página sindical do diário de são paulo - 30 de setembro de 2014 - força sindical

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Orides (centro), do Sindicato de Campinas: reajuste de 8,5% no piso salarial Auxiliadora: “Se os patrões não derem aumento real de salário, greve neles!” Fotos: Arquivo Sindical Fotos: Arquivo Sindical Trabalhadores da Estrela para- ram nesta 2ª feira, por uma hora, em Itapira, por aumento real. “Vamos entrar em greve caso não haja acordo”, declara Maria Auxiliadora, presidenta do Sin- dicato da categoria no Estado. Sem acordo, o Sindicato nego- ciou por empresas, fechando acordos com 2% de aumento real. São 10 mil trabalhadores na base, dos quais 2.800 ainda sem reajuste. A data-base da cate- gria é 1º de junho. youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br um dos desafios é a alta rotatividade que a categoria vem enfrentando. Na avaliação dos dirigentes sindicais, a cri- se econômica não afetará as negociações salariais deste ano porque o movimento do setor está muito bom. “Depois da Copa, os hotéis e flats da nossa região estão su- perlotados, devido ao turismo de negócios, e os fast foods estão apinhados de gente”, diz Luis Parente Dias, presidente do Sin- dicato dos Hoteleiros de São Bernardo do Campo, que organiza os trabalhadores para negociar a Convenção. Outro Sindicato que mobiliza a categoria é o dos hoteleiros de Santo André, com data-base em 1º de outubro. “Realizamos asembleia em julho e entregamos a pau- ta para o sindicato patronal, que fez a sua assembleia em 18 de setembro”, destaca Valter Ventura Oliveira, presidente do Sin- dicato dos Hoteleiros. Com datas-base diferenciadas, ho- teleiros de diversas cidades de São Paulo, que têm Sindicatos associados à Força Sindical, estão em campanha sa- larial e lutam para conquistar aumentos reais de salários. Dois já fecharam os acor- dos das Convenções Coletivas – Cam- pinas e Piracicaba –, e outros, com datas -base em outubro e novembro, começam a negociar agora. Composta por trabalhadores das áreas de hospedagem e gastronomia, como gar- çons, cozinheiros etc, vários Sindicatos promovem, anualmente, a Corrida dos Garçons. No Estado de São Paulo, cada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, mas a Federação dos Hoteleiros acompanha as negocia- ções. “Estamos à disposição dos Sindi- catos que precisarem do nosso apoio”, afirma José Ferreira Neves, presidente da entidade. Com data-base em 1º de novembro, os Sindicatos dos Hoteleiros de Ribeirão Pre- to, Barretos e Franca negociam com os patrões a Convenção Coletiva de Trabalho. Neste ano, eles reivindicam 10% de rea- juste no piso salarial, 8% de reajuste para salários acima do piso e aumento de 30% no valor da cesta básica. “Nos últimos anos temos conquistado aumento real, e vamos lutar para conquistá-lo novamente”, decla- ra Paulo Donizete, presidente do Sindicato dos Hoteleiros de Ribeirão Preto. A data-base dos hoteleiros de Bauru é 1º de janeiro, mas o Sindicato, presidido por Francisco Pereira de Andrade, entrega a pauta de reivindicações aos patrões em dezembro. “O setor sofreu um pouco, mas agora já está em recuperação com um cro- nograma de feiras”, conta Daniel Rossini de Andrade, diretor da entidade. Segundo ele, Uma boa notícia para a categoria é que os dois acordos (Campinas e Piracica- ba) foram fechados com aumento real. “Conquistamos reajuste de 8,5% no piso salarial, dos quais 1,97% de aumento real (totalizando R$ 1.091,85), que inclui a es- timativa de gorjeta, que integra o salário”, Categoria intensifica Campanha Salarial Cada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, sob coordenação da Federação HOTELEIROS BRINQUEDOS Trabalho Publieditorial É lamentável que o próprio Banco Central tenha divulgado uma estimativa dando conta de uma retração no PIB (Produto Interno Bruto – valor dos bens e serviços que o País produz no ano na agropecuária, na indústria e em serviços) em 2014, cujo crescimento deverá ficar em 0,7%, contrariando a indicação anterior de 1,6% e, até, o 0,9% cravado pelo Mi- nistério do Planejamento há coisa de uma semana. E, para o ano que vem, apesar de ainda não existir uma previsão ofi- cial, a projeção do BC aponta que, Miguel Torres Presidente da Força Sindical Banco Central divulga crescimento irrisório do PIB Opinião nos próximos quatro trimestres (contando-se os dois últimos trimestres de 2014 mais os dois primeiros tri- mestres de 2015), o PIB deverá ficar em 1,2%, o que implicará na continuidade do “Pibinho”, com a produ- ção mantida em ritmo lento – assim como a renda –, com um crescimento quase que irrisório nos primei- ros meses do próximo governo. O Brasil – como a Força Sindical vem alertando por reite- radas vezes – não vai crescer economicamente enquan- to ocupar o posto de campeão mundial em juros altos, e se o governo insistir em praticar sua política de incentivo às importações e à desindustrialização. Se nossa econo- mia está em séria recessão, a culpa é do próprio governo. Trabalhadores pressionam por acordo Quem fechou conquistou aumento real afirma Orides Rodrigues de Souza, presi- dente do Sindicato dos Hoteleiros de Cam- pinas. O reajuste para os trabalhadores, em geral, foi de 8%. Em Piracicaba, os trabalhadores obtiveram 8% de reajuste (quase 2% de aumento real), segundo Francisco de Assis Dantas, presi- dente do Sindicato dos Hoteleiros do muni- cípio. Outros benefícios conquistados são: aumento de mais seis itens na cesta básica, estabilidade de 30 dias para aqueles que voltam do afastamento de tratamento mé- dico e pagamento de hora extra de 100%, in- dependente da remuneração do descanso.

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Destaques - Hoteleiros: 'Categoria intensifica Campanha Salarial'; Brinquedos: 'Trabalhadores pressionam por acordo'; Miguel Torres: 'Banco Central divulga crescimento irrisório do PIB'

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 30 de setembro de 2014 - Força Sindical

Orides (centro), do Sindicato de Campinas: reajuste de 8,5% no piso salarial

Auxiliadora: “Se os patrões não derem aumento real de salário, greve neles!”

Fotos: Arquivo Sindical

Fotos: Arquivo Sindical

Trabalhadores da Estrela para-ram nesta 2ª feira, por uma hora, em Itapira, por aumento real. “Vamos entrar em greve caso não haja acordo”, declara Maria Auxiliadora, presidenta do Sin-dicato da categoria no Estado.Sem acordo, o Sindicato nego-ciou por empresas, fechando acordos com 2% de aumento real. São 10 mil trabalhadores na base, dos quais 2.800 ainda sem reajuste. A data-base da cate-gria é 1º de junho.

youtube.com/user/centralsindical

facebook.com/CentralSindical

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twitter.com/centralsindical

fsindical.org.br

um dos desafios é a alta rotatividade que a categoria vem enfrentando.Na avaliação dos dirigentes sindicais, a cri-se econômica não afetará as negociações salariais deste ano porque o movimento do setor está muito bom. “Depois da Copa, os hotéis e flats da nossa região estão su-perlotados, devido ao turismo de negócios, e os fast foods estão apinhados de gente”, diz Luis Parente Dias, presidente do Sin-dicato dos Hoteleiros de São Bernardo do Campo, que organiza os trabalhadores para negociar a Convenção.Outro Sindicato que mobiliza a categoria é o dos hoteleiros de Santo André, com data-base em 1º de outubro. “Realizamos asembleia em julho e entregamos a pau-ta para o sindicato patronal, que fez a sua assembleia em 18 de setembro”, destaca Valter Ventura Oliveira, presidente do Sin-dicato dos Hoteleiros.

Com datas-base diferenciadas, ho-teleiros de diversas cidades de São

Paulo, que têm Sindicatos associados à Força Sindical, estão em campanha sa-larial e lutam para conquistar aumentos reais de salários. Dois já fecharam os acor-dos das Convenções Coletivas – Cam-pinas e Piracicaba –, e outros, com datas-base em outubro e novembro, começam a negociar agora. Composta por trabalhadores das áreas de hospedagem e gastronomia, como gar-çons, cozinheiros etc, vários Sindicatos promovem, anualmente, a Corrida dos Garçons. No Estado de São Paulo, cada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, mas a Federação dos Hoteleiros acompanha as negocia-ções. “Estamos à disposição dos Sindi-catos que precisarem do nosso apoio”, afirma José Ferreira Neves, presidente da

entidade.Com data-base em 1º de novembro, os Sindicatos dos Hoteleiros de Ribeirão Pre-to, Barretos e Franca negociam com os patrões a Convenção Coletiva de Trabalho. Neste ano, eles reivindicam 10% de rea-juste no piso salarial, 8% de reajuste para salários acima do piso e aumento de 30% no valor da cesta básica. “Nos últimos anos temos conquistado aumento real, e vamos lutar para conquistá-lo novamente”, decla-ra Paulo Donizete, presidente do Sindicato dos Hoteleiros de Ribeirão Preto.A data-base dos hoteleiros de Bauru é 1º de janeiro, mas o Sindicato, presidido por Francisco Pereira de Andrade, entrega a pauta de reivindicações aos patrões em dezembro. “O setor sofreu um pouco, mas agora já está em recuperação com um cro-nograma de feiras”, conta Daniel Rossini de Andrade, diretor da entidade. Segundo ele,

Uma boa notícia para a categoria é que os dois acordos (Campinas e Piracica-ba) foram fechados com aumento real. “Conquistamos reajuste de 8,5% no piso salarial, dos quais 1,97% de aumento real (totalizando R$ 1.091,85), que inclui a es-timativa de gorjeta, que integra o salário”,

Categoria intensifica Campanha SalarialCada Sindicato negocia diretamente com os patrões em suas bases, sob coordenação da Federação

HOTELEIROS

BRINQUEDOS

TrabalhoPublieditorial

É lamentável que o próprio Banco Central tenha divulgado uma estimativa dando conta de uma

retração no PIB (Produto Interno Bruto – valor dos bens e serviços que o País produz no ano na agropecuária, na indústria e em serviços)

em 2014, cujo crescimento deverá ficar em 0,7%, contrariando a indicação anterior de 1,6% e, até, o 0,9% cravado pelo Mi-nistério do Planejamento há coisa de uma semana.E, para o ano que vem, apesar de ainda não existir uma previsão ofi-cial, a projeção do BC aponta que,

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

Banco Central divulga crescimento irrisório do PIBOpinião

nos próximos quatro trimestres (contando-se os dois últimos trimestres de 2014 mais os dois primeiros tri-mestres de 2015), o PIB deverá ficar em 1,2%, o que implicará na continuidade do “Pibinho”, com a produ-ção mantida em ritmo lento – assim como a renda –, com um crescimento quase que irrisório nos primei-ros meses do próximo governo.O Brasil – como a Força Sindical vem alertando por reite-radas vezes – não vai crescer economicamente enquan-to ocupar o posto de campeão mundial em juros altos, e se o governo insistir em praticar sua política de incentivo às importações e à desindustrialização. Se nossa econo-mia está em séria recessão, a culpa é do próprio governo.

Trabalhadores pressionam por acordo

Quem fechou conquistou aumento realafirma Orides Rodrigues de Souza, presi-dente do Sindicato dos Hoteleiros de Cam-pinas. O reajuste para os trabalhadores, em geral, foi de 8%.Em Piracicaba, os trabalhadores obtiveram 8% de reajuste (quase 2% de aumento real), segundo Francisco de Assis Dantas, presi-

dente do Sindicato dos Hoteleiros do muni-cípio. Outros benefícios conquistados são: aumento de mais seis itens na cesta básica, estabilidade de 30 dias para aqueles que voltam do afastamento de tratamento mé-dico e pagamento de hora extra de 100%, in-dependente da remuneração do descanso.