página sindical do diário de sp - força sindical - 20 de março de 2015

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Trabalho dente da Força Sindical. No período de 31 de março a 2 de abril os trabalhadores sairão dos Estados e irão até Brasília, onde realizarão uma vigília. “O objetivo é ampliar a mobilização dos tra- balhadores das mais diferentes catego- rias. É importante esclarecermos a todos, especialmente aos jovens e estudantes do ensino médio, que estão prestes a en- trar no mercado de trabalho, como eles serão prejudicados com estas medidas, que dificultam o acesso aos direitos”, de- clara Miguel Torres. As mediadas estão nas duas comis- sões mistas do Congresso Nacional para ser analisadas. Para garantir a rejeição das MPs, vários dirigentes sindicais já reali- zaram reunião com os parlamentares em suas bases e, entre os dias 31 e 2 próximos, vão, novamente, tentar sensibilizar depu- tados e senadores para manter os acordos feitos com os trabalhadores, e ver se con- seguem convencer os que ainda se man- tém indecisos ou favoráveis às MPs. As medidas foram anunciadas pelo governo no final do ano, e provocaram protestos das Centrais e dos trabalha- dores por todos os cantos do País. Para facilitar o entendimento, a Força Sindical decidiu usar a linguagem de cada região para explicar, em poucas palavras, os impactos que as medidas causarão na vida dos trabalhadores. As Centrais Sindicais adiaram, para o próximo dia 30, os atos que serão realizados em âmbito nacional – cidades de pequeno, médio e grande portes –, por todas as regiões do País, contra as Medi- das Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por mor- te, auxílio-doença e auxílio-reclusão. “Orientamos os dirigentes sindicais filiados à Força Sindical a desenvolver as atividades que considerarem mais adequadas: greves, paralisações, pan- fletagens, passeatas e protestos, se possível de forma unificada entre as Centrais”, informa Miguel Torres, presi- Publieditorial Greves, paralisações, panfletagens e passeatas marcarão os protestos contra as medidas que retiram direitos A política econômica equivocada do governo federal segue trazendo prejuízos incalculáveis para os traba- lhadores. Manter os juros em pata- mares estratosféricos, aumentar ta- rifas e promover a desoneração pura e simples da folha de pagamentos de alguns setores, mas sem qualquer contrapartida para os trabalhadores, mostraram-se medidas totalmente ineficazes para barrar o fechamento de postos de trabalho. Prova disto são as demissões ocorridas, cada vez em escalas maiores, nas montadoras (e em toda a cadeia produtiva), no setor da construção civil e pesada, nos serviços e agronegócios. Mas qua- se todos os setores vêm sentindo na pele os danos provocados pela persistência governamental. No mês passado o Brasil apre- sentou, pelo 3º mês consecutivo, um saldo negativo de empregos formais (2.415 postos de traba- lho fechados), tornando-se o pior fevereiro dos últimos 16 anos. E o pessimismo dos brasileiros com o futuro, de acordo com o Datafolha, atingiu 69%, o maior número regis- trado desde dezembro/97 de pes- soas que creem que o desemprego vai aumentar. Este conjunto de dados é real- mente preocupante, e o governo tem de fazer algo para brecar as demissões. Um primeiro passo se- ria abrir diálogo com o movimento sindical, trabalhadores e empresá- rios para a tomada de decisões de consenso, visando o fortalecimento da indústria e dos trabalhadores. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Nível do desemprego aumenta no País OPINIÃO MPS 664 E 665 youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! Comerciários da Força Sindical, CUT, CTB e UGT, além de representantes do Dieese, estiveram reunidos no dia 18, em nossa sede, para discutir a pauta da categoria e a organização do Semi- nário Nacional dos Comerciários, a ser realizado nos dias 20 e 21 de maio, em São Paulo. João Carlos Gonçalves, Juruna, se- cretário-geral da Força, parabenizou os companheiros pela iniciativa de elaborar e lutar por uma pauta unifi- cada. “Neste momento de crise que o País atravessa é importante a uni- dade de ação do movimento sindical para defender os direitos dos traba- lhadores”, disse. Nilton Souza, o Neco, coordenador do Secretariado dos Comerciários da Força Sindical, ressaltou que, para o sucesso da luta da categoria, é fun- damental a ação conjunta. “Só vamos conseguir enfrentar a resistência pa- tronal com a unidade”, alertou Neco, também presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre. CAMPANHA SALARIAL Comerciários discutem pauta da categoria Centrais organizam manifestação para o dia 30 Juruna e Neco, com dirigentes das Centrais,: unidade na luta Foto: Tiago Santana Fotos: Jaélcio Santana Objetivo é ampliar a mobilização dos trabalhadores de diferentes categorias

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Trabalho

dente da Força Sindical.No período de 31 de março a 2 de abril

os trabalhadores sairão dos Estados e irão até Brasília, onde realizarão uma vigília. “O objetivo é ampliar a mobilização dos tra-balhadores das mais diferentes catego-rias. É importante esclarecermos a todos, especialmente aos jovens e estudantes do ensino médio, que estão prestes a en-trar no mercado de trabalho, como eles serão prejudicados com estas medidas, que difi cultam o acesso aos direitos”, de-clara Miguel Torres.

As mediadas estão nas duas comis-sões mistas do Congresso Nacional para ser analisadas. Para garantir a rejeição das MPs, vários dirigentes sindicais já reali-zaram reunião com os parlamentares em suas bases e, entre os dias 31 e 2 próximos, vão, novamente, tentar sensibilizar depu-tados e senadores para manter os acordos feitos com os trabalhadores, e ver se con-seguem convencer os que ainda se man-tém indecisos ou favoráveis às MPs.

As medidas foram anunciadas pelo governo no fi nal do ano, e provocaram protestos das Centrais e dos trabalha-dores por todos os cantos do País. Para facilitar o entendimento, a Força Sindical decidiu usar a linguagem de cada região para explicar, em poucas palavras, os impactos que as medidas causarão na vida dos trabalhadores.

As Centrais Sindicais adiaram, para o próximo dia 30, os atos que serão

realizados em âmbito nacional – cidades de pequeno, médio e grande portes –, por todas as regiões do País, contra as Medi-das Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por mor-

te, auxílio-doença e auxílio-reclusão.“Orientamos os dirigentes sindicais

fi liados à Força Sindical a desenvolver as atividades que considerarem mais adequadas: greves, paralisações, pan-fl etagens, passeatas e protestos, se possível de forma unifi cada entre as Centrais”, informa Miguel Torres, presi-

Publieditorial

Greves, paralisações, panfl etagens e passeatas marcarão os protestos contra as medidas que retiram direitos

A política econômica equivocada do governo federal segue trazendo prejuízos incalculáveis para os traba-lhadores. Manter os juros em pata-mares estratosféricos, aumentar ta-rifas e promover a desoneração pura e simples da folha de pagamentos de alguns setores, mas sem qualquer contrapartida para os trabalhadores, mostraram-se medidas totalmente inefi cazes para barrar o fechamento de postos de trabalho.

Prova disto são as demissões ocorridas, cada vez em escalas maiores, nas montadoras (e em toda a cadeia produtiva), no setor da construção civil e pesada, nos serviços e agronegócios. Mas qua-se todos os setores vêm sentindo na pele os danos provocados pela persistência governamental.

No mês passado o Brasil apre-sentou, pelo 3º mês consecutivo, um saldo negativo de empregos formais (2.415 postos de traba-lho fechados), tornando-se o pior fevereiro dos últimos 16 anos. E o pessimismo dos brasileiros com o futuro, de acordo com o Datafolha, atingiu 69%, o maior número regis-trado desde dezembro/97 de pes-soas que creem que o desemprego vai aumentar.

Este conjunto de dados é real-mente preocupante, e o governo tem de fazer algo para brecar as demissões. Um primeiro passo se-ria abrir diálogo com o movimento sindical, trabalhadores e empresá-rios para a tomada de decisões de consenso, visando o fortalecimento da indústria e dos trabalhadores.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Nível do desemprego aumenta no País

OPINIÃO

Miguel Torres

da Força Sindical

MPS 664 E 665

youtube.com/user/centralsindical

facebook.com/CentralSindical

fl ickr.com/photos/[email protected]

twitter.com/centralsindical

fsindical.org.br

SINDICALIZE-SE

PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

Comerciários da Força Sindical, CUT, CTB e UGT, além de representantes do Dieese, estiveram reunidos no dia 18, em nossa sede, para discutir a pauta da categoria e a organização do Semi-nário Nacional dos Comerciários, a ser realizado nos dias 20 e 21 de maio, em São Paulo.

João Carlos Gonçalves, Juruna, se-cretário-geral da Força, parabenizou os companheiros pela iniciativa de elaborar e lutar por uma pauta unifi-cada. “Neste momento de crise que

o País atravessa é importante a uni-dade de ação do movimento sindical para defender os direitos dos traba-lhadores”, disse.

Nilton Souza, o Neco, coordenador do Secretariado dos Comerciários da Força Sindical, ressaltou que, para o sucesso da luta da categoria, é fun-damental a ação conjunta. “Só vamos conseguir enfrentar a resistência pa-tronal com a unidade”, alertou Neco, também presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre.

CAMPANHA SALARIAL

Comerciários discutem pauta da categoria

Centrais organizam manifestação para o dia 30

Juruna e Neco, com dirigentes das Centrais,: unidade na luta

Foto: Tiago Santana

Fotos: Jaélcio Santana

Objetivo é ampliar a mobilização dos trabalhadores de

diferentes categorias