página sindical do diário de são paulo - 12 de dezembro de 2014 - força sindical
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Destaques: Miguel Torres: 'Centrais e governo retomam diálogo'; Aeroviários: 'Trabalhadores intensificam Campanha Salarial'; Prevenção: 'Força Sindical participará da 4ª Conferência sobre saúde'TRANSCRIPT
Trabalho
Com data-base em 1º de dezem-bro, os aeroviários do Estado de
São Paulo ainda não fecharam acordo da Convenção Coletiva de Trabalho. Segundo Reginaldo Alves de Souza, o Mandu, presidente do Sindicato dos Aeroviários, os patrões se mantêm intransigentes e insistem em conce-der apenas a reposição da inflação (INPC do período até a data-base) para quem ganha até R$ 10 mil. Para os salários acima desta faixa, nada de reajuste. “Diante desta situação, os trabalhadores decidiram intensifi-car a luta e realizar manifestações de protesto e paralisações localizadas”, explica Mandu.
“As empresas tiveram lucros cons-
tantes nos últimos sete anos, mas não querem dividi-los com os traba-lhadores. Entregamos a pauta de rei-vindicações há 71 dias, e realizamos manifestações no Aeroporto de Con-gonhas”, afirma o dirigente.
São cinquenta mil trabalhadores na base da Força Sindical no Estado. “Reivindicamos 9% de reajuste sa-larial, mais 15% de reajuste sobre os pisos salariais e os benefícios, como, por exemplo, no vale-refeição, na cesta básica, nas diárias e no segu-ro de vida. Queremos aumento real para que tenhamos um salário dig-no”, destaca Mandu.
Periculosidade
Em assembleia realizada na quar-ta-feira (dia 10), os cerca de quatro-centos aeroviários que trabalham na Gol, em São Paulo, aprovaram o acordo firmado entre a empresa e o Sindicato sobre periculosidade. “A empresa, em tempo algum, pagou este benefício, e o processo con-tinua em trâmite na Justiça há dois anos e meio”, ressalta Mandu.
Mesmo com a tramitação do pro-cesso na Justiça o Sindicato ne-gociou um acordo com a empresa, que concordou em pagar, no salário nominal, indenização de quaren-ta meses retroativos, mais 30% de adicional de periculosidade. O diri-gente declara, ainda, que as demais empresas aéreas – exceto a TAM – pagam o adicional de periculosi-dade para os trabalhadores do po-pular “Corujão”.
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Com data-base em 1º de dezembro, categoria não descarta paralisações
Mandu: “As empresas tiveram lucros nos últimos sete anos, mas não querem dividi-los com os trabalhadores”
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AEROVIÁRIOS
Trabalhadores intensificam Campanha Salarial
Após anos de distanciamento político, falta de diálogo e frequentes críticas da parte do mo-vimento sindical, a Força Sindical e as demais Centrais estiveram, na última segunda-feira (8), reunidas com a presidenta Dilma Rousseff , em
Brasília. Na pauta do encontro, que também contou com a presença de Aloizio Merca-dante, ministro da Casa Civil, temas rele-vantes, como a continuidade da política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda, entre ou-tros, foram abordados.
Mesmo com a pauta unifi cada das Cen-
Centrais e governo retomam diálogo trais em mãos, a presidenta não se posicionou quanto à redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e à revogação do Fator Previdenciário para seu 2º manda-to. Menos mal que o diálogo tenha sido retomado e que a presidenta tenha confi rmado que manterá a política de reajuste do mínimo e que vai corrigir a tabela do IR em 4,5%. As partes também acertaram a criação de uma mesa permanente de negociação e, já em janeiro, mon-tarão, em conjunto, um calendário de reuniões.
Mas as Centrais deixaram bem claro que não aceitarão quaisquer alterações que afetem as conquistas dos tra-balhadores, medidas que já vêm sendo discutidas entre a atual e a futura equipe econômica do governo no que se refere às regras do seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte.
Arnaldo: “Fortalecer a política sobre a saúde dos trabalhadores”
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Força Sindical participará da 4ª Conferência sobre saúde
PREVENÇÃO
Uma equipe de dirigentes da Força Sindical participará da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalha-dora (CNSTT), que terá início nesta segunda-feira, dia 15, e terminará no dia 18, no Centro de Convenções do Brasil, na ca-pital federal.
Arnaldo Gonçalves, secretá-rio nacional de Saúde e Segu-rança da Central, afirma que o principal objetivo da Conferên-cia é discutir a saúde do tra-balhador e fortalecer, efetiva-mente, a política sobre a saúde do trabalhador e da trabalhado-ra, que foi instituída há cerca de dois anos.
“Queremos que, quando for feito o diagnóstico, o trabalha-dor seja questionado, também, em que função trabalha, para que tenhamos dados suficien-tes para saber se a doença tem ou não relação com o tipo de trabalho executado”, declara Gonçalves.
Atualmente, somente os Cen-tros de Referência de Saúde do Trabalhador realizam este tipo de questionamento.
OPINIÃO Miguel Torres Presidente da Força Sindical