página sindical do diário de são paulo - 04 de novembro de 2014 força sindical

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Despertar o interesse dos jovens para as- suntos do mundo do trabalho e para atuar nos Sindicatos é um dos desafios que os sindicalistas enfrentam em escala mundial e tema que será discutido hoje e amanhã no 4º Seminário Nacional da Juventude, da Industriall, na Colônia de Férias do Sindi- cato das Costureiras de S.Paulo, em Praia Grande. O evento é organizado duas vezes por ano e, neste 2º semestre, está a cargo da Força Sindical, informa Roberto Anacleto, técni- co do Dieese na CNTM (Conf. Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), associada à Central. “O objetivo”, diz ele, “é fortalecer a participação e a capacidade organizativa dos jovens sindicalistas, ampliando e pro- movendo a formação em todos os níveis das organizações sindicais nos âmbitos nacional e internacional”. Trazer o jovem trabalhador para o Sindica- to é difícil, avaliam os diretores mais novos que militam no movimento sindical, mas é um desafio que os sindicalistas preten- da Convenção 151 da OIT, que garante direito de sindicalização e relações de trabalho na administração pública”. Manoel Dias ressaltou que o Ministério está do lado dos trabalhadores, e que os direitos dos trabalhadores são prio- ridade. “Os trabalhadores devem ter um amparo legislativo”. O ministro afirmou que o grande de- safio hoje é qualificar os trabalhadores em todo o País. “Para termos um ser- viço público de qualidade é fundamen- tal que os trabalhadores sejam qualifi- cados”, disse Dias, que ressaltou que a organização e mobilização da catego- ria são fundamentais nesse processo. Filiação Durante a solenidade de entrega do Re- gistro Sindical da CSPM, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa oficializou sua filiação à For- ça Sindical. O presidente do Sindicato, Adriano José do Carmo, ressaltou a luta da Central em prol dos trabalhadores do setor. “Acompanhamos o importante trabalho realizado e isto foi determinan- te para nos juntarmos à luta da Central”. O presidente da Confederação dos Servidores Públicos Municipais (CSPM), Ayres Ribeiro, recebeu, na 2ª feira (3), a Certidão do Registro Sindi- cal das mãos do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, na sede da For- ça Sindical. Segundo Ayres, o Registro da CSPM, filiada à Força, “é resultado de uma luta de anos pela consolidação da ca- tegoria em todo o País, que agora tem representação oficial na busca pelas conquistas”. Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, o momen- to é de organização de uma categoria que tem enorme importância na pres- tação de serviços essenciais aos bra- sileiros e que, por muito tempo, ficou sem representatividade: “a CSPM vai fortalecer a luta pela regulamentação Confederação recebe Registro Sindical A CSPM vai fortalecer a luta que garante direito de sindicalização na administração pública SERVIDORES MUNICIPAIS JOVENS Sindicatos debatem a juventude no mundo do trabalho Trabalho Publieditorial A estimativa da inflação para 2014, segundo projeções do Banco Central (BC) divulgadas nesta 2ª feira (3), dão conta de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 6,3%, bem acima da meta de inflação de 4,5% definida pelo governo e muito próximo do limite máximo da meta estipulada, de 6,5%. Já o PIB deve fechar com uma expansão de 0,7% após 4 anos do governo Dilma. Na prática, isto significa que a inflação está aí, batendo em nossas portas. E os trabalha- dores de menor renda são os mais afetados Miguel Torres Presidente da Força Sindical Inflação pune principalmente trabalhadores de baixa renda Opinião pelas consequências provocadas pela taxa inflacio- nária, superior, inclusive, à média dos aumentos reais conquistados durante este ano. A inflação traz consi- go uma série de fatores nocivos para os trabalhado- res, como a desindustrialização, que atenta contra as empresas e a sobrevivência dos empregos. A saída é um planejamento voltado ao desenvolvi- mento do País, com investimentos e incentivos para a melhoria da competitividade e do nosso parque industrial. Enquanto a rotatividade da mão de obra não for controlada e a taxa de juros for mantida nas alturas, o buraco, assim como a inflação, tende a fi- car maior. dem enfrentar. Uma delas é a Industriall Global Union, entidade que representa 50 milhões de trabalhadores e que luta por melhores condições de trabalho, além de direitos trabalhistas e sindicais. Diretores novos atraem os jovens “A juventude é uma etapa da vida em que a pessoa está totalmente voltada para o mundo. Portanto é flexível e muda de opinião rápido, saem dos projetos e das empresas apenas por não gostarem do trabalho, enfim, vivem mais o momento”, declara Cristina Rodrigues Cavalcanti, re- presentante do Sindicato dos Brinquedos SP e dos Químicos na Industriall Global Union. Para Jéssica Cristina Leite, represen- tante da área têxtil e pertencente ao Sindicato da categoria de Londrina, a maioria declara não querer saber de política e que gosta de temas mais le- ves. “Uma alternativa é montar times de futebol para associados e não as- Fotos: Jaélcio Santana Ayres Ribeiro recebe o Registro Sindical das mãos do ministro Manoel Dias Fotos: Arquivo Industriall Trazer o jovem para o Sindicato, um desafio que os sindicalistas pretendem enfrentar www.fsindical.org.br facebook.com/CentralSindical twitter.com/centralsindical sociados dos Sindicatos para interagir e para que aprendam sobre sindicalismo aos poucos”, destaca. Maria Soares, assessora do Sindicato dos Trabalhadores em Vestuário de Ma- ranguape (CE), afirma que “a principal dificuldade dos jovens era ter voz. Agora já se escutam mais os jovens”. Já Leonice Maria da Silva, do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, é uma prova que a entrada do jovem no Sindicato é difícil mas não impossível. “Gosto do que faço”, conta ela. “Entro no trabalho às 13h30 e ,quando tem panfletos para distribuir, fico atuando até 1 da manhã”, ressalta.

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Destaques - Opinião Miguel Torres: 'Inflação pune principalmente trabalhadores de baixa renda'; Servidores Públicos: 'Confederação recebe Registro Sindical'; Jovens: Sindicatos debatem a juventude no mundo do trabalho no IV Seminário Nacional da Juventude na Colônia de Férias do Sindicato das Costureiras de São Paulo, Praia Grande

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 04 de novembro de 2014 Força Sindical

Despertar o interesse dos jovens para as-suntos do mundo do trabalho e para atuar nos Sindicatos é um dos desafi os que os sindicalistas enfrentam em escala mundial e tema que será discutido hoje e amanhã no 4º Seminário Nacional da Juventude, da Industriall, na Colônia de Férias do Sindi-cato das Costureiras de S.Paulo, em Praia Grande.O evento é organizado duas vezes por ano e, neste 2º semestre, está a cargo da Força Sindical, informa Roberto Anacleto, técni-co do Dieese na CNTM (Conf. Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), associada à Central. “O objetivo”, diz ele, “é fortalecer a participação e a capacidade organizativa dos jovens sindicalistas, ampliando e pro-movendo a formação em todos os níveis das organizações sindicais nos âmbitos nacional e internacional”.Trazer o jovem trabalhador para o Sindica-to é difícil, avaliam os diretores mais novos que militam no movimento sindical, mas é um desafi o que os sindicalistas preten-

da Convenção 151 da OIT, que garante direito de sindicalização e relações de trabalho na administração pública”.Manoel Dias ressaltou que o Ministério está do lado dos trabalhadores, e que os direitos dos trabalhadores são prio-ridade. “Os trabalhadores devem ter um amparo legislativo”.O ministro afi rmou que o grande de-safi o hoje é qualifi car os trabalhadores em todo o País. “Para termos um ser-viço público de qualidade é fundamen-tal que os trabalhadores sejam qualifi -cados”, disse Dias, que ressaltou que a organização e mobilização da catego-ria são fundamentais nesse processo.

FiliaçãoDurante a solenidade de entrega do Re-gistro Sindical da CSPM, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa ofi cializou sua fi liação à For-ça Sindical. O presidente do Sindicato, Adriano José do Carmo, ressaltou a luta da Central em prol dos trabalhadores do setor. “Acompanhamos o importante trabalho realizado e isto foi determinan-te para nos juntarmos à luta da Central”.

O presidente da Confederação dos Servidores Públicos Municipais

(CSPM), Ayres Ribeiro, recebeu, na 2ª feira (3), a Certidão do Registro Sindi-cal das mãos do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, na sede da For-ça Sindical.Segundo Ayres, o Registro da CSPM, fi liada à Força, “é resultado de uma luta de anos pela consolidação da ca-tegoria em todo o País, que agora tem representação ofi cial na busca pelas conquistas”.Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, o momen-to é de organização de uma categoria que tem enorme importância na pres-tação de serviços essenciais aos bra-sileiros e que, por muito tempo, fi cou sem representatividade: “a CSPM vai fortalecer a luta pela regulamentação

Confederação recebe Registro SindicalA CSPM vai fortalecer a luta que garante direito de sindicalização na administração pública

SERVIDORES MUNICIPAIS

JOVENS

Sindicatos debatem a juventude no mundo do trabalho

TrabalhoPublieditorial

A estimativa da infl ação para 2014, segundo projeções do Banco Central (BC) divulgadas nesta 2ª feira (3), dão conta de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fi cará em 6,3%, bem acima da meta de infl ação de 4,5% defi nida pelo governo e muito próximo do limite máximo da meta estipulada, de 6,5%. Já o PIB deve fechar com uma expansão de 0,7% após 4 anos do governo Dilma.Na prática, isto signifi ca que a infl ação está aí, batendo em nossas portas. E os trabalha-dores de menor renda são os mais afetados

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

Inflação pune principalmente trabalhadores de baixa rendaOpinião

pelas consequências provocadas pela taxa infl acio-nária, superior, inclusive, à média dos aumentos reais conquistados durante este ano. A infl ação traz consi-go uma série de fatores nocivos para os trabalhado-res, como a desindustrialização, que atenta contra as empresas e a sobrevivência dos empregos.A saída é um planejamento voltado ao desenvolvi-mento do País, com investimentos e incentivos para a melhoria da competitividade e do nosso parque industrial. Enquanto a rotatividade da mão de obra não for controlada e a taxa de juros for mantida nas alturas, o buraco, assim como a infl ação, tende a fi -car maior.

dem enfrentar. Uma delas é a Industriall Global Union, entidade que representa 50 milhões de trabalhadores e que luta por melhores condições de trabalho, além de direitos trabalhistas e sindicais.

Diretores novos atraem os jovens“A juventude é uma etapa da vida em que a pessoa está totalmente voltada para o mundo. Portanto é fl exível e muda de opinião rápido, saem dos projetos e das empresas apenas por não gostarem do trabalho, enfi m, vivem mais o momento”, declara Cristina Rodrigues Cavalcanti, re-presentante do Sindicato dos Brinquedos SP e dos Químicos na Industriall Global Union.Para Jéssica Cristina Leite, represen-tante da área têxtil e pertencente ao Sindicato da categoria de Londrina, a maioria declara não querer saber de política e que gosta de temas mais le-ves. “Uma alternativa é montar times de futebol para associados e não as-

Fotos: Jaélcio Santana

Ayres Ribeiro recebe o Registro Sindical das mãos do ministro Manoel Dias

Fotos: Arquivo Industriall

Trazer o jovem para o Sindicato, um desafi o que os sindicalistas pretendem enfrentar

www.fsindical.org.br

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sociados dos Sindicatos para interagir e para que aprendam sobre sindicalismo aos poucos”, destaca.Maria Soares, assessora do Sindicato dos Trabalhadores em Vestuário de Ma-ranguape (CE), afi rma que “a principal difi culdade dos jovens era ter voz. Agora já se escutam mais os jovens”.Já Leonice Maria da Silva, do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, é uma prova que a entrada do jovem no Sindicato é difícil mas não impossível. “Gosto do que faço”, conta ela. “Entro no trabalho às 13h30 e ,quando tem panfl etos para distribuir, fi co atuando até 1 da manhã”, ressalta.