página sindical do diário de são paulo - 27 de fevereiro - força sindical

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Trabalho serem as medidas importantes para o País, e que as comissões mistas que analisarão os textos serão instaladas na próxima semana. Na reunião, os dirigentes sindicais apresentaram ações que podem subs- tituir as MPs, cuja economia prevista chega a R$ 18 bilhões. “Nós temos pro- postas que podem levar a uma econo- mia de R$ 111 bilhões. Não é justo mexer nos direitos dos trabalhadores. No en- tanto, apesar das alternativas, o gover- no não quer ceder”, enfatiza Miguel. A Central defende a taxação sobre grandes fortunas, imposto sobre lu- cros e dividendos distribuídos, tributa- ção sobre remessas de lucro, taxação de aeronaves e embarcações de luxo, combate à fuga de capitais e fluxos ilí- citos, DRU/FAT e desonerações do PIS/ Pasep-FAT. A Força Sindical, e as demais Centrais Sindicais, vão realizar uma série de manifestações pela revogação das MPs 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desem- prego, abono salarial, seguro-defe- so, pensão por morte, auxílio-doen- ça e auxílio-reclusão. Em São Paulo, o ato será em frente às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego. Neste dia, passa- rá a valer o aumento do prazo de seis para dezoito meses para saque do se- guro-desemprego. Por isto os Sindi- catos querem a suspensão imediata das medidas. “É fundamental esclarecer a socie- dade sobre a decisão do governo, que tenta fazer com que os trabalhadores paguem a conta de uma crise econô- mica que eles não provocaram”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sin- dical. Os sindicalistas apresentaram ao governo alternativas às medidas, mas terminou sem acordo o último encon- tro realizado no dia 25 com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. Antes, o presidente da Força Sindical esteve reunido com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ressaltou Publieditorial “O governo quer que os trabalhadores paguem por algo que eles não provocaram” As categorias filiadas à Força Sindical com datas-bases no 1º se- mestre já iniciaram a preparação das pautas de revindicações a se- rem entregues aos patrões. O pró- ximo passo será dar início às nego- ciações, que neste ano serão ainda mais complicadas pois, além da inflação – que segue corroendo os salários –, do aumento real, da ma- nutenção e ampliação das cláusulas sociais, vamos intensificar a luta pela manutenção dos empregos, dos direitos e pela Pauta Trabalhista. Não podemos permitir que a crise seja pretexto para os patrões não concederem ganho real nos reajus- tes. Nem para que o governo retire direitos para “corrigir distorções e fraudes”. Temos de fechar bons acordos até para que as categorias com datas-bases no 2º semestre também possam fechar bem suas Campanhas Salariais. Nossa preocupação com as per- das de postos de trabalho é real. E crescente! Diariamente temos notícia de de- missões em vários ramos de ativi- dade. As indústrias (principalmen- te do setor automotivo e de sua cadeia produtiva) vêm demitindo, assim como a construção civil, a construção pesada (nas empreitei- ras e terceirizadas prestadoras de serviços da Petrobras), os setores da alimentação e químico (nas usi- nas de cana-de-açúcar), e o de ser- viços, entre outros. A luta será árdua, e por isto con- tamos com a mobilização de todos. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Campanhas Salariais e a nossa luta! OPINIÃO Miguel Torres: “Nós temos propostas mas, apesar de todas as alternativas, o governo não quer ceder” POR DIREITOS E PELO EMPREGO Municipais da Força em SP se mobilizam contra perda de direitos Foto: Chico dos Santos Foto: Jaélcio Santana Além de São Paulo, várias cidades de porte médio do Interior do Estado também realizarão atos no dia 2, em frente às Superintendências Regio- nais do Trabalho e Emprego. As mani- festações em Campinas serão feitas junto com os trabalhadores de Piraci- caba. Em Ribeirão Preto estarão tam- bém os trabalhadores de Barretos. Também serão realizados protes- tos em Santos, Sorocaba, Marília, Bauru e Guarulhos. Os atos deverão ocorrer às 10 horas. CONTRAS as MPS 664 e 665 Interior de São Paulo também realiza manifestações Os dirigentes do Inte- rior começaram a se mo- vimentar antes. A Força Sindical Municipal Marília, coordenada por Irton Si- queira Torres, esteve em Ourinhos, no escritório po- lítico do deputado federal Capitão Augusto para pedir apoio à revogação das MPs. Para Danilo Pereira da Silva, presi- dente da Força Sindical-SP, “o gover- no federal anunciou um conjunto de medidas que formam um verdadeiro ‘pacote de maldades’, prejudicando os trabalhadores”. Centrais intensificam mobilizações para o dia 2 youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 27 de fevereiro - Força Sindical

Trabalho

serem as medidas importantes para o País, e que as comissões mistas que analisarão os textos serão instaladas na próxima semana.

Na reunião, os dirigentes sindicais apresentaram ações que podem subs-tituir as MPs, cuja economia prevista chega a R$ 18 bilhões. “Nós temos pro-postas que podem levar a uma econo-mia de R$ 111 bilhões. Não é justo mexer nos direitos dos trabalhadores. No en-tanto, apesar das alternativas, o gover-no não quer ceder”, enfatiza Miguel.

A Central defende a taxação sobre grandes fortunas, imposto sobre lu-cros e dividendos distribuídos, tributa-ção sobre remessas de lucro, taxação de aeronaves e embarcações de luxo, combate à fuga de capitais e fl uxos ilí-citos, DRU/FAT e desonerações do PIS/Pasep-FAT.

A Força Sindical, e as demais Centrais Sindicais, vão realizar

uma série de manifestações pela revogação das MPs 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desem-prego, abono salarial, seguro-defe-so, pensão por morte, auxílio-doen-ça e auxílio-reclusão.

Em São Paulo, o ato será em frente às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego. Neste dia, passa-rá a valer o aumento do prazo de seis para dezoito meses para saque do se-

guro-desemprego. Por isto os Sindi-catos querem a suspensão imediata das medidas.

“É fundamental esclarecer a socie-dade sobre a decisão do governo, que tenta fazer com que os trabalhadores paguem a conta de uma crise econô-mica que eles não provocaram”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sin-dical. Os sindicalistas apresentaram ao governo alternativas às medidas, mas terminou sem acordo o último encon-tro realizado no dia 25 com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Antes, o presidente da Força Sindical esteve reunido com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ressaltou

Publieditorial

“O governo quer que os trabalhadores paguem por algo que eles não provocaram”

As categorias fi liadas à Força Sindical com datas-bases no 1º se-mestre já iniciaram a preparação das pautas de revindicações a se-rem entregues aos patrões. O pró-ximo passo será dar início às nego-ciações, que neste ano serão ainda mais complicadas pois, além da infl ação – que segue corroendo os salários –, do aumento real, da ma-nutenção e ampliação das cláusulas sociais, vamos intensifi car a luta pela manutenção dos empregos, dos direitos e pela Pauta Trabalhista.

Não podemos permitir que a crise seja pretexto para os patrões não concederem ganho real nos reajus-tes. Nem para que o governo retire direitos para “corrigir distorções e fraudes”. Temos de fechar bons acordos até para que as categorias com datas-bases no 2º semestre também possam fechar bem suas Campanhas Salariais.

Nossa preocupação com as per-das de postos de trabalho é real. E crescente!

Diariamente temos notícia de de-missões em vários ramos de ativi-dade. As indústrias (principalmen-te do setor automotivo e de sua cadeia produtiva) vêm demitindo, assim como a construção civil, a construção pesada (nas empreitei-ras e terceirizadas prestadoras de serviços da Petrobras), os setores da alimentação e químico (nas usi-nas de cana-de-açúcar), e o de ser-viços, entre outros.

A luta será árdua, e por isto con-tamos com a mobilização de todos.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Campanhas Salariais e a nossa luta!

OPINIÃO

Miguel Torres

da Força Sindical

Miguel Torres: “Nós temos propostas mas, apesar de todas as alternativas, o governo não quer ceder”

POR DIREITOS E PELO EMPREGO

Municipais da Força em SP se mobilizam contra perda de direitos

Foto: Chico dos Santos

Foto: Jaélcio Santana

Além de São Paulo, várias cidades de porte médio do Interior do Estado também realizarão atos no dia 2, em frente às Superintendências Regio-nais do Trabalho e Emprego. As mani-festações em Campinas serão feitas junto com os trabalhadores de Piraci-caba. Em Ribeirão Preto estarão tam-bém os trabalhadores de Barretos.

Também serão realizados protes-tos em Santos, Sorocaba, Marília, Bauru e Guarulhos. Os atos deverão ocorrer às 10 horas.

CONTRAS as MPS 664 e 665

Interior de São Paulo também realiza manifestaçõesOs dirigentes do Inte-

rior começaram a se mo-vimentar antes. A Força Sindical Municipal Marília, coordenada por Irton Si-queira Torres, esteve em Ourinhos, no escritório po-lítico do deputado federal Capitão Augusto para pedir apoio à revogação das MPs.

Para Danilo Pereira da Silva, presi-dente da Força Sindical-SP, “o gover-no federal anunciou um conjunto de

medidas que formam um verdadeiro ‘pacote de maldades’, prejudicando os trabalhadores”.

Centrais intensificam mobilizações para o dia 2

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