pagina sindical do diario de sp - 1 de agosto - força sindical

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Araújo: “Nosso compromisso era fechar acordos com aumentos reais de salários” Celso: “Estamos empenhados em atender os trabalhadoresFoto: Eletricitários Foto: Arquivo Fetiasp Em assembleia, os trabalhadores da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) rejeitaram a proposta da empresa, que traz poucos avanços e se mantém muito aquém das reivindicações do conjunto dos empregados. O Sindicato dos Eletri- citários (STIEESP) concentrou esforços junto ao governo, porém, não houve pro- gresso significativo. Devido ao engessamento do Acordo Co- letivo, foi aprovado pelos trabalhadores o multa para empresas que não têm pro- grama de PLR será paga aos funcioná- rios em duas parcelas: de R$ 670,66 em agosto e R$ 670,67 em dezembro. Os trabalhadores do setor de Frio (aba- te de aves) terão 7,5% de forma linear. O piso salarial será de R$ 935,25; a cesta básica, que era R$ 121,00 passou para R$ 130,07, ou seja, um reajuste de 7, 5%; e as empresas que não têm programas de PLR terão de pagar uma multa de R$ 585,87 para cada funcionário. No setor de rações, os trabalhadores te- rão 8% de reajuste no piso e 7,5% nos de- mais salários até a faixa de R$ 6 mil. Acima desse valor, os trabalhadores terão um fixo de R$ 450,00. A cesta básica passou A Fetiasp (Federação dos Trabalha- dores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo) e os Sindicatos filiados assinaram as Convenções Coleti- vas de trabalhadores de vários setores da categoria. “As datas-base estão concen- tradas em maio, mas neste ano as nego- ciações foram bastante difíceis, e nosso compromisso era o de fechar acordos com aumentos reais de salários”, expli- cou Melquíades de Araújo, presidente da Federação. “A alternativa encontrada foi mobilizar os trabalhadores nas fábricas, realizar as- sembleias e greves”, disse Araújo. “Os dirigentes sindicais juntaram forças, se deslocaram de um município para outro com o objetivo de organizar e mobilizar os trabalhadores. A demora foi maior, mas conquistamos reajustes que variaram de 7% a 8%”, afirma Araújo O acordo do setor de bebidas fixou 7,5% de reajuste salarial até o limite de R$ 4 mil, acima desse valor, parcelas fixas de R$ 300,00. O piso salarial será de R$ 1.168,10. Foi reajustado em 7,5%. Para trabalhado- res de empresas que não têm restau- rante, o vale-refeição será de R$ 16,50. Também foram reajustados em 10% o kit de material escolar e o auxílio-creche. A Trabalhadores conquistam reajustes de até 8% Acordos fechados trazem reposição total da inflação e aumento real sobre os salários de vários setores Eletricitários Trabalhadores podem entrar em greve Trabalho Publieditorial É duro bater sempre na mesma tecla. Mas, quan- do temos um governo que não atende os os an- seios dos trabalhadores, temos de insistir até que nossa voz seja ouvida e atendida. Sim, estamos falando da nossa insistência em acabar de vez com o Fator Previdenciário, meca- nismo perverso que reduz o valor das aposenta- dorias e faz com que o trabalhador se aposente mais tarde – e contribua por mais tempo com a Previdência – caso queira receber seu benefício integralmente. A bandeira pela revogação do Fator vem sen- Miguel Torres Presidente da Força Sindical Fator Previdenciário: bater na mesma tecla até que sejamos ouvidos Opinião do defendida há alguns anos no Congresso pela Força Sindical, demais Centrais, Sindicatos, trabalhadores e pela sociedade, mas o governo segue fazendo “ouvi- dos de mercador”. A nossa luta contra essa injustiça cometida contra os tra- balhadores vem sendo cada vez mais intensa, mais abran- gente. E vamos continuar pressionando pela reparação desse mal e em defesa de outras importantes bandeiras dos trabalhadores, como a redução da jornada semanal de trabalho sem redução salarial, por juros menores, revisão da tabela do IR, manutenção da política do salário mínimo e reajuste digno para os aposentados, entre outras. de R$ 100,00 para R$ 130,00, o que signifi- ca um reajuste de 30%. As demais cláusu- las serão mantidas. As usinas de açúcar vão reajustar os salá- rios em 7% até a faixa de R$ 10 mil. Acima desse valor, será paga uma parcela fixa de R$ 700. O piso salarial passa a ser de R$ 935,00. O reajuste salarial na indústria de Doces é de 8%. O salário normativo será de R$ 1.162,21 e a cesta básica, de R$ 100,00, vai para R$ 130,00, ou seja, reajuste de 30%. No setor de carnes (embutidos) o reajuste será de 7,5%, o piso salarial de R$ 1 mil e a cesta básica, que era de R$ 80,00, passou a ser de R$ 100,00, o que representa rea- juste de 25%. estado de greve e, caso não haja evolução das negociações, será instaurado dissídio de natureza econômica com indicativo de greve de 24 horas a partir do dia 7 de agosto. Celso Luís de Souza, o Celsinho, presidente do STIEESP , afirma que “o Sindicato está empenhado em atender as reivindicações dos trabalhadores. Para isto, está intensificando a mobilização com vistas a uma possível paralisação caso as negociações não avancem”. No dia 5, às 10 horas, será realizada reu- nião do Fórum Nacional de Mulheres das Centrais Sindicais. Segundo Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da For- ça Sindical, a reunião debaterá o plano estratégico que prevê a criação de ins- tâncias do Fórum nos Estados. Entre os objetivos permanentes do Fórum estão a unificação das lutas e a ampliação da participação feminina na política e no movimento sindical. Centrais realizam Fórum sobre o tema Mulheres Alimentação

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Destaques: Alimentação: Trabalhadores conquistam reajustes de até 8%; Opinião do presidente da Força, Miguel Torres: "Fator Previdenciário: bater na mesma tecla até que sejamos ouvidos"; Eletricitários podem entrar em greve; Mulheres: Centrais realizam Fórum sobre o tema.

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Page 1: Pagina Sindical do Diario de SP - 1 de agosto - Força Sindical

Araújo: “Nosso compromisso era fechar acordos com aumentos reais de salários”

Celso: “Estamos empenhados em atender os trabalhadores”

Foto: Eletricitários

Foto: Arquivo Fetiasp

Em assembleia, os trabalhadores da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) rejeitaram a proposta da empresa, que traz poucos avanços e se mantém muito aquém das reivindicações do conjunto dos empregados. O Sindicato dos Eletri-citários (STIEESP) concentrou esforços junto ao governo, porém, não houve pro-gresso significativo.Devido ao engessamento do Acordo Co-letivo, foi aprovado pelos trabalhadores o

multa para empresas que não têm pro-grama de PLR será paga aos funcioná-rios em duas parcelas: de R$ 670,66 em agosto e R$ 670,67 em dezembro.Os trabalhadores do setor de Frio (aba-te de aves) terão 7,5% de forma linear. O piso salarial será de R$ 935,25; a cesta básica, que era R$ 121,00 passou para R$ 130,07, ou seja, um reajuste de 7, 5%; e as empresas que não têm programas de PLR terão de pagar uma multa de R$ 585,87 para cada funcionário.No setor de rações, os trabalhadores te-rão 8% de reajuste no piso e 7,5% nos de-mais salários até a faixa de R$ 6 mil. Acima desse valor, os trabalhadores terão um fixo de R$ 450,00. A cesta básica passou

A Fetiasp (Federação dos Trabalha-dores na Indústria da Alimentação

do Estado de São Paulo) e os Sindicatos filiados assinaram as Convenções Coleti-vas de trabalhadores de vários setores da categoria. “As datas-base estão concen-tradas em maio, mas neste ano as nego-ciações foram bastante difíceis, e nosso compromisso era o de fechar acordos com aumentos reais de salários”, expli-cou Melquíades de Araújo, presidente da Federação.“A alternativa encontrada foi mobilizar os trabalhadores nas fábricas, realizar as-sembleias e greves”, disse Araújo. “Os

dirigentes sindicais juntaram forças, se deslocaram de um município para outro com o objetivo de organizar e mobilizar os trabalhadores. A demora foi maior, mas conquistamos reajustes que variaram de 7% a 8%”, afirma AraújoO acordo do setor de bebidas fixou 7,5% de reajuste salarial até o limite de R$ 4 mil, acima desse valor, parcelas fixas de R$ 300,00. O piso salarial será de R$ 1.168,10. Foi reajustado em 7,5%. Para trabalhado-res de empresas que não têm restau-rante, o vale-refeição será de R$ 16,50. Também foram reajustados em 10% o kit de material escolar e o auxílio-creche. A

Trabalhadores conquistam reajustes de até 8%Acordos fechados trazem reposição total da inflação e aumento real sobre os salários de vários setores

Eletricitários

Trabalhadores podem entrar em greve

Trabalho

Publieditorial

É duro bater sempre na mesma tecla. Mas, quan-do temos um governo que não atende os os an-seios dos trabalhadores, temos de insistir até que nossa voz seja ouvida e atendida.Sim, estamos falando da nossa insistência em acabar de vez com o Fator Previdenciário, meca-nismo perverso que reduz o valor das aposenta-dorias e faz com que o trabalhador se aposente mais tarde – e contribua por mais tempo com a Previdência – caso queira receber seu benefício integralmente.A bandeira pela revogação do Fator vem sen-

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

Fator Previdenciário: bater na mesma tecla até que sejamos ouvidosOpinião

do defendida há alguns anos no Congresso pela Força Sindical, demais Centrais, Sindicatos, trabalhadores e pela sociedade, mas o governo segue fazendo “ouvi-dos de mercador”.A nossa luta contra essa injustiça cometida contra os tra-balhadores vem sendo cada vez mais intensa, mais abran-gente. E vamos continuar pressionando pela reparação desse mal e em defesa de outras importantes bandeiras dos trabalhadores, como a redução da jornada semanal de trabalho sem redução salarial, por juros menores, revisão da tabela do IR, manutenção da política do salário mínimo e reajuste digno para os aposentados, entre outras.

de R$ 100,00 para R$ 130,00, o que signifi-ca um reajuste de 30%. As demais cláusu-las serão mantidas.As usinas de açúcar vão reajustar os salá-rios em 7% até a faixa de R$ 10 mil. Acima desse valor, será paga uma parcela fixa de R$ 700. O piso salarial passa a ser de R$ 935,00.O reajuste salarial na indústria de Doces é de 8%. O salário normativo será de R$ 1.162,21 e a cesta básica, de R$ 100,00, vai para R$ 130,00, ou seja, reajuste de 30%.No setor de carnes (embutidos) o reajuste será de 7,5%, o piso salarial de R$ 1 mil e a cesta básica, que era de R$ 80,00, passou a ser de R$ 100,00, o que representa rea-juste de 25%.

estado de greve e, caso não haja evolução das negociações, será instaurado dissídio de natureza econômica com indicativo de greve de 24 horas a partir do dia 7 de agosto. Celso Luís de Souza, o Celsinho, presidente do STIEESP, afirma que “o Sindicato está empenhado em atender as reivindicações dos trabalhadores. Para isto, está intensificando a mobilização com vistas a uma possível paralisação caso as negociações não avancem”.

No dia 5, às 10 horas, será realizada reu-nião do Fórum Nacional de Mulheres das Centrais Sindicais. Segundo Maria Auxiliadora, secretária da Mulher da For-ça Sindical, a reunião debaterá o plano estratégico que prevê a criação de ins-tâncias do Fórum nos Estados. Entre os objetivos permanentes do Fórum estão a unificação das lutas e a ampliação da participação feminina na política e no movimento sindical.

Centrais realizam Fórum sobre o tema

Mulheres

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