página sindical do diário de são paulo 22 de julho de 2014 - força sindical

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Serginho (à esquerda) e dirigentes da Força Sindical durante o 7º Congresso da Fequimfar Ribeiro, 3º da esq.p/dir.: só com greve conquistaremos o que desejamos As Centrais Sindicais vão fechar hoje, 22, uma proposta de representação sindical para regulamentar a Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que será entregue ao Ministério do Tra- balho e Emprego. Caberá ao MTE elaborar um projeto de lei para ser encaminhado à apreciação do Congresso Nacional. Ontem, os servidores públicos municipais Foto: Renata Castelo Branco Foto: Arquivo Fequimfar A Federação dos Químicos-SP (Fe- quimfar) realiza, de 21 a 23 deste mês, a 8ª edição de seu Congresso Estadual. “Nes- ses congressos sempre realizamos um ba- lanço de nossas ações, debatemos e cons- truímos propostas para referendar nosso lema por ‘Desafios, Objetivos e Lutas’, forta- lecendo os Sindicatos filiados”, afirma Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da entidade e 1º secretário da Força Sindical. Para Serginho, “nos últimos anos houve aumento da mão de obra formal, num pro- cesso de valorização do emprego que, so- mado aos reajustes salariais, com reposição da inflação e aumento real, possibilitou, junto a medidas sociais adotadas pelo governo, que milhões de brasileiros saíssem da linha da pobreza”. “Como consequência desse processo, mui- tas das necessidades e problemas referen- tes a questões básicas de Educação, Saúde, Segurança, Transporte e qualidade de vida da população vieram à tona”, destaca Sergi- nho. Para ele, “o País não estava preparado, em termos de infraestrutura – e ainda não está –, para disponibilizar uma melhor logís- Químicos realizam seu 8º Congresso Federação dos Químicos de São Paulo vai debater ações e formular propostas para o presente e o futuro Servidores Públicos Centrais Sindicais debatem proposta sobre a Convenção 151 da OIT Trabalho Publieditorial O País está preocupado com os rumos da nossa economia. Menos o governo, que faz questão de não enxergar seus erros e não busca soluções viáveis para o nosso irrisório crescimento econômico e para a desindustrialização, que vem colocando em risco as empresas e os empregos. Números reveladores nos dão conta de que as con- tratações com carteira assinada vêm esfriando, que o crescimento médio do País entre 2011/2014 ficará em 1,9% ao ano, inferior, portanto, à metade da média dos países emergentes. Há 25 anos nossa indústria de transformação correspondia a 25% do PIB, hoje Miguel Torres Presidente da Força Sindical A desindustrialização e a política econômica equivocada do governo Opinião representa menos de 15%. Ou seja: nossa economia não caminha, se arrasta, tornando visível o tamanho do que vem por aí. A Força Sindical vem, há anos, criticando o governo quanto a sua equivocada política econômica, resul- tado da falta de planejamento, de investimentos e incentivos que tornem mais competitivo o nosso par- que industrial. Faz-se necessário um diálogo amplo sobre o tema com as forças envolvidas no setor pro- dutivo para o desenvolvimento do País, mas infeliz- mente o governo não entende que o assunto mereça fazer parte de sua agenda de prioridades. tica de serviços à sociedade. E ainda falta uma discussão mais uniforme entre trabalhadores, governo e empresários”. “Enquanto alguns fazem críticas infunda- das e errôneas, e além disto tentam impor interesses econômicos especulativos, con- tinuaremos a dar sequência ao nosso papel de agentes correalizadores e fiscalizadores, principalmente em relação a conquistas de importantes leis em benefício da classe tra- balhadora, a exemplo da que concede 10% do PIB para a Educação; a PEC do trabalho escravo, que expropria propriedades urba- nas e rurais nas quais sejam encontradas tais situações; a isenção de IR sobre a PLR até R$ 6 mil; a continuidade, até 2016, da Política Na- cional de Valorização do Salário Mínimo, feita através de MP que ainda aguarda votação no Congresso Nacional; do adicional de pericu- losidade para os vigilantes; e da lei que regula o trabalho da empregada doméstica, que ainda precisa ser regulamentada”, ressalta Serginho. Serginho afirma que os químicos vão conti- nuar lutando para conquistar, entre outras, bandeiras como a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução salarial; a ratificação da Convenção 158 da OIT; o fim do Fator Previdenciário; o combate à rotativida- de da mão de obra; a redução da taxa de juros e pela adoção de um diálogo mais participati- vo por um Brasil mais justo e menos desigual. da Força Sindical fecharam uma proposta para ser debatida hoje com as Centrais. Segundo Aires Ribeiro, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Municipais, a Federação da ca- tegoria no Estado de São Paulo dividiu a Convenção em cinco tópicos para tirar as propostas: organização e estrutura (no qual será definido se os Sindicatos serão criados por ramo de atividade, por cate- goria ou pelos poderes Executivo, Legisla- tivo e Judiciário); direito de greve (que não está regulamentado); custeio do sistema (Sindicatos, Federações e Confederação); liberação de dirigentes sindicais e negocia- ção coletiva (tópico existente em apenas alguns municípios). A Convenção 151 foi promulgada por meio do Decreto nº 7.944, de 6 de março de 2013. “Entendemos que ela seja auto- aplicável, mas na prática temos de realizar greve para conquistar aquilo que quere- mos”, declara Ribeiro. Foto Jaèlcio Santana

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Destaques: Químicos realizam 8° Congresso; Opinião de Miguel Torres, presidente da Força: 'A desindustrialização e a politica econômica equivocada do governo; Centrais debatem proposta sobre a Convenção 151 da OIT

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo 22 de julho de 2014 - Força Sindical

Serginho (à esquerda) e dirigentes da Força Sindical durante o 7º Congresso da Fequimfar

Ribeiro, 3º da esq.p/dir.: só com greve conquistaremos o que desejamos

As Centrais Sindicais vão fechar hoje, 22, uma proposta de representação sindical para regulamentar a Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que será entregue ao Ministério do Tra-balho e Emprego. Caberá ao MTE elaborar um projeto de lei para ser encaminhado à apreciação do Congresso Nacional. Ontem, os servidores públicos municipais

Foto: Renata Castelo Branco

Foto: Arquivo Fequimfar

A Federação dos Químicos-SP (Fe-quimfar) realiza, de 21 a 23 deste mês, a

8ª edição de seu Congresso Estadual. “Nes-ses congressos sempre realizamos um ba-lanço de nossas ações, debatemos e cons-truímos propostas para referendar nosso lema por ‘Desafios, Objetivos e Lutas’, forta-lecendo os Sindicatos filiados”, afirma Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da entidade e 1º secretário da Força Sindical.Para Serginho, “nos últimos anos houve aumento da mão de obra formal, num pro-cesso de valorização do emprego que, so-mado aos reajustes salariais, com reposição da inflação e aumento real, possibilitou, junto a medidas sociais adotadas pelo governo, que milhões de brasileiros saíssem da linha da pobreza”. “Como consequência desse processo, mui-tas das necessidades e problemas referen-tes a questões básicas de Educação, Saúde, Segurança, Transporte e qualidade de vida da população vieram à tona”, destaca Sergi-nho. Para ele, “o País não estava preparado, em termos de infraestrutura – e ainda não está –, para disponibilizar uma melhor logís-

Químicos realizam seu 8º CongressoFederação dos Químicos de São Paulo vai debater ações e formular propostas para o presente e o futuro

Servidores Públicos

Centrais Sindicais debatem proposta sobre a Convenção 151 da OIT

Trabalho

Publieditorial

O País está preocupado com os rumos da nossa economia. Menos o governo, que faz questão de não enxergar seus erros e não busca soluções viáveis para o nosso irrisório crescimento econômico e para a desindustrialização, que vem colocando em risco as empresas e os empregos.Números reveladores nos dão conta de que as con-tratações com carteira assinada vêm esfriando, que o crescimento médio do País entre 2011/2014 ficará em 1,9% ao ano, inferior, portanto, à metade da média dos países emergentes. Há 25 anos nossa indústria de transformação correspondia a 25% do PIB, hoje

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

A desindustrialização e a política econômica equivocada do governoOpinião

representa menos de 15%. Ou seja: nossa economia não caminha, se arrasta, tornando visível o tamanho do que vem por aí. A Força Sindical vem, há anos, criticando o governo quanto a sua equivocada política econômica, resul-tado da falta de planejamento, de investimentos e incentivos que tornem mais competitivo o nosso par-que industrial. Faz-se necessário um diálogo amplo sobre o tema com as forças envolvidas no setor pro-dutivo para o desenvolvimento do País, mas infeliz-mente o governo não entende que o assunto mereça fazer parte de sua agenda de prioridades.

tica de serviços à sociedade. E ainda falta uma discussão mais uniforme entre trabalhadores, governo e empresários”.“Enquanto alguns fazem críticas infunda-das e errôneas, e além disto tentam impor interesses econômicos especulativos, con-tinuaremos a dar sequência ao nosso papel de agentes correalizadores e fiscalizadores, principalmente em relação a conquistas de importantes leis em benefício da classe tra-balhadora, a exemplo da que concede 10% do PIB para a Educação; a PEC do trabalho escravo, que expropria propriedades urba-nas e rurais nas quais sejam encontradas tais situações; a isenção de IR sobre a PLR até R$ 6 mil; a continuidade, até 2016, da Política Na-cional de Valorização do Salário Mínimo, feita através de MP que ainda aguarda votação no Congresso Nacional; do adicional de pericu-losidade para os vigilantes; e da lei que regula o trabalho da empregada doméstica, que ainda precisa ser regulamentada”, ressalta Serginho. Serginho afirma que os químicos vão conti-nuar lutando para conquistar, entre outras, bandeiras como a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução salarial; a ratificação da Convenção 158 da OIT; o fim do Fator Previdenciário; o combate à rotativida-de da mão de obra; a redução da taxa de juros e pela adoção de um diálogo mais participati-vo por um Brasil mais justo e menos desigual.

da Força Sindical fecharam uma proposta para ser debatida hoje com as Centrais. Segundo Aires Ribeiro, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Municipais, a Federação da ca-tegoria no Estado de São Paulo dividiu a Convenção em cinco tópicos para tirar as propostas: organização e estrutura (no qual será definido se os Sindicatos serão

criados por ramo de atividade, por cate-goria ou pelos poderes Executivo, Legisla-tivo e Judiciário); direito de greve (que não está regulamentado); custeio do sistema (Sindicatos, Federações e Confederação); liberação de dirigentes sindicais e negocia-ção coletiva (tópico existente em apenas alguns municípios).A Convenção 151 foi promulgada por meio do Decreto nº 7.944, de 6 de março de 2013. “Entendemos que ela seja auto-aplicável, mas na prática temos de realizar greve para conquistar aquilo que quere-mos”, declara Ribeiro.

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