página sindical do diário de são paulo - 02 de dezembro de 2014 - força sindical

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Trabalho Cerca de 8 milhões de pessoas no Estado de SP serão beneficia- das com o novo piso salarial proposto pelo governador Geraldo Alckmin. O projeto de lei que estabelece mudan- ças no piso regional paulista foi enca- minhado, nesta 2ª feira, 1º, à Assem- bleia Legislativa de São Paulo. “Vale destacar que o aumento é uma for- ma de distribuir renda e fomentar o mercado interno”, afirma Miguel Tor- res, presidente da Força Sindical. “O acordo é uma vitória do movimento sindical”. “O fato de o aumento passar a vigo- rar em janeiro faz parte de uma de- manda das Centrais aceita pelo go- vernador – antes ocorria em maio. Estamos satisfeitos com o acordo já que o aumento conquistado é su- perior à inflação”, disse Danilo Pe- reira da Silva, presidente da Força Sindical-SP. A nova proposta prevê um reajuste de 11,75% para a primeira faixa, que passa a ser de R$ 905,00, e para segunda, que passa a valer R$ 920, 00, representan- do um acréscimo de 10%. Atualmente, o piso paulista é dividido em três faixas, de R$ 810,00, R$ 820,00 e R$ 835,00. “Estamos mandando para a Assem- bleia em regime de urgência, e a partir de 1º de janeiro já entra em vigência. É um reconhecimento de São Paulo, terra de trabalhadores e oportunidades. As conquistas dos trabalhadores refletem em toda a sociedade”, afirmou o go- vernador. Publieditorial youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br Proposta é encaminhada pelo governador Alckmin para a Assembleia Legislativa Começa nesta 3ª feira (2) a reunião do Copom que vai decidir como ficará a taxa de juros (Selic) para 2014. A decisão será anunciada no final da tarde de 4ª feira, após o término do último encontro do ano da equipe econômica do governo, e, ao que tudo indica, contrariando nossas expectativas, os juros de- verão sofrer, pela 2ª vez consecu- tiva, novo aumento, ultrapassando a casa dos 11,25% ao ano. E a mescla de inflação alta com um desenvolvimento fraco da econo- mia serve como desculpa para que o governo insista em sua política econômica errônea, e torne a ele- var os juros como forma de repri- mir os efeitos inflacionários. O PIB de apenas 0,2% do início até setembro deste ano, a proximida- de do 2º mandato da presidenta Dilma (1º de janeiro) e as alte- rações na equipe econômica do governo também servem como agravantes para que o excesso de conservadorismo governamental seja mantido. A Força Sindical e as demais Cen- trais decidiram promover uma manifestação contra os juros al- tos hoje, a partir das 10 horas, em frente à sede do Banco Central, na av. Paulista. Vamos pressio- nar para que uma nova política econômica, mais objetiva e coe- rente, seja adotada pelo governo. Caso isto não aconteça, e os juros continuem elevados, a tentativa de promover um crescimento da economia ainda no 1º semestre do ano que vem estará totalmente comprometida. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Menos juros, mais empregos OPINIÃO Miguel, com o governador Alckmin e dirigentes da Força: “Acordo já vale a partir de 1º de janeiro” Foto: Jaélcio Santana FORÇA-SP Protestos e assembleias para mobilizar os trabalhadores já foram realizados Foto: Guto Cardoso No próximo dia 5 (6ª feira), às 7 horas, os aeroviários vão realizar um panelaço no Aeroporto de Congonhas. “Vamos bater aproximadamente duzentas panelas va- zias, em um ritmo cadenciado, em protes- to contra os baixos salários, o assédio mo- ral e contra os adicionais de insalubridade e periculosidade, que não foram resolvidos AEROVIÁRIOS em acordo ou na Justiça pelas empresas aéreas”, informa Reginaldo Alves de Sou- za, o Mandu, presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo. “Continuamos com os salários baixos por- que as empresas aéreas se mantêm in- transigentes, recusando-se a negociar os itens econômicos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para 2015. Os patrões querem aplicar apenas o INPC (o que sig- nifica reajuste sem aumento real) até a faixa de R$ 10 mil, e, acima disto, nada”, declara Mandu. A proposta do Sindicato é que o re- ajuste salarial seja de 9 pontos percentuais. Reajuste de 11,75% no piso salarial do Estado Categoria realiza manifestação com panelaço no dia 5 Faixas salariais 1ª faixa – R$ 905,00 – Traba- lhadores domésticos, serven- tes, agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensa- geiros, de serviços de limpeza e conservação, de serviços de ma- nutenção de áreas verdes e lo- gradouros públicos, entre outros. 2ª faixa – R$ 920,00 – Traba- lhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes co- merciais, operadores de esta- ções de rádio e TV, entre outros. Veja mais categorias beneficia- das no site www.fsindical.org.br

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Destaques - Miguel Torres: 'Menos juros, mais empregos'; Força SP: 'Reajuste de 11,75 no piso salarial do Estado'; Campanha dos aeroviários

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 02 de dezembro de 2014 - Força Sindical

Trabalho

Cerca de 8 milhões de pessoas no Estado de SP serão beneficia-

das com o novo piso salarial proposto pelo governador Geraldo Alckmin. O projeto de lei que estabelece mudan-ças no piso regional paulista foi enca-minhado, nesta 2ª feira, 1º, à Assem-bleia Legislativa de São Paulo. “Vale destacar que o aumento é uma for-ma de distribuir renda e fomentar o mercado interno”, afirma Miguel Tor-res, presidente da Força Sindical. “O acordo é uma vitória do movimento sindical”.

“O fato de o aumento passar a vigo-rar em janeiro faz parte de uma de-manda das Centrais aceita pelo go-vernador – antes ocorria em maio. Estamos satisfeitos com o acordo já que o aumento conquistado é su-perior à inflação”, disse Danilo Pe-reira da Silva, presidente da Força Sindical-SP.A nova proposta prevê um reajuste de 11,75% para a primeira faixa, que passa a ser de R$ 905,00, e para segunda, que passa a valer R$ 920, 00, representan-do um acréscimo de 10%. Atualmente, o piso paulista é dividido em três faixas, de R$ 810,00, R$ 820,00 e R$ 835,00. “Estamos mandando para a Assem-bleia em regime de urgência, e a partir de 1º de janeiro já entra em vigência. É um reconhecimento de São Paulo, terra de trabalhadores e oportunidades. As conquistas dos trabalhadores refl etem em toda a sociedade”, afi rmou o go-vernador.

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Proposta é encaminhada pelo governador Alckmin para a Assembleia Legislativa

Começa nesta 3ª feira (2) a reunião do Copom que vai decidir como fi cará a taxa de juros (Selic) para 2014. A decisão será anunciada no fi nal da tarde de 4ª feira, após o término do último encontro do ano da equipe econômica do governo, e, ao que tudo indica, contrariando nossas expectativas, os juros de-verão sofrer, pela 2ª vez consecu-tiva, novo aumento, ultrapassando a casa dos 11,25% ao ano.E a mescla de infl ação alta com um desenvolvimento fraco da econo-mia serve como desculpa para que o governo insista em sua política econômica errônea, e torne a ele-var os juros como forma de repri-mir os efeitos infl acionários.O PIB de apenas 0,2% do início até setembro deste ano, a proximida-de do 2º mandato da presidenta Dilma (1º de janeiro) e as alte-rações na equipe econômica do governo também servem como agravantes para que o excesso de conservadorismo governamental seja mantido.A Força Sindical e as demais Cen-trais decidiram promover uma manifestação contra os juros al-tos hoje, a partir das 10 horas, em frente à sede do Banco Central, na av. Paulista. Vamos pressio-nar para que uma nova política econômica, mais objetiva e coe-rente, seja adotada pelo governo. Caso isto não aconteça, e os juros continuem elevados, a tentativa de promover um crescimento da economia ainda no 1º semestre do ano que vem estará totalmente comprometida.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Menos juros, mais empregos

OPINIÃO

Miguel, com o governador Alckmin e dirigentes da Força: “Acordo já vale a partir de 1º de janeiro”

Foto: Jaélcio SantanaFORÇA-SP

Protestos e assembleias para mobilizar os trabalhadores já foram realizados

Foto: Guto Cardoso

No próximo dia 5 (6ª feira), às 7 horas, os aeroviários vão realizar um panelaço no Aeroporto de Congonhas. “Vamos bater aproximadamente duzentas panelas va-zias, em um ritmo cadenciado, em protes-to contra os baixos salários, o assédio mo-ral e contra os adicionais de insalubridade e periculosidade, que não foram resolvidos

AEROVIÁRIOSem acordo ou na Justiça pelas empresas aéreas”, informa Reginaldo Alves de Sou-za, o Mandu, presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo.“Continuamos com os salários baixos por-que as empresas aéreas se mantêm in-transigentes, recusando-se a negociar os itens econômicos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para 2015. Os patrões querem aplicar apenas o INPC (o que sig-nifica reajuste sem aumento real) até a faixa de R$ 10 mil, e, acima disto, nada”, declara Mandu. A proposta do Sindicato é que o re-ajuste salarial seja de 9 pontos percentuais.

Reajuste de 11,75% no piso salarial do Estado

Categoria realiza manifestação com panelaço no dia 5

Faixas salariais1ª faixa – R$ 905,00 – Traba-lhadores domésticos, serven-tes, agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensa-geiros, de serviços de limpeza e conservação, de serviços de ma-nutenção de áreas verdes e lo-gradouros públicos, entre outros.

2ª faixa – R$ 920,00 – Traba-lhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes co-merciais, operadores de esta-ções de rádio e TV, entre outros.

Veja mais categorias beneficia-das no site www.fsindical.org.br