página sindical do diário de são paulo - 07 de novembro de 2014 - força sindical

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Trabalho Segundo Elio Ramos Costa, presi- dente do Sindicato da Alimentação de Araras, “o acordo foi bem aceito porque está na faixa da maioria dos acordos fechados no Estado”. Já Adilson Alvarenga, presidente do Sindicato da Alimentação de Tauba- té, que tem a Nestlé em sua base na cidade de Caçapava, afirma que “nosso pessoal está satisfeito com o acordo fechado”. “Em Araçatuba e Araraquara os tra- balhadores aprovaram o acordo em assembleias convocadas pelos Sin- dicatos”, informam os presidentes dos Sindicatos da categoria dessas cidades, Dulce Helena Ferreira (Ara- çatuba) e Antonio Gonçalves (Ara- raquara). “Na Nestlé de Rio Pardo a votação foi secreta”, disse Antonio de Souza, presidente do Sindicato da Alimentação de Tapiratiba. Os oito mil trabalhadores da Nestlé no Estado terão reajuste salarial de 8%. O acordo foi fechado em reunião realizada entre a Fede- ração dos Trabalhadores nas indús- trias de Alimentação (Fetiasp), Sin- dicatos filiados e representantes da empresa. “Foi um excelente acordo”, declara Melquíades de Araújo, presi- dente da Fetiasp. A Nestlé tem unidades em Arara- quara, Araras, Araçatuba, Caçapava, Marília, São Bernardo do Campo, Li- meira e Rio Pardo, além do escritório em São Paulo. “As maiores fábricas, com cerca de cinco mil trabalhado- res, estão em Marília, Araras e Caça- pava”, informa Wilson Vidoto Man- zon, secretário-geral da Fetiasp. “Pelo acordo, os trabalhadores terão PLR de R$ 4.600,00 (parcela fixa) e uma outra parcela variável, que cor- responde a 100% do valor do salário de cada trabalhador. O piso salarial será de R$ 1.340,00 e o vale-ali- mentação será de R$ 520,00/mês. Em dezembro serão dois vales”, destaca Horácio José da Rocha, te- soureiro do Sindicato da Alimenta- ção de São Paulo e Região. Os trabalhadores conquistaram, ainda, plano de saúde gratuito, 90% da bolsa medicamentos, pagamento faculdade aos funcionários e mate- rial escolar para os filhos dos traba- lhadores. Publieditorial youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br O acordo foi bem aceito por estar na faixa dos acordos fechados no Estado Há tempos a Força Sindical vem alertando o governo sobre sua política econômica equivocada e os males que tais equívocos tra- riam ao setor produtivo, sobretu- do ao setor industrial. Mas nossas advertências perderam-se no vento, e os resultados estão aí, contrariando todas as argumen- tações governamentais e nossas expectativas, inclusive. O desempenho da produção in- dustrial está fraco, tanto que as importações brasileiras foram superiores, no mês passado, às exportações, provocando um au- mento do déficit comercial de US$ 1,2 bilhão. De janeiro a setembro de 2014 a produção sofreu um recuo de 2,9% se comparada ao mesmo período de 2013. Há cer- ca de duas décadas, a indústria de transformação – que transforma matéria-prima em produto final ou intermediário – correspondia a 25% do PIB. Hoje, no entanto, não chega a 15% (frisamos que é na indústria de transformação que estão os maiores salários e os empregos formais de qualidade). Caso esse quadro não seja rever- tido e uma recuperação ocorra no setor industrial – assim como em toda a cadeia produtiva –, a reto- mada do crescimento econômico torna-se cada vez mais um obje- tivo distante de ser alcançado. O governo precisa rever sua po- lítica econômica. Deixar o País fechado à competição externa, manter os juros nas alturas e au- mentar tarifas, entre outras de- mandas, não contribui em nada para alavancar nossa economia. Miguel Torres Presidente da Força Sindical A importância da indústria para o País OPINIÃO Representantes dos trabalhadores e da empresa fecham acordo a partir de 1º de novembro Foto: Arquivo Fetiasp ALIMENTAÇÃO Scaboli: “O Encontro já se tonou tradicional no setor químico” Foto: Sindiquimicos Mobilizados pelo Depto. de Saúde, Segu- rança e Meio Ambiente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindi- químicos, trabalhadores da Cipa, técnicos em Segurança do Trabalho e do SESMT participaram, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, do 26º Encontro de Ci- peiros. QUÍMICOS O diretor licenciado do departamento, e secretário-adjunto municipal do Trabalho de Guarulhos, Nelson Agostinho Oliveira, Nelsão, ressaltou a importância de atua- lizar os trabalhadores sobre os assuntos pertinentes ao tema para prevenir aci- dentes. “Este Encontro já é tradicional no setor químico, e sempre cumpre o importante papel de informar e debater o assunto, fundamental no dia a dia nos ambientes de trabalho, e de esclarecer a importân- cia da prevenção de acidentes e da saú- de dos trabalhadores”, disse João Sca- boli, coordenador do Depto. de Saúde do Trabalhador da Federação dos Químicos de SP. Trabalhadores da Nestlé terão reajuste salarial de 8% Categoria promove 26º Encontro de Cipeiros em Guarulhos

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Destaques - Alimentação: 'Trabalhadores da Nestlé terão reajuste salarial de 8%'; Miguel Torres: 'A importância da indústria para o País'; Químicos: 'Categoria promove 26º Encontro de Cipeiros em Guarulhos'

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 07 de novembro de 2014 - Força Sindical

Trabalho

Segundo Elio Ramos Costa, presi-dente do Sindicato da Alimentação de Araras, “o acordo foi bem aceito porque está na faixa da maioria dos acordos fechados no Estado”.Já Adilson Alvarenga, presidente do Sindicato da Alimentação de Tauba-té, que tem a Nestlé em sua base na cidade de Caçapava, afirma que “nosso pessoal está satisfeito com o acordo fechado”.“Em Araçatuba e Araraquara os tra-balhadores aprovaram o acordo em assembleias convocadas pelos Sin-dicatos”, informam os presidentes dos Sindicatos da categoria dessas cidades, Dulce Helena Ferreira (Ara-çatuba) e Antonio Gonçalves (Ara-raquara). “Na Nestlé de Rio Pardo a votação foi secreta”, disse Antonio de Souza, presidente do Sindicato da Alimentação de Tapiratiba.

Os oito mil trabalhadores da Nestlé no Estado terão reajuste

salarial de 8%. O acordo foi fechado em reunião realizada entre a Fede-ração dos Trabalhadores nas indús-trias de Alimentação (Fetiasp), Sin-dicatos filiados e representantes da empresa. “Foi um excelente acordo”, declara Melquíades de Araújo, presi-dente da Fetiasp.A Nestlé tem unidades em Arara-quara, Araras, Araçatuba, Caçapava, Marília, São Bernardo do Campo, Li-meira e Rio Pardo, além do escritório

em São Paulo. “As maiores fábricas, com cerca de cinco mil trabalhado-res, estão em Marília, Araras e Caça-pava”, informa Wilson Vidoto Man-zon, secretário-geral da Fetiasp.“Pelo acordo, os trabalhadores terão PLR de R$ 4.600,00 (parcela fixa) e uma outra parcela variável, que cor-responde a 100% do valor do salário de cada trabalhador. O piso salarial será de R$ 1.340,00 e o vale-ali-mentação será de R$ 520,00/mês. Em dezembro serão dois vales”, destaca Horácio José da Rocha, te-soureiro do Sindicato da Alimenta-ção de São Paulo e Região.Os trabalhadores conquistaram, ainda, plano de saúde gratuito, 90% da bolsa medicamentos, pagamento faculdade aos funcionários e mate-rial escolar para os filhos dos traba-lhadores.

Publieditorial

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O acordo foi bem aceito por estar na faixa dos acordos fechados no Estado

Há tempos a Força Sindical vem alertando o governo sobre sua política econômica equivocada e os males que tais equívocos tra-riam ao setor produtivo, sobretu-do ao setor industrial. Mas nossas advertências perderam-se no vento, e os resultados estão aí, contrariando todas as argumen-tações governamentais e nossas expectativas, inclusive.O desempenho da produção in-dustrial está fraco, tanto que as importações brasileiras foram superiores, no mês passado, às exportações, provocando um au-mento do défi cit comercial de US$ 1,2 bilhão. De janeiro a setembro de 2014 a produção sofreu um recuo de 2,9% se comparada ao mesmo período de 2013. Há cer-ca de duas décadas, a indústria de transformação – que transforma matéria-prima em produto fi nal ou intermediário – correspondia a 25% do PIB. Hoje, no entanto, não chega a 15% (frisamos que é na indústria de transformação que estão os maiores salários e os empregos formais de qualidade). Caso esse quadro não seja rever-tido e uma recuperação ocorra no setor industrial – assim como em toda a cadeia produtiva –, a reto-mada do crescimento econômico torna-se cada vez mais um obje-tivo distante de ser alcançado.O governo precisa rever sua po-lítica econômica. Deixar o País fechado à competição externa, manter os juros nas alturas e au-mentar tarifas, entre outras de-mandas, não contribui em nada para alavancar nossa economia.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

A importância da indústria para o País

OPINIÃORepresentantes dos trabalhadores e da empresa fecham acordo a partir de 1º de novembro

Foto: Arquivo FetiaspALIMENTAÇÃO

Scaboli: “O Encontro já se tonou tradicional no setor químico”

Foto: Sindiquimicos

Mobilizados pelo Depto. de Saúde, Segu-rança e Meio Ambiente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindi-químicos, trabalhadores da Cipa, técnicos em Segurança do Trabalho e do SESMT participaram, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, do 26º Encontro de Ci-peiros.

QUÍMICOS

O diretor licenciado do departamento, e secretário-adjunto municipal do Trabalho de Guarulhos, Nelson Agostinho Oliveira,

Nelsão, ressaltou a importância de atua-lizar os trabalhadores sobre os assuntos pertinentes ao tema para prevenir aci-dentes.“Este Encontro já é tradicional no setor químico, e sempre cumpre o importante papel de informar e debater o assunto, fundamental no dia a dia nos ambientes de trabalho, e de esclarecer a importân-cia da prevenção de acidentes e da saú-de dos trabalhadores”, disse João Sca-boli, coordenador do Depto. de Saúde do Trabalhador da Federação dos Químicos de SP.

Trabalhadores da Nestlé terão reajuste salarial de 8%

Categoria promove 26º Encontro de Cipeiros em Guarulhos