jornal maranduba news #60

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Maranduba, Maio de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 60 A importância sobre o potencial geoturístico das paisagens da região Foto: Maria do Carmo Oliveira Jorge

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #60

Maranduba, Maio de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 60

A importância sobre o potencial geoturístico das paisagens da região

Foto: Maria do Carmo Oliveira Jorge

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Maio 2014

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Responsabilidade Editorial:Emilio Campi

Colaboradores:

Adelina Campi e Ezequiel dos Santos

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Envie seu evento, edital, convocação ou aviso para esta seção atraves do e-mail [email protected]

Vem aí o 5º Festival da Mata Atlântica

Ubatuba sediará pela 5ª vez O Festival da Mata Atlântica, que acontece também em co-memoração ao dia da Mata Atlântica, 27 de maio, Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho e Dia dos Oceanos, 08 de junho.

O evento ocorre desde 2010 e desta vez a organização pre-para inovações para divulga-ção antecipada e maior tempo para os parceiros interessados em participar, prepararem suas atividades no intuito de estimular iniciativas diversas, também de proporcionar me-lhores acomodações. O foco da organização é ampliar o público turístico nesta época do ano, já que muitos visi-tantes, segundo a organiza-ção, possuem um alto grau de curiosidade pela Mata Atlân-

tica e alguns moradores não conhecem de fato as riquezas naturais e as possibilidades que ela proporciona de ge-ração de emprego e renda e projetos sustentáveis. Existe ainda a preocupação urgente fortalecimento do vínculo afe-tivo com a floresta.

É sugerido as instituições participantes propostas, pas-seios, atividades com enfo-que em seus ramos de atua-ção. Para interatividade com a mata atlântica, serra, rios e mar, a organização do even-to solicita que sejam enviadas propostas de passeios ecoló-gicos, passeios fotográficos, gincanas, observação da bio-diversidade em geral.

Nesta edição são esperadas atividades com qualidade ele-vada e alto grau de compro-

metimento dos participantes para atrair públicos comuns e turistas, que não se restrin-ja ao círculo de ambientalis-tas, funcionários das institui-ções públicas e membros das ONGs.

O evento conta ainda com a possibilidade de um espaço cultural (tenda) exposições, apresentações teatrais, apre-sentação musical e dança envolvendo o tema, rodas de conversa, mini-cursos, prefe-rencialmente para as noites. Esta prevista também ativida-des para as escolas. As pro-postas voluntárias deverão ser encaminhadas para o e-mail [email protected]. Haverá segunda chamada em março, o que não garantirá participação no fechamento da organização.

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Maio 2014 Jornal MARANDUBA News Página 3

Navio do Corpo de Bombeiros em águas territoriais TupinambáEZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 8, o navio

Governador Fleury do Grupa-mento Marítimo do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo chegou em águas terri-toriais de Ubatuba. Vindo do Guarujá, o navio ficou até o último dia 10 aportado na Baia das Palmas no Parque Estadu-al da Ilha Anchieta - PEIA. Lá realizou as últimas etapas do curso de mergulho dos ho-mens do 17º GBMar (Grupa-mento de Bombeiros Maríti-mo). O navio, sob o comando do capitão Walmir Magalhães de Sales, com apoio dos capi-tães Helmer Kaffer e Ricardo Antoniazzi Pelliccioni (coorde-nador do curso de mergulho), realizou várias manobras para acrescer o treinamento de maior dinamismo, desempe-nho e realismo.

Segundo seu comandan-te, Capitão Magalhães, “São Paulo possui duas unidades deste porte que foram fabri-cados em Nova Orleans, Es-tados Unidos. Um deles fica em São Sebastião (Coman-dante Ciancciulli) e outro no Guarujá. O de São Sebastião neste momento passa por re-paros”, diz o comandante.

O navio chama a atenção, tanto pelo porte, quanto pe-los inúmeros equipamentos que possui. Dentro, uma es-trutura realmente preparada para atender as mais diversas emergências, desde o mais conhecido – combate a incên-dio, quanto à busca de náu-fragos. Seus homens estão sempre motivados, alertas e de prontidão para qualquer emergência. Recentemente participou das buscas de náu-fragos no litoral sul paulista e também do combate ao incêndio de um depósito de

açúcar no porto de Santos. Com casco apropriado e

equipamentos de navegação por satélite, ele esta prepara-do para ações e emergências em alto mar. Possui câmera hiperbárica, utilizada para descompressão segura dos mergulhadores e doenças descompressivas como embo-lias, por exemplo. Com a co-laboração do 3º sargento Ma-ran foi possível visitar o navio, que segundo ele, são conside-rados verdadeiras bases mó-veis de mergulho, já que pos-suem conjuntos completos de mergulho autônomo. Visível encontra-se os equipamen-tos de combate a incêndios: canhões de água, bombas de incêndio, hidrantes, propor-cionadores de espuma, entre outros.

Na oportunidade, o gestor do PEIA, Luiz Bitetti, fala da importância da parceira en-tre a Secretaria de Segurança Pública e a do Meio Ambiente

através da Fundação Flores-tal, “já que o Corpo de Bom-beiros também é um grande parceiro na defesa e comba-te de incêndios em florestas, resgate de pessoas e apoio as UCs, por exemplo. Eles se-rão sempre bem-vindos e são profissionais que nos ajudam muito”, reitera o gestor.

O navio possui equipamen-tos complexos que são domi-

nados com maestria por seus tripulantes para que o obje-tivo principal seja sempre al-cançado. Aos poucos mortais que tiveram a oportunidade de realizar uma visita ao na-vio, sintam-se privilegiados, pois se trata de uma verda-deira máquina de guerra, de combate, mas para combater e apagar incêndios e salvar vi-das principalmente.

O 17º GB possui 2 unidades:- Governador Fleury e- Comandante CiancciulliOs dois barcos são verdadei-ras bases de mergulho, sendo cada conjunto composto de:2 cilindros1 válvula1 octopuss1 bússola de mergulho1 computador de descompressão1 roupa de neoprene (long--john, colete, capuz, luvas e sapatilhas)Complementam o Sistema de Combate a Incêndios canhões d’água de 2.000 gpm a 1.000 gpm de vazão.Na propulsão conta com 2 mo-tores Detroit Diesel 16V, com 1440 HP de potência cada, que lhes permitem velocidades de top de 16Kt (nós) e 12Kt (nós) de cruzeiro.E para tripular guarnições de 5 Bombeiros Guarda-Vidas, especializados em navegação, operação de máquinas, mer-gulho e combate a incêndio.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Maio 2014

No último dia 5, o programa Good News da RedeTV apre-sentou em rede nacional o programa que trata da obser-vação de aves em Ubatuba. Intitulado de “Paraíso dos pás-saros no litoral de São Paulo” o programa enfatizou vários aspectos da atividade que mais cresce em todo planeta – o birdwatching. Carlos Rizzo, Edson Endrigo, Seu Jonas, Da-nilo Silva e a PROMATA foram os protagonistas deste impor-tante programa televisivo.

A matéria fala da atividade do ponto de vista ecomuni-tário e valorização dos patri-mônios, das possibilidades ecológicas e econômicas e das benesses proporcionadas a moradores, profissionais do ramo e cientistas no entorno as áreas visitadas.

O programa deu ênfase a Carlos Rizzo - o pioneiro da atividade em Ubatuba, onde destacou seu esforço de dé-cadas de trabalho no fomento a observação de aves reali-zando atividades para atrair um número maior de visi-tantes a Ubatuba e ao litoral norte de São Paulo, também da importância dos trabalhos em educação ambiental, prin-cipalmente com crianças de escolas públicas e das suas perspectivas sobre o trabalho de base comunitária.

Com a PROMATA abordou o lado de outros profissionais e das atividades realizadas por representantes de comunida-des, os que trabalham de fato as atividades de base comuni-tária, os que buscam entendi-mento entre as Unidades de Conservação e comunidades no

RedeTv apresenta programa sobre observação de aves em Ubatuba

Programa mostra Surucuás, pica-paus e diversas outras espécies que são preservadas em Ubatuba, também as outras possibilidades e ganhos que a atividade proporciona

entorno. Danilo Silva, gestor do PESM, falou do conhecimento que as comunidades possuem e sobre a ferramenta observa-ção de aves a bem do desen-volvimento dos moradores que detém este conhecimento.

No estúdio, como pano de fundo a bela imagem do lago do Centro de Observação de Aves do Cambucá do PESM - Picinguaba. A apresentadora Claudia Barthel e o repórter Rafael Daguano deram ênfa-se a observação de aves e as belezas de Ubatuba, também da porcentagem de aves ca-talogadas em Ubatuba (30% - 565 registros) se comparada aos dados nacionais (cerca de 1900 registros).

Ubatuba foi escolhida por-que, além das belezas naturais e culturais, detém o segundo lugar em registros em todo país, a Promata colaborou muito para este ranking. Ed-son Endrigo, que naquele dia apresentou seu novo trabalho sobre aves, falou da importân-

cia das aves responsáveis pela vida sonora da Mata Atlântica. Segundo ele, trata-se de uma atividade muito prazerosa e muito importante ao equilíbrio de nosso meio ambiente. Já no sitio do seu Jonas foram mostrados os mais belos e ra-ros beija-flores conhecidos do grande público.

O local, segundo o repórter, é ponto de parada obrigatória a quem é adepto da atividade de birdwatching, lá podem ser observados o carinho e aten-ção dispensada pelo dono do local às aves, principalmente aos beija-flores.

O JMN havia mostrado os bastidores desta reportagem na edição nº 56 que agora esta disponível na internet através do sitio da internet para que você possa apreciar toda a re-portagem: http://www.redetv.uol.com.br/Video.aspx?107,12,397026,jornalismo,good--news,programa-mostra-pa-raiso-dos-passaros-no-litoral--de-sp

A Guaimum fêmea Georginacomemora seu 1º aniversario

no quilombo da Caçandoca

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 26, moradores,

amigos, profissionais e simpa-tizantes comemoraram o 1º aniversário do Projeto Prote-ger, Preservar, Educar que tem como pano de fundo a proteção do Guaimum, que no projeto tem o nome de Georgina. Al-guns convidados não puderam comparecer, mas o entusiasmo dos que lá estiveram contagiou a todos. Neste sábado teve de tudo para chamar a atenção para a proteção da espécie que é protegida por lei e que tem seu período de defeso por vezes ameaçados pela coleta e captu-ra predatória.

Considerado uma iguaria re-gional, seu consumo é muito apreciado, porém a captura fora do período de procriação e desova coloca em risco a pouca população que existe no local.

Segundo o ICMbio, o defeso vai de 1º de outubro a 31 de março e a medida visa garan-tir sustento de comunidades pesqueiras e o consumo sus-tentável do alimento, segundo a Portaria IBAMA nº 53/03. Du-rante o resto do ano existe uma restrição no tamanho para sua captura, que terá de passar os 8 centímetros de tamanho. Assim como os pescadores, durante o defeso, os catadores de caran-

guejo têm direito a um seguro da Previdência Social.

Na Caçandoca a Georgina estava bem acompanhada e bem representada, O ITESP, a PROMATA, a Sala Verde, repre-sentante do Quilombo da Fazen-da da Caixa colaboram com esta primeira experiência e o resulta-do foi o sabor de fazer de novo. Na programação houve a palestra sobre meio ambiente com Vânia da Sala Verde, depois a palestra com o jovem Eurico da Concei-ção Vieira, Monitor Ambiental do Quilombo da Fazenda, tea-tro de fantoches, oficinas, roda de conversa, oficinas de brinca-deiras, um delicioso almoço, a soltura simbólica dos guaimuns e as despedidas. Alguns adultos aproveitaram a oportunidade para relembrar brincadeiras de crianças como pular corda, na realidade disseram que estavam testando a corda, mas ninguém acreditou. O almoço com os pra-tos típicos da região atiçou o sabor da colaboração e da ami-zade, o mais empolgante foi fa-zer as crianças com o teatro de bonecas, dos fantoches e na sol-tura uma linda imagem de uma criança se despedindo da Geor-gina – a aniversariante do dia. Os organizadores agradecem a todos que colaboraram com esta comemoração.

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Gestor da Ilha Anchieta é homenageadopelo Corpo de Bombeiros em Mogi

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 25, o gestor

do Parque Estadual da Ilha An-chieta - PEIA, Luiz Bitteti, foi homenageado pelo 17º Gru-pamento de Bombeiros na ci-dade de Mogi das Cruzes - SP. O evento aconteceu dentro das dependências da corporação e destaca personalidades civis e militares que segundo seu co-mandante, Major PM Jean Car-lo de Araújo Leite, cujas ações tenham sido relevantes e em-preendedores enaltecendo a Policia Militar do Estado de São Paulo, em especial do Corpo de Bombeiros.

No palanque varias autori-dades regionais e estaduais presenciaram o evento. Lá, Bitteti destacou a importância dos investimentos do governo do estado, através do Secreta-rio Estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, nas unidades de conservação estaduais.

Destacou também o impor-tante trabalho do diretor exe-cutivo da Fundação Florestal Dr. Olavo Reino, do diretor do litoral norte Rodrigo Antonio, de seu gerente Carlos Zacchi e do apoio do gestor do píer Saco da Ribeira Carlos Paiva.

O gestor encontrou amigos e realizou contatos falando do trabalho da Fundação Florestal aos presentes os convidando a visitar Ubatuba, principalmente ao Parque Estadual Ilha An-chieta.

O evento foi alusivo ao 2º aniversário do grupamento e centenas de pessoas tiveram a possibilidade de visitar os mais modernos e melhores equipa-mentos de salvatagem e socor-ro do estado de São Paulo.

O grupamento de Mogi aten-de oito cidades da região e possui uma rede de comunica-

ção integrada entre as policias que otimiza os esforços na hora do atendimento a população. Na ocasião o prefeito de Mogi da Cruzes, Marco Aurélio Ber-taiolli, parabenizou e enalteceu a importância do grupamento na cidade.

O comandante geral dos Bombeiros, coronel Eric Colla, também teceu os mais variados

elogios aos homens e mulheres que trabalham duro no atendi-mento a população e compõem esta respeitosa corporação.

Para o gestor do PEIA foi um reconhecimento não só de ca-ráter pessoal mas de todo es-forço profissional das pessoas que integram e trabalham nas unidades de conservação do estado de São Paulo.

A fim de prestar satisfação a comunidade a Administra-ção Regional Sul enviou fo-tos do andamento da obra da Unidade de Pronto Aten-dimento que será erguido para atendimento de mora-dores de toda a região. Com previsão de seu termino até janeiro de 2015 as obras mudarão a imagem do lu-gar, principalmente no que se refere a saúde.

Segundo o administrador regional, Damião José da Silva, “existe uma grande expectativa de mudança no atendimento da saúde da região”, comenta. Para ele a

Regional sul apresenta imagens do andamento das obras da UPA

construção da UPA será fun-damental para a reorganiza-ção dos serviços de saúde, ressaltando a importância das UPAs na reorganização da atenção às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde (SUS).

Damião disse que acom-panha o andamento das obras porque como mora-dor da região gostaria de ver esta obra, da gestão do prefeito Mauricio Moromiza-to, enfim sair do papel, por que foi o que muitos não conseguiram, ficaram só na reforma, comenta o admi-nistrador.

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Maio 2014

Entidades promovem curso de Monitoria em Turismo Rural no Sertão da Quina e AraribáEZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 13, no Sitio

Lama Mole - Araribá, aconte-ceu o encerramento do Curso de Monitoria de Turismo no Meio Rural, curso este reali-zado aos profissionais que já haviam feito o curso de Tu-rismo Rural oferecido pelas parcerias Senar - Fetaesp e Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba anteriormente.

Num total de 36 horas, a professora e mestra Cândida Batista explicou sobre esta nova fase da atividade. Para ela o curso se desenvolve den-tro de um planejamento para excelência no atendimento. “Os alunos desenvolvem uma metodologia, estudam os am-bientes e tudo o que deve ser visitado pelos turistas. Com isso, organizam, de forma sim-ples porém eficiente, os espa-ços, o que vai ser falado, vis-to, sentido e apreciado. Logo depois, partem para a prática, quando um grupo convidado é recepcionado pelos alunos”.

Desta vez quem se fez de visitante foi o grupo da cate-quese do bairro do Araribá, também alguns convidados. O tema desta ocasião foi sobre a cultura caiçara na Mata Atlân-

tica, uma forma de oferecer uma visão realística as futu-ras gerações sobre o contexto histórico, cultural, antropoló-gico e ambiental da região sul de Ubatuba. Na realidade o curso se desenvolve dentro de um planejamento para exce-lência no atendimento. Ofere-ce ainda possibilidades dentro das realidades da micro região

da vertente atlântica, além de ações muito próximas das comunidades que vivem nos entornos das ditas áreas proi-bidas pelo excesso das legis-lações ambientais, daquelas distantes das realidades cultu-rais e históricas. E mais uma ferramenta real de fomento ao turismo, só que com foco na organização das propriedades, sejam elas de qual tamanho forem.

Os alunos da catequese ti-veram um mix de atividades em apenas uma trilha, foram dados os destaques sobre a fauna e a flora local, sobre os aspectos da formação religio-sa através dos saberes anti-gos do povo formador desta porção geográfica e do que esperar do futuro de nosso meio ambiente, a importân-cia de cada um neste tempo e lugar. De forma ordenada pu-derem aprender sobre como visualizar o meio a sua volta,

aquele que é visto todos os dias ao qual não é dado o de-vido valor.

Para o café foram oferecidos pratos típicos regionais, os que se encontram dentro das realidades das comunidades locais, com o uso de alimen-tos possíveis e baratos encon-trados no dia a dia, utilizados pelos antepassados destas

crianças. Na realidade foi um domingo diferente, de passeio e aprendizado, ao final cada um levou uma semente de frutífera (cacau) para plantar em casa e que ficou para eles a responsabilidade de regar e acompanhar todos os dias seu crescimento até virar árvore.

Os catequistas Zezo e Ma-ria agradeceram a oportuni-dade através de uma oração. A PROMATA colaborou com a capacitação e acompanhou toda a atividade. O resultado esperado foi muito bom e o grupo de alunos de Turismo Rural já solicitou ao STTR o curso de Turismo Pedagógico. As crianças manifestaram sua alegria e contentamento atra-vés de uma ficha de avaliação e para a surpresa de todos, as respostas superaram as expectativas e a criançada foi clara em querer voltar a flo-resta e aprender mais.

A experiência com as crian-ças da localidade foi gratifi-cante e o curso melhorou as possibilidades de desenvolvi-mento e interação entre ou-tros membros das comunida-des. Principalmente a aquelas que só são vistos para o ga-nho de poucos, para noticias ruins e para os dias de eleição.

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Semana Santa leva fiéis a lágrimas e saudosas recordaçõesAguinaldo José/PROMATA

A programação da semana santa de 2014 da região sul de Ubatuba foi coroada de gratas surpresas e espetácu-los de fidelidade ao ar livre. Os paroquianos comparece-ram em massa as atividades religiosos ligadas a esta data da fé católica. Tudo começou com a celebração de lava pés e logo depois com o translado do Santíssimo Sacramento.

Na última sexta-feira, 18, moradores e fiéis do Sertão da Quina reproduziram a tra-dicional Procissão do Encontro com os estandartes que repre-sentavam a via-crúcis e com a réplica da imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo morto. Caminhando pelo que seria a via dolorosa (caminho difícil a ser percorrido; sua origem está relacionada ao caminho que Jesus fez enquanto se encaminhava à crucificação, onde carregou sua própria cruz) fiéis, turistas, moradores e curiosos se encantaram com a encenação do tradicional canto de Verônica pelas ruas do bairro.

Do lado da fé, oração, lágri-mas e muita emoção marca-ram a Procissão do Encontro onde viveram a via sacra. A estações foram contempladas em todo o caminho, os estan-dartes foram à caracterização da representação do sofrimen-to e da dor de Nossa Senhora e Verônica naquela época. O canto de Maria com Verônica no Emaús emocionou muita gente que há décadas não presencia tamanha manifesta-ção de fé e de dor. É normal ver as pessoas emocionadas em ver o quanto Jesus sofreu por nós e devemos ter cora-gem de agradecer por tudo que ele fez, conta os fiéis.

Segundo os organizadores,

o cântico tem que ser lento porque Jesus teve a passa-gem de morte e ressurreição, é um momento de silêncio e meditação, contam. Segundo a Igreja Católica, Verônica foi quem lamentou a crucificação de Jesus no Calvário. Ela se-gurava um pano para simboli-zar o Santo Su-dário - toalha que teria sido utilizada por Verônica para enxugar o rosto de Jesus. Já na penúltima esta-ção onde Cristo desce da cruz é o momento em que todos observam o Cristo morto, na representa-ção ele desce o monte sem-pre na companhia de Nossa Senhora. Em seguida ele fica exposto no interior da capela para os fiéis.

Na realidade a Igreja Cató-lica celebra a Paixão do Se-nhor. Foi um dia marcado pela profunda reflexão a respeito

do preço caro que Jesus teria pagado pela salvação da hu-manidade. Dentro desta refle-xão, onde os puros pagarão pelos pecadores, paroquianos emocionados e unidos, per-correram as ruas do bairro na Procissão do Senhor Morto. Mas padre Carlos Alexandre

ameniza os fiéis, segundo ele, na Sexta-Feira Santa o mais importante é a ação litúrgica, quando temos a celebração com a leitura da palavra de Deus, principalmente a pai-xão, momento de oração, o beijo da cruz e a comunhão.

“O povo precisa se alegrar porque é um dia de vitória de Jesus, porque quando Ele morreu, matou a morte, então é um dia de luta, força, vonta-de, entrega e experiência de Jesus que não morre mais”, disse o Pároco.

O interessante este ano foi a espon-taneidade da comunidade, sua participa-ção direta sem ensaios é que deu o brilho deste evento. Muitos bus-caram num passado não tão distante a beleza das grandes pro-cissões, isto deixa claro a importância da localização de

cada individuo em sua cultu-ra. Esta mistura de sentimen-tos bons fez com que muitos se manifestassem através de lágrimas sinceras por reviver o que é próprio de cada paro-quiano na vida e na fé.

Lágrimas e emoções do passado

Ainda na segunda e terceira geração dos moradores da re-gião, era comum a procissão ser mais completa, havia os que preparavam com maior ansiedade a Semana Santa, de verdade ou não para os não praticantes, o interessan-te é que todos respeitavam e por isso eram respeitados. Daquela época alguns frag-mentos entre os moradores puderam ser lembrados e um deles foi a tradição das sete palavras de Jesus na Cruz, na realidade trata-se de uma coleção de palavras ou frases breves que fora pronunciada por Jesus durante a crucifica-ção.

Na época do radio inclusive podia-se ouvir a música sete palavras de Pedro Bento e Zé da Estrada que relatava em rimas o que aconteceu nes-te evento épico e o por que. Elas são descritas na seguinte ordem: I - “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fa-zem”. (Lc 23:34), II - “Em verdade te digo que hoje es-tarás comigo no paraíso”. (Lc 23:43), III - “Mulher, eis aí o teu filho... Eis a tua mãe”. (João 19:26, 27), IV - “Eli, Eli, lama Sabactani?” (Meu Deus, meu Deus, porque me aban-donaste?) (Mt 27: 46) e (Mc 15: 34), V - “Tenho Sede” (João 19:28), VI - “Tudo está consumado” (João 19:30), VII - “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23:46). Esta última a mais conhecida e segundo pesquisadores tra-ta-se da chegada do término da passagem de Cristo pelo Calvário. Na última frase dita por Cristo, reforça-se a fé do homem em Deus. Esse foi um ato supremo de confiança.

Fotos: Aguinaldo José/PROMATA

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A importância sobre o potencial geoturístico das paisagens da região

Fotos: Maria do Carmo Oliveira Jorge

MARIA DO CARMONo último sábado, 19, no meio

do feriado, participei com o es-pecialista Antonio Guerra da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, acompanhado do PROMATA Silas Fileto de ativi-dades de campo para o projeto intitulado “Potencial geoturísti-co da região sul do município de Ubatuba-SP”. Estes estudos fazem parte de um importan-te trabalho para minha tese de Doutorado, que é orienta-da pelo professor Dr. Antonio José Teixeira Guerra daquela conceituada universidade. Os trabalhos vem sendo realizados no Departamento de Geografia da UFRJ através do Programa de Pós-Graduação em geogra-fia, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico-CNPq no âmbito do Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos- LAGE-SOLOS, que há alguns meses realizou outros estudos na pro-priedade do Sitio Recanto da Paz, no bairro do Araribá. Na pratica, os estudos realizados serão de grande valia para a comunidade, principalmente no que se refere a mais uma ativi-dade rentável e sustentável de preservação do meio ambiente e de seus patrimônios, inclusive o conhecimento. Como filha da terra, e pes-

quisadora, tento unir minhas experiências pessoais e do mundo acadêmico, assim, vejo que posso contribuir com in-formações para uma área do qual muito me orgulho de ter nascido e que ainda necessita de trabalhos que possam con-tribuir para o seu crescimento e desenvolvimento turístico de uma forma consciente e não exploratória.

Um novo desafioA região necessita de um tu-

rismo que possa movimentar sua economia o ano inteiro e não apenas alguns meses ao ano. Dessa forma, fazer estudos e experimentos so-bre o potencial geoturistico da região sul do municipio de Ubatuba é um grande desa-fio e, ao mesmo tempo, mui-to prazeroso, pois a riqueza da diversidade nessa área é imensa, e nos instiga ainda mais ao seu entendimento. Lembrando que o Geotu-

rismo é um novo segmento de turismo no Brasil, tendo como objetivo divulgar seu patrimônio geológico/geo-morfológico (feições do relevo como atrativo turístico) e ao mesmo tempo apontar para sua conservação. No Brasil, já existem inúmeros traba-lhos na área do Geoturismo, cujo objetivo é o de divulgar a riqueza da geodiversidade do país, como a criação de al-guns geoparques, considera-do este, como um importante instrumento geoturistico.O geoturismo além de pro-

mover a conservação desses patrimônios geológico e ge-omorfológico, por exemplo, também envolve as comunida-des locais através de ativida-des econômicas sustentáveis. O geoturismo tambem inte-rage com a biodiversidade, a história e a cultura local, algo que a região sul do municipio tem muito a oferecer.O geoturismo também,

através de instrumentos de interpretação ambiental, bus-ca sensibilizar o turista, por exemplo, ao conhecimento e entendimento dos processos geológicos e geomorfológi-cos. Há de se considerar que

muitos turistas, por não pos-suirem conhecimento sobre a geologia ou geomorfologia de uma área, vêm esses elemen-tos da geodiversidade como um componente estático na paisagem. Assim, os meios interpretativos são ferramen-tas utilizadas na busca dessa compreensão.Por que fazer coleta

de amostras de solo nas trilhas?As trilhas talvez sejam as ro-

tas de viagem mais dissemina-das no mundo e a crescente procura de pessoas interessa-das em visitar áreas naturais e Unidades de Conservação tem sido realizado pelo ecoturismo, o setor do turismo que mais cresce no mundo e que de-manda uma quantidade maior de atrativos e conhecimentos cada vez mais específicos. Po-rém, os impactos causados pelo uso público nestas áre-as, bem como a necessidade de realizar o manejo de visi-tantes para se evitar, minimi-zar, controlar e monitorar tais problemas são notórios e am-plamente reconhecidos tanto no meio acadêmico como no âmbito da administração das Unidades de Conservação.Fazer levantamentos deta-

lhados das trilhas, mediante estudos do relevo, dinâmica dos recursos hídricos, declivi-dade, solo, e geologia do lo-cal em estudo, por exemplo, associados às características históricas e culturais devem ser pesquisadas e ressaltadas a fim de otimizar as informa-ções e incluir a dimensão edu-cacional às trilhas. Locais escolhidosPara saber melhor sobre o

potencial geoturístico das tri-lhas no setor sul do Município

de Ubatuba, escolhi junto com a PROMATA as cinco trilhas mais utilizadas e conhecidas. No Araribá foram às trilhas

dos sítios Recanto da Paz e Lama Mole, no Sertão da Qui-na a trilha da Santa Maria da Água Branca, na Lagoinha a tri-lha das Sete Praias (Lagoinha ao Cedro), por último a trilha do quilombo – Ponta Aguda a Praia da Caçandoca. A escolha por essas trilhas é

devido a inúmeras informações que elas representam, e justi-fica-se pela atribuição de natu-reza não apenas abiótica (meio físico), mas também pelo con-texto econômico, cultural e so-cial que elas representam. Ao mesmo tempo em que

alguns critérios principais são utilizados na avaliação dos di-versos trechos ao longo das trilhas (valor paisagístico, cul-tural, cientifico, informações turísticas, visibilidade e segu-rança) também são coletadas amostras de solos que com-plementarão a pesquisa na questão relacionada aos im-pactos na trilha. Para isso são coletados em vários pontos de cada trilha, amostras de solos

na área de trilha e na área de talude, visando, dessa forma, a comparação entre ambas.AmostrasPara cada ponto (trilha e ta-

lude) são coletadas amostras deformadas, amostras em anel volumétrico (Figura 1) e amostras de agregados. Essas amostras são trabalhadas em laboratório, sendo realizadas as seguintes análises: pH, estabilidade dos agregados, densidade aparente e densi-dade real, porosidade total, textura e carbono orgânico. Essas análises têm por obje-tivo, além da caracterização dos sedimentos das encos-tas e planícies, auxiliarem no diagnóstico dos danos am-bientais, permitindo inferência quanto à susceptibilidade da área de estudo à ocorrência de movimentos de massa e processos erosivos, que são visíveis nas encostas, e se re-percutem de forma direta e in-direta nas calhas fluviais e nas planícies. As análises químicas e físicas estão sendo feitas no Laboratório de Geomorfologia, do Departamento de Geogra-fia da UFRJ.

Pesquisadora fala da importancia da contribuição cientifica para uma nova atividade turística a região que concilie respeito a atividadee conhecimento sobre o solo dos locais explorados.

Figura 1.Trilha Praia da Lagoa-Praia do Simão. Em vermelho mostrando coleta pelo anel volumétrico. Foto: Maria do Carmo Oliveira Jorge

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Problemas erosivos causam preocupaçãoTambém há que se conside-

rar que ao mesmo tempo que a visitação nessas áreas é impor-tante para o turismo local, por outro lado, o acesso, muitas ve-zes, a este tipo de atrativo, rea-lizado principalmente através de trilhas, pode comprometê-las. Alguns trechos de trilhas vistas no decorrer dessa pesquisa, encontram-se bem impactadas e com sérios problemas erosi-vos, a exemplo de ravinas ou solapamento (Figuras 2 e 3). A intensificação da utilização das mesmas pode atuar como veto-res de propagação de diversos desequilíbrios ambientais, como pisoteio na vegetação, exposi-ção, compactação e erosão do solo. Dessa forma, a tese de doutorado tem dois focos cen-trais: contribuir para a aprovei-tamento do potencial geoturisti-co da região, e propor maneiras de minimizar, ou mesmo evitar impactos nas trilhas. Assim, com isso, mostrar as

áreas mais resilientes para as atividades impactantes, e em outros casos realizar um manejo adequado da visitação pública e dos locais onde essas atividades são desenvolvidas.

Figura 2. Presença de ravinas e solo bastante compactado, em trecho da trilha entre a Praia do Deserto e a Praia Grande do Bonete. Foto: Maria do Carmo Oliveira Jorge

Figura 3 .Trecho de trilha da Água Branca. Em amarelo,

indicando trilha com 40 cm de largura e em vermelho mos-

trando solapamento basal, causado pela erosão.

Na região sul do município de Ubatuba encontram-se al-guns geossítios (locais de in-teresse geológico/geomorfo-lógico) que se destacam pela sua singularidade e notável valor do ponto de vista cienti-fico, turístico e didático). Segundo, Brilha (2005), o

termo Geossítio, num senti-do mais amplo, pode ser en-tendido como uma exposição natural ou artificial de um ou mais elementos da geodiver-sidade, bem delimitado geo-graficamente e que apresen-

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Avaliação preliminar de locais de interesse geológico

e geomorfológicota valor singular do ponto de vista científico, cultural, turís-tico. O conjunto de geossítios caracterizados e inventariados numa determinada região constitui o seu patrimônio ge-ológico (Brilha, 2005).

BRILHA, J.B.R. Patrimônio geológico e geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica. Braga: Palimage, 2005.190 p. Disponí-vel em:< http://www.dct.umi-nho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf > Acesso em: abril de 2012.

Figura 4 . Cachoeira da Água Branca em área for-mada pelo granito verde de Ubatuba (Charnokito).

Figura 5. Beleza singular de um afloramento rochoso situado na praia da Lagoa. O detalhe da rocha cor-

responde diversos tipos de atividade ígnea.

Figura 6. Geossítio Praia da LagoaDiques e fraturas – Praia da Lagoa. Constituído por rocha

ígnea, que se encaixa numa rocha pré-existente.

Figura 7. Geossítio Praia da Lagoa Lagoa que dá nome a praia, denominada Praia da Lagoa,

situada a esquerda da figura. O cordão arenoso visto na foto trata-se de uma restinga, que é uma feição formada pela ação do mar. Área de beleza impar no litoral sul de Ubatuba.

Autoria: Maria do Carmo Oli-veira Jorge, Geógrafa, douto-randa do Programa de Pós--Graduação em Geografia, da UFRJ, caiçara, nascida em Ubatuba, no Araribá, entu-siasta das atividades de base comunitaria e mais nova cola-boradora do PROMATA e do Jornal Maranduba.

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Maio 2014

Domingo da Coroação é cercada de emoções e lágrimas

EZEQUIEL DOS SANTOSNa semana das missões, a

comunidade descobriu suas novas aptidões e tempo que não possuía. Desde o inicio da apresentação das vestimen-tas dos arautos, os cantos em estilo gregoriano, da apresen-tação dos padres (Wanderley, Francisco e Sato), celebrações e confissões todos os dias, as pessoas sabiam que algo de diferente iria acontecer.

Com a programação na mão as pessoas se organizavam em casa e no trabalho para saber mais do que acontecia, muitos por curiosidade outros por vontade de servir. Depois dos eventos e visitas diárias, a semana chegou ao fim e neste domingo o ápice dos aconteci-mentos – A coroação de Nos-sa Senhora de Fátima. Antes, porém os missionários haviam escolhidos os coordenadores do apostolado do oratório, facilmente destacados pela proteção abóbora sobre os ombros. Um responsável pelo terço dos homens também foi escolhido. Bom a celebração trouxe mais de quatrocentas pessoas a capela de Nossa Se-

Aguinaldo José/PROMATANo final de março e começo

de abril alguns participantes da romaria a pé ao Santuário de Aparecida do Norte realiza-ram uma peregrinação com a imagem e estandarte da Pa-droeira do Brasil às residên-cias de moradores na região. Os objetos sagrados são os mesmos que acompanham os milhares de fiéis que realizam a romaria a Aparecida todos os anos, eles visitam as casas dos romeiros e de outros in-teressados até que chegue ao seu local de partida, a capela do bairro do Itaguá, próximo ao centro da cidade, para mais uma caminhada rumo ao inte-rior do estado.

Mesmo com chuva e a noite, por aqui a visita seguia dias intercalados, ficando a ima-gem e a bandeira o dia inteiro na casa de algum devoto, no outro dia rumava para outra

Romeiros da caminhada aAparecida levam imagem a

casas de moradores

residência e assim sucessiva-mente. Quando chegava a ale-gria estava aparente, era rea-lizado um terço na casa onde ela iria passar o dia. Desta vez pelo menos 15 residências fo-ram contempladas, na maioria de peregrinos que realizaram a caminha a pé a Aparecida. A imagem andeja é da última romaria, que aconteceu em novembro passado. Daqui ela seguiu para a cidade realizar a peregrinação nas casas dos devotos da cidade e bairros vi-zinhos.

Aonde ela chagava era reali-zado o terço e assim ficava um dia na residência. Após a ro-maria deste ano, muitos fiéis já buscam ansiosos melhores informações para que suas re-sidências sejam visitadas pela imagem e pelo estandarte da Mãe do Brasil como era reali-zado num passado não muito distante por aqui.

Foto: Aguinaldo José/PROMATA

nhora das Graças, vindas das outras duas capelas partici-pantes das missões: Nossa Se-nhora de Fátima na Tabatinga e Cristo Rei na Maranduba.

Cheia de mistérios a cele-bração seguia atraindo os fieis, alguns se emocionavam em alguns momentos, outros per-maneciam calados, porem a grande maioria seguia o ritmo cadenciado das palavras pro-feridas. O momento da coro-ação foi envolvente, marcan-te e inesquecível para alguns fiéis. Podia-se ver a emoção tomando conta do lugar. Já ao final uma troca de gentilezas, despedidas dos dois lados. Os

Arautos cantaram uma musica popular – Luar do Sertão, com letras adaptadas ao lugar e as pessoas que os acolheram, fo-ram tecidos os mais variados agradecimentos aos partici-pantes. Como retorno os arau-tos receberam uma belíssima leitura de agradecimento e um jovem menino caracterizado de pescador entregou a cada um deles peixe de palha e uma lembrancinha da capela, tam-bém um caloroso abraço. Na realidade a finalização da ce-lebração foi uma grande festa que deixou uma única certeza a todos: que as próximas mis-sões venham depressa.

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Missão Mariana com os Arautos do Evangelho muda rotina da comunidadeEZEQUIEL DOS SANTOSEm apenas cinco dias (22

a 27 de abril) a comunidade viveu uma experiência dife-renciada. Com os objetivos baseados no tudo pra Jesus e nada sem Maria os mensa-geiros Arautos do Evangelho mudaram a rotina maçante e igual das ruas da localidade. Muitos se assustaram com a presença dos uniformizados tocando trompete a frente de suas casas realizando uma al-vorada festiva e chamando-os para participar das missões. Mesmo os que não eram cris-tãos se encantaram com a disposição, e digamos, com a coragem destes homens. O movimento era de um encon-tro, de turismo a sua própria casa, de despertar para as coisas boas da comunidade.

Um primeiro olhar a descon-fiança, depois ia se acostu-mando e aos poucos a comu-nidade ia adquirindo confiança no trabalho muito bem reali-zado por eles. Havia os que achavam que eram policiais, já outros que eram até gente de outro mundo ou do mesmo mundo mais de séculos atrás. Ao certo foram intensos os comentários pelos botecos e esquinas da vida.

Já na terça, a noite, uma carreata para a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima havia quebrado o silencio e a monotonia da avenida principal entre a praia e o sertão. Quando eles de-sembarcavam com verdadei-ros mensageiros as pessoas saiam de onde estavam e vi-nham ver, havia os mais des-confiados que espiavam com o rabo de olho, se fazendo de não dar muita importância aos arautos. Com uma estru-tura invejável, as procissões, as visitas, os instrumentos, a

vestimenta, os veículos eram cuidadosamente trabalhados para que nada saísse do ro-teiro e nem do contexto pro-posto.

Durante a semana todas as pessoas tinham agenda lotada para o festejo religioso, esta era a intenção das missões organizadas pela tropa da ca-valaria de Maria. Na quinta a noite na Capela Nossa Senho-ra das Graças foi apresentado um filme sobre os segredos de Fátima, também suas explica-ções. As imagens eram fortes e remetiam as falas dos pas-torinhos em Fátima- Portugal em 1917. Muitos fiéis se emo-cionaram com o choque de re-alidade dita pela Mãe de Deus aos pastorinhos.

Foi solicitado aos fiéis o cumprimento das recomenda-ções solicitadas nas cartas de Lucia, única pastorinha que virou freira e se colocou a es-crever os segredos. Na noite de 25 foi realizada uma procis-

são luminosa que há tempos não se via, com palavras de ordem a cristo e a sua mãe os paroquianos expressavam sua emoção e vontade de estar naquele exato momento onde

Jornal MARANDUBA News TODO MUNDO LÊ. ANUNCIE: (12) 9714.5678

estavam e fazendo o que fa-ziam.

Para quem quer observar melhor o que aconteceu aos mensageiros colocaram a dis-posição varias fotos no sitio da

internet http://cavalariadema-ria.org/, de uma espiadinha, quem sabe você está também. Foram muitas visitas e bem aventuranças nesta terra de guerreiros Tupinambá.

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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 2

EZEQUIEL DOS SANTOS“Edição 4 (1º caderno) São

Paulo, segunda-feira, 23 de ju-nho de 1952”, o relato daquelas linhas pareciam mais serem ti-rados de um filme de terror, os repórteres da época disseram que seguiam o foco de luz que vinha do ancoradouro da Ilha Anchieta, era noite e mesmo com a lancha em marcha lenta era difícil o entendimento de todo aquele furdunço. Pareciam mesmo movimentos de solda-dos desembarcando, segundo os repórteres, até eles, no bar-co, vinham os reflexos metálicos das armas carregadas pelos sol-dados da Força Pública.

Com todo o cuidado a lancha tentava aproximação, porém as tentativas eram infrutíferas já que a 500 metros foram rece-bidos por uma rajada de tiros, que os fizeram mudar de idéia e de rumo. Naquela distancia tor-nava-se difícil qualquer identifi-cação e uma aproximação maior poderia ser fatal, haja vista o aumento da tensão na ilha com a chagada das tropas.

Nnuma tentativa de aproxima-ção, os repórteres tentaram gri-tar que eram amigos, mas suas palavras se perderam no escu-ro. Então deram a volta na ilha e tentaram outra abordagem pela Praia do Leste, não deu certo. A meia distancia novamente os tripulantes foram alvos de raja-das de tiros, não sabiam ao cer-to quem havia disparado contra eles, os bandidos ou a policia, e agora? De qualquer modo ten-taram abrigar-se no interior do barco, afastando-se da ilha. A única solução era esperar a ma-

Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história

drugada para uma nova tentati-va de desembarque.

Enquanto esperavam o medo e ansiedade aumentava, en-quanto ficavam fundeados na-quele mar encrespado temiam ficar frente a frente a qualquer momento com barcos de fu-gitivos ou da policia marítima. A confusão seria fatal no meio daquele inferno vivido na ter-ra, digo nas águas da ilha. Os repórteres diziam que cada lu-zinha que viam os deixava de prontidão e na expectativa. Du-vido! Acredito que ficavam na realidade é com mais medo e com vontade de esperar ama-nhecer o dia o mais longe dali.

Vozes, barulhos de destruição, tiros, gritos, eram o que podiam ouvir. Não era possível entender mais nada, voltar ao Itaguá - Ubatuba poderia ser tão perigo-so quanto seguir adiante. E que naquele ponto o policiamento era muito severo tanto na cida-de quanto na ilha, os homens da lei tinham ordens para atirar. Não tinha outro jeito, o negócio foi apagar as luzes, permanecer em silencio e aguardar o ama-nhecer para serem aos menos reconhecidos pelas tropas.

Enfim amanheceu, com a luz do dia partiram em marcha lenta, “a certa distancia em di-reção do píer nos fizemos re-conhecer, fomos aproximando bem devagar até sermos vistos claramente”. Desta vez o êxito, foram identificados já a distan-cia e conseguiram desembarcar no ancoradouro. Ao pisar na ilha lembraram-se do inferno que haviam passado na noite ante-rior. Porém o inferno ainda esta-

va lá, naquele tempo e lugar, as primeiras cenas lembraram um palco de guerra, de destruição, disseram.

Já havia alguns corpos na ala-meda colocados em colchões, cobertos por lençóis brancos. A impressão relatada nos no-ticiários da época dava conta de o presídio ter sido visitado por uma horda de vândalos, do ambiente de tensão e de pavor entre os residentes na ilha, do movimento colossal à porta do

prédio da administração e atu-alizada todo o tempo a lista de mortos da evasão.

Era um acontecimento único, de dimensões internacionais, que naquele primeiro momen-to eram de notícias desencon-tradas, havia muita coisa para cobrir e relatar, foi um esforço sobre humano, diferente dos costumeiros modos de noticiar, mas o fizeram. Então na chega-da dos repórteres muita infor-mação foi organizada, as cenas descritas tomaram mais realis-mo, novos fatos foram incorpo-rados, detalhes impressionantes

começaram a ganhar ênfase. Cenas pavorosas os deixa-

ram atônitos, até mesmo a ex-pressão da tropa era diferente tamanha brutalidade descrita. As perguntas sobre as primei-ras descrições na época devem ser a mesma de você leitor que agora começa a conhecer tre-chos desta grande história de nossa região, eram elas: terá sido, realmente, uma tragédia sem paralelos nos anais que nos contam da maior evasão do mundo? O que de fato teria le-vado aquela massa de cerca de trezentos sentenciados a uma fuga trágica? Quem começou este horroroso massacre?

Para quem chegava à ilha a impressão do presídio era de que por ali passou uma legião de vândalos, por isso as primei-ras perguntas eram estas.

O que se sentia era muita ten-são, ela era a única coisa que reinava absoluta nesta terra, naquela época. Tensão porque havia o temor de que os fugiti-vos pudessem se reunir em ban-dos novamente para tentar um audacioso regresso a ilha para libertar os que não conseguiram fugir ou foram recapturados.

Os guardadores do lugar eram compostos por membros da For-ça Pública e da Polícia Marítima recém chegada de Santos. Ao abrir a porta do pavilhão princi-pal, viu-se uma verdadeira mon-tanha de roupas, sapatos, cha-péus e miudezas transformadas em trapos e alguns reduzidos a cinzas.

A destruição foi impressionan-te, o incêndio parecia visar es-pecialmente as salas da direção e da vigilância. Os tetos ruíram e o resto da destruição será contado na próxima edição.

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Escola Nativa inicia o Projeto Pedala Leitura 2014

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EZEQUIEL DOS SANTOSNesta segunda-feira, dia 28 de abril, aconteceu na quadra da E.M. Nativa Fernandes de Fa-ria, no Sertão da Quina, o se-gundo Workshop referente ao Projeto Pedala Leitura 2014. O evento é destinado aos alunos dos quintos anos. Este projeto teve início no ano de 2013, e tem por objetivo integrar duas atividades extremamente im-portantes: o ciclismo e a lei-tura. No Workshop deste ano, a Escola Nativa contou com a presença do Cabo P.M. Leiva (Bombeiro e Guarda Vidas), que deu noções de primeiros socorros; do mecânico de bi-cicletas Guido (Bicicletaria do Guido no Sertão da Quina e Maranduba), juntamente com seu filho e sua nora, que contri-buíram com informações sobre manutenção de bicicletas e dis-

tribuíram brindes às crianças; Aguinaldo dos Santos (Ciclista Profissional do Mountain Bike, Atleta MazzaBike e Nutrispor-ty), que trouxe informações sobre o esporte e suas vivên-cias. A professora de Língua Portuguesa da E.E. Áurea Mo-reira Rachou, Mariana Cristina Blaia, que compareceu com a turma do 6º A, ex-alunos da Escola Nativa (iniciantes do Projeto Pedala Leitura no ano passado), para falar sobre a importância da leitura, e os alunos para trocar experiên-cias do Projeto anterior, tam-bém Paulo Roberto Hauschild, pai de aluno, que gentilmente cedeu sua mesa de som. A Equipe Gestora da E.M. Nativa Fernandes de Faria agradece a todos pela disponibilidade e colaboração dos participantes e dos colaboradores.

LUZIA FERREIRAA moringa Oleífera (Mo-

ringaceae), planta originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um mi-lagre da natureza. Uma es-perança para o combate da fome no mundo. Rica em vi-taminas, aminoácidos e sais minerais.

Sete vezes mais vitamina C que a laranja; quatro ve-zes mais cálcio que o leite; quatro vezes mais vitamina A que a cenoura; três vezes mais potássio que a banana; duas vezes mais proteína que o leite; cerca de 30 % de proteína, equivalente á carne do boi; mais ferro o espina-fre; vitaminas presentes: A, B(tiamina, riboflavina, niaci-na), C, E, e beta caroteno; de minerais presentes: Fós-foro, Ferro, Selênio e Zinco.

Moringa Oleífera: milagre da natureza

Resultados positivos Ocorreram no tratamen-

to de Prost atite, câncer da próstata, reumatismo, tu-mores, lúpus eritematoso, artrites e outras doenças autoimunes, hipertensão ar-terial, hepatite, mobilidade gastrintestinal, vírus Epstein – Bar, epilepsia, fadiga crô-nica, males causados pelo tratamento de câncer, trata-mento pré- natal, de glauco-ma, de má nutrição de adul-tos e crianças de redução da obesidade, cura de irritação gastro- intestinal, de der-matoses, de bronquites e de inflamação de mucosas em lactentes.

As raízes são laxativas. A planta produz efeito renova-dor das células epiteliais, dos órgãos sexuais e do cérebro.

Estudos demonstraram

sua eficiência em dezenas de doenças: é anti- diarreia, anti-inflamatória, antimicro-biana, anti -espasmódica, anti- diabética, diurética, ver-mífuga (flores e sementes).

Fortalecimento muscular, massa magra, resistência muscular, doenças de pele e no combate ao envelheci-mento entre outras proprie-dades.

Existe citação do uso des-sa planta com essa finalidade na BÍBLIA, em EXODUS 15 - 20 – 25. Ela é considerada um milagre da natureza, uma verdadeira farmacia natural.

Também pode ser utilizada no combate a obesidade e ao colesterol elevado, usa--se como um suplemento alimentar natural, com muito mais vitaminas e aminoáci-dos.

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Maio 2014

“O dotô disse que to com uma doença muito grave!”

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ROSÁLIA LUIZAEm conversa com parentes

e amigos, recordando alguns fatos de nossa infância, lembrei de um caso que aconteceu com um senhor que conheci a mais de 50 anos. O que aconteceu com ele ainda é motivo de risos entre os moradores mais velhos. Homem alto, magro, trabalhador por demais, alegre, sempre sorridente, divertido, “contado de causo” e pau pra toda obra, Seu Moisés era tão simples quanto ingê-nuo, matuto da roça, pouco sabia das coisas da cidade, era mais ligado ao trabalho e como trabalhava.

Como a vida era bem mais difícil naquela época, sua espo-sa dona Maria e as filhas Maria das Dores, Maria de Lurdes, Geralda e Orzilia acompanham o patriarca com o que apare-cia, não tinha tempo ruim pra esta família.

Pendurado aos ombros, seu Moisés andava sempre com uma espingarda, calibre 40 de ferrolho de dois canos, na cin-tura um facão que de tão gran-de chagava até o chão. Só se via ele sem espingarda e sem facão quando ia à missa. Reli-gioso, devoto do Divino Espí-rito Santo e Nossa Senhora. A família sempre participou dos ofícios a Maria - mãe de Deus.

Esta família vinha a pé a nossa roça “panhá” café de “ameia” junto com meus pais. Também vinham tirar taqua-ra para os belos trabalhos de artesanato, lá almoçavam e nós, ainda crianças, podíamos rir com seu Moisés. Das coi-sas da cidade ficávamos mui-to contentes quando víamos ou ganhávamos um sabonete

da Gessy ou Palmolive. Ima-gine possuir então a tal água de cheiro Cashmere Bouquet Floral (talco e spray), talco Seda de Alfazema, pó de arroz Quatro Rosas, pote de Brilhan-tina Perfumada da renomada marca inglesa Yardley, aqueles cortes de panos chiques (seda florida) para o nosso vestido.

Bom! Muitas destas mara-vilhas vinham da “venda” do Ângelo Zacarias e do João Pi-menta Velho na Maranduba. Em Caraguatatuba da “venda” da dona Nena, do Zé Turco e do Sr. Benjamim, outros ob-jetos vinham de Santos e São Sebastião. Vinham de cidades que já tinham creme dental e até chuveiros, não precisavam mais esquentar água no “car-deirão”. Nós por aqui tínhamos apenas o sabão feito em casa, era o sabão de cinza, mistura-do ao capim chulim com gor-dura de porco, pra escovar os dentes usávamos cinza, carvão ou areia da praia bem fininha.

Assim como alguns da loca-lidade, seu Moisés era adepto do pouco banho, principalmen-te no frio, daqueles banhos só aos sábados, de passar um pé

no outro antes de dormir e di-zer “pra que tomar banho, já passei no rio e molhei os cam-bitos”.

A idade foi chegando, então seu Moisés resolveu ir ao posto de saúde pra ser atendido pelo Dr. Crispim ou ao Dr. Augus-to, em São Sebastião. Como eu teria que passar no médi-co também, pedi a minha mãe se podia ir com eles, assim eu

aproveitaria a oportu-nidade para vender chapéus de palha, balaios, tapetes, estei-

ras, chinelos no Pereque em Ilhabela, claro depois da consulta.

Às 5 da manhã fomos pelo caminho do Botujuru para pegar o Expresso Rodoviário Atlântico na Rodovia SP-55, ainda de terra. Antes, porém o ônibus passou no Hotel Picaré para entregar o pão, mesmo lotado subimos junto as sacas de “quartas” de café, milho, farinha, arroz e artesanatos para serem vendidos na ci-dade. Descemos em Caragua e pegamos em seguida outro ônibus pra São Sebastião. Lá entramos na fila pro atendi-mento médico.

Seu Moisés foi chamado, a consulta demorou um pouco mais do que o esperado, de re-pente sai ele meio assustado, meio enfezado, com cara de duvida e nos disse: “Perguntei pro doto o que eu tinha. Pois é! O doto disse que to com uma doença muito grave! Uma do-ença muito séria! He, he, he! Disse que eu to com a tar de farta de giene (falta de higie-ne). Mas que diabos é essa do-ença?”. Foi uma risadaria só. Ele mesmo disse que se sou-besse do que se tratava não tinha contado pra ninguém, de jeito maneira.

Naquela tarde eles foram os heróis de suas casas e da comunidade, onde estarão e o que fazem agora?

Foto de Recordação

Bingão da APASU & ALMA VIRA LATA

Dia 03/05 – sábado 20 hs. - rodadas extrasDia 04/05 – domingo 15 hs. – Bingo Principal

Local: Matriz Cristo Rei – MarandubaBingo Principal: moto 0 KM, geladeira duplex, TV LCD, maquina de lavar, Notebook, tablet, rodadas extras.

Barracas típicas e comes e bebes

Neste ultimo sábado 26, acompanhando a campanha nacional de vacinação a pre-feitura apresenta o número de pessoas que a campanha terá que atingir no município. Os postos de saúde esperam aten-der as expectativas, tanto do governo quanto da população. Dos 20.335 pessoas, os idosos representam 7.815, os meno-res de dois anos de idade são

Prefeitura apresenta númerosda vacinação para 2014

1.680, crianças de dois e quatro anos 3.266, gestantes 840, in-dígenas 241, população prisio-nal 50, trabalhadores da saúde 1637, pessoas com comorbi-dades (designação de duplo diagnóstico) 4.668, puéperas ( mulher que esta dando a luz ou a deu recentemente) 138. Na região não há registros de ocor-rências a não as já previstas no planejamento da campanha.

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Coluna da

Adelina Campi

Cantinho da PoesiaQuem é este menino

Quem é este menino,que brinca com as palavras

igual a um Monge Beneditino, e a todos conquista com desatino.

Quem és tu criatura,que mal saiu da fralda

e já esbaldatamanha desenvoltura?

Quem é tu criança,que estais a resgatar a esperança

num mundo de egoísmo,num mundo de ignorância?

Que fique bem claro,meu caro,

és tu um caso raro.

Menino...que seja este o seu destino,sinta-se honrado meu amado

por este dom genuíno,eu te amo pequenino.

Quem é este menino? Gui Jann.

Wellington Gomes

Romance Boêmio

Escrevo pelos muros das cidadesPoemas para você decifrar,

E pelas paredes de meu apartamentoFaço desenhos abstratos

Que não entenderás.

Talvez queira te levar para VenezaMas acho melhor irmos para um bar,O botequim da vila irá nos confortar

Para que da vida possamos conversar.

A cada gole, uma serie de confissõesA cada confissão,

Uma garrafa de wiski mais baratoE no final da noite,

Seremos dois embriagadosDizendo palavras que na manhã seguinte

Não serão lembradasMas para sempre guardadas

No subconsciente.

Giulia Virgilio Para Wellington Gomes

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Procuro pessoa para serviços gerais de cozinha industrial.

Escolaridade nível básico.

Ligar p/

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A data surgiu em virtu-de do sofrimento de uma americana que, após per-der a mãe, passou por um processo depressivo. As amigas mais próximas de Anna M. Jarvis, para livrá--la de tal sofrimento, fize-ram uma home-nagem para sua mãe, que havia trabalhado na guerra civil do país. A festa fez tanto sucesso que em 1914, o presidente Tho-mas Woodrow Wilson oficiali-zou a data, e a comemoração se difundiu pelo mundo afora.As mães são homenageadas desde os tem-pos mais anti-gos. Os povos gregos faziam uma comemo-ração à mãe dos deuses, Reia. Na Idade Mé-dia os trabalhadores que moravam longe de suas famílias ganhavam um dia para visitar suas mães, que os ingleses chamavam de “mothering day”.Mãe é a mulher que gera e dá à luz um filho, mas também pode ser aquela que cria um ente querido

Dia das MãesO dia das mães é comemorado, aqui no Brasil, no segundo domingo de maio.

como se fosse sua gera-dora, dando-lhe carinho e proteção.As mães merecem respeito e muito amor de seus fi-lhos, pois fazem tudo para agradá-los, sofrem com seus sofrimentos e querem

que estes estejam sempre bem.Com o passar dos anos, o dia das mães aqueceu o comércio de todo o mun-do, pois os filhos sempre compram presentes para agradá-las e para agrade-cer toda forma de carinho e dedicação que recebem

ao longo da vida.Nas diferentes localidades do mundo, a comemoração é feita em dias diferentes. Na Noruega é comemora-da no segundo domingo de fevereiro; na África do Sul e Portugal, no primeiro

domingo de maio; na Sué-cia, no quarto domingo de maio; no Mé-xico é uma data fixa, dia 10 de maio. Na Tailândia, no dia 12 de agosto, em comemoração ao aniversá-rio da rainha Mom Raja-wongse Siri-kit. Em Israel não existe um dia próprio para as mães, mas sim um dia para a fa-mília.No Brasil, as-sim como nos

Estados Unidos, Japão, Turquia e Itália, a data é comemorada no segundo domingo de maio. Aqui, a data foi instituída pela as-sociação cristã de moços, em maio de 1918, sendo oficializada pelo presidente Getúlio Vargas, no ano de 1932.

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