumo, é caminhar na contramão da implantação de um projeto desenvolvimentista para nosso País, com contrapartidas positivas para os trabalhadores e para a sociedade em geral.Que o governo, nos meses restan-tes de 2014 e nos próximos quatro anos, olhe com mais atenção e carinho para aqueles que, verda-deiramente, constroem a Nação. Manter os juros altos como estão não vai contribuir para que essa construção seja acelerada. Pelo contrário: vai estimular apenas o desemprego, a queda na produ-ção e no consumo, o aumento do índice infl acionário, a desindus-trialização e as desigualdades econômicas e sociais.

Temos de reduzir os juros para alavancar o Brasil

to com Sindicatos gráficos de todo o Estado e com os trabalhadores. “Neste ano seremos implacáveis: não chegando a um acordo com os pa-trões buscaremos a Superintendên-cia Regional do Trabalho e Emprego, e, continuando sem acordo, vamos parar as empresas. Não aceitaremos argumentos ou teses regressivas dos empresários, que como sempre choram miséria e querem protelar as negociações alegando indefinição no cenário político”, afirma.