página sindical do diário de são paulo - 12 de agosto - força sindical

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Dirigentes sindicais vão mobilizar os trabalhadores para fechar acordos salariais que atendam às expectativas Cláudia (em pé) e Auxiliadora, secretária nacional da Mulher da Força Trabalhadores da alimentação, quí- micos e metalúrgicos se preparam para as campanhas salariais deste 2º semestre. “A meta é o atendimento das nossas reivindicações, entre elas o au- mento real”, declara Miguel Torres, pre- sidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de S.Paulo e da CNTM (Conf. Nac. Trabs. Metalúrgicos). “Vamos fazer assembleias, conversar com os companheiros, enfim, mobilizar a categoria para que, juntos, possamos fechar bons acordos neste 2º semestre. A concentração de datas-base é em se- tembro”, declara Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação da Ali- mentação SP). “Os anseios dos trabalhadores são de que as reivindicações sejam atendidas e que se traduzam em conquistas de am- plos benefícios econômicos e sociais”, Foto: Fesspmesp Foto: Paulo Segura Trabalhadores iniciam campanhas salariais Categorias da Força Sindical com datas-base no segundo semestre garantem que não abrirão mão do aumento real Trabalho Publieditorial declara Sergio Luiz Leite, o Serginho, presi- dente da Fequimfar (Federação dos Quími- cos SP) e 1º secretário da Força Sindical. “No 1º semestre os patrões usaram a Copa para endurecer nas negociações. Espero que agora eles não usem as eleições para fazer a mesma coisa”, disse Wilson Vido- to Manzon, secretário-geral da Fetiasp, ao comentar a demora em fechar os acordos. A Convenção do setor do Suco (data-base 1º de maio) foi assinada recentemente, com reajuste de 7,5% (1,59% de aumento real). Os 150 mil trabalhadores dos setores do Plúrimo, Laticínios, Torrefação, Padaria e a Nestlé reivindicam 10% de reajuste sala- rial, cesta básica, tíquete, PLR (Participa- ção nos Lucros ou Resultados) e liberação dos cipeiros dois dias por ano para que possam participar de treinamento e qua- lificação. Parte das pautas já foi entregue. As demais serão entregues no mês de setembro. Já os químicos definiram a seguinte pré -pauta de reivindicações: piso salarial de R$ 1.500,00; piso para técnico químico no valor de R$ 2.100,00; reajuste salarial de 12% (5% de aumento real mais inflação) e PLR no valor de dois pisos. A data-base é 1º de novembro. “Fizemos um diagnóstico setorial em um seminário a fim de elaborar itens de reivindicações que contemplem toda a categoria”, declara Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ e do Sindi- cato dos Químicos de Guarulhos e Região. “Os metalúrgicos terão uma plenária com os 52 Sindicatos do Estado em 20 de agosto para discutir a pauta de rei- vindicações”, diz Cláudio Magrão Crê, presidente da Federação da categoria. Depois, cada Sindicato marcará a sua assembleia. A do Sindicato de São Paulo será em 5 de setembro. A Federação dos Sindicatos dos Servido- res Públicos Municipais do Estado de SP (Fesspmesp) realizou o seu 3º Congres- so de Mulheres. O evento, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de agosto, contou com a participação de trabalhadoras de mais de sessenta Sindicatos do setor. Segundo Maria Cláudia Adum, secretária Federação realiza 3º Encontro de Mulheres SERVIDORES da Mulher da Federação, “as sindicalistas debateram e aprovaram propostas para apresentar à Fesspmesp, entre as quais o aumento da participação feminina na dire- ção da entidade, o orçamento da secretaria e a criação de Secretarias das Mulheres em todos os Sindicatos filiados que ainda não têm organização”. DATAS-BASE Está sendo discutida, pela Força Sin- dical e demais Centrais, a criação de um sistema de proteção ao emprego em momentos de crise, ferramenta utilizada com sucesso na Alema- nha. O objetivo desse sistema será o de evitar demissões, rotatividade da mão de obra e gastos do governo com pagamentos do seguro-desem- prego e do FGTS, entre outras despe- sas. Governo e empresários também vão debater propostas sobre o tema e, posteriormente, as três partes ne- gociarão um acordo tripartite. Em vez de cortar pessoal ou suspen- der contratos de trabalho, queremos reduzir a jornada de trabalho entre 20% e 50% em tempos de queda incisiva na produção, vendas e ser- viços. Para o trabalhador não perder salário, um fundo público, a ser criado com recursos do governo e dos em- presários, complementaria a renda mensal do empregado. A redução da jornada no sistema de proteção ao emprego será aplicada por seis meses, podendo ser amplia- da por igual período. E o patrão terá de comprovar que seus problemas são frutos de conjuntura econômica adversa. Pela nossa proposta, as empresas arcariam com os custos dos encar- gos equivalentes à jornada integral, e o trabalhador recolheria o INSS sobre a jornada reduzida. Para entrar em vi- gor, a proposta deverá ser aprovada por maioria simples em assembleia com 2/3 dos empregados da unida- de ou setor. O Ministério do Trabalho e Emprego é quem vai homologar e fiscalizar o acordo. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Plano de proteção ao emprego OPINIÃO

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Destaques: Trabalhadores iniciam campanhas salariais; Miguel Torres explica o 'Plano de Proteção ao Emprego'; Federação dos Servidores realiza 3° Encontro de Mulheres.

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Dirigentes sindicais vão mobilizar os trabalhadores para fechar acordos salariais que atendam às expectativas

Cláudia (em pé) e Auxiliadora, secretária nacional da Mulher da Força

Trabalhadores da alimentação, quí-micos e metalúrgicos se preparam

para as campanhas salariais deste 2º semestre. “A meta é o atendimento das nossas reivindicações, entre elas o au-mento real”, declara Miguel Torres, pre-sidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de S.Paulo e da CNTM (Conf. Nac. Trabs. Metalúrgicos).“Vamos fazer assembleias, conversar com os companheiros, enfim, mobilizar a categoria para que, juntos, possamos fechar bons acordos neste 2º semestre. A concentração de datas-base é em se-tembro”, declara Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação da Ali-mentação SP). “Os anseios dos trabalhadores são de que as reivindicações sejam atendidas e que se traduzam em conquistas de am-plos benefícios econômicos e sociais”,

Foto: Fesspmesp

Foto: Paulo Segura

Trabalhadores iniciam campanhas salariaisCategorias da Força Sindical com datas-base no segundo semestre garantem que não abrirão mão do aumento real

TrabalhoPublieditorial

declara Sergio Luiz Leite, o Serginho, presi-dente da Fequimfar (Federação dos Quími-cos SP) e 1º secretário da Força Sindical.“No 1º semestre os patrões usaram a Copa para endurecer nas negociações. Espero que agora eles não usem as eleições para fazer a mesma coisa”, disse Wilson Vido-to Manzon, secretário-geral da Fetiasp, ao comentar a demora em fechar os acordos. A Convenção do setor do Suco (data-base 1º de maio) foi assinada recentemente, com reajuste de 7,5% (1,59% de aumento real).Os 150 mil trabalhadores dos setores do Plúrimo, Laticínios, Torrefação, Padaria e a Nestlé reivindicam 10% de reajuste sala-rial, cesta básica, tíquete, PLR (Participa-ção nos Lucros ou Resultados) e liberação dos cipeiros dois dias por ano para que possam participar de treinamento e qua-lificação. Parte das pautas já foi entregue. As demais serão entregues no mês de

setembro.Já os químicos definiram a seguinte pré-pauta de reivindicações: piso salarial de R$ 1.500,00; piso para técnico químico no valor de R$ 2.100,00; reajuste salarial de 12% (5% de aumento real mais inflação) e PLR no valor de dois pisos. A data-base é 1º de novembro. “Fizemos um diagnóstico setorial em um seminário a fim de elaborar itens de reivindicações que contemplem toda a categoria”, declara Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ e do Sindi-cato dos Químicos de Guarulhos e Região.“Os metalúrgicos terão uma plenária com os 52 Sindicatos do Estado em 20 de agosto para discutir a pauta de rei-vindicações”, diz Cláudio Magrão Crê, presidente da Federação da categoria. Depois, cada Sindicato marcará a sua assembleia. A do Sindicato de São Paulo será em 5 de setembro.

A Federação dos Sindicatos dos Servido-res Públicos Municipais do Estado de SP (Fesspmesp) realizou o seu 3º Congres-so de Mulheres. O evento, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de agosto, contou com a participação de trabalhadoras de mais de sessenta Sindicatos do setor.Segundo Maria Cláudia Adum, secretária

Federação realiza 3º Encontro de Mulheres SERVIDORES

da Mulher da Federação, “as sindicalistas debateram e aprovaram propostas para apresentar à Fesspmesp, entre as quais o aumento da participação feminina na dire-ção da entidade, o orçamento da secretaria e a criação de Secretarias das Mulheres em todos os Sindicatos filiados que ainda não têm organização”.

DATAS-BASE

Está sendo discutida, pela Força Sin-dical e demais Centrais, a criação de um sistema de proteção ao emprego em momentos de crise, ferramenta utilizada com sucesso na Alema-nha. O objetivo desse sistema será o de evitar demissões, rotatividade da mão de obra e gastos do governo com pagamentos do seguro-desem-prego e do FGTS, entre outras despe-sas. Governo e empresários também vão debater propostas sobre o tema e, posteriormente, as três partes ne-gociarão um acordo tripartite.Em vez de cortar pessoal ou suspen-der contratos de trabalho, queremos reduzir a jornada de trabalho entre 20% e 50% em tempos de queda incisiva na produção, vendas e ser-viços. Para o trabalhador não perder salário, um fundo público, a ser criado com recursos do governo e dos em-presários, complementaria a renda mensal do empregado. A redução da jornada no sistema de proteção ao emprego será aplicada por seis meses, podendo ser amplia-da por igual período. E o patrão terá de comprovar que seus problemas são frutos de conjuntura econômica adversa.Pela nossa proposta, as empresas arcariam com os custos dos encar-gos equivalentes à jornada integral, e o trabalhador recolheria o INSS sobre a jornada reduzida. Para entrar em vi-gor, a proposta deverá ser aprovada por maioria simples em assembleia com 2/3 dos empregados da unida-de ou setor. O Ministério do Trabalho e Emprego é quem vai homologar e fiscalizar o acordo.

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