página sindical do diário de são paulo - 30 de setembro de 2014 - força sindical
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Destaques - Hoteleiros: 'Categoria intensifica Campanha Salarial'; Brinquedos: 'Trabalhadores pressionam por acordo'; Miguel Torres: 'Banco Central divulga crescimento irrisório do PIB'TRANSCRIPT
Orides (centro), do Sindicato de Campinas: reajuste de 8,5% no piso salarial
Auxiliadora: “Se os patrões não derem aumento real de salário, greve neles!”
Fotos: Arquivo Sindical
Fotos: Arquivo Sindical
Trabalhadores da Estrela para-ram nesta 2ª feira, por uma hora, em Itapira, por aumento real. “Vamos entrar em greve caso não haja acordo”, declara Maria Auxiliadora, presidenta do Sin-dicato da categoria no Estado.Sem acordo, o Sindicato nego-ciou por empresas, fechando acordos com 2% de aumento real. São 10 mil trabalhadores na base, dos quais 2.800 ainda sem reajuste. A data-base da cate-gria é 1º de junho.
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um dos desafios é a alta rotatividade que a categoria vem enfrentando.Na avaliação dos dirigentes sindicais, a cri-se econômica não afetará as negociações salariais deste ano porque o movimento do setor está muito bom. “Depois da Copa, os hotéis e flats da nossa região estão su-perlotados, devido ao turismo de negócios, e os fast foods estão apinhados de gente”, diz Luis Parente Dias, presidente do Sin-dicato dos Hoteleiros de São Bernardo do Campo, que organiza os trabalhadores para negociar a Convenção.Outro Sindicato que mobiliza a categoria é o dos hoteleiros de Santo André, com data-base em 1º de outubro. “Realizamos asembleia em julho e entregamos a pau-ta para o sindicato patronal, que fez a sua assembleia em 18 de setembro”, destaca Valter Ventura Oliveira, presidente do Sin-dicato dos Hoteleiros.
Com datas-base diferenciadas, ho-teleiros de diversas cidades de São
Paulo, que têm Sindicatos associados à Força Sindical, estão em campanha sa-larial e lutam para conquistar aumentos reais de salários. Dois já fecharam os acor-dos das Convenções Coletivas – Cam-pinas e Piracicaba –, e outros, com datas-base em outubro e novembro, começam a negociar agora. Composta por trabalhadores das áreas de hospedagem e gastronomia, como gar-çons, cozinheiros etc, vários Sindicatos promovem, anualmente, a Corrida dos Garçons. No Estado de São Paulo, cada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, mas a Federação dos Hoteleiros acompanha as negocia-ções. “Estamos à disposição dos Sindi-catos que precisarem do nosso apoio”, afirma José Ferreira Neves, presidente da
entidade.Com data-base em 1º de novembro, os Sindicatos dos Hoteleiros de Ribeirão Pre-to, Barretos e Franca negociam com os patrões a Convenção Coletiva de Trabalho. Neste ano, eles reivindicam 10% de rea-juste no piso salarial, 8% de reajuste para salários acima do piso e aumento de 30% no valor da cesta básica. “Nos últimos anos temos conquistado aumento real, e vamos lutar para conquistá-lo novamente”, decla-ra Paulo Donizete, presidente do Sindicato dos Hoteleiros de Ribeirão Preto.A data-base dos hoteleiros de Bauru é 1º de janeiro, mas o Sindicato, presidido por Francisco Pereira de Andrade, entrega a pauta de reivindicações aos patrões em dezembro. “O setor sofreu um pouco, mas agora já está em recuperação com um cro-nograma de feiras”, conta Daniel Rossini de Andrade, diretor da entidade. Segundo ele,
Uma boa notícia para a categoria é que os dois acordos (Campinas e Piracica-ba) foram fechados com aumento real. “Conquistamos reajuste de 8,5% no piso salarial, dos quais 1,97% de aumento real (totalizando R$ 1.091,85), que inclui a es-timativa de gorjeta, que integra o salário”,
Categoria intensifica Campanha SalarialCada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, sob coordenação da Federação
HOTELEIROS
BRINQUEDOS
TrabalhoPublieditorial
É lamentável que o próprio Banco Central tenha divulgado uma estimativa dando conta de uma
retração no PIB (Produto Interno Bruto – valor dos bens e serviços que o País produz no ano na agropecuária, na indústria e em serviços)
em 2014, cujo crescimento deverá ficar em 0,7%, contrariando a indicação anterior de 1,6% e, até, o 0,9% cravado pelo Mi-nistério do Planejamento há coisa de uma semana.E, para o ano que vem, apesar de ainda não existir uma previsão ofi-cial, a projeção do BC aponta que,
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Banco Central divulga crescimento irrisório do PIBOpinião
nos próximos quatro trimestres (contando-se os dois últimos trimestres de 2014 mais os dois primeiros tri-mestres de 2015), o PIB deverá ficar em 1,2%, o que implicará na continuidade do “Pibinho”, com a produ-ção mantida em ritmo lento – assim como a renda –, com um crescimento quase que irrisório nos primei-ros meses do próximo governo.O Brasil – como a Força Sindical vem alertando por reite-radas vezes – não vai crescer economicamente enquan-to ocupar o posto de campeão mundial em juros altos, e se o governo insistir em praticar sua política de incentivo às importações e à desindustrialização. Se nossa econo-mia está em séria recessão, a culpa é do próprio governo.
Trabalhadores pressionam por acordo
Quem fechou conquistou aumento realafirma Orides Rodrigues de Souza, presi-dente do Sindicato dos Hoteleiros de Cam-pinas. O reajuste para os trabalhadores, em geral, foi de 8%.Em Piracicaba, os trabalhadores obtiveram 8% de reajuste (quase 2% de aumento real), segundo Francisco de Assis Dantas, presi-
dente do Sindicato dos Hoteleiros do muni-cípio. Outros benefícios conquistados são: aumento de mais seis itens na cesta básica, estabilidade de 30 dias para aqueles que voltam do afastamento de tratamento mé-dico e pagamento de hora extra de 100%, in-dependente da remuneração do descanso.